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Rua Capistrano de Abreu, 29 – Botafogo / Rua Marques, 19 – Humaitá – 2535-2434 www.sapereira.com.br / [email protected] F2M Ensino Fundamental Relatório do Primeiro Semestre de 2007 1 A chegada, o grupo O ano começou e logo nos deparamos com um grupo esperto e muito entusiasmado. Desde o primeiro instante se encantaram com todas as novidades do segundo ano. Um ano especial, de muito crescimento e de aprendizagens marcantes. Um tempo gostoso... de aquisição de posturas e atitudes que irão marcar o início da vida de um estudante. Falantes, felizes e curiosos precisaram, nesse tempo de chegada, de nossa conduta carinhosa e firme para transformar momentos de conversa e de "passeios" pela sala, em outros de mais atenção e quietude. Foi assim, com a nossa mediação, que todos foram aprendendo os procedimentos da nova série e pouco a pouco se adequando à rotina. Atualmente estão bem mais organizados e autônomos. Procuram cuidar, não só de seus próprios pertences, como também dos jogos, livros e lápis da sala de aula. Participam do planejamento de nossas manhãs e, juntos, comprometem-se a cumpri-lo. De um jeito interessado e dinâmico, interagem com as propostas de estudos e se divertem em aprender. Carnaval e os primeiros contatos com o projeto do ano Entre tantas perguntas, falas e idéias, os papos sobre o nosso Projeto começaram a pipocar a partir da letra do samba do ano, apresentada pela Manoela na aula de Música. "Enorme continente Quanta gente cabe em ti... Já era Carnaval. Rapidamente nos envolvemos numa onda de animação e alegria e, de uma só vez, toda a escola pôde se aproximar do tema de estudo escolhido para 2007: "As Américas". Ouvimos várias marchinhas, propusemos alguns trabalhos plásticos com confete e serpentina e confeccionamos, a muitas mãos, o condor, um dos animais símbolo das Américas, que até hoje nos inspira sobrevoando a Turma Alice Figueiredo Pereira André Pucheu Cazeiro Antonio Nunes da Costa Ernesto Saad Linares Pereira Felipe Horta Lemos Vieira de Oliveira Gabriel Tyco Labouret Joana Teixeira Brodt Joana Vargas Fraga Lopes Pinto Joanna Neoob de Carvalho Chaves João Pedro Campos Veleda Leticia Nery Tomei Luiza Lubiana Alves Maira de Lima Resende Lessa Maria Antonia Pereira da Silva Mello Maria Eduarda Lazoski Ramos Maria Helena Freeland Miquelito Maria Rezende Coutinho Maria Rita Abreu Monte-mor de Morais Markus Ballhausen Arruda Rosa Neves Saad Samia Nascimento de Aguiar Tali Zagarodny Theo Mandelert Pracownik Professores Ana Cecilia Pinheiro Guimarães Manoela Marinho Rego Raquel Liborio Rocha Renato Lent Santos Rosangela Machado de O. Caldas Tânia Maria Peixoto Simões Velozo

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A chegada, o grupo

O ano começou e logo nos deparamos com um grupo esperto e muito entusiasmado. Desde o primeiro instante se encantaram com todas as novidades do segundo ano. Um ano especial, de muito crescimento e de aprendizagens marcantes. Um tempo gostoso... de aquisição de posturas e atitudes que irão marcar o início da vida de um estudante. Falantes, felizes e curiosos precisaram, nesse tempo de chegada, de nossa conduta carinhosa e firme para transformar momentos de conversa e de "passeios" pela sala, em outros de mais atenção e quietude. Foi assim, com a nossa mediação, que todos foram aprendendo os procedimentos da nova série e pouco a pouco se adequando à rotina.

Atualmente estão bem mais organizados e autônomos. Procuram cuidar, não só de seus próprios pertences, como também dos jogos, livros e lápis da sala de aula. Participam do planejamento de nossas manhãs e, juntos, comprometem-se a cumpri-lo. De um jeito interessado e dinâmico, interagem com as propostas de estudos e se divertem em aprender.

Carnaval e os primeiros contatos com o projeto do ano

Entre tantas perguntas, falas e idéias, os papos sobre o nosso Projeto começaram a pipocar a partir da letra do samba do ano, apresentada pela Manoela na aula de Música.

"Enorme continente Quanta gente cabe em ti...

Já era Carnaval. Rapidamente nos envolvemos numa onda de animação e alegria e, de uma só vez, toda a escola pôde se aproximar do tema de estudo escolhido para 2007: "As Américas". Ouvimos várias marchinhas, propusemos alguns trabalhos plásticos com confete e serpentina e confeccionamos, a muitas mãos, o condor, um dos animais símbolo das Américas, que até hoje nos inspira sobrevoando a

Turma

Alice Figueiredo Pereira André Pucheu Cazeiro

Antonio Nunes da Costa Ernesto Saad Linares Pereira

Felipe Horta Lemos Vieira de Oliveira Gabriel Tyco Labouret

Joana Teixeira Brodt Joana Vargas Fraga Lopes Pinto

Joanna Neoob de Carvalho Chaves João Pedro Campos Veleda

Leticia Nery Tomei Luiza Lubiana Alves

Maira de Lima Resende Lessa Maria Antonia Pereira da Silva Mello

Maria Eduarda Lazoski Ramos Maria Helena Freeland Miquelito

Maria Rezende Coutinho Maria Rita Abreu Monte-mor de Morais

Markus Ballhausen Arruda Rosa Neves Saad

Samia Nascimento de Aguiar Tali Zagarodny

Theo Mandelert Pracownik

Professores

Ana Cecilia Pinheiro Guimarães Manoela Marinho Rego

Raquel Liborio Rocha Renato Lent Santos

Rosangela Machado de O. Caldas Tânia Maria Peixoto Simões Velozo

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Compreender, interpretar e memorizar a letra do samba foi o passo inicial para abrirmos um leque de possibilidades e curiosidades sobre o tema. A capa da agenda foi o primeiro encontro com o mapa do continente. Os limites e as linhas traçadas despertaram interesse e logo começaram a surgir conversas sobre países, cidades e capitais. Convidamos as crianças e suas famílias para uma cuidadosa pesquisa sobre as diversas paisagens da América. Coloridas e inusitadas imagens chegaram e apontaram para a diversidade presente nesse grande pedaço de terra. Períodos de apreciação e conversa precederam a criação individual de um mosaico de imagens na capa dos cadernos. "Diários de Bordo" prontos, iniciamos nossa viagem.

América de norte a sul

O que já sabemos sobre essas terras? O que gostaríamos de aprender? O que é que a América tem? Que lista enorme! Cordilheiras, planícies, praias, desertos, geleiras e florestas. Um continente comprido. De muita terra, de muito verde, de frio e de calor. Numa pequena apostila organizamos alguns conteúdos sobre essa diversidade natural. Esse material foi calmamente esmiuçado e degustado pelo grupo. Um vôo breve sobre tantas paragens. Uma "viagem" significativa sobre o todo, para posteriormente fazermos o nosso recorte.

Amazonas: águas, pássaros e seres

Nossos dias são tecidos com calma e escuta. Uma idéia aqui, outra ali, seguem nossas manhãs gordas em histórias e tramas. Chegamos à floresta, ao coração verde do planeta, a Floresta Amazônica. Por que a floresta? Por ser um espaço que assusta e que encanta. Por ser palco de muitas histórias, de contos e lendas. Por ser templo de magia e realidade, de ficção e de ciência.

Por que o rio? Um rio amigo, o Amazonas. Um rio totalmente navegável, com o maior

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volume de água do mundo, que nasce no Peru e que, inserido na floresta, serpenteia pela América do Sul.

Para enriquecer nossos estudos e tentar conhecer um pouco do modo de viver da gente dessa terra, adotamos o livro "Crianças da Amazônia", de Mauricio Veneza. A partir dessa leitura compartilhada

criamos alguns desdobramentos que, de alguma forma, aproximaram as crianças daqui e de lá. Estudamos um pouquinho sobre os índios, suas diferentes formas de viver, alguns hábitos e costumes. Mas foi através de muita contação de histórias que adentramos o universo destes povos. Na Biblioteca, dedicamos muitas horas à leitura de lendas de origem indígena. Pouco a pouco, as crianças foram conhecendo e se apropriando desse tipo de narrativa e logo se tornaram autores competentes. Um bom exemplo foi a produção coletiva "Movimento na Floresta". Nas aulas de Artes e Teatro aproveitamos para apreciar objetos como cestas, ornamentos e instrumentos. A partir de uma atenta apreciação, as crianças experimentaram fazer desenhos de observação apenas com lápis preto. O estudo dos padrões também aconteceu e, desta vez, a produção foi com cola e recortes de papel em preto e vermelho, lembrando o jenipapo e o urucum.

Enfim, ouvir, ver, ler e pensar sobre o modo de viver de outras tantas gentes tão brasileiras como a gente. Escrever sobre a própria rotina e sobre a de outros instiga a comparações e mais reflexões. Amplia a visão de mundo, sublinha a diversidade sem fazer juízo de valor, enriquece a experiência e vai fazendo todo mundo crescer...

Além do livro, assistimos a alguns vídeos e, em muitas rodas, compartilhamos vários depoimentos. Num momento com sabor especial experimentamos cupuaçu, açaí e graviola, paladares excêntricos do norte do Brasil.

Na sala, inauguramos uma farta biblioteca com materiais sobre o assunto, trazidos pelas crianças. Esse espaço, vivido por todos, esteve recheado de revistas, livros, encartes, objetos que, de certa forma, revelaram o interesse dos pequenos pelas Ciências Naturais. Ali aprendem muito, vivem a experiência muitas vezes solitária do pesquisador e, ao mesmo tempo, têm a oportunidade de espalhar aquilo que de forma espontânea lêem e descobrem.

Numa pequena apostila organizamos alguns conceitos sobre hidrografia. De forma interativa, as crianças foram adquirindo alguns conhecimentos e encontrando respostas para muitas curiosidades. De onde vem e para onde vai a água dos rios? O que é margem? E foz? E afluente? E nascente? Depois, nossa trajetória continuou com todos se deliciando, tentando sentir e desvendar os segredos da poesia de Thiago de Mello, no livro "Amazonas: águas, pássaros, seres e milagres". Ao longo de sua leitura, no caderno ou em fichas, outras tantas possibilidades de registros individuais e coletivos surgiram.

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Oportunidades diversas de produção escrita geraram momentos de reflexão, não só sobre os assuntos em questão, como também sobre a própria língua.

Nossa sala constituiu-se como um espaço de pesquisa e muita descoberta. Buscar respostas e criar novas perguntas já é algo natural para nossos pequenos. Todos parecem ter sede de conhecer e, pouco a pouco, com nossa mediação, vão podendo aprender a encontrar, no mundo, as fontes adequadas para tirar dúvidas e para achar as informações que procuram.

Floresta da Tijuca e Jardim Botânico

Fomos à Floresta da Tijuca e ao Jardim Botânico, dois espaços de muito verde, de várias cores e cheiros. Duas grandes florestas encravadas no meio de nossa privilegiada cidade. Lá, apreciamos com cuidado a fauna e a flora e pudemos pensar, ler e conhecer um pouco sobre as espécies vivas da Amazônia, os animais e as árvores.

As árvores, os animais

Iniciamos, em Artes, propondo que as crianças desenhassem esse elemento tão importante e presente na paisagem das florestas: as árvores. Cada um, do seu jeito, desenhou a sua árvore, com flores, folhas e frutos. Em outro momento a proposta de um novo desenho surgiu a partir das fotografias que tiramos no passeio à floresta. Agora não era mais a minha árvore; era preciso representar a árvore que cada um via na imagem. Surgiram novos detalhes, nuances, texturas e cores. Mais tarde, apreciamos as árvores pintadas pelos índios Ticuna e partimos para criar, coletivamente, a nossa instalação de árvores gigantes em papel com tinta guache. Uma experiência muito bacana e realmente inesquecível, talvez por ser em grande dimensão! No Jardim Botânico o desafio era escolher uma espécie da Amazônia para observar e desenhar. Foram muitas as seringueiras e cacaueiros. Aguçando ainda mais a curiosidade de todos, aproveitamos para descrever um pouco as partes que compõem um vegetal e as suas funções. Em seu livro, Thiago de Mello conta carinhosamente sobre alguns animais que estiveram presentes na sua vida na floresta. Aproveitando mais esse interesse das crianças , paramos para pesquisar sobre as características dos animais vertebrados e invertebrados.

Mostra de Artes

Juntamos com muito prazer o fruto de tantos estudos e realizações e produzimos o ambiente da floresta na sala de aula. Tudo o que foi feito gradualmente ao longo desses meses esteve ali coberto de muito significado e emoção. Até mesmo o que ainda não havia sido acabado, o painel de tecidos e bordados feito a muitas mãos, curtido a cada

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passagem das agulhas para lá e para cá, estava presente. A apresentação da lenda criada pela turma, os desenhos e a sonorização feita nas aulas de Música, também. Um bonito processo, um lindo resultado!

Números, hipóteses e problemas

Ao longo destes meses também encontramos tempo para inaugurar e legitimar espaços na rotina para que as crianças pudessem pensar sobre as implicações da Matemática no nosso dia-a-dia. A intenção é deixá-los à vontade para expressar seus conhecimentos, incentivá-los a identificar suas aplicações na vida e, assim, ir ampliando suas relações com mais esta área do conhecimento. No começo, escreveram alguns dados numéricos importantes, que contam um pouco sobre as suas vidas (idade, telefone...). Selecionaram imagens de revistas que poderiam ter relação com a Matemática no cotidiano. O livro de Eva Furnari, Os Problemas Da Família Gorgonzola, chegou às mãos das crianças precedido de um importante momento de degustação do "fedorento" queijo. Uma farra! Encantadas pelos inusitados personagens e pelas irreverentes histórias desse livro tão especial, logo se apaixonaram pelos seus embaraçosos problemas.

A cada encontro estimulam-se com os desafios e buscam fazer seus registros usando diferentes e caprichadas anotações de seus cálculos. Para resolver as operações, não só desses problemas como de outros que propusemos, normalmente usam desenhos, a escrita ou numerais. Costumam realizar, também, algumas decomposições, o que é importante para aproximá-las das regras do nosso sistema de numeração.

Ao longo desse encantador processo, temos buscado valorizar, observar e analisar os procedimentos pessoais de cálculo de cada criança e selecionamos alguns para serem socializados e discutidos no grupo. Dessa maneira, pouco a pouco, as crianças vão descobrindo novas estratégias,chegam a conclusões importantes e compartilham idéias. Assim, reorganizam e ampliam seus conhecimentos construindo mais recursos de cálculo eficiente para resolver diferentes tipos de situações problema.

Uma caixa repleta de jogos, dados e baralhos faz parte do acervo de materiais da nossa sala. Em diferentes momentos e de diversas formas usamos esses materiais que encantam as crianças que, com toda a autonomia, se organizam para utilizá-los.

Já se somam muitas descobertas e aprendizados. Estamos concluindo o semestre com conhecimentos já construídos sobre os números, com todos sabendo boas maneiras de realizar contagens e diferentes jeitos de formar dez.

Mais crescidos, ainda muito falantes e sempre muito curiosos, agora só têm olhos e ouvidos para o desfecho de nossos estudos e para Festa de São João!

Muito forró e quadrilha no Arraiá em São Cristóvão e nos recreios no Pereirão!! Em agosto a gente volta! Já é certo que nossa primeira parada será no Peru! Aguardem!

Música _________________________________________________________

C omeçamos o ano nos preparando para o bloco da escola. Aprender o novo samba foi uma alegre maneira de introduzir o tema do Projeto Institucional. Depois do bloco, relembramos marchinhas, falamos um pouco sobre a história do

Carnaval e sobre as escolas de samba. Dando ênfase à bateria das escolas de samba, falamos sobre cada instrumento que compõe esse grupo, como ele é tocado e qual a sua função.

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Na volta do Carnaval, iniciamos uma atividade de prática de conjunto, utilizando a música "La Cucaracha", do folclore mexicano, como tema. Primeiro ouvimos algumas versões, com diferentes arranjos, e a partir daí passamos a criar o nosso próprio arranjo.

Cantar uma letra em espanhol se tornou uma forma divertida de aprendermos a melodia. Com a letra decorada e o sotaque caprichado, passamos a explorar as possibilidades rítmicas da música. A turma foi dividida em três grupos e cada um desenvolveu um padrão rítmico vivenciado no corpo. Depois de sentir o ritmo no corpo, ficou mais fácil passá-lo para o instrumento. Utilizamos caxixi, clave e pandeiro para montar nossa banda.

Pensando nos nativos americanos, começamos uma atividade de exploração do ambiente sonoro de uma floresta. Escolhemos a canção "Tso Ere Poma", da tribo Karitiana, Rondônia, e cantamos em sua língua. Karitiana é a única língua sobrevivente da família Arikém, representante do tronco Tupi. Para acompanhar a melodia, imitamos com os instrumentos da escola, sons de chuva, rio, vento, bichos, que foram previamente explorados pelas crianças durante as aulas.

Dessa atividade, surgiu uma parceria com as aulas de projeto, onde as crianças criaram uma história inspirada nas diversas leituras das lendas indígenas do norte do país. A história foi ilustrada e transformada em uma sequência de slides que teve, como fechamento, a apresentação da "Orquestra Floresta" tocando e cantando a música que trabalhamos em aula. Esse trabalho pôde ser visto na Festa Pedagógica.

Teatro _________________________________________________________

B uscando uma integração com o projeto de pesquisa da turma, iniciamos as atividades das aulas de Teatro mergulhando no imaginário indígena. Apresentamos o Manual de aventuras do Papa-Capim, de Maurício de Souza, e

dele aproveitamos algumas brincadeiras indígenas. Nomes, povos, hábitos, comidas, enfim, muitas curiosidades sobre os nossos índios foram, num primeiro contato, saciadas através do olhar desse personagem tão conhecido das crianças, o Papa-Capim.

Os primeiros pilares das aulas de Teatro foram sendo construídos assim, a partir do contato com alguns aspectos da cultura indígena brasileira, tanto dos que se aproximam por semelhança como dos que marcam por sua diversidade. Resgatamos e incorporamos alguns desses elementos, como a necessidade de fazermos sempre a roda-ritual antes de iniciarmos quaisquer atividades. "É preciso fechar o círculo mágico. Sem ritual não há magia, e sem magia não há teatro", dizíamos. Também os fizemos "Abrir os ouvidos para deixar entrar o silêncio" precioso, que propicia um estado de atenção e concentração, tão necessários aos indígenas que habitam nossas florestas quanto às crianças e aos professores no desenrolar das aulas! Seguiu-se, assim, uma etapa que incluía observação, reconhecimento e investigação sensorial da natureza, de seus sons, cheiros e gostos.

Num segundo momento, chegaram as histórias. Trouxemos o livro "Lendas e Mitos dos Índios Brasileiros", de Wade-mar de Andrade e Silva. Lemos e dramatizamos várias dessas lendas. Daí surgiu a idéia de selecionarmos algumas para que fossem contadas, utilizando uma técnica que transformava alguns objetos indígenas como cestos, cocares, esteiras, colheres, ventarolas, vasilhames, flexas etc em personagens. Num exercício plástico no qual as crianças abstraíam o uso comum desses objetos dando a eles novos sentidos, surgiu uma nova possibilidade de dramatização, na qual esses objetos ganhavam vida através da imaginação e das vozes das crianças. Apropriadas dos elementos

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característicos desse tipo de texto, as próprias crianças puderam criar, em grupo, nas aulas de Projeto, sua história incorporando os elementos míticos que haviam explorado nas leituras anteriores. Essa história foi vivida, dramaticamente, em diversas aulas, desenvolvendo a capacidade de interpretação verbal e gestual, até que chegamos ao momento de gravação que acompanhou a projeção das ilustrações que compõem o colorido livro virtual. Esse trabalho ainda pôde contar com a parceria das aulas de música para uma ambientação sonora e um fechamento musical que vocês puderam conferir na Mostra de Artes.

Expressão Corporal _________________________________________________________

N o início do ano, nossas aulas foram dedicadas ao samba da Sá Pereira. Aproveitamos o carnaval para... dançar, é claro! E falar um pouco dessa festa popular tão alegre e divertida! A letra do samba foi um gancho para começarmos

a trabalhar o Projeto Institucional e fazer brotarem as idéias para próximos projetos de estudo. Embarcamos, a partir do samba, numa pesquisa das danças latinas. Nos aquecimentos, as crianças foram estimuladas a dizer quais são essas danças e, entre erros e acertos, fomos abordando o que conhecemos dos ritmos, das influências e misturas que tanto enriquecem e esquentam o solo americano!

Dançamos louvando o Deus Sol, em rodas de cantigas e gestos que reverenciavam a natureza, a terra e a lua como "Pacha Mama, Madre Tierra", "Terra meu corpo..." e outras. Com o jazz, o soul, o samba, a marcha, o tango e a salsa nos divertimos muito. Cada música inspirando um diferente acento e uma qualidade específica no movimento com o corpo.

Ao longo de todo o semestre as crianças participaram de jogos lúdicos e de atividades com o corpo coordenando seus movimentos em manobras de equilíbrio, saltos e rolamentos. Realizamos, também, dinâmicas coletivas trabalhando confiança, sensibilização e cooperação em exercícios que levam nomes sugestivos como colchão humano, guia do amigo, escultura do corpo, pirâmides etc..

Reunimo-nos em roda, realizando aquecimentos, dançando e cantando, fazendo relaxamento, alternando pares e trios em jogos de grupo. Nessa brincadeira fizemos canoas de gente, diagonais no espaço, deslocamentos e improvisos.

Vimos imagens de crianças sambando no morro, num clip do Chico Buarque, e dançando um tango, numa cena escolar de um filme de Carlos Saura. Outros vídeos de salsa foram apresentados e improvisamos em grupo e individualmente. Combinamos um baile onde todos, caracterizadas, usaram adereços que lembravam esse universo latino. Ao som do álbum GOTAN, uma versão contemporânea do tango, dançamos e gravamos o tal baile. Depois vimos essas imagens e conversamos sobre nossa movimentação e das outras turmas!

Fechando o semestre, a turma se divertiu caindo na farra da quadrilha junina!!!

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Educação Física _________________________________________________________

"Há muitas causas que precisam da paixão que anima os torcedores. Brinquemos, pois. É preciso rir (...)"

Rubem Alves

Embarcamos, juntos, numa grande viagem pelas Américas e, para completar, teremos a realização da edição dos Jogos Pan-Americanos no Rio de Janeiro. Este fato nos ajuda a incentivar ainda mais àqueles que já possuem o hábito da prática esportiva e, também, a despertar o gosto pelos esportes e atividades físicas nos que ainda não o possuem.

Queimado, pique-bandeira, futebol, basquete e handebol, além das brincadeiras lúdicas, incentivaram a cooperação, o espírito esportivo e a competição de forma ética, e também animaram as manhãs e tardes no Pereirão.

Quanto à capacidade de organização em grupos, a garotada foi desafiada a montar as equipes para jogar, sem a interferência dos professores. Saíram-se muito bem, apesar de algumas discussões que consideramos importantes para que as crianças desenvolvam sua capacidade de argumentação e organização e iniciar logo as partidas sem perder o tempo do recreio.

Essa turma já se acostumou com o Pereirão. Aprenderam que cair não significa se machucar. Estão mais soltos, escolhendo e pedindo determinados jogos. Brincalhões e bem humorados, estão sempre rindo e fazendo piadinhas.

As regras básicas já foram absorvidas e começamos a dificultá-las, exigindo um pouco mais de nossos pequenos; afinal de contas, eles perderam, este ano, o título de mascotes da escola.

Essa meninada é bastante dispersa e adora as brincadeiras isoladas durante a apresentação de algum jogo. Sempre acham que já sabem e resistem a escutar nossas explicações. Normalmente, o jogo é iniciado antes que as regras sejam completamente esclarecidas e, então, acabam percebendo que o jogo é diferente. Sem problemas, voltamos tudo e recomeçamos com atenção total.

Nosso tão esperado Pátio Sobre Rodas aconteceu e, munidos de skates, patins e patinetes, meninos e meninas se concentraram para cumprir as regras da brincadeira, testaram o equilíbrio em manobras radicais e desafiaram os limites, respeitando as possibilidades de cada um. Os que "avançavam o sinal" ou excediam o "limite de velocidade" e eram multados com a espera do lado de fora por alguns minutos, aproveitavam para dar um show de coleguismo emprestando o material para os que não haviam trazido e ajudando os que não tinham tanta experiência.

O sucesso foi tão grande que pudemos ouvir frases do tipo: "Eu não gostei, eu AMEI!" "Quando será o próximo?". Diante disso, pretendemos repetir a brincadeira no segundo semestre.

As estafetas ou competições por equipes, adaptadas às turmas, ajudaram nossas meninas e meninos a aperfeiçoar as ações motoras de correr, saltar e rastejar, bem como quicar, chutar, passar e tocar a bola com maior destreza.

Para encerrar o semestre, planejamos o Pereirão Junino e os Primeiros Jogos Pan-

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americanos da Sá Pereira.

Falaremos deles no relatório do final do ano.

Tribo _________________________________________________________ Espaço coletivo de aprendizagens, a escola é, inevitavelmente, um espaço de conversa, de dúvidas e certezas, de escuta e expressão de opiniões, de discussão, questionamento, reivindicação e busca de soluções, de reflexão, de encontros e desencontros consigo e com o outro. A escola, em todos os seus tempos e espaços, por ser um ambiente de coletividade por excelência, instiga e acolhe todas essas práticas de participação e cidadania.

Nossa Tribo garante o exercício e o aprofundamento dessa convivência coletiva, tornando o espontâneo pensável e possível de aprimoramento. É um momento de pausa ao ritmo dinâmico de pesquisa, estudo, produção e vivências corporais e criativas para focar cada um de nós em nós mesmos, nesse grupo, nessa escola, nesse mundo. E, focando, indagar, opinar, entender, participar com o seu pensar e suas vivências, dando opiniões e escutando outras idéias.

Logo no primeiro encontro, como todos os anos, a escrita de um desejo, um sonho vinculado à vida de estudante nesse novo momento / ano / série que se inicia. Com exceção dos Segundos Anos e dos alunos novos, todos já sabem o que acontecerá com esses escritos na última Tribo do Ano. Mas sabem que o mais importante não é o fim, mas o processo de busca para que seu desejo se realize e do quanto é preciso estar implicado e empenhado nessa busca.

As Regras de Convivência nos acompanharam durante todo o semestre. Lemos, discutimos, participamos de jogos, assistimos a filmes que provocassem reflexões a fim de entender cada uma delas, cada vez mais e melhor. Desde os pequenos até os mais velhos da escola, percebemos um interesse sempre presente nessas atividades, uma participação efetiva, numa constante auto-avaliação sobre as regras que já dão conta e aquelas que precisam melhorar. Trabalhar sobre um texto documentado na Proposta Pedagógica da escola dá às crianças um sentimento de compromisso e seriedade, e uma certeza de efetiva participação. A qualidade do envolvimento de todos é que nos permite fazer essa avaliação.

As especificidades de cada grupo também direcionaram o trabalho da Tribo. Disciplina, regras do futebol e de brincadeiras, boletins, avaliações, auto-avaliações, postura de estudante, comportamento nos passeios são alguns dos assuntos que desenvolvemos, ora mais, ora menos, de acordo com as prioridades e necessidades de cada turma. Para ampliar essas discussões mais específicas, além das clássicas conversas, utilizamos também imagens em apresentações, filmes, dinâmicas e jogos.

O relaxamento, sempre presente, desejado e muito apreciado por todos, não pode faltar. Esse pequeno, mas intenso, momento de encontro consigo mesmo, percebendo toda a riqueza e grandeza de corpo, mente, sentimentos, afetos e sentidos em cada um, dá uma dimensão nova desse estar no mundo e recursos para, se percebendo, perceber o outro e o contexto, seja ele qual for, com mais equilíbrio e possibilidades de agir e de cuidar.

No próximo semestre novos caminhos, outros assuntos e temáticas surgirão. Apesar de, provavelmente, falarmos menos de Regras de Convivência, elas certamente estarão

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presentes porque estamos mergulhados num espaço de permanente convivência e, por isso mesmo, aprendendo o diálogo e o respeito mútuo. Especialmente porque é na intencionalidade da discussão e reflexão que garantimos muitas aprendizagens que poderiam se perder numa vivência apenas espontânea.

Inglês _________________________________________________________

O ano começou bem animado! Iniciamos relembrando alguns de nossos grandes "hits" e recuperando o momento musical, tão importante nos nossos encontros. A turma recebeu novos amigos e as músicas ajudaram bastante em sua adaptação.

Retomamos, também, as brincadeiras do ano passado para depois partir para as novidades deste ano.

Ganhando uma nova característica, os jogos podem ser usados para apresentar frases e vocabulários de uma maneira mais complexa, de forma que as crianças possam ter um espaço para arriscar algumas palavras e até mesmo pequenas frases. O conteúdo, tanto de conversação como da estrutura gramatical, partiu das construções que fazem parte da rotina diária das aulas. As músicas que usamos para dizer Hello, as perguntas relacionadas ao tempo (ensolarado, chuvoso, etc) e aos dias da semana foram algumas idéias que direcionaram o projeto. Acrescentamos conteúdos básicos como cores e números, com a grande novidade de apresentarmos a palavra escrita juntamente com a representação gráfica de cada conceito aprendido.

Buscando fazer um "link" com o projeto, encontramos nas civilizações pré-colombianas uma fonte para ideal para orientar nossas pesquisas. A maneira como esses povos adoravam o sol e outros elementos da natureza serviram como gancho para falarmos sobre os temas escolhidos.

As rodas de conversas, que marcam o início das aulas, garante um espaço para a troca de novidades e a cantoria de nosas músicas!Foi assim que aconteceram nossas conversas sobre as férias e depois sobre o Carnaval.

Na semana antes do Carnaval, trabalhamos com uma música, já conhecida pelo grupo, com ritmo caribenho, que fala do Carnaval.

"What color is the Sun?" fez com que a cor Yellow invadisse a sala de aula! Revisamos as cores e, com uma visita ao Pereirão, investimos na ampliação do vocabulário. Sentindo e observando o sol, registramos algumas palavras que expressam as sensações que o sol nos proporciona: o calor, a luminosidade, a alegria. Surgiram as palavras HOT e também o oposto, COLD. Brincamos de "morto/ vivo". Com as palavras vulcão, fogão, sol, fósforo, panela no fogo, fogo e gelo, geladeira, freezer, homem de neve, neve, milkshake, sorvete picolé fizeram um registro no caderno com desenho e texto.

Buscamos um mito para ilustrar melhor a força que esse astro exerce sobre os humanos: o conto da criação do primeiro inca: Manco Capac. Preparamos uma encenação com música andina ao fundo e tudo. Ficaram curiosos para saber mais sobre os personagens e fascinados com a beleza da história e das imagens dos dois irmãos, Manco Capac e Mama Ocllo. Cada criança desenhou, no caderno, uma história em quadrinhos com as partes mais importantes do conto.

Vimos, também, alguns slides com representações do Sun God, nomeado pelos incas de

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F2M Ensino Fundamental Relatório do Primeiro Semestre de 2007 11

INTI, e ficaram impressionados com as diferentes formas, cores e estilos. Observaram que, nas representações, o Sol aparecia com um rosto: nariz, olhos, orelhas e boca! E resolveram criar seu próprio Deus Sol. Algumas crianças se ofereceram para elaborar o desenho base, enquanto o resto da turma cortava papéis dourados e amarelos para a colagem. Apresentamos um vídeo com a música "Here comes the sun", cujas imagens encantaram a todos.

A palavra "Winter" apareceu na música, chamando a nossa atenção. Partimos dela para conversar sobre as estações do ano. Quantas e quais são as estações do ano? Que imagens traduzem melhor cada uma delas? No Brasil, especialmente no Rio de Janeiro, percebemos bem a mudanças das estações? Conversamos sobre esse tema e observaram que, aqui, não sentimos muito a diferença.