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QUÍMICA ANALÍTICA VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃO UTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS DE MOHR, VOLHARD E FAJANS Discentes: Carolina Schneider Gabriela Bitto de Oliveira Marisa da Silva Oliveira Pedro Henrique Picelli de Azevedo Docente: Homero Marques Gomes Disciplina: Química Analítica Curso: Engenharia Ambiental 2° ano UNESP FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA FCT – Campus de Presidente Prudente Unesp

Relatório de Química Analítica:: Volumetria de Precipitação

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QUÍMICA ANALÍTICA

VOLUMETRIA DE PRECIPITAÇÃOUTILIZAÇÃO DOS MÉTODOS DE MOHR, VOLHARD E FAJANS

Discentes: Carolina SchneiderGabriela Bitto de OliveiraMarisa da Silva OliveiraPedro Henrique Picelli de Azevedo

Docente: Homero Marques GomesDisciplina: Química AnalíticaCurso: Engenharia Ambiental

2° ano

UNESPFACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIAFCT – Campus de Presidente Prudente

Unesp

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SUMÁRIO

1. Objetivos

1.1. Objetivos gerais ............................................................................................................. 02

1.2. Objetivos da prática ....................................................................................................... 02

2. Introdução

2.1. Volumetria de Precipitação ............................................................................................ 03

2.1.1. Método de Mohr ............................................................................................. 03

2.1.2. Método de Volhard ........ ................................................................................. 04

2.1.3. Método de Fajans ............................................................................................ 04

2.1.4. Indicadores ...................................................................................................... 05

3. Metodologia

3.1. Materiais utilizados

3.1.1. Vidraria e instrumental .................................................................................... 06

3.1.2. Reagentes e soluções ....................................................................................... 06

3.2. Procedimentos experimentais ........................................................................................ 06

4. Periculosidade

4.1. Nitrato de Prata .............................................................................................................. 07

4.2. Cromato de Potássio ...................................................................................................... 07

5.Discussões .....................................................................................................................................08

6. Resultados ................................................................................................................................... 13

7. Conclusão ..................................................................................................................................... 14

8. Referências bibliográficas ............................................................................................................ 16

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1. OBJETIVOS

1.1. Objetivos Gerais

Determinar íons de cloreto pelo Método de Mohr✗

Determinar íons de Ag✗ + pelo Método de Volhard

Determinar íons de cloreto pelo Método de Fajans✗

1.2. Objetivos Específicos

Calcular as concentrações das soluções de Cl✗ - e Ag+

Escrever as reações químicas envolvidas em cada método, inclusive as dos✗

indicadores

Discutir em que se basei a detecção dos pontos finais das titulações nos 3 métodos✗

utilizados na prática

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2. INTRODUÇÃO

2.1. Volumetria de Precipitação

Os métodos volumétricos que se baseiam na formação de um composto pouco solúvel são

chamados de titulações de precipitação. Para que uma reação de precipitação possa ser usada, é

preciso que ela ocorra em um tempo curto, que o composto formado seja insolúvel e que ofereça

condições para uma boa visualização do ponto final.

Infelizmente estas condições somente são alcançadas em poucas reações, devido a falta de

um modo adequado de localizar o ponto de equivalência, por outro lado, em algumas reações este

ponto pode ser identificado pela simples visualização do momento em que deixa de ocorrer a

precipitação.

Um obstáculo que surge ao efetuar uma volumetria de precipitação é que não há existência

de indicadores gerais. Assim, nas volumetrias de precipitação, os indicadores utilizados são

específicos de cada titulação, dependendo da reação química que lhes serve de base.

Entre os métodos volumétricos de precipitação, os mais importantes são os que empregam

solução padrão de nitrato de prata (AgNO3). São chamados de métodos argentimétricos e são

usados na determinação de haletos e de alguns íons metálicos. Para a determinação do ponto final,

podemos utilizar três métodos: Método de Mohr, Método de Volhard e Método de Fajans.

2.1.1. Método de Mohr

Dentre os métodos volumétricos de precipitação, os mais importantes são os que empregam

solução padrão de nitrato de prata. São chamados de métodos argentimétricos e são amplamente

usados na determinação de haletos e outros ânions que formam sais de prata pouco solúveis.

O método de Mohr é um método argentimétrico direto, que usa cromato de potássio como

indicador. Na determinação de cloreto, o haleto é titulado com uma solução padrão de nitrato de

prata usando-se o indicador cromato de potássio. No ponto final, quando a precipitação do cloreto

for completa, o primeiro excesso de íons Ag+ reagirá com o indicador ocasionando a precipitação do

cromato de prata, vermelho.

2 Ag+ + CrO42- ↔ Ag2CrO4(s)

Na determinação de cloretos o ponto final é atingido quando os íons cromato combinam-se

com os íons prata se observando, então, a formação de um precipitado vermelho, pouco solúvel.

Na prática, o ponto final da titulação difere do ponto de equivalência, devido à necessidade

de adicionar excesso de íons prata para precipitar o Ag2CrO4 em quantidade suficiente para ser

visualizado na solução amarelada que já contém o AgCl em suspensão. Este método requer que se

faça uma titulação em branco (aquela em que é titulada uma solução contendo todos os reagentes,

exceto o constituinte em análise) para que se corrija o erro cometido na detecção do ponto final. O

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valor da prova em branco deve ser subtraído do volume da titulação.

A titulação deve ser feita em meio neutro ou levemente básico, para evitar que os íons

hidrogênio reajam com os íons cromato provenientes do indicador. O pH excessivamente alto

também deve ser evitado, pois os íons hidroxila podem reagir com os íons prata da solução titulante

levando à formação do hidróxido de prata, e posteriormente, óxido de prata em solução.

Se o pH da solução for inferior a 6,5, a concentração do íon cromato é de tal ordem que o

produto de solubilidade do cromato de prata, já não é mais atingido e, consequentemente, o

indicador deixa de funcionar, uma vez que este sal é muito solúvel em solução ácida. Por outro

lado, o pH da solução não deve ser superior a 10,5, porque então precipita hidróxido de prata que

posteriormente se decompõem em Ag2O (ppt preto).

As soluções padrões de AgNO3 podem ser obtidas, por via direta, a partir de prata ou de

AgNO3, que são encontrados com as características de padrão primário. Quando se prefere o

método indireto, o título é determinado em relação ao NaCl. As soluções padrões de AgNO3 devem

ser protegidas da ação da luz e são conservadas em frascos escuros.

2.1.2. Método de Volhard

É um método onde ocorre a formação de um complexo solúvel. Sendo um procedimento

indireto de determinação de íons que precipitam com a prata. Neste método, a solução nítrica

contendo o íon prata é titulada com tiocianato de potássio, em presença de íon ferro (III), que é

adicionado em forma de solução saturada de sulfato de amônio e ferro (III) em ácido nítrico 20%.

A solução nítrica contendo os halogenetos é tratada com nitrato de prata em excesso e o

excesso da prata é titulado com solução de tiocianato.

As mais importantes aplicações deste método são as que se relacionam com a determinação

de cloretos (Cl-), brometo (Br-) e iodetos (I-) em meio ácido.

As vantagens do método de Volhard em relação ao de Mohr é o fato de a titulação ser

realizada em meio ácido o que assegura um maior campo de aplicação, há uma economia da

solução de prata e a visualização do ponto final é mais fácil.

2.1.3. Método de Fajans

Fajans introduziu um tipo de indicador para as reações de precipitação, que resultou de seus

estudos da natureza da adsorção. Adsorção é a fixação de duas moléculas de uma substância na

superfície de outra substância. A ação destes indicadores é devida ao fato de que, no ponto de

equivalência, o indicador é adsorvido pelo precipitado e, durante o processo de adsorção, ocorre

uma mudança no indicador que conduz a uma substância de cor diferente. Estes indicadores foram,

então, chamados de indicadores de adsorção. As substâncias empregadas ou são corantes ácidos

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como os do grupo da fluoresceína, que são utilizados sob a forma de sais de sódio, ou corantes

básicos, como os do grupo da rodamina, que são aplicados sob a forma de sais halogenados.

Assim, o aparecimento ou o desaparecimento de uma coloração sobre o precipitado servem

para sinalizar o ponto final da titulação.As condições essenciais para o bom funcionamento dos

indicadores de adsorção são as seguintes:

O precipitado deve se separar com uma superfície específica relativamente grande, pois o

funcionamento dos indicadores de adsorção envolve fenômenos de superfície.

Na titulação de um ânion com um cátion, o indicador deve ser do tipo aniônico, e na

titulação de um cátion com um ânion, o indicador deve ser do tipo catiônico. Ou seja, o íon

indicador deve ter carga oposta à do íon do agente precipitante.

A nitidez do ponto final e a localização deste com relação ao ponto estequiométrico

somente são satisfatórias em condições favoráveis das adsorbabilidades relativas dos íons presentes.

A faixa de pH dentro da qual um corante é capaz de atuar como indicador de adsorção

depende largamente da sua constante de ionização. Assim, a fluoresceína, que é um ácido muito

fraco (pKa = 8), em pH 7 tem sua ionização reprimida, tanto que a concentração do respectivo

ânion se torna insuficiente para acusar mudança de coloração satisfatória. A diclorofluoresceína, que

é um ácido mais forte, é capaz de atuar em meio fracamente ácido (pH 4).

A solução não deve ser muito diluída porque a quantidade de precipitado formada será

pequena e a mudança de cor poderá não ser nítida com alguns indicadores. Uma desvantagem dos

indicadores de adsorção é que os haletos de prata são sensibilizados à ação da luz por uma camada

do corante adsorvido.

2.1.4. Indicadores

Exemplos de Indicadores e seus empregos:

A fluoresceína pode ser usada como indicador na titulação de qualquer haleto com pH 7,

pois ela não deslocará nenhum dos haletos. No caso da diclorofluoresceína, ela poderá deslocar o

íon cloreto com pH 7, mas não desloca em pH 4, por isso que este íon deve estar em pH 4. Já a

eosina não pode ser usada como indicador de cloretos, independentemente do pH, porque se

utilizada ela será fortemente adsorvida.

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3. METODOLOGIA

3.1. Materiais Utilizados

3.1.1. Vidraria e instrumental

Erlenmeyers de 250 mL;

Béquers de 250 mL;

Balão volumétrico de 500 mL;

Pipetas;

3.1.2. Reagentes e soluções

Solução de Cloreto de Sódio (NaClsol)

Solução Padrão de Nitrato de Prata (AgNO3) 0,1 mol/L

Solução Padrão de Tiocianato de Potássio (KSCN) 0,1 mol/L

Ácido Nítrico (HNO3) 6 mol/L

Dextrina a 1%

Indicador de Cromato de Potássio 5% (K2CrO4)

Indicador de solução saturada de Sulfato Férrico Amoniacal (~ 40%)

Diclorofluresceína 0,1%

3.2. Procedimentos Experimentais

Iniciamos a prática com a determinação de íons de cloreto pelo Método de Mohr. Para isso,

transferimos 25,0 ml de solução de NaCl de concentração desconhecida para um erlenmeyer,

adicionando 1 mL do indicador de cromato de potássio 5% e titulamos a solução com a solução

padrão de Nitrato de Prata até o conjunto ficar avermelhado. Repetimos este procedimento por mais

duas vezes e anotamos os volumes de AgNO3 gastos.

Após o Método de Mohr realizamos a determinação de íons de cloreto pelo Método de

Fajans, não seguindo a ordem da prática, devido a Solução Padrão, para a titulação, deste

experimento ser a mesma que daquele. Portanto, transferimos 25,0 ml de solução de NaCl de

concentração desconhecida para um erlenmeyer, adicionando 10 mL de uma suspensão de dextrina

a 1% e 10 mL do indicador de diclorofluresceína 0,1%. Titulamos a solução até o aparecimento de

uma coloração avermelhada. O procedimento foi repetido por mais duas vezes, anotando assim os

volumes de AgNO3 gastos.

E por fim, realizamos a determinação de íons de Ag+ pelo Método de Volhard, transferindo

25,0 mL de solução de AgNO3 de concentração desconhecida para o erlenmeyer. Adicionamos 1 mL

do indicador de sulfato férrico amoniacal (~40%) e 5 mL de HNO3 6 mol/L. A solução foi titulada

com a solução padrão de KSCN até o aparecimento de um precipitado marrom avermelhado.

Repetimos por mais duas vezes, anotando assim os volumes de KSCN gastos.

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4. PERICULOSIDADE

4.1. Nitrato de Prata

Venenoso,Corrosivo, causa queimaduras em qualquer área de contato. Pode se fatal se

ingerido. Nocivo se inalado. Forte oxidante. Pode pegar fogo em contato com outros materiais.

Inalação: Extremamente destrutivo aos tecidos das mucosas e ao trato respiratório superior.

Sintomas incluem sensação de queimadura, tosse, laringite, dificuldade respiratória, dor de cabeça,

náusea e vômito.

Ingestão: Corrosivo. Se ingerido causa severas queimaduras na boca,garganta e estômago.

Causa dores de garganta, vômito de cor escura e diarréia. venenoso! Os sintomas incluem dor,

escurecimento da pele e membranas mucosas, garganta e abdômen, salivação, dores de cabeça,

colapso, choque, coma, podendo levar à morte.

Contato com a pele: CORROSIVO! Sintomas de vermelhidão, dores e queimaduras severas.

Contato com os olhos:corrosivo Deixa a visão embaçada, vermelhidão, dor e queimaduras severas.

Exposição crônica: Ingestões repetidas causam descoloração permanente da pele, da

conjuntiva e membranas mucosas. Inalações repetidas causam problemas nos pulmões.

4.2. Cromato de Potássio

O contato com a forma em pó pode causar irritação no nariz, garganta e olhos. Se inalado

causara tosse e dificuldade respiratória. A forma solida e irritante para a pele e olhos, se ingerido

causara náusea, vômitos ou perda de consciência.

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5. DISCUSSÕES

Foram usados, durante a prática, três métodos de precipitação. No método de Mohr ocorre a

formação de um precipitado colorido, sendo este um método direto; no método de Volhard ocorre a

formação de um composto colorido solúvel, sendo este um método indireto e; no método de Frajans

há o uso dos indicadores de adsorção, sendo este também um método direto.

O metodo de Mohr é um metodo argentimetrico aplicável à determinação de cloreto ou

brometo. Neste método a solução neutra do haleto é titulada com nitrato de prata em presença de

cromato de potássio como indicador. Os haletos são precipitados como sais de prata; cloreto de

prata é branco. O ponto final é assinalado pela formação de cromato de prata, vermelho. O método

baseia-se, pois, na precipitação fracionada, os dois sais pouco solúveis sendo, primeiro, o haleto de

prata e, depois, o cromato de prata.

Pelo processo estequiométrico é determinado a concentração de cloretos. Na primeira parte

do experimento, foi realizada a titulação do cloreto de sódio com nitrato de prata em presença de

cromato; pelo método Mohr. O cromato é utilizado como indicador, este é um indicador químico de

cor amarela, um sal de potássio cuja massa molar é de 194.21 g/mol. Indicador em química

analítica, é uma substância que, acrescentada em uma reação química, indica o andamento e a

finalização desta reação, pela alteração de sua cor no meio reagente. O titulante, o nitrato de prata, é

um sal inorgânico, sólido à temperatura ambiente, de coloração esbranquiçada e sensível à luz, é

bastante solúvel em água, formando soluções incolores.

Neste caso ocorre uma precipitação fracionada, sendo os dois sais pouco solúveis:

o cloreto de prata com Ksol. = 1,2 x 10-10 e ✗

o cromato de prata com Ksol.= 1,7 x 10-12✗

.

O cloreto de prata é o sal menos solúvel e a concentração inicial de íon cloreto é elevada;

portanto, o cloreto de prata será precipitado.

No ponto final, os íons cromato combinam-se com os íons prata para formar o cromato de

prata vermelho, pouco solúvel. No primeiro ponto em que o cromato de prata começa exatamente a

precipitar, teremos ambos os sais em equilíbrio com a solução. Estando as duas fases sólidas, o

cloreto de prata e o cromato de prata, em equilíbrio com a solução, têm-se:

No ponto de equivalência, tem-se uma solução saturada de cloreto de sódio sem excesso de

íons Cl- ou Ag+, portanto:

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Para que o cromato de prata comece a precipitar exatamente neste ponto, a concentração do

íon cromato teria de ser a seguinte:

se a solução do cromato

de potássio for 0,014 M.

As condições da titulação devem ser tais que o cloreto seja quantitativamente precipitado

como cloreto de prata branco antes que a precipitação de cromato de prata vermelho se torne

perceptível; por outro lado, é preciso que o indicador acuse a mudança de coloração com apenas um

leve excesso de prata.

Existem fatores importantes a serem considerados no método de Mohr, são elas a

concentração do indicador e o pH da solução. Se o pH da solução for inferior a 6,5, a concentração

do íon cromato é de tal ordem que o produto de solubilidade do cromato de prata, já não é mais

atingido e, consequentemente, o indicador deixa de funcionar, uma vez que este sal é muito solúvel

em solução ácida. Por outro lado, o pH da solução não deve ser superior a 10,5, porque então

precipita hidróxido de prata que posteriormente se decompõem em Ag2O (ppt preto).

Na segunda parte do experimento determinamos os íons Ag+ pelo método de Volhard. Neste

método uma solução ácida contendo prata é titulada com tiocianato de potássio ou amônio em

presença de íon ferro (III) como indicador.

O método Volhard é um procedimento indireto para a determinação de íons que precipitam

com a prata, como por exemplo o Cl- e S CN-. Neste procedimento, adiciona-se um excesso de uma

solução de nitrato de prata à solução contendo íons cloretos. O excesso da prata é em seguida

determinado por meio de uma titulação, com uma solução padrão de tiocianato de potássio ou de

amônio usando-se íons Fe (III) como indicador.

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O ponto final da titulação é detectado pela formação do complexo vermelho, solúvel de ferro

com tiocianato, o qual ocorre logo ao primeiro excesso do titulante:

Na prática, a determinação dos íons Ag+ foi realizada mediante titulação da solução

contendo ácido nítrico com tiocianato. O ácido nítrico foi adicionado para acidificar o meio,

condição necessária para este método.

O tiocianato de prata é muito pouco solúvel e o indicador acusa o ponto final com a

formação do complexo Fe(SCN)+2 , vermelho intenso. O íon Fe+³ é um indicador extremamente

sensível para o íon SCN-. Ele é adicionado em forma de solução saturada de sulfato de amônio e

ferro(III).

A adição da solução de sulfocianeto produz em primeiro lugar um precipitado de

sulfocianeto de prata (Ksol. = 7,1 x 10-13):

Ag+ + SCN- = AgSCN

Uma pequena quantidade desta solução quando adicionada ao acido cítrico dá uma

coloração levemente alaranjada com o tiocianato. Quando esta reação está completa, o mais leve

excesso de sulfocianeto produz uma coloração castanho-avermelhada, devida à formação de um íon

complexo:

Fe3+ + SCN- = [FeSCN]2+

Portanto, o erro de titulação nesta técnica é negligenciável. Entretanto, cabe observar que, na

pratica, o indicador muda de coloração até 1% antes do ponto de equivalência, devido à adsorção de

íons Ag+ pelo precipitado. È possível, porém, libertar a prata adsorvida simplesmente mediante

agitação da mistura.

O método de Volhard apresenta a vantagem de a tirtulação se processar em meio fortemente

ácido. Não interferem, então, os íons arsenato, difosfato, sulfito, sulfeto, carbonato, oxalato, etc.,

cujos sais de prata são solúveis em meio ácido. Igualmente, não interferem os íons cobre, Cadmo,

ferro, zinco, manganês, cobalto, níquel, etc., a não ser os corados quando em concentração capaz de

dificultar a observação do ponto final.

Agentes oxidantes fortes interferem reagindo com o tiocianato.

Na ùltima parte do experimento, determinamos os íons cloreto pelo método Fajans, com a

utilização de um indicador adsorção, a diclorofluoresceína, este é um método direto. A ação deste

indicador é devida ao fato de que, no ponto de equivalência, o indicador é adsorvido pelo

precipitado e, durante o processo de adsorção, ocorre uma mudança no indicador que conduz a uma

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substância de cor diferente. A teoria da ação deste indicador está baseada nas propriedades dos

colóides.

A dextrina foi utilizada para impedir a coagulação excessiva do precipitado no ponto final,

mantendo uma superfície exposta maior para adsorção do indicador, melhorando a detecção do

ponto final.

Quando uma solução de cloreto é titulada com uma solução de nitrato de prata, o precipitado

de cloreto de prata adsorve íons cloreto, esta é chamada de camada primária de adsorção que fixará

por adsorção secundária, íons carregados opostamente Logo que é atingido o ponto estequiométrico,

os íons prata estão em excesso; estes

ficarão, então, primariamente adsorvidos e os íons nitrato ficarão presos por adsorção

secundária .

Com a diclorofluoresceína também presente na solução, o íon negativo da

diclorofluoresceina, que é adsorvido muito mais fortemente do que o íon nitrato, é imediatamente

adsorvido e revelará a sua presença no precipitado não pela sua própria cor, que é a da sua solução,

mas por uma cor-de-rosa do complexo de prata formado e de um íon diclorofluoresceína

modificado na superfície com os primeiros traços de excesso dos íons prata.

Uma interpretação alternativa é que durante a adsorção do íon diclorofluoresceína ocorra um

rearranjo na estrutura do íon com a formação de uma substância colorida. É importante notar-se que

a mudança de cor se dá na superfície do precipitado. Se, for adicionado cloreto, a suspensão

permanecerá cor-de-rosa até‚ que haja íons cloreto em excesso, quando a prata adsorvida será

convertida em cloreto de prata, que, então, adsorverá primariamente íons cloreto. Os íons

diclorofluoresceína secundariamente adsorvidos passarão de volta à solução, à qual darão uma cor

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amarelo-esverdeada.

Uma desvantagem dos indicadores de adsorção é que os haletos de prata são sensibilizados à

ação da luz por uma camada do corante adsorvido. Quando se usam os indicadores de adsorção,

adiciona-se apenas 2 x 10-4 a 3 x 10-3 mol do corante por mol de haleto de prata; usa-se assim uma

concentração pequena para que uma fração apreciável do indicador adicionado fique realmente

adsorvida sobre o precipitado.

A diclorofluoresceína é um ácido forte e pode ser utilizado em soluções levemente ácidas,

de pH maior do que 4,4; este indicador tem mais uma vantagem, que é a sua aplicabilidade em

soluções mais diluídas. Na titulação dos cloretos pode-se usar a fluoresceína, que fornece o mesmo

mecanismo. Este indicador é um ácido muito fraco (Ka = l x 10-8); portanto, mesmo uma

quantidade pequena de outros ácidos reduz a ionização que já é diminuta, tornando, assim, a

detecção do ponto final (que depende essencialmente da adsorção do ânion livre) ou impossível ou

difícil de se observar. O intervalo ótimo de pH é entre 7 e 10.

O ponto final é acusado pela mudança de coloração sobre o precipitado, que passa de branco

a vermelho em virtude da deposição de fluoresceinato de prata à superfície do precipitado. Trata-se

realmente de um processo de adsorção, pois o produto de solubilidade do fluoresceinato de prata

não chega a ser ultrapassado. O processo é reversível e, como, tal, o corante retorna à solução com

adição de excesso de halogênio.

6. RESULTADOS

6.1. Determinação de íons cloreto pelo método de Morh

No ponto de equivalência da titulação temos:

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6.2. Determinação íons Ag+ pelo método de Vollhard

No ponto de equivalência da titulação temos:

6.3. Determinação de íons cloreto pelo método de Fajans

No ponto de equivalência da titulação temos:

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7. CONCLUSÃO

Realizando a titulação do cloreto de sódio com nitrato de prata pelo método de Mohr, o

cromato é a substância indicadora, que aponta o estágio final da titulação. Na determinação dos íons

Ag+ pelo método de Volhard, uma solução ácida contendo prata é titulada com tiocianato amônio

em presença de íon ferro (III), utilizado como indicador. Na titulação dos íons cloreto pelo método

Fajans, a diclorofluoresceína é utilizada como indicador adsorção.

Entre os métodos volumétricos que se baseiam na formação de um composto pouco solúvel,

as chamadas titulações de precipitação, os mais importantes são os que empregam solução padrão

de nitrato de prata. Para a determinação do ponto final da titulação, pode-se utilizar o Método de

Mohr, Método de Volhard ou Método de Fajans, que contornam o obstáculo das volumetrias

representado pela inexistência de indicadores gerais. Os indicadores utilizados são específicos de

cada titulação, dependendo da reação química que lhes serve de base.

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8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BACCAN N.; Andrade J. C.; Godinho O.E.S; Barone J.S. Química Analitica Quantitativa

Elementar. 3ª Edição. Editora Edgard Blücher Ltda. São Paulo

VOGEL, A. I., “Química Analítica Quantitativa”, 5a edição, Ed. LTC, (1992). volumetria de

precipitação. In Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2010. [Consult. 2010-10-03]. Disponível na

www: <URL: http://www.infopedia.pt/$volumetria-de-precipitacao>.

www2.ufpi.br/quimica/disciplinas/QAQEI/soro.do

http://pessoal.utfpr.edu.br/jcrazevedo/arquivos/pratica12_tit_precip.pdf

http://www.ufpa.br/quimicanalitica/precipitimetria.htm

http://meusite.mackenzie.com.br/nbonetto/disciplinas/apostila_Laboratorio_Quimica_Analitica_Qu

antitativa.pdf

http://www.ebah.com.br/titrimetria-de-precipitacao-doc-a5065.html#

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