Recon Bt Versao Completa

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    APRESENTAO

    A presente Regulamentao tem por finalidade fixar as condies mnimas para projeto e execuo de instalaes de entradas individuais e coletivas nas atividades residencial e no residencial, com fornecimento de energia eltrica em tenso secundria de distribuio na rea de concesso da Light Servios de Eletricidade S.A.

    Todas as prescries tcnicas contidas nesta Regulamentao devem ser rigorosamente atendidas. Entretanto, no dispensam o responsvel tcnico do necessrio conhecimento e amparo na legislao e normas tcnicas especficas para instalaes, equipamentos e materiais eltricos em baixa tenso.

    Light reservado o direito de, em qualquer tempo, alterar o contedo desta Regulamentao, no todo ou em parte, por motivo de ordem tcnica ou legal, sendo tais alteraes devidamente comunicadas atravs dos meios prprios.

    Esta Regulamentao cancela e substitui todas as edies anteriores a data de sua publicao e estar disponvel para cpias e consultas na internet nos endereos www.light.com.br e www.lightempresas.com.br ou nas agncias comerciais da Light.

    Rio de Janeiro, Novembro de 2007

    Estudou / elaborou rgo Aprovou Reviso Clayton G. Vabo Eng Eletricista CREA/RJ 130.066 D

    CTP

    Jorge A. Dutra de Souza Eng Eletricista CREA/RJ 41.256 D

    CTP

    Roberto V. Dias Eng Eletricista CREA/RJ 54.570 D

    CTP

    Ronaldo Fittipaldi Messias Tc. Eletrotcnica CREA/RJ 811235220 TD

    CTP

    Rogrio S. C. Menezes Tc. Eletrotcnica CREA/RJ 49934 TD

    CTP

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    NDICE GERAL

    CONDIES GERAIS

    1 - Introduo

    2 - Terminologias e definies

    2.1 - Consumidor 2.2 - Unidade consumidora 2.3 - Edificao 2.4 - Entrada individual 2.5 - Entrada coletiva 2.6 - Instalao de entrada de energia eltrica 2.7 - Ponto de entrega 2.8 - Ponto de interligao 2.9 - Recuo tcnico 2.10 - Ramal de ligao 2.11 - Ramal de entrada 2.12 - Limite de propriedade 2.13 - Carga instalada 2.14 - Demanda 2.15 - Espao fsico

    3 - Dispositivos legais

    3.1 - Decreto n. 41.019 de 26 de fevereiro de 1957, do Ministrio de Minas e Energia 3.2 - Resoluo da ANEEL n. 456, de 29 de novembro de 2000 3.3 - Normas para instalaes eltricas da ABNT 3.4 - Leis, Decretos e Resolues do sistema CONFEA/CREA-RJ 3.5 - Cdigo de segurana contra incndio e pnico do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro 3.6 - Sistema tarifrio

    4 - Limites de fornecimento de energia eltrica

    4.1 - Em relao ao tipo de medio 4.2 - Em relao demanda da instalao e definio do tipo de atendimento 4.2.1- Atendimento atravs de unidade transformadora externa dedicada 4.2.1.1 - Rede area sem previso de converso para subterrnea 4.2.1.2 - Rede area com previso de converso para subterrnea

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    4.2.1.3 - Rede subterrnea 4.2.2 - Atendimento atravs de unidade transformadora interna ao limite de propriedade 4.3 - Tenses de fornecimento 4.4 - Tipos de atendimento padronizados conforme o nmero de fases 4.4.1 - Entrada individual 4.4.2 - Entrada coletiva 4.5 - Categorias de atendimento das entradas de energia eltrica individual e coletiva 4.6 - Fornecimento de energia eltrica a cargas especiais 4.7 - Condies no permitidas 4.8 - Conservao dos materiais e equipamentos da instalao de entrada de energia eltrica 4.9 - Acesso nas instalaes de entrada de energia eltrica 4.10 - Suspenso do fornecimento 4.11 - Vigncia desta Regulamentao 4.12 - Casos no previstos

    5 - Solicitao de fornecimento de energia eltrica

    5.1 - Dados fornecidos Light 5.2 - Dados fornecidos pela Light 5.3 - Fornecimento de energia eltrica com entrada individual 5.4 - Fornecimento de energia eltrica com entrada coletiva 5.5 - Apresentao de projeto da instalao de entrada de energia eltrica 5.5.1 - Em entrada individual 5.5.2 - Em entrada coletiva 5.6 - Prazo de validade do projeto 5.7 - Apresentao do documento ART do CREA / RJ 5.8 - Ligaes provisrias 5.9 - Ligaes temporrias

    6 - Proteo da instalao de entrada de energia eltrica

    6.1 - Proteo contra sobrecorrentes 6.2 Proteo diferencial contra correntes de fuga 6.3 - Proteo contra sobretenses 6.4 - Proteo contra subtenses e falta de fase

    7 - Medio

    7.1 - Medio individual 7.2 - Medio de agrupamento 7.3 - Medio de servio 7.4 - Medio totalizadora 7.5 - Influncias de campos magnticos 7.6 - Medies especiais

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    8 - Aterramento das instalaes

    8.1 - Aterramento do condutor neutro 8.2 - Ligaes terra e condutor de proteo 8.3 - Eletrodo de aterramento 8.4 - Interligao malha de aterramento e entre barras de neutro e de proteo 8.5 - Nmero de eletrodos da malha de terra 8.5.1 - Entrada de energia eltrica individual 8.5.1.1 - Entrada individual isolada com demanda avaliada at 23,2 kVA 8.5.1.2 - Entrada individual isolada com demanda avaliada superior a 23,2 kVA e inferior ou igual a 150 kVA 8.5.1.3 - Entrada individual isolada com demanda avaliada superior a 150 kVA 8.5.2 - Entrada de energia eltrica coletiva 8.5.2.1 - Entrada coletiva at 6 (seis) unidades de consumo 8.5.2.2 - Entrada coletiva com mais de 6 (seis) unidades de consumo

    9 - Materiais padronizados

    9.1 - Caixas para medio 9.1.1 - Caixas para medio direta - CTM, CTP, CM 200 e CSM 200 9.1.1.1 - Caixa transparente monofsica - CTM (Fig. 1) 9.1.1.2 - Caixa transparente polifsica - CTP (Fig. 2) 9.1.1.3 - Caixa para medio direta superior a 100 at 200 A - CM 200 (Fig. 5A) e Caixa para seccionamento e medio direta at 200 A - CSM 200 (Fig. 5B) 9.1.2 - Caixas para seccionamento e medio indireta - CSM 9.1.2.1 - Caixa para seccionamento e medio indireta - CSM 600 (Fig.7) 9.1.2.2 - Caixa para seccionamento e medio indireta - CSM 1500 (Fig.7) 9.1.3 - Caixas para seccionamento, medio indireta e proteo - CSMD 9.1.3.1 - Caixa para seccionamento, medio indireta e proteo - CSMD 600 (Fig. 8A) 9.1.3.2 - Caixa para seccionamento, medio indireta e proteo - CSMD 1500 (Fig. 8A) 9.1.3.3 - Caixa para seccionamento, medio indireta e proteo - CSMD 3000 (Fig. 8B) 9.2 - Caixas para seccionador - CS 9.2.1 - Caixa para seccionador - CS-100 (Fig. 4) 9.2.2 - Caixa para seccionador - CS-200 (Fig. 4) 9.3 - Caixas para proteo geral - CPG (Fig. 6) 9.3.1 - Caixa para proteo geral - CPG-225 (Fig. 6) 9.3.2 - Caixa para proteo geral - CPG-600 (Fig. 6) 9.3.3 - Caixa para proteo geral - CPG-1000 (Fig. 6) 9.4 - Caixas para disjuntor - CDJ 9.4.1 - Caixa para disjuntor monopolar - CDJ 1 (Fig. 3A) 9.4.2 - Caixa para disjuntor tripolar - CDJ 3 (Fig. 3B) 9.5 - Caixa de passagem 9.6 - Caixas de inspeo de aterramento (Fig.10A e Fig. 10B)

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    9.7 - Painis de medio e painis de proteo padronizados 9.7.1 - Painis de medio direta e proteo individual: PMD 1 (Fig. 11 A) e PMD 2 (Fig. 11 B) 9.7.2 - Painis de seccionamento, medio direta e proteo individual: PSMD 1 (Fig. 13 A) e PSMD 2 (Fig. 13 B) 9.7.3 - Painis de proteo geral, medio direta e proteo individual: PDMD 1 (Fig. 12 A) e PDMD 2 (Fig. 12 B) 9.7.4 - Painel de proteo geral e parcial - PPGP 9.8 - Eletroduto 9.9 - Banco de dutos 9.10 - Terminais de fixao de dutos 9.11 - Condutores 9.11.1 - Tipo de condutor em funo da caracterstica do atendimento 9.11.1.1 - Condutores para ramal de ligao 9.11.1.2 - Condutores para ramal de entrada 9.12 - Barramento blindado (Bus way)

    10 - Compensao de reativos

    11 - Condio de uso da proteo diferencial residual

    SEO 01.07.00

    12- Determinao da carga instalada

    13 - Avaliao de demandas

    13.1 - Mtodo de avaliao - Seo A 13.1.1 - Expresso geral para clculo da demanda 13.1.2 - Avaliao da demanda de entradas individuais e de circuitos de servio dedicados ao uso de condomnios 13.1.3 - Avaliao da demanda de entradas coletivas 13.1.3.1 - Avaliao da demanda de entradas coletivas com um nico agrupamento de medidores 13.1.3.2 - Avaliao da demanda de entradas coletivas com mais de um agrupamento de medidores 13.2 - Mtodo de avaliao - Seo B 13.2.1 - Metodologia para aplicao 13.2.1.1 - Avaliao da demanda de entradas coletivas exclusivamente residenciais compostas de 6 a 300 unidades de consumo 13.2.1.2 - Avaliao da demanda de entradas coletivas mistas 13.3 - Exemplos de avaliao de demandas

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    SEO 02.07.00

    14 - Padro de ligao de entradas de energia eltrica individuais

    14.1 - Caractersticas construtivas dos ramais de ligao e de entrada em entrada individual 14.1.1 - Ramal de ligao areo derivado de rede area 14.1.2 - Ramal de ligao subterrneo derivado de rede area 14.1.3 - Ramal de ligao subterrneo derivado da rede subterrnea 14.2 - Padro de atendimento em entrada individual 14.2.1 - Atendimento a ligaes novas em entrada individual 14.2.2 - Atendimento a aumentos de carga em entrada individual 14.3 - Exemplos de aplicao de entradas individuais

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    15 - Padro de ligao de entrada de energia eltrica coletiva

    15.1 - Medio 15.1.1 - Medio em agrupamento 15.1.2 - Medio totalizadora 15.1.3 - Medio de servio 15.2 - Caractersticas construtivas dos ramais de ligao e de entrada em entrada coletiva 15.2.1 - Ramal de ligao areo derivado de rede area 15.2.2 - Ramal de ligao subterrneo derivado da rede subterrnea 15.3 - Localizao da proteo geral 15.4 - Padro de atendimento em entrada coletiva 15.4.1 - Atendimento a ligaes novas em entrada coletiva 15.4.1.1 - Atendimento a edifcios exclusivamente residenciais (Prdio nico) 15.4.1.2 - Atendimento a edifcios no residenciais (Prdio nico) 15.4.1.3 - Atendimento a edifcios mistos (prdio nico com unidades residenciais e no residenciais) 15.4.1.4 - Atendimento a condomnios verticais (Prdios mltiplos) 15.4.1.5 - Atendimento a vilas ou condomnios horizontais residenciais 15.4.2 - Atendimento a aumentos de carga em entrada coletiva 15.4.2.1 - Instalaes com medio existente em painis 15.4.2.2 - Instalaes com medio existente em padro antigo (PC) 15.5 - Exemplos de aplicao de entradas coletivas

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    FIGURAS

    Fig. 1: CAIXA TRANSPARENTE MONOFSICA (CTM)

    Fig. 2 : CAIXA TRANSPARENTE POLIFSICA (CTP)

    Fig. 3A e Fig. 3B: CAIXAS PARA DISJUNTOR (CDJ 1 e CDJ 3)

    Fig. 4: CAIXAS PARA SECCIONAMENTO - CS (CS 100 e 200)

    Fig. 5A: CAIXAS PARA MEDIO DIRETA AT 200 A (CM 200)

    Fig. 5B: CAIXAS PARA SECCIONAMENTO E MEDIO DIRETA AT 200 A (CSM 200)

    Fig. 6: CAIXAS DE PROTEO GERAL (CPG 225, 600 e 1000)

    Fig. 7: CAIXAS PARA SECCIONAMENTO E MEDIO (CSM 600 e 1500)

    Fig. 8A: CAIXA PARA SECCIONAMENTO, MEDIO e PROTEO (CSMD 600 e 1500)

    Fig. 8B: CAIXA PARA SECCIONAMENTO, MEDIO e PROTEO (CSMD 3000)

    Fig. 9A e Fig. 9B: BARRAS PARA DERIVAO TIPOS L e Z

    Fig. 10A e Fig. 10B: CAIXAS DE INSPEO DE ATERRAMENTO (Alvenaria e Polimrica)

    Fig. 11A: PAINEL DE MEDIO DIRETA E PROTEO INDIVIDUAL - PMD 1

    Fig. 11B: PAINEL DE MEDIO DIRETA E PROTEO INDIVIDUAL - PMD 2

    Fig. 12A: PAINEL DE PROTEO GERAL, MEDIO DIRETA E PROTEO INDIVIDUAL - PDMD 1

    Fig. 12B: PAINEL DE PROTEO GERAL, MEDIO DIRETA E PROTEO INDIVIDUAL - PDMD 2

    Fig. 13A: PAINEL DE SECCIONAMENTO, MEDIO DIRETA E PROTEO INDIVIDUAL - PSMD 1

    Fig. 13B: PAINEL DE SECCIONAMENTO, MEDIO DIRETA E PROTEO INDIVIDUAL - PSMD 2

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    TABELAS

    TABELA 1: (MTODO DE AVALIAO - SEO A) - CARGA MNIMA E FATORES DE DEMANDA PARA, INSTALAES DE ILUMINAO E TOMADAS DE USO GERAL

    TABELA 2: (MTODO DE AVALIAO - SEO A) - FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS DE AQUECIMENTO

    TABELA 3A: (MTODO DE AVALIAO - SEO A) - FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS, DE AR CONDICIONADO TIPO JANELA, SPLIT E FAN-COIL, (UTILIZAO RESIDENCIAL)

    TABELA 3B: (MTODO DE AVALIAO - SEO A) - FATORES DE DEMANDA PARA APARELHOS, DE AR CONDICIONADO TIPO JANELA, SPLIT E FAN-COIL, (UTILIZAO NO RESIDENCIAL)

    TABELA 4: (MTODO DE AVALIAO - SEO A) - FATORES DE DEMANDA PARA EQUIPAMENTOS DE AR CONDICIONADO CENTRAL, SELF CONTAINER E SIMILARES

    TABELA 5A: (MTODO DE AVALIAO - SEO A) - CONVERSO DE CV EM kVA"

    TABELA 5B: FATOR DE DEMANDA x N DE MOTORES

    TABELA 6: (MTODO DE AVALIAO - SEO A) - FATORES DE DEMANDA PARA MQUINAS DE SOLDA E EQUIPAMENTOS MDICOS DE DIAGNSTICO POR IMAGEM (APARELHOS DE RAIO X, TOMGRAFOS, MAMGRAFOS E OUTROS)

    TABELA 7 - A: (MTODO DE AVALIAO - SEO B) - (Unidades de consumo que utilizem equipamentos eltricos individuais para aquecimento de gua) - DEMANDAS (kVA) DE APARTAMENTOS EM FUNO DAS REAS (m)

    TABELA 7 - B: (MTODO DE AVALIAO - SEO B) - (Unidades de consumo que no utilizem equipamentos eltricos individuais para aquecimento de gua) - DEMANDAS (kVA) DE APARTAMENTOS EM FUNO DAS REAS (m)

    TABELA 8: (MTODO DE AVALIAO - SEO B) - FATORES PARA DIVERSIFICAO DE CARGAS EM FUNO DO N. DE APARTAMENTOS

    TABELA 9: POTNCIAS MDIAS DE APARELHOS ELETRODOMSTICOS

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    TABELA 10 A: ENTRADA INDIVIDUAL MEDIO DIRETA DIMENSIONAMENO DE MATERIAIS INDIVIDUAIS

    TABELA 10 B: ENTRADA INDIVIDUAL MEDIO INDIRETA DIMENSIONAMENTO DE MATERIAIS INDIVIDUAIS

    TABELA 11 A: UNIDADES DE CONSUMO EM ENTRADA COLETIVA- MEDIO DIRETA DIMENSIONAMENTO DE MATERIAIS INDIVIDUAIS

    TABELA 11 B: UNIDADES DE CONSUMO ANTIGAS EM ENTRADA COLETIVA - MEDIO DIRETA DIMENSIONAMENTO DE MATERIAIS INDIVIDUAIS

    TABELA 12: DIMENSIONAMENTO DE POSTES DE CONCRETO

    TABELA 13: SEO MNIMA DO CONDUTOR DE PROTEO

    TABELA 14: CAPACIDADE MNIMA DE INTERRUPO SIMTRICA DOS DISPOSITIVOS DE PROTEO GERAL DE ENTRADA

    TABELA 15: CORRENTE MXIMA ADMISSVEL EM CONDUTORES DE COBRE (Ampres)

    TABELA 16: OCUPAO MXIMA DE ELETRODUTOS COM CONDUTORES UNIPOLARES ISOLADOS EM PVC 70C

    TABELA 17: LIMITE DE CONDUO DE CORRENTE PARA BARRAS DE COBRE DE SEO RETANGULAR

    TABELA 18: FATORES DE CORREO PARA BARRAMENTOS HORIZONTAIS OU VERTICAIS COM MAIS DE 2 (DOIS) METROS

    ANEXOS

    Anexo A : CARTA MODELO PARA CREDENCIAMENTO DE RESPONSVEL TCNICO

    Anexo B : ARRANJOS SUGESTIVOS PARA O DISPOSITIVO DIFERENCIAL

    Anexo C : DETALHES DOS DISPOSITIVOS DE IMPEDIMENTO AO ACESSO EM PAINIS E CAIXAS CONSTANTES DESTA REGULAMENTAO

    Anexo D : DETALHES PARA OPERAO DAS BARRAS DESLIGADORAS, BASES FUSVEIS, OU CHAVES SECCIONADORAS DE OPERAO SEM CARGA

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    CONDIES GERAIS

    1 - Introduo

    O fornecimento de energia eltrica em baixa tenso na rea de concesso da Light realizado atravs das instalaes de entrada, das unidades consumidoras caracterizadas por um sistema de seccionamento, medio e proteo, que deve ser construdo pelo interessado em conformidade com esta Regulamentao, com as normas de segurana e com as normas tcnicas brasileiras atinentes.

    Ao sistema de distribuio da Light, somente podem ser conectadas instalaes de entrada individual ou coletiva construdas com equipamentos e materiais de fabricantes que tenham seus produtos fabricados em conformidade com as normas brasileiras e que sejam aceitos pela Light.

    2 - Terminologias e definies

    2.1 - Consumidor

    Pessoa fsica ou jurdica, ou comunho de fato ou de direito legalmente representada, que solicitar Light o fornecimento de energia eltrica e assumir expressamente a responsabilidade pelo pagamento das faturas e pelas demais obrigaes fixadas em normas e regulamentaes da ANEEL.

    2.2 - Unidade consumidora

    Instalao de um nico consumidor, caracterizada pelo fornecimento de energia eltrica em um nico ponto, com medio individualizada.

    2.3 - Edificao

    Construo composta por uma ou mais unidades consumidoras.

    2.4 - Entrada individual

    Conjunto de equipamentos e materiais destinados ao fornecimento de energia eltrica a uma edificao composta por uma nica unidade consumidora.

    2.5 - Entrada coletiva

    Conjunto de equipamentos e materiais destinados ao fornecimento de energia eltrica a uma edificao composta por mais de uma unidade consumidora.

    2.6 - Instalao de entrada de energia eltrica

    Conjunto de equipamentos e materiais instalados a partir do ponto de entrega.

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    2.7 - Ponto de entrega

    a) O ponto de entrega de energia eltrica situa-se no limite de propriedade com a via pblica em que se localiza a unidade consumidora, sendo o ponto at o qual a Light deve adotar todas as providncias tcnicas de forma a viabilizar o fornecimento de energia eltrica, bem como operar e manter o seu sistema eltrico, observadas as condies estabelecidas na legislao, resolues e regulamentos aplicveis, em especial nas definies das responsabilidades financeiras da Light e do Consumidor no custeio da infra-estrutura de fornecimento at o ponto de entrega.

    b) Quando o atendimento for atravs de ramal de ligao areo, o ponto de entrega no ponto de ancoramento do ramal fixado, na fachada, no pontalete ou no poste instalado na propriedade particular, situado no limite da propriedade com a via pblica.

    c) No atendimento com ramal de ligao subterrneo derivado de rede area com descida no poste da Light, por convenincia do Consumidor, o ponto de entrega na conexo entre o ramal de ligao e a rede secundria de distribuio.

    d) No caso de atendimento com ramal de ligao subterrneo derivado de rede subterrnea, o ponto de entrega fixado no limite da propriedade com a via pblica no que se refere ao cumprimento das responsabilidades estabelecidas na Resoluo 456 da ANEEL, relativamente a viabilizao do fornecimento, da operao e da manuteno, tanto por parte da Light quanto por parte do Consumidor. Entretanto, considerando a necessidade tcnica de evitar a realizao de emendas entre os ramais de ligao e de entrada junto ao limite de propriedade (principalmente no atendimento a cargas de grande porte), apenas sob o aspecto estritamente tcnico e operacional, a Light realiza a instalao contnua do ramal de ligao at o primeiro ponto de conexo interno ao Consumidor (caixa de seccionamento ou caixa de proteo geral). O trecho interno do ramal, a partir do limite de propriedade, deve ser considerado como o ramal de entrada.

    e) Quando houver uma ou mais propriedades particulares entre a via pblica e o imvel em que se localizar a unidade consumidora, o ponto de entrega no limite da via pblica com a primeira propriedade intermediria.

    f) Em se tratando de atendimento atravs de unidade de transformao interna ao imvel o ponto de entrega na entrada do barramento secundrio junto da unidade de transformao.

    g) Em condomnio horizontal com rede de distribuio interna da Light (arruamento com livre acesso para a Light), o ponto de entrega no limite da via interna do condomnio com cada propriedade individual.

    2.8 - Ponto de interligao

    No atendimento atravs de ramal de ligao areo, o ponto de interligao situa-se na primeira estrutura de apoio dos condutores (ponto de ancoragem) junto ao limite da propriedade particular com a via pblica.

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    No caso de atendimento atravs de ramal de ligao subterrneo, o ponto de interligao situa-se na terminao do banco de dutos particular em uma caixa de passagem, localizada junto ao limite externo da propriedade com a via pblica, conforme item 9.5 desta Regulamentao.

    2.9 - Recuo tcnico

    Local situado junto ao muro ou fachada da edificao, onde construdo um gabinete de alvenaria com acesso pela parte externa, para instalao das caixas destinadas ao seccionamento, a medio bem como a proteo geral voltada para a parte interna da edificao, alm dos materiais complementares da instalao de entrada de energia eltrica.

    2.10 - Ramal de ligao

    Conjunto de condutores e materiais instalados entre o ponto de derivao da rede de distribuio da Light e o ponto de entrega.

    2.11 - Ramal de entrada

    Conjunto de condutores e materiais instalados a partir do ponto de entrega.

    2.12 - Limite de propriedade

    Linha que separa a propriedade de um Consumidor das propriedades vizinhas ou da via pblica, no alinhamento determinado pelos Poderes Pblicos.

    2.13 - Carga instalada

    Somatrio das potncias nominais de todos os equipamentos eltricos e de iluminao existentes em uma instalao, expressa em quilowatts (kW).

    2.14 - Demanda

    Valor mximo de potncia absorvida num dado intervalo de tempo por um conjunto de cargas existentes numa instalao, obtido a partir da diversificao dessas cargas por tipo de utilizao, definida em mltiplos de VA ou kVA para efeito de dimensionamento de condutores, disjuntores, nveis de queda de tenso ou ainda qualquer outra condio assemelhada, devendo tambm ser expressa em kW a fim de atender as condies definidas na Resoluo n. 456 da ANEEL e demais resolues e legislao atinentes.

    2.15 - Espao fsico

    Ambiente apropriado, de fcil acesso, que viabilize fisicamente a instalao eltrica em sua ntegra de transformadores, chaves, caixas, quadros, sistema de medio e outros equipamentos da Light, atendendo todas as condies de ventilao, iluminao, aterramento, interligao com eletrodutos etc.

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    3 - Dispositivos legais

    3.1 - Decreto n. 41.019 de 26 de fevereiro de 1957, do Ministrio de Minas e Energia

    Regulamenta o servio de energia eltrica no Pas, e, entre outras providncias, determina o cumprimento das normas da ABNT.

    3.2 - Resoluo da ANEEL n. 456, de 29 de novembro de 2000

    Devem ser observadas as condies estabelecidas, consideradas as sua revises e atualizaes.

    3.3 - Normas para instalaes eltricas da ABNT

    Devem ser rigorosamente observadas as condies estabelecidas pela NBR-5410 - Instalaes eltricas de baixa tenso da ABNT, bem como outras normas aplicveis, consideradas as suas revises e atualizaes.

    3.4 - Leis, Decretos e Resolues do sistema CONFEA/CREA-RJ

    Devem ser observadas as disposies referentes s habilitaes legais de profissionais e empresas para as atividades de projeto e execuo de instalaes de energia eltrica, bem como obrigatoriedade de recolhimento da ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica, atinentes a leis, decretos, resolues e normas de fiscalizao do sistema CONFEA/CREA-RJ, atualizadas.

    3.5 - Cdigo de segurana contra incndio e pnico do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro

    Devem ser observadas as normas tcnicas atualizadas do Corpo de Bombeiros, referentes ao fornecimento de energia eltrica a elevadores, bombas de recalque, circuitos de iluminao e alimentao de equipamentos destinados a preveno, deteco, combate ao fogo e evacuao de edificaes sob sinistros, atravs de medidor de servio alimentado por circuito derivado antes da proteo geral de entrada, considerando que cabe ao Consumidor aprovar junto ao Corpo de Bombeiros o sistema de comando e controle de todos os equipamentos eltricos acima citados, a partir da porta de acesso da edificao.

    3.6 - Sistema tarifrio

    Os rgos comerciais da Light devem orientar aos interessados quanto s condies econmicas e tarifrias relativas s opes de fornecimento de energia eltrica.

    4 - Limites de fornecimento de energia eltrica

    4.1 - Em relao ao tipo de medio

    O limite de demanda para o fornecimento em entrada de energia eltrica individual com medio direta em baixa tenso de 66,3 kVA (220/127 V) ou 114,5 kVA (380/220 V). Para demandas superiores a medio ser indireta atravs de transformadores de corrente (TC).

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    4.2 - Em relao demanda da instalao e definio do tipo de atendimento

    4.2.1- Atendimento atravs de unidade transformadora externa dedicada

    De acordo com a configurao da rede existente na rea do atendimento e da demanda avaliada da entrada consumidora, o atendimento pode ser efetivado a partir de unidade transformadora dedicada, instalada conforme a seguir:

    4.2.1.1 - Rede area sem previso de converso para subterrnea

    O limite de demanda da entrada consumidora para atendimento atravs de transformador de distribuio instalado no poste da Light de 300 kVA (vide nota). O ramal de ligao, dependendo da convenincia tcnica, poder ser areo ou subterrneo.

    4.2.1.2 - Rede area com previso de converso para subterrnea

    O limite de demanda da entrada consumidora para atendimento atravs de transformador de distribuio instalado no poste da Light de 150 kVA (vide nota), podendo o ramal de ligao ser areo ou subterrneo, dependendo da convenincia tcnica.

    NOTA: O limite de atendimento atravs de transformador dedicado instalado em poste na rede de distribuio, somente poder ser viabilizado quando as condies locais do sistema distribuidor, em especial a quantidade de transformadores e demais equipamentos j existentes na rede, no venha a sofrer congestionamento pela introduo de novos transformadores, implicando na poluio visual e na agresso ambiental.

    Cabe ao projetista da Light a verificao dessas garantias, em conformidade com o disposto na norma de projeto de redes areas. No caso de no atendimento dessas exigncias, dever ser disponibilizado pelo Consumidor espao fsico para a instalao de CT interna.

    4.2.1.3 - Rede subterrnea

    De acordo com o sistema de distribuio subterrneo local, o atendimento ser efetivado conforme a seguir:

    Sistema de distribuio subterrneo reticulado

    O atendimento atravs de ramal de ligao subterrneo derivado diretamente da rede reticulada generalizada (malha), est limitado para demandas at 300 kVA.

    Os casos de atendimento a unidades consumidoras com demanda superior a 300 kVA devero ser submetidos previamente para estudo de viabilidade, uma vez que poder ser necessria a cesso de espao fsico pelo interessado para a construo de CT, objetivando a compatibilizao do sistema de distribuio para o atendimento da carga.

    Em funo de aspectos tcnicos, principalmente quando do atendimento de demandas superiores a 2 MVA, a critrio da Light e em comum acordo com o consumidor, o atendimento ser viabilizado atravs de sistema reticulado dedicado.

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    Sistema de distribuio subterrneo radial

    Atravs de ramal de ligao subterrneo derivado diretamente da rede sempre que a demanda for igual ou inferior a 150 kVA.

    4.2.2 - Atendimento atravs de unidade transformadora interna ao limite de propriedade

    Sempre que os limites estabelecidos em 4.2.1.1, 4.2.1.2 e 4.2.1.3 relativos demanda avaliada do ramal de ligao da edificao forem extrapolados, necessria a instalao de unidade transformadora na parte interna da propriedade. Neste caso, de acordo com a orientao da Light e conforme disposto na Resoluo 456 da ANEEL, artigo 3, inciso II, alnea b , o consumidor deve prover a cesso de espao fsico interno propriedade, bem como a construo civil necessria nas dimenses fixadas pela Light para a instalao de cabina de transformao para a viabilizao do fornecimento.

    O local fsico destinado cabina de transformao, bem como ao sistema de medio, deve permitir livre acesso pela Light, a qualquer tempo, e deve sempre estar localizado no pavimento trreo, ao nvel da rua.

    Desde que expressamente autorizado pelo Poder Pblico, quando inexistir a condio para instalao interna, o posto de transformao pode ser localizado na parte externa da propriedade.

    4.3 - Tenses de fornecimento

    O fornecimento de energia eltrica em baixa tenso na rea de concesso da Light efetivado em corrente alternada, na frequncia de 60 Hertz, nas seguintes tenses nominais:

    - 220 / 127 V - Redes areas trifsicas a 4 fios - Urbanas / Rurais - 220 / 127 V - Redes subterrneas a 4 fios - Urbanas - 230 - 115 V - Redes areas monofsicas a 3 fios - Rurais - 380 / 220 V - Sistema subterrneo dedicado - Urbano (ver nota a seguir)

    NOTA: Em entradas coletivas situadas em regies em que o sistema de distribuio da Light em mdia tenso, areo ou subterrneo, seja em tenso 13,2 kV, quando solicitado pelo consumidor, a Light pode realizar o fornecimento em tenso 380/220 V. Entretanto, o atendimento interno deve ser atravs de sistema subterrneo dedicado e a demanda do conjunto coletivo superior a 200 kVA, nas condies estabelecidas no item 4.2.2 desta Regulamentao. O atendimento ser efetivado exclusivamente atravs de cabina interna de transformao, no sendo considerada a possibilidade de posto de transformao externo.

    4.4 - Tipos de atendimento padronizados conforme o nmero de fases

    4.4.1 - Entrada individual

    Sistema monofsico a 2 fios - uma fase + neutro Sistema monofsico a 3 fios (Rural) - duas fases + neutro Sistema trifsico a 4 fios - trs fases + neutro

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    NOTA: Entradas individuais localizadas em regio com sistema trifsico de distribuio em baixa tenso, onde o valor da demanda avaliada indique o enquadramento na categoria monofsica, podem ter o fornecimento na modalidade bifsica (duas fases + neutro), quando existir a presena comprovada de equipamentos que operem em tenso 220 V. Cabe ao consumidor a responsabilidade pelos eventuais custos adicionais do atendimento na modalidade requerida.

    4.4.2 - Entrada coletiva

    Sistema trifsico a 4 fios - trs fases + neutro

    4.5 - Categorias de atendimento das entradas de energia eltrica individual e coletiva

    TENSO DE FORNECIMENTO

    (VOLT) CATEGORIA

    DE ATENDIMENTO

    DEMANDA (kVA)

    (1)

    220/127 (Urbano )

    UM1 (1) (3) (4) UM2 (1) (3) (4) UM3 (1) (4) UM4 (1) (2) (4) UB1 (1) (2) T (4)

    D 3, 3 D 4, 4

    4,4 < D 6,6 6,6 < D 8,0

    D 8,0 D > 8,0

    230 - 115 (Rural)

    RM1 (1) (3) (4) RM2 (1) (3) (4) RM3 (1) (4) RM4 (1) (4) RM5 (1) (4)

    D 3,0 D 4,0

    4,0 < D 6,0 6,0 < D 8,0 8,0 < D 14,0

    380/220 (Urbano especial)

    UME1 (1) (4) UME2 (1) (4) UME3 (1) (4) UME4 (1) (4) TE (4)

    D 5,7 D 7,7

    7,7 < D 11,5 11,5 < D 13,4

    D > 13,4 (n.): ver notas

    Onde:

    D - Demanda avaliada a partir da carga instalada; UM - Urbano monofsico; T - Trifsico; UB - Urbano bifsico; RM - Rural monofsico; UME - Urbano monofsico especial; TE - Trifsico especial

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    NOTAS:

    1 - Valores determinados a partir da demanda calculada conforme critrio descrito na Seo 01.07.00 desta Regulamentao, item 13 - Avaliao de demandas.

    2 - A categoria Urbano bifsica (UB1) opcional, podendo ser aplicada em casos especiais onde ocorra a presena comprovada de equipamentos que operem na tenso 220 V.

    3 - Categoria recomendada somente para instalaes que no utilizem equipamentos monofsicos especiais para aquecimento dgua (chuveiro, torneira, aquecedor etc.) com potncia superior a 4,4 kVA.

    4 - As diversas subdivises das categorias de atendimento monofsico e trifsico, para efeito de dimensionamento dos componentes do sistema de medio e proteo geral, esto definidas nas TABELAS 10-A, 10-B, 11-A e 11-B, em funo da demanda calculada.

    4.6 - Fornecimento de energia eltrica a cargas especiais

    reservado Light o direito de exigir do Consumidor, a qualquer tempo, a instalao de equipamentos destinados a corrigir e resguardar o sistema de distribuio contra flutuaes, oscilaes, cintilaes, afundamentos de tenso, sobretenses, excedentes reativos, desequilbrios, distores harmnicas e outras perturbaes originadas das instalaes consumidoras. Cabe ao Consumidor todo o nus decorrente da instalao dos equipamentos necessrios devida adequao.

    4.7 - Condies no permitidas

    a - Mais de uma medio para um nico Consumidor no mesmo endereo;

    b - Sistema de medio ou cabinas de transformao instalados, fora dos limites estabelecidos nesta Regulamentao, em ambientes no validados e mal iluminados, em locais de difcil acesso e sujeitos a abalroamentos de veculos, a inundaes (subsolos), ou ainda em divisrias de madeira ou garagens.

    c - Ligao no sistema distribuidor da Light de instalaes situadas em propriedades no delimitadas fisicamente e que no estejam devidamente identificadas por placas numricas;

    d - Cruzamento de propriedade de terceiros por condutores de ramais de ligao;

    e - Alterao da carga instalada sem prvia consulta e autorizao da Light;

    f - Interferncia por pessoas no autorizadas nos equipamentos e lacres da Light.

    g - Instalao de filtros, dispositivos de compensao e outros, sem prvia consulta e autorizao da Light;

    h - Instalao de capacitores que interfiram no sistema de distribuio, sem prvia consulta e autorizao da Light, (ver item 10 desta Regulamentao);

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    i - Motor com potncia nominal superior a 5 CV sem dispositivo de reduo da corrente de partida;

    j - Mais de um ramal de ligao para uma mesma edificao;

    k - Paralelismo de gerador particular com o sistema de distribuio sem prvia consulta e autorizao da Light.

    Obs.: De forma a evitar qualquer possibilidade de paralelismo, as instalaes que venham a utilizar gerao particular de emergncia, devem prever, de acordo com o sistema de gerao projetado, uma das seguintes condies:

    - Instalao de chave reversvel de acionamento manual ou eltrico, com intertravamento mecnico (mnimo) separando o circuito de alimentao oriundo da Light do circuito do gerador particular, de modo a alternar o fornecimento sem ocorrncia de simultaneidade.

    - Construo de circuito de emergncia, absolutamente independente da instalao normal, alimentado pelo gerador particular.

    - Instalao de dispositivo de disparo distncia da proteo do gerador, devendo o mesmo estar localizado no compartimento da proteo geral de entrada ou junto ao comando distncia da proteo geral, quando esse for exigido.

    NOTA: Os casos de instalaes que venham a utilizar gerador particular com necessidade de paralelismo momentneo ou permanente, devero ser previamente submetidos Light para anlise e eventual autorizao com base em normalizao especfica da prpria Light que trata dessa condio.

    4.8 - Conservao dos materiais e equipamentos da instalao de entrada de energia eltrica

    Cabe ao Consumidor manter em bom estado de conservao todos os componentes da instalao de entrada de energia eltrica (sistema de medio, proteo, cabinas de transformao quando houver etc.).

    Caso seja constatada qualquer deficincia tcnica ou de segurana na referida instalao, o Consumidor deve ser notificado quanto s irregularidades existentes, com obrigao de providenciar as adequaes necessrias dentro do prazo prefixado, sob pena de corte do fornecimento pelo no cumprimento.

    Ao Consumidor cabe a responsabilidade pelos danos causados aos equipamentos da Light instalados na sua propriedade.

    4.9 - Acesso nas instalaes de entrada de energia eltrica

    O Consumidor deve permitir, a qualquer tempo, o livre acesso de funcionrios credenciados pela Light em suas instalaes destinadas ao fornecimento de energia eltrica.

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    4.10 - Suspenso do fornecimento

    Os critrios para suspenso do fornecimento de energia eltrica so regulamentados pela Resoluo n. 456 da ANEEL, consideradas as eventuais revises e atualizaes.

    4.11 - Vigncia desta Regulamentao

    Considerando a constante evoluo dos equipamentos e materiais e o desenvolvimento de novas metodologias, sempre que ocorrerem modificaes, informaes atualizadas desta Regulamentao devem ser oportunamente emitidas, em conformidade com as determinaes da ANEEL.

    4.12 - Casos no previstos

    Os casos no previstos nesta Regulamentao devem ser submetidos Light para anlise.

    5 - Solicitao de fornecimento de energia eltrica

    A Light somente atender as solicitaes de fornecimento feitas a partir de prvia consulta aprovada e que as instalaes de entrada de energia eltrica estejam em conformidade com os preceitos tcnicos e de segurana, com esta Regulamentao e padres vigentes, bem como com as normas brasileiras atinentes.

    Dependendo do tipo de sistema de distribuio na rea do atendimento, as caractersticas da configurao eltrica e do ramal de ligao a serem empregados podem ser diferentes. Dessa forma, torna-se fundamental a prvia consulta Light, a fim de bem definir as caractersticas eltricas padronizadas para o atendimento (ramal areo, ramal subterrneo, nvel de tenso, tipo de padro de ligao etc) antes da elaborao do projeto e/ou da execuo das instalaes, evitando transtornos advindos de eventuais aditamentos por no conformidade com esta Regulamentao.

    5.1 - Dados fornecidos Light

    A solicitao de fornecimento de energia eltrica deve ser sempre precedida por prvia consulta Light, a fim de que sejam informadas ao interessado as condies do atendimento. Para tanto, deve ser apresentado pelo interessado, carta com solicitao de estudo de viabilidade de fornecimento, constando a carga instalada detalhada e a demanda avaliada conforme estabelecido na SEO 01.07.00 desta Regulamentao, endereo completo do local, croquis de localizao, tipo de atividade (residencial, comercial, industrial etc) e demais documentaes e exigncias cabveis.

    5.2 - Dados fornecidos pela Light

    A Light fornecer, na devida oportunidade, os seguintes elementos:

    - Cpia dos padres de ligao, conforme relacionados nas alneas a e b do item 5.3 desta Regulamentao;

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    - Formulrios padronizados, conforme casos contidos na alnea c do item 5.3 desta Regulamentao;

    - Condies estabelecidas para o atendimento; - Tipo de atendimento; - Tenso de fornecimento; - Nveis de curto-circuito no ponto de entrega (valores padronizados), quando

    necessrios; - Valor da participao financeira a ser paga pelo Consumidor, quando existente.

    5.3 - Fornecimento de energia eltrica entrada individual

    a - Ligaes novas e aumentos de carga de entradas individuais, executadas a partir de padro de ligao elaborado e fornecido pela Light, sem obrigatoriedade de apresentao de ART por responsvel tcnico habilitado pelo CREA/RJ

    Devem ser tratadas junto Light pelo prprio interessado ou, se desejado, por profissional credenciado pelo mesmo.

    So abrangidas as seguintes modalidades de instalaes de entradas individuais:

    - Entradas individuais isoladas, exclusivamente residenciais, monofsicas e polifsicas ligadas em sistema 220 / 127 V, com carga instalada at 15,0 kW (demanda avaliada at 13,3 kVA), localizadas em regies de redes de distribuio urbanas, area e subterrnea;

    - Entradas individuais isoladas, exclusivamente residenciais, monofsicas a 2 ou 3 fios ligadas em sistema 230 - 115 V, com carga instalada at 15,0 kW (demanda avaliada at 14,0 kVA), localizadas em regio de rede de distribuio area rural;

    NOTA: As entradas individuais de baixa renda, destinadas exclusivamente ao atendimento residencial, devem ser sempre monofsicas, nas tenses 127 V ou 115 V, localizadas em reas de distribuio area urbana ou rural, com demanda avaliada at 4,4 kVA. Os padres de ligao deste tipo de atendimento so fornecidos e montados pela prpria Light.

    b - Ligaes novas e aumentos de carga de entradas individuais, executadas a partir de padro de ligao elaborado e fornecido pela Light, com obrigatoriedade de apresentao de ART por responsvel tcnico habilitado pelo CREA/RJ

    Devem ser tratadas junto Light pelo prprio interessado, ou, se desejado, por profissional ou firma devidamente habilitados pelo CREA/RJ, autorizados pelo Consumidor atravs de carta de credenciamento (Anexo A) para tratar dos servios tcnicos junto Light.

    So abrangidas as seguintes modalidades de instalaes de entradas individuais:

    - Pequenas unidades consumidoras (barracas, boxes etc.) monofsicas em 127 V ou 115 V, com demanda avaliada at 4,4 kVA, situadas em via pblica, e em regio de rede de distribuio area ou subterrnea.

    - Entradas individuais isoladas situadas em via pblica, tais como, bancas de jornal, quiosques, bancos 24 horas, cabinas telefnicas, mobilirio urbano,

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    terminais rodovirios, equipamentos de operao de outras concessionrias de servios pblicos etc.

    c - Ligaes novas e aumentos de carga de entradas individuais, bem como ligaes temporrias ou provisrias de obra, com demanda avaliada superior a 13,3 kVA, exclusivamente em 220/127 V, com obrigatoriedade de apresentao de projeto eltrico e de ART por responsvel tcnico habilitado pelo CREA/RJ

    Devem ser tratadas junto Light pelo prprio interessado, ou, se desejado, por profissional ou firma devidamente habilitados pelo CREA/RJ, autorizados pelo Consumidor atravs de carta de credenciamento (Anexo A) para tratar dos servios tcnicos junto Light.

    Formulrios padronizados sero fornecidos pela Light, que devem ser preenchidos pelo responsvel tcnico, contendo todos os dados da instalao a serem apresentados Light, juntamente com diagrama unifilar, desenhos de detalhes tcnicos, memoriais tcnicos descritivos e demais exigncias cabveis.

    As orientaes tcnicas para a elaborao de projeto / execuo das instalaes de entradas de energia eltrica individuais esto contidas na Seo 02.07.00 desta Regulamentao.

    5.4 - Fornecimento de energia eltrica com entrada coletiva

    Ligaes novas e aumentos de carga de entradas coletivas em 220/127 V e em 380/220 V conforme NOTA do item 4.3 desta Regulamentao, executadas a partir de projeto elaborado por responsvel tcnico ou firma habilitada pelo CREA/RJ, devidamente autorizados pelo Consumidor atravs de carta de credenciamento (Anexo A), para tratar dos servios tcnicos junto Light.

    Formulrios padronizados sero fornecidos pela Light, que devem ser preenchidos pelo responsvel tcnico, contendo todos os dados da instalao a serem apresentados Light, juntamente com diagrama unifilar, desenhos de detalhes tcnicos, memoriais tcnicos descritivos e demais exigncias cabveis.

    As orientaes tcnicas para a elaborao de projeto / execuo das instalaes de entradas coletivas esto contidas na Seo 03.07.00 desta Regulamentao.

    5.5 - Apresentao de projeto da instalao de entrada de energia eltrica

    5.5.1 - Em entrada individual

    Nos casos de ligaes novas e aumentos de carga de entradas individuais com medio indireta, deve ser apresentado cpia (3 vias no formato A3) do projeto eltrico da instalao, contendo:

    - Diagrama unifilar; - Planta de localizao; - Planta baixa e cortes com detalhes do centro de medio, da proteo geral de

    entrada, dos trajetos de linhas de dutos e circuitos de energia eltrica no medida;

    - Quadro de cargas; - Avaliao da demanda; - Caractersticas tcnicas dos equipamentos e materiais.

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    5.5.2 - Em entrada coletiva

    Nos casos de ligaes novas e aumentos de carga de entradas coletivas, a exceo de edificaes que cumulativamente possuam at 6 (seis) unidades de consumo exclusivamente residenciais e demanda mxima do ramal igual ou inferior a 33,1 kVA, deve ser apresentado cpia (3 vias no formato A3) do projeto eltrico da instalao, contendo:

    - Diagrama unifilar; - Planta de localizao; - Planta baixa e cortes com detalhes dos agrupamentos de medio, da proteo

    geral de entrada, dos trajetos de linhas de dutos e circuitos de energia eltrica no medida;

    - Quadro de cargas; - Avaliao da demanda; - Tenso de atendimento; - Caractersticas tcnicas dos equipamentos e materiais.

    NOTAS:

    1 - Aps o trmino da anlise e respectiva aceitao pela Light da documentao apresentada, devem ser fornecidos atravs de meio magntico (CD) todos os documentos envolvidos no processo, devidamente atualizados.

    2 - Durante a fase de anlise do projeto apresentado, o Consumidor, em tempo hbil e quando solicitado, deve colocar a disposio da Light um responsvel tcnico capaz de prestar os esclarecimentos tcnicos que se fizerem necessrios. Eventuais atrasos no processo pelo no atendimento desta condio sero de inteira responsabilidade do Consumidor.

    3 - A aceitao/aprovao dos desenhos pela Light no subtrai do Consumidor a plena responsabilidade quanto ao funcionamento correto de suas instalaes, bem como de eventuais anomalias provocadas no sistema de distribuio da Light, oriundas de falha tcnica ou operacional em suas instalaes.

    5.6 - Prazo de validade do projeto

    O prazo de validade a ser considerado pela Light, a partir da data de validao do projeto apresentado, de at 18 meses, com possibilidade de prorrogao por igual perodo nos casos de edificaes que comprovem, atravs do programa normal de obras, a necessidade de extenso de prazo. Cabe destacar que, findado o prazo em questo, o Consumidor deve atender a toda e qualquer modificao que possa ocorrer nesta Regulamentao.

    5.7 - Apresentao do documento ART do CREA / RJ

    Ficam dispensados de apresentao da ART Anotao de Responsabilidade Tcnica, todos os casos de ligaes atinentes alnea a do item 5.3 desta Regulamentao.

    Para todos os demais casos contidos nos itens 5.3 e 5.4 desta Regulamentao. obrigatria a apresentao da ART - Anotao de Responsabilidade Tcnica, devidamente preenchida e registrada pelo responsvel tcnico pela instalao junto ao CREA/RJ, relacionando todos os servios sob sua

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    responsabilidade e os dados tcnicos da instalao, idnticos aos contidos na solicitao de fornecimento Light.

    5.8 - Ligaes provisrias

    Visam possibilitar o fornecimento de energia eltrica a instalaes que se destinam a perodos de atendimentos transitrios e no muito curtos (construes de prdios, obras pblicas, edificaes diversas etc.).

    Devem ser contratualmente estabelecidas por um prazo compatvel com a data prevista para encerramento da obra, com possibilidade de prorrogao quando verificada a necessidade e convenincia tcnica.

    Deve ser feita consulta prvia Light, a fim de que seja definido o padro de ligao a ser empregado na rea do atendimento.

    5.9 - Ligaes temporrias

    So estabelecidas para o atendimento de cargas com prazo relativamente curto de funcionamento (ligaes festivas, parques, circos, feiras, exposies etc.).

    Devem ser contratualmente estabelecidas por um prazo curto, com possibilidade de prorrogao quando verificada a necessidade e convenincia tcnica.

    Deve ser feita consulta prvia Light, a fim de que seja definido o padro de ligao a ser empregado na rea do atendimento.

    6 - Proteo da instalao de entrada de energia eltrica

    As recomendaes a seguir so baseadas nas diretrizes da Associao Brasileira de Normas Tcnicas e esto estabelecidas na NBR 5410 Instalaes eltricas de baixa tenso, caracterizada como responsabilidade do Consumidor.

    6.1 - Proteo contra sobrecorrentes

    Dispositivo capaz de prover simultaneamente proteo contra correntes de sobrecarga e de curto-circuito deve ser dimensionado e instalado para proteo geral da entrada de energia eltrica, em conformidade com as normas da ABNT.

    A capacidade de interrupo simtrica do dispositivo deve ser compatvel com o valor calculado da corrente de curto-circuito, trifsica e simtrica, no ponto de instalao. Para tal, deve ser utilizado disjuntor termomagntico e, quando for o caso, com disponibilidade de bobina de disparo.

    Nas entradas individuais, os dispositivos de proteo devem ser eletricamente conectados jusante (aps) da medio, e apresentar corrente nominal conforme padronizao para a categoria de atendimento especfica constante nas tabelas de dimensionamento de materiais das entradas de energia eltrica (TABELAS 10-A e 10-B).

    Nas entradas coletivas (TABELAS 11-A e 11-B), o disjuntor de proteo geral deve estar eletricamente jusante da medio totalizadora quando for o caso.

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    Os disjuntores de proteo geral de entrada devem ser instalados em caixas padronizadas pela Light com seu respectivo ambiente tambm selado, de modo que impea a substituio ou a alterao da calibrao do equipamento sem a devida autorizao. Quando empregado disjuntor ajustvel, o valor de ajuste da corrente nominal de carga deve ser apresentado Light para prvia validao.

    O responsvel tcnico pela instalao deve informar Light os dados atinentes s caractersticas tcnicas do disjuntor (corrente nominal, tenso nominal, faixas de atuao temporizada e instantnea, capacidade de interrupo etc.) a partir de catlogo do fabricante.

    NOTAS:

    1 - A capacidade de interrupo do dispositivo de proteo geral de entrada deve ser compatvel com o valor calculado da maior corrente de curto-circuito, simtrica, no ponto de sua instalao, devendo ser utilizada a TABELA 14 desta Regulamentao para a obteno dos valores mnimos, de acordo com a configurao eltrica do sistema de distribuio no local do atendimento.

    2 - Deve ser sempre verificada pelo responsvel tcnico pela instalao, a devida coordenao e seletividade entre a proteo geral de entrada e os demais dispositivos de proteo empregados jusante.

    6.2 - Proteo diferencial contra correntes de fuga

    Na proteo geral das entradas individuais e das entradas coletivas a utilizao de disjuntores com dispositivo diferencial (IDR, DDR ou dispositivo diferencial acoplado), deve considerar as condies estabelecidas no item 11 desta Regulamentao. Nesse caso o sistema TN-S deve ser o adotado junto proteo geral de entrada.

    A proteo diferencial pode ser efetivada com disjuntor do tipo DDR que inclui as funes trmica (sobrecarga), magntica (curto-circuito) e diferencial (fuga).

    Opcionalmente a proteo diferencial pode ser viabilizada atravs do uso de dispositivo IDR em srie com um disjuntor termomagntico (sobrecarga e curto-circuito), j que o dispositivo IDR no apresenta a funo magntica (curto-circuito).

    Outra alternativa para a proteo diferencial, em especial nas entradas consumidoras com correntes de demanda elevadas, a utilizao de um disjuntor termomagntico (sobrecarga e curto-circuito) equipado com bobina de disparo associada a um dispositivo para corrente diferencial/residual (TC e rel de corrente com ajuste compatvel para a corrente de fuga instalado no condutor de proteo). O Anexo B desta Regulamentao oferece os detalhes necessrios para o perfeito entendimento e aplicao desse tipo de proteo.

    A proteo diferencial deve estar em conformidade com as normas brasileiras aprovadas pela ABNT, mantidas as suas atualizaes.

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    NOTAS:

    1 - Quando empregado disjuntor e elemento diferencial independentes, o responsvel tcnico deve prever, quando necessrio, caixa especial para abrigar os componentes.

    2 - As notas 1 e 2 do item 6.1, quando forem os casos, tambm se aplicam s protees diferenciais.

    6.3 - Proteo contra sobretenses

    A ocorrncia de sobretenses em instalaes de energia eltrica no deve comprometer a segurana de pessoas e a integridade de sistemas eltricos e equipamentos.

    Cabe ao Consumidor a responsabilidade pela especificao e instalao de proteo contra sobretenses, que deve ser proporcionada basicamente pela adoo de dispositivos de proteo contra surtos - DPS em tenso nominal e nvel de suportabilidade compatvel com a caracterstica da tenso de fornecimento e com a sobretenso prevista, bem como pela adoo das demais recomendaes complementares em conformidade com as exigncias contidas na norma brasileira NBR - 5410 da ABNT, consideradas as suas atualizaes.

    Quando da utilizao de DPSs, estes devem ser eletricamente conectados a jusante (aps) da medio e do disjuntor de proteo geral da entrada de energia eltrica, preferencialmente na entrada do Quadro de Distribuio Geral - QDG interno edificao.

    Deve ser proporcionada a segurana de pessoas, instalaes e equipamentos, contra tenses induzidas e/ou transferidas (elevao de potencial) advindas de manobras ou curtos-circuitos trifsicos, bifsicos ou monofsicos no lado primrio das instalaes (condies inerentes de um sistema de distribuio). Nesse sentido, equipamentos ou instalaes sensveis, seja em regime permanente ou transitrio, devem receber protees adequadas atravs de rels associados a dispositivos que possam interromper o fornecimento sem danos ou prejuzos.

    6.4 - Proteo contra subtenses e falta de fase

    Nos casos de entradas de energia eltrica em que o Consumidor possua equipamentos eltricos e eletrnicos sensveis subtenso ou falta de fase (elevadores, dispositivos de controle, motores e outros), tanto em regime permanente quanto em regime transitrio, cabe ao Consumidor a responsabilidade pela especificao e instalao de dispositivo de proteo a ser conectado junto aos respectivos equipamentos.

    7- Medio

    O equipamento de medio e acessrios destinados a medir a energia eltrica so fornecidos e instalados pela Light, em conformidade com as disposies atualizadas da Resoluo n456 da ANEEL .

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    7.1- Medio individual

    concedida para unidades consumidoras independentes, residncias individuais, galpes, lojas, boxes, e outros desde que caracterizados como unidades consumidoras independentes. Essa caracterizao se d pela verificao de endereos individuais e pelo fato de no pertencer a nenhuma condio de condomnio.

    7.2 - Medio de agrupamento

    concedida atravs de um sistema de medio agrupado, a boxes, lojas, salas, prdios residenciais, comerciais, mistos e outros, desde que caracterizado como ligao coletiva. Nesse caso essa caracterizao se d pela verificao de um endereo comum a todas as unidades consumidoras, pela existncia de um condomnio oficial para a edificao e de um nico ponto de alimentao do qual derivam todas as unidades.

    7.3 - Medio de servio

    Deve ser utilizada sempre em arranjos de medio agrupada (ligao coletiva), caracterizada pela medio do consumo de energia eltrica das cargas comuns ao condomnio (iluminao comum da edificao, bombas dgua, elevadores etc.).

    7.4 - Medio totalizadora

    So aplicadas em entradas coletivas sempre que, por convenincia do Consumidor, no for utilizado o sistema de medio convencional da Light (instalada no piso trreo da edificao, no mesmo ambiente fsico e com limites de distncia em relao a via pblica). A Seo 03.07.00 desta Regulamentao define os arranjos que necessitem deste tipo de medio.

    7.5 - Influncias de campos magnticos

    Tendo em vista preservar os equipamentos de medio contra a influncia de campos magnticos, devem ser observadas as seguintes distncias mnimas entre barramentos e medidores:

    CORRENTE NOMINAL DO BARRAMENTO

    (A)

    DISTNCIA MNIMA ENTRE OS MEDIDORES E O BARRAMENTO

    (m) 800 0,40

    1000 0,50 1200 0,60 1600 0,80 2000 1,00 3000 1,50 4000 2,00

    NOTA: As TABELAS 17 e 18, apresentam os limites de conduo de corrente para barras de cobre de seo retangular, bem como os fatores de correo da corrente em funo do nmero de barras em paralelo.

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    7.6 - Medies especiais

    Outras modalidades de medies, inerentes a sistemas tarifrios diferenciados regulamentados pela ANEEL, assim como sistemas inteligentes de medio podem ser adotados, desde que previamente definido e acordado com a Light.

    8 - Aterramento das instalaes

    8.1 - Aterramento do condutor neutro

    Em cada edificao, junto ao gabinete de medio e/ou a proteo geral de entrada de energia eltrica, como parte integrante da instalao, obrigatria a construo de malha de terra constituda de uma ou mais hastes interligadas entre si (no solo), qual deve ser permanentemente interligados, o condutor de neutro do ramal de entrada de energia eltrica e o condutor de proteo. Como complemento para a condio de aterramento do neutro ver item 8.2 a seguir.

    8.2 - Ligaes terra e condutor de proteo

    O sistema de aterramento praticado por esta Regulamentao o TN-S, onde os condutores de neutro e de proteo so interligados e aterrados na malha de terra principal da edificao, junto proteo geral de entrada que tambm, quando for o caso, deve contemplar proteo diferencial residual.

    Para que a proteo diferencial residual no perca a seletividade entre os diversos disjuntores com funo diferencial ao longo do sistema eltrico da unidade consumidora, o condutor de neutro no deve ser aterrado em outros pontos jusante do primeiro e nico ponto de aterramento permitido, que o ponto junto a proteo geral de entrada (o primeiro ponto de proteo geral).

    O neutro tambm no pode ser interligado ao condutor de proteo em outros pontos diferentes do ponto junto a proteo geral de entrada, todavia o condutor de proteo pode ser multiaterrado a outras malhas existentes na edificao, sem nenhum prejuzo para o sistema de proteo diferencial residual.

    As TABELAS 11-A e 11-B desta Regulamentao, alm de apresentar o dimensionamento de materiais para o sistema de medio coletiva, tambm apresenta os detalhes em relao a condio de aterramento do neutro, bem como a condio de interligao entre as barras de neutro e de proteo. Tambm o Anexo B desta Regulamentao destaca os aspectos que envolvem a interligao entre os condutores de neutro e de proteo.

    O condutor de proteo deve ser em cobre, isolado na cor verde ou verde e amarela, de seo mnima conforme estabelecido nas TABELAS 10-A, 10-B, 11-A e 11-B (dimensionamento de equipamentos e materiais - entradas individuais e coletivas), devendo percorrer toda a instalao interna e ao qual devem ser conectadas todas as partes metlicas (carcaas) no energizadas dos aparelhos eltricos existentes, bem como o terceiro pino (terra) das tomadas dos equipamentos eltricos, de acordo com as prescries atualizadas da NBR - 5410.

    O sistema de aterramento deve garantir a manuteno das tenses mximas de toque (V toque) e de passo (V passo) dentro dos limites de segurana normalizados.

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    8.3 - Eletrodo de aterramento

    Deve ser empregada haste de ao cobreada com comprimento mnimo de 2 (dois) metros e dimetro nominal mnimo de 3/4".

    Quando as condies fsicas do local da instalao impedirem a utilizao de hastes, deve ser adotado um dos mtodos estabelecidos pela NBR - 5410, que garanta o atendimento das caractersticas dispostas nos itens 8.1 e 8.2 desta Regulamentao.

    8.4 - Interligao malha de aterramento e entre barras de neutro e de proteo

    O condutor de aterramento do neutro e o condutor de proteo devem ser em cobre, de seo mnima dimensionada em funo dos condutores de fase do ramal de entrada de energia eltrica, conforme especificado para cada categoria de atendimento nas TABELAS 10-A, 10-B, 11-A e 11-B e na TABELA 13 (seo mnima do condutor de proteo). No devem conter emendas, ou quaisquer dispositivos que possam causar a sua interrupo.

    Na proteo geral de entrada, a proteo mecnica do trecho de condutor que interliga o condutor de neutro malha de aterramento, deve ser feita atravs de eletroduto de PVC rgido.

    Considerando a adoo do sistema de aterramento TN-S como padro, somente junto proteo geral de entrada que a barra de proteo e a barra de neutro devem estar conectadas malha de aterramento principal, bem como tambm interligadas entre si internamente caixa. Nos circuitos jusante (aps) da proteo geral, o condutor de proteo e o condutor de neutro no podem ser interligados, de forma a no provocar a perda da seletividade nas protees diferenciais residuais. Contudo, havendo possibilidade, barras ou condutores de proteo podem e devem ser multiaterrados em outras malhas de proteo eventualmente existentes na edificao.

    A conexo dos condutores de interligao da barra de neutro e da barra de proteo malha de aterramento deve ser feita atravs de conectores que utilizem materiais no ferrosos, de forma a evitar processos corrosivos.

    8.5 - Nmero de eletrodos da malha de terra

    Os eletrodos utilizados devem estar conforme definido no item 8.3 desta Regulamentao, sendo que o valor mximo da resistncia de aterramento, para qualquer das condies a seguir, no deve ultrapassar 25 ohms.

    OBS.: As sees mnimas do condutor da malha de aterramento esto definidas nos subtens a seguir. Contudo, desde que consideradas as condies de caractersticas do solo conforme NBR 5410.

    8.5.1 - Entrada individual de energia eltrica

    8.5.1.1 - Entrada individual isolada com demanda avaliada at 23,2 kVA

    Deve ser construda uma malha de aterramento com, no mnimo, uma haste de ao cobreada.

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    8.5.1.2 - Entrada individual isolada com demanda avaliada superior a 23,2 kVA e inferior ou igual a 150 kVA

    Deve ser construda uma malha de aterramento com no mnimo 3 (trs) hastes de ao cobreadas, interligadas entre si por condutor de cobre nu, de seo no inferior a 25 mm, com espaamento entre hastes superior ou igual ao comprimento da haste utilizada.

    8.5.1.3 - Entrada individual isolada com demanda avaliada superior a 150 kVA

    Deve ser construda uma malha de aterramento com, no mnimo, 6 (seis) hastes de ao cobreadas, interligadas entre si por condutor de cobre nu, de seo no inferior a 25 mm, com espaamento entre hastes superior ou igual ao comprimento da haste utilizada.

    8.5.2 - Entrada coletiva de energia eltrica

    8.5.2.1 - Entrada coletiva com at 6 (seis) unidades consumidoras

    Deve ser construda uma malha de aterramento com no mnimo uma haste de ao cobreada por unidade de consumo, interligadas entre si em linha por condutor de cobre nu, de seo no inferior a 25 mm, com espaamento entre hastes superior ou igual ao comprimento da haste utilizada.

    8.5.2.2 - Entrada coletiva com mais de 6 (seis) unidades consumidoras

    Deve ser construda uma malha de aterramento com no mnimo 6 (seis) hastes de ao cobreadas, interligadas entre si em linha por condutor de cobre nu, de seo no inferior a 25 mm, com espaamento entre hastes superior ou igual ao comprimento da haste utilizada.

    9 - Materiais padronizados para as entradas de energia

    Somente so aceito fabricantes cujos produtos (caixas, painis, postes etc.) tenham sido previamente validados e autorizados pela Light.

    9.1 - Caixas para medio

    So destinadas para abrigar o equipamento de medio monofsico ou polifsico para medio direta ou indireta, alm de outros acessrios nos casos de atendimento atravs de ramal de ligao areo ou subterrneo.

    As portas das caixas metlicas devem possuir dobradias e soldas internas, fechamento atravs de parafusos de segurana e plug-trava padro Light, alm de dispositivo para instalao de selos. O Anexo C desta Regulamentao mostra os detalhes de securizao.

    As caixas para medidor em policarbonato devem apresentar tampa travvel.

    Os visores, quando existentes (caso das caixas metlicas), devem ser em policarbonato incolor e transparente, de espessura mnima de 3 (trs) mm.

    Tipos de caixas contemplados neste item so:

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    CTM - caixa transparente monofsica; CTP - caixa transparente polifsica; CM 200 - caixa para medio direta at 200 A; CSM 200 - caixa para seccionamento e medio direta at 200 A; CSM - caixa para seccionamento e medio indireta; CSMD - caixa para seccionamento, medio indireta e proteo.

    NOTA: Todas as caixas devem ser montadas, principalmente aquelas instaladas em ambientes externos sujeitas ao contato direto com terceiros (crianas), considerando aspectos de segurana contra a possibilidade de introduo de corpos estranhos (arames por exemplo) atravs do sistema de ventilao, que em geral so dispostos atravs de venezianas.

    9.1.1 - Caixas para medio direta - CTM, CTP, CM 200 e CSM 200

    Devem ser utilizadas para abrigar o equipamento de medio monofsico ou polifsico para medio direta, nos casos de atendimento atravs de ramal de ligao areo ou subterrneo.

    NOTA:

    Nas entradas individuais com demanda at 33,1 kVA, as caixas para medidores CTM ou CTP devem ser sempre precedidas por uma caixa para seccionamento CS, sempre que o ramal de ligao for subterrneo;

    9.1.1.1 - Caixa transparente monofsica - CTM (Fig. 1)

    Deve ser fabricada em policarbonato totalmente transparente. Utilizada em ligao nova e em aumento de carga em entrada individual, ou ainda, exclusivamente, em aumento de carga em entrada coletiva padro antigo (j existente), com medio direta e demanda at 14,0 kVA no atendimento rural (230/115 V), at 8,0 kVA no atendimento urbano (220/127 V) e at 13,4 kVA no atendimento urbano especial (380/220 V).

    9.1.1.2 - Caixa transparente polifsica - CTP (Fig. 2)

    Deve ser fabricada em policarbonato totalmente transparente. Utilizada em ligao nova e em aumento de carga em entrada individual, ou ainda, exclusivamente, em aumento de carga em entradas coletivas no padro antigo (j existente), com medio direta e demanda at 33,1 kVA no atendimento urbano (220/127 V) e at 57,2 kVA no atendimento urbano especial (380/220 V).

    9.1.1.3 - Caixa para medio direta superior a 100 at 200 A - CM 200 (Fig. 5A) e Caixa para seccionamento e medio direta at 200 A - CSM 200 (Fig. 5B)

    Devem ser fabricadas em chapa de ao galvanizada tratada contra corroso, pintura eletrosttica em epxi ou similar.

    A caixa CSM 200 deve ser utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entradas individuais com ramal independente ou no atendimento de medio de servio em entradas coletivas.

    A caixa CM 200 deve ser utilizada em aumentos de carga de unidades individuais situadas em entradas coletivas ligadas no padro antigo (j existente) ou em condies exclusivas conforme item 9.2.2.

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    Ambas as caixas so para medio direta e demanda superior a 33,1kVA at 66,3 kVA no atendimento urbano (220/127 V), e ainda com medio direta e demanda superior a 57,2 kVA at 114,5 kVA, no sistema urbano especial (380/220 V).

    9.1.2 - Caixas para seccionamento e medio indireta - CSM

    As caixas do tipo CSM para seccionamento e medio indireta destinam-se aos casos de entradas individuais isoladas com ramal de ligao independente. Devem ser instaladas em gabinete de alvenaria em recuo tcnico no muro ou fachada, onde a proteo geral atravs de CPG deve estar na parte interna da propriedade/edificao (no disponveis ao acesso externo pela via pblica).

    Devem ser fabricadas em chapa de ao galvanizada e tratada contra corroso, pintura eletrosttica em epxi ou similar.

    Devem conter o dispositivo de seccionamento, o barramento de neutro e terra independentes, o sistema de medio indireta (medidor trifsico, transformadores de corrente, chave de aferio etc). O seccionamento pode ser atravs de chave seccionadora tripolar, base com barras de seccionamento ou barras desligadoras.

    Para os cuidados com a operao de seccionamento, ver Anexo D desta Regulamentao.

    Nos casos em que as instalaes de entrada estiverem totalmente dentro da propriedade/edificao (lojas, unidades em entradas coletivas e outros), devem ser utilizadas as caixas do tipo CSMD descritas no item 9.1.3 desta Regulamentao.

    NOTA: Quando forem utilizadas na medio de unidades de consumo derivadas de entradas coletivas onde no exista condutor de proteo independente, a barra de neutro e a barra de proteo devero ser interligadas, j que nesse caso o condutor de proteo deve derivar da prpria caixa CSM para o interior da instalao.

    9.1.2.1 - Caixa de Seccionamento e Medio indireta - CSM 600 (Fig.7)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual, com demanda superior a 66,3 kVA at 198,8 kVA na classe de tenso (220/127 V).

    Deve estar associada a uma CPG - 600 (caixa de proteo geral para 600 A).

    9.1.2.2 - Caixa de Seccionamento e Medio indireta - CSM 1500 (Fig.7)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual, com demanda superior a 198,8 kVA at 497,0 kVA na classe de tenso (220/127 V).

    Deve estar associada a uma CPG - 1000 (caixa de proteo geral para 1000 A) ou a uma CPG especial at 1500 A.

    OBS.: Para valores de demanda maiores que 497,0 kVA, deve-se optar pelas caixas do tipo CSMD descritas no item 9.1.3 desta Regulamentao.

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    9.1.3 - Caixas para Seccionamento, Medio indireta e Proteo - CSMD

    As caixas CSMD permitem abrigar em ambiente selado um dispositivo para seccionamento, sistema de medio indireta e disjuntor de proteo geral. Destinam-se aos casos de entradas individuais com ramal de ligao independente em que o sistema de medio necessite estar situado totalmente dentro da propriedade/edificao (lojas, unidades em entradas coletivas e outros) Tambm se aplicam em unidades consumidoras situadas em entradas coletivas (servios e unidades consumidoras de grande porte).

    Devem ser fabricadas em chapa de ao galvanizada e tratadas contra corroso, pintura eletrosttica em epxi ou similar.

    Devem conter um dispositivo de seccionamento, barramentos de neutro e terra independentes, barras para TC, sistema de medio indireta (medidor trifsico, transformadores de corrente, chave de aferio etc). O seccionamento pode ser atravs de chave seccionadora tripolar, base com barras de seccionamento ou barras desligadoras.

    Para os cuidados com a operao de seccionamento, ver Anexo D desta Regulamentao. Podem ser instaladas em gabinete de alvenaria internamente, a at 3,0 metros do limite da propriedade/edificao com a via pblica ou em gabinete junto ao limite nos casos de edificaes com recuo frontal.

    NOTAS:

    1) Quando forem utilizadas na medio de unidades de consumo derivadas de entradas coletivas onde no exista condutor de proteo independente, a barra de neutro e a barra de proteo devero ser interligadas, j que nesse caso o condutor de proteo deve derivar da CSM/CSMD.

    2) Quando forem utilizadas para medio indireta de unidades consumidoras de grande porte derivadas de entradas coletivas (cinemas, lojas etc.), estando eletricamente situadas aps um dispositivo proteo geral que contemple a condio diferencial residual, devem possuir barra de neutro e barra de proteo independentes, onde a barra de neutro deve estar fixada na CSMD atravs de buchas isolantes e a barra de proteo fixada sem bucha de isolao (Ver Anexo B e esquema de ligao da TABELA 11-B desta Regulamentao).

    9.1.3.1 - Caixa para Seccionamento, Medio indireta e Proteo - CSMD 600 (Fig. 8A)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual, ou ainda para a medio indireta de circuitos de servio e unidades consumidoras de grande porte em entradas coletivas, com demanda superior a 66,3 kVA at 198,8 kVA na classe de tenso (220/127 V) e com demanda superior a 114,5 kVA at 343,4 kVA na classe de tenso (380/220 V).

    9.1.3.2 - Caixa para Seccionamento, Medio indireta e Proteo - CSMD 1500 (Fig. 8A)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual, ou ainda para a medio indireta de circuitos de servio e unidades consumidoras de grande porte em entradas coletivas, com demanda superior a

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    198,8 kVA at 497,0 kVA na classe de tenso (220/127 V) e com demanda superior a 343,4 kVA at 858,5 kVA na classe de tenso (380/220 V).

    9.1.3.3 - Caixa para Seccionamento, Medio indireta e Proteo - CSMD 3000 (Fig. 8B)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual, ou ainda para a medio indireta de circuitos de servio e unidades consumidoras de grande porte em entradas coletivas, com demanda superior a 497,0 kVA at 994,0 kVA na classe de tenso (220/127 V) e com demanda superior a 858,5 kVA at 1717,0 kVA na classe de tenso (380/220 V).

    Nos casos de instalaes com corrente superior a 3000 A, dever ser projetada e construda caixa CSMD Especial, devendo ser feita consulta prvia junto Light para definio das caractersticas tcnicas atinentes.

    9.2 - Caixas para Seccionador - CS

    Devem abrigar, em ambiente selado, um dispositivo para o seccionamento geral da instalao, podendo ser um seccionador tripolar em caixa moldada ou bases fusveis tipo NH com barras de continuidade (sem fusveis). De acordo com a carga pode ser utilizada uma chave seccionadora tripolar ou ainda um sistema de barras desligadoras formadas por sees de barras de juno parafusadas, articulveis ou removveis.

    Devem ser fabricadas em chapa de ao galvanizada e tratadas contra corroso, pintura eletrosttica em epxi ou similar. Podem tambm ser fabricadas em material polimrico de alta resistncia mecnica (policarbonato, noril etc.) e alta capacidade trmica.

    A utilizao de caixa para seccionador est obrigatoriamente associada ao atendimento de entradas individuais, devendo ser montada eletricamente antes e junto das caixas para medio direta (CTM, CTP, CM 200) que no dispem de seccionamento prprio, cujo atendimento seja atravs de ramal de ligao subterrneo, mesmo quando derivado da rede area.

    Cuidados na operao de barras desligadoras so abordados no Anexo D desta Regulamentao.

    9.2.1 - Caixa para Seccionador - CS 100 (Fig. 4)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada individual, com demanda at 33,1 kVA na classe de tenso (220/127 V).

    9.2.2 - Caixa para Seccionador - CS 200 (Fig. 4)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada individual, montante da caixa CM 200, em instalaes com demanda superior a 33,1 kVA at 66,3 kVA na classe de tenso (220/127 V), exclusivamente onde no for possvel a utilizao de uma caixa CSM 200.

    OBS.: Para entradas cujos valores de corrente sejam maiores que 200 A, devem ser empregadas caixas de medio com seccionador incorporado (CSM ou CSMD) conforme a condio de atendimento.

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    9.3 - Caixa para Proteo Geral - CPG

    Devem ser fabricadas em chapa de ao galvanizada e tratada contra corroso, pintura eletrosttica em epxi ou similar.

    Devem abrigar o disjuntor de proteo geral da instalao de entrada de energia eltrica e dispositivos adicionais associados (barras de neutro e de proteo independentes).

    Ao Consumidor permitido somente o acesso alavanca de acionamento do disjuntor, atravs de janela com travamento por cadeado particular.

    A CPG deve possuir condio de securizao conforme Anexo C desta Regulamentao, impedindo o acesso interno, a substituio e/ou alterao da calibrao do disjuntor sem a autorizao prvia da Light.

    Deve ser utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual, ou ainda em entrada coletiva como proteo geral, bem como proteo das unidades de medio direta e indireta (servios e unidades consumidoras de grande porte).

    As caixas CPG devem possuir dimenses adequadas ao dispositivo de proteo utilizado, s barras de neutro e de proteo quando for o caso, alm das barras auxiliares de cobre, tipos L (Fig. 9A) e Z (Fig. 9B), com a finalidade de permitir a derivao, antes do borne/terminal de entrada do disjuntor de proteo geral, do circuito para o medidor de servio quando de sua necessidade, a fim de atender exigncia do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro.

    NOTA: Em relao ao atendimento da condio de proteo diferencial residual, consideradas as condies estabelecidas no item 11 desta Regulamentao, uma das opes relacionadas no Anexo B desta Regulamentao pode ser adotada.

    9.3.1 - Caixa para Proteo Geral - CPG 225 (Fig. 6)

    Aplicada em demanda superior a 33,1 kVA at 74,6 kVA na classe de tenso (220/127 V) e com demanda superior a 57,3 kVA at 128,8 kVA na classe de tenso (380/220 V).

    9.3.2 - Caixa para Proteo Geral - CPG 600 (Fig. 6)

    Aplicada em demanda superior a 74,6 kVA at 198,8 kVA na classe de tenso (220/127 V) e com demanda superior a 128,8 kVA at 343,4 kVA na classe de tenso (380/220 V).

    9.3.3 - Caixa para Proteo Geral - CPG 1000 (Fig. 6)

    Aplicada em demanda superior a 198,8 kVA at 331,3 kVA na classe de tenso (220/127 V) e com demanda superior a 343,4 kVA at 572,3 kVA na classe de tenso (380/220 V).

    Nos casos de instalaes com corrente superior a 1000 A, dever ser projetada e construda caixa CPG Especial, devendo ser feita consulta prvia junto Light para definio das caractersticas tcnicas atinentes.

  • RECON - BT Novembro de 2007 36/186

    9.4 - Caixas para Disjuntor - CDJ

    Devem abrigar o disjuntor de proteo geral em entradas de energia eltrica individuais, quando utilizada caixa de medio do tipo CTM, CTP. Devem ser instaladas no muro / parede na parte interna da propriedade do Consumidor (no disponveis ao acesso externo pela via pblica).

    Podem ser fabricadas em chapa metlica protegida contra corroso ou em material polimrico de alta resistncia mecnica (policarbonato, noril etc.) e alta capacidade trmica.

    NOTAS:

    1) Na utilizao de disjuntor tipo DDR deve ser utilizada uma nica caixa CDJ. Quando da utilizao de dispositivo tipo IDR devem ser utilizadas duas caixas CDJ.

    2) Deve ser observada a compatibilidade dimensional entre os dispositivos diferenciais residuais com as caixas CDJ.

    9.4.1 - Caixa para Disjuntor Monopolar - CDJ 1 (Fig. 3A)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual monofsica, com demanda at 8,0 kVA na tenso 127 V nas regies urbanas e at 14,0 kVA na tenso 230 V nas regies rurais.

    9.4.2 - Caixa para Disjuntor Tripolar - CDJ 3 (Fig. 3B)

    Utilizada em ligao nova ou aumento de carga em entrada de energia eltrica individual trifsica, com demanda at 33,1 kVA na classe de tenso (220/127 V) .

    9.5 - Caixa de Passagem

    A caixa de passagem, em alvenaria, deve ser construda pelo Consumidor sempre que necessria e exigida pela Light. No atendimento atravs de ramal de ligao subterrneo, deve ser construda junto ao limite externo da propriedade permitindo a terminao do banco de dutos, de forma a possibilitar ponto acessvel para instalao do ramal de ligao no interior da propriedade.

    Deve ter as dimenses mnimas de 0,80 x 0,80 x 0,80 m para 1(um) conjunto de cabos, sendo que para a condio do tamponamento a Light deve ser sempre consultada previamente antes de sua construo. Nos casos de instalaes em que mais de 1(um) conjunto de cabos venha a ser utilizado, o projeto da caixa deve prever, em pelo menos uma de suas dimenses, um acrscimo de 0,20 m para cada conjunto adicional, valor este a ser mantido como distncia mnima entre dutos, centro a centro.

    recomendvel o afastamento das caixas de passagem dos limites das propriedades vizinhas.

    NOTA: Quando as condies de licena de obra da Prefeitura no permitirem ao Consumidor a construo de uma caixa de passagem junto ao limite externo da propriedade, o Consumidor deve disponibilizar a terminao de sua linha de dutos

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    no limite da sua propriedade, diretamente posicionado em baixo do muro principal, atendidas s condies mnimas de profundidade para linhas de dutos.

    9.6 - Caixas de Inspeo de Aterramento (Fig.10A e Fig. 10B)

    As caixas para inspeo do aterramento podem ser em alvenaria ou em material polimrico, devem ser obrigatoriamente empregadas de forma a permitir um ponto acessvel para conexo de instrumentos para ensaios e verificaes das condies eltricas do sistema de aterramento.

    necessria apenas uma caixa por sistema de aterramento, na qual deve estar contida a primeira haste da malha de terra e a conexo do condutor de interligao do neutro a malha de aterramento.

    9.7 - Painis de medio e painis de proteo padronizados

    Devem ser aplicados nos atendimentos de unidades consumidoras em entradas coletivas.

    - Painis de proteo geral e parcial

    So aplicveis sempre que ocorra a utilizao de vrios painis de medio (PMD, PDMD e/ou PSMD) numa mesma entrada coletiva.

    PPGP: Painel de proteo geral e parcial.

    - Painis de medio

    Devem ser utilizados nos casos de ligaes novas em que a medio seja instalada em agrupamento, contemplando at 20 (vinte) unidades consumidoras por painel. Devem ser tambm aplicados em aumentos de carga de unidades consumidoras em entradas coletivas ligadas no padro antigo, bem como na soluo de intervenes feitas pela Light que impliquem na necessidade de substituio / reforma de agrupamentos existentes.

    As protees de sada de cada unidade consumidora devem ser instaladas no interior do painel, com as alavancas de acionamento acessveis atravs de janela com tampa travvel por cadeado particular, que permita, tambm, a instalao de selo padro da Light na posio fechada (furao para selo com 3 mm de dimetro).

    Consideradas as condies estabelecidas no item 11 desta Regulamentao, os disjuntores inerentes ao painel em questo, tanto os individuais das unidades consumidoras, quanto o de proteo geral-parcial quando existir, recomenda-se a utilizao do dispositivo diferencial residual, podendo ser utilizado um nico disjuntor DDR compatvel com o nvel de curto-circuito no ponto de sua instalao ou uma composio de disjuntor termomagntico mais disjuntor IDR, sendo que para segunda opo o Consumidor, atravs de seu responsvel tcnico, deve observar as respectivas curvas de proteo (seletividade e coordenao) bem como os respectivos nveis de curtos-circuitos a fim de confirmar a viabilidade tcnica do conjunto termomagntico mais IDR.

  • RECON - BT Novembro de 2007 38/186

    Devem ser fornecidos com os condutores de interligao barramento / medidor e medidor / disjuntor de sada individual, instalados. Os condutores devem ser, no mnimo, de seo 16 mm, em Cu, isolado PVC 70C com caracterstica antichama (garantida a ampacidade mnima de 70 A), nas cores preta (fase A), vermelha (fase B), branca (fase C), azul claro (neutro) e verde ou verde e amarela (condutor de proteo - terra).

    Os casos de unidades consumidoras com carga maior que 70 A, devem ser submetidos previamente Light para anlise. A seguir, o Consumidor dever solicitar ao fornecedor / fabricante a compatibilizao das novas sees de condutores e dos barramentos com os novos valores de demanda. Nestes casos os painis ficam limitados a utilizao de equipamentos de medio direta at 200 A.

    As barras internas (fases, neutro e proteo) aos painis, devem ser identificadas e apresentar ampacidade igual ou superior a 1,25 vezes a corrente de demanda avaliada para o conjunto de unidades atinentes ao painel. Devem apresentar suportabilidade ao nvel de curto-circuito mnimo compatvel com o dimensionamento do disjuntor de proteo geral a montante do painel. As barras devem apresentar ampacidade mnima de 400 A.

    Todos os tipos de painis devem ser fabricados em chapa de ao galvanizada e tratada contra corroso, pintura eletrosttica em epxi ou similar. Devem possuir condio de securizao conforme Anexo C desta Regulamentao, impedindo o acesso interno ou a substituio de quaisquer de seus componentes sem a autorizao prvia da Light.

    Os visores, quando existentes (Painis de medio), devem ser em policarbonato transparente de espessura mnima de 3 (trs) mm.

    Os tipos de painis de medio contemplados neste item so:

    PMD: Painel de medio direta e proteo individual; PSMD: Painel de seccionamento, medio direta e proteo individual; PDMD: Painel de proteo geral, medio direta e proteo individual;

    NOTA: Todos os painis devem ser construdos, principalmente os destinados a ambientes sujeitos ao contato direto por terceiros (crianas em especial), considerando a adoo de total segurana contra a possibilidade de introduo de corpos estranhos (arames por exemplo) atravs do sistema de ventilao, que em geral so atravs de venezianas.

    9.7.1 - Painis de medio direta e proteo individual - PMD 1 (Fig. 11A) e PMD 2 (Fig. 11B)

    A aplicao dos painis PMD indicada para agrupamentos de medio instalados no mesmo ambiente fsico (com proximidade visual) da proteo geral montante, e desde que seja verificada a coordenao da proteo geral de entrada para curtos-circuitos que venham a ocorrer no barramento interno do painel de medio. Estes painis no contemplam a instalao de dispositivo seccionador no seu interior.

  • RECON - BT Novembro de 2007 39/186

    O painel PMD 1 deve ser adotado quando for utilizado apenas um disjuntor individual para cada unidade consumidora, do tipo termomagntico ou do tipo DDR (no permite a opo de proteo considerando o dispositivo IDR).

    O painel PMD 2 indicado quando utilizado, alm do disjuntor termomagntico, o dispositivo IDR, uma vez que apresenta dois estgios para disjuntores em srie.

    9.7.2 - Painis de seccionamento, medio direta e proteo individual - PSMD 1 (Fig. 13A) e PSMD 2 (Fig. 13B)

    Estes painis possuem internamente um dispositivo de abertura geral (seccionador tripolar de abertura em carga) do agrupamento. O dispositivo seccionador deve possuir capacidade para operar sob carga com no mnimo 400 A.

    A aplicao dos painis PSMD indicada quando o agrupamento de medio for instalado em ambiente fsico diferente (no visveis) da proteo geral montante, e desde que seja verificada a coordenao da proteo geral de entrada para curtos-circuitos que venham a ocorrer no barramento interno do painel de medio.

    Quando os painis PSMD forem derivados a partir do barramento de uma nica proteo geral de entrada e os circuitos de alimentao dos painis PSMD no estiverem protegidos pelo referido disjuntor geral, tanto para sobrecarga quanto para curto-circuito, um novo painel de proteo geral e parcial - PPGP, conforme descrito no item 9.7.4 desta Regulamentao, deve ser utilizado, a partir do qual devem derivar os alimentadores dos painis de medio devidamente protegidos pelas protees parciais.

    O painel PSMD 1 deve ser adotado quando for utilizado apenas um disjuntor individual para cada unidade consumidora, do tipo termomagntico ou do tipo DDR (no permite a opo de proteo considerando o dispositivo IDR).

    O painel PSMD 2 indicado quando for utilizado alm do disjuntor termomagntico, o dispositivo IDR, j que possui dois estgios para disjuntores em srie.

    9.7.3 - Painis de proteo geral, medio direta e proteo individual: PDMD 1 (Fig. 12A) e PDMD 2 (Fig. 12B)

    Estes painis possuem internamente um dispositivo de proteo geral (disjuntor) do agrupamento. A aplicao dos painis PDMD indicada quando estiverem instalados em ambientes fsicos diferentes (no visveis) da proteo geral montante, e sempre que no seja possvel a coordenao da proteo geral de entrada para curtos-circuitos que venham a ocorrer no barramento interno do painel de medio.

    Quando os painis PDMD forem derivados a partir do barramento de uma nica proteo geral de entrada e os circuitos de alimentao dos painis no estiverem protegidos pelo referido disjuntor geral, tanto para sobrecarga quanto para curto-circuito, um novo painel de proteo geral e parcial - PPGP, conforme descrito no item 9.7.4 desta Regulamentao, deve ser utilizado, a partir do qual devem derivar, devidamente protegidos pelas protees parciais, os alimentadores dos painis de medio.

  • RECON - BT Novembro de 2007 40/186

    O painel PDMD 1 deve ser adotado quando for utilizado apenas um disjuntor individual para cada unidade consumidora, do tipo termomagntico ou do tipo DDR (no permite a opo de proteo