Relatório de Gestão - 2006-2010

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Universidade Federal Fluminense

RELATRIO DE GESTO DO HUAP

2006-2010

Universidade Federal Fluminense Roberto de Souza Salles Magnfico Reitor Emanuel Paiva de Andrade Vice-Reitor

Hospital Universitrio Antonio Pedro Tarcsio Rivello Diretor Geral Haberlandh Sodr Lima Diretor Mdico Margareth Mara Mattos Pinto Diretora de Enfermagem Maria Conceio Lima de Andrade Diretora Administrativa

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Chefes dos Servios Mdicos do HUAPAmbulatrio Anatomia Patolgica Anestesiologia Banco de Sangue Cardiologia Centro de Dilise Cirurgia Cardaca Cirurgia Geral I Cirurgia Geral II Cirurgia Peditrica Cirurgia Plstica Cirurgia Torcica Cirurgia Vascular Clnica Mdica Coordenao de AIDS Dermatologia Emergncia Endocrinologia Gastroenterologia Ginecologia Hematologia Hemodinmica Infectologia Mastologia Medicina Intensiva (CTI) Medicina Intensiva (UCO) Nefrologia Neonatologia Neurocirurgia Neurologia Ncleo de Ateno Oncolgica Obstetrcia Oftalmologia Ortopedia e Traumatologia Otorrinolaringologia Pediatria Pneumologia Raio X Urologia Vigilncia Epidemiolgica Prof. Joo Baptista Correia Ormonde Filho Prof Andra Lima Cruz Monnerat Dr. Nisval de Magalhes Jnior Prof Olga Maria Diniz Pereira Prof. Luiz Jos Martins Romeo Filho Prof. Elias Assad Warrak Prof. Gladyston Luiz Lima Souto Prof. Pietro Acetta Prof Aniello Palombo Prof. Joo Baptista Correia Ormonde Filho Prof. Antonio Sergio Costa Guimares Prof. Omar Mote Abou Mourad Dr. Paulo Eduardo Ocke Reis Dr Myriam Christina Lopes Ferreira Dr Ivete Martins Gomes Prof Sandra Maria Barbosa Dures Dr Ary Bassous Prof. Rubens Antunes da Cruz Filho Profa Eliane Bordallo Cathala Esberard Prof. Renato de Souza Bravo Prof. Mnica Kopschitz Praxedes Lusis Dr. Marcelo Lemos Ribeiro Prof. Ralph Antonio Xavier Ferreira Prof. Andr Vallejo da Silva Dr. Luiz Carlos Soares Monteiro Dr. Paulo Csar Rodrigues Prof. Jocemir Ronaldo Lugon Prof. Alan Arajo Vieira Prof. Jos Alberto Landeiro Prof. Marcos Raimundo Gomes de Freitas Profa Mnica Kopschitz Praxedes Lusis Dr. Luciano Antnio Marcolino Prof. Raul Nunes Gavarro Vianna Prof. Mrcio Carpi Malta Prof. Maria Elisa Vieira da Cunha Ramos Dra. Jussara Brando Barbosa Prof. Cristvo Clemente Rodrigues Prof. Alair Augusto Sarmet M. Damas dos Santos Prof. Jos Scheinkman Dra. Roxane Carreiro

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Assistentes e Gerentes de Enfermagem do HUAPAssistente da Diretoria de Enfermagem Assistente da Diretoria de Enfermagem GE em Ambulatrios e Internao e Alta GE em Cirurgia Geral e Especializada GE em Clnica Geral e Especializada GE em Emergncia GE em Procedimentos de Diagnstico por Imagem e Intervencionista GE em Sade da Mulher e da Criana Enf Gisslia dos Santos Almeida Enf Ana Maria de Salles Teixeira Enf Clris Marfisa Himes Enf Silvana de Oliveira Azevedo Enf Fabiana C. O. Braga Enf Agnaldo Costa Ferreira Enf Aparecida Helena de Souza Enf Rosngela de Oliveira Azevedo

Chefes de Servios AdministrativosAssessoria de Informtica Assessoria de Planejamento Ncleo de Projetos e Obras Servio de Contabilidade e Finanas Servio de Manuteno e Reparos Servio de Material Servio de Pessoal Servios Gerais Raphael Ruiz Martins Ielva Rodrigues Valverde de Magalhes James Hall e Vladimir Carvalho de Alcntara Elias Gabriel Aid Ronald Fonseca Chaves Valcina de Sousa Pinheiro Carvalho Nilson Alves Cabral Maurcio Jos de Souza

Chefes de Servios Tcnicos AuxiliaresBanco de Leite Coordenao Clnica Coordenao de Atendimento Interno e Externo Servio de Documentao Mdica Servio de Farmcia Servio de Nutrio Servio Social Prof. Valdeci Herdy Alves Dra. Marita Junca Beaklini Trindade Dra. Jakeline Oliveira Fonseca Wagner Florido Senna Prof. Ranieri Carvalho Camuzi Maria de Ftima Lopes Braga Edila Maria Freitas Dantas

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NDICE: 01) APRESENTAO 02) PALAVRAS DOS DIRETORES 03) HISTRIA DO HUAP 04) MISSO 05) OBJETIVOS 06) CARACTERSTICAS DO HUAP 07) HUAP EM NMEROS 7.1) Capacidade Instalada 7.2) Estrutura de Pessoal 7.3) Produo Assistencial 7.3.1) Procedimentos Ambulatoriais 7.3.1.1) Em Mdia e Alta Complexidade referentes ao ano de 2007 7.3.1.2) Em Mdia Complexidade no perodo de 2008 a agosto de 2010 7.3.1.3) Em Alta Complexidade no perodo de 2008 a agosto de 2010 7.3.2) Procedimentos Hospitalares

PGINA 07 08 24 25 25 26 28 28 29 29 29 29 30 31 31 31

7.3.2.1) Internaes nas grandes especialidades e por complexidade da ateno

7.3.2.2) Internaes por grupos e subgrupos da Tabela SUS por complexidade da ateno 08) AES DESENVOLVIDAS NA GESTO 2006 2010 8.1) Emergncia Regulada e Referenciada 8.2) Reformas, ampliaes e adequaes 8.2.1) Subsolo 8.2.2) Fachada 8.2.3) Servio de Infectologia 8.2.4) Centro Cirrgico do 5 andar 8.2.5) Ambulatrio de Ginecologia 8.2.6) Banco de Sangue 8.2.7) Banco de Leite 8.2.8) Unidade de Alta Complexidade em Oncologia 8.2.9) Emergncia 8.2.10) Refeitrio e Setor de Produo do Servio de Nutrio 8.2.11) Centro de Material e Esterilizao 8.2.12) Farmcia 8.2.13) Maternidade e Centro Obsttrico 8.2.14) UTI Neonatal e Unidade Intermediria 8.2.15) Enfermarias 8.2.16) Hall dos Elevadores dos andares 8.2.17) Elevadores do HUAP 8.2.18) Sala de Digitalizao 8.2.19) Servio de Documentao Mdica 33 34 35 40 40 42 44 46 47 48 49 49 50 52 53 53 54 55 56 59 60 61 61

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8.2.20) Rampa de Acesso e Coberturas 8.2.21) Abrigo Externo de Resduos Hospitalares 8.2.22) Ambulatrio Geral 8.2.23) Telhados dos Prdios do HUAP 8.2.24) Sala do Tomgrafo 8.3) Criao de novos setores e reas 8.3.1) Ncleo Interno de Regulao NIR 8.3.2) Comisso de Informatizao do HUAP 8.3.3) Engenharia Clnica 8.3.4) Servio de Manuteno Predial 8.4) Levantamento Mtrico do HUAP 8.5) Aquisio de Materiais 8.6) Atividades de Comunicao e Informatizao 8.7) Projetos 8.7.1) Telemedicina 8.7.2) Radiologia Digital 8.7.3) HUAP mais seguro 8.7.4) Digitalizao 8.7.5) Projeto de Rdio do HUAP e TV HUAP 8.7.6) Residncia Mdica 8.7.7) Residncia Multiprofissional 8.7.8) Implementao Climatizao do HUAP 09) PAPEL SOCIAL DO HUAP 9.1) Projeto de Humanizao do HUAP 9.2) Associao dos Colaboradores do HUAP - ACHUAP 10) PERSPECTIVAS FUTURAS 10.1) REHUF 10.1.1) Histrico no HUAP 10.1.2) As dimenses do Plano de Reestruturao de Eficincia Energtica

62 62 63 63 63 64 64 65 65 66 67 69 73 74 74 74 75 75 75 76 81 nos Sistemas de Iluminao e 81 82 82 83 85 85 86 87

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01) APRESENTAO

Este Relatrio tem por objetivo demonstrar, de forma sucinta, algumas das aes implementadas no Hospital Universitrio Antnio Pedro (HUAP), da Universidade Federal Fluminense, durante o perodo de dezembro de 2006 a novembro de 2010, que compreende a gesto dos Professores Tarcsio Rivello, Diretor Geral, Haberlandh Sodr Lima, Diretor Mdico, Antnio Fontana, Diretor Administrativo, (perodo 12/2006 a 12/2007), Sra. Maria Conceio Lima de Andrade, Diretora Administrativa, (perodo 01/2008 a 11/2010) e da Enf. Margareth Mara Mattos Pinto, Diretora de Enfermagem. Esta gesto teve como principais desafios: a reforma, recuperao e ampliao predial em reas estratgicas e crticas; o investimento em equipamentos no parque tecnolgico; valorizar e investir na tecnologia da informao; o aumento da oferta de procedimentos de alta complexidade; a implantao de uma poltica de recursos humanos; a integrao com o Gestor Municipal de Sade e com a Central de Regulao da METRO II; implantao do Gerenciamento de Leitos; a aprovao, implantao e consolidao do Conselho Deliberativo do HUAP; fazer com que o hospital cumpra o seu papel

Universitrio como cenrio importante de ensino, pesquisa e extenso e formador de profissionais da sade; a integrao com diferentes setores da Universidade; estimular e consolidar os pesquisadores na poltica de pesquisa do HUAP atravs da formao de Ncleos de Pesquisa da Unidade de Pesquisa/HUAP (com o seu R.I aprovado no Conselho de Ensino e Pesquisa atravs da Resoluo no. 131/2008).

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02) PALAVRA DOS DIRETORES

Prof. Tarcsio Rivello Diretor Geral do HUAP

No final novembro de 2006, fui nomeado pelo Prof. Roberto de Souza Salles, Reitor da Universidade Federal Fluminense, para exercer o cargo de Diretor Geral do Hospital Universitrio Antnio Pedro. Confesso que para mim foi um grande desafio ser gestor de um equipamento hospitalar universitrio desta envergadura e com uma forte tradio intra e extra universidade. A trajetria da gesto no comeou muito cristalina. Houve alguns distrbios, prprios ao incio de uma gesto onde as pessoas no esto afinadas administrativamente, mas isto foi superado ao longo do tempo, com um ganho insupervel para a instituio. Eu j exercera outros cargos e funes na Universidade Federal Fluminense. Sempre participei ativamente da vida acadmica da Universidade. Trabalhei como Chefe de Departamento, Diretor de Unidade Acadmica, Diretor do Centro de Cincias Mdicas, Membro do Conselho Universitrio, Presidente do Conselho de Curadores e sempre escutei falar sobre a problematizao do HUAP. Quatro anos depois, posso falar que conheo o HUAP. Ele no problema, mas sim, soluo. Hoje, sou completamente HUAP e para chegar a isto, foi preciso dedicar-me a ele de maneira integral, colocar toda a minha experincia de vida, perseverana e a capacidade de aprendizagem na prtica diria, em prol deste hospital universitrio. Na qualidade de gestor posso dizer que ele deve ter: tica e respeito no trato da coisa pblica; coragem poltica carregada de risco e certeza de que a liderana exige nadar contra a corrente agir ou dizer o que bom para a instituio - mesmo que isto lhe

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custe, temporariamente, o apoio de aliados polticos e at mesmo de alguns membros da comunidade. Tenho a convico de que est longe de eu acordar e dizer este o HUAP pronto e acabado. Alis, um hospital nunca est pronto e acabado. Desde o incio desta gesto, olhei e conclamei as comunidades do HUAP e da Universidade para olharmos o presente/futuro deste hospital como olhamos um ser em desenvolvimento, no apenas no aumentar paredes e investir em mquinas e equipamentos, mas afastar algumas prticas enraizadas pelas circunstncias histricas; foi preciso buscar e promover aes que levassem integrao UFF/HUAP, com o intuito de reduzir a distancia Universidade/HUAP. Desta forma, ampliando e aprofundando a responsabilidade do hospital para com as futuras geraes e com a sua referncia na posio loco/regional, dentro de uma perspectiva histrica como liderana, resgatando o seu papel de grandeza e credibilidade do Hospital Universitrio na Regio Metropolitana II e para regies de interferncias. Procurei pautar o trabalho no Hospital Universitrio Antnio Pedro na

indissociabilidade entre ensino, pesquisa e a formao de recursos humanos para a vida profissional, atravs da assistncia criteriosa, com a qualidade tcnica, cientfica e humanstica. Muitas mudanas foram necessrias. Busquei realiz-las atravs de atividades organizacionais para a obteno de metas. O Hospital Universitrio Antnio Pedro deve ainda fazer mudanas organizacionais atravs de atividades institucionais pr-ativas para a obteno de metas intra institucionais e extra institucionais, para isto deve estimular e buscar novos componentes comprometidos com o hospital e tambm com a sua insero loco regional. Abaixo, elenco as diretrizes/parmetros que foram adotados por mim, visando um gerenciamento real na direo e conduo do HUAP.9

Parmetros adotados: Envolvimento na Gesto de forma profissional; Integrao com a UFF; Gesto criteriosa; Credibilidade; Capacidade de articulao poltica com a sociedade intra e extra HUAP/UFF; Estabelecimento de parcerias; Acompanhar e aderir s polticas pblicas de sade; Captao de recursos e aplicao criteriosa; Respeito ao pblico e gratuidade; Investimentos tecnolgicos; Valorizao profissional e pessoal; Engrandecimento institucional; Compromisso profissional e institucional; Articulao entre ensino, pesquisa, extenso e assistncia; Qualidade na ateno sade; Ousadia com responsabilidade; Desta forma, foi criada uma ordem de prioridades a serem atendidas em minha gesto e que foram dignamente atendidas, conforme segue abaixo: Busca no cotidiano da administrao Pagar em dia os fornecedores; Quantitativo significativo de profissionais comprometidos com a instituio; Qualificao profissional; Saneamento financeiro; Credibilidade junto a clientes e fornecedores; Referncia junto s demais instituies de ensino;10

Processo de informatizao; Flexibilidade para a inovao; Expressividade no nmero de atendimentos; Humanizao no atendimento; Oferta crescente de servios em especial de alta complexidade; Oficinas de trabalho; Reduo dos custos de aquisio de materiais, economicidade; Integrao entre as Diretorias; Participao nas politicas do MEC/MS relativas aos HUs.

A viso para 2011 para o HUAP a de que o Hospital Universitrio Antonio Pedro deve ser uma unidade acadmica especial de referncia em alta complexidade, com excelncia e critrios no ensino, pesquisa, assistncia e gesto, pautada na integralidade de ateno a sade e no trabalho. No poderia furtar-me, de agradecer ao Magnfico Reitor, Prof. Roberto de Souza Salles, pela confiana em mim depositada; ao Diretor Mdico, Prof. Haberlandh Sodr Lima; ao Diretor Administrativo, Prof. Antnio Fontana; Diretora Administrativa, Sra. Maria Conceio Lima de Andrade e seu substituto Paulo Roberto de Arajo; Diretora de Enfermagem, Enf. Margareth Mara Mattos Pinto; ao Prof. Eng. James Hall, aos funcionrios do Gabinete, em especial servidora Rachel Arnaud Foureaux, que colaborou na elaborao deste Relatrio, aos Chefes de Servios, aos colegas professores e/ou mdicos, a enfermagem, alunos, aos servidores tcnicos administrativos e Diretoria da Associao dos Colaboradores do HUAP, na figura da Dra. Rita Rivello. Por fim, encerro esta fala com a seguinte colocao: Quando me perguntam qual a marca que eu quero deixar, digo: dentre as muitas coisas boas que tenho feito pelo hospital, quero ser lembrado como algum que, em conjunto com outras

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pessoas envolvidas pr-ativamente com a instituio, contribuiu para recuperar o prestgio e o respeito a que faz jus o Hospital Universitrio Antnio Pedro.

Prof. Haberlandh Sodr Lima Diretor Mdico do HUAP

Desde novembro de 2006, tenho o privilgio de exercer a funo de Diretor Mdico do HUAP, logo no incio percebi a magnitude dos desafios e responsabilidades que se apresentavam. Um dos principais desafios est em capacitar o HUAP para responder de forma eficiente e com qualidade a exigncia do binmio assistncia/ensino e, alm disso, relacionar-se com o SUS numa regio carente na oferta de servios de sade. Neste sentido a adequada insero do HUAP no sistema de sade da Regio Metropolitana II e o dilogo permanente entre os pares e diferentes gestores so primordiais para a realizao daqueles objetivos. Priorizamos a relao com o SUS atravs de uma poltica institucional voltada para a reafirmao do papel do hospital de ensino e sua responsabilidade no atendimento a alta e mdia complexidade, na formao/capacitao de recursos humanos e a participao no Sistema de Regulao do Estado/Municpio. No mbito interno buscamos qualificar os cuidados e a assistncia, superando o sofrimento causado pelo desabastecimento e deficincias bsicas, para termos maior segurana e dignidade nos processos de trabalho com nossos pacientes. O futuro se vislumbra promissor para o HUAP atravs da solidificao de algumas aes j efetuadas e pela sua participao efetiva no programa REHUF e o atendimento das metas estratgicas. Sabemos que somente a Direo do HUAP no ser capaz de mudar plenamente o sistema de sade na regio, mas o HUAP buscou ser a liderana em proposies12

consequentes e responsveis para mobilizar a comunidade interna para juntos enfrentarmos a construo de um hospital com padro de excelncia para todos que dele necessitarem.

Enf. Margareth Mara Mattos Pinto Diretora de Enfermagem/HU

Nestes quarenta e dois meses de gesto, desde maro de 2007, frente da Diretoria de Enfermagem e com a cooperao de toda a equipe de trabalho, conseguimos atingir grande parte das metas estabelecidas para o perodo. A Enfermagem uma categoria que entre outras atribuies, caracteriza-se pelo desenvolvimento das aes de sade. E partindo deste princpio que ao assumir a Diretoria de Enfermagem, realizamos um diagnstico qualitativo da assistncia desenvolvida onde foi detectada a necessidade de se direcionar o cuidado de uma forma qualificada e abrangente. Conclumos que havia a necessidade de se instituir programas de treinamento interno, voltado exclusivamente para as prticas assistenciais. Desta forma a Comisso de Educao Permanente do HUAP (coordenada pelo Enf Luiz Henrique Ferreira da Silva), elaborou e colocou em prtica, projetos baseados na demanda proveniente da observao criteriosa dos Gerentes e Coordenadores da Assistncia. Com isso conseguimos resgatar o interesse pelo aprimoramento do trabalho assistencial e da sua qualidade. A educao em sade tem como objetivo a transformao do processo de trabalho e a atualizao tcnica dos profissionais. Isto tem sido conseguido atravs de algumas aes, tais como: 1. Treinamentos em servio de tcnicas especficas e de inovaes tecnolgicas; 2. Sesses de estudo e de tratamentos especficos; 3. Participao em eventos com aquisio e troca de informaes voltadas para o foco da ateno;

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4. Colaborao na elaborao de POPs, (Procedimentos Operacionais Padro) de todas as aes assistenciais da enfermagem. O trabalho contnuo e a cada dia tem se intensificado por conta da demanda interna. Por conta disso o nmero de pessoal treinado vem crescendo satisfatoriamente. Percebendo tambm a necessidade de se desenvolver um tratamento diferenciado para os pacientes portadores de feridas, reativamos a Comisso de Sistematizao no Tratamento de Feridas, existente desde 2002, mas sem atuao efetiva dentro do hospital. Hoje essa Comisso de composio multidisciplinar sob a coordenao da Enfermeira Viviane Pinto Martins, Mestre nesta especialidade, vem atuando na preveno, avaliao e tratamento dos pacientes hospitalizados e ambulatoriais, com o emprego de produtos de qualidade, de indicao especfica para este tratamento que vem sendo adquirida ininterruptamente pelo hospital, reduzindo significativamente os ndices destas leses. Este trabalho, alm dos benefcios sade do cliente, com o investimento na qualidade da assistncia, tem o objetivo tambm de reduzir gastos, pois reduzindo o tempo de permanncia na hospitalizao consequentemente estamos reduzindo o ndice de incidncia de surgimento das complicaes decorrentes da internao prolongada, que frequentemente leva ao uso de teraputica de alto custo. Desenvolvido conjuntamente com a Comisso Permanente de Padronizao de Material Mdico Hospitalar do HUAP, tem produzido resultados bastante satisfatrios. Vale pena destacar ainda, que a atuao da Comisso de Padronizao de Material, vem utilizando critrios ao parecer tcnico, que alm focalizar custo reduzido, tenha como objetivo tambm, a reduo dos ndices de acidentes de trabalho, padronizando materiais com dispositivo de segurana, em cumprimento NR 32 . O HUAP, como centro formador de profissionais, no pode se distanciar das recomendaes legais, e por isso voltamos a nossa ateno na correo de toda e qualquer situao de no conformidade que possa gerar problemas com a Vigilncia14

Sanitria. Nesta linha de ateno, hoje nossa maior preocupao tem sido nas adequaes que esto sendo realizadas na Central de Material e Esterilizao do HUAP, para que os processos de trabalho estejam de acordo com as resolues. Para isso a Direo tem investido na aquisio de equipamentos (autoclaves) com capacidade superior s existentes, que vo solucionar a problemtica vivida h uns meses atrs. Equipamentos especficos que foram adquiridos h aproximadamente seis anos, igualmente imprescindveis para o trabalho da CME e que estavam ainda na embalagem, foram instalados no decurso desta Administrao e sem dvida vo impulsionar os trabalhos no setor, que tem a responsabilidade de validao de todos os processos de desinfeco e esterilizao de artigos, do hospital como um todo. So inmeras as aes de Enfermagem desenvolvidas no HUAP, e apesar das melhorias implementadas para o desenvolvimento da qualidade da assistncia prestada, o nosso maior problema tem sido a gesto de pessoal, que com as sadas por motivos diversos, tem reduzido a fora de trabalho, gerando insatisfao e sobrecarga para os que ficam. Desde 2005, estimamos que aproximadamente 40% da fora de trabalho do HUAP, especificamente na rea da sade (Enfermagem e Medicina) estejam sendo

complementadas pelo pessoal do Processo Seletivo Simplificado. No entanto, o perodo determinado de durao destes contratos produz insegurana, pois a cada concurso anunciado nas esferas municipal, estadual e federal posteriormente segue-se uma sucesso de cancelamento de contrato, fazendo com que o Hospital entre num ciclo vicioso de retrocesso peridico, interrompendo um processo de aperfeioamento contnuo, pois estamos sempre voltando ao ponto de partida ao receber um grupo novo que aps ser treinado deixa a Instituio.

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Apesar de todas as dificuldades, importante destacar a participao ativa de todos os integrantes da equipe de Enfermagem, cada qual atuando na sua funo, fato este responsvel pelo diferencial no tratamento dispensado ao nosso usurio. Com relao estrutura organizacional, encontramos a Diretoria de Enfermagem composta de nove Gerncias de Enfermagem, instituda por adequao realizada na gesto anterior. Com o desenvolvimento dos trabalhos avaliamos que esta estrutura contemplava um aumento de atividades em determinadas gerncias enquanto outras permaneceram favorecidas com uma carga menos pesada de trabalho. Assim, por fora da carncia de pessoal e pela distribuio que no decorrer do tempo mostrou-se desequilibrada, novamente redistribumos as Gerncias. Atualmente estamos atuando com seis gerncias de Enfermagem, onde cada uma responde tcnico-administrativa e assistencialmente por Unidades com atividades finalsticas de cada rea de concentrao. Ressaltamos que cada gesto que nos antecedeu procedeu a estudos, poca, que foram determinantes para as mudanas realizadas. No entanto, a prtica do dia-a-dia desvendou uma realidade que necessitava de alterao. Como em todo processo de trabalho, a gesto atual na fase avaliativa concluiu serem necessrias as mudanas efetuadas. Por entender que todo processo de trabalho passvel de alterao

decorrente da avaliao submetida, que hoje aps 24 meses atuando nesta nova estrutura j detectamos a necessidade de um novo redimensionamento, por conta da expanso proposta pelo Decreto N 7082 de 27 de janeiro de 2010 que institui o Programa Nacional de Reestruturao dos Hospitais Universitrios REHUF, e dispe sobre o financiamento compartilhado dos hospitais universitrios federais entre o MEC e o Ministrio da Sade. A nova proposta est sendo estudada no nvel de direo, para encaminhamento Administrao Superior da UFF. Das metas atingidas, durante o perodo de gesto 2007- 2010, a mais significativa foi a aprovao do Programa de Residncia Multiprofissional em setembro de 2009.16

O Programa iniciou suas atividades em 01 de maro de 2010 e tem proporcionado aquisio de conhecimentos aos residentes atravs da atuao direta no campo de prtica e das aulas tericas do eixo transversal e especfico. O projeto pedaggico foi construdo para que ao final do curso o egresso esteja apto para entrar na competio do mercado de trabalho como profissional qualificado e que atenda a expectativa da regio. A recepo do grupo de dez residentes (04 da Enfermagem; 03 da Nutrio e 03 do servio Social), foi um acontecimento histrico para o Hospital Universitrio Antnio Pedro e para a Universidade Federal Fluminense. A solenidade contou com a presena do Magnfico Reitor Prof. Roberto de Souza Salles, Diretores do HUAP, alm da Coordenadora da COREMU. O HUAP a maior e mais completa unidade de sade da rea Metropolitana II, considerado na hierarquia do SUS como hospital de nvel tercirio e quaternrio, sendo uma unidade de sade no atendimento de alta complexidade. O Decreto n 7082, de 27 de janeiro de 2010, que institui o Programa de Reestruturao dos Hospitais Universitrios Federais - REHUF, diz, no inciso IV do Art. 2: IV - implementar a residncia multiprofissional nas reas estratgicas para o SUS, estimulando o trabalho em equipe multiprofissional e contribuindo para a qualificao dos recursos humanos especializados, de forma a garantir assistncia integral sade; Portanto, vemos com satisfao que a implantao do Programa de Residncia Multiprofissional, no mbito do HUAP, que alm de contemplar as diretrizes estabelecidas no Decreto do REHUF, vem agregar valor ao corpo de profissionais das reas de Enfermagem, Nutrio e Servio Social, responsveis pelo programa. A laborao do manual de protocolos operacionais padro, foi uma das metas proposta por esta Diretoria, ao assumir em maro de 2007. Trabalho de extrema complexidade, pois envolve o grupo que operacionaliza o cuidado, est em fase de concluso, pela Comisso de Educao Permanente do HUAP. No se pode pensar em17

executar um trabalho sem que sua construo esteja fundamentada na prtica desenvolvida. Muitos obstculos foram superados para que se pudesse chegar a esta fase. Mas com perseverana e dedicao conseguiu-se transpor as adversidades encontradas. Hoje estamos concluindo os trabalhos para posteriormente trabalharmos na sua implantao. Para dar visibilidade ampliada ao trabalho, este ser disponibilizado no site do HUAP em breve. Tudo isso no seria possvel, no fossem o empenho e dedicao da Comisso de Educao Permanente, que vem trabalhando com afinco para que a concluso acontea nesta gesto. A carncia de pessoal sempre foi o fator primordial para as questes assistenciais. A ausncia de reposies das aposentadorias, bitos e demais sadas, bem como o longo perodo sem realizao de concurso pblico a principal causa da carncia de pessoal. Desde 2005, a complementao da fora de trabalho tem sido feita com servidores do Processo Seletivo Simplificado, o que no soluciona o problema, uma vez que gradativamente as desistncias ocorrem e o nmero que inicialmente parecia suficiente, torna-se novamente deficitrio. Para a continuidade ininterrupta e a diversidade de aes, de forma a garantir a segurana e a qualidade da assistncia ao cliente, a elaborao do dimensionamento de pessoal a forma adequada de se realizar uma previso de pessoal. Depende de parmetros especficos, sendo competncia do Enfermeiro estabelecer o quadro

quantitativo de profissionais necessrios para o desenvolvimento da assistncia. Calculado com base na Resoluo COFEN n 293/2004, que fixa e estabelece esses parmetros para a composio do quadro de profissionais de Enfermagem nas Unidades Assistenciais das Instituies de Sade, o dimensionamento da Diretoria de Enfermagem do Hospital Universitrio Antnio Pedro foi construdo cuidadosamente pelas Gerncias de

Enfermagem, levando-se em conta as necessidades atuais e futuras.

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O referencial mnimo para o quadro de profissionais de Enfermagem, incluindo todos os elementos que compe a equipe, referido no Art. 2 da Lei n 7.498/86, para as 24 horas de cada Unidade de Internao, considera o SCP (Sistema de Classificao de Pacientes), as horas de assistncia de Enfermagem dispendidas, os turnos e a proporo funcionrio/leito. Para efeito de clculo, foi considerado o tempo dispensado no cuidado, como horas de Enfermagem, por leito, nas 24 horas. A distribuio percentual do total de profissionais de Enfermagem deve observar as seguintes propores e o Sistema de Classificao de Pacientes: 1. Para assistncia mnima e intermediria: de 33 a 37% so Enfermeiros (mnimo de seis) e os demais, Tcnicos e/ou Auxiliares de Enfermagem; 2. Para assistncia semi-intensiva: de 42 a 46% so Enfermeiros e os demais, Tcnicos e Auxiliares de Enfermagem; 3. Para assistncia intensiva: de 52 a 56% so Enfermeiros e os demais, Tcnicos de Enfermagem. A distribuio de profissionais por categoria dever seguir o grupo de pacientes de maior prevalncia, na unidade para a qual esteja sendo feito o clculo. A caracterstica e a especificidade da atividade profissional da Enfermagem, onde na maioria das aes voltadas para o cuidado, so exercidos movimentos de fora, ou de longo tempo em posio ortosttica que frequentemente levam ao desenvolvimento de DORT (Distrbios Osteomusculares relacionados ao Trabalho), elevam gradativamente os ndices de afastamentos por licena mdica e s limitaes de atividades confirmadas por laudos periciais. Para o adequado dimensionamento no podemos desconhecer esta realidade que gradativamente tem aumentado. Finalizando, nosso compromisso, neste momento de transio de Gesto, apresentar resumidamente os trabalhos desenvolvidos neste perodo.

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Procuramos dar continuidade aos que mereceram nossa ateno e iniciamos outros que julgamos ser de importncia para o desenvolvimento profissional, do grupo, e visibilidade institucional. No entanto nada seria feito se no houvesse a contribuio de toda a equipe. Sensibilizar um grupo heterogneo no tarefa das mais fceis, mas esse foi o nosso propsito. Hoje percebemos uma mudana no compromisso profissional. Cada qual realizando uma parcela obtm-se um somatrio positivo. evidente que nada 100%, mas j se percebe um perfil diferente positivamente, daquele do incio da gesto. Vale ressaltar que afortunadamente a Gesto atual, obteve a oportunidade de proporcionar vrias melhorias para o HUAP. Os investimentos em equipamentos, recuperao predial, reestruturao de Unidades, ativao de outras, so algumas das realizaes concludas. Nestes quatro anos de administrao, assistimos uma mudana radical acontecer no nosso hospital, fato que comparativamente poderamos dizer que equivale a duas ou trs administraes. Um ambiente adequadamente estruturado estimulante e proporciona bem estar aos servidores. Temos conscincia de que muito ainda precisa ser feito e por isso que trabalhamos baseado num planejamento, buscando aperfeioar aes que dem visibilidade as melhorias realizadas.

Ningum pode voltar atrs e fazer um novo comeo. Mas qualquer um pode comear agora e fazer um novo fim. Chico Xavier

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Maria Conceio Lima de Andrade Diretora Administrativa Participar da gesto 2008/2010 do Hospital Universitrio Antnio Pedro configurouse como uma grande oportunidade de crescimento profissional, permitindo-me conhecer um pouco mais sobre essa unidade que para tantos profissionais da Universidade se apresenta como desafiante e assustadora. Reconhecer o HUAP como uma unidade especial formadora de recursos humanos para a rede de sade, atuando no sistema de sade de forma resolutiva nos nveis mais elevados de procedimentos, garantindo tratamentos de ponta e oferecendo as melhores prticas assistenciais, aumenta em muito nossa responsabilidade para com a sociedade. Dessa forma foi difcil entender o motivo de tanto tempo sem investimento em todos os nveis (infraestrura, material, recursos humanos) imputado ao HUAP e demais Hospitais Universitrios. Sendo assim no podemos deixar de reconhecer a enorme transformao que o HUAP vem passando nos ltimos anos, tendo a atual administrao concentrado seus esforos na melhoria da qualidade dos ambientes de trabalho e na recuperao de toda a sua infraestrura, indo do subsolo aos telhados. O resultado positivo s foi obtido com a unio de esforos e o trabalho de todos da equipe que compartilham de um nico propsito: fazer com que o HUAP reencontre o seu caminho aos patamares de hospital de excelncia. Nesse ponto, tambm foi importante contar com a compreenso dos servidores para realizar as reformas necessrias com o hospital em funcionamento, embora com algum descontentamento inicial em relao ao desconforto causado, mas, com o passar do tempo vem se transformando em credibilidade no desempenho dos gestores. Importante seria ressaltar as mudanas no menos significativas que vem ocorrendo na maneira de gerenciar o hospital com a implantao de um novo conceito de gesto de controle que quase sempre no so bem entendidas, gerando inclusive alguns conflitos,21

mas que so de extrema importncia para o bom funcionamento da Unidade.

Nesse

campo algumas aes de vital importncia ainda se fazem necessrias para humanizar o atendimento e dar maior segurana aos funcionrios. Fatores externos tambm vieram ao encontro da mudana de paradigma no modelo de administrar, sendo o marco de extrema importncia, iniciado em 2008, a retomada pelo MEC da gesto dos HUs com incio de um levantamento situacional e financeiro para a realizao de um diagnstico visando a implantao de um processo de reestruturao e de um novo modelo de gesto que se encontra em andamento. Esse trabalho resultou na publicao em abril de 2008 da Portaria n 04 da Secretaria de Planejamento e Oramento que alterou a execuo oramentria e patrimonial dos HUs vinculados ao MEC, ou seja, essa Portaria promoveu a separao oramentria dos hospitais Universitrios em relao s universidades. Com essa determinao, alm de autonomia para gerir seus recursos, liberdade e mais facilidade para suprir suas carncias materiais os Hospitais passaram a contar com maior transparncia execuo oramentria, financeira e patrimonial da Instituio. Nesse contexto de mudanas, o HUAP que j funcionava h aproximadamente duas dcadas como Unidade Gestora Executora, realizando suas prprias compras, licitaes, execuo oramentria e financeira, e pagamento de fornecedores, teve como novo desafio: a implementao da Unidade Pagadora (UPAG) de Pessoal e e da Unidade Oramentria (UOR). Na rea de insumos e servios, negociar e pagar todas as dvidas acumuladas desde 2004 foi essencial para recuperar a credibilidade dos fornecedores. Com isso, conseguimos a regularidade no abastecimento dos nossos estoques, permitindo a disponibilidade de materiais e medicamentos para as atividades de Assistncia, viabilizando a melhoria de nossas aes.

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As compras efetuadas pelo HUAP, durante os anos de 2008 a 2010 foram reconhecidas pelos excelentes preos alcanados, pois diversos rgos solicitaram adeso aos nossos registros de preos por reconhecerem a vantagem de aderir aos mesmos, ao invs de promover a prpria licitao. Registramos que em 2009, aproveitando a grande experincia de nossa equipe de licitaes, realizamos as compras de medicamentos e materiais hospitalares do HUAP e do Hospital Universitrio Clementino Fraga Filho da UFRJ o que possibilitou aumento na quantidade licitada e consequente reduo nos preos ofertados. A elaborao de Projetos para a recuperao do parque tecnolgico foi importante na captao de recursos extras para aquisio de novos equipamentos para dar suporte ao funcionamento de nossos servios. Considero que o momento atual extremamente favorvel para traarmos metas de grandes e importantes realizaes para acontecer num futuro prximo em nosso hospital, mas urge que tenhamos a imediata recomposio do quadro de pessoal levando-se em considerao as novas atividades administrativas e a implantao de um modelo de gesto mais participativo e inovador.

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03) HISTRIA DO HUAP

Na dcada de 40, o ento Prefeito Brando Jnior deu incio construo do Hospital Municipal Antonio Pedro (HMAP), uma vez que o Municpio de Niteri apenas contava com 120 leitos do Hospital So Joo Batista, 40 leitos da Maternidade do Barreto e um Servio de Emergncia precrio no Centro da Cidade. Apesar de a previso do trmino da construo do HMAP ser de quatro anos, a obra foi interrompida inmeras vezes por falta de oramento, tendo sido finalmente inaugurado em 15 de janeiro de 1951, com 350 leitos, durante os governos do General Edmundo de Macedo Soares, Governador do Estado e do Prefeito Jos Incio da Rocha Werneck. Desativados os antigos estabelecimentos hospitalares de sade, o HMAP prestou relevantes servios populao com padro tcnico e administrativo de excelente qualidade. A princpio atuava com autonomia administrativa, mas diante da

inconformidade dos governantes do Estado e do Municpio sub-sequentes com a no ingerncia direta na administrao, foi revogada a lei que criara a autonomia administrativa e restabelecido o regime tradicional de administrao direta pela Prefeitura. Aps trs anos da sua abertura, com a falta de recursos da Prefeitura e com a omisso do Estado, o HMAP foi fechado, mantendo um precrio servio de atendimento de urgncia. O lastimvel incndio do Gran Circus Norte Americano, com suas centenas de vtimas, a interveno do Governo Federal e a inadimplncia da instituio acabaram por levar a Prefeitura Municipal de Niteri, sob o governo do Prefeito Sylvio de Lemos Picano, a adotar a soluo de doar o Hospital Universidade Federal Fluminense (UFF), poca denominada Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UFERJ),

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representada pelo Magnfico Reitor Prof. Dioclcio Dantas de Arajo, em 25 de janeiro de 1972, passando o hospital a chamar-se Hospital Universitrio Antonio Pedro (HUAP). Atualmente o Hospital Universitrio Antonio Pedro uma unidade acadmica especial vinculada Universidade Federal Fluminense e se encontra inserido na rede regionalizada e hierarquizada de aes e servios de sade da Regio Metropolitana II, composta pelos municpios de Niteri, So Gonalo, Maric, Itabora, Tangu, Rio Bonito e Silva Jardim, atendendo uma populao de aproximadamente dois milhes de habitantes, onde destina 100% dos seus leitos ao Sistema nico de Sade. Desta forma, o HUAP referncia para a realizao de procedimentos de mdia e alta complexidade, alm de estar presente na formao, treinamento e qualificao de alunos de graduao e ps-graduao de diversos cursos desta Universidade e, portanto, envolvido no desenvolvimento de pesquisas, extenso, ensino e servios de relevncia acadmica e social.

04) MISSO

A atual Direo do Hospital Universitrio Antonio Pedro iniciou sua gesto em 23 de novembro de 2006 e tem por misso gerar, transformar e difundir o conhecimento, prestando servios de sade com excelncia, de forma digna, crtica e hierarquizada.

05) OBJETIVOS

Ser reconhecido como um centro de excelncia, por sua capacidade tcnica, seu valor humano e sua gesto administrativa transparente e criteriosa; assim como formar profissionais de valor, capacitando e treinando seu pessoal tcnico e gerindo recursos de forma eficiente e eficaz. Alm disso, desenvolver o ensino, a pesquisa e a extenso dentro dos conceitos da Universidade Federal Fluminense (UFF).25

06) CARACTERSTICAS DO HUAP

Hospital Universitrio Pblico Federal

Contratualizao de atendimento 100% SUS.

Mantenedora: Universidade Federal Fluminense (Autarquia/MEC).

Perfil de Atendimento: assistncia em mdia e alta complexidade.

Referncia do SUS para o atendimento de Alta Complexidade da regio Metropolitana II, que compreende os municpios de Niteri, So Gonalo, Marica, Itabora, Tangu, Rio Bonito e Silva Jardim, abrangendo aproximadamente dois milhes de habitantes. Campus Universitrio.

Atendimento Ambulatorial Especializado.

Atendimento de Urgncia e Emergncia.

Atendimento de Internao Hospitalar priorizando a mdia e alta complexidade.

Ensino: Graduao, Ps Graduao e Residncia Mdica e Multiprofissional

Pesquisa

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07) HUAP EM NMEROS

7.1) Capacidade Instalada

Leitos de Internao

Unidades de InternaoClnica Cirrgica Clnica Mdica Clnica Peditrica Unidade de Tratamento Intensivo (Adultos) Emergncia Obstetrcia Servio de Infectologia com leitos de isolamento Unidade Coronariana Unidade Intermediria de Cardiologia (Adulto) Unidade Intermediria Neonatal Unidade de Tratamento Intensivo Neonatal Berrio do Alojamento Conjunto Hospital Dia TOTAL

N de Leitos 91 60 17 16 26 23 11 07 03 08 07 06 12 287

Centros Cirrgicos: - Geral: 3 andar com 10 salas de cirurgia - Especializado: 5 andar com 04 salas de cirurgia - Da Mulher: 8 andar com 02 salas de cirurgia e 01 sala de parto

Ambulatrios: 62 consultrios

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7.2) Estrutura de Pessoal Categoria FuncionalServidores Federais (RJU) Terceirizados (Limpeza e Vigilncia) Contratados (IPPES) Contratados temporrios (Processo Seletivo Simplificado) TOTAL

N de funcionrios1.532 143 240 342 2.257

7.3) Produo Assistencial: 7.3.1) Procedimentos Ambulatoriais 7.3.1.1) Em Mdia e Alta Complexidade referentes ao ano de 2007:Procedimentos Assistenciais de Mdia Complexidade Proced.Espec.Profis.Mdicos,Out.NvelSup./Md Cirurgias Ambulatoriais Especializadas Procedimentos Traumato-Ortopdicos Aes Especializadas Em Odontologia Patologia Clnica Anatomopatologia e Citopatologia Radiodiagnstico Exames Ultra-Sonogrficos Diagnose Fisioterapia (Por Sesso) Terapias Especializadas (Por Terapia) Subtotal Procedimentos Assistenciais de Alta Complexidade Hemodinmica Terapia Renal Substitutiva Quimioterapia Radiologia Intervencionista Tomografia Computadorizada Hemoterapia Acompanhamento de Pacientes Subtotal TOTAL Quantidade Apresentada 363.079 7.209 781 963 475.312 22.725 35.942 16.748 44.749 8.999 4.464 960.971 Quantidade Apresentada 205 4.396 5.747 361 3.411 21.717 2.092 37.929 1.065.394Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 18/10/2010) Obs: A partir de 2008 o DATASUS mudou a forma de organizao da tabela usada desde ento impossibilitando maiores comparaes com os procedimentos de anos anteriores.

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7.3.1.2) Em Mdia Complexidade no perodo 2008 a agosto 2010:Quantidade Apresentada 2008 Aes coletivas/individuais em sade Coleta de material Diagnstico em laboratrio clnico Diagnstico por anatomia patolgica e citopatologia Diagnstico por radiologia Diagnstico por ultra-sonografia Diagnstico por endoscopia Mtodos diagnsticos em especialidades Diagnstico e procedimentos especiais em hemoterapia Consultas / Atendimentos / Acompanhamentos Fisioterapia Tratamentos clnicos (outras especialidades) Hemoterapia Tratamentos odontolgicos Terapias especializadas Pequenas cirurgias e cirurgias de pele, tecido subcutneo e mucosa Cirurgia das vias areas superiores, da cabea e do pescoo Cirurgia do aparelho da viso Cirurgia do aparelho circulatrio Cirurgia do aparelho digestivo, orgos anexos e parede abdominal Cirurgia do sistema osteomuscular Cirurgia do aparelho geniturinrio Cirurgia de mama Cirurgia torcica Cirurgia reparadora Cirurgia oro-facial Outras cirurgias Coleta e exames para doao de orgos, tecidos e clulas e de transplante Acompanhamento e intercorrncias no pr e pstransplante TOTAL 0 1.804 451.625 15.436 25.027 11.311 3.875 28.599 22.782 355.483 725 2.307 12.931 451 24 2.975 880 686 123 188 209 56 13 137 82 81 6 0 0 977.816 2009 2.286 1.272 419.787 18.730 20.835 12.152 3.501 27.997 33.794 305.096 5.079 1.979 14.566 378 15 4.878 599 461 29 174 173 16 5 64 60 56 7 6 105 874.100 08/2010 1.618 555 242.777 10.770 10.452 7.201 1.855 20.466 21.250 170.093 5.873 1.259 10.107 303 1 1.765 99 360 14 70 112 11 5 15 42 22 0 0 327 507.422

Subgrupo de Procedimentos

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 18/10/2010

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7.3.1.3) Em Alta Complexidade no perodo 2008 a agosto 2010:

Subgrupo de Procedimentos Coleta de material (Biopsia percutnea orientada por US, TC ou RNM) Diagnstico por ultra-sonografia (Ecocardiograma Transesofgico) Diagnstico por tomografia (todos os segmentos) Diagnstico por radiologia intervencionista (Arteriografias, aortografias) Mtodos diagnsticos em especialidades (cateterismo cardaco) Diagnstico e procedimentos especiais em hemoterapia Tratamento em oncologia (Quimioterapia) Tratamento em nefrologia (Terapia Renal Substitutiva) Hemoterapia Cirurgia do aparelho da viso Cirurgia em nefrologia TOTAL

Quantidade Apresentada 2008 271 0 3.331 53 297 6.372 5.346 2.902 1.127 303 147 20.149 2009 350 9 3.000 119 588 0 7.295 1.649 1.161 219 89 14.479 08/2010 347 21 2.077 50 283 0 5.810 1.253 580 115 73 10.609

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 18/10/2010

7.3.2) PROCEDIMENTOS HOSPITALARES

7.3.2.1) Internaes nas grandes especialidades e por complexidade da ateno:

7.3.2.1.1) Internaes de mdia e alta complexidade do ano de 2007:

Especialidades Clnica Cirrgica Obstetrcia (Maternidade de Alto Risco) Clnica Mdica Pediatria TOTAL

Quantidade Apresentada 4.047 1.035 4.000 1.213 10.295

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 18/10/2010)

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7.3.2.1.2.)Internaes de mdia complexidade no perodo 2008 a agosto de 2010:

Especialidades Clnica Cirrgica Obstetrcia (Maternidade de Alto Risco) Clnica Mdica Pediatria TOTAL

Quantidade Apresentada 2008 2.446 707 2.989 830 6.972 2009 2.119 446 2.249 553 5.447 08/2010 1.240 306 1.258 391 3.195

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 14/10/2010)

Observao 1: A partir do 2 Semestre de 2009 foram realizadas obras nas enfermarias do Servio de Infectologia (antigo DIP), Centro Cirrgico do 5 andar, Maternidade e Centro Obsttrico, UTI Neonatal e Unidade Intermediria Neonatal, Servio de Hematologia e Clnica Cirrgica Mista de Ortopedia e Urologia, Pediatria, Unidade Coronariana, Clnicas Cirrgicas e Mdicas e, tambm no Servio de Ambulatrios e no UNACON. Encontra-se em curso obras no Servio de Emergncia e Centro Cirrgico do 3 andar. Observao 2: Em 2008, ocorreu a unificao das Tabelas SIA (procedimentos ambulatoriais) e SIH (internaes) em uma nova Tabela que apresentava tambm um forma de organizao completamente diferente da anterior, o que ocasionou inmeros problemas rea de faturamento do HUAP

7.3.2.1.3) Internaes de alta complexidade no perodo 2008 a agosto de 2010:

Especialidades Clnica Cirrgica Clnica Mdica Pediatria TOTAL

Quantidade Apresentada 2008 462 78 2 542 2009 588 72 8 668 08/2010 431 36 3 470

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 14/10/2010)

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7.3.2.2) Internaes por grupos e subgrupos da Tabelas SUS por complexidade da ateno:

7.3.2.2.1) Em Mdia ComplexidadeSubgrupos de procedimentos Procedimentos com finalidade diagnstica Procedimentos clnicos Procedimentos cirrgicos TOTAL Quant. Apresentada 2008 7 4.307 2.658 6.972 2009 15 3.161 2.271 5.447 08/2010 16 1.917 1.262 3.195

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 14/10/2010)

7.3.2.2.2) Em alta complexidadeSubgrupos de procedimentos Procedimentos com finalidade diagnstica Procedimentos clnicos Procedimentos cirrgicos Transplante de rgos, tecidos e clulas TOTAL Quant. Apresentada 2008 17 79 436 10 542 2009 38 72 515 43 668 08/2010 6 39 410 15 470

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 14/10/2010)

7.3.2.3)Internaes Cirrgicas de Alta Complexidade por Especialidades:Especialidade Neurocirurgia Cirurgia Oftalmolgica Cirurgia Cardaca Cirurgia Vascular Cirurgia Ortopdica Cirurgia Plstica Cirurgia Oncolgica Transplantes Outras cirurgias TOTAL Quant. Apresentada 2008 40 39 47 17 43 10 237 11 3 447 2009 34 30 123 29 41 1 250 51 7 566 08/2010 5 17 151 24 22 11 175 24 16 445

Fonte: DATASUS (http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?sih/cnv/sxrj.def em 18/10/2010)

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08) AES DESENVOLVIDAS NA GESTO 2006-2010:

A gesto atual trabalhou durante estes quatro anos para corrigir uma srie de problemas que fazia parte da realidade do Hospital Universitrio Antnio Pedro. Em 2006, as dvidas do HUAP estavam na casa dos oito milhes de reais e, hoje, encontram-se sanadas. O equilbrio financeiro foi alcanado devido a uma srie de aes integradas, dentre elas a negociao com os fornecedores, a melhoria do planejamento oramentrio e financeiro e maior eficincia na gesto dos recursos repassados pelo SUS, atualmente em torno de 2 milhes/ms. Em 2008 houve uma renegociao na repactuao do Plano Operativo Anual, acordado entre o HUAP, o Gestor Municipal e o Ministrio da Sade, o que gerou um aumento no oramento fixo deste Hospital, antes em torno de R$1.525.000/ms, para o valor atual de R$ 1.826.000/ms. Outro fator importante foi o aumento da captao de recursos por meio da atuao do Reitor da Universidade Federal Fluminense, Prof. Roberto de Souza Salles, junto ao MEC e demais rgos de fomento, propiciando a revitalizao predial do HUAP. Devido ao restabelecimento do equilbrio financeiro, outra grave situao pde ser solucionada: o desabastecimento de insumos hospitalares, farmacuticos e alimentcios. Com as contas equilibradas e pagamentos aos fornecedores em dia, o HUAP obteve credibilidade junto ao mercado fornecedor, aumentou seu poder de negociao e a concorrncia entre as empresas. A adoo de medidas para a renovao e manuteno do parque tecnolgico proporcionou ao HUAP desde o diagnstico at o tratamento de doenas da rea de alta complexidade. A Direo entendeu de ter a iniciativa do retorno aps 16 anos de interrupo as atividades de cirurgia cardaca, como parte da poltica do HUAP da implantao das reas no atendimento alta complexidade

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8.1) Emergncia Regulada e Referenciada

A partir de 2008 o Hospital Universitrio Antonio Pedro (HUAP) passou a funcionar com uma Unidade de Emergncia Regulada e Referenciada conforme pactuado na contratualizao com o SUS, estabelecendo mudanas fsicas, funcionais e no perfil dos pacientes atendidos no setor. Alm disso, tal mudana props uma rotina de comunicao com as Secretarias de Sade dos Municpios da Regio Metropolitana II, e outras unidades de sade, com o Corpo de Bombeiros (GSE) e o SAMU, alm do prprio ambulatrio do HUAP. A Emergncia Regulada e Referenciada atende os casos caracterizados como graves e de alta complexidade em diversas reas. Os pacientes devem ser encaminhados por uma unidade de atendimento por meio da Central de Regulao da Metropolitana II e aps contato com o Ncleo Interno de Regulao do HUAP (NIR). O HUAP um hospital de ensino Federal, vinculado UFF, de nvel tercirio e quaternrio, que tem sua misso voltada a procedimentos de alta complexidade e de aes estratgicas. Desde a dcada de 50, quando o Hospital Municipal Antonio Pedro foi aberto, at os dias de hoje, houve uma aumento populacional considervel nos municpios pertencentes a Regio Metropolitana II. Tal demanda causou um impacto importante neste Hospital, haja vista que no houve por parte dos gestores municipais, nem pelos gestores estaduais, uma ampliao da rede de sade que pudesse, junto com o HUAP, absorver esse maior contingente populacional. Para demonstrar tais fatos aqui relatados, foi realizado por esta Direo, um levantamento demogrfico e populacional, com dados retirados do Data SUS e do IBGE, conforme os itens que se seguem abaixo.

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8.1.1) Evoluo Demogrfica dos Municpios da Regio Metropolitana II

A densidade populacional dos Municpios da Regio Metropolitana II cresceu vertiginosamente nas ltimas cinco dcadas, o que trouxe um grande impacto para o Sistema de Sade Pblica na Regio Metropolitana II e em especial ao HUAP, uma vez que as mudanas demogrficas so determinantes sociais da sade, conforme se pode extrair dos grficos abaixo.

Densidade Demogrfica dos Municpios da Regio Metropolitana II em Hab/Km2

Hab/Km2 4000 3500 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 Niteri So Gonalo MunicpiosFonte: IBGE, Data SUS e Governo do Estado do RJ

1950 2000 2009

Hab/Km2

600 500 400 300 200 100 0 Itabora Maric Tangu MunicpiosFonte: IBGE, Data SUS e Governo do Estado do RJ

1950 2000 2009

Rio Bonito

Silva Jardim

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Densidade Demogrfica dos Municpios da Regio Metropolitana II em nmero populacional

1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 Niteri SG 1950 2000 2009

Fonte: IBGE, Data SUS e Governo do Estado do RJ

250.000 200.000 150.000 100.000 50.000 0 Itabora Maric Tangu RB SJ

1950 2000 2009

Fonte: IBGE, Data SUS e Governo do Estado do RJ

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Crescimento populacional em porcentagem nos ltimos 59 anos (1950 2009)

1200 1000 800 600 400 200 0 Niteri SG Itabora Maric Tangu RB SJ

Fonte: IBGE, Data SUS e Governo do Estado do RJ

8.1.2) Atendimento aos Pacientes oriundos do SAMU e do GSE

Alm dos habitantes da Regio Metropolitana II, o HUAP atende por meio de seu Servio de Emergncia referenciado s solicitaes oriundas do Corpo de Bombeiros (GSE), do SAMU e s solicitaes das Unidades de Sade dos diferentes Municpios da Regio Metropolitana II, que em ltima instncia funcionam tambm como reguladores. Servio do SUS, o SAMU atende pelo telefone 192, nas 24 horas do dia, urgncias de natureza traumtica, clnica, cirrgica, peditrica, neonatal e gestacionais acionando com equipes especialmente treinadas. Na central de regulao do Municpio, mdicos, com base em protocolos, avaliam cada caso e esclarecem ao usurio a melhor conduta, enviam unidades de suporte bsico ou avanado, acionam bombeiros e a defesa civil, ou ainda a emergncia do hospital de referncia. Em ltima instncia, o GSE e o SAMU so entidades reguladoras e referenciadoras para os hospitais da rede, inclusive para o HUAP. O SAMU tambm um deflagrador de mudanas nos pronto-socorros e emergncias, impactando o funcionamento dos hospitais. Em ndices nacionais, no ano de

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2003, o ndice de cobertura do SAMU era de 10 milhes de habitantes, j no ano de 2006, aumentou para 84 milhes de habitantes, conforme demonstra o grfico abaixo.

Populao em milhes atendida pelo SAMU

90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 2003 2004Fonte: SAMU

2005

2006

8.1.3) Demanda oriunda da Ponte Rio-Niteri O fluxo de veculos na Ponte Rio-Niteri, porta de acesso ao Municpio de Niteri, onde est localizado o HUAP, aumentou 260% nos ltimos 35 anos, conforme grfico abaixo, o que pode corresponder a uma maior demanda de atendimentos de emergncia, uma vez que o ndice de acidente tambm aumentou neste perodo. Fluxo de veculos na Ponte Rio-NiteriVeculos/Dia 140.000 120.000 100.000 80.000 60.000 40.000 20.000 0 1974 2009

Fonte: Ponte S/A

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8.2) Reformas, ampliaes e adequaes

Durante esses quatro anos, o Hospital Universitrio Antnio Pedro passou por uma srie de reformas, ampliaes e adequaes s normas da Vigilncia Sanitria, como sero descritas abaixo.

8.2.1) Subsolo

Em 2006, o subsolo encontrava-se totalmente ocupado por lama, materiais inservveis de toda ordem e alagamentos por reteno de guas pluviais e de esgoto. Foram retiradas, na poca, aproximadamente 17 toneladas de entulhos e materiais inservveis. O subsolo tambm apresentava rede eltrica em perigo de curto-circuito devido proximidade com as guas e tambm o comprometimento estrutural de pilares e lajes. No setor, houve a necessidade de refazer as drenagens de esgoto e de guas pluviais. Para isso, foram feitas obras no entorno do Hospital nas redes de esgoto e de guas (guas de Niteri e Prefeitura de Niteri). A rea foi reformada e adequada com novas redes eltrica, hidrulica, recuperao estrutural em alguns pontos, construo de dois banheiros feminino e masculino, pintura em geral, instalao de trs bombas de recalque. Neste total de 890 m2 de rea reformada, parte ser ocupada pelo Servio de Anatomia Patolgica.

ANTES

40

DEPOIS

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8.2.2) Fachada

As

fachadas

do

Hospital

Universitrio

Antnio

Pedro

(HUAP)

estavam

comprometidas. Por isso, foram trocadas as esquadrias de madeira para as de alumnio e colocados parapeitos de mrmore, alm de ser recompostos a alvenaria, os emboos e pinturas das fachadas. A fachada principal do Hospital, localizada na Avenida Marqus de Paran, ganhou nova pintura, com cores adequadas poca (anos 50). Tambm foi recuperada e pintada a escultura em cimento artstico, smbolo do HUAP, que a releitura da imagem do Cristo Redentor, trabalho do artista plstico H. Cozzo.

ANTES

DEPOIS

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ANTES

DEPOIS

ANTES

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DEPOIS

8.2.3) Servio de Infectologia

O Servio de Infectologia, antigo DIP, foi totalmente reformado e adequado s normas da Vigilncia Sanitria com novas instalaes eltrica, hidrulica, de gases, comunicao visual, nova climatizao, alm de novo mobilirio e iluminao. Alm da reforma, o setor recebeu novos equipamentos e rouparia. A reforma, realizada em etapas, foi iniciada na rea administrativa e se estendeu at as enfermarias e s dependncias para residentes. Criou-se uma sala para leito-dia, destinada queles pacientes que necessitam de medicao e acompanhamento por algumas horas, mas sem precisarem de internao. ANTES

44

DEPOIS

ANTES

DEPOIS

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8.2.4) Centro Cirrgico do 5 andar

Outro setor do Hospital que passou por reforma, ampliao e adequao s normas da Vigilncia Sanitria foi o Centro Cirrgico do 5 andar. O projeto trouxe benfeitorias como o melhor aproveitamento do espao fsico, permitindo a criao de novas dependncias e controle do fluxo de entrada dos pacientes e dos profissionais de sade, inclusive banheiros e vestirios masculinos e femininos. Novas reas foram criadas, como uma sala para guarda de materiais esterilizados, outra para exames e um depsito de material de limpeza (DML). Alm disso, foi criada uma copa, uma sala de expurgo e outra sala para o preparo de material cirrgico para esterilizao, tudo construdo no espao da antiga sala de audiometria. As salas de cirurgia, em nmero de 04, ganharam novo piso, instalaes eltricas com aterramento, pintura e novos aparelhos de ar condicionado. Novos equipamentos tambm foram comprados. Foi instalado no corredor principal equipamento para monitorao de fluxo de gases com nova rede de gases. O posto de enfermagem tambm ganhou mais espao. Foram instalados novos armrios e luminrias. Com essas mudanas e adequaes, a capacidade de atendimento do setor melhorou, repercutindo positivamente no nmero de cirurgias/ms.

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8.2.5) Ambulatrio de Ginecologia

O ambulatrio de Ginecologia e Obstetrcia foi totalmente reformado e ampliado, hoje composto por 08 consultrios de atendimento, 01 banheiro, 01copa, sala de material e 01 sala de microscopia. Com novo projeto arquitetnico, eltrico, hidrulico e de climatizao, foi adequado s normas da Vigilncia Sanitria e recebeu novos mobilirios e equipamentos de ltima gerao para atendimento e diagnstico, como mesas ginecolgicas eltricas e um equipamento de vdeo colposcopia. O Hospital Universitrio Antonio Pedro (HUAP) oferece s servidoras da Universidade Federal Fluminense (UFF) horrio de atendimento exclusivo, todas as quintas-feiras tarde.

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8.2.6) Banco de Sangue

Desde o ano de 2003, o setor de coleta de sangue do HUAP encontrava-se desativado. Aps adequaes no referido setor, em 13/11/2007, este foi reaberto recebendo a populao em demanda espontnea para coleta de sangue como intuito de abastecer o Banco de Sangue do HUAP. Atualmente, cerca de 30 pessoas comparecem diariamente para doao, recebendo aps a coleta um lanche especialmente preparado pelo Servio de Nutrio do HUAP. O Banco de Sangue em conjunto com a Associao dos Colaboradores do Hospital Universitrio Antonio Pedro (ACHUAP), periodicamente organiza campanhas de doao de sangue, principalmente nos perodos que antecedem grandes feriados, uma vez que o nmero de acidentes aumenta nestes perodos gerando uma necessidade de maiores estoques no Banco de Sangue.

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8.2.7) Banco de Leite

Em 2007, foi realizado concerto no teto da sala de recepo, pois o mesmo no possibilitava acesso ao aparelho de ar condicionado, foi providenciado forro de gesso para toda a sala de recepo e um alapo para melhor manuteno do aparelho de ar condicionado. Ainda em 2007, foi realizada pintura em todo o banco de leite. Em 2009, foram instalados armrios de alumnio para melhor armazenamento dos utenslios utilizados neste Setor. Em maio de 2010, foi realizado concerto na infiltrao que estava ocorrendo no teto da sala de recepo com posterior pintura de toda a sala de recepo, agora em timo estado para o atendimento.

8.2.8) Unidade de Alta Complexidade em Oncologia

A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia do Hospital Universitrio Antnio Pedro tambm foi beneficiada com as reformas e ampliaes feitas no HUAP. A Unidade funciona em uma rea de 222 metros quadrados e a nica referncia para esse tipo de tratamento na regio Metropolitana II, formada pelos municpios de Niteri, So Gonalo, Itabora, Maric, Rio Bonito, Tangu e Silva Jardim.

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O projeto da reforma comeou a ser desenvolvido em 1999, mas s foi iniciado em 2008. Neste perodo, vrias alteraes foram feitas para atender s demandas da Unidade. Hoje, no setor, h trs consultrios, sendo dois para a Oncologia Clnica e um para Hematologia. Com a obra, foram construdos uma copa, uma sala para expurgo, o depsito de material de limpeza, rea para atendimento de assistncia social e banheiros masculino e feminino para pacientes e um exclusivo para funcionrios. O setor ainda conta com um salo para pulsoterapia, para realizar tratamento com imunossupressores em pacientes da neurologia, nefrologia e reumatologia. A Unidade de Alta Complexidade em Oncologia faz uma mdia de 120 atendimentos dirios. O Ncleo de Atendimento Oncolgico, por meio de um programa de residncia multiprofissional, oferece acompanhamentos nas reas de nutrio, servio social e enfermagem, garantindo um atendimento mais amplo.

8.2.9) Emergncia

A Emergncia do Hospital Universitrio Antnio Pedro (HUAP) tambm est com novas instalaes. A reforma permitiu que o nmero de leitos passasse de 20 para 25. A reforma trouxe tambm o alojamento dos mdicos e da enfermagem para o mesmo piso da Emergncia e o melhor aproveitamento do espao possibilitou a criao de uma Sala de Reanimao, uma Unidade de Pacientes Graves, uma Unidade Intermediria (antiga enfermaria), sala e quarto da enfermagem, Pediatria e Servio Social, dentre outras reas. Esse projeto de reforma e adequao incluiu: nova arquitetura, rede eltrica, hidrulica, instalao de uma nova rede de gases, pintura e revestimento de piso e teto, a compra de

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novo mobilirio, 11 monitores cardacos, leitos e equipamentos de reanimao cardiopulmonar e outras aquisies. ANTES

DURANTE A OBRA

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8.2.10) Refeitrio e Setor de Produo do Servio de Nutrio O refeitrio e o setor de Produo do Servio de Nutrio do Hospital Universitrio Antnio Pedro tambm esto sendo remodelados e ampliados para atender as normas da Vigilncia Sanitria. ANTES

EM REFORMA

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8.2.11) Centro de Material e Esterilizao

O Centro de Material e Esterilizao tambm est sendo ampliado e adequado s normas da ANVISA.

8.2.12) Farmcia

A Farmcia do Hospital em face da complexidade do projeto e da sua execuo a obra est em andamento.

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8.2.13) Maternidade e Centro Obsttrico

A Maternidade e Centro Obsttrico foram reformados. Foi construda a enfermaria para alojamento conjunto e o mobilirio restaurado. Foram reformadas as 02 salas de cirurgia com readequao da rede de gases, melhoria de climatizao e pintura.

Maternidade

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Centro Obsttrico

8.2.14) UTI Neonatal e Unidade Intermediria

A UTI Neonatal e Unidade Intermediaria foram reformadas e readequadas de acordo com as normas da Vigilncia Sanitria.

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8.2.15) Enfermarias

Enfermarias do 4 andar

A enfermaria do 4 andar encontra-se dividida nas alas de hematologia e clnica cirrgica mista de ortopedia e urologia, foi totalmente reformada com obras de marcenaria, pintura, iluminao, ventilao, climatizao, novas instalaes eltrica, hidrulica e de rede de gases. Os postos de enfermagem e os alojamentos dos enfermeiros tambm foram reformados.

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Enfermarias do 5 andar

A enfermaria de pediatria do 5 andar recebeu a instalao de nova climatizao, alm da reforma dos banheiros e do posto da enfermaria, bem como pintura em geral. Na enfermaria da ORL/OFT do 5 andar foram feitas novas instalaes de ventiladores, reforma no posto de enfermagem e nos banheiros feminino e masculino. A reforma trouxe para a enfermaria da cirurgia peditrica do 5 andar um novo layout com obras de marcenaria, pintura, iluminao, ventilao, climatizao, novas instalaes eltrica, hidrulica e de rede de gases. Passaram por reformas, alm das enfermarias: a sala de nutrio do andar, o quarto de descanso dos mdicos e o corredor externo.

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Enfermaria do 6 andar

A enfermaria do 6 andar divida em duas alas: a ala direita da clnica cirrgica masculina e a ala esquerda da clnica mdica masculina, todas reformadas com novo layout, obras de marcenaria, pintura, iluminao, ventilao, climatizao, novas instalaes eltrica, hidrulica e de rede de gases. Na enfermaria de Clnica Mdica houve reforma nos corredores internos e externos das enfermarias, nos banheiros, no quarto de repouso da enfermagem, no posto de enfermagem, na sala de curativos, na copa e na sala do servio de nutrio do andar. Na enfermaria de Clnica Cirrgica foram reformados os banheiros, o quarto de repouso da enfermagem, o posto de enfermagem, a sala de curativos e o corredor externo.

Enfermaria do 7 andar

A enfermaria do 7 andar divida em duas alas: a ala direita da clnica cirrgica feminina e a ala esquerda da clnica mdica feminina, todas reformadas com novo layout, obras de marcenaria, pintura, iluminao, ventilao, climatizao, novas instalaes eltrica, hidrulica e de rede de gases. Foram reformados tambm os banheiros, a varanda, o posto de enfermagem, o quarto de descanso da enfermagem e a copa da nutrio.

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8.2.16) Hall dos Elevadores

As reas do Hall dos Elevadores do 8 andar ao trreo foram pintadas (tetos e paredes).

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8.2.17) Elevadores do HUAP

Encontra-se em andamento o Projeto de Reforma e Modernizao de todos os 09 elevadores do HUAP. At o momento, j foram reformados e modernizados 03 elevadores: do Servio de Emergncia, do Prdio Anexo e do Hall dos Elevadores do Prdio Principal. Ainda no Hall dos Elevadores foi instalado um novo elevador que d acesso ao subsolo do HUAP. O projeto de reforma dos outro 05 elevadores encontra-se em fase de licitao. Quanto aos 02 elevadores monta-cargas, foram feitas substituio de peas e manuteno.

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8.2.18) Sala de Digitalizao

Construo de sala para digitalizao no HUAP. Esta obra foi realizada na rea do Servio de Documentao Mdica e tem como caracterstica ser uma sala segura com grades e portas de ferro com fechadura especial de acesso, alm da instalao de split para climatizao.

8.2.19) Servio de Documentao Mdica

A modernizao da infraestrura tambm chegou ao Servio de Documentao Mdica. O Hospital Universitrio Antnio Pedro adquiriu 2100 metros de arquivos deslizantes e tambm, a instalao nova de refrigerao e adequao de ambientes, alm da implantao de projeto de Digitalizao de Pronturios Mdicos.

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8.2.20) Rampa de Acessibilidade e Coberturas

Visando melhorar a acessibilidade no Hospital Universitrio Antnio Pedro, foi construda uma rampa na entrada do prdio Anexo, com cobertura de poliuretano e estrutura de alumnio com pintura eletrosttica branca. No corredor que liga o ptio do prdio Anexo ao hall dos elevadores do trreo do prdio principal, foi erguida uma cobertura de poliuretano, com estrutura em alumnio com pintura eletrosttica branca. Tambm foi construda uma cobertura metlica de aproximadamente 320 metros quadrados, para a guarda de veculos e descarga de material.

8.2.21) Abrigo Externo de Resduos Hospitalares Foi construdo o Abrigo Externo de Resduos Hospitalar.

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8.2.22) Ambulatrio Geral

Foram reformados 62 consultrios incluindo pintura em geral (paredes e tetos), troca ou conserto de portas e nova climatizao com a instalao de splits e instalao de um quadro eltrico de distribuio no bloco ambulatorial.

8.2.23) Telhados dos Prdios do HUAP A reforma dos telhados de todas as reas do HUAP encontra-se em fase de apresentao de projetos para posterior licitao.

8.2.24) Sala do Tomgrafo

A sala para instalao do novo tomgrafo foi totalmente reformada e adequada no que se refere a iluminao, climatizao, pintura, blindagem de chumbo nas paredes que impedem a propagao pela radiao, alm da instalao de divisrias.

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8.3) Criao de Novos Setores e reas

8.3.1) Ncleo Interno de Regulao (NIR)

Na gesto 2006-2010 foi criado o Ncleo Interno de Regulao (NIR) que, ampliado, substituiu o antigo setor de internao e alta. O NIR deve, dentre outras finalidades, regular e movimentar os leitos e os exames externos, como tomografias, endoscopias digestivas altas e baixas e endoscopia respiratria.

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8.3.2) Comisso de Informatizao do HUAP

Constituio da Comisso de Informatizao para levantamento dos problemas prejudiciais ao processo de informatizao do HUAP. Elaborao de Projeto de implantao do Sistema de Gesto de Informaes Informatizado em conjunto com o NIR Ncleo Interno de Regulao

8.3.3) Engenharia Clnica

Tambm foi criado o setor de Engenharia Clnica prprio do Hospital, o trabalho era anteriormente entregue a uma firma terceirizada, acarretando despesas exageradas e falta de envolvimento e controle dos funcionrios do setor com o Hospital.

Mapeamento de Circuitos

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8.3.4) Servio de Manuteno Predial

No Hospital Universitrio Antonio Pedro tambm foi criado o Servio de Manuteno Predial, prpria do Hospital, formada por diferentes equipes: oficina de serralheria, oficina de refrigerao, oficina de marcenaria, bombeiros hidrulicos, eletricistas, pedreiros, pintores e auxiliares. O servio de Manuteno predial tambm era realizado por uma empresa terceirizada.

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8.4) Levantamento mtrico das reas externas e internas do Complexo do Hospital Universitrio Antnio Pedro UFF

Considerando a necessidade de material que auxilie como base confivel na redefinio e redesenho de espaos, a Direo Geral deste Hospital tomou a iniciativa de solicitar ao Ncleo de Projetos e Obras do HUAP o levantamento mtrico da superfcie das reas externas e internas do Complexo do Hospital Universitrio Antnio Pedro. O levantamento mtrico compreendeu a determinao geomtrica de todas as edificaes, tanto interna quanto de seu permetro envoltrio, dos ptios e reas externas, por meio de suas dimenses, e seu registro grfico em plantas baixas plotadas e disponibilizadas em arquivo digital. Atravs do levantamento realizado obteve-se registro de todas as dimenses, de maneira a permitir a compreenso e situao integral das edificaes no conjunto e em sua atual configurao. O levantamento teve como objetivo elencar todas as reas de piso e de esquadrias com fechamento em vidro, alcanando resultados que apoiam os servios dependentes das informaes obtidas com o produto final do levantamento, e vem contribuindo como instrumento na identificao de questes que envolvem fluxos, distribuio dos espaos, layout funcional, como base para desenvolvimento de propostas e solues para os problemas detectados. Entre os objetivos imediatos do levantamento mtrico est o de fornecer subsdios, segundo critrios preestabelecidos, para verificao, autorizao e contratao de servio de limpeza para toda a rea do Hospital Universitrio Antnio Pedro.

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8.5) Aquisio de Materiais

Durante a gesto 2006-2010 foram comprados diversos equipamentos que contribuem para o melhor funcionamento do Hospital e atendimento dos pacientes. No perodo 2007-2009, foram adquiridos hardwares e softwares (computadores e

impressoras). Tambm foi ampliada a rede de computadores em diversos setores do HUAP como a UNACON, a Radiologia, o Ambulatrio de Ginecologia e laboratrios.

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Lista de equipamentos adquiridos durante a gesto 2006-2010: Agitador magntico Aparelho de anestesia Aparelho de litotripsia Aparelho de raio X Aparelho de ultrassom Aparelho ureteroscpico semirigido Aparelhos de ar condicionado Arco em C Arquivos deslizantes Aspirador de suco Autoclave industrial Biomicroscpio com lmpada de fenda Bisturi Eltrico Bisturi Eletrnico Bomba de contrapulsao Bomba infusora Broncofibroscpio Caixa de instrumental para Neurocirurgia Caixa de instrumental para ORL Cardioscpio Cardiotocgrafo Cardioversor Carro de Anestesia Carro de emergncia Carro de transporte de medicamentos Central Processadora Centrfuga Colposcpio Conjunto de pistolas para limpeza de material Conjunto para esternotomia Detector fetal Desfibrilador para carro de emergncia 02 01 01 06 10 10 01 04 04 04 01 05 12 02 04 01 03 01 01 85 01 2100 m 01 02 01 06 02 01 20 01

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Lista de equipamentos adquiridos durante a gesto 2006-2010: Ecocardigrafo Eletrocardigrafo Eletroneuroestimulador Eletroneuromiografo Endocspio rgido Equipamento para endoscopia urolgica e litotripsia Equipamento para histeroscopia Equipamento para Teste de Emisso Otoacstica Tipo ABR Equipamento para Teste Otoneurolgico Estabilizadores Foco cirrgico Impressoras (laser e jato de tinta) Impressoras de Cdigo de Barras Impressoras matriciais Lavadora ultrassnica Macas para transporte Manequim para obstetrcia Manequim para Liga de Trauma Material para videolaparoscopia Mesa cirrgica Computadores Microscpio binocular oftalmologia Microscpio biolgico Microscpio para Oftalmologia Microscpio para ORL Monitor de Bloqueio Neuromuscular Monitor Multiparamtrico Monitores de LCD Monitores para transporte Nasofibrolaeingoscpio Netbook 01 03 06 01 08 01 01 01 01 23 05 52 05 29 01 04 01 01 01 02 365 01 02 01 01 05 12 64 03 02 08

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Lista de equipamentos adquiridos durante a gesto 2006-2010: Nobreak Pach Penel Pinas e tesouras para caixas cirrgicas Pistola de biopsia de prstata Raios X mvel Respiradores Respiradores para transporte Scanners Switch Tomografia digital 64 canais Unidade Digital de Disco Veculos Ventilador artificial eletrnico Ventilador microprocessado Videocolonoscpio Videogastroscpio 01 02 11 03 27 16 01 01 03 02 06 01 02 37 06

Foram instaladas Redes sem fio em todo Hospital Universitrio Antnio Pedro. A gesto 2006-2010 tambm participou da Comisso de Digitalizao do Arquivo Mdico do HUAP e de diversos Congressos como Redes de Computadores e Sociedade Brasileira de Informtica em Sade. Durante a gesto tambm foi realizado um levantamento da infraestrutura necessria para a implantao do sistema AGHU-MEC (Aplicativos de Gesto dos Hospitais Universitrios). Tal sistema permitir a implantao do Pronturio Eletrnico no Hospital Universitrio Antnio Pedro. Foi iniciado os trabalhos para a implantao da Central de Marcao de Exames (CME). Atualmente, j esto sendo marcadas no Ambulatrio as solicitaes de exames direcionados ao Laboratrio de Patologia Clnica.

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8.6) Atividades de Comunicao e Informatizao:

No intuito de aprimorar os processos de comunicao e de Tecnologia da Informao do Hospital Universitrio Antonio Pedro (HUAP) foram tomadas uma srie de medidas, dentre elas a estruturao da equipe de Tecnologia da Informao da Assessoria de Informtica do HUAP. Foram contratados tcnicos plantonistas para atuar aos finais de semana e secretria. A Assessoria de Informtica, por meio do desenvolvimento de sistemas desenvolveu o servio de INTRANET, atualizao do SISINFO, a criao do SISOESSOAL, do Servio de Pessoal, atualizao do SISEMERG, da Chefia de Emergncia e outros. Tudo revertido para atender comunidade assistida pelo Hospital. Atualizao do SISMICROB, do servio de Farmcia e a criao do SISONCO, da UNACON e a criao dos estoques satlites para a Farmcia de Programas. Em parceria com o Ncleo de Comunicao Social da Universidade Federal Fluminense (UFF), a Assessoria de Informtica ativou o site do HUAP (www.huap.uff.br), alimentado com notcias do prprio Hospital. Alm disso, foi criado o papel de Parede Corporativo para todos os computadores do HUAP, onde so publicadas notcias e comunicaes da Direo do HUAP aos funcionrios, professores e colaboradores.

Alm disso, foi concluda a primeira fase de implantao do Sistema MV 2000 nos Servios de Emergncia, NIR, Faturamento, Laboratrio de Patologia Clnica e Centro Cirrgico.73

8.7) Projetos:

8.7.1) Telemedicina

O Projeto de Telemedicina foi elaborado, aprovado e executado durante a atual gesto, por meio da criao da Unidade do Hospital Universitrio Antonio Pedro. Tal projeto importante, pois a utilizao de aplicaes sofisticadas tem sido cada vez mais frequente e justifica o grande crescimento na demanda por capacidade de transmisso de dados. Alm dos benefcios resultantes do intercmbio de conhecimentos mdicos especializados, vdeo e web conferncias, cursos de capacitao e formao continuada, discusso entre equipes mdicas, teleconsultas e telediagnsticos, o projeto de Telemedicina prev a melhoria no atendimento das populaes das regies mais carentes e sem atendimento especializado.

8.7.2) Radiologia Digital

A elaborao e aquisio do projeto de Radiologia Digital tambm foram realizadas durante a gesto 2006-2010.

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8.7.3 ) HUAP mais seguro

O projeto HUAP mais seguro foi elaborado e executado em sua totalidade nesta gesto. Foram instaladas 30 cmeras para melhorar o sistema de segurana do Hospital Universitrio Antonio Pedro.

8.7.4) Digitalizao

O projeto de Digitalizao dos arquivos do Hospital Universitrio Antonio Pedro, executado na atual gesto, est em sua fase final.

8.7.5) Projeto Rdio HUAP e TV HUAP

A Assessoria de Informtica foi responsvel pela elaborao e execuo do Projeto Rdio HUAP, com a instalao de caixas de som em todos os setores do Hospital e sistemas de amplificadores localizados na Emergncia. J o Projeto TV HUAP prev a instalao de 10 televisores no Ambulatrio para a exibio de vdeos educativos e75

campanhas do Ministrio da Sade, como Dengue, Tuberculose, H1N1, Vacinaes etc, para esclarecimento da populao.

8.7.6) Residncia Mdica

Em maio de 2007, a Coordenao Geral do Programa Geral de Residncia Mdica foi reestruturada pela nova Diretoria do HUAP. Naquela ocasio, estavam autorizados pela Comisso Nacional de Residncia Mdica CNRM/SESu/MEC, um total de 28 (vinte e oito) programas, sendo que, com exceo de um, estavam todos com o seus prazos de credenciamento vencidos desde setembro de 2006.

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Desta forma, a Coordenao Geral ingressou com solicitao na Comisso Estadual de Residncia Mdica CEREMERJ, para visitaes aos PRMs do HUAP, as quais foram realizadas no decorrer de 2007, sendo todos os PRMs credenciados, com o acrscimo de mais um Programa, j credenciado em 2007. No transcurso de 2008, 2009 e 2010, a COREME/HUAP/UFF periodicamente protocolou na CEREMERJ diversas solicitaes de funcionamento de novos PRM, criao de novos Anos Adicionais e reas de Atuao, como pode ser visualizado no quadro abaixo, sendo todos os nossos pleitos atendidos. Tal atuao redundou em uma progresso dos ndices de referncia, no que diz respeito ao nmero de PRM, Ingressantes, Concluintes e MRs em Atividade, conforme ilustrado no quadro abaixo. Neste perodo foi implantado o SGRM Sistema de Gerenciamento da Residncia Mdica, consistindo em um programa informatizado que permite uma administrao do Programa Geral do HUAP, com emisso de Relatrios de Avaliao peridicos, Boletins de Frequncia, Cadastro de Fichas Funcionais dos MRs e armazenamento dos dados recolhidos. Foram ainda procedidas reformas em vrios ambientes de repouso de Mdicos Residentes, por setores, com a aquisio de equipamentos para estas salas, tais como computadores, armrios, negatoscpios, televisores, frigobares e fornos de microondas, s expensas do numerrio arrecadado com as inscries dos Concursos de Seleo. Ainda, a COREME promoveu eleies para compor a AMERHUAP Associao de Mdicos Residentes do HUAP, as quais no vinham sendo realizadas desde 2005. Os eleitos vm participando ativamente das reunies da COREME. Foi editada no Portal HUAP uma pgina correspondente s atividades da Residncia Mdica, com informaes gerais e de interesse dos MRs, setor este que vem

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tendo um acesso regular e muito significativo, inclusive por pblico externo, dada a diversidade e qualidade das informaes a contidas. A atuao da COREME/HUAP/UFF junto CEREMERJ tem sido bastante reconhecida pelos nossos pares e, com muita frequncia, representantes dos PRMs do HUAP vm sendo convocados para compor Comisses Visitadoras a diversas instituies do Estado que promovem Programas de Residncia Mdica, numa demonstrao de inequvoca confiana ao HUAP. As perspectivas de crescimento da Residncia Mdica podero ser verificadas no quadro em anexo.

% Previso 2007 2008 2009 2010 Aumento 2011 2007/2010 PROGRAMAS MDICOS 24,20% RESIDENTES INGRESSANTES CONCLUINTES 132 61 43 142 67 49 149 71 62 164 75 64 22,95% 48,80% 93 89 201 28 29 32 35 25,00% 38

% Aumento 2010/2011 10,85%

12,25%

12,40% 13,90%

A perspectiva para o Programa Geral de Residncia Mdica encontra-se com a composio descrita a seguir, aguardando o credenciamento para 2011 pela Comisso Nacional de novas reas j solicitadas, visitadas e com parecer favorvel da Comisso Estadual (estas ltimas em negrito).

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PROGRAMA GERAL DE RESIDNCIA MDICA / HUAP Previso de MRs PROGRAMAS por PRM (2011) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 Administrao em Sade - 3 ano opcional Anestesiologia Cardiologia Cirurgia Geral Cirurgia Plstica Cirurgia Torcica Cirurgia Vascular Clnica Medica Dermatologia 2 12 3 6 3 2 2 12 13 2 4 1 6 4 1 5 2 2 2 3 8

10 Ecocardiografia - 3 ano opcional 11 Endocrinologia 12 Endoscopia Respiratria - 3 ano opcional 13 Gastroenterologia 14 Geriatria 15 Hematologia e Hemoterapia 16 Infectologia 17 Mastologia 18 Medicina de Familia e Comunidade 19 Medicina Intensiva 20 Medicina Preventiva e Social 21 Nefrologia

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PROGRAMA GERAL DE RESIDNCIA MDICA / HUAP Previso de MRs PROGRAMAS por PRM (2011) 22 Neonatologia - 3 ano opcional 23 Neurocirurgia 24 Neurofisiologia Clnica - 3 ano opcional 25 Neurologia 26 Neurologia Peditrica 27 Obstetrcia e Ginecologia 28 Oftalmologia 29 Ortopedia e Traumatologia 30 Otorrinolaringologia 31 Patologia 32 Patologia Clnica/Medicina Laboratorial 33 Pediatria 34 Pneumologia 35 Pneumologia Peditrica - 3 ano opcional 36 Psiquiatria 37 Psiquiatria Infncia e Adolescncia - Ano Adicional 38 Radiologia e Diagnostico por Imagem 39 Urologia TOTAL 3 5 1 15 4 9 11 5 5 7 2 14 2 2 5 2 9 5 201

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8.7.7) Residncia Multiprofissional

A partir do incentivo da Coordenao de Residncias em Sade do MEC, em agosto de 2009, foi encaminhado o Projeto da Residncia Multiprofissonal em Sade do HUAP. Estabelecida a parceria com o Gestor local do SUS, foi acordada a formao de profissionais nas reas de Atendimento Oncolgico, Atendimento ao Idoso e Atendimentos de Alta Complexidade, correspondentes s profisses de Enfermeiro, Assistente Social e Nutricionista. Em outubro de 2009 o projeto do HUAP foi aprovado pelo MEC e concedidas inicialmente 10 (dez) vagas, as quais, aps Concurso de Seleo, foram preenchidas, encontrando-se o programa com o curso de dez Residentes de primeiro ano (R1). A estrutura do programa prev um eixo transversal comum para todos os residentes, com contedo das polticas do SUS. Correspondente cada rea de Atuao (Atendimento Oncolgico, Atendimento ao Idoso e Atendimentos de Alta Complexidade) os residentes de cada uma das profisses envolvidas se inteiram das atividades referentes quelas reas de Atuao. Ainda, faz parte da formao, contedos referentes a cada uma das profisses integrantes das reas de Atuao. As atividades ocorrem dentro dos setores do HUAP e na Rede SUS local. O Programa tem a durao de dois anos e com dotao de bolsa equivalente ao valor daquela concedida ao Mdico Residente.

8.7.8) Implementao de Eficincia Energtica nos Sistemas de Iluminao e Climatizao do HUAP

Preocupada com o gasto de energia dispendida no hospital, a Direo do HUAP aps reunies e negociaes com a Ampla, conseguiu a implementao do Projeto de Eficincia Energtica nos Sistemas de Iluminao e Climatizao no HUAP, sem nenhum nus, atravs de instalaes de equipamentos mais eficientes energeticamente. Desta forma, esto sendo substitudos 1.045 luminrias no eficientes para luminrias reflexivas e com mais eficincia energtica em 261 ambientes, e instalao de 197 aparelhos compactos de ar condicionado com melhor eficincia energtica em 186 ambientes, o que resultar numa reduo de demanda de 158 kW e uma economia de 312 MWh/ano.

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09) PAPEL SOCIAL DO HOSPITAL

O Hospital Universitrio Antnio Pedro tem conscincia da importncia social que desempenha. Alm de um atendimento gratuito e de qualidade populao, o HUAP preocupa-se com a forma como este atendimento ser realizado. Por este motivo, O Hospital conta com projetos voltados para a Humanizao do HUAP e com o auxlio da Associao dos Colaboradores do Hospital Universitrio Antnio Pedro (ACHUAP) que atua de forma marcante no dia a dia do HUAP.

9.1) Projeto de Humanizao do HUAP

O interesse por Humanizao vai ao encontro da proposta do Ministrio da Sade que implementa a Poltica Nacional de Humanizao de valorizao dos diferentes sujeitos implicados no processo de produo de sade. Estes valores so traduzidos pela autonomia e o protagonismo dos sujeitos, a corresponsabilidade entre eles, o estabelecimento de vnculos solidrios, a participao coletiva no processo de gesto e a indissociabilidade entre ateno e gesto. O Projeto de Humanizao do HUAP tem como objetivos principais priorizar o atendimento com qualidade e participao integrada dos gestores, trabalhadores e usurios conforme preconiza o SUS. O HUAP deve definir um modelo de gesto institucional voltado para a busca da qualidade assistencial, atravs de uma metodologia pautada nas aes de humanizao. Os objetivos especficos deste projeto passam pela reorganizao do servio de sade a partir da problematizao dos processos de trabalho, de modo a possibilitar a interveno de toda a equipe multiprofissional encarregada das escutas e resoluo dos problemas do usurio, a propositura de mudanas estruturais na forma de gesto do servio de sade, ampliando os espaos democrticos de discusso/deciso, de escuta, trocas e decises coletivas; incentivo a uma postura de escuta e compromisso em dar respostas s necessidades de sade trazidas pelo usurio; bem como a construo coletiva de propostas com a equipe local e com a rede de servios e gerncias centrais e distritais. A metodologia empregada para atingir esses objetivos a realizao de reunies semanais do Grupo de Trabalho de Humanizao (GTH) objetivando a implementao das82

aes de humanizao no hospital com fins de melhoria da qualidade assistencial de seus usurios. O Programa de Humanizao conta com oito projetos que atendem os usurios do Hospital Universitrio Antnio Pedro (HUAP), so eles: Projeto Semeando Vida,Clnica da Alegria, Projeto Luz, Pastoral da Sade, Projeto Acolher, Criarte, Boa Leitura e projeto Capelania.

9.2) Associao dos Colaboradores do Hospital Universitrio Antnio Pedro (Achuap)

A Associao dos Colaboradores do Hospital Universitrio Antnio Pedro (ACHUAP) foi fundada pelo Dr. Mrio Monteiro Filho em 1951, com o objetivo de trabalhar em prol do paciente internado. Trabalhando com voluntrios, a ACHUAP passou por dificuldades organizacionais e esteve inoperante durante alguns anos, tendo sido reativada na dcada de 90, por um grupo de empresrios de Niteri, tendo frente, Lus Paulino Moreira Leite. Desde 2007, a ACHUAP tem como presidente a advogada Rita Rivello e o Coronel de Exrcito Ivany Henrique da Silva na Vice-presidncia, ambos voluntrios, bem como diretores que se dedicam entidade e vivenciam dificuldades dirias dos diversos setores do Hospital. A misso da ACHUAP atender o paciente internado e colaborar com o modelo de gesto implementado pela Diretoria do HUAP. Assim sendo, a ACHUAP colabora facilitando o atendimento e busca sensibilizar pessoas para que doem sangue ao Banco de Sangue do HUAP, HEMONIT, e leite humano ao Banco de Leite do Hospital. Dotada de um Quadro de Colaboradores composto por cerca de quatrocentas pessoas doando quantias diversas a partir de quinze reais, a ACHUAP realiza eventos beneficentes e aplica os recursos obtidos na aquisio de bens necessrios ao Hospital e tambm, suprir despesas com exames laboratoriais, imprescindveis para o diagnstico e tratamento de pacientes menos favorecidos. A Associao fornece ainda medicamentos que no so de uso contnuo no Hospital, necessrios a pacientes e setores, bem como para a continuidade do tratamento, aps a alta do paciente. Nos ltimos anos, a ACHUAP ampliou sua participao interna e externamente. Internamente, a ACHUAP contribuiu para a preservao do meio-ambiente, resgatando do lixo parte do mobilirio descartado pelos setores, restaurando-o e valorizando o antigo,83

mais resistente, porm deteriorado pelo tempo e pelo uso contnuo. Assim, a ACHUAP apontou para a necessidade de o Hospital ter, dentre seus funcionrios, um estofador e um laqueador, o que possibilitou a restaurao dos estofados e a pintura de todo o mobilirio do Hospital, bem como a forrao de biombos em material lavvel, resgatando parte do material descartado por falta de manuteno. A ACHUAP tem, dentre suas atribuies, o dever de buscar o apoio da comunidade para diversos Programas e Servios do HUAP. Hoje esto presentes no HUAP, Clubes de Servios como Rotary e Lions, associaes de classes, como UNIMED, OAB, ADEMI, LOJISTAS e organizaes No-Governamentais e Governamentais, sendo a ACHAP parceira da Justia Federal para o recebimento de Prestadores Apenados pelo Programa de Penas Alternativas para a prestao de servio ou de pena pecuniria. Buscando minimizar o sofrimento e a dor de pacientes, a ACHUAP colocou um piano no hall do Hospital, disposio de mdicos, professores e alunos, funcionrios, haja vista que a msica, quando no sara, alivia. A ACHUAP trabalha indiretamente para o paciente, quando busca a melhoria da qualidade de vida do servidor, valorizando seus dons, abrindo espaos para apresentaes pblicas de funcionrios artistas- cantores e msicos. Visando suprir necessidade comum a muitos pacientes, a ACHUAP criou um Banco de Emprstimos de cadeiras de rodas, cadeiras de banho, bengalas e outros, recebendo doae