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Preparação dos extratos de proteases vegetais
Foi utilizado 100 g de mamão verde, sem casca + 100 ml de solução de tampão fosfato
- (extrato que tem como fonte enzimática a papaína) e 100 g de abacaxi + 100 ml de solução
de tampão fosfato - (extrato que tem como fonte enzimática a bromelina). Cada uma das
soluções foi homogeneizada e filtrada para a obtenção do extrato.
Foi preparada uma solução de 10 ml de coalho comercial (renina), utilizando 0,1 g de coalho
em pó.
Procedimento III: Verificação da ação de diferentes enzimas proteolíticas na coagulação
da caseína do leite
a) Tubo 1.
8 ml de leite (10%)
2,5 ml de CaCl2 (0,5%)
Incubado em banho-maria a 40ºC por 10 minutos para manter a temperatura, após
isso, foi acrescentado 2,5 ml de papaína.
Esse tubo foi mantido em repouso (fixo), ou seja, não foi agitado.
Resultado: Não houve coagulação.
b) Tubo 2.
8 ml de leite (10%)
2,5 ml de CaCl2 (0,5%)
Incubado em banho-maria a 40ºC por 10 minutos para manter a temperatura, após
isso, foi acrescentado 2,5 ml de papaína.
Esse tubo não foi mantido fixo, foi agitado vagarosamente em tempos alternados.
Resultado: Não houve coagulação.
c) Tubo 3.
8 ml de leite (10%)
2,5 ml de CaCl2 (0,5%)
Incubado em banho-maria a 40ºC por 10 minutos para manter a temperatura, após
isso, foi acrescentado 2,5 ml de bromelina.
Esse tubo foi mantido em repouso (fixo), ou seja, não foi agitado.
Resultado: A reação de coagulação iniciou-se após 8 minutos, porém a consistência
ainda não estava completamente formada.
d) Tubo 4.
8 ml de leite (10%)
2,5 ml de CaCl2 (0,5%)
Incubado em banho-maria a 40ºC por 10 minutos para manter a temperatura, após
isso, foi acrescentado 2,5 ml de bromelina.
Esse tubo não foi mantido fixo, foi agitado vagarosamente em tempos alternados.
Resultado: Após a adição da bromelina, a reação de coagulação iniciou-se em 2
minutos.
e) Tubo 5.
8 ml de leite (10%)
2,5 ml de CaCl2 (0,5%)
Incubado em banho-maria a 40ºC por 10 minutos para manter a temperatura, após
isso, foi acrescentado 2,5 ml de coalho.
Esse tubo foi mantido em repouso (fixo), ou seja, não foi agitado.
Resultado: Com 4 minutos a consistência do coágulo apresentou-se mais formada que
a bromelina mantida na mesma condição (fixa).
f) Tubo 6.
8 ml de leite (10%)
2,5 ml de CaCl2 (0,5%)
Incubado em banho-maria a 40ºC por 10 minutos para manter a temperatura, após
isso, foi acrescentado 2,5 ml de coalho.
Esse tubo não foi mantido fixo, foi agitado vagarosamente em tempos alternados.
Resultado: A reação de coagulação iniciou-se com 2 minutos e 35 segundos.
g) Tubo 7.
(Tubo Controle)
8 ml de leite (10%)
2,5 ml de CaCl2 (0,5%)
2,5 ml de água
Resultado: Não houve coagulação.
Observações:
No tubo 1 e no tubo 2 não houve coagulação, isso pode ter ocorrido pela deficiência na
quantidade de enzimas para iniciar a reação de coagulação, já que para fazer o extrato foi
utilizado mamão verde sem casca para a obtenção da enzima proteolítica papaína (E.C.
3.4.22.2).
No tubo 3, 4, 5 e 6 a coagulação que era esperada foi atingida. A enzima coagulante
atuou sobre a caseína do leite em presença de íons de cálcio e iniciou a reação de coagulação
que engloba outros componentes do leite (água, gordura, sais, proteínas e etc.). A adição de
CaCl2 é importante pois sua principal função é proporcionar ao coágulo uma característica de
resistência.
No tubo 7, que foi caracterizado como tubo controle, foi adicionado água no lugar de
uma das enzimas proteolíticas, consequentemente não houve coagulação porque não tinha
enzimas para iniciar a reação de coagulação.
Procedimento IV: Efeito da concentração de coalho na coagulação do leite
Procedimento V: Efeito da concentração de cálcio na coagulação do leite
a) Tubo 1
8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,15%
2 ml de solução renina
Temperatura: 40oC durante 10 minutos
Resultado: Tempo de início da coagulação: 35 minutos
b) Tubo 2
8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,25%
2 ml de solução renina
Temperatura: 40oC durante 10 minutos
Resultado: Tempo de início da coagulação: 17 minutos
c) Tubo 3
8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,5%
2 ml de solução renina
Temperatura: 40oC durante 10 minutos
Resultado: Tempo de início da coagulação: 5 minutos
d) Tubo 4
8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,75%
2 ml de solução renina
Temperatura: 40oC durante 10 minutos
Resultado: Tempo de início da coagulação: 25 minutos
Observações:
O início da coagulação no tubo IV apresentou o tempo fora do padrão normal. A
explicação para isso é que ao submeter a 40oC não agitaram o tubo após introduzir a renina
antes do aquecimento e agitando minutos após o aquecimento quebrando suas ligações e,
assim, rompendo sua estrutura ocasionando numa coagulação de tempo mais demorado do
que o considerado o normal, pois quanto maior a concentração de Cacl2 mais rápido é o tempo
de coagulação.
e) Tubo 5
8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 1%
2 ml de solução renina
Temperatura: 40oC durante 10 minutos
Resultado: Tempo de início da coagulação: 1 minuto e 37 segundos
f) Tubo 6 (controle)
8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de água destilada
2 ml de solução renina
Temperatura: 40oC durante 10 minutos.
Resultado: Não houve coagulação
No processo de coagulação do leite, a presença de cálcio solúvel, sob a forma
ionizada, com duas cargas positivas, é essencial. O cálcio estabelece uma ponte entre as
micelas de para-caseína, formando uma rede, a coalhada. As caseínas alfa e beta são sensíveis
ao cálcio e se insolubilizam (coagulam) em sua presença; no leite estão proteínas do cálcio
pela capa-caseína, que as envolve, como um colóide protetor. A renina hidrolisa a capa-
caseína e expõe as outras frações ao cálcio solúvel na fase aquosa, provocando a coagulação
do leite. O coalho predispõe o leite à coagulação, mas para que esta se dê, deve ser
complementada pela ação do cálcio. Como o tratamento térmico do leite (pasteurização) uma
pequena parte do cálcio é insolubilizado (precipitação), adicionando-se cálcio complementar
ao leite, sob a forma de cloreto de cálcio. O cloreto de cálcio proporciona a formação de uma
coalhada mais firme e compacta, evita a perda de sólidos no soro, reduz o tempo de
coagulação e melhora a expulsão do soro. O cálcio reage com os fosfatos do leite,
transformando-os em fosfato tricálcico, liberando prótons H+ no leite, provocando um ligeiro
abaixamento do pH.
Observou-se que diferentes concentrações de cálcio são determinantes no processo de
coagulação do leite, pois influencia na velocidade de coagulação. Ao adicionar cálcio, na
forma de cloreto de cálcio, em diferentes concentrações e submetendo-os ao aquecimento
nota-se que quanto maior a concentração de cloreto de cálcio mais ligeira é a reação
promovendo, assim, coágulo em tempos consideravelmente rápidos, pois o processo foi
submetido na sua velocidade máxima que é de 40ºC e nessa temperatura a coagulação ocorre
demasiadamente rápida e em temperaturas mais altas retêm ligeiramente mais cálcio.
Gráfico:
Observações:
O tempo de coagulação do tubo IV (0,75%) não foi acrescentado no gráfico, pois o
mesmo apresentou tempo fora do padrão normal. O tempo de coagulação foi de 25 minutos, a
velocidade de reação deveria ter sido maior, ou seja, a reação de coagulação deveria ter
iniciado antes desse tempo. Não acrescentando esse valor, é possível obter uma linha de
tendência com os outros valores, como mostra o gráfico acima.
Procedimento VI: Efeito da temperatura na atividade da renina
Tubo I: 8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,5%
2 ml de solução de renina
Temperatura ambiente: 30oC durante 10 minutos
Não houve coagulação
Tubo II: 8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,5%
2 ml de solução de renina
Temperatura: 40oC durante 10 minutos
Tempo de início da coagulação: 05 minutos e 52 segundos
Tubo III: 8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,5%
2 ml de solução de renina
Temperatura: 60oC durante 10 minutos
Tempo de início da coagulação: 05 minutos e 02 segundos
Tubo IV: 8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,5%
2 ml de solução de renina
Temperatura: 80oC durante 10 minutos
Tempo de início da coagulação: 2 minutos
Tubo V: 8 ml de leite em pó desnatado a 10%
2 ml de Cacl2 de concentração de 0,5%
2 ml de solução de renina
Temperatura: 100oC durante 10 minutos
Tempo de início da coagulação: 25 segundos
Nesse processo o coalho natural, chamado de renina, é uma enzima proteolítica que
contém duas enzimas: a quimiosina e a pepsina. A primeira ação do coalho é provocar a
desestabilização das micelas de caseína rompendo a caseína kappa em um ponto determinado
de sua molécula, expondo as demais caseínas ao cálcio iônico presente no leite. A ação da
enzima gera um glicomacropeptídeo, proveniente da proteólise na fração kappa, mais as
demais frações de caseína, denominadas de paracaseínas, que irão formar o paracaseinato de
cálcio. O paracaseinato de cálcio formado se agrega em um só bloco reticular, tomando uma
aparência semi-sólida que é, então, o coágulo desejado. O segundo papel do coalho é
hidrolizar os enlaces peptídicos seguindo uma ordem específica que é característica da enzima
utilizada. Esta ação começa lentamente já na coagulação e continua durante a maturação do
queijo. A consistência do gel vai aumentando gradativamente, à medida que aumenta a rigidez
dos retículos de caseinato de cálcio, chegando a um ponto considerado ótimo. As condições
ótimas para ação do coalho é entre 40ºC, enquanto temperaturas inferiores a 10ºC não se
produz a coagulação.
Observou-se que quanto maior a temperatura menor o tempo de coagulação do leite,
ou seja, mais rápido formará coágulos. No tubo I submetido a uma temperatura de 30oC não
houve coagulação, pois não foi conduzida ao aquecimento no qual aceleraria o processo e nos
tubos II, III e IV apresentaram ordem decrescente nos valores da temperatura. No tubo V por
ser submetido a alta temperatura, 100oC, o tempo de coagulação durou segundos notando,
assim, o quanto a temperatura também interfere na coagulação.
Gráfico:
Observações:
O valor de 30°C não foi inserido no gráfico, pois não houve coagulação.
Referencias:
http://www.deag.ufcg.edu.br/rbpa/rev122/Art1221.pdf
http://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/26095/000756935.pdf?sequence=1
http://www.cca.ufscar.br/~vico/O%20LEITE%20E%20SEUS%20DERIVADOS.pdf
http://professor.ucg.br/SiteDocente/admin/arquivosUpload/8930/material/TCCFernand
aMorais%20%20PRODU%C3%87%C3%83O%20DE%20QUEIJOS%20GOUDA,%20GRU
Y%C3%89RE,%20MUSSARELA%20E%20PRATO.pdf