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COMPLEXO HIDRELÉTRICO CUPARI BRAÇO LESTE RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA PÁG. 1 Relatório de IMPACTO AMBIENTAL Janeiro de 2016 COMPLEXO HIDRELÉTRICO CUPARI BRAÇO LESTE E LINHAS DE TRANSMISSÃO ASSOCIADAS CIENGE

Relatório de IMPACTO AMBIENTAL - SEMAS | Secretaria de ... · APRESENTAÇÃO ... 47 39. Vai aumentar ... Projetos Sustentáveis e Mercado do Carbono (UFPR), Mestrando em Ecologia

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COMPLEXO HIDRELÉTRICO CUPARI BRAÇO LESTE RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL - RIMA PÁG. 1

Relatório de

IMPACTO AMBIENTAL Janeiro de 2016

COMPLEXO HIDRELÉTRICO CUPARI BRAÇO LESTE

E LINHAS DE TRANSMISSÃO ASSOCIADAS

CIENGE

 

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SUMÁRIO

EQUIPE TÉCNICA ........................................................................................................................... 5 

APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 7 

INTRODUÇÃO ............................................................................................................................... 8 

1.  Como a energia elétrica é gerada no Brasil? ............................................................................... 8 

Nestes empreendimentos, é a força das águas dos rios que se transforma na energia elétrica que chega

até a sua casa. Estas UHE’s ou PCH’s são construídas nos rios e formadas por reservatório, barragem,

casa de força, vertedouro, subestação e linhas de transmissão. Para a geração e transmissão de energia

elétrica, o Brasil conta com o Sistema Interligado Nacional (SIN), uma espécie de “rodovia elétrica” que

distribui a energia por todo o País. .................................................................................................. 8 

2.  Para que serve um Complexo Hidrelétrico? ................................................................................ 8 

3.  Como funciona uma PCH? ........................................................................................................ 8 

4.  Qual a diferença entre usina Hidrelétrica (UHE) e Pequena Central Hidrelétrica (PCH)? ................ 9 

5.  O que é impacto ambiental? O que é EIA – Estudo de Impacto Ambietnal e RIMA – Relatório de

Impacto Ambiental? ....................................................................................................................... 9 

6.  Quem fez o EIA e o RIMA? ...................................................................................................... 10 

O EMPREENDIMENTO .................................................................................................................. 10 

7.  O que é o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste? ............................................................... 10 

8.  O que representa a energia gerada pelo Complexo Hidrelétrico Braço Leste? .............................. 11 

9.  Onde será instalado o empreendimento? ................................................................................. 11 

10.  Quem é o responsável por este empreendimento? ................................................................. 12 

11.  Por que a CIENGE pretende implantar este empreendimento em Rurópolis, no estado do Pará? 13 

12.  O Estudo de Impacto Ambiental – EIA considerou alternativas para a implantação do Complexo

Hidrelétrico Cupari Braço Leste? .................................................................................................... 13 

13.  Como será o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste? ....................................................... 14 

CONHECENDO A REGIÃO ............................................................................................................. 14 

 

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14.  Como os estudos foram realizados na região? ....................................................................... 14 

15.  Qual área poderá ser afetada pelo Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste? ....................... 15 

16.  Como é o relevo no local onde está prevista a implantação do Complexo Hidrelétrico Cupari

Braço Leste? ................................................................................................................................. 18 

17.  Como é o clima da região? .................................................................................................. 19 

18.  Como está a água dos rios na região onde se pretende instalar o Complexo Hidrelétrico Cupari

Braço Leste? ................................................................................................................................. 19 

19.  Como são os solos na região do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste? ............................ 20 

20.  Os solos no local onde se pretende instalar o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste

apresentam susceptibilidade à erosão? ........................................................................................... 21 

21.  Em que situação se encontra a cobertura vegetal da Área Diretamente Afetada pelo possível

empreendimento? ......................................................................................................................... 21 

22.  Como é a fauna nas áreas de influência do local onde se pretende instalar o Complexo

Hidrelétrico Cupari Braço Leste? .................................................................................................... 22 

23.  Existem unidades de conservação nas proximidades do local onde se pretende instalar o

empreendimento? ......................................................................................................................... 25 

24.  Existe exploração mineral próxima ao local onde se pretende instalar o Complexo Hidrelétrico

Cupari Braço Leste? ...................................................................................................................... 26 

25.  Como é a população que vive na região e sua condição de vida? ............................................ 27 

26.  Como é a economia da região? ............................................................................................ 31 

27.  Qual a opinião da população sobre o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste? ................... 31 

28.  Quais impactos poderão ser gerados com a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço

Leste?  33 

29.  Haverá muita poeira e fumaças durante a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço

Leste?  42 

30.  A construção e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderão resultar em

alterações nas águas do rio Cupari? ............................................................................................... 42 

 

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31.  A construção e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderá aumentar a

quantidade de lixo no município de Rurópolis? ............................................................................... 42 

32.  A construção e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderá aumentar o

barulho na região? ....................................................................................................................... 43 

33.  Qual o risco de acidentes durante o funcionamento do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço

Leste?  44 

34.  Como a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderá afetar a vegetação do

local do empreendimento? ............................................................................................................ 44 

35.  Qual a interferência do empreendimento sobre os animais silvestres? ..................................... 45 

36.  As obras e o funcionamento do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste vão gerar empregos?

  45 

37.  A procura por serviços públicos aumentará em Rurópolis? .................................................... 46 

38.  As obras do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linhas de Transmissão associadas

afetarão os sítios arqueológicos? .................................................................................................... 47 

39.  Vai aumentar o risco de acidentes de trânsito em Rurópolis? ................................................. 47 

40.  A qualidade de vida da população vai melhorar? ................................................................. 48 

41.  Como a população de Rurópolis pode ter acesso aos empregos oferecidos pelo Complexo

Hidrelétrico Cupari Braço Leste? .................................................................................................... 48 

42.  Como serão executadas as medidas para prevenir e atenuar os impactos negativos, ou aumentar

os efeitos dos impactos positivos? ................................................................................................... 48 

43.  Quais as principais conclusões do EIA? ................................................................................. 52 

GLOSSÁRIO ................................................................................................................................. 54 

SIGLAS ........................................................................................................................................ 62 

 

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EQUIPE TÉCNICA

Na tabela a seguir estão relacionados os profissionais que integraram a equipe técnica responsável pela elaboração do presente estudo.

PROFISSIONAL FORMAÇÃO/REGISTRO PROFISSIONAL ATUAÇÃO

COORDENAÇÃO GERAL

Felipe Mourão Lavorato da Rocha Geógrafo – Especialista em Tecnologia Ambiental

(UFMG) e Gerenciamento de Projetos (MBA-FGV) Coordenador Geral

Michael D. C. Goulart Biólogo, Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo

de Vida Silvestre (UFMG); CRBio 037.046/4-D; CTDAM 4079

Coordenadora Técnico

Elton Magno de Freitas Engenheiro Florestal, Mestre em Engenharia Florestal (UFLA); CREA 2010131969; CTDAM 6585 Coordenador de Projetos

Marcelo Penalva Rufino do Nascimento

Engenheiro Agrônomo; CREA 158168/D-RJ; CTDAM 4073 Coordenador Adjunto

MEIO FÍSICO

José Eloi Guimarães Campos Geólogo, Mestre e Doutor em Geologia (UNB),

CREA 7896-D/DF; CTDAM 4193 Coordenador de Meio Físico

LIMNOLOGIA E QUALIDADE DAS ÁGUAS

Michael Dave Cançado Goulart Biólogo, Mestre em Ecologia, Conservação e Manejo

de Vida Silvestre (UFMG), CRBio 37.046/4-D; CTDAM 4079

Coordenador de Limnologia e Qualidade das Águas

Fabiane S. Almeida Bióloga – Doutoranda em Biologia de Água Doce e Pesca Interior; CRBio 73.938/6-D; CTDAM 4051

Análise de amostras, e elaboração de relatórios referentes às

comunidades fitoplanctônicas e zooplanctônicas

Jônatas de Faria Pereira Biólogo; CRBio 62.286/4-D; CTDAM 4024

Coleta de amostras de água e sedimentos; análise de amostras e elaboração de relatório referente à

comunidade zoobentônica MEIO SOCIOECONÔMICO

Alan Francisco de Carvalho

Sociólogo – Especialista em Políticas Públicas (UFG); Especialista em Direito Agrário (UFG); Especialista em Gestão e Planejamento Turístico (ECA - USP /

Faculdade Cambury)

Coordenador do Meio Socioeconômico

Maira Botelho de Carvalho Advogada; OAB/GO 25.241; CTDAM 4540 Apoio de campo e processamento

de dados

MEIO BIÓTICO

Wilian Vaz Silva Biólogo; Mestre em Zoologia (PUC-RS), Doutor em

Ciências Ambientais (UFG), CRBio 34.688/4-D; CTDAM 3123

Coordenador do Meio Biótico

Werther Pereira Ramalho

Biólogo, Especialista em Mudanças Climáticas, Projetos Sustentáveis e Mercado do Carbono (UFPR), Mestrando em Ecologia e Manejo de Recursos Naturais (UFAC), CRBio 76.942/4-D;

CTDAM 3179

Herpetofauna/Ictiofauna

Frank Raynner Vasconcelos Ribeiro Biólogo, Mestre em Zoologia (PUC-RS), Doutor em

Biologia de Água Doce e Pesca Interior (INPA), CRBio 044.629/0-D; CTDAM 4671

Ictiofauna

Tarcilla Valtuille de Castro Guimarães Bióloga, Mestranda em Ciências Florestais (UNB), CRBio 76.237/4-D; CTDAM 3560

Ornitofauna

 

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PROFISSIONAL FORMAÇÃO/REGISTRO PROFISSIONAL ATUAÇÃO

Fabiano Rodrigues de Melo

Biólogo, Mestre em Genética e Melhoramento (UFV), Doutor em Ecologia, Conservação e Manejo

de Vida Silvestre (UFMG), CRbio 16.286/04-D; CTDAM 4722

Mastofauna

Walter Santos Araújo Biólogo, Mestre em Ecologia e Evolução, CRBio

70972/04-D; CTDAM 4991 Entofauna

Marlon Zortéa Biólogo, Mestre em Psicologia (UFES), Doutor em

Ecologia e Recursos Naturais (UFSCAR), CRBio 15.848/4-D; CTDAM 4058

Quiropterofauna

Luciano Emmert Engenheiro Florestal, Mestre em Ciências Florestais

(UnB), CREA 14200-D/DF; CTDAM 2798 Flora

PATRIMONIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E CULTURAL

Wagner Fernando da Veiga e Silva Geografo, Especialista Em Arqueologia (UFPA), RG 2908120 SSP/PA; CTDAM 4688

Coordenador de Patrimônio Arqueológico, Histórico e Cultural

GEOPROCESSAMENTO

Samara Lopes Araújo Engenheira Florestal (UnB); CREA: 21065/D-DF; CTF:

5130716; CTDAM: 5309 Analista de Geoprocessamento

 

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APRESENTAÇÃO

Caro Leitor, Neste Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) você terá acesso às informações coletadas por especialistas de várias áreas do conhecimento, que realizaram estudos ambientais detalhados, conhecido como Estudo de Impacto Ambiental (EIA) com o intuito de definir e apresentar as consequências positivas e negativas da construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linhas de Transmissão Associadas, empreendimento da CIENGE – Engenharia e Comércio Ltda.

O processo de licenciamento ambiental para a instalação e operação deste empreendimento está sendo conduzido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará (SEMAS/PA). Para este licenciamento foram realizados diversos estudos ambientais e campanhas de campo, conforme determinado no Termo de Referência emitido pela SEMAS, a fim de conhecer detalhadamente os aspectos relacionados ao solo, água, clima, fauna, flora e, principalmente, como são as expectativas das pessoas que moram e trabalham na região.

Neste relatório, apresentamos a você as nossas conclusões de forma clara e didática esperando responder algumas das perguntas mais relevantes para o amplo entendimento da população impactada, tais como: O que é esse Complexo Hidrelétrico? Vai ser bom para mim e para a minha cidade? Vai afetar o nosso meio ambiente? O que será feito para evitar que o ar, as águas, o solo, os animais e a população não sejam afetados? Haverá empregos disponíveis para as pessoas que vivem em Rurópolis? E muitos outros questionamentos de grande importância.

Para facilitar a localização e o entendimento dos assuntos de interesse dos leitores, este relatório foi feito em estilo pergunta e resposta. Quem se interessar por um determinado assunto, por exemplo, os animais e plantas da região e quer saber quais os impactos que o empreendimento poderá trazer sobre eles, pode ir direto às questões que tratam do assunto.

E, por fim, encontrará as recomendações para a execução de ações ambientais, relacionando tudo o que deve ser feito para evitar danos e o que deve ser feito para melhorar ainda mais os benefícios decorrentes da construção e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linhas de Transmissão Associadas.

As respostas são apresentadas parara um fácil entendimento a todos os leitores. Há, entretanto, termos técnicos de difícil tradução e siglas que necessitam de explicações mais detalhadas e poderão ser consultados no final do estudo, no Glossário.

Desejamos a todos uma boa leitura e um bom entendimento.

CIENGE – Engenharia e Comércio Ltda.

Ambientare – Soluções em Meio Ambiente

 

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INTRODUÇÃO

1. Como a energia elétrica é gerada no Brasil?

A energia elétrica pode ser gerada através da força dos ventos (energia eólica), força das águas (hidrelétricas), do sol (painéis solares), geradores térmicos/caldeira (termoelétricas) e outras formas. No Brasil, devido ao grande número de rios, a eletricidade é produzida, em sua grande maioria, por usinas hidrelétricas (UHE) ou pequenas centrais hidrelétricas (PCH).

Nestes empreendimentos, é a força das águas dos rios que se transforma na energia elétrica que chega até a sua casa. Estas UHE’s ou PCH’s são construídas nos rios e formadas por reservatório, barragem, casa de força, vertedouro, subestação e linhas de transmissão. Para a geração e transmissão de energia elétrica, o Brasil conta com o Sistema Interligado Nacional (SIN), uma espécie de “rodovia elétrica” que distribui a energia por todo o País.

2. Para que serve um Complexo Hidrelétrico?

Os complexos hidrelétricos são um conjunto de usinas hidrelétricas ou pequenas centrais hidrelétricas planejadas e construídas em uma mesma bacia hidrográfica, juntamente com suas subestações e linhas de transmissão, que vão gerar e distribuir a energia.

Os complexos hidrelétricos servem para melhor aproveitar o potencial energético dos rios, ou seja, servem para gerar a maior quantidade de energia possível, com o menor impacto ambiental.

Eles são formados por um conjunto de usinas hidrelétricas ou pequenas centrais hidrelétricas que são planejadas e construídas em uma mesma bacia hidrográfica, (uma área onde ocorre a drenagem da água das chuvas para um determinado curso de água ) que vai gerar energia.

3. Como funciona uma PCH?

Uma Pequena Central Hidrelétrica, em geral, é formada por um pequeno muro (barragem) que represa a água de um trecho do rio. Esta água represada passa por um duto (sistemas de tubulação), chegando até a casa de força (que contém os geradores de energia), girando uma ou mais turbinas que, por sua vez, movem o gerador que produz energia elétrica. Esta energia gerada segue para uma subestação que fica ao lado da casa de forças. Depois, ela é transportada pelas linhas de transmissão chegando às cidades, abastecendo toda a população.

 

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4. Qual a diferença entre usina Hidrelétrica (UHE) e Pequena Central Hidrelétrica (PCH)?

A diferença entre uma usina hidrelétrica (UHE) e uma Pequena Central Hidrelétrica (PCH) está basicamente em 2 pontos: a potência (capacidade instalada) e a área do reservatório de água.

APROVEITAMENTO HIDRELÉTRICO ÁREA DO

RESERVATÓRIO(km²) POTÊNCIA

INSTALADA(MW)

Usina Hidrelétrica (UHE) Superior a 3,00 >30.00

Pequena Central Hidrelétrica (PCH) Até 3,00 3,00>P> 30,00

Central Geradora Hidrelétrica (CGH) - Até 3,00

Dessa forma, você perceberá com a leitura da tabela anterior, que o Complexo em estudo são considerados PCHs, devido a sua potência e área alagada.

5. O que é impacto ambiental? O que é EIA – Estudo de Impacto Ambietnal e RIMA – Relatório de Impacto Ambiental?

É considerado como impacto ambiental qualquer alteração que aconteça nos solos, águas, ar, clima, plantas, animais e pessoas.

O Estudo de Impacto Ambiental – EIA e Relatório de Impacto Ambiental – RIMA, ou EIA/RIMA, tem o

 

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objetivo de avaliar os impactos ambientais que são causados pela instalação de um empreendimento e estabelecer programas para o monitoramento e mitigação destes impactos. Este conjunto é uma exigência legal feita ao empreendedor para que ele obtenha as licenças concedidas pelo órgão ambiental, no caso, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade – SEMAS / PA.

O EIA é um documento detalhado e apresentado numa linguagem técnica e contém informações sociais, econômicas e ambientais(estudos sobre o ar, água, solo, clima, plantas e animais) da região onde deverá ser implantado o empreendimento (Diagnóstico), juntamente com a previsão dos prováveis impactos ao meio ambiente (Prognóstico), e as medidas para evitar, minimizar ou compensar os impactos negativos, ou aumentar ainda mais os impactos positivos (Planos e Programas Ambientais).

Já este material que você está lendo, o RIMA, traz informações essenciais para que a população tenha conhecimento das vantagens e desvantagens do projeto e as consequências ambientais de sua implantação.

É por meio da análise do EIA/RIMA, que a SEMAS-PA decidirá se o empreendimento é viável sob o ponto de vista ambiental e encontra-se apto para receber a Licença Prévia (LP) e suas condicionantes. Em seguida, a Licença de Instalação (LI) só será emitida após o cumprimento das condições apontadas junto com a LP. Porém, somente com a emissão da LI é que poderão ser iniciadas as obras do Complexo Hidrelétrico. Concluída a obra e atendidas todas as exigências, será emitida a Licença de Operação (LO), que finalmente autoriza o funcionamento do empreendimento.

6. Quem fez o EIA e o RIMA?

 

A AMBIENTARE – Soluções Ambientais Ltda., sediada em Brasília, foi contratada pela CIENGE – Engenharia e Comércio Ltda. para elaborar o Estudo Ambiental do empreendimento.

CNPJ: 08.336.849/0001-42 CTF: 4985049 CTDAM: 2011 Endereço: SCS Quadra 07, Bloco A, nº100, Ed. Torre Pátio Brasil, Sala 1026, Asa Sul - Brasília/DF. CEP: 70307-902  

Telefone: (61) 3322-0886 E-mail: [email protected] Responsável Legal: Felipe Mourão Lavorato da Rocha – Diretor Presidente Responsável Técnico: Felipe Mourão Lavorato da Rocha – Diretor Presidente

O EMPREENDIMENTO

7. O que é o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

O Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste, é um conjunto de empreendimentos (pequenas centrais hidrelétricas, subestações e linhas de transmissão), localizado na cidade de Rurópolis/PA, que produzirá 60,50

 

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Megawatts (MW) de energia elétrica, gerada a partir da força das águas dos rios Cupari Braço Leste

O Complexo tem o mesmo mecanismo de funcionamento de uma hidrelétrica e suas pequenas centrais hidrelétricas: a água será represada por pequenos muros, chamados de barragem, formando pequenos reservatórios. Essa água represada irá passar por uma tubulação até chegar a uma Casa de Forças, onde estão alocados os geradores que irão produzir a energia elétrica.

De maneira geral, o Complexo Hidrelétrico terá as características apresentadas na Tabela abaixo:

Características Gerais do futuro Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste

EMPREENDIMENTO ÁREA DO

RESERVATÓRIO(km²) POTÊNCIA (MW)

Pequena Central Hidrelétrica – PCH Castanheira 3,14 21,00

Pequena Central Hidrelétrica – PCH Carnaúba 3,43 11,00

Pequena Central Hidrelétrica – PCH Água Boa 1,27 8,50

Pequena Central Hidrelétrica – PCH Mangaratiba 3,79 20,00

TOTAL 11,63 60,50

A energia gerada neste Complexo Hidrelétrico fará parte do Sistema Interligado Nacional (SIN) (a “rodovia elétrica”) por meio da Linhas de Transmissão (LT) e subestação (SE) que serão construídas no mesmo município de Rurópolis, tendo uma extensão de aproximadamente 41,5 km.

8. O que representa a energia gerada pelo Complexo Hidrelétrico Braço Leste?

É crescente a necessidade de energia tanto no estado do Pará quanto no Brasil. A construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste trará energia local, regional, estadual e podendo complementar a necessidade de energia de outros estados do país por meio do Sistema Interligado Nacional – SIN

Isso significa que, após construído, o Complexo produzirá energia suficiente para abastecer uma cidade com aproximadamente 62 mil residências, ou, observando que a média de habitantes por residência no Brasil é de 3 pessoas, a energia gerada pelo Complexo pode abastecer uma cidade com cerca de 186 mil habitantes.

9. Onde será instalado o empreendimento?

O Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste será instalado no município de Rurópolis, na Bacia hidrográfica do rio Cupari, que fica na região centro-oeste do estado do Pará e ocupará uma área de drenagem na ordem de 7.212 km², englobando os municípios de Aveiro, Belterra e Rurópolis.

Para se chegar até o empreendimento, alguns acessos já existentes necessitarão de melhorias, além da abertura de outros.

 

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Localização do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste

10. Quem é o responsável por este empreendimento?

A CIENGE – Engenharia e Comércio Ltda. empresa do ramo de engenharia com mais de 30 anos de mercado é

a responsável pelo empreendimento Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste

CNPJ: 00.407.338/0001-62 Endereço: SIA, Trecho 3, Lote 120, Galpão Fundos, Zona Industrial, Brasília/DF, CEP 71.200-030 Telefone: (61) 3234-0303 Representante Legal: Mário Lúcio Souza Bastos

 

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11. Por que a CIENGE pretende implantar este empreendimento em Rurópolis, no estado do Pará?

Ao observar todo o potencial de geração de energia da Bacia hidrográfica do rio Cupari feito por meio de estudos de engenharia e estudos de meio ambiente, a CIENGE avaliou a região de Rurópolis como adequada para a implantação de empreendimentos hidrelétricos, atendendo, dessa forma, às necessidades local e regional de energia e, posteriormente, a crescente demanda de energia do país, elevando assim, a capacidade instalada do Sistema Interligado Nacional – SIN.

Além disso, a construção do complexo irá gerar centenas de empregos diretos e indiretos à população, aumentando a arrecadação e outros benefícios diretos e indiretos ao município.

12. O Estudo de Impacto Ambiental – EIA considerou alternativas para a implantação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

Uma das questões consideradas no início do planejamento de uma hidrelétrica, ou um complexo hidrelétrico é a localização da barragem. Várias possibilidades são estudadas, para que a alternativa mais viável e com o menor impacto ambiental apresentado seja escolhida.

Neste sentido, para a instalação do Complexo Hidrelétrico Cupari, foram estudadas três alternativas baseadas em Estudos de Inventário Hidrelétrico do rio Cupari que considerou os aspectos ambientais (meio ambiente), socioeconômicos (sociedade e economia) e fundiários (terrenos, prédios) a serem impactados pelo projeto.

Com base nesses critérios, você encontra na tabela abaixo as três alternativas avaliadas, com. suas principais informações, incluindo o benefício energético que os empreendimentos trarão, através do Índice Custo-Benefício (ICB), além dos impactos socioambientais positivos e negativos causados pela sua realização:

Alternativa 1

(escolhida) Alternativa 2 Alternativa 3

Nº aproveitamentos 29 29 26

Potência Total 326,15 MW 328,85 MW 327,15 MW

Índice Custo-Benefício (ICB) R$124,86/MW R$128,91/MW R$130,73/MW

Índice de Impacto Socioambiental Negativo 0,77 0,94 0,81

Índice de Impacto Socioambiental Positivo 4,52 4,05 4,10

A Alternativa 1 considerou 29 aproveitamentos no total, que se localizavam no igarapé Santa Cruz (3), Ipixuna (5), Ipiranga (4) e Tinga (4), no rio Cupari Braço Oeste (4) e Leste (9). A Alternativa 2 possuía também com 29 aproveitamentos, identificados no igarapé Santa Cruz (3), Ipixuna (5), Ipiranga (4) e Tinga (3), no rio Cupari (1), Braço Oeste (3) e Leste (10). Por fim, a Alternativa 3 contemplava 26 aproveitamentos, sendo três no igarapé Santa Cruz, quatro no Ipixuna, quatro no Ipiranga e quatro no Tinga, quatro no rio Cupari Braço Oeste (4) e sete no Braço Leste.

 

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A alternativa 1 foi a escolhida por apresentar o menor índice de impacto socioambiental negativo entre as três alternativas estudadas.

É importante dizer que entre as três alternativas existem coincidências de aproveitamentos hidrelétricos e similaridades no potencial total, ICB e impactos socioambientais positivos . Isto acontece porque elas são formadas pelas melhores alterativas de sítios hidrelétricos dentro da bacia do rio Cupari.

13. Como será o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

O Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste será capaz de produzir 60,50 MW, o que correspondem a 605.000 lâmpadas de 100 Watts acesas simultaneamente.

O empreendimento é formado pelas Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCH) Castanheira, Carnaúba, Água Boa e Mangaratiba. Além disso, o Complexo possui um sistema de transmissão de energia elétrica associado, constituído por uma linha com um setor de 69 kV e outro de 230 kV e uma extensão de aproximadamente 41,5 km.

As características gerais dos aproveitamentos podem ser observadas na tabela a seguir:

APROVEITAMENTO ÁREA DO

RESERVATÓRIO(km²) POTÊNCIA

INSTALADA(MW) CORPO D’ÁGUA

PCH Castanheira 3,14 21,00 Rio Cupari Braço Leste

PCH Carnaúba 3,43 11,00 Rio Cupari Braço Leste

PCH Água Boa 1,27 8,50 Rio Cupari Braço Leste

PCH Mangaratiba 3,79 20,00 Rio Cupari Braço Leste

TOTAL 11,63 60,50 -

CONHECENDO A REGIÃO

14. Como os estudos foram realizados na região?

Aqui no Rima, todas as informações coletadas e analisadas são apresentadas levando em consideração os principais temas em cada meio afetado:

Meio Físico:

Fatores Climáticos, Geologia, Exploração Mineral, Relevo, Solos e Riscos Associados, e Hidrografia.

Meio Biótico:

Vegetação, Animais, Unidades de Conservação e Áreas Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade.

Meio Socioeconômico:

Economia; Infraestrutura e Serviços (Educação, Saúde e Segurança Pública); População da Área Diretamente

 

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Afetada (ADA); Uso e Ocupação do Solo; e Patrimônio Histórico, Arqueológico e Cultural.

15. Qual área poderá ser afetada pelo Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

Ao realizar os estudos para a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linhas de Transmissão Associadas é observada não somente o local exato onde será instalado o complexo. O estudo olha mais amplamente para as áreas a serem impactadas, sendo elas:

Área Diretamente Afetada – ADA: é aquela que vai ser ocupada pelas estruturas principais de engenharia e por toda infraestrutura para a instalação do empreendimento, com as barragens, os canteiros de obras, as estradas de acesso, as áreas de formação dos reservatórios, as áreas de preservação permanente e o Trecho de Vazão Reduzida. Igual para os três meios (físico, biótico e socioeconômico). Para a LT é aquela área que engloba sua faixa de servidão e estruturas envolvidas.

 

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Área Diretamente Afetada (ADA) para a PCH Castanheira, PCH Carnaúba, PCH Água Boa, PCH Mangaratiba e Linha de

 

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Transmissão associada.

Área de Influência Direta – AID: é aquela que fica em volta do empreendimento, incluindo não só áreas ocupadas pelas obras, mas também aquelas que vão sofrer interferências diretas, negativas ou positivas do empreendimento, com divisão assim definida:

o Para os meios físico e biótico: compreende a ADA, abrangendo as áreas de reservatório, o canal de adução, a casa de forças e as vias de acesso e as microbacias envolvidas. Para a LT, foi definido um raio de 300 metros a partir da faixa de servidão

o Para o meio socioeconômico: engloba o município de Rurópolis e as comunidades próximas ao Complexo. Esses locais sentirão os efeitos negativos como elevação da demanda por serviços e equipamentos públicos, assim como a efeitos positivos relacionados ao aumento da arrecadação de impostos e geração de renda.

Área de Influência Direta (AID) para os meios físico e biótico (A) e para o meio socioeconômico (B).

Área de Influência Indireta – AII: é aquela área mais distante que, de forma indireta, pode sofrer modificações os impactos da implantação e operação do terminal, assim definida:

o Para os meios físico e biótico: acompanha os limites geográficos da bacia hidrográfica do rio Cupari Braço Leste e do Igarapé Santa Cruz. A escolha dessa área considerou o fato de que os impactos gerados pelo empreendimento se desenvolvem de um modo geral em escala local e nas áreas de entorno dos reservatórios e da linha de transmissão.

A) B)

 

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o Para os estudos socioeconômicos: abrange os municípios de Itaituba e Santarém. Nesses municípios, as atividades econômicas poderão ser reestabelecidas considerando a implantação desse empreendimento, podendo sofrer alterações relacionadas a econômica e social na região.

Área de Influência Indireta (AII) para o meio físico e biótico (A) e para o meio socioeconômico (B).

16. Como é o relevo no local onde está prevista a implantação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

A região onde se encontra o empreendimento apresenta um relevo suave a forte ondulado, ou seja, em áreas planas e/ou até em áreas montanhosas, conforme figuras .

A) B)

 

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Aspecto de algumas partes do relevo no local do empreendimento.

17. Como é o clima da região?

O empreendimento está inserido no estado do Pará e seu clima é predominante quente e úmido com grande quantidade de chuva. Tecnicamente, o clima da região é conhecido como Equatorial úmido. A principal característica deste tipo de clima são os altos índices de chuvas, conforme a Figura abaixo. Destaca-se ainda que a região é caracterizada por elevados valores de umidade relativa do ar. Observou-se valores superiores a 80% em todos os meses do ano.

CHUVAS

Precipitação acumulada em Itaituba/PA em 2013 (INMET).

18. Como está a água dos rios na região onde se pretende instalar o Complexo Hidrelétrico Cupari

 

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Braço Leste?

O Estudo buscou conhecer as águas do rio Cupari e entender como ele se comporta nos períodos de cheia e seca, verificar o acúmulo e transporte de sedimentos (material resultante de erosão no fundo dos rios) e a sua qualidade em vários aspectos.

Para esses estudos, foram coletadas amostras em diferentes pontos e períodos (chuvoso e seca) para avaliar se as águas do rio Cupari possuem qualidade excelente, ruim, boa, média ou muito ruim.

Índice de Qualidade da Água ao longo dos pontos amostrados na bacia hidrográfica do rio Cupari no período de seca, em

2011.

A análise das águas do rio Cupari indicou, de maneira geral, qualidade média da água, conforme mostra os gráficos anteriores, se encaixando dentro dos limites estabelecidos na Resolução CONAMA n° 357/2005 para a Classe 2.

19. Como são os solos na região do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste? Com os estudos realizados é possível avaliar as características do solo da região, se são produtivas ou não, a ‘idade’ do solo, se ele está propício a erosões e outras características que podem impactar as águas e as comunidades do entorno onde será instalado o Complexo.

Na Área Diretamente Afetada pelo Complexo ocorrem, na maior área de interferência, latossolos, ou seja, solos com maior profundidade (PCHs Castanheira e Carnaúba) e solos de associação Argissolo + Nitossolo, reconhecido pela presença de areia e diferenças na quantidade de argila e suas colorações (PCHs Água Boa e Mangaratiba). Estes são os solos que sofrerão mais com a inundação para implantação dos reservatórios.

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L-AGB-01 L-AGB-03

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Pontos amostrados

Qualidade excelente Qualidade boa Qualidade médiaQualidade ruim Qualidade muito ruim

 

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Além desses, ainda é observado Neossolos flúvico (solos de beira de rio encontrados em pequeno trecho da PCH Castanheira) e pequenas manchas de cambissolo (solos mais jovens com menor profundidade)

Latossolo Amarelo que ocorre na ADA. Cambissolo Háplico argiloso que ocorre na ADA

20. Os solos no local onde se pretende instalar o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste apresentam susceptibilidade à erosão? O estudo identificou que o complexo encontra-se numa região com riscos associados aos solos que variam de moderado a muito forte para erosão. Isso acontece pela alta incidência de chuva na região, que ‘lavam’ o solo e carregam camadas de terra da superfície para os rios.

A maior fragilidade dos solos presentes na Área Diretamente Afetada é seu potencial de desbarrancamento das margens dos futuros reservatórios e/ou aumento de processos erosivos.

21. Em que situação se encontra a cobertura vegetal da Área Diretamente Afetada pelo possível empreendimento?

A região da bacia do rio Cupari onde se localiza o empreendimento é caracterizada pela presença de vegetação nativa, onde predominam vegetações que sofrem grande incidência de chuvas:

Floresta Ombrófila Densa Aluvial: popularmente chamada de Mata de Várzea, aparece nas margens do rio Cupari, em regiões onde podem ocorrer alagamentos. Suas árvores podem ter entre 35 e 30 metros de altura.

Floresta Ombrófila Densa de Terra Firme: se apresenta em terreno mais elevado, com as mesmas características da formação florestal anterior, porém com maior número de espécies e que ocorrem

 

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imediatamente após a Mata de Várzea. Neste tipo de floresta existem também palmeiras e cipós e a área é muito utilizada para agricultura de subsistência e pastagens.

Essa formações ocorrem na ADA de todos os aproveitamentos hidrelétricos do Complexo. Além dessas, na PCH Castanheira há uma área extensade pastagens.

Cobertura vegetal da ADA.

22. Como é a fauna nas áreas de influência do local onde se pretende instalar o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

Para identificar como é a fauna na região , foram feitas pela consultoria Ambientare duas campanhas de estudos de campo abrangendo tanto a estação seca quanto a chuvosa.

Apesar da interferência humana em parte da área do empreendimento, a fauna terrestre e aquática da região ainda apresenta certa diversidade. Durante os levantamentos foram catalogadas 23 espécies de anfíbios, 13 espécies de répteis, 346 espécies de aves, 15 espécies de mamíferos terrestres, 37 espécies de morcegos, 12 espécies de insetos e 89 espécies de peixes.

Dentre os anfíbios foram identificadas espécies como sapo-folha, perereca e rã. Já para os répteis encontraram-se espécies como calango, lagarto, cobra-cega, coral-verdadeira.

Em relação às aves, destacam-se as guarda-floresta, freirinha, ararajuba, periquitão-maracanã, rendeira, ararajuba e Jacupiranga.

Para os mamíferos destacaram-se o gambá, anta, macaco-aranha, queixada e bugio.

Quanto aos morcegos, identificou-se a predominância de espécies que se alimentam de frutos, com destaque para Carollia perspicillata.

Já para os insetos foram encontradas diversas espécies de mosquitos e muriçocas.

Para os peixes foram encontradas espécies como sardinha, cascudo, mandi, lambari, piranha e sorubim.

 

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Nenhuma das espécies de anfíbio, répteis, morcegos e peixes registradas na área de influência do empreendimento encontra-se ameaçada em nível global (IUCN 2013), nacional (MACHADO et al. 2008) ou estadual (ALEIXO 2006).

Em relação aos mamíferos terrestres, destacam-se o avistamento do macaco-aranha (Ateles marginatus) e a presença de vestígios da onça pintada (Panthera onca), ambas consideradas ameaçadas de extinção.

As aves da região amostrada, por sua vez, apresentam uma riqueza considerável, incluindo espécies de interesse para conservação e espécies indicadoras de qualidade ambiental. Foram identificadas 13 que se encontram em alguma categoria das espécies ameaçadas de extinção, como a Psophia viridis obscura (jacamim-de-costas-verdes), Guaruba guarouba (ararajuba) e Pyrrhura lepida (tiriba-pérola).

As aves aquáticas ou relacionadas a ambiente alagados representaram cerca de 10% das aves registradas no estudo e merecem destaque devido ao fato de algumas serem migratórias

Entre os insetos transmissores de doenças, foram identificadas algumas espécies de ampla ocorrência na região, como os mosquitos da dengue, malária e leishmaniose, que tiveram sua importância avaliada a partir da análise de dados do Sistema Nacional de Vigilância em Saúde.

De uma forma geral, a fauna local se mostrou representativa. A execução de programas de monitoramento permitirá a avaliação do comportamento dos animais durante e após a instalação do empreendimento.

Rã (Leptodactylus andreae)

 

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Camaleão (Iguana iguana)

Papa-vento (Anolis philopunctatus)

Freirinha (Arundinicola leucocephala)

Ararajuba (Guaruba guarouba)

 

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Morcego (Carollia perspicillata)

Sardinha (Triportheus albus)

23. Existem unidades de conservação nas proximidades do local onde se pretende instalar o empreendimento?

As Unidades de Conservação são extensões do território nacional, protegidas legalmente, conforme seu tipo. Após execução de estudos e campanhas de campo o empreendedor afirma que não existem unidades de

conservação ou terras indígenas impactadas diretamente pelo Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste. A

 

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unidade de conservação mais próxima é a Floresta Nacional (FLONA) do Tapajós, conforme figura abaixo.

Unidades de Conservação próximas ao Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linha de transmissão associada.

24. Existe exploração mineral próxima ao local onde se pretende instalar o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

Os estudos identificaram no Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, requerimentos de autorização de pesquisa para extração de minério de ouro. na área diretamente afetada pelo Complexo.

Um levantamento junto ao DNPM mostrou ainda que a bacia do rio Cupari apresenta potencial efetivo para ouro (com garimpos existentes na área), para diamante, argila e granito. Porém, a exploração mineral e a geração de energia são, em geral, contrárias e consequentemente não podem ser realizadas ao mesmo tempo.

 

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Assim, é necessária a solicitação do bloqueio das atividades minerárias junto ao Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM). A decisão do bloqueio cabe ao Ministério de Minas e Energia (MME).

25. Como é a população que vive na região e sua condição de vida?

O município de Rurópolis reúne uma população de 40.087 habitantes, segundo o Censo Demográfico de 2010 do IBGE. Desse total, a maior parte da população (61,90%) vive no meio rural onde predomina a pecuária, piscicultura e cultivo de banana, diferentemente do que acontece para a população estadual e nacional, onde prevalecem o contingente urbano, com o percentual de 68,48 % e 84,36 % respectivamente.

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH–M) é um indicador composto por três dimensões:

O Produto Interno Bruto - PIB per capita (que corresponde à riqueza total gerada no município dividida pelo número de habitantes), corrigido pelo poder de compra;

A longevidade, mensurada pela expectativa de vida ao nascer;

A educação, avaliada pelo índice de analfabetismo e pela taxa de matrícula em todos os níveis de ensino.

No período compreendido entre 2000 e 2010, o índice de desenvolvimento humano de Rurópolis cresceu 12,7%, passando de 0,421 para 0,548, considerado ainda um baixo desenvolvimento humano.

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M).

Moradia

Os dados do Censo Demográfico de 2010 revelam que o município de Rurópolis reúne um total 9.328 domicílios, sendo que 57,1% são rurais. A média de moradores no município é de 4,22 por domicílio, contra 4,05 do estado do Pará e 3,32, do Brasil.

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2000 2010

IDH

-M

Ano

Brasil Pará Rurópolis

 

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Conjunto habitacional em Rurópolis. Área rural de Rurópolis.

Educação

Rurópolis possui 78 escolas municipais, atendendo 8.040 alunos matriculados. Nove escolas situam-se na zona urbana, com 3.669 alunos e 69 escolas na zona rural, com 4.371 alunos. A rede municipal conta com 398 professores, sendo que 271 ministram aulas nas escolas municipais urbanas e 127 nas escolas da zona rural.

Na rede estadual, o município em estudo conta apenas com uma escola, situada na zona urbana. Existe, ainda, uma escola particular, com oito professores e 82 alunos. Rurópolis tem cinco escolas que disponibilizam o Projeto de Ensino de Jovens e Adultos – EJA, onde 39 professores ministram aulas para 197 alunos.

Escola Adventista em Rurópolis. Escola Municipal em Rurópolis.

Saúde

A saúde do município de Rurópolis é constituída por um hospital com 28 leitos, onde são realizadas consultas médicas e de emergência, pequenas cirurgias, obstetrícia, dentre outros procedimentos. Não há leito de UTI no hospital, que conta ainda com duas ambulâncias e uma do SAMU. Existe, ainda, um posto do Programa Saúde da Família (PSF), localizado na zona urbana; e quatro postos de saúde, sendo três deles na zona rural. No município, existe um laboratório municipal onde se realizam exames laboratoriais simples de rotina.

 

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Secretaria Municipal de Saúde em Rurópolis. Secretaria de Epidemiologia em Rurópolis.

Segurança Pública

Em Rurópolis, funciona uma Delegacia de Polícia, com efetivo de um Delegado, um escrivão e dois agentes de polícia, que contam com uma viatura. As ocorrências mais frequentes registradas pela Polícia Civil são: furto, calúnia, difamação, injúria.

Transporte

As principais vias de acesso ao município de Rurópolis são: a rodovia BR-163 (Cuiabá-Santarém) e a rodovia BR-230 (Transamazônica). Importante salientar que esses acessos possuem trechos em péssimas condições de tráfego e outros em obras. Destaca-se que o município possui mais de 3.000 km de estradas vicinais.

O município não conta com o transporte ferroviário. O aeroportuário, por sua vez, era realizado com o uso de uma pista de pouso instalada próximo ao centro da cidade, mas a homologação do seu funcionamento foi caçada, estando interditada para pousos e decolagens. O transporte fluvial é realizado no rio Cupari e em seus afluentes, por meio do uso de canoas.

Transporte de moto taxi em Rurópolis. Terminal Rodoviário de Rurópolis.

 

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Saneamento Básico

A rede de abastecimento de água do município é administrada pela prefeitura, com distribuição diária de cerca de 96.000 litros de água, captadas das minas Bela Vista e Serraria, além de seis poços artesianos. A água captada não recebe nenhum tipo de tratamento. O principal problema relacionado à água no município, segundo gestores locais, diz respeito à má distribuição e o desperdício por parte da população. Quanto ao rio Cupari, por distar cerca de 50 quilômetros da cidade, o uso que a população geralmente faz de suas águas é a atividade de lazer, pesca.

O município de Rurópolis não possui rede de esgoto, portanto os resíduos dos domicílios são direcionados a fossas sépticas ou lançados nas ruas. Segundo o Censo Demográfico de 2010, somente 0,19% dos domicílios de Rurópolis estão ligados à rede geral de esgoto ou pluvial, contra 9,86% de média para o estado do Pará e 55,45% do Brasil. Além disso, somente 5,40% dos domicílios do município possuem fossa séptica.

A coleta de lixo e varrição na região urbana é realizada todos os dias, mas não há coleta seletiva. A destinação final dos resíduos gerados é um lixão provisório, localizado a 4 km da cidade e que recebe cerca de 900 toneladas por mês, uma vez que o aterro sanitário está ainda em fase de construção. Observa-se entretanto, em diversos pontos ao longo da cidade, lixo espalhado nas calçadas, juntamente com esgoto lançado a céu aberto. O lixo hospitalar é incinerado nos fundos do hospital.

Captação de água em Rurópolis. Lixão em Rurópolis.

Organização Social

Foram identificadas as seguintes organizações:

Sindicato dos produtores rurais do município;

Sindicato dos trabalhadores rurais;

Associação Movimento de Mulheres do Campo e da Cidade;

Associação casa Familiar Rural de Rurópolis;

 

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Associação de Exploradores de Cavernas;

Sindicato dos Funcionários Públicos Municipais;

Igreja católica e suas pastorais;

Igrejas Evangélicas.

Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Rurópolis. Sindicato dos Produtores Rurais em Rurópolis.

26. Como é a economia da região?

As principais fontes arrecadadoras são o ISSQN (imposto sobre serviços de qualquer natureza) em razão da arrecadação de empresas que estão prestando serviço na pavimentação da BR-163, e as transferências de recursos do governo como o ICMS e o Fundo de Participação Municipal (FPM).

No ano de 2010, o estado do Pará obteve um PIB avaliado em R$ 77.847.597 bilhões, contribuindo com 2,0% na formação do PIB nacional. No mesmo ano, o PIB do município de Rurópolis foi de R$ 133.885 milhões, correspondente a 0,17% do total estadual. Observa-se ainda que a distribuição da participação dos setores de atividade na composição do PIB municipal são semelhantes ao do estado do Pará e Brasil, mas com menor participação da indústria e maior da agropecuária.

27. Qual a opinião da população sobre o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

Para saber qual a impressão inicial que a instalação do empreendimento causaria na população de Rurópolis, a consultoria Ambientare realizou uma pesquisa em outubro de 2012, onde foram aplicados questionários com parte da população (amostra), sendo moradores e/ou representantes de organizações sociais locais .

As perguntas buscaram saber se a população entende o empreendimento como positivo ou negativo para a região. Neste sentido, constatou-se que a maioria da população pesquisada (69%), avaliou que o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste pode Sim contribuir com o desenvolvimento socioeconômico da região. Em contrapartida, 21 %, acreditam que Não, o empreendimento não contribuirá com o desenvolvimento socioeconômico da região e, por fim, 10 % dos entrevistados, responderam que o empreendimento

 

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contribuirá em termos.

O Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderá trazer desenvolvimento socioeconômico para a região. Fonte: Ambientare Soluções Ambientais. Pesquisa de percepção: Outubro/2012.

Em geral, os entrevistados avaliaram positivamente a instalação do empreendimento na região e destacaram como expectativas positivas, aspectos como a geração de emprego e melhoria da renda para a população, o que ajudaria no desenvolvimento do município, principalmente com a possibilidade do mercado de trabalho abranger a mão de obra local.

A população também entendeu que a geração de maior oferta de energia elétrica na região seria um ponto positivo, uma vez que a construção de pequenas centrais hidrelétricas seria pioneira no desenvolvimento do município de Rurópolis. Justificaram ainda que essa infraestrutura chegou recentemente para toda a população, e que uma maior oferta sendo gerada na região, possibilitaria a instalação de indústrias, desencadeando outros benefícios para a cidade e região.

Por outro lado, as pessoas que afirmaram que o empreendimento não trará benefício algum para região defenderam que o empreendimento pode trazer impactos ambientais e sociais negativos. Dentre os impactos, citaram a possibilidade de inundação de florestas; o desmatamento e o aumento do contrabando da fauna local, uma vez que as espécies serão obrigadas a migrar do seu habitat natural e permanecerão indefesas em outros locais. Outro aspecto preocupante relatado foi quanto desaparecimento de plantas importantes para a medicina, principalmente as que ainda existem e não foram catalogadas, dentre outras questões ecológicas.

Sim68,97%

Não20,69%

Em termos10,34%

 

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Entrevistas com moradores da região.

IMPACTOS

28. Quais impactos poderão ser gerados com a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

A partir dos estudos realizados para conhecer melhor a região, foram identificados os impactos ambientais que o empreendimento poderá gerar no local em questão, em suas diferentes fases. Para todos os impactos identificados, sendo estes positivos ou negativos, foram propostas medidas e ações que de alguma forma

 

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eliminem ou reduzam os impactos negativos ou então que reforcem os efeitos dos impactos positivos. Os impactos que poderão ser gerados pelo Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste são apresentados na tabela a seguir:

 

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IMPACTOS SOBRE O MEIO FÍSICO

MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO O QUE FAZER?

Físico Surgimento de erosão (desgaste do solo, buracos na terra, voçorocas)

As obras do empreendimento poderão afetar diretamente o solo fazendo com que apareçam processos erosivos. As atividades que contribuem para que isso ocorra são: retirada da vegetação, remover terra para a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço leste dentre outros.

Para diminuir este impacto, indica-se realizar as atividades de construção no período de chuvas; diminuir o tempo que o solo fica exposto, sem vegetação. Após a construção do empreendimento recomenda-se: refazer o sistema de drenagem de água das chuvas, revegetar as áreas onde o solo está exposto dentre outros.

Físico Poluição do ar Principalmente no período de construção do complexo hidrelétrico haverá uma grande movimentação de máquinas e veículos, aumentando a quantidade de fumaça e poeira na região.

Recomenda-se molhar as estradas de terra e acessos para não levantar poeira, fazer a manutenção dos veículos e máquinas para que não haja muita fumaça e instruir os trabalhadores das obras para utilizar os EPIs (equipamentos de proteção individual) como máscaras para que o efeito da poeira e fumaça não os prejudique.

Físico Aumento da possibilidade de contaminação das águas

Com o enchimento dos lagos, os trechos mais rasos ficarão mais sensíveis a contaminação das águas subterrâneas.

Durante a fase de instalação, os resíduos gerados por banheiros químicos, cozinhas, oficinas serão recolhidos e levados a uma fossa séptica, o mesmo acontecendo para a fase de operação, considerando um menor número de pessoas necessárias ao funcionamento do empreendimento. Além disso, deve-se monitorar os reservatórios, acompanhando a qualidade das águas neste locais por meio do Programa de Monitoramento Hidrogeológico.

Físico Aumento de barulho As obras do complexo hidrelétrico podem produzir barulho, causados principalmente pela movimentação de máquinas e veículos.

Para minimizar este impacto, os trabalhos serão realizados em horários que o barulho cause menor incômodo, além de executar a manutenção dos veículos e máquinas para que estes não provoquem tanto barulho. Para os trabalhadores das obras recomendasse a utilização de EPIs, como protetores nos ouvidos.

 

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MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO O QUE FAZER?

Físico Poluição/Alteração das águas

Com o enchimentos dos lagos, suas águas serão mais estáveis, sem tanta velocidade de movimentação. Estas mudanças poderão causar modificações nas características físicas, químicas e biológicas do ecossistema.

Propõe-se não deixar o solo totalmente exposto para que a chuva não leve terra para os rios, plantar mudas nas áreas ao redor dos lagos o mais rápido possível após a construção , acompanhar as mudanças na qualidade físico-química da água. dentre outras atividades de monitoramento..

Físico Aumento das reservas de água subterrânea

Este impacto poderá ocorrer nas margens dos futuros lagos, sendo avaliado como positivo e acontecendo logo em seguida do enchimento dos reservatórios.

Como é um impacto positivo, não há necessidade de desenvolvimento de qualquer iniciativa para sua potencialização.

Físico Assoreamento dos reservatórios Após o enchimento dos reservatórios, é possível que aumente a quantidade de argila no fundo dos futuros lagos.

Sugere-se a revegetação e recuperação das áreas degradadas, para não deixar o solo totalmente exposto para que a chuva não leve terra para os rios

Físico Mudança da dinâmica de transporte de sedimentos do rio Cupari

O rio Cupari Braço leste deverá sofrer alterações, passando a ter características de um lago, causando mudança para a vida dos peixes, aumento de argila no fundo do lago, diminuição de áreas de mineração, etc.

Esse impacto não pode ser mitigado.

 

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IMPACTOS SOBRE O MEIO BIÓTICO

MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO O QUE FAZER?

Biótico Interferência sobre os ambientes aquáticos e seus animais

Os animais que utilizam as margens do rio, dos córregos e dos lagos, podem ser diretamente afetados com a retirada da vegetação para a instalação do futuro empreendimento.

- Desenvolver atividades educativas e de conscientização, para os trabalhadores e para as comunidades vizinhas do empreendimento; - Utilizar, sempre que possível, acessos pré-existentes, reduzindo a necessidade de desmatamento de áreas preservadas. - Realizar a recuperação ambiental das áreas degradadas que, em longo prazo, tornaram-se novos locais apropriados à sobrevivência dos animais.

Biótico Aumento de insetos A formação do lagos, tendo suas águas mais estáveis, associado ao aumento da população, aumentarão as doenças causadas por insetos.

É recomendado que aumente o monitoramento e controle de insetos, especialmente aqueles transmissores de doenças como malária e esquistossomose, durante todas as fases do empreendimento.

Biótico Perda de florestas naturais Para a construção e funcionamento do complexo hidrelétrico é necessário o corte das florestas que estejam na área onde ficará o empreendimento.

Recomenda-se: - Marcar as áreas onde acontecerá o corte. -Coletar sementes e mudas antes do corte, principalmente aquelas espécies de árvores que corram perigo de extinção, que são encontradas apenas na região e as com importância econômica e/ou científica. - Realizar o corte somente das árvores demarcadas, tomando cuidado para não derrubar árvores em áreas desnecessárias - Medir as árvores cortadas, em toras, podendo ser doadas para os proprietários das terras. -Plantar as mudas e sementes coletas serão plantadas em áreas semelhantes à do empreendimento.

Biótico Alteração nas comunidades de peixes

O enchimento do reservatório isolará as populações de peixes situadas acima (montante) e abaixo (jusante) da barragem, de forma a interromper a migração dos peixes (piracema).

Diante das características da região e das dificuldades para a instalação de mecanismos de transposição de peixes (elevador de peixes) em projetos de PCHs, são apresentadas sugestões de atividades que deverão ser implantadas, como monitoramentos para avaliar o ciclo de vida destes peixes.

 

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IMPACTOS SOBRE O MEIO SOCIOECONÔMICO

MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO O QUE FAZER? COMO OTIMIZAR?

Socioeconômico Expectativas favoráveis à instalação do empreendimento

A chegada do empreendimento na região poderá gerar expectativas positivas, com destaque para a geração de emprego e renda, melhoria das estradas, instalação de energia elétrica, desenvolvimento socioeconômico das comunidades, dentre outros.

Recomenda-se a execução do Programa de Comunicação Social esclarecendo a população sobre a instalação e operação do empreendimento.

Com a implantação do Programa é possível sensibilizar e envolver toda a comunidade e seus representantes para que mais pessoas tenham acesso à informações corretas sobre o empreendimento.

Socioeconômico Expectativas adversas à instalação

do empreendimento

A instalação do empreendimento também trará preocupações para a população, tais como o aumento da insegurança e dos acidentes de trânsito pela maio movimentação de caminhões e de pessoas, aumento de população forasteira no local, impacto social e ambiental; dentre outros.

- Divulgar informações básicas sobre o empreendimento, como as diversas fases do processo de licenciamento ambiental, os impactos gerados pelo empreendimento, suas principais características e o andamento dos demais programas ambientais desenvolvidos.

Não se aplica

Socioeconômico Produção de conhecimento sobre a região

Com a realização de estudos e pesquisas ambientais, ecológica, econômica e sociais, durante a fase de planejamento até a operação do empreendimento, será ampliado o conhecimento da região.

Não se aplica

Disponibilizar os estudos para a população de modo geral, em especial de estudantes e pesquisadores.

Socioeconômico Incremento econômico

Este é um impacto altamente favorável, causado pelos investimentos que serão feitos pelo empreendimento, através de salários e aquisição de insumos em Rurópolis, estimulando o mercado local e a geração de novos negócios.

Não se aplica

Sugere-se a implantação do Programa de Seleção e Capacitação de Mão de obra Local, de Ações de Aquisição de Insumos em Rurópolis.

Socioeconômico Aumento da arrecadação de impostos

As atividades de instalação do empreendimento contribuirão para elevação da arrecadação de impostos. Na fase de instalação, aumenta-se o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), causados pelo aumento do emprego, da renda e do aquecimento do comércio.

Não se aplica

Otimizar os valores gerados por impostos durante a fase de instalação e operação do

 

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MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO O QUE FAZER? COMO OTIMIZAR? empreendimento.

Socioeconômico Geração de Emprego e Renda A construção do empreendimento irá gerar empregos diretos e indiretos na sede municipal de Rurópolis e comunidades próximas ao empreendimento.

Aplicação de um Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra Local para auxiliar na contratação de trabalhadores.

Com o Programa, é possível fazer a futura recolocação dos contratados para o empreendimento, no mercado de trabalho local ou regional.

Socioeconômico Imigração temporária

A construção do Complexo Hidrelétrico mobilizará significativo número de trabalhadores para a execução das obras civis, parte dele contratado na sede municipal de Rurópolis e em comunidades próximas ao empreendimento.

Execução de um Programa de Responsabilidade Socioambiental e Articulação Institucional, para estabelecer parcerias com o poder público local e outras organizações sociais com atuação afeta à questão socioambiental.

Não se aplica

Socioeconômico Risco de acidentes de trabalho

Em razão das atividades relacionadas às obras, como, por exemplo, transporte de cargas pesadas, movimentação de trabalhadores e equipamentos diversos, descarregamento de equipamentos pesados e materiais de insumo, trabalho em alturas, entre outras atividades comuns à natureza do empreendimento em foco, poderão ocorrer acidentes de trabalho.

Recomenda-se: - Conscientizar os trabalhadores em relação aos riscos de cada atividade a ser desenvolvida na implantação do empreendimento. - Elaborar e divulgar procedimentos e normas de segurança, a exemplo de passo a passo das principais atividades de risco, considerando suas respectivas medidas preventivas, e procedimentos específicos de segurança a serem seguidos.

Não se aplica

 

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MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO O QUE FAZER? COMO OTIMIZAR?

Socioeconômico Pressão sobre a infraestrutura de

serviços públicos (saúde, segurança, saneamento básico)

A contratação de mão de obra para o empreendimento poderá elevar a procura por serviços públicos, como por exemplo, saúde, segurança, saneamento básico, entre outros. Nas diversas etapas de obras, os trabalhadores contratados poderão sofrer acidentes de trabalho ou ainda terem problemas com animais peçonhentos e insetos, como a malária, a febre amarela, a dengue e a leishmaniose, fazendo com que haja mais procura por serviços médicos. A maior circulação de pessoas de outras localidades também poderá fazer surgir problemas associados às diferenças culturais ou ao consumo de álcool e outras drogas, podendo aumentar os índices de violências e crimes.

Recomenda-se: - Contratação do maior número possível de trabalhadores locais e com ações articuladas entre o empreendimento e o poder público local, com a implantação do Programa de Responsabilidade Socioambiental e Articulação Institucional.

Não se aplica

Socioeconômico Alteração do uso do solo e da paisagem

As obras para a instalação da barragem e demais obras civis, ampliação da área de inundação para formação dos reservatórios, poderá haver modificações e/ou impedimentos no uso do solo atual,.

Orientar e esclarecer dúvidas sobre as obras, principalmente quanto as limitações e alterações no uso e ocupação do solo; No que se refere aos usos dos reservatórios na fase de operação dos empreendimentos, eles devem ser normatizados por meio de um Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório Artificial (PACUERA), conforme determina a legislação ambiental vigente.

Não se aplica

Socioeconômico Perda de terras, benfeitorias e remoção de população

Para a implantação do empreendimento, algumas poucas propriedades na ADA deverão ser adquiridas pelo empreendedor. Sendo assim, a perda de terras produtivas será bastante discreta. Também não se prevê necessidade de remoção de população.

A mitigação deste impacto poderá ocorrer através do Programa de Negociação de Terras e Benfeitorias direcionado aos proprietários de lotes das ADAs, cujas terras e benfeitorias serão direta, total ou parcialmente atingidas pela instalação dos empreendimentos.

Não se aplica

 

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MEIO IMPACTO AMBIENTAL DESCRIÇÃO O QUE FAZER? COMO OTIMIZAR?

Socioeconômico Aumento da população

masculina

A chegada de operários para atuarem na construção do empreendimento, na grande maioria homens, poderá, eventualmente, contribuir para o aumento de problemas como, por exemplo, o aumento de prostituição, exploração sexual infanto-juvenil, aumento de filhos órfãos, etc.

Desenvolver parcerias com o poder público de modo a minimizar o impacto causado pelo aumento de população masculina na região.

Não se aplica

Socioeconômico Valorização imobiliária

A formação dos lagos e o futuro uso das águas poderão trazer benefícios sobre os imóveis, especialmente aqueles localizados nos entornos destes lagos, que se tornarão atrativos para práticas de lazer e turismo, pesca, irrigação, dentre outros. Nesse sentido, quanto maior forem e as possibilidades de seus usos múltiplos, tanto mais elevado será o potencial de valorização imobiliária.

Não se aplica

Este impacto poderá ser otimizado com a implementação do Plano Ambiental de Conservação e Uso do Entorno de Reservatório Artificial (PACUERA), por meio do qual serão definidos os usos das águas do relatório.

 

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29. Haverá muita poeira e fumaças durante a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

As obras do complexo hidrelétrico irão gerar poeira e fumaças. Para que que isto não prejudique o meio ambiente, a população e os trabalhadores atuantes na construção do empreendimento, algumas medidas serão tomadas, destacando-se:

Molhar as estradas de terra, através de caminhões-pipa;

Fazer a manutenção de veículos e máquinas para que não haja muita fumaça;

Utilização, por parte dos trabalhadores, de EPIs (equipamentos de proteção individual) como máscaras para que o efeito da poeira e fumaça não os prejudique.

30. A construção e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderão resultar em alterações nas águas do rio Cupari?

Sim, podem resultar em alterações, principalmente causadas pela retirada de vegetação para construção do empreendimento; pela movimentação de terras e pela geração de efluentes derivados do canteiro de obras e atividades de manutenção de máquinas e equipamentos.

A supressão de vegetação expõe o solo às ações da chuva, podendo levar terra para os rios fazendo com eu a água fique turva, ou seja, suja.

Durante a operação do empreendimento, outras alterações poderão ser observadas, como por exemplo:

Modificações físicas, como por exemplo a alteração da velocidade das águas e a formação de argila/areia no fundo dos lagos; 

Modificações químicas, como o aumento de alguns nutrientes:

Todos os possíveis impactos gerados pelo Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste serão alvo de ações para minimizar seus efeitos negativos. Essas ações estarão presentes principalmente no Programa de Monitoramento da Qualidade da Água e Macrófitas Aquáticas.

31. A construção e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderá aumentar a quantidade de lixo no município de Rurópolis?

 

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Principalmente durante a construção do empreendimento, será produzida uma quantidade significativa de lixo, também conhecido como resíduos sólidos, formado por entulhos das obras, lixo produzido nos escritórios, dentre outros.

A melhor maneira de evitar um impacto causado pela produção de lixo é dar a esse lixo um correto destino. Para isso, deverá ser realizada a coleta seletiva separando o que é orgânico do que é inorgânico, armazenar corretamente o lixo e transportar para locais próprios de recebimento.

32. A construção e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderá aumentar o barulho na região?

Durante a construção da barragem e outras estruturas do empreendimento, diversas atividades do canteiro de obras e o trânsito de caminhões e máquinas poderão aumentar o barulho na região.

Entretanto, os empreendimentos estão distantes da sede de Rurópolis e apenas uma das quatro frentes de trabalho (UHE Águas Lindas) localiza-se próxima a áreas habitadas. Por esse motivo, espera-se que os incômodos causados pelo barulho das obras do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste sejam os mínimos possíveis.

Para minimizar os impactos causados por este barulho, serão tomadas algumas ações, destacando:

Utilizar máquinas que não provoquem tanto barulho e que estejam reguladas

Trabalhar em horários que causem menor incômodo

Manter o barulho dentro dos padrões legais e normativos.

Para os trabalhadores, recomenda-se a utilização de EPIs, como protetores de ouvidos.

 

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Medidor de Nível de Pressão Sonora.

33. Qual o risco de acidentes durante o funcionamento do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

Em empreendimentos hidrelétricos não se pode descartar a possibilidade de acidentes que venham a afetar o meio ambiente e a população. O risco, entretanto, é baixo, em função da adoção de medidas de controle ambiental e de um rigoroso controle de engenharia durante a construção e operação.

Para isso, além dos programas relacionados ao meio ambiente, o empreendedor deverá elaborar e executar o Plano de Segurança da Barragem, de acordo com determinações emanadas pela Política Nacional de Segurança de Barragens.

34. Como a construção do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste poderá afetar a vegetação do local do empreendimento?

Com a implantação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linha de Transmissão Associada, parte das florestas naturais existentes serão cortadas, reduzindo, em partes, riqueza e a diversidade de espécies, mesmo considerando que a área já se encontra bastante alterada.

Para minimizar as perdas causadas pelo corte destas florestas, serão executados os Programas de Supressão de Vegetação e de Conservação da Flora, com destaque para algumas medidas:

Coleta de sementes e mudas, principalmente daquelas que correm perigo de extinção;

 

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Identificação das espécies vegetais que serão cultivadas artificialmente, contando com apoio de estudos científicos;

Formação de um estudo com informações gerais sobre as florestas da região;

Publicação e divulgação dos resultados obtidos.

35. Qual a interferência do empreendimento sobre os animais silvestres?

A retirada de parte das florestas para a implantação do empreendimento poderá trazer a perda e alteração dos locais habitados por animais silvestres. Para minimizar este impacto serão executadas a seguintes medidas:

Limitar o corte da vegetação, conservando a vegetação nas áreas de APP dos futuros reservatórios;

Desenvolver ações de proteção nas áreas de vegetação do entorno;

Executar um Programa de Educação Ambiental esclarecendo aos trabalhadores e às comunidades do entorno do empreendimento sobre a importância de conservação da natureza.

A retirada de vegetação também poderá provocar a movimentação de animais silvestres que são reservatórios naturais de várias doenças, como a malária e esquistossomose. Entre as medidas que serão adotadas estão:

Realizar exames médicos em todos os trabalhadores da obra, para identificar a ocorrência de doenças e tomar medidas de controle;

Realizar campanhas regulares de vacinação do grupo operário;

Manter a limpeza dos ambientes.

36. As obras e o funcionamento do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste vão gerar empregos?

Durante a instalação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço leste e Linhas de Transmissão Associadas, existirá uma grande oferta de empregos diretos, distribuídos no projeto:

1950 empregos diretos na instalação;

1675 empregos indiretos.

 

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Estes empregos serão criados em diferentes frentes de trabalho e com diferentes níveis de qualificação profissional, conforme mostra a tabela abaixo (somente relacionada aos empregos diretos):

Empreendimento Empregos

Total Diretos Indiretos Efeito - renda

PCH Castanheira 500 250 750 1.500 PCH Carnaúba 300 150 450 900 PCH Água Boa 300 150 450 900

PCH Mangaratiba 500 250 750 1500 Total 1.600 800 2.400 4.800

Além dos postos de trabalho diretos, as obras deverão beneficiar a região com a geração de empregos indiretos, cerca de 3625 do tipo efeito-renda, que, em geral, surgem por conta das necessidades dos trabalhadores do empreendimento. Entre as necessidades estão hospedagem, alimentação, lazer, etc.

Por outro lado, a operação do empreendimento não irá gerar muitos empregos, uma vez que é realizada por empresas especializadas, geralmente vindas de outra localidade. Haverá, ainda, a oferta de empregos necessários à manutenção e segurança das instalações, que poderão ser ocupados por profissionais da região.

37. A procura por serviços públicos aumentará em Rurópolis?

A instalação do empreendimento atrairá muitos trabalhadores para a execução das obras civis, parte deles contratados em Rurópolis e parte composta por pessoas vindas de outras localidades.

O grupo de trabalhadores de outros locais deverá ser formado, principalmente, por profissionais especializado, que virão com suas famílias para morar temporariamente no município e isso poderá causar aumento da procura por serviços, infraestrutura e equipamentos públicos.

Esse impacto é mais importante na fase de instalação do empreendimento, mas ocorrerá também na fase de operação.

Quanto maior for o número de trabalhadores contratados em Rurópolis, menor será este impacto. Para que isso ocorra, será realizado um Programa de Capacitação e Seleção de Mão de Obra Local.

Como medida para redução do impacto causado pela população vinda de outras regiões, será realizado um Programa de Responsabilidade Socioambiental e Articulação Institucional, com objetivo de formar parcerias e convênios com o poder público local e outras organizações sociais para desenvolver ações conjuntas nas áreas de saúde, segurança, transporte, educação, entre outras.

 

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38. As obras do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linhas de Transmissão associadas afetarão os sítios arqueológicos?

Para compor o EIA, foram realizadas pesquisas de campo sobre a arqueologia da região do empreendimento. Os resultados mostraram a existência de onze sítios arqueológicos e duas ocorrências arqueológicas na área de influência do empreendimento. Isso significa que existe um histórico de vestígio de civilizações antigas presentes ali.

Por esta razão, o empreendedor executará um Programa de Levantamento Arqueológico, para conhecer a fundo os sítios arqueológicos encontrados. Esse levantamento arqueológico será executado antes de qualquer atividade de construção.

Vestígios arqueológicos identificados nas proximidades do empreendimento.

39. Vai aumentar o risco de acidentes de trânsito em Rurópolis?

Na fase de construção do empreendimento, haverá grande movimentação de equipamentos e caminhões pesados. Na fase de operação, essa movimentação irá diminuir.

Certamente essa movimentação causará impactos nas estradas locais. Para minimizar esse risco

 

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serão realizadas ações de apoio e comunicação para a redução dos impactos sobre o sistema viário local.

Estas ações serão desenvolvidas em parceria com o poder público, responsável pelas ruas e estradas locais, e tem como objetivo melhorar o acesso ao local das obras com a implantação de sinalização viária, garantindo a segurança da população que circula na área. Está prevista a instalação de placas de redução de velocidade, local de travessias, cuidado com animais silvestres, entre tantas outras orientações de cunho preventivo.

40. A qualidade de vida da população vai melhorar?

Com a instalação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste, haverá uma nova oferta de empregos e aumento de renda, desenvolvendo a região e melhorando a qualidade de vida de sua população.

Existem outras expectativas positivas em relação à implantação do empreendimento, trazidas por parcerias com o poder público local e outras organizações sociais para o desenvolvimento de ações conjuntas nas áreas de saúde, segurança, transporte, educação, entre outras.

A execução de um Programa de Comunicação Social terá como objetivo esclarecer a população sobre os principais aspectos decorrentes da instalação e operação do empreendimento.

41. Como a população de Rurópolis pode ter acesso aos empregos oferecidos pelo Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste?

Em projetos como o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste a oferta de empregos prioriza a população residente no município onde se localiza o empreendimento. Isso gera impactos positivos, que podem ser ampliados com a execução do Programa de Seleção e Capacitação de Mão de Obra Local. Este Programa terá entre suas ações, a utilização de rádio e jornais para a divulgação de vagas e treinamento relacionados com a construção do empreendimento.

A capacitação dos trabalhadores, além de aumentar o aproveitamento da população local na ocupação das vagas, formará profissionais que certamente conseguirão melhores oportunidades de emprego na região, independentemente do empreendimento.

PROGRAMAS AMBIENTAIS

42. Como serão executadas as medidas para prevenir e atenuar os impactos negativos, ou aumentar os efeitos dos impactos positivos?

Com base no Estudo de Impacto Ambiental, uma série de medidas para prevenir, corrigir, amenizar ou compensar os impactos negativos e ampliar os aspectos positivos foram criados.

 

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Essas medidas compõem os Planos e Programas que serão executados durante todas as etapas do empreendimento, do início das obras até sua fase de operação.

Para o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste, foram estruturados 27 Programas Ambientais que visam garantir a integração e sistematização das ações ambientais do empreendimento e são apresentados a seguir:

 

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PROGRAMA DE CONSERVAÇÃO DA FLORAPara preservar a biodiversidade e as espécies das árvores que serão cortadas, sementes e mudas serão coletadas para plantios em áreas semelhantes às de origem.

PROGRAMA DE ACOMPANHAMENTO E RESGATE DE FAUNA DURANTE A SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃODurante o corte da vegetação, os biólogos acompanharão todo o processo, resgatando e direcionando os animais para áreas seguras, próximas e semelhantes à área desmatada, com objetivo

de reduzir o impacto sobre os animais da região. PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGRS

O Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos apresenta procedimentos adequados que deverão existir desde a geração dos lixos até o seu destino final. PROGRAMA DE CONTROLE DE EFLUENTES

Este programa visa o controle dos efluentes líquidos (esgotos) a serem gerados na fase implantação do empreendimento, de forma a evitar que estes sejam destinados sem aos rios sem nenhum tipo de tratamento, ou afetem indiretamente as águas subterrâneas.

PROGRAMA DE CONTROLE DE RUÍDOSEste programa tem como principal objetivo minimizar e controlar todo o barulho gerado pelas obras, direcionado as áreas próximas ao empreendimento.

PROGRAMA DE PREVENÇÃO E CONTROLE DE PROCESSOS EROSIVOS E DE ASSOREAMENTOÉ o programa que permitirá o controle e monitoramento das erosões (buracos) já existentes na área onde será instalado o empreendimento. Este programa ajuda também a segurar a terra

que poderá ser levada pelas águas das chuvas para o rio com a instalação de drenagem das águas de chuva. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS - PRAD

Este Programa tem como objetivo principal recuperar as áreas destruídas (degradadas) pela construção do empreendimento. Os principais fatores que causam a degradação das terras são a retiradas das arvores que deixam a terra exposta, movimentação de terra para abertura de estradas e construção da barragem. Assim esse programa prevê a recuperação de todas essas áreas

que sofrerão intervenções. PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA SUPERFICIAL E SUBTERRÂNEA, SEDIMENTOS LÍMNICOS E EFLUENTES LÍQUIDOS

Este programa tem a função preventiva e de controle, pois permite o acompanhamento das alterações da qualidade da água, comunidades aquáticas e sedimentos ao longo de todas as etapas de implantação e operação do empreendimento.

PROGRAMA DE SELEÇÃO E CAPACITAÇÃO DA MÃO DE OBRA LOCALBusca potencializar a contratação de profissionais locais e/ou regionais e divulgar vagas, dos pontos de entrega de currículos, das fases do empreendimento, e das especificidades das atividades

a serem executadas. Além disso, deverá esclarecer os trabalhadores contratados pelo empreendimento sobre questões de gestão ambiental, conduta profissional em situações de segurança e bom convívio junto à

população local/regional. PROGRAMA DE SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO

O objetivo deste programa é assegurar e promover a saúde e a segurança dos trabalhadores da obra, durante a construção e operação do empreendimento. Dessa forma, leva em consideração todas as normas regulamentadoras de segurança, higiene e saúde do trabalhador; assim como a prevenção e o controle dos impactos que possam trazer problemas ao quadro de saúde pública

local, evitando-se sobrecarga dos serviços de saúde da região. PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO SOCIAL - PCS

Disponibiliza meios para a comunicação entre o empreendedor e a comunidade impactada pela instalação do futuro complexo hidrelétrico, dando abertura para a população encontrar informações sobre todo o processo de gestão ambiental do empreendimento, com foco na divulgação de materiais publicitários com as informações de interesse para a sociedade civil,

entidades representativas, governo local, entre outros.

 

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PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL - PEA

Envolve atividades de educação ambiental para a população afetada pelo empreendimento, de modo a promover a construção de valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, contribuindo para sua qualidade de vida e sustentabilidade.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA FAUNA TERRESTRE E AQUÁTICADefine atividades direcionadas ao acompanhamento e monitoramento dos animais da região.

Permite o levantamento de informações sobre os animais da área, antes, durante e após as obras, possibilitando uma melhor avaliação das possíveis interferências da implantação do empreendimento e elaboração de medidas que reduzam os impactos gerados a fauna.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DA ENTOMOFAUNA VETORAAs modificações ambientais decorrentes do corte de florestas naturais podem alterar a natureza da população de insetos, colocando a população humana local ou migrante sob risco de

contrair doenças veiculadas por esses mosquitos. Desta forma, o monitoramento trará apoio e possibilidade de melhor entendimento sobre doenças causadas por estes vetores. PROGRAMA DE MONITORAMENTO PLUVIOMÉTRICO, LIMNIMÉTRICO, FLUVIOMÉTRICO E SEDIMENTOMÉTRICO

O objetivo geral deste programa é realizar o levantamento e monitoramento de parâmetros físicos e dados a respeito do clima nos reservatórios do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linhas de Transmissão Associadas e sua bacia de drenagem, que permitam decisões a respeito das condições ambientais que influenciam na qualidade e vida útil do empreendimento.

PLANO DE SEGURANÇA DAS BARRAGENSEste programa, baseado na Política Nacional de Segurança de Barragens te o objetivo de monitorar as barragens do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e seu acúmulo de água.

PROGRAMA DE MONITORAMENTO HIDROGEOLÓGICOEste programa é necessário para monitorar a evolução dos níveis antes e depois da formação dos reservatórios. Também será importante prever o nível máximo dos reservatórios e indicar

com maior precisão as áreas de risco para problemas geotécnicos. O controle da qualidade das águas subterrâneas deve ser monitorado antes e depois da formação dos lagos. PROGRAMA DE RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL E ARTICULAÇÃO INSTITUCIONAL

O objetivo deste programa é a execução de ações de responsabilidade socioambiental na fase de instalação do empreendimento, direcionadas a apoiar o poder público local e a comunidade em geral, com medidas direcionadas à mitigação de interferências socioambientais.

AÇÕES DE AQUISIÇÃO DE INSUMOS EM RURÓPOLIS E ITAITUBAAs ações de aquisição de insumos na região do empreendimento, necessários para a realização dos trabalhos de instalação e operação do empreendimento, deverá ser acompanhada através

de parcerias com associações comerciais e de serviços locais e, ainda, com a consultoria do SEBRAE, em caso de geração de novos negócios. PLANO DE EMERGÊNCIA

O Plano de Emergência apresenta um conjunto de ações que visam organizar os procedimentos e respostas rápidas e eficientes a situações emergenciais decorrentes das obras de instalação e operação do Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linha de Transmissão Associada.

PROGRAMA DE LEVANTAMENTO ARQUEOLÓGICOConsiderando a ocorrência de sítios arqueológicos na região do empreendimento serão executadas ações mitigadoras e compensatórias, com a intenção de resgatar os sítios encontrados e

monitorá-los. Estas ações serão ligadas diretamente a obtenção das outras licenças ambientais. PLANO AMBIENTAL DE CONSERVAÇÃO E USO DO ENTORNO DO RESERVATÓRIO ARTIFICIAL (PACUERA)

Conjunto de ações que possuem o objetivo de disciplinar a conservação, recuperação, o uso e ocupação do entorno do reservatório artificial. Estas ações, de responsabilidade do empreendedor, deverá ser aprovada pelo órgão ambiental, com consulta com a comunidade interessada por meio de reuniões periódicas, com o objetivo

de apresentar propostas e colher sugestões para a construção do programa.

 

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43. Quais as principais conclusões do EIA?

O Estudo de Impacto Ambiental considera o Complexo Hidrelétrico Cupari Braço Leste e Linha de Transmissão Associada um empreendimento ambientalmente viável quanto a sua locação e tecnologia propostas.

Sua implantação deverá se preocupar na implantação de um conjunto de medidas e programas ambientais propostos no EIA buscando minimizar e compensar os impactos negativos ao ambiente natural, bem como ampliar os impactos positivos em curto e em longo prazo.

 

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GLOSSÁRIO

Afluente - curso d’água que desemboca em outro curso maior ou em um lago. Tributário.

Água subterrânea - água de ocorrência natural na zona saturada do subsolo.

Água superficial - água que ocorre em corpos cuja superfície livre encontrasse em contato direto com a atmosfera, isto é, acima de superfície topográfica.

Análise sedimentológica – avaliação feita nas partículas de solo carreadas pelas águas do rio.

Anfíbio - grupo de animais de pele fina e úmida, que vivem uma parte da vida na água e outra sobre a terra.

Antrópico - relativo ao ser humano, à humanidade, à sociedade humana, à ação do homem sobre o ambiente.

Aquífero - estrato ou formação geológica que permite a circulação da água através dos seus poros ou fraturas, de modo a que o homem possa aproveitá-la em quantidades economicamente viáveis tendo em conta um determinado uso.

Ar - mistura de gases que formam a atmosfera. (Meteorologia)

Área Diretamente Afetada - aquela ocupada com estruturas pertencentes ao empreendimento, em terra e em água, incluindo os locais de apoio como canteiro de obras, acessos, áreas de empréstimo e bota-fora.

Área de Influência Direta - aquela sujeita aos impactos diretos da instalação e operação do empreendimento.

Área de Influência Indireta - aquela que, de forma indireta, pode sofrer os impactos da implantação e operação do terminal.

Argissolo - anteriormente chamados de solos podzólicos, a característica marcante de um argissolo é o desenvolvimento de cores diferenciadas, estrutura e diferenciação textural da superfície para baixo. Os argissolos formam uma classe bastante heterogênea que, em geral, tem em comum um aumento substancial no teor de argila, variando a partir da superfície de arenosa a argilosa, e de média a muito argilosa; são bem estruturados, apresentam profundidade variável e cores predominantemente avermelhadas ou amareladas, sua fertilidade natural é variável, com predomínio de solos de relativa pobreza de nutrientes, embora ocorram áreas de ótima fertilidade natural. Em síntese, são solos constituídos por material mineral, apresentando horizonte B textural imediatamente abaixo dos horizontes A ou E.

 

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Arranjo de geração- refere-se à forma como as estruturas de um empreendimento de geração de energia hidrelétrica são dispostas. Um arranjo é classificado como de “derivação” quando sua casa de força encontra-se afastada do local do barramento.

Assoreamento - processo de obstrução por areia, lama ou outro sedimento do leito do rio, canal ou desembocadura em consequência da erosão natural ou provocada pelo homem.

Avaliação de impacto ambiental - ação executada através de métodos estruturados visando coletar, avaliar, comparar, organizar e apresentar informações e os dados sobre os prováveis impactos ambientais de um empreendimento.

Bacia de Drenagem – para um rio, bacia de drenagem é o conjunto de terras por onde as águas de chuva são levadas para esse rio. É uma área geográfica, medida em quilômetros quadrados (km²).

Bacia hidrográfica - conjunto de terras drenadas por um rio principal e seus afluentes. A noção de bacias hidrográfica inclui naturalmente a existência de cabeceiras ou nascentes, divisores d’água, cursos d’água principais, afluentes, subafluentes, etc.

Biota - conjunto de seres vivos que habitam um determinado ambiente ecológico.

Biótico - é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.

Cambissolo – solos caracterizados por um estágio simples de evolução do horizonte subsuperficial, apresentando, em geral, fragmentos de rochas permeando a massa do solo e/ou minerais primários, fraco desenvolvimento de estrutura e cor, pequeno ou nulo incremento de argila entre os horizontes superficiais e subsuperficiais e teores relativamente mais elevados de silte em profundidade.

Canal de adução – estrutura do arranjo de geração que, junto com o conduto forçado, têm por função levar a água em direção à casa de força.

Casa de Força - estrutura do arranjo de geração que concentra os equipamentos eletromecânicos responsáveis pela produção de energia em uma hidrelétrica.

Chernossolo - são solos com evolução não muito avançada, caracterizando-se pela presença de um horizonte A normalmente espesso, escuro, bem estruturado, moderadamente ácidos a fortemente alcalinos, ricos em carbono e matéria orgânica, muito férteis, com elevados teores de cálcio e magnésio. Geralmente pouco profundos podendo ou não apresentar aumento de teor de argila em profundidade.

Desmatamento - operação que objetiva a supressão total da vegetação nativa de determinada área para o uso alternativo do solo.

 

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Diagnóstico ambiental - é o conhecimento de todos os componentes ambientais de uma determinada área para a caracterização de sua qualidade ambiental.

Ecologia - o estudo do meio ambiente natural e das relações dos organismos uns com os outros e com os seus arredores.

Ecossistema - complexo dinâmico de comunidades vegetais, animais e de microrganismos e o meio inorgânico, com o qual interagem como unidade funcional.

Efluente - qualquer tipo de água ou liquido, que flui de um sistema de coleta, ou de transporte.

Energias renováveis – é aquela que vem de recursos naturais que são naturalmente reabastecidos, como sol, vento, chuva.

Entomofauna - conjunto de espécies de insetos que vivem em uma determinada área.

Entorno - área que envolve um compartimento particular da paisagem com feições distintas deste.

Erosão - processo pelo qual a camada superficial do solo ou partes dele é retirada pela ação das gotas de chuva, ventos e ondas e são transportadas e depositadas em outro lugar.

Espécie nativa - espécie vegetal ou animal que, suposta ou comprovadamente, é originária da área geográfica em que atualmente ocorre.

Espécie exótica –espécie invasora que prolifera sem controle e passa a representar ameaça para espécies nativas e para o equilíbrio dos ecossistemas.

Espécie pioneira - espécie que se instala em uma região, área ou habitat anteriormente não ocupada por ela, iniciando a colonização de áreas desabitadas.

Estudo de impacto ambiental - Exigência legal para o licenciamento de qualquer empreendimento que possa modificar o meio ambiente.

Fauna - conjunto de animais que habitam determinada região.

Fauna silvestre - todos os animais que vivem livres em seu ambiente natural.

Fio d’água – é uma forma moderna de operação de usinas de energia hidrelétrica, onde, apesar de poder haver reservatório, as águas não são armazenadas durante a estação chuvosa para utilização na seca. Não há, portanto, grandes variações do nível do reservatório relacionadas com a operação da usina.

Fitofisionomia - aparência geral de uma determinada vegetação.

 

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Fitoplâncton - é o conjunto de organismos microscópicos que realizam fotossíntese e são adaptados a passar parte ou todo o tempo da sua vida em suspensão em águas abertas oceânicas ou continentais.

Flora - totalidade das espécies vegetais que compreende a vegetação de uma determinada região, sem qualquer expressão de importância individual.

Fragmento florestal - qualquer área de floresta nativa, em estágio inicial, médio ou avançado de regeneração, sem qualquer conexão com áreas florestais vizinhas, separado destas por áreas agrícolas, pastagens, reflorestamentos ou mesmo áreas urbanas.

Fumaça - aerossol constituído por partículas resultantes da combustão incompleta de materiais orgânicos, geralmente com diâmetros inferiores a 1 micron.

Gases - são substâncias que se encontram em estado gasoso a temperatura de 25o C e sob uma atmosfera de pressão.

Geologia - ciência que trata da origem e constituição da Terra.

Geomorfologia - ciência que estuda o relevo da superfície terrestre, sua classificação, descrição, natureza, origem e evolução, incluindo a análise dos processos formadores da paisagem;.

Geotecnia - ramo da geologia que utiliza a informação geológica como subsídio para elaboração de projetos e execução de obras de engenharia.

Habitat - ambiente que oferece um conjunto de condições favoráveis para o desenvolvimento, a sobrevivência e a reprodução de determinados organismos.

Herpetofauna - conjunto de espécies de répteis e anfíbios que vivem em uma determinada área.

Hidrogeologia - ramo da Geologia que estuda o armazenamento, circulação e distribuição da água na zona saturada das formações geológicas, tendo em conta as suas propriedades físicas e químicas, interação com o meio físico e biológico e suas reações à ação do homem.

Hidrografia - ciência que se ocupa da medida e descrições das características físicas dos oceanos, mares, lagos, e rios, bem como das suas áreas costeiras contíguas, com a finalidade em geral, de navegação.

Ictiofauna - conjunto de espécies de peixes que vivem em uma determinada área.

Impacto ambiental - qualquer alteração das propriedades físico-químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam a saúde, a segurança e o bem-estar da população, as atividades sociais e econômicas, a biota, as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente, enfim, a qualidade dos recursos ambientais.

 

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Indicador ambiental - organismo, comunidade biológica ou parâmetro, que serve como medida das condições ambientais de uma área ou de um ecossistema.

Índice de Desenvolvimento Humano - índice que varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) a um (desenvolvimento humano total).

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - medida composta de indicadores de três dimensões do desenvolvimento humano: longevidade, educação e renda. O índice varia de 0 a 1, e quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano.

Latossolo - são solos profundos, em geral muito pobres, ocupando as superfícies mais velhas e estáveis da paisagem. São de textura variável, de média a muito argilosa, porosos, macios e permeáveis, apresentando pequena diferença no teor de argila em profundidade e, comumente, são de baixa fertilidade natural. Existem variados tipos de latossolos, que se diferenciam, dentre vários outros atributos, pela sua cor, fertilidade natural, teor de óxidos de ferro e textura.

Lêntico - ambiente aquático continental em que a massa de água é estacionária, como em lagos ou tanques. Contrário de lótico.

Licença de Instalação - documento que deve ser solicitado antes da implantação do empreendimento.

Licença de Operação - documento que deve ser solicitado antes da operação do empreendimento.

Licença Prévia - concedida na fase preliminar do planejamento do empreendimento ou atividade aprovando sua localização e concepção, atestando a viabilidade ambiental e estabelecendo os requisitos básicos e condicionantes a serem atendidos nas próximas fases de sua implementação.

Lótico - ambiente aquático continental em que a massa de água flui como em rios, arroios e corredeiras. Contrário de lêntico.

Macrófitas aquáticas – é o conjunto de vegetais adaptados ao ambiente aquático.

Manejo - aplicação de programas de utilização dos ecossistemas, naturais ou artificiais, baseada em conhecimentos ecológicos sólidos.

Mastofauna - conjunto das espécies de mamíferos que vivem numa determinada região.

Mata Ciliar - vegetação que margeia os cursos d’água, caracterizada por espécies bem adaptadas à abundância de água, e às frequentes inundações. São importantes na proteção das margens contra a erosão e na manutenção da fauna.

Mata secundária - mata que já foi explorada pelo homem.

 

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Medidas compensatórias - medidas exigidas pelo órgão ambiental licenciador ao empreendedor, objetivando compensar os impactos ambientais negativos decorrentes da implantação do empreendimento tendo em vista a impossibilidade de plena mitigação ou minimização dos mesmos.

Medidas corretivas - medidas tomadas para proceder à remoção do poluente do meio ambiente, bem como restaurar o ambiente que sofreu degradação.

Medidas mitigadoras - aquelas capazes de diminuir o impacto negativo ou a sua gravidade.

Medidas potencializadoras - aquelas capazes de aumentar um impacto positivo.

Meio ambiente - tudo o que cerca o ser vivo, que o influencia e que é indispensável à sua sustentação. Estas condições incluem solo, clima, recursos hídricos, ar, nutrientes e os outros organismos.

Meio Antrópico – relativo aos aspectos sociais, econômicos e culturais decorrentes da presença humana em uma região.

Meio Biótico - relativo aos organismos vivos, ou elementos bióticos de um ecossistema, que são a fauna e a flora.

Meio Físico – relativo ao ar, água, solo, clima, etc.

Nitossolo – são solos de textura argilosa ou muito argilosa que apresentam pouco ou nenhum incremento de argila em profundidade. São normalmente profundos, bem drenados, estruturados e de coloração variando de vermelho a avermelhado, moderadamente ácidos e de fertilidade natural muito variável.

Ornitofauna - conjunto de espécies de aves que vivem em uma determinada área.

Parâmetro bacteriológico – critério a ser utilizado na análise de bactérias presentes nas águas amostradas para análise.

Parâmetro físico – critério a ser utilizado na análise de aspectos físicos (cor, turbidez, etc.) presentes nas águas amostradas para análise.

Parâmetro hidrobiológico – correspondem ao estudo da estrutura, composição e diversidade das comunidades biológicas aquáticas, a saber: fitoplâncton, zooplâncton, zoobentos e macrófitas aquáticas.

Parâmetro químico – critério a ser utilizado na análise de aspectos químicos (pH, elementos químicos, etc.) presentes nas águas amostradas para análise.

Poço tubular - perfurado por máquina, com diâmetro médio de seis polegadas.

 

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Poeiras - são pequenas partículas sólidas, com diâmetro de 0,1 micron a mais de 100 micra, originada de parcelas maiores, por processos mecânicos de desintegração, como lixamento, moagem, etc., ou poeiras naturais como o pólen, esporos, etc.

Poluente - qualquer forma de matéria ou energia que interfira prejudicialmente aos usos preponderantes das águas, do ar e do solo, previamente definidos.

Poluição - efeito que um poluente produz no ecossistema. Qualquer alteração do meio ambiente prejudicial aos seres vivos, particularmente ao homem.

Processos convectivos – transferência vertical de calor na atmosfera.

Qualidade ambiental - estado do ar, da água, do solo e dos ecossistemas, em relação aos efeitos da ação humana. (Ecologia)

Qualidade de vida - aspectos que se referem às condições gerais da vida individual e coletiva: habitação, saúde, educação, cultura, lazer, alimentação, etc.

Quiropterofauna - conjunto de espécies de morcegos que vivem em uma determinada área.

Recursos ambientais - a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

Rede de drenagem - disposição de canais naturais que drenam as águas de chuva e que modelam a topografia de um local.

Relevo - configuração geral de uma paisagem; diz respeito às formas de terreno que compõe a paisagem. (Geomorfologia)

Resíduo sólido - constitui-se de material inútil, indesejado ou descartado, cuja composição ou qualidade de líquido não permita que escoe livremente.

Restituição de água – ação de devolução das águas utilizadas para a geração de energia ao rio. Em um arranjo de geração, o canal de restituição localiza-se após a casa de força.

Ruído - qualquer sensação sonora indesejável ou um som indesejável que invade nosso ambiente, ameaçando nossa saúde, produtividade, conforto e bem estar.

Saneamento - controle de todos os fatores do meio físico que exercem ou podem exercer efeito deletério, sobre o bem-estar físico, mental ou social do homem.

Solo - formação natural superficial, de pequena rigidez e espessura variável. Compõe-se de elementos minerais (silte, areia e argila), húmus, nutrientes (como cálcio e potássio), água, ar e seres vivos, como as minhocas.

Supressão vegetal - extinção, eliminação, desaparição da cobertura vegetal.

 

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Talude - declive íngreme e curto formado gradualmente na base. É o plano inclinado que limita um aterro. Tem como função garantir a estabilidade do aterro.

Termo de Referência - é o documento preparado pelo INEMA que orienta o empreendedor na elaboração do EIA/RIMA.

Terraço - superfície horizontal ou levemente inclinada, constituída por depósito sedimentar, ou superfície topográfica modelada pela erosão fluvial, marinha ou lacustre, e limitada por dois declives no mesmo sentido.

Terraplenagem - preparo do terreno para receber a construção, envolvendo um conjunto de operações de escavação, transporte, depósito e compactação de terras.

Tomada d’água - é a estrutura que permite a condução da água do reservatório para o canal de adução.

Turbidez - medida de transparência de uma amostra ou corpo d’água, em termos da redução de penetração da luz, devido à presença de matéria em suspensão da luz ou substância coloidal.

Unidades de Conservação - são extensões do território nacional, protegidas legalmente, conforme seu tipo.

Vazão - volume de água, medido em litros por segundo ou metros cúbicos por hora, que é retirado de um poço, por meio de uma bomba ou compressor; a vazão pode ser natural, como no caso de uma fonte ou nascente.

Ventos - deslocamentos do ar devido às diferentes condições de temperatura e pressão do ar na Terra; podem ser de dois tipos: planetários (ou regulares) e periódicos.

Vertedouro de soleira livre – vertedouro é a estrutura que permite o controle do nível da água de um reservatório, principalmente em períodos de cheias. A soleira, por sua vez, é a região por onde as águas são liberadas.

Vetor - são seres vivos que veiculam o agente desde o reservatório até o hospedeiro potencial.

Zoobentos – conjunto de animais que vivem no substrato (fundo) dos rios e mares.

Zooplâncton - deriva do grego zoon (animal) e planktos (a deriva), logo, o termo zooplâncton corresponde aos organismos animais que vivem dispersos na água, com meios de locomoção limitados.

 

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SIGLAS

ADA - Área Diretamente Afetada

AID - Área de Influência direta

AII - Área de Influência Indireta

Aneel - Agência Nacional de Energia Elétrica

APAE - Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais

APP - -Área de Preservação Permanente

BEN - Balanço Energético Nacional

CIPA - Comissão Interna de Prevenção de Acidentes

CONAMA - Conselho Nacional do Meio Ambiente

CRBio - Conselho Regional de Biologia

CREA - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia

EIA - Estudo de Impacto Ambiental

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH - Índice de Desenvolvimento Humano

IDH-M - Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IQA - índice de Qualidade da Água

LI - Licença de Instalação

LO - Licença de Operação

LP - Licença Prévia

m3/h - metros cúbicos por hora

PIB - Produto Interno Bruto

PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas

RIMA - Relatório de Impacto Ambiental

SEMA - Secretaria de Estado de Meio Ambiente

 

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SGAI - Sistema de Gestão Ambiental Integrada

SIN - Sistema Interligado Nacional

TR - Termo de Referência

UC - Unidade de Conservação