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Resolução 557, de 30.6.1997 – TRE - MG REGIMENTO INTERNO ALTERAÇÕES: Resolução nº 609, de 09.7.2002 - TREMG - Altera o art. 62 do Regimento Interno. Resolução nº 615, de 05.8.2002 - TREMG - Dá nova redação ao art. 3º e parágrafos e ao parágrafo único do art. 5º; e revoga os parágrafos 4º e 5º do art. 3º e o parágrafo 1º do art. 4º do Regimento Interno. Resolução nº 616, de 07.8.2002 - TREMG - Altera o artigo 51 do Regimento Interno. Resolução nº 620 de 23.8.2002 - TREMG - Altera o inciso VI do art. 8º e o inciso I do art. 22 do Regimento Interno. Resolução nº 621, de 04.9.2002 - TREMG - Altera os arts. 25, 116 e o inciso XIII do art.48 do Regimento Interno. Resolução nº 622, de 30.9.2002 - TREMG - Altera o art. 50, o caput do art. 51 e seu § 7º, o art. 52 e o art. 53 e suprime o parágrafo único do art. 52 do Regimento Interno. O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições e examinando os autos de Feitos Diversos nº 70/96 RESOLVE Aprovar o seu Regimento Interno. REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE MINAS GERAIS, no exercício que lhe é atribuído pelo art. 96, inciso I, letra "a" da Constituição da República Federativa do Brasil, e pelo art. 30, I, da Lei nº 4.737, de 15 de julho de 1965 (Código Eleitoral), resolve aprovar o seguinte R E G I M E N T O I N T E R N O: TÍTULO I

Regimento Interno Tre-mg

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Page 1: Regimento Interno Tre-mg

Resolução nº  557, de 30.6.1997 –

TRE - MG

REGIMENTO INTERNO

ALTERAÇÕES:

Resolução nº 609, de 09.7.2002 - TREMG -

Altera o art. 62 do Regimento Interno.

Resolução nº 615, de 05.8.2002 - TREMG - Dá nova redação ao art. 3º e parágrafos e ao parágrafo único do art. 5º; e revoga os parágrafos 4º e 5º do art. 3º e o parágrafo 1º do art. 4º do Regimento Interno.Resolução nº 616, de 07.8.2002 - TREMG -

Altera o artigo 51 do Regimento Interno.

Resolução nº 620 de 23.8.2002 - TREMG -  Altera o inciso VI do art. 8º e o inciso I do art. 22 do Regimento Interno.Resolução nº 621, de 04.9.2002 - TREMG - Altera os arts. 25, 116 e o inciso XIII do art.48 do Regimento Interno.

Resolução nº 622, de 30.9.2002 - TREMG -

Altera o art. 50, o caput do art. 51 e seu §

7º, o art. 52 e o art. 53 e suprime o

parágrafo único do art. 52 do Regimento

Interno.

O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE

MINAS GERAIS, no uso de suas atribuições

e examinando os autos de Feitos Diversos nº

70/96

RESOLVE

Aprovar o seu Regimento Interno.

REGIMENTO INTERNO DO TRIBUNAL

REGIONAL ELEITORAL DE MINAS

GERAIS

O TRIBUNAL REGIONAL ELEITORAL DE

MINAS GERAIS, no exercício que lhe é

atribuído pelo art. 96, inciso I, letra "a"

da Constituição da República

Federativa do Brasil, e pelo art. 30, I,

da Lei nº 4.737, de 15 de julho de

1965 (Código Eleitoral), resolve

aprovar o seguinte

R E G I M E N T O  I N T E R N O:

TÍTULO I

ORGANIZAÇÃO E COMPETÊNCIAS

CAPÍTULO I

DA ORGANIZAÇÃO DO TRIBUNAL

Art. 1º - O Tribunal Regional Eleitoral de

Minas Gerais - TRE-MG, com sede na

Capital e jurisdição em todo o Estado, será

composto conforme dispõe a Constituição

Federal.

Art. 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá,

mediante votação secreta, seu Presidente e

seu Vice-Presidente, dentre os

Desembargadores. Caberá ao Vice-

Presidente o exercício cumulativo da

Corregedoria Regional Eleitoral.

§ 1º - Havendo empate na votação,

considerar-se-á eleito o Desembargador mais

antigo no Tribunal de Justiça e, se igual a

antigüidade, o mais idoso.

Page 2: Regimento Interno Tre-mg

§ 2º - Vagando o cargo de Presidente,

assumirá o Vice-Presidente, até que se

processe a eleição.

Art. 3º - Os Juízes efetivos do Tribunal

servirão obrigatoriamente por 02 (dois) anos.

(Caput com redação alterada pela Res.

615, de 05 agosto de 2002 - TRE/MG)

§ 1º - Compete ao Tribunal a apreciação da

justa causa para dispensa da função eleitoral

antes do término do biênio. (Parágrafo com

redação alterada pela Res. 615, de 05 de

agosto de 2002 - TRE/MG)

§ 2º - Perderá automaticamente a função

eleitoral o membro do Tribunal que completar

70 (setenta) anos, assim como o magistrado

que se aposentar. (Parágrafo com redação

alterada pela Res. 615, de 05 de agosto de

2002 - TRE/MG)

§ 3º - Trinta dias antes do término do biênio,

quando se tratar de magistrado, ou noventa

dias antes, no caso de juristas, ou

imediatamente após a verificação da vaga, o

Presidente comunicará o fato ao Tribunal

competente para a respectiva eleição.

(Parágrafo com redação alterada pela Res.

615, de 05 de agosto de 2002 - TRE/MG)

§ 4º - No caso de recondução para o

segundo biênio, observar-se-ão as mesmas

formalidades indispensáveis à primeira

investidura. (Parágrafo revogado pela Res.

615, de 05 de agosto de 2002 - TRE/MG)

§ 5º - Para os efeitos deste artigo,

consideram-se também consecutivos dois

biênios, quando entre eles tenha havido

interrupção inferior a dois anos. (Parágrafo

revogado pela Res. 615, de 05 de agosto

de 2002 - TRE/MG)

Art. 4º - A posse dos Juízes efetivos dar-se-á

perante o Tribunal e a dos substitutos,

perante a Presidência, lavrando-se o termo

respectivo. Em ambos os casos, o prazo para

a posse é de 30 (trinta) dias, contados da

publicação oficial da escolha ou da

nomeação.

§ 1º - Quando a recondução se operar antes

do término do 1º biênio, não haverá

necessidade de nova posse, que será

exigida, apenas, se houver interrupção do

exercício. Naquela hipótese, será suficiente a

anotação de investidura inicial no termo

respectivo. (Parágrafo revogado pela Res.

615, de 05 de agosto de 2002 - TRE/MG)

§ 1º - O prazo para a posse poderá ser

prorrogado pelo Tribunal por 30 (trinta) dias,

no máximo, desde que  o  requeira o Juiz a

ser compromissado.(Parágrafo renumerado

pela Res. 615, de 05 de agosto de 2002 -

TRE/MG)

§ 2º - Os Juízes efetivos e substitutos

prestarão o seguinte compromisso:

"PROMETO DESEMPENHAR LEAL

E HONRADAMENTE OS DEVERES

DO MEU CARGO, CUMPRINDO E

FAZENDO CUMPRIR A

CONSTITUIÇÃO E AS LEIS."

(Parágrafo renumerado pela Res. 615, de

05 de agosto de 2002  - TRE/MG)

Art. 5º - As incompatibilidades dos membros

do Tribunal são as previstas na Constituição

Page 3: Regimento Interno Tre-mg

da República e na legislação eleitoral

vigente.

Parágrafo único - Nenhum Juiz poderá voltar

a integrar o Tribunal na mesma classe ou em

classe diversa, salvo se transcorrerem 2

(dois) anos do término do biênio, podendo,

entretanto, o substituto vir a integrar o

Tribunal como efetivo, sem que esta

investidura seja limitada pela sua condição

anterior.(Parágrafo com redação alterada

pela Res. 615, de 05 de agosto de 2002 -

TRE/MG)

Art. 6º - Ao Tribunal cabe o tratamento de

"egrégio", dando-se a seus membros e ao

Procurador Regional o de "Excelência".

CAPÍTULO II

DA COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL

Art. 7º - Compete ao Tribunal, além de outras

atribuições que lhe forem conferidas por lei:

I - deferir o compromisso de seus membros

efetivos e empossá-los;

II - fixar dia e hora das sessões ordinárias;

III - consultar o Tribunal Superior Eleitoral

sobre matéria eleitoral de alcance nacional;

IV - expedir instruções às autoridades que

lhe estão subordinadas, para o exato

cumprimento das normas eleitorais;

V - nomear Junta Especial para proceder à

apuração de urnas de Seções anuladas ou

impugnadas, nos casos previstos em lei;

VI - assegurar o exercício da propaganda

eleitoral, nos termos da lei;

VII - suscitar conflitos de competência ou de

atribuições;

VIII - determinar a renovação de eleições, no

prazo legal, e apurá-las, em conformidade

com a legislação eleitoral vigente;

IX - constituir a Comissão Apuradora das

eleições;

X - processar e julgar, originariamente, além

dos casos previstos em lei:

a) os pedidos de habeas data e mandados

de injunção, nos casos previstos na

Constituição, quando versarem sobre matéria

eleitoral;

b) as investigações judiciais previstas na Lei

Complementar nº 64, de 18.5.90, ressalvada

a competência da Justiça Eleitoral de 1ª

instância e a do Tribunal Superior Eleitoral;

c) os pedidos de mandado de segurança

contra atos, decisões e despachos do

Presidente, do Corregedor Regional Eleitoral,

do Procurador Regional Eleitoral e dos

Relatores de processos em curso no

Tribunal, em matéria administrativa ou

eleitoral;

d) os crimes eleitorais cometidos por

autoridades sujeitas originariamente à

jurisdição do Tribunal de Justiça;

XI - aprovar o nome de examinador de

concurso para provimento de vagas e baixar

as respectivas instruções;

XII - baixar resoluções necessárias à

regularidade dos serviços eleitorais;

XIII - praticar atos relativos à matéria cujo

conteúdo reclame urgência, observada a

legislação pertinente;

XIV - exercer outras atribuições decorrentes

de lei e deste Regimento.

Page 4: Regimento Interno Tre-mg

CAPÍTULO III

DA COMPETÊNCIA DO PRESIDENTE

Art. 8º - Compete ao Presidente do Tribunal:

I - dirigir os trabalhos do Tribunal, presidir às

sessões, propor e encaminhar as questões a

serem resolvidas, apurar o vencido e

proclamar o resultado;

II - proferir o voto de qualidade;

III - funcionar como Relator na exceção de

incompetência e suspeição argüidas perante

este Tribunal;

IV - convocar sessão extraordinária;

V - manter a ordem na sessão, mandando

retirar os assistentes que a perturbarem;

VI - assinar, juntamente com o Relator, as

resoluções e os acórdãos do Tribunal;

(Inciso com redação alterada pela

Resolução nº 620, de 23 de agosto de 2002

- TRE/MG)

VII - cumprir e fazer cumprir as deliberações

do Tribunal;

VIII - assinar a ata da sessão, depois de

aprovada;

IX - convocar os membros substitutos, nos

casos previstos neste Regimento;

X - determinar a anotação de Comissões

Provisórias, Diretórios Regionais e

Municipais e delegados de partidos políticos,

bem como as suas alterações, com a devida

comunicação aos Juízes Eleitorais;

XI - distribuir os processos aos membros do

Tribunal;

XII - justificar as faltas dos membros do

Tribunal;

XIII - representar o Tribunal nas solenidades

e nos atos oficiais, bem como junto às

autoridades constituídas ou órgãos federais,

estaduais e municipais, podendo delegar

essas atribuições;

XIV - superintender os serviços da Secretaria

do Tribunal;

XV - expedir atos e portarias para execução

de decisões e ordens que não dependam de

decisão do Tribunal;

XVI - determinar a publicação dos trabalhos,

atos e decisões do Tribunal;

XVII - admitir recurso interposto de decisão

do Tribunal e encaminhá-lo, sendo o caso, ao

Tribunal Superior Eleitoral;

XVIII - empossar os membros substitutos do

Tribunal;

XIX - comunicar ao Tribunal de Justiça de

Minas Gerais o afastamento concedido aos

Juízes Eleitorais e, sendo o caso, aos

membros do Tribunal;

XX - impor pena disciplinar, observado o

disposto no Regulamento da Secretaria do

Tribunal, quando ela exceder a competência

do Diretor-Geral;

XXI - conhecer, em grau de recurso, de

decisão administrativa do Diretor-Geral;

XXII - abrir, rubricar e encerrar os livros da

Secretaria, quando a lei o exigir, podendo

delegar essa competência a um Diretor de

Secretaria;

XXIII - aplicar penalidades a fornecedores de

material e executantes de serviços ou obras,

nos casos previstos nos contratos

administrativos e na lei;

Page 5: Regimento Interno Tre-mg

XXIV - corresponder-se, em nome do

Tribunal, com outros Poderes e autoridades;

XXV - atender a pedido de entrega ou de

substituição de documentos, quando não

houver proibição legal;

XXVI - mandar publicar e comunicar, no

prazo legal, os nomes dos candidatos

registrados originariamente neste Tribunal;

XXVII - assinar os diplomas dos eleitos para

cargos federais e estaduais;

XXVIII - prover cargo e função de confiança

do quadro permanente da Secretaria,

conceder exoneração bem como melhoria

funcional;

XXIX - assinar atos de nomeação, demissão

e aposentadoria;

XXX - submeter ao Tribunal a requisição de

servidor público, quando o exigir o serviço;

XXXI - nomear examinador de concurso para

provimento de vagas, após aprovação do

Tribunal;

XXXII - autorizar servidor a afastar-se do

país, nos casos previstos em lei;

XXXIII - aprovar e encaminhar ao Tribunal

Superior Eleitoral a proposta orçamentária e

solicitar abertura de créditos;

XXXIV - aprovar os contratos que devam ser

celebrados com o Tribunal, podendo

designar servidor para firmar os respectivos

instrumentos;

XXXV - exercer todas as atribuições

cometidas ao ordenador de despesas

orçamentárias;

XXXVI - delegar, temporariamente, o

exercício de atribuições que não lhe sejam

privativas por disposição legal;

XXXVII - baixar atos para execução do

Regulamento da Secretaria do Tribunal;

XXXVIII - designar, mediante solicitação do

Corregedor Regional Eleitoral, servidores

para seu gabinete, bem como

assessoramento para os Juízes da Corte,

quando se observar acúmulo do serviço

eleitoral;

XXXIX - designar servidor para chefia de

Cartório do interior, podendo submeter a

matéria à Corte;

XL - nomear os membros das Juntas

Eleitorais, depois de aprovação do Tribunal;

XLI - designar os servidores que servirão em

seu gabinete;

XLII - conceder aposentadoria, salário-

família, diária, gratificação, benefício, e

demitir servidor;

XLIII - conceder pensão a beneficiário de ex-

servidor;

XLIV - autorizar averbação de tempo de

serviço de servidor;

XLV - dar posse a servidor nomeado para o

exercício de cargo de Direção e

Assessoramento Superior da Secretaria do

Tribunal;

XLVI - desempenhar as demais atribuições

que lhe forem conferidas por lei.

Art. 9º - O Presidente terá direito à

gratificação prevista no art. 1º da Lei nº

8.350, de 28.12.91, se deixar de comparecer

a sessões de julgamento, em virtude de estar

Page 6: Regimento Interno Tre-mg

desenvolvendo, no mesmo horário, atividade

especificamente ligada ao exercício de suas

funções neste Tribunal ou atividade

jurisdicional que lhe é própria.

CAPÍTULO IV

DA COMPETÊNCIA

DO VICE-PRESIDENTE E CORREGEDOR

REGIONAL ELEITORAL

Art. 10 - Compete ao Vice-Presidente:

I - substituir o Presidente nos seus

impedimentos e faltas ocasionais e exercer

as funções de Corregedor Regional Eleitoral;

II - assumir a Presidência do Tribunal, em

caso de vaga, até a posse do novo titular.

Art. 11 - O Corregedor Regional Eleitoral terá

jurisdição em todo o Estado, cabendo-lhe a

inspeção e a correição dos serviços das

Zonas Eleitorais.

Art. 12 - Ao Corregedor incumbe ainda:

I - conhecer das reclamações apresentadas

contra os Juízes Eleitorais, submetendo-as

ao Tribunal, com o resultado das sindicâncias

a que proceder;

II - velar pela fiel execução das leis e

instruções e pela boa ordem e celeridade dos

serviços eleitorais;

III - receber e mandar processar reclamações

contra Escrivães Eleitorais, submetendo-as

ao Tribunal para julgamento;

IV - verificar se as denúncias já oferecidas

têm curso normal;

V - comunicar ao Tribunal a falta grave ou

procedimento que não lhe couber corrigir;

VI - propor ao Tribunal a destituição de

Escrivão Eleitoral bem como a dispensa de

servidor requisitado para Cartório em caso de

falta grave;

VII - orientar os Juízes Eleitorais no que se

refere à regularidade dos serviços, nos

respectivos Juízos e Cartórios;

VIII - manter na devida ordem a Secretaria da

Corregedoria e exercer a fiscalização de

seus serviços;

IX - proceder à correição que se impuser nos

autos que lhe forem afetos ou nas

reclamações, a fim de determinar a

providência cabível;

X - comunicar ao Presidente do Tribunal a

sua ausência, quando se locomover, em

correição, para qualquer Zona Eleitoral fora

da Capital;

XI - convocar à sua presença o Juiz Eleitoral

que deva, pessoalmente, prestar informações

de interesse para a Justiça Eleitoral ou

indispensáveis à solução de caso concreto;

XII - verificar, quando em correição em Zona

Eleitoral, a organização do Cartório

respectivo, exigindo que lhe sejam exibidos

livros, fichários e arquivos, e fiscalizando o

cumprimento das prescrições impostas pelo

Regimento de Juízos e Cartórios;

XIII - presidir a inquérito contra Juiz Eleitoral

e instaurar procedimentos para apurar sua

responsabilidade;

XIV - relatar processos crímino-eleitorais

instaurados contra Juiz Eleitoral e presidir à

respectiva instrução;

Page 7: Regimento Interno Tre-mg

XV - delegar a Juiz Eleitoral a prática de atos

necessários à instrução da investigação

judicial prevista na Lei Complementar nº 64,

de 1990;

XVI - criar e manter atualizado arquivo das

decisões condenatórias de crimes eleitorais,

transitadas em julgado, na circunscrição de

Minas Gerais.

Art. 13 - Nas diligências que realizar, o

Corregedor poderá solicitar o

comparecimento do Procurador Regional

Eleitoral ou do membro do Ministério Público

designado.

Art. 14 - O Corregedor, quando em correição

fora da sede, terá direito à percepção de

diária, aplicando-se-lhe, ainda, o disposto no

art. 9º deste Regimento.

§ 1º - Conforme a natureza dos trabalhos, o

Corregedor poderá requisitar ao Presidente

do Tribunal servidor da Secretaria para

acompanhá-lo na diligência.

§ 2º - A fim de locomover-se, o Corregedor

requisitará, com antecedência, ao Presidente

do Tribunal a quantia necessária às

despesas que irá efetuar.

Art. 15 - Caberá ao Corregedor indicar ao

Presidente os servidores que exercerão

função de confiança em seu gabinete.

Art. 16 - Quando em correição, em qualquer

Zona Eleitoral fora da Capital, o Corregedor

designará Escrivão, dentre os serventuários

de Justiça, ou, inexistindo estes, de

preferência, dentre servidores públicos

federais idôneos e sem vínculo político-

partidário.

§ 1º - O Escrivão ad hoc servirá

independentemente de novo compromisso do

seu cargo, sendo seu serviço considerado

múnus público.

§ 2º - Se a correição for na Capital, servirá

como Escrivão um servidor do gabinete da

Corregedoria.

Art. 17 - No mês de dezembro de cada ano, o

Corregedor apresentará ao Tribunal o

relatório de suas atividades durante o ano,

fazendo-o acompanhar de elementos

elucidativos e oferecendo sugestões que

devam ser examinadas no interesse da

Justiça Eleitoral.

Art. 18 - No prazo de 90 ( noventa ) dias,

antes e depois de cada eleição, o Corregedor

poderá requisitar ao Presidente do Tribunal

de Justiça um magistrado para auxiliá-lo em

suas funções na Justiça Eleitoral.

Art. 19 - A Corregedoria funcionará em

dependência do Tribunal, suprida do que for

indispensável ao seu pleno funcionamento,

providenciando o Presidente para que lhe

seja fornecido material adequado e exigido

pelas suas funções.

CAPÍTULO V

DO MINISTÉRIO PÚBLICO ELEITORAL

Art. 20 - As funções do Ministério Público

Eleitoral serão exercidas no Tribunal pelo

Procurador Regional Eleitoral, designado

pelo Procurador-Geral da República, para um

mandato de dois anos, na forma da lei.

Parágrafo único - O Procurador Regional

Eleitoral poderá ser reconduzido uma vez.

Page 8: Regimento Interno Tre-mg

Art. 21 - Nas faltas ou nos impedimentos do

Procurador Regional Eleitoral, funcionará seu

substituto legal.

Art. 22 - Compete ao Procurador Regional

Eleitoral:

I - assistir às sessões do Tribunal, tomar

parte das discussões e assinar resoluções;

(Inciso com redação alterada pela

Resolução nº 620, de 23 de agosto de 2002

- TRE/MG)

II - representar ao Tribunal sobre o que

entender necessário à fiel observância da lei

eleitoral e, especialmente, à sua aplicação

uniforme em toda a circunscrição;

III - propor, perante o Juízo competente, as

ações que declarem ou decretem nulidade de

negócios jurídicos ou atos da administração

pública que tenham infringido vedações

legais destinadas a proteger a normalidade e

a legitimidade das eleições, bem como

representar à Justiça Eleitoral contra a

influência do poder econômico ou contra o

abuso do poder político ou administrativo;

IV - promover a ação penal nos crimes

eleitorais, podendo requisitar diligências

investigatórias e instauração de inquérito

policial, acompanhando-os até o final, em

todos os casos de competência originária do

Tribunal, e apresentar provas;

V - propor a ação cabível para a perda ou

suspensão de direitos políticos, nos casos

previstos na Constituição Federal;

VI - oficiar em todos os recursos

encaminhados ao Tribunal;

VII - manifestar-se em qualquer fase dos

processos submetidos ao Tribunal,

acolhendo solicitação de qualquer Juiz ou por

sua iniciativa, quando entender existente

interesse em causa que justifique a

intervenção;

VIII - defender a jurisdição do Tribunal,

dirigindo no Estado as atividades eleitorais;

IX - velar pela boa execução das leis,

decretos e resoluções eleitorais;

X - requisitar informações, exames, perícias

e documentos de autoridades da

administração pública direta ou indireta para

instruir os processos eleitorais;

XI - requisitar informações e documentos a

entidades privadas para instrução de

processos eleitorais;

XII - impetrar habeas corpus e mandado de

segurança em matéria eleitoral;

XIII - pedir preferência para julgamento de

processo em pauta;

XIV - designar o Promotor Eleitoral a ser

indicado pelo Chefe do Ministério Público

local para oficiar perante a Zona Eleitoral que

não possua Promotor local ou, caso o

possua, quando houver impedimento ou

recusa justificada deste;

XV - expedir instruções aos Promotores

Públicos investidos nas funções de

representantes do Ministério Público

Eleitoral;

XVI - assistir, pessoalmente, ou por Promotor

previamente designado, ao exame, no

Tribunal, de urna dita violada e opinar sobre

o parecer dos peritos;

XVII - ter acesso incondicional às

informações constantes nos cadastros

Page 9: Regimento Interno Tre-mg

eleitorais, em meio magnético, se necessário

ao fiel cumprimento de suas atribuições;

XVIII - impugnar pedido de registro de

candidato no prazo e na forma da lei;

XIX - recorrer das decisões do Tribunal, nos

casos admitidos em lei;

XX - fiscalizar a execução da pena nos

processos de competência da Justiça

Eleitoral;

XXI - acompanhar o Corregedor Regional

Eleitoral ou designar membro do Ministério

Público para fazê-lo, quando solicitado, em

diligência;

XXII - exercer outras funções e atribuições

que lhe forem conferidas por lei.

TÍTULO II

DA ORDEM DO SERVIÇO NO TRIBUNAL

CAPÍTULO I

DA AUTUAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO

Art. 23 - Os processos de competência do

Tribunal serão autuados e distribuídos por

classe, tendo cada classe uma designação

distintiva e numeração seqüencial única,

seguindo a ordem em que houverem sido

apresentados, observando-se as classes

mencionadas no art. 25 deste Regimento.

§ 1º - A distribuição poderá ser feita por

computador, observando-se o disposto neste

artigo.

§ 2º - Excluídos os processos de

coincidência, todos os de competência da

Corregedoria serão distribuídos ao

Corregedor Regional Eleitoral, sendo

autuados e registrados na Secretaria

Judiciária, à qual competirá, também, o

cumprimento de todos os atos processuais

relativos à tramitação do feito, bem como o

controle de seu andamento, exceto as

consultas de Juízes Eleitorais, as

sindicâncias para apurar irregularidades

funcionais e procedimentos outros de estrita

competência administrativa do Corregedor

Regional Eleitoral, que terão curso na

Secretaria da Corregedoria.

Art. 24 - A distribuição será feita em

audiência pública diária presidida pelo

Presidente e, na sua ausência, perante o

Vice-Presidente.

§ 1º - No trabalho de distribuição, o

Presidente será auxiliado pelo Chefe da

Seção de Controle e Autuação de Processos

ou por servidor designado.

§ 2º - A distribuição diária será realizada em

horário fixado pelo Presidente com ciência

dos interessados mediante publicação no

"Diário do Judiciário" do "Minas Gerais".

Art. 25 - O registro se fará em numeração

contínua e seriada, adotando-se, também, a

numeração geral nas classes seguintes:

Classe A

1 Habeas Corpus (HC)

2 Recurso em Habeas Corpus (RHC)

3 Mandado de Segurança (MS)

4 Recurso em Mandado de Segurança

(RMS)

5 Mandado de Injunção (MI)

6 Recurso em Mandado de Injunção (RMI)

7 Habeas Data (HD)

Page 10: Regimento Interno Tre-mg

8 Recurso em Habeas Data (RHD)

9 Medida Cautelar (MC)

10 Conflitos de Competência (CC)

11 Exceções (EXC)

Classe B

12 Ação de Impugnação de Mandato Eletivo

(AIME)

13 Recurso em Ação de Impugnação de

Mandato Eletivo

(RAIME)

Classe C

14 Recurso Contra Expedição de Diploma

(RCED)

15 Recurso Eleitoral (RE)

16 Agravos (AG)

Classe D

17 Inquérito (INQ)

18 Ação Penal (AP)

19 Recurso Criminal (RC)

20 Revisão Criminal (RVC)

Classe E

21 Registro de Candidatos (RC)

Classe F

22 Consultas (CTA)

23 Reclamações (RCL)

24 Representações em geral e a do art. 22

da Lei Complementar nº 64, de 1990 (RP).

Classe G

25 Prestação de Contas (PCON) Classe

alterada pela Res. 621, de 4 de setembro

de 2002 - TRE/MG

26 Feitos Diversos (FD)

27  Recurso Administrativo (RA)

§ 1º - O Presidente resolverá as dúvidas que

se suscitarem na classificação e distribuição

dos feitos e papéis.

§ 2º - Na Classe G serão autuados como

Feitos Diversos os procedimentos que

versem sobre Escrivania Eleitoral, chefias de

cartório, criação de Zonas Eleitorais, pedidos

de emancipação político-administrativa de

distritos e outras matérias administrativas,

bem como os feitos que suscitem dúvidas em

sua classificação e quaisquer outros papéis

que devam ser distribuídos para

pronunciamento do Tribunal.

§ 3º - Não se altera a classe do processo

pela interposição de embargos de declaração

e agravo regimental.

§ 4º - O andamento dos processos referidos

neste artigo será anotado em fichas

adequadas, ou será feito por meio

magnético.

§ 5º - O inquérito policial só será autuado e

distribuído após a manifestação da

Procuradoria Regional Eleitoral, observadas

as disposições legais pertinentes.

Art. 26 - A distribuição será feita

eqüitativamente por classe, mediante sorteio

e observada, sempre que possível, a ordem

de antigüidade dos Juízes.

§ 1º - Haverá compensação quando o

processo for distribuído por dependência,

prevenção ou imposição legal, ressalvados

os casos previstos no § 6º deste artigo.

Page 11: Regimento Interno Tre-mg

§ 2º - A distribuição de habeas corpus,

mandado de segurança, habeas data ,

mandado de injunção, agravo de instrumento

e medida cautelar torna preventa a

competência do Relator para todos os

recursos posteriores, referentes ao mesmo

processo.

§ 3º - A distribuição do inquérito policial torna

preventa a da ação penal.

§ 4º - Na ausência do julgador a quem

couber a distribuição, em casos de mandado

de segurança, habeas corpus e medida

cautelar, o processo será distribuído ao

julgador que o seguir em antigüidade,

compensando-se a distribuição.

§ 5º - Em caso de impedimento ou suspeição

do Relator, será feito novo sorteio,

compensando-se a distribuição.

I - Quando o impedimento for de ordem geral,

num pleito eleitoral, os feitos serão

distribuídos ao substituto legal, com os

direitos e as vantagens da lei.

§ 6º - Não será compensada a distribuição:

I - por prevenção, nos casos de recurso de

apuração, referidos no art. 260 do Código

Eleitoral;

II - que deixar de ser feita ao Vice-

Presidente, quando substituir o Presidente, e

no caso do art. 29 deste Regimento.

§ 7º - Afastando-se o Relator, estando

pendentes embargos declaratórios, haverá

sorteio de novo Relator. Havendo Revisor, a

redistribuição será feita a ele.

Art. 27 - A prevenção, se não for reconhecida

de ofício, poderá ser argüida por qualquer

das partes ou pelo órgão do Ministério

Público, até o início do julgamento.

Art. 28 - No prazo de 90 ( noventa) dias antes

e depois de cada eleição, ainda que em

segundo turno, não haverá distribuição de

feitos ao Vice-Presidente.

Art. 29 - Salvo a hipótese de habeas corpus,

mandado de segurança e medida cautelar,

ao Juiz impedido por mais de 15 (quinze)

dias não se fará distribuição, e, sim, ao seu

substituto. Cessado o impedimento, os autos

que couberem ao substituto passarão ao

substituído, salvo se o substituto tiver

ordenado sua inclusão na pauta de

julgamento. Nesta hipótese, fica o substituto

com competência preventa para participar

das sessões necessárias, sem direito, porém,

a nenhuma gratificação.

§ 1º - Ocorrendo afastamento definitivo ou

temporário do Relator, os processos

pendentes de julgamento que lhe haviam

sido distribuídos passarão automaticamente

ao seu sucessor ou substituto, conforme o

caso.

§ 2º - Em caso de recondução ou nomeação

de novo Juiz, este receberá os processos

distribuídos a quem exerceu a substituição.

Page 12: Regimento Interno Tre-mg

Art. 30 - Distribuídos, os autos serão

conclusos ao Relator, na próxima sessão, o

qual terá, salvo motivo justificado, o prazo de

8 (oito) dias para estudar e relatar o feito, por

escrito, depois de ouvido o Ministério Público

Eleitoral, nas oportunidades previstas em lei

e neste Regimento, devolvendo-o à

Secretaria com pedido de dia para

julgamento, observando-se o disposto no art.

33 deste Regimento.

Parágrafo único - Havendo necessidade de

solução urgente, após a distribuição, os

autos serão imediatamente conclusos ao

Relator.

CAPÍTULO II

DO RELATOR

Art. 31 - São atribuições do Relator:

I - ordenar e dirigir o processo;

II - delegar atribuições aos Juízes Eleitorais

para as diligências que se fizerem

necessárias;

III - determinar às autoridades judiciárias e

administrativas sujeitas à sua jurisdição

providências relativas ao andamento e à

instrução do processo, exceto se forem da

competência da Corte ou do Presidente;

IV - presidir às audiências;

V - pedir dia para julgamento dos feitos que

lhe couberem por distribuição, ou passá-los

ao Revisor, juntamente com o relatório, se for

o caso;

VI - apresentar em mesa para julgamento os

feitos que independem de pauta;

VII - nomear curador ao réu;

VIII - assinar ordem de prisão e soltura;

IX - decidir os incidentes que não dependam

de acórdão;

X - redigir o acórdão quando o seu voto for o

vencedor no julgamento;

XI - executar ou fazer executar a decisão

proferida pelo Tribunal, podendo fazê-lo por

via telegráfica , radiotelegráfica, fax ou

telefone, nos casos de urgência;

XII - determinar o arquivamento do inquérito

ou de peças informativas, quando o requerer

o Ministério Público, ou submeter o

requerimento à decisão competente do

Tribunal;

XIII - decretar a extinção da punibilidade, nos

casos previstos em lei;

XIV - presidir a execução do julgado nos

processos de competência originária,

decidindo todos os incidentes, podendo

delegar competência a Juiz Eleitoral para os

atos de execução. De suas decisões caberá

agravo regimental para a Corte.

Parágrafo único - Vencido o Relator, redigirá

o acórdão como Relator designado o Juiz

que proferiu o primeiro voto vencedor.

Art. 32 - A atividade do Relator finda com o

julgamento do feito, salvo se, nos processos

de competência originária, houver

necessidade de executar a decisão.

CAPÍTULO III

DO REVISOR

Art. 33 - Haverá Revisor nos seguintes

processos:

Page 13: Regimento Interno Tre-mg

I - recursos contra expedição de diploma ou

que importem perda de mandato;

II - relativos a infrações apenadas com

reclusão;

III - ações de impugnação de mandato eletivo

e seus recursos;

IV - que importem declaração de

inelegibilidade, salvo os relativos a registro

de candidatura;

V - revisão criminal;

VI - ação penal originária .

Art. 34 - A redistribuição ao Relator implicará

também a mesma redistribuição ao Revisor.

Art. 35 - Compete ao Revisor:

I - sugerir ao Relator medidas ordinatórias do

processo que tenham sido omitidas;

II - confirmar, completar ou retificar o

relatório;

III - pedir dia para julgamento;

IV - determinar a juntada de petição,

enquanto os autos lhe estiverem conclusos,

submetendo a matéria, conforme o caso,

desde logo, à consideração do Relator.

CAPÍTULO IV

DAS SESSÕES

Art. 36 - O Tribunal reunir-se-á,

ordinariamente, no mínimo 8 (oito) vezes por

mês, e, extraordinariamente, tantas vezes

quantas forem necessárias, mediante

convocação do Presidente ou do próprio

Tribunal.

§ 1º- No período compreendido entre 90

( noventa ) dias antes e 90 (noventa) dias

após as eleições, será de 15 (quinze) o limite

de que trata este artigo.

§ 2º - As sessões extraordinárias serão

convocadas mediante designação prévia do

dia e da hora, e, se possível, anunciadas

pela imprensa.

§ 3º - As sessões serão públicas, exceto se o

interesse público exigir que se limite a

presença em determinados atos às próprias

partes e a seus advogados, ou somente a

estes, nos casos de lei.

§ 4º - Nos meses de janeiro e julho não serão

realizadas sessões ordinárias, salvo se

próximos de período eleitoral intenso e até

que terminem os trabalhos de preparação

das eleições ou julgamento dos recursos

delas oriundos.

Art. 37 - As sessões ordinárias serão

iniciadas em horário estabelecido pelo

Tribunal, havendo uma tolerância de 15

(quinze) minutos, no caso de não haver

número legal para abertura dos trabalhos.

Parágrafo único - Escoados estes 15 (quinze)

minutos de tolerância sem que haja número

legal, o Secretário lavrará termo que será

assinado por todos os presentes.

Art. 38 - Durante as sessões, o Presidente

ocupará o topo da mesa; à sua direita,

sentar-se-á o Procurador Regional Eleitoral

e, à sua esquerda, o Secretário do Tribunal

ou quem suas vezes fizer. Seguir-se-ão, no

lado direito, o Vice-Presidente, o Juiz de

Direito mais novo e o Jurista mais antigo; e ,

no lado esquerdo, o Juiz de Direito mais

antigo, o Juiz Federal e o Jurista mais novo.

Page 14: Regimento Interno Tre-mg

§ 1º - Durante as licenças ou férias

individuais dos Juízes efetivos, serão

obrigatoriamente convocados os respectivos

substitutos, na ordem de antigüidade de cada

classe.

§ 2º- O substituto convocado ocupará o lugar

do substituído, exceto o substituto do

Presidente, que tomará assento no lugar do

Juiz que assumir a Presidência.

Art. 39 - Na falta ou impedimento do

Presidente, as sessões serão presididas pelo

Vice-Presidente.

§ 1º - Na falta do Vice-Presidente, será

convocado o primeiro Desembargador

substituto.

§ 2º - Na falta do Presidente e do Vice-

Presidente, serão convocados os

Desembargadores substitutos, cabendo o

exercício da Presidência ao primeiro

Desembargador substituto.

§ 3º - O Vice-Presidente será substituído em

seus impedimentos ou suspeições ocorridos

de inopino, em sessão do Tribunal,

sucessivamente, pelos Juízes de Direito, pelo

Juiz Federal e pelos Juristas, sempre na

ordem de antigüidade.

Art. 40 - Os Juízes do Tribunal, o Procurador

Regional Eleitoral, advogados e servidores,

durante as sessões, usarão vestes talares.

Art. 41 - Será observada, nas sessões, a

seguinte ordem de trabalho:

I - verificação do número de Juízes

presentes;

II - leitura, discussão e aprovação da ata da

sessão anterior;

III - discussão, votação e decisão dos

processos constantes na pauta ou dos que

se acharem em mesa, bem como a

proclamação dos respectivos resultados, na

ordem a que se refere o art. 48 deste

Regimento;

IV - leitura do "expediente";

V - comunicações ao Tribunal;

VI - assinatura e publicação de acórdãos,

quando for o caso, e assinatura de

resoluções.

Parágrafo único - Por conveniência do

serviço, a juízo do Tribunal, essa ordem

poderá ser alterada.

Art. 42 - O "expediente" das sessões será

taquigrafado, na forma do Regulamento da

Secretaria.

CAPÍTULO V

DAS SESSÕES SOLENES E DAS NORMAS

PROTOCOLARES E DE PRECEDÊNCIA

Art. 43- Será solene a sessão destinada à

diplomação dos eleitos para cargos estaduais

e federais, a comemorações ou à recepção

de pessoas eminentes.

§ 1º - Ao abrir a sessão, o Presidente fará a

exposição de seu objetivo e dará a palavra

aos oradores designados.

§ 2º - Servirá como Secretário o Diretor-

Geral.

§ 3º - A organização dos eventos

mencionados no caput deste artigo ficará a

cargo da Seção de Imprensa e Comunicação

Social deste Tribunal.

Page 15: Regimento Interno Tre-mg

CAPÍTULO VI

DA PAUTA DE JULGAMENTOS

Art. 44 - A pauta será organizada pela

Secretaria Judiciária, no dia anterior ao

julgamento, obedecida a ordem do art. 48

deste Regimento, com aprovação do

Presidente.

Art. 45 - A pauta será publicada no "Minas

Gerais", com pelo menos 2 (dois) dias de

antecedência na parte que contiver mandado

de segurança, recurso eleitoral, agravo,

recurso criminal, ação penal originária,

revisão criminal, recurso contra expedição de

diploma, ação de impugnação de mandado

eletivo e seus recursos, observado o disposto

no art. 115 deste Regimento.

§ 1º - Em matéria estritamente eleitoral, será

dispensada a publicação em caso de

urgência ou para não se prejudicar o

calendário eleitoral.

§ 2º - Designado dia para julgamento dos

processos referidos neste artigo, a Secretaria

Judiciária remeterá a todos os Juízes do

Tribunal cópias do relatório e do parecer do

Procurador Regional Eleitoral bem como de

outras peças assinaladas pelo Relator.

Art. 46 - Os demais processos serão

incluídos em pauta pela Secretaria Judiciária,

independentemente de publicação.

Art. 47 - A pauta de julgamento será afixada

na entrada da Sala de Sessões do Tribunal,

pelo menos 15 (quinze) minutos antes de

iniciar-se a sessão.

CAPÍTULO VII

DO JULGAMENTO

Art. 48 - No conhecimento e julgamento dos

feitos, observar-se-á a seguinte ordem:

I - processos adiados;

II - habeas corpus e recursos em habeas

corpus;

III - processos em que haja advogado inscrito

para sustentação oral;

IV - mandados de segurança, mandados de

injunção, habeas data, medidas cautelares e

seus respectivos recursos;

V - ações de impugnação de mandato eletivo

e seus recursos e recursos contra expedição

de diploma;

VI - conflitos de competência e respectivos

recursos;

VII - exceções;

VIII - recursos eleitorais;

IX - ações penais, revisões criminais,

recursos criminais e inquéritos policiais;

X - agravos e embargos;

XI - registros de candidatos e argüições de

inelegibilidade;

XII - consultas, reclamações e

representações;

XIII -  prestação de contas, feitos diversos e

recursos administrativos; (Inciso com

redação alterada pela Res. 621, de 4 de

setembro de 2002 - TRE/MG

XIV - expedientes.

Parágrafo único - Sem prejuízo da

enumeração deste artigo e não obstante a

ordem da pauta, o Relator poderá requerer

prioridade para o julgamento.

Page 16: Regimento Interno Tre-mg

Art. 49 - O julgamento dos feitos será

realizado de acordo com a relação constante

na pauta organizada pela Secretaria

Judiciária.

§ 1º - Havendo conveniência do serviço, a

critério do Tribunal, o Presidente poderá

modificar a ordem da pauta.

§ 2º - Os processos conexos deverão ser

julgados em conjunto ou, se a hipótese

comportar, simultaneamente. Nesse último

caso, o original do acórdão será juntado a um

dos processos e cópia autenticada será

anexada aos demais, conforme determinar o

Relator.

Art. 50 - Anunciado o processo e dada a

palavra ao Relator, este, sem manifestar o

seu voto, fará a exposição da espécie, desde

que solicitado pelos advogados devidamente

inscritos, mesmo para assistirem ao

julgamento, na forma prevista no art. 51 do

presente Regimento.  (Artigo com redação

alterada pela Res. 622, de 30 de setembro

de 2002 - TRE/MG)

Art. 51 - O Presidente dará a palavra aos

advogados das partes, se estiverem inscritos

até 10 (dez) minutos antes do início do prazo

previsto para a abertura da sessão, e ao

Procurador Regional Eleitoral, pelo prazo

legal. Em seguida, nos termos deste

Regimento, não ocorrendo as hipóteses

previstas  no § 7º deste artigo e no art. 52, o

Relator proferirá o seu voto, prosseguindo-se

a votação conforme dispõe o art. 53. (Caput

com redação alterada pela Res. 622, de 30

de setembro de 2002 - TRE/MG)

§ 1º - No julgamento dos recursos contra

expedição de diploma, cada parte usará da

palavra por 20 (vinte) minutos. (Parágrafo

com redação alterada pela Res. 616, de 07

de agosto de 2002 - TRE/MG)

§ 2º - O prazo para sustentação oral será de

10 (dez) minutos, quando  não for fixado em

lei ou neste Regimento.(Parágrafo com

redação alterada pela Res. 616, de 07 de

agosto de 2002 - TRE/MG)

§ 3º - Se houver litisconsorte ou assistente

não representados pelo mesmo advogado, o

prazo será contado em dobro e dividido

igualmente entre os advogados do mesmo

grupo, se diversamente não for

convencionado.

§ 4º - Sendo a parte representada por mais

de um advogado, o tempo será dividido

igualmente entre eles, salvo se acordarem de

outro modo.

§ 5º - Quando houver mais de um recorrente,

falará cada qual na ordem de interposição

dos recursos, mesmo que figurarem também

como recorridos.

§ 6º - Não poderão ser aparteados os

advogados, os delegados de partido e o

Procurador Regional Eleitoral.

§ 7º - Somente será permitida interferência

das partes ou do Procurador Regional

Eleitoral no curso do julgamento para

prestarem esclarecimento sobre matéria de

fato relevante e desde que autorizada pelo

Presidente. (Parágrafo com redação

alterada pela Res. 622, de 30 de setembro

de 2002 - TRE/MG)

Page 17: Regimento Interno Tre-mg

§ 8º -  Não será permitida sustentação oral

nos recursos de Embargos Declaratórios,

Agravo de Instrumento e Agravo Regimental.

(Parágrafo acrescentado pela Res. 616, de

07 de agosto de 2002 - TRE/MG)

Art. 52 - Havendo solicitação, o Presidente

poderá conceder a palavra ao Juiz que

desejar manifestar-se sobre questão

referente ao julgamento, não devendo ser

interrompido, salvo se nisso consentir.

(Artigo com redação alterada pela Res.

622, de 30 de setembro de  2002 -

TRE/MG)

Parágrafo único - Se algum Juiz pedir a

palavra, pela ordem, o Presidente poderá

autorizá-lo a falar antes de chegar a sua vez.

(Parágrafo revogado pela Res. 622, de 30

de setembro de 2002 - TRE/MG)

Art. 53 - Encerrada a manifestação referida

no artigo anterior, o Presidente tomará o voto

do Relator, o do Revisor, se houver, e os dos

Juízes, pela respectiva classe e antigüidade.

(Artigo com redação alterada pela Res.

622, de 30 de setembro de  2002 -

TRE/MG)

Art. 54 - Havendo empate na votação, o

Presidente dará o voto de desempate.

Art. 55 - Proclamado o resultado da votação,

não poderá mais o julgador modificar o seu

voto, admitindo-se, apenas, correção de erro

material ou retificação de engano havido na

redação da papeleta.

Art. 56 - Antes de votar, qualquer julgador

poderá solicitar que se adie o julgamento e

pedir vista dos autos. O pedido de vista não

impede que votem os julgadores habilitados

a fazê-lo. O julgador que pedir vista restituirá

os autos para julgamento na sessão

seguinte.

§ 1º - No julgamento adiado, o voto que já

tiver sido proferido constará na papeleta e na

ata e será apurado na sessão de

prosseguimento do julgamento, ainda que o

julgador esteja ausente.

§ 2º - No feito adiado somente terão direito a

voto os Juízes participantes do julgamento

inicial.

Art. 57 - Findo o julgamento, o Presidente

anunciará a decisão.

Art. 58 - As deliberações do Tribunal dar-se-

ão por maioria de votos, em sessão pública,

com a presença da maioria de seus

membros.

Parágrafo único - Somente pelo voto da

maioria absoluta de seus membros poderá o

Tribunal declarar a inconstitucionalidade de

lei ou de ato do poder público ou proferir

decisões que importem anulação geral de

eleições, perda de mandato ou de diploma,

com base na interpretação do Código

Eleitoral e de legislação correlata, em face

das disposições constitucionais.

CAPÍTULO VIII

DA SÚMULA

Art. 59 - De cada sessão será lavrada

súmula, na qual se consignarão todas as

ocorrências, mencionando-se:

a) o dia e a hora da abertura da sessão;

b) o nome de quem a presidiu;

Page 18: Regimento Interno Tre-mg

c) os nomes dos membros presentes e do

Procurador Regional Eleitoral;

d) a relação dos feitos julgados, seu número

de ordem, o nome do Relator e o das partes,

o resultado da votação;

e) expedientes.

Parágrafo único - O Secretário certificará na

própria súmula sua aprovação e sua

publicação pelo Tribunal.

Art. 60 - Lida no começo de cada sessão, a

súmula da sessão anterior será retificada, se

for o caso,  e aprovada pelo Tribunal e, em

seguida, assinada pelo Presidente.

CAPÍTULO IX

DAS DECISÕES

Art. 61 - As conclusões do Plenário, em suas

decisões, constarão em acórdão, no qual o

Relator se reportará às notas taquigráficas do

julgamento, que dele farão parte integrante.

Parágrafo único - Dispensa-se acórdão em

matéria administrativa, exceto recurso,

bastando que o primeiro vencedor despache

nos autos e determine seu cumprimento.

Art. 62 - O acórdão terá a data da sessão em

que se concluir o julgamento, será subscrito

pelo Presidente e pelo Relator, que deverá

também rubricar todas as suas páginas e as

notas taquigráficas que o integram, nele se

mencionando: (Artigo com redação

alterada pela Resolução nº 609 de 09 de

julho de2002 - TRE/MG)

a) as questões debatidas e decididas;

b) os motivos e as conclusões do julgamento;

c) os votos vencidos.

§ 1º - O acórdão será encimado por ementa.

§ 2º - A publicação do acórdão, com suas

conclusões, far-se-á , para efeito de

intimação das partes, no órgão oficial do

Estado. A critério da Presidência, o acórdão

poderá ser publicado com as respectivas

notas taquigráficas.

§ 3º - Por determinação expressa do

Presidente, na impossibilidade do

cumprimento do disposto no parágrafo

anterior, as partes ou seus advogados serão

intimados pessoalmente, e, se não forem

encontrados, a intimação se fará por edital

afixado no Tribunal, à entrada da Sala de

Sessões.

§ 4º - As inexatidões materiais e os erros de

escrita ou de cálculo, contidos no acórdão,

poderão ser corrigidos por despacho do

Relator, de ofício, a requerimento de

interessado ou por via de embargos de

declaração , se cabíveis. A retificação será

publicada no órgão oficial.

§ 5º - Prevalecerão as notas taquigráficas se

o seu teor não coincidir com o acórdão.

§ 6º - Em casos excepcionais que

impossibilitem o Relator de rever e assinar o

acórdão, será este revisto e assinado pelo

autor do primeiro voto subseqüente que o

houver acompanhado.

§ 7º - Vencido, em parte, o Relator firmará o

acórdão, a menos que a divergência parcial

afete substancialmente a fundamentação do

julgado, caso em que a assinatura competirá

ao primeiro vencedor.

TÍTULO III

Page 19: Regimento Interno Tre-mg

DOS PROCESSOS NO TRIBUNAL

CAPÍTULO I

DA DECLARAÇÃO DE

INCONSTITUCIONALIDADE

Art. 63 - Quando, no julgamento de qualquer

processo, se verificar que é imprescindível

decidir acerca da constitucionalidade de lei

ou de ato do poder público, concernentes a

matéria eleitoral, o Tribunal, por proposta de

qualquer de seus Juízes ou a requerimento

do Procurador Regional Eleitoral, depois de

findo o relatório, suspenderá o julgamento

para deliberar na sessão seguinte sobre a

matéria, como preliminar, ouvido o

representante do Ministério Público Eleitoral,

quando for o caso.

Parágrafo único - Na sessão seguinte, a

preliminar de inconstitucionalidade será

submetida a julgamento, observando-se o

disposto no parágrafo único do art. 58 deste

Regimento. Consoante a solução adotada,

decidir-se-á acerca do caso concreto.

CAPÍTULO II

DO HABEAS CORPUS

Art. 64 - O Tribunal concederá habeas corpus

originariamente, ou em grau de recurso ,

sempre que alguém sofrer ou se achar

ameaçado de sofrer violência ou coação em

sua liberdade de locomoção, por ilegalidade

ou abuso de poder, em matéria eleitoral.

Art. 65 - Os processos de habeas corpus e

os de seus recursos deverão ser colocados

em mesa pelo Relator na primeira sessão

seguinte à da conclusão e obedecerão, no

que couber, ao disposto nas leis processuais

penais.

CAPÍTULO III

DO HABEAS DATA

Art. 66 - O Tribunal concederá habeas data:

a) para assegurar o conhecimento de

informações relativas à pessoa do

impetrante, constantes nos registros ou

bancos de dados deste Tribunal;

b) para retificação de dados, mediante

processo legal.

Parágrafo único - No habeas data serão

observadas as normas da legislação de

regência. Enquanto estas não forem

promulgadas, observar-se-ão, no que couber,

o Código de Processo Civil e a Lei nº 1.533,

de 1951.

CAPÍTULO IV

DO MANDADO DE SEGURANÇA

Art. 67 - No processo e julgamento do

mandado de segurança de competência

originária do Tribunal bem como no de

recurso das decisões de Juiz Eleitoral,

observar-se-á, no que couber, a legislação

vigente sobre a matéria.

CAPÍTULO V

DO MANDADO DE INJUNÇÃO

Art . 68 - O Tribunal concederá mandado de

injunção sempre que a falta de norma

regulamentadora torne inviáveis a

organização e o exercício de direitos

políticos, precipuamente o de votar e o de ser

Page 20: Regimento Interno Tre-mg

votado, aplicando-se, no que couber, o

parágrafo único do art. 66 deste Regimento.

CAPÍTULO VI

DA AÇÃO DE IMPUGNAÇÃO DE

MANDATO ELETIVO

Art. 69 - Caberá ao Tribunal o julgamento

originário da ação de impugnação de

mandato eletivo relativa aos cargos cujos

registros de candidatura se fazem perante

esta Corte.

§ 1º - A ação terá curso em segredo de

justiça, com intervenção do Ministério

Público, e o autor responderá, na forma da

lei, se for ela temerária ou de manifesta má-

fé.

§ 2º - Distribuídos os autos, o processo

seguirá o rito ordinário do Código de

Processo Civil, ressalvados os arts. 258 e

276, inciso I, do Código Eleitoral.

CAPÍTULO VII

DOS CONFLITOS DE COMPETÊNCIA

Art. 70 - O conflito de competência poderá

ocorrer entre órgãos da Justiça Eleitoral; o de

atribuições, entre autoridades judiciárias e

administrativas.

Art. 71 - Dar-se-á conflito nos casos previstos

nas leis processuais.

Art. 72 - O conflito poderá ser suscitado por

órgão da Justiça Eleitoral, pelo Ministério

Público Eleitoral, ou por qualquer

interessado, mediante requerimento dirigido

ao Tribunal, com indicação dos fundamentos

que deram razão ao conflito.

Art. 73 - O rito a ser observado será o

constante nos arts. 119 a 124 do Código de

Processo Civil.

Art. 74 - O Tribunal poderá suscitar conflito

de competência ou de atribuições perante o

Tribunal Superior Eleitoral, com Juízes

Eleitorais de outras circunscrições, ou com

outro Tribunal Regional Eleitoral, ou, ainda,

perante o Superior Tribunal de Justiça, com

Juízes e Tribunais de Justiça diversa.

CAPÍTULO VIII

DAS EXCEÇÕES

SEÇÃO I

DOS IMPEDIMENTOS E DA SUSPEIÇÃO

Subseção I

DOS JUÍZES DO TRIBUNAL

Art. 75 - Os Juízes do Tribunal declarar-se-ão

impedidos ou suspeitos nos casos previstos

em lei.

Parágrafo único - Poderá ainda o Juiz dar-se

por suspeito se afirmar a existência de

motivo de ordem íntima que o iniba de julgar.

Art. 76 - Se o impedimento ou a suspeição

forem do Relator ou do Revisor, tal fato

deverá ser declarado nos autos mediante

despacho, e estes serão redistribuídos,

observado o disposto no art. 26, § 5º, deste

Regimento.

Parágrafo único - Nos demais casos, o Juiz

declarará, verbalmente, na sessão do

julgamento, seu impedimento ou suspeição,

registrando-se o fato na ata.

Art. 77 - A argüição de suspeição do Relator

ou do Revisor poderá ser suscitada até 5

Page 21: Regimento Interno Tre-mg

(cinco) dias após a distribuição, quando for

fundada em motivo preexistente.

§ 1º - Quando o impedimento ou a suspeição

recair sobre o Juiz substituto, o prazo será

contado do momento do seu primeiro ato no

processo.

§ 2º - No caso de motivo superveniente, a

suspeição poderá ser alegada em qualquer

fase do processo, porém o prazo de 5 (cinco)

dias será contado do fato que o ocasionou.

§ 3º - A suspeição dos demais Juízes poderá

ser oposta até o início do julgamento.

Art. 78 - A suspeição deverá ser deduzida em

petição articulada, contendo os fatos que a

motivaram e acompanhada de prova

documental e rol de testemunhas, se os

houver.

Parágrafo único - Na ação penal originária e

nos recursos criminais, além do estabelecido

neste Regimento, observar-se-á o disposto

no art. 98 do Código de Processo Penal.

Art. 79 - A Secretaria Judiciária juntará a

exceção aos autos, independentemente de

despacho, e os fará conclusos, no mesmo

dia, ao Juiz, que, reconhecendo-se suspeito

ou impedido, remetê-los-á, dentro de 48

(quarenta e oito) horas, ao Presidente para

redistribuição, caso em que se terão por

nulos os atos praticados pelo argüido.

§ 1º - Não aceitando a suspeição ou

impedimento, deverá o Juiz motivá-lo dentro

de 48 (quarenta e oito) horas, continuando,

no entanto, vinculado ao feito. Nesse caso,

será suspenso o julgamento até a solução do

incidente, que será autuado em apartado.

§ 2º - Será Relator o Presidente ou o Vice-

Presidente, se aquele for o recusado.

§ 3º - O Presidente fará relatório escrito, no

prazo de 5 (cinco) dias e pedirá dia para

julgamento.

§ 4º - Se a exceção for de manifesta

improcedência, o Tribunal a rejeitará

liminarmente.

§ 5º - Se reconhecer a relevância da

argüição, o Tribunal mandará processá-la,

com a citação das partes, e o Presidente

marcará dia e hora para inquirição de

testemunhas.

§ 6º - Concluída a instrução, o Presidente

fará relatório escrito, no prazo de 15 (quinze)

dias, e convocará o Tribunal para julgamento

final.

Art. 80 - Reconhecida a procedência da

exceção, ficarão nulos os atos praticados

pelo Juiz recusado, após o fato que a houver

ocasionado, observado o disposto no art. 26,

§ 5º, deste Regimento.

Art. 81 - A argüição será sempre individual,

não ficando os demais Juízes impedidos de

apreciá-la, ainda que recusados.

Subseção II

DOS JUÍZES ELEITORAIS

Art. 82 - Se o Juiz Eleitoral não reconhecer a

exceção de suspeição proposta contra ele,

mandará autuar a petição em separado e

fará subir os autos ao Tribunal, com sua

resposta, instruída nas provas que tiver e que

deseja produzir, dentro de 48 (quarenta e

oito) horas.

Page 22: Regimento Interno Tre-mg

Parágrafo único - Nos processos criminais,

observar-se-á o disposto nos arts. 100 e seus

parágrafos, 101 e 102 do Código de

Processo Penal.

Art. 83 - O Juiz que se declarar suspeito,

independentemente de provocação de parte,

motivará o despacho.

Subseção III

DO PROCURADOR REGIONAL

ELEITORAL, DOS

SERVIDORES DA SECRETARIA E DOS

ESCRIVÃES

ELEITORAIS

Art. 84 - Se for argüida a suspeição do

Procurador Regional Eleitoral, o Relator o

ouvirá em 48 (quarenta e oito) horas, nos

próprios autos, podendo admitir provas, no

prazo de 3 (três) dias, submetendo-se o

incidente ao julgamento do Tribunal na

sessão seguinte.

Art. 85 - As partes poderão, também, argüir

suspeição dos servidores da Secretaria e dos

Escrivães Eleitorais, observando-se o

procedimento do artigo anterior.

Parágrafo único - Até que se decida a

suspeição, funcionará o substituto legal do

recusado.

Art. 86 - O substituto legal do recusado

funcionará durante a tramitação da exceção

e após a declaração dela.

SEÇÃO II

DA INCOMPETÊNCIA

Art. 87 - Em feito que tramita no Tribunal,

será argüida, mediante exceção, a

incompetência de Juiz da Corte nos casos

previstos em lei, em petição fundamentada e

devidamente instruída, indicando aquele para

o qual declina, sob pena de indeferimento

liminar.

§ 1º - A exceção de incompetência poderá

ser argüida pelo réu no prazo da defesa.

§ 2º - A incompetência superveniente poderá

ser argüida pelas partes no prazo de 5

(cinco) dias, contados do fato que a houver

originado.

CAPÍTULO IX

DOS RECURSOS ELEITORAIS

Art. 88 - Aos recursos eleitorais em geral

aplicar-se-ão as disposições pertinentes,

constantes no Código Eleitoral.

CAPÍTULO X

DOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO

Art. 89 - São admissíveis embargos de

declaração:

I - quando houver no acórdão obscuridade,

dúvida, contradição ou ambigüidade;

II - quando for omitido ponto sobre o qual

devia pronunciar-se o Tribunal.

§ 1º - O prazo para interposição dos

embargos de declaração será de 3 (três)

dias.

§ 2º - O prazo a que se refere o parágrafo

anterior contar-se-á da data da publicação do

acórdão, em petição dirigida ao Relator, na

qual será indicado o ponto obscuro,

duvidoso, contraditório, omisso ou ambíguo.

Page 23: Regimento Interno Tre-mg

§ 3º - O Relator colocará os embargos em

mesa para julgamento, na sessão seguinte,

proferindo o seu voto.

§ 4º - Os embargos de declaração

interrompem o prazo para a interposição de

outros recursos, salvo se manifestamente

protelatórios e assim declarados na decisão

que os rejeitar.

CAPÍTULO XI

DOS RECURSOS ORDINÁRIO E

ESPECIAL

Art. 90 - Aos recursos ordinário e especial

aplicar-se-ão as disposições pertinentes,

constantes na Constituição Federal e no

Código Eleitoral.

CAPÍTULO XII

DO AGRAVO DE INSTRUMENTO

Art. 91 - Denegado o recurso especial, o

recorrente poderá interpor, dentro de 3 (três)

dias, agravo de instrumento.

§ 1º - O agravo de instrumento será

interposto por petição, que conterá:

I - a exposição do fato e do direito;

II - as razões do pedido de reforma da

decisão;

III - a indicação das peças do processo que

devam ser trasladadas.

§ 2º - Serão obrigatoriamente trasladadas a

decisão recorrida e a certidão de intimação.

§ 3º - Deferida a formação do agravo, será

intimado o recorrido para, no prazo de 3

(três) dias, apresentar suas contra-razões e

indicar as peças dos autos que também

serão trasladadas.

§ 4º - As partes apresentarão as cópias das

peças que indicarem para a formação do

instrumento.

§ 5º - Concluída a formação do instrumento,

o Presidente determinará a remessa dos

autos ao Tribunal Superior Eleitoral,

podendo, ainda, ordenar a extração e juntada

de peças não indicadas pelas partes.

§ 6º - O Presidente não poderá negar

seguimento ao agravo, ainda que interposto

fora do prazo legal.

CAPÍTULO XIII

DOS RECURSOS CRIMINAIS

Art. 92 - No processo e julgamento dos

crimes eleitorais e dos comuns que lhes

forem conexos bem como nos recursos e na

execução que lhes digam respeito, aplicar-

se-á, como lei subsidiária ou supletiva, o

Código de Processo Penal, bem como as

disposições da Lei nº 9.099, de 1995

aplicáveis à espécie.

CAPÍTULO XIV

DA AÇÃO PENAL DE COMPETÊNCIA

ORIGINÁRIA

Art. 93 - O processo criminal de competência

originária do Tribunal terá início com o

oferecimento da denúncia pelo Procurador

Regional Eleitoral, procedendo-se à sua

distribuição ao Relator.

Parágrafo único - Os procedimentos a serem

observados são os previstos na Lei nº 8.038,

Page 24: Regimento Interno Tre-mg

de 1990, arts. 1º ao 12, inclusive, nos termos

da Lei nº 8.658, de 1993, bem como as

disposições da Lei nº 9.099, de 1995,

aplicáveis à espécie.

CAPÍTULO XV

DA REVISÃO CRIMINAL

Art. 94 - A revisão criminal será admitida nos

casos previstos em lei, cabendo à Corte o

reexame de seus próprios julgados e dos de

1º grau.

§ 1º - Será vedada a revisão conjunta dos

processos, salvo em caso de conexão.

§ 2º - Sempre que existir mais de um pedido

de revisão do mesmo réu, todos serão

distribuídos ao mesmo Relator, que mandará

reuni-los em um só processo.

Art. 95 - A revisão terá início por petição

instruída com a certidão de haver passado

em julgado a decisão condenatória e com as

peças necessárias à comprovação dos fatos

argüidos.

Art. 96 - Dirigida ao Presidente, será a

petição autuada e distribuída, quando

possível, a um Relator que não haja

participado do julgamento objeto da revisão.

§ 1º - O relator poderá determinar que se

apensem ao processo de revisão os autos

originais, se daí não advier dificuldade à

execução normal da sentença.

§ 2º - Não estando a petição suficientemente

instruída, e julgando o Relator inconveniente

ao interesse da Justiça que se apensem os

autos originais, ele a indeferirá liminarmente.

§ 3º - Da decisão de indeferimento caberá

agravo regimental.

Art. 97 - Se o requerimento não for indeferido

in limine, será ouvido o Procurador Regional

Eleitoral, que dará parecer no prazo de dez

( 10 ) dias. Em seguida, o Relator, depois de

haver lançado relatório, passará os autos ao

Revisor, que pedirá dia para julgamento.

Art. 98 - Juntar-se-á ao processo original

cópia do acórdão que julgar a revisão e,

sendo modificativo da sentença, outra cópia

será enviada ao Juízo da execução.

CAPÍTULO XVI

DO AGRAVO REGIMENTAL

Art. 99 - Caberá agravo regimental, em

matéria eleitoral, no prazo de 3 (três) dias, de

decisão do Presidente, do Relator e do

Corregedor.

§ 1º - O agravo regimental será processado

nos próprios autos.

§ 2º - A petição inicial conterá, sob pena de

rejeição liminar, as razões do pedido de

reforma da decisão agravada.

Art. 100 - A petição de agravo regimental

será submetida ao prolator do despacho, que

poderá reconsiderar seu ato ou submeter o

agravo a julgamento do Tribunal, após ouvir

o Ministério Público Eleitoral, no prazo de 48

(quarenta e oito) horas, independentemente

de inclusão em pauta, computando-se o seu

voto.

CAPÍTULO XVII

DO REGISTRO DE PARTIDOS POLÍTICOS

Art. 101 - O registro de partidos políticos será

regulado pela legislação vigente e por

instruções baixadas pela Justiça Eleitoral.

Page 25: Regimento Interno Tre-mg

§ 1º - O órgão de direção regional

comunicará ao Tribunal, para anotação, a

constituição de seus órgãos de direção

partidária regional e municipal, os nomes dos

respectivos integrantes bem como as

alterações que forem promovidas e, ainda, o

calendário fixado para a constituição dos

referidos órgãos.

§ 2º - Protocolizado o pedido, o Presidente

do Tribunal determinará à Secretaria

Judiciária que proceda à sua anotação.

§ 3º - Anotada a composição do órgão de

direção municipal e eventual alteração, o

Presidente do Tribunal determinará que se

faça imediata comunicação ao Juiz Eleitoral

da respectiva Zona.

CAPÍTULO XVIII

DA MATÉRIA ADMINISTRATIVA

Art. 102 - Dos atos, despachos e decisões do

Presidente em matéria de natureza

administrativa caberá pedido de

reconsideração, no prazo de 30 (trinta) dias,

a contar da publicação ou da ciência, pelo

interessado, da decisão recorrida.

§ 1º - Em caso de deferimento do pedido de

reconsideração, os efeitos da decisão

retroagirão à data do ato impugnado.

§ 2º - Do indeferimento do pedido de

reconsideração não caberá recurso.

Art. 103 - A matéria administrativa de

competência originária do Tribunal será

levada ao "expediente" pelo Presidente ou

distribuída a um Relator.

Art. 104 - Das decisões administrativas do

Tribunal cabe pedido de reconsideração, no

prazo de 30 (trinta) dias, a contar da

publicação ou da ciência, pelo interessado,

da decisão recorrida.

Parágrafo único - Do indeferimento do pedido

de reconsideração caberá recurso ao

Tribunal Superior Eleitoral nos termos do art.

22, inciso II, do Código Eleitoral.

CAPÍTULO XIX

DAS AUDIÊNCIAS DE INSTRUÇÃO

Art. 105 - O Relator realizará as audiências

necessárias à instrução do feito, presidindo-

as em dia e hora designados, intimadas as

partes e ciente o Procurador Regional

Eleitoral.

§ 1º - Funcionará como Escrivão o servidor

da Secretaria Judiciária designado pelo

Relator.

§ 2º - Das audiências lavrar-se-á termo

próprio, que será juntado aos autos,

autenticado pelo Relator.

Art. 106 - As audiências serão públicas, mas

poderá o Relator, de ofício ou a requerimento

da parte, para evitar grave inconveniente ou

perturbação da ordem, limitar a presença do

público, ou, se cabível, determinar segredo

de justiça.

Art. 107 - Quando a prova depender de

conhecimento técnico, o Relator poderá

ordenar a realização de perícia, que será

realizada pelo perito que nomear, no prazo

que fixar.

Page 26: Regimento Interno Tre-mg

§ 1º - As partes podem indicar assistentes,

até o início da perícia, para acompanhar os

trabalhos técnicos.

§ 2º - Realizada a perícia, o perito

apresentará laudo escrito no prazo que lhe

houver sido concedido. Os assistentes

técnicos oferecerão seus pareceres no prazo

comum de 10 (dez) dias após a

apresentação do laudo, independentemente

de intimação.

TÍTULO IV

DAS LICENÇAS, FÉRIAS E

AFASTAMENTOS

CAPÍTULO ÚNICO

Art. 108 - Os membros do Tribunal gozarão

de licença nos casos previstos em lei e na

forma por ela regulada.

§ 1º - Os membros do Tribunal serão

licenciados:

I - automaticamente, e pelo mesmo prazo,

em conseqüência de afastamento que

tenham obtido na Justiça comum;

II - pelo Tribunal, quando se tratar de Juízes

da classe de juristas, ou de magistrados

afastados da Justiça comum para servir

exclusivamente à Justiça Eleitoral.

§ 2º - A licença para tratamento de saúde

depende de exame ou inspeção de saúde,

salvo nos casos em que os membros do

Tribunal já estejam licenciados de função

pública que porventura exerçam.

Art. 109 - Os Juízes da categoria de

magistrados, afastados de suas funções na

Justiça comum, por motivo de licença, férias

ou licença especial, ficarão,

automaticamente, sem exercício na Justiça

Eleitoral, por tempo correspondente, exceto

quando a realização de eleições, apuração

ou encerramento de alistamento, coincidir

com períodos de férias coletivas.

Art. 110 - Quando o exigir o serviço eleitoral,

os membros do Tribunal poderão ser

afastados do exercício dos cargos efetivos,

por ato do Tribunal, sem prejuízo dos seus

vencimentos.

Parágrafo único - O afastamento, em todos

os casos, será por prazo determinado ou

enquanto subsistirem os motivos que o

justificarem, e mediante solicitação

fundamentada do Presidente do Tribunal e

aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 111 - A Corte entrará em recesso em

períodos coincidentes com os das férias

coletivas dos Desembargadores do Tribunal

de Justiça.

Parágrafo único - Por necessidade do serviço

eleitoral, obedecidas a lei e as instruções do

Tribunal Superior Eleitoral, o recesso poderá

ser interrompido.

Art. 112 - O Presidente permanecerá em

exercício durante os períodos de recesso,

podendo gozar suas férias isoladamente.

Parágrafo único - Em caso de afastamento,

permanecerá em exercício o Vice-Presidente

e, na sua impossibilidade, será convocado o

suplente do Presidente.

Art. 113 - O Corregedor, caso o exija o

serviço eleitoral, permanecerá em exercício

durante o recesso, e gozará suas férias em

período extraordinário.

Page 27: Regimento Interno Tre-mg

Art. 114 - O membro do Tribunal que não

gozar férias na forma prevista nos artigos

anteriores, terminado o respectivo mandato,

receberá certidão do fato, para os fins legais.

TÍTULO V

DISPOSIÇÕES GERAIS

CAPÍTULO ÚNICO

Art. 115 - Na publicação do expediente e na

pauta de cada processo constará, além do

nome das partes, o de seu advogado. Nos

recursos, figurarão os nomes dos advogados

constantes da autuação anterior; quando o

advogado, constituído perante o Tribunal,

requerer que figure também o seu nome, a

Secretaria Judiciária adotará as medidas

necessárias ao atendimento de seu pedido.

Parágrafo único - É suficiente a indicação do

nome de um dos advogados, quando a parte

houver constituído mais de um ou quando o

constituído substabelecer a outro com

reserva de poderes.

Art. 116 - Salvo disposição em contrário, as

regras de Direito comum, referidas ou não

neste Regimento,  aplicam-se na contagem

de prazos e à forma dos tos porcessuais.

(Título V, Capítulo I do Código de Processo

Civil) Caput com redação alterada pela

Res. 621, de 4 de setembro de 2002 -

TRE/MG

Parágrafo único - Os atos requeridos ou

propostos em tempo oportuno, mesmo que

não sejam apreciados no prazo legal, não

prejudicarão os interessados.

Art. 117 - São isentos de custas os

processos, certidões e quaisquer outros

papéis fornecidos para fins eleitorais.

Art. 118 - Os prazos no Tribunal são

peremptórios, terminam no fim do expediente

normal e correm em Secretaria, salvo as

exceções de lei.

§ 1º - Os prazos somente começam a correr

a partir do primeiro dia útil após a intimação.

§ 2º - Se a intimação se der em dia em que

não haja expediente, ela será considerada

realizada no primeiro dia útil seguinte.

§ 3º - A intimação do Ministério Público

Eleitoral e do Defensor Público ou Dativo, em

qualquer caso, será feita pessoalmente.

§ 4º - Considera-se prorrogado o prazo até o

primeiro dia útil se o seu vencimento cair em

feriado ou em dia em que:

I - foi determinado o fechamento da

Secretaria do Tribunal;

II - o expediente foi encerrado antes da hora

normal.

§ 5º - Computar-se-á em quádruplo o prazo

para contestar e, em dobro, para recorrer,

quando a parte for o Ministério Público.

§ 6º - A partir do último dia para requerimento

de registro de candidatos, os prazos do

respectivo processo são contínuos e

peremptórios e não se suspendem aos

sábados, domingos e feriados.

§ 7º - Poderá o advogado ter vista de

processo na Secretaria ou retirá-lo pelos

prazos legais, salvo quando for o caso de

vista comum.

§ 8º - Não se aplica o disposto no § 7º:

Page 28: Regimento Interno Tre-mg

a) aos processos sob regime de segredo de

justiça;

b) quando existirem nos autos documentos

originais de difícil restauração ou ocorrer

circunstância relevante que justifique a

permanência dos autos na Secretaria,

reconhecida pelo Relator em despacho

motivado, proferido de ofício, mediante

representação ou a requerimento da parte

interessada;

c) até o encerramento do processo, ao

advogado que houver deixado de devolver os

respectivos autos no prazo legal, e só o fizer

depois de intimado.

§ 9º - Os advogados constituídos após a

remessa do processo ao Tribunal poderão,

mediante requerimento, retirar os autos da

Secretaria, na oportunidade e pelo prazo que

o Relator estabelecer.

Art. 119 - Será de 10 (dez) dias, se outro não

lhes for assinado, o prazo para que os Juízes

Eleitorais prestem informações, cumpram

requisições ou procedam a diligências

determinadas pelo Tribunal ou pelo seu

Presidente, sob pena de ser instaurado pela

Corregedoria Regional Eleitoral procedimento

para apuração de responsabilidade.

Art. 120 - Nos processos considerados de

natureza urgente, estando ausente o Relator,

os autos serão encaminhados ao Juiz que o

seguir em antigüidade, para o que for de

direito.

Art. 121 - É defeso às partes e a seus

procuradores empregar expressões

injuriosas, caluniosas e difamatórias, nos

autos dos processos ou em quaisquer outros

papéis que tenham trâmite no Tribunal,

cabendo ao Relator, de ofício, ou a

requerimento do ofendido, mandar riscá-las,

oficiando ao Conselho da Ordem dos

Advogados, Seção de Minas Gerais, quando

decorrerem de atos praticados por

advogados.

Parágrafo único - Não serão recebidos

requerimentos ou escritos desrespeitosos ao

Tribunal, aos Juízes, às autoridades públicas

ou aos servidores.

Art. 122 - Não se dará certidão, sucinta ou de

inteiro teor, de documentos existentes no

Tribunal, de peças de processos em

andamento ou findos, nem de atos

publicados no órgão oficial, sem prova de

legítimo interesse do requerente e sem a

declaração do fim a que se destina a

certidão.

§ 1º - Assiste aos advogados o direito de

examinarem, na Secretaria do Tribunal, autos

de processos findos ou em andamento,

mesmo sem procuração, quando não

estiverem sujeitos a sigilo, assegurada a

obtenção de cópias, mediante requerimento,

e podendo tomar apontamentos.

§ 2º - Nos processos sujeitos a trâmite em

segredo de justiça e nos processos criminais

em que se limitou a publicidade de atos

processuais, o direito de consultar os autos e

de pedir certidões é restrito às partes e a

seus procuradores; o terceiro que demonstrar

interesse jurídico pode requerer certidão

restrita ao dispositivo da sentença e do

acórdão.

Page 29: Regimento Interno Tre-mg

§ 3º - Em qualquer caso de retenção indevida

dos autos, caberão as providências previstas

nos arts. 195 a 197 do Código de Processo

Civil, por determinação do Presidente do

Tribunal, antes da distribuição ou após o

julgamento do feito; no interregno entre a

distribuição e a publicação do acórdão, a

deliberação caberá ao Relator do feito.

Art. 123 - Os autos restaurados em virtude de

perda e extravio, após homologada ou

julgada a restauração, sempre que possível

pelo mesmo Relator, suprirão os

desaparecidos, seguindo o processo os seus

trâmites normais.

Art. 124 - Os membros do Tribunal receberão

gratificações pela sua participação no

Colegiado e nas sessões de julgamento,

consoante legislação e instruções emanadas

do Tribunal Superior Eleitoral.

Art. 125 - As dúvidas suscitadas na aplicação

deste Regimento serão apreciadas e

resolvidas pelo Tribunal.

§ 1º - Nos casos omissos, serão fontes

subsidiárias os Regimentos Internos do

Tribunal Superior Eleitoral, do Supremo

Tribunal Federal e do Tribunal de Justiça de

Minas Gerais.

§ 2º - Os casos que não puderem ser

resolvidos por analogia serão encaminhados

pelo Presidente à decisão do Tribunal.

Art. 126 - O Tribunal usará o " Diário do

Judiciário" ( " Minas Gerais"), órgão oficial

dos poderes do Estado, para divulgação de

decisões, intimações, provimentos, atos,

portarias e notícias de interesse eleitoral,

podendo ter o seu próprio veículo de difusão.

§ 1º - Na impossibilidade de publicação pelo

órgão oficial, será ela feita por meio de jornal

de grande circulação na Capital.

§ 2º - A retificação de publicação no órgão

oficial do Estado, com efeito de intimação,

decorrente de incorreções ou omissões, será

providenciada pela Secretaria, ex officio, ou

mediante despacho do Presidente ou do

Relator.

Art. 127 - Ao Presidente, aos Juízes do

Tribunal e às comissões designadas pelo

Diretor-Geral é facultada a apresentação de

emendas ao Regimento Interno.

§ 1º - As emendas a este Regimento deverão

ser apresentadas mediante proposta escrita,

que será distribuída e votada em sessão,

com a presença de todos os membros do

Colegiado.

§ 2º - Quando ocorrer mudança na legislação

que determine alteração do Regimento

Interno, esta será proposta ao Tribunal por

comissão designada pelo Diretor-Geral, no

prazo de 30 (trinta) dias, contados da

vigência da lei.

§ 3º - Se a emenda objetivar a reforma geral

do Regimento, cópias do respectivo projeto

serão distribuídas aos membros do Tribunal,

pelo menos 15 (quinze) dias antes da sessão

em que será discutida e votada.

§ 4º - A emenda deverá ser aprovada pela

maioria absoluta dos Juízes do Tribunal.

Art. 128 - O Tribunal poderá publicar revista

ou boletim eleitoral, que divulgará seus

acórdãos, resoluções, doutrinas, pareceres e

demais atos, bem como qualquer matéria de

interesse eleitoral.

Page 30: Regimento Interno Tre-mg

Art. 129 - O prazo para cumprimento de

diligência ordenada pelo Tribunal, ou por

qualquer de seus membros, se outro não for

fixado, será de 30 (trinta) dias, prorrogáveis

por 20 (vinte) dias, ressalvado o disposto no

art. 119 deste Regimento, a critério da Corte

ou do Relator. Findo o prazo e não cumprida

a diligência pela parte interessada, o pedido

será considerado indeferido.

Art. 130 - É vedada, no recinto do Tribunal,

qualquer manifestação de agrado ou

desagrado.

Art. 131 - Este Regimento entra em vigor na

data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Sala das Sessões, em 30 de junho de 1997.

Des. Gudesteu Biber, Presidente - Des.

Edelberto Santiago, Vice - Presidente - Juiz

Paulo Cézar Dias - Juiz Sidney Affonso -

Juíza Célia Barroso - Juiz Hermes Guerrero -

Estive presente: Dr. João Batista de Oliveira

Filho, Procurador Regional Eleitoral.