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VISITA TÉCNICA AO CAMPO PRODUTOR DE PETRÓLEO CREJOÁ Hayane Amorim Fernandes Engenharia de Petróleo, Universidade Federal do Espírito Santo – UFES Campus São ateus – ES, !rasil  Resumo Uma das grandes di"i#uldades $ue estudantes egressos da universidade en"rentam % a "alta de #onh e#iment o pr&ti#o' Uma das "ormas de atenuar essa de"i#i(n#ia % atrav%s de visitas t%#ni#as' )isitas t%#ni#as "a*em o en#ontro do a#ad(mi#o #om o universo pro"issional' Com o o+etivo de integrar os alunos da universidade #om a empresa uma visita t%#ni#a ao #ampo produtor de  petróleo Creo& "oi reali*ada' -esse #ampo produtor, o m%todo de +om+eamento utili*ado % o  +om+eamento por #avidades progressivas' Esse m%todo % utili*ado em óleos $ue possuem alta vis#osidade e grande $uantidade de sedimentos' A visita teve #omo o+etivos prin#ipais o estudo do #ontrole de velo#idade da +om+a e #omo o+etivos se#und&rios as medi./es de temperatura e nível do tan$ue, trans"er(n#ia de óleo para venda e apresenta.ão dos #omponentes downhole $ue e$uipam o po.o para a produ.ão' Palavras #have0 )isita t%#ni#a, !om+eamento por #avidades progressivas, Creo&' 1' 2n trodu.ã o Uma das grandes di"i#uldades $ue os estudantes en"rentam ao saírem da universidade % a "alta de #onhe#imento pr&ti#o' 2sso a#onte#e por $ue muitas universidades não o"ere#em estrutura "ísi#a ade$uada, #omo por e3emplo, la+oratórios para $ue os estudantes #olo$uem em  pr&ti#a os #onhe#imentos ad$uiridos em sala de aula' Uma das "ormas de atenuar esse pro+lema % a reali*a. ão de visitas t%#ni#a s' As visitas t%#ni#as são uma "erramenta de grande import4n#i a edu#a#ional, pois "a*em o en#ontro do a#ad(mi#o #om o universo pro"issional' Por mais $ue na maioria das visitas t%#ni#as o estudante atue #omo o+servador apenas, atrav%s delas % possível re"or.a r os #onhe#imentos ad$uiri dos em sal a de aula e apren der $ual a "un.ão de um  pro"issional $ue atue na &rea estudada' Com o o+etivo de apro"undar o #onhe#imento dos alunos, o pro"essor da dis#iplina 2nteg ra.ão Universida de5Emp resa, 6ldri#h 7oel 8omer o, em par#eria #om o #apítu lo estuda ntil SPE UFES – São ateus organi*ou uma visita t%#ni#a a um #ampo produtor de óleo' 6 #ampo onde a visita "oi reali*ada % #ampo Creo&, $ue % dos #ampos da empresa Central 8esour#es do !rasil Produ.ão de Petróleo 9tda', $ue atua na &rea de servi.os de e3plo ra.ão de #ampos de petról eo e g&s' 6 óleo produ *ido no #ampo pro duto r da região % um óleo pesado e por isso o +om+eio utili*ado % o +om+eio por #avidades progressivas' Ente os o+etivos da visita estão o #ontrole de velo#idade da +om+a, as medi./es de temperatura e nível do tan$ue, a trans"er(n#ia de óleo para venda, e a apresen ta.ão dos #ompone ntes downhole $ue e$uipam o po.o para a produ.ão' :' 8e vi são !i +l iogr& "i #a 6 modelo de +om+eio por #avidades progressivas ;!CP< % um m%todo de eleva.ão ar ti" i#i al usado em #ampos pr odut ores de ól eo #om alt a vi s#o sid ade' -esse modelo, a

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VISITA TÉCNICA AO CAMPO PRODUTOR DE PETRÓLEO CREJOÁ

Hayane Amorim Fernandes

Engenharia de Petróleo, Universidade Federal do Espírito Santo – UFES Campus São ateus – 

ES, !rasil

 Resumo

Uma das grandes di"i#uldades $ue estudantes egressos da universidade en"rentam % a "alta de

#onhe#imento pr&ti#o' Uma das "ormas de atenuar essa de"i#i(n#ia % atrav%s de visitas t%#ni#as'

)isitas t%#ni#as "a*em o en#ontro do a#ad(mi#o #om o universo pro"issional' Com o o+etivo de

integrar os alunos da universidade #om a empresa uma visita t%#ni#a ao #ampo produtor de

 petróleo Creo& "oi reali*ada' -esse #ampo produtor, o m%todo de +om+eamento utili*ado % o

 +om+eamento por #avidades progressivas' Esse m%todo % utili*ado em óleos $ue possuem alta

vis#osidade e grande $uantidade de sedimentos' A visita teve #omo o+etivos prin#ipais o estudo

do #ontrole de velo#idade da +om+a e #omo o+etivos se#und&rios as medi./es de temperatura e

nível do tan$ue, trans"er(n#ia de óleo para venda e apresenta.ão dos #omponentes downhole $ue

e$uipam o po.o para a produ.ão'

Palavras #have0 )isita t%#ni#a, !om+eamento por #avidades progressivas, Creo&'

1' 2ntrodu.ão

Uma das grandes di"i#uldades $ue os estudantes en"rentam ao saírem da universidade %

a "alta de #onhe#imento pr&ti#o' 2sso a#onte#e por $ue muitas universidades não o"ere#em

estrutura "ísi#a ade$uada, #omo por e3emplo, la+oratórios para $ue os estudantes #olo$uem em

 pr&ti#a os #onhe#imentos ad$uiridos em sala de aula' Uma das "ormas de atenuar esse pro+lema

% a reali*a.ão de visitas t%#ni#as' As visitas t%#ni#as são uma "erramenta de grande import4n#ia

edu#a#ional, pois "a*em o en#ontro do a#ad(mi#o #om o universo pro"issional' Por mais $ue na

maioria das visitas t%#ni#as o estudante atue #omo o+servador apenas, atrav%s delas % possível

re"or.ar os #onhe#imentos ad$uiridos em sala de aula e aprender $ual a "un.ão de um

 pro"issional $ue atue na &rea estudada'

Com o o+etivo de apro"undar o #onhe#imento dos alunos, o pro"essor da dis#iplina

2ntegra.ão Universidade5Empresa, 6ldri#h 7oel 8omero, em par#eria #om o #apítulo estudantilSPE UFES – São ateus organi*ou uma visita t%#ni#a a um #ampo produtor de óleo'

6 #ampo onde a visita "oi reali*ada % #ampo Creo&, $ue % dos #ampos da empresa

Central 8esour#es do !rasil Produ.ão de Petróleo 9tda', $ue atua na &rea de servi.os de

e3plora.ão de #ampos de petróleo e g&s' 6 óleo produ*ido no #ampo produtor da região % um

óleo pesado e por isso o +om+eio utili*ado % o +om+eio por #avidades progressivas' Ente os

o+etivos da visita estão o #ontrole de velo#idade da +om+a, as medi./es de temperatura e nível

do tan$ue, a trans"er(n#ia de óleo para venda, e a apresenta.ão dos #omponentes downhole $ue

e$uipam o po.o para a produ.ão'

:' 8evisão !i+liogr&"i#a

6 modelo de +om+eio por #avidades progressivas ;!CP< % um m%todo de eleva.ão

arti"i#ial usado em #ampos produtores de óleo #om alta vis#osidade' -esse modelo, a

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trans"er(n#ia de energia ao "luido % "eito atrav%s de uma +om+a de #avidades progressivas' A

 +om+a de #avidades progressivas #onsiste de um rotor no "ormato de uma h%li#e simples e3terna

$ue, $uando gira dentro de um estator moldado no "ormato de uma h%li#e dupla interna, produ*

uma a.ão de +om+eio ;)idal, :==><'

A "igura 1 apresenta o sistema de #avidades progressivas #omo um todo desta#ando as prin#ipais partes,

$ue são0

• otor el%tri#o de 2ndu.ão?

• Sistema de Correias e polias?

• 8edutor de engrenagens?

• Coluna de hastes?

• Coluna de Produ.ão?

• 8evestimento?

• 9inhas de produ.ão?

• Anular haste5tubing ?

• Anular revestimento5tubing ?

• !om+a de #avidades progressivas'

@' etodologia

A visita "oi reali*ada no dia on*e de mar.o de :=1 em um dos #ampos produtores da

empresa Central 8esour#es do !rasil Produ.ão de Petróleo 9tda' 6 #ampo produtor na $ual a

visita "oi reali*ada % o P6B6 15!8SA5>5ES, mais #onhe#ido #omo #ampo Creo&' Esse #ampo

se situa a apro3imadamente 1 Dm da Universidade Federal do Espirito Santo – Campus São

ateus' evido a #on"litos de hor&rio #om outras dis#iplinas, apenas on*e dos alunos

matri#ulados na dis#iplina 2ntegra.ão Universidade5Empresa #ompare#eram'

6 #ampo Creo& % de di"í#il a#esso, por #ausa disso o "un#ion&rio da empresa e t%#ni#oem me#4ni#a, Artur Pave*i, #ompare#eu universidade #om o intuito de guiar o Gni+us dos

alunos ao #ampo' 6 Gni+us $ue nos levou ao lo#al da visita "oi um dos Gni+us da universidade'

 Figura 1: Configuração típica de um sistema BCP (idal! "##$%

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  uando #hegamos ao #ampo, instru./es de seguran.a "oram dadas por Artur' As

instru./es "oram0 todos os alunos deveriam estar usando o #apa#ete de seguran.a, sapato

"e#hado, #al.a e #amisa de manga'

6 po.o do #ampo Creo& possui 1'=: m de pro"undidade e produ* apro3imadamente I==

litros por dia' 6 óleo produ*ido na região % um óleo de 1>,1 JAP2' Esse po.o est& produ*indo

 por #in#o anos e por isso a produ.ão % +ai3a se #omparada #om a produ.ão ini#ial $ue era de

apro3imadamente '=== litros por dia' A produ.ão % +ai3a, mas devido pe$uena presen.a desedimentos e &gua, a produ.ão % vi&vel e altamente rent&vel'

 -a primeira parte da visita, o sistema de +om+eamento "oi apresentado, #omo pode ser 

visto na "igura :' 6 motor utili*ado para o +om+eamento % o de rota.ão >1 rpm' Contudo, um

redutor de "re$u(n#ia % utili*ado e a rota.ão % redu*ida para apro3imadamente >= rpm'

 -a segunda parte da visita, o painel onde se en#ontra o redutor de "re$u(n#ia "oi

apresentado, #omo pode ser visto na "igura @' A rede el%tri#a no #ampo Creo& % uma rede rural e

 por isso h& muitas varia./es e inter"er(n#ias' Por esse motivo, um inversor de "re$u(n#ia tem $ue

ser utili*ado' 6 inversor impede $ue a rota.ão enviada para o motor sea vari&vel e em #aso deo#orr(n#ia de um pi#o de "re$u(n#ia, o inversor trava para $ue não haa pro+lema na produ.ão

do óleo, #omo por e3emplo, um in#(ndio' urante a visita, Artur aumentou a "re$u(n#ia no

inversor para I= rpm para $ue pud%ssemos ver a altera.ão no motor' uando ele aumentou a

"re$u(n#ia vimos $ue a rota.ão do motor aumentou' A rota.ão atual % de >= rpm por $ue a

 produ.ão % +ai3a, $uando a produ.ão era maior ;no ini#io da vida do po.o< a "re$u(n#ia era de

apro3imadamente I= rpm'

 Figura ": &istema de Bombeamento

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 -a ter#eira e Kltima parte da visita, Artur nos mostrou o tan$ue de arma*enamento ;Figura

<' Esse tan$ue % #apa* de arma*enar at% L'=== litros de óleo' epois $ue o óleo % e3traído ele %

enviado para esse tan$ue' 6 tan$ue possui uma tampa no topo, e a partir dela % possível medir a

temperatura do óleo' uando a tampa % removida, um aparelho medidor de temperatura %

inserido no óleo e uma temperatura m%dia % retornada' A temperatura varia de a#ordo #om atemperatura do am+iente, logo em dias mais $uentes a temperatura do óleo % mais alta' A

temperatura medida no dia da visita "oi @:J C'

uando @='=== litros de óleo são arma*enados no tan$ue, este % trans"erido para um

#aminhão tan$ue' Para medir a $uantidade de óleo no tan$ue % ne#ess&rio analisar a ar$uea.ão

do tan$ue' A ar$uea.ão #onsiste na determina.ão da #apa#idade volum%tri#a de reservatórios;2PE5SP<' Para medir a ar$uea.ão % ne#ess&rio medir o di4metro, espessura e largura do

Inversor de frequên!"

 Figura ': Painel de controle

 Figura : )an*ue de arma+enamento

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tan$ue' A ar$uea.ão do tan$ue % #ontrolada pela Ag(n#ia -a#ional de Petróleo, M&s -atural e

!io#om+ustíveis ;A-P<'

Para trans"erir o óleo do tan$ue para o #aminhão, uma +om+a de >= rpm % utili*ada' e

a#ordo #om o t%#ni#o, devido alta vis#osidade do óleo, são ne#ess&rias apro3imadamente tr(s

horas para $ue o #aminhão estea #heio' epois $ue o #aminhão tan$ue % #heio, o óleo % levado

ao Nerminal norte #api3a+a ;N-C<, e se torna responsa+ilidade da Petro+r&s'

Por "im, depois $ue todos esses e$uipamentos "oram mostrados, Artur Pave*i nos guiou de

volta para a universidade' A visita durou apro3imadamente uma hora e vinte minutos'

' Considera./es "inais

)isitas t%#ni#as são importantes, pois #one#tam o universo a#ad(mi#o #om o pr&ti#o' -a

visita reali*ada, tivemos a oportunidade de o+servar o "un#ionamento de um po.o de petróleo

$ue usa #omo m%todo de eleva.ão arti"i#ial o +om+eio por #avidades progressivas' Nivemostam+%m a oportunidade de o+servar a medi.ão de temperatura em um tan$ue de óleo' Essa visita

"oi de grande import4n#ia, pois apro"undou os #onhe#imentos ad$uiridos em sala de aula de uma

"orma din4mi#a e interessante' Al%m disso, a partir da visita "oi possível ad$uirir novos

#onhe#imentos, #omo por e3emplo, o+servar a medi.ão da temperatura no tan$ue'

Podemos ver o $uanto uma visita t%#ni#a % importante, pois em uma hora e vinte minutos

#onseguimos ad$uirir #onhe#imentos $ue se "ossem le#ionados em sala de aula demorariam

muito mais tempo' Em vista disso, uma sugestão universidade seria "ormar par#erias #om

empresas de "orma $ue visitas t%#ni#as possam ser reali*adas #on#omitantemente #om as aulas

em sala para $ue os alunos possam aprender de "orma pr&ti#a o $ue % estudado em sala de aula e

#onse$uentemente estarem mais preparados para o mer#ado de tra+alho'

>' 8e"er(n#ias +i+liogr&"i#as

2PE5SP',2nstituto de Pesos e edidas do Estado de São Paulo' 

Servi.o de Ar$uea.ão de

Nan$ues' A#essado em0 1 ar' :=1'

)idal, F' 7' N'' esenvolvimento de um simulador de +om+eio por #avidades progressivas'

Fran#is#o 7os% Nargino )idal' Universidade Federal do 8io Mrande do -orte' -atal – 8-, :==>'