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CURSO: Licenciatura em Engenharia Eléctrica Cadeira: Projectos de Instalações Eléctricas-I Tema: Relatório da visita ao projecto de construção de 50 casas tipo 3 pertencentes à H.C.B . Nível: 3 0 ano Discente: Docente: Nelson Luís Manuel Eng. C. Nhumaio Songo, Agosto de 2015

Relatorio Da Visita de Estudos

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Relatorio de visita de estudos-Instituto Superior Politecnico do Songo

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CURSO: Licenciatura em Engenharia Eléctrica

Cadeira: Projectos de Instalações Eléctricas-I

Tema: Relatório da visita ao projecto de construção de 50

casas tipo 3 pertencentes à H.C.B .

Nível: 30 ano

Discente: Docente:

Nelson Luís Manuel Eng. C. Nhumaio

Songo, Agosto de 2015

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Ìndice

1. Apresentação............................................................................................................ 2

2. Objectivos ................................................................................................................. 3

2.1. Gerais ................................................................................................................ 3

2.2. Específicos ......................................................................................................... 3

3. Conclusão ............................................................................................................... 10

4. Anexos .................................................................................................................... 11

5. Bibliografia .............................................................................................................. 12

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1. Apresentação

Atendendo a solicitação do docente senhor engenheiro Claudino Nhumaio, da

disciplina Projectos de Instalações Eléctricas I, apresenta-se em seguida, o relatório

das actividades desenvolvidas durante a visita realizada ao projecto de construção de

50 moradias pertencentes à H.C.B (Hidroeléctrica de Cahora Bassa)1.

1 Empresa dedicada a produção e venda de energia eléctrica, usando a água como recurso primário,

localiza-se na provincia de Tete, distrito de Cahora Bassa, vila do Songo, centro de Moçambique.

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2. Objectivos

2.1. Gerais

Observar uma situação prática dos conceitos desenvolvidos durante as aulas teóricas.

Saber como fazer um trabalho científico e respectiva defesa com o objectivo de

preparar o estudante para o seu projecto de fim do curso, bem como, possíveis

trabalhos científicos futuros da sua autoria.

2.2. Específicos

Conhecer materiais usados em projectos de instalações eléctricas residenciais.

Procurar algumas particularidades do projecto e seus motivos.

Apresentar de forma detalhada o decurso da visita.

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No dia 11 de Agosto de 2015, os estudantes do Instituto Superior Politécnico do Songo

(I.S.P.S), da turma de licenciatura em engenharia eléctrica, 3° ano, realizaram uma

visita de estudos ao projecto de Construção de 50 casas tipo 3 pertencentes à H.C.B,

cujo o empreiteiro é SOARES DA COSTA, MOÇAMBIQUE2 e fiscalizado pela

ARKIMOZ, LD3.

Partiu-se do Instituto por volta das 11 horas e 12 minutos, chegou-se ao local do

Projecto por volta das 11 horas e 14 minutos. Era suposto partir-se às 11 horas e 10

minutos, porém 2 estudantes da turma não tinham chegado ainda no lugar de

concentração para a partida. Visto que já estava sendo demorada a sua vinda decidiu-

se informar à estes o local da visita e o resto da turma que esteve presente partiu de

carro até o local da visita.

A chegada ao local foi uma questão de fracções de minutos visto que o projecto cita-se

à poucos metros do I.S.P.S.

Assim que se chegou no local o nosso orientador senhor Eng° C. Nhumaio,

apresentou-se ao responsável da obra que até demonstrou a vontade de disponibilizar

capacetes mas estes não eram suficientes para todos estudantes. Segundos depois,

chegou o guia chamado Jerónimo, técnico responsável pela parte de instalações

eléctricas do projecto, que nos levou à primeira habitação da nossa visita.

O primeiro compartimento foi a cozinha onde viu-se algumas tomadas e o quadro

eléctrico; também ficou claro que tratava-se de uma instalação eléctrica embebida, uma

vez que via-se em algumas partes das paredes roços e noutras tubos com fios

condutores; era antes de as paredes serem cimentadas. A primeira abordagem feita

pelo guia foi mostrar-nos uma mola através da qual se fazem curvaturas nos tubos

usados nas instalações.

2 Um grupo português que se dedica à construção civil e engenharia.

3 Uma empresa moçambicana com sede em Maputo, dedicada à arquitectura e consultoria

multidisciplinar.

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“Os tubos curvados são usados em pontos em que a parede ou o percurso que o tubo

tem de descrever muda de sentido” afirmou o guia, senhor Jerónimo.

Na casa encontrava-se um outro técnico, também responsável pela instalação eléctrica

do projecto , que se apresentou pelo nome de Arsénio, este deu a entender que fazem-

se fasquias4 para que as caixas de aparelhagem bem como os tubos PA’s não estejam

à vista quando as paredes forem cimentadas.

Quando um dos estudantes procurou saber os motivos de o quadro estar atrás da porta

da cozinha o técnico Arsénio, explicou dizendo que era por este ser um local pouco

acessado e que segundo a planta da casa aquela não era a porta principal para a

entrada e saída das pessoas (em caso de incêndios devido algum defeito no quadro,

por exemplo).

A principal novidade que chamou atenção de todos visitantes foi a de não se usar

caixas de derivação, pois, as derivações são feitas nas caixas de aparelhagem.

Segundo os guias, senhores Jerónimo e Arsénio, essa técnica foi acordada e é

conhecida pela fiscalização (ARKIMOZ, LD) e também mencionaram as vantagens que

aquele procedimento proporcionava, com destaque a redução dos comprimentos de

fios condutores e de tubos e a não necessidade de caixas de derivação, reduzindo os

custos do projecto.

As mesmas vantagens referidas anteriormente com a exclusão da não necessidade de

caixas de derivação foram mencionadas quando se debruçava do lançamento de tubos

debaixo do piso da casa. Acrescentou-se ainda ao procedimento que se refere neste

parágrafo, a vantagem de redução de roços nas paredes porque estes podem colocar

em risco a estrutura das paredes.

Em algumas residências onde ainda não tinha sido feita a energização, a portinhola é

feita de tal forma que possa ser alimentada tanto de cima (chegada aérea) como de

4 Um tipo de indicador que os pedreiros da obra usam para não deixar fora os tubos e caixas de

aparelhagem durante o reboque (processo de cimentar as paredes).

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baixo (chegada subterrânea) uma vez que, a decisão dependerá do fornecedor da

energia, segundo a explicação do guia.

Na portinhola, existem algumas saídas que vão para a alimentação do interior da casa

e outras sobem pela tubagem para cima onde alimentam os A.C’s e a fotocélula, que

se responsabiliza pela iluminação exterior, segundo a explicação do guia.

Ao lado da portinhola existe uma caixa denominada caixa de medição de terra. Antes

da portinhola, existe uma caixa por onde se fazem ligações entre a portinhola e a

chegada, como ilustram as figuras abaixo.

(a) (b)

Fig.1.(a) Quadro para montagem da caixa de medição de terra e (b) caixa da chegada.

Enquanto saía-se em direcção à outra casa, os dois estudantes que restavam

acabavam de chegar.

Depois foi-se para uma outra habitação do mesmo tipo, porém orientada inversamente

à anterior que, diferentemente da primeira residência, esta já estava relativamente

muito avançada tanto na parte eléctrica como civil; já mostrava tendência de estar

sendo habitada, o que receou a nossa entrada no interior daquela residência.

Porém pode-se apreciar as caixas de medição de terra, de contador de energia e da

portinhola, além da caixa para telecomunicações. Na portinhola já era possível ver

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fusíveis NH00 de 40 A para a chegada, que já estavam energizados bem como o

barramento de ligação, como ilustrado abaixo.

Fig.2. Contador de energia, portinhola e caixa de telecomunicações respectivamente.

Atrás daquela casa havia o termoacumulador cujo a tomada encontrava-se logo ao

lado deste, com uma tampa, que, segundo o guia servia de estanque em caso de

possíveis entornamentos ou gotejamento de água vinda do termoacumulador, como se

pode ver na figura abaixo.

Fig.3. Tomada usada para termoacumulador com tampa.

Continuando com a visitação os guias convidaram-nos a conhecer outra residência,

ainda em construção, onde a caixa do quadro eléctrico já estava com a fiação feita, e

deram-nos a conhecer os ligadores rápidos Wago tipo chapéu, que são um tipo de

ligadores que permitem o contacto eléctrico entre dois ou mais fios condutores

dependendo da sua especificação e do número de condutores que estes podem

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suportar; são rápidos, cômodos, evitam possibilidades de quebrar ou torcer os fios

condutores, não precisam de ferramentas (alicates universal e ou de corte, por

exemplo), além de não magoarem os dedos do operário. As figuras a seguir, mostram

os ligadores rápidos Wago em uma caixa de aparelhagem e o quadro eléctrico (Q.E)

que se referem neste parágrafo.

Fig.4. Ligadores rápidos-wago e vista de fios condutores na caixa para o Q.E.

Um dos materiais que viu-se em todas as casas que se visitaram foi o tubo Gris (a sua

imagem e sua especificação pode ser vista no anexo deste trabalho, figura 8(a) ). O

tubo Gris é empregado para o isolamento da fiação de A.C’s e da chegada de energia

eléctrica.

Duma forma geral além de tomadas eléctricas existem em todas as casas pontos para

recepção do sinal de redes de telecomunicações (televisão, internet e telefone) sendo

que os cabos usados para telefone são chamados UTP-categoria 5 e para televisão

chamam-se coaxial, como mostrado na figura a seguir.

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Cabo coaxial Cabo UTP

Fig.5. Cabos : Coaxial e UTP.

Depois da visitação às habitações, seguiu-se ao armazém, onde os guias nos

mostraram a planta das residências e pode-se também ver os eléctrodos de terra e os

tubos gris (anelados). Tanto o eléctrodo de terra como os tubos gris têm suas imagens

ilustradas no anexo deste relatório.

Já eram 13 horas quando o nosso orientador (docente), fez a despedida aos guias e

respectivos agradecimentos pela simpatia e prontidão que prestaram, em nome de

todos. Daí houveram os calorosos apertos de mão em forma de despedida e assim

terminava aquela visita.

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3. Conclusão

Depois de concluída a visita, pude entender a importância de em qualquer projecto de

construção haver uma concordância entre todas as partes integrantes do projecto (civil,

eléctrica, etc). Nesta visita especificamente por falta desta coordenação, o fio que liga o

termoacumulador até a tomada não chega de forma adequada, pelo que terá de ser

aumentado o seu comprimento ou mudar a posição da tomada, implicando mais gastos

ao proprietário. Isso verificou-se pelo menos na segunda residência referenciada neste

relato.

Pela figura 2 (portinhola) pude concluir que se tratava de ligação trifásica com terra de

protecção, sendo que a terra de serviço será fornecida pela H.C.B, segundo os dizeres

do guia.

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4. Anexos

Fig.6. Vista frontal de uma das residências . Fig.7. Estudantes, professor e o guia em

direcção ao armazém.

(a)Tubos Gris RL S/G 16X1,4X100 mts. (b)Eléctrodo de Terra. (c)Ponto previsto para Campainha.

Fig.8. Tubo Gris(a), eléctrodo(b) de terra e ponto para campainha(c) respectivamente.

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5. Bibliografia

1. www.soaresdacosta.com

2. www.hcb.co.mz

3. www.arkimoz.com