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Revista de Enfermagem da UFPI REUFPI PESQUISA / RESEARCH / INVESTIGACIÓN Percepção de enfermeiras sobre as relações interpessoais na consulta de enfermagem Nurses perceive interpersonal relations in nursing consultation Percepcion de las enfermeras en las relaciones interpersonales en la consulta de enfermería Inez Sampaio Nery 1 , Ivanilda Sepúlveda Gomes 2 , Samara Dourado Santos Moraes 3 , Lívia Maria Melo Viana 4 1 Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Profa. Associado II do Departamento de Enfermagem e do Programa de Mestrado em Enfermagem e Políticas Públicas da Universidade Federal do Piauí (UFPI). Teresina - PI, 2 Enfermeira da FMS e Hospital Universitário. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPI. Teresina - PI, 3 Enfermeira da MDER e FMS. Professora da FSA. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPI. Teresina - PI, 4 Enfermeira da FMS. Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFPI. Teresina - PI. Submissão: 10/02/2011 Aprovação: 06/04/2011 Correspondência: Rua Antonio Chaves 1896, Bairros dos Noivos. CEP: 64.045-340. Teresina-PI. E-mail: [email protected]); RESUMO A enfermeira, ao estabelecer relações sociais com o assistido, deve evitar a superficialidade nesse atendimento, demons- trar interesse mais amplo pelo que o cliente fala. Os objetivos foram descrever a percepção das enfermeiras sobre a relação enfermeira/cliente durante a consulta de enfermagem, analisar a relação interpessoal prestada pela enfermeira ao cliente na consulta de enfermagem e identificar o conhecimento das enfermeiras acerca do relacionamento interpessoal enquanto discentes. Os sujeitos foram dez enfermeiras, com idades entre 28 e 64 anos, que realizavam Consultas de Enfermagem em Unidade Básica de Saúde. Três categorias emergiram: Percepção do relacionamento interpessoal as quais foram unânimes em elencar essas relações como boas ou muito boas; Importância das Relações interpessoais, sendo a confiança a principal base para uma assistência qualificada; As enfermeiras e o conhecimento das relações interpessoais na graduação onde observou-se relatos afirmativos e outros não. É através do acolhimento nas consultas de enfermagem, que é estabelecida uma relação de confiança que fortalece o vínculo profissional-cliente. Descritores: Percepção. Relações interpessoais. Enfermagem. ABSTRACT The nurse, to establish social relations with assisted, it should avoid cutting in attendance, demonstrating broader interest by the customer speaks. The objectives were to describe nurses' perceptions about the relationship nurse/client, analyze the interpersonal relationship provided by the nurse in consultation with the client and verify that the nurses had interviewed students as theoretical and practical knowledge about interpersonal relationships. The subjects were ten nurses, aged between 28 and 64, who performed the nursing consultations in the Basic Health Three categories emer- ged: Perception of interpersonal relationships which unanimously to list these relations as good or very good; Importan- ce of Relationship interpersonal trust is the main basis for qualified medical care, nurses and knowledge of interpersonal relations in degrees where there were reports assertive and not others. It is through acceptance in clinical nursing, which is an established relationship of trust that strengthens the bond professional-client relationship. Descriptors: Perception. Interpersonal relations. Nursing RESUMEN El personal de enfermería, para establecer relaciones sociales con la asistencia, se debe evitar el corte en la asistencia, lo que demuestra un interés más general por el cliente habla. Los objetivos fueron describir las percepciones de las enfermeras sobre la relación enfermera/cliente, analizar las relaciones interpersonales proporcionada por la enfermera en consulta con el cliente y verificar que las enfermeras habían entrevistado a los estudiantes como el conocimiento teórico y práctico acerca de las relaciones interpersonales. Los sujetos fueron diez enfermeras, de edades comprendidas entre 28 y 64, que realizó la consulta de enfermería en las categorías Básica de Salud Surgieron tres: Percepción de las relaciones interpersonales que por unanimidad a la lista de estas relaciones como buena o muy buena; importancia de la relación la confianza interpersonal es la base principal para una asistencia médica calificada, las enfermeras y el conocimiento de las relaciones interpersonales en grados, donde hubo otros informes asertivo y no. Es a través de la aceptación de la enfermería clínica, que es una relación que se establece de confianza que fortalece la relación de vínculo profesional-cliente. Descriptores: Percepción. Relaciones interpersonales. Enfermería. Rev Enferm UFPI, Teresina 2012 jan-abr; 1(1): 29-35 29

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Revista deEnfermagemda UFPIREUFPIPESQUISA / RESEARCH / INVESTIGACINPercepo de enfermeiras sobre as relaes interpessoais naconsulta de enfermagemNurses perceive interpersonal relations in nursing consultationPercepcion de las enfermeras en las relaciones interpersonales en la consulta de enfermeraInez Sampaio Nery1, Ivanilda Seplveda Gomes2, Samara Dourado Santos Moraes3, Lvia Maria Melo Viana41Enfermeira. Doutora em Enfermagem. Profa. Associado II do Departamento de Enfermagem e do Programa deMestrado em Enfermagem e Polticas Pblicas da Universidade Federal do Piau (UFPI). Teresina - PI, 2Enfermeira daFMS e Hospital Universitrio. Mestranda do Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da UFPI. Teresina - PI,3Enfermeira da MDER e FMS. Professora da FSA. Mestranda do Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da UFPI.Teresina - PI, 4Enfermeira da FMS. Mestranda do Programa de Ps-Graduao em Enfermagem da UFPI. Teresina - PI.Submisso: 10/02/2011 Aprovao: 06/04/2011Correspondncia:Rua AntonioChaves1896,BairrosdosNoivos.CEP:64.045-340.Teresina-PI.E-mail:[email protected]);RESUMOA enfermeira, ao estabelecer relaes sociais com o assistido, deve evitar a superficialidade nesse atendimento, demons-trar interesse mais amplo pelo que o cliente fala. Os objetivos foram descrever a percepo das enfermeiras sobre arelao enfermeira/cliente durante a consulta de enfermagem, analisar a relao interpessoal prestada pela enfermeira aocliente na consulta de enfermagem e identificar o conhecimento das enfermeiras acerca do relacionamento interpessoalenquanto discentes. Os sujeitos foram dez enfermeiras, com idades entre 28 e 64 anos, que realizavam Consultas deEnfermagem em Unidade Bsica de Sade. Trs categorias emergiram: Percepo do relacionamento interpessoal asquais foram unnimes em elencar essas relaes como boas ou muito boas; Importncia das Relaes interpessoais,sendo a confiana a principal base para uma assistncia qualificada; As enfermeiras e o conhecimento das relaesinterpessoais na graduao onde observou-se relatos afirmativos e outros no. atravs do acolhimento nas consultasde enfermagem, que estabelecida uma relao de confiana que fortalece o vnculo profissional-cliente.Descritores: Percepo. Relaes interpessoais. Enfermagem.ABSTRACT The nurse, to establish social relations with assisted, it should avoid cutting in attendance, demonstrating broaderinterest by the customer speaks. The objectives were to describe nurses' perceptions about the relationship nurse/client,analyze the interpersonal relationship provided by the nurse in consultation with the client and verify that the nurses hadinterviewed students as theoretical and practical knowledge about interpersonal relationships. The subjects were tennurses, aged between 28 and 64, who performed the nursing consultations in the Basic Health Three categories emer-ged: Perception of interpersonal relationships which unanimously to list these relations as good or very good; Importan-ce of Relationship interpersonal trust is the main basis for qualified medical care, nurses and knowledge of interpersonalrelations in degrees where there were reports assertive and not others. It is through acceptance in clinical nursing, whichis an established relationship of trust that strengthens the bond professional-client relationship.Descriptors: Perception. Interpersonal relations. NursingRESUMEN El personal de enfermera, para establecer relaciones sociales con la asistencia, se debe evitar el corte en la asistencia, loque demuestra un inters ms general por el cliente habla. Los objetivos fueron describir las percepciones de las enfermerassobre la relacin enfermera/cliente, analizar las relaciones interpersonales proporcionada por la enfermera en consulta con elcliente y verificar que las enfermeras haban entrevistado a los estudiantes como el conocimiento terico y prctico acerca delas relaciones interpersonales. Los sujetos fueron diez enfermeras, de edades comprendidas entre 28 y 64, que realiz laconsulta de enfermera en las categoras Bsica de Salud Surgieron tres: Percepcin de las relaciones interpersonales quepor unanimidad a la lista de estas relaciones como buena o muy buena; importancia de la relacin la confianza interpersonales la base principal para una asistencia mdica calificada, las enfermeras y el conocimiento de las relaciones interpersonalesen grados, donde hubo otros informes asertivo y no. Es a travs de la aceptacin de la enfermera clnica, que es una relacinque se establece de confianza que fortalece la relacin de vnculo profesional-cliente.Descriptores: Percepcin. Relaciones interpersonales. Enfermera.Rev Enferm UFPI, Teresina 2012 jan-abr; 1(1): 29-35 29sam de cuidados e de algum que os dem, para satis-fazer assim suas necessidades(6).Cabeenfatizarqueaprticaemsade,enquantouniverso das relaes interpessoais, tem na comunica-o um instrumento privilegiado de atuao, e que nasrelaes desenvolvidas pelos profissionais de sade significativasuautilizao,bemcomoainvestigaoda comunicao na sua manifestao no-verbal(7).Assim, partindo-se do princpio que a Enfermagem entendida como a "cincia do cuidar", este um pro-cesso na qual a enfermeira deve se envolver completa-mente com o cliente para desenvolver uma relao exi-tosa e fundamental para o processo sade-doena. Aefetivao dessa relao dar-se- durante a Consultade Enfermagem, a qual requer por parte do profissio-nal, o ato de interagir procurando sentir o que o clientequerpassar,entend-locomoumserquetememo-es, sofrimentos, momentos de alegria, um ser huma-no. Ao mesmo tempo, a enfermeira deve procurar trans-mitir sua mensagem e, consequentemente, tentar pas-sar segurana para o cliente.A denominao "Consulta de Enfermagem" (CE)surgiu no Brasil na dcada de 60, durante o II Curso dePlanejamento de Sade da Fundao de Ensino Espe-cializado de Sade Pblica e que, em 1986, foi legiti-mada como atividade privativa do Enfermeiro obtendorespaldo legal atravs da promulgao da Lei n 7.498,de 25 de junho de 1986(8).Trata-se de uma atividade liberal, de natureza cien-tfica e privativa da enfermeira que visa a identificar eequacionar os problemas de sade de um individuo eindicar medidas e cuidados frente interao entre o pro-fissional e o cliente(8-9). Onde se destaca que a profissio-nal de enfermagem deve reconhecer que no pode im-por a sua prpria realidade aos outros, sendo necess-rio que o dilogo favorea o respeito ao pensamento eatitude da pessoa assistida, uma vez que, durante a con-sulta fundamental a participao ativa do assistido(3).Destaca-se que a CE deve acontecer em um localem que seja possvel a expresso/captao de neces-sidades, bem como a resoluo de problemas da com-petncia profissional de enfermeiras e de forma articu-lada com outros profissionais, com carter de identifi-cao de necessidades e de interveno com enfoqueclnico-educativo. fundamental adotar elementos quetornem a consulta um momento de troca e crescimentopara clientes e profissionais; na qual a forma tradicionale mecanizada deve ser substituda por um processo deinter-relao contnua, para construir novos valores epossibilidades prticas em sade, em que os profissio-nais so facilitadores e os clientes assumem papel desujeitos(10).Visando a garantia dessa assistncia de enferma-gem qualificada, o Conselho Federal de Enfermagem -COFEN instituiu a Resoluo n 272/2002 que dispu-nha sobre a Sistematizao da Assistncia de Enfer-magem - SAE; esta foi revogada pela Resoluo CO-FEN n 358/2009, a qual alm de dispor sobre a SAE1 INTRODUOA percepo consiste na representao que cadaser humano tem de si prprio e de tudo que faz partede seu meio e de sua realidade. Esta compreenso seletivaparacadapessoa,oquesignificaquequal-quer situao vivenciada de uma maneira nica porcada um dos indivduos envolvidos(1). designada comosendo o ato pelo qual tomamos conhecimento de umobjeto do meio exterior. A maior parte de nossas per-cepesconscientesprovemdomeioexterno,por-tanto a apreenso de uma situao objetiva baseadaem sensaes acompanhadas de juzos(2).A interao de dois ou mais seres humanos, demodo a compartilhar seus sentimentos, valores e sig-nificados,medianteoestabelecimentodacomunica-o uma caracterstica da relao interpessoal. Nes-ta relao, o ideal que no se limite fala, mas tam-bm a diversas formas de expresso e manifestaocorporal que so importantes para que a profissionalenfermeira realize uma consulta adequada(1-2).A enfermeira, ao estabelecer uma relao pro-fissional, deve evitar a superficialidade durante o aten-dimento, demonstrar interesse mais amplo pelo que acliente fala. Faz-se mister ressaltar que, nessa relao, relevante a linguagem verbal e no-verbal, as quaispossibilitam uma inter-relao entre os indivduos, per-mitindo assim avanar na abordagem dos discursos eprocurar, pela comunicao, entender as manifestaesda realidade do individuo(3).Em funo da importncia das relaes interpes-soais, na dcada de 50, a Teoria das Relaes Inter-pessoais, proposta por Peplau, foi introduzida na en-fermagem afirmando que as fases do processo inter-pessoal indicam que a enfermeira pode assumir diver-sos papis, entre eles: estabelecer uma relao de con-fiana e respeito no interesse no qual se pretende al-canar com a pessoa que mantm a inter-relao; for-necerrespostassindagaesdospacientesprinci-palmentequelesqueestodiretamenteassociadosaos problemas enfrentados por estes; e ainda desem-penhar o papel materno, no qual desenvolvem a perso-nalidade do paciente a partir de reativao de suas ex-perincias anteriores(4).As relaes interpessoais que se estabelecem comos clientes/familiares so a base do trabalho dos pro-fissionais de sade, em que necessrio consideraros aspectos dessa relao para que ocorra uma aoeficiente e mais humanizada. As mesmas autoras com-plementam dizendo que o processo de comunicao fundamental para auxiliar nas tentativas de compreen-der a si mesmo, entender o outro comunicador e sercompreendido;sendoque,nesseprocesso,inclui-seaindaapercepodapessoa(5).Seguindoomesmopensamento, estudo relata que nas relaes interpes-soais,quefazempartedocotidiano,osprofissionaisde sade devem ter habilidades comunicacionais paradesenvolver uma boa relao com pessoas que preci-30Rev Enferm UFPI, Teresina 2012 jan-abr; 1(1): 29-35Percepo de enfermeiras sobre relaes interpessoaisdispe sobre a implementao do Processo de Enfer-magem em ambientes, pblicos ou privados, em queocorreocuidadoprofissionaldeEnfermagem.Nestaresoluo destaca-se que o Processo de Enfermagemorganiza-se em cinco etapas inter-relacionadas, inter-dependentes e recorrentes que so: Coleta de Dadosde Enfermagem (ou Histrico de Enfermagem), Diag-nstico de Enfermagem, Planejamento de Enfermagem,Implementao e Avaliao de Enfermagem(11).Neste Processo, o histrico deve ser deliberado, sis-temtico e contnuo com auxilio de tcnicas variadasconforme a clientela assistida; o diagnstico se faz pelainterpretao dos dados coletados no histrico, atravsdo qual se estabelecer os resultados que se preten-dem alcanar, aes ou intervenes de enfermagemque sero realizadas conforme as respostas obtidas; aimplementao trata da realizao dessas aes ou in-tervenes; e a avaliao de enfermagem, ou seja, ve-rificao de mudana dessas respostas(11-12).O Processo de Enfermagem deve estar basea-do num suporte terico que oriente a coleta de dados, oestabelecimento de diagnstico de enfermagem e o pla-nejamento das aes ou intervenes de enfermagemequeforneaabaseparaavaliaodosresultados.Uma vez que, compete privativamente ao enfermeiro,o diagnstico de enfermagem acerca das respostas dapessoa, famlia ou coletividade humana, bem como aprescrio das aes ou intervenes de enfermagema serem realizadas, conforme essas respostas(11-12).A Teoria das Relaes Interpessoais de Peplaudireciona para o estabelecimento de relaes e intera-es teraputicas entre o paciente e o profissional, com-petindo a este a capacidade de desenvolver interesse,empatia e compreenso dos problemas dos pacientese tendo ainda a habilidade de fazer com que o mesmopossa compreender os seus prprios sentimentos, pen-samentos e comportamentos pela comunicao clarae objetiva com respeito de valores(12).A partir do exposto elaborou-se como objeto deestudo a percepo de enfermeiras sobre a relao in-terpessoal existente durante a CE, cujos objetivos fo-ramdescreverapercepodasenfermeirassobrearelao enfermeira/cliente durante a consulta de enfer-magem, analisar a relao interpessoal prestada pelaenfermeira ao cliente na consulta de enfermagem e iden-tificar o conhecimento das enfermeiras acerca do rela-cionamento interpessoal enquanto discentes. 2 METODOLOGIATrata-sedeumestudodescritivocomabordagemqualitativa. Optou-se pela pesquisa qualitativa, tendo emvistaseraabordagemmetodolgicaquemelhorseadapta ao objeto de estudo, considerando que os m-todos qualitativos so flexveis e particulares em rela-o ao objeto de estudo, evoluem ao longo da investi-gao e graas a essa flexibilizao que se conseguemaior aprofundamento e detalhamento dos dados(13).Este tipo de pesquisa no depende da anlise esta-tstica,quesecaracterizapelaintuio,exploraoesubjetividade, sendo o pesquisador um interpretador darealidade, de processos e fenmenos, que no tendem quantificao. A abordagem qualitativa tambm se ca-racteriza por ser indutiva, na qual a obteno dos dadosd-se por contato direto pesquisador/pesquisado(14).O estudo foi realizado em quatro Unidades Bsicasde Sade (UBS) pertencentes Regional Sul de Sadeda Fundao Municipal de Sade de Teresina no pero-do de agosto a novembro de 2007. Os sujeitos consti-turam-se de dez enfermeiras que realizavam CE nasUBS's da Regional em estudo. As mesmas foram infor-madas sobre todos os procedimentos do estudo e aque-las que aceitaram participar do estudo assinaram o Ter-mo de Consentimento Livre e Esclarecido.A obteno dos dados deu-se por meio de entrevis-tascomaplicaodeumroteirodeperguntassemi-estruturadas elaborado pelas pesquisadoras. As respos-tas foram gravadas em mp3, posteriormente transcri-tasearquivadasnoNcleodeEstudosePesquisassobre o Cuidar Humano e Enfermagem - NEPECHE,sem identificao dos sujeitos para que fosse resguar-dada a privacidade.Aps a transcrio das falas, deu-se a apreciaodosdadosporanlisetemticadosdiscursos.Estasforam, primeiramente, submetidas leitura na qual seidentificou os significados. Posteriormente procedeu-sea interpretao dos relatos obtidos de modo a estabe-lecerasrelaesentreeles,respeitandoopontodesaturao. O anonimato teve a sua garantia assegura-da com a substituio dos nomes das depoentes pelanumerao sucessiva, conforme a sequncia em queas entrevistas aconteceram.Para realizao da pesquisa observaram-se os as-pectos tico-legais da resoluo n 196 de 10 de outu-bro de 1996, a qual foi submetida apreciao do Co-mit de tica e Pesquisa (CEP) da Universidade Fede-ral do Piau (UFPI) e aprovada sob CAAE (CertificadodeApresentaoparaApreci aoti ca)n0159.0.045.000-07.3 RESULTADOSOs resultados deste estudo compreenderam a ca-racterizao dos sujeitos e a descrio da percepodas enfermeiras acerca das relaes interpessoais como cliente. Quanto caracterizao, os sujeitos foram enfer-meirascadastradasnaEstratgiaSadedaFamliapertencentesRegionalSuldeSadedaFundaoMunicipal de Sade de Teresina que realizaram Con-sultadeEnfermagememUnidadeBsicadeSade(UBS). Estas enfermeiras possuam idades entre 28 e64 anos, sendo nove do sexo feminino e um do sexomasculino, com experincia na ESF entre cinco e noveanos.No que se refere descrio da percepo das en-Rev Enferm UFPI, Teresina 2012 jan-abr; 1(1): 29-3531Nery IS, et alfermeirasacercadasrelaesinterpessoais,destaca-se a construo de trs categorias emergidas dos rela-tos: Relacionamento interpessoal entre enfermeira/clien-te; Importncia do relacionamento enfermeira/cliente naConsulta de Enfermagem e, As enfermeiras e o conheci-mento das relaes interpessoais na graduao.Relacionamento interpessoal entre enfermeira/clienteAps anlise temtica das entrevistas pode-se ob-servar que no tocante relao interpessoal entre en-fermeiraeocliente,asprofissionaisentrevistadasforam unnimes em elencar a relao interpessoal comoboa ou muito boa, conforme os seguintes relatos:...voctemqueevoluindonisso,essarelao,essa relao de proximidade, voc saber acolher, o que a gente pode mais dizer de ta ali dispon-vel, disponibilidade, [...] por que mudana de hbito a nossa inteno aqui, ento vai depender muitodessa relao (Dep. 1)A minha percepo como eu falei, ela muito boaagenteatendemuitosclientesquesoatendidospor mim, que j adquiriram confiana, retornam sem-prepratirardvida[...]vaiatvocterumelodeconfiabilidadecomoclienteeatmesmo,comoque a gente fala, assim, cumplicidade, certo, entre ocliente e o profissional... (Dep. 2)Eu estou aqui h quatro ou cinco anos ento a gen-te j tem uma certa intimidade com os nossos clien-tes [...] ento um relacionamento muito bom que agente tem com a nossa clientela (Dep. 3)... o relacionamento o melhor possvel, eu procuroatenderaosanseiosdocliente,eaquiloquenoposso resolver eu busco apoio com o mdico ou outroprofissional que possa me ajudar [...] A relao en-tre o enfermeiro e o cliente na minha equipe de Pro-grama Sade da Famlia- PSF boa...(Dep. 7)...essarelaoumarelaoboa,umarelaoque visa o melhor entendimento entre o cliente e oenfermeiro... (Dep. 9)Os depoimentos relatam que a interao enfermei-ra/cliente e o estabelecimento de uma relao de con-fiana o que gera a cumplicidade entre o cliente e oprofissional.H relatos de uma correlao entre umbomatendimentocomaatenodadaaosanseiosdos clientes. destacado ainda que a boa relao importanteparaoentendimentoentreenfermeiraecliente.As relaes interpessoais enfermeira e paciente seconstituem em um processo dinmico, sob a forma decomportamentos manifestos e no manifestos, verbaise no verbais, sentimentos, reaes mentais e/ou fsi-co-corporais. importante, pois, combinar a sensibili-dade ao conhecimento terico, com a finalidade de ofe-recer uma assistncia de enfermagem planejada e es-truturada, visando tanto orientao do cliente quantoao estmulo da expresso de seus sentimentos(15).Destaca-se, igualmente, a importncia da confian-a e do respeito para que se tenha uma relao inter-pessoal satisfatria e a partir dessa conquista, o vn-culo surge entre o profissional e o cliente. Eis os de-poimentos:[...] aquela relao, aquela confiana que voc temcom o paciente a base do PSF atualmente essarelao... (Dep. 1)umarelaoemquevoctemquerespeitarosprincpios ticos n, respeitar a formao de con-ceito dos clientes pra, a partir da, voc realizar suasorientaes.... (Dep. 6)...Apartirdaelesabequetodavezqueelevemaqui, que ele tem alguma duvida sobre a sade dele,ele sabe que pode contar com voc (Dep. 8)Apartirdessasfalaspercebe-seaimportnciadaenfermeira est aberta, receptiva e acolhedora para umaconversacomocliente,semprerespeitandoooutro,caracterstica primordial numa relao. por meio do relacionamento interpessoal que possvel conhecer o sujeito/pessoa em sua indi-vidualidade atravs de um relacionamento de con-fiana,pormsendorespeitadaaindividualidadede cada um; assim como ser permissivo, dispon-veleterasensibilidadesuficienteparaperceberpor gestos, ou outras manifestaes subjetivas asnecessidadesdooutro.Relaesdestanaturezasoessenciaisparaosprofissionaiscomprometi-dos com o cuidado(16).A comunicao a principal ferramenta que possi-bilita o relacionamento, pois pressupe uma interaoentre as pessoas, troca ou partilha de opinies, infor-maes,bemcomo,aexpressodesentimentoseemoes. Assim, o dilogo contribui para o surgimentoda empatia e dos laos de confiana entre enfermeirase clientes, o que fortalece o vnculo(17).Pelos relatos pode-se observar ainda a importnciada tica para que seja estabelecida uma boa relaointerpessoal entre enfermeira e cliente. A atitude ticada enfermeira revela-se primordial na consulta de en-fermagem, prestando um cuidado digno,respeitoso,livredeestigmas,crendiceseprecon-ceitos e ainda permitindo umaescuta acolhedora e aten-ta para que o cliente possa tirar dvidas a esclarecerconceitos.Importnciadorelacionamentoenfermeira/clientena consulta de enfermagemUm dos aspectos importantes apontados pelasentrevistadasaimportnciadoseurelacionamentocom o cliente durante a Consulta de Enfermagem. Elasassim se manifestaram:32Rev Enferm UFPI, Teresina 2012 jan-abr; 1(1): 29-35Percepo de enfermeiras sobre relaes interpessoaisAcho que a relao a base de tudo, essa relaode confiana, a inter-relao que h entre a gentee o cliente, e a onde a gente conquista nossa cli-entela,aconfiana,easegurana,oacolhimentoque a gente d a essa clientela (Dep. 1)... uma construo baseada no respeito, confian-a e que na verdade, com a repetio da consulta,queomodelodaestratgiadesadedafamliaesseslaosvoseestreitando[...]umarelaode confiana devido a convivncia e o estreitamen-to dos laos no momento em que o enfermeiro parti-cipa ativamente do processo sade-doena dos cli-entes [...] portanto eu acredito que esse relaciona-mento portanto um sentimento de confiana, res-peito e principalmente de empatia... (Dep. 4)... a gente observa no dia a dia que tem uma ques-to mais, que o enfermeiro tem uma viso mais hols-tica, uma viso mais do todo, no tem aquele pacien-te apenas como hipertenso, diabtico, mas sim ten-tando ver sua vida familiar, sua vida conjugal (Dep. 9)Pode-seobservarpelodepoente1aimportnciaatribuda a relao desenvolvida entre enfermeira/cli-ente. Ela colocada como a base de todo o atendimen-todesenvolvido sendo que a confiana, a segurana eo apoio que se presta, so de fundamental importncia.O exposto pelas depoentes 4 e 9 referem ainda que aconsulta de enfermagem no engloba apenas a patolo-gia em si, pois gera um lao de afetividade no s como individuo, mas tambm comsua famlia, ou seja, ten-tando assim compreender o sujeito em sua totalidade.Um dos objetivos da consulta de enfermagem pro-porcionar condies para melhoria da qualidade de vida,por meio de uma abordagem contextualizada e partici-pativa, portanto alm da competncia tcnica, a profis-sional enfermeira deve demonstrar interesse pela parti-cularidade do ser humano a partir da conscincia refle-xiva de suas relaes(3).Nesta categoria destaca-se que a principal estrat-gia de uso constante no cotidiano dos profissionais nocuidadodossereshumanosacomunicao,comomeio mais eficaz para o sucesso das interaes entre aenfermeira e o cliente, como relatam os entrevistados: essa relao desse prximo, de t ali, de conver-sar passar horas... (Dep. 1)Aconsultadeenfermagemnaverdadeummo-mento nico no relacionamento entre o enfermeiroe o cliente na Estratgia Sade da Famlia, [...] naverdade ele rompe as normas da Unidade de Sa-de, vai at a comunidade, no momento em que ela realizada tambm em domiclio, torna um relaciona-mento mais ntimo... (Dep. 4)Ento...euprocuroestabelecerumacomunicaodurante a minha consulta de enfermagem respeitan-do n os princpios bsicos da comunicao. prio-rizando,identificandoosproblemase,apartirdapriorizando as informaes... (Dep. 6)As depoentes referem a consulta de enfermagemcomo importante no relacionamento enfermeira/cli-ente e por meio da comunicao conseguem identi-ficarepriorizarosproblemasapartirdeinforma-esdos usurios, prestando assim uma assistn-ciaqualificada. A comunicao se d no processodo relacionamento entre pessoas permitindo-nos ummaior conhecimento no que diz respeito aos senti-mentos, emoes e opinies sobre o outro, fazendocom que se perceba que a interao base desseprocesso.A comunicao um aspecto importante no atendi-mento, visto que oportuniza a enfermeira manter con-tato com o usurio durante a consulta, particularizandoo acolhimento receptivo, informativo, integrador, facili-tando o despertar da confiana e da empatia(18).As enfermeiras e o conhecimento de relaes inter-pessoais na graduaoEm relao ao conhecimento adquirido pelas enfer-meiras durante a graduao acerca das relaes inter-pessoais, observou-se relatos favorveis e outros no. Noque se refere as que no tiveram informaes enquantoacadmicas, manifestaram-se da seguinte forma:Nunca, nunca tive, muitas das coisas que vocs tovendo hoje... (Dep. 1)No,temassobrerelaointerpessoalnoteve...(Dep. 2)[...] No... no tinha, como acadmica no(Dep. 3)Bem, durante minha vida acadmica no tive conta-tocomtemassobrerelacionamentointerpessoal...(Dep. 4)Durante a minha vida acadmica, que j esta commuito tempo, j estou com mais de 20 anos de for-mada, eu no lembro de ter tido algum contato comesse tema (Dep. 7)As depoentes informaram que na vida acadmi-ca no tiveram abordagem sobre relao interpessoale a depoente 1 supe que na poca de estudante noteve tal conhecimento ,contudo demonstrou saber quehoje esse tema abordado nas disciplinas do Curso deEnfermagem. Em oposio a essas, seguem os rela-tosdasenfermeirasqueinformaramtertidocontadocom a temtica enquanto discentes:Duranteavidaacadmicaseeutivecontatocomrelao interpessoal, muito pouco... (Dep. 5)Achoqueemtrsdisciplinasagentetrabalhouasrelaes interpessoais... (Dep. 6)Tivemos, inclusive eu acho que em minha vida aca-dmica ns tivemos umas duas a trs disciplinas queRev Enferm UFPI, Teresina 2012 jan-abr; 1(1): 29-3533Nery IS, et alabordavam muito essa questo... (Dep. 8)Sim. Tive, no tanto, mas tive... (Dep. 9)Sim, muito contato... (Dep. 10)Em observncia a esses relatos e em busca de refe-rencial especfico, notou-se que existem teorias e temassobre relacionamento interpessoal, porm as profissionaisenfermeiras lidam mais com esse assunto quando reali-zam pesquisas, uma vez que relatam na vida acadmicaterem tido pouco contato com a temtica, mas todas res-saltaram que, durante a prtica laboral, comearam a bus-car referencial e ter mais contato com a temtica.Dessa forma, entende-se que o ensino da Enferma-gem, como processo educativo, desde sua institucio-nalizao, vem passando por vrias transformaes nabusca da competncia profissional, procurando acom-panhar o desenvolvimento tcnico-cientfico, e sendoinfluenciado pelas condies scio-polticas e culturaisem vrias pocas. Nesse cenrio, as relaes interpes-soais conquistam espao na medida em que auxiliamno cuidado em diferentes nveis de complexidade, ondea enfermeira torna-se um agente de mudanas capazde interagir e intervir com e na sociedade, motivado pelatransformao pessoal, profissional e social.No entanto, apesar da aceitao do tema relaesinterpessoais no ensino, na assistncia e na pesquisa,observa-se uma incoerncia entre a teoria e a prticaque se processa na maioria das instituies de ensinode Enfermagem, onde a competncia interpessoal, emtodas as suas vertentes, algo ainda pouco vislumbra-da, e, consequentemente, pouco praticada(19).Para alicerar a importncia das relaes interpes-soaise,consequentemente,doprocessodecomuni-cao, estudo destaca que as teorias de Enfermagemapresentamemseucontedonfaseemdiferentesgraus, nesse aspecto. Dentre elas a de Peplau apre-sentaosistemainterpessoalcomoumdossistemasbsicos de sua teoria, com destaque para a comunica-o, a interao, a percepo, a transao, o cresci-mento e o desenvolvimento(20).Quanto utilidade da teoria entendemos que, de fatovale a pena continuar investindo nos pressupostos te-ricos da autora, pois estes, em ltima anlise, resga-tam o sentido humano na atuao da enfermagem. Ospressupostos tericos so operacionalizveis na prti-ca, no ensino e na pesquisa de enfermagem e, apesarde terem sido desenvolvidos em meados do sculo XX,podem servir como base para atuao dos enfermeirosdo sculo XXI, no s no mbito da Enfermagem Psi-quitrica, mas em quaisquer situaes onde estes pos-sam comunicar-se, interagir com seus pacientes(4).A importncia da teoria bem analisada quando afir-mam que as enfermeiras pensam na teoria como pro-posta sistematizada de procedimentos e que a teoriana prtica a busca da promoo de uma assistnciaideal. As mesmas relatam ainda que teorias so propo-sies elaboradas para refletir sobre a assistncia deenfermagem,tornandoseuspropsitosevidenciadosalm dos limites e relaes entre profissionais e indiv-duos demandadores de cuidados(16).4 CONSIDERAES FINAISPode-se perceber pelas entrevistas que h uma sa-tisfao das enfermeiras pelo relacionamento interpes-soal que acontece entre elas e o cliente. Observou-seaindaqueestatemticadevaserconsideradacomopartefundamentaldoexerccioprofissionaldaenfer-meira, para que possa garantir o xito dos procedimen-tos tcnicos e da convivncia que corroboram para oaumento da qualidade de vida da pessoa que necessitados cuidados de enfermagem.Identificou-se que a ateno dada pela enfermeiraatua como a porta de entrada (incentivo) dos clientespara continuao do acompanhamento peridico, a qual estabelecida por uma relao de confiana que forta-lece o vnculo profissional-cliente. Comprovou-se tam-bm que as profissionais atendem as expectativas dosclientes e consideram a ateno, o apoio, a confiana,a comunicao e as relaes estabelecidas como dife-rencial da consulta de enfermagem.Ressalta-sequeapesquisamostrouqueaenfer-meiratemumpapelimportantedentrodaEstratgiaSade da Famlia (ESF), onde esta tem como uma desuas atribuies esclarecer dvidas e orientar de formaclara o cliente.Alm de ser um espao de divulgaodos objetivos e finalidades dessa Estratgia, todo o tra-balho que vem sendo desenvolvido pelas enfermeirasnaESFenoSUSabrircaminhosparaqueaaomultiprofissionalcontinuemelhorandoaqualidadeequantidade de atendimentos.Na categoria que aborda o conhecimento das enfer-meiras acerca do relacionamento interpessoal na gra-duao, observou-se uma diviso sobre o conhecimentodo tema na vida acadmica sendo que aquelas que ti-veram contato foram de forma indireta. Esse aspectomerece uma reflexo sobre o ensino na Enfermagem,pois considera-se este tema de grande valia, em virtu-de da capacidade e habilidade interpessoal constituir-se como ferramenta indispensvel ao exerccio da en-fermagem enquanto profisso preocupada com o cui-dado humano.34Rev Enferm UFPI, Teresina 2012 jan-abr; 1(1): 29-35Percepo de enfermeiras sobre relaes interpessoaisREFERNCIAS1. George JB. Teorias de Enfermagem: Os Fundamen-tos Prtica Profissional. 4a ed. Porto Alegre (RS): Ar-tes Mdicas Sul; 2000.2. Castro RBR, Silva MJP. A comunicao no-verbalnas interaes enfermeiro-usurio em atendimentos desade mental. Rev. Latino-Am. Enfermagem2001 jan.;9(1): 80-7.3. Machado MMT, Leito GCM, Holanda FUX. O con-ceitodeaocomunicativa:umacontribuioparaaconsulta de enfermagem. Rev. Latino-Am. Enfermagem2005 set./out.; 13(5): 723-8.4. Almeida VCF, Lopes MVO, Damasceno MMC. TeoriadasrelaesinterpessoaisdePeplau:anlisefunda-mentada em Bernaum. Rev Esc Enferm USP 2005 jun.;39(2): 202-10.5. 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