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13/05/22 1 REFORMA DO JUDICIÁRIO – EC 45 NÉDIO DARIVA PIRES DE LIMA

REFORMA DO JUDICIÁRIO - EC 45

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REFORMA DO JUDICIÁRIO – EC 45

NÉDIO DARIVA PIRES DE LIMA

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PROGRAMA

Reforma do Judiciário– Introdução

Eficiência e Celeridade– Súmulas vinculantes e impeditivas de recursos– Limitações dos recursos extraordinários– Prestação ininterrupta dos serviços– Delegação de atos

Magistratura– Ingresso na carreira– Promoções: critérios– Educação continuada– Princípio do juiz residente– Garantias e vedações

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PROGRAMA

Justiça do Trabalho– Composição do TST– Competência

Ministério Público– Ingresso na carreira– Promoções: critérios– Educação continuada– Princípio do promotor residente– Garantias e vedações.

Defensoria Pública– Autonomia Financeira e Orçamentária– Ingresso

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PROGRAMA

Questões Gerais– Federalização dos crimes contra os direitos humanos– A recepção dos Tratados Internacionais sobre Direitos

Humanos– A razoabilidade no tempo da prestação jurisdicional– Descentralização da Justiça Federal– Justiça Agrária– Conselho Nacional de Justiça– Conselho Nacional do Ministério Público– Tráfico de influência: a quarentena (Magistratura e MP)– PEC em discussão na Câmara dos Deputados

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Breve histórico da EC-45Na Câmara dos Deputados:– apresentada pelo Deputado Hélio Bicudo, em 26 de março de 1992;– última relatora Deputada Zulaiê Cobra (em 2000).

No Senado Federal:– o primeiro relator, o Senador Bernardo Cabral, emitiu importantes

pareceres, n. 538 e n. 1.035/2002, ambos aprovados pela Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).

– Finalmente, em 26 de junho de 2003, o Senador José Jorge foi designado como o último relator da Reforma do Judiciário.

Finalmente, após 13 anos...– Promulgada: 8 de dezembro de 2004.– Publicada em 31 de dezembro de 2004.

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DIREITOS E GARANTIAS FUNDAMENTAIS

 Art. 5º........................................................  LXXVIII - a todos, no âmbito judicial e administrativo, são assegurados a razoável duração do processo e os meios que garantam a celeridade de sua tramitação..................

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Eficiência e CeleridadeSúmula vinculante Art. 103-A

Art. 103-A. O Supremo Tribunal Federal poderá, de ofício ou por provocação, mediante decisão de dois terços dos seus membros, após reiteradas decisões sobre matéria constitucional, aprovar súmula que, a partir de sua publicação na imprensa oficial, terá efeito vinculante em relação aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas esferas federal, estadual e municipal, bem como proceder à sua revisão ou cancelamento, na forma estabelecida em lei.

 

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Eficiência e CeleridadeSúmula vinculante Art. 103-A

Finalidade: Fixar o entendimento sobre:– Validade– Interpretação– Eficácia de normas jurídicas.

Requisitos:– Controvérsia atual entre órgãos judiciários; ou,– Controvérsia entre órgãos judiciários e a

administração pública, e que cause:– Grave insegurança jurídica e relevante

multiplicação de processos sobre questão idêntica

§ 1º A súmula terá por objetivo a validade, a interpretação e a eficácia de normas determinadas, acerca das quais haja controvérsia atual entre órgãos judiciários ou entre esses e a administração pública que acarrete grave insegurança jurídica e relevante multiplicação de processos sobre questão idêntica.

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Eficiência e CeleridadeSúmula vinculante Art. 103-A

§ 2º Sem prejuízo do que vier a ser estabelecido em lei, a aprovação, revisão ou cancelamento de súmula poderá ser provocada por aqueles que podem propor a ação direta de inconstitucionalidade.  Da Inobservância da Súmula (Art. 102, I, l)§ 3º Do ato administrativo ou decisão judicial que contrariar a súmula aplicável ou que indevidamente a aplicar, caberá reclamação ao Supremo Tribunal Federal que, julgando-a procedente, anulará o ato administrativo ou cassará a decisão judicial reclamada, e determinará que outra seja proferida com ou sem a aplicação da súmula, conforme o caso."

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RECURSO EXTRAORDINÁRIO

A Reforma do Judiciário veio a acrescentar uma nova modalidade de recurso extraordinário, inserindo uma alínea “d” no inciso III do art. 102, verbis : “III – julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: (...) d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal .”

– “lei local” é lei municipal/estadual que usurpe competência federal.

Trata-se de uma hipótese de conflito de legalidade, em primeiro plano, e de constitucionalidade, em última análise, vez que o que houve é invasão de competência (constitucionalmente estabelecida), até então solucionada por recurso especial junto ao Superior Tribunal de Justiça.

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EFICIÊNCIA E CELERIDADE

Limitações dos recursos extraordinários Art. 102

Art. 102 – Compete ao STF:III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida: a) contrariar dispositivo desta Constituição;   b) declarar a inconstitucionalidade de tratado ou lei federal;  c) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face desta Constituição d) julgar válida lei local contestada em face de lei federal.

§ 3º No recurso extraordinário o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, a fim de que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusa-lo pela manifestação de dois terços de seus membros.– Norma de eficácia limitada (dependente de regulamentação).

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O que isso representa?

Entre outros fundamentos, o de que a jurisprudência que se formará no Supremo não poderá se cingir a questões envolvendo controvérsias particulares, sem repercussão na sociedade. Lembremos que um tribunal constitucional não pode e não deve se tornar mais um grau de jurisdição! O duplo grau de jurisdição - princípio constitucional não expresso - apenas nos garante a possibilidade de uma revisão das decisões de mérito. Ninguém pode invocar o princípio para utilizar os tribunais superiores e, entre eles, do Supremo Tribunal Federal, como “um grau de jurisdição a mais”, fato que vem retardando e muito os julgamentos de controvérsias entre pessoas, muitas vezes desprovidas de todo e qualquer interesse público, como a mídia já cansou de exemplificar.

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Recurso Especial

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:III - julgar, em recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida:

a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;

b) julgar válida lei ou ato de governo local contestado em face de lei federal;

       b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal

c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.

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EFICIÊNCIA E CELERIDADE Prestação ininterrupta dos serviços

Delegação de atos

– Prestação ininterrupta dos serviços• Vedação às férias coletivas nos juízos e tribunais (de 2°grau)• Vai continuar ocorrendo as chamadas “férias do advogado” de 20

de dezembro à 6 de janeiro.– Necessário a manutenção de juízes plantonistas.

– Delegação de atos• Atos não jurisdicionais poderão ser delegados aos serventuários.

– Na prática é a formalização do que já vem ocorrendo (exceto a elaboração das sentenças por serventuários e estagiários).

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EFICIÊNCIA E CELERIDADE

– A Justiça Itinerante– Justiça Federal (Art. 107, §2°)– Justiça do Trabalho (Art. 115, § 1°)– Justiça Comum Estadual (Art. 125, § 6°)

– Descentralização da:– Justiça Federal (Art. 107, §3°)– Justiça do Trabalho (Art. 115, §2°)– Justiça Comum Estadual (Art. 125, § 7°)

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EFICIÊNCIA E CELERIDADEArt. 125

Descentralização da atividade jurisdicional de 2° grau. – § 6º O Tribunal de Justiça poderá funcionar descentralizadamente,

constituindo Câmaras regionais, a fim de assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases do processo.       

Justiça itinerante.– § 7º O Tribunal de Justiça instalará a justiça itinerante, com a

realização de audiências e demais funções da atividade jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-se de equipamentos públicos e comunitários.

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EFICIÊNCIA

Educação Continuada– Freqüência a cursos oficiais para:

• Ingresso, vitaliciamente e promoções. (93, II, c;)

– Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados (105, § Único, I)

– Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados do Trabalho (111-A, § 2°, I)

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Poder Judiciário

Estrutura do Poder JudiciárioSTFConselho Nacional de JustiçaSTJ Art. 105 § Único:– Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de

Magistrados.• Regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e promoção na

carreira.– Conselho da Justiça Federal

• Supervisão Administrativa e Orçamentária da Justiça Federal• Poderes Correicionais.

– Decisões Vinculantes.

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Estrutura do Poder JudiciárioSTF

STJ TST TSE

CNJ

STM

TJ/TJM TRT TRETRF

Juízes de Direito Juízes Federais Juízes do TrabalhoJuntas e

Juízes Eleitorais

Conselhos de JustiçaAuditorias Militares

da União

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PODER JUDICIÁRIO

IntroduçãoEscolha dos Magistrados (93)– Ingresso na carreira (I)– Promoções: critérios (II)– Educação continuada (IV)– Princípio do juiz residente (VII)– Remoção a pedido e permuta (VIII-A) com critérios do 93, II, a, b, c e e.

Independência e AutonomiaGarantias aos Magistrados

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PODER JUDICIÁRIOAtividade Jurídica

ASSENTO REGIMENTAL Nº 47, DE 05 DE ABRIL DE 2005.O Tribunal Regional Federal da 4ª Região, nos termos do deliberado no Plenário Administrativo, sessão realizada em 29 de março de 2005, nos autos do Processo Administrativo nº 05.20.00079-0 decide emendar o seu Regimento Interno, da seguinte forma:Art. 1º Os §§ 1º e 2º do art. 289 passam a vigorar com a seguinte alteração:

Art. 289. A inscrição far-se-á em duas fases, preliminar e definitiva, tendo acesso a esta apenas os candidatos aprovados nas provas escritas.§ 1º - O candidato instruirá o pedido de inscrição preliminar com a prova de ser brasileiro e com diploma de bacharel em Direito registrado;§ 2º O candidato aprovado nas provas escritas instruirá o pedido de inscrição definitiva com prova de prática de atividade jurídica por três anos, não sendo computados períodos anteriores à colação de grau;Art. 2º Fica acrescido o § 3º, ao artigo 289, com a seguinte redação:§ 3º Considera-se como tempo de atividade jurídica aquela prestada na militância da advocacia, inclusive a pública, bem como o tempo de serviço em cargo público cujo exercício impeça a atividade como advogado, cujas atribuições exijam conhecimento e aplicação do Direito, comprovados documentalmente.Art. 3º Este Assento Regimental entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.Porto Alegre, 05 de abril de 2005.

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PODER JUDICIÁRIO

– A razoabilidade no tempo da prestação jurisdicional (Art. 5°,LXXVIII)

– A Justiça Itinerante– Justiça Federal (Art. 107, §2°)– Justiça do Trabalho (Art. 115, § 1°)– Justiça Comum Estadual (Art. 125, § 6°)

– Descentralização da:– Justiça Federal (Art. 107, §3°)– Justiça do Trabalho (Art. 115, §2°)– Justiça Comum Estadual (Art. 125, § 7°)

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Poder Judiciário

Controle Externo ADIn julgada improcedente.

– O Conselho Nacional de Justiça– Atribuições do CNJ

  Art. 103-B (...)§ 4º Compete ao Conselho o controle da atuação administrativa e

financeira do Poder Judiciário e do cumprimento dos deveres funcionais dos juízes (...)I – Zelar pela autonomia do Poder Judiciário(...)

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Controle Interno

STJ– Conselho da Justiça Federal (105, II):

• Supervisão Administrativa e Orçamentária• Poderes correicionais vinculantes

TST (111-A)– Conselho Superior da Justiça do Trabalho

• Supervisão Administrativa, Orçamentária, Financeira e Patrimonial

• Decisões Vinculantes

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MINISTÉRIO PÚBLICO

Ingresso na carreira– Ingresso na carreira (129, §3°)– Promoções: critérios (129 §4 c/c 93)– Princípio do promotor residente

CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO– Art. 130-A. O Conselho Nacional do Ministério Público compõe-se

de quatorze membros (...)

– § 2º Compete ao Conselho Nacional do Ministério Público o controle da atuação administrativa e financeira do Ministério Público e do cumprimento dos deveres funcionais de seus membros

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DEFENSORIA PÚBLICA

Ingresso na carreira– Ingresso na carreira– Lei Complementar– Garantias

Autonomia– Funcional– Administrativa– Iniciativa Orçamentária

Art. 134 (...) § 2º Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e administrativa e a iniciativa de sua proposta orçamentária dentro dos limites estabelecidos na lei de diretrizes orçamentárias e subordinação ao disposto no art. 99, § 2º.

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Direitos Humanos

Art. 5° (...) § 3º Os tratados e convenções internacionais sobre direitos humanos que forem aprovados, em cada Casa do Congresso Nacional, em dois turnos, por três quintos dos votos dos respectivos membros, serão equivalentes às emendas constitucionais.  § 4º O Brasil se submete à jurisdição de Tribunal Penal Internacional a cuja criação tenha manifestado adesão.V. art. 4°, II

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Federalização dos crimes contra os direitos humanos Fundamento: Art. 21, I.

- hipóteses de grave violação de direitos humanos e com– finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações

decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte

• PGR – STJ (desloca a competência para a Justiça Federal)

Art. 109. Aos juízes federais compete processar e julgar:

V-A - as causas relativas a direitos humanos a que se refere o § 5º deste artigo;

§ 5º Nas hipóteses de grave violação de direitos humanos, o Procurador-Geral da República, com a finalidade de assegurar o cumprimento de obrigações decorrentes de tratados internacionais de direitos humanos dos quais o Brasil seja parte, poderá suscitar, perante o Superior Tribunal de Justiça, em qualquer fase do inquérito ou processo, incidente de deslocamento de competência para a Justiça Federal.

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Questões Gerais

– A recepção dos Tratados Internacionais sobre direitos humanos – Art. 5° § 3°

– O Tribunal Penal Internacional• Crimes de :

– Genocídio– Contra a humanidade– De Guerra– De Agressão

O TPI prevê pena de prisão perpétua (V. Art. 5°, XLVII, b e 60, §4°, IV).

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Questões Gerais

– A razoabilidade no tempo da prestação jurisdicional (Art. 5°,LXXVIII)

– A Justiça Itinerante– Justiça Federal (Art. 107, §2°)– Justiça do Trabalho (Art. 115, § 1°)– Justiça Comum Estadual (Art. 125, § 6°)

– Descentralização da:– Justiça Federal (Art. 107, §3°)– Justiça do Trabalho (Art. 115, §2°)– Justiça Comum Estadual (Art. 125, § 7°)

– As Varas Agrárias (Art. 126)

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Justiça Militar

Ju iz de D ire i to1 2 5 § 5°

C o nse lho d e Jus tiça

T r ibu na l d e Ju stiçaT r ibu na l d e Jus tiça M i li ta r

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Questões Gerais

1. CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA• Criação de órgão de planejamento, controle administrativo e correcional do

Poder Judiciário, composto por magistrados, membros do MP, advogados e cidadãos. ADIn julgada improcedente.

2. CONSELHO NACIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO• Criação de órgão de planejamento, controle administrativo e correcional do

Ministério Público, composto por membros do MP, magistrados e cidadãos.

3. AUTONOMIA DAS DEFENSORIAS PÚBLICAS ESTADUAIS• Às Defensorias Públicas Estaduais são asseguradas autonomia funcional e

administrativa, e a iniciativa de sua proposta orçamentária.

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Questões Gerais

– Tráfico de influência: a quarentena– Magistratura e MP

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JUSTIÇA DO TRABALHO

Composição do TST: 27 ministros– Competência

• Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar:  • I - as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito

público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios;

• ADIn e Medida Liminar– Dou interpretação conforme ao inciso I do art. 114 da CF, na redação da EC

nº 45/2004. Suspendo, ad referendum, toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na competência da Justiça do Trabalho, a "... apreciação ... de causas que ... sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter jurídico-administrativo" . Publique-se. Brasília, 27 de janeiro de 2005. Ministro NELSON JOBIM Presidente

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JUSTIÇA DO TRABALHO

– A “extinção” do poder normativo• Art. 114 (...) § 2º Recusando-se qualquer das partes à negociação

coletiva ou à arbitragem, é facultado às mesmas, de comum acordo, ajuizar dissídio coletivo de natureza econômica, podendo a Justiça do Trabalho decidir o conflito, respeitadas as disposições mínimas legais de proteção ao trabalho, bem como as convencionadas anteriormente.

• ADI n. 3.392 da Confederação Nacional das Profissões Liberais (CNPL) - Objetiva-se afastar a necessidade do “comum acordo” como condição para a propositura de dissídios coletivos.

– Fundo de Garantia das Execuções Trabalhistas• Multas de condenações trabalhistas e administrativas oriundas da fiscalização do

trablaho

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JUSTIÇA DO TRABALHO

E M E N T A: ACIDENTE DO TRABALHO - INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E/OU MORAIS - AÇÃO AJUIZADA EM FACE DO EMPREGADOR, COM FUNDAMENTO NO DIREITO COMUM - MATÉRIA QUE, NÃO OBSTANTE A SUPERVENIÊNCIA DA EC 45/2004, AINDA PERMANECE NA ESFERA DE COMPETÊNCIA DO PODER JUDICIÁRIO LOCAL - RECURSO IMPROVIDO. - Compete à Justiça dos Estados-membros e do Distrito Federal, e não à Justiça do Trabalho, o julgamento das ações de indenização por danos materiais e/ou morais resultantes de acidente do trabalho, ainda que fundadas no direito comum e ajuizadas em face do empregador. - Não obstante a superveniência da EC 45/2004, subsiste íntegra, na esfera de competência material do Poder Judiciário local, a atribuição para processar e julgar as causas acidentárias, qualquer que seja a condição ostentada pela parte passiva (INSS ou empregador), mesmo que a pretensão jurídica nelas deduzida encontre fundamento no direito comum. Inaplicabilidade da Súmula 736/STF. Precedente: RE 438.639/MG, Rel. p/ o acórdão Min. CEZAR PELUSO (Pleno). 09/03/2005

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JUSTIÇA DO TRABALHO

Os ministros acompanharam o voto do relator, ministro Carlos Ayres Britto, que considerou "que o inciso I do artigo 109 da Constituição não autoriza concluir que a Justiça Comum Estadual detém a competência para apreciar as ações que o empregado propõe contra seu empregador,  pleiteando reparação por danos morais e patrimoniais". Em seu voto, o ministro salientou que o caso é diferente para as ações em que a União, autarquias ou empresas públicas federais são partes interessadas nas causas entre o INSS e pessoas que buscam o recebimento de benefício previdenciário decorrente de acidente de trabalho. Nesse caso, Ayres Britto ressaltou que a competência é da Justiça Comum dos  estados, conforme estabelecido na Súmula 501 do  Supremo . No entanto, o ministro afirmou que no caso de ação acidentária reparadora de danos que envolva  um empregado contra o empregador, onde não há interesse da União, nem de autarquias e ou de empresa pública federal, a competência deve ser da Justiça Trabalhista.29/06/2005

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JUSTIÇA DO TRABALHO

JT julga dano moral em acidente de trabalho, decide Turma do TST - 20/05/2005 (julgado em 18/05/2005)

Processo: RR - 2295/2002-029-12-00.5

A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho afirmou, por unanimidade de votos, a competência da Justiça do Trabalho para julgar ações nas quais trabalhadores cobram indenização por danos materiais ou morais decorrentes de acidentes de trabalho. Em decisão relatada pelo ministro João Oreste Dalazen, a Turma determinou que o Tribunal Regional do Trabalho de Santa Catarina julgue o mérito do pedido de indenização feito por um motorista carreteiro que sofreu acidente de trabalho quando seu veículo era rebocado por um guincho.

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PROIBIÇÃO DE NEPOTISMO NO JUDICIÁRIO• No âmbito da jurisdição de cada Tribunal ou Juízo, é vedada

a nomeação ou designação, para cargos em comissão e para as funções comissionadas, de cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau, inclusive, dos respectivos membros ou juízes vinculados, salvo a de servidor ocupante de cargo de provimento efetivo das carreiras judiciárias, caso em que a vedação é restrita à nomeação ou designação para servir junto ao magistrado determinante da incompatibilidade.

RETORNAM À CÂMARA DOS DEPUTADOS

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RETORNAM À CÂMARA DOS DEPUTADOS

2. SÚMULA IMPEDITIVA DE RECURSOS PARA O STJ E PARA O TST• O STJ e o TST poderão, mediante decisão de dois terços dos seus

membros, após reiteradas decisões sobre a matéria, aprovar súmula que, a partir de sua publicação, constituir-se-á em impedimento à interposição de quaisquer recursos contra decisão que a houver aplicado.

3. PRERROGATIVA DE FORO• A competência especial por prerrogativa de função, em relação a

atos praticados no exercício da função pública ou a pretexto de exerce-la, inclusive no caso de ação de improbidade referente a crime de responsabilidade dos agentes políticos, subsiste ainda que o inquérito ou a ação judicial venham a ser iniciados após a cessação do exercício da função.

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Questões Gerais

ADIns e ADCs Art. 102 §3°

– Eficácia erga omnes– Efeito Vinculante

Legitimidade: 103

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Das Incompatibilidades e ImpedimentosArt. 27. A incompatibilidade determina a proibição total, e o impedimento, a proibição parcial do exercício da advocacia.Art. 28. A advocacia é incompatível, mesmo em causa própria, com as seguintes atividades:I - chefe do Poder Executivo e membros da Mesa do Poder Legislativo e seus substitutos legais;II - membros de órgãos do Poder Judiciário, do Ministério Público, dos tribunais e conselhos de contas, dos juizados especiais, da justiça de paz, juízes classistas, bem como de todos os que exerçam função de julgamento em órgãos de deliberação coletiva da administração pública direta e indireta;III - ocupantes de cargos ou funções de direção em Órgãos da Administração Pública direta ou indireta, em suas fundações e em suas empresas controladas ou concessionárias de serviço público;IV - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a qualquer órgão do Poder Judiciário e os que exercem serviços notariais e de registro;V - ocupantes de cargos ou funções vinculados direta ou indiretamente a atividade policial de qualquer natureza;VI - militares de qualquer natureza, na ativa;VII - ocupantes de cargos ou funções que tenham competência de lançamento, arrecadação ou fiscalização de tributos e contribuições parafiscais;VIII - ocupantes de funções de direção e gerência em instituições financeiras, inclusive privadas.§ 1º A incompatibilidade permanece mesmo que o ocupante do cargo ou função deixe de exercê-lo temporariamente.§ 2º Não se incluem nas hipóteses do inciso III os que não detenham poder de decisão relevante sobre interesses de terceiro, a juízo do conselho competente da OAB, bem como a administração acadêmica diretamente relacionada ao magistério jurídico.Art. 29. Os Procuradores Gerais, Advogados Gerais, Defensores Gerais e dirigentes de órgãos jurídicos da Administração Pública direta, indireta e fundacional são exclusivamente legitimados para o exercício da advocacia vinculada à função que exerçam, durante o período da investidura.Art. 30. São impedidos de exercer a advocacia:I - os servidores da administração direta, indireta e fundacional, contra a Fazenda Pública que os remunere ou à qual seja vinculada a entidade empregadora;II - os membros do Poder Legislativo, em seus diferentes níveis, contra ou a favor das pessoas jurídicas de direito público, empresas públicas, sociedades de economia mista, fundações públicas, entidades paraestatais ou empresas concessionárias ou permissionárias de serviço público.Parágrafo único. Não se incluem nas hipóteses do inciso

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Composição do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) o presidente do Supremo Tribunal Federal, Nelson Jobim, que exercerá o cargo de presidente do órgão; o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Antônio de Pádua Ribeiro, que ocupará o cargo de corregedor do CNJ, e o presidente do Tribunal Superior do Trabalho, ministro Vantuil Abdala. Os demais conselheiros são: Marcus Antonio de Souza Faver, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro, e Cláudio Godoy, juiz da Justiça Estadual de São Paulo, indicados pelo Supremo Tribunal Federal; Jiram Aram Megueriam, do TRF da 1ª Região, e Germana Moraes, juíza da 3ª Vara de Fortaleza, indicados pelo STJ; Douglas de Alencar Rodrigues, juiz do Tribunal do Trabalho da 10ª Região, e Paulo Luiz Schmidt, juiz da Vara do Trabalho de São Gabriel, no Rio Grande do Sul, indicados pelo Tribunal Superior do Trabalho; o procurador-regional da República, Eduardo Lorenzoni, representando o Ministério Público Federal; a procuradora de Justiça, Ruth de Carvalho, representando o Ministério Público Estadual; os advogados Oscar Argollo e Paulo Lôbo, indicados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB); o advogado Joaquim Falcão, como representante do Senado, e o jurista Alexandre de Moraes, ex-secretário de Justiça do Estado de São Paulo, indicado pela Câmara dos Deputados.