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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ KARINA DE OLIVEIRA ALVES REALINHAMENTO DOS PROCESSOS DE RH PARA A EMPRESA CASETEX CONCRETO CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS TURISTICOS LTDA. Balneário Camboriú 2009

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ

KARINA DE OLIVEIRA ALVES

REALINHAMENTO DOS PROCESSOS DE RH PARA A EMPRESA CASETEX

CONCRETO CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS TURISTICOS LTDA.

Balneário Camboriú

2009

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KARINA DE OLIVEIRA ALVES

REALINHAMENTO DOS PROCESSOS DE RH PARA A EMPRESA CASETEX

CONCRETO CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS TURISTICOS LTDA.

Balneário Camboriú

2009

Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração – com ênfase em Recursos Humanos, na Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação Balneário Camboriú. Orientadora: Msc. Luzia Fröhlich

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KARINA DE OLIVEIRA ALVES

REALINHAMENTO DOS PROCESSOS DE RH PARA A EMPRESA CASETEX

CONCRETO CONSTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS TURISTICOS LTDA.

Esta Monografia foi julgada adequada para a obtenção do título de Bacharel em

Administração e aprovada pelo Curso de Administração – Recursos Humanos da

Universidade do Vale do Itajaí, Centro de Educação de Balneário Camboriú.

Área de Concentração: Recursos Humanos

Balneário Camboriú, 02 de dezembro de 2009.

_________________________________

Prof. MSc. Luzia Fröhlich

Orientador(a)

___________________________________

Prof. MSc. Lorena Schröder

Avaliador(a)

___________________________________

Prof. MSc. Roberto Hering

Avaliador(a)

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EQUIPE TÉCNICA

Estagiário(a): Karina de Oliveira Alves

Área de Estágio: Recursos Humanos

Professor Responsável pelos Estágios: Lorena Schröder

Supervisor da Empresa: Alexandra Fabiana Krauss

Professor(a) orientador(a): Luzia Fröhlich

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DADOS DA EMPRESA

Razão Social: Casetex Concreto Construções e Empreendimentos Tur. Ltda.

Endereço: Rua Rio Mármore, nº 2287, Bairro Rio Pequeno, Camboriú, SC.

Setor de Desenvolvimento do Estágio: Recursos Humanos

Duração do Estágio: 240 horas

Nome e Cargo do Supervisor da Empresa: Alexandra Fabiana Krauss –

Coordenadora de Recursos humanos.

Carimbo do CNPJ da Empresa: 85.271.773/0001-65

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

Balneário Camboriú, 02 de dezembro de 2009.

A Empresa Casetex Concreto e Construções e Empreendimentos Turísticos Ltda.,

pelo presente instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a

divulgar os dados do Relatório de Conclusão de Estágio executado durante o

Estágio Curricular Obrigatório, pela acadêmica Karina de Oliveira Alves.

___________________________________

Responsável pela Empresa

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“Uma empresa sem estratégia faz qualquer negócio”.

Michael Porter

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AGRADECIMENTOS

Agradeço primeiramente a Deus pela sabedoria proporcionada e pela oportunidade

concedida.

A minha orientadora Luzia Fröhlich pela sua orientação e seu apoio para a

elaboração desta Monografia

A todos os professores que contribuíram no conhecimento adquirido durante a

graduação.

À minha família, por todo o carinho, compreensão e incentivos concedidos em todas

as fases da minha vida e principalmente no momento da elaboração do trabalho

acadêmico pela compreensão das minhas ausências.

Aos meus amigos e colegas de trabalho que incentivara-me nos estudos.

Aos donos da empresa Casetex que proporcionaram a conclusão da graduação e

oportunizaram o desenvolvimento da pesquisa dentro da empresa.

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RESUMO

A área de recursos humanos é fundamental dentro de uma empresa através das ações de compreender o comportamento humano, de forma que consiga construir uma equipe qualificada, motivada e produtiva no ambiente de trabalho. De acordo com essa afirmação a pesquisa teve como objetivo geral propor o realinhamento da área de recursos humanos da empresa Casetex com as práticas compatíveis as características da empresa. O presente trabalho foi utilizado pesquisa qualitativa, onde foram utilizadas entrevistas semi-estruturadas, observações e análises dos documentos da empresa e da observação do próprio ambiente. Através do estudo, conclui-se que a empresa Casetex Concreto Construções e Empreendimentos Turísticos Ltda., necessita acompanhar a realidade do mercado, até mesmo pela concorrência de recursos humanos que incentiva a valorização da gestão de pessoas proporcionando um ambiente de trabalho agradável, criativo, inovador, e produtivos alinhando os objetivos da empresa e dos funcionários na direção do sucesso da empresa e da realização profissional.

Palavras – chaves: Comportamento Humano, Empresa, Recursos Humanos

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ABSTRACT

The area of human resources is essential in a company through the actions of understanding human behavior in order to build up a qualified, motivated and productive team in the workplace. According to this statement the research aimed to propose a general realignment of human resources company Casetex practices compatible with the characteristics of the company. This paper has a qualitative research, with a semi-structured interviews, observations and analysis of company documents and observation of the environment itself. Through the study concluded that the company Casetex Concrete Buildings and resorts Ltda., needs to monitor the market situation, even by the competition of human resources and encourages the recovery of people management by providing a pleasant working environment, creativity, innovative, productive and aligning business objectives and staff toward the company's success and professional achievement.

Keywords: Human Behavior, Business, Human Resources

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LISTA DE FIGURAS

Figura 1 A Natureza do Comportamento Organizacional.................................. 30

Figura 2 Os Seis Processos de Gestão de Pessoas......................................... 39

Figura 3 Etapas do Processo de Treinamento e Desenvolvimento.................... 53

Figura 4 Exemplo de Banco de Dados de RH.................................................... 57

Figura 5 Fluxograma atual do processo de folha de pagamento........................ 74

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 Processos de Agregar Pessoas........................................................... 87

Quadro 2 Processos de Aplicar Pessoas............................................................ 88

Quadro 3 Processos de Desenvolver Pessoas...................................................... 89

Quadro 4 Processo de Monitorar Pessoas............................................................. 89

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO........................................................................................... 15

1.1 Tema de Estágio........................................................................................ 15

1.2 Problema de Pesquisa............................................................................... 16

1.3 Objetivos da Pesquisa............................................................................... 16

1.4 Justificativa da Pesquisa............................................................................ 16

1.5 Contextualização do Ambiente de Estágio................................................ 17

1.6 Organização do Trabalho.......................................................................... 17

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA................................................................ 19

2.1 Organizações............................................................................................. 19

2.1.1 Cultura Organizacional.............................................................................. 22

2.1.2 Pessoas..................................................................................................... 25

2.1.3 Pessoas e Organizações........................................................................... 29

2.2 Administração............................................................................................ 32

2.2.1 História da Administração.......................................................................... 34

2.2.2 Administração de Recursos Humanos....................................................... 35

2.2.3 Processos de Recursos Humanos............................................................. 38

2.2.3.1 Modelagem de Cargos, Descrição de Cargos e Remuneração................ 40

2.2.3.2 Recrutamento e Seleção........................................................................... 45

2.2.3.3 Avaliação de Desempenho........................................................................ 49

2.2.3.4 Treinamento e Desenvolvimento............................................................... 51

2.2.3.5 Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho............................. 54

2.2.3.6 Sistema de Informação de Recursos Humanos........................................ 55

2.2.3.7 Clima Organizacional................................................................................. 57

2.2.3.8 Entrevista de Desligamento....................................................................... 58

3 METODOLOGIA CIENTÍFICA................................................................... 59

3.1 Tipologia de Pesquisa................................................................................ 59

3.2 Instrumentos de Pesquisa......................................................................... 60

3.3 Análise e Apresentação dos Dados........................................................... 62

3.4 Limitações da Pesquisa............................................................................. 62

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4 RESULTADOS.......................................................................................... 63

4.1 Comportamentos da Empresa Casetex e Processos de RH .................... 63

4.1.1 Processo de Recrutamento e Seleção e Admissão.................................. 66

4.1.2 Processo de Integração, Treinamento e Desenvolvimento....................... 68

4.1.3 Processo de Remuneração e Benefícios.................................................. 70

4.1.4 Processo de Avaliação de Desempenho................................................... 71

4.1.5 Segurança e Medicina no Trabalho........................................................... 72

4.1.6 Processo de Departamento Pessoal......................................................... 73

4.2 Proposta de Realinhamento dos Processos de RH e Justificativa............ 74

4.2.1 Descrição de Cargos................................................................................. 75

4.2.2 Avaliação do Cargo.................................................................................... 76

4.2.3 Recrutamento e Seleção........................................................................... 77

4.2.4 Admissão................................................................................................... 80

4.2.5 Avaliação de Desempenho........................................................................ 82

4.2.6 Treinamento e Desenvolvimento............................................................... 83

4.2.7 Desligamento do Funcionário.................................................................... 85

4.2.8 Clima Organizacional................................................................................. 85

4.3 Proposta de Realinhamento de Processos de RH.................................... 87

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................... 90

REFERÊNCIAS......................................................................................... 92

ANEXOS.................................................................................................... 95

APÊNDICES.............................................................................................. 99

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1 INTRODUÇÃO

As organizações já conseguiram visualizar a importância das pessoas, e ao

contrário do que se imaginava no passado sobre a substituição de força de trabalho

por tecnologias, hoje é possível perceber que o recurso humano é essencial para

manter a organização no mercado e torna-la competitiva.

Este trabalho é apresentado a descrição de um processo de desenvolvimento

de recursos humanos, e os processos que podem auxiliar a um trabalho mais

produtivo, procurando observar que as organizações devem estar alinhadas às

estratégias do negócio e a gestão de pessoas para manterem-se competitivas no

mercado.

As organizações preocupam-se com o seu capital humano, dessa forma,

aplicam técnicas para possuírem retorno ns produtividade e evitar conflitos. Tais

técnicas, colaboram na manutenção do funcionário, traduzindo em redução de

custos e flexibilização de processos de recrutamento, seleção, treinamento,

avaliação de desempenho e na administração de cargos e salários de acordo com a

realidade do mercado organizacional.

As organizações devem conquistar seus clientes internos de forma que todos

sejam aliados na busca do alcance dos objetivos. Dessa forma, de acordo com as

suas necessidades, as organizações precisam alinhar-se a práticas de recursos

humanos que atraiam esses clientes a serem comprometidos ao desenvolvimento

da organização.

O trabalho apresenta uma análise de procedimentos culturais da empresa e

das praticas de gestão realizada, e através da percepção do estudo, é sugerida as

ações de reengenharia das práticas de RH, possibilitando uma mudança no

comportamento e desempenho dos clientes internos.

1.1 Tema

As políticas de Recursos Humanos devem reconhecer seu capital humano

como o bem mais valioso, pois esta ligada ao desenvolvimento e a eficiência da

organização, dessa forma as políticas de RH procuram ações que tragam resultados

na capacidade humana.

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Para Lacombe (2005, p.15) “o que faz o diferencial em uma organização são

as pessoas que a compõem, independentemente de outros recursos que podem ser

usados da mesma forma por outras empresas”.

Devido as políticas geralmente serem voltadas aos objetivos da organização,

um diagnóstico das práticas de RH deve ser realizado para visualizar os resultados

das ações aplicadas, dessa forma, através do diagnóstico realizado na empresa

Casetex, a presente pesquisa tem como principal tema o realinhamento dos

processos de RH alinhadas a realidade da empresa.

1.2 Problema

Os processos de RH da empresa Casetex atendem as necessidades para o

alcance dos objetivos estratégicos da empresa?

1.3 Objetivo Geral

Propor um realinhamento dos processos de RH que influenciam na gestão da

empresa Casetex Concreto e Construção e Empreendimentos Turísticos Ltda.

1.3.1 Objetivos específicos:

• Diagnosticar os processos de RH na empresa.

• Descrever aspectos da cultura organizacional.

• Descrever os processos e atividades de RH da empresa.

• Analisar os processos atuais de RH.

1.4 Justificativa No decorrer dos anos as empresas podem sofrer algumas dificuldades para

manterem-se no mercado, dessa forma, elas devem ser criativas e inovadoras para

diferenciarem-se de outras organizações. As dificuldades podem afetar qualquer

setor da empresa, mas que geralmente influenciam o comportamento das pessoas

dentro da organização.

A escassez de mão de obra qualificada, falta de treinamento e

desenvolvimento, falta de avaliação de desempenho, absenteísmo, rotatividade são

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exemplos de dificuldades que podem surgir nas organizações, desta forma a gestão

de pessoas da organização deve manter atualizada as práticas de RH para que

possam criar alternativas a situações ameaçadoras, realinhando as práticas

existentes por práticas estruturadas, voltadas a realidade do negócio, da cultura da

empresa e ao mercado de mão de obra na região.

1.5 Contexto do ambiente de estágio

A Casetex teve início de suas atividades no ano de 1987, tornando-se uma

empresa especializada na usinagem de concreto atendendo as principais obras da

região de Camboriú –SC.

Além da matriz localizada na cidade de Camboriú- SC, a Casetex possui três

filiais sediadas nos municípios de São José (2002), Barra Velha (2001) e Joinville

(1996), todas localizadas no estado de Santa Catarina.

Para que seja possível atingir os objetivos do princípio construtivo e agilizar o

fornecimento, a disposição de central móvel dosadora de concreto no canteiro é um

item importante, que evita o risco de interrupção do processo de concretagem,

assim, podendo ser mobilizada em canteiros de obras em qualquer lugar do país.

O processo de entrega do produto é feito através do caminhão betoneira, que

efetua o transporte do concreto até o local de lançamento, através de bombas e

lanças.

A mesma assistência é oferecida para os clientes pequenos e grandes,

realizado através do departamento técnico especializado em desenvolver projetos

que possuem exigências especiais e diferenciadas.

1.6 Organização do Trabalho

Primeiramente o trabalho apresenta a introdução da pesquisa que possui o

tema, problema, objetivo, justificativa e o breve histórico da empresa.

Na segunda parte apresenta-se a fundamentação teórica do trabalho dividida

em capítulos que tratam de organizações, cultura organizacional, pessoas, pessoas

e organizações, administração, história da administração, administração de recursos

humanos, objetivos, processos de recursos humanos, modelagem de cargos,

descrição de cargos, remuneração, recrutamento e seleção, avaliação de

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desempenho, treinamento e desenvolvimento, higiene, segurança, qualidade de vida

no trabalho, e sistema de informação de recursos humanos.

Na terceira parte é apresentada a metodologia do trabalho, a tipologia,

instrumentos de pesquisa, sujeito de estudo, análise e apresentação dos dados e as

limitações da pesquisa.

Na quarta parte do trabalho é focada a descrição da empresa, apresentando

através do método de entrevista e observação as atuais práticas da empresa e

posteriormente é feita uma análise das atuais práticas de RH.

No quinto capítulo é apresentada a proposta de realinhamento para a

empresa envolvendo desde as políticas de desenho para o cargo até a gestão do

clima organizacional.

Após as propostas feita a empresa é apresentada no capítulo seis as

considerações finais.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1 Organizações

Considera-se que as organizações são umas manifestações de uma

sociedade que visa o crescimento do padrão de vida, onde cada organização é

limitada por recursos que devem ser analisados quando aplicados para o alcance

dos objetivos com eficiência (CHIAVENATO, 1983).

Segundo Kast e Rosenweig (1992, p.05) a “organização implica atividades

estruturadas e unificadas – gente trabalhando ou cooperando entre si em

relacionamentos interdependentes”.

As organizações como entidades sociais que são administradas por metas,

são desenhadas como sistemas de atividades deliberadamente estruturados e

coordenados e são ligadas ao ambiente externo (DAFT, 2002).

Já Faria (1997) define a organização como um estabelecimento que possui

estrutura formal de autoridade, que se definem, coordenando as fases e métodos de

trabalho para atingir o objetivo.

Segundo Kwasnicka (1987, p. 168) “a estrutura organizacional apresenta

duas dimensões básicas, a horizontal e a vertical”. A hierarquia é, assim, composta

de níveis verticais de responsabilidades, se compõem de três elementos chaves

graduados em três degraus de importância de cima para baixo: a)posições

consistindo de tarefas, responsabilidades e autoridades proporcionais a eles; b)

políticas planos objetivos, procedimentos em todos os níveis; e c) papéis, status e

autoridades dos indivíduos possuidores do cargo.

Vasconcellos e Hemsley (2003, p. 03) apresentam um conceito para a

estrutura da organização,

[...] pode ser definida como o resultado de um processo através do qual a autoridade é distribuída, as atividades desde os níveis mais baixos até a Alta Administração são especificadas e um sistema de comunicação é delineado permitindo que as pessoas realizem as atividades e exerçam a autoridade que lhes compete para o atingimento dos objetivos organizacionais.

A departamentalização apresenta características da estrutura horizontal,

envolvendo o processo de unidades compostas de grupos com funções

relacionadas, sendo assim, a medida que a empresa cresce, a estrutura horizontal

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expande automaticamente pelo surgimento de novas unidades (KWASNICKA,

1987).

Os critérios funcional, geográfico, por processo, por clientes, por produtos, por

período e pela amplitude de controle podem ser utilizados para o alcance de

unidades maiores (VASCONCELLOS; HEMSLEY, 2003).

Um dos métodos mais antigo de agrupar funções relacionadas é através de

função especializada, como marketing, finanças e produção. Esse tipo de

departamentalização pode criar problemas quando os indivíduos pensarem em se

especializar somente em sua área e esquecer das especializações necessárias para

a empresa como um todo (MONTANA; CHARNOV, 2003).

Segundo Maximiano (2000, p.91) ressalta que “além dos objetivos e recursos,

as organizações têm dois outros elementos importantes: divisão de trabalho e

processos de transformação”.

A partir da divisão do trabalho a espécie humana conseguiu condições de

ampliar a produção e a poupança, melhorando as condições de consumo das

futuras gerações (LACOMBE; HEILBORN, 2006).

Nenhum individuo é capaz fisicamente e psicologicamente para realizar todas

as operações que compõem a maioria das tarefas complexas, mesmo antecipando a

capacidade de especialização comentam Stoner e Freeman (1982).

A especialização pressupõe a divisão de trabalho, assim quando a espécie

humana teve uma divisão do trabalho em grande escala, adquiriu a ampliação da

produtividade e da poupança. A especialização permitiu que as pessoas se

concentrassem naquilo que sabem fazer bem, e aumentar a produtividade dando

abertura a um mecanismo de troca de bens e serviços (LACOMBE, 2005).

A Teoria Estruturalista estuda as organizações, onde é mais aprofundado na

estrutura interna e na interação entre outras organizações (CHIAVENATO, 1983).

As relações entre as organizações, para os estruturalistas são de grande

importância, levando-se em destaque as organizações formais e informais, tendo-se

uma noção comparativa (MOTTA, 1982).

As organizações podem ser formais ou informais. As organizações informais

têm como característica a existência de entidades independentes, no entanto, não

possuem nenhum interesse prático ao estudo da administração, dessa forma

quando nos referimos a organização informal estamos nos referindo as

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organizações informais existentes dentro da organização formal (LACOMBE;

HEILBORN, 2006).

A organização formal pode ser caracterizada pelas regras, regulamentos e

estruturas hierárquicas que coordenam as relações entre seus representantes,

reduzindo as incertezas decorrentes da variabilidade humana (CHIAVENATO,

1983).

A estrutura informal percebe-se uma dinâmica diferente de relacionamento,

essas relações sociais “se desenvolvem espontaneamente entre o pessoal ou

trabalhadores, acima e além da formal (não só trabalham na mesma equipe, mas

também são amigos)” (CHIAVENATO,1983, p. 327).

Para Chiavenato (1983, p.327) “a organização formal refere-se, geralmente,

ao padrão de organização determinado pela administração: o esquema da divisão

do trabalho e poder de controle , as regras e regulamentos de salários, controle de

qualidade etc”.

Para Faria (1997) a estrutura formal da empresa esta assentada nos

princípios da divisão do trabalho, da especialização, da hierarquia, da autoridade e

da responsabilidade. São estes, pois, os fundamentos da Organização.

O motivo de existência de uma organização representa os propósitos que

desejam ser alcançados e os respectivos impactos no ambiente interno e externo.

Essas influências refletem no nível que a empresa se encontra, os recursos que

levam para o alcance de sua missão e seus objetivos. Os resultados organizacionais

estão ligados aos fatores relacionados ao clima e a cultura organizacional, onde

mobiliza ou mantêm estagnados os sistemas administrativos (KANAANE, 1999).

Ainda Kanaane (1999) afirma que o conjunto de papéis das organizações

converge diretamente ou indiretamente para o alcance dos objetivos e metas,

podendo-se refletir o grau de decisão ou indecisão e desestruturação organizacional

existente. A conseqüência é que os papéis dos profissionais tornam-se ambíguos, o

que tende a exigir freqüentes reflexões, redefinições e revisões, uma vez que o fator

externo pode influenciar nas ações dos papéis, dessa forma a empresa tem que se

adequar rapidamente a essas mudanças, porém observa-se que as transformações

são lentas tanto relacionado a tecnologia como aos indivíduos, dessa forma o passe

de mágica de cada organização o transforma num diferencial comparado a outras

organizações que não conseguem sofrer essas mudanças.

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As empresas são estruturadas para atingir seus objetivos através das

pessoas. Neste interelacionamento organizacional a forma de relacionar-se entre as

pessoas, cria uma forma única de ser das organizações, denominando

metodologicamente de cultura organizacional. No capitulo a seguir será definido o

papel da cultura organizacional.

2.1.1 Cultura Organizacional

A causa ou efeito do comportamento das pessoas que convivem em uma

mesma organização é chamado de cultura organizacional (SCHIRATO, 2000).

Considera-se que a idéia de enxergar as organizações como culturas, é um

fenômeno relativamente recente. Até meados dos anos 80, as organizações eram

vistas de forma racional de coordenar e controlar pessoas. Elas possuíam níveis

verticais, departamentos, relações de autoridade, assim por diante, porém as

organizações são mais do que isso. Cada organização possui características

próprias, ou seja, tem personalidade própria, o mesmo acontece com as pessoas,

podendo ser rígidas ou flexíveis, hostis ou apoiadoras, inovadoras ou conservadoras

(ROBBINS, 2002).

A cultura organizacional pode ser definida como o conjunto de valores,

crenças e padrões de comportamento que formam o centro da identidade de uma

organização. A eficácia da organização é muito influenciada pela cultura, que por

sua vez afeta a maneira de desempenhar as funções de administração. A liderança

administrativa é influenciada pela cultura, mas também ajuda a estabelecê-la através

das diretrizes (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI, 1998).

Para Maximiano (2000, p. 259) “satisfação, insatisfação e indiferença são

manifestações do clima organizacional”. O objetivo essencial é vivenciar valores,

costumes e regras, que fazem a reprodução das relações de poder

hierarquicamente estabelecidas, uma relação que acaba proporcionando uma zona

de conforto aceitável para cada um dos trabalhadores (SCHIRATO, 2000).

Afirma os autores Megginson; Mosley e Pietry (1998, p.428) que “a cultura

organizacional pode ser definida como o conjunto de valores, crenças e padrões de

comportamento que forma o núcleo de identidades de uma organização”. Por isso, o

valor fundamental na cultura organizacional é a noção do grupo, a solidariedade, do

espaço e dos interesses compartilhados.

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Cultura organizacional para Robbins e Decenzo (2004) é um sistema de

significados compartilhados que evoluem com o passar do tempo, esses valores

compartilhados determinam fortemente o que os funcionários vêem e como eles

respondem aos seus mundos. Geralmente a cultura de uma organização reflete a

visão ou missão dos seus fundadores, estabelecendo a cultura inicial, projetando

uma imagem de como a organização tem que ser.

Segundo Freitas (1991) a cultura organizacional é vista como um importante

mecanismo que visa moldar condutas, unificar maneiras de pensar e de viver a

organização, atribuir uma imagem positiva da mesma, onde todos são iguais.

O nível de sinergia existente em um sistema organizacional dependerá das

energias decorrentes por este sistema, via intercâmbios ambientais, cujo conjunto de

elementos gradativamente delineiam o quadro geral das interações sociais

(KANAANE, 1999).

Para Robbins (2002) a organização quando institucionalizada passa ter valor

próprio, independente dos bens e serviços que oferece, adquirindo a imortalidade.

Quando os objetivos são considerados importantes, ela não fecha as portas mais

sim redefine os objetivos iniciais.

Robbins (2002) ainda comenta que a cultura age para produzir compreensão

comum entre os membros da organização sobre o comportamento apropriado,

dessa forma quando a organização adquire uma permanência no mercado, os

modos aceitáveis de comportamentos se tornam auto-evidenciados para seus

membros.

A organização é um sistema composto de subsistemas. Um dos subsistemas

organizacionais é o subsistema humano e cultural que é formado por dois

elementos: a) o elemento informal, refletido pelo grupo de indivíduos que compõem

as organizações pelas suas experiências; b) e o elemento formal, que reflete a

cultura oficial de uma empresa através das regras, normas, padrões, estabelecidos

pelos meios de comunicação oficiais (MOTTA; VASCONCELLOS, 2002).

Segundo Robbins (2002, p.499) “a cultura organizacional se refere à maneira

pela qual os funcionários percebem as características da cultura da empresa, e não

ao fato de gostarem ou não delas”.

Segundo Schein (2000 apud MOTTA; VASCONCELLOS 2002) as

características de uma empresa são percebidas através da comunicação, símbolos,

imagens, histórias e mitos que a rodeia.

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Robbins (2002) afirma que a cultura da organização representa uma

percepção comum mantida pelos membros. Os indivíduos com diferentes históricos

e em níveis diversos tendam a descrever a cultura organizacional em termos

semelhantes dentro da organização.

Todos os seres humanos são dotados de cultura, devido estar inseridos em

algum sistema cultural, dessa forma, toda pessoa tende a julgar as outras culturas a

partir do conhecimento adquirido da sua própria cultura, assim, as crenças e

comportamentos só podem ser compreendidos em relação ao seu contexto cultural

(CHIAVENATO, 1999).

Considera-se a cultura de uma organização dominante quando os valores

compartilhados pela maioria dos membros são expressos. Esse tipo de visão macro

da cultura que o torna a personalidade diferenciada de outras organizações.

Segundo Robbins (2002, p. 499) “as subculturas tendem a ser desenvolvidas nas

grandes organizações para refletir problemas, situações ou experiências comuns a

alguns de seus membros”.

Segundo Chiavenato (1999, p. 139) “a cultura organizacional representa as

percepções dos dirigentes e funcionários da organização e reflete a mentalidade que

predomina na organização”.

Para Robbins (2002) a cultura de uma organização desempenha diversas

funções. A cultura tem o papel de definir fronteiras criando distinções entre uma

organização e outra, proporciona um senso de identidades aos membros da

organização, facilita o comprometimento com algo maior que os interesses

individuais de cada um, e estimula a estabilidade do sistema social. A cultura é a

estrutura social que ajuda manter a organização coesa, fornecendo padrões

adequados, sinalizando as formas de atitude e comportamentos dos funcionários.

Cada organização cultiva e mantém sua própria cultura, por esse motivo,

algumas empresas são conhecidas por algumas peculiaridades próprias. Através da

cultura de uma organização, as pessoas selecionam as empresas que gostariam de

trabalhar, sendo fundamental para se adaptar ao ambiente (CHIAVENATO, 1999).

Para Robbins (2002) existem evidencias que demonstram as organizações

selecionando novos membros que se ajustem bem a sua cultura organizacional, e a

maioria dos candidatos a emprego busca organizações onde possam adequar seus

valores e personalidade.

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Entende-se que quando um novo empregado é integrado na organização

antes de iniciar suas atividades, condicionando-os às suas práticas e filosofias, ele

esta sendo socializado a organização. Segundo Chiavenato (1999, p. 146) a

socialização organizacional é a maneira como a organização procura marcar no

novo participante o modo como ele deve pensar e agir de acordo com os ditames da

organização.

Segundo Freitas (1991) a cultura organizacional é vista como um importante

mecanismo que visa moldar condutas, unificar maneiras de pensar e de viver a

organização, atribuir uma imagem positiva da mesma, onde todos são iguais.

A cultura organizacional de uma organização é formada pelas pessoas que

nelas estão inseridas, porém, se baseiam em normas valores próprios das

organizações que estão inseridas. As pessoas são identificadas como matéria

essencial para o alcance dos objetivos das organizações. O objetivo do próximo

capítulo é compreender os recursos humanos que preenchem uma organização

trazendo lucratividade e tornando a organização competitiva.

2.1.2 Pessoas

As pessoas que trabalham em uma organização são consideradas seus

recursos humanos. Elas atendem as necessidades da organização ao adquirir as

habilidades necessárias para conduzir negócios eficientes e eficazes (MONTANA;

CHARNOV, 2003).

As pessoas dependem das organizações onde trabalham para atingir os seus

objetivos pessoais e individuais (CHIAVENATO, 1999, p. 04).

De acordo com Nonaka; Takeuchi (1997 p.14), pode se dizer que “a

organização não pode criar conhecimento por si mesma, sem a iniciativa do

indivíduo e a interação que ocorre dentro do grupo”.

As pessoas constituem o princípio essencial da dinâmica produtiva das

organizações, elas conferem a viabilidade das atividades e processos, inovam,

criam, recriam contextos e situações que podem levar a organização a posicionar-se

melhor no mercado competitivo (DAVEL; VERGARA, 2001).

O componente humano não é o único recurso utilizado em um negócio, porém

permite a utilização e administração dos demais recursos (KWASNICKA, 1987, p.

124).

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Kanaane (1999) comenta que a organização é caracterizada pelo conjunto de

papéis sociais inter-relacionados, dessa forma, a emissão de informações podem

facilitar ou dificultar a dinâmica das relações interpessoais no contexto

organizacional. O indivíduo começa na sua infância incorporar normas e valores

vigentes na família, estabelecendo funções instrumentais, consumatórias,

ajustadoras, apropriando-se aos fatores de uma sociedade, sendo assim forma-se o

caráter do indivíduo, que possibilita ao homem sua auto-afirmação e a formação da

sua individualidade.

Um dos desafios mais importantes e abrangentes enfrentados pelas

organizações é a adaptação às diferenças entre as pessoas. O termo utilizado para

descrever esse desafio é diversidade da força de trabalho (ROBBINS, 2002).

As diferenças individuais são características que diferenciam um indivíduo do

outro, essas diferenças podem ser físicas, psicológicas e emocionais. Considerar as

diferenças das pessoas torna-se um grande desafio para as empresas que buscam

estabelecer contratos psicológicos, padronizando suas práticas, e tentando adequar

da melhor maneira possível, pessoas e cargos (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006).

A consideração da subjetividade no estudo das pessoas nas organizações é

de tornar compreensível a experiência humana em sua fonte mais complexa. No

pensamento filosófico grego, a subjetividade pode ser esclarecida por aquilo que o

ser humano considera fundamental e que permanece subjacente. Designa a

interioridade da pessoa, a singularidade, enfim, é tudo aquilo que constitui a

individualidade humana e que sedimenta todo o conhecimento possível (DAVEL;

VERGARA, 2001).

A conduta do individuo, o papel que ele assume dentro da organização, esta

relacionado as experiências adquiridas no decorrer da vida (KANAANE,1999).

Para Silva (1999 apud DAVEL; VERGARA,2001) existem três referências

produzidas pela administração que sugere a subjetividade no discurso

organizacional de pessoas ideais: a) a pessoa como um “ser múltiplo”,

“multidimensional” e “polivalente”, capaz de articular as diferenças, unir as múltiplas

dimensões e congregar os inúmeros valores, tanto no “modo de ser” da pessoa

quanto em sua inserção no mundo; b) a pessoa como um ser “integrado”, “criativo” e

“intuitivo”, que visa superar dualidades implicadas na análise racional e em

informações intuitivas; e c) pessoa como ser “flexível”, “aprendiz” e “inovador”, onde

a “flexibilidade” e a “aprendizagem” capacitam cada um a responder com rapidez o

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dinamismo às necessidades impostas por um mundo incerto, sob mudanças

constantes.

Segundo Griffin e Moorhead (2006) os psicólogos identificaram traços e

dimensões que diferenciam as pessoas, sendo elas: a sociabilidade (capacidade de

se relacionar), consciência/ meticulosidade (quantidade de objetivos em que cada

indivíduo é capaz de se concentrar), estabilidade emocional (variação de humor e à

segurança), extroversão (bem estar sentido nos relacionamentos), e a abertura

(relacionada a maleabilidade das crenças e dos interesses de uma pessoa).

A diversidade da força de trabalho traz implicações importantes para as

práticas administrativas. Os gestores precisam mudar suas filosofias de tratar todo o

mundo do mesmo modo. A diversidade quando bem administrada traz benefícios a

organização como o aumento da criatividade e da inovação,e melhoria nas decisões

tomadas. Quando a administração não é boa, os resultados serão negativos,

podendo haver aumento da rotatividade, dificuldade da comunicação e conflitos

interpessoais (ROBBINS, 2002).

Muitos trabalhadores não só se preocupam com o emprego, mas também

com a necessidade de desenvolvimento individual através das oportunidades de

crescimento pessoal e profissional (MONTANA; CHARNOV, 2003).

“As pessoas trazem para a organização diferentes talentos, níveis de

expectativas, contribuições e, em certos casos, problemas “(MONTANA; CHARNOV,

2003, 196).

Na empresa, a necessidade e a qualidade de pessoal necessários são obtida

através da administração dos recursos humanos. Assim como qualquer outra

função, essa também exige uma série de decisões que definem seus objetivos e a

forma de atingi-los (KWASNICKA, 1987, p. 124).

Segundo Robbins e Decenzo (2004, p.39), “organizações que não se

preocupam em ajudar seu pessoal a atingir o equilíbrio trabalho/vida descobrirão

que está cada vez mais difícil atrair e reter os funcionários mais capazes e mais

motivados”.

Muitos comportamentos individuais resultam da participação da pessoa na

organização. A produtividade do funcionário é um comportamento importante, um

indicador da sua eficiência, que é medida em produtos ou serviços feitos na mesma

unidade (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p.25).

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Atitudes são sentimentos e crenças que determinam fundamentalmente como

os empregados irão perceber o ambiente onde se encontram (DAVIS; NEWSTROM,

2001, p. 122). Todo o conjunto de indicadores mentais que afetam a visão de um

indivíduo, retorna para a sua ação, a sua atitude.

As atitudes especialmente importantes são a satisfação e a insatisfação com

o emprego e o comprometimento organizacional (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p.

78).

Para Rokeach, 1973 (apud DEMO, 2005) os valores ajeitam-se em um

sistema de crenças estruturadas em três componentes, a saber: cognitivos

(manifestações do conhecimento sobre as maneiras certas de se comportar),

afetivos (sentimentos em relação à crença) e comportamentais (influenciam as

ações das pessoas).

Já Tamayo (2000 apud Demo, 2005) traduz os valores como metas que os

indivíduos fixam para si mesmo, relativas a estados de vivência ou a modelos de

comportamentos desejáveis. A raiz dos valores formados é de origem motivacional,

já que é expresso interesses e desejos de tipo individual, coletivo ou misto, assim os

valores são considerados de forma hierárquica as suas importâncias na sua vida, e

determinam a forma de pensar, agir e sentir.

Segundo Davis e Newstrom (2001) a satisfação no trabalho é formada pela

experiência adquirida no decorrer do tempo, na medida que o empregado vai

percebendo informações sobre o ambiente de trabalho, porém a satisfação no

trabalho também esta relacionada com a satisfação que o indivíduo tem com a sua

vida.

Para Griffin e Moorhead (2006, p.78) a satisfação ou insatisfação no trabalho

reflete a medida da gratificação e da plenitude de alguém no trabalho.

À medida que os empregados vão envelhecendo, vão percebendo o trabalho

de outra forma, e conseqüentemente tornando-se mais satisfeitos com seus cargos.

Aparentemente, os indivíduos mais experientes vão diminuindo suas expectativas

para níveis mais realistas, ajustando mais facilmente as situações do trabalho

(DAVIS; NEWSTROM, 2001).

O comprometimento organizacional é a medida da identificação e da ligação

do funcionário com a organização, geralmente o indivíduo comprometido revela

menos motivos de insatisfação com a organização e se vê como alguém que sempre

fará parte dela (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006)

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Segundo Davel e Vergara (2001), quando o sistema de símbolos da

organização apresenta significados para o indivíduo e ele se identifica com esses

símbolos, o indivíduo começa a sacrificar sua vida privada aos objetivos que ela

persegue, tornando para ele um sagrado transcendente, que legitima sua existência,

dando-lhe segurança e fazendo-o agir.

As organizações possuem algumas ferramentas para levantar a satisfação

dos empregados. A satisfação é um produto de percepções do empregado, é um

fator crítico dentro do contexto organizacional, dessa forma, necessita ser

compreendido, acompanhado e trabalhado de modo a evitar problemas potenciais

que possam prejudicar as organizações (DAVIS; NEWSTROM, 2001).

Quando a organização percebe a vivencia de insatisfação, ela deve estar

ciente de conseqüências que poderão ser apontadas nos resultados da empresa,

como por exemplo, diminuição da produtividade, furtos e atrasos (DAVIS;

NEWSTROM, 2001).

Para Griffin e Moorhead, (2006) o desempenho é considerado um fator

importante no âmbito individual, pois é constituído de todos os comportamentos

relacionados ao trabalho.

Dessa forma as organizações devem compreender melhor o seu capital

humano e trabalhar em cima dos indicadores que podem afetar a organização. Para

entender todo o contexto é necessário ter um breve conhecimento tanto da matéria

prima (pessoas) como da organização.

2.1.3 Pessoas e Organizações

Segundo Robbins (2002) para desenvolver a melhoria da eficácia

organizacional, o comportamento organizacional é um campo de estudos que

investiga o impacto que indivíduos têm sobre o comportamento dentro das

organizações.

Chiavenato (1999) comenta que estabelecer uma separação entre o

comportamento das pessoas e das organizações é algo difícil. As organizações

funcionam através das pessoas que delas fazem parte, que decidem e agem em seu

nome para alcançarem o objetivo definido.

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De acordo com Nonaka e Takeuchi (1997, p.14), pode se dizer que “a

organização não pode criar conhecimento por si mesma, sem a iniciativa do

indivíduo e a interação que ocorre dentro do grupo”.

A organização é um sistema estabelecido pelo conjunto de valores expressos

pelos indivíduos que dela fazem parte, onde esses valores representam a

tecnologia, a estrutura de cargos, o status e o poder, e o sistema de comunicação

como necessidades básicas para a atuação efetiva na organização (KANAANE,

1999).

Lacombe (2005) denomina a organização um grupo de pessoas que se

constitui de forma organizada com objetivos comuns, assim, para que se exista uma

organização é necessário ter objetivos comuns, divisão de trabalho, fonte de

autoridade e relações entre as pessoas.

“A área de comportamento organizacional busca compreender o conduta

humana em ambientes organizacionais, a própria organização e a interface

indivíduo-organização” (GRIFFIN; MOORHEAD, 2006, p. 07).

Figura 1: A natureza do comportamento organizacional. Fonte: Griffin e Moorhead (2006, p. 07)

Além da satisfação no trabalho, dois outros tipos de atitudes dos empregados

são muito significantes para a organização, a primeira é o envolvimento do indivíduo

em seu cargo e a identificação com a organização (DAVIS; NEWSTROM, 2001).

Ambiente Externo

Comportamento humano em ambientes organizacionais

A interface indivíduo-organização

A organização

Ambiente Externo

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A sintonia entre o fator humano e a estrutura é um pré-requisito para o

sucesso da organização. Na estrutura matricial, pelas suas características, este

aspecto é ainda mais relevante (VASCONCELLOS; HEMSLEY, 2003, p.93).

Através dos membros da estrutura e da dinâmica da organização que são

preenchidas por posições as vezes determinadas e as vezes espontâneas, existe a

necessidade da definição dos limites de cada papel desempenhado, para que dentro

do seu contexto se manifeste cada trabalhador, sem desconfiança, tendo-se um

acompanhamento desse desempenho, propiciando o surgimento da

responsabilidade profissional (KANAANE,1999).

Segundo Vasconcellos e Hemsley (2003, p. 95) “os indivíduos diferem

gradualmente quanto a sua capacidade de desempenhar papéis mal definidos.

Kanaane (1999) comenta que os papéis são delineados no conjunto das

interações, a partir do processo de produção, assim os indivíduos refletem as

posições assumidas no contexto organizacional.

Para Vasconcellos e Hemsley (2003, p.93) o “fator humano deve ser

entendido como as características dos indivíduos e grupos que formam a

organização, assim como o clima organizacional existente”.

Uma nova organização para Kanaane (1999, p. 39) surge tendo como

propósitos as seguintes configurações: a) unidade de negócios; b) horizontalizada;

c) voltada para projetos; e d) operações descentralizadas.

Conforme Chiavenato (1999), as organizações estão mudando os seus

conceitos e alterando suas práticas gerencias a partir do momento que assumem

que as pessoas são elementos básicos do sucesso empresarial. Falar em estratégia

de recursos humanos para as organizações, transmitem a segurança de que as

pessoas possam cumprir adequadamente a missão organizacional, possuindo uma

vantagem auto-sustentada em relação aos concorrentes que disputam o mercado.

Do exposto para Kanaane (1999) a organização do trabalho constitui-se a

partir da distinção de sua estrutura e dos respectivos impactos do desempenho dos

papéis profissionais. Estes, por sua vez, se manifestam no interjogo de papéis

profissionais, facilitando dessa maneira a interdependência dos diversos setores, a

partir dos tais relacionamentos.

Dentro do contexto de pessoas e organização é necessário entender o

contexto da condução de todas as atividades de uma organização. No próximo

capitulo será relatado pelos autores os processos da administração.

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2.2 Administração

Algumas obras dão intenção a entender que a administração tenha sido

inventada nas últimas décadas, da Segunda Guerra Mundial para cá. É bem

verdade que antes da Segunda Guerra Mundial o interesse pela administração e seu

estudo limitava-se a pequenos grupos. O interesse popular pela administração como

disciplina escolar e campo de estudo – por vezes chamado o “surto de expansão da

administração - é bastante recente. Contudo, tanto no aspecto do exercício prático

como no do campo de estudo a administração apresenta uma historia respeitável,

em numerosos países (DRUCKER, 1998, p. 18).

Numa época de complexidades, mudanças e incertezas como a que a

administração tornou-se uma das mais importantes áreas de atividade humana.

Vive-se em uma civilização onde o esforço cooperativo do homem é a base

fundamental da sociedade. A tarefa básica da Administração é a de fazer as coisas

através das pessoas. O avanço tecnológico e o desenvolvimento do conhecimento

humano, por si apenas, não produzem efeitos se a qualidade da administração

efetuada sobre os grupos organizados de pessoas não permitir uma aplicação

efetiva desses recursos humanos (CHIAVENATO, 1983).

“A palavra administração vem do latim ad (direção para, tendência para) e

minister (subordinação ou obediência), e significa aquele que realiza uma função

abaixo do comando de outrem, isto é, aquele que presta serviço a outro”. A tarefa

atual da Administração é a de interpretar os objetivos propostos pela organização e

transformá-los em ação organizacional através do planejamento, organização,

direção e controle de todos os esforços realizados em todos os níveis da

organização, a fim de alcançar tais objetivos da maneira mais adequada á situação

(CHIAVENTAO,1983, p. 05).

Conforme Faria (1997) a Administração é a condução racional das atividades

de uma organização, cuidando do planejamento, da organização, da direção e do

controle dessas atividades, com vista a alcançar os objetivos estabelecidos.

Stoner e Freeman (1982, p.05) conceitua a administração como “o processo

de planejar, organizar, liderar e controlar os esforços realizados pelos membros da

organização e o uso de todos os outros recursos organizacionais para alcançar os

objetivos estabelecidos”.

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Maximiano (2000, p. 25) afirma que “a administração é o processo ou

atividade dinâmica, que consiste em tomar decisões sobre objetivos e recursos”.

Onde houver pessoas com algum tipo de objetivo, haverá processos administrativos,

ou seja, a ultima finalidade de administrar é garantir a realização dos objetivos por

meio de recursos.

Para Stoner e Freeman (1982) a administração é definida como um processo

devido todos os administradores, independentes de suas aptidões ou habilidades

particulares, participarem de atividades interrelacionadas visando o alcance dos

objetivos.

“A administração inclui a coordenação de recursos humanos e materiais

visando a atingir o objetivo. Com freqüência se fala de pessoas que dirigem seus

negócios, mas habitualmente a conotação é de esforço de grupo” (KAST;

ROSENZWEIG, 1992, p.05).

Os recursos que as organizações utilizam classificam-se em seis tipos

principais: instalações, espaço, tempo, dinheiro, informações e pessoas. As

organizações são sistemas de recursos empregados na realização de objetivos

(MAXIMIANO, 2000, p. 26).

Segundo Maximiano (2000, p. 27) “os objetivos são os resultados esperados,

ou fins que as organizações de sistemas procuram atingir, por meio do emprego dos

recursos”. Uma organização ou sistema que consiga alcançar seus objetivos é

considerado eficaz, quando existem duas organizações que almejam o mesmo

objetivo e alcançam, porém uma se destaca por utilizar a menor quantidade de

recursos, é considerada eficiente.

Stoner e Freeman (1982, p.5) comentam que a administração já foi chamada

de “a arte de fazer coisas através de pessoas”. Essa definição ressalta que por traz

de uma administração estão sendo utilizados os recursos pessoas, ou seja, o fato

que os administradores consigam alcançar objetivos através da realização das

tarefas necessárias e não eles próprios realizando as tarefas.

As pessoas são consideradas peças fundamentais do processo

administrativo. Segundo Maximiano (2000, p. 27) “elas tomam decisões,

compartilham o processo decisório com outras pessoas ou são afetadas por

decisões que outras tomam”.

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Para Maximiano (2000) a administração de uma organização, pode afetar na

qualidade de vida positivamente ou negativamente. Administradores competentes,

nesse tipo de situação são considerados como recurso essencial.

Segundo Montana e Charnov (2003) o processo de administração na prática

funciona em parceria ao processo de delegação. Uma vez que a administração é o

processo de conseguir resultados por meio de outros, a delegação auxilia esse

processo por meio das atribuições de responsabilidade, delegação de autoridade e

cobrança de responsabilidade final por parte dos funcionários.

Montana e Charnov (2003 p. 02) conceitua a administração como “o ato de

trabalhar com e por intermédio de outras pessoas para realizar os objetivos da

organização, bem como de seus membros”.

As administrações das organizações são estratégicas, voltadas ao objetivo da

empresa, assim, como os fatores externos sofrem mudanças, os fatores internos da

empresa também devem sofrer, adequando-se as novas tecnologias, legislação,

obtendo sempre o controle de qualquer situação que possa tornar-se um risco. No

capitulo a seguir iremos perceber o inicio de uma administração.

2.2.1 História da Administração

“Alguns dos primeiros textos sobre a administração datam do início da

Revolução Industrial – no século XVIII na Inglaterra, depois se alastrando toda a

Europa e América no século XIX “(MONTANA; CHARNOV, 2003, p.11).

No final do século XVIII, com a invenção da máquina a vapor por James Watt

(1736-1819) uma nova forma de vida passou a existir, dando-se início a Revolução

Industrial, na qual ocorreu um novo sistema de produção, criação de novos

instrumentos, processos, conhecimento de novas fontes de energia e máquinas para

a fabricação (MUNIZ; FARIA, 2001).

Segundo Montana e Charnov (2003) o estágio da industrialização emergente

era tão avançada na visão dos gerentes, que não se havia percebido a necessidade

de uma teoria escrita de administração. As habilidades e lideranças naquela época

na Europa e na Inglaterra não eram vistas como passiveis de se aprender, mas sim

como habilidades herdadas. Não era percebida a necessidade de uma teoria da

administração, pois nascia-se um líder e não era possível fazer-se um líder.

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Com a expansão da industrialização, foi percebida a necessidade de

treinamentos e teoria da administração para os gerentes. Devido a cada atividade

desenvolvida dentro de uma organização daquela época, a escola da administração

encontrou diversas disciplinas para aprofundar o conhecimento dos gestores, como

economia, psicologia, sociologia, matemática, porém a administração surgiu como

estudo independente a partir do ano de 1940 (MONTANA; CHARNOV, 2003).

2.2.2 Administração de Recursos Humanos

A administração dos Recursos Humanos (ARH) iniciou com a necessidade de

contabilizar os registros dos trabalhadores, com ênfase nas horas trabalhadas, faltas

e atrasos para efeitos de pagamentos e descontos. Esse tipo de administração

continua sendo feita nos dias de hoje, porém, valorizando novas posturas de

comando, afim de otimizar resultados produtivos da organização (MARRAS, 2000).

Mesmo existindo vários fatores que auxiliam no alcance de um objetivo da

organização, o fator mais importante é o recurso humano. As pessoas planejam e

produzem os produtos e serviços, controlam a qualidade, vendem os produtos,

alocam os recursos financeiros e estabelecem as estratégias e objetivos para a

organização (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000).

Para Gil (1994, p.13), a ARH é o ramo especializado da Ciência da

Administração que envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do

trabalhador no contexto da organização e o aumento de sua produtividade. È uma

área que administra as pessoas com visão de atingir os objetivos da organização.

Além de decidir as políticas de Recursos Humanos a ser adotada, a

organização deve também deixar claro o posicionamento e o tratamento que vai ser

dado às pessoas que nela trabalham (LACOMBE, 2005).

A ARH é totalmente diferente por exemplo da administração de uma produção

em uma linha de montagem. Para produzir os componentes, é necessários fazer um

pedido de um número X de recursos necessários para essa produção, cada um dos

quais é supostamente idêntico e pode ser solicitado novamente pela especificação

do número do lote ou do número de um novo pedido. Ao contrario do recurso

humano, não podem ser classificados com tanta facilidade, ou solicitados

novamente, ou processados ao longo de uma linha de montagem (MONTANA;

CHARNOV, 2003).

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Para Lacombe (2005) a existência de pessoas que são de bom nível, bem

selecionadas, treinadas e integradas e que possuem espírito de equipe, podem

trazer à organização um valor inestimável atribuído ao seu fundo de comércio.

Dentro das organizações, a área Administração de Recursos Humanos (ARH)

tem como responsabilidades primordiais cuidar da qualidade de vida dos

empregados, melhorando o resultado organizacional, por meio de programas que

implantem e mantenham a qualidade e a produtividade (MARRAS, 2000).

Para os autores Carvalho e Nascimento (2004, p.08) “a área de ARH sempre

marcou presença mais como uma função voltada para as pessoas do que para os

negócios”.

As empresas ainda não encaram a esfera dos Recursos Humanos como uma

área-chave para o desenvolvimento da organização. Em muitas organizações, ela é

vista como “Departamento de Pessoal”, essencialmente burocrática e distante dos

objetivos da organização (RIBEIRO, 2006).

A tendência da área de Recursos Humanos é a participação intensa na

formulação e na implementação das estratégias da empresa, pois elas dependem

das pessoas em todos os níveis. O pessoal da área de Recursos Humanos tem que

aprender a dominar a tecnologia da informação, proporcionando orientações via

intranet e portais da empresa, e a velocidade das respostas aos desafios internos e

externos, sendo rápidos e eficazes (LACOMBE, 2005).

Para Ribeiro (2006) a tendência atual é a administração com as pessoas,

onde significa tocar a empresa juntamente com os colaboradores e os parceiros

internos que mais entendem dela e do futuro. Trata-se de uma visão nova, onde as

pessoas não são mais como recursos da organização, mas como um sujeito ativo e

provocador das decisões, empreendedor das ações e criador da inovação.

Afirma Lacombe (2005, p. 15) “a existência de pessoas com bom nível, bem

selecionadas, treinadas e integradas e que trabalham como equipe tem um valor

inestimável”.

Para Chiavenato (1999) a gestão de pessoas vem sendo responsável pela

excelência de organizações bem sucedidas. O grande diferencial, a principal

vantagem competitiva das organizações, decorre dos recursos humanos que nelas

trabalham.

Ainda Chiavenato (1999) afirma que as pessoas constituem o principal ativo

da organização, dessa forma surge a necessidade de tornar as organizações mais

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conscientes e atentas aos seus funcionários. A gestão de pessoas nas organizações

permite a colaboração das pessoas para alcançar os objetivos organizacionais e

individuais.

Para Ribeiro (2006, p.06) “a área de Recursos Humanos está voltada,

permanentemente, para ajudar a organizar a alcançar objetivos e a realizar suas

missões, tornando-a competitiva”.

As organizações dependem das pessoas, pois elas podem ampliar ou limitar

as forças e fraquezas de uma organização, através da influência de como são

tratadas. Segundo Chiavenato (1999, p. 09) “para que os objetivos da Gestão de

Pessoas sejam alcançados, é necessário que os gerentes tratem as pessoas como

elementos básicos para a eficácia organizacional”.

A área de Recursos Humanos tem como objetivo principal administrar as

relações da organização com as pessoas que a compõe, consideradas, hoje em dia,

parceiras do negócio, e não mais recursos empresariais (RIBEIRO, 2006, p.01).

Segundo Davel e Vergara (2001) a ARH tem como principio o aumento da

produtividade, favorecendo a busca pela vantagem competitiva. As expectativas são

de que as estratégias vão fornecer a empresa funcionários estáveis, satisfeitos,

motivados e produtivos.

Uma das principais razões pelas quais a implementação de mudança falha no

alcance dos objetivos e benefícios potencias é o fator humano, dessa forma as

empresas precisam utilizar os métodos e práticas de comprovada eficiência no

gerenciamento de mudança, assegurando o grau de maturidade da organização

diante de novas estratégias (RIBEIRO, 2006).

Para Chiavenato (1999, p. 09) a ARH deve contribuir para eficácia

organizacional através dos seguintes meios:

1. ajudar a organização alcançar seus objetivos e realizar sua missão; 2. proporcionar competitividade à organização; 3. proporcionar à organização empregados bem treinados e motivados; 4. aumentar a auto-atualização e a satisfação dos empregados no trabalho; 5. desenvolver e manter qualidade de vida no trabalho; 6. administrar a mudança; e 7. manter políticas éticas e comportamento socialmente responsável.

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2.2.3 Processos de Recursos Humanos

Segundo Ribeiro (2006) as políticas de Recursos Humanos melhoram o

relacionamento existente entre empregador e empregado, assim para estimular seu

pessoal, a maioria das empresas tem promovido ações como seminários, dinâmicas

de grupo, encontro com funcionários, enfim, ações de acordo com a filosofia da

organização.

Durante o desenvolvimento de seu trabalho, o administrador desempenha as

funções que constituem o processo administrativo: planejar, organizar, dirigir e

controlar. A ARH esta ligada a essas quatro funções do administrador, referindo-se

as políticas e práticas necessárias para administrar o trabalho dos indivíduos.

(CHIAVENATO, 1999).

Assim, os principais processos da ARH são:

• Processo de Agregar Pessoas. São os processos utilizados para incluir novas

pessoas na empresa. Podem ser denominados processos de provisão ou de

suprimento de pessoas. Incluem recrutamento e seleção de pessoas.

• Processo de Aplicar Pessoas. São os processos utilizados para desenhar as

atividades que as pessoas irão realizar na empresa, orientar e acompanhar seu

desempenho. Incluem desenho organizacional e desenho de cargo, análise e

descrição de cargos, orientação das pessoas e avaliação do desempenho.

• Processos de Recompensar Pessoas. São os processos utilizados para

incentivar as pessoas e satisfazer suas necessidades individuais mais elevadas.

Incluem recompensas, remuneração e benefícios e serviços sociais.

• Processo de Desenvolver Pessoas. São os processos utilizados para capacitar e

incrementar o desenvolvimento profissional e pessoal. Incluem treinamento e

desenvolvimento das pessoas, programas de mudanças e desenvolvimento de

carreiras e programas de comunicação e consonância.

• Processo de Manter Pessoas. São os processos utilizados para criar condições

ambientais e psicológicas satisfatória para as atividades das pessoas. Incluem

administração da disciplina, higiene, segurança e qualidade de vida e

manutenção de relações sindicais.

• Processo de Monitorar Pessoas. São os processos utilizados para acompanhar e

controlar as atividades das pessoas e verificar resultados. Incluem banco de

dados e sistemas de informações gerenciais.

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Figura 2: Os seis Processos de Gestão de Pessoas. Fonte: (CHIAVENATO, 1999, p. 12)

Segundo Chiavenato (1999) todos esses processos estão interligados, de tal

maneira que se interpenetram e se influenciam reciprocamente. Cada processo

possui a tendência de favorecer ou prejudicar os demais, quando bem ou mal

utilizados. Assim, quando um processo de agregar pessoas é mal feito passa-se a

exigir um processo de desenvolver pessoas mais focado para compensar as falhas

da primeira etapa. Além do que, todos esses processos são desenhados de acordo

com as exigências das influencias ambientais externas e das influências

organizacionais internas para obter a melhor compatibilidade, tratando-se então do

diagnóstico de RH através das políticas desenhadas.

Para Carvalho, Nascimento (2004) as políticas de RH, estão subordinadas a

filosofia empresarial e devem ser adotadas da necessária flexibilidade, adaptando-se

aos objetivos organizacionais. Essa filosofia enquanto é mais duradoura e estável,

as políticas de RH são mais mutáveis e dependem: a) das relações do mercado; b)

da influência do Estado (conquista sociais da nova Constituição, por exemplo); e c)

da estabilidade política, econômica e social do país.

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Segundo Davel, Vergara (2001), considerar a subjetividade nas organizações

significa que as pessoas estão interligadas, dotadas de vida interior que expressam

sua subjetividade por meio da palavra e de comportamentos não verbais.

2.2.3.1 Modelagem de Cargos, Descrição de Cargos e Remuneração

O cargo é uma composição de todas as atividades desempenhadas por uma

pessoa, que pode ser representado a representação hierárquica. Assim, para

desempenhar suas atividades, a pessoa que ocupa um cargo deve possuir uma

posição definida no organograma (CHIAVENATO, 1999).

A função é uma posição, definida na estrutura organizacional que possui um

conjunto de responsabilidades, relacionamentos específicos e coerentes com a sua

finalidade (LACOMBE, 2005).

O recrutamento ou seleção de pessoas depende da determinação do

conteúdo da função ou do cargo, assim, são necessárias informações claras e

registradas do que se faz no cargo e os requisitos necessários para o bom

desempenho (RIBEIRO, 2006).

A descrição de cargo é o processo de sintetização das informações recebidas

e prospectadas no passo anterior de análise das funções, padronizando o registro

dos dados de maneira a permitir um rápido e fácil acesso aos contornos de cada um

dos cargos da empresa (MARRAS, 2000, p. 97).

Segundo Oliveira (2001), a descrição do cargo deve focar um conjunto amplo

de tarefas e os resultados finais, sem detalhamento excessivo. A pessoa que faz a

descrição deve tomar cuidado com o enfoque amplo, visto que não pode oferecer

um caminho organizacional claro, não conseguindo vincular o comportamento dos

empregados aos objetivos da empresa.

O desenho de cargos envolve a especificação do conteúdo de cada cargo,

dos métodos de trabalho e das relações com os demais cargos (CHIAVENATO,

1999, p. 162).

O cargo para Oliveira (2001) é expresso por meio da determinação das

qualificações, juntamente com os requisitos básicos e outros fatores exigidos de seu

ocupante para seu efetivo desempenho.

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Concluído o processo de informações e da análise dos dados recebidos do

ocupante do cargo, o analista de cargos e salários deve submeter a união dos dados

ao superior imediato de cada cargo para uma revisão final (MARRAS,2000).

A descrição de cada cargo oportuniza a comparação dos salários pagos na

empresa como os que são praticados no mercado para um trabalho equivalente. Ao

descrever um cargo, deve-se ter em mente que a descrição é genérica e deve

abranger as diversas funções nele incluídas (LACOMBE, 2005).

As descrições de cargos procuram responder ao que se faz, como e com que

se faz, e para que se faz, através de um modelo lógico do processo do trabalho

(OLIVEIRA, 2001).

Para Chiavenato (1999) o desenho de cargos constitui a maneira de como

cada cargo é estruturado e dimensionado, assim, desenhar o cargo significa definir

quatro condições: a) o conjunto de tarefas ou atribuições que o ocupante executará;

b) como as tarefas ou atribuições deverão ser desempenhadas; c) quem será o

superior imediato do ocupante; e d) quem o ocupante terá como seus subordinados.

Segundo Bohlander; Snell; Sherman (2003) as descrições dos cargos podem

ajudar os funcionários a conhecer seus deveres e lembra-los dos resultados que

deles são esperados. A empresa visa as descrições de cargos documentadas

podem servir como base para minimizar desentendimentos entre gerentes e

funcionários a respeito dos requisitos do cargo.

O desenho do cargo é a especificação do conteúdo, dos métodos de trabalho

e das relações com os demais cargos, no sentido de satisfazer os requisitos

tecnológicos, organizacionais e sociais, bem como os requisitos pessoais do seu

ocupante (CHIAVENATO, 1999, p. 162-163).

Diferentes cargos com deveres e responsabilidades semelhantes podem

agrupar-se em uma família de cargos para fins de recrutamento, treinamento,

remuneração ou oportunidades de progresso (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN,

2003, p.30).

O manual de descrição de cargos deve ser atualizado, constantemente,

visando manter atualizadas as informações que contém, com as mudanças que

ocorrem na realidade da empresa (MARRAS, 2002).

Para obter informações sobre os cargos os analistas de cargos utilizam

alguns métodos, sendo os mais utilizados: entrevistas, questionários, observação e

registros diários (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

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Segundo os autores Bohlander; Snell; Sherman (2003), para que a análise de

cargos atenda seu objetivo, os dados coletados devem ser precisos, assegurando-

se que todas as informações importantes sejam incluídas.

A análise de um cargo e sua descrição são formas de ajudar na contratação

de empregado dentro do perfil desejado, atendendo às necessidades das atividades

que o empregador deseja (OLIVEIRA, 2001, p.11).

A analise de cargos é fundamental para gestão recursos humanos, sendo o

processo de obtenção de informações sobre cargos, determinando deveres, tarefas

ou atividades que eles envolvem (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003).

Segundo Marras (2002) para a implantação de um processo de avaliação de

cargos devem-se seguir os passos de: a) escolha dos fatores de avaliação; b)

análise do número de graus em cada fator; c) montagem do manual de avaliação; d)

cálculo da tabela de pontos; e) avaliação propriamente dita dos cargos; f) registro

das avaliações; g) classificação dos cargos.

Existem vários métodos de avaliação de cargos, mas todos solicitam: a) a

seleção dos fatores que serão considerados na avaliação; b) o número de níveis

usados nestes fatores e c) a pontuação a ser atribuída a cada nível de cada fator

(LACOMBE, HEILBORN, 2006).

Ao se iniciar o trabalho da escolha dos fatores que irão compor o manual de

avaliação de cargos, devem-se levar em conta duas variáveis fundamentais: variável

da discriminação (indica se um fator tem ou não a propriedade de atribuir valores

diferenciados ao universo de cargos por meio dos seus graus de intensidade) e a

variável da aplicabilidade (determina se um fator será ou não aplicável a maioria dos

cargos). Para escolher um fator de avaliação de cargos, as variáveis devem

satisfazer as premissas apresentadas (MARRAS, 2002).

Com a descrição do cargo se torna possível avaliá-lo em relação a cada um

dos fatores escolhidos e enquadrá-lo em um dos níveis para cada fator, criando-se

uma pontuação do cargo, que é a soma dos pontos que o cargo obteve para os

níveis em que foi enquadrado em cada fator considerado (LACOMBE, HEILBORN,

2006).

A avaliação precede as ações de ponderação e de graduação de escala,

apresentadas de forma discursiva, existindo diferentes níveis de exigência

(CARVALHO; NASCIMENTO, 2004).

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A escolha dos fatores de avaliação depende dos membros da equipe do

comitê de salários e a área de ARH, acompanhado do analista de cargos e salários,

onde através das peculiaridades de cada empresa são definidos os fatores que

serão avaliados, sendo divididos nos campos de análises: requisitos mentais,

requisitos físicos e responsabilidades (MARRAS, 2000).

Os métodos de avaliação de cargos estão subdivididos em: a) métodos não-

quantitativos que possuem baixo custo de implantação e rápida elaboração; e b)

métodos quantitativos que transformam o cargo em um valor numérico resultante da

soma dos valores que ponderam os valores tomados por padrão (SILVA, 2005).

Quando a descrição do cargo, e o método de avaliação estão definido no

manual, pode-se pontuar cada cargo e estabelecer faixas salariais para grupos de

cargos, onde a pontuação esteja dentro dos limites preestabelecidos (LACOMBE,

HEILBORN, 2006).

O método de pontos é uma avaliação quantitativa mais utilizada pelas

empresas devido à aplicação dos fatores capazes de estabelecer e mensurar as

diferenças de requisitos entre os cargos (SILVA, 2005).

É mediante a avaliação de cargos que a organização visualiza seu julgamento

do valor sobre cada cargo que compõem o seu organograma, de forma a permitir

hierarquiza-lo numericamente, em termos de pontos, em função de sua importância

no contexto global da empresa (MARRAS, 2002).

Um dos fatores que mais deixa desmotivado um funcionário é considerar-se

injustiçado pelo valor de sua remuneração, pois não afeta somente o nível material

como também o bem-estar psicológico do indivíduo, por isso, é inevitável existir

dentro das organizações uma coerência interna entre as remunerações concedidas

ao pessoal de uma mesma empresa (LACOMBE, 2005).

A pesquisa de salários é fundamental na administração de remuneração, pois

esse instrumento o administrador pode comparar ou acompanhar o posicionamento

dos seus salários e benefícios com o que é praticado no mercado (MARRAS, 2002).

Na elaboração da pesquisa salarial deve-se proceder em conformidade com

as virtudes estabelecidas pela Metodologia da Pesquisa: precisão, veracidade e

honestidade. A pesquisa deve ser criteriosa, pois vários são os motivos que

interferem nos resultados da pesquisa (CARVALHO; NASCIMENTO, 2004).

A administração de remuneração é o conjunto de métodos que possuem a

finalidade de remunerar adequadamente a todos os que colaboram com a empresa,

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garantindo a coerência interna entre os valores da remuneração e benefícios de

cada um e a coerência externa relacionada com o mercado de trabalho,

proporcionando constante motivação ao pessoal, aumentando a produtividade e

controle dos custos de mão-de-obra (LACOMBE, 2005).

Segundo Ribeiro (2006) a utopia da receita ideal de remuneração vem

estimulando vários estudiosos. O pressuposto teórico de que a remuneração poderia

potencializar resultados e até mesmo reduzir custos, foi determinante para que os

profissionais ao longo do século debruçassem sobre o salário, no intuito de descobrir

a receita ideal para recompensa do trabalho, do esforço, do desempenho e do

potencial das pessoas envolvidas.

Conforme Lacombe (2005, p. 146) os estudos mais recentes indicam que é

preferível pagar um pouco acima do mercado de trabalho, porque o pagamento mais

generoso tende a aumentar a produtividade de forma compensadora.

Segundo Montana e Charnov (2003) os sistemas de remuneração são

importantes para todos os funcionários, em geral, o sistema de remuneração pode

ser classificado em dois tipos: a remuneração monetária (refere a salários), e não

monetária (inclui todos os benefícios recebidos pelo funcionário).

Lacombe (2005) comenta que a as empresas concedem benefícios, tanto

monetários como não monetários, assim, quando se fala de valores pagos, deve-se

considerar a remuneração mais os benefícios não monetários e não apenas o

salário.

Para Lacombe (2005) na escolha de um sistema de remuneração, é preciso

considerar as seguintes questões: a) quanto se deve pagar a cada um; b) que

ênfase se deve dar a remuneração financeira em relação ao total das recompensas

pelo trabalho; c) que ênfase se deve dar à tentativa de diminuir os valores pagos e

d) se deve ser implantado um sistema de incentivos para obter melhores

desempenhos e, em caso afirmativo, que tipo de sistema.

As áreas gerais da remuneração não monetária incluem, seguro-saúde,

programas de assistência jurídica, creches para os filhos dos funcionários,

pagamento de licenças para o tratamento de saúde, férias, auxílio-maternidade,

auxílio-paternidade, luto e outros, programas de bolsas de estudo, plano de saúde e

de assistência ao funcionário; previdência social, contribuições para o seguro

invalidez e seguro desemprego, contribuições para a aposentadoria (MONTANA,

CHARNOV,2003).

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Lacombe (2005) resume a remuneração como o conjunto de métodos que

tem a finalidade da remuneração adequada aos empregados, assegurando a

coerência interna entre os valores da remuneração e dos benefícios de cada um,

analisando também a existência de coerência externa com o mercado de trabalho,

visando proporcionar motivação ao pessoal, aumentando a produtividade e controle

dos custos de mão-de-obra.

Os benefícios são necessários dentro de uma organização para manter os

funcionários satisfeitos, assim, a comunicação das vantagens de cada benefício

deve ser claramente exposta para os funcionários (LACOMBE, 2005).

2.2.3.2 Recrutamento e Seleção

Para Chiavenato (1999), as pessoas e as organizações não nasceram juntas,

pois as organizações escolhem as pessoas que desejam como funcionários e os

funcionários escolhem as organizações que desejam trabalhar e aplicar seus

esforços. Essa escolha é recíproca, dependente de vários fatores e circunstancias,

mas, para que essa relação seja possível é necessário que as organizações

comuniquem e divulguem suas oportunidades de trabalho, a fim de que as pessoas

tenham conhecimento das vagas disponíveis no mercado de trabalho. Este é o papel

do recrutamento: divulgar no mercado as oportunidades que a organização pretende

oferecer para as pessoas que possuem determinados desejos compatíveis com a

oportunidade.

Lacombe (2005) comenta que o recrutamento abrange o conjunto de práticas

e processos utilizados para atrair candidatos a vagas existentes na organização.

O mercado de trabalho é composto pelas ofertas de oportunidades de vagas

oferecidas pelas organizações. Apesar da oferta de emprego trazer benefícios a

economia, existem regras que nem sempre são pacíficas que acabam dificultando

por sobrecarregar os custos das empresas (CHIAVENATO, 1999).

Segundo Carvalho e Nascimento (2004) o RH deve proporcionar à

organização uma visão clara do número e tipos de funcionários necessários ao

pleno funcionamento da empresa, delimitando um período para que a pesquisa seja

repetida e atualizada.

Só é possível recrutar a pessoa certa se a organização ter definido o perfil

desejado, isto é, características pessoais e profissionais. As pessoas a serem

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recrutadas e admitidas, devem ser as que têm condições a executar as estratégias

da empresa, comparando-se com as outras pessoas que já foram admitidas.

Portanto, ao solicitar o preenchimento de uma vaga, o solicitante deve iniciar, no

formulário de requisição de pessoas, os requisitos exigidos, assim, precedem o

recrutamento: a descrição da função e a definição do perfil do candidato

(LACOMBE, 2005).

Todo o processo de recrutamento de pessoal tem início a partir de uma

necessidade interna da empresa, originada por motivos diversos, emitida

formalmente pelo requisitante da área, através de um documento dominado

requisição de pessoal que especifica o motivo da iniciação do processo por

substituição, aumento do quadro previsto em quadro de pessoal ou por aumento do

quadro não previsto (MARRAS, 2000).

A requisição de pessoas solicitada pela unidade interessada envolve a análise

do quadro de pessoal da quantidade de vagas a ser oferecidas ou substituídas e

possibilita fornecer ao setor de RH a maior soma possível de informações relativas

ao candidato e ao ambiente conforme a solicitação informada (CARVALHO;

NASCIMENTO, 2004).

O recrutamento corresponde ao processo pelo qual a organização atrai

candidatos no mercado de recursos humanos (MRH) para abastecer seu processo

seletivo. O processo de recrutamento na verdade funciona através da comunicação,

onde a organização divulga a vaga e atrai os candidatos para o processo seletivo

(CHIAVENATO, 1999).

Segundo Lacombe (2005) os admitidos poderão ficar muitos anos na

organização, dessa forma, uma admissão mal feita custará muito mais do que

qualquer processo de recrutamento e seleção.

Segundo Chiavenato (1999, p. 92) o recrutamento é um conjunto de

atividades desenhadas para atrair um conjunto de candidatos qualificados para uma

organização.

É comum ser exigido alguns requisitos além do necessário para uma

determinada função, com o objetivo de aumentar a qualificação dos candidatos

(LACOMBE, 2005).

Existem dois tipos de recrutamento: interno e externo. O recrutamento interno

atua sobre os candidatos que já estão trabalhando na organização, com o objetivo

de promovê-los ou transferi-los para outras atividades mais complexas ou

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motivadoras. O recrutamento externo atua sobre os candidatos que estão fora da

organização para submetê-los ao processo de seleção pessoal (CHIAVENATO,

1999).

Segundo Carvalho e Nascimento (2004) as principais técnicas de

recrutamento interno são: a) quadro de avisos ao pessoal; b) comunicações internas

aos gerentes de unidades contendo relação de funcionários disponíveis para

transferência; c) banco de recursos humanos disponível; d) encontros com pessoal

de categoria funcional; e e) divulgação das vagas existentes em periódicos da

empresa destinados a todos os funcionários.

O aproveitamento do funcionário da empresa traz as seguintes vantagens

para a organização: motiva todos os empregados, sinalizando a disposição de

promover a prata da casa e de se criar perspectivas de carreira; no longo prazo,

facilita o recrutamento de pessoas mais qualificadas; costuma ser mais rápido o

recrutamento; o custo de admissão é praticamente nulo; aproveita melhor o

treinamento do pessoal; e diminui a probabilidade de rejeição entre os colegas,

porém é necessária uma boa avaliação do pessoal (LACOMBE, 2005).

Para Carvalho e Nascimento (2004) a escolha do meio de recrutar os

candidatos a vaga dependem do custo operacional, da rapidez e resultados e

eficiência no trabalho prestado. Os principais meios de recrutamento externo são: a)

anúncios em jornais e revistas; b) agências de recrutamento; c) contatos com

escolas; d) universidades e agremiações; e) cartazes ou anúncios em locais visíveis;

f) apresentação de candidatos por indicação de funcionários; g) consulta aos

arquivos de candidatos; e h) banco de dados de candidatos.

O recrutamento externo traz pessoas com novas experiências e percepções,

e também novos conhecimentos que podem auxiliar no aperfeiçoamento dos

procedimentos da empresa e para sensibilizar a administração para o ambiente

externo e o mercado. O ideal é mesclar os dois tipos de recrutamento, embora o

recrutamento interno deva ser priorizado (LACOMBE, 2005).

A avaliação dos resultados é importante para mensurar se o recrutamento

está realmente cumprindo a sua função a qual custo. No enfoque quantitativo,

quanto mais candidatos influenciar, melhor será o recrutamento, porém, no enfoque

qualitativo, o mais importante é trazer candidatos que sejam triados, entrevistados e

encaminhados ao processo seletivo (CHIAVENATO, 1999).

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O candidato que é entendido como aquele que terá melhores condições de se

ajustar à empresa e ao cargo, de conseguir um bom desempenho é o candidato

selecionado. Uma boa seleção costuma considerar não só a vaga atual, mas o

potencial do candidato (LACOMBE, 2005).

Segundo Chiavenato (1999) a seleção de pessoas funciona como um filtro

que permite que apenas algumas pessoas possam ingressar na organização. A

seleção busca nos vários candidatos recrutados, aqueles que são mais adequados

aos cargos existentes na organização, visando manter ou aumentar a eficiência e o

desempenho do pessoal e a eficácia da organização.

A seleção é o processo pelo qual a organização escolhe, de uma lista de

candidatos, a pessoa que melhor alcança os critérios de seleção para a posição

disponível, considerando as atuais condições de mercado (CHIAVENATO, 1999, p.

107).

Se não houvesse diferença entre as pessoas, as mesmas condições de

trabalhar, aprender, a seleção de pessoa seria desnecessária. A variabilidade

humana é enorme: as diferenças individuais entre as pessoas, levam a se comportar

diferentemente, a perceber situações e a desempenhar diferentemente de outros

indivíduos, nas organizações (CHIAVENATO, 1999).

Lacombe (2005, p. 87-90) enumera os principais métodos utilizados para a

seleção de um candidato: a) triagem preliminar de currículos: destina-se checar se o

candidato possui condições de ser aproveitado. È verificado a sua formação básica,

e sua experiência, comparando-se com o requerimento da vaga. Outro ponto

importante é a observação da estabilidade do candidato nos empregos anteriores,

enfim, esse tipo de fator pode ajudar a descartar mais da metade dos candidatos; b)

entrevista na unidade de seleção: é realizada com o objetivo de observar o

candidato e checar as informações do currículo. As informações de empregos

anteriores devem estar coerentes com o que esta na Carteira de Trabalho e

Previdência Social. O entrevistador deve fazer perguntas que revele um pouco a

personalidade, experiências, enfim, que se torne possível tirar uma conclusão do

candidato abordado; c) informações de pessoas confiáveis: quando o candidato é

conhecido de uma pessoa confiável, tanto em termos de capacidade de avaliação

quanto em integridade, assim quanto maior for as informações confiáveis sobre o

candidato, será mais provável obter êxito na seleção; d) testes técnico-profissionais:

tem por finalidade avaliar a competência técnico-profissional do candidato; e) testes

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psicológicos: são testes utilizados para avaliar características da personalidade do

candidato, bem como o seu raciocínio lógico e compreensão, habilidade verbal,

raciocínio e relações espaciais, funções motoras, habilidades físicas, capacidade de

percepção e memorização etc; f) dinâmica de grupo: essa ferramenta é aplicada

quanto existe mais de um candidato a ser analisado, onde se coloca todos os

candidatos numa situação simulada do trabalho, é observado suas atitudes e

reações diante do tipo de trabalho que irão executar; g) entrevistas pelas chefias

futuras: após a seleção preliminar, os candidatos são repassados para as futuras

chefias, que devem decidir, entre os que lhe foram encaminhados, o candidato que

melhor se enquadra a vaga; h) informações de empregos anteriores: após a seleção

pela chefia, resta o processo de coleta de informações a seu respeito; i) informações

cadastrais: é o processo de coletar informações de crédito, criminal; e j) exame

médico: o exame médico é obrigatório, todo e qualquer candidato admitido em uma

organização, deve passar por um exame médico, a iniciar suas atividade laborais.

2.2.3.3 Avaliação de Desempenho

Todo funcionário espera que a empresa, representada pelo seu superior

imediato, um dia se reúna come ele, e faça um balanço do seu desempenho durante

um determinado período. A avaliação de desempenho é o momento em que o

funcionário vai ter conhecimento do seu desempenho dentro da organização. Assim,

o gerente deve citar os pontos positivos, como aproveitar o momento para identificar

os pontos que devem ser melhorados (RIBEIRO, 2006).

A avaliação do desempenho “é um processo que serve para julgar ou estimar

o valor, a excelência e as qualidades de uma pessoa e, sobretudo, a sua

contribuição para o negocio da organização” (CHIAVENATO, 1999, p. 189).

O desempenho do funcionário no trabalho deve ser acompanhado e avaliado

periodicamente (RIBEIRO, 2006, p.295). A empresa deve acompanhar

constantemente o funcionário e registrar como ele anda desempenhando suas

tarefas para que no dia da avaliação ele possa efetuar correções em seu

desempenho e conseqüentemente crescer dentro do ambiente do trabalho.

Independente do nível que se encontra o desempenho do funcionário, o

processo de avaliação fornece a oportunidade de questões que devem ser

discutidas para eliminar qualquer tipo de problema de potencial e estabelecer novas

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metas, de modo a atingir um alto desempenho (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN,

2003).

Para Chiavenato (1999) a avaliação de desempenho pode levantar problemas

de supervisão e gerência, de integração das pessoas à organização, de adequação

da pessoa ao cargo, de localização a possíveis dissonâncias ou carências de

treinamento e, consequentemente, estabelecer os meios e programas para eliminar

ou neutralizar tais problemas.

Segundo Ribeiro (2006) para a elaboração de um programa de avaliação de

desempenho devem ser seguidos os seguintes passos: a) ter sempre em mente os

negócios da empresa; b) definir e conciliar os objetivos, as prioridades e os critérios

de avaliação; c) estabelecer uma data para a avaliação e preparar o local da

reunião; e d) realizar a avaliação e agir, utilizando os instrumentos de RH: salário,

treinamento, demissão, transferência, etc.

Qualquer pessoa necessita de uma retroação a respeito do seu desempenho.

Sem essa retroação, as pessoas caminham sem saber se estão fazendo um bom

trabalho ou não. As organizações precisam saber dos desempenhos das pessoas e

sua potencialidades. Segundo Chiavenato (1999) as principais razões para a

organização avaliar o desempenho das pessoas são: a) a avaliação do desempenho

das pessoas proporciona um julgamento sistemático para fundamentar aumentos

salariais, promoções, transferências e, muitas vezes, demissões de funcionários; b)

através dela pode-se comunicar aos funcionários como eles estão indo no seu

trabalho, sugerindo quais as necessidades de mudanças no comportamento, nas

atitudes, habilidades ou conhecimentos; e c) a avaliação permite que os

subordinados conheçam aquilo que o chefe pensa a seu respeito. Ela é amplamente

utilizada pelos gerentes como base para conduzir e aconselhar os subordinados a

respeito do seu desempenho.

Segundo Ribeiro (2006) o programa corre o risco de fracassar, muitas vezes o

programa torna-se burocrático, perde a qualidade, e alguns chefes simplesmente

não fazem a avaliação, devido possuir papéis de gerentes bonzinhos dentro da

organização.

A avaliação de desempenho deve proporcionar benefícios tanto para a

empresa quanto para as pessoas, dessa forma ela precisa atender as seguintes

linhas básicas (CHIAVENATO, 1999): a) a avaliação deve ser alcançada não

somente dentro do cargo ocupado, mas, no alcance das metas e objetivos; b) a

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avaliação deve-se concentrar nos hábitos relacionados ao cargo e não aos hábitos

pessoais; c) a avaliação deve ter aceitação tanto do avaliador como da pessoa que

será avaliada, com o objetivo de trazer benefícios para ambas as partes; e d) a

avaliação do desempenho deve ser utilizada para melhorar a produtividade do

indivíduo, tornando-o equipado para agir com eficácia e eficiência.

As avaliações de desempenho são consideradas as ferramentas mais

versáteis que os gerentes possuem, assim seus exemplos de possíveis objetivos

estão alinhados abaixo (BOHLANDER; SNELL; SHERMAN, 2003) :

1. Dar aos funcionários a oportunidade de discutir regularmente, com seu

supervisor, o desempenho e os padrões de desempenho.

2. Fornecer ao supervisor um meio de identificar os pontos fortes e fracos do

desempenho de um funcionário.

3. Fornecer um formato que permita ao supervisor recomendar um programa

específico para ajudar um funcionário a aprimorar o desempenho.

4. Fornecer uma base para recomendações de salário.

2.2.3.4 Treinamento e Desenvolvimento

O treinamento é considerado um meio para alavancar o desempenho no

cargo, ou seja, entende-se que o treinamento é o processo pelo qual a pessoa é

preparada para desempenhar de maneira excelente as tarefas do seu cargo. O

treinamento é uma ferramenta que desenvolve as competências humanas, para que

se tornem mais produtivas, criativas e inovadoras, com o objetivo de contribuir mais

com a organização (CHIAVENATO, 1999).

Segundo Marras (2000, p. 145) “o treinamento é um processo de assimilação

cultural a curto prazo, que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos, habilidades

ou atitudes relacionados diretamente a execução de tarefas ou à sua otimização no

trabalho”.

Para Chiavenato (1999) o treinamento é o processo de desenvolver qualidade

dos recursos humanos para torná-los mais produtivos e contribuir no alcance dos

objetivos da empresa. O treinamento tem como propósito aumentar a produtividade

das pessoas em seus cargos, influenciando seus comportamentos.

Segundo Lacombe (2005) o treinamento não é algo que se faça somente uma

vez, mais sim deve ser usado continuamente nas organizações para que sejam

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consideradas empresas bem administradas. Assim, cada vez que alguém mostrou a

uma pessoa como ela deve fazer um determinado trabalho, ela vai ser treinada. O

treinamento é qualquer atividade que venha contribuir na execução de uma função

ou atividade, aumentando a capacidade ou preparando o individuo para exercer de

forma mais eficiente as novas funções ou atividades.

O treinamento e o desenvolvimento de pessoas são considerados processos

diferentes, pois, a sua perspectiva de tempo é diferente, apesar de possuírem

métodos parecidos. O treinamento é orientado para o presente, focalizando o cargo

atual e buscando melhorar aquelas habilidades e capacidades relacionadas com o

desempenho imediato da função. O desenvolvimento de pessoas focaliza os cargos

a serem ocupados futuramente na organização e as novas competências que são

requeridas (CHIAVENATO, 1999).

O treinamento produz um estado de mudança no conjunto de Conhecimentos,

Habilidades e Atitudes (CHA) de cada trabalhador. Todos os seres humanos são

portadores de conhecimentos, habilidades e atitudes referente a trajetória de cada

um, assim, eventuais carências de CHA em relação a alguma exigência na

ocupação de um cargo, podem ser corrigidas através de um treinamento (MARRAS,

2000).

Segundo Ribeiro (2006) os hábitos são formados por meio da execução de

determinadas operações que são repetidas várias vezes, até que a mente e as

funções motoras do aprendiz os incorpore ao comportamento profissional do

indivíduo.

O treinamento tem como principal razão para as empresas proporcionar aos

seus empregados, novas habilitações ou melhoras do que já possuem. O funcionário

deve, dessa forma, produzir mais e melhor para a organização, proporcionando o

retorno do investimento realizado em treinamentos (LACOMBE, 2005).

Para Chiavenato (1999) o processo de treinamento é composto por quatro

etapas : a) Diagnóstico: é o levantamento das necessidades que irão ficar satisfeitas

através do treinamento; b) Desenho: é a elaboração do programa de treinamento

para satisfazer as necessidades diagnosticadas; c) Implementação: é a aplicação e

condução do programa de treinamento; e d) Avaliação: é a verificação dos

resultados alcançados pelo treinamento.

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Já o autor Marras (2000, p. 150) identifica o processo de treinamento

conforme o fluxo abaixo:

Figura 3: Etapas do Processo de Treinamento e Desenvolvimento Fonte: Marras (2000, p. 150).

As necessidades de treinamento são levantas quando percebidas as

carências do preparo profissional do indivíduo, ou seja, aquilo que uma pessoa

deveria saber e fazer, e aquilo que ela realmente sabe e faz (CHIAVENATO, 1999).

Esse conjunto de carências provoca ineficiência indesejada pela organização

e se origina no próprio recrutamento e seleção dos trabalhadores (MARRAS, 2000,

p. 152). O objetivo na realidade do recrutamento e seleção é a admissão do

empregado que tenha preferencialmente todas as condições cognitivas e técnicas

de exercer a sua função, porém, nem sempre é possível obter bons resultados em

uma admissão, dessa forma, a organização implanta ações de treinamento para

ajustar tais diferenças.

Para que o indivíduo possa ou não prestar atenção ao que lhe está sendo

transmitido, é preciso que haja (RIBEIRO, 2006):

• clareza, precisão e originalidade na apresentação do programa;

• recursos didáticos atualizados e adequados ao programa;

• plena participação dos aprendizes no desenvolvimento dos assuntos que

constam dos programas de formação.

A responsabilidade pelo desenvolvimento de cada pessoa depende da

vontade do indivíduo, assim quem deseja se desenvolver, terá êxito, mas, aqueles

que desejarem ser desenvolvidos por terceiros não conseguirão (LACOMBE, 2005).

Diagnóstico

Programação

Execução

Avaliação

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Na área de desenvolvimento de pessoal o aprendiz assimilará com mais

eficiência e interesse a matéria que lhe será comunicada, se houver, ao mesmo

tempo, uma boa motivação para que alcance o propósito da aprendizagem

(RIBEIRO, 2006).

Através do treinamento e do desenvolvimento, os indivíduos assimilam

informações, aprendem habilidades, desenvolvem atitudes e comportamentos

diferentes (CHIAVENATO, 1999).

2.2.3.5 Higiene, Segurança e Qualidade de Vida no Trabalho

Enquanto as organizações preocupam-se em ser mais competitivas e

produtivas, os empregados buscam nas empresas onde trabalham a compensação

do estresse causado pela cobrança dos resultados, assim, existe uma busca por

parte dos funcionários de qualidade de vida no trabalho (MARRAS, 2000).

A higiene do trabalho está relacionada com as condições ambientais de

trabalho que asseguram a saúde física e mental com as condições de bem-estar das

pessoas (CHIAVENATO, 1999, p. 375).

O programa de higiene no trabalho tem como seus principais itens

(CHIAVENATO): a) ambiente físico do trabalho: esta relacionada a adequação da

iluminação, ventilação, temperatura e ruídos; b) ambientes psicológicos de trabalho:

envolve os relacionamentos humanos agradáveis dentro do ambiente de trabalho, o

tipo da atividade agradável e motivadora, estilo da gerência participativa e a

eliminação de possíveis fontes de estresse; c) aplicação de princípios de ergonomia:

envolvendo a maquinas e equipamentos adequados às características humanas,

mesas e instalações ajustadas ao tamanho dos funcionários e ferramentas que

reduzam o esforço físico humano; e d) saúde ocupacional: envolvendo riscos que

podem provocar danos às pessoas no trabalho.

A segurança do trabalho é o conjunto de medidas técnicas, administrativas,

educacionais, médicas e psicológicas, empregadas para prevenir acidentes, seja

pela eliminação de condições inseguras do ambiente, seja pela instrução ou pelo

convencimento de práticas preventivas (RIBEIRO, 2006).

A segurança do trabalho envolve três áreas principais de atividade: prevenção

de acidentes, prevenção de incêndios e prevenção de roubos (CHIAVENATO, 1999,

p. 381).

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A missão da área de prevenção de acidentes consiste em preservar a

integridade física do funcionário e proteger os equipamentos, as instalações e o

patrimônio da empresa (RIBEIRO, 2006).

A qualidade de vida no trabalho refere-se a preocupação com o bem-estar

geral e a saúde dos funcionários no desempenho de suas tarefas. A qualidade de

vida no trabalho (QVT) assimila duas posições: de um lado, a reivindicação dos

empregados quanto ao bem-estar e satisfação no trabalho; e de outro, o interesse

do empregador quanto aos potenciais de produtividade e a qualidade

(CHIAVENATO, 1999).

A QVT envolve alguns fatores (CHIAVENATO, 1999):

1. Satisfação do serviço executado

2. As possibilidades de futuro na organização

3. O reconhecimento pelos resultados conquistados

4. O salário percebido

5. Os benefícios constatados

6. O relacionamento humano dentro do grupo e da organização

7. O ambiente psicológico e físico proporcionado pelo trabalho

8. A liberdade e responsabilidade de decisão

9. As possibilidades de ser participativo

2.2.3.6 Sistema de Informação de Recursos Humanos

Todas as organizações devem ser constituídas de uma sólida base de

informação e de comunicação sobre todas as pessoas, que assumem

responsabilidades através da disseminação da informação (CHIAVENATO, 1999).

As tecnologias de vários tipos criam uma infra-estrutura para comunicar e

compartilhar informações vitais ao desempenho da empresa (BOHLANDER; SNELL;

SHERMAN, 2003, p. 478).

A mais importante estratégia de gestão de pessoas é a comunicação e

retroação com os funcionários. O sistema de informação permite ter uma visão

adequada para que gerentes de linha de funcionários consigam trabalhar frente a

metas e objetivos mutáveis e complexos (CHIAVENATO, 1999).

Mesmo que as instalações físicas, os equipamentos e os recursos financeiros

sejam necessários para as organizações, as pessoas também são consideradas

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importantes, devido serem responsáveis pela qualidade, estabelece as estratégias e

objetivos para a organização. Sem pessoas eficazes é impossível que qualquer

organização consiga atingir seus objetivos (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000).

Os gerentes devem enfatizar a comunicação com os demais membros da

empresa, não somente porque a comunicação é o meio primário de conduzir as

atividades da organização, mas também porque ela é a ferramenta básica para

satisfazer as necessidades humanas dos empregados (CHIAVENATO, 1999).

Para Bohlander, Snell, Sherman (2003) as organizações buscam equilibrar o

ambiente de trabalho através de algumas preocupações em relação às

necessidades de seus colaboradores para assim reconhecer os direitos dos

funcionários e entender as suas obrigações.

A gestão de pessoas requer o processamento de muitas informações sobre

as pessoas para que os especialistas de staff e os gerentes de linha possam tomar

decisões eficazes e adequadas (CHIAVENATO, 1999).

Segundo Lacombe (2005) como antigamente a informação tinha que ser

executada e transmitida por meio de pessoas, era sempre distorcido pelas

comunicações, ou seja, pelas opiniões e comentários das pessoas. A comunicação

através da informática ocorre de forma objetiva, assim, as vezes cria-se a

necessidade de criar uma oportunidade para a comunicação efetiva.

A base de todo o sistema de informações que auxilia na tomada de decisão é

o banco de dados. O banco de dados funciona como um sistema de armazenamento

e acumulação de dados codificados e disponíveis para o processamento e obtenção

das informações (CHIAVENATO, 1999).

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Figura 4: Exemplo de Banco de Dados de RH Fonte: Chiavenato (1999, p. 407).

As tecnologias estão sofrendo mudanças, mas os princípios fornecem uma

orientação constante, um sistema de informação para coletar, armazenar, manter,

recuperar, e validar dados necessários para a organização saber seus recursos

humanos. O sistema de informação de recursos humanos não necessita ser

informatizado, ele pode ser informal como um livro ponto ou formal como um centro

de processamento de dados de grandes indústrias. Os propósitos dos dois exemplos

são os mesmos, basta proporcionar informações que são determinadas pelos

interessados nos recursos (MILKOVICH; BOUDREAU, 2000).

2.2.3.7 Clima Organizacional

Para Lacombe (2005) o clima organizacional reflete o grau de satisfação do

pessoal com o ambiente interno da empresa, vinculado à motivação, à lealdade, à

colaboração entre as pessoas, ao interesse no trabalho, à facilidade na

comunicação interna, entre outras variáveis.

“Satisfação no trabalho é um conjunto de sentimentos favoráveis ou

desfavoráveis com os quais os empregados vêem seu trabalho” (DAVIS;

NEWSTROM, 2001, p. 122).

Cadastro de Pessoal

Cadastro de Cargos

Cadastro de Seções

Cadastro de Remuneração

Cadastro de Benefícios

Cadastro Médico

Entrada de

Dados

Saída de

Informações

Bancos de Dados

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O clima organizacional bom oferece como vantagem para a empresa,

pessoas proativas, que compartilham conhecimentos, confiam na chefia, e são

pessoas inovadoras (LACOMBE, 2005).

2.2.3.8 Entrevista de Desligamento

Uma entrevista de desligamento permite coletar dados que proporcionarão o

aperfeiçoamento da função de Recursos Humanos ou a identificação de outros tipos

de problemas que a organização deve e pode examinar (RIBEIRO, 2006).

A entrevista de desligamento ocorre através de uma conversa com o

funcionário, cuja a saída é por motivo do empregador ou do empregado. A tendência

da entrevista, é coletar informações negativas a respeito da gestão da empresa,

porém podem apontar as áreas que apresentam problemas indicando a empresa o

local que deve ser tomado uma medida de melhoria (LACOMBE, 2005).

A entrevista não deve ser conduzida pelo gerente imediato do funcionário

demissionário que pode se deixar influenciar por aspectos subjetivos do seu

relacionamento com o subordinado (RIBEIRO, 2006).

Para Marras (2000) quando constatado a veracidade do depoimento do

funcionário em desligamento, a ARH deve tomar as providências possíveis para

regularizar a situação, com o objetivo de não causar insatisfação em outros

funcionários.

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3. METODOLOGIA

A abordagem deste capítulo tem por objetivo definir a metodologia a ser

utilizada no desenvolvimento do projeto, através da exploração e análise de métodos

e técnicas (ROESCH, 2007).

“A metodologia é um conjunto de métodos ou caminhos que são percorridos

com o objetivo final de adquirir conhecimento” (ANDRADE, 1999, p. 112).

Para Roesch (2007, p.125) “aconselha-se partir dos objetivos do projeto para

definir que tipo de método é mais apropriado”.

Já Cruz e Ribeiro (2004) explicam a metodologia científica como a função

que estimula os alunos a buscarem motivações para encontrar respostas as suas

dúvidas, ou seja, não é um simples conteúdo a ser decorado pelos alunos, e sim um

instrumento indispensável para que sejam capazes de atingir o estudo e a pesquisa

em qualquer área de pesquisa.

A pesquisa científica tem o propósito de descobrir respostas as questões

propostas, enfim, a finalidade da pesquisa, não é a acumulação de fatos, mas sua

compreensão, o que se obtém através da formulação precisa de hipóteses (CRUZ;

RIBEIRO, 2004).

3.1 Tipologia de Pesquisa

Segundo Andrade (1999) deve-se classificar a pesquisa quanto à natureza,

aos objetivos, aos procedimentos e ao objeto para cumprir a finalidade de oferecer

conhecimento introdutório. Quanto aos objetivos da pesquisa pode ser classificada

em pesquisa exploratória, descritiva e explicativa.

Para se ter um resultado satisfatório necessitou a classificação da tipologia da

pesquisa. O método da pesquisa é o estudo de caso e a abordagem qualitativa, que

através da pesquisa descritiva do ambiente tornou-se possível caracterizar as

variáveis do problema, por meio da coleta de dados de entrevistas, observação

participante e documentos da empresa.

Segundo Gil (2002) a pesquisa descritiva teve a finalidade de descrever as

características da empresa e dos processos da área de recursos humanos, através

de técnicas padronizadas de coletas de dados, tais como questionário e a

observação participante no ambiente de estágio.

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A pesquisa descritiva é realizada através da observação dos fatos, dos

registros, análise, classificação dos dados e sua interpretação, sem a interferência

do pesquisador (ANDRADE, 1999).

A pesquisa qualitativa e seus métodos de análise e coleta de dados são

apropriados para uma fase exploratória, de forma que o estudo qualitativo

proporciona uma avaliação formativa, quando se trata de melhorar a efetividade de

processos ou programa, porém não é adequada para a avaliação de resultados

(ROESCH, 2007).

“A abordagem qualitativa formula relações entre características observáveis

de um objeto de estudo, relacionado com a pesquisa teórica realizada” (LAKATOS;

MARCONI, 1991, p.98).

A pesquisa desenvolvida é qualitativa por se tratar de um assunto subjetivo e

envolver o exame e reflexão dos processos para se obter conhecimento. A pesquisa

qualitativa é mais fácil de iniciar, porém a análise dos dados e a apresentação das

propostas são mais complexas (COLLIS; HUSSEY, 2005).

O estudo de caso procura examinar um fenômeno em estudo no contexto

pesquisado através de pesquisas exploratórias, descritivas e explanatórias

(ROESCH, 2007).

O estudo de caso tem intenção de proporcionar uma visão global do problema

ou identificar possíveis fatores que influenciam ou são por eles influenciados, assim

não proporcionam o conhecimento breve das características de uma população

(GIL, 2002).

3.2 Instrumento de Pesquisa

Os dados foram coletados através de entrevistas semi-estruturadas com a

diretoria e gerentes da empresa conforme as perguntas apresentadas no apêndice

A; acesso à documentos da empresa que informaram a quantidade de funcionários

por cargos, procedimentos internos, manual do plano de cargos e salários; e pela

observação participante que oportunizou o diagnóstico dos processos da área de

recursos humanos, benefícios concedidos, acompanhamento das reclamações,

conferência de fatos devido o pesquisador ser funcionário da empresa e ter acesso

constante aos acontecimentos da empresa.

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A entrevista é uma técnica demorada que demanda muita habilidade do

entrevistador, sendo que o objetivo principal é entender o significado que os

entrevistados atribuem a questões e situações em contextos que não foram

estruturados anteriormente a partir das hipóteses formadas pelo pesquisador

(ROESCH, 2007).

As perguntas foram formuladas de acordo com os objetivos da pesquisa, em

linguagem adequada, sem induzir ou sugerir ao entrevistado uma resposta, assim o

entrevistador deve procurar ouvir mais do que falar, procurando não interromper o

entrevistado (ANDRADE, 1999).

Segundo Roesch (2007) as entrevistas podem ser semi estruturadas quando

é utilizado questões abertas permitindo ao entrevistador a obtenção da perspectiva

do participante da pesquisa; e a entrevista não estruturada que o cenário é devido o

entrevistado falar livremente, sem interrupção ou intervenção, acumulando

informações.

A entrevista “é uma conversação efetuada face a face, de maneira metódica;

proporciona ao entrevistador, verbalmente, a informação necessária” (MARCONI;

LAKATOS, 2001).

Segundo Roesch (2007) a intenção de estabelecer questões através de

entrevista e questionários, permite o pesquisador entender as expectativas dos

respondentes, por isso não se tem uma classificação prévia de alternativas para

respostas. A qualidade das respostas depende sobretudo, da habilidade de redação

da pessoa em responder ao questionário e do observador em saber interpretar o que

o entrevistado queria expor.

Os documentos da empresa são fontes de dados utilizados em pesquisa de

administração para complementar entrevistas e outros métodos de coletas de dados.

A análise desses documentos permite visualizar a empresa pelo o que realmente

executa (ROESCH, 2007).

A investigação dos documentos foi necessária para descrever e comparar

usos e costumes, tendências, diferenças e outras características da empresa

(CERVO; BERVIAN, 1996).

A observação participante pode ser “utilizada nas organizações de uma forma

encoberta, quando o pesquisador é empregado da empresa; ou de forma aberta,

quando o pesquisador tem permissão de observar, entrevistar e participar no

ambiente de trabalho em estudo” (ROESCH, 2007, p. 161).

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A observação não consiste em apenas, ver e ouvir, mais sim em examinar

fatos e fenômenos, através do que se foi limitado como ponto observante

(MARCONI; LAKATOS, 2001).

Para Gil (2002) a observação é um procedimento que fornece subsídios para

a solução dos problemas, criando-se hipóteses.

A coleta de dados através da observação participante ocorre quando o

pesquisador é funcionário da empresa, e sua intenção de pesquisa não é de

conhecimento comum. Além do trabalho inserido, o pesquisador envolve-se com os

empregados através da observação, conversa, e interpretação dos acontecimentos

da empresa (ROESCH, 2007).

As observações mensuradas dos processos da empresa pelo funcionário

pesquisador sofreram análise dos fatos que seriam fundamentais para auxiliar no

desenvolvimento da pesquisa, através do método de registro em agenda

aguardando o momento oportuno de introduzir as informações no trabalho

acadêmico.

3.3 Análise e Apresentação dos Dados

A apresentação dos dados decorreu da comparação da análise do conteúdo

dos processos existentes na empresa com a teoria fundamentada na pesquisa. Além

da descrição dos processos da empresa, para uma melhor visualização, foi

apresentado no trabalho um quadro geral dos processos atuais alinhado a sugestão

fundamentada pela teoria.

3.4 Limitação da Pesquisa

Esta pesquisa teve limitação de conhecimento prático, devido a subjetividade

do tema. O conhecimento do pesquisador esteve amparado somente pela base

teórica, desconhecendo os processos de RH de empresas semelhantes ao ambiente

de estudo.

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4. RESULTADOS

4.1 Comportamentos da Empresa Casetex e Processos de RH

A empresa Casetex teve o inicio de suas atividades no ano de 1987, fundada

pelo Sr. Jose Carlos dos Santos, com a missão de prestar um serviço digno e de

qualidade, modernizando e criando estratégias fixando-se no ramo de construção

civil.

Devido ao crescimento acelerado e aliado a qualidade do produto e serviço

oferecido, a empresa chegou a entregar mais de 2,5 milhões m³ de concreto usinado

em 22 anos.

A empresa sempre procurou investir seu capital em frotas, chegando a ter

mais de 150 veículos, sempre modernizando os equipamentos.

Na busca da melhoria e da satisfação dos clientes a empresa disponibiliza

vários tipos de concretos como o concreto pré-misturado, concreto bombeável,

concreto auto-adensável, concreto com pega programada, concreto impermeável,

concreto leve, concreto de alto desempenho, concreto pesado, concreto a vácuo,

concreto colorido, concreto rolado, concreto de superfluidos.

A Casetex é uma empresa familiar, onde todos os diretores estão ativos na

organização na busca do desenvolvimento e crescimento contínuo da atividade,

proporcionando o acompanhamento do sonho idealizado há décadas atrás.

Um dos aspectos mais reconhecidos no ambiente dessa organização é o

profissionalismo, tendo como objetivo a realização do trabalho de acordo com o que

se é esperado pela diretoria.

A organização a partir da sua fundação possuía características gerenciais

centralizadoras, quando iniciou-se um processo de fidelização de clientes,

reconhecimento do mercado e pelo desenvolvimento da construção civil na região

de Camboriú - SC, as decisões tiveram que ser preferencialmente discutidas e

solucionadas no setor responsável, visando a agilidade dos processos e

posteriormente comentadas com os proprietários. As decisões tomadas pelos

funcionários da empresa possuem limitações relacionadas ao grau de reflexo na

empresa, gerando responsabilidade aos proprietários pelas principais decisões.

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A Casetex possui funcionários que permanecem na organização desde a

fundação da empresa Casetex, ou seja, funcionários que acompanharam todo o

crescimento da organização durante vinte e dois anos de serviços prestados.

A empresa procura investir nos funcionários incentivando nos estudos

relacionados a atividade da empresa, com o objetivo do desenvolvimento do

profissional e da organização simultaneamente. Atualmente os cursos realizados

pelos colaboradores são: Administração, Direito, Engenharia Civil, Logística.

Cada setor na organização possui um responsável pelo departamento e nas

filiais existe um gerente, possuindo a missão de assegurar a manutenção das

pessoas para que o desenvolvimento do trabalho esteja direcionado aos objetivos da

empresa.

Atualmente a Casetex possui uma estrutura de aproximadamente 141

funcionários, registrados em cargos administrativos e operacionais.

A estrutura da empresa é familiar e centralizada, dessa forma as decisões

mais importantes devem ser autorizadas pelos donos da organização. Os

funcionários são atendidos pelo setor de RH, mas o acesso direto com a diretoria é

fácil.

A ordem hierárquica comporta-se a diretoria geral, diretoria administrativa,

diretoria comercial, gerência de recursos humanos, gerentes de filiais, cargos

administrativos e cargos operacionais.

Os aspectos que são claramente identificados na organização é a disciplina, a

exigência de prazos, produção constante, respeitos das normas exigidas,

orientações de preservação a saúde e segurança no trabalho, fácil acesso as

gerências, processos mecânicos quanto ao hábito de operação, decisões

centralizadoras e várias lideranças.

Os funcionários administrativos são constantemente cobrados pela realização

de suas tarefas, apresentando um perfil de funcionários conservadores e

reservados, que procuram ser altamente profissionais em relação ao tratamento com

os colegas de trabalho. Esse perfil foi solidificado na fundação da empresa, devido o

pensamento de que o ambiente de trabalho deveria estar concentrado somente nas

atividades laborais, mas hoje se percebe o interesse dos diretores na mudança de

relacionamento na organização para evitar conflitos ou atrasos de processos.

As organizações procuram geralmente incentivar o trabalho em equipe, porém

nem sempre essa percepção é aceita nas organizações. A identidade da Casetex

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esta sofrendo mudanças a cada nova contratação, de forma que as características

da empresa são moldadas por pessoas e assim elas influenciam nas ações dos

funcionários.

Na estrutura operacional encontra-se a usina que dividiu-se nas seguintes

funções: balanceiro, auxiliar de balanceiro, motorista, auxiliar de bomba, armador,

mecânico de manutenção, lubrificador, coordenador de compras e auxiliar de

almoxarifado.

Em cada setor da estrutura operacional, existe um coordenador responsável

pelos resultados. Os resultados são cobrados diretamente pela Diretoria da

empresa, de acordo com as prioridades do dia.

O balanceiro e os vendedores e a diretoria reúnem-se diariamente para

discutir sobre a produção do dia, da programação de produção para o decorrer da

semana, preço, qualidade, sugestões, assuntos que possam ser avaliados o alcance

dos objetivos de vendas e da satisfação do cliente.

A grande parte dos funcionários possui grau de escolaridade de 4ª série

completa, ou que saibam ler e escrever, de forma que todos possam ter um breve

conhecimento das normas da empresa.

A comunicação formal da empresa é realizada através de CI (comunicação

interna) procedimento realizado com maior freqüência por ser um documento que é

recolhido a assinatura do funcionário que teve conhecimento do comunicado, ou por

e-mail devido a agilidade de envio e também possuir a garantia de recebimento. No

pátio da empresa estão definidos locais que são localizados os murais da empresa

de forma que a comunicação também seja eficiente em outros departamentos.

Quando existe a mudança de algum procedimento da empresa, e que um

setor ou uma pessoa precisa se adequar ao novo processo, a comunicação é feita

por uma CI que discrimina as pessoas que deverão se alinhar ao novo

comportamento solicitando a assinatura de todos relacionados no documento.

A Casetex tem como pontos fortes a gestão empresarial, o pagamento das

obrigações trabalhistas, responsabilidade com clientes e fornecedores, qualidade do

produto e serviço, capacidade de atualizar a frota, parcerias, localização, o

envolvimento da diretoria com a vida pessoal dos funcionários, facilidade de acesso

a alta administração. Como pontos fracos podem ser considerados a falta de

estrutura hierárquica, falta de planejamento estratégico, falta de incentivos

motivacionais, falta de treinamentos, falha na programação do fluxo de caixa,

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66

problemas na comunicação e relacionamentos, falta de comprometimento dos

funcionários com as normas da empresa.

A estrutura de ARH esta sediada na matriz localizada no município de

Camboriú – SC, onde existe uma coordenadora de RH e duas assistentes voltadas

para a gestão e processos de departamento pessoal da matriz e das filiais.

Os processos de ARH são descritos da seguinte forma atualmente:

4.1.1 Processo de Recrutamento e Seleção e Admissão

Quando é aberto uma vaga, o responsável pela administração de recursos

humanos determina a forma de recrutamento que será utilizado para assegurar o

perfil profissional proposto pela empresa.

A divulgação da vaga é feita da seguinte forma: a) pelos funcionários da

empresa através da rede de relacionamentos profissionais, possibilitando a

indicação de um candidato que melhor se adaptaria ao perfil da empresa; b) pela

consulta de solicitação de empregos existentes no arquivo da área de RH; c) e na

carência de candidatos é optada a divulgação por intermédio de agências de

recrutamento.

A empresa tem preferência a candidatos indicados por funcionários

entendendo que os candidatos possam ter maior conhecimento sobre a empresa

através da abordagem aos funcionários, e por serem indicados por alguém que

conheça o perfil do candidato e o perfil da vaga ajustando-se a permanência na

empresa.

A empresa possui um modelo de solicitação de emprego fornecido em

atendimentos que é possibilitado uma entrevista breve e percebido características

compatíveis ao esperado pela empresa, e juntamente com os currículos recebidos é

feito um arquivo classificado por pretensão de vaga que são considerados o banco

de dados da área de RH, que são úteis na abertura de uma vaga e cada perfil é

analisado conforme o perfil desejado para o cargo.

Os requisitos analisados nos arquivos dos candidatos que influenciam na

seleção é a experiência para a função requisitada, a permanência nos empregos

anteriores, a pretensão salarial, a qualificação e a disponibilidade para viagens.

Quando um gerente de setor comunica o RH da necessidade de contratação,

a responsável pelo RH comunica a alta administração sobre a necessidade para que

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a admissão seja autorizada e os currículos possam ser analisados e selecionados

para iniciar as entrevistas.

A entrevista com os candidatos são realizadas individualmente ou em grupos.

Através de perguntas é possível captar expressões, agilidade, reações nas

respostas, habilidade de persuasão, reações as perguntas inesperadas, tendo como

objetivo a escolha do funcionário que melhor desempenhara a função proposta na

abertura da vaga.

Após as entrevistas, os candidatos são orientados a aguardar o retorno do RH

para a definição de contratação e quando escolhidos são autorizados a

providenciarem a relação de documentos obrigatórios.

O candidato definido a vaga é encaminhado para a médica do trabalho,

localizada na própria empresa para assegurar a sua aptidão ao trabalho e a

segurança da empresa, através de exames complementares que atestam aptidão ou

atestam possíveis anormalidades que possam incapacitar o candidato a exercer a

função da vaga aberta.

Após o atestado médico de aptidão ao trabalho, o candidato recebe uma

relação de documentos que devem ser apresentados para efetivar a contratação: a)

cópia da carteira profissional (parte foto, qualificação civil, registros); b) cópia cartão

do PIS; c) cópia do documento RG; d) cópia do cartão CPF; e) cópia do documento

Título Eleitoral; f) cópia da carteira nacional de habilitação; g) cópia do Certificado

Militar; h) cópia do comprovante de residência com vencimento de no máximo 60

dias após a entrega sendo em nome próprio e com cópia do comprovante de

pagamento; i) comprovante de abertura de Conta Unibanco; j) cópia da Certidão de

Casamento / Nascimento ou União Estável; k) cópia do Histórico Escolar ou

declaração de escolaridade; l) cópia da Certidão de Nascimento dos filhos menores

de 21 anos; m) cópia da carteira de vacinação do filho com a idade de 0 a 06; n)

cópia do comprovante de escolaridade dos filhos com a idade de 07 a 13 anos; o) 2

fotos 3X4; p) comprovante de experiência no exercício da função que vai exercer

(Cópia CTPS) ou Cartas de apresentação de empregos anteriores com telefone para

referências; e q) certidão negativa de antecedentes criminais.

No recebimento dos documentos é acordado o inicio das atividades na

empresa, tendo como orientação o horário de trabalho, e o comparecimento na área

de segurança no primeiro dia de contrato de trabalho, antes do inicio da atividade

laboral para esclarecer os procedimentos de segurança e integrá-lo na empresa.

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Depois das orientações de inicio de trabalho, o funcionário é encaminhado ao

almoxarifado para receber os uniformes e equipamentos de proteção individual (EPI)

e orientado da localização do relógio ponto para o cadastramento da digital para que

a empresa possa ter controle aos horários a partir do primeiro dia de trabalho.

Todas as admissões são feitas com um contrato de trabalho de experiência

de 45 (quarenta e cinco) dias podendo ser prorrogadas por mais 45 (quarenta e

cinco) dias, totalizando 90 (noventa) dias, exceto a filial de São José, que de acordo

com a convenção vigente (2009) o contrato de experiência deve ser de 30 (trinta)

dias prorrogado por mais 30 (trinta) dias.

Antes do término do contrato de experiência, a funcionária responsável pelo

RH coleta informações a respeito do desempenho do funcionário. O feedback do

desempenho do funcionário é passado pela analise da sua continuidade na

organização. As características de desempenho do funcionário são mensuradas e

repassadas para ele quando existe a oportunidade de melhoria, caso contrário, ele é

informado do desligamento da empresa.

Nas filias o processo de recrutamento e seleção é realizada pelo gerente da

filial através de indicações e banco de dados. Na carência de banco de dados o

gerente divulga a vaga em agências de emprego. O candidato escolhido pelo

gerente da filial é encaminhado para a matriz para realizar o exame admissional e

após o atestado médico de aptidão ao trabalho o gerente da filial encaminha para o

RH da empresa os documentos obrigatórios. No decorrer da análise da

documentação pela área de RH o gerente da filial quando ciente da documentação

enviada corretamente, encaminha uma comunicação interna solicitando retorno da

data de inicio do candidato e os equipamentos de segurança que são centralizados

na matriz para que o candidato inicie sua atividade, uniformizado e protegido.

4.1.2 Processo de Integração, Treinamento e Desenvolvimento

Quando o funcionário inicia suas atividades na empresa, o conhecimento de

algumas características da empresa como a fundação, a atividade da empresa, a

região que atua no mercado, são fundamentais para que o trabalho seja

aproveitado.

Ao iniciar as atividades na organização o novo funcionário recebe como

treinamento inicial uma integração por meio da apresentação do vídeo institucional

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da empresa e de aspectos de medidas de segurança indispensáveis a atividade da

empresa apresentadas pelo técnico de segurança.

O treinamento tem carga horária de 06 horas com os temas : normas internas

da empresa; ordem de serviço; procedimentos de trabalho, específico da atividade;

normas de segurança; Uso de EPIs, guarda e conservação; prevenção e combate a

incêndio; trabalho em altura; levantamento manual de peso; ergonomia; prevenção

de acidentes; prevenção de doenças do trabalho; exposição aos riscos;

(equipamento de proteção coletivo); sinalização de segurança; organização, ordem e

limpeza.

A ementa do treinamento admissional é voltada para a segurança no trabalho,

mas, após os aspectos teóricos discutidos, o novo funcionário é apresentado a

história da empresa desde a sua fundação e também é proporcionada a

apresentação das pessoas que trabalham nos setores ligados a função que será

desempenhada de forma que haja integração entre os membros de trabalho. No

mesmo dia de integração/treinamento é repassada para o funcionário a sua ordem

de serviço, considerada dentro da atividade as normas que devem ser cumpridas no

desempenho da função.

Através das orientações e treinamento o novo funcionário fica habilitado do

conhecimento das normas da empresa, e do uso obrigatório de equipamentos de

segurança.

Em cumprimento as Normas Regulamentadoras sobre Segurança e Medicina

do Trabalho e a Consolidação das Leis Trabalhistas, foram elaboradas normas

internas de conduta e comportamento dos funcionários da empresa, apresentadas

no momento de treinamento admissional, visando fornecer um ambiente seguro e

saudável.

Quando analisado a necessidade de treinar ou desenvolver os funcionários,

os próprios fornecedores de equipamentos e frotas se propõem a qualificar a mão de

obra da empresa.

Treinamentos e cursos como o de direção defensiva, são essenciais para

desenvolver novas habilidades para evitar acidentes e maximizar a produtividade.

Os treinamentos que já foram aplicados na empresa objetivam a melhoria de

aspectos deficientes da empresa e a capacitação dos funcionários relacionando a

temas como comunicação organizacional, instrução de cálculos financeiros,

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instrução de operar equipamentos, riscos de acidentes no trabalho, e prevenção da

saúde.

4.1.3 Processo de Remuneração e Benefícios

O processo de remuneração e benefícios possui significado importante

quando coerente as propostas salariais com a do mercado, e a procura de melhorias

constantes que demonstram recompensa do trabalho.

A empresa possuía um plano de cargos e salários que foi implantado no ano

de 2008. O funcionário é remunerado de acordo com os critérios adotados para a

avaliação salarial. Esse plano proporciona para o funcionário a visualização de

crescimento dentro da organização e a percepção salarial que pode atingir durante a

sua carreira profissional na organização. A avaliação de cargos e salários esta

prevista a cada dois anos, de forma que os reajustes obrigatórios conforme a

convenção coletiva do trabalho é anual.

Na estruturação desse plano foram elaboradas as descrições de cargos que

hoje não são mais utilizadas devido à carência de algumas informações e por novas

funções terem se agrupado na estrutura.

Em algumas funções o plano de salários não se adéqua a realidade do

mercado o que incentivaria a uma nova pesquisa salarial e uma justificativa de

enquadramento nas faixas e níveis devido os funcionários não compreender a forma

de avaliação realizada que diferencia o salário de outro colega de trabalho.

A remuneração dos funcionários inicia-se pelo valor estabelecido pelas

convenções sindicais, posteriormente varia de acordo com o tempo de empresa, o

tempo de experiência na função, o desempenho na função, o interesse de

profissionalização buscando cursos e participação de treinamentos.

O salário inicial do funcionário é de acordo com o que a convenção coletiva

do trabalho da categoria determina, porém a empresa tem a política de iniciar

pagando ao funcionário o valor que se sugere na convenção coletiva do trabalho

após o término do contrato de experiência.

A empresa possui um plano de benefícios, que atualmente compreende:

transporte da empresa; auxilio combustível, seguro de vida (previsto na convenção);

metade da mensalidade do plano de saúde; bolsas de estudo para áreas

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correspondentes a atividade da empresa (valor pago integral pela empresa); médico

do trabalho; vacinação; cesta básica.

A cesta básica é um beneficio que esta prevista na convenção do Sindicato

dos trabalhadores na indústria da construção e do mobiliário de Balneário Camboriu,

desde que os funcionários não tenham recebido qualquer tipo de advertência ou

punição e que não tenha tido faltas no trabalho sem justificativa admissível. Os

funcionários não vinculados a categoria desse sindicato percebem o mesmo

beneficio por opção da empresa, discriminando o período de recebimento para

motoristas e auxiliares de motoristas somente após o contrato de experiência sendo

que os funcionários da categoria percebem o direito após o primeiro mês de

trabalho.

Para os funcionários do setor administrativo, o incentivo nos estudos e cursos

profissionalizantes reflete admiração por continuarem profissionalizando em algum

objetivo pessoal. Já o quadro de funcionários operacional, a vantagem percebida é a

opção do plano de saúde, que proporciona a segurança de atendimento da saúde

particular para o funcionário e seus dependentes financeiros que também podem ser

inclusos no plano, considerando que o desconto sobre a folha de pagamento esta

baseado no cálculo da metade do valor do plano do funcionário e o valor integral do

dependente, e com a utilização do plano é acrescido o valor de co-participação de

20% (vinte por cento) em cima da tabela do plano sobre consultas e exames.

4.1.4 Processo de Avaliação de Desempenho

O método utilizado pela empresa de avaliar o conjunto de tarefas

desempenhadas pelos funcionários é realizado através da observação e percepção

do que é considerável para a função pelos gerentes e responsáveis no qual o

funcionário é subordinado.

As avaliações de desempenho são feitas pelos superiores imediatos a cada

contato com a área de RH, que são especulados informações sobre o trabalho de

cada funcionário subordinado, possibilitando adquirir conhecimento do desempenho

dos funcionários. Essa avaliação influencia na decisão de uma promoção de cargo

ou reajuste, propondo uma revisão detalhada da vantagem de manter o funcionário

na empresa.

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A avaliação de desempenho durante o contrato de experiência ocorre através

do acompanhamento do superior, que antes do vencimento do contrato é solicitado

pelo responsável do RH informações sobre a atuação da função do funcionário. O

funcionário também expõe suas satisfações e insatisfações sobre a empresa ou

função através de uma conversa com a responsável do setor de RH, a decisão de

manter o funcionário na empresa é baseada nas análises das situações discursadas

pelo funcionário e superiores.

O feedback do desempenho é o momento em que o funcionário recebe

retorno das tarefas que vem sendo executadas, como os funcionários são avaliados

constantemente pelos superiores imediatos, da mesma forma são orientados como

devem trabalhar para que o desempenho melhore ou elogiados pela atuação da

função na empresa.

4.1.5 Segurança e Medicina no Trabalho

O objetivo de ter segurança no trabalho é esclarecida na integração do

funcionário dentro da empresa e no momento em que o funcionário recebe os

equipamentos de segurança, visando minimizar acidentes de trabalho, doenças

ocupacionais e maximizar a produtividade.

Para a empresa o ato seguro é algo que todos os funcionários devem ter

visão para preservarem as suas vidas através das condições de trabalho

proporcionadas. A atividade da empresa classifica-se no ministério do trabalho no

grau de risco 3 (três) que fornece um grau de risco perigoso sendo o grau 4 (quatro)

o máximo para avaliar o risco, dessa forma a atenção na execução de uma tarefa

deve ser redobrada para evitar acidentes.

A empresa possui comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA),

mensalmente existe o encontro da comissão para a discussão de atos inseguros,

condições inseguras e questões relacionadas a higiene, de forma que todos os

funcionários se tornem responsáveis pela segurança e higiene da organização.

Através do levantamento de problemas percebidos pelos próprios

funcionários, representantes da CIPA, são necessários o desenvolvimento de ações

para evitar acidentes. Essas ações quando envolvem custos, devem ser autorizadas

pela diretoria.

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Quando um funcionário se acidenta no pátio da empresa, direciona-se ao

ambulatório médico da empresa para avaliar as conseqüências do acidente e se

necessário, encaminhado ao atendimento médico hospitalar, no caso de

necessidade cirúrgica, especialista, ou internação. Os acidentes nas obras que a

empresa presta serviços e filiais, o funcionário acidentado é diretamente

encaminhado ao hospital mais próximo para obter acompanhamento médico.

O acidente de trabalho é comunicado ao técnico de segurança para a

avaliação do acidente, propondo uma condição insegura ou ato inseguro decorrente

do acidente. Após o conhecimento do acidente é feito uma abertura de CAT

(comunicado de acidente do trabalho) no INSS, e depois recolhida assinatura do

médico que socorreu o acidentado.

Na área de segurança no trabalho, recentemente foi implantado medicina no

trabalho com a contratação da médica, que proporciona confiança na admissão de

um funcionário pela percepção da atual saúde do candidato e pelas exigências de

exames complementares, atendimento emergencial no caso de um acidente auxilia

nas avaliações de riscos com objetivo de minimizar as irregularidades prejudiciais a

saúde do empregado, cuidados as obrigações de vacinação, e a periodicidade de

atendimento aos funcionários para o acompanhamento da saúde.

Os exames que são solicitados atualmente na admissão do funcionário de

acordo com a necessidade prevista pela médica são: acuidade visual, audiometria,

espirometria, eletroencefalograma, eletrocardiograma, hemograma, TGO

(aminotransferase glutâmico-oxalacética), TGP (aminotransferase glutâmico-

pirúvica) e raio x do tórax e lombar.

A prevenção de acidentes e de doenças são feitas através de placas de

advertência ao risco e informativos distribuídos aos funcionários na presença de

uma palestra ou no mural da empresa para que todos tenham conhecimento do que

é possível ser evitado.

4.1.6 Departamento Pessoal

Para área de departamento pessoal a empresa possui acessoria contábil, que

auxilia nos processos de registro de empregados, cadastro de PIS, rescisão, férias,

preenchimento de guias previdenciárias, confederativas, assistenciais, etc.

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No processo da folha de pagamento de acordo com o fluxograma abaixo é

apresentado os seguintes passos:

Não

Sim

Figura 5: Fluxograma atual do processo de Folha de Pagamento. Fonte: elaborada pela acadêmica.

4.2 Propostas de Realinhamento dos Processos de RH

Após análise dos métodos aplicados atualmente pela Administração Recursos

Humanos da empresa, percebeu-se que a gestão de pessoas, apresenta alguns

processos que podem ser melhorados em relação à prática atual de gestão no

mercado.

Corrigir Pontos

Fazer cálculos horas

Inserir planilha no sistema

Enviar informações para contabilidade

Correto

Autorizar Folha

Fim

Efetuar Pagamento

Início

Coletar cartão ponto

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Apresentando um RH estruturado, possuindo colaboração das partes

envolvidas e descentralizando alguns processos, a empresa estará apta a vencer os

desafios que o mercado proporciona.

Através do conhecimento acadêmico adquiridos na graduação e da

fundamentação teórica aplicada nesse trabalho, na área de ARH propõe-se um

realinhamento das práticas de Recursos Humanos, buscando melhorias nos

processos, auxiliando a organização a alcançar seus objetivos e sua missão.

A seguir, serão apresentadas para a ARH da empresa as propostas de

melhorias dos processos atuais e a análise do que foi sugerido de acordo com a

fundamentação realizada na elaboração do trabalho.

4.2.1 Descrição de Cargos

Para que seja possível decidir os requisitos para a contratação de um

ocupante de cargo sugere-se a atualização da descrição de cargos da empresa

devido a ocorrências de mudanças na estrutura.

A descrição de cargos deve ser revisada anualmente para analisar a

coerência das informações e quando houver modificações no perfil de um cargo,

onde o esclarecimento das atividades pode proporcionar um melhor desempenho do

funcionário e ser útil na administração salarial. A descrição de cargos permite o fácil

acesso aos contornos de cada cargo da empresa.

A ARH deve coletar as informações sobre os cargos através dos métodos de

observação, entrevista e questionários.

As informações levantadas sobre os cargos devem ser cautelosamente

analisadas, possibilitando através dos métodos aplicados (observação, entrevista e

questionário) padronizarem e organizar corretamente os cargos.

Após a coleta das informações e análise dos dados apurados pela a ARH

deve-se fazer um esboço do desenho dos cargos que devem apresentar as

qualificações, requisitos básicos e fatores relacionados ao desempenho do

ocupante. Nesse momento deve ser feito a padronização das descrições dos cargos

e a nomenclatura para posteriormente submeter a uma revisão com os superiores

imediatos para ser aprovado os conteúdos e homologado as descrições.

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4.2.2 Avaliação do Cargo

Após homologadas as descrições dos cargos pela ARH, devem ser avaliadas,

proporcionando para a organização a visualização do peso de cada cargo, podendo

mensurar as funções de maior importância no contexto geral da empresa.

Para avaliação dos cargos deve ser aplicado o método quantitativo de pontos,

transformando os cargos em quantificação numérica que devem ser definidas por

fatores que serão avaliados. Os fatores de avaliação devem ser estrategicamente

definidos para que, não acabe afetando o psicológico de um funcionário por uma má

interpretação de seu cargo através da recompensa salarial.

Após a escolha dos fatores de avaliação do cargo deve ser criado um manual

de avaliação de cargos que serve para agrupar todos os fatores escolhidos,

subdivididos em níveis de exigência para que melhor se possa comparar e avaliar os

cargos da empresa.

A análise dos cargos deve ser diferenciada pelo método de pontos para

cargos administrativos e operacionais avaliando requisitos mentais, físicos,

responsabilidades envolvidas e condições de trabalho.

Para cada fator é colocado uma quantificação numérica que indica a análise

dos requisitos subdivididos em diferentes níveis de exigência, recebendo um valor

respectivo de pontos e resultando o peso do cargo através da soma de pontos.

A empresa deve definir um comitê responsável por fazer as avaliações de

cargo.

Sugere-se que o comitê seja formado pela diretoria da empresa, gerência,

representante da área e pela ARH, dedicando-se à análise das tarefas e atividades

dos cargos.

Após a avaliação dos cargos, deve ser feito o escalonamento do resultado da

pontuação por cargo, definindo as faixas salariais. Sugere-se uma pesquisa de

salário no mercado que tem como objetivo analisar a estrutura salarial praticada pelo

mercado fazendo-se a utilização pela empresa para a definição da estrutura salarial

de cargos.

Para aplicar a pesquisa salarial primeiramente deve-se ter definido os cargos

que serão pesquisados e definir o local que será feito a pesquisa, tendo como

opções através de consultas de resultados apresentados em pesquisas realizadas

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por entidades especializadas ou por entrevistas de empresas que possuam

parâmetros compatíveis com o da empresa.

Após a definição da nova estrutura de cargos deve ser feito análise para o

enquadramento dos funcionários dentro da nova estrutura.

Para manutenção da estrutura salarial, deve ser feito a atualização a cada

modificação de cargos e pesquisa salarial anual para atualizar as faixas de acordo

com as médias salariais do mercado.

4.2.3 Recrutamento e Seleção

Para adequar e agilizar o processo de RH, sugere-se que a empresa adote o

quadro de pessoal como referencial de análise para gestão de pessoas.

O quadro de pessoal tem o desígnio de verificar as necessidades da empresa

a partir das atividades existentes, observando os períodos de oscilação, sugerindo

um planejamento de contratação para a empresa.

A ARH deve apresentar para a diretoria um planejamento de quadro de

pessoas anual, estruturando-se em previsões de aumento na produção e aquisição

de equipamentos resultando a necessidade de aumento no quadro de funcionários

alinhado ao planejamento estratégico da empresa.

Esse quadro deve ser aprovado pela diretoria para que ARH possua

autonomia nos processos de aumento de quadro ou substituição dos funcionários.

O processo de recrutamento de pessoal tem inicio em dois motivos: a) por

motivo de substituição ou aumento de funcionário previsto no quadro de pessoal e b)

por aumento de quadro de funcionários que não estava previsto no quadro de

pessoas.

A abertura da vaga deve ser solicitada formalmente pelos gerentes e

coordenadores das áreas competentes, que através da requisição de pessoal

proposta no apêndice B, a mesma deve ser preenchida e entregue para ARH, dando

início ao processo de recrutamento interno ou externo e posteriormente o processo

seletivo. A implantação da requisição de pessoal através de um processo formal

melhora o recrutamento e evitar descuidos nas solicitações de abertura de vaga ou

realocação de pessoal.

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Após o recebimento da requisição de pessoal a ARH deve analisar a

solicitação de acordo com o quadro de pessoal aprovado pela diretoria para

proceder a autorização do processo de recrutamento.

No caso da requisição de pessoas que não procede com o quadro de

pessoal, devem ser analisada pela ARH e aprovadas em momentos de

comprovação da necessidade por fatores que não eram possíveis ser mensurados

na elaboração do quadro de pessoas da empresa, caso contrário o pedido será

indeferido.

Recrutamento Interno a divulgação da vaga deve ser realizada através de

memorandos ou cartazes em todos os quadros de avisos da empresa, explicitando

as características exigidas pelo cargo, solicitando aos interessados o

comparecimento na ARH para candidatar-se a vaga oferecida, estabelecendo

prazos para apresentação.

O recrutamento interno tem como características vantajosas para a empresa:

a) agilidade do processo de recrutamento e seleção; b) o processo admissional é

mais rápido devido ao processo de exigências já terem ocorrido na fase que ocorreu

a admissão e resultar a ARH somente a transferência de um setor para outro; c) o

novo empregado não necessita passar pela integração institucional admissional por

já conhecer a empresa, apresentando vantagem produtiva por ser direcionada a

nova área pulando etapas desnecessárias; d) os custos de recrutamento e seleção

são menores; e) o empregado sente-se motivado por perceber os processos de

oportunidade na empresa; e f) todos os funcionários que procuram desenvolvimento

na empresa procuram desenvolver novas habilidades e superar seus limites para

um dia atingir a vaga desejada, resultando para empresa funcionários capacitados e

motivados.

Antes da divulgação externa de uma vaga, deve ser analisado o banco de

dados da empresa, possibilitando o aproveitamento dos recursos humanos da

empresa. No recrutamento externo a divulgação da vaga deve ser estruturada nos

requisitos desejados na descrição do cargo e apresentadas através de cartazes

colados em locais que se supõe a passagem de profissionais com as características

parecidas com as desejadas, em entidades sem custo como universidades ou

sindicatos, em mídias e pelo processo de banco de dados onde a empresa manteria

o processo de triagem de currículos, solicitando o comparecimento na empresa para

candidata-se a vaga.

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O recrutamento externo tem como características vantajosas para a empresa:

a) pessoas com características novas dentro da empresa; b) proporciona o

enriquecimento do recurso humano; c) proporciona mudanças na rotina da

organização através de novas idéias usuais; d) aumenta a realidade da empresa

com a realidade externa.

Após as divulgações de vagas internas ou externas, a ARH deve atender os

candidatos orientando o preenchimento da ficha de solicitação de emprego e

entrevistando preliminarmente os candidatos para a confirmação dos requisitos da

vaga.

Após o término da triagem preliminar deve ser feito uma triagem do

recrutamento verificando-se as características profissionais e pessoais do candidato

escolhendo-se os três candidatos que mais apresentam as características

requisitadas pelo cargo, para dar início ao processo de seleção.

A seleção é o resultado de um processo da empresa, onde através de uma

lista de candidatos é escolhido à pessoa que melhor se enquadra ao perfil do cargo

requisitado. Como fator de decisão deve ser avaliado as exigências do cargo e as

características do candidato.

A aplicação de testes auxilia na avaliação das capacidades lógicas, o grau de

argumentação, verbalização e as condições emocionais, já as técnicas de simulação

avaliam os aspectos comportamentais e de relacionamento dos candidatos com as

pessoas, que devem ser utilizadas como forma de instrumento para a seleção e

definidas no momento da preparação da entrevista, escolhendo-se a ferramenta que

melhor se enquadrará para identificar características do candidato correspondentes

a vaga, podendo estar divididas em testes práticos, situacional e psicológico.

Nos cargos administrativos e operacionais devem-se aplicar testes

psicológicos para avaliar personalidade, resolução de problemas, estilo de

comunicação, características motoras, auditivas e visuais resultando na percepção

da capacidade de raciocínio do candidato que possibilite a seleção do que melhor se

enquadra a função pretendida.

Para o cargo de motorista, deve ser aplicado teste prático que avalia os

conhecimentos práticos no trânsito e o teste psicotécnico que de acordo com a

descrição das atividades do motorista é formulado uma bateria de testes

psicológicos com a finalidade de captar características de condutas do candidato

através do que foi estimulado pelo conhecimento do perfil necessário para o cargo.

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Para que seja possível avaliar os candidatos é necessário fazer uma

entrevista estruturada pela ARH e pelo requisitante da vaga, possibilitando a melhor

comparação das respostas realizadas pelos candidatos.

Após a avaliação dos resultados da entrevista, a ARH juntamente com o

responsável requisitante da vaga, deve aprovar um candidato e encaminhá-lo ao

ambulatório da empresa para realizar o exame clínico e exames laboratoriais,

conforme a necessidade identificada pelo médico da empresa.

O resultado do laudo médico poderá contra-indicar o candidato que

inicialmente estava aprovado, retomando ao processo de escolha de um dos dois

candidatos restados pela triagem da entrevista estruturada, encaminhando o

candidato ao exame clínico.

O laudo médico que indica que o candidato esta dentro da normalidade o

torna apto a ser contratado pela empresa, dando-se início ao processo de admissão.

4.2.4 Admissão

O candidato definido no processo seletivo deve receber uma ficha de

solicitação de cópia de documentos e orientado da entrega na área de ARH para a

contratação na empresa.

Após a apresentação dos documentos obrigatórios o novo funcionário é

encaminhado para pegar seus equipamentos de segurança e orientado do local que

será cadastrado a digital e do local, data e horário que deverá se apresentar para o

processo de integração.

No momento em que a vaga é preenchida a ARH deve dar satisfação aos

candidatos não aprovados, através de uma carta apresentada no apêndice C,

proporcionando uma imagem adequada da empresa pela responsabilidade no

processo seletivo, podendo ser aproveitado algum candidato no futuro.

A empresa deve estruturar o seu processo de integração onde um funcionário

da ARH deve repassar as informações ao novo funcionário sobre a organização

como normas de conduta, benefícios concedidos, práticas e horários de trabalho da

empresa, o que é permitido e o que não é, de forma que proporcione conhecimento

da empresa que o funcionário irá trabalhar. A partir do conhecimento teórico da

empresa deve ser encaminhado ao técnico de segurança que atenderá o repasse

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dos procedimentos internos da empresa quanto a legislação de segurança no

trabalho e higiene.

Após as informações repassadas, o funcionário deve conhecer o ambiente de

trabalho, os setores envolvidos com o seu desempenho e conseqüentemente ser

apresentado aos outros funcionários da empresa, onde ao ser apresentado ao setor

que o novo funcionário ira trabalhar é entregue ao requisitante da vaga para dar as

primeiras instruções para o início do trabalho. Sugere-se que no decorrer da primeira

semana o novo funcionário tenha um funcionário diferente em cada dia da semana,

pertencendo ao mesmo setor, acompanhando o trabalho como se fosse o anjo

acompanhante do dia, onde a missão do anjo é ensinar, coordenar, esclarecer e

incluir o novo funcionário no ambiente.

O contrato de experiência dos funcionários da empresa esta dividido em

quarenta e cinco dias com prorrogação de quarenta e cinco dias, devendo ser

avaliado o desempenho cinco dias antes do término do primeiro contrato de

experiência onde a ARH deve encaminhar para o superior imediato do novo

funcionário uma ficha de avaliação funcional no período de experiência conforme

modelo proposto no apêndice D.

O superior imediato indicara através dos fatores avaliados se o desempenho

esta atingindo ao esperado pela empresa e decidirá se o contrato será prorrogado

ou não. A ficha deve ser devolvida para ARH no prazo de dois dias após o

recebimento pelo superior imediato.

A avaliação possibilita ao superior imediato analisar se o novo funcionário

esta habilitado a exercer suas funções na empresa e quando percebido o contrário a

ARH deve chamar o candidato para fazer um feedback do seu desempenho,

proporcionando uma nova oportunidade de desempenho ou quando verificado o não

atendimento ao perfil do cargo pelo funcionário deve-se encaminhá-lo ao processo

de desligamento de funcionário.

O novo funcionário que teve desempenho favorável acima de 75% (setenta e

cinco por cento) a permanência do contrato deve ter feedback dos fatores positivos e

dos fatores que podem ser melhorados, mostrando o desempenho que a empresa

espera da sua função.

A segunda avaliação deve ser fornecida pela ARH a mesma ficha de

avaliação no período de cinco dias antes do vencimento do término do contrato de

experiência (completando noventa dias) para que novamente o superior imediato

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verifique as mudanças de comportamento do candidato, indicando a sua

permanência na empresa ou o seu desligamento, proporcionando uma reflexão dos

fatores que foram avaliados sobre o seu desempenho.

4.2.5 Avaliação de Desempenho

A avaliação de desempenho é uma ferramenta que acompanha o

desenvolvimento cognitivo do funcionário durante a sua permanência na empresa.

O resultado da avaliação de desempenho pode: a) identificar os funcionários

carentes de alguma necessidade exigida pela empresa; b) definir o grau de

contribuição nos resultados da empresa; c) descobrir o surgimento de novos

talentos; d) facilitar o auto-desenvolvimento; e) fornecer feedback aos empregados e

f) interferir em programas de mérito, promoções e transferências.

Sugere-se que além da aplicação de avaliação funcional durante o período do

contrato de experiência também seja realizado a avaliação de desempenho nos

contratos efetivos no período semestral pelo superior imediato e com o apoio da

ARH, por meio de entrevista elaborada de acordo com as metas de cada função

baseadas na descrição das atividades que são desempenhadas pelo funcionário

suprindo a avaliação da expectativa da empresa.

O funcionário avaliado tem no momento da entrevista a oportunidade de

avaliar o seu superior imediato, como também o ambiente de trabalho, e os recursos

que são oferecidos para a sua satisfação no trabalho.

Após a conclusão da entrevista, o superior imediato e ARH devem esclarecer

alguns pontos percebidos no desempenho do funcionário, apontando as qualidades

e os pontos negativos que devem ser melhorados.

A ARH orienta o funcionário avaliado de como proceder para melhorar o seu

desempenho e comunica que a avaliação será retomada posterior ao prazo de trinta

dias para verificar a mudança do comportamento.

O documento de roteiro de entrevista de avaliação de desempenho deve ser

assinado pelo funcionário, superior imediato e pela ARH que analisará os meios

pertinentes a influencia de desempenho por parte da empresa.

O documento da avaliação de desempenho deve ser arquivado na pasta do

funcionário até o momento que seja implantado na empresa um programa eletrônico

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de avaliação que seja possível o armazenamento de informações sobre o

desempenho do funcionário.

A avaliação oportunizará ao funcionário o conhecimento dos pontos positivos

e negativos do desempenho percebidos pela empresa, a fim de melhorar algumas

competências e crescer dentro do ambiente de trabalho.

A partir da análise do desempenho do funcionário, pode ser elaborado o

programa de Treinamento e Desenvolvimento.

4.2.6 Treinamento e Desenvolvimento

O treinamento é uma forma de desenvolver as competências humanas, em

um processo de assimilação que objetiva repassar ou reciclar conhecimentos

relacionados à execução das tarefas.

A ARH deve elaborar um programa de treinamentos de desenvolvimento

anual com base nas competências exigidas pelo cargo e desenvolvidas pelos

funcionários.

No inicio da criação do programa deve-se ter em mente quem deve ser

treinado e o que deve ser aprendido, através das necessidades apresentadas em

avaliações de desempenho partindo da primeira análise do perfil atual dos

funcionários para o perfil que a empresa deseja possuir.

Para auxiliar no levantamento das necessidades deve ser usada como

métodos aplicação de questionários, entrevista com trabalhadores e supervisores,

observação in loco do exercício da função, avaliação de desempenho e solicitação

direta do trabalhador ou superior.

Após o levantamento de necessidade de treinamento a área de administração

de treinamento e desenvolvimento deve organizar as prioridades entre o necessário

e o que é desejável aplicar de acordo com os recursos disponíveis, posteriormente

deve-se realizar a programação do treinamento através da análise e ações que

serão implementadas no módulo de aprendizagem.

O treinamento pode ser interno quando os módulos de aprendizagem forem

aplicados dentro da empresa e divididos em treinamentos introdutórios com o

objetivo de passar ao novo funcionário todas as informações que facilite a sua

integração e em treinamentos no trabalho que são módulos que objetivam a

reciclagem de conhecimentos e a aplicação de técnicas de aprendizagem específica

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para o trabalho. No treinamento externo os módulos de aprendizagem são aplicados

fora da empresa, através de empresas de consultorias especializadas em

treinamentos, ministrados em treinamentos in company onde as sessões de

treinamentos são realizadas somente com os funcionários da empresa.

Na execução do que foi planejado e programado a área de treinamento e

desenvolvimento deve se preocupar com a qualidade da aplicação dos módulos

(didática dos instrutores, preparo técnico, lógica do módulo, qualidade dos recursos,

técnicas utilizadas) e com a eficiência dos resultados.

A última etapa do programa de treinamento e desenvolvimento deve ser a

aferição dos resultados alcançados, comparados ao que foi planejado e esperado

pela empresa.

Para auxiliar na mensuração, a área de treinamento e desenvolvimento deve

elaborar um questionário que objetive a assimilação do aprendizado posterior ao

treinamento, e avalie as técnicas utilizadas na aplicação do módulo.

Após a análise das avaliações e na identificação que o treinamento não

obteve o resultado esperado, a área de treinamento e desenvolvimento deve revisar

o módulo preparado, para identificar melhorias e aplicar novamente o módulo até a

obtenção do resultado esperado pela empresa.

Propõe-se a aprovação de um programa de treinamentos anual direcionado a

cada cargo e outro direcionado a todos os cargos relacionados aos aspectos de

melhoria de clima, segurança no trabalho, saúde, comunicação, comportamentos

adequados e treinamento admissional.

O programa de treinamentos deve ser estruturado em forma de calendário de

treinamentos, onde os treinamentos admissionais devem ser realizados todas as

segundas-feiras através de um acordo com ARH de adequação da data do início de

funcionários na empresa. Quando não houver funcionário novo a ser integrado,

automaticamente é cancelado o treinamento desse calendário, restando outras

datas para a programação da aplicação dos módulos levantados a necessidade pela

área de treinamento e desenvolvimento e os treinamentos de reciclagem e

desenvolvimento de comportamentos, habilidades e atitudes.

Os programas de treinamento apresentam como vantagem na sua execução:

a) desenvolvimento de competências; b) alcance do objetivo organizacional; c)

qualidade do produto e serviço; d) melhoria do clima organizacional; e) espaço para

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inovação; f) mudanças nas atitudes; g) agrega conhecimento e h) qualifica os

requisitos solicitados pelo cargo.

4.2.7 Desligamento do funcionário

Como proposta de desligamento de um funcionário, deve ser feito uma

entrevista de desligamento que forneça informações relacionadas ao motivo da

saída, propondo alternativas de mudanças no reconhecimento de falhas.

A entrevista é conduzida pelo modelo proposto no apêndice E, e através das

observações das respostas pode-se gerar novos questionamentos relacionados a

avaliação da empresa.

As informações coletadas no momento da entrevista devem ser avaliadas

quantitativamente e qualitativamente servindo como fontes de propostas de

melhorias as insatisfações do funcionário desligado e dos que permanecem na

empresa.

A entrevista de desligamento torna-se útil na solicitação de emprego futuro do

funcionário desligado, possuindo uma avaliação do seu desempenho e da avaliação

dos motivos que levaram o desligamento.

4.2.8 Clima Organizacional

Através da entrevista de desligamento é possível visualizar algumas

percepções sobre o clima da empresa, onde os resultados auxiliam nas estratégias

de melhorias do ambiente de trabalho.

O clima organizacional se manifesta na: a) rotatividade; b) conflitos; c) stress;

d) faltas e atrasos; e)humores; f) doenças / distúrbios; g) competição; h) otimismo;

i) cooperação; j) greves; k) qualidade; l) envolvimento; m) desperdícios; e n)

reclamatórias trabalhistas.

Para a empresa diagnosticar o clima deverá implantar a pesquisa de clima

organizacional, entrevista de desligamento, programa de sugestões, reuniões com

funcionários, atendimento as queixas e reclamações e das avaliações informais do

clima.

Sugere-se a aplicação da pesquisa de clima que avalie as variáveis

remuneração, condições físicas do trabalho, relacionamento, orgulho, respeito,

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crescimento e reconhecimento para a obtenção de dados quantitativos do clima da

empresa.

Antes de iniciar a pesquisa, a empresa deve estar comprometida a realização

de mudanças na aferição dos resultados, para que não torne desvalorizado o

processo proposto.

A pesquisa será conduzida por um profissional da área ARH, que deve

orientar todos os funcionários do preenchimento dos questionários apontando a

opinião própria sem o risco de ser identificado e depositar em urnas que facilmente

serão localizadas, no prazo de dois dias após o recebimento dos questionários.

A tabulação dos dados dos questionários deve ser feito em planilha do Excel,

com a utilização de recursos que tornem possível a visualização do clima para se

criar ações para a melhoria do ambiente de trabalho, proporcionando uma qualidade

de vida no trabalho através das necessidades percebidas na pesquisa.

Após a aplicação deve-se fazer análise minuciosa dos resultados e montar

um plano de ações com as melhorias dos itens que não foram bem analisados.

A pesquisa deve se repetir anualmente verificando-se melhorias

constantemente no ambiente organizacional.

A aplicação da pesquisa de clima organizacional retorna para a empresa em

melhorias contínuas da qualidade do ambiente organizacional, proporcionando

crescimento pessoal e profissional aos funcionários, através de melhorias na

comunicação, relacionamentos, comprometimento dos funcionários, oferecendo

condições satisfatórias para a realização do trabalho de acordo com os interesses

dos funcionários.

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4.3 Propostas de Realinhamento de Processos de Gestão de Pessoas

Em relação ao processo de agregar pessoas, a partir da análise das práticas

de recrutamento e seleção atual, apresenta-se a seguir as proposições:

Como é Hoje Teoria Proposta A empresa não possui processo de analisar a quantidade necessária de funcionários para manter a gestão da empresa.

Visão clara da quantidade de funcionários necessários para a gestão da empresa (CARVALHO; NASCIMENTO, 2004).

Adotar quadro de pessoal como ferramenta de previsão da quantidade necessária de funcionários para a gestão da empresa.

A abertura de uma vaga é requisitada informalmente.

A abertura de vaga deve ser emitida formalmente pelo requisitante da área através do documento requisição de pessoal (MARRAS, 2000).

Adotar formulário de requisição de pessoal onde o responsável da área justifica o início do processo por substituição ou aumento de quadro.

O recrutamento Interno da empresa não é divulgado a todos os funcionários, e sim divulgado para o candidato que a empresa tem interesse.

Vaga interna divulgada a todos os funcionários (CARVALHO; NASCIMENTO, 2004).

Adotar divulgação estendida a todos os funcionários da empresa, proporcionando aos funcionários uma visão das oportunidades de carreira que a empresa oferece.

O recrutamento externo é realizado através da triagem de currículos, indicações de funcionários e agência de recrutamento.

A escolha do meio de recrutar no mercado externo depende dos custos operacionais, resultados e eficiência no trabalho prestado (CARVALHO; NASCIMENTO, 2004).

Além dos processos de divulgação atual, adotar recursos de divulgação em entidades sem custo, mídia e formação de banco de dados de currículos de candidatos já entrevistados.

No processo de recrutamento a entrevista é realizada pela ARH com os candidatos preliminarmente escolhidos pelo processo de triagem de currículos na intenção de selecionar o candidato para a vaga.

A seqüência dos métodos de seleção: a) triagem preliminar; b) entrevista; c) informações de pessoas confiáveis; d) testes; e) entrevista pelas futuras chefias; f) exame médico (LACOMBE, 2005).

Adotar o processo de entrevista preliminar pela ARH; confirmar informações; aplicar testes de acordo com os requisitos do cargo que deve ser avaliado, entrevista pela futura chefia, seleção do candidato por decisão da chefia e exame médico.

Quadro 1 – Processos de Agregar Pessoas

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Em relação ao processo de aplicar pessoas, a partir da análise das práticas

atuais de descrição de cargos, avaliação de cargos e avaliação de desempenho,

apresenta-se a seguir as proposições:

Como é Hoje Teoria Proposta A integração do novo funcionário é realizada pela área de segurança, repassando somente informações competentes ao risco que o trabalho possa oferecer e as medidas de segurança que devem ser adotadas.

A ARH envolve todas as ações que têm como objetivo a integração do trabalhador (GIL, 1994).

Integrar o funcionário a partir do contato com a ARH, situando informações de conduta, institucional, benefícios que a empresa proporciona e horários que devem ser cumpridos, proporcionando conhecimento dos procedimentos da empresa e deveres do funcionário.

A empresa possui descrição de cargos que desde a sua elaboração (2008) não houve atualização e por isso deixou de ser utilizada.

Deve ser atualizado constantemente de acordo com as mudanças que ocorrem na empresa (MARRAS, 2002).

Atualização da descrição de cargos de acordo com as mudanças na estrutura da empresa.

A empresa não possui avaliação de cargos.

Mediante a avaliação de cargos que a empresa visualiza o valor de cada cargo que compõem seu organograma (MARRAS, 2002).

Adotar o processo de avaliação de cargos pelo método de pontos, visualizando o cargo de maior importância dentro do organograma da empresa.

As pesquisas salariais são de acordo com a necessidade percebida pela empresa, sem definição de períodos mínimos.

A pesquisa salarial proporciona a comparação e o acompanhamento do posicionamento dos salários praticados pela empresa e pelo mercado (MARRAS, 2002).

Realizar pesquisa salarial anualmente para manter a estrutura salarial de acordo com as médias salariais do mercado.

Durante o período de contrato em experiência o funcionário passa por uma avaliação de desempenho informal.

A avaliação de desempenho é o momento de obter conhecimento sobre o desempenho dentro da empresa (RIBEIRO, 2006).

Adotar a utilização de uma ficha funcional de fatores de desempenho a serem avaliados pelo superior imediato, decidindo a prorrogação, término ou efetivação do contrato de trabalho.

A empresa desenvolve seus recursos humanos sem avaliação formal.

Para a elaboração de um programa de avaliação de desempenho devem ser seguidos os seguintes passos: a) ter sempre em mente os negócios da empresa; b) definir e conciliar os objetivos, as prioridades e os critérios de avaliação; c) estabelecer uma data para a avaliação e preparar o local da reunião; e d) realizar a avaliação e agir, utilizando os instrumentos de RH: salário, treinamento, demissão, transferência, etc.(RIBEIRO, 2006).

Adotar modelo de avaliação de desempenho para cada cargo de acordo com as metas, concentrando-se nos hábitos exigidos de cada cargo e não nos hábitos pessoais.

Quadro 2 – Processos de Aplicar Pessoas

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Em relação ao processo de desenvolver pessoas, a partir da análise das

práticas atuais de treinamento e desenvolvimento, apresenta-se a seguir as

proposições:

Como é Hoje Teoria Proposta A empresa proporciona treinamento aos funcionários através de palestras e cursos quando captado a carência de treinamento e desenvolvimento.

Os processos de treinamento e desenvolvimento é o diagnóstico; a programação; a execução; e a avaliação (MARRAS, 2000).

Adotar um programa de treinamentos anual com base nas competências exigidas pelos cargos e pelo resultado do desempenho dos funcionários, utilizando métodos de levantamento de necessidades.

Não existe mensuração se os objetivos da realização de um treinamento foram atingidos.

A avaliação é a verificação dos resultados alcançados pelo treinamento (CHIAVENATO, 1999).

Adotar um questionário com perguntas relacionadas ao treinamento oferecido que mensure o aprendizado imediato.

A empresa não avalia o clima organizacional.

Com a aplicação da pesquisa de clima, os funcionários relatam sobre o seu cargo e o ambiente de trabalho (DAVIS; NEWSTROM, 2001).

Adotar pesquisa de clima anualmente, com a finalidade de avaliar o ambiente da empresa e criar ações para melhorar o ambiente de trabalho.

Quadro 3 – Processos de Desenvolver Pessoas

Em relação ao processo de monitorar pessoas, a partir da análise das

práticas atuais acompanhamento e controle das atividades das pessoas, apresenta-

se a seguir a proposição:

Como é Hoje Teoria Proposta A empresa não registra o motivo do desligamento do funcionário e possui política de readmitir ex-funcionários.

A entrevista de desligamento coleta informações sobre a apreciação pessoal do funcionário quanto à organização, quanto a ARH e sobre os motivos da decisão de saída (CHIAVENATO, 1999).

Realizar entrevistas de desligamento que identifique o motivo da saída, os pontos fracos e fortes da empresa e da área de recursos humanos, proporcionando a visão de um ambiente compatível aos desejos do funcionário no momento de uma readmissão.

Quadro 4 – Processos de Monitorar Pessoas

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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo geral desse trabalho foi propor um realinhamento dos processos de

recursos humanos que influenciam na gestão da empresa Casetex Concreto e

Construção e Empreendimentos Turísticos Ltda.

Para atender ao objetivo geral foi necessário atingir os objetivos específicos,

tais: diagnosticar os processos de recursos humanos; descrever as características

da cultura da empresa; descrever os processos e atividades de RH; analisar os

processos atuais de RH e posteriormente propor processos de recursos humanos

que se adequariam as características da empresa.

Após a análise dos processos atuais da situação da administração de

recursos humanos comparado com a fundamentação teórica, sugeriu-se melhorias

dos processos com a finalidade de inovar a gestão da ARH.

As propostas de melhorias foram relacionadas aos processos que

imediatamente a empresa teria condições de implantação, mediante a avaliação da

pesquisa pela gerência de recursos humanos e pela diretoria da empresa

viabilizando a atualização da descrição de cargos, avaliação de cargos, implantação

de quadro de pessoal, requisição de pessoal, recrutamento e seleção, estrutura da

integração, avaliação de experiência durante o contrato de experiência, programa de

treinamento e desenvolvimento, avaliação de desempenho, desligamento do

funcionário e pesquisa de clima.

Foi percebida a necessidade da empresa adequar-se aos métodos que a

teoria indica, como adotar política de avaliação de desempenho e treinamento que

possibilite a mensuração do retorno de produtividade dos funcionários e a

diminuição de custos gerados pela falta de aptidão na organização, na busca de

alcançar os objetivos da empresa através da parceria entre empresa e funcionário.

Outra necessidade apontada pelo resultado do trabalho, é a realização de

pesquisa salarial anualmente alinhada as políticas salariais do mercado. Atualmente

não existe uma delimitação do período da manutenção das faixas salariais na

empresa, podendo proporcionar descontentamento salarial mediante a oferta do

mercado.

Na descrição da empresa observa-se que existem processos funcionais sem

planejamento estratégico, como também existem processos que foram esquecidos e

que demonstraria resultados para a empresa. A ARH deve estar motivada,

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consciente e envolvida com os objetivos da empresa, inclusive quando não são bem

definidos, mas que possibilitem a visualização das carências da empresa e dos

funcionários para que seja possível formar ações que proporcione um ambiente

favorável ao trabalho e que traga retorno conforme as expectativas da empresa.

O realinhamento das práticas de recursos humanos propostas na pesquisa

poderá proporcionar melhores candidatos para as vagas abertas através do

conhecimento das descrições dos cargos, uma formação de estrutura hierárquica

através da representação do valor de cada cargo proporcionada pela avaliação de

cargos, envolvimento das gerências nos processos decisórios, capacitação do

capital humano da empresa, feedback das práticas da empresa através da

entrevista, mensuração da contribuição de cada funcionário nos resultados,

percepção do clima da empresa.

A nova estrutura de RH proposta na pesquisa proporcionará uma gestão

alinhada aos processos estudados no decorrer da graduação resultando a aplicação

de métodos de melhorias e padronização nos processos com o objetivo de estruturar

as políticas da empresa pelas práticas usuais e compatíveis ao objetivo da empresa.

Como sugestão de aprofundamento de pesquisa pode-se comparar a gestão

de recursos humanos com outras empresas do mesmo segmento; e identificar como

empresas funcionais também conseguem ser eficientes nos resultados; e realizar

esse tipo de trabalho em outras empresas que não possuem ARH.

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ANEXO 1

Quadro Atual de Funcionários 01/10/2009.

Cargo Matriz São José

Barra Velha Joinville

Ajud. Bomba 2 4 1 3 Armador 1 Assessor Comercial 1 Assessor Jurídico 1 Assistente Comercial 1 Assistente Contabil 1 Assistente Contas 1 Assistente Faturamento 1 Assistente Financeiro 2 1 Assistente RH 2 Aux. Adm. Serv. Externo 1 1 Aux. Administrativo 1 Aux. Almoxarifado 1 Aux. Balanceiro 1 1 1 Aux. Lubrificador 1 Aux. de Arquivo 1 Aux. Serviços Gerais 5 2 1 2 Balanceiro 1 1 1 1 Coord. Compras 1 Coord. Faturamento 1 Coord. RH 1 Diretor Administrativo 1 Engº Civil 1 1 Gerente de Filial 1 Laboratorista 1 Lubrificador 2 Mecânico Manutenção 2 1 1 Motorista 22 15 6 11 Operador de Bomba 1 Operador de Maquinas 1 1 Pedreiro 1 Recepcionista 1 Soldador 3 Técnico em Informática 1 Vendedor 2 1 1 Vigia 7 3 3 2 Total: 74 31 13 23

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Anexo 2

SOLICITAÇÃO DE EMPREGO

Cargo pretendido: __________________________________________________________

Nome: ___________________________________________________________________

Idade: ____________________________________________________________________

CPF: _____________________________ RG:_____________________________

Estado Civil: ( ) Casado ( ) Solteiro ( ) União Estável ( ) Separado ( ) Divorciado

Nome Esposa/Companheira: _____________________________CPF:_________________

Nome e idade dos filhos: _____________________________________________________

_________________________________________________________________________

Endereço: _________________________________________________nº______________

Bairro: ______________________________________Cidade_______________________

Tempo que reside na cidade:__________________________________________________

Telefone para contato: ______________________________________________________

Banco:____________ Agência:___________ Conta Corrente/Poupança: ______________

DADOS PROFISSIONAIS

Já trabalhou na Casetex /Geotesc antes? ( ) Sim ( ) Não

Caso já tenha trabalhado na Casetex, qual o motivo da saída:_________________________

_________________________________________________________________________

Você tem parentes e/ou conhecidos que trabalham na empresa? ( ) Sim ( ) Não.

Quem? ___________________________________________________________________

Experiências anteriores nos dois (2) últimos empregos:

Empresa:_________________________________________________________________

Telefone da empresa para contato:___________________________________________

Cargo:___________________________________________________________________

Atividade:________________________________________________________________

Tempo de Serviço:_________________________________________________________

FOTO

3X4

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Motivo da saída:___________________________________________________________

_________________________________________________________________________

Empresa:_________________________________________________________________

Telefone da empresa para contato:___________________________________________

Cargo:___________________________________________________________________

Atividade:________________________________________________________________

Tempo de Serviço:_________________________________________________________

Motivo da saída:___________________________________________________________

_________________________________________________________________________

Qual o seu grau de escolaridade:

GRAU DE ESCOLARIDADE COMPLETO INCOMPLETO

1ª à 4ª série

5ª à 8ª série

2º grau

3º grau (superior)

Cursos que tenha realizado:

1.__________________________________________________________________________

2.__________________________________________________________________________

3.__________________________________________________________________________

4.__________________________________________________________________________

5.__________________________________________________________________________

6.__________________________________________________________________________

7.__________________________________________________________________________

8.__________________________________________________________________________

DATA:_______/_______/_______.

ASSINATURA: _____________________________________________________________

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� DOCUMENTAÇÃO OBRIGATÓRIA: - Cópia da Carteira Profissional (parte foto, qualificação civil, registros)

- Cópia Cartão do PIS

- Cópia: RG

- Cópia: Cartão do CPF

- Cópia: Título Eleitoral

- Cópia: Carteira Habilitação

- Cópia: Certificado Militar

- Cópia: Comprovante Residência Atual (máximo 60 dias) em nome próprio e com

cópia do comprovante de pagamento

- Cópia: Certidão de Casamento; Nascimento ou União Estável (documento original)

- Cópia: Histórico Escolar ou declaração de escolaridade

- Cópia: Certidão de Nascimento dos filhos menores de 21 anos

- Cópia: Carteira de Vacinação do filho com a idade de 0 a 06

- Cópia: Comprovante de Escolaridade com a idade de 07 a 13 anos

- 2 fotos 3X4

- Comprovante de experiência no exercício da função que vai exercer, (Cópia CTPS) ou

Cartas de apresentação de empregos anteriores com telefone para referências

- Certidão Negativa de Antecedentes Criminais

- Comprovante de abertura de conta salário assinado pela atendente do banco

(documento de proposta de abertura de conta fornecido pela empresa)

� PREENCHER:

- Nome do Beneficiário para o Seguro de Vida:

.......................................................................................................................................

Caso não seja casado civilmente mas conviva em União Estável, colocar o nome

do (a) companheiro (a): ................................................................................................

� UNIFORME: (Preencher com o tamanho que usa).

Sapato nº.: ...................... Camiseta tam.:.............................(p – m – g- gg). Calça / bermuda tam.:..................(40 – 42 – 44 – 46 – 48 – 50 - 52).

ENTREGAR A DOCUMENTAÇÃO E ESTA FICHA PREENCHIDA. OBS: A ADMISSÃO SOMENTE SE DARÁ APÓS O TRÂMITE ACIMA.

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Anexo 3

Normas Regulamentadoras sobre Segurança e Medicina no Trabalho

a) Cada funcionário é responsável pela sua própria segurança e a de seus

colegas.

b) Mantenha seu local de trabalho sempre limpo.

c) Não é permitido ao funcionário fumar ou comer no local de trabalho.

d) Não é permitido fornecer carona com veículos da empresa para pessoas que

não fazem parte do quadro de funcionários.

e) Não é permitida a entrada de pessoas sob o efeito de drogas ou bebidas

alcoólicas, ou ainda portando qualquer tipo de armas.

f) Não é permitido entrar na área de trabalho sem uso do uniforme.

g) Não é permitido introduzir pessoas estranhas ao serviço, ou em qualquer

dependência da empresa sem autorização.

h) Não brinque no serviço nem se distraia, você pode provocar acidentes.

i) Procure não comentar assuntos de trabalho com pessoas estranhas e não

falar sobre a vida particular do seu colega de trabalho.

j) Conserve os corredores, extintores e painéis elétricos desobstruídos.

k) Comunique seu superior quando ocorrerem defeitos ou quaisquer

anormalidades nas máquinas e locais de trabalho.

l) É obrigatório o uso de EPI distribuído pela empresa.

m) Não retire ou inutilize qualquer dispositivo de segurança oferecido pela

empresa, para o desempenhar de sua função.

n) Não interfira em procedimentos elétricos, nem mexa em instalações elétricas.

o) Não instale ou desinstale programas de informática sem autorização do setor

de T.I

p) Mantenha sempre uma postura adequada no seu posto de trabalho

q) Respeite todas as placas de sinalização e obedeça as regras.

r) Comunique a seu superior qualquer acidente, por mais insignificante que seja.

s) A empresa possui sistema de coleta seletiva de resíduos. Faça sua parte

depositando os resíduos nos recipientes adequados.

t) É expressamente proibido carregar, conduzir, apropriar-se, pegar qualquer

equipamento, produto, material, sobra de materiais e principalmente

transportar respectivos objetos nos veículos de propriedade da empresa.

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Apêndice A

������������ ��� ���������� ���������� Na sua opinião, quem somos? (Empresa)

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Cite pontos fortes x pontos fracos da Empresa:

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quais são os principais clientes e qual e como é o perfil do consumidor de nossos serviços?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quais as exigências de nossos clientes ?

_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Como são tomadas as decisões na empresa?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Você participa de algum processo decisório? Qual?

____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quais são as características predominantes da empresa?

__________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Quais os valores que são praticados na empresa?

______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Quais as principais crenças das pessoas nesta empresas? _____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

Qual o perfil dos trabalhadores desta empresa? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________Como você defini Recursos Humanos nesta empresa? ____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________

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Apêndice B

REQUISIÇÃO DE PESSOAL

Setor Requisitante: Requisitante:

Cargo Oferecido: Horário:

Data de Inicio para o novo Contratado: ___/___/____

Justificativa: ( ) Substituição __________________________ ( ) Aumento de Quadro Pessoal Motivo: ( ) Pedido de Demissão ( ) Promoção/ Transferência ( ) Dispensa ( ) Afastamento ( ) Outros Empresa: ( ) Matriz ( ) Barra Velha ( ) Joinville ( ) São José

Infra-estrutura: ( ) Mesa e cadeira ( ) Microcomputador ( ) Telefone ( ) Internet/e-mail ( ) Sala ( ) EPI ( ) Veículo ( ) Outros ________________________________________

Requisitante Recursos Humanos Visto:_________________ Data:___/___/____

Visto:________________ Data de Recebimento: ___/___/____

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Apêndice C

(Papel timbrado da empresa)

Camboriú, 25 de outubro de 2009.

Prezado (a) senhor (a)

Agradecemos sua participação no nosso processo de seleção para a vaga de motorista, bem como seu interesse em vir colaborar conosco.

Cumpre-nos informar-lhe que terminado o processo de seleção foi escolhido outro candidato para aquela vaga.

Apreciaríamos manter seus dados pessoais em nossos arquivos para futuras oportunidades.

Somos gratos pela atenção com que nos distinguiu.

Atenciosamente,

__________________________________________

Gerente do Departamento de Recursos Humanos

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Apêndice D

Avaliação no período de experiência

Nome: Data:

Cargo: Admissão:

Superior Imediato: Matrícula:

Departamento: Motivo Avaliação ( ) Avaliação 45 dias ( ) Avaliação 90 dias

Empresa: ( ) Casetex Matriz ( ) Casetex Barra Velha ( ) Casetex Joinville ( ) Casetex São José

GRAU DE CADA FATOR Fator Conceito 1 2 3 Responsabilidade Noção do dever no cumprimento das

funções

Iniciativa Capacidade de improvisar Interesse Motivação para adquirir novos

conhecimentos

Relacionamento Habilidade em se relacionar com os colegas

Participação Capacidade de participar e cooperar Competência Capacidade de executar suas atividades Pontualidade Cumprimento do horário de trabalho Assiduidade Freqüência ao local de trabalho Observação: Grau 1: Bom; Grau 2: Satisfatório; Grau 3: Insatisfatório.

Conceito Global: __________________________________________________________________ Mediante aos conceitos acima, consideramos o (a) empregado (a) habilitado (a) a exercer suas funções, após o término do período de experiência. ( ) sim ( ) não __________________________________________________________________ Observações: Assinatura do Avaliador: Assinatura da ARH:

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Apêndice E

Roteiro de Entrevista de Desligamento - Saída em: ___/___/______.

Nome Completo: _____________________________________________________

Data de Nascimento: ___________________ Data de Admissão: ______________

Rescisão será homologada dia: ______________ Local: _____________________

Motivo Término do Contrato de Trabalho:

( ) iniciativa do empregador ( ) iniciativa do empregado

( ) outros ___________________________________________________________

Qual a sua percepção sobre o ambiente de trabalho?

___________________________________________________________________

O que você mudaria na empresa?

___________________________________________________________________

O que você não mudaria na empresa?

O desligamento ocorreu devido...

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Observações: _______________________________________________________

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

Entrevistador(a):

Data:

Assinatura do funcionário: