Reg. CE 491 2009 - Altera OCM Única

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    I

    (Actos aprovados ao abrigo dos Tratados CE/Euratom cuja publicao obrigatria)

    REGULAMENTOS

    REGULAMENTO (CE) N.o 491/2009 DO CONSELHO

    de 25 de Maio de 2009

    que altera o Regulamento (CE) n. o 1234/2007 que estabelece uma organizao comum dos mercadosagrcolas e disposies especficas para certos produtos agrcolas (Regulamento OCM nica)

    O CONSELHO DA UNIO EUROPEIA,

    Tendo em conta o Tratado que institui a Comunidade Europeia,nomeadamente os artigos 36.o e 37.o,

    Tendo em conta a proposta da Comisso,

    Tendo em conta o parecer do Parlamento Europeu ( 1),

    Considerando o seguinte:

    (1) Com o objectivo de simplificar o quadro legislativo dapoltica agrcola comum (PAC), o Regulamento (CE)n.o 1234/2007 (Regulamento OCM nica) (2) revogoue substituiu por um nico acto todos os regulamentosque o Conselho aprovara desde a introduo da PAC nombito do estabelecimento de organizaes comuns demercado de produtos agrcolas ou grupos de produtosagrcolas.

    (2) Como salientado no Regulamento OCM nica, esseacto de simplificao no se destinava a pr em causaas decises polticas tomadas ao longo dos anos no m bito da PAC. Consequentemente, o referido regulamento

    no visava estabelecer quaisquer novos instrumentos oumedidas. O Regulamento OCM nica reflecte, portanto,as decises polticas tomadas at ao momento em que aComisso apresentou a proposta de texto desse regulamento.

    (3) Paralelamente s negociaes e aprovao do Regulamento OCM nica, o Conselho comeou igualmente anegociar uma reforma da poltica vigente no sector vitivincola, a qual ficou recentemente concluda com aaprovao do Regulamento (CE) n.o 479/2008 do Conselho, de 29 de Abril de 2008, que estabelece a organizao comum do mercado vitivincola (3). Como explici

    tado no Regulamento OCM nica, s foram incorpora

    das desde o incio nesse regulamento as disposies dosector vitivincola que no foram objecto de uma reformade poltica. As disposies substantivas objecto de alteraes de poltica s deveriam ser incorporadas no referidoregulamento depois de aprovadas. Dado que tais disposies j foram aprovadas, o sector vitivincola dever seragora plenamente integrado no Regulamento OCMnica atravs da incluso, neste ltimo, das decisespolticas contempladas no Regulamento (CE)n.o 479/2008.

    (4) A integrao das disposies em questo no Regula

    mento OCM nica dever processar-se de acordo coma abordagem seguida aquando da aprovao do referidoregulamento, ou seja, no pondo em causa as decisespolticas tomadas quando o Conselho aprovou as referidas disposies, nem to-pouco a justificao dessas decises, expressa nos considerandos relevantes dos regulamentos correspondentes.

    (5) O Regulamento OCM nica dever, portanto, ser alterado em conformidade.

    (6) O Regulamento OCM nica incorporou as disposiesque estabelecem a aplicabilidade das regras de concorrncia previstas no Tratado aos sectores por ele abrangidos.At ento, essas disposies estavam contempladas noRegulamento (CE) n.o 1184/2006 do Conselho, de24 de Julho de 2006, relativo aplicao de determinadas regras de concorrncia produo e ao comrcio deprodutos agrcolas (4). O Regulamento OCM nicaadaptou, portanto, o mbito de aplicao do Regulamento (CE) n.o 1184/2006. Atendendo plena integrao do sector vitivincola no Regulamento OCM nica e extenso a esse sector das regras de concorrncia na

    quele estabelecidas, dever prever-se a excluso do sectorvitivincola do mbito de aplicao do Regulamento (CE)n.o 1184/2006.

    PT17.6.2009 Jornal Oficial da Unio Europeia L 154/1

    (1) Parecer emitido em 20 de Novembro de 2008 (ainda no publicadono Jornal Oficial).

    (2) JO L 299 de 16.11.2007, p. 1.(3) JO L 148 de 6.6.2008, p. 1. (4) JO L 214 de 4.8.2006, p. 7.

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    (7) Importa esclarecer que os elementos de auxlio estataleventualmente contidos nos programas de apoio nacionais a que se refere o presente regulamento devero seravaliados luz das regras substantivas comunitrias sobreos auxlios estatais. Uma vez que o procedimento esta belecido no presente regulamento para a aprovao dos

    referidos programas de apoio permite Comisso assegurar o respeito dessas regras, em particular das enunciadas nas Orientaes comunitrias para os auxlios estatais no sector agrcola e florestal no perodo 2007--2013 (1), no dever ser requerida qualquer outra notificao em aplicao do artigo 88.o do Tratado ou doRegulamento (CE) n.o 659/1999 do Conselho, de 22 deMaro de 1999, que estabelece as regras de execuo doartigo 93.o do Tratado CE (2).

    (8) A bem da segurana jurdica, adequado recordar que arevogao do Regulamento (CE) n.o 497/2008 no pre judica a validade dos actos jurdicos aprovados com base

    nesse acto revogado.

    (9) Para assegurar que a transio das disposies do Regulamento (CE) n.o 479/2008 para as do presente regulamento no afecte a campanha vitivincola de 2008/2009,actualmente em curso, o presente regulamento deveraplicar-se a partir de 1 de Agosto de 2009,

    APROVOU O PRESENTE REGULAMENTO:

    Artigo 1.o

    O Regulamento (CE) n.o 1234/2007 alterado do seguintemodo:

    1. No artigo 1.o, suprimido o n.o 2.

    2. No artigo 3.o, primeiro pargrafo, inserida a seguintealnea:

    c-a) 1 de Agosto a 31 de Julho do ano seguinte, para osector vitivincola;.

    3. O artigo 55.o alterado do seguinte modo:

    a) A epgrafe passa a ter a seguinte redaco:

    Artigo 55.o

    Regimes de quotas e potencial de produo;

    b) inserido o seguinte nmero:

    2-A. So aplicveis ao sector vitivincola, em confor

    midade com o disposto na seco IV-A, regras de potencial de produo relativas a plantaes ilegais, a di

    reitos de plantao em regime transitrio e a um regimede arranque.

    4. No captulo III do ttulo I da parte II, o ttulo da seco IVpassa a ter a seguinte redaco:

    S e c o I V

    R e g r a s p r o c e s s u a i s r e l a t i v a s s q u o t a sn o s s e c t o r e s d o a c a r , d o l e i t e e d a f c u l a d e b a t a t a .

    5. No artigo 85.o, o promio passa a ter a seguinte redaco:

    A Comisso aprova as regras de execuo das seces I aIII-A, que podem, designadamente, incidir nos seguintespontos:

    6. No captulo III do ttulo I da parte II, aditada a seguinteseco:

    S e c o I V - AP o t e n c i a l d e p r o d u o n o s e c t o r v i t i v in c o l a

    S u b s e c o I

    P l a n t a e s i l e g a i s

    Artigo 85.o-A

    Plantaes ilegais posteriores a 31 de Agosto de 1998

    1. Os produtores devem arrancar, a expensas suas, asvinhas plantadas, se for caso disso, aps 31 de Agosto de1998 sem um direito de plantao correspondente.

    2. Na pendncia do arranque por fora do n.o 1, as uvase os produtos elaborados a partir de uvas das superfciesreferidas nesse nmero s podem ser postos em circulaopara efeitos de destilao a expensas exclusivas do produtor. Os produtos resultantes de destilao no podem serutilizados na obteno de lcool de ttulo alcoomtricovolmico adquirido igual ou inferior a 80 % vol.

    3. Sem prejuzo de eventuais sanes anteriormente impostas pelos Estados-Membros, os Estados-Membros impem sanes, graduadas em funo da gravidade, extensoe durao do incumprimento, aos produtores que no tenham respeitado esta obrigao de arranque.

    PTL 154/2 Jornal Oficial da Unio Europeia 17.6.2009

    (1) JO C 319 de 27.12.2006, p. 1.(2) JO L 83 de 27.3.1999, p. 1.

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    4. O termo da proibio transitria de novas plantaesem 31 de Dezembro de 2015, previsto no n. o 1 doartigo 85.o-G, no afecta as obrigaes previstas no presente artigo.

    Artigo 85.o-BRegularizao obrigatria de plantaes ilegaisanteriores a 1 de Setembro de 1998

    1. At 31 de Dezembro de 2009, e contra pagamentode uma taxa, os produtores devem regularizar as superfciesplantadas com vinha, se for caso disso, antes de 1 de Setembro de 1998 sem um direito de plantao correspondente.

    Sem prejuzo dos procedimentos aplicveis em matria deapuramento de contas, o primeiro pargrafo no se aplica

    s superfcies regularizadas com base no n.o

    3 do artigo 2.o

    do Regulamento (CE) n.o 1493/1999.

    2. A taxa a que se refere o n.o 1 determinada pelosEstados-Membros. A taxa deve ser equivalente a, pelo menos, o dobro do valor mdio do direito de plantao correspondente na regio em causa.

    3. Na pendncia da regularizao por fora do n.o 1, asuvas e os produtos elaborados a partir de uvas das superfcies referidas nesse nmero s podem ser introduzidos emcirculao para efeitos de destilao a expensas exclusivas

    do produtor. Os produtos em causa no podem ser utilizados na obteno de lcool de ttulo alcoomtrico volmico adquirido igual ou inferior a 80 % vol.

    4. As superfcies ilegais a que se refere o n.o 1 que noestejam regularizadas em conformidade com esse nmeroat 31 de Dezembro de 2009 so objecto de arranquepelos produtores em causa, a expensas suas.

    Os Estados-Membros impem sanes, graduadas em funo da gravidade, extenso e durao do incumprimento,aos produtores que no respeitem esta obrigao de arran

    que.

    Na pendncia do arranque referido no primeiro pargrafo,o n.o 3 aplica-se mutatis mutandis.

    5. O termo da proibio transitria de novas plantaesem 31 de Dezembro de 2015, previsto no n. o 1 doartigo 85.o-G, no afecta as obrigaes previstas nos n. os

    3 e 4.

    Artigo 85.o-C

    Verificao da no circulao ou da destilao

    1. Relativamente ao n.o 2 do artigo 85.o-A e aos n.os 3 e4 do artigo 85.o-B, os Estados-Membros devem exigir a

    apresentao de provas da no circulao dos produtosem causa ou, no caso de estes serem destilados, dos contratos de destilao.

    2. Os Estados-Membros verificam a no circulao e a

    destilao a que se refere o n.o 1. Em caso de incumprimento, os Estados-Membros impem sanes.

    3. Os Estados-Membros notificam Comisso as superfcies sujeitas a destilao e os volumes correspondentes delcool.

    Artigo 85.o-D

    Medidas de acompanhamento

    As superfcies referidas no primeiro pargrafo do n. o 1 do

    artigo 85.o-B, enquanto no se encontrarem regularizadas, eas superfcies referidas no n.o 1 do artigo 85.o-A no be

    neficiam de quaisquer medidas de apoio nacionais ou comunitrias.

    Artigo 85.o-E

    Regras de execuo

    A Comisso aprova as regras de execuo da presente subseco.

    Essas regras podem contemplar:

    a) Especificaes relativas s exigncias de comunicaopelos Estados-Membros, incluindo possveis reduesdas dotaes oramentais constantes do anexo X-B emcaso de incumprimento;

    b) Especificaes das sanes a impor pelos Estados-Mem bros em caso de incumprimento das obrigaes estabelecidas nos artigos 85.o-A, 85.o-B e 85.o-C.

    S u b s e c o I IR e g i m e t r a n s i t r i o d e d i r e i t o s d e p l a n t a o

    Artigo 85.o-F

    Durao

    A presente subseco aplicvel at 31 de Dezembro de2015.

    Artigo 85.o-G

    Proibio transitria de plantao de vinha

    1. Sem prejuzo dos n.os 1 a 6, nomeadamente do n.o 4,do artigo 120.o-A, proibida a plantao de vinhas dascastas de uva de vinho classificveis de acordo com on.o 2 do artigo 120.o-A.

    PT17.6.2009 Jornal Oficial da Unio Europeia L 154/3

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    2. igualmente proibida a sobreenxertia de castas deuva de vinho classificveis de acordo com o n. o 2 doartigo 120.o-A em castas que no sejam de uva de vinhoreferidas nesse artigo.

    3. No obstante o disposto nos n.os

    1 e 2, as plantaese sobreenxertias referidas nesses nmeros so autorizadasdesde que se encontrem cobertas por:

    a) Um novo direito de plantao, previsto no artigo 85.o--H;

    b) Um direito de replantao, previsto no artigo 85.o-I;

    c) Um direito de plantao concedido a partir de umareserva, previsto nos artigos 85.o-J e 85.o-K.

    4. Os direitos de plantao referidos no n.o 3 so concedidos em hectares.

    5. Os Estados-Membros podem decidir manter a proibio a que se refere o n. o 1 no seu territrio, ou em partesdo mesmo, o mais tardar at 31 de Dezembro de 2018.Nesse caso, as regras relativas ao regime transitrio dedireitos de plantao previsto na presente subseco, incluindo o presente artigo, so aplicveis em conformidadeno Estado-Membro em causa.

    Artigo 85.o-H

    Novos direitos de plantao

    1. Os Estados-Membros podem conceder aos produtoresnovos direitos de plantao relativamente a superfcies:

    a) Destinadas a novas plantaes no mbito de medidas deemparcelamento ou de expropriao por utilidade p blica, adoptadas nos termos do direito nacional;

    b) Destinadas a fins experimentais;

    c) Destinadas cultura de vinhas-mes de garfo; ou

    d) Cuja produo vitivincola se destine unicamente aoconsumo familiar do viticultor.

    2. Os novos direitos de plantao concedidos devem serexercidos:

    a) Pelos produtores a quem tenham sido concedidos;

    b) Antes do final da segunda campanha seguinte quela emque tenham sido concedidos;

    c) Para os objectivos para que tenham sido concedidos.

    Artigo 85.o-I

    Direitos de replantao

    1. Os Estados-Membros concedem direitos de replantao aos produtores que tenham procedido ao arranque

    numa superfcie plantada com vinha.

    Todavia, as superfcies objecto de arranque s quais sejaconcedido um prmio ao arranque em conformidade coma subseco III no do lugar a direitos de replantao.

    2. Os Estados-Membros podem conceder direitos de replantao aos produtores que se comprometam a procederao arranque numa superfcie plantada com vinha. Em taiscasos, o arranque da superfcie objecto do compromisso efectuado at ao final da terceira campanha seguinte quela

    em que tenham sido plantadas novas vinhas ao abrigo dosdireitos de replantao concedidos.

    3. Os direitos de replantao concedidos devem corresponder ao equivalente da superfcie objecto de arranque emcultura estreme.

    4. Os direitos de replantao so exercidos na explorao para que tenham sido concedidos. Os Estados-Membrospodem, alm disso, prever que os direitos de replantao spossam ser exercidos na superfcie em que tenha sido efec

    tuado o arranque.

    5. Em derrogao do n.o 4, os Estados-Membros podemdecidir que os direitos de replantao possam ser total ouparcialmente transferidos de uma explorao para outra,situada no mesmo Estado-Membro, nos seguintes casos:

    a) Transferncia de uma parte da primeira explorao paraa segunda;

    b) Existncia na segunda explorao de superfcies destinadas:

    i) produo de vinhos com denominao de origemprotegida ou indicao geogrfica protegida; ou

    ii) cultura de vinhas-mes de garfo.

    Os Estados-Membros asseguram que a aplicao das derro

    gaes previstas no primeiro pargrafo no conduza a umaumento global do potencial de produo no respectivoterritrio, nomeadamente quando as transferncias foremefectuadas de superfcies de sequeiro para superfcies deregadio.

    PTL 154/4 Jornal Oficial da Unio Europeia 17.6.2009

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    6. Os n.os 1 a 5 aplicam-se, mutatis mutandis, a direitossimilares aos direitos de replantao adquiridos ao abrigode legislao comunitria ou nacional anterior.

    7. Os direitos de replantao concedidos ao abrigo don.o 5 do artigo 4.o do Regulamento (CE) n.o 1493/1999devem ser exercidos nos perodos a previstos.

    Artigo 85.o-J

    Reserva nacional e regional de direitos de plantao

    1. A fim de melhorar a gesto do potencial de produo,os Estados-Membros criam uma reserva nacional ou reservas regionais de direitos de plantao.

    2. Os Estados-Membros que tenham estabelecido reservas nacionais ou regionais de direitos de plantao nostermos do Regulamento (CE) n.o 1493/1999 podemmant-las enquanto aplicarem o regime transitrio de direitos de plantao de acordo com o disposto na presentesubseco.

    3. So integrados nas reservas nacionais ou regionais osseguintes direitos de plantao quando no tenham sidoutilizados no prazo fixado:

    a) Novos direitos de plantao;

    b) Direitos de replantao;

    c) Direitos de plantao concedidos a partir da reserva.

    4. Os produtores podem transferir direitos de replantao para as reservas nacionais ou regionais. As condiesde tal transferncia, eventualmente contra pagamento apartir de fundos nacionais, so determinadas pelos Estados-Membros, tendo em conta os legtimos interesses daspartes.

    5. Em derrogao do n.o 1, os Estados-Membros podemdecidir no aplicar um sistema de reserva desde que possamprovar que dispem de um sistema alternativo eficaz degesto dos direitos de plantao em todo o seu territrio.Esse sistema alternativo pode, se necessrio, constituir umaderrogao do disposto na presente subseco.

    O primeiro pargrafo aplica-se igualmente aos Estados--Membros que ponham termo ao funcionamento das reservas nacionais ou regionais nos termos do Regulamento (CE)n.o 1493/1999.

    Artigo 85.o-K

    Concesso de direitos de plantao a partir da reserva

    1. Os Estados-Membros podem conceder direitos a partir de uma reserva:

    a) Sem qualquer pagamento, a produtores com menos de40 anos de idade que possuam as qualificaes e acompetncia profissionais adequadas e se estabeleampela primeira vez como responsveis da explorao;

    b) Contra pagamento, para os fundos nacionais ou, se forcaso disso, regionais, a produtores que pretendam exercer os direitos para plantar vinhas cuja produo tenhaum escoamento garantido.

    Os Estados-Membros definem os critrios de fixao dosmontantes do pagamento a que se refere a alnea b) doprimeiro pargrafo, que podem variar em funo do produto final a obter das vinhas em causa e do perodo transitrio residual de aplicao da proibio de novas plantaes, previsto nos n.os 1 e 2 do artigo 85.o-G.

    2. Sempre que sejam exercidos direitos de plantaoconcedidos a partir de uma reserva, os Estados-Membrosdevem assegurar que:

    a) O local, as castas e as tcnicas de cultura utilizadasgarantam a boa adaptao da produo subsequente procura do mercado;

    b) Os rendimentos correspondentes sejam representativosda mdia da regio, especialmente quando os direitos deplantao concedidos para superfcies de sequeiro sejamutilizados em superfcies de regadio.

    3. Os direitos de plantao concedidos a partir de umareserva que no tenham sido exercidos antes do final dasegunda campanha vitivincola seguinte quela em que te

    nham sido concedidos caducam e revertem para a reserva.

    4. Os direitos de plantao atribudos a uma reserva queno tenham sido concedidos antes do final da quinta campanha vitivincola seguinte sua atribuio reserva sosuprimidos.

    5. Se existirem reservas regionais num Estado-Membro,este pode estabelecer regras que permitam a transfernciade direitos de plantao entre essas reservas. Se coexistiremreservas regionais e nacionais num Estado-Membro, estepode igualmente permitir transferncias entre essas reservas.

    Essas transferncias podem ser sujeitas a um coeficiente dereduo.

    PT17.6.2009 Jornal Oficial da Unio Europeia L 154/5

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    Artigo 85.o-L

    De minimis

    A presente subseco no se aplica nos Estados-Membrosem que o regime comunitrio de direitos de plantao no

    era aplicvel at 31 de Dezembro de 2007.

    Artigo 85.o-M

    Regras nacionais mais estritas

    Os Estados-Membros podem adoptar regras nacionais maisestritas em matria de concesso de novos direitos de plantao ou de direitos de replantao. Os Estados-Membrospodem determinar que os respectivos pedidos e as informaes pertinentes a fornecer nos mesmos sejam completados por indicaes suplementares, necessrias ao acompanhamento da evoluo do potencial de produo.

    Artigo 85.o-N

    Regras de execuo

    A Comisso aprova as regras de execuo da presente subseco.

    Essas regras podem contemplar, em especial:

    a) Disposies que permitam evitar encargos administrativos excessivos com a aplicao da presente subseco;

    b) A coexistncia de vinhas nos termos do n.o 2 doartigo 85.o-I;

    c) A aplicao do coeficiente de reduo a que se refere on.o 5 do artigo 85.o-K.

    S u b s e c o I I I

    R e g i m e d e a r r a n q u e

    Artigo 85.o-O

    Durao

    As disposies da presente subseco so aplicveis at aofinal da campanha vitivincola de 2010/2011.

    Artigo 85.o-P

    mbito de aplicao e definio

    A presente subseco estabelece as condies em que osviticultores recebem um prmio em contrapartida do arranque de vinhas (adiante designado por prmio ao arranque).

    Artigo 85.o-Q

    Condies de elegibilidade

    O prmio ao arranque s pode ser concedido se a superfcieem causa observar as seguintes condies:

    a) No ter recebido apoio comunitrio ou nacional paramedidas relativas reestruturao e reconverso nas dezcampanhas vitivincolas anteriores ao pedido de arranque;

    b) No ter recebido apoio comunitrio ao abrigo de qualquer outra organizao comum de mercado nas cincocampanhas vitivincolas anteriores ao pedido de arranque;

    c) Ser cultivada;

    d) No ser inferior a 0,1 hectare. Todavia, se o Estado--Membro assim o decidir, essa dimenso mnima podeser de 0,3 hectare nas suas regies administrativas emque a superfcie mdia plantada com vinha numa explorao vitcola exceda um hectare;

    e) No ter sido plantada em violao de quaisquer disposies comunitrias ou nacionais aplicveis; e

    f) Estar plantada com uma casta de uva de vinho classificvel de acordo com o n. o 2 do artigo 120.o-A.

    No obstante o disposto na alnea e), as superfcies regularizadas nos termos do n.o 3 do artigo 2.o do Regulamento(CE) n.o 1493/1999 e do n.o 1 do artigo 85.o-B do presenteregulamento so elegveis para o prmio ao arranque.

    Artigo 85.o-R

    Montante do prmio ao arranque

    1. A Comisso fixa as tabelas dos prmios ao arranque.

    2. O montante especfico do prmio ao arranque estabelecido pelos Estados-Membros dentro das tabelas referidas no n.o 1 e com base nos rendimentos histricos daexplorao em causa.

    Artigo 85.o-S

    Procedimento e oramento

    1. Anualmente, at 15 de Setembro, os produtores interessados apresentam pedidos de prmio ao arranque s

    respectivas autoridades nos Estados-Membros. Os Estados--Membros podem fixar uma data anterior a 15 de Setembrodesde que seja posterior a 30 de Junho e que tenham nadevida conta, se for caso disso, a sua aplicao das isenesprevistas no artigo 85.o-U.

    PTL 154/6 Jornal Oficial da Unio Europeia 17.6.2009

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    2. Anualmente, at 15 de Outubro, os Estados-Membrosprocedem a controlos administrativos no que respeita aospedidos recebidos, processam os pedidos elegveis e notificam Comisso a superfcie total e os montantes cobertospor esses pedidos, discriminados por regies e por escalesde rendimento.

    3. O oramento anual mximo para o regime de arranque estabelecido no anexo X-D.

    4. Anualmente, at 15 de Novembro, se o montantetotal que lhe for notificado pelos Estados-Membros excederos recursos oramentais disponveis, a Comisso fixa umapercentagem nica de aceitao dos montantes notificados,tendo em conta, se for caso disso, a aplicao dos n.os 2 e3 do artigo 85.o-U.

    5. Anualmente, at 1 de Fevereiro, os Estados-Membrosaceitam os pedidos:

    a) Para as superfcies candidatas na sua totalidade, se aComisso no tiver fixado a percentagem a que se refereo n.o 4; ou

    b) Para as superfcies resultantes da aplicao da percentagem a que se refere o n.o 4, com base em critrios

    objectivos e no discriminatrios e de acordo com asseguintes prioridades:

    i) os Estados-Membros do prioridade aos requerentescujo pedido de prmio ao arranque abranja toda avinha;

    ii) os Estados-Membros do prioridade, em segundolugar, aos requerentes de idade igual ou superior a55 anos, ou idade superior quando o Estado-Mem bro assim o preveja.

    Artigo 85.o-T

    Condicionalidade

    Sempre que seja estabelecido que um agricultor no respeitou na sua explorao, em algum momento durante trsanos aps o pagamento do prmio ao arranque, os requisitos legais de gesto e as boas condies agrcolas e am bientais a que se referem os artigos 3.o a 7.o do Regulamento (CE) n.o 1782/2003 e que esse incumprimento resulta de um acto ou omisso directamente imputvel ao

    agricultor, o montante do pagamento reduzido ou cancelado, parcial ou totalmente, em funo das gravidade, extenso, permanncia e reiterao do incumprimento, e, sefor caso disso, o agricultor obrigado a reembols-lo deacordo com as condies fixadas nas referidas disposies.

    Artigo 85.o-U

    Isenes

    1. Um Estado-Membro pode decidir recusar novos pedidos apresentados ao abrigo do n.o 1 do artigo 85.o-S

    quando a superfcie acumulada objecto de arranque noseu territrio atinja 8 % da sua superfcie plantada comvinha, referida no anexo X-E.

    Um Estado-Membro pode decidir recusar novos pedidosapresentados ao abrigo do n.o 1 do artigo 85.o-S paradeterminada regio quando a superfcie acumulada objectode arranque nessa regio atinja 10 % da superfcie plantadacom vinha da regio em causa.

    2. A Comisso pode decidir pr termo aplicao doregime de arranque num Estado-Membro quando, tendo em

    conta os pedidos pendentes, a prossecuo do arranqueconduza a uma superfcie acumulada objecto de arranquesuperior a 15 % da superfcie total plantada com vinha doEstado-Membro, referida no anexo X-E.

    3. A Comisso pode decidir pr termo aplicao doregime de arranque num Estado-Membro em determinadoano quando, tendo em conta os pedidos pendentes, a prossecuo do arranque conduza a uma superfcie acumuladaobjecto de arranque superior a 6 % da superfcie total plantada com vinha do Estado-Membro referida no anexo X-E,nesse ano de funcionamento do regime.

    4. Os Estados-Membros podem declarar as vinhas situadas em montanhas ou em terrenos muito declivosos inelegveis para o regime de arranque, em conformidade comcondies a determinar pela Comisso.

    5. Os Estados-Membros podem declarar inelegveis parao regime de arranque as superfcies onde a aplicao doregime seja incompatvel com preocupaes ambientais. Assuperfcies assim declaradas inelegveis no devem exceder3 % da sua superfcie total plantada com vinha, referida noanexo X-E.

    6. A Grcia pode declarar as superfcies plantadas comvinha nas ilhas do mar Egeu e nas ilhas jnicas gregas, comexcepo de Creta e Eubeia, inelegveis ao abrigo do regimede arranque.

    7. O regime de arranque estabelecido na presente subseco no se aplica nos Aores, na Madeira e nas Canrias.

    8. Os Estados-Membros concedem aos produtores dassuperfcies inelegveis ou declaradas inelegveis nos termos

    dos n.os

    4 a 7 prioridade para outras medidas de apoio aosector vitivincola estabelecidas no presente regulamento,designadamente, se for caso disso, para a medida de reestruturao e reconverso ao abrigo dos programas de apoioe as medidas de desenvolvimento rural.

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    Artigo 85.o-V

    De minimis

    A presente subseco no se aplica nos Estados-Membroscuja produo de vinho no exceda 50 000 hectolitros por

    campanha vitivincola. Esta produo calculada com basena produo mdia das cinco campanhas vitivincolas anteriores.

    Artigo 85.o-W

    Ajuda nacional complementar

    Os Estados-Membros podem conceder, para alm do prmio ao arranque concedido, uma ajuda nacional complementar no superior a 75 % do prmio ao arranque aplicvel.

    Artigo 85.o-X

    Regras de execuo

    A Comisso aprova as regras de execuo da presente subseco.

    Essas regras podem contemplar, em especial:

    a) Especificaes relativas s condies de elegibilidade aque se refere o artigo 85.o-Q, em especial no que respeita prova de que as superfcies foram adequadamente cultivadas em 2006 e 2007;

    b) As tabelas e os montantes do prmio referidos noartigo 85.o-R;

    c) Os critrios das isenes a que se refere o artigo 85.o-U;

    d) As exigncias de notificao impostas aos Estados-Mem bros relativamente aplicao do regime de arranque,incluindo sanes por atrasos na notificao, e as informaes prestadas pelos Estados-Membros aos produtores sobre a disponibilidade do regime;

    e) As exigncias de notificao no que respeita ajudanacional complementar;

    f) Os prazos de pagamento..

    7. No captulo IV do ttulo I da parte II, inserida a seguinteseco:

    S e c o I V - B

    P r o g r a m a s d e a p o i o n o s e c t o r v i t i v i n c o l a

    S u b s e c o I

    D i s p o s i e s p r e l i m i n a r e s Artigo 103.o-I

    mbito de aplicao

    A presente seco estabelece as regras que regem a atribuio de fundos comunitrios aos Estados-Membros e a utilizao desses fundos por estes, mediante programas deapoio nacionais (adiante designados por programas deapoio), para financiar medidas especficas de apoio ao sector vitivincola.

    Artigo 103.o-J

    Compatibilidade e coerncia

    1. Os programas de apoio so compatveis com o direitocomunitrio e coerentes com as actividades, polticas eprioridades da Comunidade.

    2. Os Estados-Membros so responsveis pelos programas de apoio, asseguram a sua coerncia interna e garantem que sejam elaborados e aplicados de forma objectiva,atendendo situao econmica dos produtores em causa e necessidade de evitar desigualdades de tratamento injustificadas entre produtores.

    Os Estados-Membros so responsveis por prever e aplicaros controlos e sanes necessrios em caso de incumprimento dos programas de apoio.

    3. No concedido qualquer apoio:

    a) Para projectos de investigao e medidas de apoio aprojectos de investigao;

    b) Para medidas que constem dos programas de desenvolvimento rural dos Estados-Membros previstos ao abrigodo Regulamento (CE) n.o 1698/2005.

    S u b s e c o I I

    A p r e s e n t a o e c o n t e d o d o s p r o g r a m a s d ea p o i o

    Artigo 103.o-K

    Apresentao dos programas de apoio

    1. Cada Estado-Membro produtor referido no anexo X-Bapresenta Comisso um projecto de programa de apoioquinquenal, constitudo por medidas em conformidade coma presente seco.

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    Os programas de apoio j aplicveis em conformidade como primeiro pargrafo do n.o 1 do artigo 5.o do Regulamento (CE) n.o 479/2008 manter-se-o aplicveis ao abrigodo presente regulamento.

    As medidas de apoio dos programas de apoio so elaboradas ao nvel geogrfico considerado mais adequado pelosEstados-Membros. Antes de ser apresentado Comisso, oprograma de apoio objecto de consultas com as autoridades e organizaes competentes ao nvel territorial adequado.

    Cada Estado-Membro apresenta um nico projecto de programa de apoio, que pode contemplar especificidades regionais.

    2. Os programas de apoio tornam-se aplicveis trs meses aps a sua apresentao Comisso.

    Contudo, se o programa de apoio apresentado no cumpriras condies estabelecidas na presente seco, a Comissoinforma do facto o Estado-Membro. Em tal caso, o Estado--Membro apresenta um programa de apoio revisto Comisso. O programa de apoio revisto aplicvel dois mesesaps a sua notificao, a menos que subsista uma incompatibilidade, caso em que se aplica o presente pargrafo.

    3. O n.o 2 aplica-se, mutatis mutandis, s alteraes deprogramas de apoio apresentadas pelos Estados-Membros.

    4. O artigo 103.o-L no se aplica quando a nica medidaa aplicar pelo Estado-Membro no mbito do programa deapoio consiste na transferncia para o regime de pagamento nico a que se refere o artigo 103.o-O. Nessecaso, o disposto no n. o 5 do artigo 188.o-A s se aplicarelativamente ao ano em que a transferncia realizada e o

    n.o 6 do mesmo artigo no se aplica.

    Artigo 103.o-L

    Contedo dos programas de apoio

    Os programas de apoio so constitudos pelos seguinteselementos:

    a) Descrio pormenorizada das medidas propostas, bem

    como dos seus objectivos quantificados;

    b) Resultados das consultas efectuadas;

    c) Avaliao do impacto esperado nos planos tcnico, econmico, ambiental e social;

    d) Calendrio de aplicao das medidas; e

    e) Quadro financeiro global que indique os recursos a disponibilizar e a sua repartio indicativa pelas medidas,no respeito dos limites mximos constantes do anexo X--B;

    f) Critrios e indicadores quantitativos a utilizar para oacompanhamento e a avaliao, bem como medidastomadas para assegurar a execuo adequada e eficazdos programas de apoio; e

    g) Designao das autoridades e organismos competentesresponsveis pela execuo do programa de apoio.

    Artigo 103.o-M

    Medidas elegveis

    1. Os programas de apoio compreendem uma ou maisdas seguintes medidas:

    a) Apoio no mbito do regime de pagamento nico, deacordo com o artigo 103.o-O;

    b) Promoo, de acordo com o artigo 103.o-P;

    c) Reestruturao e reconverso de vinhas, de acordo como artigo 103.o-Q;

    d) Colheita em verde, de acordo com o artigo 103.o-R;

    e) Fundos mutualistas, de acordo com o artigo 103.o-S;

    f) Seguros de colheitas, de acordo com o artigo 103.o-T;

    g) Investimentos, de acordo com o artigo 103. o

    -U;

    h) Destilao de subprodutos, de acordo com oartigo 103.o-V;

    i) Destilao em lcool de boca, de acordo com oartigo 103.o-W;

    j) Destilao de crise, de acordo com o artigo 103.o-X;

    k) Utilizao de mosto de uvas concentrado, de acordo

    com o artigo 103.o-Y.

    2. Os programas de apoio no devem incluir medidasdistintas das previstas nos artigos 103.o-O a 103.o-Y.

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    Artigo 103.o-N

    Regras gerais relativas aos programas de apoio

    1. A repartio dos fundos comunitrios disponveis eos limites oramentais constam do anexo X-B.

    2. O apoio comunitrio incide apenas nas despesas elegveis efectuadas aps a apresentao do correspondenteprograma de apoio, referida no n. o 1 do artigo 103.o-K.

    3. Os Estados-Membros no contribuem para os custosde medidas financiadas pela Comunidade ao abrigo dosprogramas de apoio.

    4. Em derrogao ao n.o 3, os Estados-Membros podemconceder ajudas nacionais, em conformidade com as regras

    comunitrias aplicveis sobre as ajudas estatais, para asmedidas a que se referem os artigos 103. o-P, 103.o-T e103.o-U.

    A taxa de ajuda mxima fixada nas regras comunitriasaplicveis sobre as ajudas estatais aplica-se ao financiamento pblico global, incluindo tanto os fundos comunitrios como os nacionais.

    S u b s e c o I I I

    M e d i d a s d e a p o i o e s p e c f i c a s

    Artigo 103.o-O

    Regime de pagamento nico e apoio aos viticultores

    1. Os Estados-Membros podem apoiar os viticultoresatribuindo-lhes direitos a pagamentos, na acepo do captulo 3 do ttulo III do Regulamento (CE) n. o 1782/2003, deacordo com o ponto O do anexo VII desse regulamento.

    2. Os Estados-Membros que tencionem recorrer possi bilidade a que se refere o n.o 1 prevem esse apoio nosrespectivos programas de apoio, nomeadamente no querespeita s subsequentes transferncias de fundos para oregime de pagamento nico, atravs de alteraes a essesprogramas em conformidade com o n. o 3 do artigo 103.o--K.

    3. Quando efectivo, o apoio a que se refere o n.o 1:

    a) Permanece no regime de pagamento nico e deixa deestar disponvel, ou de ser disponibilizado, ao abrigo don.o 3 do artigo 103.o-K, para as medidas enumeradasnos artigos 103.o-P a 103.o-Y nos anos subsequentes deaplicao dos programas de apoio;

    b) Implica a reduo proporcional do montante dos fundosdisponvel para as medidas dos programas de apoioenumeradas nos artigos 103.o-P a 103.o-Y.

    Artigo 103.o-P

    Promoo em mercados de pases terceiros

    1. O apoio ao abrigo do presente artigo abrange medidas de informao ou de promoo relativas a vinhos co

    munitrios em pases terceiros, com o objectivo de melhorar a sua competitividade nesses pases.

    2. As medidas a que se refere o n.o 1 dizem respeito avinhos com denominao de origem protegida ou indicao geogrfica protegida ou a vinhos com indicao dacasta de uva de vinho.

    3. As medidas a que se refere o n.o 1 apenas podemconsistir em:

    a) Medidas de relaes pblicas, promoo ou publicidade,

    que destaquem designadamente as vantagens dos produtos comunitrios, especialmente em termos de qualidade, segurana dos alimentos ou respeito pelo ambiente;

    b) Participao em eventos, feiras ou exposies de importncia internacional;

    c) Campanhas de informao, especialmente sobre os regimes comunitrios de denominaes de origem, indicaes geogrficas e produo biolgica;

    d) Estudos de novos mercados, necessrios para expansodas sadas comerciais;

    e) Estudos de avaliao dos resultados das medidas de informao e promoo.

    4. A contribuio comunitria para actividades de promoo no deve ser superior a 50 % das despesas elegveis.

    Artigo 103.o-Q

    Reestruturao e reconverso de vinhas

    1. As medidas relativas reestruturao e reconversode vinhas tm por objectivo aumentar a competitividadedos produtores de vinho.

    2. A reestruturao e a reconverso de vinhas s soapoiadas ao abrigo do presente artigo se os Estados-Mem bros apresentarem o inventrio do seu potencial de produo nos termos do n.o 3 do artigo 185.o-A.

    3. O apoio reestruturao e reconverso de vinhaspode abranger apenas uma ou vrias das seguintes activi

    dades:

    a) Reconverso varietal, nomeadamente mediante sobreenxertia;

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    b) Relocalizao de vinhas;

    c) Melhoramentos das tcnicas de gesto da vinha.

    No apoiada a renovao normal das vinhas que cheguemao fim do seu ciclo de vida natural.

    4. O apoio reestruturao e reconverso de vinhasapenas pode assumir as seguintes formas:

    a) Compensao dos produtores pela perda de receitas decorrente da execuo da medida;

    b) Contribuio para os custos de reestruturao e de reconverso.

    5. A compensao dos produtores pela perda de receitasa que se refere a alnea a) do n. o 4 pode cobrir at 100 %da perda correspondente e assumir uma das seguintes formas:

    a) No obstante o disposto na subseco II da seco IV-Ado captulo III do ttulo I da parte II, que estabelece oregime transitrio de direitos de plantao, a autorizaode coexistncia de vinhas novas e velhas durante um

    perodo determinado, no superior a trs anos, at aotermo do regime transitrio de direitos de plantao;

    b) Compensao financeira.

    6. A contribuio comunitria para os custos reais dereestruturao e reconverso de vinhas no superior a50 %. Em regies classificadas como regies de convergncia, nos termos do Regulamento (CE) n.o 1083/2006 doConselho, de 11 de Julho de 2006, que estabelece disposies gerais sobre o Fundo Europeu de DesenvolvimentoRegional, o Fundo Social Europeu e o Fundo de Coeso (*),a contribuio comunitria para os custos de reestruturaoe reconverso no superior a 75 %.

    Artigo 103.o-R

    Colheita em verde

    1. Para efeitos do presente artigo, entende-se por colheita em verde a destruio ou a remoo totais doscachos de uvas antes da maturao, reduzindo assim orendimento da superfcie em causa a zero.

    2. O apoio colheita em verde deve contribuir pararestaurar o equilbrio entre a oferta e a procura no mercadovitivincola na Comunidade, a fim de impedir crises domercado.

    3. O apoio colheita em verde pode ser concedidocomo uma compensao sob a forma de um pagamentofixo por hectare, a determinar pelo Estado-Membro emcausa.

    O pagamento no deve ser superior a 50 % da soma doscustos directos da destruio ou remoo dos cachos deuvas e da perda de receita decorrente de tal destruio ouremoo.

    4. Os Estados-Membros em causa estabelecem um sistema, baseado em critrios objectivos, para assegurar que amedida de colheita em verde no conduza a uma compensao dos produtores de vinho individuais superior ao limite mximo a que se refere o segundo pargrafo do n. o 3.

    Artigo 103.o-SFundos mutualistas

    1. O apoio criao de fundos mutualistas tem porobjectivo ajudar os produtores que procurem precaver-secontra flutuaes do mercado.

    2. O apoio criao de fundos mutualistas pode serconcedido sob a forma de ajuda temporria e degressivapara cobrir os custos administrativos dos fundos.

    Artigo 103.o-T

    Seguros de colheitas

    1. O apoio aos seguros de colheitas contribui para proteger os rendimentos dos produtores quando sejam afectados por catstrofes naturais, fenmenos climticos adversos, doenas ou pragas.

    2. O apoio aos seguros de colheitas pode ser concedidosob a forma de uma contribuio financeira comunitria,que no pode ser superior a:

    a) 80 % do custo dos prmios pagos pelos produtores porseguros contra prejuzos resultantes de fenmenos climticos adversos que possam ser equiparados a catstrofes naturais;

    b) 50 % do custo dos prmios pagos pelos produtores porseguros contra:

    i) prejuzos referidos na alnea a) e outros prejuzoscausados por fenmenos climticos adversos;

    ii) prejuzos causados por animais, doenas das plantasou pragas.

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    3. O apoio aos seguros de colheitas s pode ser concedido se a compensao proporcionada aos produtores pelasindemnizaes dos seguros em causa no for superior a100 % da perda de rendimentos sofrida, tendo em contaas compensaes que os mesmos produtores possam terobtido de outros regimes de apoio relacionados com o

    risco coberto.

    4. O apoio aos seguros de colheitas no deve distorcer aconcorrncia no mercado de seguros.

    Artigo 103.o-U

    Investimentos

    1. Pode ser concedido apoio para investimentos corpreos ou incorpreos nas instalaes de tratamento, nasinfra-estruturas das adegas e na comercializao do vinho

    que melhorem o desempenho geral da empresa e incidamnum ou mais dos seguintes aspectos:

    a) Produo ou comercializao de produtos referidos noanexo XI-B;

    b) Elaborao de novos produtos, processos e tecnologiasrelacionados com produtos referidos no anexo XI-B.

    2. A concesso taxa mxima do apoio ao abrigo don.o 1 limitada s micro, pequenas e mdias empresas, na

    acepo da Recomendao 2003/361/CE da Comisso, de6 de Maio de 2003, relativa definio de micro, pequenase mdias empresas (**). No se aplicam limites de dimensopara a concesso da taxa mxima no caso dos territriosdos Aores, da Madeira, das Canrias, das ilhas menores domar Egeu, na acepo do Regulamento (CE) n. o 1405/2006do Conselho, e dos departamentos ultramarinos franceses.A intensidade mxima da ajuda reduzida para metade nocaso de empresas no abrangidas pelo n. o 1 do artigo 2.o

    do ttulo I do anexo da Recomendao 2003/361/CE queempreguem menos de 750 pessoas ou cujo volume denegcios seja inferior a 200 milhes de EUR.

    No concedido apoio a empresas em dificuldade na acepo das orientaes comunitrias relativas aos auxlios estatais de emergncia e reestruturao concedidos a empresas em dificuldade.

    3. As despesas elegveis no incluem os elementos a quese referem as alneas a) a c) do n.o 3 do artigo 71.o doRegulamento (CE) n.o 1698/2005.

    4. So aplicveis contribuio comunitria as seguintestaxas de ajuda mxima para os custos de investimentoelegveis:

    a) 50 % nas regies classificadas como regies de convergncia, nos termos do Regulamento (CE)n.o 1083/2006;

    b) 40 % nas regies que no sejam regies de convergncia;

    c) 75 % nas regies ultraperifricas, nos termos do Regulamento (CE) n.o 247/2006 do Conselho;

    d) 65 % nas ilhas menores do mar Egeu, na acepo doRegulamento (CE) n.o 1405/2006.

    5. O artigo 72.o do Regulamento (CE) n.o 1698/2005aplica-se, mutatis mutandis, ao apoio a que se refere o n.o 1.

    Artigo 103.o-V

    Destilao de subprodutos

    1. Pode ser concedido apoio destilao voluntria ouobrigatria de subprodutos da vinificao quando realizadade acordo com as condies previstas na parte D do anexoXV-B.

    O montante da ajuda fixado por % vol. e por hectolitrode lcool produzido. No ser paga qualquer ajuda para ovolume de lcool contido nos subprodutos a destilar queexceder 10 % do volume de lcool contido no vinho produzido.

    2. Os nveis de ajuda mxima aplicveis baseiam-se nos

    custos de recolha e tratamento e so fixados pela Comisso.

    3. O lcool resultante da destilao objecto de apoio nostermos do n.o 1 utilizado exclusivamente para fins industriais ou energticos, de modo a evitar distores de concorrncia.

    Artigo 103.o-W

    Destilao em lcool de boca

    1. At 31 de Julho de 2012, pode ser concedido apoio

    aos produtores, sob a forma de uma ajuda por hectare, parao vinho objecto de destilao em lcool de boca.

    2. Os contratos relevantes relativos destilao do vinho, bem como as respectivas provas da entrega para destilao, so apresentados antes da concesso do apoio.

    Artigo 103.o-X

    Destilao de crise

    1. At 31 de Julho de 2012, pode ser concedido apoio

    para a destilao voluntria ou obrigatria dos excedentesde vinho decidida pelos Estados-Membros em casos justificados de crise, de modo a reduzir ou eliminar os excedentes e, simultaneamente, a garantir a continuidade da ofertade uma colheita para a seguinte.

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    2. Os nveis de ajuda mxima aplicveis so fixados pelaComisso.

    3. O lcool resultante da destilao objecto de apoio nostermos do n.o 1 utilizado exclusivamente para fins indus

    triais ou energticos, de modo a evitar distores de concorrncia.

    4. A parte do oramento disponvel utilizada para amedida de destilao de crise no excede as percentagensa seguir indicadas, calculadas tendo em conta os fundosdisponveis globalmente previstos no anexo X-B por Estado-Membro no exerccio oramental correspondente:

    20 % em 2009,

    15 % em 2010,

    10 % em 2011,

    5 % em 2012.

    5. Os Estados-Membros podem aumentar os fundos disponveis para a medida de destilao de crise para alm doslimites mximos anuais estabelecidos no n.o 4 atravs deuma contribuio proveniente dos fundos nacionais, de

    acordo com os limites a seguir indicados (expressos emtermos de percentagem do respectivo limite mximo anualestabelecido no n.o 4):

    5 % na campanha vitivincola de 2010,

    10 % na campanha vitivincola de 2011,

    15 % na campanha vitivincola de 2012.

    Os Estados-Membros notificam a Comisso, se for casodisso, da adio dos fundos nacionais a que se refere oprimeiro pargrafo; a Comisso aprova a transaco antesde esses fundos serem disponibilizados.

    Artigo 103.o-Y

    Utilizao de mosto de uvas concentrado

    1. At 31 de Julho de 2012, pode ser concedido apoioaos produtores de vinho que utilizem mosto de uvas concentrado, incluindo mosto de uvas concentrado rectificado,para aumentar o ttulo alcoomtrico natural dos produtos,

    de acordo com as condies previstas no anexo XV-A.

    2. O montante da ajuda fixado por % vol. potencial epor hectolitro de mosto utilizado para o enriquecimento.

    3. Os nveis de ajuda mxima aplicveis para esta medida nas diferentes zonas vitcolas so fixados pela Comisso.

    Artigo 103.o-ZCondicionalidade

    Sempre que se verificar que um agricultor no respeitou nasua explorao, em algum momento durante trs anos apso pagamento ao abrigo dos programas de apoio para reestruturao e reconverso, ou em algum momento duranteum ano aps o pagamento ao abrigo dos programas deapoio para a colheita em verde, os requisitos legais degesto e as boas condies agrcolas e ambientais a quese referem os artigos 3.o a 7.o do Regulamento (CE)n.o 1782/2003 e que esse incumprimento resulta de umacto ou omisso directamente imputvel ao agricultor, o

    montante do pagamento reduzido ou cancelado, parcialou totalmente, em funo da gravidade, extenso, permanncia e reiterao do incumprimento, e, se for caso disso,o agricultor obrigado a reembols-lo de acordo com ascondies fixadas nas referidas disposies.

    S u b s e c o I V

    D i s p o s i e s p r o c e s s u a i s

    Artigo 103.o-ZA

    Regras de execuo

    A Comisso aprova as regras de execuo da presente subseco que se afigurem necessrias.

    Essas regras podem contemplar, em especial:

    a) O formato de apresentao dos programas de apoio;

    b) Regras relativas a alteraes a programas de apoio emaplicao;

    c) As regras de execuo das medidas previstas nos artigos103.o-P a 103.o-Y;

    d) As condies em que deve ser comunicada e publicitadaa ajuda dos fundos comunitrios.

    ___________(*) JO L 210 de 31.7.2006, p. 25.

    (**) JO L 124 de 20.5.2003, p. 36..

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    8. No ttulo II da parte II, o ttulo do captulo I passa a ter aseguinte redaco:

    CAPTULO I

    Regras de comercializao e de produo.

    9. No captulo I do ttulo II da parte II, o ttulo da seco Ipassa a ter a seguinte redaco:

    S e c o I

    R e g r a s d e c o m e r c i a l i z a o .

    10. So inseridos os seguintes artigos:

    Artigo 113.o-C

    Regras de comercializao para melhorar e estabilizar

    o funcionamento do mercado comum dos vinhos1. A fim de melhorar e estabilizar o funcionamento domercado comum dos vinhos, incluindo as uvas, mostos evinhos de que derivam, os Estados-Membros produtorespodem definir regras de comercializao para regularizara oferta, nomeadamente mediante execuo de decisesadoptadas pelas organizaes interprofissionais referidasno n.o 3 do artigo 123.o e no artigo 125.o-O.

    Tais regras devem ser proporcionadas ao objectivo perseguido e no devem:

    a) Incidir em transaces aps a primeira comercializaodo produto em causa;

    b) Permitir a fixao de preos, mesmo que seja a ttuloindicativo ou de recomendao;

    c) Bloquear uma percentagem excessiva da colheita anualnormalmente disponvel;

    d) Favorecer a recusa de emitir os certificados nacionais ecomunitrios exigidos para a circulao e a comercializao dos vinhos, sempre que esta ltima respeite essasmesmas regras.

    2. As regras previstas no n.o 1 devem ser comunicadasintegralmente aos operadores atravs de uma publicaooficial do Estado-Membro em causa.

    3. A obrigao de notificao referida no n.o 3 doartigo 125.o-O aplica-se igualmente s decises e medidastomadas pelos Estados-Membros em conformidade com opresente artigo.

    Artigo 113.o-D

    Disposies especficas relativas comercializao devinho

    1. As denominaes das categorias de produtos vitivincolas definidas no anexo XI-B s podem ser utilizadas na

    Comunidade para a comercializao de produtos que satisfaam as condies correspondentes estabelecidas nesseanexo.

    Todavia, e no obstante a alnea a) do n.o 1 do

    artigo 118.o-Y, os Estados-Membros podem autorizar a utilizao do termo vinho desde que:

    a) Seja acompanhado de um nome de fruto, sob a formade denominao composta, para comercializar produtosobtidos por fermentao de frutos que no sejam asuvas; ou

    b) Faa parte de uma denominao composta.

    Devem ser evitadas confuses com os produtos que correspondem s categorias de vinhos constantes do anexo XI-B.

    2. As categorias de produtos vitivincolas constantes doanexo XI-B podem ser alteradas pela Comisso nos termosdo n.o 4 do artigo 195.o.

    3. Exceptuados os vinhos engarrafados em relao aosquais existam provas de que o engarrafamento anterior a1 de Setembro de 1971, os vinhos provenientes de castasde uva de vinho includas nas classificaes estabelecidaspelos Estados-Membros em conformidade com o primeiropargrafo do n.o 2 do artigo 120.o-A, mas que no correspondam a nenhuma das categorias definidas no anexo XI-B,

    s podem ser utilizados para consumo familiar do produtor, para produo de vinagre de vinho ou para destilao..

    11. No captulo I do ttulo II da parte II, so inseridas asseguintes seces:

    S e c o I - A

    D e n o m i n a e s d e o r i g e m , i n d i c a e sg e o g r f i c a s e m e n e s t r a d i c i o n a i s n os e c t o r v i t i v i n c o l a

    Artigo 118.o-A

    mbito de aplicao

    1. As regras relativas s denominaes de origem, indicaes geogrficas e menes tradicionais previstas na presente seco aplicam-se aos produtos a que se referem ospontos 1, 3 a 6, 8, 9, 11, 15 e 16 do anexo XI-B.

    2. As regras a que se refere o n.o 1 baseiam-se nosseguintes objectivos:

    a) Proteger os interesses legtimos:

    i) dos consumidores, e

    ii) dos produtores;

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    b) Garantir o bom funcionamento do mercado comum dosprodutos em causa; e

    c) Promover a produo de produtos de qualidade, permitindo simultaneamente a tomada de medidas nacionaisem matria de poltica de qualidade.

    S u b s e c o I

    D e n o m i n a e s d e o r i g e m e i n d i c a e s g e og r f i c a s

    Artigo 118.o-B

    Definies

    1. Para efeitos da presente subseco, entende-se por:

    a) Denominao de origem: o nome de uma regio, deum local determinado ou, em casos excepcionais, de umpas, que serve para designar um produto referido non.o 1 do artigo 118.o-A que cumpre as seguintes exigncias:

    i) as suas qualidade e caractersticas devem-se essencialou exclusivamente a um meio geogrfico especfico,incluindo os factores naturais e humanos;

    ii) as uvas a partir das quais produzido provm exclusivamente dessa rea geogrfica;

    iii) a sua produo ocorre nessa rea geogrfica; e

    iv) obtido a partir de castas pertencentes espcie Vitis vinifera;

    b) Indicao geogrfica: uma indicao relativa a uma

    regio, um local determinado ou, em casos excepcionais,um pas, que serve para designar um produto referidono n.o 1 do artigo 118.o-A que cumpre as seguintesexigncias:

    i) possui determinada qualidade, reputao ou outrascaractersticas que podem ser atribudas a essa origem geogrfica;

    ii) pelo menos 85 % das uvas utilizadas para a suaproduo provm exclusivamente dessa rea geogr

    fica;

    iii) a sua produo ocorre nessa rea geogrfica; e

    iv) obtido a partir de castas pertencentes espcie Vitis vinifera ou provenientes de um cruzamentoentre esta e outra espcie do gnero Vitis.

    2. Determinadas designaes utilizadas tradicionalmente

    constituem uma denominao de origem quando:

    a) Designem um vinho;

    b) Se refiram a um nome geogrfico;

    c) Satisfaam as exigncias referidas nas subalneas i) a iv)da alnea a) do n. o 1; e

    d) Sejam sujeitas ao procedimento de concesso de proteco a denominaes de origem e indicaes geogrficasestabelecido na presente subseco.

    3. As denominaes de origem e indicaes geogrficas,incluindo as relativas a reas geogrficas em pases terceiros, so elegveis para proteco na Comunidade em conformidade com as regras estabelecidas na presente subseco.

    Artigo 118.o-C

    Contedo dos pedidos de proteco

    1. Os pedidos de proteco de nomes como denominaes de origem ou indicaes geogrficas devem conter umprocesso tcnico de que constem:

    a) O nome a proteger;

    b) O nome e o endereo do requerente;

    c) O caderno de especificaes previsto no n.o 2; e

    d) Um documento nico de sntese do caderno de especificaes previsto no n.o 2.

    2. O caderno de especificaes deve permitir s partesinteressadas comprovar as condies de produo associadas denominao de origem ou indicao geogrfica.

    Do mesmo devem constar, pelo menos:

    a) O nome a proteger;

    b) Uma descrio do(s) vinho(s):

    i) para vinhos com denominao de origem, as suasprincipais caractersticas analticas e organolpticas;

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    ii) para vinhos com indicao geogrfica, as suas principais caractersticas analticas, bem como uma avaliao ou indicao das suas caractersticas organolpticas;

    c) Se for caso disso, as prticas enolgicas especficas utilizadas para a elaborao do(s) vinho(s), bem como asrestries aplicveis sua elaborao;

    d) A demarcao da rea geogrfica em causa;

    e) Os rendimentos mximos por hectare;

    f) Uma indicao da ou das castas de uva de vinho a partirdas quais o vinho obtido;

    g) Os elementos que justificam a relao referida na subalnea i) da alnea a) do n.o 1 do artigo 118.o-B ou,consoante o caso, na subalnea i) da alnea b) don.o 1 do artigo 118.o-B;

    h) As exigncias aplicveis, estabelecidas na legislao comunitria ou nacional ou, se for caso disso, previstaspelos Estados-Membros ou por uma organizao degesto da denominao de origem protegida ou indicao geogrfica protegida, atendendo a que devem serobjectivas e no discriminatrias e compatveis com odireito comunitrio;

    i) O nome e o endereo das autoridades ou organismosque verificam a observncia das disposies do cadernode especificaes, bem como as suas misses especficas.

    Artigo 118.o-D

    Pedido de proteco relativo a uma rea geogrficanum pas terceiro

    1. Sempre que se refira a uma rea geogrfica num pasterceiro, o pedido de proteco, para alm dos elementosprevistos no artigo 118.o-C, deve apresentar a prova de que

    o nome em questo protegido no seu pas de origem.

    2. O pedido dirigido Comisso, quer directamentepelo candidato, quer atravs das autoridades do pas terceiro em causa.

    3. O pedido de proteco redigido numa das lnguasoficiais da Comunidade ou acompanhado de uma traduoautenticada numa dessas lnguas.

    Artigo 118.o-E

    Requerentes

    1. Qualquer agrupamento de produtores interessado, ou,em casos excepcionais, um produtor individual, pode soli

    citar a proteco de uma denominao de origem ou deuma indicao geogrfica. Podem participar no pedido outras partes interessadas.

    2. Os produtores apenas podem apresentar pedidos de

    proteco relativos aos vinhos por eles produzidos.

    3. No caso de uma denominao que designe uma reageogrfica transfronteiria ou de uma denominao tradicional relacionada com uma rea geogrfica transfronteiria,pode ser apresentado um pedido conjunto.

    Artigo 118.o-F

    Procedimento nacional preliminar

    1. Os pedidos de proteco de uma denominao de

    origem ou de uma indicao geogrfica, nos termos doartigo 118.o-B, de vinhos originrios da Comunidade sosujeitos ao procedimento nacional preliminar definido nopresente artigo.

    2. O pedido de proteco apresentado no Estado--Membro de cujo territrio deriva a denominao de origemou indicao geogrfica.

    3. O Estado-Membro examina o pedido de proteco afim de verificar se preenche as condies estabelecidas napresente subseco.

    O Estado-Membro lana um procedimento nacional garantindo uma publicao adequada do pedido e prevendo umperodo de pelo menos dois meses a contar da data depublicao durante o qual qualquer pessoa singular ou colectiva com um interesse legtimo e residente ou estabelecida no seu territrio pode opor-se proteco propostamediante apresentao de uma declarao devidamente fundamentada ao Estado-Membro.

    4. Se considerar que a denominao de origem ou aindicao geogrfica no cumpre as exigncias aplicveis,inclusive, eventualmente, por ser incompatvel com o direito comunitrio em geral, o Estado-Membro recusa opedido.

    5. Se considerar que as exigncias aplicveis esto satisfeitas, o Estado-Membro:

    a) Publica o documento nico e o caderno de especificaes, pelo menos, na internet; e

    b) Transmite Comisso um pedido de proteco quecontenha, no mnimo, as seguintes informaes:

    i) o nome e o endereo do requerente;

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    ii) o documento nico a que se refere a alnea d) don.o 1 do artigo 118.o-C;

    iii) uma declarao do Estado-Membro em que esteconsidera que o pedido apresentado pelo requerente

    preenche as condies exigidas, e

    iv) a referncia da publicao prevista na alnea a).

    Estas informaes so transmitidas numa das lnguas oficiais da Comunidade ou acompanhadas de uma traduoautenticada numa dessas lnguas.

    6. Os Estados-Membros introduzem as disposies legislativas, regulamentares e administrativas necessrias paradar cumprimento ao presente artigo at 1 de Agosto de

    2009.

    7. Se um Estado-Membro no dispuser de legislao nacional em matria de proteco de denominaes de origem e de indicaes geogrficas, pode, a ttulo transitrioapenas, conferir, a nvel nacional, proteco ao nome, deacordo com as condies da presente subseco, com efeitos a partir do dia em que o pedido apresentado Comisso. Essa proteco nacional transitria cessa na dataem que for decidido aceitar ou recusar o registo nos termosda presente subseco.

    Artigo 118.o-G

    Exame pela Comisso

    1. A Comisso torna pblica a data de apresentao dopedido de proteco de uma denominao de origem ou deuma indicao geogrfica.

    2. A Comisso examina se os pedidos de proteco referidos no n.o 5 do artigo 118.o-F cumprem as condiesestabelecidas na presente subseco.

    3. Sempre que considere que as condies estabelecidasna presente subseco esto reunidas, a Comisso publicano Jornal Oficial da Unio Europeia o documento nico a quese refere a alnea d) do n.o 1 do artigo 118.o-C e a referncia da publicao do caderno de especificaes previstano n.o 5 do artigo 118.o-F.

    Caso contrrio, a Comisso decide, nos termos do n.o 4 doartigo 195.o, recusar o pedido.

    Artigo 118.o-H

    Procedimento de oposioNo prazo de dois meses a contar da data de publicaoprevista no primeiro pargrafo do n.o 3 do artigo 118.o-G,qualquer Estado-Membro ou pas terceiro, ou qualquer pes

    soa singular ou colectiva com um interesse legtimo, residente ou estabelecida num Estado-Membro diferente do quepediu a proteco ou num pas terceiro, pode opor-se proteco proposta, mediante apresentao Comisso deuma declarao devidamente fundamentada relativa s condies de elegibilidade estabelecidas na presente subseco.

    No caso das pessoas singulares ou colectivas residentes ouestabelecidas num pas terceiro, a declarao apresentada,quer directamente, quer atravs das autoridades do pasterceiro em causa, no prazo de dois meses referido noprimeiro pargrafo.

    Artigo 118.o-I

    Deciso sobre a proteco

    Com base na informao ao dispor da Comisso, a Comisso decide, nos termos do n.o 4 do artigo 195.o, ou conferir proteco denominao de origem ou indicaogeogrfica que cumpre as condies estabelecidas na presente subseco e compatvel com o direito comunitrio,ou recusar o pedido sempre que essas condies no sejamsatisfeitas.

    Artigo 118.o-J

    Homonmia

    1. O registo de uma denominao, para a qual tenhasido apresentado um pedido, homnima ou parcialmentehomnima de uma denominao j registada em conformidade com as disposies relativas ao sector vitivincola dopresente regulamento deve ter na devida conta as prticaslocais e tradicionais e o risco de confuso.

    No so registadas denominaes homnimas que induzamo consumidor em erro, levando-o a crer que os produtosso originrios de outro territrio, ainda que sejam exactasno que se refere ao territrio, regio ou ao local de

    origem dos produtos em questo.

    A utilizao de uma denominao homnima registada s autorizada se, na prtica, a denominao homnima registada posteriormente for suficientemente diferenciada dadenominao j registada, tendo em conta a necessidade degarantir um tratamento equitativo aos produtores em causae de no induzir o consumidor em erro.

    2. O n.o

    1 aplica-se, mutatis mutandis, quando a denominao para a qual tenha sido apresentado um pedido sejahomnima ou parcialmente homnima de uma indicaogeogrfica protegida como tal ao abrigo da legislao dosEstados-Membros.

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    Os Estados-Membros no registam indicaes geogrficasque no sejam idnticas para fins de proteco ao abrigoda sua legislao em matria de indicaes geogrficas seuma denominao de origem ou indicao geogrfica estiver protegida na Comunidade em virtude do direito comunitrio aplicvel s denominaes de origem e indicaes

    geogrficas.

    3. Salvo disposio em contrrio prevista nas regras deexecuo da Comisso, quando o nome de uma casta deuva de vinho contenha ou constitua uma denominao deorigem protegida ou uma indicao geogrfica protegida,esse nome no utilizado na rotulagem dos produtosabrangidos pelo presente regulamento.

    4. A proteco de denominaes de origem e indicaesgeogrficas de produtos abrangidos pelo artigo 118.o-B noprejudica as indicaes geogrficas protegidas aplicveis s

    bebidas espirituosas na acepo do Regulamento (CE)n.o 110/2008 do Parlamento Europeu e do Conselho, de15 de Janeiro de 2008, relativo definio, designao,apresentao, rotulagem e proteco das indicaes geogrficas das bebidas espirituosas (*) e vice-versa.

    Artigo 118.o-K

    Motivos de recusa da proteco

    1. No so protegidos como denominao de origem ouindicao geogrfica nomes que se tornaram genricos.

    Para efeitos da presente subseco, entende-se por nomeque se tornou genrico o nome de um vinho que, emboracorresponda ao local ou regio onde esse produto foiinicialmente produzido ou comercializado, passou a ser onome comum de um vinho na Comunidade.

    Para determinar se um nome se tornou genrico devem sertidos em conta todos os factores pertinentes, nomeadamente:

    a) A situao existente na Comunidade, nomeadamente emzonas de consumo;

    b) A legislao comunitria ou nacional aplicvel.

    2. No so protegidos como denominaes de origemou indicaes geogrficas os nomes cuja proteco, atendendo reputao e notoriedade de uma marca, forsusceptvel de induzir o consumidor em erro quanto verdadeira identidade do vinho.

    Artigo 118.o-L

    Relao com marcas registadas1. Sempre que uma denominao de origem ou umaindicao geogrfica seja protegida ao abrigo do presenteregulamento, recusado o registo de uma marca que cor

    responda a uma das situaes referidas no n.o 2 doartigo 118.o-M e diga respeito a um produto de uma dascategorias constantes do anexo XI-B, caso o pedido deregisto da marca seja apresentado aps a data de apresentao Comisso do pedido de proteco da denominaode origem ou da indicao geogrfica e a denominao de

    origem ou a indicao geogrfica seja subsequentementeprotegida.

    As marcas registadas em violao do disposto no primeiropargrafo so consideradas invlidas.

    2. Sem prejuzo do n.o 2 do artigo 118.o-K, uma marcacuja utilizao corresponda a uma das situaes referidasno n.o 2 do artigo 118.o-M, e que tenha sido objecto depedido ou de registo ou, nos casos em que tal esteja previsto pela legislao em causa, que tenha sido estabelecidapelo uso, no territrio comunitrio antes da data de apresentao Comisso do pedido de proteco da denominao de origem ou da indicao geogrfica, pode continuar a ser utilizada e renovada, no obstante a protecode uma denominao de origem ou de uma indicao geogrfica, sempre que no incorra nas causas de invalidade oude caducidade previstas na Primeira Directiva 89/104/CEEdo Conselho, de 21 de Dezembro de 1988, que harmonizaas legislaes dos Estados-Membros em matria de marcas (**) ou no Regulamento (CE) n.o 40/94 do Conselho,de 20 de Dezembro de 1993, sobre a marca comunitria (***).

    Em tais casos, a utilizao da denominao de origem ouda indicao geogrfica permitida juntamente com a dasmarcas em causa.

    Artigo 118.o-M

    Proteco

    1. As denominaes de origem protegidas e as indicaes geogrficas protegidas podem ser utilizadas por qualquer operador que comercialize um vinho produzido emconformidade com o caderno de especificaes correspondente.

    2. As denominaes de origem protegidas e as indicaes geogrficas protegidas e os vinhos que utilizam essesnomes protegidos em conformidade com o caderno deespecificaes so protegidos contra:

    a) Qualquer utilizao comercial directa ou indirecta de umnome protegido:

    i) por produtos comparveis no conformes com ocaderno de especificaes do nome protegido; ou

    ii) na medida em que tal utilizao explore a reputaode uma denominao de origem ou de uma indicao geogrfica;

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    b) Qualquer usurpao, imitao ou evocao, ainda que averdadeira origem do produto ou servio seja indicadaou que o nome protegido seja traduzido ou acompanhado por termos como gnero, tipo, mtodo, estilo, imitao, sabor, como ou similares;

    c) Qualquer outra indicao falsa ou falaciosa quanto sprovenincia, origem, natureza ou qualidades essenciaisdo produto, que conste do acondicionamento ou daembalagem, da publicidade ou dos documentos relativosao produto vitivincola em causa, bem como o acondicionamento em recipientes susceptveis de criar umaopinio errada sobre a origem do produto;

    d) Qualquer outra prtica susceptvel de induzir o consumidor em erro quanto verdadeira origem do produto.

    3. As denominaes de origem protegidas ou indicaesgeogrficas protegidas no devem tornar-se genricas naComunidade, na acepo do n.o 1 do artigo 118.o-K.

    4. Os Estados-Membros tomam as medidas necessriaspara impedir a utilizao ilegal das denominaes de origem protegidas e das indicaes geogrficas protegidas aque se refere o n.o 2.

    Artigo 118.o-N

    Registo

    A Comisso estabelece e mantm um registo electrnico,acessvel ao pblico, das denominaes de origem protegidas e das indicaes geogrficas protegidas de vinhos.

    Artigo 118.o-O

    Designao da autoridade de controlo competente

    1. Os Estados-Membros designam a autoridade ou autoridades competentes responsveis pelos controlos no que serefere s obrigaes impostas pela presente subseco, em

    conformidade com os critrios estabelecidos no artigo 4.odo Regulamento (CE) n.o882/2004 do Parlamento Europeue do Conselho, de 29 de Abril de 2004, relativo aos controlos oficiais realizados para assegurar a verificao documprimento da legislao relativa aos alimentos para animais e aos gneros alimentcios e das normas relativas sade e ao bem-estar dos animais (****).

    2. Os Estados-Membros garantem que qualquer operador que satisfaa o disposto na presente subseco tenhadireito a ser abrangido por um sistema de controlos.

    3. Os Estados-Membros notificam Comisso a autoridade ou as autoridades competentes referidas no n. o 1. AComisso torna pblicos os respectivos nomes e endereose actualiza-os periodicamente.

    Artigo 118.o-P

    Verificao da observncia do caderno deespecificaes

    1. No que respeita a denominaes de origem protegidas

    e indicaes geogrficas protegidas relativas a reas geogrficas da Comunidade, a verificao anual da observncia docaderno de especificaes, durante a produo e durante ouaps o acondicionamento do vinho, garantida:

    a) Pela autoridade pelas ou autoridades competentes referidas no n.o 1 do artigo 118.o-O; ou

    b) Por um ou mais organismos de controlo, na acepo doponto 5 do segundo pargrafo do artigo 2. o do Regulamento (CE) n.o 882/2004, que funcionem como organismos de certificao de produtos em conformidadecom os critrios estabelecidos no artigo 5.o desse regu

    lamento.

    Os custos de tal verificao so suportados pelos operadores a ela sujeitos.

    2. No que respeita a denominaes de origem protegidase indicaes geogrficas protegidas relativas a reas geogrficas de pases terceiros, a verificao anual da observnciado caderno de especificaes, durante a produo e duranteou aps o acondicionamento do vinho, garantida por:

    a) Uma ou mais autoridades pblicas designadas pelo pas

    terceiro; ou

    b) Um ou mais organismos de certificao.

    3. Os organismos de certificao referidos na alnea b)do n.o 1 e na alnea b) do n. o 2 devem respeitar e, a partirde 1 de Maio de 2010, ser acreditados de acordo com anorma europeia EN 45011 ou o ISO/IEC Guide 65 (Requisitos gerais para organismos de certificao de produtos).

    4. Quando a autoridade ou as autoridades referidas naalnea a) do n.o 1 e na alnea a) do n. o 2 do presente artigoverifiquem a observncia do caderno de especificaes, devem oferecer garantias adequadas de objectividade e deimparcialidade e ter ao seu dispor o pessoal qualificado eos recursos necessrios para o desempenho das suas tarefas.

    Artigo 118.o-Q

    Alteraes ao caderno de especificaes

    1. Qualquer requerente que satisfaa as condies previstas no artigo 118.o-E pode solicitar a aprovao de umaalterao ao caderno de especificaes de uma denominao de origem protegida ou de uma indicao geogrficaprotegida, nomeadamente para ter em conta a evoluo dos

    conhecimentos cientficos e tcnicos ou para rever a delimitao da rea geogrfica a que se refere a alnea d) dosegundo pargrafo do n.o 2 do artigo 118.o-C. O pedidodeve descrever as alteraes propostas e apresentar a respectiva justificao.

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    2. Sempre que a alterao proposta d origem a uma ouvrias alteraes do documento nico referido na alnea d)do n.o 1 do artigo 118.o-C, os artigos 118.o-F a 118.o-Iaplicam-se, mutatis mutandis, ao pedido de alterao. Todavia, se a alterao proposta for apenas menor, a Comissodecide, nos termos do n.o 4 do artigo 195.o, sobre a apro

    vao da alterao sem seguir o procedimento previsto non.o 2 do artigo 118.o-G e no artigo 118. o-H e, em caso deaprovao, procede publicao dos elementos referidosno n.o 3 do artigo 118.o-G.

    3. Sempre que a alterao proposta no d origem aqualquer alterao do documento nico, aplicam-se as seguintes regras:

    a) Se a rea geogrfica se situar num Estado-Membro, este

    pronuncia-se sobre a alterao e, em caso de parecerfavorvel, publica o caderno de especificaes alteradoe informa a Comisso das alteraes aprovadas e darespectiva justificao;

    b) Se a rea geogrfica se situar num pas terceiro, cabe Comisso determinar se a alterao proposta deve seraprovada.

    Artigo 118.o-R

    Cancelamento

    A Comisso pode decidir, nos termos do n. o 4 doartigo 195.o, por sua iniciativa ou a pedido devidamentefundamentado de um Estado-Membro, de um pas terceiroou de uma pessoa singular ou colectiva que tenha uminteresse legtimo, cancelar a proteco de uma denominao de origem ou de uma indicao geogrfica se j noestiver assegurada a observncia do caderno de especificaes correspondente.

    Os artigos 118.o-F a 118.o-I aplicam-se mutatis mutandis.

    Artigo 118.o-S

    Nomes de vinhos actualmente protegidos

    1. Os nomes de vinhos protegidos em conformidadecom os artigos 51.o e 54.o do Regulamento (CE)n.o 1493/1999 e o artigo 28.o do Regulamento (CE)n.o 753/2002 da Comisso, de 29 de Abril de 2002, quefixa certas normas de execuo do Regulamento (CE)n.o 1493/1999 do Conselho no que diz respeito desig

    nao, denominao, apresentao e proteco de determinados produtos vitivincolas (*****) ficam automaticamenteprotegidos ao abrigo do presente regulamento. A Comissoinscreve-os no registo previsto no artigo 118.o-N do presente regulamento.

    2. No que respeita aos nomes de vinhos protegidos jexistentes a que se refere o n. o 1, os Estados-Membrostransmitem Comisso:

    a) Os processos tcnicos previstos no n.o 1 do

    artigo 118.o-C;

    b) As decises nacionais de aprovao.

    3. Os nomes de vinhos a que se refere o n.o 1, relativamente aos quais no sejam apresentadas at 31 de Dezem bro de 2011 as informaes referidas no n.o 2, perdem aproteco ao abrigo do presente regulamento. A Comissotoma a correspondente medida formal de remoo de taisnomes do registo previsto no artigo 118.o-N.

    4. O artigo 118.o-R no se aplica aos nomes de vinhosprotegidos j existentes a que se refere o n. o 1.

    A Comisso pode decidir, at 31 de Dezembro de 2014,por sua prpria iniciativa e nos termos do n. o 4 doartigo 195.o, cancelar a proteco dos nomes de vinhosprotegidos j existentes a que se refere o n. o 1 do presenteartigo que no satisfaam as condies estabelecidas noartigo 118.o-B.

    Artigo 118.o-T

    Taxas

    Os Estados-Membros podem exigir o pagamento de umataxa destinada a cobrir as despesas por eles efectuadas,incluindo as despesas decorrentes do exame dos pedidosde proteco, das declaraes de oposio, dos pedidos dealterao e dos pedidos de cancelamento ao abrigo da presente subseco.

    S u b s e c o I I

    M e n e s t r a d i c i o n a i s

    Artigo 118.o-UDefinies

    1. Por meno tradicional entende-se uma meno tradicionalmente utilizada nos Estados-Membros relativamentea produtos referidos no n.o 1 do artigo 118.o-A para:

    a) Indicar que o produto tem uma denominao de origemprotegida ou uma indicao geogrfica protegida aoabrigo do direito comunitrio ou nacional;

    b) Designar o mtodo de produo ou de envelhecimentoou a qualidade, a cor, o tipo de lugar ou um acontecimento ligado histria do produto com uma denominao de origem protegida ou uma indicao geogrficaprotegida.

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    2. As menes tradicionais so reconhecidas, definidas eprotegidas pela Comisso.

    Artigo 118.o-V

    Proteco

    1. S podem ser utilizadas menes tradicionais protegidas para produtos que tenham sido produzidos em conformidade com a definio referida no n. o 1 doartigo 118.o-U.

    As menes tradicionais so protegidas contra a utilizaoilegal.

    Os Estados-Membros tomam as medidas necessrias para

    impedir a utilizao ilegal das menes tradicionais.

    2. As menes tradicionais no devem tornar-se genricas na Comunidade.

    S e c o I - B

    R o t u l a g e m e a p r e s e n t a o n o s e c t o r v i t i v in c o l a

    Artigo 118.o-W

    Definies

    Para efeitos da aplicao da presente seco, entende-se por:

    a) Rotulagem, as menes, indicaes, marcas de fabricoou de comrcio, imagens ou smbolos que figurem emqualquer embalagem, documento, aviso, rtulo, anel ougargantilha que acompanhe ou seja referente a um dadoproduto.

    b) Apresentao, qualquer informao transmitida aosconsumidores atravs da embalagem do produto emcausa, inclusive atravs da forma e do tipo das garrafas.

    Artigo 118.o-X

    Aplicabilidade das regras horizontais

    Salvo disposio em contrrio do presente regulamento, aDirectiva 89/104/CEE, a Directiva 89/396/CEE do Conselho, de 14 de Junho de 1989, relativa s menes oumarcas que permitem identificar o lote ao qual pertenceum gnero alimentcio (******), a Directiva 2000/13/CE do

    Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de Maro de2000, relativa aproximao das legislaes dos Estados--Membros respeitantes rotulagem, apresentao e publicidade dos gneros alimentcios (*******) e a Directiva2007/45/CE do Parlamento Europeu e do Conselho, de

    5 de Setembro de 2007, que estabelece as regras relativass quantidades nominais dos produtos pr-embalados (********), aplicam-se rotulagem e apresentao dosprodutos abrangidos pelos respectivos mbitos de aplicao.

    Artigo 118.o-Y

    Indicaes obrigatrias

    1. A rotulagem e a apresentao dos produtos referidosnos pontos 1 a 11, 13, 15 e 16 do anexo XI-B, comercializados na Comunidade ou destinados a exportao, ostentam as seguintes indicaes obrigatrias:

    a) Denominao da categoria do produto vitivincola emconformidade com o anexo XI-B;

    b) Para vinhos com denominao de origem protegida ouindicao geogrfica protegida:

    i) termos denominao de origem protegida ou indicao geogrfica protegida; e

    ii) nome da denominao de origem protegida ou daindicao geogrfica protegida;

    c) Ttulo alcoomtrico volmico adquirido;

    d) Indicao da provenincia;

    e) Indicao do engarrafador ou, em caso de vinho espumante natural, vinho espumante gaseificado, vinhoespumante de qualidade ou vinho espumante de qualidade aromtico, o nome do produtor ou do vendedor;

    f) Indicao do importador, em caso de vinhos importados; e

    g) Indicao do teor de acar, em caso de vinho espu

    mante natural, vinho espumante gaseificado, vinhoespumante de qualidade ou vinho espumante de qualidade aromtico.

    2. Em derrogao da alnea a) do n.o 1, a referncia categoria do produto vitivincola pode ser omitida no casode vinhos cujo rtulo inclua o nome de uma denominaode origem protegida ou de uma indicao geogrfica protegida.

    3. Em derrogao da alnea b) do n.o 1, a referncia aostermos denominao de origem protegida ou indicao

    geogrfica protegida pode ser omitida nos seguintes casos:

    a) Quando o rtulo ostente uma meno tradicional referida na alnea a) do n.o 1 do artigo 118.o-U;

    PT17.6.2009 Jornal Oficial da Unio Europeia L 154/21

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    b) Quando, em circunstncias excepcionais a determinarpela Comisso, o rtulo ostente o nome da denominao de origem protegida ou da indicao geogrficaprotegida.

    Artigo 118.o-Z

    Indicaes facultativas

    1. A rotulagem e a apresentao dos produtos referidosno n.o 1 do artigo 118.o-Y podem, nomeadamente, ostentar as seguintes indicaes facultativas:

    a) Ano de colheita;

    b) Nome de uma ou mais castas de uva de vinho;

    c) No caso de vinhos que no sejam os referidos na alneag) do n.o 1 do artigo 118.o-Y, menes que indiquem oteor de acar;

    d) No caso de vinhos com denominao de origem protegida ou indicao geogrfica protegida, menes tradicionais referidas na alnea b) do n.o 1 do artigo 118.o-U;

    e) Smbolo comunitrio que represente a denominao deorigem protegida ou a indicao geogrfica protegida;

    f) Menes que se refiram a certos mtodos de produo;

    g) No caso dos vinhos que tm uma denominao deorigem protegida ou uma indicao geogrfica protegida, nome de outra unidade geogrfica que seja maispequena ou maior do que a rea subjacente denominao de origem ou indicao geogrfica.

    2. Sem prejuzo do n.o 3 do artigo 118.o-J, no querespeita utilizao das indicaes referidas nas alneas a)e b) do n.o 1 para vinhos sem denominao de origemprotegida ou indicao geogrfica protegida:

    a) Os Estados-Membros introduzem disposies legislativas, regulamentares ou administrativas para asseguraros procedimentos de certificao, aprovao e controloa fim de garantir a veracidade das informaes emcausa;

    b) Os Estados-Membros podem, com base em critrios ob jectivos e no discriminatrios e considerando devidamente a concorrncia leal, para vinhos produzidos apartir de castas de uva de vinho no seu territrio, esta belecer listas de castas de uva de vinho excludas, emespecial se:

    i) houver risco de confuso dos consumidores quanto verdadeira origem do vinho devido ao facto de acasta de uva de vinho em causa ser parte integrante

    de uma denominao de origem protegida ou indicao geogrfica protegida j existente;

    ii) os controlos em causa no forem eficazes em ter

    mos de custos devido ao facto de a casta em causarepresentar uma parte muito pequena da vinha doEstado-Membro;

    c) Nas misturas de vinhos provenientes de diferentes Estados-Membros, no permitida a referncia da casta oucastas de uva de vinho na rotulagem, a no ser que osEstados-Membros em causa tomem uma deciso emcontrrio e garantam a viabilidade dos procedimentosde certificao, aprovao e controlo pertinentes.

    Artigo 118.o-ZA

    Lnguas

    1. As indicaes obrigatrias e facultativas a que se referem os artigos 118.o-Y e 118.o-Z, quando expressas porpalavras, devem figurar numa ou em mais lnguas oficiaisda Comunidade.

    2. No obstante o disposto no n.o 1, o nome de umadenominao de origem protegida ou de uma indicaogeogrfica protegida ou de uma meno tradicional referida

    na alnea a) do n.o

    1 do artigo 118.o-U expresso nortulo na lngua ou nas lnguas para as quais se aplica a

    proteco.

    No caso das denominaes de origem protegidas, das indicaes geogrficas protegidas ou das denominaes especficas nacionais que utilizem um alfabeto no latino, o nomepode ser tambm expresso numa ou em mais lnguas oficiais da Comunidade.

    Artigo 118.o-ZB

    Execuo

    As autoridades competentes dos Estados-Membros tomammedidas para assegurar que os produtos a que se refere on.o 1 do artigo 118.o-Y cuja rotulagem no esteja em conformidade com a presente seco no sejam colocados nomercado ou sejam dele retirados.

    ___________(*) JO L 39 de 13.2.2008, p. 16.

    (**) JO L 40 de 11.2.1989, p. 1.(***) JO L 11 de 14.1.1994, p. 1.

    (****) JO L 165 de 30.4.2004, p. 1.(*****) JO L 118 de 4.5.2002, p. 1.(******) JO L 186 de 30.6.1989, p. 21.

    (*******) JO L 109 de 6.5.2000, p. 29.(********) JO L 247 de 21.9.2007, p. 17..

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    12. No captulo I do ttulo II da parte II inserida a seguinteseco:

    S e c o I I - A

    R e g r a s d e p r o d u o n o s e c t o r v i t i v i n c o l a

    S u b s e c o I

    C a s t a s d e u v a d e v i n h o

    Artigo 120.o-A

    Classificao das castas de uva de vinho

    1. Os produtos constantes do anexo XI-B e produzidosna Comunidade devem ser elaborados a partir de castas deuva de vinho classificveis de acordo com o n.o 2.

    2. Sob reserva do n.o 3, os Estados-Membros classificamas castas de uva de vinho que podem ser plantadas, replantadas ou enxertadas no seu territrio para a produo devinho.

    S podem ser classificadas as castas de uva de vinho querenam as seguintes condies:

    a) A casta em questo pertence espcie Vitis vinifera ouprovm de um cruzamento entre esta e outra espcie do

    gnero Vitis;

    b) A casta no nenhuma das seguintes: Noah, Othello,Isabelle, Jacquez, Clinton e Herbemont.

    Sempre que uma casta de uva de vinho seja suprimida daclassificao a que se refere o primeiro pargrafo, o seuarranque deve ser realizado no prazo de 15 anos a seguir supresso.

    3. Os Estados-Membros cuja produo de vinho noexceda os 50 000 hectolitros por ano, calculada com base na produo mdia das cinco campanhas vitivincolasanteriores, ficam dispensados da obrigao de classificaoa que se refere o n. o 2.

    Todavia, nos Estados-Membros a que se refere o primeiropargrafo, tambm s podem ser plantadas, replantadas ouenxertadas para efeitos de produo de vinho as castas deuva de vinho que estejam em conformidade com as alneasa) e b) do n.o 2.

    4. Em derrogao dos primeiro e segundo pargrafos don.o 2 e do segundo pargrafo do n. o 3, a plantao, replantao ou enxertia das castas de uva de vinho a seguirindicadas s so permitidas para investigao cientfica efins experimentais:

    a) Castas de uva de vinho no classificadas no que respeitaaos Estados-Membros a que se refere o n. o 2;

    b) Castas de uva de vinho no conformes com as alneas a)e b) do n.o 2 no que respeita aos Estados-Membros a

    que se refere o n. o

    3.

    5. As superfcies que tenham sido plantadas com castasde uva de vinho para produo de vinho em violao dosn.os 2 a 4 so objecto de arranque.

    Todavia, o arranque dessas superfcies no obrigatrio sea sua produo se destinar exclusivamente ao consumofamiliar do viticultor.

    6. Os Estados-Membros adoptam as medidas necessrias

    para verificar o cumprimento dos n.os

    2 a 5 pelos produtores.

    S u b s e c o I I

    P r t i c a s e n o l g i c a s e r e s t r i e s

    Artigo 120.o-B

    mbito de aplicao

    A presente subseco diz respeito s prticas enolgicasautorizadas e s restries aplicveis produo e comercializao de produtos do sector vitivincola, bem como ao

    procedimento a adoptar para decidir dessas prticas e restries.

    Artigo 120.o-C

    Prticas enolgicas e restries

    1. S as prticas enolgicas autorizadas ao abrigo dalegislao comunitria, tal como previsto no anexo XV-A,ou que tenham sido objecto de uma deciso ao abrigo dosartigos 120.o-D e 120.o-E devem ser usadas na produo econservao na Comunidade dos produtos do sector vitivincola.

    O primeiro pargrafo no se aplica a:

    a) Sumo de uvas e sumo de uvas concentrado;

    b) Mosto de uvas e mosto de uvas concentrado destinados preparao de sumo de uvas.

    2. As prticas enolgicas autorizadas s podem ser utilizadas para permitir uma boa vinificao, uma boa conservao ou um bom apuramento dos produtos.

    3. Os produtos do sector vitivincola so produzidos naComunidade em conformidade com as restries aplicveisenunciadas no anexo XV-B.

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