12
FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT A Serviço das Comunidades Impresso Especial 9912259129/2005-DR/MG CORREIOS MITRA JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 304 | MARÇO DE 2015 TEMPO FAVORÁVEL DE VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia, inclinado a perdoar QUARESMA

QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

FECH

AM

ENTO

AU

TORI

ZAD

O P

OD

E SE

R A

BERT

O P

ELA

EC

T

A Serviço das Comunidades

ImpressoEspecial

9912259129/2005-DR/MG

CORREIOSMITRA

JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXI - 304 | MARÇO DE 2015

TEMPO FAVORÁVEL DE VOLTAR PARA O SENHOR:

Ele é benigno e compassivo,paciente e cheio de misericórdia,

inclinado a perdoar

QUARESMA

Page 2: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

Dom José Lanza Neto

2 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Editorial

A Voz do Pastor

ExpedienteDiretor geralDOM JOSÉ LANZA NETOEditorDIÁCONO CLAYTON BUENO MENDONÇAJornalista Responsável ALEXANDRE ANTONIO DE OLIVEIRA - MTB: MG 14.265 JPRevisãoJANE MARTINSProjeto grá�co e editoração BANANA, CANELA E DESIGN - bananacanelaedesign.com.br (35) 3713-6160

ImpressãoGRÁFICA SÃO SEBASTIÃOTiragem3.950 EXEMPLARES

RedaçãoRua Francisco Ribeiro do Vale, 242 – Centro CEP: 37.800-000 – Guaxupé (MG)Telefone(35) 3551.1013E-mail [email protected] Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.Uma Publicação da Diocese de Guaxupéwww.guaxupe.org.br

Durante todo o mês de março, esta-remos vivenciando o período quares-mal, tempo da graça do Senhor, tempo favorável para nos reconciliarmos com Deus e com os irmãos e irmãs. Para que esse tempo seja ainda mais rico, além de termos os três exercícios quaresmais do cristão (oração, jejum e esmola), te-mos, também, a Campanha da Frater-nidade (CF): é preciso aprofundar, à luz do evangelho, o diálogo e a recíproca colaboração entre Igreja e Sociedade.

Em nossa busca permanente e de-safiadora da implantação do Reino de Deus em nossa realidade diocesana,

sentimo-nos envolvidos com algumas atividades que nos ajudam a pôr em prática os ensinamentos do Senhor. Estamos falando da quaresma, da CF e das Santas Missões Populares (SMP). Há uma complementaridade forte: a qua-resma quer nos despertar para o senti-do do quanto precisamos amar e dar a vida pelos irmãos; conversão é isto, vol-ta sincera para Deus e para os irmãos. A CF nos lança em vista de um serviço de-sinteressado, a exemplo de Jesus que veio para servir e não para ser servido. As SMP querem renovar nossas vidas e nos convocar para descobrirmos nas

pessoas aquilo que elas são e têm de bom, irmos ao seu encontro sem dis-criminações e restrições. Ao trabalhar-mos bem tanto a quaresma, quanto a CF, ou as SMP, estaremos atingindo um mesmo alvo. A intenção de Jesus era sempre a mesma: falar do Pai, anunciar um Reino de vida e liberdade para que as pessoas pudessem ter vida e vida em abundância. É isso que a Igreja precisa fazer para se identificar com Jesus.

Nas coletivas de imprensa sobre a CF, foram comuns perguntas sobre o que cada paróquia iria desenvolver. De que forma a Igreja se propõe a dialogar

com a sociedade fazendo valer a pro-posta de uma Igreja Servidora?

À luz dos objetivos da Campanha da Fraternidade e das Santas Missões Popu-lares, é imprescindível que cada comuni-dade paroquial ou mesmo as comunida-des menores promovam encontros em vista de algumas urgências. Cada comu-nidade poderá levar em conta algo pró-prio, específico. Cada qual saberá suas necessidades e urgências.

Que o Espírito do Senhor nos con-duza para que, como Igreja, estejamos sempre prontos a responder aos sinais dos tempos.

«Como povo de Deus, começamos o caminho da Quaresma, tempo em que procuramos unir-nos mais intimamente ao Senhor, para compartilhar o mistério da sua paixão e da sua ressurreição». Com estas palavras, o papa Francisco iniciava sua homilia na Quarta-feira de Cinzas, 18 de Fevereiro de 2015, na Basílica de São Pedro, em Roma.

A liturgia desse dia propôs o trecho do profeta Joel, enviado por Deus para chamar o povo à penitência e à conver-são interior: «Voltai para mim com todo o vosso coração» (2, 12). Sim, a Quaresma é um tempo favorável, tempo de recon-ciliar-se com Deus (cf. 2 Cor 6, 2). O ser humano é limitado e pecador, sempre necessitado de conversão. Por isso, como é importante ouvir e aceitar estas exor-tações! O convite à conversão constitui um impulso a voltar, como fez o filho da parábola (Lc 15, 11-32), aos braços de Deus, Pai terno e misericordioso; a chorar naquele abraço, a confiar nele e a entre-gar-se a Ele.

No Brasil, a Quaresma também é mar-cada pela Campanha da Fraternidade. Neste ano de 2015 a Igreja faz memória do encerramento do Concílio Ecumênico Vaticano II, que teve seu início em 1962. Em 8 de dezembro de 1965 encerrou-se o Concílio enquanto conclusão dos tra-balhos dos padres conciliares, mas não quanto aos seus ensinamentos. A Cam-panha da Fraternidade deste ano é uma oportunidade de se retomar os ensina-mentos desse grande Concílio. Ensina-mentos que levam cada fiel a ser uma Igreja atuante, participativa, consoladora, misericordiosa e samaritana.

Sobre o aspecto social, sobretudo a partir da Encíclica Rerum Novarum, pro-mulgada em 15 de maio de 1891, a Igre-ja sempre manifestou sua preocupação pelas realidades sociais, visto que, além de estar na sociedade, ela também é chamada a promover e defender a vida e a dignidade da pessoa, denunciando qualquer tipo de injustiça e opressão. A Doutrina Social da Igreja tem como fina-

lidade traduzir na realidade da vida social o amor de Deus pelo homem, que se ma-nifestou em Jesus Cristo.

Por isto, neste mês o jornal COMU-NHÃO aborda a temática da Campanha da Fraternidade 2015 e a importância da Doutrina Social da Igreja. Uma vez no mundo, a Igreja é feita por homens e mu-lheres de boa vontade. Nos dias atuais, os cristãos leigos são chamados a darem também o seu testemunho profético na sociedade. Também no espaço “reporta-gem” o leitor poderá conferir a caminha-da da formação cristã na diocese.

Neste tempo favorável, iluminados pelas palavras do Divino Mestre: «É ne-cessário que o Filho do Homem seja levantado, para que todos os que nele crerem tenham a vida eterna» (Jo 3,14-15), que todos possam caminhar com Ele para Jerusalém e participar de sua dor, de sua morte e de sua ressurreição.

Quaresma, Campanha da Fraternidade e SMP

“A vós correndo vou, braços sagrados,Nessa cruz sacrossanta descobertos,

Que, para receber-me, estais abertos,E, por não castigar-me, estais cravados.

A vós, divinos olhos, eclipsadosDe tanto sangue e lágrimas abertos,

Pois, para perdoar-me, estais despertos,E, por não condenar-me, estais fechados.

A vós, pregados pés, por não deixar-me,A vós, sangue vertido, para ungir-me,A vós, cabeça baixa, p’ra chamar-me.

A vós, lado patente, quero unir-me,A vós, cravos preciosos, quero atar-me,

Para ficar unido, atado e firme.”

Buscando a Cristo, Gregório de Matos

Page 3: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

3Março/2015

Opinião

Inspirados pela Campanha da Frater-nidade (CF), somos convidados a refletir sobre as relações en-tre Igreja e Socieda-de. Não é um tema novo, uma vez que o Concílio Vaticano II já consagrou a ideia da íntima união da Igreja e o mundo atual, afir-mando: “As alegrias e as esperanças, as tris-tezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são tam-bém as alegrias e as esperanças, as triste-zas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade algu-ma verdadeiramente humana que não en-contre eco no seu co-ração” (GS 1).

Essa linda mensa-gem de solidariedade é renovada pelo Espírito Santo na forte figura do querido papa Fran-cisco que, não apenas com palavras, mas com testemunho de humildade, acolhimento, atenção e solidarieda-de, encanta a todos, cristãos e mes-mo aqueles que não partilham nossa fé. Francisco anuncia em seus gestos a beleza do seguimento a Jesus, que deve ser nosso mestre e modelo de vida!

Como diz o Concílio, a verdade é que a Igreja existe concretamente na história e na sociedade. Quem vive a fé cristã, vive na sociedade e, ao mesmo tempo, é parte da sociedade. Toda a realidade social encontra eco no coração de Jesus e no de seus dis-cípulos.

Mudança de tempos na Modernida-de

Então, por que pensamos a Igreja como se estivesse fora da sociedade? Isso acontece porque, com a Moderni-dade, temos uma outra forma de orga-nizar a vida que se desenvolve a partir dos séculos XVI e XVII na racionaliza-ção da economia e da política. É nesta mudança de época que surgiu a ideia de que a religião está separada da so-ciedade, devendo limitar-se às igrejas, sendo uma opção da vida particular das pessoas.

Esta separação é resultado da secu-larização que começou um pouco an-tes, na ação de grupos religiosos que não queriam mais ver a Igreja envolvida nas disputas políticas e na organização de exércitos. Separar o poder social e

Igreja na sociedade. É possível?

político da autoridade religiosa foi fru-to da obra de cristãos devotos que não desejavam ver as “coisas de Deus” mis-turadas com as “coisas mundanas”.

É o mesmo contexto da busca da laicidade, como um regime que separa o campo político (instituições políticas) do campo religioso (Igrejas). Dessa for-ma, a fé religiosa pôde ser uma livre op-ção vinda do coração de cada pessoa. Ninguém mais precisou converter-se quando seu rei se convertia, respei-tando a pluralidade de crenças na for-mação da sociedade. A laicidade serve para proteger a liberdade de consciên-cia e permite a livre adesão das pessoas à sua fé.

O aspecto positivo é assegurar a au-tonomia da experiência religiosa frente aos poderes políticos de cada época. O aspecto negativo é a compreensão da Igreja como algo separado da so-ciedade. Na verdade, a Igreja deve ter autonomia frente aos poderes de nossa época para poder ser fiel à sua vocação profética, mas não deve ser apartada e nem se alienar da vida humana.

Uma Igreja presente em que socieda-de? A globalização da indiferença

Os cristãos desejaram a autonomia de sua fé, mas não significa que não se importam com a vida social. Afinal, Deus mesmo se importa tanto com o mundo que nos enviou os profetas e seu próprio Filho. Deus não é indiferen-te frente à morte de seus filhos e filhas. No entanto, papa Francisco nos alerta para um grande mal da sociedade atu-al que é a “globalização da indiferença”,

que nos torna alheios ao sofrimento do próximo.

Como está a sociedade globalizada? Se, por um lado, temos um enorme de-senvolvimento tecnológico e comuni-cativo, por outro, agrava-se, a cada dia, a busca desenfreada pelo consumo e, na mesma medida, a exclusão social. O texto base da CF 2015 fala de uma cri-se da civilização (n.216) que inclui uma grave crise ambiental, econômica e so-cial, onde o ser humano é tratado como se valesse menos do que qualquer mer-cadoria.

Quem é miserável, quem passa fome, quem sofre, é visto como mere-cedor de seu sofrimento. A tentação da indiferença nos faz esquecer que se um dos irmãos sofre, o próprio Cristo sofre junto (Mt 25, 45). Paulo dizia que “se um membro sofre, com ele sofrem todos os membros” (1 Cor 12, 26). Assim é a sociedade. Cada morte, cada injustiça, cada penúria é um sofrimento impos-to a todos nós. Não podemos ficar in-diferentes! Contra esta tentação, papa Francisco recomenda que nós cuide-mos das vítimas e dos sofredores, sem olhar a quem! (CF n.250)

A atitude de cuidado com o outro exige a presença na sociedade. Esta presença cristã acontece como insti-tuição (a Igreja Católica), como Povo de Deus (os discípulos e discípulas de Jesus), mas também como sacramento de Cristo!

Frente um espírito de acúmulo e in-diferença, não podemos enfraquecer na dimensão espiritual da ação na so-ciedade. Que espírito nos move? Exis-

tem algumas espiritua-lidades cristãs que, na verdade, estão em ple-na sintonia com a socie-dade que exclui e mata. A verdadeira espirituali-dade do serviço busca sua fonte na Tradição e em Jesus.

Como servir? A quem servir?

Na exortação apos-tólica Evangelii Gau-dium (A Alegria do Evangelho), n.20, papa Francisco pede uma Igreja em constante saída. Não é saída do mundo, mas saída a servir. Estar a serviço da sociedade é uma di-mensão profundamen-te espiritual, na imita-ção de Cristo (Imitatio Christi). O serviço como graça de Deus não exi-ge nada em troca, pois serve àqueles que não têm como retribuir (cf.

Lc 14,14). A gratuidade faz esquecer a lógica do merecimento. Servimos, não importa a quem.

No entanto, a graça do serviço tem um destinatário preferencial: os pobres e os excluídos. Afinal, servir aos ricos, aos dominantes e aos poderosos é uma antiga tentação. Toda vez que os cris-tãos optam por servir aos poderosos, afastam-se do verdadeiro Espírito de Jesus.

A atitude do serviço se manifesta em três dimensões da vida: na vida pessoal, na vida comunitária e tam-bém na sociedade. A presença ser-vidora é integrada sempre em duas perspectivas: por um lado, o socorro imediato aos que sofrem. Por outro, o grito profético contra um sistema so-cial que gera vítimas e sofrimento. São os dois pilares que marcam a Tradição cristã desde os tempos bíblicos até os grandes santos de nossa época.

É pensando no serviço à socieda-de brasileira como voz profética que a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil propõe, nesta CF, um gesto con-creto de participação na coalizão pela Reforma Política. A democracia brasi-leira precisa ser aprimorada para que, cada vez mais, esteja a serviço dos ir-mãos que mais precisam. É louvável que os bispos atentem a este debate, mas, com certeza, é preciso que toda a Igreja se faça presente na Sociedade: um desafio a todos nós.

Por Allan da Silva Coelho,

Doutor em Ciências da Religião e profes-sor de Filosofia no Unifeg

Page 4: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

4 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro acolheu, de 26 a 30 de ja-neiro, a 24ª edição do Curso Anual dos Bispos do Brasil, no Centro de Formação do Sumaré, reunindo cerca de cem bis-pos, de várias regiões do Brasil.

Na cerimônia de abertura, realizada na noite do dia 26 de janeiro, o cardeal arcebispo do Rio, dom Orani João Tem-pesta, afirmou que é sempre uma ale-gria receber anualmente os bispos no Rio de Janeiro. “O curso é um tempo de encontro, reflexão, partilha e descanso”, pontuou.

Neste ano, foram concluídas as refle-xões sobre os documentos relacionados ao Concílio Ecumênico Vaticano II, tema abordado no curso desde 2011. O curso tratou de três tópicos principais: relacio-namento da Igreja Católica com as ou-tras religiões, comunicação e liberdade religiosa.

“Nesses últimos cinco anos, refle-timos praticamente todos os docu-

Um dos instrumentos de evangeliza-ção, através dos meios de comunicação disponibilizados pela Diocese de Guaxu-pé, é a Rádio da Família, com sede em São Sebastião do Paraíso, mas de alcan-ce regional.

A mais nova aposta da rádio é o re-torno do jornalista Alessandro Calixto, nome de expressão na comunicação regional, atuando juntamente com o padre Sandro Santos, na direção do ve-ículo. Calixto, natural de Guaxupé, é for-mado em comunicação social, com ha-bilitação em jornalismo. Iniciou no rádio em 1990 na Rádio Rural de Guaranésia, passando ainda pela Cidade FM 105,5 e Clube 1430 AM, ambas de Guaxupé.

Alessandro também implantou o de-partamento de comunicação no Centro

Entre os dias 09 e 12 de fevereiro, na sede da Cúria Metropolitana de Ubera-ba (MG), ocorreu o 3º Encontro de Coor-denadores Diocesanos de Pastorais do Regional Leste 2 (Minas Gerais e Espírito Santo) da Conferência Nacional dos Bis-pos do Brasil.

Com o tema “Planejamento Pastoral e Acolhimento”, o evento reuniu cerca de 30 participantes, todos padres que atuam nas coordenações (arqui)dioce-sanas de pastoral do Leste 2.

Na abertura do encontro, o arcebispo metropolitano de Uberaba, dom Paulo Peixoto, deu as boas vindas aos partici-pantes, ressaltando ser fundamental a qualquer coordenador ter metas. O bis-

mentos do Concílio Vaticano II e outros publicados posteriormente. O aprofun-damento foi feito por cardeais, prefeitos de congregações, presidentes de conse-lhos e teólogos. Além de conhecer mais e atualizar os temas, foi uma forma de comemorar, aqui no Brasil, junto com os irmãos bispos, os 50 anos do Concílio Vaticano II”, afirmou dom Orani.

Na cerimônia de abertura, estavam também à mesa o núncio apostólico no Brasil, dom Giovanni d’Aniello, o arce-bispo de São Paulo, cardeal Odilo Pedro Scherer e os conferencistas cardeal An-gelo Amato, prefeito da Congregação da Causa do Santos, no Vaticano, o ar-cebispo Claudio Maria Celli, presidente do Pontifício Conselho para as Comuni-cações Sociais, e monsenhor Pierangelo Sequeri, professor da Universidade de Milão.

Com informações da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro

Notícias

Dom José Lanza participa de Curso para os Bispos 2015

Rádio da Família faz investimentos em prol da evangelização

Coordenadores Diocesanos de Pastoral do Leste 2 se reúnem em Uberaba

Cerca de cem bispos participam de Curso anual para os bispos no Rio de Janeiro

O jornalista Alessandro Calixto retorna à Rádio da Família

Padre Henrique Neveston da Silva participa do encontro

Foto: Paróquia São Conrado (RJ)

Foto: Arquivo Rádio da Família

Foto: Divulgação

Concluindo as comemorações dos 50 anos do Concílio Vaticano II, bispos refletiram sobre diálogo inter-religioso, comunicação e liberdade religiosa

Universitário da Fundação Educacional Guaxupé (Unifeg), onde atuou como assessor de imprensa. O profissional re-lata seu contentamento em retornar ao veículo de comunicação, “receber o con-vite para retornar me deixou feliz e lison-jeado. Arregaçar as mangas e trabalhar mais: essa é a receita” disse.

Alessandro esteve à frente da Rádio da Família por 9 anos, de 2003 a 2012, quando elaborou toda a grade da emis-sora, ouvida até os dias de hoje. “Ao retomar o trabalho, quero entender a migração do AM para o FM, fortalecer as mídias sociais e trabalhar a forte co-nexão que a emissora tem com a cidade e região” conclui.

Com informações de Junior Bianchini – Rádio da Família

po diocesano de Patos de Minas, dom Cláudio Sturm, proferiu uma palestra so-bre a importância do acolhimento. “Uma acolhida bem feita pode gerar bons fru-tos,” disse dom Cláudio, acrescentando que, do encontro, ninguém sai ileso. “Ele sempre marca. Neste caso, tomara que marque para o bem” frisou ele, reforçan-do a tese da boa acolhida.

O encontro prosseguiu até o dia 12 e contou ainda com a assessoria do padre José Carlos Pereira para o tema central.

A Diocese de Guaxupé esteve repre-sentada pelo seu coordenador diocesa-no de pastoral, padre Henrique Neves-ton Silva.Com informações da CNBB – Regional Leste 2

Page 5: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

5Março/2015

Com a Igreja no mundo todo, a Dioce-se de Guaxupé iniciou o Tempo da Qua-resma na Quarta-feira de Cinzas, 18 de fevereiro, com celebrações em todas as paróquias e comunidades. Na Catedral Diocesana Nossa Senhora das Dores, dom José Lanza Neto, bispo diocesano, presidiu solene Celebração Eucarística. Na celebração, houve o tradicional rito penitencial de imposição das cinzas so-bre os fiéis que lotaram a Catedral.

No Brasil, a data também marca o lançamento da Campanha da Fraterni-dade (CF) que, em 2015, tem como tema “Fraternidade: Igreja e Sociedade”, e o lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45).

A Celebração Eucarística foi conce-lebrada pelos padres Reginaldo da Sil-va, Ademir da Silva Ribeiro, respectiva-mente cura e vigário da Catedral, e José Hamilton de Castro, reitor do Seminário Diocesano São José. Também participa-ram da celebração o diácono Eder Carlos de Oliveira, vice-reitor do mencionado Seminário e promotor vocacional da diocese e os seminaristas do Propedêu-tico e da Filosofia.

No mês de fevereiro, dom José Lanza Neto, concedeu uma série de entrevistas coletivas para falar sobre a Campanha da Fraternidade deste ano. Com o tema “Fra-ternidade: Igreja e Sociedade” e lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10, 45), a Campanha da Fraternidade (CF) 2015 busca recordar a vocação e missão de todo o cristão e das comunidades de fé, a partir do diálogo e co-laboração entre Igreja e Sociedade.

As coletivas, realizadas nas principais ci-dades da diocese, tiveram por objetivo apre-sentar aos fiéis católicos e à toda sociedade as propostas da CF 2015, que incentivam o despertar das comunidades cristãs ao servi-ço pelo bem comum.

Acompanhe o resumo das coletivas

Poços de CaldasNa tarde de segunda-feira, 09 de feverei-

ro, com a presença do bispo diocesano e do

Exercícios quaresmaisO bispo diocesano, em sua homilia,

convidou os fiéis à vivência dos três exer-cícios propostos pela Igreja para esse período quaresmal: a oração, o jejum e a esmola. Disse ainda que para bem vi-ver esses três exercícios é necessário o silêncio. Ressaltou que, no evangelho, Jesus apresenta como bem vivê-los; como proceder para que os sacrifícios e as súplicas sejam ouvidos pelo Pai que está no Céu.

“Rasgai o coração e não nossas ves-tes; e voltai para o Senhor, vosso Deus” (Jl 2,13); é nosso interior que devemos mudar para que possamos ser embai-xadores de Cristo conforme ouvimos na segunda leitura (2 Cor 5,20 – 6,2)” acres-centou o bispo.

No final da Celebração, membros dos grupos jovens fizeram uma encena-ção na qual apresentaram as pastorais e entidades que atendem as pessoas mar-ginalizadas, sofridas e isoladas da socie-dade.

Com informações da Pascomda Catedral de Guaxupé

Diocese celebra o início da Quaresma e abre Campanha da Fraternidade 2015

Coletivas de Imprensa destacam tema da Campanha da Fraternidade na diocese

Presidida por dom José Lanza Neto, Celebração Eucarística deu início ao Tempo da Quaresma

Foto: Pacom Catedral de Guaxupé

coordenador de pastoral, padre Henri-que Neves-ton, a coletiva foi realizada no auditório da Casa de Retiros da Paróquia São S e b a s t i ã o. Na ocasião, dom Lanza destacou que a Igreja irá se posicionar de forma servi-

dora à toda sociedade, inclusive cobrando ações concretas por parte do poder público. O bispo frisou ainda que a Igreja não é uma estrutura ou um templo, mas é feita por pessoas, por isso, incentiva o protagonismo leigo.

São Sebastião do ParaísoNa terça-feira, 10 de fevereiro, São Sebas-

tião do Paraíso recebeu a visita de dom José Lanza na Paróquia São José, com a participa-ção de alguns jornalistas, agentes de pasto-rais, representantes da comunidade e do cle-ro local. Dom Lanza destacou a importância da relação Igreja-Sociedade ser iluminada pela Palavra de Deus a fim de que se desen-volva na justiça, no amor e na cooperação mútua. O bispo mencionou ainda os objeti-vos específicos da Campanha e seu objetivo geral, que é aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre a Igreja e a Sociedade, conforme proposto pelo Concí-

lio Vaticano II, como serviço ao povo brasilei-ro, para a edificação do Reino de Deus.

PassosTambém na terça-feira, 09 de fevereiro,

na cidade de Passos, a Coletiva de Imprensa aconteceu no Centro de Pastoral Cônego José Timóteo da Silva, da Paróquia São Be-nedito, com a participação de profissionais de mídia impressa, rádio e televisão. A mesa de entrevistados foi composta por dom José Lanza, padre Robison Inácio, pároco da pa-róquia anfitriã, e Ana Rita Cardoso Maia Sil-veira, leiga e formadora da CF na diocese.

Dom José Lanza relacionou a temática desta campanha com a missão salientada no Vaticano II. “A Igreja precisa estar com os pobres, estar no mundo. A proposta da cam-panha é o serviço, exemplificada pela pró-pria imagem do cartaz, ao fazer referência ao gesto da passagem bíblica do lava-pés. A ideia é o diálogo entre Igreja e Sociedade. A Igreja precisa estar inserida no mundo. Ir ao encontro das pessoas, valorizá-las. O servir pode ser através de palavras de encoraja-mento, de um sorriso; o ser humano quer ser respeitado e ser reconhecido em sua digni-dade. Os objetivos propostos pela diocese, no projeto das Santas Missões Populares, proporciona às comunidades sugerirem ações que contemplem a necessidade local”, disse.

GuaxupéA imprensa de Guaxupé se reuniu na tar-

de de quarta-feira, 11 de fevereiro, no Centro Universitário da Fundação Educacional de Guaxupé (Unifeg). Para atender à imprensa, compareceram, além de dom Lanza, o pa-

dre Reginaldo Silva, cura da Catedral Dioce-sana Nossa Senhora das Dores, o diácono Clayton Bueno Mendonça, editor do jornal Comunhão e, ainda, o reitor do Unifeg, o professor e doutor Reginaldo Arthus.

Em seu pronunciamento, o bispo dio-cesano disse que o objetivo principal da CF 2015 é despertar a solidariedade dos fiéis e da sociedade em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, sempre buscando soluções práticas. Padre Reginaldo falou sobre a Coleta Nacional da Solidariedade que acontecerá no Domingo de Ramos, 29 de março. Esta coleta, segundo o padre, custeia diversos projetos sociais que são atendidos e acompanhados pela Igreja.

O reitor do centro universitário enfatizou a participação da Igreja nas discussões e nos avanços das políticas públicas, sobretudo no campo social. Diácono Clayton discorreu so-bre a servidão como gesto de extremo amor e humildade, lembrando a atitude de Jesus de Nazaré, Mestre e Senhor, que abaixou-se para lavar os pés dos apóstolos.

AlfenasEm Alfenas, a coletiva para a imprensa

ocorreu na manhã de quinta-feira (12), na Paróquia Nossa Senhora Aparecida. Ao re-latar a importância da campanha deste ano, dom Lanza lembrou a tarefa missionária da Igreja de inserir-se na sociedade, inspirando--se na sua opção preferencial pelos pobres. De acordo com o bispo, pode-se compreen-der a CF 2015 alicerçada em 3 pilares: o Con-cílio Vaticano II, o pontificado do papa Fran-cisco e o protagonismo dos leigos. O evento contou com a presença de alguns padres do setor Alfenas.

Page 6: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

6 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Retrato Missionário

Arceburgo

Guardinha

Claraval

GuaranésiaO retiro missionário na Paróquia São

João Batista, em Arceburgo, foi realiza-do em três dias de muita dedicação à experiência missionária. Com início no dia 23 de janeiro, houve a acolhida dos participantes pelo monsenhor Enoque Donizetti de Oliveira, que apresentou –lhes os objetivos das Santas Missões Populares na Diocese de Guaxupé.

No sábado, logo após o almoço, foi

No domingo, 8 de fevereiro, a Paróquia Nossa Senhora do Divino Espírito Santo, de Claraval, realizou o seu primeiro Retiro Paroquial das Santas Missões Populares (SMP). Os paroquianos mostraram grande entusiasmo com a proposta da Diocese de Guaxupé para esse tempo missionário. Cerca de 130 pessoas participaram do re-tiro, além de muitas crianças.

O administrador paroquial, padre An-dré, se surpreendeu com a adesão das pessoas, visto que a paróquia tem cerca de 70% de sua população vivendo na zona rural. “Confiantes na graça de Deus, mas como homens frágeis e vacilantes, não imaginávamos a resposta de nossos

Foi realizado, na tarde do dia 24 e durante todo o dia 25 de janeiro, o Retiro Paroquial das Santas Missões Populares (SMP) na Paróquia Senhor Bom Jesus da Guardinha. O encontro envolveu toda a comunidade.

O bispo diocesano, dom José Lan-za Neto, esteve presente e falou pa-lavras de incentivo aos missionários, cantou junto com o povo e pediu as bênçãos da Virgem Maria. Com ele, estiveram também padre Hiansen e o pároco da comunidade, padre Bene-dito.

No sábado à noite, houve a Vigília Eucarística, conduzida pelo semina-rista José Eduardo, conterrâneo da

Nos dias 24 e 25 de janeiro, aconteceu em Guaranésia, o I Retiro das Santas Mis-sões Populares da Paróquia Santa Bárba-ra. O encontro foi realizado na Escola Mu-nicipal Olavo Vilas Boas e teve um total de 166 paroquianos inscritos participan-do das atividades.

A programação de sábado teve início com um café da manhã elaborado pelos casais do Encontro de Casais com Cristo. Em seguida, houve uma calorosa acolhi-da com o Coral das Missões, composto por vários jovens. Dentre eles, estavam Beto e Teresa, que foram os animadores durante todo o retiro. Os jovens da paró-quia também estiveram presentes, de-monstrando alegria nas coreografias das músicas das missões, animando a todos.

Após a oração inicial, realizada pela paroquiana Valéria Áscoli, que destacou a união e a fé da comunidade e refletiu sobre a passagem de Jo 6, 16-20, os par-ticipantes ouviram as palavras proferidas pelo pároco, padre Gentil, sobre o Evan-gelho de Jesus Cristo, segundo Mateus.

À tarde, padre Glauco Siqueira, páro-

promovida uma carreata com fogos de artifício, fazendo barulho por toda a ci-dade, marcando a realização do retiro missionário.

Além de oferecer teatro adulto e infantil, apresentações de dança e di-nâmicas de grupo, as palestras se des-tacaram pela participação de várias ex-periências de missão.

Com informações de Paulo Pereira

paroquianos em aderir à esta proposta de nossa diocese”, contou.

Justamente devido aos inúmeros afa-zeres que os paroquianos têm em suas propriedades rurais, foi que, após muitos encontros, a equipe missionária definiu que o retiro seria realizado em apenas um dia. Mesmo assim, todo conteúdo repas-sado pelo padre Luis Mosconi, assessor das SMP na Diocese de Guaxupé, foi leva-do até os católicos de Claraval.

“Também vamos nós a outros lugares pregar o Evangelho”, finalizou padre An-dré, bastante feliz com a resposta dos fiéis.

Com informações de padre André

comunidade. “Foi um lindo momento de espiritualidade no qual os missio-nários guardinhenses fizeram o com-promisso com as SMP”, destacou o seminarista.

No domingo, todos em espírito missionário, caminharam até a igreja matriz, cantando, dançando e agitan-do as bandeiras para a Celebração Eucarística com o encerramento do retiro. Todas as paróquias do setor estiveram presentes com seus repre-sentantes missionários. Padre Benedi-to celebrou e enviou os missionários para as Santas Missões Populares.

Com informações de Paula Santos

co da Paróquia Sagrada Família e Santos Reis, em Guaxupé, esteve presente e fri-sou a importância da espiritualidade do missionário. O dia foi encerrado com um momento Mariano, organizado pelos membros da Renovação Carismática Ca-tólica da Paróquia Santa Bárbara.

Domingo foi o dia da participação das crianças da paróquia, que encenaram a parábola do Semeador. Em seguida, a pa-roquiana Conceição Madeira comentou a apresentação.

Os missionários saíram em procissão rumo à igreja matriz, levando as imagens da padroeira Santa Bárbara e de Nossa Senhora Aparecida. Foi um momento de grande espiritualidade, alegria e entu-siasmo para todos.

Ao chegar à matriz, padre Gentil presi-diu a Celebração Eucarística, que contou com a presença dos paroquianos e do bispo diocesano, dom José Lanza Neto, que empolgou a todos com suas pala-vras de estímulo e fé.

Com informações da Paróquia Santa Bárbara

Foto: Paulo Pereira

Foto: Pascom Paróquia Santa Bárbara

Foto: Paula Santos

Foto: João Paulo

Page 7: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

7Março/2015

Machado Passos

Itaú de Minas

Alfenas

Nos dias 06, 07 e 08 de fevereiro, cer-ca de 600 pessoas das paróquias São José e Sagrada Família e Santo Antônio, participaram, no Colégio Imaculada Conceição, do primeiro Retiro Paroquial das Santas Missões Populares, em Ma-chado. Abraçando a causa juntamente com a Diocese de Guaxupé, o municí-pio aderiu à idéia, que visa reanimar os fiéis e incentivar a participação da Igreja na sociedade. Foram momentos de fé, amor, devoção e partilha.

O evento contou com a participação de padre Alexandre, pároco da Paróquia São José, dos padres Ronaldo e Pedro, respectivamente pároco e vigário da Pa-róquia Sagrada Família e Santo Antônio. A experiência vivida no fim de semana é apenas o início de diversas outras ações.

Entre os dias 20 e 22 de fevereiro, na quadra do Centro de Pastoral monsenhor Ernesto, aconteceu o primeiro Retiro das Santas Missões Populares (SMP) da Pa-róquia Santa Teresinha do Menino Jesus, em Itaú de Minas. O Retiro começou na sexta-feira (20), por volta das 19h, quando os participantes, cerca de 300 fiéis, foram acolhidos pelo padre César Acorinte, pelo recém-chegado na cidade, padre Alessan-dro, e pela equipe de missionários que es-tiveram em Guaxupé, contando também com o apoio de vários paroquianos na or-ganização e manutenção do evento.

Na abertura, padre César falou sobre a importância das missões para a diocese.

No sábado (21), vários sacerdotes das paróquias da região passaram pelo local e acompanharam alguns momentos que fo-ram ministrados por leigos engajados nas pastorais. O dia foi encerrado com uma Vigí-lia Eucarística, onde os participantes, diante

“Missão se faz na vida, no dia a dia”, lem-bra Arilson José, membro da Paróquia São Sebastião e São Cristóvão e participante do Retiro Missionário, realizado em Alfenas, nos dias 21 e 22 de fevereiro, quando fiéis das cinco paróquias da cidade se reuniram no salão paroquial da Paróquia Nossa Senhora Aparecida para a realização conjunta desta etapa das Santas Missões Populares (SMP).

O encontro atingiu cerca de 500 agentes de pastoral das comunidades, que puderam participar de momentos de espiritualidade, reflexão bíblico-missionária e celebrações li-túrgicas, motivados por padres, seminaristas e leigos que atuam na cidade. A animação foi realizada pela Comunidade de Vida Ma-riana Resgate, de Alfenas.

Na tarde de sábado, o bispo diocesano, dom José Lanza Neto, reforçou a essência missionária da Igreja, que busca incessan-

Nos dias 06 e 07 de fevereiro, aconte-ceu mais um retiro do Setor Missionário Passos, promovido pela Paróquia São Be-nedito. O Retiro Paroquial iniciou-se com a Celebração Eucarística com o envio, às 19 horas, na igreja matriz e, em seguida, os 135 missionários se dirigiram para o Centro de Pastoral Cônego José Timóteo da Silva, participando das atividades pro-postas para o final da noite.

A “Paróquia-Irmã”, Paróquia Nossa Se-nhora Aparecida, assumiu a animação e o preparo das refeições. As demais paró-quias da cidade colaboraram nas diver-sas funções: acolhida e credenciamento, manutenção da limpeza, auxiliando na cozinha e cuidando do bem estar dos par-ticipantes.

Na noite de sexta-feira, após a aco-lhida aos missionários, padre Sebastião Marcos fez a memória de todo o proces-so percorrido pela Diocese de Guaxupé, que perpassa a acolhida do Documento de Aparecida, em 2007, a Assembleia Dio-cesana de Pastoral, em 2009, até chegar à realização das Santas Missões Populares. Destacou a importância do retiro para os missionários, o momento de revigorar a missão, lembrando a frase de São João da Cruz, “a única linguagem que Deus escuta

A cidade recebeu, no sábado (07), a visita do bispo diocesano, dom José Lan-za Neto, e do coordenador diocesano de pastoral, padre Henrique Neveston. Eles participaram do encontro falando dire-tamente à juventude e deixaram uma mensagem de ânimo aos missionários, além de ressaltarem a importância des-sa fase singular da vida da diocese.

O evento foi finalizado no domin-go (08) com a Celebração Eucarística. Os participantes foram convidados a adentrar nas Santas Missões Populares e cultivar uma Igreja em ‘estado de saí-da’, conforme pede o papa Francisco. Os participantes se emocionaram e com-prometeram-se a difundir este grandio-so projeto.

Com informações de Damiani Rocha

de Jesus Sacramento, assinaram um termo de compromisso com as propostas de espi-ritualidade e trabalho das SMP.

No domingo (22), os participantes tiveram a alegria de receber o bispo, dom José Lanza, que, em poucas palavras, falou da sua alegria em ver a proposta da diocese se concreti-zando em Itaú de Minas. Dom Lanza estava acompanhado do padre Henrique Neveston da Silva, coordenador diocesano de pastoral.

O primeiro retiro das Santas Missões Po-pulares de Itaú de Minas foi marcado pela união de todas as pastorais e movimentos.

O encerramento foi marcado pela Ce-lebração Eucarística presidida pelo pároco local, padre César, e concelebrada por padre Alessandro. Nessa celebração, o pároco ainda teve a alegria de surpreender os participantes com a apresentação do projeto arquitetônico da reforma da igreja matriz da cidade.

Com informações da Rádio Boa Nova

é a do amor silencioso”.No sábado, a temática da missão de

Jesus, foi conduzida numa parceria de Aparecida Martins e padre Robison Inácio, pároco da Paróquia São Benedito. Para ajudar a refletir, as crianças da Catequese de Primeira Eucaristia prepararam uma encenação, mostrando a importância dos missionários.

Além de momentos de animação, o Grupo de Jovens JUSA preparou uma en-cenação iniciada na infância de Jesus, des-tacando os milagres, concluindo com as “Bem Aventuranças”. Logo em seguida, os missionários se reuniram em grupo para fazerem memória da missão de Jesus e pensarem em ações concretas. A Espiritu-alidade dos Missionários foi apresentada por Matheus Barbosa.

Aconteceu a caminhada até a igreja ma-triz com a participação dos missionários na missa, finalizando com o Momento Maria-no, a Vigília Eucarística e a bênção de envio.

O Primeiro Retiro Paroquial foi marca-do pela unidade, pelo envolvimento dos grupos, pelo apoio dos padres que atu-am na comunidade. Os leigos demonstra-ram-se chamados a ser missionários.Com informações da Equipe Missionária –

Paróquia de São Benedito

Foto: Pascom Paróquia Sagrada Família e Santo Antônio

Foto: Pascom Paróquia São Benedito

Foto: Pascom Paróquia Nossa Senhora Aparecida

Foto: Pascom Paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus

temente novos meios para evangelizar. Em sua fala, salientou a importância das SMP na celebração do Centenário Diocesano no próximo ano. “Na celebração do Centenário, queremos encontrar comunidades reves-tidas do Espírito do Senhor, que têm como base o estudo do evangelho”.

Para os participantes, o retiro foi um mo-mento para o fortalecimento das comunida-des, como afirma Vera, da Paróquia São Pe-dro, “renovou e restaurou nossa missão para o trabalho em comunidade”. A formação missionária infundiu coragem aos missioná-rios da Paróquia São José e Nossa Senhora das Dores, Frank e Claudemir, que perce-bem, no anúncio do evangelho, um modo de levar “às periferias sociais e existenciais, neste mundo de hoje, tão conturbado e tão consumista, o jeito de ser de Jesus”.

Com informações de Sérgio Bernardes

Page 8: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

8 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

“Optando pela Verdade, eu bem sei que arranco de mim mesmo as últimas veleidades [oscilações] de influir sobre ‘a nossa geração e o nosso momento’, que só amam a ilusão. Sei que me coloco, ao menos na estrutura fundamental de minhas convic-ções [cristãs], em oposição ao espírito do tempo.”

Reportagem

Formação laical desenvolve reflexão teológica e inserção dos fiéis nas comunidades e na sociedade

Apesar da citação acima se refe-rir adequadamente à atualidade e à convicção de fé, este texto é de uma publicação de 1928, na revista A Ordem. Sua autoria é de um gran-de expoente do pensamento católi-co brasileiro do início do século XX, Alceu de Amoroso Lima, conhecido também por seu pseudônimo, Tris-tão de Ataíde.

Amoroso Lima foi um dos prin-cipais nomes de um grupo de inte-lectuais católicos ligados ao Centro Dom Vital, fundado por Jackson de Figueiredo e por dom Sebastião Leme, cardeal do Rio de Janeiro. O centro tinha como objetivo a pro-moção da cultura católica, ofere-cendo encontros regulares com te-máticas específicas, como teologia, liturgia, apologética e filosofia.

Quem apresenta uma análise da relevância do instituto é a historia-dora Margareth Todaro: “Durante os anos de sua influência mais signifi-cativa (1932-1945), o Centro Dom Vital rompeu com sucesso a noção de incompatibilidade entre o inte-lectual e o religioso no Brasil. Ele

organizou e inseriu um punhado de intelectuais católicos dedicados da corrente dominante da vida políti-ca e intelectual. Por alguns poucos anos, ser sócio do Centro Dom Vital consistiu simultaneamente em um símbolo de classe, prestígio, intelec-tualidade e espiritualidade.”

Conhecer este marco histórico é relevante para se compreender o empenho de muitas dioceses em oferecer, atualmente, aos fiéis leigos uma formação teológica, que lhes proporcione um aprofundamento da fé e a consequente influência na vida comunitária e social.

Motivadas pela Assembleia Dio-cesana de Pastoral, de 1998, duas propostas de formação laical fru-tificaram na Diocese de Guaxupé. A primeira delas, o curso de Inicia-ção Teológica, iniciado em 1999 e realizado anualmente para leigos de toda a diocese, com duração de uma semana; e também, a formação em módulos para as paróquias, hoje conhecida como “Tempo de Ver, Crer e Amar”. Esta última, difundida para outras dioceses, foi desenvol-

vida por uma equipe formada pelos padres José Augusto da Silva, José Luiz Gonzaga do Prado, José Pimen-ta dos Santos, Luís Gonzaga Lemos, pelo bispo dom José Geraldo Olivei-ra do Valle e pela assessora de pas-toral, Lucimara Trevizan.

De acordo com o padre José Au-gusto, um dos envolvidos na forma-ção teológica desde o início, a Inicia-ção Teológica é uma oportunidade para os leigos que “buscam inteirar--se daquele discurso regrado, crítico e sistemático da fé, tendo em vista um melhor e maior amoldar-se a sua vocação de povo de Deus em mar-cha.” Entre os desafios encontrados no início do projeto de formação paroquial, de acordo com Trevizan, está a dificuldade em convencer clérigos e leigos da possibilidade da formação local de agentes de pas-toral e membros das comunidades. A iniciativa, mantida há 12 anos, rendeu frutos à diocese nos níveis pessoais e comunitários e nos diver-sos conselhos - paroquiais, setoriais e diocesanos. “A diocese também descobriu novas lideranças, pes-

soas que assumiram a formação e que despontaram aos nossos olhos como criativas, perseverantes, apai-xonadas pela arte de conduzir outra pessoa no crescimento da fé”, avalia Lucimara.

Além das modalidades apresen-tadas, alguns setores realizam uma formação continuada para os agen-tes de pastoral e interessados no estudo teológico. Em 2014, no setor Poços de Caldas, 35 participantes concluíram a Iniciação Teológica Setorial, com aulas semanais, num período de 4 anos. Para a concluin-te do curso, Dora Sousa Scassiot, o resultado é positivo, cerca de 70% da turma concluíram a formação. “O curso contribui muito para o apro-fundamento bíblico-teológico a ser-viço da Evangelização, oferecendo a nós, cristãos leigos, a oportunidade de conhecer melhor os conteúdos do cristianismo, para podermos dar razões à nossa própria fé.”

Entretanto, há muito a se fazer, principalmente para quem já par-ticipou de outras modalidades de formação e atualmente compõe a

Page 9: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

9Março/2015

equipe de coordenação setorial. Para Luciano da Silva, de Poços de Caldas, o curso ainda não consegue atingir a todos a que se destina. “A diocese, através da coordenação diocesana, tem se empenhado na organização e articulação da forma-ção. No entanto, ainda falta adesão de muitas paróquias a este processo de formação e consciência de quem está à frente das pastorais”, lamenta.

Outros desafios enfrentados pela formação laical, segundo rela-ta Marisa Moraes, também da equi-pe coordenadora no setor Poços de Caldas, além da falta de adesão dos leigos, são a falta de apoio dos padres e a pequena divulgação dos cursos oferecidos. Diante desta pro-blemática, padre Robison acredita que a solução estaria nos “leigos que já se submeteram à formação” contarem, “com positividade, aos leigos que ainda não se submete-ram, sobre a beleza dessa proposta e a força de transformação espiritu-al, intelectual e humana que a mes-ma possui.”

Com o objetivo de aprimorar-se na fé para servir sua comunidade, Glauco Lauria Marques, de Gua-xupé, decidiu iniciar, há um ano, a formação setorial, com duração de 2 anos. “Com essa oportunidade, estou sentindo gradualmente meu crescimento tanto em conhecimen-to quanto na fé, o que tem contri-buído muito para minha caminhada pessoal. As atividades comunitárias estão sendo uma consequência, também gradual. (...) Certamente,

até o término do curso, outras opor-tunidades de servir à comunidade deverão surgir”, avalia Glauco.

O objetivo principal destes itine-rários de formação laical é, funda-mentalmente, formar cristãos para um fortalecimento comunitário, proporcionando-lhes um aprimora-mento para o serviço pastoral. Estes são alguns dos resultados apresen-tados pelo padre Robison Inácio de Souza Santos, da Paróquia São Be-nedito, em Passos, incentivador da participação dos leigos nas três pos-sibilidades de formação. “São leigos com notável atuação pastoral e com forte sentido de pertença eclesial. Estão engajados em grupos de pas-torais, movimentos e associações. A atividade pastoral desse laicato afeito à formação teológica é fecun-da e sempre vai além do mero cum-primento de atividades contempla-das na agenda paroquial.”

Além da dimensão eclesial, pa-dre Robison considera a dimensão social, na qual os leigos estão en-volvidos, “esse laicato está inserido no mundo e envolvido nas ativida-des correntes da vida em sociedade, partilhando o fruto da reflexão te-ológica com outras pessoas do cír-culo de convivência.” Esta temática foi desenvolvida no estudo “Cristãos Leigos e Leigas na Igreja e na Socie-dade”, lançado pela Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil (CNBB) em 2014. O documento ressalta a urgência na formação de sujeitos eclesiais situados “como cristãos, no lugar e na época em que vivem”,

pautando-se “a partir dos sinais dos tempos, do nosso continente pobre e da tradição cristã.”

Este desdobramento da forma-ção teológica na vida profissional e social é experimentado pelos parti-cipantes, assim relata a profissional da área da saúde, Ivoneti Silva Lo-pes, de Guaranésia, “quando partici-pei do Fórum Mineiro de Bioética e das Conferências de Controle Social e Transparência e Saúde do Traba-lhador, (...) minha contribuição foi pautada nas formações oferecidas pela diocese de Guaxupé.”

Na avaliação de Lucimara Trevi-zan, atual coordenadora da Comis-são Regional de Catequese do re-gional Leste 2 da CNBB, a formação de leigos na diocese é um exemplo para outras dioceses do regional, por sua criatividade e ousadia, além

do investimento nesta dimensão. Além de apostar na eficácia dos for-matos já existentes, Lucimara su-gere a utilização da internet como plataforma formativa, com a dispo-nibilização de conteúdos em texto e vídeo; a ampliação dos tipos de formação, como ciclo de palestras, mini-cursos com temas atuais; e, ainda, o cuidado com a mística e a espiritualidade, proporcionando re-tiros que valorizem a contemplação. “A formação cristã deve nos levar a “saborear” todas as coisas, a amar ainda mais e a aumentar a paixão e diálogo amoroso com Deus”, define Lucimara.

Por Sérgio Bernardes, jornalista, se-minarista e estudante de Teologia na

Faculdade Católica de Pouso Alegre (FACAPA)

Page 10: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

10 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Bíblia

No Primeiro Testamento, encontra-mos palavras fortíssimas contra a fabri-cação e o culto das imagens. No livro do Êxodo, é o segundo Mandamento: “Não farás para ti imagem ou figura de qual-quer coisa que exista no céu, na terra ou nas águas debaixo da terra. Não farás, nem cultuarás.” (Ex 20,4). Logo após os Mandamentos, o mesmo livro do Êxodo, no capítulo 25, versículos 18-20, Deus está mandando que Moisés faça duas imagens de querubins ou serafins de asas abertas sobre a Arca da Aliança, um com o rosto voltado para o outro. Como é isso: no capítulo 20, Deus proibia terminante-mente fazer qualquer tipo de imagem, agora, no capítulo 25, está mandando fazer! Como ficamos?

SoluçãoA Bíblia é a expressão da fé de um

povo sem terra, pobre e oprimido, que um dia descobriu que o Deus dos fracos, o Deus deles, era mais forte que os deu-ses dos poderosos que os dominavam. Os dominadores produziam imagens suntuosas e magníficas. Hoje, ainda, se podem ver no Egito muitas das imagens monumentais que impressionavam e ca-lavam o povo.

O povo escravo e sem terra não é ca-paz de produzir uma imagem assim. Ao descobrir, porém, que seu Deus é mais

Imagens, sim ou não?

forte que o dos dominadores, entende que deve organizar uma nova socieda-de sem dominadores e dominados. Para isso: 1º Ter um Deus só, não há um deus dos fracos e outro dos fortes; 2º Não fazer imagem de Deus, senão o dono da ima-gem torna-se dono do deus e senhor das consciências das pessoas. Daí os dois pri-meiros mandamentos.

De Deus não se fazem imagensJavé, o Deus dos pobres, não pode

ser manipulado, ele faz o que quer e o que ninguém espera. Por isso não tem imagem. Ele não está na imagem, está na vida, na luta, na caminhada do povo. Por isso não tem imagem. Ele não está ao alcance do homem, está acima, ele trans-cende. Por isso não tem imagem. Ele não pode ser usado como lucrativo negócio apenas para ganhar dinheiro. Por isso não tem imagem.

O visual é importante e perigosoExiste, porém, no ser humano, uma lei

elementar: nada chega à cabeça, à men-te humana, sem antes passar pelos senti-dos. É certo que Javé estava na vida, nas lutas do povo, mas havia necessidade de se representar isso de alguma forma. Daí a Arca da Aliança, uma espécie de andor que ia à frente dos combatentes de Israel nas lutas pela posse das terras de Canaã.

Como Baal montava o bezerro de ouro, Javé sentava entre os querubins, as duas figuras aladas que encimavam a arca. Ele dava força e coragem aos combatentes.

O perigo do temploO profeta Natan, num primeiro mo-

mento, concordou com a ideia de Davi de construir uma casa, um templo, para a Arca da Aliança. À noite, porém, refletiu melhor e, de manhã, foi dizer a Davi que o pensamento de Javé era outro.

O Templo de Salomão foi construído junto ao Palácio, como um anexo. Poderia manipular a fé para dominar as pessoas. A Arca da Aliança, entretanto, ficava no lugar mais sagrado e escondido do Templo. Ali, uma pessoa, o Sumo sacerdote, entrava uma vez por ano. Javé é o Deus escondido e invisível. É a alma do povo do Primeiro Testamento. Os textos bíblicos dessa épo-ca não precisam insistir nisso.

O contato com a idolatriaQuando boa parte do povo é levada

para o exílio da Babilônia e grande par-te, aos poucos, se dispersa pelo mundo, acontece um choque. Aqueles que jamais viam qualquer tipo de imagem, agora fi-cam saturados de ver inúmeras estátuas, imagens e figuras de vários deuses, in-clusive do Imperador e do Rei de Roma. E quem vai dizer que não é bonito? A ten-

tação é grande: O culto judeu, sem visual, é frio, árido e aqui, aquela variedade de figuras...

Os textos bíblicos escritos nessa época caem de pau em cima do culto e da pro-dução de imagens. É o caso de inúmeras passagens do Segundo Isaías (capítulo 40 em diante), do capítulo 6 de Baruc (Carta de Jeremias) e tantos outros.

E Jesus, o que diz?Nos quatro Evangelhos, só uma vez

aparece a palavra imagem. Os fariseus haviam provocado grande agitação con-tra Pilatos por causa de estandartes com a figura do Imperador introduzidos à noi-te na cidade santa de Jerusalém. Na últi-ma semana de Jesus, em Jerusalém, são eles que perguntam sobre o pagamento de impostos a César. Jesus pede que eles mostrem uma moeda – ele não tinha – e pergunta: “De quem é esta imagem e inscrição (imagem que vocês carregam na sua bolsa, mas brigam tanto para que não seja introduzida aqui na cidade san-ta)?” Ah! No dinheiro, pode!...

Essa é a idolatria (colocar outra coisa no lugar de Deus) que Jesus condena: “Não podeis servir a Deus e ao dinheiro!”.

Por Pe. José Luiz Gonzaga do Prado, biblista, escritor e professor na Faculdade Católica

de Pouso Alegre (FACAPA). Reside em Nova Resende

Page 11: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

11Março/2015

“Transformar a realidade social com a força do Evangelho, testemu-nhada por mulheres e homens fiéis a Jesus Cristo, sempre foi um desa-fio e, no início do terceiro milênio da era cristã, ainda o é. O anúncio de Je-sus Cristo, ‘boa nova’ de salvação, de amor, de justiça e de paz, não é facil-mente acolhido no mundo de hoje, ainda devastado por guerras, miséria e injustiças; justamente por isso o ho-mem do nosso tempo mais do que nunca necessita do Evangelho: da fé que salva, da esperança que ilumina, da caridade que ama” (Compêndio da Doutrina Social da Igreja, Pontifício Conselho “Justiça e Paz”, pág. 13).

O catequista é alguém que está em contato direto com muitas pes-soas e, por isso, sabe bem que pode encontrar todo tipo de opinião sobre seu serviço comunitário e também sobre a Igreja em si. Assim, não é difí-cil encontrarmos pessoas, geralmen-te desligadas das ações de suas res-pectivas paróquias, que dizem coisas como: “A Igreja não se preocupa com os pobres”; “A Igreja é tão rica e não liga para a fome do povo”; ou ainda que “Os padres só pensam em rezar”. Mas, se olharmos a Igreja com um pouco mais de boa vontade, veremos que a verdade não é bem essa. Prova disso é uma área tão importante da Teologia cultivada por nossa Igreja: a Doutrina Social da Igreja (DSI), que se desenvolve, efetivamente, a partir do princípio que afirma a intangível dignidade da pessoa humana. Essa doutrina (conjunto de ideias) possui uma profunda unidade, que provém da fé em uma salvação integral, da esperança em uma justiça plena e da caridade que torna todos os homens verdadeiramente irmãos em Cristo.

Nos últimos trinta anos, a DSI pas-sou a ser mais procurada por padres e leigos, uma vez que a situação atual é favorável para que se aprofunde mais

Catequese

Doutrina Social da Igreja à luz da CF 2015

em seus ensinamentos. Nos anos que vão de 1920 a 1970, ela era muito im-portante na nossa Igreja, mas foi sen-do menos estudada com o tempo. Por quê? Uma das razões para que isso ocorresse foi a linguagem árida dos documentos que a apresentavam; outra foi a defesa da propriedade pri-vada que, desde a Encíclica Rerum Novarum, do papa Leão XIII, a Igreja fez. Isso fez com que muitos a iden-tificassem como “defesa dos ricos”. Junte-se a esses fatores a reserva da Igreja quanto à luta de classes e o fato de a temática religiosa algumas vezes parecer alienante. Porém, hoje perce-be-se que as afirmações que a Igreja fazia desde o final do século XIX apa-recem de forma mais clara.

Quando a Igreja fazia críticas ao sistema capitalista, ela olhava para a situação da classe trabalhadora, e hoje, dentro do próprio capitalis-mo, surgem movimentos contra ele (como, por exemplo, o movimento ecológico). Também sobre a valoriza-ção do operariado e dos sindicatos, a Igreja já falava, despertando para a necessidade crescente de sua organi-zação. Sempre procurando levar um conhecimento sobre a sociedade, a Igreja se oferece como um modelo de se encontrar uma maneira de relacio-namento coletivo com Jesus, dentro de uma perspectiva da fé e do ideal de fraternidade.

A DSI é constituída de documentos papais, dos Concílios (como o Vatica-no II) e de documentos das conferên-cias (Medellín, Puebla, Santo Domin-go, Aparecida), e também do que as comunidades vão construindo para superar os problemas diários que elas enfrentam. Ela tem por objetivo oferecer princípios, valores de refle-xão que possam ser assimilados pela pessoa para iluminar sua caminhada de fé, a fim de se conhecer melhor a realidade em que se vive para poder melhor atuar nela. Assim nos apre-

senta critérios de discernimento para que saibamos o que convém ou não aceitar, e diretrizes para a ação con-creta de cada membro da Igreja. Não é do interesse da Igreja oferecer solu-ções técnicas para os problemas ou oferecer modelos de sociedade, pois isso não é de sua competência. Cabe a ela lutar para que haja vida digna para todos, dentro das sociedades onde ela se insere, seguindo sempre os princípios evangélicos.

Quais são as fontes da DSI?Até o papa João XXIII, a Igreja ba-

seava sua Doutrina Social no “direito natural”, que seria comum a todos. Os papas construíam seu pensamento sobre direitos advindos da igualdade entre todos os homens. Seus suces-sores voltaram-se para os dados da Revelação: o ser humano é imagem e semelhança de Deus. Também as reflexões teológicas que, desde os primeiros séculos da Igreja, ocupam vários de seus pensadores. Cada en-cíclica é uma reflexão teológica e, por isso, cada documento novo traz em seu primeiro capítulo um resumo dos documentos anteriores.

Além disso, as experiências históri-cas constituem importantes fontes da DSI. A Igreja é feita de gente, e gen-te evolui. Hoje, na pós-modernidade, surgem novos valores e interesses que nos levam a novas experiências, de onde se tiram preciosas lições de vida, e os membros da Igreja, espe-cialmente os catequistas, não podem deixar de se inteirar delas.

Para quem a Igreja constrói e ofe-rece essa reflexão ética sobre a so-ciedade?

Em primeiro lugar, aos católicos que a compõem; depois, pelo fato de termos fontes em comum, a todos os cristãos; e também, independente-mente de qualquer coisa, a todas as pessoas de boa vontade do mundo. Quem iniciou a abertura da DSI a es-ses últimos foi o papa João XXIII.

Atualmente, novos estudos da Sagrada Escritura vêm nos trazendo mais elementos sobre a DSI, como a visão de um Deus que se põe ao lado do sofredor. Onde lemos que o povo de Israel era escravizado no Egito e que Deus quis libertá-lo, a DSI nos ensina a questionar sobre quem hoje em dia é “escravizado” em nossa so-ciedade, e disso surgem desafios e consequências da opção pelos mais fracos e necessitados. Assim, o com-promisso da DSI acaba sendo concre-to, exigindo a práxis, ou seja, a teoria aliada à ação, para que cada um de nós se conscientize e assuma seu pa-pel de verdadeiro discípulo missioná-rio de Jesus.

Dentro desse espírito de ação con-

creta, a Igreja no Brasil realiza, duran-te o período quaresmal, a Campanha da Fraternidade (CF) desde 1964. Este ano realizará a 52ª CF, que tem como tema “Fraternidade: Igreja e Socieda-de”, e como lema “Eu vim para servir” (cf. Mc 10,45). Esse tema vem de en-contro às ideias da DSI e traz como seu objetivo geral “Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colabora-ção entre a Igreja e a sociedade, pro-postos pelo Concílio Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edi-ficação do Reino de Deus”. Assim, ela convoca a todos a assumir seu papel de cristãos e de cidadãos, conscientes da necessidade de sua atuação pesso-al para se criar um mundo mais justo e fraterno, onde as pessoas possam viver plenamente, ter “vida em abun-dância”.

Para que isso realmente ocorra, e não fique apenas em palavras bo-nitas, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil apresenta os objeti-vos específicos da CF 2015 que são a compreensão da realidade atual, o discernimento das questões que de-safiam a evangelização, o ato de fazer memória do caminho percorrido até aqui, aprofundar a questão da digni-dade da pessoa, incentivar as pesso-as e as comunidades a exercerem seu protagonismo, atuar profeticamente para o desenvolvimento integral da pessoa e de construção de uma nova sociedade e identificar os fatores que constroem a paz e o bem comum.

Que nós, catequistas, possamos nos dispor a conhecer melhor a DSI e participar ativamente da CF 2015, buscando relacioná-las em nosso in-terior para melhor levá-las a nossos catequizandos, famílias e comunida-des, e que, assim, cheguemos a com-preender nosso verdadeiro papel na Igreja e possamos dizer, de coração: “Eu vim para servir”.

Por José Oseas Mota,catequista e professor em Guaxupé

Page 12: QUARESMA - guaxupe.org.brguaxupe.org.br/wp-content/uploads/2015/03/jornal_comunhao_marco... · VOLTAR PARA O SENHOR: Ele é benigno e compassivo, paciente e cheio de misericórdia,

12 Jornal Comunhão - A Serviço das Comunidades

Comunicações

Agenda Pastoral de Março

Comemorações de Março

2-5 Retiro do Clero em São Pedro - SP7 Diocese: Cursilho - Reunião do GED em Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana da equipe do TLC em Guaxupé Reunião do Setor Juventude em Guaxupé Reunião da Coord. Diocesana dos MECEs em Guaxupé9 Setores Alfenas e Areado: Reunião dos Presbíteros na Paróquia São Pedro em Alfenas11 Diocese: Reunião do Conselho de Formação Presbiteral em Guaxupé12 Setor Guaxupé: Reunião dos Presbíteros em Nova Resende12-15 Cursilho Masculino em Monte Santo de Minas14 Setores Guaxupé, Passos e Paraíso: Reunião de Coord. Paroquiais de Catequese15 Setores Poços, Alfenas, Areado e Cássia: Reunião de Coord. Paroquiais de Catequese

Natalício01 Pe. José Carlos Carvalho08 Pe. José Augusto da Silva11 Pe. José Ronaldo Neto12 Pe. Gilgar Paulino Freire14 Pe. Gilvair Messias da Silva17 Pe. Célio Laurindo da Silva

17 Pe. Márcio Alves Pereira19 Pe. Luciano Campos Cabral21 Pe. Benedito Donizetti Vieira23 Pe. Ronaldo Robster de Melo24 Pe. Guaraciba Lopes de Oliveira28 Pe. Claiton Ramos

Ordenação06 Frei Aldo Nasello10 Pe. Heraldo de Freitas Lamin – 25 anos11 Dom Messias dos Reis Silveira – episcopal12 Pe. Dirceu Soares Alves

14 Pe. Adivaldo Antônio Ferreira25 Pe. Edno Tadeu de Oliveira – 25 anos 30 Pe. Juvenal Cândido Martins – 25 anos

16 Setor Passos: Reunião dos Presbíteros18 Setor Poços: Reunião dos Presbíteros na Paróquia São Judas em Poços19 Setores Cássia e Paraíso: Reunião dos Presbíteros em Claraval19-22 Cursilho Feminino em Monte Santo de Minas20-22 Diocese: Retiro de Oração – RCC Visita Pastoral de Dom José Lanza Neto21 Diocese: Encontro Diocesano de Comunicação em Guaxupé Setores Missionários: Reunião com os formadores das SMP 22 Setor Guaxupé: Formação CMP – Mãe Rainha25 Diocese: Encontro com os Presbíteros até 05 anos de ministério26 Diocese: Reunião do Conselho de Presbíteros em Guaxupé28 Reunião do Conselho Diocesano do ECC em Pratápolis