Upload
gabriel-goulart
View
18
Download
4
Embed Size (px)
Citation preview
1
Índice
Objetivos.........................................................................................................................2
Introdução Teórica..........................................................................................................3
Procedimento Experimental
Material Utilizado.....................................................................................................6
Substâncias Utilizadas...............................................................................................6
Parte Experimental....................................................................................................7
Resultados e Discussão...................................................................................................8
Conclusão......................................................................................................................10
Referências Bibliográficas............................................................................................11
2
Objetivos
- Avaliar a correspondência entre a velocidade de reação e a concentração dos
reagentes;
- Analisar mecanismos de reação;
- Averiguar a divergência entre catalisador e reagentes;
- Compreender alterações no equilíbrio tendo por base o princípio de Le Chatelier.
3
Introdução Teórica
Sendo a cinética química a parte da química que estuda a velocidade das reações e os
fatores que a alteram, vê-se a sua importância como um todo. Algumas reações ocorrem com
mais rapidez, podendo gerar inclusive uma explosão, outras mais lentamente, durando horas,
dias ou anos.
A velocidade média das reações é dada pela fórmula:
Sendo variação de concentração (mol/L) e variação do tempo (geralmente em
segundo).
Pode-se ajustar as condições da reação para adequar a velocidade de acordo com o que se
deseja, por meio da temperatura, da concentração e da adição de um catalisador. A
temperatura, quando aumentada, altera a velocidade da reação, aumentando-a também. Em
geral, para cada10°C a mais, duplica-se a velocidade da reação. A concentração também é
diretamente proporcional a velocidade da reação. Com o incremento na concentração dos
reagentes, haverá o aumento na velocidade da reação, já que haverá maior número de colisões
entre as moléculas. Desse modo, tendo como base a reação genérica:
tem-se a fórmula:
Onde k é a constante de velocidade, [A] é a concentração molar de A, [B] é a
concentração molar de B, x e y exponentes experimentalmente determinados, os coeficientes
das espécies na reação.
Pode ocorrer de a reação acontecer em mais de uma etapa. Quando isso acontece, a
equação da velocidade depende da etapa mais lenta. A cinética em questão nessa prática é da
reação entre o íon iodeto e o íon persulfato.
4
2I-2 + S2O8-2 → I2 + 2SO4
-2 (1)
Essa reação aparenta precisar de uma colisão ao mesmo tempo de três íons, o que não é
algo que ocorra com frequência. Geralmente, quando se tem mais de um íon ou moléculas em
uma reação, ela acontece em etapas. Uma possível sequência seria:
S2O8-2 + I- → SO4
-2 + 2SO4I-
Mecanismo 1:
SO4I- + I- → I2 + SO4I-
Como a etapa mais lenta é a determinante da velocidade, a velocidade total do
processo é primariamente a velocidade da etapa mais lenta. Se isso ocorrer, para o mecanismo
1, a equação da velocidade é somente a expressão da primeira etapa:
V = k[I-][S2O8-2]
Se a segunda etapa for a mais lenta, a expressão a mesma da reação em uma única
etapa, mesmo sendo improvável:
V = k[I-]2[S2O8-2]
Uma outra possível sequência seria:
2 I- → I2-2
Mecanismo 2:
I2-2 + S2O8
-2 → I2 + 2SO4-2
Se a primeira etapa for a mais lenta, tem-se:
V = k[I-]2
Se a segunda etapa for a determinante, tem-se, novamente:
V = k[I-]2[S2O8-2]
Nessa prática também se verá uma reação chamada de reação relógio, utilizada em
meio ai método de medir a velocidade.
I2(aq) + 2S2O3-2
(aq) → 2 I-(aq) + S4O6
-2(aq) (2)
5
Ao comprar a reação (2) com a (1), vê-se que ela é instantânea. O iodo na reação (1)
reage inteiramente com o tiossulfato, tendo como concentração final, zero. Após isso, quando
o tiossulfato é consumido, o iodo começa a ser produzido e sua concentração passa a
aumentar, fazendo com que o amido presente indique sua presença e deixe a coloração azul
escuro na solução.
Em geral, o que será medido vai ser o tempo necessário para que a concentração de
S2O8-2 caia em um valor constante.
Um exemplo do efeito do catalisador, que é uma substância que aumenta a velocidade
da reação, diminuindo a energia das etapas de formação do produto, é a decomposição do
peróxido de hidrogênio:
2H2O2 → H2O + O2
Observa-se a velocidade dessa reação de rápida liberação de oxigênio.
Quando a velocidade da reação direta se iguala a velocidade da reação inversa, diz-se
que se atingiu o estado de equilíbrio. Ao se mudar a concentração, por exemplo, de reagentes
ou produtos de uma reação já em equilíbrio, o ponto de equilíbrio desloca-se para que
minimize-se a mudança. Um químico francês, Louis Le Chatelier, explanou sobre isso
dizendo: “uma reação química que é deslocada por uma mudança de condição (concentração,
temperatura, pressão e volume) procederá na busca de um novo estado de equilíbrio na
direção que pelo menos parcialmente minimizará a mudança nessa condição.”
6
Procedimento Experimental
Material Utilizado
- Tubos de ensaio;
- Pipetas graduadas;
- Cronômetro;
- Béquer.
3.2. Substâncias Utilizadas
- KI (0,2M);
- Na2S2O3 (0,0050M em amido 0,4%);
- KCl (0,2M);
- K2SO4 (0,1M);
- CuSO4(0,1M);
- (NH4)2S2O8 (0,1M);
- NaOH (2,5M);
- H2SO4 (2M);
- KMnO4 (0,1M);
- CuSO4 (0,2M);
- H2O2 (2M);
- Solução de 15 mL de Fe(NO3)3 (0,1M) e 15 mL de KSCN (0,1M) diluída em água a um volume de 250 mL;
- Fe(NO3)3 (0,1M);
- KSCN (0,1M);
- NaOH (6M).
7
Parte Experimental
Parte A – Velocidade de uma Reação
Pegou-se oito tubos de ensaios e adicionou-se reagentes de acordo com a tabela abaixo
(sendo o (NH4)2S2O8 (0,1M) adicionado por último):
Soluções Solução para cada experiência (mL)
Tubos 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º
KI (0,2M) 2 2 2 1 0,5 2 2 2
Na2S2O3 (0,0050M em amido
0,4%)
1 1 1 1 1 1 1 1
KCl (0,2M) 1 1,5
K2SO4 (0,1M) 1 1,5
CuSO4 (0,1M) 1 gota
(NH4)2S2O8 (0,1M) 2 2 2 2 2 1 0,5 2
Ao adicionar o (NH4)2S2O8 (0,1M), cronometrou-se a reação e quando a solução ficou
arroxeada parou-se o relógio e anotou-se o tempo.
Parte B - Catálise
Com três tubos de ensaio na mesa, adicionou-se 1 mL de NaOH (2,5M) no primeiro
tubo, no segundo 1 mL de H2SO4 (2M) + 1 mL de KMnO4 (0,1M) e no terceiro 1 mL de
H2SO4 (2M) + 1 mL de CuSO4 (0,2M). Após isso, adicionou-se 2mL de H2O2 (2M), observou-
se o que ocorreu e anotou-se os resultados.
Parte C – Equilíbrio Químico
Pegou-se 20 mL da solução já preparada de 15 mL de Fe(NO3)3 (0,1M) e 15 mL de
KSCN (0,1M) diluída em água a um volume de 250 mL com um béquer. Transferiu-se 5 mL
dessa solução em quatro tubos de ensaio cada.
8
Após isso, pegou-se o primeiro tubo de ensaio e adicionou-se 1 mL de Fe(NO3)3
(0,1M), no segundo 1 mL de KSCN (0,1M) e no terceiro 6 gotas de NaOH (6M).
Em seguida, pegou-se o quarto tubo apenas com a solução inicial, comparou-se com
os outros três tubos e anotou-se as observações.
Resultados e discussão
Parte A
Observando-se a reação, viu-se que o tempo que cada reação tomou para ocorrer foi:
TuboTempo (s)1º24,92º24,83º24,24º52,85º98,06º48,47º98,28ºInstantâneo No final da
reação, as soluções apresentavam cor preta.
Como foi observado no tubo 8, a reação foi instantânea. Como o diferencial dessa
reação foi a adição de CuSO4, vê-se que ele é um catalisador.
Pela observação da variação da velocidade nas reações, vê-se que os íons I- e S2O8-2
são de primeira ordem, já que observando a variação das concentrações e do tempo nas
reações do tubo 4 e 5 comparado com os três primeiros, onde diminui-se a concentração de KI
e se acrescenta KCl, vê-se que a ordem de velocidade do I- é 1 e com base na reação dos tubos
6 e 7, onde acrescenta-se K2SO4 e diminui-se (NH4)2S2O8, comparado também com os três
primeiros, tem-se que a ordem de velocidade é 1.
O mecanismo da reação é o mecanismo 1, já que a etapa mais lenta é a primeira
vendo-se que a ordem para ambos os reagentes é 1, resultando em:
V = k[I-][S2O8-2]
Parte B
No primeiro tubo, observou-se a liberação de bastante oxigênio, havendo sua
decomposição na reação. Também viu-se que ficou quente, concluindo assim, que foi uma
reação exotérmica. Por fim, chegou-se ao resultado que houve catálise.
No segundo tubo, ocorreu apenas reação estequiométrica. A solução era rosa e ficou
transparente. Não houve catálise.
9
No terceiro tubo, houve pouquíssima liberação de oxigênio e não houve mudança de
cor, continuou azul claro, por causa do sulfato de cobre. Logo, vê-se que o ácido sulfúrico é
apenas um catalisador. Tendo-se como equação: 2H2O2 → H2O + O2
Parte C
No primeiro tubo de ensaio a solução ficou um pouco mais escura, mais vermelha.
Vendo pela fórmula: Fe+3 + SCN-1 → FeSCN+2, ao adicionar o Fe(NO3)3, com base no
princípio de Le Chatelier, o equilíbrio se desloca para a formação de FeSCN+2, que dá a
coloração mais vermelha a solução.
No segundo tubo, a solução ficou um pouco mais escura, mas avermelhada. Com o
acréscimo do KSCN, aumentou-se a concentração de SCN-1 deslocando-se o equilíbrio para a
formação de FeSCN+2, o que confere a cor mais avermelhada.
No terceiro tubo, resultou numa solução alaranjada com precipitado avermelhado no fundo. O
NaOH reage com o Fe+3, consumindo-o, deslocando a reação para a formação de Fe(OH)3,
que é o precipitado.
Conclusão
10
Com esse experimento, viu-se claramente que a concentração dos reagentes reflete
diretamente na velocidade da reação, sendo diretamente proporcional a ela. Além de
comprovar os mecanismos de reação, vendo-se que a reação mais lenta é a determinante na
expressão da velocidade. Como também, viu-se que o catalisador não participa da reação,
apenas acelera o processo, enquanto o reagente faz parte da reação e entra na equação
química. Por fim, constatou-se o princípio de Le Chatelier, o qual, com mudanças na
concentração, temperatura, pressão e volume, a reação buscará o equilíbrio novamente,
descolando-se ou para a formação de reagentes ou para a formação de produtos.
Referências Bibliográficas
11
http://www.soq.com.br/conteudos/em/cineticaquimica/p2.php (10/1/2013 às 18:47)
http://www.soq.com.br/formulas/cinetica/ (12/1/2013 às 15:00)
Manual de Laboratório UFC, 2012 – Química Geral para Engenharia – Departamento de
Química Orgânica e Inorgânica – Centro de Ciências.