RECONHECIMENTO DE SABERES E COMPETNCIAS (RSC):

CONFLITO COM A CAPACITAO?

LARISSA FABRE

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Painel 06/017 Gesto por competncia na Administrao Pblica: balano da experincia federal e anlise de casos de organizaes

RECONHECIMENTO DE SABERES E COMPETNCIAS (RSC):

CONFLITO COM A CAPACITAO?

Larissa Fabre

RESUMO

O Reconhecimento de Saberes e Competncias (RSC), iniciado em 2014 nos Institutos Federais, um processo de validao das experincias e da dedicao

dos docentes que poder, quando houver mrito, implicar melhoria salarial na carreira docente. Tal reconhecimento, no entanto, poder conflitar com o procedimento de progresso funcional baseada exclusivamente em titulaes

acadmicas de ps-graduao; tais ttulos, antes da implantao do RSC, eram a nica via possvel para esse tipo de progresso. A busca pela titulao tem apoio

institucional e visa ao melhor desempenho docente e, assim, maior qualidade na formao profissional dos discentes. A questo que se apresenta hoje a seguinte: os docentes, em sua maioria, iro continuar capacitando-se academicamente em

cursos de ps-graduao ou vo uti lizar o RSC como via principal de ascenso na carreira? Se essa ltima opo preponderar, h evidncias atuais de possvel perda

de qualidade na capacitao docente? O texto procura aprofundar essas questes luz das teorias correntes sobre capacitao e das evidncias que j se revelam nos editais de afastamento para ps-graduao no Instituto Federal de Santa Catarina.

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I INTRODUO

O intuito precpuo do Reconhecimento de Saberes e Competncias o

reconhecimento das atividades desenvolvidas pelos docentes ao longo da Carreira

do Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico da Rede Federal de Ensino.

Na prtica significa que o docente poder, com um processo especfico, desde que

atinja uma pontuao mnima, pleitear uma espcie de retribuio por titulao.

Caso o docente tenha o processo deferido, receber um aumento salarial

equivalente quele que obteria com a aquisio de um ttulo acadmico, como a

especializao, o mestrado ou o doutorado; ainda que no possua tal titulao.

Os esforos para a concesso do Reconhecimento de Saberes e

Competncias (RSC) iniciaram-se com a Portaria n 491, de 10 de junho de 2013 do

Ministrio da Educao (MEC), que designou o Conselho Permanente de

Reconhecimento de Saberes e Competncias, cujo objetivo estabelecer as

diretrizes e procedimentos para a concesso do RSC aos docentes da Carreira do

Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico da Rede Federal de Ensino.

Esse Conselho tambm tem como competncia a anlise e homologao dos

regulamentos especficos de cada Instituio Federal de Ensino para o

estabelecimento do RSC.

O Conselho tem como membros representantes dos rgos do governo

federal, gestores da Rede Federal de Educao Profissional e Tecnolgica,

representantes dos trabalhadores da educao federal e da comunidade.

A coordenao do Conselho Permanente para o Reconhecimento de Saberes e

Competncias cabe Secretaria de Educao Profissional e Tecnolgica

SETEC/MEC.

Transcorrido quase um ano da publicao da referida portaria n 491, a

Comisso Permanente de Reconhecimento de Saberes e Competncias do MEC

analisou e homologou a Resoluo n 29/2014/Consup de 24/07/2014 do Instituto

Federal de Santa Catarina (IFSC). Essa Resoluo regulamenta o processo de

avaliao e fluxo de procedimentos para concesso do Reconhecimento de Saberes

e Competncias aos docentes ativos pertencentes ao Plano de Carreira de

Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico do Instituto Federal de Santa

Catarina (IFSC).

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O docente poder formalizar a solicitao do RSC no nvel pretendido,

atravs de formulrio especfico. Devero acompanhar o formulrio o relatrio

descritivo elaborado pelo docente com toda a documentao comprobatria

referente s atividades desenvolvidas na sua trajetria acadmica, profissional e

intelectual.

De acordo com a legislao, o RSC poder ser concedido pelo IFSC em 3

(trs) nveis: RSC-I, RSC-II e RSC-III.

A equivalncia do RSC com a titulao acadmica, exclusivamente para

fins de percepo da Retribuio por Titulao, ocorrer da seguinte forma:

I diploma de graduao somado ao RSC-I equivaler titulao de

especializao;

II certificado de ps-graduao lato sensu somado ao RSC-II equivaler

ao mestrado; e

III titulao de mestre somada ao RSC-III equivaler ao doutorado.

O processo passa por anlise da Comisso Permanente de Pessoal

Docente (CPPD) do IFSC e, posteriormente, segue para uma Comisso Especial,

composta por trs membros sorteados atravs de um banco de avaliadores

cadastrados no MEC. Desses trs membros, um dever ser do IFSC e outros dois

devero ser docentes de qualquer outro Instituto Federal. Aps a realizao da

anlise, essa comisso dever emitir um parecer final, concedendo ou no o RSC

pleiteado pelo requerente.

Em caso de indeferimento, o requerente poder entrar com recurso. Em

caso de deferimento, o requerente ter uma portaria emitida, concedendo a

retribuio por titulao correspondente com possibilidade de efeitos retroativos a 1

de maro de 2013 ou em data posterior a essa, conforme seja atingida a pontuao.

No entanto, devemos considerar que a Resoluo n 29/2014/Consup, em

seu artigo 2 traz o seguinte: Art. 2o O RSC no deve ser estimulado em

substituio obteno de ttulos de Ps-Graduao (especializao, mestrado e

doutorado).

A retribuio por titulao est regulamentada pela Lei Federal n 11.784

de 22/09/2008 e pela Lei Federal 12.702 de 07/08/2012. O IFSC ainda segue a

Resoluo n 20/2012/CDP de 05/09/2012.

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Na Lei Federal n 11.784 de 22/09/2008, o tema retribuio por titulao

est enquadrado em seu artigo 114-A, que trata da estrutura remuneratria dos

titulares de cargos integrantes do Plano de Carreira do Magistrio, composta pelo

vencimento bsico e retribuio por titulao.

Com o Reconhecimento de Saberes e Competncias-RSC, o docente ter

o direito insero em sua folha de pagamento, atravs de rubrica especfica, da

retribuio por titulao ainda que no concludo o curso a que est enquadrado.

O tema aqui apresentado traz dvidas quanto ao futuro da procura dos

docentes pelos cursos de ps-graduao. Tais cursos buscam, antes de tudo,

possibilitar a capacitao e a formao necessrias ao desempenho das funes

docentes junto ao corpo discente e s instituies de ensino.

II OBJETIVOS

O presente trabalho visa confrontar as duas formas em que so tratadas a

qualificao docente e a respectiva remunerao que se apresentam atualmente

para o Instituto Federal de Santa Catarina: em primeiro lugar h a oferta de

qualificao acadmica. O IFSC oferece ao seu corpo docente vrias possibilidades

de incentivos: o servidor docente, foco da presente anlise, poder afastar-se de

suas funes para realizar cursos de ps-graduao em instituies nacionais e

estrangeiras, sendo assegurados todos os direitos e vantagens a que fizer jus em

razo do respectivo cargo, desde que atendidas as condies contidas na

Resoluo n 19/2012/CDP, que disciplina no IFSC este tipo de afastamento.

H tambm o processo de seleo para conceder auxlio para

participao em programas de ps-graduao aos servidores inscritos em

programas de mestrado e doutorado.

O Governo Federal, atravs da Coordenao Geral de Desenvolvimento

de Pessoas, ligada SETEC/MEC, lanou o Plano de Formao Continuada dos

Servidores da Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e Tecnolgica-

RFEPT- PLAFOR, que est incentivando os servidores, docentes e tcnicos, com

aes voltadas para o desenvolvimento acadmico e profissional.

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Em segundo lugar, o prprio governo federal, atravs do MEC, aprova o

Reconhecimento de Saberes e Competncias beneficiando os servidores ativos da

Carreira do Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico da Rede Federal de

Ensino.

Mesmo sendo um tema muito recente, com dados ainda iniciais, faremos

um levantamento e anlise dos nmeros obtidos atravs dos editais de afastamento

integral para ps-graduao no IFSC nos ltimos trs semestres. Cabe salientar que

o reconhecimento de saberes e competncias j era era de conhecimento dos

docentes desde 2013, quando iniciaram-se os trabalhos de regulamentao sobre

este assunto.

Ao final do trabalho, buscaremos uma prospeco de como ser a

procura dos docentes pelos editais de afastamento para ps-graduao para os

prximos anos, e como o IFSC poder se precaver para manter o desempenho

docente to necessrio para a manuteno da qualidade de ensino, e desenvolver e

difundir conhecimento cientfico e tecnolgico, formando indivduos capacitados para

o exerccio da cidadania e da profisso apregoado em sua misso.

III METODOLOGIA DA PESQUISA

Neste trabalho, optou-se pela utilizao do mtodo que aborda as

perspectivas qualitativas e quantitativas.

Na perspectiva qualitativa ser apresentado um histrico para que se

tenha uma noo da evoluo e as fases pelas quais passou o IFSC, uma instituio

com 105 anos. importante tambm a descrio do corpo docente, do plano de

carreira e da poltica de qualificao em implantao.

Na perspectiva quantitativa, ser apresentado um quadro com a

expanso prevista de docentes para os prximos cinco anos no IFSC. Finalizando

esta perspectiva, ser apresentado um quadro com os ltimos trs editais de

afastamento para ps-graduao e o nmero de participantes.

Ao final ser feita uma anlise baseada nas duas perspectivas citadas e

uma concluso.

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Breve histrico do Instituto Federal de Santa Catarina

Em 1909, quando a sociedade passava da era do trabalho artesanal para

o trabalho industrial, nascia em Florianpolis a Escola de Aprendizes Artfices. Seu

objetivo era proporcionar formao profissional aos filhos de classes scio-

econmicas menos favorecidas. Ao longo de quase um sculo, foram muitas

transformaes. (PDI do IFSC 2011-2015)

Figura 1 Evoluo histrica do Instituto Federal de Santa Catarina

Fonte: PDI do IFSC (2011-2015)

Em 2002 passa a ser CEFET, tendo as atividades ampliadas e

diversificadas, especialmente com a implantao de cursos de graduao

tecnolgica, cursos de ps-graduao em nvel de especializao e a realizao de

pesquisa e de extenso.

Atravs da Lei n 11.892 de 29/12/2008, foram criados os Institutos

Federais. Aps processo democrtico, a comunidade opta pela transformao do

CEFET em Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Santa Catarina.

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Com essa nova institucionalidade, ampliam-se as aes e o compromisso com a

incluso social. Investem-se mais recursos financeiros, amplia-se o quadro de

pessoal, abrem-se novas oportunidades de acesso a programas de fomento

pesquisa, constitui-se um novo plano de carreira para os servidores, a autonomia

financeira e didtico-pedaggica se fortalece e assegura-se uma identidade para a

Educao Profissional e Tecnolgica.

O IFSC ganha maior visibilidade, com a oferta de educao profissional e

tecnolgica gratuita e de qualidade em todas as regies do Estado Catarinense,

contribuindo, assim, para o desenvolvimento scio-econmico e cultural.

Corpo docente do IFSC

A composio do corpo docente do IFSC bastante diversa. Em outubro

de 2014, de acordo com o Siape, o nmero de docentes efetivos era 993. Quanto

titulao, 49,3% desses professores so mestres, 25,7% doutores, 16,7%

especialistas, 5,8% graduados e 2,5% ps-doutores, segundo dados do Plano

Semestral de Atividades Docentes do segundo semestre de 2014.

Plano de carreira

O Plano de Carreira dos Professores do Ensino Bsico, Tcnico e

Tecnolgico est disciplinado pela Lei n 12.772/2012 e composto de cinco classes

(DI, DII, DIII, DIV e titular). As classes DI e DII tm, cada uma, dois nveis, enquanto

as classes DIII e DIV tm quatro nveis cada uma. A classe titular compreende

apenas um nvel. Alm disso, h o Cargo Isolado de Professor Titular-Livre do

Ensino Bsico, Tcnico e Tecnolgico, composto de um nvel apenas.

O professor do IFSC, ocupante de cargo efetivo do Plano de Carreiras e

Cargos de Magistrio Federal, ser submetido a um dos seguintes regimes de

trabalho:

I 40 horas semanais de trabalho, em tempo integral, com dedicao

exclusiva s atividades de ensino, pesquisa, extenso e gesto

institucional; ou

II tempo parcial de 20 horas semanais de trabalho.

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Excepcionalmente, o IFSC poder, mediante aprovao de rgo

colegiado superior competente, admitir a adoo do regime de 40 horas semanais

de trabalho, em tempo integral, observando dois turnos dirios completos, sem

dedicao exclusiva, para reas com caractersticas especficas.

O regime de 40 horas com dedicao exclusiva implica o impedimento do

exerccio de outra atividade remunerada, pblica ou privada, com as excees

previstas em Lei. Os docentes em regime de 20 horas podero ser temporariamente

vinculados ao regime de 40 horas sem dedicao exclusiva aps a verificao de

inexistncia de acmulo de cargos e da existncia de recursos oramentrios e

financeiros para as despesas decorrentes da alterao do regime, considerando-se

o carter especial da atribuio do regime de 40 horas sem dedicao exclusiva, nas

seguintes hipteses:

I ocupao de cargo de direo, funo gratificada ou funo de

coordenao de cursos; ou

II participao em outras aes de interesse institucional definidas pelo

conselho superior da Instituio Federal de Ensino.

O desenvolvimento da Carreira do Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e

Tecnolgico ocorre mediante progresso funcional e promoo, na forma da Lei n

12.772/2012. Progresso a passagem do servidor para o nvel de vencimento

imediatamente superior dentro de uma mesma classe, e promoo a passagem do

servidor de uma classe para outra subsequente.

Para a Progresso, os critrios a serem observados cumulativamente so:

a) o cumprimento do interstcio de 24 meses de efetivo exerccio em cada

nvel e;

b) aprovao em avaliao de desempenho individual.

J a promoo ocorrer observados o interstcio mnimo de 24 meses no

ltimo nvel de cada Classe antecedente quela para a qual se dar a promoo e,

ainda, as seguintes condies:

para as Classes D II, DIII e DIV: ser aprovado em processo de avaliao

de desempenho;

para a Classe Titular:

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a) possuir o ttulo de doutor;

b) ser aprovado em processo de avaliao de desempenho; e

c) lograr aprovao de memorial que dever considerar as atividades de

ensino, pesquisa, extenso, gesto acadmica e produo

profissional relevante, ou de defesa de tese acadmica indita.

O IFSC regulamentou a Promoo Classe Titular atravs da Resoluo

N 05/2014/Consup. Em junho de 2014, o nmero de professores titulares no IFSC

era 28.

Os docentes aprovados no estgio probatrio do respectivo cargo que

atenderem aos seguintes requisitos de titulao faro jus a processo de acelerao

da promoo:

I de qualquer nvel da Classe D I para o nvel 1 da classe D II, pela

apresentao de ttulo de especialista; e

II de qualquer nvel das Classes D I e D II para o nvel 1 da classe D III,

pela apresentao de ttulo de mestre ou doutor.

No IFSC, os procedimentos relativos contratao de professores

substitutos so regidos pela Lei n 8.745/1993; Lei n 8.112/1990; Decreto n

94.664/1987; Lei n 9.849/1999; Portaria Interministerial n 164/2003; Decreto n

4.748/2003; Decreto n 7.312/2010; Decreto n 7485/2011 e Lei n 12.425/2011.

De acordo com as normas legais, tal modalidade de contratao

utilizada em carter excepcional e temporrio para suprir a falta de docentes do

quadro de pessoal efetivo do IFSC, podendo ser empregada apenas nos seguintes

casos: vacncia, licena por motivo de afastamento do cnjuge, licena para o

servio militar, licena para o desempenho de mandato classista, afastamento para

estudo ou misso no exterior, afastamento para servir em organismo internacional,

afastamento para participao em programa de ps-graduao stricto sensu no pas,

licena servidora gestante, licena para tratar de interesses particulares,

afastamento para servir a outro rgo ou entidade, afastamento para exerccio em

mandato eletivo, licena para tratamento de sade, nomeao para ocupar cargo de

direo de Reitor, Vice-Reitor, Pr-Reitor e Diretor de cmpus. Alm da legislao, o

IFSC tem normas internas que tratam do assunto.

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De acordo com a legislao, o nmero de professores substitutos no

pode ultrapassar 20% do nmero de professores efetivos do quadro. Para a seleo

de professores substitutos, o IFSC realiza, de acordo com a demanda, processos

seletivos simplificados.

Poltica de qualificao

H no IFSC vrios incentivos qualificao do corpo docente. As regras

para afastamento para ps-graduao esto disciplinadas na Resoluo n

19/2012/CDP de 03/05/2012. O servidor do IFSC poder afastar-se de suas funes

para realizar cursos de ps-graduao em instituies nacionais e estrangeiras,

sendo assegurados todos os direitos e vantagens a que fizer jus em razo do

respectivo cargo, desde que obedecidas as exigncias contidas na presente

Resoluo e na legislao vigente.

O afastamento para ps-graduao poder ser parcial ou integral,

conforme as seguintes definies:

I O afastamento parcial aquele em que o servidor recebe liberao de

at 50% da carga horria relativa ao seu regime de trabalho;

II O afastamento integral aquele em que o servidor recebe liberao

total da carga horria de seu regime de trabalho para dedicao

exclusiva atividade de ps-graduao.

Os prazos de afastamento para ps-graduao so fixados e

compreendem: at 12 meses para especializao; at 24 meses para mestrado; at

48 meses para doutorado e at 12 meses para ps-doutorado.

Os afastamentos para ps-graduao sero concedidos considerando-se

a relevncia da capacitao para o IFSC, de acordo com o Plano de Qualificao

Institucional (PQI).

Para afastamentos integrais de docentes haver a concesso de professor

substituto apenas para aqueles classificados em edital especfico. O processo de

classificao com fins de concesso de afastamento integral aos docentes do IFSC

inscritos em programas de Mestrado, Doutorado ou em projetos de Ps-Doutorado

divulgado semestralmente. Professores substitutos podem ser contratados, dentro de

um nmero respectivo de vagas, processo disciplinado por Edital.

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Alm desse incentivo, h tambm o processo de seleo para conceder

auxlio para participao em programas de ps-graduao aos servidores do IFSC

inscritos em programas de Mestrado e Doutorado. O objetivo incentivar o

desenvolvimento dos servidores, auxiliando-os na realizao de estudos e pesquisa

por meio de concesso de auxlio para o custeio de atividades relacionadas

participao em cursos de Mestrado e Doutorado no pas, reconhecidos pela Capes.

O IFSC tambm possibilita aos seus servidores, tanto docentes quanto

tcnicoadministrativos, a participao em programas de mestrado inter-institucional

(Minter) e doutorado inter-institucional (Dinter), mediante seleo por edital de

responsabilidade da instituio parceira.

No incio do ano de 2015, a Coordenao Geral de Desenvolvimento de

Pessoas, ligada SETEC/MEC, lanou uma ao estratgica no sentido de fazer

um levantamento sobre as demandas de capacitao e qualificao dos servidores

da Rede Federal de Educao Profissional, Cientfica e Tecnolgica.

Trata-se do Plano de Formao Continuada dos Servidores da RFEPT

(Plafor), um programa de capacitao para tcnico-administrativos e docentes,

composto pelas seguintes linhas de desenvolvimento:

a) Iniciao ao Servio Pblico;

b) Formao geral para o trabalho na EPT;

c) Educao formal;

d) Formao de gestores.

Nesse primeiro momento do Plafor, a SETEC buscou informaes para

formatar as aes voltadas para o desenvolvimento acadmico e profissional dos

servidores, no que diz respeito Graduao e Ps-Graduao. Fazendo a

combinao de dados institucionais e as informaes enviadas por cada servidor

atravs de questionrio online, sero buscados programas e vagas para a sua

formao. atravs dessa ferramenta que ser feito o levantamento das demandas.

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Plano de expanso dos docentes do IFSC

De acordo com seu Plano de Oferta de Cursos e Vagas (POCV), o IFSC

ter, nos prximos cinco anos, um crescimento de mais de 50% no nmero de

docentes. A Tabela 1 apresenta a projeo de expanso do quadro docente por

cmpus e em todo o Instituto, a qual ser reavaliada a cada reviso do POCV.

Cmpus

Quantidade de Docentes

Outubro de 2014

Previso para:

2015 2016 2017 2018 2019

Ararangu 54 57 59 59 59 59

Caador 8 11 22 33 37 40

Canoinhas 25 32 45 51 57 57

Chapec 52 56 56 59 60 60

Cricima 37 46 53 56 56 59

Florianpolis 326 326 340 355 368 368

Florianpolis-Continente 56 53 54 54 56 56

Garopaba 15 15 20 27 33 35

Gaspar 38 46 53 60 60 60

Geraldo Werninghaus 33 41 50 55 58 61

Itaja 24 31 44 53 59 61

Jaragu do Sul 52 54 54 55 59 59

Joinville 69 74 80 81 82 90

Lages 29 39 44 50 58 61

Palhoa-Bilngue 24 38 40 46 48 50

So Carlos 1 16 26 31 32 36

So Jos 89 83 90 90 91 95

So Loureno do Oeste 2 8 12 16 19 20

So Miguel do Oeste 25 36 44 48 51 51

Tubaro 1 5 9 22 30 33

Urupema 13 17 19 23 24 24

Xanxer 14 26 27 33 36 37

Centro de Referncia em Formao e EaD 6 10 20 25 25 25

Total 993 1120 1261 1382 1458 1497

Tabela 1: Projeo de Expanso do Quadro Docente Fonte PDI IFSC (2015-2019)

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Procura dos docentes pelos editais de afastamento integral para ps-

graduao

Os editais de afastamento integral para ps-graduao objetivam

classificar docentes efetivos do IFSC, interessados em afastar-se integralmente das

atividades para realizao de cursos de Mestrado, Doutorado ou Projetos de Ps-

Doutorado.

Estes editais tm como objetivos especficos o estabelecimento de

sistemtica de classificao que orientar a concesso dos afastamentos dos

docentes, com base no mrito e importncia do projeto para o IFSC, bem como

traduzir as demandas de afastamento que permitiro aos gestores, decises e aes

planejadas em sintonia com as necessidades da instituio.

Cursos Edital 21/2014

(1 semestre)

Edital 35/2014

(2 semestre)

Edital 7/2015

(1 semestre)

Mestrado 19 12 12

Doutorado 40 38 25

Ps-Doutorado 5 7 2

TOTAL 64 57 39

Tabela 2: Nmero de docentes que procuraram os Editais para afastamento para ps-graduao da

Pr-Reitoria de Pesquisa, Ps-Graduao e Inovao (PROPPI) no IFSC

Reconhecimento de saberes e competncias

De acordo com a Resoluo n 29/2014/Consup do IFSC, de 24 de Julho

de 2014, que dispe sobre a regulamentao da avaliao e fluxo de procedimentos

para a concesso do Reconhecimento de Saberes e Competncias aos docentes

pertencentes ao Plano de Carreira de Magistrio do Ensino Bsico, Tcnico e

Tecnolgico do Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia de Santa de

Catarina, so as seguintes as diretrizes para o RSC, de acordo com os trs nveis

diferentes previstos:

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Nvel 1 Diretrizes para a obteno equivalente titulao de

especialista.

A Experincia na rea de formao e/ou atuao do docente, anterior ao

ingresso na Instituio, contemplando o impacto de suas aes nas demais

diretrizes dispostas para todos os nveis do RSC;

B Cursos de capacitao na rea de interesse institucional;

C Atuao nos diversos nveis e modalidades de educao;

D Atuao em comisses e representaes institucionais, de classes e

profissionais, contemplando o impacto de suas aes nas demais diretrizes

dispostas para todos os nveis do RSC;

E Produo de material didtico e/ou implantao de ambientes de

aprendizagem, nas atividades de ensino, pesquisa, extenso e/ou inovao;

F Atuao na gesto acadmica e institucional, contemplando o impacto

de suas aes individuais nas demais diretrizes dispostas para todos

nveis da RSC;

G Participao em processos seletivos, em bancas de avaliao

acadmica e/ou concursos pblico;

H Outras graduaes, na rea de interesse, alm daquela que o habilita e

define o nvel de RSC pretendido, no mbito do plano de qualificao

institucional.

Nvel 2 Diretrizes para a obteno equivalente titulao de mestre.

A Orientao do corpo discente em atividades de ensino, extenso, pesquisa

e/ou inovao;

B Participao no desenvolvimento de prottipos, depsitos e/ou

registros de propriedade intelectual;

C Participao em grupos de trabalho e oficinas institucionais;

D Participao no desenvolvimento de projetos, de interesse institucional,

de ensino, pesquisa, extenso e/ou inovao;

E Participao no desenvolvimento de projetos e/ou prticas pedaggicas

de reconhecida relevncia;

F Participao na organizao de eventos cientficos, tecnolgicos,

esportivos, sociais e/ou culturais;

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G Outra Ps-Graduao lato sensu, na rea de interesse, alm daquela

que o habilita e define o nvel de RSC pretendido, no mbito do plano

de qualificao institucional.

Nvel 3 Diretrizes para a obteno equivalente titulao de doutor.

A Desenvolvimento, produo e transferncia de tecnologias;

B Desenvolvimento de pesquisas e aplicao de mtodos e tecnologias

educacionais que proporcionem a interdisciplinaridade e a integrao

de contedos acadmicos na educao profissional e tecnolgica ou

na educao bsica;

C Desenvolvimento de pesquisas e atividades de extenso que

proporcionem a articulao institucional com os arranjos sociais,

culturais e produtivos;

D Atuao em projetos e/ou atividades em parceria com outras

instituies;

E Atuao em atividades de assistncia tcnica nacional e/ou

internacional;

F Outra Ps-Graduao stricto sensu, na rea de interesse, alm

daquele que o habilita e define o nvel de RSC pretendido, no mbito

do plano de qualificao institucional;

G Produo acadmica e/ou tecnolgica, nas atividades de ensino,

pesquisa, extenso e/ou inovao.

Tais diretrizes esto em acordo com as diferentes funes que,

normalmente, esto atribudas aos portadores dos ttulos de especialista, mestre e

doutor.

Plano de Carreira- viso da teoria administrativa

importante que qualquer empresa, seja privada ou pblica, tenha um

plano de carreira, pois esse ser o norteador da evoluo profissional de cada

indivduo em consonncia com as necessidades das empresas e da comunidade

envolvida. Conforme (OLIVEIRA; 2009:5):

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Plano de Carreira a explicitao formal de um conjunto planejado,

estruturado, sustentado e sequencial de estgios que consolidam a realidade evolutiva de cada indivduo, de forma interativa com as necessidades das empresas e das comunidades onde elas atuam.

Para que um plano de carreira consiga ter a eficcia desejada

necessria a implantao de uma gesto por competncias, de forma estruturada e

sistemtica.

A administrao das competncias pode e deve concentrar nas competncias essenciais de cada indivduo, a verdadeira alavancagem de

seus planos de carreira. As competncias essenciais tm quatro fatores de influncia, representados pelos valores pessoais e pelos conhecimentos, habilidades e atitudes das pessoas. (OLIVEIRA; 2009:36).

Nesta abordagem, o conhecimento de relevncia fundamental pois

consolida a importncia das pessoas nas empresas e torna-se mais forte se estiver

baseado em

compartilhamento, ou seja, uma pessoa aprende- e ensina- com as outras,

principalmente em equipes multidisciplinares de trabalho; conceitos, metodologias e tcnicas, ou seja, possibilita que as pessoas tenham conhecimento de como realizar as suas tarefas; e contexto sistmico e

contingencial, em que a realidade das empresas interage com as realidades e tendncias do mercado principalmente o de trabalho-, criando algo pensante, criativo e inteligente. (OLIVEIRA; 2009:42).

No contexto de administrao por competncias destaca-se a remunerao

por habilidades, relacionada com o desenvolvimento dos profissionais na empresa e

cujos objetivos so: remunerao dos profissionais pelas suas habilidades

correlacionadas com as efetivas necessidades das empresas; incentivo e facilitao

ao processo de aprendizagem contnuo; valorizao do individuo e equipes

multidisciplinares e otimizao dos gastos com pessoas e resultados obtidos.

Verifica-se por parte das empresas uma preocupao com a

administrao do conhecimento, e segundo (OLIVEIRA; 2009:78):

Administrao do conhecimento o processo estruturado e sistematizado de obter, coordenar e compartilhar as experincias, os conhecimentos e as especialidades dos profissionais das empresas, visando ao acesso melhor

informao no tempo certo, com a finalidade de otimizar o desempenho global das atividades de cada indivduo e de toda a empresa.

Numa abordagem relacionada vocao e capacitao profissional

destacam-se quatro partes: os conhecimentos, habilidades e atitudes; os possveis

focos de atuao; os resultados proporcionados para a empresa e a evoluo

profissional do indivduo.

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Como fatores de influncia da vocao profissional destacam-se dois

fatores: a qualidade de vida e o grau de satisfao do indivduo com as suas

atividades profissionais e o nvel de aprendizado, ou seja, o quanto os

conhecimentos esto sendo absorvidos a fim de proporcionar o melhor desempenho

em suas atividades profissionais. Diz (OLIVEIRA; 2009:111):

Ou seja, o quo mais a pessoa aprende e tem a oportunidade de aplicar os

seus conhecimentos em suas atividades profissionais, mais ela se sente realizada e motivada para , cada vez mais, se aperfeioar de forma sustentada; e esta situao contibui diretamente para a melhoria de sua

qualidade de vida.

A questo da equidade

Uma das questes mais relevantes quando se trata de remunerao em

uma organizao a da coerncia interna, tambm conhecida como equidade

interna. Ela impacta diretamente no desempenho profissional, que no deve

considerar-se injustiado em sua remunerao. Assim, ...indispensvel haver

coerncia interna entre as remuneraes concedidas ao pessoal da mesma

empresa (LACOMBE: 2009;145)

Esse tema tem especial importncia quando se avalia as perspectivas de

eficcia do RSC, pois este traz maiores diferenas entre os profissionais docentes e

os administrativos e, ainda, entre aqueles na ativa e os aposentados. Sero

necessrios novos ajustes para que se preserve coeso de ao profissional,

necessariamente multiprofissional e que implica a colaborao de vrias carreiras.

Outra questo trata da equidade externa. (LACOMBE: 2009;146)

Instituies de ensino federais, especialmente universidades, que no sejam

atendidas por critrios semelhantes podero ser fonte de tenso inter-institucional,

dificultando eventualmente esforos de ao conjunta, necessrios no campo da

formao tcnica.

Por fim, para que pense em uma espcie de equidade intertemporal,

preciso trazer o tema do efeito dos incentivos a longo prazo. Incentivos anuais ou

de curto prazo encorajam o uso eficiente dos ativos existentes. Incentivos de longo

prazo encorajam o desenvolvimento de novos processos, produtos e a abertura de

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novos mercados. (LACOMBE: 2009;165) Apesar dos termos do autor citado

corresponderem mais propriamente ao universo da empresa privada, talvez tenha

alguma importncia no tema aqui desenvolvido: necessrio pensar nos incentivos

das carreiras a longo prazo nos Institutos Federais.

IV CONCLUSES

O RSC uma iniciativa recente, e as concluses aqui apresentadas so,

por isso, marcadas pela falta de evidncias mais precisas. Ainda assim, seguem

algumas ponderaes que decorrem do que j foi apresentado.

Em primeiro lugar, deve ser considerado que a experincia e o

conhecimento que o docente ganha quando desenvolve pesquisas e estudos para

sua ps-graduao so importantes para a sua atuao profissional. Se

experincias e formaes equivalentes s ps-graduaes no forem propiciadas

aos docentes, no haver o risco de prejuzo qualidade da formao dos alunos,

especialmente no que concerne pesquisa?

O RSC permite que mesmo professores iniciantes na carreira possam

adquirir progresses: a maioria dos docentes que solicitaram o RSC tm no mximo

8 anos no IFSC. Assim, poder haver um desestmulo busca de qualificao

acadmica justamente no perfi l de docentes que mais dela se beneficiariam.

Os Institutos Federais devero buscar outras formas de motivar os

professores a se qualificarem, j que o aumento no salrio por conta da retribuio

por titulao j estar garantida. Este risco especialmente preocupante quando o

docente j possuir o ttulo de mestre.

Os aposentados dos Institutos Federais no foram atendidos pelo previsto

na Resoluo do Reconhecimento de Saberes e Competncias o que poder lev-

los a uma contestao dessa norma. um caso de desequilbrio de equidade

interna.

Ainda quanto equidade interna, preciso lembrar que a viabilizao do

previsto na misso do IFSC implica a colaborao de diversas categorias

profissionais constantes de seu quadro. Como o RSC alcana apenas os docentes,

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h aumento nas diferenas das remuneraes entre esses e o conjunto de outros

profissionais, como psiclogos, assistentes em administrao, tcnicos de

laboratrio, contadores, administradores, mdicos, jornalistas, dentre outros,

enquadrados como tcnicos-administrativos. Essa maior diferena entre as

categorias profissionais afeta a equidade interna.

Tambm deve ser registrado quanto equidade externa, ou seja, em

relao a outras instituies pblicas semelhantes que no contam com o RSC ou

norma semelhante, como as universidades. A aplicao deste dispositivo poder

gerar conflitos institucionais.

V REFERNCIAS

BERGAMINI, Ceclia Whitaker & BERALDO, Deobel Garcia Ramos. Avaliao de

Desempenho Humano na Empresa. 4 edio. So Paulo: Atlas, 2010.

IFSC. Plano de Desenvolvimento Institucional, 2011-2015 e 2016-2019.

LACOMBE, Francisco Jos Masset. Recursos humanos: princpios e tendncias.

So Paulo: Saraiva, 2009.

ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projeto de Estgio e de Pesquisa em

Administrao: guia para estgios, trabalhos de concluso, dissertaes e estudos de caso. 3 Edio. So Paulo: Atlas, 2013.

VELLOSO, Vitria; MARTINS, Maria Ins C.; NASCIMENTO, Rejane B. do.

Articulando ensino e pesquisa: construindo uma prop osta de capacitao para docentes do ensino tcnico. Cad. Sade Pblica, 152, 1999.

Legislao

Lei Federal n 11.784 de 22/09/2008.

Lei Federal 12.702 de 07/08/2012.IFSC.

IFSC. Resoluo n 19/2012/CDP de 03/05/2012.IFSC.

IFSC. Resoluo n 20/2012/CDP de 05/09/2012.IFSC.

IFSC. Resoluo n 29/2014/Consup de 24/07/2014.

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AUTORIA

Larissa Fabre Administradora na Diretoria de Gesto de Pessoas do Instituto Federal de Santa Catarina (IFSC).

Endereo eletrnico: larissa.fabre@ifsc.edu.br