Relatório de Actividades do IEFP 2014

Relatório de

Actividades do IEFP

2014

Relatório de Actividades do IEFP 2014

Página 1 de 88

INDICE

SÍNTESE DA ACTIVIDADE REALIZADA NO SECTOR DA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E EMPREGO PELO IEFP. ................................................................ 2

DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES REALIZADAS ...................................................... 6

ACTIVIDADES INSTITUCIONAIS ................................................................................ 6

FORMAÇÃO PROFISSIONAL ..................................................................................... 19

EMPREGO E INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA .............................................................. 42 GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA ............ Erro! Marcador não definido.

CONSTRANGIMENTOS.............................................................................................. 87

CONCLUSÕES ............................................................................................................. 88


Página 2 de 88

I. SÍNTESE DA ACTIVIDADE REALIZADA NO SECTOR DA FORMAÇÃO PRO-FISSIONAL E EMPREGO PELO IEFP.

O Plano de Actividades de 2014 apresentou um conjunto de acções destinadas a

responder aos objectivos e às grandes metas do IEFP em termos de combate ao

desemprego e de elevação das competências técnico-profissionais dos cabo-

verdianos, ajustando-as às necessidades e aos desafios do mercado de trabalho.

Competindo-lhe operacionalizar as políticas definidas pelo Governo para o sector,

o IEFP, dando sequência às fortes apostas efectuadas em anos anteriores nas áreas

da promoção da Qualificação Profissional, do Emprego e Empreendedorismo,

prosseguiu no esforço de assegurar uma oferta formativa de qualidade e

pertinente, uma maior eficácia das políticas activas de emprego, facilitar a inserção

dos jovens e dos grupos desfavorecidos na vida activa e contribuir para o reforço

da empregabilidade tendo por base a Agenda de transformação de Cabo Verde

plasmado no programa do Governo para a VIII legislatura.

A execução das actividades do IEFP em 2014, apesar dos constrangimentos

financeiros impostos pela crise económica mundial e que ditou a recentragem dos

Recursos Humanos do IEFP com consequências ao nível da redução do número de

efectivos em 23 % em 2013, registou um impacto assinalável com um conjunto de

avanços e ganhos a saber:

• Alargamento da rede física de CEFP de 8 (em 2012) para 11 Centros (em

2014) com a reabertura da Escola de Artes e Ofícios da Cidade Velha, antiga

Escola Oficina da Cidade Velha, financiada pela AECID;

• Consolidação do sistema de formação profissional com o seguimento da

implementação de regulamentos e procedimentos de gestão da formação e

de seguimento e avaliação, elementos essenciais para a implementação de

um padrão de qualidade da Formação Profissional reconhecido por todo o

colectivo do IEFP (Sede e Centros), traduzindo em ganhos em termos de

eficiência e eficácia.


Página 3 de 88

• Mobilização de parcerias e recursos em 2014, em que foram assinados 16

Protocolos e Acordos de Execução com sector privado e ONG´s (SITA,

Plataforma ONG, Bornfonden, EHTCV, INE, EHTCV, EPE, e a Curadoria

da C. Velha, GMT-CV PRIMAVERA Business Software Solutions, S.A,

TACV, entre outros) que apoiaram no financiamento de actividades de

formação e emprego.

• Implementação da Carta Politica Integrada Educação Formação e

Emprego (CPI-EFE) com a execução de novas politicas activas de emprego,

nomeadamente o Projecto de Inserção dos Desempregados de Longa

Duração (DLD) e Apoio a Iniciativas Locais e Regionais de Emprego,

beneficiando 120 jovens e adultos dos concelhos com maior taxa de

desemprego.

• Alargamento e diversificação dos estágios profissionais, com a

realização de estágios em sectores chaves da economia (Turismo, TIC,

Banca e Seguros, Pesca e Agricultura), beneficiando 2.423 jovens

diplomados à procura do 1º emprego de 2007 a 2014.

• No volume de vagas de emprego recebidas em 2014 (371 vagas de

emprego mobilizadas), foi o mais elevado dos últimos quatro anos. As

vagas de emprego captadas no ano 2014 sofreram um aumento de

183% (+ 240 vagas) face ao ano 2010; 222% face ano 2011 (+ 256

vagas); 64,8% face ao ano 2012 (+146 ) e 25% face ano 2013,

correspondendo mais 74 vagas mobilizadas.

• Na inserção de jovens e adultos no mercado de trabalho. A meta

prevista foi ultrapassada em 49,3%, correspondendo a inserção de

224 indivíduos no mercado de trabalho.

• No tocante à mobilização de receitas, constata-se uma evolução assinalável

ao nível da geração de receitas, com um aumento de 36.349.224 ECV de

receitas geradas em 2013 para um total de 49.520.185 ECV de receitas

próprias geradas em 2014, o que significa um crescimento na ordem dos

36%.


Página 4 de 88

Ao nível da abrangência e cobertura da formação profissional constata-se uma

ligeira redução (3%) em termos do número de beneficiários (2.171 em 2013 para

2.115 em 2014).

Apesar de tais circunstâncias, os resultados em termos de abrangência da

oferta formativa 2014 da rede de CEFP do IEFP superou a meta estabelecida

no início do ano, confirmando assim um cenário de execução bastante positivo se

se considerar que os CEFP do IEFP conviveram pelo segundo ano consecutivo

com um cenário de execução das acções de formação na sua maioria auto-

sustentadas por via da cobrança de propinas, da mobilização de parcerias e

da prestação de serviços.

Com efeito em 2014 foram realizadas 108 acções de formação, abrangendo 2.115

beneficiários.

A execução da oferta formativa inicial (cursos de qualificação e iniciação

profissional) abrangeu um total de 1.840 formandos (94 acções), enquanto que a

oferta de formação contínua com vista a capacitar a mão-de-obra activa permitiu

abranger 275 activos em 14 acções de formação profissional. De referir que

durante 2014 prosseguiu-se com o esforço de continuar a alinhar a oferta

formativa aos clusters prioritários de desenvolvimento do país, pelo que 64%

dos cursos oferecidos estiveram orientados aos referidos Clusters (Turismo,

Agronegócios, Finanças e TIC) e os restantes 36% procuraram dar resposta aos

sectores chaves e transversais como é o caso da Instalação e Manutenção de

Equipamentos, Construção Civil, Administração e Comércio.

Ao nível da internacionalização do IEFP, em 2014 demos continuidade ao

processo por via da execução de um importante projecto de formação que contou

com os fundos da União Europeia através do Projecto de Apoio ao Sector da

Formação nos PALOP e Timor Leste (PASF PALOP e TL): i) na organização e

implementação de uma acção de formação de formadores técnicos/operadores de

pescado dos PALOP e TL, beneficiando um total de 20 técnicos. Este foi ministrado

nas ilhas de São Vicente e Santo Antão; ii) apoio técnico e institucional a São Tomé

e Príncipe na criação do seu IEFP.


Página 5 de 88

Com o objectivo de imprimir mais qualidade ao sector, deu-se continuidade aos

trabalhos do Centro de Recursos da Formação Profissional no domínio da

formação de formadores que realizou 21 acções de formação pedagógica de

inicial de formadores (incluindo as acções de formação homologadas e

acompanhadas pelo IEFP), reforçando a bolsa de formadores com mais 392

formadores certificados.

Nos domínios do emprego e empreendedorismo, o ano findo caracterizou-se por

um reforço significativo da actuação do IEFP enquanto serviço público de

emprego, junto dos grupos mais vulneráveis, sejam estes jovens ou mulheres.

Este reforço foi sentido quer a nível da sede como dos CEFP que promoveram um

serviço de emprego e fomento do empreendedorismo mais próximo dos utentes

(pessoas e as entidades empregadoras) que se traduziu na realização do

atendimento personalizado e orientado para o mercado a 6.100 utentes dos

CEFP, correspondendo a um incremento de 85% dos atendimentos face ao ano

transacto, que em números absolutos representa de mais 2.806 atendimentos

realizados em relação ao ano transacto.

Ao nível das entidades empregadoras, deu-se continuidade à implementação de

uma Agenda de Encontros Sectoriais, operacionalizada através de 781 encontros

e visitas realizadas junto das entidades do sector produtivo público e privado

(mais 48 visitas em relação ao ano de 2013).

Em suma, a execução da generalidade dos programas e medidas de emprego e

empreendedorismo foi positiva. Com efeito, 1.970 jovens, formados e

desempregados foram contemplados em programas de emprego e acções de

promoção do empreendedorismo e auto-emprego: dos quais 308 jovens

desempregados recém-formados à procura do 1º emprego foram abrangidos no

Programa Nacional de Estágios Profissionais; 77 capacitados (5 acções) em

técnicas de busca activa de emprego; 1.249 jovens participaram em acções de

sensibilização e capacitação em empreendedorismo e auto-emprego (66 acções),

10 negócios de mulheres jovens graduadas oriundas da ilha de S. Vicente

foram incubadas na Incubada de Negócios Amdjer de Soncent (INAS) no


Página 6 de 88

âmbito do Projecto de Apoio ao Empreendedorismo de Mulheres Jovens graduadas

financiado pelo Fundo NEPAD Espanha; 9 jovens com formação profissional e

superior apoiados no desenvolvimento dos planos de negócio na Incubadora de

Negócios Fogo Empreende (INFE); 80 desempregados de longa duração

foram capacitados em competências transversais e 40 jovens e mulheres

foram capacitadas em Empreendedorismo e Gestão de Pequenos Negócios no

âmbito do Projecto Iniciativas Locais e Regionais de Emprego.

Salienta-se ainda pela positiva, o funcionamento da Linha de Financiamento

para promoção de Empreendedorismo no ensino técnico e profissional que foi

criada com um montante de 15.000.000$00 (quinze milhões de escudos Cabo-

Verdianos), destinados ao financiamento de projectos apresentados pelos

candidatos elegíveis.

A inauguração de duas Incubadoras de negócio na ilha de S. Vicente e Fogo com

intuito de reforçar o apoio técnico junto dos jovens empreendedores com

formação técnica e profissional.

Ao nível de processos internos, de referir que foi implementado o Manual de

procedimentos do Serviço de Colocação nos CEFP que que tem permitido uma

padronização de procedimentos no serviço de emprego dos CEFP, melhorando o

ajustamento entre a procura e oferta de emprego e promovendo uma maior

inserção de jovens e adultos no mercado de trabalho.

II. DESCRIÇÃO DAS ACTIVIDADES REALIZADAS

1. ACTIVIDADES INSTITUCIONAIS

As intervenções institucionais do IEFP em 2014 procuraram dar suporte aos seus

objectivos estratégicos consubstanciados na Agenda de Transformação do país e

no programa do Governo para a VIII Legislatura, nos mais variados níveis a saber:


Página 7 de 88

1. Reforço Institucional

1.1. Plano de Comunicação No sentido de melhorar a eficácia da acção do IEFP e de aumentar a promoção da

sua imagem institucional junto do seu público, parceiros e da sociedade em geral

deu-se em 2014 continuidade à implementação da Campanha Promocional do

IEFP.

Este Projecto contemplou todas as acções do foro noticioso, promocional e de

divulgação que tiveram por finalidade informar das actividades desenvolvidas pelo

IEFP. Assim sendo deu-se continuidade das seguintes actividades:

• Reconfiguração do edifico da Sede;

• Concepção dos produtos promocionais como Roll-ups, folhetos, etc.;

• Sinalização exterior e identificação das viaturas do IEFP;

• Uniformização de pintura exterior dos CEFP com cores do IEFP (verde e

laranja);

• Divulgação de programas do emprego e formação profissional através da

concepção e divulgação de spots publicitários sobre a oferta formativa,

Programa Nacional de Estágios Profissionais (PNEP), entre outros;

• Realização de entrevistas junto dos órgãos de comunicação social;

• Divulgação dos programas, projectos e actividades executadas pelo IEFP

(Sede e CEFP) através da publicação de diferentes artigos nos jornais

nacionais;

• Dinamização do site do IEFP com actualizações de informações regulares;

• Participação nas feiras das profissões e na semana global de

empreendedorismo.

1.2. Reforço da Capacidade Técnica do IEFP Com o objectivo de reforçar as competências dos dirigentes e técnicos do IEFP

(Sede e CEFP) com o intuito de operacionalizar os programas e medidas de

emprego e da formação profissional, foi dado continuidade em 2014, à


Página 8 de 88

implementação do Plano de Formação e Capacitação Interna dos recursos

humanos.

Neste âmbito, o IEFP promoveu a participação dos técnicos e dirigentes em várias

formações e Workshop sobre diversos domínios, a saber:

• Formação em Gestão de Emprego Cabo Verde, financiado pela União

Europeia através do Projecto de Reforço da Capacidades de Cabo Verde na

Gestão das Migrações, que beneficiou um total de 12 Coordenadores e

técnicos da Sede e CEFP;

• Formação dos formadores e técnicos dos CEFP na metodologia CODE,

Conhecer o Negócio, organizada pelo Centro Internacional de Formação

da OIT e financiada pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional de

Portugal;

• Capacitação dos técnicos e dirigentes do IEFP nos domínios da formação

profissional, emprego e empreendedorismo no âmbito da implementação

da Carta de Politica Integrada Educação Formação e Emprego;

• Formação em Reconhecimento, Validação e Certificação de Competências

Profissionais, financiado pelo projecto PASF-PALOP e TL que beneficiou

dois técnicos do IEFP;

• Participação do PCA do IEFP no VI Encontro de Gestão de Pessoas por

Competencias, em Florianópolis-Brasil no âmbito da parceria com

CINTERFOR, financiada pelo Programa CVE071/Lux-Dev;

• Capacitação dos técnicos financeiros da Sede, no software de contabilidade

–PRIMAVERA;

• Capacitação em gestão e elaboração de orçamento e módulo de caixa

organizado pelo Ministério das Finanças e Planeamento;

• Participação de técnicos e dirigentes do IEFP no Seminário de formação em

Abordagem por Competências (APC) promovido pelo Programa

CVE071/Lux-Dev

• Capacitação dos técnicos financeiros na elaboração de Orçamento com Base

em Resultado, Seguimento e Avaliação, organizado pelo Ministério das

Finanças e Planeamento;


Página 9 de 88

Instrumentos de gestão Elaboração da proposta de PCCS do IEFP, por uma equipa mista constituída pelo

PCA do IEFP, Jurista do IEFP e a Secretaria de Estado da Administração Publica; e

socialização do draft da proposta com todos os trabalhadores do IEFP (Sede e

CEFP) e seu envio ao Governo para aprovação.

2. Alargamento da Rede Física

O IEFP em 2014 deu continuidade à sua política de modernização e alargamento da

sua rede de Centros de Emprego e de Formação Profissional:

• Reabertura da Escola de Artes e Ofícios da Cidade Velha, como uma nova

dinâmica e perspectiva, focada no sector da indústria criativa, arte,

construção civil e agrária.

• Participação do IEFP no processo de instalação de equipamento e

mobiliários do Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial;

• Reestruturação do CEFP de S. Vicente com a criação duas salas para as aulas

teóricas;

• Instalação de equipamentos no Centro de Nhô Djunga para a

implementação do Curso de Cozinha com financiamento do MJEDRH.

• Instalação de uma Incubadora de Negócios designada Incubadora de

Negócios Fogo Empreende (INFE) no CEFP do Fogo;

• Criação da Incubadora de Negócios Amdjer de Soncent em São Vicente no

âmbito do Projecto NEPAD;

• Reabilitação do anexo do CEFP da Praia.

3. Alargamento das Parcerias Nacionais

Com vista à criação de sinergias entre parceiros dos sectores públicos e privados e

à rentabilização da capacidade instalada das entidades promotoras de formação

profissional, foram estabelecidas várias parcerias permitindo o alargamento e


Página 10 de 88

expansão da oferta de formação profissional, quer nos Centros de Emprego e

Formação profissional, quer nas Unidades Formativas (CFPTA S. Jorge e Afonso

Martinho). Neste sentido, foram assinados Protocolos com Entidades Públicas e

Privadas para o desenvolvimento de acções de formação profissional, orientação

profissional e implementação de programas de emprego e empreendedorismo, a

saber:

• Ministério da Justiça, CCCD, UNODC, HAN, Delegacia de Saúde da Praia,

DGJ, ICCA, DGGPRS – cooperação e parceria na definição de medidas e para

o tratamento e reintegração social dos toxicodependentes e apoio às

famílias, particularmente no bairro de Achadinha.

• VIVO ENERGY, ENACOL e ENAPOR - parceria com o CEFP SV para uma

actuação conjunta no domínio da formação profissional e promoção do

emprego e empreendedorismo com o principal objectivo de aumentar e

melhorar a qualificação profissional dos jovens e a sua (re) inserção no

mercado de trabalho (áreas de recrutamento e promoção de estágios

(curriculares e profissionais) e a comparticipação das respectivas Bolsas de

estágio).

• GMT-CV – a parceria com a GMT-CV, FPEF e IEFP visa criar uma rede de

trezentas (300) franquias no território Cabo-Verdiano que serão “Pontos de

Proximidade”, traduzirá na criação de 150 postos de trabalho em 2015, que

vão permitir as populações das zonas rural e urbana poder aceder a um

leque de serviços comerciais e financeiros próximo de si e em total

comodidade.

• INE (Instituto Nacional de Estatística de Cabo Verde) - parceira técnica

para o recrutamento de 86 agentes em regime de contrato de prestação

serviço, por um período de um ano no âmbito da realização do IIIº Inquérito

às Despesas e Receitas Familiares (IDRF 2014-2015).

• EHTCV, EPE – reforço de uma relação de parceria estratégia e operacional

para a realização de acções de formação profissional, capacitação,


Página 11 de 88

intercâmbio de experiencias, assistência técnica e promoção do emprego e

empreendedorismos no sector da Hotelaria, Restauração e Turismo.

• EHTCV, EPE, e a Curadoria da C. Velha - relação de parceria estratégica e

operacional para a realização de acções de formação profissional,

capacitação, intercâmbio de experiências, assistência técnica em domínios

da sua actuação, mais concretamente no município de Ribeira Grande de

Santiago.

• PRIMAVERA Business Software Solutions, S.A - promover a utilização do

software PRIMAVERA por parte dos formandos, no âmbito dos cursos de

gestão ministrados pelos CEFP, bem como à troca de conhecimento entre as

duas instituições nas áreas de gestão e do software de gestão.

• MJEDRH – Protocolo de parceria para operacionalização da Escola de Artes e

Ofícios da Cidade Velha; também o co-financiamento de algumas acções de

formação nos CEFP de Santa Cruz, Fogo, São Vicente e CFPTA de Afonso

Martinho num montante de 4.000.000,00;

• MJEDRH, MDR, MC E CMRGS - operacionalização e gestão da Escola de

Artes e Ofícios da Cidade Velha.

• Camara Municipal da Boavista - desenvolvimento de uma actuação

conjunta no domínio da formação e orientação profissional, do emprego e

empreendedorismo na Ilha da Boavista, em áreas estratégicas para o

desenvolvimento sustentável da ilha.

• SDTIBM - visando uma actuação estratégica e conjunta no âmbito da

implementação e realização de acções de formação profissional, orientação

profissional, emprego e empreendedorismo nas ilhas de Boa Vista e Maio.

• SITA S.A. – para a realização de acções de formação profissional, emprego e

empreendedorismo em domínios da sua actuação. Neste ano foi


Página 12 de 88

implementado 3 acções de formação em pintura de construção civil nos

CEFP de Santo Antão, Variante e Santa Cruz.

• Cooperativa de Carpintaria e Marcenaria Leibnitz – reforço de parceria

para a realização de acções de formação profissional, emprego e

empreendedorismo em domínios da sua actuação.

• TACV - celebração de um Acordo de Prestação de Serviços para a

implementação de uma acção de Formação Pedagógica Inicial de

Formadores aos seus colaboradores / funcionários.

• DGGPRS - celebração de um Acordo de Prestação de Serviços para a

implementação de acções de Formação e capacitação aos seus

colaboradores / funcionários.

• Casa do Cidadão – reforço de uma relação de parceria estratégica com vista

a concepção e materialização de acções conjuntas que visam aumentar a

capacidade de resposta dos serviços disponibilizados pelas duas entidades,

nomeadamente para o funcionamento de balcões de atendimento para

Serviços da Casa do Cidadão nas estruturas descentralizadas do IEFP (CEFP

Sal), por outro lado, a instalação de uma incubadora de negócios do IEFP

nas instalações da Casa do Cidadão em S. Vicente.

• MDR - Protocolo de parceria para operacionalização do CFPTA Afonso

Martinho, acordado no montante de 5.003.770,00 ECV para financiar o

funcionamento do referido Centro.

• OMCV - parceria no quadro do projecto «Recuperação da Produção do

Artesanato de Qualidade das Mulheres como uma Forma de

Empoderamento e Desenvolvimento dos Sectores Mais Vulneráveis; A

Assinatura do contrato para a gestão do Fundo de Crédito para


Página 13 de 88

financiamento dos planos de negócios elaborados no âmbito do Projecto de

Apoio ao Empreendedorismo.

A nível descentralizado foram levadas a cabo parcerias com as seguintes entidades:

Aldeia Infantis SOS, Associação Académica da Praia Bornefonden - Unidade Santia-

go Leste, Câmara Municipal do Porto Novo, CEJ do Porto Novo, Citi -Habitat, Coope-

rativa Pares, DG Desportos, Embaixada dos EUA, FICASE, Fundo de Promoção do

Emprego e Formação Profissional, Fundo Perpetuo de Educação MJEDRH / Pro-

grama Soldado Cidadão), Ministério da Saúde, PIEFP, Plataforma das ONG´s que

contribuíram para alcance dos objectivos traçados para o ano de 2014.

Ainda foram desencadeadas negociações e elaboradas as propostas de protocolos

com as seguintes entidades cuja formalização/assinatura será efectuada em 2015:

• FICASE – Parceria para realização de 3 acções de formação de formadores

em Alimentação Saudável para apoiar as cantinas das Escolas do EBI;

• Universidade de Cabo Verde – Adenda ao protocolo de cooperação

assinado em 2008 reforçando a parceria estratégica e institucional.

• MIREX (S. Tomé e Moldávia) – implementação de uma parceria tripartida

(IEFP, LUX e S. Tomé Príncipe) no domínio da formação e emprego e reali-

zação de experiências piloto no âmbito da Pareceria para Mobilidade da

União Europeia com vista a reforçar o conhecimento do programa de mi-

gração circular com países da UE / Intermediação de procura e oferta de

emprego internacional (Caso Moldávia); também a submissão de uma pro-

posta de parceria técnica com o Governo Indiano através da Empresa LES-

DEP, para a realização de acções de formação na área de transformação de

produtos agro-alimentares.

• CCISS – operacionalização do plano de trabalho assente nos três domínios

de intervenção do IEFP, mas com especial atenção para o domínio do em-


Página 14 de 88

prego nomeadamente no apoio à captação de ofertas de emprego, na parti-

cipação dos associados no Programa de Estágios pressionais e na divulga-

ção dos serviços de emprego, intermediação laboral dos CEFP.

5. Cooperação Internacional

Para a consecução da sua missão e objectivos estratégicos definidos para o sector,

o IEFP tem contado também com o financiamento de vários parceiros

internacionais. Assim, e neste quadro de cooperação, foi dada continuidade a

alguns projectos, a saber:

Espanha

� Projecto de Apoio ao Empreendedorismo de Mulheres Jovens

Este projecto tem como objectivo promover o empoderamento económico das

mulheres jovens graduadas com formação Profissional.

Em 2014, as actividades estiveram focalizadas na criação da Incubadora de

Negócios na ilha de S. Vicente e na mobilização de parcerias para a criação do

Fundo de Financiamento dos planos de negócio elaborados pelas beneficiárias.

� Projecto Incluye 010 - Acesso ao emprego ordinário das pessoas com

necessidades especiais residentes em Canárias e Cabo Verde

Este projecto vem sendo implementado desde de 2011 pela Sinpromi S.L.,

(Sociedade Insular para a Promoção das Pessoas com Deficiência de

Tenerife/Canárias) em parceria com o IEFP e tem como objectivo potenciar o

emprego e a qualidade de vida de pessoas com deficiência nos concelhos da Praia e

S. Vicente, aplicando uma metodologia inovadora designada “Emprego com Apoio”,

visando a integração socio-laboral do respectivo público-alvo.


Página 15 de 88

Em 2014, foi realizada a formação para pessoas deficientes na referida

metodologia, beneficiando 12 pessoas.

Realização de uma Jornada sobre a integração social e laboral de pessoas deficiente

em parceria com a UNICV/CIGEF, SINPROMI e IEFP. Essas actividades culminaram

com o encerramento do projecto.

Este projecto tem como objectivo promover o empoderamento económico das

mulheres jovens graduadas com formação Profissional.

� Projecto HEEMS

Assinatura do acordo de Parceria com a Universidade de Vigo para a implementa-

ção do Projecto HEEMS, cujo objectivo é de reforçar o ensino superior como uma

ferramenta para promover o uso eficiente de energia aplicada à redução da pobre-

za no sector marítimo por meio da capacitação e da integração regional. O projecto

visa promover a capacitação e integração regional no domínio do ensino superior

através de redes institucionais com foco na promoção do sector energético como

motor de redução da pobreza. Especificamente, espera-se fortalecer a capacidade

das instituições de ensino superior em gestão e nível académico para promover

iniciativas locais baseadas em energia barata, limpa e sustentável que geram um

impacto directo no desenvolvimento socioeconómico da população relacionadas

com o sector da aquicultura marinha. Países envolvidos no projecto: Cabo Verde

(IEFP e UNICV), Moçambique e São Tomé e Príncipe.

Foi realizado o 1º Encontro entre os parceiros do projecto em Maio de 2014,

durante 1 semana, em Cabo Verde.

Luxemburgo

� Projecto CVE/071 – Apoio ao Programa Nacional de Emprego e

Formação Profissional.


Página 16 de 88

• Conclusão as obras de construção e equipamento do CFP para as

Energias Renováveis e Manutenção Industrial;

• Entrega oficial dos 2 Centros de Transformação Alimentar (São Jorge

e Afonso Martinho);

� Projecto CVE/071 - Apoio ao Programa Nacional de Emprego e

Formação Profissional

• Continuação da implementação do plano de infra-estruturação do CERMI.

Projecto CVE/077 PAGPI-EFE Apoio ao sector Educação – Formação – Emprego

– SENAI

O referido Programa, vem desenvolvendo em parceria com o SENAI do Brasil um

conjunto de actividades que visam reforçar o sector do ETFP nos três Eixos (1)

Concertação e Articulação; ( 2): Fontes de Recursos; (3): Visibilidade.

Em 2014, foram levadas a cabo as seguintes actividades que contaram com forte

colaboração do IEFP:

• Criação do Conselho Consultivo de Gestão da Plataforma de Sustentabilida-

de - CGP;

• Capacitação, dos técnicos e dirigentes do IEFP, nos domínios da formação

profissional, emprego e empreendedorismo no âmbito da implementação

da Carta de Politica Integrada Educação Formação e Emprego.

Nações Unidas

Em 2014 deu –se inicio a implementação do Programa de Apoio à Estratégia

Nacional de Criação de Emprego em Cabo Verde.

O programa é financiado pelas Nações Unidas, através da cooperação

luxemburguesa no valor de 2.000.000USD e tem com o MJEDRH, através do IEFP


Página 17 de 88

como responsável pela coordenação do Comité Técnico. As actividades serão

detalhadas no capítulo do emprego.

França

Realização de uma acção de capacitação para a implementação de uma nova base

de dados designada “Gestão Emprego CV” a ser instalada nos CEFP. Esta acção

beneficiou 12 técnicos e dirigentes da sede CEFP e foi promovida pelo IEFP em

parceria com Office Français de L´Immigration et Integration (OFII) no âmbito do

Projecto de Reforço das Capacidades de Cabo Verde na Gestão das Migrações. O

referido projecto é financiado pela União Europeia e é liderada pela França

relativamente à Componente A.

Portugal

� Projecto Integrado de Apoio ao Emprego e Formação Profissional

Em 2011, no seguimento da missão efectuada pelo Vice-Presidente do IEFP – PT a

Cabo Verde, foi concebido e submetido um projecto único que desse continuidade

às 2 áreas de intervenção do PIEFP e do Projecto de Reforço Institucional. Isto é

abrangendo as actividades formativas e da área do emprego.

Em 2014 foi aprovado um Plano de Actividade de execução nos CEFP da Variante e

S. Cruz, com um orçamento de 39.253.405,00 ECV (trinta e nove milhões, duzentos

e cinquenta e três mil, quatrocentos e cinco escudos) incluindo os valores

transitados de 2013.

Visita do PCD do IEFP de Portugal a Cabo Verde com objectivo reforçar a

cooperação e parceria existente e negociar a continuidade e formulação do Acordo

existente com enfâse na existência técnica para a formação emprego e

empreendedorismo que culminou na assinatura do Memorando de Cooperação

entre as duas instituições.


Página 18 de 88

União Europeia

A União Europeia, através do Projecto de Apoio ao Sector da Formação Profissional

nos PALOP e Timor Leste, financiou as seguintes actividades que foram realizadas

pelo IEFP:

• Realização de 1 acção de formação de formadores e operadores/técnicos de

transformação de pescado dos PALOP e TL em São Vicente e Santo Antão,

beneficiando 20 jovens técnicos;

• Realização de 1 workshop no CEFP do Fogo “TROCA DE EXPERIÊNCIA STP-

CV NO AMBITO DA TRANSFORMAÇÂO AGRO-ALIMNTAR”, beneficiando 28

formandos;

• Implementação de 1 acção de Multiplicadores de Formadores de Formação

Pedagogica Inicial de Formadores, beneficiando 14 formadores das Ilhas de

Santiago, Fogo, Sal, São Vicente e Santo;

• Apoio á organização do Workshop Regional de Apoio à criação de emprego

e promoção do Empreendedorismo nos PALOP e TL realizada na cidade da

Praia, que contemplou 20 dirigentes e técnicos dos Serviços Públicos de

Emprego dos PALOP-TL;

• Organização da visita de estudo da Direcção do Trabalho, Emprego e

Formação Profissional de S. Tomé e Príncipe ao IEFP de Cabo Verde e

estruturas descentralizadas.

Estados Unidos da América

Financiamento por parte Embaixada dos Estados Unidos da América de uma acção

de formação de Curso de Electricidade promovido pelo CEFP S. Antão no valor de

um milhão , cento e cinquenta mil escudos, beneficiando 20 jovens.

De salientar que o IEFP (seja através do Conselho de Administração como dos

Coordenadores e técnicos das Unidades de Gestão e CEFP) teve uma participação

activa, em eventos catalisadores, visando troca de experiências e recolha de


Página 19 de 88

contributos para a geração de emprego, procurando intensificar respostas e

esforços de apoio ao auto-emprego e à criação de emprego, em especial para os

jovens e mulheres; dos quais se destacam os seguintes :

• Conferência Nacional do Emprego - Enquanto moderador do painel IV

Painel: Política de inserção profissional dos jovens e das mulheres;

• II Fórum Nacional de Transformação de Cabo Verde 2030 -

apresentação do painel “ Transformação e Criação de Emprego”.

• Participação no “Highlights of New Country Strategic Paper for Cabo

Verde 2014-2018” promovido pelo Banco Africano do

Desenvolvimento realizada a 8 de Março de 2014

2. ÁREA DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

O IEFP tem assumido nos últimos anos o desafio do alargamento e diversificação

da formação profissional, enquanto principal medida de promoção da inserção no

mercado de trabalho. Contudo nos últimos anos, derivado das repercussões

mundiais da crise internacional, traduzidas num abrandamento do crescimento

económico ou na própria recessão de alguns países, parceiros estratégicos no

financiamento da formação profissional, impuseram um cenário desfavorável ao

aumento da oferta formativa, tendo a média dos beneficiários dos cursos de FP dos

últimos 3 anos situado em 2.140.

Apesar dos condicionalismos, importava continuar a trabalhar no sentido da

qualidade e da pertinência da formação profissional por via da estruturação de um

sistema de formação profissional que promovesse a inserção no mercado de

trabalho, com uma oferta formativa direccionada para as camadas da população

com mais fragilidades no acesso ao mercado de emprego, e que fosse, ao mesmo

tempo, adequada às necessidades e desafios do país.


Página 20 de 88

Neste contexto foram estabelecidas as seguintes metas no PA 2014, relativamente

à área de Formação Profissional:

• A formação inicial de 1.188 jovens em acções de iniciação e qualificação

profissional;

• O reforço das acções de formação contínua, através da capacitação de 800

activos;

• A uniformização da oferta formativa através da implementação de mais 6

referenciais de formação do Catálogo Nacional de Qualificações Profissio-

nais do SNQ;

• A formação de 160 formadores, em acções de formação pedagógica inicial

de formadores e 40 em acções de formação contínua (auto-sustentáveis);

• A dinamização da bolsa de formadores, através da inscrição de 60 novos

formadores na bolsa através do BQE e da sua disponibilização em rede aos

CEFP;

• A instalação de 2 gabinetes de Orientação Vocacional e Profissional nos

CEFP da Praia e S. Vicente (condicionada a disponibilidade e mobilidade dos

professores do MED e a execução da PI-EFE sem custos adicionais para o

IEFP-CV);

• A operacionalização de um sistema de seguimento dos Formandos, Forma-

dos e Formadores.

• A uniformização dos procedimentos para o serviço de formação profissional

dos CEFP.

Apesar de todos os condicionantes, de um modo geral, as actividades previstas

para 2014 na área da formação profissional foram realizadas com uma

percentagem de execução a rondar os 90 %, tendo as metas sido ultrapassadas em

quase todas as actividades previstas. De referir a contínua aposta na execução

de acções de formação inicial na sua maioria auto-sustentadas e que

contribuíram fortemente para o aumento das receitas arrecadadas pelo IEFP

em 2014.

Descrição das actividades realizadas:


Página 21 de 88

1.1 Acções de Formação Profissional Inicial e Contínua realizadas

Em 2014 foram realizadas 108 acções de formação profissional, nas diferentes

Entidades Formadoras, nomeadamente CEFP e Escola (Escola de Arte e Oficio da

Cidade Velha), abrangendo um total de 2.115 beneficiários, sendo 998 do sexo

masculino, correspondente a 47 %, e 1.117 do sexo feminino, equivalente a 53%

do total, conforme se pode verificar pela leitura do no gráfico nº1, que se segue.

Gráfico 1 – Nº de beneficiários de acções de formação profissional por sexo.

Fonte: IEFP (2014)

Vale referir que cerca de 56,4% da oferta formativa (61 cursos), correspondeu

a cursos relacionados aos clusters prioritários de desenvolvimento do país,

distribuídos, maioritariamente pelos clusters de Finanças (22 acções), Turismo (17

acções), Agronegócios (11 acções) e TIC (8 acções), conforme ilustrado no gráfico 2

abaixo.


Página 22 de 88

Gráfico 2 – Nº de acções de formação profissional por Cluster.

Fonte: IEFP (2014)

Fazendo a análise das acções de formação profissional realizadas por modalidade

de formação, pode-se verificar, de acordo com os gráficos 3 e 4 abaixo, que a

maioria foram acções na modalidade Inicial 94 (87%), abrangendo um total de

1.840 beneficiários (gráfico 4), permitindo superar a meta de 1188 beneficiários

estabelecida no início do ano em 54%.

Gráfico 3 – Nº de acções de formação por modalidade Gráfico 4 – Nº de Beneficiários das acções por modalidade

Fonte: IEFP (2014) Fonte: IEFP (2014)

De entre as 94 acções na modalidade inicial, 57 constituíram acções de

qualificação profissional (acções conferentes de nível de qualificação), com um

total de 1.178 beneficiários. Esta situação decorreu do facto de um grande número


Página 23 de 88

de jovens estarem a optar pela realização de cursos de Qualificação Profissional

para facilitar o seu acesso ao mercado de trabalho, o que demonstra, em certa

medida, que o objectivo de valorização da formação profissional vem sendo

conseguido ano após ano. As restantes 37 acções de formação foram acções de

iniciação profissional dirigidas a jovens que pretendiam, através de uma acção de

curta duração, não conferente de nível de qualificação, adquirir uma determinada

competência para iniciar o exercício de uma profissão. Com esta modalidade de

formação, em 2014 foi possível abranger 662 beneficiários.

Analisando ainda os gráficos 3 e 4, é possível concluir que a oferta de formação

inicial assume maior relevância quando comparada com a formação contínua,

tendo sido realizadas em 2014, 14 acções de formação contínua (13% do total as

acções), na modalidade de aperfeiçoamento profissional, abrangendo um total

de 275 activo. Estes números decorreram das opções políticas definidas para o

sector de se procurar atender, prioritariamente, as necessidades da camada jovem

da população afectada pelo desemprego, que, por sua vez, reconhece na

qualificação profissional uma via para se inserir mais rapidamente no mercado de

trabalho.

Analisando por níveis de qualificação profissional, verifica-se de acordo com o

gráfico 5 abaixo apresentado, que das 108 acções de formações realizadas, 6

foram de nível II, 18 de nível III, 17 de nível IV e 13 de nível V. As restantes 54

acções correspondem a acções de formação sem nível de formação ou qualificação

(S/N), nomeadamente as acções de iniciação e de aperfeiçoamento profissional.

De entre as acções de formação conferentes de nível de qualificação, destaca-se o

nível III com um total de 370 beneficiários, seguido do nível IV com 364, o

que demonstra uma grande procura de jovens habilitados com o 8º ano e o 10 º

ano de escolaridade por cursos de formação profissional, por um lado, mas

também demonstra que a planificação da oferta formativa procurou dar resposta

ao perfil dos desempregados, essencialmente jovens na faixa etária entre os 16 e

24 anos e com necessidade de elevação das competências para efeitos de inserção

no mercado de trabalho.


Página 24 de 88

Gráfico 5 – Nº de Beneficiários por nível de formação. Gráfico 6 – Nº de Acções por nível de formação.


Das acções desenvolvidas, quando agrupadas por famílias profissionais, constata-

se que as famílias de Administração e Gestão (AGE), Hotelaria, Restauração e

Turismo (HRT), Construção e Obra Civil (COC) e Industrias de Processo (INP) são

as famílias com maior número de acções realizadas, com 22, 17, 10 e 10 acções

respectivamente, correspondendo a 54,6% do total das acções de formação

realizadas em 2014. (ver gráfico 6 abaixo)

Em 2014, a famílias profissionais de AGE, HRT, INP e COC beneficiaram 459, 329,

194 e 191 indivíduos, respectivamente, de acordo com o gráfico 8.

De referir que as ofertas formativas em 2014 foram baseadas nas opções

estratégicas inscritas na Agenda Transformação do Governo, tendo

igualmente incidido sobre as famílias profissionais cuja procura por parte do

mercado de emprego foi maior, garantindo por essa razão, maiores

possibilidades de empregabilidade daqueles que frequentaram os cursos de

formação profissional.


Página 25 de 88

Gráfico 7 – Nº de acções por família profissional Gráfico 8 - Nº de Beneficiários por família profissional Fonte: IEFP (2014) Fonte: IEFP (2014)

Como se pode observar pelo gráfico 9 abaixo, a oferta formativa promovida pelo

IEFP em 2014 ocorreu em 18 entidades formadoras (CEFP e Parceiros), sendo

que o CEFP de São Vicente foi a entidade formadora com maior número de acções

de formação, 16 acções, seguidos dos CEFP da Variante, Praia e Santo Antão, todos

com 12 acções.

No tocante ao número de beneficiários, o CEFP São Vicente afigura-se também

como a entidade formadora com maior número de beneficiários, 311, seguido do

CEFP da Variante com 248 e Santo Antão com 230 beneficiários. (ver gráfico 9).


Página 26 de 88

Gráfico 9 – Nº de acções por Entidade Formadora

Fonte: IEFP (2014)

Gráfico 10 - Nº de Beneficiários por Entidade Formadora

Fonte: IEFP (2014)

Fazendo uma análise em termos de distribuição da oferta formativa pelo território

nacional, constata-se pela análise dos gráficos 11 e 12 que das 108 acções de

formação realizadas, a maior parte concentrou-se na ilha de Santiago, com 56


Página 27 de 88

acções (52% do total) e 1.100 beneficiários, seguida de S. Vicente com 19 acções

(18%) e 372 beneficiários e Santo Antão com 12 acções (11%) e 230 beneficiários.

Gráfico 11 – Nº de acções por Ilha Gráfico 12 - Nº de Beneficiários por Ilha Fonte: IEFP (2014) Fonte: IEFP (2014)

No que respeita à distribuição das acções de formação por Concelho, observa-se

(gráficos 12 e 13) que o concelho da Praia teve o maior número de acções e

beneficiários (26 acções e 485 beneficiários), seguido de São Vicente (19 acções e

372 beneficiários) e São Domingos (12 acções e 248 beneficiários).


Página 28 de 88

Gráfico 13 – Nº de Acções por Concelho Gráfico 14 - Nº de Beneficiários por Concelho


Em termos de montantes investidos na formação profissional, verifica-se que em

2014 foram investidos um total de 117.353.749,00 ECV (cento e dezassete

milhões, trezentos e cinquenta e três mil, setecentos e quarenta e nove escudos),

dos quais 59.642.008,00 ECV (cinquenta e nove milhões, seiscentos e quarenta e

dois mil e oito escudos), equivalente a 51% do total, foram financiados através do

autofinanciamento gerado pelas receitas arrecadas em cada acção de formação

(com propinas e emolumentos) e 57.711.741,00 ECV (cinquenta e sete milhões,

setecentos e onze mil, setecentos e quarenta e um escudos), equivalente a 49%,

foram financiados por Parceiros. (gráfico 15).


Página 29 de 88

Gráfico 15 – Montante (ECV) por Fonte de Financiamento.

Fonte: IEFP (2014)

*Cursos auto-sustentados

Analisando os montantes investidos na Formação Profissional por modalidade de

formação, constata-se que a maior fatia foi investida na formação de

qualificação, correspondente 105.719.498,00 (cento e cinco milhões, setecentos e

dezanove mil, quatrocentos e noventa e oito escudos), equivalente a 90% do total,

seguido do montante de 11.634.251,00 (onze milhões, seiscentos e trinta e quatro

mil, duzentos e cinquenta um escudos) investidos na formação contínua, 10% do

valor global investido, conforme ilustra o gráfico 15.

Gráfico 16 – Montantes investidos por modalidade de formação.

Fonte: IEFP (2014)


Página 30 de 88

Em relação aos montantes investidos por nível de qualificação constata-se um

maior investimento nas formações de nível III e IV, respectivamente 31.909.439,00

ECV e 31.509.666,00ECV, conforme indica o gráfico 16 que se segue.

Gráfico 17 – Montantes investidos por nível de formação.

Fonte: IEFP (2013)

Relativamente ao custo médio das acções de formação, constatou-se que em 2014,

o custo médio das acções de formação inicial foi de 1.717.300,23 ECV (um milhão,

setecentos e dezassete mil, trezentos escudos e vinte e três centavos), na iniciação

profissional de 559.527,50 (quinhentos e cinquenta e nove mil, quinhentos e vinte

e sete escudos) e na Continua 314.439,22 (trezentos e um mil, quatrocentos e

trinta e nove escudos), ver quadro 1, infra.

Modalidade Nº Acção Nº Beneficiários Custo Médio/Acção

Qualificação Inicial 57 1178 1.717.300,23

Contínua 14 275 314.439,22

Iniciação Profissional 37 662 559.527,50

Geral 108 2115 2.650.248 Quadro 1 – Custo Médio por Modalidade. Formação

Fonte: IEFP (2014)


Página 31 de 88

Comparando os custos entre níveis, o nível V apresenta o custo médio superior aos

restantes (1.996.432,92 ECV), seguido do nível IV (1.853.509,76), nível III

(1.772.746,00) e nível II (1.217.538,33), conforme o quadro 2 abaixo.

Níveis Qualificação Montante Custo Médio

N2 7.305.230,00 1.217.538,33

N3 31.909.439,00 1.772.746,61

N4 31.509.666,00 1.853.509,76

N5 25.953.628,00 1.996.432,92

S/N 20.675.786,00 382.884,93

Total 117.353.749,00 1.368.045,53

Quadro 2 – Custo Médio por Nível de Qualificação

Fonte: IEFP (2014)

Em suma, o IEFP, através dos seus CEFP e Parceiros, levou a cabo um programa de

108 acções de formação, englobando acções de capacitação (S/N) e de qualificação

profissional de nível II a V em diversas áreas, seguindo os referências do Catálogo

Nacional de Qualificações com enfoque nos clusters prioritários para o

desenvolvimento do país, tendo beneficiado 2.115 indivíduos, superando em 6% a

meta de 1.988 beneficiários estabelecidos no início do ano.

De destacar, o co-financiamento de acções de formação no âmbito da Carta de

Politica Integrada Educação Formação e Emprego. Abrangendo um total de 29 de

formação, beneficiando 582 jovens e adultos nos CEFP da Praia, S. Catarina, Sal,

Fogo, S. Vicente, Santo Antão e EAOCV, conforme o quadro nº3.

Eixo Projecto Nº Acções Nº Beneficiários

ALV Qualificação Inicial Jovem 9 180

Formação Continua 15 300

Qualidade Centro de Recurso 5 102

Total 29 582 Quadro 3 – Nº de Acções e Beneficiários no âmbito da CPI-EFE

Fonte: IEFP (2014)

1.3. Acções de Formação Inicial nas Unidades Formativas

O Projecto Unidades Formativas visa promover o alargamento e a diversificação da

oferta de formação profissional nos estabelecimentos de ensino secundário com o


Página 32 de 88

objectivo de formar técnicos em áreas específicas, de acordo com as necessidades e

especificidades das localidades onde estão inseridas, e atribuir a dupla certificação.

Em 2009, deu-se o arranque da experiência piloto da criação da Unidade

Formativa em algumas escolas secundárias (São Nicolau – Rª Brava, Santo Antão –

Rª Grande e Santiago - São Lourenço do Órgãos) e procedeu-se ao seu alargamento

em 2010 a 2013.

Dando continuidade ao projecto, em 2014 deu-se início a 3 acções de formação nas

Escolas Secundárias do Maio, Olavo Moniz (Sal) e Constantino Semedo (Praia)

beneficiando um total de 61 jovens, conforme ilustra o gráfico nº18, abaixo:

Gráfico 18 – Nº de Beneficiários por Unidades formativa nas escolas secundárias.

Fonte: IEFP (2014)

De sublinhar a implementação dos novos perfis profissionais desenhados pelo

SNQ, como: Instalação e Manutenção de Equipamentos Informáticos e de

Telecomunicações N.3 (TIC), Instalações Eléctricas e Infra- estruturas

Telecomunicação em edifícios N.3 (IMA) e Trabalhos de Acabamento da

Construção e Obra Civil N.3 (COC).

1.4. Escola Oficina da Cidade Velha (EOCV) – Estudo de Impacto da FP

O projecto da EOCV constitui um modelo de integração de sistemas ou valências:

educação, formação profissional e emprego, onde os formandos desenvolvem as


Página 33 de 88

suas actividades em Centro de trabalho, que constituem espaços abertos em que os

jovens aprendem fazendo (arte/profissão). Neste caso, as formações estão

enquadradas no projecto de recuperação e conservação do património histórico e

cultural e desenvolvimento de sectores estratégicos para o município de Ribeira

Grande Santiago.

São parceiros do projecto, a Agência Espanhola de Cooperação Internacional para o

Desenvolvimento – AECID, o Ministério das Relações Exteriores, o Instituto de

Emprego e Formação Profissional, a Câmara Municipal da Ribeira Grande Santiago,

o Ministério do Desenvolvimento Rural e o Instituto da Investigação e do

Património Cultural.

Durante o período de 2 anos em que vigorou, de Abril de 2011 a Março de 2013, o

projecto diplomou um número de 148 jovens nas áreas de Construção Civil (4

turmas), Canalização e sistema solar térmico (2 turmas) e Transformação de

Produtos de Produtos Agrícolas (2 turmas).

Passado esse período, o IEFP enquanto instituição pública e parceira do projecto

ficou com o compromisso de fazer e apresentar a avaliação/acompanhamento pós-

formativo e desta forma vir demonstrar a efectividade da intervenção em termos

de contribuição para a integração sócio laboral dos jovens do Concelho da Ribeira

Grande da Cidade Velha.

O estudo teve 2 objectivos essenciais: i) obter informações sobre a situação

profissional dos diplomados com formação profissional e as características

do emprego e desemprego; ii) Avaliar a taxa de empregabilidade dos

diplomados. A recolha decorreu no período de 10 a 30 de Setembro de 2014, por

entrevista directa, utilizando o questionário estruturado, foi direccionada

directamente ao diplomado.

Como destaque final do estudo, ressalta-se o facto de que logo após a conclusão

do projecto, 68% dos jovens comtemplados tiveram a colocação imediata,

situação explicada pela dinâmica do sector da construção civil, resultante da


Página 34 de 88

elevação da Cidade Velha à categoria de património Mundial, promovido pela

UNESCO.

Presentemente, cerca de 28% dos jovens diplomados encontram-se a trabalhar, e

destes, 93% não possuem um contrato escrito com a entidade empregadora.

Com relação aos que estão ocupados, a taxa de maior ocupação vai para o curso de

Transformação de Produtos Agrícolas com 83% dos inquiridos, seguidos dos

cursos de Construção Civil e de Canalização com 64,7% e 20% respectivamente.

No que tange ao grau de satisfação com relação ao curso que frequentou a grande

maioria dos jovens, cerca de 80%, mostra-se estar satisfeito com o curso feito, e os

dados dão conta, que mesmo aqueles que estão desempregados, 98% apontam

como causa do desemprego a falta de trabalho, e 80% deles têm vindo a

desenvolver algum tipo de diligências no sentido de reverter a situação perante o

emprego.

0,0

10,0

20,0

30,0

40,0

50,0

60,0

70,0

Trabalhou após FP Nunca TrabalhouApós FP

Trabalhaactualmente

69,3

30,727,7

Situação Profissional Após Conclusão do Curso (%)

Gráfico 19 – Situação Profissional dos formandos da EOCV.

Fonte: Estudo de impacto da FP na EOCV (2014)

Os resultados do estudo, pelos dados obtidos pelas taxas de ocupação e pelo do

grau de satisfação manifestado pelos jovens, permitem concluir que o projecto,

apesar dos constrangimentos provenientes da conjuntura económica

desfavorável, cumpriu com os objectivos propostos pelos seus proponentes:

actualmente 28% dos beneficiários estão ocupados e 80% estão com uma


Página 35 de 88

atitude muito positiva face a possibilidade de virem encontrar uma

ocupação.

1.5. Centro de Recursos de Formação Profissional/Formação de Formadores

Em 2014, o Centro de Recursos da Formação Profissional, em parceria com os

Centros de Emprego e Formação Profissional e outros Parceiros (através da

homologação das acções), desenvolveu 21 acções de formação, beneficiando um

total de 392 formadores, sendo que 165 são do sexo masculino e 227 do sexo

feminino, ultrapassando em 70% a meta de 160 estabelecida no início do ano.

Das 21 acções, 7 foram realizadas na cidade Praia, 4 em São Vicente, 1 no Fogo, 1

no Sal e 1 em Santo Antão. Das acções homologadas foram implementadas em

parceria com a Universidade Jean Piaget (4 acções/ Praia e São Vicente), a Guia de

Serviço e o Centro de Formação Profissional do Maio.

Nº Acção Nº Benef.

CEFP 7 131

Homologados 7 144

CR 7 117

Total 21 392

Quadro 4 – Nº de Acções e de Beneficiários da FPIF.

Fonte: IEFP (2014)

Vale referir o financiamento de 4 acções de formação pedagógica inicial de

formadores através da Carta de Política Integrada Educação Formação e Emprego

implementada na Praia, Sal, São Vicente e Santo Antão, 2 pelo Projecto PASFP-

PALOP e TL e 1 solicitado pela TACV.

Também de sublinhar a realização de 1 acção de Formação de Multiplicadores de

formadores na Praia, beneficiando um total de 14 formadores de diversas Ilhas:

Santiago (concelho da Praia 6 e Santa Catarina 2) Sal (1), Santo Antão (3), São

Vicente (1) e Fogo (1) e consequentemente aumento da bolsa de formadores de

formadores do IEFP/CR. Este permitiu aumentar o conjunto de formadores da

formação pedagógica ministrada no país.


Página 36 de 88

A actividade do Centro de Recursos permitiu, ainda, reforçar a Bolsa de

formadores com a inscrição de mais formadores na Bolsa durante 2014

(equivalências) contabilizando até a data uma soma de 1200 formadores.

2. Certificação: Formandos diplomados em 2014.

Durante o ano de 2014, a Unidade de Gestão da Formação Profissional (UGF)

emitiu 795 certificados, permitindo desta forma colocar no mercado de trabalho

um contingente de jovens e adultos diplomados, conforme o quadro 4 abaixo:

Modalidade Diplomados Total

Masculino Feminino

Formação Inicial 79 98 177

Formação Continua 95 231 326

Formação de Formadores 111 181 292

Total 285 510 795

Quadro 5 – Certificados emitidos por modalidade de formação.

Fonte: IEFP (2014)

Paralelamente, a UGF deu continuidade á estratégia de implementação de

mecanismos capazes de imprimir uma maior eficiência no processo de

emissão de certificados, garantindo rigor e qualidade e, ao mesmo tempo,

celeridade do processo. Foram introduzidos instrumentos/planilhas de recolha e

organização da informação de pedido de certificados e ainda, para permitir uma

maior segurança do processo, e registo na Base de Dados permitindo a gestão e

arquivo dos certificados emitidos.

3. Uniformização da Oferta Formativa

Em 2014 a UGF assumiu igualmente o desafio de prosseguir com o processo

gradual de uniformização da oferta formativa através da implementação das


Página 37 de 88

qualificações do Catálogo Nacional de Qualificações do SNQ. Com efeito foram

implementados um total de 12 qualificações, ultrapassando em 50% a meta

estabelecida no início do ano, conforme apresentado no quadro 6 abaixo.

Familia Profisisonal Nº Qualificação Modalidade de Implementação Curso CEFP

Qualificação Completa Recepção em alojamentos N.4CEFP Sal

UF: Atendimento ao cliente em alojamentos

Atendimento e Orientação ao Cliente S/N CEFP Sal

Atendedores de Bares, Cafés e Restaurantes S/N CEFP SalAtendedores de Bares, Cafés e Restaurantes S/N CEFP S.Vicente

Qualificação Completa Restauração e Bar N.3 CEFP S.Vicente

3AGE004_4: Gestão de pequenas empresas Qualificação Completa Gestão de Pequenas Empresas N. 5

CEFP Fogo

4AGE003_5: Secretariado e apoio a direção

MF5 - UF4: Aplicativos informáticos de folha de cálculo

Excel Avançado S/NCEFP Sal

MAV - Manutenção de veículos 5 MAV 003_4: Manutenção de sistemas eléctricos e electrónicos de veículosQualificação CompletaManutenção de Sistemas Eléctricos e Electrónicos de Automóveis N.4 CEFP Variante

IMA 006_3: Canalização e Instalação Predial Qualificação Completa Canalização Predial N. 3

CEFP PraiaIMA 006_3: Canalização e Instalação Predial Qualificação Completa Canalização Predial N. 3

CEFP Santa Cruz

7

Manutenção de Instalações Eléctricas Industriais de Baixa Tensão

Qualificação Completa Electicidade de Baixa Tensão N.3

CEFP S.Vicente

MET - Metalomecânica8

MET 000_3: Serralharia de estruturas metálicas N.4 Qualificação Completa Serralharia de Metal

CEFP Praia

AGA - Agraria 9AGA 0004_2: Atividades básicas da agricultura

Qualificação Completa

Técnicas Básicas de Agricultura N.3 CEFP Fogo

10COC002_5: Controlo de projectos de construção e obra civil

Alguns Modulos Formativos Sistema de Informação Geografica N. 5

CEFP Variante

11COC004_4: Trabalho de Estrutura e Alvenaria Qualificação Completa Pedreiro N.3

CEFP Santa Cruz

INP - industria de Processo 12

INP002_3:Operações de dessalinização e tratamento de águas residuais

Alguns Modulos FormativosGestão de Recursos hídricos e

processos de purificação de água N.4CEFP S.Catarina

UF4 Atendimento ao cliente em bares, cafés e restaurantes

IMA - Instalação e Manutenção

6

AGE - Administração e Gestão

COC - Construção e Obra Civil

HRT 003_3: Serviço de Alimentos e Bebidas

HRT - Hotelaria e Turismo

HRT 006_4: Recepção em Alojamentos

1

2

Quadro 6 - Implementação das novas qualificações do CNQP do SNQ. Fonte: IEFP (2014)

4. Regulamentos e procedimentos

Procurando cumprir com as atribuições de regulação da formação profissional

desenvolvida nos CEFP, a Unidade de Gestão da Formação desenvolveu ao longo de

2013 alguns instrumentos orientadores que permitiram aos CEFP actuar com

procedimentos uniformes, salvaguardando o cumprimento dos objectivos do IEFP,

em termos de qualidade da FP. Assim, foi elaborado e aprovado em Junho de 2013,

o Regulamento de Funcionamento de Actividades Formativas nos CEFP (RFFP) um

instrumento que dá orientações concretas sobre a organização dos processos


Página 38 de 88

formativos, nomeadamente: a organização dos dossiês técnico-pedagógicos, os

estágios curriculares, a avaliação das aprendizagens, a selecção dos formandos,

certificação dos formados e os requisitos para inscrição e frequência das acções de

formação.

Em 2014, foi dado enfâse a operacionalização e seguimento nos CEFP dos

Regulamentos produzidos de forma a salvaguardar o cumprimento dos objectivos

do IEFP, em termos de qualidade e uniformização dos procedimentos da FP nos

CEFP.

5. Seguimento e Avaliação dos CEFP

As actividades de seguimento e avaliação dos CEFP ganharam em termos de

sistematização em 2014 com a introdução do modelo de Seguimento e Avaliação

organizado com critérios e indicadores de avaliação que engloba as várias fases da

Formação Profissional (Projecto, Processo, Resultados e Impacto), conforme

evidenciado na figura 1 abaixo.

2 – MODELO DE SEGUIMENTO E AVALIAÇÃO

Avaliação do projecto do

curso em termos de plano

formativo, carga horária,

formadores, parcerias,

equipamentos….

Avaliação do

desenvolvimento das

acções de formação

(gestão técnico-pedagógica

e apoio a actividade

formativa/dinâmica em

sala de aula)

Avaliação de resultados

(cumprimento do programa

formativo, aproveitamento

de formandos, desistências…

Avaliação de impacto

(inserção profissional dos

diplomados, desempenho

no mercado de trabalho…)

avaliação inicial/avaliação de

projecto

avaliação do processo

avaliação do produto/resultado

avaliação de impacto

Figura 1- Modelo de seguimento e avaliação de CEFP. Fonte: IEFP(2014)

Trata-se de um modelo que privilegia como princípios fundamentais a

abrangência, procurando avaliar os CEFP na globalidade, e a participação e

envolvimento dos CEFP em todas as fases do processo, criando mecanismos

para que todos os envolvidos nas actividades dos CEFP se apropriassem dos

resultados de avaliação e das melhorias a realizar.


Página 39 de 88

Deste modo foram realizadas visitas de seguimento e avaliação em todos os CEFP,

envolvendo as três Unidades de Gestão do IEFP (Formação Profissional, Emprego e

Administrativo e Financeiro), por consequência a produção de relatórios de

seguimento com o ponto situação das actividades, os constrangimentos,

recomendações e informações gerais.

6. Promoção de Acções de formação aos RH afecto ao sector da FP (Sede,

CEFP e parceiros)

Para o reforço das competências dos RH afecto ao sector foi desenvolvido

varias actividades, como:

• Seminário de formação em Abordagem por Competências (APC) promovido

pela Lux-Dev projecto CVE 071. Formação subdividido em 3 fases distintas:

conhecimento e análise do SNQ e da Metodologia de APC; Aprendizagem e

Métodos didácticos; e Avaliação da aprendizagem. Participação de técnicos

da Sede, CEFP (Praia, Variante, Fogo e Sal), SNQ e MED;

• Workshop dirigido aos técnicos/formadores na área da planificação e

organização da Formação Profissional com o principal objectivo de

“estimular o processo de ensino aprendizagem e importância da avaliação

centrado no formando”. A referida formação teve duas modalidades, a

presencial e á distancia. Organizada em parceria com a OIT/CINTERFOR.

Participação de 15 técnicos e formadores da Sede (técnicos da UGF) CEFP

(Praia e Variante), EHTCV, Inspecção Geral da Educação e Unipiaget.

7. Desenvolvimento de Proposta de Projectos de FP à medida

Ao longo do ano de 2014, a equipa da UGF desenvolveu um conjunto de fichas de

projecto de formação visando responder a pedidos de cursos de formação à

medida provenientes de diversos parceiros, nomeadamente:

• Elaboração do Projecto de formação de Capacitação – Transferência de di-

nheiro/câmbio utilizando as tecnologias de informação e Comunicação e


Página 40 de 88

respectivo Regulamento de Pré- requisitos para selecção dos formandos a

pedido da Empresa GMT_Cabo Verde. O início da execução do projecto está

previsto para o 1º trimestre de 2015;

• Elaboração de uma Ficha de Projecto de Formação à medida na área de Co-

zinha para beneficiar 20 formandos do Centro de Educação e Formação de

Adultos do concelho de Paul , em articulação com a EHTCV e o CEFPSA;

• Elaboração de uma ficha de projecto de formação de formadores em Ali-

mentação Saudável a pedido do FICASE. O início da implementação do pro-

jecto deverá arrancar no 1º trimestre de 2015;

• Elaboração e implementação do projecto de Formação de Formadores de

Formadores Técnicos/Operadores de Transformação do Pescado para os

formadores do projecto PASFP-PALOP e TL;

• Elaboração de fichas de formação solicitadas por parceiros como: DGGPRS,

Igreja Nazarena, SITA e ENACOL.

8. Outras actividades:

A equipa da UGF participou, ainda, activamente nas seguintes actividades:

• Elaboração de proposta de Ordem de Serviço para definição dos procedi-

mentos e cabimentações no âmbito das acções de formação profissional de-

senvolvidas pelos CEFP no que tange ao pagamento dos honorários de for-

mador e aquisição de consumíveis, e respectivos documentos suportes;

• Elaboração de proposta de Ordem de Serviço sobre a elaboração do Plano

de actividade para 2015;

• Participação no Encontro dos Grupos Temáticos do Eixo Aprendizagem ao

Longo da Vida e Eixo Qualidade, no âmbito do CPI-EFE;

• Elaboração de 15 Acordos de Execução Tecnica e Financeira para a imple-

mentação das acções de Formação nos CEFP no âmbito do PA 2014;

• Elaboração de propostas de Protocolo e Acordos formalizadas ao longo de

2014 com a CCCD/MJ, Projecto PALOP e TL, Protocolo tripartido IEFP,

EHTCV e Curadoria da CV, SDTIBM, CMB, EHTCV, SITA, DGGPRS, Cooperati-

va de Carpintaria e Marcenaria Leibnitz, PRIMAVERA Business Software So-


Página 41 de 88

lutions, S.A e GMT-CV, Protocolo interministeriais entre MJEDRH / MDR /

MC e CMRGS para operacionalização da EAOCV,

• Elaboração de propostas de Protocolo que serão formalizadas em 2015 com

a FICASE e revisão do Protocolo com a UNICV

• Apoio e participação em vários encontros com os técnicos e consultores da

Política Integrada EFE;

• Preparação para reabertura da Escola de Artes e Ofícios da Cidade Velha

(EAOCV);

• Preparação do arranque das actividades de formação de formadores e pre-

paração dos processos técnicos pedagógicos para o CFP ERMI;

• Participação no processo de selecção de formadores para a bolsa de forma-

dores do CFPERMI;

• Organização da formação dos formadores da bolsa de formadores do

CFPERMI;

• Preparação do projecto, plano de formação e cronograma para implementa-

ção do Programa de transferência de Dinheiro / constituição de franquias;

• Organização dos actos de lançamento da oferta formativa em todos os CEFP;

• Organização e participação da visita técnica da delegação de São Tomé e

Príncipe;

• Organização e implementação do Estudo de Impacto da formação profissio-

nal dos diplomados da Escola Oficina da Cidade Velha;

• Apoio aos 4 CEFP (Praia, S. Vicente, S. Catarina e Sal) na operacionalização

dos seus Business Plan;

• Participação nas reuniões do Comité Nacional da Emigração e Desenvolvi-

mento;

• Participação em Seminários diversos (Seminário do Ministérios das Comu-

nidades sobre a oferta formativa nacional, Seminário organizado pelo FPEF;

sobre a Importância da Formação Profissional, Seminário organizado pela

ICIEG, etc.).

• Elaboração de contribuições para a revisão do Pacote legislativo do sector

da Formação Profissional;

• Participação activa nos Encontros de preparação do Plano Estratégico da Educação;


Página 42 de 88

• Representação do IEFP no Comité Técnico Alargado (CTS) para a elaboração do PNIG em colaboração com o ICIEG e as Nações Unidas.

• Emissão de pareceres técnicos diversos relativamente a pedidos de homo-

logação de cursos, pedidos de certificação de cursos, pedidos de parcerias e

demais propostas ligadas à formação profissional.

• A equipa participou e apoiou na organização das seguintes Feiras e Pales-

tras:

� Palestras sobre a importância da formação profissional enquanto

instrumento de integração sócio laboral dos jovens na EHTCV;

� Palestras de informação e orientação dos jovens;

� Feira de Políticas Públicas para a Juventude, promovida pela Direcção

Geral da Juventude;

� Feira das Profissões promovida pela Escola Secundaria Abílio Duarte,

que contou com a participação do CEFP da Praia, Variante e Santa Cruz

com a apresentação da oferta formativa para 2014 junto dos alunos;

� Feira em parceria com Agencia de Aviação Civil;

� Feira do Produtos do Fogo – 26 de Abril a 1 de Maio - promovido pelo

CEFP do Fogo.

2 ÁREA DE EMPREGO E INSERÇÃO NA VIDA ACTIVA

O combate ao desemprego jovem continua a ser um factor crítico no processo de

Transformação de Cabo Verde, que continuou a merecer uma prioridade por parte

do IEFP em 2014.

Nesta linha, procurou-se em 2014 dar continuidade aos ganhos alcançados no úl-

timo ano na promoção do emprego, fortalecendo a intervenção dos CEFP na pro-

moção de um serviço de público de emprego e fomento do empreendedorismo

próximo aos utentes, sejam estes cidadãos ou as entidades empregadoras, criando

uma maior eficácia das políticas activas de emprego e facilitando a inserção dos

jovens e dos grupos desfavorecidos na vida activa, contribuindo assim para o au-


Página 43 de 88

mento da empregabilidade tendo por base a Agenda de transformação de Cabo

Verde plasmado no programa do Governo para a VIII legislatura.

No âmbito das competências nos domínios do emprego, auto- emprego, empreen-

dedorismo e serviços de emprego dos Centros de Emprego e Formação Profissio-

nal, definiu para 2014 seis objectivos estratégicos e as seguintes metas:

Metas

• A colocação de 400 jovens em estágios profissionais;

• Colocação de 150 jovens no mercado de trabalho através do PNEP, estágios

curriculares e intermediação laboral efectuada nos CEFP;

• A captação de 250 ofertas junto das entidades empregadoras;

• A capacitação de 40 jovens para o auto-emprego e para o desenvolvimento

de competências no domínio do empreendedorismo;

• A promoção de 4 oficinas de empregabilidade dirigidas aos jovens e adultos

desempregados nos CEFP;

• O financiamento de 20 Planos de Negócio através da Linha de Financiamen-

to promovida em parceria com a ADEI e o Novo Banco

• A instalação de uma incubadora de negócios;

• A dinamização da BQE através de 100 novos registos de emprego e forma-

ção profissional;

• Entrada em funcionamento do Manual de procedimentos do serviço de co-

locação.

Para a materialização dos objectivos e alcance das metas previstas, foram realiza-

das a execução aproximadamente 90% das metas previstas, tendo sido as me-

tas ultrapassadas em actividades chaves do domínio do emprego, dos quais

se destaca o incremento em 86% dos atendimentos realizados no serviço de

emprego dos CEFP e a colocação de 308 estagiários a nível nacional, ultra-

passando 2,6% das metas previstas no âmbito da CPI-EFE.


Página 44 de 88

O reforço da sede e CEFP na captação das ofertas de emprego fixada em 371

vagas de emprego, o que correspondo a um aumento de 48,4% face as metas

previstas (mais 121 vagas), a nível de inserção de jovens e adultos no merca-

do de trabalho, a meta prevista foi ultrapassada em 49,3%, correspondendo

a inserção de 224 indivíduos no mercado de trabalho. De salientar que esse

valor será significativa maior após a conclusão dos estágios profissionais prevista

para o ano 2015.

Descrição das actividades realizadas:

OE1- Promover a inserção dos jovens e mulheres no mercado de trabalho

Para o Resultado 1 – Promover estágios profissionais de jovens desemprega-

dos recém-formados em sectores chaves da economia

2. Estágios profissionais

Para o alcance deste resultado foi implementado os Estágios Profissionais no

âmbito da Carta da Politica Integrada Educação, Formação e Emprego, num novo

formato, contudo perseguindo o mesmo objectivo do PNEP, isto é, promover a

inserção de jovens recém-formados no mercado de trabalho através da realização

de estágios em contexto real de trabalho. Contemplando diversos níveis de formação e

qualificação

2.1 Candidatos inscritos no Projecto Estágios Profissionais

Em 2014, 905 candidatos inscreveram-se nos estágios profissionais a nível

nacional, sendo mais de metade ( 73%;) são diplomados com o curso de nível

superior, correspondendo a 661 candidatos conforme ilustra o gráfico seguinte.


Página 45 de 88

Gráfico 19 – Candidatos Inscritos no Estágios Profissionais por nível

Fonte: IEFP/UGE 2014

Analisando a distribuição das candidaturas efectuadas por CEFP, conclui-se que o

CEFP da Praia, apesar de ter registado menos 36 inscrições face ao ano transacto,

continua a ser o CEFP com maior número de inscritos, correspondendo a 30,5 %

das candidaturas realizadas a nível nacional. De salientar, que os CEFP do Fogo e

do Sal aumentaram o número de inscritos, registando um a acréscimo de 76 e 46

candidaturas respectivamente.

4,1

16,39,6 17,0

30,5

16,1

1,45,1

Candidatos inscritos por CEFP

% Inscritos


Página 46 de 88

Gráfico 20- Inscritos nos Estágios Profissionais por CEFP


2.2 Colocações

Foram seleccionados um total de 353 jovens recém-formados para a realização de

estágios profissionais com vista ao complemento e aperfeiçoamento das suas

competências socioprofissionais no contexto real de trabalho, correspondendo a

aproximadamente 39% do número total dos candidatos inscritos. Desses, 308

beneficiaram de um estágio remunerado através da CI- EFE, ultrapassando

assim as metas previstas em 2,6%.

Dos 308 beneficiários dos estágios profissionais remunerados, 88% tiveram a du-

ração de 3 meses, mais de metade são do sexo do sexo feminino (67,2%) e apro-

ximadamente possuem nível de formação superior (51,3%) e 48,7 % formação

técnica ou profissional. Os estagiários têm em média 21 anos de idade.

Gráfico 21 e 22 – Estagiários colocados por sexo e por nível


A análise das colocações realizadas por CEFP, demostra uma co-relação entre o nº

de candidaturas e colocados. Isto é, as colocações foram efectuadas na sua maioria

no concelho da Praia (75) e S. Vicente (53), através dos respectivos CEFP. De refe-

rir que esses dois concelhos são os mais populosos e pressionados pela taxa de

desemprego jovem.


Página 47 de 88

Gráfico 23 – Estagiários colocados por CEFP


As colocações feitas na área social (93%) , das IC (90%) e banca, finanças e segu-

ros (68,8) atingiram as quase a totalidade das metas previstas.

Gráfico 23 – Colocações previstas e realizadas por sector Fonte: IEFP/UGE 2014

Os sectores de actividade que registaram o número de colocações inferiores aos

que foram previstos, nomeadamente o sector das pescas (13 colocações), o gap

registado foi colmatado com a colocação de estagiários em outras áreas/ sectores

onde registaram-se uma demanda por parte das empresas privadas e públicas mas


Página 48 de 88

cujas colocações inicialmente não foram previstas nomeadamente o sector da saú-

de (3 colocados) e serviços (42) e construção (3).

Gráfico 24 – Estagiários colocados por sector


O montante orçamentado para o referido projecto foi de dezassete milhões,

cento e setenta e seis mil e duzentos e trinta e nove escudos (17.176.239

ESC), dos quais foi executado na íntegra em apenas 4 meses. A meta prevista

de 300 estagiários colocados foi ultrapassada, conforme referido anterior-

mente. Conclui-se assim que este projecto registou um dos maiores níveis de exe-

cução técnica e financeira da Carta da Politica Integrada Educação, Formação e

Emprego.

De referir que 90% dos estágios iniciados em 2014 no âmbito da CIP- EFE, serão

concluídos em 2015, ano em que serão apurados os resultados a nível de inserção

no mercado de trabalho.

020

4060

80100

Agricultura

Construção

Tecnologia de Informação

Area Social

Saúde

Comunicação

Serviços

Educação

Pescas

Bancas, Finanças e Seguros

Turismo

19

845

93

3

8

42

11

13

31

35

Estagiários Colocados por Sectores


Página 49 de 88

Resultado 1 – Implementar novas políticas activas de emprego

O ano 2014 foi marcado, pelo início no 2º semestre da execução das acções piloto

das novas políticas activas de emprego implementadas no âmbito da Carta da Poli-

tica Integrada Educação, Formação e Emprego. A CPI- EFE tem como objectivo

final o aumento das oportunidade de emprego para reduzir as disparidades regio-

nais (Eixo 1: Emprego e Inserção) e promover uma cultura do empreendedorismo,

para o desenvolvimento social e empresarial (Eixo 2 - Empreendedorismo).

Para o alcance de tal desidrato foi constituído e formalizado a Unidade de Gestão

da Politica Integrada e constituídos Grupos Temáticos de apoio a implementação

da CPI- EFE.

Neste contexto e à semelhança do processo de formulação da CPI- EFE, a coorde-

nação da UGE participou activamente na coordenação do Grupo Temático Emprego

e Empreendedorismo que foi liderado pelo IEFP e constituído pelos parceiros

CCISS, MESCI, MED e ADEI.

Acções desenvolvidas:

• Realização de 4 reuniões de seguimento a implementação das actividades

dos projectos do Eixo Emprego e Inserção e Empreendedorismo.

• Formulação das Actas das reuniões realizadas no âmbito da GT EE;

• Elaboração e implementação de um cronograma de trabalho;

• Elaboração de pontos de situação periódicos e relatórios sobre a execução

das actividades dos projectos do Eixo 1- Emprego e Inserção e Eixo 2-

Empreendedorirsmo executados nos CEFP;

• Participação em acções de formação promovidas pela UG- CPI e o projecto

CVE/ 077 LUX DEV;

• Concepção dos produtos de marketing do Ateliê (concepção de spot TV, im-

prensa, spot rádio, entre outros).

A nível interno, a UGE apoiou os CEFP na implementação das novas politicas acti-

vas de emprego, isto é, projectos considerados prioritários através das seguintes

actividades, a saber:


Página 50 de 88

• Organização e execução do programa de Lançamento Oficial das Novas Políticas Activas de Emprego da Política Integrada “Educação, Formação e Emprego realizada de 16 Julho a 26 de Julho nos concelhos da Praia, S.Vicente e S. Filipe;

• Apoio a concepção de 3 spots televisivos (um sobre projecto de Estágios Profissionais, um spot geral com menção a todos os projectos implementados pelo IEFP no âmbito da CPI-EFE e um sobre a qualificação

inicial;

• Apoio ao processo de orçamentação, confirmação de indicadores e reajustes nas metas dos projectos prioritários do Eixo 1 e 2 mencionados

anteriormente;

• Formalização dos processos de pedido de cabimentação das despesas realizadas pelo IEFP (sede e CEFP) no âmbito dos projectos da CPI-EFE.

3. Iniciativas Locais e Regionais de Emprego

Este projecto visa incentivar e apoiar a criação de postos de trabalho, quer através

do surgimento das iniciativas locais e regionais de emprego/ auto emprego, quer

através dos apoios à contratação. O objectivo último é contribuir para a dinamiza-

ção das economias locais e regionais, mediante a realização de investimentos de

pequena dimensão abrangendo apoios prévios à formação profissional para o

exercício de actividades.


• Elaboração da versão Zero do Manual de procedimentos dos projecto e par-

tilha para todos os CEFP;

• Apoio técnico aos CEFP para o arranque actividades inicial do projecto, no-

meadamente na elaboração de plano de acção para execução do projecto

nos CEFP contemplados; Lançamento Oficial do projecto na cidade da

Praia, ( Auditório do IEFP) e selecção dos beneficiários;

• Capacitação de 40 jovens e adultos desempregados em Empreendedo-

rismo e Gestão de Pequenos Negócios, dos quais 20 do CEFP Antão, 15 do


Página 51 de 88

CEFP Praia e 5 do CEFP S. Vicente. Do total dos beneficiários, mais de meta-

de são mulheres que pretendem iniciar um negócio como forma de autos-

sustento. No tocante ao nível de escolaridade, 35 possuem formação secun-

dária e 5 têm formação superior. Quanto ao escalão etário, 13 têm até 24

anos de idade, 13 pertencem ao escalão etário de 25 a 35 anos e 14 tem

mais de 35 anos.

• Os beneficiários do projecto residentes no Concelho de S. Vicente perten-

cem a um grupo de cinco mulheres, que atualmente se encontram desem-

pregadas e que receberam uma capacitação profissional de Transformação

de Pescado, ministrada pelo IEFP – CEFP SV, daí surgiu a ideia de negócio,

de onde se apresentam como promotoras de uma microempresa designada

por TRANS PESCA – Sociedade de Transformação e Comercialização de Pes-

cado. Em relação às beneficiárias do concelho de S. Antão, também são mu-

lheres, habitantes da localidade da Garça e possuem capacitação em Trans-

formação Agro-alimentar ministrada pelo Centro de Formação Profissional

Transformação Alimentar de S. Martinho (CFPTA S. Martinho). O objectivo é

apoiar essas mulheres na criação de uma unidade de produção alimentar.

• Estruturação de 15 ideias de negócio em diferentes áreas.

Quadro 7- Resumo planos/ideias de negócio estruturadas

Ideias e planos de negócio elaborados Centro Nº

Manutenção e Instalação - Electricidade, canalização

CEFP Praia

1

Artes & Cyber 1

Aviário 1

Aviário - Brava 1

C. Civil - Acabamentos / pintura, tectos 1

Cantina / Restaurante 1

Cyber F5 2

Cyber Net 1

Empresa de informática: Cyber e Assistência Técnica 1

Mini Mercado 1

Mudanças, Transporte e Limpeza 1

Venda materiais Civil 2

TRANS PESCA – Sociedade de Transformação e CEFP S. 1


Página 52 de 88

Comercialização de Pescado Vicente

Total 15 IEFP/UGE 2014

O referido projecto transita para 2015, pelo que prevê-se atingir a meta de cinco

unidades de produção/iniciativas empresariais criadas e funcionais durante o cor-

rente ano.

4. Inserção dos Desempregados de Longa Duração

Este projecto tem como objectivo promover a empregabilidade dos desemprega-

dos de longa duração, através do desenvolvimento de competências pessoais e/ou

profissionais, de modo, a contribuir para sua inserção sócio- laboral, na criação do

próprio negocio/empresa, na realização de trabalho socialmente útil e ainda no

apoio à sua contratação.


• Elaboração da versão Zero do Manual de procedimentos dos projecto e par-

tilha para todos os CEFP;

• Apoio técnico aos CEFP para o arranque actividades inicial do projecto, no-

meadamente na elaboração de plano de acção para execução do projecto a

nível local, lançamento Oficial do projecto e selecção dos beneficiários;

• Capacitação de 80 jovens e adultos desempregados apoiados no de-

senvolvimento de competências pessoais e sociais, dos quais 30 do

CEFP S. Vicente, 25 oriundos dos CEFP Praia e S. Catarina respectivamente.

O projecto foi executado exatamente nos concelhos previstos em 2014 con-

forme o plano de execução.

• Dos 80 desempregados de longa duração selecionados pelos CEFP, 91% são

mulheres.


Página 53 de 88

Gráfico 25 – Nº Beneficiários DLD por sexo Fonte: IEFP/UGE 2014

• A maioria dos DLD são detentores do ensino secundário e 36 não têm uma

formação profissional de acordo com os dados apresentados nos gráficos

seguintes.

Gráfico 26 e 27 – Nº Beneficiários DLD por nível de formação e escolaridade Fonte: IEFP/UGE 2014

• Em 2015, será dado continuidade as actividades iniciadas e atribuição de

outros apoios previsto no Projecto. De realçar que após acção de capacita-

ção, conseguiu-se a inserção de um desempregado de longa duração no

concelho da Praia. O jovem foi encaminhado para um processo de recruta-

mento divulgado no CEFP Praia e ficou seleccionado.

5. Projecto: Projecto Reforço Institucional


Página 54 de 88

O referido projecto Visa reforçar a capacidade institucional nacional na prestação

de serviço público de emprego (IEFP/CEFP) visando melhorar a sua capacidade de

resposta junto dos grupos mais vulneráveis, e com maiores dificuldades de inser-

ção-sócio profissional, sejam estes jovens, mulheres, desempregados de longa du-

ração ou pessoas portadoras de deficiência e efetuar um ajustamento mais ade-

quado entre a procura e oferta de emprego.


• Realização de um Ateliê de Políticas Activas de Emprego junto das institui-

ções do sector produtivo público e privado em parceria com a Câmara de

Comercio, Serviços e Industria de Sotavento. Trata-se de uma iniciativa que

surgiu no âmbito dos encontros de trabalhado do GT EE e cuja concretiza-

ção contou com a parceria da Unidade de Gestão da PI e do Projecto CVE

077 da LUX DEV. Esta actividade teve como objectivo a criação a curto e

médio prazo de uma rede de cooperação entre o sistema público e privado

para a execução das políticas activas de emprego previstas na Carta da Polí-

tica Integrada. Está enquadrada na actividade 4.3 do projecto que é apoiar a

comunicação intrainstitucional, com enfoque na divulgação do serviço de

emprego dos CEFP e na divulgação dos projetos de empregos executados

nas referidas entidades. O Ateliê contou com a presença de 34 entidades:

empresas locais, associadas AJEC ( Associação de Jovens Empresários da

CV), organizações da sociedade civil, beneficiários do Projecto de Inserção

dos DLD do concelho da Praia, coordenadores e técnicos dos CEFP de Santi-

ago, técnicos e dirigentes das instituições públicas e privadas qua actuam na

área da promoção do trabalho, emprego e formação profissional.

Resultado 3 – Promover a integração de desempregados no mercado de trabalho

através do desenvolvimento de estratégias de técnicas de busca activa de emprego


Página 55 de 88

Em complementaridade as acções de desenvolvidas no âmbito da CPI- EFE, foram

realizadas em 2014 as 5 Oficinas de técnicas de busca activa de emprego conforme

previsto no plano de actividades, beneficiando o total de 92 desempregados que

viram as suas estratégias de procura de emprego reforçadas, permitindo encurtar

o período de desemprego e estar altura de procurar e responder propostas de em-

prego em áreas que lhe interessam e para as quais sentem qualificados.

Quadro 8 – Resumo dos beneficiários dos Seminários de Técnicas de Busca Activa de

Emprego por CEFP

CEFP Nº Acção Nº Beneficiários

CEFP Praia 1 15

CEFP S. Antão 2 46

CEFP Fogo 2 31

Total 5 92

OE2 - Promover uma cultura do empreendedorismo, para o desenvolvimento

social e empresarial

A implementação e a consolidação de uma cultura empreendedora e pró-activa na

população mais afectada pelo desemprego constituem um pilar das intervenções

do IEFP.

Nesta linha, a UGE em 2014, apoiou tecnicamente o CEFP na execução dos Progra-

mas de Apoio ao Empreendedorismo e Auto-emprego direccionados sobretudo

para jovens e mulheres, através da materialização dos seguintes resultados:

Resultado 1 – Dar continuidade a implementação do Projecto de Apoio ao Empre-

endedorismo de Mulheres Jovens Graduadas / Fundo NEPAD Espanha


Página 56 de 88

O Projecto de Apoio ao Empreendedorismo de Mulheres Jovens vem na se-

quência do êxito e resultados alcançados na execução do Projecto-piloto de Em-

preendedorismo de Mulheres de Cabo Verde, financiado pela AECID, no âmbito da

1ª convocatória realizada pelo NEPAP, e da necessidade de se dar resposta ao me-

nor acesso ao mercado de trabalho das mulheres jovens graduadas com formação

profissional.

Em 2014, a UGE deu continuidade à execução deste projecto através da concretiza-

ção das seguintes actividades previstas:

• Realização de 17 a 21 de Fevereiro da segunda missão da Administração do

Fundo NEPAD a Cabo Verde com vista a fazer o seguimento da execução do

projecto. Neste âmbito, a UGE promoveu à realização de dois encontros na

Praia e no Mindelo entre as beneficiárias do projecto, a equipa dos CEFP

responsáveis pela execução local do Projecto e a delegação do Fundo

NEPAD;

• Selecção das beneficiárias para o financiamento de planos de negócio

(20) e as beneficiárias da incubadora de empresa (10);

• Elaboração e aprovação de um modelo de funcionamento da incubadora de

negócios;

• Celebração do contrato com uma instituição de microcrédito, a OMCV

para a criação e gestão do fundo de crédito no valor de 9.000.000$00

(nove milhões de escudos) destinado a implementação dos planos de

negócios selecionados para financiamento;

• Inauguração da incubadora de negócios Amdjer de Soncent (INAS) a 29 de

Agosto no concelho de S. Vicente. O Acto contou com a por Sua Excelência, a

Ministra da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos

Dra. Janira Almada.

De salientar que a missão técnica para intercâmbio e troca de experiências com

instituições estrangeiras com projectos de empreendedorismo que incluam incu-

badoras de negócio foi adiada 2015.


Página 57 de 88

4.2.2. Resultado 2 - Fomentar o empreendedorismo e o auto-emprego na forma-

ção profissional e no ensino secundário

Contabilizaram-se 63 acções de promoção de empreendedorismo realizadas de

Janeiro a Dezembro de 2014, beneficiando um total de 1.249 indivíduos.

Gráfico 28 – Resumo Acções de Empreendedorismo por CEFP e nº beneficiários


Promoção e apoio à realização de feiras param o fomento do emprego, empreendedorismo e auto-emprego

A UGE apoiou a participação activa do IEFP seja através da sede como a nível dos

CEFP, em diversas feiras realizadas ao longo do ano cujo objectivo foi promover os

programas de formação profissional, emprego e empreendedorismo. O objectivo

final foi disponibilizar mais e melhor informação sobre as oportunidades de

emprego e formação a nível local e nacional e simplificar e apresentar as medidas

de política activa de emprego, assim como aumentar a diversidade e acessibilidade

a informação.


� Feira das Profissões promovida pela Escola Secundaria Abílio Duarte, que

contou com a participação do CEFP da Praia, Variante e Santa Cruz com a


Página 58 de 88

apresentação dos diferentes programas de emprego promovidas pelo IEFP

e da oferta formativa para 2014 junto dos alunos

� Feira de Artesanato, Emprego e Empreendedorismo – trata-se de um

Feira realizada anualmente pelo CEFP do Fogo durante a Semana Global do

Empreendedorismo e conta com a participação de diversos

expositores/artesãos e empreendedores que promovem uma diversidade

de produtos e trabalhos artesanais, nomeadamente: rendas e bordados,

cerâmica, corda, produtos de decoração, beleza, brinquedos, entre outros;

� Feira EXPOTOUR- foi realizada de 22 a 24 de Maio e contou com a

participação do IEFP, através do CEFP do Sal que promoveu as ofertas

formativas na área do Turismo, assim como apresentação dos produtos do

serviço de emprego (intermediação laboral, estágios profissionais,

programas de empreendedorismo e outros);

� Feira de Políticas Públicas para a Juventude, promovida pela Direcção

Geral da Juventude. Esta actividade constituiu uma oportunidade para o

IEFP dar a conhecer as políticas públicas, os programas de formação

profissional, emprego e empreendedorismo voltadas para a juventude, os

procedimentos de acesso aos referidos programas, bem como os ganhos

alcançados;

� EXPOMAR Cabo Verde – 3ª Feira de Actividades Económicas ligada ao

Mar realizada na ilha de S. Vicente a 25, 26 e 27 de Outubro de 2014, na

FIC-Laginha e teve a participação do CEFP de S. Vicente;

� Feira das Profissões Aeronáuticas – trata-se de uma actividade realizada

no âmbito das comemorações do 10º Aniversário da Agência de Aviação

Civil (AAC), promotora do evento que contou com a participação do IEFP

(sede e CEFP);


Página 59 de 88

� Feira do Produtos do Fogo – 26 de Abril a 1 de Maio - promovido pelo

CEFP do Fogo em parceria com as Câmaras Municipais de S. Filipe, Santa

Catarina e Mosteiros; Novo Banco, Telecom, Delegação do MDR, Empresa

“Mantenha” e Associação dos Agricultores do Fogo. Esta feira teve como

objectivo promover o empreendedorismo e criar oportunidades de

negócios nesse sector.

6. Promoção do Empreendedorismo Local

A UGE apoiou juntamente com a equipa da ADEI e Novo Banco a operacionalização

da Linha de Financiamento para promoção de Empreendedorismo no ensino

técnico profissional criada com um montante de 15.000.000$00 (quinze milhões

de escudos Cabo-Verdianos), destinados ao financiamento de projectos

apresentados pelos candidatos elegíveis, conforme o Manual de Procedimentos

elaborado. Foi constituído um Fundo de Garantia, no montante de 5.000.000$00

(cinco milhões de escudos Cabo-Verdianos), disponibilizados no quadro do

projecto CV/071 PAPNEFP, financiado pela Lux Development. Em 2014, após

alguns obstáculos administrativos detectados na fase inicial da operacionalização

da referida Linha, foram financiados os 12 primeiros projectos, no valor de seis

milhões, duzentos e cinquenta e quatro mil e oitocentos e trinta e um

escudos ( 6.254.831ECV).

Paralelamente, o IEFP/UGE e CEFP a dinamizaram de várias actividades de

promoção do empreendedorismo realizadas durante todo, no qual se destacam a

participação dos formandos nas Oficinas do Empreendedorismo (OE) realizadas

em diferentes concelhos e no encaminhamento dos jovens aos Gabinetes do

Empreendedor para apoio técnico na implementação das suas ideias de negócio.


Página 60 de 88

6.1 Participação do IEFP na Semana Global do Empreendedorismo

O Governo de Cabo Verde institucionalizou a Semana Global do

Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Week - GEW) que é promovido

anualmente pela Associação de Jovens Empresários (AJEC), pelo IEFP, pela ADEI e

pelo governo de Cabo Verde. O objectivo é estimular e inspirar a criatividade,

inovação e imaginação dos jovens através da realização de diversas actividades

durante uma semana, a 3ª semana de Novembro.

Em 2014, a UGE participou activamente na organização da GEW, seja na fase

preparatória da organização da Semana, como na promoção de actividades

realizadas em parceria com a AJEC, a ADEI, Escolas Secundárias e empresas.

A GEW contou com a realização de 159 actividades, 17 promovidas pelo IEFP. De

destacar a Realização da 5ª Edição High Level Round Table-HLRT, que teve

como tema: Oferta e Procura de Educação e Formação”.

Das actividades realizadas, contou-se com a participação de 20.012 participantes

num total de nove ilhas e todos os Concelhos.

Quadro 9 - Actividades realizadas GEW 2015

PARCEIROS ATIVIDADES

REALIZADAS CANCELADAS ADIADAS TOTAL ADEI 130 1 131

AJEC 3 3

IEFP 17 1 4 22

ADEI + IEFP 4 4

ADEI + AJEC 1 1

ADEI/AJEC/IEFP/CPE 2 2

ARAP 1 1

MED/ Bornefonden 1 1

TOTAL 159 1 5 165

Fonte: AJEC Relatório de actividades GEW 2015

Quadro 10- Actividades realizadas por ilhas e concelhos


Página 61 de 88

Ilha Concelho Nº Actividades

Realizadas Total

Santo Antão

Ribeira Grande 9

22 Paul 5

Porto Novo 8

São Vicente São Vicente 18 18

São Nicolau Ribeira Brava 13

14 Tarrafal de São

Nicolau 1

Sal Sal 12 12

Boavista Boavista 11 11

Maio Maio 10 10

Santiago

Praia 29

57

São Domingos 3

Santa Catarina 11

Santa Cruz 13

São Miguel 2

Fogo São Filipe 11 11

Brava Brava 3 3

Todas as ilhas 1 1

Total 159

Fonte: AJEC Relatório de actividades GEW 2015

OE3 - Reforçar as relações do IEFP junto do sector produtivo público e privado

Resultado 1 – Operacionalizar a Agenda de Encontros Sectoriais 2014 mobi-

lizando 3 parcerias estratégicas para o sector do emprego

O reposicionamento das componentes “emprego” e “empreendedorismo” dos

CEFP, relativamente às suas identidades e às suas visibilidades a nível territorial

local e nacional constituiu um desafio importante para o IEFP em 2014.

Neste âmbito, foi implementado as Agendas de encontro e visitas realizadas a nível

central e descentralizado pelos CEFP. Foram realizadas de 781 encontros e

visitas junto das entidades do sector privado, instituições públicas e privadas,

associações empresariais dos sectores chave e clusters estratégicos, mais 48

realizadas no ano transacto.


Página 62 de 88

A análise das visitas realizadas por CEFP, mostra que os CEFPP, CEFPSV e CEFPSC

foram responsáveis por aproximadamente 72% do total das visitas realizadas.

Gráfico 29 – Nº Visitas realizadas por CEFP


Em complementaridade às visitas, O IEFP potenciou encontros a nível da sede

juntos de parceiros estratégicos na área do emprego, nomeadamente a Câmara de

Comércio Industria e Serviços e de Sotavento, da qual resultou na elaboração de

um plano de trabalho assente nos três domínios de intervenção do IEFP, mas com

especial atenção ao domínio do emprego nomeadamente na colaboração na

mobilização de ofertas de emprego, na participação dos associados no Programa

de Estágios pressionais e divulgação dos serviços do IEFP.

Foram desencadeadas parcerias técnicas com o INE na componente intermediação

laboral com reflexos no incremento da mobilização da ofertas de emprego, com o

serviço público de emprego de França ( Pôle Emploi) em matéria de reforço

institucional e com a ADEI na operacionalização das Incubadoras de Negócio

instaladas no CEFP do Fogo e em S. Vicente na Casa do Cidadão.


Página 63 de 88

Resultado 2 – Mobilizar 250 ofertas de emprego junto do sector produtivo

através das visitas realizadas

A UGE desempenhou um papel crucial na captação de ofertas de emprego

mobilizadas a nível nacional, fazendo com que a meta estabelecida para 2014 fosse

ultrapassada com mais 221 vagas de emprego mobilizadas das que foram

previstas no PA, o que resultou na mobilização de 371 vagas a nível nacional

e no incremento da meta de 25 %, face ao ano transacto. Tal incremento teve

como uma das causas a parceria feita com o INE para recrutamento de 86 agentes

em regime de contrato de prestação serviço, por um período de um ano para a

realização do IIIº Inquérito às Despesas e Receitas Familiares (IDRF 2014-2015).

Paralelamente, a esta parceria como INE, a UGE estabeleceu contacto com outras

entidades públicas e privadas, que resultaram na mobilização de mais ofertas de

emprego, nomeadamente a Escola Técnica de Formação em Saúde e Educação. A

distribuição das vagas mobilizadas por CEFP serão detalhadas no capítulo sobre os

as estatísticas de procura e oferta de emprego registas nos CEFP.

OE4 - Reforçar a capacidade institucional na prestação de serviço público de

emprego

A concepção e implementação de procedimentos, instrumentos e metodologias de

intervenção uniformes sobre o serviço de emprego e inserção na vida activa dos

CEFP, constituem actividades prioritárias do IEFP, e têm como objectivo colmatar a

inexistência de um modelo operacional e um quadro de referência comum a todos

os CEFP que facilite um melhor ajustamento entre a procura e oferta de emprego, e

consequentemente uma maior proximidade junto dos utentes (desempregados,

empregados e entidades empregadoras).

Neste sentido, em 2014, deu-se inicio a implementação do Manual de procedimen-

tos de intermediação laboral que define um conjunto de metodologias de interven-

ção junto da procura e da oferta de emprego. E com intuito de apoiar os CEFP na

implementação do referido Manual e em particular no ajustamento entre a procura


Página 64 de 88

e oferta de emprego nos CEFP, na monitorização das trajectórias profissionais ou

de acompanhamento dos candidatos ao emprego, foi realizado uma acção de capa-

citação para a implementação de uma nova base de dados designada “Gestão Em-

prego CV” a ser instalada nos CEFP, beneficiando 12 técnicos e dirigentes da sede

CEFP.

Esta actividade foi promovida pelo IEFP em parceria com OFFICE Français de

L´Immigration et Integration (OFII) no âmbito do Projecto de Reforço das Capaci-

dades de Cabo Verde na Gestão das Migrações. O referido projecto é financiado

pela União Europeia e é liderada pela França relativamente à Componente A.

Programa de Apoio à Estratégia Nacional de criação de Emprego em Cabo

Verde

O programa é financiado pelas Nações Unidas, através da cooperação luxembur-

guesa no valor de 2.000.000USD e tem com o MJEDRH, através do IEFP como res-

ponsável pela coordenação do Comité Técnico.

Em 2014, deu-se início a sua implementação com a realização das seguintes activi-

dades:

• Realização de vários encontros técnicos entre a equipa do MJEDRH/IEFP e

as Nações Unidas;

• Definição das actividades para 2014 em concertação com as agências execu-

toras (PNUD e BIT);

• Realização de 2 encontros do Comité Técnico (CT) do programa formado,

integrando o IEFT, OE, DGTE, PNUD e BIT;

• Colaboração na definição de indicadores de seguimento do mercado do tra-

balho e da formação profissional. Neste sentido, foi trabalhada e introduzi-

da a componente Formação Profissional no inquérito Multi-objectivo Contí-

nuo Estatísticas do Emprego e Mercado de Trabalho (IMC 2014) para o se-

guimento do indicador sobre a taxa de inserção no mercado de trabalho ou


Página 65 de 88

de prosseguimento de estudos no Ensino secundário ou superior dos di-

plomados do Ensino Técnico e Profissional (ETP), um ano após a obtenção

do diploma;

• Deu-se início ao Processo de elaboração das carteiras profissionais nas

áreas de HRT – Hotelaria, Restauração e Turismo e COC – Construção e Obra

Civil iniciado, com convite efectuado aos parceiros para a participação na

primeira reunião de trabalho;

• TdRs definidos e consultor contratado para a elaboração de manuais sobre

a empregabilidade, a fim de reforçar as capacidades dos agentes das estru-

turas de promoção do emprego;

• Colaboração da UGE e CEFP na preparação de 3 oficinas, destinadas a 40 jo-

vens, em S.Antão, S.Vicente e Praia no âmbito do Projecto Sensibilização de

Jovens para a empregabilidade através da Música. Para efeito, estão a ser

produzidas CD´s com mensagens sobre empregabilidade que serão divulga-

das em 2015 com recurso a suportes de comunicação musical.

4.7 OE5 – Dar viabilidade aos programas de emprego, e programas de forma-

ção profissional executados pelo IEFP e os seus impactos na sociedade cabo-

verdiana

As feiras de promoção do emprego e empreendedorismo, as acções de informação

realizadas junto das comunidades, a Agenda de encontros e visitas realizadas quer

a nível da sede e CEFP, permitiram divulgar os programas de emprego junto das

empresas e sociedade civil. Todavia, dois acontecimentos importantes fizeram com

que os serviços de emprego do IEFP/CEFP e os respectivos programas fossem

amplamente divulgados junto dos órgãos da comunicação social e consequente-

mente da sociedade civil, são eles: parceria técnica feita com o INE com o lança-

mento do Concurso nacional de recrutamento de 86 agentes em regime de

contrato de prestação serviço, por um período de um ano para a realização

do IIIº Inquérito às Despesas e Receitas Familiares (IDRF 2014-2015) e o lan-

çamento das novas políticas activas de emprego, designadamente os estágios sec-


Página 66 de 88

toriais, a Inserção dos Desempregados de Longa Duração e Iniciativas Locais e

Regionais de Emprego, cuja implementação foi iniciada no 2º semestre no âmbito

da Carta da Politica Integrada Educação Formação e Emprego.

4.4 O.E.6. – Consolidar os mecanismos de seguimento e avaliação das activi-

dades da UGE e CEFP

A UGE tem apostado numa forte proximidade e diálogo permanente com os CEFP e

reforçado a sua actuação através da realização encontros técnicos e visitas de o

seguimento e avaliação das suas actividades e acordos de execução.

Neste particular, foi impresso um mecanismo de diálogo permanente com os CEFP,

apoiando-os na implementação das actividades, reforçando o seguimento e a res-

pectiva avaliação, com vista a propor melhorias, bem como partilhar as boas práti-

cas.

Desta forma, foram realizadas as seguintes acções:

• Realização de missões de S&A (Seguimento e Avaliação) em todos os CEFP,

incluindo deslocações aos fora da ilha de Santiago (CEFP do Fogo e S. Vicen-

te);

• Produção de relatórios das missões realizadas, incluindo recomendações

para a melhoria da execução das actividades (CEFP), com base nas inter-

venções da sede;

8. Produção de dados estatísticos/ Estatísticas registadas

A actuação do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) rege-se por

estatuto próprio, publicado pelo Decreto-Regulamentar nº 5/2010, de 16 de Agos-

to, tendo, designadamente, como uma das suas principais atribuições, contribuir


Página 67 de 88

para o ajustamento entre oferta e a procura de emprego, através da participação

na organização do mercado de emprego.

A organização e gestão do mercado de emprego pressupõem o desenvolvimento e

aplicação de uma grande diversidade de acções relacionadas com o apoio à procu-

ra de emprego e com a dinamização da oferta de emprego.

Neste âmbito a UGE, tem implementação de mecanismos capazes de seguimento

das metas e os indicadores do emprego a nível dos CEFP, com vista a melhorar a

produção de dados estáticos que auxiliem a tomada decisões e definições de

estratégias que promovam uma melhor empregabilidade da população cabo-

verdiana.

Os indicadores a seguir a serem apresentados, permitem conhecer o número de

indivíduos e entidades que inscreveram-se ao longo do ano nos CEFP, quer para

procura, como para oferta de trabalho e analisar a sua variação a nível territorial e

temporal.

8.1 Atendimentos realizados nos CEFP

De Janeiro a Dezembro de 2014, foram realizados um total de 6.100 atendimentos

nos CEFP do IEFP, dos quais, 4315 foram presenciais, representando 70,7% dos

atendimentos realizados no âmbito do serviço de emprego, conforme ilustra o

Gráfico 29.


Página 68 de 88

Gráfico 29 – Resumo Acções de Empreendedorismo por CEFP e nº beneficiários


Os dados apontam assim para um incremento de 85% dos atendimentos face ao

ano transacto, correspondendo a um aumento em números absolutos de mais

2.806 atendimentos realizados em relação ao ano transacto. Esse acréscimo é

resultado do aumento substancial de atendimento realizados nos CEFP de S.

Vicente (2.211) , Praia (1.198) e Catarina (926), face ao ano anterior conforme

pode constar no gráfico abaixo.

163

900 735

144

658

66

528

100

454

1198

770

230

2211

281

926

30

CEFPF CEFPP CEFP S CEFPSA CEFPSV CEFPSZ CEFPSC CEFPV

Atendimentos por CEFP

Ano 2013 Ano 2014

Gráfico 30 –Atendimentos por CEFP


O gráfico abaixo demostra como está distribuído o atendimento segundo os CEFP.

Nota-se que em todos os centros, o atendimento presencial é significativo quando

comparado com outras formas de atendimentos. Isto pode indicar que os centros

estão cada vez mais próximos dos utentes, e que o contacto presencial está a ser

valorizado.


Página 69 de 88

Gráfico 31

–Atendimentos por CEFP e tipos


Ao fazer uma análise mensal (gráfico 32), verifica-se um aumento gradual em

relação aos atendimentos no primeiro trimestre do ano. A partir do mês de Março

apresenta uma tendência decrescente até ao mês de Maio, para no mês seguinte

inverter a tendência de queda e atingir o maior número de atendimento verificado

ao longo do período em análise. Posteriormente oscilou entre tendência

decrescente até o mês de Agosto e a tendência cresceste até o mês de Dezembro,

com excepção da queda registada no mês de Novembro.

De salientar que o pico de atendimentos registado no mês de Junho é explicado

pela aderência aos CEFP para participação no Concurso de recrutamento de

agentes de terreno realizado no âmbito do IIIº Inquérito às Despesas e Receitas

Familiares – IDRF 2014/2015 em que o IEFP foi parceiro do INE, actividade

mencionada nos capítulos anteriores.


Página 70 de 88

Gráfico 32 –Atendimentos por mês


8.2 Pedidos de Emprego

O registo de pedido de emprego fixou-se em 2.041 inscrições, sendo aproximada-

mente 64% do sexo feminino e 36% do sexo masculino. As mulheres são as que

mais procuram o serviço público de emprego, apesar da taxa de desemprego nos

últimos dois anos afectar ligeiramente mais homens do que mulheres. Portanto,

isso coloca o desafio aos CEFP no sentido de atraírem mais indivíduos do sexo mascu-

lino para o serviço público de emprego.


Página 71 de 88

Gráfico 33 –Pedidos de emprego por sexo


No que concerne à distribuição dos registos de pedidos de emprego por CEFP,

verificamos, que atipicamente o CEFP Santa Catarina teve o maior número de registo

de pedidos de emprego, que representa cerca de 29% do total de registo, seguido pelos

CEFP Praia e de São Vicente com aproximadamente 25% e 18 % dos pedidos,

respectivamente.

Gráfico 34 –Pedidos de emprego por CEFP


Analisando os registos de emprego ao longo do ano (ver gráfico 29) verificamos

que no mês de Março registou-se o maior volume de pedidos de emprego (204). Os

meses de Janeiro e Fevereiro apresentaram o mesmo número de registo, com 87

pedidos respectivamente e o mês de Dezembro apresentou o menor registo de

pedidos de emprego do ano, 67.

29%

11%

18%

9%

4%

25%

3% 1%

Pedidos de emprego

CEFPSC

CEFPSA

CEFPSV

CEFPS

CEFPF

CEFPP

CEFPSZ

CEFPV


Página 72 de 88

8.3 Desemprego Registado

O gráfico 7 demonstra o total de desemprego registados e a sua desagregação por

sexo. No período em análise, foram registados um total de 1.750 desempregados

inscritos nos centros, dos quais 63% eram do sexo feminino e 37% eram do sexo

masculino. A semelhança da tendência verificada nos pedidos de emprego, no

desemprego registado há uma predominância clara das mulheres. Estes dados

pode sugerir, por um lado, que as mulheres estão mais activas na procura de

emprego e que, por outro lado, elas têm mais dificuldades de inserção e estão a

solicitar o serviço como forma de inserirem no mercado de trabalho.

Gráfico 35 –Desempregado registado por CEFP


Conforme pode ser constado no gráfico 35 , a semelhança dos pedidos de

emprego, o CEFP de S. Catarina apresenta um maior número de desempegados

registados a nível nacional (581 desempregados) , ultrapassando os registos do

CEFP que enquanto concelho mais populoso foi responsável pela 40% dos registos

verificados no ano transacto


Página 73 de 88

Anos Vagas emprego

2010 131

2011 115

2012 225

2013 297

2014 371

Ofertas de emprego recebidas nos CEFP 2010 - 2014

0

100

200

300

400

2010 2011 2012 2013 2014

Vagas emprego

Vagas emprego

Gráfico 36- Evolução de pedidos e desempregados registados por mês

Fonte: IEFP 2014

8.4 Ofertas de Emprego Recebidas

Ao longo do ano de 2014, receberam-se nos Centros de Emprego e Formação

Profissional, 170 ofertas de emprego nos CEFP, que traduziram em 371 vagas de

emprego mobilizadas pela sede CEFP. Os dados apontam para uma variação

positiva de 25% face ao ano anterior, o que equivale a um incremento de mais 74

vagas de emprego. Esta evolução coloca o volume de ofertas recebidas, em

2014, como sendo o mais elevado dos últimos quatro anos.

Feito o balanço das ofertas de emprego registadas nos últimos 4 anos, constatamos

uma tendência anual crescente na mobilização das ofertas de emprego

recebidas nos CEFP. Isto é, as vagas de emprego captadas no ano 2014

0

100

200

300

400

500

600

700

800

Pedidos e Desemprego Registado por meses

Pedidos de Emprego

Desemprego Registado


Página 74 de 88

sofreram um aumento de 183% (mais vagas) face ao ano 2010; 222% face

ano 2011; 64,8% face ao ano 2012 e 25% face ano 2013. Tal facto indica que os

serviços de emprego do IEFP tem reforçado a sua capacidade de captação de

ofertas junto das entidades empregadoras, quer a nível de quantidade de ofertas

captadas, quer a da sua qualidade, de forma a aumentar o número de colocações.

Gráfico 37- Evolução de pedidos e desempregados registados por mês Fonte: IEFP 2014

Gráfico 32- Ofertas de emprego registadas nos CEFP 2010 - 2014

O acréscimo de vagas de emprego recebidas em 2014 face ao ano transacto (25%),

é resultado de um aumento percentual de ofertas registadas nos CEFP S. Antão

(+800%); CEFP de S. Cruz (+700%); CEFP Variante (+350%) e CEFP do Fogo

(+190%). Entretanto, os CEFP do Sal (-35%), e S. Catarina (-15%) registaram uma

variação negativa.

Quadro 3 - Evolução das ofertas de emprego registadas nos CEFP

Centros 2012 % 2013 % 2014 % Var%

2013/2014

CEFPSV 19 9% 96 32% 114 31% 19%

CEFPSC 35 16% 27 9% 23 6% -15%

CEFPF 38 17% 29 10% 84 23% 190%

CEFPP 63 29% 48 16% 64 17% 33%

CEFPS 59 27% 94 32% 61 16% -35%

CEFPV 0 0% 2 1% 9 2% 350%

CEFPSZ 6 3% 0 0% 7 2% 700%

CEFPSA 0 0% 1 0% 9 2% 800%

Total 220 100% 297 100% 371 100% 25%

Todavia, a nível dos CEFP, o CEFP Fogo disponibilizou o maior volume de ofertas

(54), correspondendo a 31,9% do total das ofertas disponibilizadas, seguindo-se o

CEFPSV (41; 24,2%) e o CEFPS (34; 20 %). Entretanto, em relação as vagas de


Página 75 de 88

emprego, o CEFPSV lidera com 114 vagas mobilizadas, seguido do CEFPF e CEFPS

com 84 e 61 vagas, respectivamente.

Gráfico 38 - Ofertas/vagas de Emprego disponibilizadas por CEFP Fonte: IEFP/UGE 2014

A análise da evolução mensal das ofertas mostra um registo significativo de ofertas

recebidas no mês de Janeiro (20 ofertas; 43 vagas) que sofre posterior uma queda

no mês seguinte, permanecendo estável ao dos dois semestres. Todavia, ao

traduzir-se as ofertas recebidas por vagas de emprego, verifica-se que o maior

volume de vagas de emprego foi atingido no mês de Junho (18 ofertas; 79 vagas),

sendo o mês mais dinâmico seja a nível de atendimentos, registos de emprego e

desemprego e simultaneamente de ofertas recebidas nos CEFP.


Página 76 de 88

Gráfico 39 - Ofertas/vagas de Emprego disponibilizadas por CEFP Fonte: IEFP/UGE 2014

Relativamente à actividade económica das ofertas de emprego que ao longo do ano

foram captadas e comunicadas nos CEFP, constatamos que 24,3% eram

provenientes de Actividades de apoio ao conjunto da Administração pública,

17,4% de Restaurante e Bar e 12,2% da Educação e formação profissional. De

igual podemos concluir que maior parte das ofertas são oriundas do sector

Terciário que segundo o último Recenseamento Empresarial de Cabo Verde

divulgado pelo INE em 2014 referente ao ano 2012, continua a ser de longe, o

sector mais importante da Economia cabo-verdiana.

Quadro 11 – Estrutura das Ofertas de Emprego Recebidas Por Ramo de Actividades

Económica

Estrutura das Ofertas de Emprego Recebidas Por Ramo de Actividades Económica Nº %

Fabricação de tintas, vernizes e produtos similares 4 1,1

Restaurante e Bar 63 17,4

Actividades de Saúde Humana 11 3,0

Educação e formação prfissional 44 12,2

Actividade de apoio ao conjunto de administração pública 88 24,3

Informática 2 0,6

Construção Civil 5 1,4

Serviços Financeiros 6 1,7

Actividades salões de cabeleireiro e instituto de beleza 5 1,4

Comercio em estabelecimento 26 7,2

Administração pública central 7 1,9

Produção, transporte, distribuição e comercio de electricidade 7 1,9

Fabricação de alimentos para animais 1 0,3

Estabelecimentos Hoteleiros 29 8,0

Actividades das famílias empregadoras de pessaol doméstico 9 2,5

Agências de viagem e operadores turísticos 5 1,4

Telecomunicações 5 1,4

Actividades Imobiliárias 3 0,8

Fabricação de produtos alimentares 6 1,7

Actividades de organização profissionais 5 1,4

Administração pública local 8 2,2

Produção Animal 2 0,6

Segurança e ordem pública 1 0,3

Administração publica - Actividade económica 2 0,6

Confecção de artigos de vestuário 1 0,3

Publicidade 1 0,3

Fabricação de bebidas 2 0,6

Indústria metalúrgia de base 3 0,8

Transporte aéreo de passageiro 2 0,6

Comércio de consbustivel 9 2,5


Página 77 de 88

Fonte IEFP/UGE 2014

8.5 Ajustamento entre a Procura e Oferta de Emprego

O ajustamento promovido pelos serviços descentralizados resultou na colocação

de 185 indivíduos no mercado de trabalho, correspondendo a 53,3 % das ofertas

de emprego que foram satisfeitas. Ou seja, 60,2% do total de ofertas recebidas,

traduziram-se em contrato de trabalho (209 vagas) e 42% encontram-se ainda

em processo de selecção (146 vagas).

De salientar que apenas 4,6 % das ofertas (16) vagas não foram satisfeitas, cujo

motivo prende-se basicamente com a questão salarial (elevada exigência por parte

das entidades empregadoras e baixos salários).


Página 78 de 88

Gráfico 40 - Ofertas/vagas recebidas e satisfeitas por CEFP Fonte: IEFP/UGE 2014

Dos 209 inseridos por via do ajustamento da procura oferta e de emprego,

adicionamos mais 15 inserções realizadas por via dos estágios profissionais,

contabilizando-se um total de 224 colocações no mercado de trabalho.

Dos inseridos 79,7% são do sexo feminino e 73,4 % foram absorvidas por

entidades privadas o que corrobora com os dados do INE (IMC 2013) que aponta

que este sector é o que mais absorve a mão-de-obra, com destaque de 56,8% para

o sector privado não agrícola e de 21,7% para o privado agrícola.

Gráfico 40 - Ofertas/vagas recebidas e satisfeitas por CEFP Fonte: IEFP/UGE 2014

0

50

100

150

200

250

Vaga SatisfeitaVaga Não

Satisfeita Em Processo

209

16

146

Ofertas/vagas recebidas e satisfeitas


Página 79 de 88

9.Outras actividades realizadas

A equipa técnica da UGE participou, ainda, activamente nas seguintes actividades:

• Coordenação do Grupo Temático do Emprego e Empreendedorismo cri-

ado no âmbito da implementação da Carta da Politica Integrada EFE inicia-

da no 2º semestre de 2014;

• Organização do Lançamento oficial dos projectos da CPI- EFE promovi-

dos pelo IEFP realizada a partir de 16 de Julho na cidade da Praia, S. Vicente

e na ilha do Fogo;

• Apoio a participação do IEFP no II Fórum Nacional de Transformação de

Cabo Verde 2030, através da apresentação do painel “ Transformação e

Criação de Emprego”;

• Representação do MJEDRH/IEFP através da coordenação da UGE no Semi-

nário do Polo de Qualidade Inter-Países do Ensino Técnico Profissio-

nal e Desenvolvimento de Competências (ICQN / TVSD) para o Empre-

go dos Jovens em África realizada de 31 de Março a 1 de Abril de 2014

em Abidjan . Este seminário contou com a participação de 27 países africa-

nos e teve entre outros objetivos realizar uma análise inicial de todos os

pontos estratégicos e operacionais que os países africanos tem em comum

ao nível do sistema de formação e promoção do emprego jovem, a fim de

começar a identificar as áreas potenciais para o desenvolvimento da forma-

ção dos jovens, o emprego das políticas e práticas conjuntas.

• Elaboração do Relatório de sobre Políticas de Inserção Profissional e

Dispositivos para a Criação de Empregos em Cabo Verde , resultado da

participação do MJEDRH/IEFP no Seminário de Abidjan.

• Colaboração na elaboração do Relatório Nacional de Seguimento da Im-

plementação da Plataforma de Acção de Beijing através de fornecimento

de dados do sector do emprego;


Página 80 de 88

• Participação no Atelier Tripartido de Reforço das Capacidades Nacio-

nais para a Promoção da Integração do Emprego Digno nas Estratégias

nacionais, promovido pelo MJEDRH e realizado de 6 a 8 de Maio na cidade

da Praia;

• Participação da Conferência Nacional do Emprego promovida pelo Mi-

nistério da Juventude, Emprego e Desenvolvimento dos Recursos Humanos

a 15 de Julho de 2014;

• Contribuição de subsídios finais para o Pacto Nacional para o Emprego

assinado no âmbito da Conferência Nacional do Emprego;

• Participação nas reuniões do Comité Nacional da Emigração e Desenvolvi-

mento;

• Colaboração na fase de preparatória do Inquérito Multi-Objectivo Contí-

nuo Estatísticas do Emprego e Mercado de Trabalho (2014) promovido

pelo INE na definição de indicadores para a formação profissional e a sua

respectiva empregabilidade;

• Participação activa nos trabalhos de elaboração do Plano de Acção para

acelerar progresso de realização dos Objectivos de Desenvolvimento

do Milénio (ODM) liderado pela Direcção Nacional do Planeamento.;

• Elaboração de proposta de Ordem de Serviço sobre a elaboração do Plano de actividade para 2015;

• Colaboração no Workshop Regional de Apoio à criação de emprego e promoção do Empreendedorismo nos PALOP e TL realizada na cidade da Praia, que contemplou 20 dirigentes e técnicos dos Serviços Públicos de

Emprego dos PALOP-TL;

• Organização da visita de estudo da Direcção do Trabalho, Emprego e

Formação Profissional de S. Tomé e Príncipe ao IEFP de Cabo Verde e

estruturas descentralizadas.


Página 81 de 88

• Realização da Intermediação mão – de-obra internacional no âmbito da

operacionalização do Acordo de Cabo Verde e França para Migração Laboral

e produção do respectivo relatório com recomendações e constrangimentos

detectados neste processo;

• Contribuições ao Acordo de Cooperação entre a República Portuguesa e

a República de Cabo Verde em matéria de Migração Laboral;

• Contribuições na elaboração e emissão de pareceres técnicos aos diversos

protocolos formalizados em 2014;

• Contribuições aos Relatórios Sectoriais (104ª OIT, Relatório Anual Secto-

rial EFE 2014);

• Actualização de dados da Grelha de Monitorização das Actividades do Plano

Nacional de Acção Operacional Anual para a Promoção do desenvolvimento

da Família;

• Operacionalização da Linha de Financiamento e Desenvolvimentos de Pla-

nos de Negócios;

• Apoia na organização do lançamento Oficial da Oferta Formativa 2014

realizada em todos CEFP;

• Apoio à concepção e divulgação de três spots televisivos de promoção do

Programa de Estágio Profissional, Formação Inicial e Centro de Recursos;

• Contribuições na ficha de Projecto Curso de Capacitação – Transferência de

dinheiro/câmbio utilizando as tecnologias de informação e Comunicação e

na elaboração do respectivo regulamento de selecção dos formandos (Guia

de Pré- requisitos;

• Apoio à concepção de servidores de documento implementado na sede do

IEFP;

• Contribuições à compilação de Dados da Formação Profissional em Cabo

Verde – Missiva de Angola;

• Elaboração em conjunto com a UGF do Estudo de Impacto das formação

realizadas pela Escola Oficina de Cidade Velha – 2014;

• Participação nas actividades promovidas pelo INE no qual se destacam a

produção do Memomorando sobre a Jornada de Comemoração do Dia Afri-

cano de Estatísticas;


Página 82 de 88

• Contribuições a elaboração do ponto de situação da execução do Plano de

acção para a melhoria do ambiente de negócios em Cabo Verde “ Mudar pa-

ra Competir”.

GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

I. GESTÃO ADMINISTRATIVA E FINANCEIRA

O Ano 2014 apesar do contexto de continuidade da crise económica e financeira

sentida a nível internacional e nacional foi um ano de grandes ganhos para o IEFP.

Apesar disso, a nível de Gestão Financeira e Administrativa, conseguiu-se

importantes resultados a saber:

1. Recursos Humanos

• Recentragem dos Recursos Humanos e realização do levantamento das ne-

cessidades de recursos humanos para a sede e CEFP e elaboração de pro-

postas de programas de recrutamento, capacitação e desenvolvimento do

pessoal, em colaboração com as demais unidades de gestão;

• Organização e actualização dos processos individuais dos colaboradores do

IEFP (sede e CEFP);

• Implementação das orientações do Estudo Diagnóstico Organizacional dos

Recursos Humanos do IEFP, visando a optimização dos recursos necessá-

rios para atender as demandas da Instituição. Esse estudo deu pistas e ori-

entações ao IEFP no sentido de adopção de processos e instrumentos de

gestão dos seus Recursos Humanos adequados aos desafios de desenvolvi-

mento institucional (inovação, reafirmação e crescimento);

• Elaboração e socialização com todos os trabalhadores do IEFP (Sede e

CEFP) da proposta de PCCS do IEFP e seu envio ao Governo para aprovação.

2. Administração e Gestão Patrimonial


Página 83 de 88

• Planeamento e provisão, em função dos recursos disponíveis, dos diferentes

órgãos e unidades de gestão da sede e CEFP com equipamentos e outros

materiais indispensáveis à realização das suas actividades;

• Continuação da ligação dos CEFP na rede do Estado, com a introdução do

CEFP de S. Cruz na rede;

• Início da implementação do software de Contabilidade Geral e Analítica,

com a componente de Gestão do Património, que no ano 2015 será uma fer-

ramenta fundamental que permite um melhor controlo da execução finan-

ceira por centro de custos e na Gestão do Património do IEFP;

• Apetrechamento da Sede e dos CEFP Sal, S.Vicente, Fogo e S. Antão com

equipamentos de som para garantir a realização de actividades nos CEFP

com relativa autonomia;

• Equipamento das salas de informática dos CEFP Variante, S. Antão, São Vi-

cente e Sede, com computadores e vídeo projectores.

3. Execução Financeira

Os quadros que se seguem dão-nos conta da dotação do Orçamento de Estado, em

2014, para o Orçamento de Funcionamento e de Investimento do IEFP:

No cômputo geral, a taxa de execução financeira foi de, aproximadamente, 75%.

Quadro n.º 1 – Orçamento de Funcionamento e de Investimento em 2014 (valores em CVE)

Designação

Orçamento Inicial

Cativo, Reforço ou Anulação

Orçamento disponível

Realizado Desvio Execução %

(Realiz./Disp) Execução %

(Realiz./Orç.Ini.)

1 2 03=01-02 4 05=03-04 06=04/03*100 07=04/01*101

Orçamento de Funcionamento 71.572.897 7.787.541 63.785.356 53.724.487 10.060.869 84,23% 75,06%

Alargamento da Rede Física 18.000.000 11.116.740 6.883.260 6.557.504 325.756 95,27% 36,43%

Unidades Formação Profissional 55.117.545 4.524.841 50.592.704 42.614.589 7.978.115 84,23% 77,32%

Unidades Formação Profissional ((Hol) 2.655.486 1.313.111 1.342.375 1.255.814 86.561 93,55% 47,29%


Página 84 de 88

Tesouro 2014 147.345.928 24.742.233 122.603.695 104.152.394 18.451.301 84,95% 70,69%

Quadro n.º 2 – Orçamento de cooperação internacional em 2014 (valores em CVE)

Designação Orçamento

Inicial Cativo

Orçamento Actual

Realizado Desvio Execução %

(Realiz./Disp) Execução %

(Realiz./Orç.Ini.)

1 2 03=01-02 4 05=03-04 06=04/03*100 07=04/01*101

Proj. Integ. Emp Form Prof 28.984.574 0 28.984.574 13.107.823 15.876.751 45% 45%

Apoio Empreendedorismo Mulheres Jovens 8.077.463 0 8.077.463 2.002.082 6.075.381 25% 25%

Cooperação 2014 37.062.037 0 37.062.037 15.109.905 21.952.132 41% 41%

Quadro n.º 3 – Resumo da Execução Total

Total Geral 184.407.965 24.742.233 159.665.732 119.262.299 40.403.433 75% 65%

Pode-se considerar que o balanço é positivo considerando que o montante que não

foi executado concentra-se nas rúbricas de Pessoal.

No início do ano 2014 o IEFP estava sem o PCA e de Fevereiro a Dezembro sem o

Administrador Executivo, ficando os respectivos salários por pagar.

A acumular a esses valores, os salários dos funcionários que tiveram licença de

Maternidade, de licença sem vencimento bem como as reduções dos salários dos

membros do Conselho de Administração e das Coordenadoras das UG´s

É de salientar que pela natureza da rubrica não foi possível fazer alterações

orçamentais por forma a utilizar a verba para pagamento de outras despesas.

Assim, do total disponibilizado no montante de 184.407.965 CVE foram realizados

actividades no montante de 119.262.299 CVE (cento e dezanove milhões duzentos e

sessenta e dois mil duzentos e noventa e nove escudos), o que corresponde a uma taxa

de execução financeira de 75%, conforme se pode constatar no quadro nº 3 acima.

Comparando o ano 2014 com o ano 2013, conclui-se que o valor do Orçamento do

Estado foi reduzido em 19.465.180 CVE (dezanove milhões, quatrocentos e

sessenta e cinco mil cento e oitenta escudos), com se pode analisar no Quadro 4.


Página 85 de 88

DesignaçãoOrçamento

Previsto

Orçamento

DisponivelRealizado

Orçamento

Previsto

Orçamento

DisponivelRealizado Previsto Realizado

1 2 3 4 5 6 07=05-02 08=06-03

Orçamento de F uncio namento 71.572.897 60.124.135 56.570.007 71.572.897 63.785.356 53.724.487 3.661.221 -2.845.520

A largamento da R ede F í s ica 18.000.000 6.000.000 3.990.708 18.000.000 6.883.260 6.557.504 883.260 2.566.796

Unidades F o rmação P ro f iss io na l (T es) 55.117.545 48.251.371 47.910.754 55.117.545 50.592.704 42.614.589 2.341.333 -5.296.165

Unidades F o rmação P ro f iss io na l (H o l) 2.693.369 2.693.369 37.783 2.655.486 1.342.375 1.255.814 -1.350.994 1.218.031

A po io ao P N EF P -C o nt ra parte 25.000.000 25.000.000 9.510.791 0 0 0 -25.000.000 -9.510.791

F . P ro f iss io na l e E T écnico -H o l. 0 0 0 0 0 0 0 0

Tesouro 2013/2014 172.383.811 142.068.875 118.020.043 147.345.928 122.603.695 104.152.394 -19.465.180 -13.867.649

Quadro 4 – Evolução de 2013-2014 (Orçamento do Estado)

2013 2014 2014/2013

Os fundos disponíveis em 2014 totalizaram 184.407.965 CVE (cento e oitenta e

quatro milhões quatrocentos e sete mil novecentos e sessenta e cinco escudos)

representando 31% da totalidade disponibilizada no ano 2013, com a saída do

Projecto Apoio ao PNEFP-LUX e a correspondente contrapartida Nacional.

No ano 2014, mesmo com fracos recursos, o IEFP conseguiu concretizar

compromissos assumidos em anos anteriores como por exemplo:

• Conclusão da Obra com a Empresa MTCV para requalificação da Rampa do

IEFP, pendente deste 2011, aquando da construção do Posto de

Transformação.

• Liquidação de dívidas antigas com CV Telecom. É de ressaltar que devido a

este constrangimento a CV Telecom não financiou cursos do IEFP em 2014

como tem sido hábito desde 2010.

Ainda neste exercício económico foi possível o pagamento de mais de 53% do total

da obra (2.939.700 CVE) para criação de 2 salas de aulas teóricas no CFPTA S Jorge,

para além dos equipamentos informáticos para equipar as salas de formação do

CEFP S. Antão e de S. Vicente.

Arrecadação de Receitas 2014


Página 86 de 88

Apesar da diminuição dos financiamentos tanto dos parceiros como do Estado, o balanço

das receitas Geral do IEFP é positiva, devido a capacidade dos Centros e Sede na

mobilização de parceiros Nacionais e Internacionais a destacar:.

• Aldeia Infantis SOS

• Associação Académica da Praia • Bornefonden • Bornefonden - Unidade Santiago Leste • Câmara Municipal do Porto Novo • CEJ do Porto Novo • Citi habitat

• Cooperativa Pares

• DG Desportos • Embaixada dos EUA • FICASE • Fundo de Promoção do Emprego e Formação Profissional • Fundo Perpetuo de Educação

• Ministério. De Trabalho, Formação (Soldado Cidadão) • Ministério. De Trabalho, Formação Prof. e Solid. Social • Ministério Saúde • MJEDRH • MJEDRH/DGSS

• PIEFP • Plataforma das ONG´s

Os apoios aos formandos para pagamento das propinas por parte dos parceiros foram

significativos em 2014 que para além de representar um grande aumento nas receitas do

IEFP, constituíram razões para motivação tanto dos formandos, traduzida na diminuição

da taxa de desistência, como dos Centros, que ganharam uma nova dinâmica.

No cômputo geral, em 2014 quase todos os centros, incluindo a Sede ultrapassaram as

receitas o que se transmite a nova filosofia do IEFP que advém da união das equipas nos

centros e no engajamento no objectivo principal da Instituição.

Comparando as receitas totais arrecadadas em 2014 com o ano 2013, constata-se um

aumento em 36%, com centros que tiveram capacidade de gerar em mais do dobro das

receitas do ano anterior a destacar a Sede e os CEFP da Praia e do Sal.

Quadro 5 – Arrecadação das Receitas 2013 e 2014

Centros/Sede RECEITAS 2013 RECEITAS 2014 2014/2013

Sede 6.043.525 11.944.753 97,65%


Página 87 de 88

CEFP Fogo 6.334.666 6.107.662 -3,58%

CEFP S. Vicente 3.891.095 4.472.169 14,93%

CEFP S. Antão e CFPTA A Martinho 2.867.429 1.779.600 -37,94%

CEFP Sal 2.800.588 5.651.374 101,79%

CEFP S. Cruz 1.710.535 2.257.885 32,00%

CEFP S. Catarina 2.325.442 2.605.209 12,03%

CEFP Variante 6.583.244 6.597.650 0,22%

CEFP Praia 3.792.700 8.103.883 113,67%

TOTAL GERAL DAS RECEITAS 2013 e 2014 36.349.224 49.520.185 36,23%

Analisando os valores das receitas de 2014 (49.520.185,00 ECV) em comparação com o valor disponibilizado para funcionamento da Sede e dos CEFP, verifica-se que represen-ta 39,09% do Orçamento Previsto, 43,29% do montante Disponibilizado e 51,40% do valor das despesas realizadas em 2014, de acordo com o quadro seguinte.

Quadro 6 – Comparação das Receitas e Despesas do ano 2014

Designação Orçamento

Previsto Orçamento Disponivel

Realizado Receitas

2014 Rec/Orç. Previsto

Rec/Orç. Disponivel

Rec/Realiz.

Orçamento de

Funcionamento 71.572.897 63.785.356 53.724.487

Unidades Forma-

ção Profissional

(Tes)

55.117.545 50.592.704 42.614.589

Total p/ Funcio-

namento da Sede

e CEFP

126.690.442 114.378.060 96.339.076

Total Receitas 2014 49.520.185

Comparação Receitas/Despesas 39,09% 43,30% 51,40%

3 CONSTRANGIMENTOS

• Dificuldades em fechar turmas com o mínimo de formandos exigidos e, con-

sequentemente, de iniciar as acções de formação nas datas previstas no

Plano de Actividades, tendo em conta constrangimentos na mobilização de

formandos com capacidade de pagar as propinas definidas para cada curso.


Página 88 de 88

• Demora no processamento das transacções efectuadas pelo Tesouro, nome-

adamente no que respeita ao pagamento de fornecedores de bens e servi-

ços, com consequências também no adiamento das actividades realizadas

pelo IEFP (sede e Centros).

• Modalidade de execução financeira dos projectos da CPI- EFE, com o pro-

cesso de liquidação das facturas, execução financeira muito moroso, atra-

sando os pagamentos dos serviços prestados, causando constrangimentos

em relação aos fornecedores e beneficiários;

• Desmotivação e pouca produtividade por parte de alguns colaboradores

eventualmente por ausência de incentivos e instrumentos de gestão dos

Recursos Humanos.

4 CONCLUSÕES

O IEFP reforçou significativamente a sua actuação nos domínios da formação

profissional, do emprego e empreendedorismo no ano 2014, junto dos grupos mais

vulneráveis, sejam estes jovens ou mulheres, enquanto instituto público

responsável pela execução das políticas e medidas de emprego,

empreendedorismo e formação profissional, graças a um conjunto de resultados

positivos conseguidos nas suas várias áreas de actuação.

Neste domínio, vale ainda realçar uma maior aproximação ao sector privado

com a assinatura de Protocolos com grandes empresas privadas nacionais e ONG´s

que apoiaram no financiamento de actividades de formação e emprego. E ainda de

sublinhar o financiamento de propina dos formandos através do Fundo de

Promoção Emprego e Formação.

Em termos Financeiros, é de assinalar uma evolução considerável em termos

de geração de receitas tendo sido arrecadado um montante global de

49.520.185,00 CVE (quarenta e nove milhões quinhentos e vinte mil, cento e

oitenta e cinco escudos), o que se traduziu numa evolução positiva com um


Página 89 de 88

aumento de mais de 36% em relação a 2013 e de mais do triplo das receitas

arrecadas no ano 2012.

No tocante à área do Emprego e Empreendedorismo, destaca-se como ganhos a

instalação e funcionamento de duas Incubadoras de Negócio no CEFP do Fogo (

INFE)e uma S. Vicente (INAS) reforçando a actuação do IEFP e os respectivos CEFP

na promoção do empreendedorismo, auto-emprego e redução do desemprego

jovem.

A operacionalização da Linha de Financiamento criada em 2013, com o

financiamento de 12 planos de negócio.

Promoveu-se deu-se continuidade ao trabalho efectuado em 2013, promovendo

um serviço de emprego e fomento do empreendedorismo mais próximo dos

utentes (pessoas e as entidades empregadoras) que se traduziu na realização do

atendimento personalizado e orientado para o mercado a 6.111 utentes dos CEFP,

a um incremento de 85% dos atendimentos face ao ano transacto, que em

números absolutos representa de mais 2.806 atendimentos realizados em relação

ao ano transacto.

Na mobilização de 371 vagas a nível nacional e no incremento da meta de 25 %,

face ao ano transacto e a inserção de 224 de jovens e adultos inseridos no mercado

de trabalho.

Em termos globais 1.970 jovens, formados e desempregados beneficiaram dos

programas de emprego e acções de promoção do empreendedorismo e auto-

emprego promovidas pelo em IEFP e parceiros em 2014. A este número

acrescenta-se 2.118 jovens beneficiários das acções de formação, o que perfaz

o total de 4.088 beneficiários pelas medidas de emprego e formação

Profissional.

Ao nível da área de Formação Profissional, apesar dos ganhos em termos da con-

tinuidade da extensão e diversificação da oferta formativa em função dos clusters


Página 90 de 88

prioritários do desenvolvimento do país, um dos aspectos mais marcantes de 2014

a consolidação do sistema de formação profissional com a implementação de Re-

gulamentos e Procedimentos de gestão da formação e de seguimento e avali-

ação, elementos essenciais para a implementação de um padrão de qualidade da

Formação Profissional reconhecido pelo mercado de trabalho e por todo o colecti-

vo do IEFP (Sede e Centros), traduzido em ganhos em termos de eficiência e eficá-

cia, com impactos em termos de inserção dos jovens no mercado de trabalho. Con-

cluiu-se assim que apesar da redução efectiva dos recursos humanos afectos à área

do emprego e na sede e nos CEFP, e de ser ano piloto para a implementação dos

projectos da Carta da CPI, foram executadas aproximadamente 90% das activida-

des previstas, materializados os objectivos previstos no sector emprego.

Apesar dos condicionantes, nomeadamente a inexistência de orçamento para o

financiamento das acções de formação profissional, tendo as acções de formação

inicial sido, pela segunda vez, executadas totalmente auto-sustentadas e a redução

dos recursos humanos afectos à área da formação profissional, conclui-se que de

um modo geral, as actividades previstas para 2014 na área da formação

profissional foram realizadas com uma percentagem de execução a rondar os 90

%, tendo as metas sido ultrapassadas em quase todas as actividades previstas,

confirmando um balanço positivo.

Pelo acima exposto conclui-se que o balanço das actividades realizadas e os

resultados atingidos pelo IEFP (sede e CEFP) em 2014 foram bastante positivos.

Documents

Relatório de Actividades do IEFP 2014