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RELATÓRIO &CONTAS20
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RELATÓRIO &CONTAS20
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05 ABERTURA
07 I. ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
43 II. GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
44 1. INVESTIMENTOS
45 2. DIREÇÃO AGROPECUÁRIA
47 3. DIREÇÃO VITIVINÍCOLA
48 4. DIREÇÃO COMERCIAL
50 5. DIREÇÃO DE GESTÃO
50 6. ATIVIDADE FINACEIRA
52 7. FORMAÇÃO
53 8. RESPONSABILIDADE SOCIAL
55 9. RESULTADOS
62 10. APLICAÇÃO DE RESULTADOS
63 11. FACTOS SUBSEQUENTES APÓS TERMO DO EXERCÍCIO
65 III. CONCLUSÕES
67 IV. CONTAS
68 BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
69 DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZAS
70 DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA
71 DEMONSTRAÇÃO DAS ALTERAÇÕES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS
72 ANEXO ÁS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PARA O PERÍODO FINDO A 31 DEZEMBRO DE 2012
125 RELATÓRIO DE ACTIVIDADES E CONTAS 2012
129 ORGÃOS SOCIAIS
ÍNDICE
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RELATÓRIO &CONTAS20
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É com o maior gosto que apresento à comunidade alargada de stakeholders da Fundação Eugénio de Al-meida o Relatório e Contas correspondente ao exercício de 2012.
Este documento constitui um sinal renovado da identificação e do compromisso da Fundação com os valores e práticas da boa governança, da transparência e da prestação pública de contas.
Mas ele é sobretudo um testemunho eloquente da vitalidade desta Instituição que, pese embora a conjuntura recessiva que o país atravessa, tem conseguido prosseguir plenamente a sua Missão de serviço à causa pú-blica e ao desenvolvimento social, cultural, educativo, e espiritual da Região de Évora.
A ação filantrópica da Fundação, que poderia sintetizar-se na fórmula “dar e fazer”, concretiza-se quer em apoios financeiros a pessoas e a instituições, quer em projetos concretos dirigidos à comunidade.
Da divulgação artística à requalificação do Património, da produção de conhecimento à promoção de uma cidadania ativa que privilegia o Voluntariado, e à qualificação das organizações do terceiro setor, são inú-meras as áreas de intervenção da Fundação, que continua determinada em ser uma instituição de referência de atuação e de colaboração com outras organizações da sociedade civil, um projeto gerador de impacto social e promotor de coesão social na Região.
Por outro lado, a Fundação possui uma exploração agrícola modelar, inovadora, que gera emprego e cria produtos de excelência, desenvolvendo ainda um projeto vitivinícola de referência, com marcas enológicas que são hoje emblemáticas no mercado.
Esta gestão patrimonial é a base sólida em que assenta a estrutura económica da Fundação, garantindo os recursos necessários ao cumprimento dos fins e à autossustentabilidade da Instituição. O êxito de uma estratégia focalizada na capacidade produtiva, na qualidade e no desempenho comercial, levou a que, em 2012, a Fundação tivesse atingido o maior valor de vendas de sempre.
Destaco este indicador como símbolo do potencial da Fundação em continuar a gerar lucro económico para o transformar em lucro social, contribuindo assim para que o presente seja menos difícil e o futuro seja melhor para todos.
Eduardo Pereira da SilvaPresidente do Conselho de Administração
| ABERTURA |
RELATÓRIO &CONTAS20
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RELATÓRIO &CONTAS20
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Os encargos envolvidos com as áreas a que se dedica a atividade institucional e estatutária, bem como os valores correspondentes às “transferências para terceiros” e aos “projetos próprios” estão refletidos resumi-damente nos seguintes gráficos:
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL POR ÁREAS DE ACTIVIDADE
| I . ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA |
DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL
EUROS
ÁREA CULTURALE EDUCATIVA
530.499€
235.612€
412.706€
ÁREA SOCIAL ÁREA ESPIRITUAL TOTAIS ANO 2012
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
45%
35%
20%
100%
1.178.817€
8
EUROS
TRANSFERÊNCIA PARATERCEIROS
713.911€
464.906€
PROJETOS PRÓPRIOS TOTAL
1.200.000
1.000.000
800.000
600.000
400.000
200.000
0
61%
39%
100%
1.178.817€
DISTRIBUIÇÃO GLOBAL POR NATUREZA
600.000
EUROS
500.000
400.000
300.000
200.000
100.000
0TRANSFERÊNCIA PARA
TERCEIROS
166.673€
PROJETOS PRÓPRIOS TOTAL
31%
100%
530.499€
DISTRIBUIÇÃO POR ÁREAS E NATUREZAÁREA CULTURAL E EDUCATIVA
363.826€
69%
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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EUROS
TRANSFERÊNCIA PARATERCEIROS
235.612€
0€
PROJETOS PRÓPRIOS TOTAL
250.000
200.000
150.000
100.000
50.000
0
100%
0%
100%
235.612€
TRANSFERÊNCIA PARATERCEIROS
PROJETOS PRÓPRIOS TOTAL
450.000
EUROS
400.000
350.000
300.000
250.000
150.000
200.000
100.000
50.000
0
76%
100%
412.706€
ÁREA SOCIAL
101.080€
24%
311.626€
ÁREA ESPIRITUAL
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ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
REQUALIFICAÇÃO DO PATRIMÓNIO HISTÓRICO-ARTÍSTICO DA FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA
PROJETO ACRÓPOLE XXI PARCERIAS PARA A REGENERAÇÃO URBANA
O Acrópole XXI foi um projeto integrado de Re-generação Urbana do Centro Histórico de Évo-ra, desenvolvido por uma parceria de instituições, entre as quais a Fundação Eugénio de Almeida, no âmbito do Quadro de Referência Estratégico Nacional, apoiado pelo Fundo Europeu de De-senvolvimento Regional através do INAlentejo.
No que se refere ao projeto da Fundação, con-cluiu-se este ano a empreitada das obras de requalificação no Páteo de S. Miguel e no Pa-lácio da Inquisição / Casas Pintadas, com vista à criação de novos equipamentos culturais e no-vas valências que terão uma programação própria e serão abertos à fruição pública.
RELATÓRIO &CONTAS20
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FÓRUM EUGÉNIO DE ALMEIDA REVISTA PORTEFÓLIO
O Fórum Eugénio de Almeida assume-se como um equipamento cultural cuja missão é contribuir para a promoção da cultura e das artes a nível regional e nacional. Enquanto espaço privilegia-do na dinamização artística tem, ao longo dos últimos 10 anos, contribuído ativamente para o reforço da visão estratégica da Fundação de que a cultura é um elemento fundamental para o de-senvolvimento socioeconómico.
A diversidade e excelência de projetos tem tido como objetivo estratégico a captação e fideliza-ção de públicos, em particular dos mais jovens, através da uma linha programática que assenta em valores como a diversificação, a excelência e a contemporaneidade.
As atividades implementadas concretizaram-se na realização de exposições, de concertos, de programas pedagógicos orientados para os dife-rentes públicos - visitas guiadas e ateliês didáti-cos – em ações de formação e outras atividades que, servindo os mesmos propósitos, procuraram a mesma excelência conceptual e operativa.
A Loja do Fórum Eugénio de Almeida continuou a disponibilizar artigos de merchandising cultural, com design contemporâneo e de criação exclu-siva, livros de arte, catálogos e, ainda, vinhos e azeites produzidos na Adega e Lagar Cartuxa.
Em 2012, a Fundação publicou o #7 desta revis-ta, de cujos conteúdos se destacam: uma entrevis-ta a António Barreto, por Patrícia Reis; um dossier dedicado ao tema da Educação, com os contri-butos de Álvaro Laborinho Lúcio, Manuel Ferreira Patrício, Elvis Veiguinha, João Pedro Fróis, Pau-lo Bogalho, Luís Manuel Jacob, Maria Filomena Mendes, Maria Manuel Viana, entre outros; um dossier sobre espiritualidade com textos de Dulce Maria Cardoso e Joaquim Teixeira; poemas de Fi-lipa Leal e um portefólio fotográfico sobre o pro-jeto de requalificação do Palácio da Inquisição / Casas Pintadas e do Páteo de S. Miguel, em Évo-ra, realizado pela Fundação e concluído este ano.
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ÁREA CULTURAL E EDUCATIVA
PROJETOS E INICIATIVAS
FÁBULAS CONTADAS: ALMADA E BORDALO
A programação cultural e educativa desenvolvida pela Fundação Eugénio de Almeida, visa promo-ver o diálogo entre a educação e a cultura através de uma oferta diversificada e de uma dinâmica de ações que aproximem a cultura da comunidade local, formem novos públicos e criem sinergias de dinamização e integração sociocomunitária.
Em 2012 realizaram-se duas exposições, com um total de 5.243 visitantes; 16 concertos dos Ci-clos de Música: MELODEA e INTERMEZZO; 55 atividades de formação, nomeadamente 1 confe-rência, 1 seminário, 4 workshops, 2 cursos e 47 ações ligadas à área social, totalizando 2.810 participantes. Foram ainda implementadas 255 atividades do Serviço Educativo, nas quais partici-param 4.129 crianças e jovens.
Os projetos de educação artística constituem um importante instrumento no desenvolvimento do conhecimento e da aprendizagem, em particular das crianças e jovens, assumindo-se como impul-sionadores e promotores do pensamento crítico e da atitude participativa.
É neste sentido que o Serviço Educativo da Fun-dação Eugénio de Almeida tem vindo a atuar, concebendo e promovendo um programa de ati-vidades lúdico-pedagógicas promotor de uma re-lação efetiva entre ensino/aprendizagem.
A Fundação Eugénio de Almeida apresentou, en-tre 8 de março e 8 de julho, a exposição Fábulas Contadas: Almada e Bordalo, comissariada por Ana Maria Afonso, Diretora do Museu Abade de Baçal.
Esta exposição reuniu 54 desenhos originais de Almada Negreiros, a tinta-da-china sobre papel, concebidos para ilustrar a obra literária Fábulas do escritor e jornalista Joaquim Manso, e um con-junto de peças em faiança policromada de Bor-dalo Pinheiro.
Os desenhos remetem para um período criativo em que Almada Negreiros se interessou predo-minantemente pelas artes gráficas e visuais, ante-cedendo as grandes produções. Provenientes da coleção do Museu Abade de Baçal, estes traba-lhos dão a conhecer uma das múltiplas facetas criativas do artista.
Aos desenhos de Almada juntou-se ainda a arte ceramista de Rafael Bordalo Pinheiro, com um conjunto de obras cuja expressão naturalista e fi-gurativa reforçou o ambiente do “tempo em que os animais falavam”.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIAATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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CORTO MALTESE: VIAGEM À AVENTURA
MELODEA - TEMPORADA DE MÚSICA
A estratégia continuada da Fundação em promo-ver a cultura contemporânea, designadamente com o apoio de parcerias nacionais e internacio-nais, trouxe a Évora, a exposição Corto Maltese: Viagem à Aventura.
Personagem emblemática criada por Hugo Pratt, Corto Maltese tornou-se uma referência cultural no mundo da Banda Desenhada, que o público pôde apreciar no Fórum Eugénio de Almeida, de 25 de julho a 8 de dezembro.
Comissariada por Stefano Cecchetto e Cristina Taverna, a exposição apresentou 51 obras origi-nais, desde aguarelas, a tinta-da-china e guache, que retratam uma das muitas viagens de Corto Maltese, nomeadamente de Veneza, passando por África, de Samarcanda à Polinésia, do Caribe à ilha de Escondida.
A inauguração incluiu uma conferência sobre a personagem e o seu criador, proferida pelos co-missários da mostra.
A Temporada de Música de 2012 teve início a 7 de janeiro, com a voz singular de Adriana. Juntamente com o guitarrista Rodrigo Santoanastásio e o baixista José Canha a cantora apresentou o seu mais recente trabalho discográfico O que tinha de ser, composto por vários géneros musicais como o Jazz, a Pop e o Latin World.
No dia 4 de fevereiro, Filipa Pais e João Paulo Esteves da Silva foram o duo imprevisto que trouxe um novo ritmo à música tradicional portuguesa. À intérprete juntou-se o talento do compositor e improvisador de jazz, João Esteves da Silva.
A 10 de março teve lugar o concerto Mário Laginha – Piano Solo. Laginha exibiu um reportório composto por temas da sua autoria como Berenice e Um Choro Feliz, bem como alguns dos seus mais recentes proje-tos: Canções & Fugas, um trabalho inspirado no uni-verso de Bach, e Mongrel e um tributo à música do compositor Frédéric Chopin. Partindo de obras deste compositor, Laginha criou espaço para a improvisa-ção e procurou “aproximar a música de Chopin” do seu universo musical.
Os poemas de Eugénio de Andrade marca-ram a noite de 14 de abril no Fórum Eugénio de
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INTERMEZZO
O grupo coral ONE abriu o Festival de Música do Mundo Intermezzo, no dia 21 de junho. Fo-ram 30, os jovens cantores que, sob a direção da premiada maestrina asiática Lim Ai Hoii, levaram a performance coral a uma nova dimensão, com um reportório composto por temas tradicionais da Mongólia, Indonésia, Japão e China.
No dia 28 de junho, realizou-se o concerto de música sefardita de Mor Karbasi. Dona de um ta-lento inquestionável, a artista convidou o público a conhecer as sonoridades das suas raízes judai-cas e também algumas das suas mais recentes composições através das quais se pode sentir a musicalidade de países como Marrocos, Pérsia, Espanha e Portugal.
O vigor e energia da música tradicional da Irlan-da foi a proposta da Fundação Eugénio de Al-meida para o dia 5 de julho. Considerado como um dos maiores grupos de música Celta, os Li-merick recriaram o ambiente dos pubs irlandeses com um repertório composto por peças celtas, de baile e instrumentais, como os reels, jigas ou polkas. Fizeram ainda algumas incursões pelas canções irlandesas mais tradicionais e pela mú-sica escocesa das Highlands e da Bretanha.
Almeida. Intitulado Até que um Pássaro me Saia da Garganta - Sete Canções, Sete Poemas – o espe-táculo, com uma forte composição cénica, nasceu da ideia de sonorizar musicalmente sete poemas de Eugénio de Andrade autonomizando cada um numa “peça de câmara” para duas guitarras clássicas e voz. O jazz de José Peixoto fundiu-se com a poesia de Eugénio de Andrade, numa mescla de palavras cantadas e ditas. A interpretação foi de Teresa Mace-do (voz) e Ana Cloe (atriz), acompanhadas à guitarra por José Peixoto e Luís Roldão.
A Fundação Eugénio de Almeida trouxe pela pri-meira vez a Portugal a cantora Eva Cortés, uma das maiores revelações do panorama do jazz espanhol, com o concerto Back 2 the Source, realizado no dia 4 de maio.
A criatividade e a irreverência de Maria João, uma das intérpretes mais notáveis do panorama musical português marcaram o concerto realizado no dia 6 de outubro. O concerto, intitulado Maria João & As Aventuras das Abelhas, deu a conhecer um dos mais recentes projetos da cantora. A artista foi acompa-nhada por João Farinha, no Fender Rhodes e eletró-nica, e André Nascimento, na eletrónica.
A 3 de novembro realizou-se o concerto-espetáculo Mulata de Arroz (Latin Jazz). A intérprete, Adriana Miki, apresentou o seu último trabalho discográfico que contou com a participação de Paulo Barros ao piano, Desidério Lázaro nos saxofones e clarinete, Joel Silva na bateria e o convidado especial João Moreira no Fluegel Horn.
O Segredo Bem Guardado foi a proposta de concer-to no dia 8 de dezembro. Músicos multifacetados e inovadores, Cristina Branco e João Paulo Esteves da Silva foram os intérpretes que trouxeram as palavras de Baudelaire, Vasco Graça Moura ou Chico Buar-que, e as composições de Schumann, Fausto, José Afonso, José Mário Branco e Mário Laginha.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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CONCERTO DE NATALA Fundação Eugénio de Almeida voltou a celebrar a quadra natalícia com um concerto, no dia 16 de dezembro, na Sé Metropolitana de Évora.
O programa do concerto incluiu obras musicais inspi-radas em textos litúrgicos como Mass of the Children, de John Rutter e Une Cantate de Noel, de Arthur Ho-negger. O recital foi interpretado pelas vozes do Coro Sinfónico da Escola Superior de Música de Lisboa, do Coro do Conservatório Nacional de Lisboa, do Coro Infantil da Universidade de Lisboa e dos solistas Hélia Castro, Joana Nascimento, João Rodrigues, Pe-dro Matos e Armando Possante, acompanhados pela Orquestra Sinfónica da Escola Superior de Música de Lisboa, com direção do Maestro Paulo Lourenço.
É de destacar, ainda, que o Coro Infantil do Instituto Gregoriano de Lisboa interpretou três canções de Na-tal, uma das quais em estreia absoluta, - De novo, um assim, de Nuno da Rocha.
O som e o ritmo de Cabo Verde fizeram-se ouvir no dia 12 de julho, com Nancy Vieira no concer-to No Amá.A cantora apresentou composições de clássicos como BLeza, Eugénio Tavares e Amândio Cabral, dos consagrados Teófilo Chantre e Mário Lúcio, e dos jovens autores como Rolando Semedo, Tó Alves ou Tutin d’Giralda.
No dia 19 de julho realizou-se o espetáculo Pa-sión, de Joaquim Moreno, que produziu uma fusão criativa tendo como fonte o flamenco e te-mas da América Latina, numa exibição que jun-tou o ritmo de Cuba a outros géneros musicais. Para além de Joaquim Moreno, na voz, parti-ciparam também Francisco Morales «El Pulga», na guitarra flamenca, Mário Rui, ao piano, João Penedo, no contrabaixo e Carlos Mil-Homens, na percussão.
O Intermezzo encerrou a sétima edição, no dia 26 de julho, com o grupo português, Xícara. Este agrupamento nasceu do gosto pela poesia e pela música tradicional portuguesa. Prestou ho-menagem à palavra e à língua camoniana com poemas de António Botto, João Penha de Oli-veira Fortuna, João de Deus, Fernando Pessoa e João Cabral Nascimento. Pela voz de Carla Carvalho, o grupo reviveu a riqueza literária por-tuguesa e fê-la acontecer fora do seu íntimo, ao mesmo tempo que destacou a sua capacidade de inspirar outras formas de expressão artística.
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SEMINÁRIO • Arte, Imagem e Fotografia Contemporânea, no dia 16 de junho, dinamizado por Joan Fontcuber-ta, artista e fotógrafo.
CONFERÊNCIA • II Conferência Internacional da Tradição Oral – Oralidade e Património Cultural, nos dias 8, 9 e 10 de novembro, organizada pela Divisão dos Assuntos Culturais da Câmara Municipal de Évo-ra, em colaboração com a Fundação Eugénio de Almeida.
Em 2012, as iniciativas formativas realizadas no Fórum Eugénio de Almeida no âmbito da sua pro-gramação regular foram as seguintes:
ATIVIDADES DE FORMAÇÃO TEMÁTICA
CURSOS• Curso de Prova de Vinhos, no dia 16 de junho, coordenado por Pedro Baptista, Diretor Vitiviníco-la da Fundação Eugénio de Almeida e dinamiza-do pelo escanção José Rúpio.
• Curso de Iniciação à Prova de Azeite, no dia 23 de junho, coordenado por José Manuel Gouveia, Professor do Instituto Superior de Agronomia e Consultor da Fundação Eugénio de Almeida.
WORKSHOPS• A Arte da Produtividade sem Stress, no dia 28 de abril, com a coordenação de Nuno Donato, Gestor e Formador da empresa Wise Action.
• Introdução aos Processos e Métodos da Banda Desenhada, no dia 24 de novembro, coordenado por Marco Mendes, Autor de Banda Desenhada, Ilustrador e Artista Plástico.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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lizada, acessível no website inventarioaevora.com.pt, em permanente atualização. Este tem sido o ponto de partida para a dissemina-ção de conhecimento, para a troca de experiências e para o fomento de boas práticas.No domínio da conservação preventiva, a Funda-ção Eugénio de Almeida tem procurado sensibilizar outros agentes culturais através da realização de ini-ciativas de caráter formativo.
Neste âmbito, realizou-se no dia 26 de abril o workshop Azulejaria – Diagnóstico para a conserva-ção preventiva. Boas práticas, coordenado por Ma-ria de Lurdes Esteves, responsável pelo laboratório de conservação e restauro do Museu Nacional do Azulejo.
A sessão contou com 14 participantes e teve como objetivos alertar para a necessidade da proteção desta expressão artística e apoiar técnicos e respon-sáveis pelas coleções de azulejos em contexto mu-seológico, ou quando integrados na arquitetura, no sentido da sua preservação.
No dia 20 de junho, com a presença de 12 parti-cipantes, realizou-se o workshop Inventário do Pa-trimónio Imaterial em Contexto Museológico, coor-denado por Paulo Ferreira da Costa, Diretor do Departamento de Património Cultural Imaterial do Instituto dos Museus e da Conservação.
O programa propunha dotar os profissionais de co-nhecimentos essenciais sobre os procedimentos de proteção legal do Património Cultural Imaterial e a abordagem aos normativos e aos instrumentos de referência para a salvaguarda deste património.
Em 2012, realizou-se mais uma etapa deste projeto, ficando concluída a inventariação e catalogação re-lativas aos concelhos de Reguengos de Monsaraz e Campo Maior. Ficaram assim inventariados 22 dos 24 concelhos que fazem parte da Arquidiocese de Évora.
Na base de dados online do Projeto do Inventário da Arquidiocese ficaram disponíveis para consulta pública informações sobre 20.621 peças, 22.690 unidades de descrição em arquivo e 104.230 foto-grafias.
A divulgação e promoção do património cultural móvel são vetores estratégicos na realização deste projeto. Neste campo, destaca-se a edição do déci-mo volume de uma coleção que tem dado a conhe-cer algumas das mais significativas peças estudadas nos diferentes concelhos.
Com o título Arte Sacra no Concelho de Reguengos de Monsaraz esta edição privilegiou um conjunto de informações históricas e artísticas sobre peças em-blemáticas inventariadas naquele concelho. O projeto foi pioneiro na constituição de um corpo de informação exaustiva, sistematizada e contextua-
INVENTÁRIO ARTÍSTICO DA ARQUIDIOCESE DE ÉVORA
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PRÉMIO EUGÉNIO DE ALMEIDA
DIVERSOS APOIOS E SUBSÍDIOS
Com a atribuição do Prémio Eugénio de Almeida, a Fundação distingue os melhores alunos finalis-tas dos Cursos de Economia, Gestão de Empresas e Sociologia da Universidade de Évora. O valor do prémio é de 1.500,00 €.
No ano letivo 2011/2012, e de harmonia com os artigos 5º e 6º do respetivo regulamento, o Prémio foi atribuído aos alunos Inês Filipa Vitori-no de Morais (Licenciatura em Economia), Tiago Brilhante Fonseca Taveira (Licenciatura em Ges-tão) e Carla Patricia Passa Simões (Licenciatura em Sociologia).
Os alunos distinguidos receberam o Prémio no dia 1 de novembro, Dia da Universidade de Évora.
A Fundação Eugénio de Almeida financiou as insti-tuições que se seguem:
Comissão Organizadora do VII Encontro Nacional de Estudantes de História; Associação a bruxa TEA-TRO; Associação Cultural Alma d’ Arame; Associa-ção Filarmónica Liberalitas Julia; Associação Me-
PROGRAMAS E APOIOS REGULARES. SUBSÍDIOS
No conjunto, programas, apoios regulares e sub-sídios atribuídos ascenderam a 166.673,00 €, representando 31% do rendimento distribuído na área cultural e educativa e 23% do rendimento total distribuído em 2012 pela Fundação Eugénio de Almeida.
Em 2012, a Fundação manteve o apoio finan-ceiro ao Instituto Superior de Teologia de Évora (52.470,00 €) e à Escola Salesiana de Évora (40.000,00 €) para o desenvolvimento das suas atividades académicas e educativas.
nuhin Portugal; Associação Musical de Évora Eborae Mvsica; Casa do Povo de Lavre - Departamento de Música; Círculos de Transformação; Colecção B - Associação Cultural; Colégio Laura Vicunha; Companhia de Dança Contemporânea de Évora; Contemporâneus - Associação para a Promoção da Arte Contemporânea; Coral de Évora; Coral de S. Domingos; Ensemble Monte Mor - Associação Cul-tural; Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo; O Espaço do Tempo - Associação Cultural; Oficinas do Convento - Associação Cultural de Arte e Comu-nicação; Paróquia de S. Pedro; PIM Teatro - Pimtaí Associação Cultural; Projeto Ruínas, Associação Cultural; Sociedade Operária de Instrução e Recreio - Joaquim António D’Aguiar; Sociedade Recreativa e Dramática Eborense; TEOARTIS - Associação de Atividades Artísticas e Culturais; Trulé - Investigação de Formas Animadas; Universidade de Évora (As-sociação Académica; Centro de História da Arte e Investigação Artística; Centro de Investigação em Educação e Psicologia; Centro Interdisciplinar de História, Culturas e Sociedades; Departamento de Pedagogia e Educação; Núcleo de Estudantes de Psicologia e Tuna Académica Feminina) e Universi-dade Sénior de Évora.
A Fundação apoiou ainda os seguintes projetos edi-toriais:
Os meninos da Escola dos Padres, de Joaquim Palminha Silva (Investigação e Organização) e da Direção do Centro dos Antigos Alunos Salesianos de Évora; Coruche-Memória, Culto e Identidade, de Mário Justino Silva; Tuna Académica do Liceu de Évora - Um século de História e Tradição, de Adí-lia Zacarias e Isilda Mendes; O clero Catedralício português e os equilíbrios sociais do poder (1564-1670), de Hugo Ribeiro da Silva; e O caso de Bar-bacena: um pároco de aldeia entre a Monarquia e a República, de Margarida Sérvulo Correia.
No total estes subsídios representaram o valor de 59.602,00 €.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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INDICADORES E GRÁFICOS E ACTIVIDADE
ÁREA CULTURAL E EDUCATIVA
PROJETOS E INICIATIVAS
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PROGRAMAS E APOIOS REGULARES. SUBSÍDIOS.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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SUBSÍDIOS POR ACTIVIDADE E PROJETOS
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ÁREA SOCIAL
PROJETOS E INICIATIVAS
O ano de 2012 foi marcado pela consolidação da atividade da FEA no campo social, continuando a tendência de crescimento do seu Banco de Volun-tariado, que conheceu o maior número de inscri-ção de voluntários e de organizações desde a sua criação. Regista-se também os elevados índices de participação nas diversas atividades de formação realizadas.
Relativamente ao projeto de Voluntariado de Pro-ximidade, também se registaram mais voluntários inscritos e um maior número de beneficiários apoia-dos pelos voluntários de proximidade relativamente a 2011. Novas ações de divulgação em locais pú-blicos, intervenções junto da comunidade escolar e junto de organizações sociais locais, bem como o
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
reforço do apoio aos Conselheiros dos Núcleos de Voluntariado de Proximidade, foram algumas das estratégias para chegar melhor junto de quem pre-cisa.
No que diz respeito à qualificação dos Dirigentes e Técnicos das organizações do Terceiro Setor, a Fundação apostou sobretudo no tema da Inova-ção Social enquanto instrumento para uma melhor intervenção operativa daquelas instituições, tendo realizado um conjunto de workshops, conferências e outras ações formativas neste tema. A Fundação iniciou ainda um estudo sobre a Inovação Social nas Organizações do Terceiro Setor do Distrito de Évora, em colaboração com o Instituto de Geografia e Or-denamento do Território da Universidade de Lisboa.
RELATÓRIO &CONTAS20
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Após dois anos de trabalho, concluiu-se este pro-jeto financiado pelo Programa Grundtvig e desen-volvido por uma parceria que envolveu a Funda-ção Eugénio de Almeida e outras instituições que desenvolvem atividades e programas sociocultu-rais em regiões fronteiriças: Gabinete de Inicia-tivas Transfronteiriças da Extremadura (Espanha), Association of European Border Regions (Alema-nha), Municipality of Kavala (Grecia), Chamber of Industry and Trade of Blagoevgrad (Bulgaria), Region Sønderjylland – Schleswig (Dinamarca) e a Euroregional Development Agency (Hungria).
O projeto teve como objetivo fomentar a coope-ração institucional na área da formação e educa-ção de adultos, na perspetiva do desenvolvimento sociocultural das regiões transfronteiriças.
Em 2012 tiveram lugar na Hungria e Bulgária as duas últimas sessões do ciclo de workshops do projeto, da qual resultou uma publicação com as melhoras práticas de educação de adultos não formal.
OBSERVATÓRIO SOCIAL DO ALENTEJO
PROJETO ICE – INCUBATORS
FOR CULTURAL ENTEPRISES
Financiado pelo INALETEJO e desenvolvido em parceria com a ADRAL, a Fundação realizou um conjunto vasto de iniciativas para a promoção do empreendedorismo e para a Inovação Social.
Neste âmbito, realizou-se no dia 15 de novembro a Conferência Gestão das Organizações: Inova-ção e Sustentabilidade, que teve como objetivo potenciar o desenvolvimento de novas soluções para os problemas sociais por parte das organiza-ções do Terceiro Setor, através da incorporação de práticas de inovação na sua estratégia no sentido de encontrar novos serviços tendo em vista a sua sustentabilidade.
Esta conferência contou com a colaboração de João Cotter Salvado, Diretor de Investigação do Instituto de Empreendedorismo Social; Carlos Aze-vedo, Diretor Geral da UDIPSS – União Distrital das Instituições Particulares de Solidariedade Social do Porto e Frederico Fezas Vital, Diretor da Associação Terra dos Sonhos.
A Fundação participou, a convite da ADRAL, na realização deste projeto, nomeadamente através da colaboração com o Professor Fernando Ange-lino na realização de um estudo para a Deteção de Necessidades e Diagnóstico para uma Incuba-dora de Base Cultural e Criativa em Évora.
EIXO 1 - ESTUDOS E PROJETOS
PROJETO SCULTBORD - SPREADING CULTURE ON BORDER REGIONS
A realização deste projeto permitiu conhecer al-gumas práticas culturais realizadas em diversos países da União Europeia, bem como aprofundar áreas de colaboração com alguns parceiros.
PROJETO ALENTEJO EMPREENDE
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No âmbito deste projeto realizou-se ainda o ciclo de workshops Empreendedorismo e Inovação Social nas Organizações do Terceiro Setor, que incluiu as sessões: Estratégia, Empreendedorismo e Inovação Social nas Organizações do Terceiro Setor; Fomen-tar a Criatividade e a Inovação nas Organizações; Inovação e Desenvolvimento de Novos Serviços e Como Acelerar a Inovação Social nas Organi-zações. Colaboraram na dinamização deste ciclo de workshops Rita Batista – Diretora do Instituto de Empreendedorismo Social e Consultora na Execu-tive Learning Partnership; Madalena Alves Pereira – fundadora da Call to Action, Consultora para o Desenvolvimento de Planeamento Estratégico de Organizações, Estratégias e Plano de Angariação de Fundos e Cláudia Pedras – sócia da Stone Soup Consulting e Técnica Coordenadora da Bolsa de Valores Sociais.
EIXO 2 – FORMAÇÃO
A Fundação Eugénio de Almeida promoveu, em 2012, 3 ações de formação para um total 28 di-rigentes e técnicos de organizações sem fins lu-crativos, e 1 Ciclo de Workshops e 1 sessão de Avaliação do Impacto da Formação – Ação de Follow Up, nos quais participaram 54 pessoas.
As ações de formação promovidas pela Fundação têm-se distinguido pela qualidade técnico-peda-gógica, adequabilidade, e atualidade temática, sendo estes fatores fundamentais no sucesso indi-vidual de cada ação.
CURSO INTENSIVO DE AVALIAÇÃO DO IMPACTO DA FORMAÇÃO
Destinado a gestores e técnicos com responsabi-lidade na área da gestão da formação nas orga-nizações, este curso intensivo teve como objetivo promover competências para a implementação e desenvolvimento de uma metodologia de avaliação
das atividades de formação, ajustada ao contexto das organizações acreditadas pela DGERT.
O Curso, frequentado por 10 representantes de institui-ções privadas sem fins lucrativos, foi ministrado por Ma-ria de Lurdes Calisto, consultora especializada nas áreas da Gestão de Recursos Humanos, Gestão e Avaliação da Formação e Desenvolvimento Organizacional.O acompanhamento e a orientação dos trabalhos realizados pelos formandos do Curso foram realiza-dos na sessão Avaliação do Impacto da Formação – Ação de Follow Up.
CURSO INTENSIVO DE PLANEAMENTO ESTRATÉGICO
Uma orientação estratégica é fundamental para o desenvolvimento organizacional. Este curso in-tensivo permitiu capacitar as organizações para a implementação de procedimentos de gestão orientadas pelo planeamento estratégico, en-quanto instrumento fundamental para o desem-penho da sua atividade e definição da sua orien-tação estratégica.
Participaram nesta ação de formação 9 repre-sentantes de instituições privadas sem fins lucra-tivos do distrito de Évora, cujos conteúdos foram ministrados por António Batista – consultor em Planeamento Estratégico, Avaliação, Elaboração de Diagnósticos e Planos de Desenvolvimento Social.
CURSO INTENSIVO DE CERTIFICAÇÃO E QUALIDADE DAS IPSS
A Certificação e Qualidade das IPSS é um proces-so complexo que exige por parte das organizações todo um conjunto de procedimentos que lhes per-mitam ser certificadas nos serviços que prestam à comunidade. A complexidade que este proces-so encerra, a par dos constrangimentos ao nível dos recursos humanos com competências técnicas
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específicas e das necessidades formativas eviden-ciadas pelas organizações nesta matéria, foram razões que conduziram à realização do Curso In-tensivo de Certificação e Qualidade das IPSS. O Curso foi ministrado por Helena Recto, consul-tora e formadora de implementação de sistemas integrados de gestão, avaliação da qualidade das respostas sociais e processos de desenvolvimento organizacional.
CICLOS DE WORKSHOPS
Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimen-to de iniciativas empreendedoras e inovadoras nas organizações do Terceiro Setor, promovendo uma atitude de mudança para a sustentabilidade, a Fun-dação promoveu o ciclo de workshops Empreen-dedorismo e Inovação Social nas Organizações do Terceiro Setor.
Este Ciclo incluiu um conjunto de 4 workshops temáticos: Estratégia, Empreendedorismo e Inova-ção Social; Fomentar a Criatividade e a Inovação nas Organizações; Inovação e Desenvolvimento de Novos Serviços e Como Acelerar a Inovação Social nas Organizações. Foram convidados pro-fissionais e académicos de referência no contexto nacional sobre as temáticas abordadas, frequen-tado as sessões um total de 45 representantes de instituições privadas sem fins lucrativos de âmbito social e cultural.
Para além dos workshops referidos, outras necessi-dades formativas resultantes da realização do Curso Intensivo de Avaliação do Impacto da Formação fo-ram identificadas, promovendo o OSA o workshop Avaliação do Impacto da Formação – Ação de Follow Up.
EIXO 3 – REDE DE INFORMAÇÃO
A dinamização de uma rede informal de organiza-ções, através da prestação de informação atual, de cariz mais técnico ou estratégico, e da realização de encontros ou debates, tem sido um dos eixos do apoio prestado às organizações sociais, culturais e de outro âmbito de intervenção, referenciadas em levantamento realizado pela Fundação em 2004 e 2005.
A par destas iniciativas, a formação temática diri-gida às organizações do Terceiro Setor é também um espaço para dinamização da rede, na medida em que proporciona não só a aquisição de conhe-cimentos práticos de interesse e utilidade para o desenvolvimento da sua atividade, mas também a partilha de experiências entre as instituições.
A realização desta sessão teve como objetivo acompanhar e orientar os trabalhos realizados pelos formandos do Curso intensivo de Avaliação do Impacto da Formação, no sentido de contri-buir para uma gestão da formação mais eficaz e que responda às exigências do processo de certi-ficação por parte da DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho, entidade certificadora da formação. Nesse sentido, o OSA promoveu esta sessão, de componente prática e que permitiu um acompa-nhamento personalizado a cada formando, na qual participaram 6 representantes de organiza-ções, que avaliaram esta ação como bastante útil.
Registaram-se um total de 66 inscrições nestas ações, nas quais participaram 54 representantes de instituições privadas sem fins lucrativos.
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PROJETO DE VOLUNTARIADO DA FUNDAÇÃO EUGÉNIO DE ALMEIDA
Durante o ano de 2012, o Banco de Voluntariado (BV) da Fundação Eugénio de Almeida registou 318 novas inscrições, correspondente a um au-mento de 10% relativamente a 2011.
Foi possível constatar uma tendência geral para um crescimento do número de pessoas que dese-jam praticar voluntariado, uma tendência que se manifestou em 2011, Ano Europeu do Voluntaria-do, e que entretanto se manteve.
Esta realidade, expressa igualmente no número crescente de inscritos no BV em 2012, é jus-tificada por diversos fatores entre os quais se destacam: o reconhecimento crescente do tra-balho efetuado pela FEA nesta área ao nível da comunidade eborense; o impulso solidário ge-rado pela atual conjuntura económica e social; o incentivo ao voluntariado em contexto aca-démico; a procura por soluções de ocupação de tempos livres gratificantes e enriquecedoras, muito visível no caso dos desempregados e re-formados.
EIXO 1 – BANCO DE VOLUNTARIADO
A dinâmica crescente do voluntariado ao nível do concelho de Évora é também visível do lado da oferta de oportunidades de voluntariado (OV) por parte das mais diversas instituições, que tem vindo a aumentar cada ano.
Em 2012, o BV divulgou 32 oportunidades de vo-luntariado, correspondente a um aumento de 28%, relativamente a 2011. Estas OV foram promovidas fundamentalmente por entidades públicas e priva-das do concelho, tendo sido encaminhados pelo Banco de Voluntariado 332 voluntários.
Este ano 8 novas organizações solicitaram o registo e os serviços do BV em matéria de divulgação de oportunidades de voluntariado e captação de vo-luntários: Grupo de Apoio de Évora do Núcleo Re-gional do Sul da Liga Portuguesa Contra O Cancro; Associação Académica da Universidade de Évora; Externato Oratório de S. José; Associação de Jovens Libermente; Casa Pia de Évora; Associação Escoli-nha d´Arte; Cáritas Paroquial de Coruche; BIPP - Banco de Informação de Pais para Pais.
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EIXO 2 – INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO
Durante o ano de 2012, o Banco de Voluntaria-do participou, a convite de várias entidades de âmbito local, nacional e internacional, em ações de informação e promoção do voluntariado (con-ferências, mesas redondas, sessões de esclareci-mento, módulos formativos e sessões de testemu-nhos, entre outras).
Estas ações foram dirigidas a públicos bastante distintos, incluindo jovens do ensino secundário, técnicos, dirigentes e voluntários inseridos em di-ferentes projetos e pessoas interessadas na temá-tica do voluntariado e abrangeram um total de cerca de 385 participantes.
Entre as entidades com quem o BV colaborou du-rante o ano de 2012, e a convite de quem dina-mizou sessões de informação e promoção do vo-luntariado, encontram-se: o Instituto de Teologia de Évora; a Cáritas Diocesana de Évora (através do projeto de Contrato Local de Desenvolvimento Social de Évora – CLDS); o Imacth; a INETESE – Associação para o Ensino e Formação; a Liga dos Amigos do Hospital de Évora; a EB 2/3 de Portel; a Associação Terras Dentro; a Santa Casa da Mi-sericórdia de Mértola (através do projeto de Con-trato Local de Desenvolvimento Social de Mértola – CLDS); a Cruz Roja Espanhola (em Mérida) e o Centro Europeu de Voluntariado.
Para além destas colaborações com outras entida-des o BV realizou ações próprias de informação e promoção do voluntariado, nomeadamente asso-ciadas ao Dia da Criança e ao Dia Internacional dos Voluntários, que se estimam tenham chegado a mais de 1000 pessoas.
COMEMORAÇÕES DO DIA DA CRIANÇA
O Banco de Voluntariado da Fundação Eugénio de Almeida promoveu, entre meados de maio e o início de junho, diversas ações de sensibilização sobre o tema do voluntariado, num programa que envolveu perto de mil crianças e jovens da cidade de Évora.
A primeira ação, realizada em parceria com a Es-cola EB 2/3 Conde de Vilalva, constou de peque-nas sessões ministradas às crianças do 7º, 8º e 9º anos, no âmbito da disciplina de Formação Cívica. A iniciativa deu a conhecer os 4 Núcleos de Volun-tariado de Proximidade de Évora, e alertou para a importância do voluntariado enquanto agente de transformação pessoal e social.
Para além das sessões na escola, que envolveram diretamente mais de 600 crianças, foram ainda di-namizadas ações no dia 1 de junho, Dia Mundial da Criança - com um conjunto de atividades lúdicas no Jardim Público de Évora, e no dia 5 de junho, por ocasião das comemorações do Dia da Escola da EB 2/3 Conde de Vilalva, no Bacelo.
Nestas sessões foi abordada a importância da prá-tica voluntária e da solidariedade entre gerações, e dinamizados ateliês de expressão plástica e jogos lúdico-pedagógicos, como o Quizz do Voluntariado.
DIA INTERNACIONAL DOS VOLUNTÁRIOS
No âmbito das Comemorações do Dia Internacio-nal dos Voluntários foi desenvolvido um programa próprio de atividades que decorreram entre o dia 23 de novembro e o dia 10 de dezembro, dirigidas a diferentes públicos mas com o objetivo comum de dar visibilidade a esta prática.
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Entre as várias iniciativas desenvolvidas encontram--se as visitas de voluntários de proximidade a 4 Lares de Idosos da cidade, nos dias 23 e 27 de novembro, 7 e 10 de dezembro para a realização da atividade Voluntariado de Proximidade Presente no Natal, que envolveu 18 voluntários na execução de postais de Natal e posterior distribuição junto de 221 idosos.
No dia 28 de novembro, tiveram lugar o II Intercâm-bio Transfronteiriço de técnicos da Rede Transfrontei-riça de Voluntariado - que reuniu 22 representantes de entidades portuguesas e espanholas -, e a confe-rência A Presença Pública do Voluntariado, proferida por Sebastián Mora Rosado, Secretário-Geral da Cáritas Espanhola, que mobilizou uma assistência de cerca de 70 pessoas.
No dia 5 de dezembro, realizou-se uma ação de di-vulgação e promoção do voluntariado na Praça do Giraldo - Neste Natal dê o seu tempo! Seja Voluntário! -, que contou com a colaboração de 19 voluntários.
Foi ainda exibido o filme Favores em Cadeia, uma ini-ciativa aberta à comunidade, e realizou-se a Sessão Pública de Reconhecimento dos 89 voluntários que colaboraram nos vários projetos que a FEA coorde-nou entre setembro de 2011 e novembro de 2012.
EIXO 3 – FORMAÇÃO
A formação em voluntariado, quer dirigida a volun-tários, quer a coordenadores de projetos de volun-tariado, tem sido uma aposta ganha da Fundação Eugénio de Almeida que, através da oferta de um programa formativo estruturado, baseado nos diver-sos diagnósticos formativos que realiza, tem contri-buído para a qualificação da prática do voluntariado. Durante o ano de 2012 a FEA realizou 2 conferên-cias, 15 workshops 2 Cursos de Formação em Volun-tariado e 1 Curso Intensivo de Gestão do Voluntaria-do, que abrangeram um total de 459 participantes.
Realizou-se, nos dias 9, 10 e 16 de fevereiro, o Workshop de Gestão e Animação de Voluntariado de Proximidade, iniciativa que a FEA promove desde 2009. Esta formação é dirigida a técnicos de enti-dades que estejam envolvidas ou motivadas para a implementação de projetos de voluntariado de proxi-midade. O interesse que muitas organizações a nível nacional têm nesta matéria, e a necessidade de terem uma formação que lhes permita ganhar bases para conceberem e/ou reformularem os seus projetos, deu origem a um número de inscrições excecional, pelo que a FEA desdobrou o workshop em 3 sessões. Os 46 participantes representaram um total de 28 enti-dades vindas de diferentes pontos do país: Évora, Al-cáçovas, Alandroal, Mértola, Portel, Moura, Odemi-ra, Vila Viçosa, Beja, Serpa, Sines, Viana do Alentejo, Vila Real de Santo António, Tavira, Seixal, Sobral de Monte Agraço, Setúbal, Lisboa, Vila Velha de Rodão, Amadora, Carregado, Palmela e Vila do Conde.
Ainda dirigido ao mesmo público-alvo, realizou-se no dia 6 de março a 5ª edição do workshop O En-quadramento de Voluntários. Entendido como forma-ção básica inicial, ação de formação visa sensibilizar para questões jurídicas e técnicas, e apresentar algu-mas pistas para a operacionalização de um processo qualificado de enquadramento de voluntários.
No dia 20 de novembro, realizou-se o Curso Inten-sivo de Gestão do Voluntariado, sob a coordenação de Pau Vidal, consultor social, autor de várias publi-cações na área da gestão do voluntariado, fundador e coordenador do Observatório do Terceiro Setor, em Barcelona. Esta ação de formação avançada abran-geu 12 formandos, todos eles com responsabilidades ao nível da conceção de projetos e coordenação de voluntários, provenientes de 8 instituições de Évora, Montemor-o-Novo, Beja, Portalegre e Faro.
Em 2012 passaram pela formação técnica em volun-tariado da Fundação Eugénio de Almeida, 67 profis-sionais de 44 entidades de diferentes pontos do país, de norte a sul do país.
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Numa ótica mais abrangente em termos de público--alvo, pese embora também de caracter formativo avançado, foram promovidas duas conferências du-rante o ano de 2012.
No dia 17 de abril, teve lugar a conferência Volunta-riado e Envelhecimento Ativo, proferida pelo médico e bioeticista Daniel Serrão. A conferência foi modera-da por Joaquina Madeira, Coordenadora Nacional do Ano Europeu de Envelhecimento Ativo, e contou com cerca de 127 participantes.
No dia 28 de novembro, Sebastián Mora Rosado, Secretário-Geral da Cáritas Espanhola e autor do Caderno nº 7 da Coleção dos Cadernos de Volunta-riado – editada pela FEA -, proferiu uma conferência sobre A Presença Pública do Voluntariado, que mobi-lizou uma assistência de cerca de 70 pessoas.
Para além das 4 edições dos workshops supra men-cionadas, outras 11 constaram da programação for-mativa em voluntariado para 2012, destinadas no entanto a outro tipo de público, os voluntários.
Destas 11 edições em formato workshop, 5 foram de formação básica inicial, da série Ser Voluntário, que no total abrangeram 83 formandos.
Também na área da formação básica inicial realiza-ram-se 2 Cursos de Formação em Voluntariado, com uma duração de 21 horas cada e que, no seu con-junto, contaram com a presença de 30 participantes.
Na sua totalidade, durante o ano de 2012, 113 vo-luntários tiveram oportunidade de receber formação básica inicial, assumida hoje por muitas entidades locais como um pré-requisito ou critério de preferên-cia aquando da integração de novos voluntários nas oportunidades de voluntariado que desenvolvem.
Realizaram-se ainda os seguintes workshops, na pers-petiva do enriquecimento da prática dos voluntários em áreas temáticas específicas ou componentes prá-ticas da sua ação: Voluntariado no Apoio à Pessoa
com Deficiência, no dia 19 de março, coordenado por Célia Franco, formadora na área das pessoas portadoras de deficiência; Técnicas de Animação em Contexto de Voluntariado - O Livro, a Leitura e o Conto, nos dias 25 e 26 de maio, coordenado pelo escritor Miguel Horta; Voluntariado no Apoio à Infância, no dia 16 de junho, coordenado por Amé-rico Peças, docente universitário e colaborador do projeto de educação/reinserção juvenil do Chapitô; Técnicas de Animação em Contexto de Voluntariado – As Artes Plásticas, no dia 17 de julho, dinamizado pela técnica do BV Joana Silva; Suporte Básico de Vida e Desfibrilhação Automática Externa, nos dias 20 e 21 de junho, coordenado pelos Bombeiros Vo-luntários de Évora; e Gestão Emocional em Volunta-riado Social, no dia 17 de outubro, coordenado por Sofia Tavares, psicóloga, docente do Departamento de Psicologia da Universidade de Évora.
Decorreu nos dias 4, 5 e 6 de julho a terceira edição da Escola de Verão de Voluntariado pro-movida pela Fundação Eugénio de Almeida.
Esta iniciativa reuniu conceituados oradores, di-namizadores e moderadores nacionais e estran-geiros, com o objetivo de promover a partilha de conhecimentos e experiências de voluntariado em diversos contextos.
Entre as atividades desenvolvidas este ano con-tam-se diversas conferências, workshops, grupos de discussão, bem como diversos momentos de networking, e convívio, facilitando o hetero-co-nhecimento e a troca informal de experiências en-tre os distintos participantes.
No conjunto dos três dias passaram pelo evento cer-ca de 90 participantes, provenientes de vários pontos do país (Funchal, Odemira, Serpa, Évora, Montemor--o-Novo, Setúbal, Almada, Montijo, Lisboa, Sintra) e várias localidades da Extremadura Espanhola.
ESCOLA DE VERÃO DE VOLUNTARIADO
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EIXO 4 – PROJETOS DE INTERVENÇÃO
No dia 24 de março de 2012, a Fundação Eugé-nio de Almeida associou-se à coordenação con-celhia de Évora da iniciativa Limpar Portugal e, através do seu Banco de Voluntariado, mobilizou um grupo de 15 voluntários para a participação nesta campanha de voluntariado ambiental.
O objetivo desta ação foi a remoção de resíduos indevidamente depositados em alguns espaços verdes próximos da cidade de Évora e a sensibili-zação da comunidade para a prevenção e denún-cia deste tipo de ocorrências.
No âmbito da parceria coordenada pela Funda-ção Eugénio de Almeida, e da qual fazem parte a Cruz Vermelha Portuguesa - Delegação de Évora e a Cruz Roja Española - Comité Autonómico da Extremadura, surgiu em 2010 a Rede Transfron-teiriça de Voluntariado (RTV), um projeto financia-do pela Iniciativa Comunitária POCTEP – Progra-ma Operacional de Cooperação Transfronteiriça Espanha – Portugal.
Procurando ir ao encontro do objetivo deste pro-grama - dinamizar a cooperação transfronteiriça, técnica e institucional entre organizações promo-toras de programas de voluntariado na região da Extremadura Espanhola e do Alentejo Central -, o projeto RTV tem investido na consolidação de
uma rede efetiva de organizações e voluntários das regiões Alentejo e Extremadura.
Ao longo do ano de 2012 várias foram as opor-tunidades formativas desenvolvidas, quer para os voluntários quer para os coordenadores de vo-luntariado, desenvolvidas em ambos os lados da fronteira e abertas à participação de portugueses e espanhóis.Há ainda a destacar um intercâmbio de voluntá-rios, que decorreu em Elvas no mês de outubro e dois intercâmbios de organizações promotoras de voluntariado decorridos em Badajoz e em Évora, nos meses de fevereiro e novembro.
No encontro em Évora foram apresentadas e sub-metidas a discussão diversas propostas de opera-cionalização de voluntariado transfronteiriço e in-tercâmbio profissional que deverão dar origem a produtos concretos deste projeto e garantir a sua continuidade após os prazos do financiamento.
No âmbito deste projeto, destaca-se também a criação da rubrica de rádio Voluntariamente, que visa divulgar e promover o voluntariado com re-curso a testemunhos de técnicos e voluntários por-tugueses e espanhóis. A rubrica, de periodicida-de semanal e com uma duração aproximada de 5 minutos, é apresentada na Rádio Telefonia do Alentejo, de Évora, no âmbito de um programa sobre temas relacionados com o desenvolvimento sustentável. Em 2012 foram emitidas 9 rubricas do Voluntariamente.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
REDE TRANSFRONTEIRIÇA DE VOLUNTARIADO
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EIXO 5 – VOLUNTARIADO DE PROXIMIDADE
O projeto Núcleos de Voluntariado de Proximida-de dinamizou ao longo do ano de 2012 um con-junto de atividades com o objetivo de reforçar a consolidação das quatro estruturas existentes em Évora, bem como promover a identificação, for-mação e animação dos voluntários de proximi-dade, assim como divulgar o projeto na comuni-dade.
Estas atividades envolveram 5301 pessoas nas suas ações desde 2006, tiveram em 2012 a par-ticipação de 212 voluntários e envolveram 778 pessoas em atividades de natureza diversa, desde sessões de esclarecimento, ações de divulgação de rua, encontros e ações solidárias até visitas a locais de interesse cultural e patrimonial para vo-luntários.
Ao longo do ano de 2012 foram beneficiárias do projeto 42 famílias e foram acompanhados dia-riamente pela equipa técnica do projeto 63 vo-luntários de proximidade.
O voluntários de proximidade têm vindo a pres-tar apoios na Horta das Figueiras, ainda que as parcerias com as entidades dessa freguesia não estejam ainda formalmente concretizadas.
Os apoios prestados tiveram diversas tipologias de apoio a idosos e de cariz social (animação, leituras, caminhadas, idas às compras, levanta-mento de reformas, tomas de medicamentos, idas ao médico, acompanhamento pessoal), bem como acompanhamento de crianças no percur-so escola-casa, permitindo a conciliação da vida familiar/profissional dos pais, apoio a famílias monoparentais, acompanhamento e apoio ao es-tudo de crianças e jovens, bem como aulas de informática, alfabetização de adultos e ensino de línguas estrangeiras entre outros, tendo sido pres-tado um total de 1.326 apoios em 2012.
No que diz respeito às tipologias de apoios presta-dos em parceria com diversas entidades, pode-se referir que estas foram essencialmente no apoio e na participação dos voluntários em atividades e projetos socioculturais, tais como sessões de sen-sibilização para a prática do voluntariado, reali-zação de ações comunitárias e solidárias, assim como visitas aos lares de idosos dos 4 Núcleos de Voluntariado.
Neste contexto, foram realizadas 5 ações de re-qualificação de espaços comuns e em habitações particulares, nomeadamente a recuperação de um espaço público no Núcleo de Voluntariado de Pro-ximidade do Bacelo, assim como a requalificação de habitações de famílias carenciadas no Núcleo da Senhora da Saúde e no Núcleo da Malagueira.
Realizou-se ainda, ao longo dos meses de março a setembro, um conjunto de ações de divulgação do projeto, com a colaboração de 5 voluntários, no departamento de Ação Social da Câmara Munici-pal de Évora que apoia os munícipes idosos, bem como na Unidade de Saúde Familiar Eborae.
Também nas instituições de ensino se desenvolve-ram ações de divulgação, tendo o projeto e o tema do Voluntariado sido divulgado junto de mais de 600 crianças e famílias.
Outra das atividades desenvolvidas mensalmente foram os Desafios do Voluntariado, encontros te-máticos de voluntários, responsáveis de instituições e da comunidade em geral, totalizando perto de 160 participantes.
Por último, destaca-se a parceria de colaboração estabelecida entre a Fundação Eugénio de Almei-da e a Associação Coração Delta, através da qual funcionários da Delta Cafés participam em ações de voluntariado de proximidade.
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EIXO 6 – GESTÃO DO CONHECIMENTO
CADERNOS DE VOLUNTARIADO
A edição da coleção Cadernos de Voluntariado - na sequência do protocolo estabelecido entre a Funda-ção Eugénio de Almeida e a Plataforma de Volunta-riado de Espanha – ficou concluída em 2012, com a tradução e publicação dos três últimos números desta coleção: Presença Pública do Voluntariado – para uma reconstrução de cenários participativos, de Sebastián Mora Rosado (nº 7); Sociedade da In-formação e Voluntariado, de Carmen Laviña (nº8); e Metodologias de Análise da Realidade Global e Local, de Fernando de la Riva (nº9).
PROTOCOLO DE COLABORAÇÃO PARA CUMPRIMENTO DOS FINS ESTA-TUTÁRIOS DA FEA NA ÁREA SOCIAL
A Fundação Eugénio de Almeida manteve, em 2012, o protocolo de cooperação técnica com a Cári-tas Diocesana de Évora para avaliação, decisão e acompanhamento no domínio assistencial.
O atendimento social manteve-se em 22 locais dis-tintos abrangendo um total de 94 paróquias. Em Évo-ra – na sede da Cáritas Diocesana de Évora e em 21 polos de atendimento da zona Centro Sul (Santo Antão, São Brás, S. Mamede, S. Pedro, Sé – Sr.ª do Carmo, Sr.ª Auxiliadora, Sr.ª de Fátima, Sr.ª da Saú-de, Sr.ª da Tourega e Portel), da zona Oeste (Avis, Coruche, Montemor-o-Novo e Vendas Novas) e da zona Leste (Alandroal, Elvas, Estremoz, Monforte, Re-dondo, Sousel, Vila Viçosa).
O fundo financeiro de 147,621,00 € disponibiliza-do pela Fundação foi prioritariamente distribuído em apoios e subsídios pecuniários a pessoas e famílias carenciadas e em situação de emergência da região de Évora, visando protegê-las em todas as situações de falta ou diminuição de meios de subsistência ou
de capacidade para o trabalho; contribuir para a resolução de problemas habitacionais; promover e proteger na saúde; promover medidas urgentes de ajuda a pessoas em risco ou em situação de exclusão social.
Foram apoiadas 1.070 famílias, correspondendo 631 a situações de carência e 439 a situações de emergência, abrangendo um total de 2.797 pessoas às quais foram prestados 2.982 apoios, que priorita-riamente (27,2%) foram para colmatar necessidades alimentares. Das finalidades dos apoios prestados (20 tipologias), 79% destinaram-se a suprimir dificul-dades alimentares, a apoiar crianças, a atenuar des-pesas domésticas e à aquisição de medicamentos.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
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BOLSA EUGÉNIO DE ALMEIDA
A Fundação Eugénio de Almeida desenvolveu em 2012, no âmbito do seu Programa de Apoio à Pros-secução aos Estudos Superiores, a Bolsa Eugénio de Almeida.
Esta Bolsa é atribuída a estudantes da Universidade de Évora, de baixo rendimento económico e com aproveitamento escolar que frequentem cursos de 1º Ciclo, 2º Ciclo ou Mestrado Integrado na Uni-versidade de Évora, com o objetivo de os apoiar a prosseguir a sua formação académica. Pretende-se ainda reforçar o vínculo e a fixação dos alunos na
No que respeita à incidência dos problemas sociais identificados das famílias apoiadas, destaca-se a in-suficiência económica (92%), doença (61%), desem-prego (60%), baixa escolaridade (54%), o endivida-mento (19%), desestruturação pessoal/familiar (19%).
Relativamente à caracterização das famílias, 55% são mulheres e 45% são homens, predominando as ida-des compreendidas entre os 31 e os 49 anos de ida-de (29%). As pessoas abrangidas pelos apoios têm, maioritariamente, baixas habilitações literárias, con-cretamente até ao 4.º ano de escolaridade (30%). Ao nível de saúde predominam as pessoas saudáveis (66%), sendo que 22% são doentes crónicos.
Relativamente à situação face ao emprego, a per-centagem de empregados é bastante diminuta (9%), enquanto que os desempregados representam 30%, salientando-se uma percentagem bastante significati-va de estudantes (25%).
Ao nível do rendimento familiar, apenas 24% das fa-mílias auferem vencimentos e 76% recebem pensões e subsídios diversos. Apurou-se que 26% das famílias têm rendimentos entre 351€ e 500€.
Em termos habitacionais, predominam as famílias que vivem em casa alugada (67%).
Região, estimulando também a sua participação cí-vica e o seu enriquecimento curricular.
Esta Bolsa é desenvolvida em estreita parceria com os Serviços de Ação Social da Universidade de Évo-ra, instituição com a qual foi estabelecido um Proto-colo de Colaboração especificamente para este fim.
No ano letivo 2011/2012, foram atribuídas qua-tro Bolsas, no valor global de 4.198, 00 euros, aos alunos: Filipa Sofia Santos Cecília Viana, 2º ano da Licenciatura em História e Arqueologia; Miguel An-tónio Torres de Paiva, 3º ano da Licenciatura Ciên-cias do Desporto; Pedro Filipe Barbosa Correia, 1º ano do Mestrado em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário; Telmo Duarte Passão, 2º ano da Licenciatura em História e Arqueologia.
Nos termos do Regulamento deste Programa, os bolseiros realizaram um total de 300 horas de ser-viço gratuito à comunidade, em instituições sociais da cidade.
BOLSA DE EXCELÊNCIA ACADÉMICA
Em cumprimento dos seus fins de promoção social, cultural e educativa da região de Évora, a Fundação Eugénio de Almeida criou o Programa Alumni Eugénio de Almeida - Bolsa de Excelência Académica.Este programa visa premiar o mérito e a excelência dos estudantes universitários da região de Évora que reve-lem um extraordinário potencial académico e que pre-tendam frequentar instituições de ensino superior na sua área de especialização, no país ou no estrangeiro, bem como apoiar a produção de conhecimento que possa vir a causar impactos positivos neste território.
A seleção dos candidatos foi efetuada por um júri que integrou individualidades reconhecidas pela sua rele-vância científica, académica e profissional, designada-mente os Senhores Professores António Baptista, Jorge Araújo, Manuel Ferreira Patrício, Maria do Carmo Fonseca e Vitor Bento.
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DIVERSOS APOIOS E SUBSÍDIOS
A Fundação Eugénio de Almeida financiou, atra-vés de subsídios pontuais, as instituições que se seguem:
Associação das Obras Assistenciais da Socieda-de S. Vicente de Paulo; Associação de Amigos da Criança e da Família Chão dos Meninos; Associa-ção de Surdos de Évora; Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Mora; Associação Pão e Paz; Associação Portuguesa de Deficientes - Delegação Distrital de Évora; Associação Terra Mãe - Lar e Centro de Acolhimento para Crian-ças e Jovens; Cáritas Diocesana de Évora; Centro de Reabilitação e Integração de Coruche; Centro Social e Paroquial de S. Brás - Valência de Centro de Alojamento Temporário de Évora; Cercidiana; Clube de Ténis de Montemor-o-Novo; Coopber-ço - Cooperativa de Solidariedade Social, CRL; Cruz Vermelha Portuguesa - Núcleo de Vila Viçosa; Lar de Santa Helena - Irmãs Adoradoras; Liga dos Combatentes - Núcleo de Reguengos de Monsa-raz; Médicos do Mundo - Delegação de Évora; Santa Casa da Misericórdia da Azaruja e de Évora.
Estes subsídios representam um valor total de 97.350,00 €.
No ano letivo 2011/2012, a Fundação atribuiu duas bolsas, no montante global de 13.370,00 €, a: Ana Beatriz Rebocho Ferreira, aluna do 2.º Ano da Licenciatura em Piano no Royal College of Mu-sic, em Londres – 1.º Ciclo, e a Simão Fernandes Correia, mestrando do 1.º Ano de Matemática da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa – 2.º Ciclo.
PROGRAMAS E APOIOS REGULARES. SUBSÍDIOS
No conjunto, programas, apoios regulares e sub-sídios atribuídos ascenderam a 311.626,00 €, re-presentando 75% do rendimento distribuído na área social e 44% do rendimento total distribuído em 2012 pela Fundação Eugénio de Almeida.
ENCARGOS ESTATUTÁRIOS
No respeito pela vontade expressa por Vasco Maria Eugénio de Almeida nos Estatutos da Fun-dação, foram mantidas as pensões de reforma e subsídios de renda e de carácter permanente às pessoas que, de modo regular, vinham sendo apoiadas pelo Instituidor. Esta intervenção repre-sentou em 2012 um valor de 49.087,00 €.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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INDICADORES E GRÁFICOS E ACTIVIDADE
ÁREA SOCIAL
PROJETOS E INICIATIVAS
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PROGRAMAS E APOIOS REGULARES. SUBSÍDIOS
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
49.087 €
Encargos Estatutários
13.370€
Bolsa de Excelência Académica
4.198€
Bolsa Eugénio de Almeida
147.621€
Protocolo de colaboração com a Cáritas Diocesana de Évora
97.350€
Subsídios
16%
4%1%
48%
31%
RELATÓRIO &CONTAS20
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SUBSÍDIOS POR ATIVIDADE E PROJETOS
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ÁREA ESPIRITUAL
PROJETOS E INICIATIVAS
BOLSA DE INVESTIGAÇÃO SOBRE A CARTUXA DE SANTA MARIA SCALA COELI
A Fundação Eugénio de Almeida atribui anual-mente uma bolsa de investigação sobre a Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli, em Évora, no valor de 5.000 Euros.
É seu objetivo contribuir para um maior conheci-mento de um tesouro espiritual, artístico, histórico e cultural único em Portugal.
Em 2012, a bolsa foi atribuída ao trabalho Da Cartuxa de Évora: O Silêncio e a Estabilidade (Séc. XVI – XIX), da autoria de João Luís Inglês Fontes.
O projeto tem como objetivos: referir os fatores que contribuíram para a implantação da Ordem dos Cartuxos em Portugal; explicar, de forma cla-ra e pormenorizada, a sua fundação e o papel das elites sociais na sua manutenção; esclarecer a conceção da vida eremítica dos Cartuxos na vi-vência concreta do quotidiano monástico; apre-sentar as principais marcas da sua espiritualidade e das suas práticas devocionais.
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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PROGRAMAS E APOIOS
REGULARES. SUBSÍDIOS
A Fundação prestou o seu apoio a diversas insti-tuições de inspiração cristã, designadamente no âmbito do protocolo de colaboração celebrado com a Arquidiocese.
No conjunto, programas, apoios regulares e sub-sídios atribuídos ascenderam a 235.612,00 €.
PROTOCOLO COM A ARQUIDIOCESE DE ÉVORA
Com o propósito de melhorar e qualificar a sua intervenção no domínio espiritual, a Fundação Eugénio de Almeida manteve, em 2012, o Pro-tocolo de Colaboração com a Arquidiocese de Évora.
O fundo financeiro no montante de 80.000,00 € foi prioritariamente distribuído em apoios destina-dos à conservação e dignificação do Património.
No âmbito deste programa foram apoiadas as se-guintes instituições:
Comissão das Comemorações do Centenário da Igreja Matriz de Reguengos de Monsaraz; Fraterni-dade Leiga de São Domingos de Elvas; Monjas de Belém, da Assunção da Virgem e de São Bruno; Paróquia de Nossa Senhora da Graça da Azer-vadinha; Paróquia de Nossa Senhora da Graça de Casa Branca; Paróquia de Nossa Senhora da Purificação de Cabeção; Paróquia de Santa Eulá-lia; Paróquia de Santo António de Vendas Novas; Secretariado Arquidiocesano do Movimento dos Cursos de Cristandade de Évora e Seminário Me-nor de Évora.
OUTROS SUBSÍDIOS
Foram ainda atribuídos apoios pontuais, num to-tal de 38.350,00 €, à Arquidiocese de Évora, à Cartuxa de Santa Maria Scala Coeli, ao Instituto Superior de Teologia de Évora, à Sociedade Bíbli-ca e à Associação A Rocha.
APOIOS REGULARES
Foram ainda mantidos os apoios regulares a di-versas instituições, como segue:
Cartuxa Santa Maria Scala Coeli 43.212,00 €
Gabinete Técnico da Arquidiocese de Évora 6.004,00 €
Residência do Espírito Santo 16.512,00 €
Seminário Maior de Évora 16.512,00 €
Serviços Diocesanos da Ação Religiosa e Pastoral 30.022,00 €
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INDICADORES E GRÁFICOS E ACTIVIDADE
ÁREA ESPIRITUAL
PROGRAMAS E APOIOS REGULARES. SUBSÍDIOS
ATIVIDADE INSTITUCIONAL E ESTATUTÁRIA
RELATÓRIO &CONTAS20
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SUBSÍDIOS POR ATIVIDADE E PROJETOS
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RELATÓRIO &CONTAS20
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| II. GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS |
Durante o ano de 2012 as atividades agrícolas na Fundação Eugénio de Almeida tiveram produções muito diversas, uma vez que a seca prolongada, que se verificou no primeiro semestre, afetou bas-tante as produções de sequeiro e as vinhas, en-quanto os olivais foram atingidos por fortes gea-das no mês de Fevereiro.
Já no regadio, cuja área aumentou, as produções foram bastante boas e as vendas de produtos agrícolas, começam a ter algum significado.
Com exceção dos produtos florestais, uma vez que não houve extração de cortiça em 2012, todas as vendas de produtos agrícolas, pecuários, vinho e azeite, cresceram relativamente ao ano anterior, no conjunto mais 23%, e ultrapassaram os objeti-vos do orçamento, no conjunto mais 17%.
Este sucesso da produção e das vendas, em con-tra-ciclo com as notícias e os resultados econó-micos que se verificam no País, muito se deve à capacidade produtiva da Fundação Eugénio de
Almeida, à excelente qualidade dos produtos que comercializa, e, sobretudo, à grande notoriedade que as marcas alcançaram nos mercados nacio-nal e internacional.
Os investimentos na área produtiva destinaram--se sobretudo a inovações tecnológicas, com vista a melhorar a qualidade das produções e à redu-ção dos custos de produção.
A dívida bancária no final do ano era cerca de 20% superior à registada no ano anterior, por maior utilização de crédito de curto prazo, ne-cessário para assegurar a realização do elevado investimento no património da Fundação, uma vez que parte da comparticipação do QREN e do financiamento Jessica só serão recebidos poste-riormente.
O resultado líquido global da Fundação Eugénio de Almeida em 2012 foi de 788.282€, o que re-presenta uma subida de 77% em relação ao re-sultado verificado em 2011.
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Os investimentos realizados pela Fundação Eugé-nio de Almeida em 2012 atingiram na sua totali-dade o montante de 4.345.480€. o que, global-mente, está em linha com o valor orçamentado.
A maior parte da verba investida, 2.753.815€, foi destinada à recuperação do património no âmbito do projeto Acrópole XXI. valor que ultrapassou em 523.815€ a previsão orçamental para 2012 nes-ta área. De notar, que em 2011 tinha havido um atraso significativo nos investimentos nesta recupe-ração do património, relativamente ao orçamento desse ano.
Para as atividades produtivas e de gestão, foram destinados 1.591.665€ de investimento, que, glo-balmente, ficaram 476.985€ abaixo do valor or-çamentado, devido a decisões de contenção de despesas.
Na Direção de Gestão, num total de 250.746€, os investimentos mais relevantes foram em equipa-mento e desenvolvimento de programas informáti-cos e obras de manutenção de edifícios.
Na Direção Agropecuária o valor total dos inves-timentos foi de 373.821€, muito repartidos por diversas atividades, mas onde se deve realçar a aquisição de equipamentos para o olival, que in-cluem um trator, um vibrador e um atomizador, e os investimentos na pecuária, que contemplaram a aquisição de vários equipamentos e vedações, mas também de reprodutores da raça alentejana e, so-bretudo, da raça charolesa. De referir ainda alguns investimentos no regadio do Freixo e da Cabida, tanto em reforço de eletrificação como em obras de drenagem e a aquisição dum sistema informáti-co de controlo dos consumos de combustível.
1. INVESTIMENTOS
A Direção Vitivinícola atingiu um valor global de investimento de 903.053€, tendo sido 414.522€ nas vinhas e 488.531€ na adega.
Como aquisições mais significativas para as vi-nhas, de referir dois tratores e uma nova máquina de vindimar entre os vários equipamentos, e a pre-paração da plantação de uma parcela de vinha para 2013.
Na adega, para além da habitual aquisição anual de barricas, o maior destaque vai para a aquisição da primeira máquina de escolha ótica, que passou a equipar a receção de uva.
Na Direção Comercial os investimentos, que se fi-caram pelos 64.046€, foram quase todos destina-dos a melhoramentos no Enoturismo Cartuxa.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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2. DIREÇÃO AGROPECUÁRIA
CULTURAS ARVENSES
A produção agrícola de culturas anuais está cada vez mais centrada no regadio, onde a área total semeada em 2012 foi de 468 ha, diminuindo a área das culturas de sequeiro, destinadas quase exclusivamente à pecuária e produção de semen-tes para autoconsumo.
Sendo um ano de muito reduzida pluviosidade, as produções de sequeiro foram fracas mas, de um modo geral, foi muito bom para as culturas de re-gadio, com produções altas e tendo o milho atin-gido preços de mercado relativamente elevados.
A área de tomate aumentou para 220 ha, tendo os nossos parceiros obtido uma produtividade média superior a 120 toneladas/ha, com índice de quali-dade excelente, o que confirma a grande aptidão que a região tem para esta cultura.
A cultura do milho ocupou 210 ha, dos quais 130ha foram realizados na Herdade da Cabida para produção de grão, com média de 14,8 to-neladas/ha, utilizando um sistema de rega gota-a--gota, enquanto na Herdade do Freixo se produziu milho para silagem em 80 ha, com rega de “pivot” e uma produção média de 60 toneladas/ha.
Na Herdade do Freixo foi também semeado um “pivot” de 26ha com sorgo forrageiro, que deu três cortes de feno e de feno/silagem com produção de 27,5ton/ha.
Havendo preocupação em diversificar as ativida-des produtivas, a Fundação Eugénio de Almeida ensaiou algumas culturas novas, como a batata, numa área reduzida, em que as produções das di-versas variedades foram pouco interessantes. Com o mesmo objetivo, também se produziu papoila
para fins farmacêuticos em cerca de 13 ha, tendo a empresa inglesa com a qual se contratou esta atividade ficado satis feita com o resultado, pelo que pretende aumentar a área no próximo ano.
A produção de azeitona na Fundação Eugénio de Almeida foi a maior de sempre (1.255.574kg), li-geiramente superior à do ano anterior, embora se tenham registado quebras acentuadas de produti-vidade em toda a região.
A produtividade dos talhões mais antigos foi muito variada, tendo-se atingido uma média de 7,7 to-neladas/ha. Tendo em atenção as dificuldades do ano, a produção global acabou por ser relativa-mente boa, uma vez que a primeira produção dos talhões plantados há três anos, compensou par-cialmente as zonas mais afetados com as geadas de fevereiro de 2012.
A total mecanização da apanha da azeitona, em que mais de 56% foi efetuada com a utilização de duas máquinas próprias, e, apesar de tudo, produ-tividades médias ainda apreciáveis, permitiram que os custos de produção de azeitona própria tivesse diminuído significativamente.
No lagar foram laborados na campanha de 2012 um total de 1.977.667kg, um valor que fica abai-xo dos últimos anos, justificado pela quebra de produção nos nossos habituais fornecedores de azeitona.
De notar que, pela primeira vez, a maior parte da azeitona recebida no lagar já foi de produção pró-pria, o que permitiu controlar melhor os custos fi-nais de produção de azeite.
OLIVAL E LAGAR
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PRODUÇÃO DE AZEITE 2012/2013
AZEITONA COMPRADA (KG) 722.093
AZEITONA FEA (KG) 1.255.574
TOTAL (KG) 1.977.667
KG DE AZEITE OBTIDOS 285.013
LITROS DE AZEITE OBTIDOS 311.150
O rendimento médio também se ficou pelos 14,4%, o que originou 285.013kg de azeite, quase na to-talidade incluído na categoria Virgem Extra, sendo de qualidade inferior algum azeite de fim de cam-panha.
Globalmente, houve uma certa estabilidade nos efetivos pecuários, com aumento do número de bovinos e redução dos ovinos e suínos.
A atividade pecuária foi muito afetada pela seca que se fez sentir no primeiro semestre de 2012, prejudicando as pastagens e as produções for-rageiras de sequeiro, o que obrigou a recorrer a alimentação suplementar para a manutenção dos efetivos pecuários.
Com 114ha de prados de regadio na Herdade do Freixo, onde se fazem há vários anos as recrias de fêmeas de bovino, em 2012 destinou-se parte des-sa área para a recria de machos, com o objetivo de reduzir os custos de produção, diminuindo o consumo de rações, cujos preços subiram bastante nos últimos dois anos.
No sector florestal foram tomadas algumas me-didas de planeamento das ações de manutenção e melhoramento das manchas florestais a realizar em cada ano, projetando-se ainda pequenos in-vestimentos em novas florestações.
Para este efeito, foi aprovado o Plano de Gestão Florestal (P.G.F.), que inclui todas as áreas florestais da Fundação - montados, eucaliptais e pinheiro manso, o que, por sua vez, serviu de base para a certificação Forest Stewardship Council (F.S.C.), que permite vender os produtos florestais certifica-dos. o que já se traduziu numa maior valorização na venda de madeira de eucalipto.
A Fundação também viu aprovado um projeto flo-restal no âmbito do PRODER, medida 2.3.3, orça-mentado em 833 331€, comparticipado em 80% a fundo perdido, para um período de três anos, iniciado em 2012, que visa recuperar o estado sa-nitário dos montados e melhorar as produções de bolota e cortiça.
PECUÁRIA
Para além da recria e engorda de bezerros de produção própria, ainda se adquiriram mais 140 animais, com vista a rentabilizar a capacidade de produção forrageira no regadio.
Notando-se procura crescente de reprodutores da raça charolesa, de que a Fundação Eugénio de Al-meida é um produtor de referência, com o objetivo de aumentar o efetivo base desta raça, utilizando boas linhas genéticas, fez-se um investimento sig-nificativo na aquisição de animais provenientes de França.
FLORESTA
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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O ano de 2012 caracterizou-se por uma ex-trema falta de pluviosidade durante todo o ciclo da videira. Este facto fez com que o de-senvolvimento vegetativo fosse reduzido, em algumas situações mesmo muito diminuto.
Os escassos recursos hídricos de algumas vi-nhas, as situadas na Herdade de Pinheiros, levaram a uma complicada maturação. O stress hídrico acentuado, associado às limi-tações de rega, levaram a que a maturação tivesse dificuldade em ocorrer nalgumas si-tuações, assim como induziram uma quebra de produtividade generalizada por via da di-minuição do peso dos bagos.
No que respeita ao potencial produtivo, foi um ano com fertilidade geral média. sendo que em pequenas áreas de castas com po-tencial de produção elevado, a estimativa de produção inicial era elevada. No entanto, a necessidade de monda de cachos foi muito baixa, unicamente nas parcelas de melhor potencial qualitativo e onde a necessidade de uma homogeneidade da produção é impera-tiva.
Toda a vindima decorreu em condições clima-téricas favoráveis ao estado sanitário da uva.
No ano 2012, a FEA manteve os arrendamentos das vinhas dos Currais (71 ha) e do Outeiro de Esquila (25 ha), e aumentou a área arrendada com o novo contrato estabelecido para a vinha da Sousa da Sé (46 ha). De salientar o facto de o arrendamento da vinha dos Currais ter sido de-nunciado pelo proprietário, sendo desta forma a última vindima desta uva para a FEA. Deverão ser encontradas alternativas a esta vinha de for-
VINHAS
3. DIREÇÃO VITIVINÍCOLA
ma a garantir estabilidade na produção de vinho na Adega Cartuxa. Foram adquiridas cerca de 900 toneladas de uva, tendo estas correspondido a cerca de 27,1% do total de uva laborada. De salientar que, no que respeita a uva branca, o aprovi-sionamento no exterior correspondeu a cerca de 21,3% da uva branca laborada na Adega Cartuxa. A uva tinta comprada correspondeu a 29,1% do total de tinta vinificada.
Relativamente ao tipo de vindima, 26,9% da uva foi vindimada mecanicamente. Este tipo de vin-dima foi utilizado unicamente na uva tinta, tendo dentro desta cor representado 36,4% do total.
Durante a Primavera de 2012 foram enxerta-dos cerca de 2 hectares na vinha de Valbom, concretizando-se na transformação desta área da casta Grenache em Syrah. A casta Gre-nache mostrou-se pouco adaptada às nossas condições, sendo que esta enxertia permitirá obter uvas com maior potencial enológico.
O investimento numa nova máquina de vindi-mar permitiu-nos em determinados momentos da vindima trabalhar com as duas máquinas, acrescendo ainda o facto de nos ter possibilita-do adquirir uvas em condições mais vantajosas a alguns viticultores onde efetuamos vindima mecânica em regime de prestação de serviços.
No final do ano foram arrancados cerca de 10 hectares de vinha na Herdade de Pinheiros. Esta área corresponderá à 3ª fase de reconver-são das vinhas em pior estado, onde as falhas já são significativas e, cujo encepamento está desajustado às necessidades atuais.
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Dada a quebra de produção nas vinhas, pelas ra-zões já apontadas, o ano de 2012 foi de menor produção de vinho na Adega Cartuxa. A totalida-de de uva laborada somou 3.324 toneladas, sen-do cerca de 865 toneladas uva branca e 2.459 toneladas uva tinta.
À semelhança de anos anteriores, a atividade contínua da Adega, 24 horas por dia ao longo dos 7 dias da semana, permitiu, uma vez mais, trabalhar em corretas condições uma produção desta ordem de grandeza.
Como habitualmente, foram acompanhados du-rante a maturação todos os talhões na totalidade das vinhas. inclusive nas vinhas arrendadas e de uva adquirida. Foram amostradas e analisadas cerca de 250 parcelas por semana. Dada a ma-turação prolongada nalguns talhões, o acompa-nhamento estendeu-se até uma data mais tardia que habitualmente.
O desempenho nas vendas de vinho e azeite embalados em 2012, foi bastante positivo, ten-do atingido 14.152.861€, o que significou um crescimento de 27% em relação ao ano ante-rior e superado em 15% o valor orçamentado (12.260.010€).
As vendas de vinho e azeite, incluindo as ven-das a granel, atingiram o maior valor de sempre, com um total de 14.776.067€, correspondendo 13.362.144€ a vinho engarrafado e 149,124€ a vinho a granel, enquanto no azeite, 790.717€ foi vendido embalado e 474.082€ a granel.
ADEGA
Pelas condições de maturação atrás descritas, a vin-dima teve uma duração de 47 dias. Teve início no dia 3 de Agosto e terminou no dia 23 de Outubro.
Apesar da mais diminuta vindima, O ano de 2012 foi o que registou maior número de garrafas de vinho produzidas na Adega Cartuxa. O aumento progressivo de vinho produzido pela FEA nos úl-timos anos fez-se ainda sentir na comercialização de vinhos, dada a quantidade importante, e tam-bém em crescimento, dos vinhos de reserva.
Devemos ainda realçar a importância do investimento realizado na linha de receção pela introdução da mesa de escolha ótica. A capacidade de trabalho deste equipa-mento, do ponto de vista qualitativo e quantitativo, consti-tui uma melhoria significativa no processo produtivo.
De entre os restantes investimentos realizados, teve especial importância pelos resultados obti-dos, as obras de beneficiação à ETAR da Adega.
4. DIREÇÃO COMERCIAL
Contrariando a tendência verificada em 2011, e apesar da profunda crise que se vive em todo o país, as vendas de vinho no mercado nacional cresceram cerca de 15% em valor e cerca de 24% em volume, tendo as vendas de azeite embalado registado um pequeno decréscimo de 0,9% em valor e 1% volume.
As vendas de vinho e azeite embalados nos mer-cados internacionais atingiram os 6.657.228€, o que significou um crescimento de 44% em rela-ção ao valor registado em 2011 e uma quota de 47% das vendas totais da responsabilidade da Di-
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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recção Comercial. O valor de vendas totais ultra-passou em 36% o valor orçamentado para estes mercados (4.903.010€).
Em volume, as vendas de vinho para o exterior atingiram 1.005.053 litros (111.673 caixas de 9 Litros), o que significou um crescimento de 38%; em valor, atingiram os 6.241.355€, o que corres-ponde a um crescimento de 50%.
Foram vendidos 122.872 litros de azeite para os mercados internacionais, tendo as vendas atingi-do o valor de o que representou um decréscimo
de 0,7% em volume e 9% em valor (vendas atin-giram 415.873€).
Os três principais mercados para os produtos em-balados continuam a ser Angola, Brasil e EUA, enquanto para o azeite a granel o principal desti-no foi Espanha.
O Enoturismo Cartuxa, desde a sua abertura em 2010, recebeu um total de 24.490 visitantes, sen-do que, só no ano de 2012 recebeu 9.925 pes-soas, o que significou um crescimento de 27% em relação a 2011.
O Brasil foi o país mais representativo em número de visitantes representando 35% do total; seguin-do-se Portugal e os EUA
Brasil
EUA
Portugal
Outros
35%
30%
30%
5%
50
As melhorias conseguidas no ano só foram pos-síveis pelo envolvimento de Todos no âmbito da criação de valor para a FEA, pelo trabalho e res-ponsabilidades diretas asseguradas.
Ao nível da Formação, fez-se o acompanhamento do Plano de Formação, quer no que respeita às ações promovidas internamente, quer das ações externas.
Ainda no exercício de 2012, a Direção de Gestão acompanhou a execução financeira dos projetos quer da área institucional, quer da área produti-va, destacando-se o projeto de requalificação do Páteo de S. Miguel e Palácio da Inquisição / Ca-sas Pintadas, no âmbito do programa Acrópole XXI, apoiado pelo QREN (INALENTEJO).
A introdução da fibra ótica tem vindo a permitir a melhoria das comunicações entre os diversos locais de atividade da FEA, aguardando-se a sua conclusão no que se refere à sua extensão para o Fórum Eugénio de Almeida e Centro de Arte e Cultura.
O ano de 2012 foi caraterizado pela continui-dade das atividades de consolidação dos siste-mas de informação de gestão, de âmbito global e específico assente nos processos de gestão da qualidade.
A melhoria contínua do sistema da gestão per-mitiu a obtenção de informação mais completa, fiável e tempestiva, refletindo em tempo real toda a atividade produtiva da FEA. Permitiu ainda dar continuidade à redução dos fluxos documentais em papel, passando para uma maior implemen-tação quanto à utilização dos fluxos documentais informáticos.
No âmbito do processo de certificação foram postos em prática todos os procedimentos da qualidade no que respeita à transversalidade das operações da direção de gestão, pelo que se con-tribuiu para melhorar os circuitos de comunicação interna da FEA, de forma a manter um sistema de informação atualizado e acessível a todos os que necessitarem de obter informações atempadas e fiáveis.
FINANCIAMENTOS BANCÁRIOS
Os financiamentos bancários obtidos apresentam a seguinte evolução:
5. DIREÇÃO DE GESTÃO
6. ATIVIDADE FINANCEIRA
2012 2011 2010 2009 2008EMPRÉSTIMOSPASSIVO BANCÁRIO CORRENTE 2.714.004 2.531.390 2.050.473 1.371.533 5.835.592PASSIVO BANCÁRIO NÃO CORRENTE 7.929.140 8.028.049 9.616.397 11.667.901 9.474.408
TOTAL 10.643.144 10.559.439 11.666.869 13.039.434 15.310.000
REDUÇÃO 1.107.430 1.372.565 2.270.566AUMENTO 83.705
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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No final do exercício verifica-se ainda a utiliza-ção de contas correntes caucionadas no valor de 2.026.250€.
A estes valores acresce o valor de contratos de locação financeira no valor de 11.164,64€.
Durante o ano foram utilizados empréstimos às taxas mais adequadas, enquadrados nas linhas JESSICA e PME, sempre que os níveis de benefí-cios o permitiram (limite minimis).
Os rácios mais importantes para efeitos de análi-se apresentam a seguinte evolução:
2012 2011 2010
NET DEBT/EBITDA 2.97 2.95 2.26
(+) DÍVIDA BANCÁRIA 12,669,394 10,559,439 11,666,869
(-) CAIXA E DEPÓSITOS 632,951 876,794 1,621,526
(=) NET DEBT 12,036,442 9,682,645 10,045,343
EBITDA 4,049,547 3,285,087 4,443,267
AUTONOMIA FINACEIRA 78% 80% 78%
FUNDOS PATRIMONIAIS 59,833,654 57,462,097 55,421,791
TOTAL DO ATIVO 76,601,618 72,014,425 71,404,897
52
A formação profissional do ano 2012 teve como base o plano de formação interna aprovado pelo Conselho de Administração da Fundação, en-quanto entidade empregadora, tendo como base o levantamento de necessidade de formação efe-tuado em Novembro de 2011.
Analisados os indicadores podemos verificar: Cumprimento do Plano Formação (%): (nº total ações realizadas /nº total ações planea-das) * 100
O objetivo previsto para o ano 2012 (85%) foi alcançado, atingindo-se uma percentagem de cumprimento de 105%.
No cômputo geral foram realizadas 4.448 horas de formação, repartidas por 170 Colaboradores da FEA.
Comparativamente com o ano 2011, a FEA ob-teve um desempenho mais favorável em 2012, no que concerne à taxa de cobertura e horas de formação; relativamente à taxa de cumprimento, os valores de 2011 são superiores aos do ano em análise.
No ano 2012 a FEA apostou em formações de caráter mais operacional direcionadas princi-palmente para colaboradores mais operativos,
7. FORMAÇÃO
através de formações de longa duração que abarcaram um maior número formandos, nomea-damente o Certificado de Aptidão de Motoristas, Qualidade no Trabalho das Vinhas, Aplicação de Fitofármacos, Transporte de Animais e Operações de Vindima.
A nível global todas as formações que se encon-travam previstas em plano para 2012, quer ex-ternas, quer internas, foram praticamente todas realizadas, tendo existindo em alguns casos alte-ração de datas de realização e também do con-teúdo da ação prevista.
Verificou-se uma melhoria significativa na redu-ção de formações extra plano, o que reflete uma melhoria no processo do levantamento das ne-cessidades formativas.
TOTAL DE AÇÕES PLANO TOTAL DE AÇÕES 1ºSEM TOTAL DE AÇÕES 2º SEM TOTAL DE AÇÕES ANO DESVIO
1º SEM 2ºSEM TOTAL PREVISTO PLANO EXTRA PLANO TOTAL PLANO EXTRA PLANO TOTAL
DGE 18 10 28 12 6 18 5 5 23 -5
DCM 28 28 17 4 21 5 4 9 30 2
DAG 21 42 63 9 1 10 42 10 52 62 -1
DVV 18 14 32 17 8 25 16 3 19 44 12
GQSA 3 1 4 3 3 1 1 4 0
88 67 155 58 19 77 69 17 86 163 8
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
53
No ano de 2012, em média, a Fundação Eugé-nio de Almeida empregou 148 pessoas a título permanente, das quais 44 com formação de nível superior, 69 colaboradores qualificados e 35 in-diferenciados, afetos às seguintes Direções:
Dada a atividade sazonal exercida durante o ano foram contratados assalariados temporários com grau de volatilidade elevado; no entanto, a média rondou um nível superior ao do ano transato (102 trabalhadores/mês), com incremento deste núme-ro nos meses de Agosto e Setembro (+/- 165 tra-balhadores/mês).
1. TOTAL DE TRABALHADORES POR TIPO DE EM-PREGO, CONTRATO DE TRABALHO E REGIÃO
8. RESPONSABILIDADE SOCIAL
2. PERCENTAGEM DE EMPREGADOS REPRESEN-TADOS POR ORGANIZAÇÕES SINDICAIS OU COBERTOS POR ACORDOS DE NEGOCIAÇÃO COLETIVA
Nem todos os trabalhadores estão cobertos por acordos de negociação coletiva.
2011 2012
1ºSEM 2ºSEM TOTAL 1ºSEM 2ºSEM TOTAL
TAXA DE CUMPRIMENTO 116% 147% 131% 88% 128% 105%
Nº HORAS 1,556,5 1,126,5 2,683 1,820,0 2,268,0 4,44%
TAXA DE COBERTURA 37% 50% 55% 61%
NÍVEL SUPERIOR QUALIFICADOS INDIFERENCIADOS
DIREÇÃO DE GESTÃO 16 4 11 1
DIREÇÃO VITIVÍNICULA 28 10 14 4
DIREÇÃO INSTITUCIONAL/PROJETO 24 15 9
DIREÇÃO AGRO-PECUÁRIA 69 8 31 30
DIREÇÃO COMERCIAL 11 7 4
TOTAL 148 44 69 35
54
3. PRÁTICAS SOBRE REGISTOS DE ACIDENTES E DOENÇAS OCUPACIONAIS
Todos os trabalhadores estão cobertos por um se-guro de trabalho o que implica o registo de par-ticipação em caso de acidente ou doença profis-sional.
4. TIPOS DE LESÕES, DIAS PERDIDOS, ÍNDICE DE ABSENTISMO E NÚMERO DE ÓBITOS RELACIO-NADOS COM O TRABALHO
Não são conhecidas situações relevantes de sinis-tro por acidentes de trabalho.
5. COMPOSIÇÃO DO GRUPO RESPONSÁVEL PELA GOVERNAÇÃO DA FUNDAÇÃO, INCLUIN-DO PROPORÇÃO HOMEM/MULHER
A Governação da Fundação é exercida por um Conselho de Administração composto por: Pre-sidente em representação da Arquidiocese de Évora; Representante do Instituto Superior de Teo-logia; Representante da Universidade de Évora; dois Vogais cooptados pelos primeiros.O Conselho é coadjuvado na gestão diária da Fundação pelo Administrador Delegado e pela Secretária Geral.O grupo é constituído por seis homens e uma mulher.
6. BENEFÍCIOS DOS COLABORADORES ALÉM DOS PREVISTOS POR LEI
Relativamente à política de emprego, a Fundação oferece alguns benefícios para além das condi-ções obrigatórias por lei:
• Contratação de seguro de saúde para todos os trabalhadores, também extensível aos seus fami-liares, sendo o custo implícito a esta extensão da sua responsabilidade;
• Disponibilização de espaços próprios para re-feições e convívio nas diversas instalações da Fundação;
• Atribuição de um apoio no valor máximo de 500 euros a cada trabalhador para aquisição de um computador pessoal, ou das suas componen-tes. Em 2011, este benefício foi solicitado por 7 trabalhadores, o que representa um valor global de 3.478euros;
• Atribuição de um desconto na compra de pro-dutos comercializados pela Fundação, e facilida-des de pagamento. Para uma melhor transparên-cia e equidade do processo encontra-se em vigor um regulamento próprio;
• Concessão de empréstimos de pequeno mon-tante, sem juros, para fins pessoais, sendo as suas condições de amortização definidas casuistica-mente.
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
55
O resultado líquido de 2012 foi de 788.282€, que representa um acréscimo de 76,98% face ao ano anterior.
O total de rendimentos atingiu em 2012 o valor de 18.618.304€, representando um acréscimo de 13,08%, face ao ano anterior.
9. RESULTADOS
EUROS
10.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
2008 2009 2010 2011 2012
0
2,193,554
8,279,323
1,402,478 445,399788,282
EUROS
25.000.000
20.000.000
15.000.000
10.000.000
5.000.000
2008 2009 2010 2011 2012
0
Evolução dos Resultados Liquidos (2008-2012)
Evolução dos Rendimentos
56
O valor total de gastos foi de 17.830.022€, o que representa um acréscimo de 11,30% relativamente ao ano 2011.
As vendas cresceram globalmente, 22,69%.
EUROS
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
18.000.000
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
2008 2009 2010 2011 2012
0
Evolução dos Gastos
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
EUROS
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
2008
AGRÍCOLAS SILVÍCOLAS PECUÁRIOS VITIVÍNICOLAS AZEITE LOJA FORUM
2009 2010 2011 2012
0
Evolução das Vendas
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
57
Verificou-se um acréscimo das vendas nos produtos agrícolas (38%), pecuários (15%), vitivinícolas (29%) e azeite (17%), comparativamente ao ano 2011, mantendo-se uma grande concentração nos produtos vitivinícolas que representam quase 83 % do total das vendas em 2012.
Analisando a evolução das vendas de produtos, podemos verificar o acréscimo de valor nos produtos acima referidos, contrapondo com a diminuição de valor nos produtos silvícolas (porque não existiu em 2012 venda de cortiça) e loja e fórum E.A.
Evolução das Vendas Produtos Agrícolas
500.000
600.000
700.000
800.000
EUROS
400.000
300.000
200.000
100.000
2008 2009 2010 2011 2012
0
82,7%
7,8%4,7%
4,2%0,4%
0,2%AGRÍCOLAS
FLORESTAIS
PECUÁRIA
AZEITE
VINHO
DIVERSOS
58
Evolução das Vendas Produtos Silvícolas
500.000
600.000
EUROS
400.000
300.000
200.000
100.000
2008 2009 2010 2011 2012
0
2008 2009 2010 2011 2012
Evolução das Vendas Produtos Pecuários
500.000
600.000
700.000
800.000
900.000
EUROS
400.000
300.000
200.000
100.000
0
2008 2009 2010 2011 2012
Evolução das Vendas Azeites
1.000.000
1.200.000
1.400.000
EUROS
800.000
600.000
400.000
200.000
0
2008 2009 2010 2011 2012
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
59
Analisando os subsídios à exploração da área produtiva, verifica-se um acréscimo de 9,27%, face ao ano de 2011.
2008 2009 2010 2011 2012
Evolução das Vendas Produtos Vitivinícolas
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
EUROS
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
0
Evolução das Vendas Loja Fórum
2008 2009 2010 2011 2012
25.000
30.000
35.000
EUROS
20.000
15.000
10.000
5.000
0
60
As depreciações/amortizações resultam dos investimentos realizados quer no ano em análise, quer em anos anteriores. No ano 2012, a evolução das depreciações/amortizações da FEA apresentou um acréscimo de 10,7% face ao ano 2011.
Receitas Totais da Atividade Produtiva (2008-2012)
Evolução das Amortizações (2007-2011)
10.000.000
12.000.000
14.000.000
16.000.000
18.000.000
EUROS
8.000.000
6.000.000
4.000.000
2.000.000
2008 2009 2010 2011 2012
0
AGRÍCOLAS SILVÍCOLAS PECUÁRIOS VITIVÍNICOLAS AZEITE TOTAIS
2008 2009 2010 2011 2012
2.400.000
2.500.000
2.600.000
2.700.000
2.800.000
2.523.079
2.722.612
2.708.933
2.500.642
2.768.267
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
61
Contudo, deve fazer-se uma análise conjunta das depreciações/amortizações com o valor de inves-timento realizado anualmente, de forma a verificar o impacto dos investimentos nas depreciações/amortizações do exercício económico.
O exercício de 2012 reflete o valor estimado de contingências decorrentes de processos de contencio-so em curso, num total estimado de 725.730€, cujo impacto no resultado ascende a 547.241,36€.
5.000.000
EUROS
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
20082009 2010 2011 2012
0
INVESTIMENTOS DEPRECIAÇÕES/AMORTIZAÇÕES
62
Durante o ano de 2012, foi possível dar cumpri-mento ao disposto na alínea b), do nº 3, do artigo 10º, do CIRC com recurso a reservas do fundo patrimonial da FEA.
Efetivamente, o nível de aplicação ascendia a 471.859,58€, resultante de 50% do valor do ren-dimento global líquido, que seria sujeito a tributa-
Transferências para Terceiros 699.301,85€
Projetos próprios 810.786,72€
TOTAL APLICADO 1.510.088,57€
10. APLICAÇÃO DE RESULTADOS
11. FACTOS SUBSEQUENTES APÓS TERMO DO EXERCÍCIO
ção no ano de 2011, no valor de 943.719,15€. Assim, no ano de 2012, foi possível afetar um valor superior ao exigido nos termos legais, con-tribuindo para a melhoria das atividades inerentes a muitas das entidades apoiadas, dadas as difi-culdades económicas que o ano revelou para as mesmas. Nestes termos, as aplicações no ano de 2012 traduziram-se na seguinte expressão:
Não se verificam factos a divulgar após o termo do exercício.
Para efeitos da aplicação dos resultados apurados no ano de 2012, propomos que o resultado positivo no valor de 788.282,22€, seja afeto a:
Transferências para Terceiros 588.192,00€ (orçamento 2013)
Reservas Livres 200.090,22€
GESTÃO E ATIVIDADES PRODUTIVAS
RELATÓRIO &CONTAS20
63
64
RELATÓRIO &CONTAS20
65
Ao terminar os primeiros cinquenta anos da sua vida, a Fundação Eugénio de Almeida teve em 2012 uma atividade bastante intensa a todos os níveis, muito em contra ciclo com o ambiente re-cessivo que se vive no País.
De facto, quer pelos importantes investimentos de recuperação do património urbano, quer pelas atividades estatutárias e produtivas desenvolvidas ao longo do ano, a Fundação continua a ser um exemplo de dinamismo, inovação e excelência na região.
As medidas de contenção e controlo de custos im-plementadas, a capacidade produtiva e as ações comerciais adotadas, levaram a que se tivesse atingido o maior valor de vendas de sempre, su-perando todas as previsões e recuperando-se o resultado líquido para um valor crescente.
Mostrando-se a economia com as mesmas difi-culdades evidentes, a continuar tanto a nível na-
| III. CONCLUSÕES |
cional como internacional, a Fundação Eugénio de Almeida manterá a prudência que sempre tem adotado nas suas decisões de gestão, procuran-do desenvolver as atividades de acordo com a capacidade de financiamento, estando já a traba-lhar num plano de médio prazo, que projete para os próximos anos as suas atividades e as opções de investimento.
Évora, 13 de março de 2012
Maria do Céu Ramos Secretária Geral
Luís Faria Rosado Administrador Delegado
66
RELATÓRIO &CONTAS20
67
| IV. CONTAS |
68
RUBRICAS NOTAS 2012 2011
ATIVOAtivo não correnteAtivos fixos tangíveis 7 44.997.289 43.436.110Propriedades de investimento 8 2.387.089 2.453.075Ativos intangíveis 6 116.637 49.517Ativos biológicos 19 6.041.855 5.661.026Participações financeiras - outros métodos 14.1 711.377 701.227Outros activos financeiros 14.2 4.691.135 4.046.411 58.945.382 56.347.366Ativo correnteInventários 18 9.606.628 10.311.706Ativos biológicos 19 51.594 47.290Clientes 15.1 5.654.954 3.439.157Adiantamentos a fornecedores 15.2 7.660 28.854Estado e outros entes públicos 15.3 108.141 104.802Outras contas a receber 15.4 1.563.231 843.566Diferimentos 17 31.075 14.890Caixa e depósitos bancários 4 632.952 876.794 17.656.235 15.667.059Total do ativo 76.601.617 72.014.425FUNDOS PATRIMONIAIS E PASSIVOFundos Patrimoniais Fundo Social 20 13.705.205 13.705.205Outras reservas 20 22.325.394 22.579.297Resultados transitados 20 1.337.583 1.337.583Outras variações nos fundos patrimoniais 13 e 20 21.677.190 19.394.614Resultado líquido do período 20 788.282 445.399Total dos fundos patrimoniais 59.833.654 57.462.097PassivoPassivo não correnteProvisões 3.14 e 12.1 725.730 310.599Financiamentos obtidos 16 7.929.139 8.028.049 8.654.869 8.338.649Passivo correnteFornecedores 15.5 2.110.531 2.077.185Estado e outros entes públicos 15.7 186.426 104.472Financiamentos obtidos 16 4.751.419 2.568.737Outras contas a pagar 15.8 1.027.058 1.433.526Diferimentos 17 37.660 29.759 8.113.094 6.213.679Total do passivo 16.767.963 14.552.328Total dos fundos patrimoniais e do passivo 76.601.617 72.014.425
BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
DATAS
MONTANTE EM EUROS
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
69
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 2012 2011
Vendas e serviços prestados 24 16.562.528 13.541.508Subsídios à exploração 13 1.158.702 856.594Ganhos/perdas imputados de subsidiárias, assoc. e empreend. conjuntos 14.3 84.070 73.330Variação nos inventários da produção 18 -403.484 434.371Trabalhos para a própria entidade 26 592 Custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas 18 -4.127.968 -4.121.202Fornecimentos e serviços externos 21 -4.739.673 -4.137.268Gastos com o pessoal 22 -4.507.255 -4.148.236Imparidade de dívidas a receber (perdas/reversões) 11 -19.077 -8.756Provisões (aumentos/reduções) 12.1 e 28 -415.131 Aumentos/reduções de justo valor 14.2 16.622 19.521Outros rendimentos e ganhos 13, 15.4 e 25 1.023.795 1.403.673Outros gastos e perdas 27 e 12.1 -584.175 -628.448
Resultado antes de depreciações,gastos de financiamento e impostos 4.049.546 3.285.087
Gastos/reversões de depreciação e de amortização 6,7,8 e 23 -2.768.267 -2.500.642
Resultado operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) 1.281.279 784.444
Juros e gastos similares suportados 29 -492.997 -339.045
Resultado antes de impostos 788.282 445.399Resultado líquido do período 788.282 445.399
DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS POR NATUREZA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
PERIODOS
MONTANTE EM EUROS
70
RENDIMENTOS E GASTOS NOTAS 2012 2011
Fluxos de caixa das atividades
operacionais - método directo
Recebimentos de clientes 4 15.342.554 13.764.125
Pagamentos a fornecedores 4 10.210.148 10.110.289
Pagamentos ao pessoal 4 4.477.629 4.139.366
Caixa gerada pelas operações 654.777 -485.530
Pagamento/recebimento do imposto sobre o rendimento 4 9.438 -13.215
Transferências para terceiros 4 e 31 -699.302 -695.577
Outros recebimentos/pagamentos 4 2.446.227 3.354.790
Fluxos de caixa das atividades operacionais (1) 2.411.140 2.160.468
Fluxos de caixa das atividades de investimento
Pagamentos respeitantes a:
- Ativos fixos tangíveis 4 5.544.819 5.167.281
- Ativos intangíveis 4 111.939 26.822
- Investimentos financeiros 4 653.372
6.310.131 5.194.103
Recebimentos provenientes de:
- Investimentos financeiros 4 1.478.000
- Subsídios ao investimento 4 e 13 1.713.667 2.125.965
- Juros e rendimentos similares 4 319.937 117.300
- Dividendos 4 e 14.3 84.070 73.532
2.117.674 3.794.798
Fluxos de caixa das atividades de investimento (2) -4.192.457 -1.399.305
Fluxos de caixa das atividades de financiamento
Recebimentos provenientes de:
- Financiamentos obtidos 2.083.772
2.083.772
Pagamentos respeitantes a:
- Financiamentos obtidos 1.144.590
- Juros e gastos similares 4 492.997 339.045
492.997 1.483.636
Fluxos de caixa das atividades de financiamento (3) 1.590.775 -1.483.636
Variação de caixa e seus equivalentes (1+2+3) -190.542 -722.472
Efeito das diferenças de câmbio -53.300 -22.260
Caixa e seus equivalentes no início do período 4 876.794 1.621.526
Caixa e seus equivalentes no fim do período 4 632.952 876.794
DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011
PERIODOSMONTANTE EM EUROS
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
71
DEMONSTRAÇÕES DAS ALTERAÇÕES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS DO PERÍODO DE 2012
MONTANTE EM EUROS
DESCRIÇÃO
DESCRIÇÃO
NOTAS
NOTAS
FUNDOS
FUNDOS
OUTRASRESERVAS
OUTRAS RESEVAS
RESULTADOSTRANSITADOS
RESULTADOSTRANSITADOS
OUTRAS VARIAÇÕES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS
OUTRAS VARIAÇÕES NOS FUNDOS PATRIMONIAIS
RESULTADO LÍQUIDO DO
PERÍODO
RESULTADO LÍQUIDO DO
PERÍODO
TOTAL DOS FUNDOS
PATRIMONIAIS
TOTAL DOS FUNDOS
PATRIMONIAIS
Posição no início do período 2012 5 20 13.705.205 22.579.297 1.337.583 19.394.614 445.399 57.462.097
Alterações no períodoResultado do período 20 -445.399 Distribuição de resultados 20 -253.903 Resultados não distribuídos 20 Doações 20 1 Reposição dos subsidios ao investimentoe por receber/regularizar 13 -124.508 Subsídios ao investimento atribuídos 13 2.407.083 6 -253.903 2.282.576 -445.399 1.583.274Resultado líquido do período 7 788.282 788.282Posição no fim do período 2012 8=5+6+7 20 13.705.205 22.325.394 1.337.583 21.677.190 788.282 59.833.653
Posição no início do período 2011 1 20 13.705.205 21.865.428 1.337.583 17.111.098 1.402.478 55.421.791
Alterações no períodoResultado do período 20 -1.402.478 Distribuição de resultados 20 227.259 Resultados não distribuídos 20 486.610 Doações 20 476.737 Reposição dos subsidios ao investimentoe por receber/regularizar 13 -319.186 Subsídios ao investimento atribuídos 13 2.125.965 2 713.869 2.283.516 -1.402.478 1.594.907Resultado líquido do período 3 445.399 445.399Posição no fim do período 2011 4=1+2+3 20 13.705.205 22.579.297 1.337.583 19.394.614 445.399 57.462.097
72
ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRASPARA O PERÍODO FINDO A 31 DEZEMBRO DE 2012
NOTA 1 – IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE1.1 – Designação da entidade
Fundação Eugénio de Almeida abreviadamente conhecida por “Fundação” ou “FEA”.
Na sua forma jurídica assume-se como uma instituição de direito privado e utilidade pública, conforme
publicação no Diário do Governo, III Série nº 238, de 10 de outubro de 1963, reconhecida como
uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS), conforme Decreto Lei nº 4/94, 11 de janeiro
e Decreto Lei nº 108/82, de 8 de abril.
1.2 – Sede
Páteo de São Miguel
7001-901 Évora
1.3 – NIPC
500 730 733
1.4 – Natureza da atividade
A Fundação foi constituída em 1963 e em 1975 viu o seu património ocupado e expropriado. Após
a devolução dos bens, ocorrida na década de 80, a Fundação iniciou uma fase de relançamento da
sua atividade e de valorização do seu património, conciliando a sua vocação institucional nos domí-
nios cultural, educativo, social e espiritual, com uma atividade comercial de relevo e excelência, com
especial incidência na região de Évora.
Face ao seu reconhecimento como IPSS, encontra-se isenta de Imposto sobre o Rendimento das Pes-
soas Coletivas, nos termos do artº 10º do CIRC. Para o efeito é necessária a observância continuada
de requisitos enumerados no citado artigo, merecendo destaque a afetação aos fins estatutários, de
pelo menos 50% do rendimento global líquido, que estaria sujeito a tributação nos termos gerais. De-
corrente deste enquadramento não são reconhecidos quaisquer impostos diferidos relacionados com
diferenças entre a base contabilística e fiscal dos seus ativos e passivos.
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
73
De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correção por
parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a segurança social).
Deste modo as declarações fiscais e de segurança social referentes aos anos de 2009 a 2012 e 2008
a 2012, respetivamente, poderão vir a ser sujeitas a revisão.
O Conselho de Administração entende que as correções resultantes de eventuais revisões/inspeções
por parte das autoridades inspetivas não terão efeitos significativos nas presentes demonstrações fi-
nanceiras.
1.5 – Sempre que não exista outra referência, os montantes encontram-se expressos em uni-
dade de euro
NOTA 2 – REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕESFINANCEIRAS2.1 – Referencial contabilístico de preparação das demonstrações financeiras
O Decreto-Lei nº 36-A/2011, de 9 de março, aprovou o regime da normalização contabilística para
as Entidades do Sector Não Lucrativo (ESNL). Nos termos do nº 2 do artº 22º do referido diploma
legal, apenas no ano de 2012 se torna obrigatória a sua aplicação. Nestes termos as Demonstrações
Financeiras anexas foram elaboradas nos termos daquele normativo conforme Aviso nº 6726-B/2011
e Portarias nº 105/2011 e 106/2011, de 14 de março.
Todavia, os normativos acima indicados mereceram as consequentes adaptações em função das ne-
cessidades de relato financeiro, especificas, decorrentes das atividades desenvolvidas pela FEA.
2.2 – Indicação e justificação das disposições do SNL que, em casos excecionais, tenham sido
derrogadas e dos respetivos efeitos nas demonstrações financeiras, tendo em vista a necessi-
dade de estas darem uma imagem verdadeira e apropriada do ativo, do passivo e dos resul-
tados da entidade.
No presente exercício não foram derrogadas quaisquer disposições do SNL. A preparação de de-
monstrações financeiras requer o uso de estimativas e seu reconhecimento que afetam as quantias
reportadas de ativos e passivos, assim como as quantias reportadas de rendimentos e gastos durante
o período de reporte.
74
Apesar destas estimativas serem baseadas no melhor conhecimento da gestão em relação aos eventos
e ações correntes, em ultima análise, os resultados reais podem diferir dessas estimativas.
No entanto, é convicção da gestão que as estimativas e assunção das mesmas não incorporam riscos
significativos que possam causar, no decurso do próximo exercício, ajustamento materiais ao valor dos
ativos e passivos.
2.3 - Indicação e comentário das contas do balanço e da demonstração dos resultados cujos
conteúdos não sejam comparáveis com os do exercício anterior.
As quantias relativas ao exercício findo em 31 de dezembro de 2012, incluídas nas presentes demons-
trações financeiras para efeitos comparativos, estão apresentadas em conformidade com o modelo
resultante das alterações introduzidas pelos diplomas legais emitidos no âmbito da publicação do
Sistema de Normalização Contabilística para as Entidades do Setor não Lucrativo.
Durante o exercício findo em 31 dezembro de 2012 não ocorreram quaisquer alterações de políticas
contabilísticas ou alterações significativas de estimativas, nem foram identificados erros materiais que
devessem ser corrigidos, face às demonstrações financeiras do exercício findo em 31 dezembro 2011.
NOTA 3 - PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICASAs principais políticas contabilísticas adotadas na preparação das demonstrações financeiras anexas
são as seguintes:
3.1- Bases de apresentação
As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das opera-
ções, a partir dos livros e registos contabilísticos da Fundação, mantidos de acordo com as NCRF para
as Entidades do Setor não Lucrativo em vigor à data da elaboração das demonstrações financeiras.
3.2 – Rédito
O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito proveniente
da venda de bens é reconhecido quando todas as seguintes condições são satisfeitas:
• Todos os riscos e vantagens da propriedade dos bens foram transferidos para o comprador;
• A entidade não mantém qualquer controlo sobre os bens vendidos;
• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
• É provável que os benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a entidade;
• Os custos suportados ou a suportar com a transação podem ser mensurados com fiabilidade.
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
75
O rédito proveniente das prestações de serviços e outros réditos são reconhecidos líquidos de impos-
tos, pelo justo valor do montante a receber desde que todas as condições sejam satisfeitas:
• O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade;
• É provável que os benefícios económicos futuros associados à transação fluam para a entidade.
3.3 – Locações
As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancial-
mente todos os riscos e recompensas associados à propriedade do bem para o locatário. As restantes
locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da subs-
tância e não da forma do contrato.
Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o
período da locação.
As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do período em que são incorridas.
3.4 - Encargos financeiros com empréstimos obtidos
Os encargos financeiros, relacionados com empréstimos obtidos, são reconhecidos como gastos à
medida que são incorridos.
3.5 - Subsídios do Governo
Os subsídios ao investimento, relacionados com a aquisição de ativos fixos tangíveis e ativos biológi-
cos, são reconhecidos nos fundos patrimoniais e são creditados na demonstração dos resultados, em
quotas constantes, durante o período estimado de vida útil dos ativos com os quais se relacionam.
3.6- Ativos fixos tangíveis
Os ativos fixos tangíveis são registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quais-
quer custos diretamente atribuíveis às atividades necessárias para colocar os ativos na localização e
condição necessárias para operarem da forma pretendida.
Alguns dos ativos fixos tangíveis adquiridos até 1 de janeiro de 2009 (data de transição para o SNC)
foram revalorizados, tendo a correspondentes parcela de revalorização sido considerada como parte
integrante do custo dos ativos nos termos das disposições transitórias no momento da adoção do SNC.
Não existem diferenças na transição de SNC para SNL.
As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser
utilizado, pelo método das quotas constantes, por duodécimos e em conformidade com o período de
vida útil estimado para cada grupo de bens.
76
As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são suscetíveis de gerar
benefícios económicos futuros são registadas como gastos no período em que são incorridas.
O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um ativo fixo tangível é determinado como
a diferença entre o montante recebido na transação e a quantia escriturada do ativo e é reconhecido
em resultados no período em que ocorre a alienação.
3.7 - Propriedades de investimento
A entrada em vigor em 2009 do novo normativo contabilístico – SNC – levou ao registo dos imóveis
urbanos de rendimento como Propriedades de Investimento, à luz da Norma Contabilística de Relato
Financeiro 11 (NCRF 11). Não existem diferenças na transição de SNC para SNL.
Nos termos do parágrafo 30 e 58 da NCRF 11, os referidos imóveis foram mensurados ao custo de-
duzido das respetivas depreciações.
As depreciações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser
utilizado, pelo método das quotas constantes, por duodécimos e em conformidade com o período de
vida útil estimado.
3.8 – Ativos Intangíveis
Os ativos intangíveis são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade
acumuladas. As amortizações são reconhecidas pelo método das quotas constantes, por duodécimos,
durante a vida útil estimada dos mesmos.
MÉTODOS DE AMORTIZAÇÃOVIDAS ÚTEIS E TAXAS DE AMORTIZAÇÃO
USADAS NOS ATIVOS INTANGÍVEIS
DESPESASDE INVESTIGAÇÃO
E DESENVOLVIMENTO
1
100,00%
VIDAS ÚTEIS
TAXAS DE AMORTIZAÇÃO
FINITAS
3
33,33%
1
100,00%
PROGRAMAS DE COMPUTADOR
PROPRIEDADE INDUSTRIALCOPYRIGHTS
PATENTESE OUTROS DIREITOS
DE PROPRIEDADE INDUSTRIAL
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
77
3.9 – Imparidade de ativos fixos tangíveis e intangíveis
Sempre que exista algum indicador que os ativos fixos tangíveis e intangíveis da Fundação possam
estar em imparidade, é efetuada uma estimativa do seu valor recuperável a fim de determinar a exten-
são da perda por imparidade (se for o caso). Quando não é possível determinar o valor recuperável
de um ativo individual, é estimado o valor recuperável da unidade geradora de caixa a que esse ativo
pertence.
O valor recuperável do ativo ou da unidade geradora de caixa consiste no maior de entre (i) o justo
valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos
de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflita as expectativas
do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do ativo ou da uni-
dade geradora de caixa relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham
sido ajustadas.
Sempre que o valor líquido contabilístico do ativo ou da unidade geradora de caixa for superior ao seu
valor recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de
imediato na demonstração dos resultados.
A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando exis-
tem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou di-
minuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na
respetiva rubrica de “Reversões de perdas por imparidade”. A reversão da perda por imparidade é
efetuada até ao limite do montante que estaria reconhecido (líquido de amortizações e depreciações)
caso a perda não tivesse sido registada.
3.10 – Participações financeiras
As participações financeiras em participadas na qual a Fundação não exerce o controlo nem influência
significativa são registadas ao custo de aquisição e deduzidas de eventuais perdas por imparidade. Os
dividendos atribuídos pelas empresas participadas são reconhecidos como rendimento do exercício
quando se estabelece o direito ao respetivo recebimento por parte da Fundação.
É feita uma avaliação das participações financeiras quando existem indícios de que o ativo possa estar
em imparidade, sendo registadas como gastos na demonstração dos resultados, as perdas por impa-
ridade que se demonstre existir.
3.11 – Outros investimentos
Os outros investimentos financeiros são incluídos na categoria de “ao justo valor com as alterações
reconhecidas na demonstração de resultados”. Tais ativos financeiros são mensurados ao justo valor,
sendo as variações no respetivo justo valor registadas em resultados nas rubricas “Aumento/redução
de justo valor”.
78
3.12 – Inventários
Os inventários de mercadorias e matérias-primas e subsidiárias foram valorizados pelo custo de aquisição.
Os produtos acabados e intermédios são valorizados ao justo valor, considerando que o mesmo cor-
responde ao valor de uso.
3.13 – Ativos Biológicos
Os ativos biológicos de produção deverão ser mensurados (no reconhecimento inicial e à data de
balanço) pelo justo valor menos custos estimados no ponto de venda, salvo se o justo valor não for
fiavelmente estimado, caso em que serão mensurados pelo custo menos depreciações acumuladas e
perdas por imparidade acumuladas.
No caso dos ativos biológicos de produção, especificamente para vinhas e olival, foi adotada a men-
suração de exceção considerando que:
• Não existe um mercado suficientemente ativo para vinhas e olivais, tendo em consideração que
tais ativos não são homogéneos e que os preços não são de conhecimento público;
• As transações existentes incidem sobre o conjunto de ativos que constituem a vinha e o olival e
não apenas sobre o ativo biológico, pelo que existe um conjunto de aspetos de natureza intan-
gível que influenciam o preço de transação não relacionados com o ativo biológico em si e que
dificultam o processo de determinação do valor deste último;
• O preço da plantação depende de um conjunto vasto de fatores, tal como a região em que
está localizado, os aspetos climáticos e características do terreno em que a vinha ou o olival
estão implantados.
Os ativos biológicos de produção, especificamente o gado foram registados ao justo valor, com exceção
do gado reprodutor, onde se manteve o critério de mensuração ao custo deduzido das depreciações.
Os produtos agrícolas colhidos dos ativos biológicos (cortiça) foram mensurados pelo justo valor me-
nos os custos estimados no ponto de venda no momento da colheita.
3.14 – Provisões
São reconhecidas provisões apenas quando a Fundação tem uma obrigação presente (legal ou implí-
cita) resultante dum acontecimento passado, é provável que para a liquidação dessa obrigação ocorra
uma saída de recursos e o montante da obrigação possa ser razoavelmente estimado.
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
79
O montante reconhecido das provisões consiste no valor presente da melhor estimativa na data de
relato dos recursos necessários para liquidar a obrigação. Tal estimativa é determinada tendo em con-
sideração os riscos e incertezas associados à obrigação.
As provisões são revistas na data de relato e são ajustadas de modo a refletir a melhor estimativa a
essa data.
As obrigações presentes que resultam de contratos onerosos são registadas e mensuradas como pro-
visões.
Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados
sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não
seja remota.
Os ativos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, sendo divulgados quan-
do for provável a existência de um influxo económico futuro de recursos.
3.15 - Ativos e passivos financeiros
Os ativos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Fundação se torna parte
das correspondentes disposições contratuais.
Os ativos financeiros e os passivos financeiros são mensurados ao custo ou ao custo amortizado dedu-
zido de eventuais perdas de imparidade acumuladas (no caso de ativos financeiros), quando:
• Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; e
• Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e
• Não sejam ou não incorporem um instrumento financeiro derivado.
O custo amortizado é determinado através do método do juro efetivo. O juro efetivo é calculado atra-
vés da taxa que desconta os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada
do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do ativo ou passivo financeiro (taxa de juro
efetiva).
80
Os ativos e passivos financeiros ao custo ou ao custo amortizado incluem:
• Caixa e equivalentes de caixa;
• Clientes e outras contas a receber;
• Fornecedores e outras contas a pagar;
• Financiamentos obtidos.
Clientes e dívidas de terceiros
As dívidas de clientes e de outros terceiros encontram-se registadas pelo seu valor nominal deduzi-
do de eventuais perdas de imparidade. As perdas de imparidade correspondem à diferença entre a
quantia inicialmente registada e o seu valor recuperável, sendo este o valor presente dos “cash-flows”
esperados, descontados à taxa efetiva, as quais são reconhecidas na demonstração dos resultados do
período em que são estimadas.
As perdas por imparidade são registadas na sequência de eventos ocorridos que indiquem, objetiva-
mente e de forma quantificável, que a totalidade ou parte do saldo em dívida não será recebido. Para
tal, a Fundação tem em consideração informação de mercado que demonstre que:
• a contraparte apresenta dificuldades financeiras significativas;
• se verifiquem atrasos significativos nos pagamentos por parte da contraparte;
• se torna provável que o devedor vá entrar em liquidação ou reestruturação financeira.
Fornecedores e outros credores
Os saldos de fornecedores e outros credores são registados pelo seu valor nominal, na medida em que
se tratam de valores a pagar de curto prazo, pelo que o impacto que resulta da aplicação do custo
amortizado é imaterial.
Caixa e equivalentes a caixa
Os montantes incluídos na rubrica de caixa e seus equivalentes correspondem aos valores em caixa,
depósitos à ordem e a prazo, vencíveis a menos de 3 meses, e que possam ser imediatamente mobili-
záveis com risco insignificante de alteração de valor.
Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a rubrica de caixa e seus equivalentes compreende
também os descobertos bancários.
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
81
Imparidade de ativos financeiros
Os ativos financeiros classificados na categoria “ao custo ou custo amortizado” são sujeitos a testes
de imparidade em cada data de relato. Tais ativos financeiros encontram-se em imparidade quando
existe uma evidência objetiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o
seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afetados.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer
corresponde à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e o valor presente dos novos fluxos
de caixa futuros estimados descontados à respetiva taxa de juro efetiva original.
Para os ativos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde
à diferença entre o valor líquido contabilístico do ativo e a melhor estimativa do justo valor do ativo.
As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica “Perdas por imparidade” no período
em que são determinadas.
Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser obje-
tivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta
deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efetuada até ao limite do montante que estaria
reconhecido (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de
perdas por imparidade é registada em resultados na rubrica “Reversões de perdas por imparidade”.
Desreconhecimento de ativos e passivos financeiros
A Fundação desreconhece ativos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos
de caixa expiram, ou quando transfere para outra entidade os ativos financeiros e todos os riscos e
benefícios significativos associados à posse dos mesmos. São desreconhecidos os ativos financeiros
transferidos relativamente aos quais a Fundação reteve alguns riscos e benefícios significativos, desde
que o controlo sobre os mesmos tenha sido cedido.
A Fundação desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liqui-
dada, cancelada ou expire.
82
3.16 - Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associada a estimativas
Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efetuados juízos de valor e estimativas e
utilizados diversos pressupostos que afetam as quantias relatadas de ativos e passivos, assim como as
quantias relatadas de rendimentos e gastos do período.
As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados com base no melhor conhecimento
existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transações em curso, as-
sim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em
períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras,
não foram consideradas nessas estimativas.
As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão
corrigidas de forma prospetiva.
Os principais juízos de valor e estimativas efetuadas na preparação das demonstrações financeiras
anexas foram as seguintes:
• Imparidades de inventários e contas a receber;
• Justo valor dos produtos agrícolas; e
• Estimativas de subsídios a receber.
3.17 - Acontecimentos subsequentes
Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições
que existiam à data do balanço são refletidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data
do balanço que proporcionem informação sobre condições que ocorram após a data do balanço são
divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais.
3.18 - Especialização dos exercícios
As receitas e despesas são registadas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo
qual estas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são
recebidas ou pagas e são registadas nas rubricas de diferimentos.
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
83
NOTA 4 – FLUXOS DE CAIXA
A caixa e seus equivalentes incluem numerário, depósitos bancários, e detalha-se como segue:
MEIOS FINANCEIROS LIQUIDOS CONSTANTES DO BALANÇO 31.12.2012 31.12.2011
Numerário 14.471 3.680
CAIXA Cheques em carteira 7.922 330
Subtotal 22.393 4.011
Depósitos à ordem 338.235 125.469
Outros depósitos bancários 272.324 747.314
Subtotal 610.559 872.783
TOTAL 632.952 876.794
DEPÓSITOS
BANCÁRIOS
84
Cativa - Companhia Agrícola e Turística da Quinta 7.390 321.635 130.000 6.008de Valbom, S.A.
Carnalentejana - Agrupamento de Produtores de Bovinos 491 382.363 de Raça Alentejana, S.A.
Camposdévora, S.A. 132.392
Viborel, Distribuição S.A. 1.253.788 23.009 4.005.098 95.099
TOTAL 1.393.570 23.009 321.635 130.491 4.387.461 101.107
Empresa Clientes (Nota 15.1)
Saldos Transações
Devedores por acréscimos de
rendimentos (Nota 15.4)
Outros empréstimos (Nota 14.2)
Fornecedores (Nota 15.5)
Vendas Outros proveitos
NOTA 5 – PARTES RELACIONADAS
Os saldos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 e as transações realizadas nos exercícios findos na-
quelas datas com entidades relacionadas são os seguintes:
Cativa - Companhia Agrícola e Turística da Quinta 321.635 125.000 6.008de Valbom, S.A.
Carnalentejana - Agrupamento de Produtores de Bovinos 127.642 43.087 410.560 de Raça Alentejana, S.A.
Camposdévora, S.A.
Viborel, Distribuição S.A. 1.896.244 239.078 4.541.195 84.070
TOTAL 2.023.886 321.635 407.165 4.951.756 90.078
Empresa Clientes (Nota 15.1)
Saldos Transações
Devedores por acréscimos de
rendimentos (Nota 15.4)
Outros empréstimos (Nota 14.2)
Fornecedores (Nota 15.5)
Vendas Outros proveitos
31/12/2012
31/12/2011
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
85
NOTA 6 – ACTIVOS INTANGÍVEIS
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 31 de dezembro de 2011, o movimento
ocorrido na quantia escriturada dos ativos intangíveis, bem como nas respetivas amortizações acumu-
ladas e perdas por imparidade, foi o seguinte:
Programas Despesas de Propriedade Ativos Total de computador investigação e industrial Intangíveis desenvolvimento em curso
Ativo bruto: Saldo inicial 255.307 396.455 581.499 - 1.233.261Aquisições 31.069 - 81.050 112.119 Transferências - - - - -Alienações (180) - - - (180)Regularizações - - - - -Saldo Final 286.196 396.455 581.499 81.050 1.345.200
Amortizações e perdas por imparidade acumuladasSaldo inicial 205.790 396.455 581.499 1.183.744 Amortizações do exercício (Nota 23) 45.000 - - 45.000 Regularizações (180) - - (180)Saldo final 250.610 396.455 581.499 1.228.563 Ativo líquido 35.587 - - 81.050 116.637
Activo bruto:Saldo inicial 228.485 396.455 581.499 1.206.439Aquisições 27.972 - 27.972 Transferências - - - Regularizações (1.150) - (1.150) Saldo final 255.307 396.455 581.499 1.233.261
Amortizações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo inicial 148.982 396.455 581.499 1.126.936 Amortizações do exercício (Nota 23) 56.808 - - 56.808 Regularizações - - - -Saldo final 205.790 396.455 581.499 1.183.744 Ativo líquido 49.517 - - - 49.517
Transações 2012
2011
86
2012
NOTA 7 – ACTIVOS FIXOS TANGÍVEISAs taxas de depreciação utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada:
Métodos de depreciação, vidas úteis e taxas
de depreciação usadas nos ativos
fixos tangíveis
Vidas úteis 20 a 50 3 a 15 4 3 a 8 3 a 10
Edifícios e outras
construções
Equipamento básico
Equipamento de transporte
Equipamento administrativo
Outros ativos fixos tangíveis
Durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o movimento ocorrido na quantia escriturada dos ativos fixos tangíveis, bem como nas respetivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade, foi o seguinte:
Terrenos Edifícios Equip. Equip. de Equip. Outros Ativos fixos e Recursos e outras básico transporte administ. ativos fixos tangiveis Naturais construções tangiveis em curso Total
Ativo bruto:
Saldo inicial 16.900.131 25.238.698 17.492.224 863.240 936.353 508.509 4.043.536 65.982.690
Aquisições 9.780 43.181 1.004.194 52.892 23.587 11.596 3.456.153 4.601.383
Alienações, sinistros e abates (53.484) (25.500) (152) (79.136)
Doação (Nota 20.1) 1 1
Regularizações (27.802) (518.809) (546.611)
Outras alterações 592 592
Transferências 70.816 6.428 (6.428) (95.352) (24.536)
Saldo final 16.909.910 25.352.694 18.421.561 884.204 959.788 520.105 6.886.121 69.934.383
Saldo inicial 92.536 9.644.084 11.041.318 656.088 687.247 425.306 - 22.546.580
Depreciações do exercício (Nota 23) 12.011 836.452 1.409.743 101.167 72.585 26.096 2.458.053
Alienações, sinistros e abates (42.022) (25.500) (18) (67.539)
Outras variações
Saldo final 104.547 10.480.536 12.409.040 731.755 759.814 451.402 - 24.937.094
Ativo líquido 16.805.363 14.872.158 6.012.521 152.449 199.975 68.703 6.886.121 44.997.289
Depreciações e perdas por imparidade acumuladas:
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
87
2011
Terrenos Edifícios Equip. Equip. de Equip. Outros Ativos fixos e Recursos e outras básico transporte administ. ativos fixos tangiveis Naturais construções tangiveis em curso Total
Ativo bruto:
Saldo inicial 16.886.525 23.886.827 16.450.475 790.279 916.850 486.344 1.872.645 61.289.945
Aquisições 97.576 967.623 94.961 18.204 22.165 3.622.567 4.823.096
Alienações, sinistros e abates (74.777) (22.000) (96.777)
Doação (Nota 20.1) 476.737 476.737
Regularizações (11.744) (3.154) (14.898)
Outras alterações (20.002) 14.609 (5.393)
Transferências 33.608 1.254.294 160.647 1.299 (1.939.868) (490.019)
Saldo final 16.900.131 25.238.698 17.492.224 863.240 936.353 508.509 4.043.536 65.982.690
Saldo inicial 85.250 8.849.784 9.716.956 597.813 605.590 390.941 - 20.246.334
Depreciações do exercício (Nota 23) 7.286 794.300 1.360.001 80.275 80.680 34.365 2.356.908
Alienações, sinistros e abates (34.875) (22.000) (56.875)
Outras variações (764) 977 213
Saldo final 92.536 9.644.084 11.041.318 656.088 687.247 425.306 - 22.546.580
Ativo líquido 16.807.594 15.594.614 6.450.906 207.152 249.106 83.202 4.043.536 43.436.110
Depreciações e perdas por imparidade acumuladas:
88
Para efeitos de divulgação informa-se que no final do exercício findo em 31 de dezembro de 2009, foi realizada uma avaliação por peritos independentes (Colliers P&I) a todas as propriedades rústicas e respetivas benfeitorias, no sentido de se apurar a estimativa do justo valor das referidas propriedades. O resumo da respetiva avaliação e quantia escriturada das mesmas consta do quadro seguinte:
PROPRIEDADES VALOR DA ATIVO BRUTO ATIVO BRUTO ATIVO BRUTO ATIVO BRUTO
EM 31/12/2009 EM 31/12/2009 EM 31/12/2009 EM 31/12/2010 EM 31/12/2012
Herdade de Pinheiros e Casa Branca 9.785.221 3.878.971 3.878.971 3.879.523 3.879.523
Herdade do Álamo de Cima 2.880.620 980.592 1.020.592 1.020.592 1.020.592
Herdade do Álamo da Horta (Fundação) 1.023.350
Herdade do Álamo da Horta(courelas com rendeiros) 2.445.000
Herdade do Barrozeiro, Figueiras e Cabido do Raposo 4.289.520 1.076.890 1.076.890 1.076.890 1.076.890
Herdade dos Cabaços 1.005.920 355.947 355.947 355.947 355.947
Herdade do Freixo 6.512.562 808.477 808.477 821.131 830.911
Herdade das Murteiras 4.693.760 4.060.791 4.060.791 4.081.192 4.081.192
Herdade das Algarvias e Herdade do Paço entre Vinhas 3.431.742 852.210 852.210 852.210 852.210
Quinta da Cartuxa e Valbom 2.824.400 2.461.030 2.461.030 2.461.030 2.461.030
Herdade do Zambujal do Calado e Alpendres 1.832.930 640.776 640.776 640.776 640.776
Herdade do Zambujalinho 457.620 144.587 144.587 144.587 144.587
TOTAL 41.182.645 16.440.919 16.480.919 16.514.527 16.524.306
1.180.650 1.180.650 1.180.650 1.180.650
Os ativos fixos tangíveis em curso em 31 de dezembro de 2012 apresentam os seguintes valores:
ATIVO FIXO TANGÍVEL EM CURSO 31-12-2012
Medidas Proder Agrícolas 10.450
Pivot e Regadio Cabida 24.714
Acrópole XXI - Pateo S. Miguel 2.662.095
Acrópole XXI - Centro Arte e Cultura 3.461.643
Restauro Frescos Casas Pintadas 152.325
Remodelações do Património 34.217
Equipamentos telefónicos 48.937
Doação (Nota 20.1) 476.739
Castas das Vinhas 15.000
TOTAL 6.886.121
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
89
NOTA 8 – PROPRIEDADES DE INVESTIMENTO
As propriedades de investimento estão refletidas ao custo deduzidas das depreciações acumuladas, as quais apresentam os seguintes movimentos nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011:
Edifícios e outras construções
Ativo bruto:
Saldo inicial 4.227.318
Saldo final 4.227.318
Depreciações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo inicial 1.751.399
Depreciações do exercício (Nota 23) 88.830
Saldo final 1.840.230
Ativo líquido 2.387.089
Edifícios e outras construções
Ativo bruto:
Saldo inicial 4.204.474
Saldo final 4.204.474
Depreciações e perdas por imparidade acumuladas
Saldo inicial 1.664.473
Depreciações do exercício (Nota 23) 86.927
Saldo final 1.751.399
Ativo líquido 2.453.075
2012
2011
90
Para efeitos de divulgação foram as mesmas avaliadas, em finais de 2010, por perito independente o qual estimou como justo valor das mesmas o valor de 4,5 milhões de Euros.
É nosso entendimento que o justo valor daquelas propriedades em 31 de dezembro de 2012 não apresenta desvios significativos face ao indicado acima.
Os rendimentos e gastos associados às propriedades de investimento são os seguintes:
Quantias reconhecidas nos resultados para Rendimentos Gastos Diferenças Rendimentos Gastos Diferençasrendimentos de rendas de propriedades de de rendas operacionais de rendas operacionaisinvestimento e respectivos gastos diretos diretosoperacionais diretos
Propriedades R Rodrigo Fonseca 178 - Lx 295.225 (70.710) 224.516 289.313 (79.411) 209.902arrendadas R Rodrigo Fonseca 180 - Lx 67.028 (51.687) 15.341 65.260 (55.464) 9.796
TOTAL 362.253 (122.397) 239.856 354.572 (134.875) 219.698
31/12/2011 31/12/2012
NOTA 9 – ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA E UNIDADES OPERACIO-NAIS DESCONTINUADAS
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a FEA não apresentava ativos não correntes (e grupos para alienação) classificados como detidos para venda, bem como unidades operacionais descontinuadas.
NOTA 10 – LOCAÇÕES
As locações são classificadas como financeiras ou operacionais em função da substância e não da forma do respetivo contrato.
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
91
Quantias Quantias Entidade Identificação escrituradas escrituradas locadora do contrato líquidas dos líquidas dos Começo Fim ativos ativos locados locados
Ativos fixos Peugeot 4007 04-HC-82 Banco BPI, SA 2008102944 25-01-2009 25-01-2012 1.827
tangíveis Audi A5 81-II-12 Banco BPI, SA 2009101700 25-11-2009 25-11-2013 11.458 23.958
Pivôs Freixo BES Leasing e Factoring SA 2043721/2 02-06-2008 02-06-2013 68.153 83.881
TOTAL 79.612 109.667
31/12/2011 31/12/2012Locações financeiras em vigor
10.1 LOCAÇÕES FINANCEIRAS
Os ativos que se encontram a ser financiados através de contratos de locação financeira, respetivas quantias escrituradas líquidas são como segue:
10.2 LOCAÇÕES OPERACIONAIS
Nas locações operacionais, os pagamentos mínimos de locação reconhecidos como custo na rubrica de “fornecimentos e serviços externos – rendas e alugueres”, durante os exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, ascenderam a 25.745 Euros e 5.494 Euros, respetivamente.
NOTA 11 – IMPARIDADE DE ACTIVOS
Nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, o movimento ocorrido nas rubricas de imparidade de clientes foi o seguinte:
Prazo da locação
DESCRIÇÃO Saldo inicial Reforços Reversões Saldo Final
Imparidade de dividas de clientes (Nota 15.1) 369.074 13.950 (8.942) 374.083
Imparidade de dividas de outros devedores (Nota 15.4) 14.068 14.068
Imparidade de dividas de clientes (Nota 15.1) 360.319 21.685 (12.930) 369.074
Imparidade de dividas de outros devedores (Nota 15.8)
31/12 2012
31/12 2011
92
NOTA 12 – PROVISÕES, PASSIVOS CONTINGENTES E ACTIVOS CONTINGENTES
12.1 – PROVISÕES
Foi efetuada uma revisão cuidadosa da situação respeitante a compromissos, obrigações presentes, prováveis ou contingentes, ações judiciais, reclamações ou casos litigiosos. Com base nessa revisão e a partir de uma cuidada análise de risco, a FEA baseada na opinião dos seus consultores jurídicos e advogados considera necessário o reforço da provisão para processos judiciais em curso no montante de 547.241 Euros em 31 de dezembro de 2012.
A provisão constituída está associada a um processo judicial no âmbito do projeto Acrópole, represen-tando este o único processo que se encontra em curso no final do exercício.
DESCRIÇÃO Saldo inicial Reforços (Nota 28) Reversões (Nota 27) Saldo Final
Provisão para processos judiciais em curso 310.599 547.241 (132.111) 725.730
Provisão para processos judiciais em curso 310.599 310.599
31/12 2012
31/12 2011
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
93
Entidades Beneficiária Entidade Emissora Data de Emissão Valor
Alfândega de Setúbal Millennium bcp 26-01-1997 2.500
EDP Eletricidade Portugal Millennium bcp 15-09-1993 5.070
SLE Eletricidade do Sul Millennium bcp 08-08-1996 1.598
Entidade Prestadora Objeto Data de Emissão Valor
Recuperévora, Lda. Obras de recuperação e valorização de elementos 27-09-2007 4.287 arquitetónicos - Jardins e Casas Pintadas.
Construtora San José, SA. Adiantamento s/obra acima referida. 22-12-2010 400.939
Constructora San José, SA. 22-12-2010 340.736
Construção dos edifícios a implantar em Évora, Empreitada de Obras para a Reabilitação do Conjunto Edificado do
Palácio da Inquisição/Casa Pintadas, destinado a Centro de Arte e Cultura, Loja, Restaurante/Cafetaria e Centro Inter-pretativo e do Conjunto Edificado do Páteo de S. Miguel destinado a Casa Museu, Biblioteca/Arquivo, Museu das Carruagens e Loja/Cafetaria no âmbito da Intervenção da
Fundação Eugénio de Almeida na Acrópole XXI.
12.2 - PASSIVOS CONTINGENTES
Garantias emitidas a terceiros
Em 31 de dezembro de 2012, a FEA tinha solicitado a apresentação de garantias bancárias a favor de terceiros, no montante de 9.167 Euros as quais se detalham como segue:
12.3 - ACTIVOS CONTINGENTES
Garantias bancárias detidas sobre terceiros
A FEA apresenta-se como beneficiária de garantias bancárias no montante de 745.962 Euros, as quais se detalham como segue:
94
Outras garantias bancárias
Em 31 de dezembro de 2012 a FEA tem também enquanto beneficiária as seguintes garantias bancárias:
Entidade Prestadora Objeto Data de Emissão Valor
Projexport, Lda 5.000 €
Tri-Vin Imports, Inc. 180.000 €
Fonseca Import Export GMBH 90.000 €
Eurotrade Corporation II Ltd 40.000 €
ETS Mariano 35.000 €
Cosec, SA. Spanische Quelle GMBH 36.000 €
Gomes Wine 05-01-2011 30.000 €
Caves Mathias 05-01-2011 30.000 €
Vinkaelderen 16-02-2011 27.000 €
Atlantico UK 03-05-2011 20.000 €
Teixeira Duarte Trading, SA 30-07-2012 15.000 €
Garrity Fine Wine 01-08-2012 25.000 €
BANCO FOMENTO ANGOLA Atlanfina 10-07-2012 757.920 €
Total de outras garantias bancárias 1.290.920 €
01-10-2010
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
95
NOTA 13 – SUBSÍDIOS DO GOVERNO
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a informação relativa aos subsídios obtidos do governo é como segue:
Quantias dos subsídios reconhecidas Reconhecidas Imputados em Reconhecidas nosna demonstração dos como subsídios outros rendimentos fundos patrimoniaisresultados e no balanço à exploração e ganhos (Nota 25) (Nota 20)
Instituto de emprego 18.973
Projeto Acropóle XXI - Centro de Arte Cultura 2.248.167
Projeto Acropóle XXI - Pateo São Miguel 1.755.333
Projeto Comercialização e Internacionalização - O.C.M 80.827
Projeto Comercialização e Internacionalização - QREN 129.045
Projeto P.O.P.H 25.184
Projeto Factor PME 40.585
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Divulgação 46.725
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Campo Maior 36.633
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Portel e Torrão 3.740
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Região Norte 83
Projeto Acrópole Comunicação 25.625
Projeto Conviver na Arte 38.044
Projeto Rede Transfronteiriço Voluntariado 97.757
Projeto Alentejo Empreende 21.984
Projeto Recuperação e Valorização Conj.Arquiol.Murteiras 3.426 20.955
Projeto Recuperação e Valorização Jardins Casas Pintadas 15.423 171.766
Projetos IFAP - Gados 258.965
Projetos IFAP - Florestação 25.954
Projetos IFAP - Prémio Único 279.256
Projetos IFAP - Pagamento Complementar Comercialização 40.242
Projetos IFAP - MAA - Proder 24.116
Projetos IFAP - Compensação Custos Energia 5.631
Projetos PRODER - Vinha e Olival 188.034
Projetos PRODER - Agropecuário 101.865
Projetos IFAP - Investimentos Diversos 105.577 813.759
TOTAL 1.158.702 124.508 5.340.464
Demonstração dos resultados Balanço
31-12-2012
96
Quantias dos subsídios reconhecidas Reconhecidas Imputados em Reconhecidas nosna demonstração dos como subsídios outros rendimentos fundos patrimoniaisresultados e no balanço à exploração e ganhos (Nota 25) (Nota 20)
Instituto de emprego 17.381
Projeto Acropóle XXI - Centro de Arte Cultura 1.062.965
Projeto Acropóle XXI - Pateo São Miguel 719.385
Projeto Comercialização e Internacionalização - O.C.M 20.808
Projeto Comercialização e Internacionalização - QREN (2009-2010) 36.332
Projeto Comercialização e Internacionalização - QREN (2011-2012) 39.010
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Divulgação 45.278
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Alcácer 31.355
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Portel e Torrão 30.852
Projeto Inventário Artistico Arquidiocese - Região Norte 676 83
Projeto Acrópole Comunicação 50.840
Projeto Conviver na Arte 10.464
Projeto Rede Transfronteiriço Voluntariado 16.811
Projeto Alentejo Empreende 13.449
Projeto Recuperação e Valorização Conj.Arquiol.Murteiras 3.369 24.380
Projeto Recuperação e Valorização Jardins Casas Pintadas 15.105 144.076
Projetos IFAP - Gados 251.726
Projetos IFAP - Florestação 25.954
Projetos IFAP - Prémio Único 231.293
Projetos IFAP - Pagamento Complementar Comercialização 38.000
Projetos IFAP - MAA - Proder 30.373
Projetos IFAP - Apoio Regimes Qualidade 3.000
Projetos PRODER - Vinha e Olival 187.663
Projetos IFAP - INVESTIMENTOS 124.283 919.336
TOTAL 856.594 179.764 3.057.889
Demonstração dos resultados Balanço
31-12-2011
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
97
Quantias concedidasPeríodo de concessãoMedida de incentivo
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012, os subsídios ao investimento e exploração recebidos e por executar apresentam-se como segue:
Relação dos subsídios obtidos Entidade Objeto do Começo Fim Já recebidas Por receber/ concedente incentivo executar
Projeto Recup.Val.Casa Pintadas Inalentejo FEDER 02-02-2009 30-06-2013 114.496 110.568
Projeto Acropóle XXI - Centro Arte Cultura Inalentejo FEDER 01-01-2009 15-01-2013 2.021.645 309.934
Projeto Acropóle XXI - Pateo S.Miguel Inalentejo FEDER 01-01-2009 15-01-2013 1.272.327 568.346
Projeto QREN - Internacionalização QREN QREN 01-01-2008 31-12-2011 131.565
Projeto Factor P.M.E AiP QREN 01-12-2011 31-12-2012 40.586
Projeto Proder Florestação PRODER PRODER 25-02-2012 31-12-2014 666.665
Projeto Proder - Agropecuário PRODER PRODER 01-04-2010 30-09-2012 275.958
Projeto Proder - Vinha e Olival PRODER PRODER 01-02-2009 30-11-2013 188.034 443.564
Subtotais 3.728.067 2.415.621
Projeto Inventário ArtisticoArquidiocese -Divulgação Inalentejo FEDER 02-11-2009 30-04-2013 108.049 56.052
Projeto Inventário ArtisticoArquidiocese - Alcácer ADL PRODER 01-03-2010 15-10-2015 19.171 13.809
Projeto Inventário Artistico TERRASArquidiocese – Portel e Torrão DENTRO PRODER 01-03-2009 30-06-2011 34.592 3.973
Projeto Inventário ArtisticoArquidiocese - Campo Maior ADER-AL PRODER 01-07-2012 31-12-2012 39.814
Projeto Acrópole Comunicação Inalentejo FEDER 05-05-2011 15-01-2013 67.024 9.219
Projeto Conviver na Arte POCPET FEDER 01-01-2011 31-12-2012 32.064 42.936
Projeto Rede Transfronteiriço Voluntariado POCPET FEDER 10-10-2011 30-06-2013 76.013 73.987
Projeto Alentejo Empreende ADRAL FEDER 01-01-2010 31-12-2013 70.277
Projeto Comercial AICEP QREN 25-01-2011 31-12-2012 35.036 74.591
Projeto Comercial Internacional-O.C.M IFAP FEDER 01-01-2011 31-12-2013 18.967 106.986
Projeto P.O.P.H P.O.PH QREN 04-01-2012 31-12-2012 25.140 4.437
Subtotais 416.057 496.083
TOTAL 4.144.124 2.911.704
Subsídios relacionados
com ativos
Subsídios à exploração
Não
ree
mbo
lsáv
eis
98
Os valores são reconhecidos como rédito, à medida que os bens subsidiados vão sendo depreciados e de acordo com a vida útil dos mesmos, conforme segue:
Vinha Valbom IFAP 2004 2004 31.438 - 23.840 3.144 26.984 4.454
Atomizadores IFAP 2005 2005 10.865 - 9.281 1.358 10.639 226
Olival Alamo Cima IFAP Anterior a 2004 204.499 - 177.252 20.450 197.702 6.797
A.Horta(Rega e Semeador) IFAP Anterior a 2004 70.328 - 61.785 8.544 70.329 0
Lagar IFAP 2005 2005 366.335 - 241.722 39.051 280.773 85.561
Pinheiros IFAP 2005 2005 69.602 - 41.761 6.960 48.721 20.881
Murteiras Agro IFAP 2006 2006 104.767 - 57.771 10.477 68.248 36.520
Vitis Pinheiros IFAP 2006 2006 84.655 - 23.633 4.233 27.866 56.790
Vitis Vinha Álamo Cima IFAP 2010 2010 222.376 - - - - 222.376
IFAP 2011 2011 233.349 - - - - 233.349
Vitis Vinha Nova Adega IFAP 2006 2006 66.095 - 17.350 3.305 20.655 45.440
Vitis Vinha Valbom IFAP 2006 2006 79.530 - 25.515 3.976 29.491 50.038
Vitis Vinha Nova Casito IFAP 2006 2006 55.412 - 17.777 2.771 20.548 34.864
Vitis Replantação Talhão 16 IFAP 2006 2006 26.168 - 8.395 1.308 9.703 16.465
PRODER Vinha + Olival IFAP 2010 2011 188.034 3.140 - - - 188.034
PRODER Agropecuário IFAP 2012 2012 101.865 - - - - 101.865
2007 131.134 - 43.884 15.423 59.307 71.827
Restauro Frescos Casas Pintadas POC 2007 2010/2011 59.178 - - - - 59.178
2012 40.760 55.318 - - - 40.760
Conj. Arquelógico Murteiras POC 2008 2008 34.258 - 9.878 3.426 13.304 20.954
Região Norte- Ipcmae 2008 2008 1.990 - 1.908 83 1.991 0
Acrópole XXI - CAC Inalentejo 2009 2009/2010/2011 1.062.965 - - - - 1.062.965
2012 1.185.201 959.393 - - - 1.185.201
Acrópole XXI - Pateo Inalentejo 2009 2009/2010/2011 719.385 - - - - 719.385
Inalentejo 2012 1.035.948 564.252 - - - 1.035.948
Projeto Factor PME QREN 2011 2012 40.585 - - - - 40.585
Projeto Internacionalização QREN 2008 131.565 131.565 - - - -
TOTAL 6.358.289 1.713.667 761.752 124.508 886.260 5.340.464
RUBRICAS ENTIDADE FUNDO
ANO DE CONCESSÃO
DO PAGAMENTO
ATRIBUIDO NO ANO
TOTAL ATRIBUIDO
TOTAL RECEBIDO NO ANO
EM EXERCIOS ANTERIORES
NO EXERCICIO
TOTAL RENDIMENTOS POR
RECONHECER (NOTA 20)
VALOR DO FINANCIAMENTO RECONHECIDOS COMO RENDIMENTO
MOVIMENTOS OCORRIDOS EM 2012:
(+) Saldo inicial da conta 5931 - Subsídios para investimento 3.057.889
(-) Valor para rendimento do ano (Nota 25) -124.508
(+) Total pedidos pagamentos efetuados no ano 2.407.082,65
(=) Saldo final da conta 5931 - Subsídios para investimento 5.340.463
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
99
NOTA 14 – INVESTIMENTOS FINANCEIROS
A FEA gere os seus fundos de forma a assegurar o desenvolvimento das suas operações numa ótica de conti-nuidade. Neste contexto, a FEA analisa periodicamente a sua estrutura de Fundo Patrimonial e capital alheio, aplicando os excedentes, em face das atividades programadas e a desenvolver no período.
Para o efeito detém participações financeiras em entidades consideradas estratégicas, como suporte à sua atividade e outros investimentos, conforme abaixo se descreve.
14.1 – PARTICIPAÇÕES FINANCEIRAS
Descrição % Participação Valor % Participação Valor
Participações financeirasCATIVA - Companhia Agricola e Turistica da Quinta de Valbom, S.A. 100% 50.000 100% 50.000
CA Credito Agrícola - 500 - 500
Carnalentejana - Agrupamento de Produtores de Bovinos de Raça Alentejana, S.A. 4% 32.500 4% 32.500Unesul - 249 - 249C.A.L.E.V.A. - 249 - 249Camposdévora 1% 8.729 1% 8.729
A.D.R.A.L. - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo, S.A. 1% 2.994 1% 2.994
CEPAAL-Centro de Estudos e Promoção do Azeite do Alentejo 1% 500 1% 500
GRAEL-Sociedade de Granitos de Évora - 898 - 898Companhia de Celulose Ultramar - 1.347 - 1.347Lusitanos-Turismo Equestre, S.A. 1% 2.500 1% 2.500VIBOREL, Distribuição S.A. 12% 590.044 12% 590.044Lisgarante SA - 26.940 - 16.940Norgarante SA - 2.500 - 2.500Garval SA - 2.500 - 2.500Globalmilho, Lda - 150 722.600 712.450
Ajustamentos -11.223 -11.223
TOTAL 711.377 701.227
31-12-2012 31-12-2011
100
14.2 – OUTROS INVESTIMENTOS
Os outros investimentos detidos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 são detalhados conforme se segue:
As duas carteiras de ativos detidos, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, numa ótica de diversificação do risco são detalhadas conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Outros investimentos financeiros
Carteiras de investimento 4.289.520 3.644.795
Obras de arte 79.980 79.980
Sub-Total 4.369.500 3.724.775
Empréstimos (Nota 5) 321.635 321.635
TOTAL 4.691.135 4.046.411
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
TOTAL DA CARTEIRA 3.261.825 2.648.033
Depósitos à Ordem 250 371
Depósitos a Prazo 3.261.574 2.512.000
Obrigações 135.662
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
TOTAL DA CARTEIRA 1.027.695 996.762
Fundos 36.073
Obrigações 962.192 960.689
Liquidez 65.503
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
101
O valor dos depósitos a prazo encontra-se honorado em 2,6 milhões de euros como garantia ao financiamen-to JESSICA na componente BEI e BPI no montante de 1,4 milhões de euros e 238 mil euros, respetivamente.
Foram reconhecidos os ajustamentos por variações de justo valor conforme segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Ganhos por aumentos de justo valor
Investimento financeiros 51.049 142.777
Sub-Total 51.049 142.777
Perdas por redução de justo valor
Investimento financeiros (34.427) (123.257)
Sub-Total (34.427) (123.257)
TOTAL 16.622 19.521
14.3 – DIVIDENDOS OBTIDOS
Das participações detidas e carteiras de investimento, foram obtidos dividendos durante os exercícios de 2012 e 2011, num total de 84.070 Euros e 73.532 Euros, respetivamente.
102
NOTA 15 – INSTRUMENTOS FINANCEIROS
A FEA gere o seu capital de forma a assegurar que prosseguem as suas operações numa ótica de continuida-de. Neste contexto, analisa periodicamente a sua estrutura de “capital” (próprio e alheio).
Categorias de instrumentos financeiros
As categorias de ativos e passivos financeiros, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, são detalhadas conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Ativos Financeiros
Contas a receber de terceiros 7.218.186 4.282.723(Nota 15.1 e 15.4)
Caixa e equivalentes (Nota 4) 22.393 4.011
TOTAL 7.240.578 4.286.733
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Passivos Financeiros
Fornecedores (Nota 15.5) 2.110.531 2.077.185
Outras contas a pagar de terceiros 1.027.058 1.433.526(Nota 15.8)
Financiamento obtidos (Nota 16) 12.680.558 10.596.786
TOTAL 15.818.148 14.107.498
Risco de crédito
O risco de crédito está essencialmente relacionado com os saldos a receber de clientes e outros deve-dores, relacionados com a atividade operacional da FEA. O agravamento das condições económicas globais ou adversidades que afetem as economias a uma escala local, nacional ou internacional po-dem originar a incapacidade dos clientes da FEA para saldar as suas obrigações, com eventuais efeitos negativos nos resultados.
Este risco é monitorizado numa base regular, com o objetivo de limitar o crédito concedido a clientes, considerando o respetivo perfil e antiguidades das contas a receber; acompanhando-se a evolução do nível de crédito concedido e analisando a recuperabilidade dos valores a receber. As perdas de imparidade para as contas a receber são calculadas considerando:
• a análise da antiguidade das contas a receber;• o perfil de risco do cliente;• as condições financeiras dos clientes.
Em 31 de dezembro de 2012, é convicção do Conselho de Administração que as perdas por impa-ridade estimadas em contas a receber se encontram adequadamente relevadas nas demonstrações financeiras.
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
103
15.1 – CLIENTES
O detalhe da rubrica “Clientes”, registados em ativos correntes, em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é con-forme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Clientes curto prazo - corrente
Clientes Gerais - mercado nacional (a) 4.842.858 3.063.139
Clientes Gerais - mercado comunitário 116.293 37.501
Clientes Gerais - mercado externo 695.804 338.517
Sub-total 5.654.954 3.439.157
Clientes d e cobrança duvidosa 374.083 369.074
Perdas por imparidade acumuladas (Nota 11) (374.083) (369.074)
Sub-total 0 0
TOTAL 5.654.954 3.439.157
Nos exercícios findos em 31 dezembro 2012 e 2011 esta rubrica incluía os montantes de 2.023.886 Euros e 1.393.570 Euros, respetivamente, com entidades relacionadas (Nota 5).
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012 e 2011, a Fundação efetuou o reforço nas impari-dades acumuladas de clientes nos montantes de 13.950 Euros e 21.685 Euros, respetivamente (Nota 11).
104
15.2 – ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES
Foram efetuados adiantamentos a fornecedores nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 conforme segue:
15.3 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos”, saldos devedores, em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Adiantamento a fornecedores 7.660 28.854
TOTAL 7.660 28.854
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) - Dec.Lei 20/90 21 1.365
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) - A Recuperar 108.121 93.374
Retenção de impostos sobre o rendimento 10.063
TOTAL 108.141 104.802
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
105
15.4 – OUTRAS CONTAS A RECEBER
O detalhe da rubrica “Outras contas a receber” em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Outras Contas a Receber
Devedores por acréscimo de rendimentos
Subsídios à exploração por receber (a) 314.103 160.981
Indemnizações por expropriações (Nota 25) (b) 254.188
Juros a receber (c) 123.516 5.260
Outros acréscimos de rendimentos ( d) 42.797 59.603
Sub-total 480.417 480.032
Devedores diversos
Pessoal 92.943 87.227
Cauções 6.944 6.965
Proj. Investimento e outros (e ) 935.215 225.652
Outros 61.780 43.690
Sub-total 1.096.883 363.533
Perdas por imparidade (Nota 11) (14.068)
TOTAL 1.563.231 843.566
106
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica apresenta o seguinte detalhe:
Em 31 de dezembro de 2011 foram registadas indemnizações respeitantes a processos de expropria-ção de terrenos rústicos pertencentes à Fundação.
Esta rubrica no ano 2012 e 2011 diz respeito a juros a receber de depósitos a prazo.
Em 2011 esta rubrica inclui os montante de 23.009 Euros relativos a outros rendimentos vencidos e não debitados a entidades relacionadas (Nota 5).
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 esta rubrica inclui os montantes relativos a pedidos de pagamen-to submetidos e por receber de projetos contratados.
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Subsídios à exploração por receber
Sub. IFAP - Prémio único 507
Sub. IFAP - Animais 38.000 69.143
Sub. IFAP - Apoio ao regime de qualidade 3.000
Sub. IFAP - Medidas Agro-Ambientais 19.638 9.047
Subs. Inalentejo - Projeto Acrópole XXI - Divulgação 11.506 3.123
Subs. Inalentejo - Projeto Alentejo Empreende 12.674 13.449
Subs. Inalentejo - Projeto Divulgação Alentejo Inventário Artistico 20.199 23.256
Subs. Proder - Projeto Inventário Artístico Alcácer 12.182 12.182
Subs. Proder - Projeto Inventário Artístico Campo Maior 36.633
Subs. POCPET - Projeto Conviver na Arte 2.574 10.464
Subs. POCPET - Projeto Rede Transfronteiriça Vol. 38.446 16.811
Subs. O.C.M - Projeto Internacionalização 60.534
Subs. QREN - Projeto Internacionalização 58.497
Subs. POPH - Projeto Formação 3.219
TOTAL 314.103 160.981
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
107
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Fornecedores Curto Prazo - Corrente
Fornecedores 2.106.609 2.073.263
Fornecedores retenções efetuadas 3.923 3.923
TOTAL 2.110.531 2.077.185
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Estado e outros entes públicos
Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA) -
Retenção de Impostos Sobre o Rendimento (IRS) 84.137 31.677
Contribuições para a Segurança Social 102.290 72.794
TOTAL 186.426 104.472
15.5 – FORNECEDORES
O detalhe da rubrica “Fornecedores” em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
15.6 – ADIANTAMENTO DE CLIENTES
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 não existiram “Adiantamento de clientes”.
15.7 – ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS
O detalhe da rubrica “Estado e outros entes públicos”, saldos credores, em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 estas rubricas incluíam os montantes de 407.165 Euros e 130.491 Euros, respetivamente, relativos a contas a pagar a entidades relacionadas (Nota 5).
108
15.8 – OUTRAS CONTAS A PAGAR
O detalhe da rubrica “Outras contas a pagar” em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Outras contas a pagar
Fornecedores de investimento 162.861 790.899
Credores diversos:
Credores por acréscimo de gastos:
Remunerações a liquidar 593.481 409.360
TSU a liquidar 7.289 2.502
Juros a liquidar 110.818 110.976
Seguros a liquidar 5.784 -
Tarifas a liquidar 5.175 18.361
Outros 93.716 63.524
Sub-total 816.262 604.723
Outros credores 47.025 36.864
Pessoal
Pessoal 910 1.040
TOTAL 1.027.058 1.433.526
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
109
NOTA 16 – FINANCIAMENTOS OBTIDOS
O detalhe da rubrica “Financiamentos obtidos”, enquanto passivo corrente, em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Financiamentos obtidos (Passivo não corrente)
Empréstimos bancários - financiamento para investimento (a) 7.929.139 8.028.049
Financiamentos obtidos (Passivo corrente)
Empréstimos bancários - financiamento para investimento (a) 4.740.254 2.531.390
Locações Financeiras 11.165 37.347
Sub-total 4.751.419 2.568.737
TOTAL 12.680.558 10.596.786
ANOS 31-12-2012 31-12-2011
2012 2.531.390
2013 4.740.254 2.544.298
2014 2.087.951 1.885.418
2015 1.614.164 1.392.661
2016 1.612.252 1.390.075
2017 687.910 478.914
2018 440.367 336.683
2019 36.657
2020 36.657
2021 201.883
2022 201.883
2023 201.883
2024 201.883
2025 201.883
2026 201.883
2027 201.882
TOTAL 12.669.393 10.559.439
A contratualização de financiamentos bancários vence juros a taxas e condições normais do mercado, sendo o horizonte temporal para o seu reembolso conforme segue:
Valor Reembolsar
110
NOTA 17 – DIFERIMENTOS
Ativos
O detalhe da rubrica “Diferimentos ativos”, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, é conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Gastos a reconhecer
Seguros 24.698 -
Exposição - Inventário Patrimonio Arquidiocese Évora 12.850
Outros gastos a reconhecer 6.378 2.040
TOTAL 31.075 14.890
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Rendimentos a reconhecer
Rendas 37.660 29.759
TOTAL 37.660 29.759
Passivos
O detalhe da rubrica “Diferimentos”, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, é conforme se segue:
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
111
NOTA 18 – INVENTÁRIOS, VARIAÇÃO DA PRODUÇÃO E CUSTO DAS MERCADORIAS VEN-DIDAS E DAS MATÉRIAS CONSUMIDAS
Os inventários à data de 31 de dezembro de 2012 e 2011, assumem a seguinte expressão:
Mercadorias 421.928 421.928 397.296 397.296
Matérias-primas, subsid. e consumo 1.518.223 1.518.223 1.420.087 1.420.087
Produtos acabados e intermédios 8.600.574 (934.097) 7.666.478 9.428.420 (934.097) 8.494.323
TOTAL 10.540.725 (934.097) 9.606.628 11.245.803 (934.097) 10.311.706
Inventários no começo do período 8.494.323 5.708.316 14.202.640 7.844.189 5.486.434 13.330.623
Amortizações / (reduções) (335.524) 374.753 39.229 (659.892) 222.246 (437.646)
Inventários no fim do período 7.666.478 6.093.449 13.759.927 8.494.323 5.708.316 14.202.640
Variações nos inventários da produção (1.163.370) 759.886 (403.484) (9.757) 444.128 434.371
Quantias escrituradas de inventários
Demonstração das variações nos inventários da produção
Quantias brutas
Produtos acabados e intermédios
Produtos acabados e intermédios
Perdas por imparidade acumuladas
Ativos Biologicos (Nota 19)
Ativos Biologicos (Nota 19)
Perdas por imparidade acumuladas
Quantias (líquidas)
escrituradas
Totais Totais
Quantias (líquidas)
escrituradas
Quantias brutas
31-12-2011
31-12-2011
31-12-2012
31-12-2012
A variação da produção à mesma data é representada conforme segue:
-
+/-
+
=
112
O custo das mercadorias vendidas e das matérias consumidas apresenta-se como segue:
Inventários no começo do período 397.296 1.420.087 1.817.383 357.949 1.282.189 1.640.138
Inventários no fim do período 421.928 1.518.223 1.940.151 397.296 1.420.087 1.817.383
Custo das mercadorias vendidas - 4.127.968 - 4.121.202e das matérias consumidas
Quantias de inventários reconhecidas como gastos durante o período
Mercadorias MercadoriasMatérias--primas,
subsidiárias e de consumo
Matérias--primas,
subsidiárias e de consumo
Totais Totais
31-12-201131-12-2012
Compras 4.676.498 4.676.498 4.591.568 4.591.568
425.762 425.762 293.121 293.121
Devoluções de compras Descontos e abatimentos em comprasC
OM
PRA
S
Dem
onst
. cu
sto
mer
cado
rias
ve
ndid
as e
mat
éria
s co
nsum
idas
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
113
Vinhas
Olival
Gados
Gados Reprodutores
Silvicolas
Cortiça
Trigo
Aveia
Cevada
Sementes
Azeitona
Critérios de mensuração
NOTA 19 – ACTIVOS BIOLÓGICOS
Os ativos biológicos detidos à data de 31 de dezembro de 2012 e 2011, encontram-se mensurados com base nos seguintes critérios:
Identificação dos gru-pos de ativos biológicos e dos grupos de produ-tos agrícolas no ponto
de colheita
Métodos e pressupostos aplicados na determinação do justo valor dos grupos
mensurados pelo justo valor menos os custos estimados
no ponto de venda
Razões pela quais os justos valores não
podem ser fiavelmente mensurados
Custo Aquisição
Justo valor
Custo Aquisição
Custo AquisiçãoCusto Aquisição
Quotas constantes por duodecímos
Quotas constantes por duodecímos 50
25
20
2,00%
4,00%
5,00%
Grupos de ativos biológicos mensurados, no fim do período, pelo custo menos depreciações acumulada e perdas por imparidade acumuladas
Método de depreciação
usado
Vidas úteis Taxas de depreciação
usadas
Ativosbiológicos
ProdutosAgrícolas
Custo de aquisição depreciado
Justo Valor-Custos estimados no ponto de venda
Não se aplica
114
Os inventários decorrentes dos ativos biológicos detidos em 31 de dezembro de 2012 e 2011, tem a seguinte composição:
Ativos biológicos de consumo 51.594 - 51.594 47.290 - 47.290
Plantas 51.594 - 51.594 47.290 - 47.290
Ativos biológicos de produção 7.915.604 (1.873.749) 6.041.855 7.358.391 (1.697.365) 5.661.026
Animais 2.036.900 (261.900) 1.775.000 1.830.120 (244.658) 1.585.462
Especies Florestais 426.765 - 426.765 299.330 - 299.330
Especies Silvicolas 206.168 (67.565) 138.604 203.238 (63.500) 139.738
Vinhas 4.080.949 (1.404.502) 2.676.447 3.917.302 (1.272.043) 2.645.259
Olival 1.132.683 (139.782) 992.901 1.087.805 (117.164) 970.641
Culturas em curso 32.138 - 32.138 20.596 - 20.596
TOTAIS 7.967.198 (1.873.749) 6.093.449 7.405.682 (1.697.365) 5.708.316
Quantias Depreciações Quantias Quantias Depreciações Quantias brutas acumuladas Líquidas Brutas acumuladas Líquidas
Ativos biológicos mensurados, no fim do período, ao custo menos depreciações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas
Quantias Escrituradas Quantias Escrituradas
31-12-201131-12-2012
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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NOTA 20 – FUNDOS PATRIMONIAIS
O detalhe da rubrica “Fundos patrimoniais”, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, é conforme se segue:
20.1 – DOAÇÕES
No exercício findo em 31 de dezembro de 2012 as doações incluem o montante 476.738 Euros relativo a doações efetuadas por D. Maria Teresa Burnay d’Almeida Belo Eugénio de Almeida, registadas na contabili-dade nos exercícios de 2011 e 2012, conforme discriminado abaixo: (Nota 7):
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Fundos patrimoniais
Fundo social 13.705.205 13.705.205
Outras reservas 22.325.394 22.579.297
Resultados transitados 1.337.583 1.337.583
Outras variações nos fundos patrimoniais
Diferenças de conversão para NCRF -20.200 -20.200
Subsídios (Nota 13) 5.340.464 3.057.889
Doações (Nota 20.1) 487.319 487.317
Outras (Nota 20.2) 15.869.608 15.869.608
Sub-total 21.677.190 19.394.614
Resultados liquido do período 788.282 445.399
TOTAL 59.833.654 57.462.097
2011Prédio Urbano - Largo Dr. Mário Chicó nº 5 e 6 11.325
2011Bens Móveis da Biblioteca Eugénio de Almeida 44.892
2011Bens Móveis do Arquivo Eugénio de Almeida 249.399
2011Bens Móveis do Museu de Carruagens 47.044
2011Bens Móveis do Paço de S. Miguel - Évora 124.077
2012Outros 1
TOTAL 476.738
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20.2 – OUTRAS
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011, esta rubrica dizia respeito a uma reavaliação do património rústico.
NOTA 21 – FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS
A rubrica de “Fornecimentos e serviços externos”, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, é detalhada conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Subcontratos Serviços Especializados: Trabalhos Especializados 1.020.050 1.392.716Publicidade 1.108.709 409.278Vigilância 203.324 198.139Honorários 305.339 212.582Conservação e Reparação 356.924 388.251Materiais: Ferramentas Desgaste Rápido 174.527 133.225Material de Escritório 12.493 13.886Livros e Doc. Técnica 1.958 2.441Artigos para Oferta 9.859Outros Materias 1.800Energia e fluídos: Eletricidade 399.348 299.347Combustíveis 43.495 46.227Água 128.245 77.178Outros Fluídos 29.059 25.701Deslocações, estadas e transportes: Deslocações e Estadas 114.193 114.719Transportes de Mercadorias 111.148 88.855Serviços Diversos: Rendas e Alugueres 370.791 339.088Comunicações 125.181 147.928Seguros 66.051 90.170Royalties 5.294 1.371Contencioso e Notariado 11.302 1.946Limpeza, Higiene e Conforto 22.861 33.983Segurança, Higiene e Saúde Trab. 18.432 19.481Outros Serviços 110.949 89.097
TOTAL 4.739.673 4.137.268
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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NOTA 22 – GASTOS COM O PESSOAL
A rubrica “Gastos com o pessoal”, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, detalha-se da seguinte forma:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011 Gastos com o pessoal Remunerações do pessoal efetivo 2.955.964 2.675.218Remunerações do pessoal sazonal 736.448 674.262Encargos sobre as remunerações 674.534 603.378Seguros de acidentes de trabalho e doenças profissionais 73.817 68.060PER 72.088Medis 36.544 27.488Formação 23.589 19.366Outros gastos com pessoal 6.359 8.376
TOTAL 4.507.255 4.148.236
Recursos humanos 2012 2011 Número de trabalhadores no final do período 246 234Número médio de trabalhadores ao longo do período 246 222Idade média dos trabalhadores 41,89 41,54Antiguidade média dos trabalhadores (anos) 9 9Horas de formação totais 4.448 2.683Média de horas de formação por trabalhador 18,10 12,11Gastos com o pessoal 4.507.255 4.148.236Gastos médios por trabalhador 18.341 18.728
Os honorários faturados pelo Revisor Oficial de Contas, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, foram de 41.000 Euros em cada ano.
O número médio de pessoas ao serviço da Fundação durante os exercícios de 2012 e 2011 foi de 246 e 222 colaboradores, respetivamente.
Os órgãos sociais da Fundação são constituídos por cinco administradores e três membros do conselho fiscal, que não auferem qualquer remuneração, de acordo com os estatutos e legislação aplicável às IPSS.
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NOTA 23 – GASTOS/REVERSÕES DE DEPRECIAÇÃO E AMORTIZAÇÃO
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Gastos/Reversões de depreciação e amortização” apresen-tava a seguinte composição:
NOTA 24 – VENDAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS E OUTROS RENDIMENTOS
Em 31 de dezembro de 2012 e 2011 a rubrica “Vendas e Prestações de serviços” apresentava a seguinte composição:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Gastos/Reversões de Depreciação e Amortização
Ativos fixos tangíveis (Nota 7) 2.458.053 2.356.908
Ativos intangíveis(Nota 6) 45.000 56.808
Propriedades de investimento(Nota 8) 88.830 86.927
Ativos Biológicos 176.384
TOTAL 2.768.267 2.500.642
Vendas 31-12-2012 31-12-2011
Produtos Agrícolas 683.755 495.144
Produtos Silvicolas 57.475 531.825
Produtos Pecuários 770.274 669.040
Produtos Vitivinícolas 13.556.245 10.521.828
Produtos Oleícolas 1.277.790 1.094.776
Mercadorias da Loja e Forum E.A 27.070 32.287
Total Vendas 16.372.609 13.344.900
Prestações Serviços 189.919 196.608
Total Vendas e Prestações de Serviços 16.562.528 13.541.508
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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NOTA 25 – OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS
A rubrica “Outros rendimentos e ganhos”, em 31 de dezembro de 2012 e 2011, detalha-se da seguinte forma:
NOTA 26 – TRABALHOS PARA A PRÓPRIA ENTIDADE
A decomposição da rubrica de “Trabalhos para a própria entidade” em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
Esta rubrica diz respeito, fundamentalmente às rendas com propriedades de investimento.
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Outros rendimentos e ganhos
Rendimentos suplementares 6.377 29.949
Rendimentos e ganhos em investimentos financeiros (a) 374.264 358.686
Rendimentos e ganhos em investimentos não financeiros 31.962 112.711
Rendas de prédios rústicos 49.222 48.488
Correcções relativas a períodos anteriores 52.546 151.309
Imputações de subsídios para investimentos (Nota 13) 124.508 179.764
Indemnizações por expropriações (Nota 15.4) 254.188
Sobras de inventário 2.649 32.339
Outros rendimentos e ganhos 62.330 118.937
Juros obtidos 319.937 117.300
TOTAL 1.023.795 1.403.673
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Trabalhos para Própria Entidade
Ativos Fixos Tangíveis 592 -
TOTAL 592 -
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NOTA 27 – OUTROS GASTOS E PERDAS
A decomposição da rubrica de “Outros gastos e perdas” em 31 de dezembro de 2012 e 2011 é conforme se segue:
NOTA 28 – PROVISÕES DO PERÍODO
As provisões do período reconhecidas em 31 de dezembro de 2012 e 2011 são detalhadas conforme se segue:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Outros gastos e perdas
Impostos 121.689 162.752
Quotização 24.528 19.928
Descontos Pronto Pagamento Concedidos 13.510 9.775
Ofertas 7.462 3.980
Quebras de Inventário 16.455 9.696
Perdas em instrumentos financeiros 13.461 251.197
Correcções relativas a períodos anteriores 59.756 64.990
Indemnização de processos (Nota 12.1) 132.111
Outros gastos e perdas 1.845 19.792
Diferenças de câmbio desfavoraveis 53.300 22.260
Outros gastos e perdas financeiras 140.058 64.078
TOTAL 584.175 628.448
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Provisões do período
Processos judiciais em curso (Nota 12.1) 547.241 -
TOTAL 547.241 -
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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NOTA 29 – JUROS E GASTOS SIMILARES SUPORTADOS
Os juros e gastos similares suportados reconhecidos em 31 de dezembro de 2012 e 2011 são detalhados conforme se segue:
NOTA 30 – DÍVIDAS EM MORA À SEGURANÇA SOCIAL
Nos termos do nº 1 do art.º 21, do Dec. Lei nº 411/91, de 17 de Outubro, declara-se que não existem dívidas em mora ao Sector Público Estatal ou à Segurança Social e que os saldos contabilizados em 31 de dezembro de 2011, correspondem à retenção na fonte, descontos e contribuições referentes a dezembro, e cujo pagamento se efetuou em Janeiro de 2012.
O montante de juros suportados está essencialmente associado aos juros com empréstimos bancários contraídos junto das instituições financeiras, bem como juros com contas correntes caucionadas.
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
Juros e gastos similares suportados
Juros suportados 492.997 339.045
TOTAL 492.997 339.045
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NOTA 31 – TRANSFERÊNCIAS PARA TERCEIROS
No âmbito da atividade estatutária, durante os exercícios de 2012 e 2011, foram efetuadas as seguin-tes transferências:
Descrição 31-12-2012 31-12-2011
TRANSFERÊNCIAS PARA TERCEIROS 793.180 736.936
Área Cultural e Educativa 175.000 243.017
Apoios regulares 94.126 134.126
Programas regulares 13.636 22.264
Subsídios pontuais 67.237 86.627
Área Social 382.568 229.657
Apoios regulares 49.233 49.087
Programas regulares 159.079 104.261
Subsídios pontuais 174.255 57.950
Área Espiritual 235.612 261.262
Apoios regulares 112.262 100.262
Programas regulares 85.000 106.500
Subsídios pontuais 38.350 54.500
CONTAS
RELATÓRIO &CONTAS20
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NOTA 32 - ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO
32.1 – AUTORIZAÇÃO PARA EMISSÃO
As demonstrações financeiras para o exercício findo em 31 de dezembro de 2012 foram aprovadas pelo Conselho de Administração e autorizadas para emissão em 5 de abril de 2013.
32.2 – INDICAÇÃO SOBRE SE FORAM RECEBIDAS INFORMAÇÕES APÓS A DATA DO BALANÇO ACERCA DE CONDIÇÕES QUE EXISTIAM À DATA DO BALANÇO. EM CASO AFIRMATIVO, INDICA-ÇÃO SOBRE SE, FACE ÀS NOVAS INFORMAÇÕES, FORAM ATUALIZADAS AS DIVULGAÇÕES QUE SE RELACIONAM COM ESSAS CONDIÇÕES.
Não foram recebidas informações relevantes que justificassem a alteração das divulgações já efetua-das.
33.3 – ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO QUE NÃO DERAM LUGAR A AJUSTAMENTOS
Não ocorreram acontecimentos relevantes após a data do balanço que dariam lugar a ajustamentos.
O Conselho de Administração O Técnico Oficial de Contas
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ORGÃOS SOCIAIS
CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOPresidente e Representante da Arquidiocese de Évora
Rev. Cónego Dr. Eduardo Pereira da Silva
Representante da Universidade de ÉvoraProfessor Doutor Carlos Braumann
Delegado do Corpo Docente do Instituo Superior de Teologia de ÉvoraRev. Cónego Dr. António José Morais Palos
VogaisDr. Henrique Manuel Fusco Granadeiro
Major-General Fernando Nunes Canha da Silva
CONSELHO FISCALPresidente
Rev. Cónego Dr. Manuela Maria Madureira da Silva
Representante da Universidade de ÉvoraProfessor Doutor Carlos Braumann
VogaisDr. Luís Alfacinha de Brito
Dr. Manuel Jorge Pombo Cruchinho
ADMINISTRADOR DELEGADOEng. Luís António Faria Rosado
SECRETÁRIA GERALDra. Maria do Céu Baptista Ramos
130
Páteo de S. Miguel, Apartado 20017001-901 ÉvoraTel. 266 748 300 Fax 266 705 [email protected]/fundacaoeugeniodealmeida