QUESTÕES DE DIREITO PENAL 2ª FASE COMPILADO

8/16/2019 QUESTÕES DE DIREITO PENAL 2ª FASE COMPILADO

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QUESTÃO 01

Gisele foi denunciada, com recebimento ocorrido em 31/10/2010, pela prtica do delitode les!o corporal le"e, com a presen#a da circunst$ncia a%ra"ante, de ter o crime sidocometido contra mul&er %r"ida' (sso por)ue, se%undo narrou a inicial acusat*ria,Gisele, no dia 01/0+/200, ent!o com 1 anos, ob-eti"ando pro"ocar les!o corporalle"e em .manda, deu um c&ute nas costas de arolina, por confundila com a)uela,ocasi!o em )ue arolina )ue esta"a %r"ida caiu de -oel&os no c&!o, lesionandose'

. "tima, muito atordoada com o acontecido, ficou por um tempo sem saber o )uefa4er, mas foi con"encida por .manda sua ami%a e pessoa a )uem Gisele realmente)ueria lesionar a noticiar o fato na dele%acia' Sendo assim, t!o lo%o "oltou de uminterc$mbio, mais precisamente no dia 15/10/200, arolina compareceu 6 dele%aciae noticiou o fato, representando contra Gisele' 7or orienta#!o do dele%ado, arolinafoi instruda a fa4er e8ame de corpo de delito, o )ue n!o ocorreu, por)ue osferimentos, muito le"es, - &a"iam sarado' O 9inist:rio 7;blico, na den;ncia, arrolou .manda como testemun&a'

Em seu depoimento, feito em sede -udicial, .manda disse )ue n!o "iu Gisele bater emarolina e nem "iu os ferimentos, mas disse )ue poderia afirmar com con"ic#!o )ueos fatos noticiados realmente ocorreram, pois esta"a na casa da "tima )uando estac&e%ou c&orando muito e narrando a &ist*ria' <!o foi ou"ida mais nen&umatestemun&a e Gisele, em seu interro%at*rio, e8erceu o direito ao sil=ncio' umpredestacar )ue a primeira e ;nica audi=ncia ocorreu apenas em 20/03/2012, mas )ue,anteriormente, tr=s outras audi=ncias foram marcadas> apenas n!o se reali4arampor)ue, na primeira, o ma%istrado n!o p?de comparecer, na se%unda o 9inist:rio7;blico n!o compareceu e a terceira n!o se reali4ou por)ue, no dia marcado, foi dadoponto facultati"o pelo %o"ernador do Estado, ra4!o pela )ual todas as audi=ncias

foram redesi%nadas' .ssim, somente na )uarta data a%endada : )ue a audi=nciaefeti"amente aconteceu' Tamb:m merece desta)ue o fato de )ue na referidaaudi=ncia o par)uet n!o ofereceu proposta de suspens!o condicional do processo,pois, conforme documentos comprobat*rios -untados aos autos, em 30/03/200,Gisele, em processo criminal onde se apura"am outros fatos, aceitou o benefcioproposto'

.ssim, se%undo o promotor de -usti#a, afi%ura"ase imposs"el formula#!o de no"aproposta de suspens!o condicional do processo, ou de )ual)uer outro benefcioanterior n!o destacado, e, al:m disso, tal dado de"eria fi%urar na condena#!o orapleiteada para Gisele como outra circunst$ncia a%ra"ante, )ual se-a, reincid=ncia'

<esse sentido, considere )ue o ma%istrado encerrou a audi=ncia e abriu pra4o,intimando as partes, para o oferecimento da pe#a processual cab"el'

omo ad"o%ado de Gisele, le"ando em conta t!o somente os dados contidos noenunciado, elabore a pe#a cab"el' @alorA B,0



G.C.D(TO O9E<T.O

O e8aminando, obser"ando a estrutura correta, de"er elaborar 9E9OD(.(S, comfundamento no .rt' +03, F3o, do 77'

. pe#a de"e ser endere#ada ao ui4 do ui4ado Especial riminal'

7reliminarmente, de"e ser ale%ada a decad=ncia do direito de representa#!o' Os fatosocorreram em 01/0+/200 e a representa#!o apenas foi feita em 15/10/200 .rt' 35,77'

Tamb:m em carter preliminar de"e ser ale%ada a nulidade do processo pelainobser"$ncia do rito da Hei '0/B, anulandose o recebimento da den;ncia, com aconse)uente prescri#!o da pretens!o puniti"a' (sso por)ue os fatos datam de01/0+/200 e a pena m8ima em abstrato pre"ista para o crime de les!o corporal le"e Ide um ano, )ue prescre"e em )uatro anos .rt' 10, inciso @, do 7' omo se tratade acusada menor de 21 anos de idade, o pra4o prescricional redu4se pela metade.rt' 11B, do 7, totali4ando dois anos' om a anula#!o do recebimento da den;ncia,

este marco interrupti"o desaparece e, assim, confi%urase a prescri#!o da pretens!opuniti"a'

<o m:rito, de"e ser re)uerida absol"i#!o por falta de pro"a' . materialidade do deliton!o restou compro"ada, tal como e8i%e o .rt' 1B5, do 77' O delito de les!o corporal: n!o transeunte e e8i%e percia, se-a direta ou indireta, o )ue n!o foi feito' <otese)ue n!o foi reali4ado e8ame pericial direto e nem a percia indireta p?de ser feita, poisa ;nica testemun&a n!o "iu nem os fatos e nem mesmo os ferimentos'

Tamb:m no m:rito, de"e ser ale%ado )ue n!o incidem nen&uma das circunst$nciasa%ra"antes a"entadas pelo 9inist:rio 7;blico' He"ando em conta )ue Gisele a%iu em&ip*tese de erro sobre a pessoa .rt' 20, F 3o, do 7, de"em ser consideradasapenas as caractersticas da "tima pretendida .manda e n!o da "tima realarolina, )ue esta"a %r"ida' .l:m disso, n!o incide a a%ra"ante da reincid=ncia,pois a aceita#!o da proposta de suspens!o condicional do processo n!o acarretacondena#!o e muito menos reincid=ncia> Gisele ainda : primria'

.o final, de"e elaborar os se%uintes pedidosA a e8tin#!o de punibilidade peladecad=ncia do direito de representa#!o> a declara#!o da nulidade do processo com aconse)uente e8tin#!o da punibilidade pela prescri#!o da pretens!o puniti"a> aabsol"i#!o da r: com fundamento na aus=ncia de pro"as para a condena#!o'Subsidiariamente, em caso de condena#!o, de"er pleitear a n!o incid=ncia dacircunst$ncia a%ra"ante de ter sido, o delito, cometido contra mul&er %r"ida> a n!o

incid=ncia da a%ra"ante da reincid=ncia> a atenua#!o da pena como conse)u=ncia 6aplica#!o da atenuante da menoridade relati"a da r:'



QUESTÃO 02

Daimundo, - de posse de "eculo automotor furtado de concessionria, percebe )uen!o tem onde %uardlo antes de "end=lo para a pessoa )ue o encomendara' .ssim,resol"e li%ar para um %rande ami%o seu, Jenri)ue, e ap*s contar toda sua empreitada,pedel&e )ue ceda a %ara%em de sua casa para )ue possa %uardar o "eculo, aomenos por a)uela noite' omo Jenri)ue aceita a-udlo, Daimundo estaciona o carrona casa do ami%o' .o raiar do dia, Daimundo parte com o "eculo, )ue seria le"adopara o comprador'

onsiderando as informa#Kes contidas no te8to responda, -ustificadamente, aos itensa se%uir' . Daimundo e Jenri)ue a%iram em concurso de a%entesL @alorA 0,MBCQual o delito praticado por Jenri)ueL @alorA 0,B0



G.C.D(TO O9E<T.O

.' <!o & concurso de a%entes, pois o au8lio foi proposto ap*s a consuma#!o docrime de furto' .ssim, n!o est!o presentes os re)uisitos necessrios 6 confi%ura#!o

do concurso de a%entes, mormente liame sub-eti"o e identidade da infra#!o penal'C' Na"orecimento real .rt' 3+, do 7'Obs'A Despostas contradit*rias n!o ser!opontuadas'



QUESTÃO 03

ilson, e8tremamente embria%ado, discute com seu ami%o unior na cal#ada de umbar - "a4io pelo a"an#ado da &ora' . discuss!o tornase acalorada e, com inten#!ode matar, ilson desfere )uin4e facadas em unior, todas na altura do abd?men'Toda"ia, ao "er o ami%o %ritando de dor e es"aindose em san%ue, ilson,desesperado, pe%a um ta8i para le"ar unior ao &ospital' H c&e%ando, o socorro :eficiente e unior conse%ue recuperarse das %ra"es lesKes sofridas'

.nalise o caso narrado e, com base apenas nas informa#Kes dadas, responda,fundamentadamente, aos itens a se%uir'

. P cab"el responsabili4ar ilson por tentati"a de &omicdioL @alorA 0,B

C aso unior, mesmo tendo sido socorrido, n!o se recuperasse das lesKes e "iessea falecer no dia se%uinte aos fatos, )ual seria a responsabilidade -urdicopenal deilsonL @alorA 0,0



G.C.D(TO O9E<T.O

.' <!o, pois ilson ser beneficiado pelo instituto do arrependimento efica4, pre"istona parte final do .rt' 1B do *di%o 7enal' .ssim, somente responder pelos atospraticados, no caso, as lesKes corporais %ra"es sofridas por ;nior'

Obs'A . mera indica#!o de arti%o le%al n!o %arante atribui#!o de pontos' Tamb:m n!oser!o pontuadas respostas contradit*rias'

C' <esse caso, como n!o &ou"e eficcia no arrependimento, o )ue : e8i%ido pelo .rt'1B, do *di%o 7enal, ilson de"er responder pelo resultado morte, ou se-a, de"erresponder pelo delito de &omicdio doloso consumado'



QUESTÃO 0+

9rio est sendo processado por tentati"a de &omicdio uma "e4 )ue in-etousubst$ncia "enenosa em Huciano, com o ob-eti"o de matlo' <o curso do processo,uma amostra da referida subst$ncia foi recol&ida para anlise e en"iada ao (nstituto deriminalstica, ficando compro"ado )ue, pelas condi#Kes de arma4enamento eacondicionamento, a subst$ncia n!o fora &bil para produ4ir os efeitos a )ue esta"adestinada' 9esmo assim, ar%uindo )ue o ma%istrado n!o esta"a adstrito ao laudo, o9inist:rio 7;blico pu%nou pela pron;ncia de 9rio nos e8atos termos da den;ncia'

om base apenas nos fatos apresentados, responda -ustificadamente'. O ma%istradode"eria pronunciar 9rio, impronuncilo ou absol"=lo sumariamenteL @alorA 0,B

C aso 9rio fosse pronunciado, )ual seria o recurso cab"el, o pra4o de interposi#!oe a )uem de"eria ser endere#adoL @alorA 0,0



G.C.D(TO O9E<T.O

. e"eria absol"=lo sumariamente, por for#a do .rt' +1B, (((, do 77' O caso narradon!o constitui crime, sendo &ip*tese de crime imposs"el'

C P cab"el recurso em sentido estrito .rt' B51, (@, do 77> de"e ser interposto no

pra4o de cinco dias .rt' B5 77> a peti#!o de interposi#!o de"e ser endere#ada ao -ui4 a )uo e as ra4Kes de"er!o ser endere#adas ao Tribunal de usti#a'



QUESTÃO 0B

Haura, empresria do ramo de festas e e"entos, foi denunciada diretamente noTribunal de usti#a do Estado R, pela prtica do delito descrito no .rt' 333 do 7corrup#!o ati"a' <a mesma inicial acusat*ria, o 7rocurador Geral de usti#a imputoua Hucas, 7romotor de usti#a estadual, a prtica da conduta descrita no .rt' 31M do 7corrup#!o passi"a'

. defesa de Haura, ent!o, impetrou &abeas corpus ao ar%umento de )ue estariamsendo "iolados os princpios do -ui4 natural, do de"ido processo le%al, do contradit*rioe da ampla defesa> ar%uiu, ainda, )ue estaria ocorrendo supress!o de inst$ncia, o )uen!o se poderia permitir'

<esse sentido, considerando apenas os dados fornecidos, responda,fundamentadamente, aos itens a se%uir' . Os ar%umentos da defesa de HauraprocedemL @alorA 0,MBC Haura possui direito ao duplo %rau de -urisdi#!oL @alorA0,B0



G.C.D(TO O9E<T.O

.' <!o procedem os ar%umentos da defesa de Haura, com base no @erbete M0+, daS;mula do STN' O fato de Haura ser -ul%ada diretamente pelo Tribunal de usti#a n!ol&e tira a possibilidade de mane-ar outros recursos' .ssim, n!o & )ual)uer ferimentoao de"ido processo le%al, nem ao contradit*rio e muito menos 6 ampla defesa' 7or fim, tamb:m n!o & )ue se falar em desrespeito ao princpio do -ui4 natural, - )ue aatra#!o por cone8!o ou contin=ncia n!o confi%ura cria#!o de tribunal de e8ce#!o,sendo certo )ue n!o se pode confundir R-ui4 natural com R-u4o de primeiro %rau'

C' Haura n!o possui direito ao duplo %rau de -urisdi#!o' O princpio do duplo %rauasse%ura o -ul%amento da causa em primeira inst$ncia e a re"is!o da senten#a por *r%!o di"erso' O recurso )ue tradu4 por e8cel=ncia o princpio do duplo %rau : aapela#!o, a )ual de"ol"e ao Tribunal, para no"a anlise, toda a mat:ria de fato e dedireito' omo Haura ser -ul%ada diretamente pelo Tribunal de usti#a, n!o ter direitoao duplo %rau de -urisdi#!o, mas isso n!o a impede de e8ercer o contradit*rio e nem aampla defesa, estandol&e asse%urado, assim, o de"ido processo le%al'

Obs'A <!o ser!o pontuadas respostas contradit*rias'



QUESTÃO 0

@isando abrir um restaurante, os: pede "inte mil reais emprestados a aio,assinando, como %arantia, uma nota promiss*ria no aludido "alor, com "encimentopara o dia 1B de maio de 2010' <a data mencionada, n!o tendo &a"ido pa%amento,aio telefona para os: e, educadamente, cobra a d"ida, obtendo do de"edor apromessa de )ue o "alor seria pa%o em uma semana'

Nindo o pra4o, aio no"amente contata os:, )ue, desta "e4, afirma estar semdin&eiro, pois o restaurante n!o apresentara o lucro esperado' (ndi%nado, aiocomparece no dia 2+ de maio de 2010 ao restaurante e, mostrando para os: umapistola )ue tra4ia consi%o, afirma )ue a d"ida de"eria ser saldada imediatamente,pois, do contrrio, os: pa%aria com a pr*pria "ida' .terrori4ado, os: entra norestaurante e telefona para a polcia, )ue, entretanto, n!o encontra aio )uando c&e%aao local'

Os fatos acima referidos foram le"ados ao con&ecimento do dele%ado de polcia da

localidade, )ue instaurou in)u:rito policial para apurar as circunst$ncias do ocorrido' .o final da in"esti%a#!o, tendo aio confirmado a ocorr=ncia dos e"entos em suainte%ralidade, o 9inist:rio 7;blico o denuncia pela prtica do crime de e8tors!o)ualificada pelo empre%o de arma de fo%o' Decebida a inicial pelo -u4o da Ba @arariminal, o r:u : citado no dia 15 de -aneiro de 2011'

7rocurado apenas por aio para representlo na a#!o penal instaurada, sabendose)ue oa)uim e 9anoel presenciaram os telefonemas de aio cobrando a d"ida"encida, e com base somente nas informa#Kes de )ue dispKe e nas )ue podem ser inferidas pelo caso concreto acima, redi-a, no ;ltimo dia do pra4o, a pe#a cab"el,in"ocando todos os ar%umentos em fa"or de seu constituinte'



G.C.D(TO O9E<T.O

O e8aminando de"er redi%ir uma resposta 6 acusa#!o, pre"ista no arti%o 3 do 77e/ou art' 3. do 77, a ser endere#ada ao -u4o da Ba @ara riminal eapresentada no dia 25 de -aneiro de 2011'

<a referida pe#a, o e8aminando de"er demonstrar )ue a conduta descrita pelo9inist:rio 7;blico caracteri4aria apenas o crime de e8erccio arbitrrio das pr*priasra4Kes, pre"isto no arti%o 3+B do 7, uma "e4 )ue para a confi%ura#!o do delito dee8tors!o seria imprescind"el )ue a "anta%em fosse inde"ida, sendo a conduta, comrela#!o ao delito do arti%o 1B5, atpica'

Outrossim, o e8aminando de"er esclarecer )ue o 9inist:rio 7;blico n!o : partele%tima para fi%urar no polo ati"o de processo criminal pelo delito de e8erccioarbitrrio das pr*prias ra4Kes, pois n!o &ou"e empre%o de "iol=ncia, sendo esteperse)u"el por a#!o penal pri"ada'

Em ra4!o disso, o e8aminando de"er afirmar )ue caberia a os: a-ui4ar )uei8acrime

dentro do pra4o decadencial de seis meses, contados a partir do dia 2+ de maio de2010 e, uma "e4 n!o tendo sido oferecida a )uei8acrime at: o dia 23 de no"embro de2010, incidiu sobre o feito o fen?meno da decad=ncia, restando e8tinta a punibilidadede aio'

.o final, o e8aminando de"er pedir a absol"i#!o sumria de aio, com fundamentono arti%o 3M, ((( pela atipicidade do delito de e8tors!o e (@ pela incid=ncia dadecad=ncia, do 77' .l:m de tais pedidos, com base no princpio da e"entualidade,de"er re)uerer a produ#!o de pro"a testemun&al, com a oiti"a de oa)uim e 9anoel'

7or fim, o e8aminando de"er apontar em sua pe#a a data de 25 de -aneiro de 2011'

<!o sendo obser"ada a correta di"is!o das partes, indica#!o de local, data eassinatura, ser imposs"el atribui#!o dos pontos relati"os 6 estrutura'



QUESTÃO 0M

Em determinada a#!o fiscal procedida pela Deceita Nederal, ficou constatado )ueHucile n!o fe4 constar )uais)uer rendimentos nas declara#Kes apresentadas pela suaempresa nos anos de 200, 2010 e 2011, omitindo opera#Kes em documentos e li"rose8i%idos pela lei fiscal'

(niciado processo administrati"o de lan#amento, mas antes de seu t:rmino, o9inist:rio 7;blico entendeu por bem oferecer den;ncia contra Hucile pela prtica dodelito descrito no art' 1o, inciso (( da Hei n' 5'13M/0, combinado com o art' M1 do*di%o 7enal' . inicial acusat*ria foi recebida e a defesa intimada a apresentar resposta 6 acusa#!o'

.tentoa ao caso apresentado, bem como 6 orienta#!o dominante do STN sobre otema, responda, fundamentadamente, o )ue pode ser ale%ado em fa"or de Hucile'@alorA 1,2B



G.C.D(TO O9E<T.O

O e8aminando de"er desen"ol"er raciocnio acerca da atipicidade do fato, eis )ue,conforme entendimento pacificado no STN, n!o se tipifica crime material contra aordem tributria, pre"isto no art' 1o, incisos ( a (@, da Hei n' 5'13M/0, antes dolan#amento definiti"o do tributo "erbete 2+ da S;mula @inculante do STN'

iante da ine8ist=ncia de crime, em sede de resposta 6 acusa#!o, de"ese ale%ar &ip*tese de absol"i#!o sumria, conforme art' 3M, ((( do 77'

7or fim, cumpre destacar )ue em "irtude de o enunciado da )uest!o ser e8presso aoe8i%ir fundamenta#!o na resposta, a mera transcri#!o da referida S;mula se-a deforma direta, se-a de forma indireta, dos termos da frase, bem como a mera indica#!odo art' 3M do 77, n!o autori4am a pontua#!o inte%ral'



QUESTÃO 05

.bel e Nelipe obser"a"am diariamente um restaurante com a finalidade de cometer umcrime' Sabendo )ue poderiam obter al%uma "anta%em sobre os clientes )ue ofre)uenta"am, .bel e Nelipe, sem )ual)uer combina#!o pr:"ia, conse%uiram, cadaum, uniformes semel&antes aos utili4ados pelos manobristas de tal restaurante'

<o incio da tarde, apro"eitando a oportunidade em )ue n!o &a"ia nen&um funcionriono local, a dupla, "estindo os uniformes de manobristas, permaneceu 6 espera desuas "timas, mas, a%indo de modo separado'

T:rcio, o primeiro cliente, ao c&e%ar ao restaurante, iludido por .bel, entre%a de forma"oluntria a c&a"e de seu carro' .bel, ao in":s de condu4ir o "eculo para oestacionamento, e"adese do local' <arcsio, o se%undo cliente, c&e%a ao restaurantee n!o entre%a a c&a"e de seu carro, mas Nelipe a subtrai sem )ue ele o percebesse'Nelipe tamb:m se e"ade do local'

Empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente

ao caso, responda 6s )uestKes a se%uir'

. Qual a responsabilidade -urdicopenal de .bel ao praticar tal condutaL respondamoti"ando sua imputa#!o @alorA 0,B

C Qual a responsabilidade -urdicopenal de Nelipe ao praticar tal condutaL respondamoti"ando sua imputa#!o @alorA 0,0



G.C.D(TO O9E<T.O

Delati"amente ao item R. da )uest!o, o e8aminando, para %arantir a atribui#!ointe%ral dos pontos respecti"os, de"er desen"ol"er raciocnio no sentido de )ue .belcometeu apenas o crime de estelionato, pre"isto no art' 1M1 do *di%o 7enalbrasileiro'

Outrossim, de"er indicar )ue o crime caracteri4ase pela fraude )ue : usada comomeio de obter o consentimento da "tima )ue, iludida, entre%a "oluntariamente a c&a"ede seu carro para .bel'

<o )ue tan%e ao item RC, de"er ser desen"ol"ido raciocnio no sentido de )ue Nelipecometeu apenas o delito de furto simples, capitulado no arti%o 1BB caput do *di%o7enal'

Salientese )ue, no caso em tela, n!o ser!o admitidas respostas )ue indicarem aincid=ncia de )ualificadoras, uma "e4 )ue, apesar de o a%ente ter se "estido demanobrista, tal fato em nada interferiu na subtra#!o do bem'

Tampouco se pode falar em crime cometido mediante destre4a, &a-a "ista o fato de)ue, no enunciado da )uest!o, n!o & )ual)uer refer=ncia ao fato de Nelipe possuir &abilidades especiais )ue pudessem fa4er com )ue efeti"asse a subtra#!o sem )ue a"tima percebesse'

.ssim sendo, o delito por ele praticado foi, apenas, o de furto na forma simples,descrito no caput do arti%o 1BB do *di%o 7enal'

.inda no item RC, de maneira alternati"a e com o fim de pri"ile%iar demonstra#!o decon&ecimento -urdico, ser pontuado o e8aminando esclarecer somente estar presente o n;cleo do tipo e, por conta disso, a conduta de Nelipe apenas se

en)uadraria no caput do arti%o citado'

7or fim, em nen&um dos itens poder ser atribuda pontua#!o pela mera e8plica#!o daatua#!o dos a%entes se essa esti"er dissociada da correta tipifica#!o do crime'



QUESTÃO 0

o!o e os: foram denunciados pela prtica da conduta descrita no art' 31 do 7concuss!o' urante a instru#!o, percebeuse )ue os fatos narrados na den;ncia n!ocorresponderiam 6)uilo )ue efeti"amente teria ocorrido, ra4!o pela )ual, ao cabo dainstru#!o criminal e ap*s a respecti"a apresenta#!o de memoriais pelas partes,apurouse )ue a conduta tpica ade)uada seria a)uela descrita no art' 31M do 7corrup#!o passi"a' O ma%istrado, ent!o, fe4 remessa dos autos ao 9inist:rio 7;blicopara fins de aditamento da den;ncia, com a no"a capitula#!o dos fatos' <essesentido, atentoa ao caso narrado e considerando apenas as informa#Kes contidas note8to, responda fundamentadamente, aos itens a se%uir'

. Estamos diante de &ip*tese de mutatio libelli ou de emendatio libelliL Qualdispositi"o le%al de"e ser aplicadoL @alorA 0,B0

C 7or )ue o pr*prio -ui4, na senten#a, n!o poderia dar a no"a capitula#!o e, combase nela, condenar os r:usL

@alorA 0,B0

P poss"el )ue o Tribunal de usti#a de determinado estado da federa#!o, aoanalisar recurso de apela#!o, proceda 6 mutatio libelliL @alorA 0,2B



G.C.D(TO O9E<T.O

7ara %arantir pontua#!o 6 )uest!o, o e8aminando de"er, no item R., responder, nostermos do )uestionado, )ue a &ip*tese tratada : de mutatio libelli, instituto descrito noart' 35+ do 77'

<!o ser!o admitidas respostas )ue tra%am emendatio libelli, tendo em "ista )ue oenunciado da )uest!o : claro ao dispor )ue Ros fatos narrados na den;ncia n!ocorresponderiam 6)uilo )ue efeti"amente teria ocorrido' Tal e8press!o, por si s*,ainda afastaria a incid=ncia do disposto no art' 353, do 77, uma "e4 )ue a)ueledispositi"o le%al tra4 e8plicitamente restri#!o 6 sua utili4a#!o para &ip*teses em )uen!o ocorra modifica#!o na Rdescri#!o do fato contida na den;ncia ou )uei8a'

Quanto ao item RC, para %arantir a pontua#!o pertinente, o e8aminando de"erresponder )ue o -ui4 n!o poderia, na senten#a, dar no"a capitula#!o e com base nelacondenar os r:us por)ue de"e obedi=ncia aos princpios da imparcialidade e in:rciada -urisdi#!o'

e maneira alternati"a e com o fim de pri"ile%iar a demonstra#!o de con&ecimento -urdico, ser admitida resposta no sentido de )ue tal conduta, por parte doma%istrado, feriria o sistema/princpio acusat*rio ou, ainda, no sentido de )ue talconduta feriria o princpio da correla#!o/con%ru=ncia entre acusa#!o e senten#a'

Dessaltese )ue no tocante ao item RC a )uest!o solicita anlise acerca da condutado ma%istrado )ue, na senten#a, daria no"a capitula#!o aos fatos em decorr=ncia deelemento ou circunst$ncia da infra#!o penal n!o contida na acusa#!o'

<esse sentido, cabe destacar )ue 6 lu4 do sistema acusat*rio adotado pelaonstitui#!o da Dep;blica Nederati"a do Crasil, o -ul%ador de"e ser imparcial e, por isso, suas decisKes de"em estar bali4adas pelo conte8to ftico descrito na pe#aacusat*ria princpio da correla#!o entre acusa#!o e senten#a'

.ssim, caso o ma%istrado "iesse a condenar os r:us com fundamento em fatos n!onarrados na den;ncia tal como descrito no enunciado n!o s* estaria substituindose ao acusador a )uem pertence a atribui#!o de determinar )uais fatos ser!oimputados aos acusados, mas tamb:m estaria "iolando as %arantias do contradit*rioe ampla defesa dos r:us, uma "e4 )ue l&es teria subtrado a possibilidade de debater as e"entuais pro"as de tais fatos'

7or fim, para %arantir a pontua#!o relati"a ao item R, o e8aminando de"erresponder )ue <ÃO : poss"el )ue o Tribunal de usti#a, ao analisar o recurso de

apela#!o, proceda 6 mutatio libelli pois, nos termos do "erbete +B3 da S;mula do STN,"erbisA Rn!o se aplicam 6 se%unda inst$ncia o art' 35+ '''''

Tal conclus!o, no item R, decorre do recon&ecimento de )ue, ad"indo ino"a#!o noconte8to ftico )ue en"ol"e a conduta imputada ao r:u no curso da instru#!o, n!opode &a"er -ul%amento com base nesse no"o conte8to ftico antes )ue as partespossam e8ercer o contradit*rio em sua plenitude'

<essa esteira, cabe destacar )ue a sede pr*pria do contradit*rio acerca dos fatos edas pro"as : o primeiro %rau de -urisdi#!o, sob pena de supress!o de inst$ncia'Tomadas essas duas premissas, alcan#ase a conclus!o de )ue e"entual modifica#!oda defini#!o -urdica do fato decorrente de elemento ou circunst$ncia da infra#!o penal

n!o contida na acusa#!o n!o pode ser reali4ada diretamente pelo se%undo %rau de -urisdi#!o'



QUESTÃO 10

o!o foi denunciado pela prtica do delito pre"isto no art' 2 caput e par%rafo ;nicodo *di%o 7enal' . inicial acusat*ria foi recebida em 30/10/2000 e o processo te"e seucurso normal' . senten#a penal, publicada em 2/0M/200B, condenou o r:u 6 pena de01 um ano, 11 on4e meses e 10 de4 dias de reclus!o, em re%ime semiaberto,mais pa%amento de 1 de4esseis diasmulta' (rresi%nada, somente a defesa interp?sapela#!o' Toda"ia, o E%r:%io Tribunal de usti#a ne%ou pro"imento ao apelo, aoar%umento de )ue n!o &a"eria )ue se falar em e8tin#!o da punibilidade pelaprescri#!o, &a-a "ista o fato de )ue o r:u era reincidente, circunst$ncia de"idamentecompro"ada mediante certid!o cartorria -untada aos autos'

<esse sentido, considerando apenas os dados narrados no enunciado, responda aositens a se%uir'

. Est e8tinta a punibilidade do r:u pela prescri#!oL Em caso positi"o, indi)ue aesp:cie> em caso ne%ati"o, indi)ue o moti"o' @alorA 0,MB

C O disposto no art' 110 caput do 7 : aplic"el ao caso narradoL @alorA 0,B0



G.C.D(TO O9E<T.O

. )uest!o "isa obter do e8aminando o con&ecimento acerca da e8tin#!o dapunibilidade pela prescri#!o' esta forma, para obten#!o da pontua#!o relati"a aoitem R., o e8aminando de"e indicar )ue a punibilidade do r:u est e8tinta com basena prescri#!o da pretens!o puniti"a retroati"a, pois entre a data do recebimento daden;ncia e a data da publica#!o da senten#a condenat*ria transcorreu lapso de temposuperior a )uatro anos'

umpre destacar )ue tal modalidade de prescri#!o : a ;nica )ue se coaduna com ocaso apresentado pelos se%uintes fatosA

i' tendo &a"ido o tr$nsito em -ul%ado para a acusa#!o pois somente a defesa interp?srecurso de apela#!o, de"e ser considerado o )uantum de pena aplicada por ocasi!oda senten#a condenat*ria, ou se-a, 01 um ano, 11 on4e meses e 10 de4 dias dereclus!o, n!o podendo esta ser ma-orada por for#a do princpio )ue impede a suareforma para pior non reformatio in pe-us' .ssim, o pra4o prescricional : de + )uatro

anos, conforme arti%os 10M, inciso (@, c/c 10, inciso @ e 110, F 1o, todos do 7>ii' considerando apenas os dados narrados no enunciado, os ;nicos marcosinterrupti"os da prescri#!o, se%undo o art' 11M do 7, s!o o recebimento da den;ncia30/10/2000 e a publica#!o da senten#a penal condenat*ria 2/0M/200B'

.ssim, com base na pena aplicada na senten#a com tr$nsito em -ul%ado para o9inist:rio 7;blico, retroa%indo se ao primeiro marco interrupti"o narrado pela)uest!o recebimento da den;ncia, obser"ase )ue entre este e o se%undo marcointerrupti"o publica#!o da senten#a condenat*ria, transcorreu lapso temporal maior do )ue )uatro anos, com a conse)uente prescri#!o da pretens!o puniti"a'

Dessaltese )ue -ustamente pela ob-eti"idade do item R., e por n!o ter &a"ido otr$nsito em -ul%ado para ambas as partes, a indica#!o de esp:cie distinta deprescri#!o, )ue n!o a puniti"a, macula a inte%ralidade da resposta e impede aatribui#!o de pontua#!o' <!o & )ue se falar, no caso em comento, em prescri#!o dapretens!o e8ecut*ria'

Em rela#!o ao item RC o e8aminando, para fa4er -us 6 pontua#!o respecti"a, de"eresponder )ue o disposto no art' 110, caput, do 7 n!o : aplic"el ao caso narrado,pois tal arti%o somente : aplicado em se tratando de prescri#!o da pretens!oe8ecut*ria' omo o caso apresentado demonstra a ocorr=ncia da prescri#!o dapretens!o puniti"a, n!o & )ue se falar no aumento de 1/3 um ter#o no pra4oprescricional' Este entendimento : corroborado pelo "erbete 220 da S;mula do ST ao

afirmar )ue Ra reincid=ncia n!o influi no pra4o da prescri#!o da pretens!o puniti"a'



QUESTÃO 11

Gr"ida de no"e meses, .na entra em trabal&o de parto, "indo dar 6 lu4 um meninosaud"el, o )ual : imediatamente colocado em seu colo' .o ter o rec:mnascido emsuas m!os, .na : tomada por e8tremo furor, bradando aos %ritos )ue seu fil&o era umRmonstro &orr"el )ue n!o saiu de mim e bate por se%uidas "e4es a cabe#a da crian#ana parede do )uarto do &ospital, "itimandoa fatalmente' .p*s ser dominada pelosfuncionrios do &ospital, .na : presa em fla%rante delito'

urante a fase de in)u:rito policial, foi reali4ado e8ame m:dicole%al, o )ual atestou)ue .na a%ira sob influ=ncia de estado puerperal' 7osteriormente, foi denunciada, combase nas pro"as col&idas na fase in)uisitorial, sobretudo o laudo do e8pert, perante a1a @ara riminal/Tribunal do ;ri pela prtica do crime de &omicdio triplamente)ualificado, &a-a "ista ter sustentado o 7ar)uet )ue .na fora mo"ida por moti"o f;til,empre%ara meio cruel para a consecu#!o do ato criminoso, al:m de se utili4ar derecurso )ue tornou imposs"el a defesa da "tima' Em sede de .le%a#Kes Ninais Orais,o 7romotor de usti#a reiterou os ar%umentos da den;ncia, sustentando )ue .na teria

a%ido impelida por moti"o f;til ao decidir matar seu fil&o em ra4!o de t=lo ac&ado feioe teria empre%ado meio cruel ao bater a cabe#a do beb= repetidas "e4es contra aparede, al:m de impossibilitar a defesa da "tima, incapa4, em ra4!o da idade, dedefenderse'

. efensoria 7;blica, por sua "e4, ale%ou )ue a r: n!o teria praticado o fato e,alternati"amente, se o ti"esse feito, n!o possuiria plena capacidade deautodetermina#!o, sendo inimput"el' .o proferir a senten#a, o ma%istradocompetente entendeu por bem absol"er sumariamente a r: em ra4!o deinimputabilidade, pois, ao tempo da a#!o, n!o seria ela inteiramente capa4 de seautodeterminar em conse)u=ncia da influ=ncia do estado puerperal' Tendo sido

intimado o 9inist:rio 7;blico da decis!o, em 11 de -aneiro de 2011, o pra4o recursaltranscorreu in albis sem manifesta#!o do 7ar)uet'

Em rela#!o ao caso acima, "oc=, na condi#!o de ad"o%adoa, : procurado pelo paida "tima, em 20 de -aneiro de 2011, para &abilitarse como assistente da acusa#!o eimpu%nar a decis!o'

om base somente nas informa#Kes de )ue dispKe e nas )ue podem ser inferidaspelo caso concreto acima, redi-a a pe#a cab"el, sustentando, para tanto, as teses -urdicas pertinentes, datando do ;ltimo dia do pra4o' "alorA B,00



G.C.D(TO O9E<T.O

O candidato de"e redi%ir uma apela#!o, com fundamento no arti%o B3, ( 77 OU art'+1 77 c/c B5 do 77'

. peti#!o de interposi#!o de"e ser endere#ada ao ui4 de ireito da 1a @ara

riminal/Tribunal do ;ri'<a peti#!o de interposi#!o da apela#!o, o candidato de"er re)uerer a &abilita#!o do paida crian#a como assistente de acusa#!o'

.cerca desse item, cumpre salientar )ue ser atribuda a pontua#!o respecti"a se opedido de &abilita#!o ti"er sido feito em pe#a apartada'

Toda"ia, tamb:m resta decidido )ue n!o ser pontuado o item relati"o 6 estrutura se oindi"duo )ue solicitar a &abilita#!o como assistente de acusa#!o n!o possuir le%itimidadepara tanto'

7or fim, a peti#!o de interposi#!o de"er ser datada de 31/01/2011 OU 01/02/2011'

<o tocante 6s ra4Kes recursais, as mesmas de"er!o ser diri%idas ao Tribunal de usti#a'

<elas, o e8aminando de"e ar%umentar )ue o -ui4 n!o poderia ter absol"ido sumariamentea r: em ra4!o da inimputabilidade, por)ue o *di%o de 7rocesso 7enal, em seu arti%o+1B, par%rafo ;nico, "eda e8pressamente tal pro"id=ncia, sal"o )uando for a ;nica tesedefensi"a, o )ue n!o : o caso, &a-a "ista )ue a defesa tamb:m apresentou outra tese,)ual se-a, a de ne%ati"a de autoria'

Tamb:m de"er ar%umentar )ue a incid=ncia do estado puerperal n!o : consideradacausa e8cludente de culpabilidade fundada na aus=ncia de capacidade deautodetermina#!o' O estado puerperal confi%ura elementar do tipo de infanticdio e n!ocausa e8cludente de imputabilidade/culpabilidade'

.s duas teses principais da pe#a, acima citadas, somente ser!o pass"eis de pontua#!ointe%ral se preenc&idas em sua totalidade, descabendo falarse em respostas implcitas'

o mesmo modo, de"er o e8aminando, em seus pedidos, re)uerer a reforma da decis!ocom o fim de se pronunciar a r: pela prtica do delito de infanticdio, de modo )ue se-a elale"ada a -ul%amento pelo Tribunal do ;ri'

.o final, tamb:m de"er datar corretamente as ra4Kes recursais'

.cerca desse ponto, tendo em "ista o pra4o de tr=s dias disposto no art' 00, F 1o, do77, ser!o aceitas as se%uintes datas nas ra4KesA 31/01/2011> 01/02/2011> 02/02/2011>03/02/2011 e 0+/02/2011 essa ;ltima data s* ser aceita se a peti#!o de interposi#!o ti"er sido datada de 01/02/2011'

umpre salientar )ue tais datas -ustificamse pelo se%uinteA o dia 1 de -aneiro de 2011termo final do pra4o recursal para o 9inist:rio 7;blico foi domin%o e por isso o termoinicial do assistente de acusa#!o ser dia 15 de -aneiro de 2011 ter#afeira, terminandoem 1o de fe"ereiro de 2011' Toda"ia, considerando )ue nem todos os e8aminandosti"eram acesso ao calendrio no momento da pro"a, permitiuse a conta%em dos diascorridos e, nesse caso, o pra4o final para a interposi#!o da apela#!o seria dia 31 de -aneiro de 2011'

7or fim, ainda no tocante ao item da data correta, somente far -us 6 respecti"a pontua#!oo e8aminando )ue acertar as &ip*teses peti#!o de interposi#!o e ra4Kes recursais'



QUESTÃO 12

Dicardo foi denunciado pela prtica do delito descrito no art' 1o da lei n' 5'13M/0, emconcurso material com o crime de falsidade ideol*%ica art' 2 do 7' (sso por)ue,conforme narrado na inicial acusat*ria e confessado pelo r:u no interro%at*rio, obte"e,em determinado estado da federa#!o, licenciamento de seu "eculo de modofraudulento, - )ue indicou endere#o falso' .ssim a%iu por)ue )ueria pa%ar menostributo, &a-a "ista )ue a al)uota do (7@. seria menor' .o cabo da instru#!o criminal,Dicardo foi condenado nos e8atos termos da den;ncia, sendo certo )ue todo ocon-unto probat*rio dos autos era si%nificati"o e aponta"a para a responsabili4a#!o dor:u' <o entanto, atento 6s particularidades do caso concreto, o ma%istrado fi8ou aspenas de ambos os delitos no patamar mnimo pre"isto nos tipos penais, resultando asoma em 03 anos de pena pri"ati"a de liberdade'

omo ad"o%adoa de Dicardo, "oc= dese-a recorrer da senten#a' onsiderandoapenas os dados descritos na )uest!o, indi)ue os ar%umentos )ue mel&or atendam aos interesses de seu cliente' "alorA 1'2B



G.C.D(TO O9E<T.O

. )uest!o ob-eti"a a"aliar o con&ecimento acerca dos princpios relati"os ao conflitoaparente de normas' J de se le"ar em considera#!o )ue problemticas n!o narradasno enunciado n!o podem ser ob-eto de e8i%=ncia' .ssim, nos termos da )uest!o,le"ando em conta apenas os dados fornecidos, o e8aminando somente far -us 6pontua#!o inte%ral se desen"ol"er ar%umenta#!o lastreada no princpio da consun#!oou princpio da absor#!o'

e"er, i%ualmente, demonstrar con&ecimento de )ue o crime descrito no art' 2 do7 falsidade ideol*%ica teria constitudo meio para o cometimento do delitofimcrime contra a ordem tributria art' 1o da Hei n' 5'13M/0, de tal modo )ue a"incula#!o entre a falsidade ideol*%ica e o crime contra a ordem tributria permitiriarecon&ecer, em referido conte8to, a preponder$ncia desse ;ltimo' onse)uentemente,Dicardo somente de"eria responder pelo delito pre"isto no art' 1o da Hei n' 5'13M/0'

.cerca desse ponto e com o intuito de pri"ile%iar o desen"ol"imento do raciocnio, n!o

ser cobrado o inciso preciso do mencionado arti%o da Hei n' 5'13M/0' Toda"ia, pelomesmo moti"o, e"entual resposta )ue tra%a apenas a conse)u=ncia tipifica#!o daconduta de Dicardo, de maneira isolada e dissociada da correta ar%umenta#!o edesen"ol"imento, n!o poder ser pontuada'

7or fim, teses contradit*rias no desen"ol"imento da aplica#!o do princpio daconsun#!o maculam a inte%ralidade da )uest!o' Toda"ia, com o fim de pri"ile%iar ademonstra#!o de con&ecimento correto, n!o ser!o descontados pontos pela ale%a#!ode teses subsidirias, ainda )ue inaplic"eis ao caso, desde )ue n!o confi%uremrespostas contradit*rias'



QUESTÃO 13

Harissa, sen&ora aposentada de 0 anos, esta"a na rodo"iria de sua cidade )uandofoi abordada por um -o"em simptico e bem "estido' O -o"em pediul&e )ue le"assepara a cidade de destino, uma cai8a de medicamentos para um primo, )ue padecia de%ra"e enfermidade' (nocente, e se%uindo seus preceitos reli%iosos, a Sra' Harissaatende ao rapa4A pe%a a cai8a, entra no ?nibus e se%ue "ia%em' &e%ando ao local daentre%a, a sen&ora : abordada por policiais )ue, ao abrirem a cai8a de rem:dios,"erificam a e8ist=ncia de 2B0 %ramas de cocana em seu interior' .tualmente, Harissaest sendo processada pelo crime de trfico de entorpecente, pre"isto no art' 33 da lein' 11'3+3, de 23 de a%osto de 200'

onsiderando a situa#!o acima descrita e empre%ando os ar%umentos -urdicosapropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente, respondaA )ual a tese defensi"aaplic"el 6 HarissaL "alorA 1,2B



G.C.D(TO O9E<T.O

. )uest!o pretende buscar do e8aminando con&ecimento acerca do instituto do errode tipo essencial, inclusi"e para diferencilo das demais modalidades de erro' .ssim,para %arantir pontua#!o, a resposta de"er tra4er as se%uintes informa#KesA a tesedefensi"a aplic"el : a de )ue Harissa a%iu em erro de tipo essencial incriminador,instituto descrito no art' 20 caput do 7, pois descon&ecia circunst$ncia elementar descrita em tipo penal incriminador' .usente o elemento tpico, )ual se-a, o fato deestar transportando dro%as, fa4 com )ue, nos termos do dispositi"o le%al, se e8clua odolo, mas permitase a puni#!o por crime culposo e, como o dispositi"o le%al do art' 33da Hei n' 11'3+3/0 n!o admite a modalidade culposa, o fato se tornaria atpico'

Dessaltese )ue le"ando em conta )ue o E8ame de Ordem busca o con&ecimentot:cnico e acad=mico dos e8aminandos, n!o ser!o pontuadas respostas )ue tra%amteses contradit*rias' .ssim, a resposta indicati"a de )ual)uer outra esp:cie de errose-a acidental, de tipo permissi"o ou de proibi#!o implica na impossibilidade depontua#!o, estando, a )uest!o, maculada em sua inte%ralidade' Entendese por tese

contradit*ria a)uelas )ue elencam di"ersas modalidades de erro, ainda )ue uma delasse-a a correta'

Tamb:m com o fim de pri"ile%iar o raciocnio e a demonstra#!o de con&ecimento, amera indica#!o da conse)u=ncia correta atipicidade do fato, dissociada daar%umenta#!o pertinente e identifica#!o do instituto aplic"el ao caso, n!o serpass"el de pontua#!o' o mesmo modo, n!o ser pontuada a mera indica#!o dodispositi"o le%al, )ual se-a, o art' 20 caput do 7'



QUESTÃO 1+

J muito tempo 9aria encontrase deprimida, nutrindo dese-os de acabar com apr*pria "ida' o!o, sabedor dessa condi#!o, e )uerendo a morte de 9aria, resol"einsti%la a se matar' 7ondo seu plano em prtica, o!o "isita 9aria todos os dias e,)uando ela toca no assunto de n!o tem mais ra4!o para "i"er, )ue dese-a se matar,pois a "ida n!o fa4 mais sentido, o!o a estimula e a encora-a a pular pela -anela'

Um belo dia, lo%o ap*s ser insti%ada por o!o, 9aria salta pela -anela de seuapartamento e, por pura sorte, sofre apenas al%uns arran&Kes, n!o sofrendo )ual)uer ferimento %ra"e' onsiderando apenas os fatos apresentados, responda, de forma -ustificada, aos se%uintes )uestionamentosA

. o!o cometeu al%um crimeL "alorA 0,B

C aso 9aria "iesse a sofrer lesKes corporais de nature4a %ra"e em decorr=ncia da)ueda, a condi#!o -urdica de o!o seria alteradaL "alorA 0,0



G.C.D(TO O9E<T.O

O e8aminando de"e responder, no item V.W, )ue o!o n!o cometeu )ual)uer crime,pois o delito descrito no art' 122 do 7, o )ual pre"= a conduta de insti%a#!o, au8lioou indu4imento ao suicdio, n!o admite a forma tentada art' 1+, (( do 7, sendo certo)ue tal delito somente se consuma com a ocorr=ncia de lesKes corporais %ra"es oumorte' <esse sentido, como 9aria te"e apenas al%uns arran&Kes, n!o &ou"e crime'

Toda"ia, com o fim de pri"ile%iar a demonstra#!o de con&ecimento doutrinrio, seraceita como resposta correta ao item V.W, a indica#!o de )ue &a"eria crime, mas )ue ofato n!o seria pun"el por faltar condi#!o ob-eti"a de punibilidade' <esse casoespecfico, o e8aminando de"er demonstrar con&ecimento sobre o conceito analticode crime fato tpico, anti-urdico e culp"el, indicando )ue a punibilidade n!o ointe%ra'

.inda )uanto ao item V.W, : indispens"el a indica#!o do dispositi"o em anlise'7ortanto, afirma#Kes "a%as e %en:ricas n!o s!o pass"eis de pontua#!o'

no item VCW, o e8aminando de"eria responder )ue ante a ocorr=ncia de lesKescorporais de nature4a %ra"e em 9aria, a condi#!o -urdica de o!o seria alterada,passando ele a responder pelo delito pre"isto no art' 122 do 7 na modalidadeconsumada'

Dessaltese )ue le"ando em considera#!o a nature4a do E8ame de Ordem, n!o seratribuda pontua#!o para respostas com teses contradit*rias, ou mesmo su%esti"a dedelito na modalidade tentada' .demais, considerase errada a resposta indicati"a deconfi%ura#!o de concurso de crimes ou a fundamenta#!o isolada'

7elo mesmo moti"o e8posto no item V.W impossibilidade de considera#!o deafirma#Kes "a%as ou %en:ricas, tamb:m n!o : pass"el de pontua#!o a resposta, noitem VCW, )ue n!o indi)ue, de maneira e8pressa, o arti%o le%al a )ue se refere a)uest!o' esse modo, a mera refer=ncia 6 pena de reclus!o de 1 a 3 anos, ou se-a, amera indica#!o do preceito secundrio do tipo, dissociada da tipifica#!o da conduta,tamb:m n!o : pontuada'

7or fim, tamb:m n!o ser pontuada a simples transcri#!o do arti%o, dissociada dademonstra#!o de con&ecimento doutrinrio'



QUESTÃO 1B

9aurcio, -o"em de classe alta, rebelde e sem escr;pulos, come#a a namorar oana,menina de boa famlia, de classe menos fa"orecida e moradora de rea de risco emuma das maiores comunidades do Crasil' <o dia do ani"ersrio de 15 anos de oana,9aurcio resol"e con"idla para -antar num dos restaurantes mais caros da cidade e,posteriormente, le"aa para con&ecer a sute presidencial de um &otel considerado umdos mais lu8uosos do mundo, onde passa a noite com ela' <a man&! se%uinte,9aurcio e oana resol"em permanecer por mais dois dias' .o final da estada,9auricio contabili4a os %astos da)ueles dias de prodi%alidade, apurando o total de DX15'000,00 de4oito mil reais' Todos os pa%amentos foram reali4ados em esp:cie, &a-a"ista )ue, na noite anterior, 9aurcio &a"ia trocado com sua m!e um c&e)ue deDX20'000,00 "inte mil reais por din&eiro em esp:cie, c&e)ue )ue 9aurcio sabia, deantem!o, n!o possuir fundos' onsiderando apenas os fatos descritos, responda, deforma -ustificada, os )uestionamentos a se%uir'

. 9aurcio e oana cometeram al%um crimeL ustifi)ue sua resposta e, caso se-a

positi"a, tipifi)ue as condutas atribudas a cada um dos persona%ens, desen"ol"endoa tese de defesa' "alorA 0,M0

C aso 9aurcio ti"esse in"adido a casa de sua m!e com uma pistola de brin)uedo ea amea#ado, a fim de conse%uir a )uantia de DX 20'000,00 "inte mil reais, suasitua#!o -urdica seria diferenteL ustifi)ue' "alorA 0,BB



G.C.D(TO O9E<T.O

7ara %arantir pontua#!o, o e8aminando de"eria, no item V.W, dei8ar e8presso )ueoana n!o cometeu )ual)uer crime por)ue n!o &ou"e se)uer conduta de sua parte'abe ressaltar )ue somente ser aceita, como fundamento para essa &ip*tese, aaus=ncia de conduta, le"ando em considera#!o o con&ecimento te*rico e8i%ido noE8ame de Ordem'

.ssim, descabe analisar a e8ist=ncia de elemento sub-eti"o dolo ou culpa, ilicitude ouculpabilidade, pois tais somente seriam apreciados )uando &ou"esse conduta'onse)uentemente, a resposta )ue trou8er apenas tal anlise sem mencionar aconduta n!o ser pontuada no item respecti"o'

.inda no tocante ao item V.W, o e8aminando de"er indicar )ue 9aurcio,diferentemente de oana, cometeu crime, )ual se-a, estelionato OU )ue teriapraticado a conduta descrita no art' 1M1 caput do 7, mas )ue poderia ale%ar em suadefesa a escusa absolut*ria pre"ista no art' 151, (( do 7'

Sobre esse ponto, n!o ser pass"el de pontua#!o a mera indica#!o do dispositi"ole%al, dissociada da ar%umenta#!o e8i%ida'

e i%ual modo, n!o ser pontuada nen&uma outra modalidade de estelionato sen!oa)uela descrita no caput do art' 1M1 do 7' Dessaltese )ue dados n!o descritos noenunciado n!o podem ser presumidos pelos e8aminandos'

Tamb:m n!o ser pass"el de pontua#!o a indica#!o %en:rica do art' 151 do 7, sema especifica#!o do inciso ade)uado ou de ar%umenta#!o pertinente ao inciso'

.demais, aplica#!o da escusa absolut*ria n!o condu4 6 atipicidade da conduta' .conduta continua tpica, ilcita e culp"el, &a"endo apenas op#!o le%islati"a pela n!o

imposi#!o de san#!o de nature4a penal, embora a senten#a possa produ4ir efeitosci"is'

Em rela#!o ao item VCW, a atribui#!o de pontos estaria condicionada 6 e8pressaar%umenta#!o no sentido de )ue a condi#!o -urdica de 9aurcio seria alterada namedida em )ue a isen#!o de pena pre"ista no *di%o 7enal n!o se aplica aos crimesde roubo OU 6 prtica da conduta descrita no art' 1BM caput do 7, nos termos doart'153, ( do 7' 7ortanto, 9aurcio seria processado e apenado pelo crime cometido'

umpre salientar )ue a mera indica#!o de arti%o le%al, dissociada da corretaar%umenta#!o em )ual)uer um dos itens, n!o pode ser pontuada' e i%ual modo, amera indica#!o, no item VCW, de )ue n!o &a"eria isen#!o de pena ou de )ue n!o seaplicaria o art' 151, (( do 7 por for#a do disposto no arti%o 153, (, do 7, sem acorreta tipifica#!o da conduta, n!o : pass"el de pontua#!o'

.l:m disso, le"ando em conta )ue o delito de roubo n!o se confunde com a e8tors!o,n!o ser admitida fun%ibilidade entre as condutas de forma a se considerar )ual)uer das duas como a prtica empreendida por 9aurcio'

7or fim, n!o poder ser considerada correta a resposta )ue impon&a a causa deaumento de pena pre"ista no par%rafo se%undo, inciso (, do arti%o 1BM do 7' (ssopor)ue a contro":rsia acerca da incid=ncia da referida causa de aumento )uanto aouso de arma de brin)uedo foi suficientemente solucionada no $mbito do Superior

Tribunal de usti#a, )ue, em 2001, cancelou o "erbete sumular n' 1M+, no -ul%amentodo DES7 213'0B+S7'





QUESTÃO 1

<o dia 10 de mar#o de 2011, ap*s in%erir um litro de "in&o na sede de sua fa4enda,os: .l"es pe%ou seu autom*"el e passou a condu4ilo ao lon%o da estrada )uetan%encia sua propriedade rural' .p*s percorrer cerca de dois )uil?metros na estradaabsolutamente deserta, os: .l"es foi surpreendido por uma e)uipe da 7olcia 9ilitar )ue l esta"a a fim de procurar um indi"duo fora%ido do presdio da localidade' .bordado pelos policiais, os: .l"es saiu de seu "eculo tr?pe%o e e8alando forte odor de lcool, oportunidade em )ue, de maneira incisi"a, os policiais l&e compeliram areali4ar um teste de alcoolemia em aparel&o de ar al"eolar' Deali4ado o teste, foiconstatado )ue os: .l"es tin&a concentra#!o de lcool de um mili%rama por litro dear e8pelido pelos pulmKes, ra4!o pela )ual os policiais o condu4iram 6 Unidade de7olcia udiciria, onde foi la"rado .uto de 7ris!o em Nla%rante pela prtica do crimepre"isto no arti%o 30 da Hei 'B03/1M, c/c arti%o 2o, inciso ((, do ecreto'+55/2005, sendol&e ne%ado no referido .uto de 7ris!o em Nla%rante o direito deentre"istarse com seus ad"o%ados ou com seus familiares'

ois dias ap*s a la"ratura do .uto de 7ris!o em Nla%rante, em ra4!o de os: .l"es ter permanecido encarcerado na ele%acia de 7olcia, "oc= : procurado pela famlia dopreso, sob protestos de )ue n!o conse%uiam "=lo e de )ue o dele%ado n!ocomunicara o fato ao -u4o competente, tampouco 6 efensoria 7;blica'

om base somente nas informa#Kes de )ue dispKe e nas )ue podem ser inferidaspelo caso concreto acima, na )ualidade de ad"o%ado de os: .l"es, redi-a a pe#acab"el, e8clusi"a de ad"o%ado, no )ue tan%e 6 liberdade de seu cliente,)uestionando, em -u4o, e"entuais ile%alidades praticadas pela .utoridade 7olicial,ale%ando para tanto toda a mat:ria de direito pertinente ao caso'

@alorA B,0



G.C.D(TO O9E<T.O

O e8aminando de"er redi%ir uma peti#!o de rela8amento de pris!o, fundamentado noart' Bo, H@, da DNC/55, ou art' 310, (, do 77 embora os fatos narrados na )uest!ose-am anteriores 6 "i%=ncia da Hei 12'+03/11, a Canca atribuir a pontua#!o relati"a aoitem tamb:m ao e8aminando )ue indicar o art' 310, (, do 77 como dispositi"o le%alense-ador ao pedido de rela8amento de pris!o' (sso por)ue estar demonstrada aatuali4a#!o -urdica acerca do tema, a ser endere#ada ao ui4 de ireito da @arariminal'

<a peti#!o, de"er ar%umentar )ueA

1' O auto de pris!o em fla%rante : nulo por "iola#!o ao direito 6 n!o autoincrimina#!ocompuls*ria princpio do nemo tenetur se dete%ere , pre"isto no art' Bo, H(((, daDNC/55 ou art' 5o, 2, R% do ecreto M5/2'

2' . pro"a : ilcita em ra4!o da col&eita for#ada do e8ame de teor alco*lico, por for#ado art' Bo, H@(, da DNC/55 ou art' 1BM do 77'

3' O auto de pris!o em fla%rante : nulo pela "iola#!o 6 e8i%=ncia de comunica#!o damedida 6 .utoridade udiciria, ao 9inist:rio 7;blico e 6 efensoria 7;blica dentro de2+ &oras, nos termos do art' 30, F1o, do 77 ou art' Bo, H((, da DNC/55, ou art' o,inciso @, c/c' arti%o 15B, ambos do 77 a banca tamb:m con"encionou aceitar comofundamento o arti%o 30, caput, do 77, considerandose a le%isla#!o da :poca dosfatos'

+' O auto de pris!o : nulo por "iola#!o ao direito 6 comunica#!o entre o preso e oad"o%ado, bem com familiares, nos termos do art' Bo, H(((, da DNC ou art' Mo, (((, doEstatuto da Ordem dos .d"o%ados do Crasil ou art' 5o, 2, Rd do ecreto M5/2>

.o final, o e8aminando de"er formular pedido de rela8amento de pris!o em ra4!o danulidade do auto de pris!o em fla%rante, com a conse)uente e8pedi#!o de al"ar desoltura'



QUESTÃO 1M

.o c&e%ar a um bar, aio encontra Tcio, um anti%o desafeto )ue, certa "e4, o &a"iaamea#ado de morte' .p*s in%erir meio litro de us)ue para tentar criar cora%em deabordar Tcio, aio partiu em sua dire#!o com a inten#!o de cumprimentlo' .oapro8imarse de Tcio, aio obser"ou )ue seu desafeto bruscamente p?s a m!o por debai8o da camisa, momento em )ue ac&ou )ue Tcio esta"a prestes a sacar umaarma de fo%o para "itimlo' Em ra4!o disso, aio imediatamente muniuse de umafaca )ue esta"a sobre o balc!o do bar e desferiu um %olpe no abdome de Tcio, o )ual"eio a falecer' .p*s anlise do local por peritos do (nstituto de riminalstica da 7olciai"il, descobriuse )ue Tcio esta"a tentando apenas pe%ar o ma#o de ci%arros )ueesta"a no c*s de sua cal#a'

onsiderando a situa#!o acima, responda aos itens a se%uir, empre%ando osar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a He"andose em conta apenas os dados do enunciado, aio praticou crimeL Em

caso positi"o, )ualL Em caso ne%ati"o, por )ue ra4!oL @alorA 0,Bb Supondo )ue, nesse caso, aio ti"esse desferido 3B %olpes na barri%a de Tcio,como de"eria ser analisada a sua conduta sob a *tica do ireito 7enalL @alorA 0,



G.C.D(TO O9E<T.O

a <!o, pois atuou sob o manto de descriminante putati"a, instituto pre"isto no art' 20,par%rafo 1o do 7, uma "e4 )ue sup?s, com base em fundado receio, estar emsitua#!o de le%tima defesa' omo se limitou a dar uma facada, a sua rea#!o foimoderada, n!o &a"endo )ue se falar em puni#!o por e8cesso'

b .inda )ue ten&a procurado se defender de a%ress!o )ue ima%inou estar em "ias deocorrer, aio a%iu em e8cesso doloso, de"endo, portanto, responder por &omicdiodoloso, na forma do arti%o 23, par%rafo ;nico, do 7'



QUESTÃO 15

Ju%o : inimi%o de lon%a data de os: e & muitos anos dese-a matlo' 7araconse%uir seu intento, Ju%o indu4 o pr*prio os: a matar Hui4, afirmando falsamente)ue Hui4 esta"a se insinuando para a esposa de os:' Ocorre )ue Ju%o sabia )ueHui4 : pessoa de pouca paci=ncia e )ue sempre anda armado' e%o de *dio, os:espera Hui4 sair do trabal&o e, ao "=lo, corre em dire#!o dele com um fac!o empun&o, mirando na altura da cabe#a' Hui4, assustado e sem saber o moti"o da)uelain-usta a%ress!o, rapidamente saca sua arma e atira -ustamente no cora#!o de os:,)ue morre instantaneamente' (nstaurado in)u:rito policial para apurar ascircunst$ncias da morte de os:, ao final das in"esti%a#Kes, o 9inist:rio 7;blicoformou sua opinio no se%uinte sentidoA Hui4 de"e responder pelo e8cesso doloso emsua conduta, ou se-a, de"e responder por &omicdio doloso> Ju%o por sua "e4, de"eresponder como partcipe de tal &omicdio' . den;ncia foi oferecida e recebida'

onsiderando )ue "oc= : o ad"o%ado de Ju%o e Hui4, respondaAa Qual pe#a de"erser oferecida, em )ue pra4o e endere#ada a )uemL @alorA 0,3 b Qual a tese

defensi"a aplic"el a Hui4L @alorA 0,Bc Qual a tese defensi"a aplic"el a Ju%oL@alorA 0,+B



G.C.D(TO O9E<T.O

a Desposta 6 acusa#!o, no pra4o de 10 dias art' +0 do 77, endere#ada ao -ui4presidente do Tribunal do ;ri'

OU

Jabeas orpus para e8tin#!o da a#!o penal> a#!o penal aut?noma de impu%na#!o)ue n!o possui pra4o determinado> endere#ado ao Tribunal de usti#a Estadual'

b . tese defensi"a aplicada a Hui4 : a da le%tima defesa real, instituto pre"isto no art'2B do 7, cu-a nature4a : de causa e8cludente de ilicitude' <!o &ou"e e8cesso, pois aconduta de os: )ue mira"a com o fac!o na cabe#a do Hui4 confi%ura"a in-ustaa%ress!o e claramente atenta"a contra a "ida de Hui4'

c Ju%o n!o praticou fato tpico, pois, de acordo com a Teoria da .cessoriedadeHimitada, o partcipe somente poder ser punido se o a%ente praticar conduta tpica eilcita, o )ue n!o foi o caso, - )ue Hui4 a%iu amparado por uma causa e8cludente de

ilicitude, )ual se-a, le%tima defesa art' 2B do 7'OU

<!o &a"ia liame sub-eti"o entre Ju%o e Hui4, re)uisito essencial ao concurso depessoas, ra4!o pela )ual Ju%o n!o poderia ser considerado partcipe'



QUESTÃO 1

aio, 9:"io, Tcio e os:, ap*s se con&ecerem em um e"ento esporti"o de suacidade, resol"eram praticar um estelionato em detrimento de um sen&or idoso'Ho%rando =8ito em sua empreitada criminosa, os )uatro di"idiram os lucros econtinuaram a "ida normal' .o lon%o da in"esti%a#!o policial, apurouse a autoria dodelito por meio dos depoimentos de di"ersas testemun&as )ue presenciaram a fraude'Em decorr=ncia de tal informa#!o, o promotor de -usti#a denunciou aio, 9:"io, Tcioe os:, ale%ando se tratar de uma )uadril&a de estelionatrios, tendo re)uerido adecreta#!o da pris!o temporria dos denunciados' Decebida a den;ncia, a pris!otemporria foi deferida pelo -u4o competente'

om base no relatado acima, responda aos itens a se%uir, empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a Qualis os meios de se impu%nar tal decis!o e a )uem de"er!o ser endere#adosL @alorA 0, b Quais fundamentos de"er!o ser ale%adosL @alorA 0,B



G.C.D(TO O9E<T.O

a Dela8amento de pris!o, endere#ado ao -ui4 de direito estadual' OUJabeas corpus,endere#ado ao Tribunal de usti#a estadual'

b (le%alidade da pris!o, pois n!o & forma#!o de )uadril&a )uando a reuni!o se d

para a prtica de apenas um delito' <!o & )ue se falar em forma#!o de )uadril&a,subsistindo apenas o delito ;nico de estelionato' <esse sentido, n!o se poderiadecretar a pris!o temporria, pois tal crime n!o est pre"isto no rol ta8ati"o indicadono arti%o 1o, (((, da Hei M'0/5' .demais, a pris!o temporria : medida e8clusi"a doin)u:rito policial, n!o podendo, em &ip*tese al%uma, ser decretada )uando -instaurada a a#!o penal'



QUESTÃO 20

arlos .lberto, -o"em rec:mformado em Economia, foi contratado em -aneiro de 200pela .C (n"estimentos S'.', pessoa -urdica de direito pri"ado )ue tem comoati"idade principal a capta#!o de recursos financeiros de terceiros para aplicar nomercado de "alores mobilirios, com a fun#!o de assistente direto do presidente dacompan&ia, .u%usto :sar' <o primeiro m=s de trabal&o, arlos .lberto foi informadode )ue sua fun#!o principal seria elaborar relat*rios e portf*lios da compan&ia a seremendere#ados aos acionistas com o fim de informlos acerca da situa#!o financeira da .C' 7ara tanto, arlos .lberto basea"ase, e8clusi"amente, nos dados financeiros aele fornecidos pelo presidente .u%usto :sar' Em a%osto de 2010, foi apurado, emauditoria contbil reali4ada nas finan#as da .C, )ue as informa#Kes mensalmenteen"iadas por arlos .lberto aos acionistas da compan&ia eram falsas, &a-a "ista )ueos relat*rios altera"am a realidade sobre as finan#as da compan&ia, sone%andoinforma#Kes capa4es de re"elar )ue a .C esta"a em situa#!o financeira periclitante'

onsiderandose a situa#!o acima descrita, responda aos itens a se%uir, empre%ando

os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a P poss"el identificar )ual)uer responsabilidade penal de .u%usto :sarL Se sim,)ualis seriam as condutas tpicas a ele atribudasL @alor 0,+B

b aso arlos .lberto fosse denunciado por )ual)uer crime praticado no e8ercciodas suas fun#Kes en)uanto assistente da presid=ncia da .C, )ue ar%umentos adefesa poderia apresentar para o casoL @alorA 0,5



G.C.D(TO O9E<T.O

a Sim, pois .u%usto :sar a%iu com dolo preordenado, sendo autor mediato do crimepre"isto no arti%o o da Hei M'+2/5'

b 7oderia ar%umentar )ue arlos .lberto n!o a%iu com dolo, uma "e4 )ue recebera

informa#Kes erradas' .%iu, portanto, em &ip*tese de erro de tipo essencialin"enc"el/escus"el, com base no art' 20, caput, OU art' 20, F2o, do 7'



QUESTÃO 21

Em 10 de -aneiro de 200M, Eliete foi denunciada pelo 9inist:rio 7;blico pela prtica docrime de furto )ualificado por abuso de confian#a, &a-a "ista ter ale%ado o 7ar)uet )uea denunciada &a"ia se "alido da )ualidade de empre%ada dom:stica para subtrair, em20 de de4embro de 200, a )uantia de DX B0,00 de seu patr!o ludio, presidente damaior empresa do Crasil no se%mento de "enda de alimentos no "are-o' . den;ncia foirecebida em 12 de -aneiro de 200M, e, ap*s a instru#!o criminal, foi proferida, em 10de de4embro de 200, senten#a penal -ul%ando procedente a pretens!o acusat*riapara condenar Eliete 6 pena final de dois anos de reclus!o, em ra4!o da prtica docrime pre"isto no arti%o 1BB, F2o, inciso (@, do *di%o 7enal' .p*s a interposi#!o derecurso de apela#!o e8clusi"o da defesa, o Tribunal de usti#a entendeu por bemanular toda a instru#!o criminal, ante a ocorr=ncia de cerceamento de defesa emra4!o do indeferimento in-ustificado de uma per%unta formulada a uma testemun&a'<o"amente reali4ada a instru#!o criminal, ficou compro"ado )ue, 6 :poca dos fatos,Eliete &a"ia sido contratada por ludio &a"ia uma semana e s* tin&a a obri%a#!o detrabal&ar 6s se%undas, )uartas e se8tasfeiras, de modo )ue o suposto fato criminosoteria ocorrido no terceiro dia de trabal&o da dom:stica' .demais, foi -untada aos autosa compro"a#!o dos rendimentos da "tima, )ue %ira"am em torno de DX B0'000,00cin)uenta mil reais mensais' .p*s a apresenta#!o de memoriais pelas partes, em de fe"ereiro de 2011, foi proferida no"a senten#a penal condenando Eliete 6 pena finalde 2 dois anos e seis meses de reclus!o' Em suas ra4Kes de decidir, assentou oma%istrado )ue a r: possua circunst$ncias -udiciais desfa"or"eis, uma "e4 )ue sere"este de enorme %ra"idade a prtica de crimes em )ue se abusa da confian#adepositada no a%ente, moti"o pelo )ual a pena de"eria ser distanciada do mnimo' .ofinal, con"erteu a pena pri"ati"a de liberdade em restriti"a de direitos, consubstanciadana presta#!o de 5 oito &oras semanais de ser"i#os comunitrios, durante o perodo

de 2 dois anos e seis meses em institui#!o a ser definida pelo -u4o de e8ecu#Kespenais' <o"amente n!o &ou"e recurso do 9inist:rio 7;blico, e a senten#a foipublicada no irio Eletr?nico em 1 de fe"ereiro de 2011'

om base somente nas informa#Kes de )ue dispKe e nas )ue podem ser inferidaspelo caso concreto acima, redi-a, na )ualidade de ad"o%ado de Eliete, com data para o;ltimo dia do pra4o le%al, o recurso cab"el 6 &ip*tese, in"ocando todas as )uestKesde direito pertinentes, mesmo )ue em carter e"entual' @alorA B,0



G.C.D(TO O9E<T.O

O candidato de"er redi%ir uma apela#!o, com fundamento no arti%o B3, (, do 77, a ser endere#ada ao -ui4 de direito, com ra4Kes inclusas endere#adas ao Tribunal de usti#a'<as ra4Kes recursais, o candidato de"er ar%umentar )ue a se%unda senten#a "iolou aproibi#!o 6 reformatio in pe-us confi%urandose caso de reformatio in pe-us indireta ,

contida no arti%o 1M do 77, de modo )ue, em ra4!o do tr$nsito em -ul%ado para aacusa#!o, a pena n!o poderia e8ceder dois anos de reclus!o, estando prescrita apretens!o puniti"a estatal, na forma do arti%o 10, @, do *di%o 7enal, uma "e4 )ue, entreo recebimento da den;ncia 12/01/200M e a prola#!o de senten#a "lida 0/02/2011,transcorreu lapso superior a )uatro anos'

Superada a )uest!o, o candidato de"er ar%umentar )ue ine8istia rela#!o de confian#a a -ustificar a incid=ncia da )ualificadora Eliete trabal&a"a para ludio fa4ia uma semana e)ue a )uantia subtrada era insi%nificante, sobretudo tomandose como refer=ncia opatrim?nio concreto da "tima' Em ra4!o disso, o candidato de"er re)uerer a reforma dasenten#a, de modo a se absol"er a r: por atipicidade material de sua conduta, ante aincid=ncia do princpio da insi%nific$ncia/ba%atela'

O candidato de"e ar%umentar, ainda, )ue, na &ip*tese de n!o se reformar a senten#a parase absol"er a r:, ao menos de"eria ser redu4ida a pena em ra4!o do furto pri"ile%iado,substituindose a san#!o por multa'

Em ra4!o de tais pedidos, considerandose a redu#!o de pena, o candidato de"eriare)uerer a substitui#!o da pena pri"ati"a de liberdade por multa, bem como a aplica#!o dasuspens!o condicional da pena e/ou suspens!o condicional do processo'

e"eria ainda o candidato ar%umentar sobre a impossibilidade do aumento da pena basereali4ado pelo ma%istrado sob o fundamento da enorme %ra"idade nos crimes em )ue seabusa da confian#a depositada, pois tal moti"o - foi le"ado em considera#!o para

)ualificar o delito, n!o podendo a apelante sofrer dupla puni#!o pelo mesmo fato bis inidem'

7or fim, o candidato de"eria re)uerer um dos pedidos poss"eis para a )uest!oapresentada, tais comoA

1 absol"i#!o>

2 recon&ecimento da reformatio in pe-us, com a aplica#!o da pena em no m8imo 2 anose a conse)uente prescri#!o>

3 atipicidade da conduta, tendo em "ista a aplica#!o do princpio da ba%atela>

+ n!o incid=ncia da )ualificadora do abuso da confian#a, com a conse)uentedesclassifica#!o para furto simples>

B aplica#!o da Suspens!o ondicional do 7rocesso>

n!o sendo afastada a )ualificadora, a incid=ncia do par%rafo 2o do arti%o 1BB do 7>

M a redu#!o da pena pelo recon&ecimento do bis in idem e a conse)uente prescri#!o>

5 aplica#!o de sursis>

inade)ua#!o da pena restriti"a aplicada, tendo em "ista o )ue dispKe o arti%o +, F3o,do 7'

.lternati"amente, o candidato poder elaborar embar%os de declara#!o, abordando ospontos indicados no %abarito 2'





QUESTÃO 22

.nt?nio, pai de um -o"em &ipossuficiente preso em fla%rante delito, recebe de umser"enturio do 7oder udicirio Estadual a informa#!o de )ue or%e, defensor p;blicocriminal com atribui#!o para representar o seu fil&o, solicitara a )uantia de dois milreais para defend=lo ade)uadamente' (ndi%nado, .nt?nio, sem a"eri%uar a fundo ainforma#!o, mas confiando na pala"ra do ser"enturio, escre"e um te8to reprodu4indoa acusa#!o e o entre%a ao -ui4 titular da "ara criminal em )ue or%e funciona comodefensor p;blico' .o tomar con&ecimento do ocorrido, or%e apresenta uma %ra"a#!oem "deo da entre"ista )ue fi4era com o fil&o de .nt?nio, na )ual fica e"idenciado )ue -amais solicitara )ual)uer )uantia para defend=lo, e representa criminalmente pelofato' O 9inist:rio 7;blico oferece den;ncia perante o ui4ado Especial riminal,atribuindo a .nt?nio o cometimento do crime de cal;nia, praticado contra funcionriop;blico em ra4!o de suas fun#Kes, nada mencionando acerca dos benefcios pre"istosna Hei '0/B' esi%nada .udi=ncia de (nstru#!o e ul%amento, recebida aden;ncia, ou"idas as testemun&as, interro%ado o r:u e apresentadas as ale%a#Kesorais pelo 9inist:rio 7;blico, na )ual pu%nou pela condena#!o na forma da inicial, oma%istrado concede a pala"ra a @ossa Sen&oria para apresentar ale%a#Kes finaisorais'

Em rela#!o 6 situa#!o acima, responda aos itens a se%uir, empre%ando osar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a O ui4ado Especial riminal : competente para apreciar o fato em telaL @alorA0,30b .nt?nio fa4 -us a al%um benefcio da Hei '0/BL Em caso afirmati"o,)ualisL @alorA 0,30

c .nt?nio praticou crimeL Em caso afirmati"o, )ualL Em caso ne%ati"o, por )uera4!oL @alorA 0,B



G.C.D(TO O9E<T.O

<!o, pois, de acordo com o arti%o 1+1, ((, do 7, )uando a ofensa for praticada contrafuncionrio p;blico em ra4!o de suas fun#Kes, a pena ser aumentada de um ter#o, o)ue fa4 com )ue a san#!o m8ima abstratamente cominada se-a superior a dois anos'

Sim, suspens!o condicional do processo, nos termos do art' 5 da Hei '0/B'<!o' .nt?nio a%iu em erro de tipo "enc"el/inescus"el' onforme pre"is!o do arti%o20 do 7, nessa &ip*tese, o a%ente somente responder pelo crime se for admitida apuni#!o a ttulo culposo, o )ue n!o : o caso, pois o crime em comento n!o admite amodalidade culposa' @ale lembrar )ue n!o &ou"e dolo na conduta de .nt?nio'



QUESTÃO 23

oa)uina, ao c&e%ar 6 casa de sua fil&a, Esmeralda, deparouse com seu %enro, .dalton, mantendo rela#Kes se8uais com sua neta, a menor N'9', de 12 anos deidade, fato ocorrido no dia 2 de -aneiro de 2011' Transtornada com a situa#!o,oa)uina foi 6 dele%acia de polcia, onde re%istrou ocorr=ncia do fato criminoso' .ot:rmino do (n)u:rito 7olicial instaurado para apurar os fatos narrados, descobriuse)ue .dalton "in&a mantendo rela#Kes se8uais com a referida menor desde no"embrode 2010' .purouse, ainda, )ue Esmeralda, m!e de N'9', sabia de toda a situa#!o e,apesar de ficar eno-ada, n!o comunica"a o fato 6 polcia com receio de perder omarido )ue muito ama"a'

<a condi#!o de ad"o%adoa consultadoa por oa)uina, a"* da menor, responda aositens a se%uir, empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!ole%al pertinente ao caso'

a .dalton praticou crimeL Em caso afirmati"o, )ualL @alorA 0,3 b Esmeralda

praticou crimeL Em caso afirmati"o, )ualL @alorA 0,Bc onsiderando )ue o (n)u:rito 7olicial - foi finali4ado, de"e a a"* da menor oferecer )uei8acrimeL @alorA 0,+B



G.C.D(TO O9E<T.O

Sim' Estupro de "ulner"el, conduta descrita no art' 21M. do 7'

b Sim' Esmeralda tamb:m praticou estupro de "ulner"el arti%o 21M. do 7 c/carti%o 13, F2o, Ra, do 7, uma "e4 )ue tin&a a obri%a#!o le%al de impedir o resultado,

sendo %arantidora da menor'c <!o, pois se trata de a#!o penal p;blica incondicionada, nos termos do art' 22B,par%rafo ;nico, do 7'



QUESTÃO 2+

aime, brasileiro, solteiro, nascido em 10/11/152, praticou, no dia 30/11/2000, delitode furto )ualificado pelo abuso de confian#a art' 1BB, par%rafo +o, ((, do 7'e"idamente denunciado e processado, aime foi condenado 6 pena de + )uatroanos e 2 dois meses de reclus!o' . senten#a transitou definiti"amente em -ul%ado nodia 1B/01/2002, e o t:rmino do cumprimento da pena se deu em 20/03/200' <o dia2+/03/200, aime subtraiu um aparel&o de telefone celular )ue &a"ia sido es)uecidopor Hara em cima do balc!o de uma lanc&onete' Toda"ia, sua conduta fora filmadapelas c$meras do estabelecimento, o )ue moti"ou o oferecimento de den;ncia, por parte do 9inist:rio 7;blico, pela prtica de furto simples art' 1BB, caput, do 7' .den;ncia foi recebida em 1+/0+/200, e, em 15/10/200, aime foi condenado 6 penade 1 um ano de reclus!o e 10 de4 diasmulta' Noi fi8ado o re%ime inicial aberto parao cumprimento da pena pri"ati"a de liberdade, com senten#a publicada no mesmo dia'

om base nos dados acima descritos, bem como atento 6s informa#Kes a se%uir e8postas, responda fundamentadamenteA

a Supon&a )ue a acusa#!o ten&a se conformado com a senten#a, tendo o tr$nsito em -ul%ado para esta ocorrido em 2+/10/200' . defesa, por sua "e4, interp?s apela#!o nopra4o le%al' Toda"ia, em "irtude de sucessi"as %re"es, adiamentos e at: mesmo perdados autos, at: a data de 20/10/2010, o recurso da defesa n!o tin&a sido -ul%ado'<esse sentido, o )ue "oc=, como ad"o%ado, de"e fa4erL @alorA 0,0

b . situa#!o seria diferente se ambas as partes ti"essem se conformado com odecreto condenat*rio, de modo )ue o tr$nsito em -ul%ado definiti"o teria ocorrido em2+/10/200, mas aime, temeroso de ficar mais uma "e4 preso, ti"esse se e"adido t!olo%o te"e ci=ncia do conte;do da senten#a, somente tendo sido capturado em2B/10/2010L @alorA 0,B



G.C.D(TO O9E<T.O

(n%ressar com &abeas corpus com fulcro no art' +5, @((, do 77 e8tin#!o depunibilidade art'10M, (@, do 7, ou com mera peti#!o diretamente diri%ida ao relator do processo, considerandose )ue a prescri#!o : mat:ria de ordem p;blica e pode at:ser con&ecida de ofcio' O ar%umento a ser utili4ado : a ocorr=ncia de prescri#!o dapretens!o puniti"a super"eniente/intercorrente/subse)uente causa e8tinti"a depunibilidade, pois, - ciente do m8imo de pena in concreto poss"el, )ual se-a, 1 anoe 10 diasmulta, o Estado teria at: o dia 1M/10/2010 para -ul%ar definiti"amente orecurso da defesa, o )ue n!o ocorreu, nos termos dos arts' 10, @> 110, F1o> e 11M, ( e(@, todos do 7' @ale lembrar )ue a prescri#!o da pretens!o puniti"a super"enientepressupKe o tr$nsito em -ul%ado para a acusa#!o tal como ocorreu na esp:cie e :contada a partir da publica#!o da senten#a penal condenat*ria, ;ltimo marcointerrupti"o da prescri#!o relacionado na )uest!o' @ale ressaltar )ue n!o basta ocandidato mencionar )ue &ou"e prescri#!o' Tem )ue ser especfico, di4endo aomenos )ue se trata de prescri#!o da pretens!o puniti"a'

b Sim, a situa#!o seria diferente, pois neste caso n!o &a"eria prescri#!o da pretens!oe8ecut*ria nem outra modalidade )ual)uer' omo aime : reincidente, - )ue o 2ofurto foi cometido ap*s o tr$nsito em -ul%ado definiti"o de senten#a )ue l&e condenoupelo 1o furto art' 3 do 7, a prescri#!o da pretens!o e8ecut*ria tem seu pra4oacrescido de 1/3, de acordo com o arti%o 110 do 7' .ssim, o Estado teria at:23/02/2012 para capturar aime, nos termos dos arts' 110 caput e 112, (, do 7'



QUESTÃO 2B

o!o e 9aria iniciaram uma pa)uera no Car na noite de 1M de -aneiro de 2011' <odia 1 de -aneiro do corrente ano, o casal te"e uma s:ria discuss!o, e 9aria,nitidamente enciumada, in"estiu contra o carro de o!o, )ue - n!o se encontra"a embom estado de conser"a#!o, com tr=s e8erccios de (7@. inadimplentes, a saberA2005, 200 e 2010' .l:m disso, 9aria proferiu di"ersos insultos contra o!o no dia desua festa de formatura, perante seu ami%o 7aulo, afirmando ser ele Rco"arde, Rcornoe Rfrou8o' . re)uerimento de o!o, os fatos foram re%istrados perante a ele%acia7olicial, onde a testemun&a foi ou"ida' o!o comparece ao seu escrit*rio e contrataseus ser"i#os profissionais, a fim de serem tomadas as medidas le%ais cab"eis' @oc=,como profissional dili%ente, ap*s "erificar n!o ter passado o pra4o decadencial,interpKe Quei8arime ao -u4o competente no dia 15/M/11'

O ma%istrado ao )ual foi distribuda a pe#a processual profere decis!o re-eitandoa,afirmando tratarse de clara decad=ncia, confundindose com rela#!o 6 conta%em dopra4o le%al' . decis!o foi publicada dia 2B de -ul&o de 2011'

om base somente nas informa#Kes acima, respondaA a Qual : o recurso cab"elcontra essa decis!oL 0,30 b Qual : o pra4o para a interposi#!o do recursoL 0,30c . )uem de"e ser endere#ado o recursoL 0,30

d Qual : a tese defendidaL 0,3B



G.C.D(TO O9E<T.O

omo se trata de crime de menor potencial ofensi"o, o recurso cab"el : .pela#!o, deacordo com o arti%o 52 da Hei 0/B'

@ale lembrar )ue a )ualificadora do art' 13, par%rafo ;nico, (@, do 7, relati"a ao

moti"o e%ostico do crime de dano, caracteri4ase apenas )uando o a%ente pretendeobter satisfa#!o econ?mica ou moral' .ssim, a conduta de 9aria, moti"ada por ci;me,n!o se en)uadra na &ip*tese e confi%ura a modalidade simples do delito de dano art'13, caput' abe ainda destacar )ue n!o &ou"e pre-u4o consider"el a o!o, - )ueo carro danificado esta"a em mau estado de conser"a#!o, o )ue afastadefiniti"amente a

)ualificadora tipificada no art' 13, par%rafo ;nico, (@, do 7' .ssim, o concursomaterial entre o crime patrimonial e a in-;ria n!o ultrapassa o patamar m8imo e 2anos, )ue define os crimes de menor potencial ofensi"o e a compet=ncia dos ui4adosEspeciais riminais, sendo cab"el, portanto, apela#!o art' 52 da Hei '0/B'

b 10 dias, de acordo com o F1o do arti%o 52 da Hei 0/B> c Turma Decursal,consoante art' 52 da Hei 0/B>

d O pra4o para interposi#!o da )uei8acrime : de seis meses a contar da data dofato, conforme pre"iu o arti%o 35 do 77' Tratase de pra4o decadencial, isto :, pra4ode nature4a material, de"endo ser contado de acordo com o disposto no arti%o 10 do7 incluise o primeiro dia e e8cluise o ;ltimo'



QUESTÃO 2

Tcio foi denunciado e processado, na 1a @ara riminal da omarca do 9unicpio ,pela prtica de roubo )ualificado em decorr=ncia do empre%o de arma de fo%o' .indadurante a fase de in)u:rito policial, Tcio foi recon&ecido pela "tima' Talrecon&ecimento se deu )uando a referida "tima ol&ou atra":s de pe)ueno orifcio daporta de uma sala onde se encontra"a apenas o r:u' em sede de instru#!o criminal,nem "tima nem testemun&as afirmaram ter escutado )ual)uer disparo de arma defo%o, mas foram unssonas no sentido de asse%urar )ue o assaltante porta"a uma'<!o &ou"e percia, pois os policiais )ue prenderam o r:u em fla%rante n!o lo%raram=8ito em apreender a arma' Tais policiais afirmaram em -u4o )ue, ap*s escutarem%ritos de Rpe%a ladr!oY, "iram o r:u correndo e foram em seu encal#o' .firmaram )ue,durante a perse%ui#!o, os passantes aponta"am para o r:u, bem como )ue este -o%ouum ob-eto no c*rre%o )ue passa"a pr*8imo ao local dos fatos, )ue acredita"am ser aarma de fo%o utili4ada' O r:u, em seu interro%at*rio, e8erceu o direito ao sil=ncio' .ocabo da instru#!o criminal, Tcio foi condenado a oito anos e seis meses de reclus!o,por roubo com empre%o de arma de fo%o, tendo sido fi8ado o re%ime inicial fec&adopara cumprimento de pena' O ma%istrado, para fins de condena#!o e fi8a#!o da pena,le"ou em conta os depoimentos testemun&ais col&idos em -u4o e o recon&ecimentofeito pela "tima em sede policial, bem como o fato de o r:u ser reincidente e portador de maus antecedentes, circunst$ncias compro"adas no curso do processo'

@oc=, na condi#!o de ad"o%adoa de Tcio, : intimadoa da decis!o' om basesomente nas informa#Kes de )ue dispKe e nas )ue podem ser inferidas pelo casoconcreto acima, redi-a a pe#a cab"el, apresentando as ra4Kes e sustentando as teses -urdicas pertinentes' @alorA B,0



G.C.D(TO O9E<T.O

O e8aminando de"e redi%ir uma apela#!o, com fundamento no arti%o B3, (, do *di%ode 7rocesso 7enal' . peti#!o de interposi#!o de"e ser endere#ada ao -ui4 de direitoda 1a "ara criminal da comarca do municpio ' <as ra4Kes de apela#!o o candidatode"er diri%ir ‐se ao Tribunal de usti#a do Estado do Dio de aneiro, ar%umentando)ue o recon&ecimento feito n!o de"e ser considerado para fins de condena#!o, pois&ou"e desrespeito 6 formalidade le%al pre"ista no art' 22, ((, do *di%o de 7rocesso7enal' essa forma, ine8istiria pro"a suficiente para a condena#!o do r:u, &a-a "istater sido feito somente um ;nico recon&ecimento, em sede de in)u:rito policial e sem aobser"$ncia das e8i%=ncias le%ais, o )ue le"aria 6 absol"i#!o com fulcro no art' 35,@((, do mesmo diploma tamb:m aceita‐se como fundamento do pedido de absol"i#!oo art' 35, @ do 77' Outrossim, de maneira alternati"a, de"er postular oafastamento da causa especial de aumento de pena decorrente do empre%o de armade fo%o, pois esta de"eria ter sido submetida 6 percia, nos termos do art' 1B5 do*di%o de 7rocesso 7enal, o )ue n!o foi feito, de modo )ue n!o & como ser compro"ada a potencialidade lesi"a da arma' .demais, se)uer foi poss"el a perciaindireta art' 1M 77, pois nen&uma das testemun&as disse ter escutado a armadisparar, de modo )ue o empre%o de arma somente poderia ser"ir para confi%urar a%ra"e amea#a, elementar do crime de roubo'



QUESTÃO 2M

9aria, -o"em e8tremamente possessi"a, comparece ao local em )ue or%e, seunamorado, e8erce o car%o de au8iliar administrati"o e abre uma carta lacrada )ue&a"ia sobre a mesa do rapa4' .o ler o conte;do, descobre )ue or%e se apropriara deDX +'000,00 )uatro mil reais, )ue recebera da empresa em )ue trabal&a"a paraefetuar um pa%amento, mas utili4ara tal )uantia para comprar uma -oia para uma mo#ac&amada ;lia' .bsolutamente transtornada, 9aria entre%a a correspond=ncia aospatrKes de or%e'


a or%e praticou crimeL Em caso positi"o, )ualisL @alorA 0,3B

b Se o 9inist:rio 7;blico oferecesse den;ncia com base e8clusi"amente nacorrespond=ncia aberta por 9aria, o )ue "oc=, na )ualidade de ad"o%ado de or%e,ale%ariaL @alorA 0,



G.C.D(TO O9E<T.O

Sim' .propria#!o ind:bita )ualificada ou ma-orada em ra4!o do ofcio, pre"ista no art'15, par%rafo 1o, ((( do 7'

b Nalta de -usta causa para a instaura#!o de a#!o penal, - )ue a den;ncia se

encontra lastreada e8clusi"amente em uma pro"a ilcita, por)uanto decorrente de"iola#!o a uma norma de direito material arti%o 1B1 do 7'



QUESTÃO 25

aio : denunciado pelo 9inist:rio 7;blico pela prtica do crime de &omicdio)ualificado por moti"o f;til' e acordo com a inicial, em ra4!o de ri"alidadefutebolstica, aio teria esfa)ueado 9:"io )uarenta e tr=s "e4es, causandol&e o *bito'7ronunciado na forma da den;ncia, aio recorreu com o ob-eti"o de ser impronunciado, "indo o Tribunal de usti#a da localidade a manter a pron;ncia, mase8cluindo a )ualificadora, ao ar%umento de )ue 9:"io seria arruaceiro e, portanto, amoti"a#!o n!o poderia ser considerada f;til' <o -ul%amento em plenrio, ocasi!o em)ue aio confessou a prtica do crime, a defesa l= para os -urados a decis!o proferidapelo Tribunal de usti#a no )ue se refere 6 caracteri4a#!o de 9:"io como arruaceiro'Despondendo aos )uesitos, o onsel&o de Senten#a absol"e aio'

Sabendose )ue o 9inist:rio 7;blico n!o recorreu da senten#a, responda aos itens ase%uir, empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%alpertinente ao caso'

a . esposa de 9:"io poderia buscar a impu%na#!o da decis!o proferida peloonsel&o de Senten#aL Em caso positi"o, de )ue forma e com base em )uefundamentoL @alorA 0,B

b aso o 9inist:rio 7;blico ti"esse interposto recurso de apela#!o com fundamentoe8clusi"o no arti%o B3, (((, Rd, do *di%o de 7rocesso 7enal, poderia o Tribunal deusti#a declarar a nulidade do -ul%amento por recon&ecer a e8ist=ncia de nulidadeprocessualL @alorA 0,



G.C.D(TO O9E<T.O

Sim' . esposa da "tima de"eria constituir ad"o%ado para )ue ele se &abilitasse comoassistente de acusa#!o e interpusesse recurso de apela#!o, com fundamento nosarti%os B5 e B3, (((, Ra e Rd' .final, a defesa "iolou a proibi#!o e8pressa contida noarti%o +M5, (, do 77, ao ler trec&o de decis!o )ue -ul%ou admiss"el a acusa#!o emante"e a pron;ncia do r:u' .l:m disso, tendo o r:u confessado o &omicdio, aabsol"i#!o se mostrou manifestamente contrria 6 pro"a dos autos'

b <!o, pois a S;mula 10 do STN probe )ue o Tribunal con&e#a de nulidade n!oar%uida no recurso de acusa#!o' .ssim, a "iola#!o ao arti%o +M5, (, do 77, por parteda defesa n!o poderia ser analisada se a acusa#!o n!o l&e ti"esse feito men#!o norecurso interposto'



QUESTÃO 2

<a cidade de .rsenal, no Estado Z, residiam os deputados federais .rm=nio e ustino' .mbos ob-eti"a"am matar Nrederico, rico empresrio )ue possua "aliosasinforma#Kes contra eles' Nrederico mora"a na cidade de Tirol, no Estado [, mas seusfamiliares "i"iam em .rsenal' Sabendo )ue Nrederico esta"a "isitando a famlia, .rm=nio e ustino decidiram colocar em prtica o plano de matlo' 7ara tanto,se%uiram Nrederico )uando este saa da casa de seus parentes e, utili4andose do"eculo em )ue esta"am, blo)uearam a passa%em de Nrederico, de modo )ue acamin&onete deste n!o mais conse%uia transitar' .to contnuo, .rm=nio e ustinodesceram do autom*"el' .rm=nio imobili4ou Nrederico e ustino desferiu tiros contraele, Nrederico' Os al%o4es dei8aram rapidamente o local, ra4!o pela )ual n!o puderamperceber )ue Nrederico ainda esta"a "i"o, tendo conse%uido sal"arse ap*s socorroprestado por um passante' Tudo foi noticiado 6 polcia, )ue instaurou o respecti"oin)u:rito policial' <o curso do in)u:rito, os mandatos de .rm=nio e ustino c&e%aramao fim, e eles n!o conse%uiram se reele%er' O 9inist:rio 7;blico, por sua "e4, munidodos elementos de informa#!o col&idos na fase in)uisiti"a, ofereceu den;ncia contra .rm=nio e ustino, por tentati"a de &omicdio, ao Tribunal do ;ri da usti#a Nederalcom -urisdi#!o na comarca onde se deram os fatos, - )ue, 6 :poca, os a%entes eramdeputados federais' Decebida a den;ncia, as defesas de .rm=nio e ustinomostraramse conflitantes' na fase instrut*ria, Nrederico te"e seu depoimentore)uerido' . "tima foi ou"ida por meio de carta precat*ria em Tirol' <a respecti"aaudi=ncia, os ad"o%ados de .rm=nio e ustino n!o compareceram, de modo )ue -u4odeprecado nomeou um ;nico ad"o%ado para ambos os r:us' O -u4o deprecante, aofinal, emitiu decreto condenat*rio em face de .rm=nio e ustino' .rm=nio, descontentecom o patrono )ue o representa"a, destituiuo e nomeou "oc= como no"o ad"o%ado'

om base no cenrio acima, indi)ue duas nulidades )ue podem ser ar%uidas em fa"or

de .rm=nio' ustifi)ue com base no 77 e na DNC' @alorA 1,2B



G.C.D(TO O9E<T.O

7rimeiramente & )ue ser ar%uida nulidade por incompet=ncia absoluta art' B+, (, do77, pois no caso n!o & incid=ncia de nen&uma das &ip*teses mencionadas no art'10 da DNC )ue -ustifi)uem a atra#!o do processo 6 compet=ncia da usti#aNederal' .demais, o fato de os a%entes serem e8‐deputados federais n!o ense-adeslocamento de compet=ncia' <esse sentido, competente : o Tribunal do ;ri daomarca onde se deram os fatos, pois, cessado o foro por prerro%ati"a de fun#!o,"oltam a incidir as re%ras normais de compet=ncia para o -ul%amento da causa, demodo )ue, dada 6 nature4a da infra#!o crime doloso contra a "ida, a compet=ncia :afeta ao Tribunal do ;ri de .rsenal'

.l:m disso, tamb:m de"er ser ar%uida nulidade com base no art' B+, (@, do 77' .nomea#!o de somente um ad"o%ado para ambos r:us, feita pelo -u4o deprecado, n!orespeita o princpio da ampla defesa art' Bo, H@, da DNC, pois, como as defesaseram conflitantes, a nomea#!o de um s* ad"o%ado pre-udica os r:us'

7or fim, com base nos arti%os +13 e +1+ do 77, bem como art' Bo, H((( da DNC/55,poder ser ar%uida nulidade pela falta de aprecia#!o da causa pelo -ui4 natural dofeito'



QUESTÃO 30

o!o e 9aria, casados desde 200M, esta"am passando por uma intensa crise con-u%al'o!o, "isando tornar insuport"el a "ida em comum, come#ou a praticar atos paracausar dano emocional a 9aria, no intuito de ter uma partil&a mais fa"or"el' 7aratanto, passou a reali4ar procedimentos de manipula#!o, de &umil&a#!o e deridiculari4a#!o de sua esposa'

iante disso, 9aria procurou as autoridades policiais e re%istrou ocorr=ncia em facedos transtornos causados por seu marido' 7assados al%uns meses, 9aria e o!oc&e%am a um entendimento e percebem )ue foram feitos um para o outro, como umcasal perfeito' 9aria decidiu, ent!o, renunciar 6 representa#!o'

<esse sentido e com base na le%isla#!o ptria, responda fundamentadamenteA

a 7ode &a"er ren;ncia retrata#!o 6 representa#!o durante a fase policial, antes de oprocedimento ser le"ado a -u4oL 0,B

b 7ode &a"er aplica#!o de pena consistente em presta#!o pecuniriaL 0,



G.C.D(TO O9E<T.O

Trata‐se de crime capitulado na Hei 9aria da 7en&a Hei 11'3+0/200, conformetranscrito abai8oA

R.rt' Mo S!o formas de "iol=ncia dom:stica e familiar contra a mul&er, entre outrasA

(( ‐ a "iol=ncia psicol*%ica, entendida como )ual)uer conduta )ue l&e cause danoemocional e diminui#!o da autoestima ou )ue l&e pre-udi)ue e perturbe o plenodesen"ol"imento ou )ue "ise de%radar ou controlar suas a#Kes, comportamentos,cren#as e decisKes, mediante amea#a, constran%imento, &umil&a#!o, manipula#!o,isolamento, "i%il$ncia constante, perse%ui#!o contuma4, insulto, c&anta%em,ridiculari4a#!o, e8plora#!o e limita#!o do direito de ir e "ir ou )ual)uer outro meio )uel&e cause pre-u4o 6 sa;de psicol*%ica e 6 autodetermina#!o>

.l:m disso, o *di%o 7enal assim dispKeAR.rt' 12' Ofender a inte%ridade corporal oua sa;de de outremA 7ena ‐ deten#!o, de tr=s meses a um ano'

F o Se a les!o for praticada contra ascendente, descendente, irm!o, c?n-u%e oucompan&eiro, ou com )uem con"i"a ou ten&a con"i"ido, ou, ainda, pre"alecendo‐se oa%ente das rela#Kes dom:sticas, de coabita#!o ou de &ospitalidadeA Deda#!o dadapela Hei no 11'3+0, de 200

7ena ‐ deten#!o, de 3 tr=s meses a 3 tr=s anos' Deda#!o dada pela Hei no 11'3+0,de 200

F 10' <os casos pre"istos nos FF1o a 3o deste arti%o, se as circunst$ncias s!o asindicadas no Fo deste arti%o, aumenta‐se a pena em 1/3 um ter#o' (ncludo pela Heino 10'55, de 200+

Sendo assim, de acordo com a Hei supracitada, a ren;ncia 6 representa#!o s* :admitida na presen#a do ui4, em audi=ncia especialmente desi%nada para estafinalidade, nos termos do art' 1 da lei 11'3+0/200 e, de acordo com o arti%o 1M dareferida lei, a presta#!o pecuniria : "edada'



QUESTÃO 31

<o dia 1M de -un&o de 2010, uma crian#a rec:mnascida : "ista boiando em umc*rre%o e, ao ser res%atada, n!o possua mais "ida' Jelena, a m!e da crian#a, foilocali4ada e ne%ou )ue &ou"esse -o%ado a "tima no c*rre%o' Sua fil&a teria sido,se%undo ela, se)uestrada por um descon&ecido' urante a fase de in)u:rito,testemun&as afirmaram )ue a m!e apresenta"a )uadro de profunda depress!o nomomento e lo%o ap*s o parto' .l:m disso, foi reali4ado e8ame m:dico le%al, o )ualconstatou )ue Jelena, )uando do fato, esta"a sob influ=ncia de estado puerperal' \mn%ua de pro"as )ue confirmassem a autoria, mas desconfiado de )ue a m!e dacrian#a pudesse estar en"ol"ida no fato, a autoridade policial representou peladecreta#!o de intercepta#!o telef?nica da lin&a de telefone m*"el usado pela m!e,medida )ue foi decretada pelo -ui4 competente' . pro"a constatou )ue a m!eefeti"amente praticara o fato, pois, em con"ersa telef?nica com uma con&ecida, denome Hia, ela afirmara ter atirado a crian#a ao c*rre%o, por desespero, mas )ueesta"a arrependida' O dele%ado intimou Hia para ser ou"ida, tendo ela confirmado, emsede policial, )ue Jelena de fato &a"ia atirado a crian#a, lo%o ap*s o parto, noc*rre%o' Em ra4!o das aludidas pro"as, a m!e da crian#a foi ent!o denunciada pelaprtica do crime descrito no art' 123 do *di%o 7enal perante a 1a @ara riminalTribunal do ;ri' urante a a#!o penal, : -untado aos autos o laudo de necropsiareali4ada no corpo da crian#a' . pro"a t:cnica concluiu )ue a crian#a - nasceramorta' <a audi=ncia de instru#!o, reali4ada no dia 12 de a%osto de 2010, Hia :no"amente in)uirida, ocasi!o em )ue confirmou ter a denunciada, em con"ersatelef?nica, admitido ter -o%ado o corpo da crian#a no c*rre%o' . mesma testemun&a,no entanto, trou8e no"a informa#!o, )ue n!o mencionara )uando ou"ida na fasein)uisitorial' isse )ue, em outras con"ersas )ue ti"era com a m!e da crian#a, Jelenacontara )ue tomara subst$ncia aborti"a, pois n!o poderia, de -eito nen&um, criar o

fil&o' (nterro%ada, a denunciada ne%ou todos os fatos' Ninda a instru#!o, o 9inist:rio7;blico manifestouse pela pron;ncia, nos termos da den;ncia, e a defesa, pelaimpron;ncia, com base no interro%at*rio da acusada, )ue ne%ara todos os fatos' Oma%istrado, na mesma audi=ncia, prolatou senten#a de pron;ncia, n!o nos termos daden;ncia, e sim pela prtica do crime descrito no art' 12+ do *di%o 7enal, punidomenos se"eramente do )ue a)uele pre"isto no art' 123 do mesmo c*di%o, intimandoas partes no referido ato'

om base somente nas informa#Kes de )ue dispKe e nas )ue podem ser inferidaspelo caso concreto acima, na condi#!o de ad"o%adoa de Jelena, redi-a a pe#acab"el 6 impu%na#!o da mencionada decis!o, acompan&ada das ra4Kes pertinentes,as )uais de"em apontar os ar%umentos para o pro"imento do recurso, mesmo )ue em

carter sucessi"o'



G.C.D(TO O9E<T.O

O recurso cab"el : o recurso em sentido estrito, na forma do art' B51, (@, do *di%ode 7rocesso 7enal, diri%ido ao ui4 da 1a @ara riminal Tribunal do ;ri'

Em primeiro lu%ar, de"er o e8aminando re)uerer, em preliminar, o desentran&amento

das pro"as ilcitas'(sso por)ue o crime in"esti%ado, infanticdio art' 123 do *di%o 7enal, : punido compena de deten#!o' Em ra4!o disso, n!o era admiss"el a intercepta#!o telef?nicapre"ista na Hei '2/, pois a lei em tela n!o admite a medida )uando o crime s* :punido com pena de deten#!o art' 2o, (((' P de ressaltar )ue o crime de aborto,pre"isto no art' 12+, tamb:m s* : punido com pena de deten#!o' .l:m disso, oenunciado indica n!o e8istir indcios suficientes de autoria, uma "e4 )ue o dele%adorepresentou pela decreta#!o da )uebra com base em meras suspeitas' Ninalmente,n!o foram es%otados todos os meios de in"esti%a#!o, condi#!o sine )ua non para )uea medida se-a decretada'

7or outro lado, o e8aminando de"er re%istrar tamb:m )ue o testemun&o de Hia,embora se-a pro"a reali4ada de modo lcito, ser ilcito por deri"a#!o, na forma do art'1BM, F 1o, do *di%o e 7rocesso 7enal e, portanto, imprest"el'

.inda em preliminar, de"er o e8aminando suscitar a nulidade do processo por "iola#!o do art' +11, F 3o do *di%o de 7rocesso 7enal, c/c art' 35+ do *di%o de7rocesso 7enal' om efeito, diante das re%ras acima referidas, o ui4, "islumbrando apossibilidade de no"a defini#!o do fato em ra4!o de pro"a no"a, sur%ida durante ainstru#!o, de"er abrir "ista dos autos para )ue o 9inist:rio 7;blico, se for o caso,adite a den;ncia, mesmo )ue a pena pre"ista para a no"a defini#!o -urdica se-amenor, conforme a no"a reda#!o do art' 35+ do *di%o de 7rocesso 7enal, dada pela

Hei 11'M1/2005'O candidato de"er, ainda, sustentar )ue n!o restou pro"ada a materialidade do crimede aborto, uma "e4 )ue nen&uma percia foi feita no sentido de compro"ar )ue acrian#a faleceu em decorr=ncia da in%est!o de subst$ncia aborti"a'

Ninalmente, de"eria re)uerer, em carter sucessi"o, a impron;ncia da acusada, uma"e4 )ue, retiradas as pro"as ilcitas dos autos, nen&uma pro"a de autoria e8istiriacontra a denunciada'





G.C.D(TO O9E<T.O

Jabeas orpus, uma "e4 )ue n!o & pre"is!o de recurso contra a decis!o )ue n!oabsol"era sumariamente o acusado, sendo cab"el a a#!o mandamental, conformeestabelecem os arti%os +M e se%uintes do 77' <o caso, n!o seria admiss"el orecurso em sentido estrito, uma "e4 )ue o enunciado n!o tra4 )ual)uer informa#!oacerca da fundamenta#!o utili4ada pelo ma%istrado para dei8ar de absol"er sumariamente o r:u, n!o podendo o candidato dedu4ir )ue teria sido reali4ado eindeferido pedido e8presso de recon&ecimento de e8tin#!o da punibilidade'

b .o Tribunal De%ional Nederal'

c E8tin#!o da punibilidade pelo pa%amento do d:bito )uanto ao delito pre"isto noarti%o 15 ., do 7, e, ap*s, restando apenas acusa#!o pertinente 6 sone%a#!o detributo de nature4a estadual, incompet=ncia absoluta em ra4!o da mat:ria do -u4ofederal para processar e -ul%ar a mat:ria' Quanto 6 S;mula @inculante no 2+, oenunciado n!o tra4 )ual)uer informa#!o no sentido de )ue a "ia administrati"a ainda

n!o teria se es%otado, n!o podendo o candidato dedu4ir tal fato'





G.C.D(TO O9E<T.O

<!o, uma "e4 )ue incide sobre o caso a escusa absolut*ria pre"ista no arti%o 151, ((,do 7'

b Sim, uma "e4 )ue a circunst$ncia relati"a a aio : de carter pessoal, n!o se

comunicando a ela arti%o 30 do 7' .ssim, poder ser punida pela prtica do crimede furto )ualificado pelo repouso noturno'

c Celo Jori4onte, local em )ue delito se consumou, conforme arti%os , (, do 77 eo do 7'



QUESTÃO 3+

eremias : preso em fla%rante pelo crime de latrocnio, praticado contra uma idosa)ue acabara de sacar o "alor relati"o 6 sua aposentadoria dentro de uma a%=ncia daai8a Econ?mica Nederal e presenciado por duas funcionrias da referida institui#!o,as )uais prestaram depoimento em sede policial e confirmaram a prtica do delito' .ooferecer den;ncia perante o Tribunal do ;ri da usti#a Nederal da localidade, o9inist:rio 7;blico Nederal re)uereu a decreta#!o da pris!o pre"enti"a de eremiaspara a %arantia da ordem p;blica, por ser o crime %ra"ssimo e por con"eni=ncia dainstru#!o criminal, uma "e4 )ue as testemun&as seriam mul&eres e poderiam se sentir amedrontadas caso o r:u fosse posto em liberdade antes da col&eita de seusdepoimentos -udiciais' .o receber a inicial, o ma%istrado decretou a pris!o pre"enti"ade eremias, utili4andose dos ar%umentos apontados pelo 7ar)uet'

om base no caso acima, empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e afundamenta#!o le%al pertinente ao caso, indi)ue os ar%umentos defensi"os paraatacar a decis!o -udicial )ue recebeu a den;ncia e decretou a pris!o pre"enti"a'





QUESTÃO 3B

aio, professor do curso de se%uran#a no tr$nsito, motorista e8tremamente)ualificado, %uia"a seu autom*"el tendo 9adalena, sua namorada, no banco docarona' urante o tra-eto, o casal come#a a discutir asperamente, o )ue fa4 com )ueaio empreenda altssima "elocidade ao autom*"el' 9uito assustada, 9adalena pedeinsistentemente para aio redu4ir a marc&a do "eculo, pois 6)uela "elocidade n!oseria poss"el controlar o autom*"el' aio, entretanto, respondeu aos pedidos di4endoser perito em dire#!o e refutando )ual)uer possibilidade de perder o controle do carro'Toda"ia, o autom*"el atin%e um buraco e, em ra4!o da "elocidade empreendida,acaba se des%o"ernando, "indo a atropelar tr=s pessoas )ue esta"am na cal#ada,"itimandoas fatalmente' Deali4ada percia de local, )ue constatou o e8cesso de"elocidade, e ou"idos aio e 9adalena, )ue relataram 6 autoridade policial o dilo%otra"ado entre o casal, aio foi denunciado pelo 9inist:rio 7;blico pela prtica do crimede &omicdio na modalidade de dolo e"entual, tr=s "e4es em concurso formal'Decebida a den;ncia pelo ma%istrado da "ara criminal "inculada ao Tribunal do ;ri dalocalidade e col&ida a pro"a, o 9inist:rio 7;blico pu%nou pela pron;ncia de aio, nose8atos termos da inicial'

<a )ualidade de ad"o%ado de aio, c&amado aos debates orais, responda aos itens ase%uir, empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%alpertinente ao caso'

a Qualis ar%umentos poderiam ser dedu4idos em fa"or de seu constituinteL@alorA 0,+

b Qual pedido de"eria ser reali4adoL @alorA 0,3

c aso aio fosse pronunciado, )ual recurso poderia ser interposto e a )uem a pe#a

de interposi#!o de"eria ser diri%idaL @alorA 0,3



G.C.D(TO O9E<T.O

(ncompet=ncia do -u4o, uma "e4 )ue aio praticou &omicdio culposo, pois a%iu comculpa consciente, na medida em )ue, embora ten&a pre"isto o resultado, acreditou )ueo e"ento n!o fosse ocorrer em ra4!o de sua percia'

b esclassifica#!o da imputa#!o para &omicdio culposo e declnio de compet=ncia,conforme pre"is!o do arti%o +1 do 77'

c Decurso em sentido estrito, conforme pre"is!o do arti%o B51, (@, do 77' . pe#a deinterposi#!o de"eria ser diri%ida ao -ui4 de direito da "ara criminal "inculada ao tribunaldo -;ri, prolator da decis!o atacada'



QUESTÃO 3

Em 22 de -ul&o de 2005, aio foi condenado 6 pena de 10 de4 anos de reclus!o, aser cumprida em re%ime inicialmente fec&ado, pela prtica, no dia 10 de no"embro de200, do crime de trfico de dro%as, pre"isto no arti%o 33 da Hei 11'3+3/200' (niciadaa e8ecu#!o da sua pena em M de -aneiro de 200, a efensoria 7;blica, em 10 defe"ereiro de 2011, re)uereu a pro%ress!o do cumprimento da sua pena para o re%imesemiaberto, tendo o pedido sido indeferido pelo -u4o de e8ecu#Kes penais aoar%umento de )ue, para tanto, seria necessrio o cumprimento de 2/B da pena'

onsiderando ter sido procurado pela famlia de aio para ad"o%ar em sua defesa,responda aos itens a se%uir, empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e afundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a Qualis os meios de impu%na#!o da decis!o )ue indeferiu o pedido daefensoria 7;blicaL @alorA 0,3

b Qualis ar%umentos -urdicos poderiam ser usados em defesa da pro%ress!o

de re%ime de aioL @alorA 0,M



G.C.D(TO O9E<T.O

a Jabeas orpus e a%ra"o em e8ecu#!o penal'

b Tendo em "ista )ue a norma )ue alterou as re%ras relati"as 6 pro%ress!o de re%imepossui nature4a penal e : mais %ra"osa ao r:u, n!o pode retroa%ir de modo a abarcar

fatos )ue l&e s!o anteriores' <o caso, o delito foi praticado antes da edi#!o da lei,de"endo, em conse)u=ncia, ser aplicada a fra#!o de 1/ para a pro%ress!o de re%ime'





G.C.D(TO O9E<T.O

1' %ra"a#!o informal obtida pelo dele%ado de polcia constitui pro"a ilcita, - )ue opreso tem o direito de ser informado dos seus direitos, dentre os )uais o depermanecer calado art' Bo, inc' H(((, onstitui#!o' O depoimento policial : um atoformal e, se%undo o arti%o o, @, de"e obser"ar as re%ras para a oiti"a do acusado nafase -udicial, pre"istas no aptulo (((, Ttulo @(( do *di%o de 7rocesso 7enal' omoas demais pro"as foram obtidas a partir do depoimento )ue constitui pro"a ilcita,de"em i%ualmente ser consideradas ilcitas art' 1BM, F1o, *di%o de 7rocesso 7enal'0,3

2' . infiltra#!o de a%ente policial, conforme determina o arti%o B3, ( da Hei 113+3/0, s*pode ser determinada mediante autori4a#!o -udicial e oiti"a do 9inist:rio 7;blico' 0,3

3' <!o se admite a acumula#!o das acusa#Kes de )uadril&a e associa#!o para otrfico, - )ue as duas reda#Kes tpicas compreendem as mesmas a#Kes ob-eti"asestabilidade na comun&!o de a#Kes e des%nios para a prtica de crimes' 0,+





G.C.D(TO O9E<T.O

.rt' 3o da Hei n' 5'13M/0 0,B e e8cesso de e8a#!o )ualificada art' 31, F 2o, do 70,B'

. e8i%=ncia de "anta%em inde"ida por funcionrio p;blico em ra4!o de sua fun#!o

caracteri4a, em princpio, o delito de concuss!o' . Hei n' 5'13M/0, a lei dos crimescontra a ordem tributria, criou , no )ue interessa 6 )uest!o, dois tipos no"osA inseriuno arti%o 31 do *di%o 7enal dois par%rafos, criando o e8cesso de e8a#!o nas&ip*teses em )ue a "anta%em inde"ida for ela mesma um tributo ou contribui#!o socialinde"ida , e sua forma )ualificada, )ue se d )uando a "anta%em : apropriada peloa%ente' O outro no"el tipo penal est no arti%o 3o da Hei n' 5'13M/0, )ue tipifica umaforma especfica de concuss!oA a e8i%=ncia de "anta%em inde"ida para dei8ar decobrar tributo de"ido'



QUESTÃO 3

7edro, alme-ando a morte de os:, contra ele efetua disparo de arma de fo%o,acertandoo na re%i!o tor8ica' os: "em a falecer, entretanto, n!o em ra4!o dodisparo recebido, mas por)ue, com inten#!o suicida, &a"ia in%erido dose letal de"eneno momentos antes de sofrer a a%ress!o, o )ue foi compro"ado durante instru#!oprocessual' .inda assim, 7edro foi pronunciado nos termos do pre"isto no arti%o 121,caput, do *di%o 7enal'

<a condi#!o de .d"o%ado de 7edroA(' indi)ue o recurso cab"el>((' o pra4o deinterposi#!o>(((' a ar%umenta#!o "isando 6 mel&oria da situa#!o -urdica do defendido'(ndi)ue, ainda, para todas as respostas, os respecti"os dispositi"os le%ais'



G.C.D(TO O9E<T.O

i Decurso em Sentido Estrito, nos termos do arti%o B51, (@, do *di%o de 7rocesso7enal' 0,2

ii B dias, nos termos do arti%o B5, do *di%o de 7rocesso 7enal' 0,2

iii de"eria ser re)uerida a desclassifica#!o de crime consumado para tentado, -)ue a a#!o de 7edro n!o deu ori%em a morte de os:' Tratase de &ip*tese deconcausa absolutamente independente pr: e8istente' 0,+.rti%o 13, do *di%o 7enal'0,2



QUESTÃO +0

.ur:lio, tentando defenderse da a%ress!o a faca perpetrada por Cerilo, saca de seure"*l"er e efetua um disparo contra o a%ressor' Entretanto, o disparo efetuado por .ur:lio ao in":s de acertar Cerilo, atin%e orn:lio, )ue se encontra"a muito pr*8imode Cerilo' Em conse)u=ncia do tiro, orn:lio "em a falecer' .ur:lio : acusado de&omicdio'

<a )ualidade de ad"o%ado de .ur:lio indi)ue a tese de defesa )ue mel&or se ade)uaao fato' ustifi)ue sua resposta'





Gabarito comentadoA

. )uest!o ob-eti"a a"aliar o con&ecimento acerca dos princpios relaM"os ao conflitoaparente de normas' J de se le"ar em considera#!o )ue problemMcas n!o narradasno enunciado n!o podem ser ob-eto de e8i%=ncia' .ssim, nos termos da )uest!o,le"ando em conta apenas os dados fornecidos, o e8aminando somente far -us 6pontua#!o inte%ral se desen"ol"er ar%umenta#!o lastreada no princpio da consun#!oou princpio da absor#!o'

e"er, i%ualmente, demonstrar con&ecimento de )ue o crime descrito no art' 2 do7 falsidade ideol*%ica teria consMtudo meio para o comeMmento do delitofimcrime contra a ordem tributria art' 1o da Hei n' 5'13M/0, de tal modo )ue a"incula#!o entre a falsidade ideol*%ica e o crime contra a ordem tributria permitiriarecon&ecer, em referido conte8to, a preponder$ncia desse ;ltimo' onse)uentemente,Dicardo somente de"eria responder pelo delito pre"isto no art' 1o da Hei n' 5'13M/0'

.cerca desse ponto e com o intuito de pri"ile%iar o desen"ol"imento do raciocnio, n!o

ser cobrado o inciso preciso do mencionado arM%o da Hei n' 5'13M/0' Toda"ia, pelomesmo moM"o, e"entual resposta )ue tra%a apenas a conse)u=ncia Mpifica#!o daconduta de Dicardo, de maneira isolada e dissociada da correta ar%umenta#!o edesen"ol"imento, n!o poder ser pontuada'

7or fim, teses contradit*rias no desen"ol"imento da aplica#!o do princpio daconsun#!o maculam a inte%ralidade da )uest!o' Toda"ia, com o fim de pri"ile%iar ademonstra#!o de con&ecimento correto, n!o ser!o descontados pontos pela ale%a#!ode teses subsidirias, ainda )ue inaplic"eis ao caso, desde )ue n!o confi%uremrespostas contradit*rias'



Quest!o 02

(@ E8ame Unificado 9aria, -o"em e8tremamente possessi"a, comparece ao local em)ue or%e, seu namorado, e8erce o car%o de au8iliar administrati"o e abre uma cartalacrada )ue &a"ia sobre a mesa do rapa4' .o ler o conte;do, descobre )ue or%e seapropriara de DX +'000,00 )uatro mil reais, )ue recebera da empresa em )uetrabal&a"a para efetuar um pa%amento, mas utili4ara tal )uantia para comprar uma -*iapara uma mo#a c&amada ;lia'

.bsolutamente transtornada, 9aria entre%a a correspond=ncia aos patrKes de or%e'om base no relatado acima, responda aos itens a se%uir, empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a or%e praticou crimeL Em caso positi"o, )ualisL @alorA 0,3B

b Se o 9inist:rio 7;blico oferecesse den;ncia com base e8clusi"amente nacorrespond=ncia aberta por 9aria, o )ue "oc=, na )ualidade de ad"o%ado de or%e,ale%ariaL @alorA 0,



Gabarito comentadoA

a Sim' .propria#!o ind:bita )ualificada ou ma-orada em ra4!o do oJcio, pre"ista noart' 15, par%rafo 1o, ((( do 7'

b Nalta de -usta causa para a instaura#!o de a#!o penal, - )ue a den;ncia se

encontra lastreada e8clusi"amente em uma pro"a ilcita, por)uanto decorrente de"iola#!o a uma norma de direito material arti%o 1B1 do 7'



Quest!o 03

@ E8ame Unificado oa)uina, ao c&e%ar 6 casa de sua fil&a, Esmeralda, deparousecom seu %enro, .dalton, mantendo rela#Kes se8uais com sua neta, a menor N'9', de12 anos de idade, fato ocorrido no dia 2 de -aneiro de 2011'

Transtornada com a situa#!o, oa)uina foi 6 dele%acia de polcia, onde re%istrouocorr=ncia do fato criminoso' .o t:rmino do (n)u:rito 7olicial instaurado para apurar osfatos narrados, descobriuse )ue .dalton "in&a mantendo rela#Kes se8uais com areferida menor desde no"embro de 2010' .purouse, ainda, )ue Esmeralda, m!e deN'9', sabia de toda a situa#!o e, apesar de ficar eno-ada, n!o comunica"a o fato 6polcia com receio de perder o marido )ue muito ama"a' <a condi#!o de ad"o%adoaconsultadoa por oa)uina, a"* da menor, responda aos itens a se%uir, empre%andoos ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a .dalton praticou crimeL Em caso afirmati"o, )ualL @alorA 0,3

b Esmeralda praticou crimeL Em caso afirmati"o, )ualL @alorA 0,B

c onsiderando )ue o (n)u:rito 7olicial - foi finali4ado, de"e a a"* da menor oferecer )uei8acrimeL@alorA 0,+B



Gabarito comentadoA

a Sim' Estupro de "ulner"el, conduta descrita no art' 21M. do 7'

b Sim' Esmeralda tamb:m praticou estupro de "ulner"el arM%o 21M. do 7 c/carM%o 13, F2o, Ra, do 7, uma "e4 )ue tin&a a obri%a#!o le%al de impedir o

resultado, sendo %arantidora da menor'c <!o, pois se trata de a#!o penal p;blica incondicionada, nos termos do art' 22B,par%rafo ;nico, do 7'



Quest!o 0+

((( E8ame Unificado aio, residente no municpio de S!o 7aulo, : con"idado por seupai, morador da cidade de Celo Jori4onte, para "isitlo' .o diri%irse at: 9inas Geraisem seu carro, aio d carona a 9aria, -o"em belssima )ue con&ecera na estrada e)ue, ao saber do destino de aio, o con"ence a subtrair pertences da casa do %enitordo rapa4, c&e%ando a su%erir )ue ele a%uardasse o repouso noturno de seu pai paraefetuar a subtra#!o' .o c&e%ar ao local, aio -anta com o pai e o espera adormecer,)uando ent!o subtrai da resid=ncia uma tele"is!o de plasma, um aparel&o de som edois mil reais' .p*s encontrarse com 9aria no "eculo, ambos se e"adem do local es!o presos )uando c&e%a"am ao municpio de S!o 7aulo'


a aio pode ser punido pela conduta praticada e pro"adaL @alorA 0,+

b 9aria pode ser punida pela referida condutaL @alorA 0,+

c Em caso de oferecimento de den;ncia, )ual ser o -u4o competente paraprocessamento da a#!o penalL @alorA 0,2



Gabarito omentado

a <!o, uma "e4 )ue incide sobre o caso a escusa absolut*ria pre"ista no arti%o 151,((, do 7'

b Sim, uma "e4 )ue a circunst$ncia relati"a a aio : de carter pessoal, n!o se

comunicando a ela arti%o 30 do 7' .ssim, poder ser punida pela prtica do crimede furto )ualificado pelo repouso noturno'

c Celo Jori4onte, local em )ue delito se consumou, conforme arti%os , (, do 77 eo do 7'



Quest!o 0B

@(( E8ame Unificado 9aurcio, -o"em de classe alta, rebelde e sem escr;pulos,come#a a namorar oana, menina de boa famlia, de classe menos fa"orecida emoradora de rea de risco em uma das maiores comunidades do Crasil' <o dia doani"ersrio de 15 anos de oana, 9aurcio resol"e con"idla para -antar num dosrestaurantes mais caros da cidade e, posteriormente, le"aa para con&ecer a sutepresidencial de um &otel considerado um dos mais lu8uosos do mundo, onde passa anoite com ela' <a man&! se%uinte, 9aurcio e oana resol"em permanecer por maisdois dias' .o final da estada, 9auricio contabili4a os %astos da)ueles dias deprodi%alidade, apurando o total de DX 15'000,00 de4oito mil reais' Todos ospa%amentos foram reali4ados em esp:cie, &a-a "ista )ue, na noite anterior, 9aurcio&a"ia trocado com sua m!e um c&e)ue de DX20'000,00 "inte mil reais por din&eiroem esp:cie, c&e)ue )ue 9aurcio sabia, de antem!o, n!o possuir fundos'onsiderando apenas os fatos descritos, responda, de forma -ustificada, os)uestionamentos a se%uir'

. 9aurcio e oana cometeram al%um crimeL ustifi)ue sua resposta e, caso se-apositi"a, tipifi)ue as condutas atribudas a cada um dos persona%ens, desen"ol"endoa tese de defesa' "alorA 0,M0

C aso 9aurcio ti"esse in"adido a casa de sua m!e com uma pistola de brin)uedo ea amea#ado, a fim de conse%uir a )uantia de DX 20'000,00 "inte mil reais, suasitua#!o -urdica seria diferenteL ustifi)ue' "alorA 0,BB



Gabarito comentadoA

7ara %arantir pontua#!o, o e8aminando de"eria, no item V.W, dei8ar e8presso )ueoana n!o cometeu )ual)uer crime por)ue n!o &ou"e se)uer conduta de sua parte'abe ressaltar )ue somente ser aceita, como fundamento para essa &ip*tese, aaus=ncia de conduta, le"ando em considera#!o o con&ecimento te*rico e8i%ido noE8ame de Ordem'

.ssim, descabe analisar a e8ist=ncia de elemento sub-eti"o dolo ou culpa, ilicitude ouculpabilidade, pois tais somente seriam apreciados )uando &ou"esse conduta'onse)uentemente, a resposta )ue trou8er apenas tal anlise sem mencionar aconduta n!o ser pontuada no item respecti"o'

.inda no tocante ao item V.W, o e8aminando de"er indicar )ue 9aurcio,diferentemente de oana, cometeu crime, )ual se-a, estelionato OU )ue teriapraticado a conduta descrita no art' 1M1 caput do 7, mas )ue poderia ale%ar em suadefesa a escusa absolut*ria pre"ista no art' 151, (( do 7'

Sobre esse ponto, n!o ser pass"el de pontua#!o a mera indica#!o do dispositi"ole%al, dissociada da ar%umenta#!o e8i%ida'

e i%ual modo, n!o ser pontuada nen&uma outra modalidade de estelionato sen!oa)uela descrita no caput do art' 1M1 do 7' Dessaltese )ue dados n!o descritos noenunciado n!o podem ser presumidos pelos e8aminandos'

Tamb:m n!o ser pass"el de pontua#!o a indica#!o %en:rica do art' 151 do 7, sema especifica#!o do inciso ade)uado ou de ar%umenta#!o pertinente ao inciso'

.demais, aplica#!o da escusa absolut*ria n!o condu4 6 atipicidade da conduta' .conduta continua Tpica, ilcita e culp"el, &a"endo apenas op#!o le%islati"a pela n!o

imposi#!o de san#!o de nature4a penal, embora a senten#a possa produ4ir efeitosci"is'

Em rela#!o ao item VCW, a atribui#!o de pontos estaria condicionada 6 e8pressaar%umenta#!o no sentido de )ue a condi#!o -urdica de 9aurcio seria alterada namedida em )ue a isen#!o de pena pre"ista no *di%o 7enal n!o se aplica aos crimesde roubo OU 6 prtica da conduta descrita no art' 1BM caput do 7, nos termos doart'153, ( do 7' 7ortanto, 9aurcio seria processado e apenado pelo crime cometido'

umpre salientar )ue a mera indica#!o de arti%o le%al, dissociada da corretaar%umenta#!o em )ual)uer um dos itens, n!o pode ser pontuada' e i%ual modo, amera indica#!o, no item VCW, de )ue n!o &a"eria isen#!o de pena ou de )ue n!o seaplicaria o art' 151, (( do 7 por for#a do disposto no arM%o 153, (, do 7, sem acorreta tipifica#!o da conduta, n!o : pass"el de pontua#!o'

.l:m disso, le"ando em conta )ue o delito de roubo n!o se confunde com a e8tors!o,n!o ser admitida fun%ibilidade entre as condutas de forma a se considerar )ual)uerdas duas como a prtica empreendida por 9aurcio'

7or fim, n!o poder ser considerada correta a resposta )ue impon&a a causa deaumento de pena pre"ista no par%rafo se%undo, inciso (, do arti%o 1BM do 7' (ssopor)ue a contro":rsia acerca da incid=ncia da referida causa de aumento )uanto aouso de arma de brin)uedo foi suficientemente solucionada no $mbito do Superior

Tribunal de usti#a, )ue, em 2001, cancelou o "erbete sumular n] 1M+, no -ul%amentodo DES7 213'0B+S7'



Quest!o 0

@(( E8ame Unificado Harissa, sen&ora aposentada de 0 anos, esta"a na rodo"iriade sua cidade )uando foi abordada por um -o"em simptico e bem "estido' O -o"empediul&e )ue le"asse para a cidade de destino, uma cai8a de medicamentos para umprimo, )ue padecia de %ra"e enfermidade' (nocente, e se%uindo seus preceitosreli%iosos, a Sra' Harissa atende ao rapa4A pe%a a cai8a, entra no ?nibus e se%ue"ia%em' &e%ando ao local da entre%a, a sen&ora : abordada por policiais )ue, aoabrirem a cai8a de rem:dios, "erificam a e8ist=ncia de 2B0 %ramas de cocana em seuinterior' .tualmente, Harissa est sendo processada pelo crime de trfico deentorpecente, pre"isto no art' 33 da lei n' 11'3+3, de 23 de a%osto de 200'

onsiderando a situa#!o acima descrita e empre%ando os ar%umentos -urdicosapropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente, respondaA )ual a tese defensi"aaplic"el 6 HarissaL "alorA 1,2B



Gabarito comentadoA

. )uest!o pretende buscar do e8aminando con&ecimento acerca do instituto do errode tipo essencial, inclusi"e para diferencilo das demais modalidades de erro' .ssim,para %arantir pontua#!o, a resposta de"er tra4er as se%uintes informa#KesA a tesedefensi"a aplic"el : a de )ue Harissa a%iu em erro de tipo essencial incriminador,instituto descrito no art' 20 caput do 7, pois descon&ecia circunst$ncia elementardescrita em tipo penal incriminador' .usente o elemento Tpico, )ual se-a, o fato deestar transportando dro%as, fa4 com )ue, nos termos do dispositi"o le%al, se e8clua odolo, mas permitase a puni#!o por crime culposo e, como o dispositi"o le%al do art' 33da Hei n' 11'3+3/0 n!o admite a modalidade culposa, o fato se tornaria atpico'

Dessaltese )ue le"ando em conta )ue o E8ame de Ordem busca o con&ecimentot:cnico e acad=mico dos e8aminandos, n!o ser!o pontuadas respostas )ue tra%amteses contradit*rias' .ssim, a resposta indicati"a de )ual)uer outra esp:cie de errose-a acidental, de tipo permissi"o ou de proibi#!o implica na impossibilidade depontua#!o, estando, a )uest!o, maculada em sua inte%ralidade' Entendese por tese

contradit*ria a)uelas )ue elencam di"ersas modalidades de erro, ainda )ue uma delasse-a a correta'

Tamb:m com o fim de pri"ile%iar o raciocnio e a demonstra#!o de con&ecimento, amera indica#!o da conse)u=ncia correta atipicidade do fato, dissociada daar%umenta#!o pertinente e identifica#!o do instituto aplic"el ao caso, n!o serpass"el de pontua#!o' o mesmo modo, n!o ser pontuada a mera indica#!o dodispositi"o le%al, )ual se-a, o art' 20 caput do 7'



Quest!o 0M

@( E8ame Unificado arlos .lberto, -o"em rec:mformado em Economia, foicontratado em -aneiro de 200 pela .C (n"estimentos S'.', pessoa -urdica de direitopri"ado )ue tem como ati"idade principal a capta#!o de recursos financeiros deterceiros para aplicar no mercado de "alores mobilirios, com a fun#!o de assistentedireto do presidente da compan&ia, .u%usto :sar' <o primeiro m=s de trabal&o,arlos .lberto foi informado de )ue sua fun#!o principal seria elaborar relat*rios eportf*lios da compan&ia a serem endere#ados aos acionistas com o fim de informlosacerca da situa#!o financeira da .C' 7ara tanto, arlos .lberto basea"ase,e8clusi"amente, nos dados financeiros a ele fornecidos pelo presidente .u%usto:sar' Em a%osto de 2010, foi apurado, em auditoria contbil reali4ada nas finan#asda .C, )ue as informa#Kes mensalmente en"iadas por arlos .lberto aos acionistasda compan&ia eram falsas, &a-a "ista )ue os relat*rios altera"am a realidade sobre asfinan#as da compan&ia, sone%ando informa#Kes capa4es de re"elar )ue a .C esta"aem situa#!o financeira periclitante'

onsiderandose a situa#!o acima descrita, responda aos itens a se%uir, empre%andoos ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a P poss"el identificar )ual)uer responsabilidade penal de .u%usto :sarL Se sim,)ualis seriam as condutas tpicas a ele atribudasL @alor 0,+B

b aso arlos .lberto fosse denunciado por )ual)uer crime praticado no e8ercciodas suas fun#Kes en)uanto assistente da presid=ncia da .C, )ue ar%umentos adefesa poderia apresentar para o casoL @alorA 0,5



Gabarito comentadoA

a Sim, pois .u%usto :sar a%iu com dolo preordenado, sendo autor mediato do crimepre"isto no arti%o o da Hei M'+2/5'

b 7oderia ar%umentar )ue arlos .lberto n!o a%iu com dolo, uma "e4 )ue recebera

informa#Kes erradas' .%iu, portanto, em &ip*tese de erro de Mpo essencialin"enc"el/escus"el, com base no art' 20, caput, OU art' 20, F2o, do 7'



Quest!o 05

@(( E8ame Unificado J muito tempo 9aria encontrase deprimida, nutrindo dese-osde acabar com a pr*pria "ida' o!o, sabedor dessa condi#!o, e )uerendo a morte de9aria, resol"e insti%la a se matar' 7ondo seu plano em prtica, o!o "isita 9ariatodos os dias e, )uando ela toca no assunto de n!o tem mais ra4!o para "i"er, )uedese-a se matar, pois a "ida n!o fa4 mais sentido, o!o a estimula e a encora-a a pular pela -anela'

Um belo dia, lo%o ap*s ser insti%ada por o!o, 9aria salta pela -anela de seuapartamento e, por pura sorte, sofre apenas al%uns arran&Kes, n!o sofrendo )ual)uerferimento %ra"e' onsiderando apenas os fatos apresentados, responda, de forma -ustificada, aos se%uintes )uestionamentosA

. o!o cometeu al%um crimeL "alorA 0,B

C aso 9aria "iesse a sofrer lesKes corporais de nature4a %ra"e em decorr=ncia da)ueda, a condi#!o -urdica de o!o seria alteradaL "alorA 0,0



Gabarito comentadoA

O e8aminando de"e responder, no item V.W, )ue o!o n!o cometeu )ual)uer crime,pois o

delito descrito no art' 122 do 7, o )ual pre"= a conduta de insti%a#!o, au8lio ou

indu4imento ao suicdio, n!o admite a forma tentada art' 1+, (( do 7, sendo certo)ue tal delito somente se consuma com a ocorr=ncia de lesKes corporais %ra"es oumorte' <esse senMdo, como 9aria te"e apenas al%uns arran&Kes, n!o &ou"e crime'

Toda"ia, com o fim de pri"ile%iar a demonstra#!o de con&ecimento doutrinrio, seraceita como resposta correta ao item V.W, a indica#!o de )ue &a"eria crime, mas )ue ofato n!o seria pun"el por faltar condi#!o ob-eti"a de punibilidade' <esse casoespecfico, o e8aminando de"er demonstrar con&ecimento sobre o conceito analticode crime fato Tpico, anti-urdico e culp"el, indicando )ue a punibilidade n!o ointe%ra'

.inda )uanto ao item V.W, : indispens"el a indica#!o do dispositi"o em anlise'

7ortanto, afirma#Kes "a%as e %en:ricas n!o s!o pass"eis de pontua#!o'

no item VCW, o e8aminando de"eria responder )ue ante a ocorr=ncia de lesKescorporais de nature4a %ra"e em 9aria, a condi#!o -urdica de o!o seria alterada,passando ele a responder pelo delito pre"isto no art' 122 do 7 na modalidadeconsumada'

Dessaltese )ue le"ando em considera#!o a nature4a do E8ame de Ordem, n!o seratribuda pontua#!o para respostas com teses contradit*rias, ou mesmo su%esti"a dedelito na modalidade tentada' .demais, considerase errada a resposta indicati"a deconfi%ura#!o de concurso de crimes ou a fundamenta#!o isolada'

7elo mesmo moti"o e8posto no item V.W impossibilidade de considera#!o deafirma#Kes "a%as ou %en:ricas, tamb:m n!o : pass"el de pontua#!o a resposta, noitem VCW, )ue n!o indi)ue, de maneira e8pressa, o arti%o le%al a )ue se refere a)uest!o' esse modo, a mera refer=ncia 6 pena de reclus!o de 1 a 3 anos, ou se-a, amera indica#!o do preceito secundrio do tipo, dissociada da tipifica#!o da conduta,tamb:m n!o : pontuada'

7or fim, tamb:m n!o ser pontuada a simples transcri#!o do arti%o, dissociada dademonstra#!o de con&ecimento doutrinrio'



Quest!o 0

@((( E8ame Unificado .bel e Nelipe obser"a"am diariamente um restaurante com afinalidade de cometer um crime'

Sabendo )ue poderiam obter al%uma "anta%em sobre os clientes )ue o fre)uenta"am,

.bel e Nelipe, sem )ual)uer combina#!o pr:"ia, conse%uiram, cada um, uniformessemel&antes aos utili4ados pelos manobristas de tal restaurante'

<o incio da tarde, apro"eitando a oportunidade em )ue n!o &a"ia nen&um funcionriono local, a dupla, "estindo os uniformes de manobristas, permaneceu 6 espera desuas "timas, mas, a%indo de modo separado'

T:rcio, o primeiro cliente, ao c&e%ar ao restaurante, iludido por .bel, entre%a de forma"oluntria a c&a"e de seu carro' .bel, ao in":s de condu4ir o "eculo para oestacionamento, e"adese do local' <arcsio, o se%undo cliente, c&e%a ao restaurantee n!o entre%a a c&a"e de seu carro, mas Nelipe a subtrai sem )ue ele o percebesse'Nelipe tamb:m se e"ade do local'

Empre%ando os ar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinenteao caso, responda 6s )uestKes a se%uir'

. Qual a responsabilidade -urdicopenal de .bel ao praticar tal condutaL respondamoti"ando sua imputa#!o@alorA 0,B

C Qual a responsabilidade -urdicopenal de Nelipe ao praticar tal condutaL respondamoti"ando sua imputa#!o@alorA 0,0



Gabarito comentadoA

Delati"amente ao item R. da )uest!o, o e8aminando, para %arantir a atribui#!ointe%ral dos pontos respecti"os, de"er desen"ol"er raciocnio no sentido de )ue .belcometeu apenas o crime de estelionato, pre"isto no art' 1M1 do *di%o 7enalbrasileiro'

Outrossim, de"er indicar )ue o crime caracteri4ase pela fraude )ue : usada comomeio de obter o consentimento da "tima )ue, iludida, entre%a "oluntariamente a c&a"ede seu carro para .bel'

<o )ue tan%e ao item RC, de"er ser desen"ol"ido raciocnio no sentido de )ue Nelipecometeu apenas o delito de furto simples, capitulado no arti%o 1BB caput do *di%o7enal'

Salientese )ue, no caso em tela, n!o ser!o admitidas respostas )ue indicarem aincid=ncia de )ualificadoras, uma "e4 )ue, apesar de o a%ente ter se "esMdo demanobrista, tal fato em nada interferiu na subtra#!o do bem'

Tampouco se pode falar em crime cometido mediante destre4a, &a-a "ista o fato de)ue, no enunciado da )uest!o, n!o & )ual)uer refer=ncia ao fato de Nelipe possuir&abilidades especiais )ue pudessem fa4er com )ue efeti"asse a subtra#!o sem )ue a"tima percebesse'

.ssim sendo, o delito por ele praticado foi, apenas, o de furto na forma simples,descrito no caput do arM%o 1BB do *di%o 7enal'

.inda no item RC, de maneira alternati"a e com o fim de pri"ile%iar demonstra#!o decon&ecimento -urdico, ser pontuado o e8aminando esclarecer somente estarpresente o n;cleo do tipo e, por conta disso, a conduta de Nelipe apenas se

en)uadraria no caput do arti%o citado'

7or fim, em nen&um dos itens poder ser atribuda pontua#!o pela mera e8plica#!o daatua#!o dos a%entes se essa esti"er dissociada da correta tipifica#!o do crime'



Quest!o 10

@( E8ame Unificado .o c&e%ar a um bar, aio encontra Tcio, um anti%o desafeto)ue, certa "e4, o &a"ia amea#ado de morte' .p*s in%erir meio litro de us)ue paratentar criar cora%em de abordar Tcio, aio partiu em sua dire#!o com a inten#!o decumprimentlo' .o apro8imarse de Tcio, aio obser"ou )ue seu desafetobruscamente p?s a m!o por debai8o da camisa, momento em )ue ac&ou )ue Tcioesta"a prestes a sacar uma arma de fo%o para "itimlo' Em ra4!o disso, aioimediatamente muniuse de uma faca )ue esta"a sobre o balc!o do bar e desferiu um%olpe no abdome de Tcio, o )ual "eio a falecer' .p*s anlise do local por peritos do(nstituto de riminalstica da 7olcia i"il, descobriuse )ue Tcio esta"a tentandoapenas pe%ar o ma#o de ci%arros )ue esta"a no c*s de sua cal#a'

onsiderando a situa#!o acima, responda aos itens a se%uir, empre%ando osar%umentos -urdicos apropriados e a fundamenta#!o le%al pertinente ao caso'

a He"andose em conta apenas os dados do enunciado, aio praticou crimeL Em

caso positi"o, )ualL Em caso ne%ati"o, por )ue ra4!oL @alorA 0,Bb Supondo )ue, nesse caso, aio ti"esse desferido 3B %olpes na barri%a de Tcio,como de"eria ser analisada a sua conduta sob a *tica do ireito 7enalL @alorA 0,



Gabarito comentadoA

a <!o, pois atuou sob o manto de descriminante putati"a, instituto pre"isto no art' 20,

par%rafo 1o do 7, uma "e4 )ue sup?s, com base em fundado receio, estar emsitua#!o de le%tima defesa' omo se limitou a dar uma facada, a sua rea#!o foi

moderada, n!o &a"endo )ue se falar em puni#!o por e8cesso'b .inda )ue ten&a procurado se defender de a%ress!o )ue ima%inou estar em "ias deocorrer, aio a%iu em e8cesso doloso, de"endo, portanto, responder por &omicdiodoloso, na forma do arM%o 23, par%rafo ;nico, do 7'

G.C.D(TO O9E<T.O

Tratase o presente caso de um erro na e8ecu#!o art' M3 do 7, 1a parte,atendendose, conforme o citado arti%o, ao disposto no par%rafo 3o do arti%o 20 do*di%o 7enal' 7or outro lado "erificase )ue .ur:lio ao efetuar o disparo a%iu emle%tima defesa art' 2B do 7 pr*pria e real' Entretanto, por um erro acertou pessoa

di"ersa orn:lio do a%ressor Cerilo' 9esmo assim, n!o fica afastada a le%timadefesa posto )ue de acordo com o art' 20 F 3o do 7 Rn!o se consideram, neste caso,as condi#Kes ou )ualidades da "tima, sen!o as da pessoa contra )uem o a%ente)ueria praticar o crime' He"andose, ainda, em considera#!o o fato de )ue .ur:lioa%iu em defesa de uma a%ress!o in-usta e atual, utili4ando se, ainda, dos meiosnecessrios e )ue dispun&a para se defender'



QUESTÃO +1

Hucas, processado em liberdade, foi condenado na 1a inst$ncia 6 pena de 0B cincoanos em re%ime inte%ralmente fec&ado, pelo crime de trfico de dro%as, cometido emsetembro de 200' (nterp?s Decurso de .pela#!o o )ual foi parcialmente pro"ido' OTribunal alterou apenas o dispositi"o da senten#a )ue fi8a"a o re%ime eminte%ralmente fec&ado para inicialmente fec&ado' .p*s o tr$nsito em -ul%ado, Hucasdeu inicio ao cumprimento de pena em 10 de fe"ereiro de 200' O -u4o da e8ecu#!o,em 10 de outubro de 2010, ne%ou a pro%ress!o de re%ime sob o fundamento de )ueHucas ainda n!o &a"ia cumprido 2/B da pena, em )ue pese os demais re)uisitosten&am sido preenc&idos'

iante dos fatos e da decis!o acima e8posta, sendo )ue sua intima#!o, na condi#!ode .d"o%ado de Hucas, ocorreu em 11'10'2010A(' indi)ue o recurso cab"el'(('apresente a ar%umenta#!o ade)uada, indicando os respecti"os dispositi"os le%ais'



G.C.D(TO O9E<T.O

a Decurso ab"elA .%ra"o em E8ecu#!o, nos termos do pre"isto no arti%o 1M, daHei n' M'210/5+' b Nundamenta#!oA om o ad"ento da Hei 11'++/0M, restoule%almente instituda a possibilidade de pro%ress!o de re%ime nos crimes &ediondos ee)uiparados, respeitando, assim, o princpio constitucional da indi"iduali4a#!o dapena' . mencionada lei fi8ou pra4o diferenciado para tais delitos, afastando o crit:riode cumprimento de 1/ da pena, determinando o cumprimento de 2/B, para primrios e3/B, para reincidentes' <o entanto, no caso em comento, o delito fora cometido antesda entrada em "i%or da lei 11'++/0M, sendo esta pre-udicial ao r:u no )ue tan%e aopra4o para pro%ress!o, ra4!o pela )ual n!o poder ser aplicada retroati"amente'Ho%o, )uando do pedido perante o -u4o da e8ecu#!o, Hucas - &a"ia cumprido ore)uisito ob-eti"o e8i%ido para a pro%ress!o de re%ime, ou se-a, 1/, de"endo ser concedido, nos termos do arti%o 112, da Hei n' M'210/5+' O re)uerimento de"e ser depro%ress!o de re%ime' 7ontua#!o para ar%umenta#!oA 0,B' 7ontua#!o para indica#!odos dispositi"os le%aisA 0,2



QUESTÃO +2

. 7olcia i"il do Estado do Dio Grande do Sul recebe notcia crime identificada,imputando a 9aria ampos a prtica de crime, eis )ue mandaria crian#as brasileiraspara o estran%eiro com documentos falsos' iante da notcia crime, a autoridadepolicial instaura in)u:rito policial e, como primeira pro"id=ncia, representa peladecreta#!o da intercepta#!o das comunica#Kes telef?nicas de 9aria ampos, Rdada a%ra"idade dos fatos noticiados e a not*ria dificuldade de apurar crime de trfico demenores para o e8terior por outros meios, pois o Vmodus operandiW en"ol"e sempreatos ocultos e e8i%e estrutura or%ani4acional sofisticada, o )ue indica a e8ist=ncia deuma or%ani4a#!o criminosa inte%rada pela in"esti%ada 9aria' O 9inist:rio 7;blicoopina fa"ora"elmente e o -ui4 defere a medida, limitandose a adotar, como ra4!o dedecidir, Ros fundamentos e8plicitados na representa#!o policial'

<o curso do monitoramento, foram identificadas pessoas )ue contrata"am os ser"i#osde 9aria ampos para pro"idenciar e8pedi#!o de passaporte para "iabili4ar "ia%ensde crian#as para o e8terior' Noi %ra"ada con"ersa telef?nica de 9aria com um

funcionrio do setor de passaportes da 7olcia Nederal, .nt?nio Hopes, em )ue 9ariaconsulta"a .nt?nio sobre os passaportes )ue ela &a"ia solicitado, se - esta"amprontos, e se poderiam ser en"iados a ela' . pedido da autoridade policial, o -ui4deferiu a intercepta#!o das lin&as telef?nicas utili4adas por .nt?nio Hopes, masnen&um dilo%o rele"ante foi interceptado'

O -ui4, tamb:m com pr:"ia representa#!o da autoridade policial e manifesta#!ofa"or"el do 9inist:rio 7;blico, deferiu a )uebra de si%ilo bancrio e fiscal dosin"esti%ados, tendo sido identificado um dep*sito de din&eiro em esp:cie na conta de .nt?nio, efetuado na)uele mesmo ano, no "alor de DX 100'000,00 cem mil reais' Omonitoramento telef?nico foi mantido pelo perodo de )uin4e dias, ap*s o )ue foi

deferida medida de busca e apreens!o nos endere#os de 9aria e .nt?nio' . decis!ofoi proferida nos se%uintes termosA Rdiante da %ra"idade dos fatos e da realpossibilidade de serem encontrados ob-etos rele"antes para in"esti%a#!o, defirore)uerimento de busca e apreens!o nos endere#os de 9aria Dua dos asais, 213 ede .nt?nio Dua astro, 1M0, apartamento 201' <o endere#o de 9aria ampos, foiencontrada apenas uma rela#!o de nomes )ue, na "is!o da autoridade policial, seriamclientes )ue teriam re)uerido a e8pedi#!o de passaportes com os nomes de crian#as)ue teriam "ia-ado para o e8terior' <o endere#o indicado no mandado de .nt?nioHopes, nada foi encontrado' Entretanto, os policiais )ue cumpriram a ordem -udicialperceberam )ue o apartamento 202 do mesmo pr:dio tamb:m pertencia aoin"esti%ado, moti"o pelo )ual nele in%ressaram, encontrando e apreendendo a )uantia

de cin)uenta mil d*lares em esp:cie' <en&uma outra dili%=ncia foi reali4ada'Delatado o in)u:rito policial, os autos foram remetidos ao 9inist:rio 7;blico, )ueofereceu a den;ncia nos se%uintes termosA Ro 9inist:rio 7;blico "em oferecer den;ncia contra 9aria ampos e .nt?nio Hopes, pelos fatos a se%uir descritosA 9ariaampos, com o au8lio do a%ente da polcia federal .nt?nio Hopes, e8pediu di"ersospassaportes para crian#as e adolescentes, sem obser"$ncia das formalidades le%ais'9aria tin&a a finalidade de "iabili4ar a sada dos menores do pas' . partir da )uantiade din&eiro apreendida na casa de .nt?nio Hopes, bem como o dep*sito identificadoem sua conta bancria, e"idente )ue ele recebia "anta%em inde"ida para efetuar alibera#!o dos passaportes' .ssim a%indo, a denunciada 9aria ampos est incursa

nas penas do arti%o 23, par%rafo ;nico, da Hei n' 50/0 Estatuto da rian#a e do .dolescente, e nas penas do arti%o 333, par%rafo ;nico, c/c o arti%o , ambos do*di%o 7enal' o denunciado .nt?nio Hopes est incurso nas penas do arti%o 23,



par%rafo ;nico, da Hei n' 50/0 Estatuto da rian#a e do .dolescente e nas penasdo arti%o 31M, F 1o, c/c arti%o , ambos do *di%o 7enal'

O -ui4 da 1Ba @ara riminal de 7orto .le%re, DS, recebeu a den;ncia, nos se%uintestermosA Rcompulsando os autos, "erifico )ue & pro"a indiciria suficiente daocorr=ncia dos fatos descritos na den;ncia e do en"ol"imento dos denunciados' J -usta causa para a a#!o penal, pelo )ue recebo a den;ncia' itemse os r:us, naforma da lei' .nt?nio foi citado pessoalmente em 2M'10'2010 )uarta feira e orespecti"o mandado foi acostado aos autos dia 01'11'2010 se%undafeira' .nt?niocontratou "oc= como .d"o%ado, repassandol&e nomes de pessoas arlos de Tal,residente na Dua 1, n' 10, nesta capital> o!o de Tal, residente na Dua +, n' 310, nestacapital> Doberta de Tal, residente na Dua +, n' 310, nesta capital )ue prestariamrele"antes informa#Kes para corroborar com sua "ers!o'

<essa condi#!o, redi-a a pe#a processual cab"el desen"ol"endo TO.S .S TESESENE<S(@.S )ue podem ser e8tradas do enunciado com indica#!o de respecti"osdispositi"os le%ais' .presente a pe#a no ;ltimo dia do pra4o'



G.C.D(TO O9E<T.O

^ O candidato de"er redi%ir Desposta 6 .cusa#!o endere#ada ao ui4 de ireito da1Ba @ara riminal de 7orto .le%re, DS, com base nos arti%os 3 e/ou 3. do*di%o de 7rocesso 7enal' P indispens"el a indica#!o do dispositi"o le%al )uefundamenta a apresenta#!o da pe#a' 7e#as denominadas Refesa 7re"ia, Refesa7reliminar e RDesposta 7reliminar sem indica#!o do dispositi"o le%al n!o ser!oaceitas' 7e#as com fundamento simult$neo nos arti%os +0 e B1+ do *di%o de7rocesso 7enal, ou em )ual)uer arti%o de outra lei n!o ser!o aceitas' Quando seindica"a os arti%os 3 e/ou 3., as pe#as eram aceitas independente do nome,sal"o )uando tamb:m se fundamenta"am no art' B1+ do *di%o de 7rocesso 7enal ouem outro arti%o n!o aplic"el ao caso' .dmitiuse a resposta acompan&ada dae8ce#!o de incompet=ncia, pontuandose os ar%umentos constantes de ambas aspe#as'

' . primeira )uest!o preliminar )ue de"er ser ar%uida : incompet=ncia da usti#aEstadual para processar o feito, eis )ue o crime : de compet=ncia federal, nos termos

do )ue pre"= o arti%o 10, @, da onstitui#!o Nederal' Delati"amente a esse tema,admitiuse tamb:m a ar%ui#!o de incompet=ncia com base no inciso (@ do art' 10, daonstitui#!o' Em ambos os casos, ser considerada "lida a indica#!o datransnacionalidade do crime ou a circunst$ncia de ser uma acusa#!o de crimesupostamente praticado por funcionrio p;blico federal no e8erccio das fun#Kes ecom estas relacionadas' .dmitese tamb:m a simples refer=ncia ao dispositi"o daonstitui#!o, ou at: mesmo 6 S;mula n' 2B+, do e8tinto mas sempre E%r:%io TribunalNederal de Decursos' <!o ser aceita, por outro lado, a refer=ncia ao art' 10, ( daonstitui#!o nem 6s S;mulas 122 e/ou 1+M do ST'

' . se%unda )uest!o preliminar )ue de"er ser ar%uida : nulidade na intercepta#!o

telef?nica' .)ui, foram pontuados separadamente os dois ar%umentos para sustentar anulidadeA a falta de fundamenta#!o da decis!o nos termos do )ue disciplina o arti%oBo, da Hei n' '2/ e arti%o 3, (, da onstitui#!o da Dep;blica> no mesmosentido> b impossibilidade de se decretar a medida de intercepta#!o telef?nica comoprimeira medida in"esti%ati"a, n!o respeitando o princpio da e8cepcionalidade,"iolando o pre"isto no arti%o 2o, ((, da Hei n' '2/' <a nulidade da intercepta#!on!o se aceitar o ar%umento do art' +o, acerca da aus=ncia de indica#!o de comoseria implementada a medida' Tamb:m n!o se aceitar a nulidade decorrente daincompet=ncia para a decreta#!o, eis )ue o ar%umento da incompet=ncia era ob-etode pontua#!o especfica'

' . terceira )uest!o preliminar )ue de"er ser ar%uida : a nulidade da decis!o )uedeferiu a busca e apreens!o nula, eis )ue %en:rica e sem fundamenta#!o, fulcro noarti%o 3, (, da onstitui#!o da Dep;blica'

' . )uarta )uest!o preliminar )ue de"er ser ar%uida : a nulidade da apreens!o doscin)uenta mil d*lares, eis )ue o in%resso no outro apartamento de .nt?nio, ondeesta"a a )uantia, n!o esta"a autori4ado -udicialmente' Delati"amente a este ponto, eraindispens"el )ue se associasse a ile%alidade ao conceito de pro"a ilcita econse)uentemente re)uerendose a desconsidera#!o do din&eiro l apreendido'

' . )uinta )uest!o preliminar )ue de"er ser ar%uida : a in:pcia da inicialacusat*ria, eis )ue a conduta : %en:rica, sem descre"er as elementares do tipo de

corrup#!o passi"a e sem imputar fato determinado' (sso "iola o pre"isto no arti%o 5o,2, VbW, do ecreto M5/2, o )ual pre"= como %arantia do acusado a comunica#!o





dos fatos nem 6s afirma#Kes %en:ricas de )ue n!o &a"ia -usta causa para a a#!openal'

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QUESTÕES DE DIREITO PENAL 2ª FASE COMPILADO