Punibilidade

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  • 7/21/2019 Punibilidade

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    PUNIBILIDADE

    146.

    Introduo

    Esta ltima categoria analtica do facto punvel pode ser vista em duas perspectivas.Punibilidade em sentido amplo que so todas as condies que concorrem parafundamentar uma responsabilidade jurdico-penal do agente. Por isso que se di queaco! tipicidade! ilicitude e culpa so categorias analticas da punibilidade.

    E depois! punibilidade em sentido estrito ou condies de punibilidade. "entro dascondies de punibilidade! v#-se que elas s$ t#m um elemento comum! embora surjam comv%rias designaes e com v%rias fundamentaes! elas esto ligadas por um elementocomum! que uma ideia negativa& so condies que se verificam mas que se situam fora!para alm destas categorias de tipicidade! de ilicitude e de culpa. ' algo e(terior a essascategorias. )as so condies de punibilidade que concorrem para fundamentarconcretamente uma responsabilidade jurdico-penal do agente.

    147.

    Condies objecti!s de "unibi#id!deEstas condies dividem-se em dois grupos&

    1) Condies positivas de punibilidade:so aquelas que se t#m de verificar! que t#m dee(istir para que o agente seja punido*

    2) Condies negativas de punibilidade:so aquelas que no se podem verificar paraque o agente seja punido.

    14$. Condies "ositi!s de "unibi#id!de

    +ma condio objectiva de punibilidade a prop$sito da punibilidade do facto tentado!ou sejam! a tentativa regra geral! s$ punvel se ao facto consumado corresponder uma

    pena superior a tr#s anos de priso.Portanto! pode ,aver tipicidade do facto tentado e essa tentativa ser ilcita e culposa*mas faltar a condio objectiva de punibilidade que o crime consumado ter uma moldurapenal superior a tr#s anos.

    ' condio objectiva de punibilidade por facto tentado que o crime! a ter sidoconsumado! tivesse uma pena superior a tr#s anos! a no ser que a lei diga e(pressamenteo contr%rio art. /0 1P2.

    3inda se tem dentro das condies positivas de punibilidade por e(emplo o art. 40 1Pque se refere 5 aplicao da lei portuguesa a factos praticados no estrangeiro! em sede dealgumas alneas! condio de aplicabilidade da lei penal portuguesa o facto de o agenteser encontrado em Portugal.

    6utra condio o crime de participao em ri(a! em que o tipo do ponto de vistaobjectivo e subjectivo est% preenc,ido a partir do momento em que uma pessoa toma partenuma ri(a de duas ou mais pessoas! contudo! esse facto tpico poder% no ser punvel!para o ser! necess%rio que dessa ri(a resulte a tal ofensa corporal grave ou a morte! isso uma condio objectiva de punibilidade.

    14%. Condies ne&!ti!s de "unibi#id!de

    7o aquelas condies ou circunst8ncias que no podem verificar-se sem que o agenteseja punido9no obstante o agente ter praticado uma aco tpica! ilcita e culposa.

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    http://var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/teoria_do_facto_punivel_ou_teoria_da_infraccao.htmhttp://var/www/apps/conversion/tmp/scratch_2/teoria_do_facto_punivel_ou_teoria_da_infraccao.htm
  • 7/21/2019 Punibilidade

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    1) Causas de iseno da pena:#m diferentes fundamentos e podem ser causas de iseno pessoais ou materiais&- 7o causas de iseno pessoais,aquelas que se ligam 5 pr$pria pessoa do agente*- E materiais as que se ligam ao facto praticado.Para alguns autores a desist#ncia uma causa pessoal de iseno de pena. Para

    outros! a desist#ncia no vista na pessoalidade e portanto no ser% uma causa pessoal!mas tem a ver com o pr$prio facto! portanto uma causa material de iseno.Qual o undamento da desist!ncia"

    3lguns autores! nomeadamente #o$inno ;#em a desist#ncia uma causa de iseno depena! portanto faendo parte da punibilidade em sentido estrito! mas v#em-na como umacausa de e(cluso de culpa.

    )as ,% autores que diem que o que fundamenta este regime da desist#ncia datentativa e de ficar impune dessa tentativa de que o agente voluntariamente desistiu algodiferente.

    E(istem v%rias teorias! desde logo a teoria primialque di que por uma rao de polticapenal ou criminal2 o facto de o agente saber que desistindo voluntariamente da tentativa do

    crime que decidiu cometer no ser% punido! isso funciona em relao a ele como umprmio e leva-o a auto-suspender a e(ecuo do crime! logo! far% diminuir a criminalidade!ou far% diminuir o nmero de crimes.

    "e qualquer forma! e por uma rao da teoria dos fins das penas! justifica-se a nopunio da desist#ncia volunt%ria da tentativa! porque quer da $ptica da preveno geral!quer da $ptica da preveno especial! no e(istem raes para responsabiliarcriminalmente algum que acabou por voluntariamente desistir da pr%tica de um crime.

    Portanto! do ponto de vista da preveno geral e mesmo da preveno especial! se apessoa por si pr$pria! voluntariamente! desistiu de prosseguir na e(ecuo criminosa! no,% fundamento para se responsabiliar criminalmente o agente.

  • 7/21/2019 Punibilidade

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    - Prescrio da pena.) Condies de procedibilidade *ou proced!ncia) criminal=o 8mbito das condies de procedibilidade tambm relevam alguma irresponsabilidade

    do agente em sede de punibilidade em sentido estrito! ou seja! tudo aquilo que est% paraalm da pr%tica! pelo agente! de uma aco tpica! ilcita e culposa.

    Em processo penal! ao distinguir a naturea dos crimes! entre crimes semi-pblicos eparticulares! que nestes dois ltimos necess%rio para o desenvolvimento e prossecuodo processo criminal&

    - =os casos dos crimes particulares! quei(a e acusao*- =os casos dos crimes semi-pblicos! a quei(a.7o estas as condies de procedibilidade do processo criminal! que culmina com a

    pr%tica de uma efectiva punio. 3ssim! se quem titular do direito de quei(a no quere(ercer esse direito! ento no pelo facto de o agente ter praticado um facto tpico! ilcitoe culposo que ele vai ser punido! porque efectivamente falta uma condio deprocedibilidade.

    2Se se verificarem, o agente no punido.

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