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Relatório sobre gases - química
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UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
POR QUE NÃO É TÃO SIMPLES TRABALHAR COM GASES?
Salvador,
Maio de 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Instituto de Química
Departamento de Química Geral e Inorgânica
Disciplina: A27 Química Fundamental I
Professor: Adriane
Curso: Química
Experimento realizado no dia 28 de Abril de 2015
Equipe: Ana Carolina Calmon
Mayane Araújo
Victor Borges
POR QUE NÃO É TÃO SIMPLES TRABALHAR COM GASES?
Salvador,
Maio de 2015
SUMÁRIO
Objetivos...................................................................................................................
Introdução.................................................................................................................
Parte experimental...................................................................................................
Materiais e Reagentes.......................................................................................
Procedimento Experimental..............................................................................
Resultados e Discussão...........................................................................................
Conclusão..................................................................................................................
Referências................................................................................................................
OBJETIVOS
Efetuar e observar uma reação na qual se forma um gás;
Efetuar e observar uma reação entre dois gases;
Coletar e medir o volume de um gás gerado numa reação;
Comparar dados experimentais com aqueles previstos teoricamente.
INTRODUÇÃO
Em muitos aspectos, os gases são a forma de matéria mais facilmente entendida. Ainda que
diferentes gases possam ter diferentes propriedades químicas, eles se comportam de maneira
bastante similar, particularmente em pressões baixas, no que se refere às propriedades físicas.
Os gases são um exemplo de matéria formada por um número muito grande de moléculas e
suas propriedades são consequência do comportamento dessas partículas.
O hidrogênio, nitrogênio, oxigênio, flúor e o cloro existem como gases sob condições
ordinárias de temperatura e pressão. Os gases nobres; hélio, neônio, argônio, criptônio,
xenônio e radônio; são monoatômicos. Muitos compostos moleculares também são gases. As
substâncias que são líquidas ou sólidas em condições ordinárias também podem geralmente
existir no estado gasoso, nesta ocasião elas são chamadas de vapores.
Os gases diferem significativamente dos sólidos e líquidos em vários aspectos. Por exemplo,
um gás expande-se espontaneamente para encher um recipiente. Dessa forma, o volume de
um gás se iguala ao volume do recipiente que o contém. Os gases também são altamente
compressíveis: quando se aplica pressão a um gás, seu volume diminui rapidamente. Os
sólidos e líquidos, por outro lado não se expandem para encher os recipientes que os contêm,
nem são rapidamente compressíveis.
Pressão
O fato de os gases serem facilmente compressíveis e preencherem o espaço disponível sugere
que suas moléculas estão muito afastadas umas das outras e em movimento caótico
incessante. Esse movimento incessante das moléculas causa colisões destas com a superfície
do recipiente que as compõe. O resultado dessas colisões sobre as paredes do recipiente geram
uma pressão.
Pressão = ForçaÁrea
A unidade no SI é o pascal. 1atm = 760 mm Hg = 760 torr = 1,01325 x 105 Pa = 101,325 kPa
Leis dos gases
Os experimentos com grande número de gases revelam que são necessárias quatro variáveis
para definir a condição física, ou estado, de um gás: temperatura, T; pressão, P; volume, V; e
quantidade de gás, geralmente e expressa em quantidade de matéria, n. As equações que
expressam as relações entre T, P, V e n são conhecidas como leis dos gases.
A lei de Boyle afirma que o volume de certa quantidade fixa de um gás mantido à temperatura
constante é inversamente proporcional à pressão.
V = constante x 1P
ou PV = constante
A lei de Charles pode ser expressa como o volume de certa quantidade fixa de gás mantido a
pressão constante é diretamente proporcional à respectiva temperatura absoluta. (Temperatura
em kelvin)
V = constante x T ouVT
= constante
A lei de Avogadro resulta da hipótese de Avogadro: o volume de um gás mantido a
temperatura e pressão constantes é diretamente proporcional à quantidade de matéria do gás:
V = constante x n
A lei dos gases ideais, PV = nRT, é uma equação de estado que resume as relações que
descrevem a resposta de um gás ideal a mudança de pressão, volume, temperatura e
quantidade de moléculas.
A constante R é chamada de constante dos gases e tem o mesmo valor para todos os gases
A equação do gás ideal também pode ser usada para calcular a densidade do gás,
multiplicando-a pela massa molar:
nV
= PRT
nMV
=PMRT
d= PMRT
Mistura de gases e pressões parciais
Uma mistura de gases que não reagem entre si comporta-se como um gás simples. Enquanto
estudava as propriedades do ar, Dalton observou que a pressão total de uma mistura de gases é
igual à soma das pressões parciais que cada gás exerceria se estivesse sozinho.
Movimento das moléculas
Os processos de difusão e efusão fornecem dados que mostram como as velocidades médias
das moléculas dos gases se relacionam com a massa molar e a temperatura. A difusão é a
dispersão gradual de uma substância em outra substância.
Thomas Graham descobriu que, quando a temperatura é constante, a velocidade de efusão de
um gás é inversamente proporcional à raiz quadrada de sua massa molar. Para diferentes
temperaturas a velocidade será proporcional à raiz quadrada da temperatura.
Velocidade deefusão∝ √T√massamolar
PARTE EXPERIMENTAL
Materiais e reagentes
Tabela 1: Vidrarias utilizadas.
Vidrarias Quantidade Capacidade
Béquer 2 50 mL, 400 mL
Proveta graduada 1 1000 mL
Tubo de vidro graduado 1 50 mL
Tubo de vidro aberto nas
duas extremidades
1 -
Tabela 2: Reagentes utilizados.
Reagentes Quantidade Concentração
Fio de cobre 1 -
Fita de magnésio 1 (~2,0 cm) -
Ácido clorídrico 10 mL 6 mol/L
Ácido clorídrico - Concentrado
Hidróxido de amônio - Concentrado
Água destilada - -
Tabela 3: Materiais utilizados.
Materiais Quantidade Capacidade
Rolha de borracha furada 1 -
Rolha 2 -
Garra 1 -
Mufa 1 -
Suporte universal 1 -
Procedimento experimental
Experimento 1
I) Tomou-se uma fita de magnésio e mediu-se, com uma régua, um pedaço de ~2,0
cm. Colocou a dentro de uma pequena gaiola feita com fio de cobre enrolado em
forma de hélice. Foi deixado sem enrolar ≈ 5 cm do fio, para servir de cabo;
II) Colocou-se 10 mL de ácido clorídrico 6 mol/L dentro do tubo graduado e
completou-se, com água, até a borda, cuidadosamente, de modo a evitar a presença
de ácido no topo do tubo;
III) Introduziu-se, no tubo acima preparado, a gaiola feita de fio de cobre com o
magnésio prendendo-a, pelo cabo, com uma rolha. Como mostra a FIGURA 1 a
seguir.
IV) Cobriu-se o furo da rolha com o dedo, inverteu-se o tubo e, imediatamente, o
mergulhou na água contida num béquer de 400 mL. Fixou-se o tubo com uma
garra ao suporte. Ver FIGURA 1(B). Observou-se, atentamente, tudo que
aconteceu dentro do tubo;
V) Depois que a reação cessou (a fita de magnésio foi totalmente consumida ao reagir
com o ácido), FIGURA 1(C), esperou-se uns cinco minutos para que o gás
recolhido entre em equilíbrio térmico com o ambiente. Soltou-se toda bolha que
estava presa às paredes do tubo (a professora orientou em como preceder para isso)
e, em seguida, cobriu-se o furo da rolha com o dedo e transferiu-se o tubo, na
posição vertical, para uma proveta quase completamente cheia de água, FIGURA
1(D);
VI) Elevou-se e abaixou-se o tubo até que o líquido no seu interior estivesse no mesmo
nível da água da proveta igualando, assim, a pressão interna à pressão atmosférica.
Mediu-se o volume dos gases dentro do tubo;
VII) Anotou-se a temperatura e a pressão atmosférica do laboratório.
Experimento 2
I) Tomou-se dois chumaços de algodão e embebeu-se um deles em hidróxido de
amônio concentrado, o outro, em ácido clorídrico concentrado. Colocou-se eles,
simultanemente, um em cada extremidade de um tudo, como o mostrado na
FIGURA 2, e vedou-se com rolhas;
II) Iniciou-se, imediatamente, a contagem do tempo até o momento em que
aparecesse, dentro do tubo, um “anel branco” de cloreto de amônio;
III) Mediu-se a distância que percorreu cada uma das substâncias gasosas, NH3 e HCl.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Experimento 1
Primeiramente foi medido aproximadamente 2,2 cm da fita de magnésio. Em seguida, nós a
lixamos, para que a parte que sofreu oxidação fosse retirada e assim melhorou a superfície de
contato do metal para reagir com o ácido clorídrico. E prosseguimos com o experimento.
Percebemos que a reação tinha chegado ao fim, quando todo o pedaço da fita de magnésio
havia sido consumida na reação, como pode ser visualizado na FIGURA 3. Ao fim, medimos
então o volume dos gases dentro do tubo que foi de aproximadamente 28 mL, à temperatura
ambiente de 27 °C.
FIGURA 3 – Fita de magnésio que estava enrolada no fio de cobre foi totalmente consumida.
Experimento 2
Primeiro, tomou-se dois chumaços de algodão e embebede-os um em hidróxido de amônio
concentrado e o outro em ácido clorídrico concentrado. Eles foram colocados
simultaneamente um em cada extremidade do tubo, em seguida vedados com as rolhas.
Iniciou-se imediatamente a contagem do tempo até o momento em que deveria aparecer um
anel branco, de cloreto de amônio, dentro do tubo.
Entretanto, passou-se muito tempo e o “anel branco” não se formou. O motivo pode ter sido o
fato do algodão embebido com ácido clorídrico não ter sido totalmente colocado dentro do
tubo e fechado com a rolha. Então, para fazermos os cálculos, utilizamos os dados
experimentais deixados no quadro por outra turma, como mostra a FIGURA 4.
FIGURA 4 – Dados experimentais deixados escritos no quadro por outra turma.
QUESTIONÁRIO
EXPERIMENTO 1
1. O que é compressibilidade? Se necessário, consulte o dicionário.
2. Use a definição de compressibilidade para descrever o que você espera acontecer
quando uma massa gasosa é comprimida a uma dada temperatura.
3. Em qual das três fases – sólida, líquida ou gasosa – a força entre as partículas é menor?
Justifique sua resposta.
4. Com base na força entre as partículas formadoras da matéria, como você explica a alta
capacidade de expansão dos gases? E a alta compressibilidade?
5. Agora, pense e responda: por que no estado gasoso existem muitos e grandes espaços
entre as partículas?
6. Reveja seu conceito de densidade e explique por que uma substância na fase gasosa é
menos densa do que nas fases líquida ou sólida.
7. Considerando as propriedades citadas para os gases e sabendo que o ar atmosférico é
uma mistura gasosa, discuta: "por que não é simples trabalhar com gases"?
8. Para onde vai o gás que sai pela exaustão da capela? Então, o que você acha que é feito
com gases liberados como subprodutos de processos industriais?
9. Analise a FIGURA 1 e diga por que o gás é recolhido num tubo graduado.
10. Com base no conhecimento de densidades relativas entre líquidos e gases, justifique por
que gases podem ser coletados por deslocamento de líquidos.
13. Observe, atentamente, tudo o que acontece dentro do tubo e descreva o que você
observar
14. Quais são as substâncias gasosas que estão dentro do tubo?
Anotar a temperatura e a pressão atmosférica do laboratório.
VIII) Você vai precisar da quantidade de matéria de magnésio no pedaço de fita que você
cortou? Discuta como fazer para obter essa informação.
Agora, você vai usar a equação geral dos gases ideais, PV = nRT, para calcular o volume,
V, de gás hidrogênio que deveria ser obtido no experimento realizado, ou seja, o volume
teórico. Lembre-se que:
i) P = pressão do gás hidrogênio no tubo. Você igualou essa pressão à externa, que é 1
atm. Mas o gás foi coletado sobre água e, portanto, existe vapor d’água dentro do tubo.
Então o valor de P a ser usado na equação deve ser encontrado a partir da Lei de Dalton:
P = P(H2) + P(vapor de água). Como você já sabe, a pressão de vapor de qualquer líquido
depende da temperatura na qual o líquido se encontra. Para encontrar a pressão de
vapor da água, você deve consultar um “handbook” ou qualquer livro de Química Geral e
procurar o valor correspondente ao da temperatura do laboratório.
ii) n = quantidade de matéria de hidrogênio, obtida na reação. Esse valor você encontra a
partir da equação a seguir e da quantidade de matéria de magnésio que você usou.
Mg(s) + 2HCℓ(aq) Mg2+(aq) + 2Cℓ(aq) + H2(g)
15. Use, então, a equação geral dos gases, PV = nRT, para calcular o volume de H2(g) que
você deveria obter. Compare esse valor com o que você obteve no seu experimento e discuta
possíveis causas da diferença entre eles.
16. Use o modelo do estado gasoso e a idéia de partículas para explicar porque é possível
sentir o cheiro do perfume que uma pessoa está usando a certa distância.
17. O que você entende por vapor? Qual é o estado físico de um vapor?
18. Discuta porque as partículas do vapor do perfume movem-se facilmente através do ar
EXPERIMENTO 2
19. Calcule a relação entre as velocidades da amônia e do gás clorídrico, a partir dos dados
obtidos no EXPERIMENTO.
20. Calcule, agora, a relação entre as velocidades da amônia e do gás clorídrico, usando a
Lei de Graham. A seguir compare com o valor obtido experimentalmente e discuta os
resultados
21. Quanto tempo levou para formar o “anel branco”? Observe a largura do anel.
III) Medir a distância que percorreu cada uma das substâncias gasosas, NH3 e HCℓ.
22. Qual foi a distância percorrida por cada um dos gases? Sugira uma explicação para os
diferentes valores.
23. Depois de algum tempo, volte a observar a largura do anel e compare-a com a inicial.
Houve alguma diferença? Dê uma explicação para o fato.
CONCLUSÃO
ANEXO
REFERÊNCIAS
• HARRIS, Daniel C. – Análise Química Quantitativa – Sexta Edição – Rio de Janeiro: LTC, 2005.
• VOGEL, Arthur I. – Análise Química Quantitativa – Sexta Edição – Rio de Janeiro: LTC, 2008.
•<http://www.pucrs.br/quimica/professores/arigony/cromatografia/cg.htm> Acessado no dia 01/03/14 às 22:02.
•<http://w3.ufsm.br/larp/media/introd_gc.pdf> Acessado no dia 01/03/14 às 00:54.
Referência:
Princípios de química – Atkins
Apostila – “Química fundamental I – Aula prática – Porque não é simples trabalhar
com gases?”.
Química: a ciência central – Brown, Leway e Bursten