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Regimento Interno daResidência Integrada
Multiprofissional em Saúde do HCPA (Rims)
Sumário
Capítulo I
Da finalidade 5
Capítulo II
Da Comissão de Residência Multiprofissional 7 em Saúde (Coremu)
Do coordenador e coordenador adjunto da Rims 10
Do corpo docente assistencial 12
Atribuições dos Residentes Multiprofissionais 19
Dos criterios de avaliação, frequência e aprovação 21
Capítulo III
Da gestão 23
Coletivo de Residentes 25
Capítulo IV
Dos afastamentos 27
Capítulo V
Das penalidades 30
Capítulo VI
Das disposições finais 34
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Capítulo IDa finalidade
Art. 1º - A Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (Rims) constitui modalidade de ensino de pós-graduação lato sensu, destina-da às profissões que se relacionam com a saúde, sob a forma de curso de especialização, caracterizado por ensino em serviço, sob supervisão de profissionais de elevada qualificação ética e profissional, conforme disposto na Lei 11.129 de 30 de junho de 2005 e na Portaria Interminis-terial nº 1.077 MEC/MS de 12 de novembro de 2009.
Art. 2º - A Rims do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) será cumprida no Hospital e em outras instituições conveniadas, sob orien-tação e coordenação dos profissionais do HCPA e docentes da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), tendo como instituição formadora e executora o Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Art. 3º - O Programa tem duração de dois anos, com carga horária to-tal de 5.760 horas, sendo que 1.152 horas (20% da carga horária total) são destinadas às atividades teóricas, ou teórico-práticas, e 4.608 horas (80% da carga horária total), às atividades práticas.
Art. 4º - A carga horária semanal é de 60 horas, incluindo plantões nos finais de semana e feriados, conforme escala, e respeitada uma folga semanal.
Art. 5º - Os objetivos específicos da Rims/HCPA são capacitar os resi-dentes para:
a) atuar com competência na área específica de especialização, nas ações de prevenção, promoção, recuperação e reabilitação da saúde;
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b) planejar e executar, no seu âmbito de atuação, a assistência ao usuário e suas famílias;
c) atuar na promoção da saúde de acordo com os princípios e diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS) e de acordo com as normas internas e legais aplicáveis ao HCPA;
d) atuar na administração dos processos de trabalho e da assis-tência no âmbito de sua profissão na área hospitalar, ambulato-rial e rede básica de saúde;
e) atuar na Pesquisa, desenvolvendo estudos a partir da proble-matização de questões oriundas dos cenários de prática do Pro-grama;
f ) atuar de forma multidisciplinar como educador e membro da equipe de saúde.
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Capítulo IIDa Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde (Coremu)
Art. 6º - A Comissão de Residência Integrada Multiprofissional (Core-mu) está vinculada ao Grupo de Ensino.
Art. 7º - À Coremu cabe a coordenação, organização, articulação, su-pervisão, avaliação e acompanhamento da Residência Multiprofissio-nal em Saúde e outras atribuições previstas pela Comissão Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS) conforme Resolução nº 2, de 4 de maio de 2010.
Art. 8º - A Coremu será constituída por:
a) coordenador do Programa;
b) coordenador adjunto do Programa;
c) 1 (um) representante e seu suplente dos Chefes de Serviço, entre os que compõem o Colegiado de Gestão do Programa da Rims (Corims);
d) 1 (um) representante e seu suplente dos preceptores;
e) 1 (um) representante e seu suplente dos docentes da Ufrgs cadastrados no Programa;
f ) 1 (um) representante e seu suplente dos Residentes Multipro-fissionais;
g) 1 (um) representante e seu suplente da Secretaria Municipal de Saúde;
h) 1 (um) representante e seu suplente do Conselho Municipal de Saúde.
§ 1º - O coordenador da Coremu será o coordenador do Progra-ma. O coordenador substituto da Coremu será o coordenador adjunto do Programa.
§ 2º - Os representantes dos preceptores, docentes, residentes e chefes de serviço serão escolhidos entre seus pares vinculados ao Programa.
§ 3º - Os representantes citados no § 2º do artigo 8º deste docu-mento terão o mandato de dois (dois) anos podendo ser renova-do por igual período.
Art. 9º - A Coremu reunir-se-á obrigatória e ordinariamente uma vez a cada mês e, extraordinariamente, por convocação de seu coordenador ou pela metade de seus integrantes.
§1º - As reuniões terão início com a presença de metade mais um dos seus participantes, e caso não seja atingido o quorum, trin-ta minutos após, com qualquer número de participantes. Nestes casos serão aprovadas as propostas com a maioria simples dos presentes.
§ 2º Nos casos abaixo especificados será necessária a participa-ção e a aprovação da metade mais um dos participantes da Co-remu.
a) Propostas de alteração do Regimento Interno da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde;
b) Propostas de credenciamento/descredenciamento de áreas de concentração;
c) Aprovação da banca examinadora e do edital do processo se-letivo público da Rims;
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d) Desligamento de residente multiprofissional.
Art. 10 - É de competência da Coremu:
a) coordenar, organizar, articular, supervisionar, avaliar e acom-panhar o Programa de Residência Multiprofissional em Saúde;
b) aprovar ou vetar projetos e processos regulares de creden-ciamento e/ou recredenciamento de áreas de concentração do Programa;
c) designar comissões de trabalho para desenvolvimento e ava-liação do projeto político pedagógico da Rims, de acordo com as disposições legais e internas;
d) definir diretrizes, homologar a banca examinadora e o edital do processo seletivo público da Rims;
e) homologar a indicação de preceptores e docentes no Progra-ma da Rims;
f ) discutir temas e documentos relacionados com a Rims;
g) zelar pelo cumprimento das normas deste Regimento e das demais determinações emanadas da Comissão Nacional de Resi-dência Multiprofissional em Saúde;
h) homologar a escolha dos representantes efetivos e de seus suplentes, para atuação junto a Coremu;
i) documentar as reuniões ordinárias e extraordinárias através de atas que deverão ser aprovadas na reunião subseqüente com as assinaturas dos presentes;
j) aprovar convênios com outras instituições a serem homologa-dos pelo Conselho Diretor;
k) atuar de forma articulada com a Coordenação e com as instân-cias máximas do HCPA.
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Art. 11 - Ao coordenador da Coremu compete:
a) convocar, organizar e presidir as reuniões da Coremu;
b) votar apenas em caso de desempate, quando necessário;
c) assinar atas e documentos emanados da Coremu;
d) encaminhar as solicitações da Coremu aos órgãos competen-tes;
e) representar a Rims ou indicar seu representante;
f ) responder pela Comissão.
Art. 12 - Aos representantes na Coremu compete:
a) participar das reuniões, e no seu impedimento o suplente.
b) solicitar à Coremu a inclusão de assuntos de interesse na agenda de reuniões;
c) reunir o grupo que representa para propor sugestões que vi-sem o aperfeiçoamento do Programa e discussão de questões a serem levadas à Coremu;
d) comunicar ao grupo que representa deliberações da Coremu.
Do coordenador e coordenador adjunto da Rims
Art. 13 - Os mandatos do coordenador e coordenador adjunto serão de quatro anos, sendo permitida uma recondução de mesmo período, que deverá ser homologada pelo presidente do HCPA.
Art. 14 - O coordenador tem por atribuições:
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a) coordenar o Projeto Político Pedagógico, sua implantação e acompanhamento;
b) organizar e coordenar as reuniões da Coremu;
c organizar e coordenar as reuniões com preceptores dos cam-pos e colegiados;
d) ratificar os preceptores de campo da Rims indicados pelos co-legiados de campo;
e) ratificar os preceptores de núcleo indicados pelos Serviços;
f ) zelar pela conservação das informações referentes à Rims, mantendo todos os dados relativos à mesma atualizados;
g) realizar os procedimentos para o estabelecimento de convê-nios com outras instituições para viabilizar a realização de está-gios obrigatórios e optativos na rede de serviços, de acordo com a legislação interna do HCPA;
h) realizar, através de sua secretaria, o acompanhamento e con-trole dos seguintes elementos relacionados:
1 - quanto aos residentes multiprofissionais: férias, atestados, liberações para participação em eventos científicos, avaliações, entradas e saídas do Programa, cadastramento na CNRMS, ca-dastramento junto ao Programa, freqüência, documentos ne-cessários para a conclusão do curso, guarda e arquivamento dos documentos relacionados com a trajetória acadêmica.
2 - quanto às questões administrativas: atualização de dados no aplicativo da Rims (cadastramento da coordenação geral da Rims, do corpo docente, das áreas de concentração), registro e arquivamento das avaliações do Programa da Rims, apoio à even-tos relacionados ao Programa, emissão e encaminhamento de documentação em geral, apoio à organização da infra-estrutura necessária para o desenvolvimento das atividades do Programa.
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Art. 15 - O coordenador adjunto tem por atribuições:
a) responder pelo Programa no caso de ausência ou durante os impedimentos legais do coordenador;
b) acompanhar, junto com o pedagogo, o processo de auto-ava-liação do Programa;
c) acompanhar o processo de análise, atualização e aprovação das alterações do projeto pedagógico junto à Coremu;
d) participar da qualificação do corpo de docentes e precepto-res, buscando garantir os eixos norteadores do Programa;
e) participar de negociações interinstitucionais para viabilização de ações conjuntas de gestão, ensino e pesquisa;
f ) fomentar a participação dos residentes e preceptores no de-senvolvimento de ações e de projetos interinstitucionais em toda a extensão da rede de atenção e gestão do SUS;
g) participar da organização das disciplinas do eixo teórico trans-versal;
h) participar dos grupos de trabalho para constituição de novos campos de residência;
i) responsabilizar-se, juntamente com o coordenador, pela docu-mentação do Programa e atualização de dados junto às instân-cias institucionais locais de desenvolvimento do Programa e à CNRMS;
j) participar dos colegiados de gestão do Programa, coordenan-do os mesmos na ausência do coordenador.
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Do corpo docente assistencial
Art. 16 - O corpo docente assistencial será composto por profissio-nais pertencentes ao quadro funcional da Instituição e por professores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs). Todos atuarão como coordenadores e/ou articuladores do processo, fazendo a inte-gração entre o eixo transversal do Programa, o da área de concentra-ção, e o específico das profissões. Está prevista a capacitação desses docentes no decorrer do semestre que antecede o início do Programa, para assegurar que o ensino se desenvolva dentro dos marcos teóricos propostos para o projeto.
Art.17 - Os docentes são responsáveis por propor, desenvolver e arti-cular as estratégias para a prática de reflexão e aprofundamento con-ceitual a respeito das atividades e ações de gestão e atenção à saúde, podendo ser profissionais da instituição, professores da Ufrgs ou con-vidados externos.
Art. 18 - Os preceptores de núcleo deverão ser profissionais de saúde com curso de graduação e, no mínimo, três anos de experiência ou ti-tulação acadêmica de especialização ou residência na área de concen-tração, que exerçam atividade de organização do processo de apren-dizagem especializado e de orientação técnica aos profissionais resi-dentes, com carga horária mínima de 12 horas semanais, tendo como atribuições:
a) estabelecer cronograma de uma supervisão semanal para cada residente;
b) atuar em sintonia com o preceptor de campo;
c) aplicar as decisões tomadas em comum acordo com os demais preceptores;
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d) agilizar, junto ao preceptor de campo, a resolução de proble-mas que prejudiquem o aprendizado dos residentes;
e) facilitar o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico (PPP) da Rims;
f ) participar das atividades desenvolvidas pelo residente, pro-movendo a discussão dos casos com finalidade de esclarecer dú-vidas e discutir propostas de organização do atendimento;
g) acompanhar, sempre que possível, os residentes nas ativida-des específicas da categoria nos momentos multiprofissionais;
h) acompanhar as atividades solicitadas em aula e na prática a serem desenvolvidas pelo residente;
i) promover o desenvolvimento de habilidades técnicas, políti-cas e éticas;
j) dar ciência nos pontos de freqüência dos residentes;
k) nortear o residente nas atividades de gerenciamento (plane-jamento, organização, execução e avaliação) das ações coletivas em saúde;
l) contribuir na interação do residente na equipe multiprofissio-nal do local de prática;
m) administrar conflitos e dificuldades nas unidades e institui-ções, juntamente com o preceptor de campo;
n) avaliar integralmente as ações exercidas pelo residente e dia-logar sobre os pontos positivos, negativos e sugestões para apri-moramento;
o) definir, junto com os demais preceptores e docentes, o con-teúdo das aulas, visando a sua integração com os cenários de prática;
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p) ministrar aulas na sua área de conhecimento e/ou participar das aulas de outros docentes;
q) liberar os residentes para cursos, congressos, pesquisas e tra-balhos após avaliar a pertinência dos mesmos para sua forma-ção, obedecendo as normas estabelecidas;
r) participar de Cursos, Congressos e Fóruns pertinentes à sua atuação junto ao Programa, comprometendo-se com a sua for-mação e atualização;
s) participar de reuniões com preceptores e coordenação;
t) participar semanalmente do Colegiado de Campo;
u) realizar a avaliação do residente conforme as normas do Pro-grama;
Art. 19 - Os preceptores de campo deverão ser profissionais de saúde com curso de graduação e, no mínimo, três anos de experiência ou titu-lação acadêmica de especialização ou residência na área de concentra-ção, que exerçam atividade de gestão do processo de aprendizagem especializado em campo, com carga horária mínima de 12 horas sema-nais, tendo como atribuições:
a) estabelecer cronograma de uma supervisão semanal para os residentes da área de concentração;
b) atuar em sintonia com os tutores e preceptores de núcleo;
c) administrar conflitos e dificuldades, juntamente com os tuto-res e preceptores de núcleo;
d) agilizar junto à instituição, a resolução de problemas que pre-judiquem o aprendizado dos residentes;
e) promover a articulação dos conteúdos das disciplinas com as atividades desenvolvidas na área de concentração;
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f ) participar das atividades desenvolvidas pelos residentes, pro-movendo a discussão dos casos com finalidade de esclarecer dú-vidas e discutir propostas de organização do atendimento;
g) coordenar as atividades do Projeto Terapêutico Singular (PTS);
h) promover a inserção dos residentes com os locais de prática;
i) acompanhar as avaliações dos residentes junto ao colegiado de tutores e preceptores;
j) articular com outras instituições ações intersetoriais;
k) administrar problemas referentes ao controle de freqüência, faltas e entregas de documentações;
l) coordenar a construção dos itinerários das linhas de cuidado;
m) participar das reuniões do colegiado de preceptores de cam-po junto à coordenação do Programa;
n) coordenar as reuniões do colegiado do campo;
o) estimular o trabalho coletivo;
p) participar de Cursos e Congressos e Fóruns pertinentes à sua atuação junto a um Programa de Residência Multiprofissional, comprometendo-se com a sua formação e atualização;
q) preservar articulação entre orientador de pesquisa, campo e núcleo.
r) manter o controle na entrega da documentação junto à secre-taria da Rims.
Art. 20 - O tutor será o professor da Ufrgs cadastrado no corpo docente assistencial da Rims. De acordo com a Resolução CNRMS nº 2, de 13 de abril de 2012, o tutor é o profissional com formação mínima de mestre e com experiência profissional na área de especialidade do campo de,
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no mínimo, 03 (três) anos, com carga horária de no mínimo 12 horas semanais dedicadas à função, tendo como atribuições:
a) participar do Colegiado de Campo, nas atividades de planeja-mento, organização e avaliação em sintonia com demais mem-bros.
b) coordenar a implementação, execução e avaliação das ativida-des de matriciamento interno e externo, em parceria com o pre-ceptor de campo e demais preceptores, professores e residentes;
c) participar do planejamento e implementação, junto aos pre-ceptores, equipe de saúde, docentes e residentes, de ações vol-tadas à qualificação dos serviços e desenvolvimento de novas tecnologias para atenção e gestão em saúde;
d) participar do processo de articulação de preceptores e resi-dentes com os respectivos pares de outros Programas, incluindo a residência médica, bem como com estudantes dos diferentes níveis de formação profissional na saúde;
e) participar do processo de avaliação dos residentes;
f ) participar da avaliação do Projeto Político Pedagógico (PPP) do Programa, contribuindo para o seu aprimoramento;
g) participar do planejamento, execução e avaliação das ações de educação permanente em saúde para os preceptores e do-centes.
Art. 21 - O Orientador de Pesquisa tem como função a orientação do processo de produção da pesquisa a ser desenvolvida pelos Residen-tes Multiprofissionais, podendo ser profissionais da instituição e pro-fessores da Ufrgs. Deverá ter pós-graduação stricto sensu (Mestrado ou Doutorado), devendo conhecer e seguir as linhas de pesquisa propos-tas pelo Programa. O orientador de pesquisa terá papel fundamental
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no estímulo à construção do conhecimento multiprofissional desen-volvido na área de concentração do residente. Cabe ao orientador:
a) estabelecer o plano e cronograma de trabalho juntamente com o orientando e o preceptor;
b) orientar o residente individualmente, no processo de elabora-ção do trabalho científico, em suas várias etapas;
c) garantir o desenvolvimento dos projetos de pesquisa cuja te-mática esteja relacionada às Diretrizes do PPP/Rims;
d) informar o orientando sobre as normas e critérios de avalia-ção;
e) Comunicar à Coordenação da Rims quando ocorrerem proble-mas, dificuldades e dúvidas relativas ao processo de orientação;
f ) estabelecer a co-orientação na temática escolhida pelo resi-dente;
g) comparecer às reuniões, quando convocadas pelo coordena-dor da Rims, para discutir questões relativas à organização, pla-nejamento, desenvolvimento e avaliação dos trabalhos;
h) atender aos seus orientandos em horários previamente agen-dados, sem prejuízo das demais atividades do Programa.
Art. 22 - Pedagogo tem como finalidade contribuir com a dimensão pedagógica através da:
a) participação na elaboração do Projeto Político Pedagógico, de sua implantação e acompanhamento;
b) participação das reuniões com preceptores dos campos e co-legiados;
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c) acompanhamento do processo de autoavaliação do Programa junto com a coordenação;
d) acompanhamento do processo de análise, atualização das al-terações do projeto pedagógico;
e) participação da qualificação do corpo de docentes e precep-tores;
f ) contribuir na organização das disciplinas do eixo teórico trans-versal;
g) participação de grupos de trabalho para constituição de no-vos campos de residência;
h) participação dos colegiados de gestão do Programa;
i) orientar pedagogicamente a elaboração dos instrumentos de avaliação dos residentes.
Parágrafo único – O processo de credenciamento corpo docen-te assistencial poderá ser solicitado pelo próprio docente/pre-ceptor ou encaminhado pela Corims e áreas de concentração. Os interessados ou convidados para o credenciamento deverão apresentar à Corims carta de interesse, projeto de ação teórico-assistencial e relato da experiência profissional relacionada com a área de interesse na Rims, a fim de aprovação. Posteriormente, a proposta de credenciamento deverá ser homologada junto a Coremu. Os integrantes do corpo docente assistencial deverão obrigatoriamente, participar dos cursos de capacitação para do-centes e preceptores realizados pela Rims.
Atribuições dos Residentes Multiprofissionais
Art. 23 - São atribuições dos residentes multiprofissionais:
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a) cumprir, em todos os seus termos, o Contrato assinado, quan-do de sua admissão na Rims;
b) conhecer e cumprir as normas regimentais do Programa, bem como as normas vigentes no HCPA;
c) obedecer às normas éticas e técnicas, comportando-se nas dependências do HCPA de modo a não perturbar a ordem e a disciplina;
d) dedicar-se com zelo e responsabilidade ao cuidado dos pacientes e ao cumprimento das obrigações relacionadas com a Rims;
e) participar de sessões científicas e preparar trabalhos de acor-do com a orientação das respectivas preceptorias, sendo vedada à divulgação e publicação sem autorização das mesmas;
f ) cumprir os horários que lhe forem determinados e a carga horária estabelecida por este Regimento (regulamentado pelo CNRMS/MEC);
g) em caso de impedimento de qualquer natureza comunicar os atrasos ou ausências ao preceptor de núcleo;
h) cumprir os plantões, de acordo com as escalas programadas;
i) usar, obrigatoriamente, o uniforme e equipamentos de prote-ção individual (EPI´s), fornecidos pelo HCPA, de acordo com as normas institucionais, responsabilizando-se pelo seu uso;
j) zelar pelo patrimônio do HCPA e das instituições onde for de-senvolvida a capacitação;
k) comparecer às reuniões convocadas pelos Preceptores, pela Coordenação do Programa ou pela Coremu;
l) atender às solicitações e responsabilidades específicas de cada área de concentração e de núcleo;
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m) escolher a representação dos Residentes Multiprofissionais na Coremu;
n) ter conhecimento das características e do projeto político pe-dagógico do Programa, bem como dos critérios de avaliação;
o) realizar o trabalho de conclusão nos prazos estabelecidos pela Rims;
p) cumprir a carga horária semanal de 60 (sessenta) horas, nelas incluídas intervalos diários de 1h (uma hora) e plantões.
Art. 24 - Constituem direitos do Residente Multiprofissional:
a) gozar período de 30 (trinta) dias de repouso anuais em dias consecutivos de férias, que deverão preferencialmente ser fra-cionados em dois períodos de 15 (quinze) dias, por ano de ativi-dade e sem causar prejuízo para as atividades teóricas e práticas;
b) gozar um dia de folga semanal;
c) recorrer a Coremu quando da aplicação de sanções disciplina-res, garantido direito de defesa nos termos da legislação vigente;
d) obter liberação para participação em Congressos Científicos, desde que aprovado pelo Preceptor de Núcleo e de Campo;
e) será priorizada a liberação dos Residentes Multiprofissionais que tiverem trabalhos científicos a serem apresentados
f ) realizar estágio optativo;
g) receber bolsa – financiada pelo Ministério da Educação (MEC).
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Dos criterios de avaliação, frequência e aprovação
Art. 25 - A promoção do Residente Multiprofissional do primeiro para o segundo ano e a sua aprovação ao final do Programa está condicio-nada:
a) ao cumprimento de um mínimo de 85% de presença em cada uma das disciplinas do eixo teórico e 100% da carga horária prá-tica individualmente;
b) à obtenção do conceito mínimo para aprovação, conforme determina o sistema de avaliação do Programa, sendo que:
•Conceito A: aproveitamento de, no mínimo, 90%.
•Conceito B: aproveitamento de, no mínimo, 80% e menos que 90%.
•Conceito C: aproveitamento de, no mínimo, 70% e menos que 80%.
•Conceito D: menos de 70% de aproveitamento (critérios).
•Falta de Frequência (FF): sem frequência mínima (85% nas atividades teóricas e 100% na prática).
c) à aprovação do Trabalho de Conclusão de Residência por ban-ca examinadora pública e entrega da versão final do TCR com correções e sugestões da Banca Examinadora, nos prazos estipu-lados pelo Programa;
d) à apresentação individual, de um artigo científico com com-provação de protocolo de envio à publicação.
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Capítulo IIIDa gestão
Art. 26 - A Gestão do Programa ocorre a partir de instâncias colegia-das, possibilitando que, em processo democrático e participativo, as categorias profissionais e as áreas de concentração se integrem e se articulem com vistas a uma proposta de formação multiprofissional integrada. A estrutura é composta pelas seguintes instâncias: Coorde-nação, Colegiado de Gestão da Residência integrada multiprofissional em saúde (Corims), Colegiado de Preceptores de Campo, Colegiado do Campo, Colegiado de Núcleo.
Art. 27 - Corims trata-se de um Colegiado de Gestão do Programa que tem como finalidade garantir a sua sustentabilidade a partir dos Servi-ços que o integram. É composto por dois representantes de cada uma das profissões que integram o Programa, sendo um deles o Chefe de Serviço, pelo coordenador e coordenador Adjunto e pela Pedagoga. A Enfermagem, composta por mais de um Serviço, tem como represen-tantes um professor que integra o Genf e um representante dos pre-ceptores enfermeiros.
Art. 28 - O coordenador da Corims será o coordenador do Programa.
Art. 29 - A Corims realizará reuniões semanais, por convocação de seu coordenador, tendo como finalidade a sustentabilidade político-peda-gógica e administrativa para o Programa. Cabe à Corims:
a) indicar as instâncias competentes, o coordenador e o coorde-nador adjunto do programa, escolhidos dentre os profissionais que compõe o programa;
b) aprovar a proposta de credenciamento dos professores da Ufrgs e dos trabalhadores do HCPA, para compor o quadro do-cente assistencial;
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c) acompanhar as condições de trabalho dos preceptores;
d) avaliar as propostas de abertura de novas áreas de concentra-ção;
e) avaliar as propostas de inclusão de categorias profissionais;
f ) analisar o número de vagas a serem oferecidas anualmente, considerando a estrutura de preceptoria necessária;
g) indicar e encaminhar os nomes para a composição da Comis-são de Seleção;
h) discutir temas que serão encaminhados à Coremu;
i) apoiar a Coordenação na execução dos princípios e diretrizes do projeto político pedagógico da residência;
j) apoiar as atividades de educação permanente do corpo do-cente assistencial;
k) apoiar a participação dos preceptores em eventos que tratem de temáticas relacionadas à residência multiprofissional;
l) apoiar a participação dos preceptores no coletivo de residên-cias multiprofissionais.
Art. 30 - Colegiado de Preceptores de Campo composto pelos pre-ceptores de campo, coordenador, coordenador adjunto do Programa, representante(s) da Corims e pedagogo. Realizará reuniões semanais, contando quinzenalmente com a participação da representação dos residentes.
Art. 31 - O Colegiado de Preceptores de Campo tem como objetivo:
a) discutir o desenvolvimento e execução do projeto político pe-dagógico;
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b) manter a unidade entre os diferentes campos na execução do projeto político pedagógico;
c) compartilhar necessidades, demandas e experiências emer-gentes nos campos;
d) discutir e propor ações cabíveis e necessárias para o desenvol-vimento do Programa.
Art. 32 - O Colegiado de Campo é composto por todos os preceptores e tutores que compõe o corpo docente-assistencial de determinada área de concentração e tem como finalidade planejar, implementar e acompanhar as atividades teórico-práticas e práticas dos residentes de determinado campo, dando sustentabilidade a proposta político-pedagógica.
Art. 33 - O Colegiado de núcleo é composto pelo conjunto de precep-tores de uma determinada categoria profissional. É coordenado pelos seus representantes junto à Corims.
Art. 34 - O Colegiado de Núcleo tem como função planejar, implemen-tar e acompanhar as atividades teórico-práticas e práticas dos residen-tes de cada núcleo, articulando os conhecimentos e competências es-pecíficas com a área de concentração de formação.
Coletivo de Residentes
Art. 35 - O Coletivo dos Residentes é composto pelo conjunto de re-sidentes do Programa, sendo coordenado pelos seus representantes junto a Coremu.
Art. 36 - O Coletivo de Residentes tem como função encaminhar pautas sobre conteúdos discutidos nas reuniões deste coletivo e participar de ações políticas relacionadas às Residências Multiprofissionais em Saúde.
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a) Os residentes multiprofissionais terão direito a um turno por mês para realizarem reunião de organização discente e/ou de as-sembleias de residentes multiprofissionais. Este turno deverá ser combinado previamente e ser incluído como atividade da Resi-dência. A lista de presença destes eventos deverá ser entregue a secretaria da Coremu.
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Capítulo IVDos afastamentos
Art. 37 - No que se refere aos afastamentos:
a) Serão aceitos até 15 (quinze) dias de ausências anuais, inter-caladas ou consecutivas, por adoecimento ou outros agravos à saúde, mediante apresentação de atestado médico. As faltas atribuídas por motivos de saúde que excederem ao limite de 15 dias consecutivos, implicará no encaminhamento do Residente à Perícia Médica do INSS. Tanto as ausências intercaladas, quan-to às consecutivas que ultrapassarem aos 15 dias, terão que ser recuperadas no término de 24 meses regulares da Residência In-tegrada em Saúde do HCPA;
b) O Residente deverá comunicar ao preceptor de núcleo da necessidade de afastamento e apresentar os atestados de aten-dimento em serviço de saúde em até 72 (setenta e duas) horas após o retorno das atividades;
c) É assegurada à residente multiprofissional gestante ou ado-tante, licença remunerada por 120 (cento e vinte) dias, que po-derá ser requerido por mais 60 (sessenta) dias, mediante encami-nhamento da residente ao INSS. A carga horária não desenvolvi-da durante o afastamento deverá ser recuperada, integralmente, após 24 meses de sua data de ingresso no Programa;
d) Ao profissional residente será concedida licença de 5 (cinco) dias, para auxiliar a mãe de seu filho recém-nascido ou adotado, mediante apresentação de certidão de nascimento ou termo de adoção da criança;
e) Ao profissional residente será concedida licença nojo de 8
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(oito) dias consecutivos, em caso de óbito de parentes de 1º grau, ascendentes ou descendentes, contando a partir do dia do falecimento, devendo ser apresentado atestado de óbito;
f ) Ao profissional residente será concedida a licença gala de 8 dias consecutivos a partir da data do casamento (inclusive);
g) Todas estas situações descritas acima deverão ser devidamen-te documentadas e apresentadas ao preceptor de núcleo no pe-ríodo de 15 (quinze) dias a contar do acontecimento;
h) As atividades perdidas em razão de afastamentos deverão ser recuperadas a critério dos preceptores de campo e núcleo, de modo a garantir a aquisição das competências estabelecidas no Programa;
i) Para a participação em atividades científicas são facultados 15 (quinze) dias anuais. O residente interessado deverá enviar requerimento aos preceptores de núcleo e campo com antece-dência mínima de duas semanas, solicitando a dispensa de suas atividades no período correspondente. A aprovação será analisa-da com base na pertinência do evento para a área de concentra-ção à qual o residente está vinculado;
j) A comprovação da participação em eventos é obrigatória, e deverá ser entregue em até 30 (trinta) dias após a conclusão do evento.
Art. 38 - No que se refere às transferências estas seguirão a Resolução nº 2, de 2 de fevereiro de 2011, da CNRMS que dispõe sobre a transfe-rência de profissionais da saúde residentes.
Art. 39 - No que se refere às desistências, desligamento, trancamento ou abandono:
a) em caso de desistência, desligamento ou abandono do Pro-
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grama por residente multiprofissional do primeiro ano, a vaga poderá ser preenchida em até 60 (sessenta) dias após o início do Programa, onde será observada rigorosamente a classifica-ção (Resolução nº 1, de 2 de fevereiro de 2011). Caso haja por parte do residente multiprofissional solicitação de afastamento da Residência, ser-lhe-á assegurado um período de 2 (dois) anos após a solicitação para complementação do período em falta. A solicitação de afastamento deverá ser encaminhada por escrito para avaliação do Colegiado Gestor da Residência Integrada em Saúde do HCPA. Para ter direito à complementação da formação, o (a) residente multiprofissional deve ter freqüentado, no míni-mo, 12 (doze) meses completos do primeiro ano da Residência. A solicitação de reingresso para complementação do período em falta deve ser encaminhada ao Colegiado Gestor da Residência Integrada em Saúde do HCPA até o final do primeiro semestre do ano anterior ao reinício das atividades, tendo em vista a inclusão da bolsa-residência na previsão orçamentária. Durante o período de trancamento fica suspenso o pagamento de bolsa trabalho.
b) O trancamento de matrícula, parcial ou total, exceto para o cumprimento de obrigações militares, poderá ser concedido, excepcionalmente, mediante aprovação da Comissão de Resi-dência Multiprofissional (Coremu) e homologação pela Comis-são Nacional de Residência Multiprofissional em Saúde (CNRMS). Durante o período de trancamento fica suspenso o pagamento de bolsa trabalho, conforme despacho orientador publicado no site da CNRMS (http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&id=12501&Itemid=813).
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Capítulo VDas penalidades
Art. 40 - As faltas disciplinares ou técnicas do residente serão aprecia-das pelos preceptores de campo e núcleo e homologadas pela Coor-denação do Programa, garantido ao residente o direito de defesa con-forme legislação vigente.
Art. 41 - Na aplicação de sanções disciplinares serão considerados os fatos, sua natureza, a gravidade da falta cometida, os danos que dela provierem e os antecedentes do residente.
Parágrafo único - todas as sanções disciplinares serão discutidas em reunião com os preceptores de núcleo e campo e o residente envolvi-do para compreensão da situação e encaminhamento das propostas pedagógicas pertinentes.
Art. 42 - Os residentes multiprofissionais ficam sujeitos às seguintes sanções disciplinares:
a) advertência verbal;
b) advertência por escrito;
c) suspensão;
d) desligamento.
Parágrafo único - As sanções disciplinares serão aplicadas pelo Pre-ceptor de Núcleo, após análise do preceptor de campo, e comunicada e documentada para registro na secretária do Programa, com ciência do residente.
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Art. 43 - A advertência verbal será aplicada nas seguintes situações:
a) faltas ou atrasos em atividade de formação em serviço, sem justificativa ou com justificativa não aceita;
b) faltas, atrasos ou saídas antecipadas das atividades de forma-ção teórica e de serviço, sem combinação formal prévia com o responsável pela atividade;
c) não aplicação dos melhores preceitos técnicos no exercício do cuidado aos usuários e/ou no uso dos equipamentos e instala-ções do HCPA;
d) não cumprimento dos prazos estabelecidos pelo Programa re-lacionados às diferentes etapas de elaboração do TCR.
Art. 44 - A advertência por escrito será aplicada pelo responsável da atividade nas seguintes situações:
a) reincidência em faltas e atrasos às atividades de formação em serviço, sem justificativa à Preceptoria;
b) descumprimento, por indisciplina e/ou insubordinação, às normas estabelecidas pelo Regimento da Rims e normas vigen-tes no HCPA;
c) reincidência na não aplicação dos melhores preceitos técni-cos no exercício do cuidado aos usuários e/ou no uso de equipa-mentos e instalações do HCPA;
d) reincidência no não cumprimento dos preceitos de ética pro-fissional no exercício do cuidado aos usuários.
Art. 45 - A pena de suspensão poderá ser aplicada por até 30 (trinta) dias, durante o período regular de treinamento, devendo o Residente Multiprofissional cumprir a carga horária ao final do período regular da residência.
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Art. 46 - A suspensão será aplicada nas seguintes situações:
a) reincidir, após recebimento de advertência por escrito, em situação assemelhada, referente a não aplicação aos melhores preceitos técnicos no exercício do cuidado aos usuários e/ou no uso de equipamentos e instalações do HCPA, assim considera-dos como atos de negligência profissional;
b) reincidir, após recebimento de advertência por escrito em si-tuação assemelhada, preceitos de ética profissional no exercício do cuidado aos usuários e/ou no uso de equipamentos e insta-lações do HCPA, assim considerados como atos de negligência profissional.
Art. 47 - O desligamento será aplicado nas seguintes situações:
a) na reincidência de situações que levem a pena de Suspensão;
b) falta sem justificativa por mais de 5 (cinco) dias consecutivos ou 10 (dez) dias intercalados durante todo período da residência, conforme registro de freqüência;
c) não atingir na avaliação semestral, o conceito mínimo para aprovação, conforme o sistema de avaliação do Programa;
d) uso indevido de documentação, no decorrer da formação na Rims/HCPA, que caracterizem falsidade ideológica.
I - O desligamento será proposto pelos preceptores de campo e núcleo e homologado pela Coremu sendo encaminhado pela Comissão Nacional da Residência Multiprofissional e executado pela coordenação.
II - O desligamento poderá ser aplicado independente da Adver-tência, nos casos em que a falta for julgada grave pelo colegiado
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de Preceptoria da área de concentração, com a concordância da Coremu.
Art. 48 - A critério da Coremu, poderá denunciar junto ao Conselho Regional da profissão do residente multiprofissional, situações consi-deradas de infração ao código ético-disciplinar.
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Capítulo VIDas disposições finais
Art. 49 - Os casos omissos serão resolvidos pela Coremu.
Art. 50 - As alterações neste Regimento só terão validade quando aprovado pela Administração Central do HCPA. O encaminhamento para esta será feito pelo coordenador do Programa, após aprovação a que se refere o artigo 9 Alínea a do § 2º.
Art. 51 - Este regimento dá validade as normatizações que constam do Guia de Informações da Residência Integrada Multiprofissional em Saúde (Rims)
Art. 52 - Este Regimento entra em vigor na data de sua aprovação.
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Alterado pela Administração Central conforme ata nº 793, de 07/10/2016.