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RELATÓRIO E CONTAS 1º SEMESTRE DE 2008 CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

RELATÓRIO E CONTAS 1º SEMESTRE DE 2008 CAIXA …web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/PCS19981.pdf · No primeiro semestre de 2008, a actividade consolidada da Caixa Económica Montepio

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RELATÓRIO E CONTAS 1º SEMESTRE DE 2008

CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL

1

I – SUMÁRIO EXECUTIVO

1. Actividade Individual 2

2. Actividade Consolidada 4

II – ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS

1. Enquadramento Macroeconómico e de Mercados 5

2. Orientações Estratégicas 11

III – CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL – Actividade Individual 1. Indicadores Globais 12

2. Variáveis de Gestão de Negócio 13

3. Gestão de Riscos 17

4. Evolução da Actividade Global 20

5. Análise Financeira 24

6. Indicadores de Solidez Financeira e Prudenciais 29

7. Notações de Rating 32

8. Responsabilidade Social 33

IV - CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL – Actividade Consolidada

1. Indicadores Globais 34

2. Perímetro de Consolidação 35

3. Evolução da Actividade Global 37

4. Resultados, Eficiência e Rendibilidade 38

5. Indicadores Prudenciais 40

V – DECLARAÇÃO EM CONFORMIDADE

41

VI – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, NOTAS E RELATÓRIOS DE AUDITORIA

Balanços e Demonstrações de Resultados 42

Notas às Demonstrações Financeiras e Relatórios de Revisão Limitada 46

2

I - SUMÁRIO EXECUTIVO 1. ACTIVIDADE INDIVIDUAL Tendo presente os objectivos estratégicos do Montepio, onde a criação de valor para o Associado se assume como propósito central, e num contexto de mercado particularmente complexo, influenciado por factores adversos, os principais factos e indicadores de desempenho do Montepio, que marcaram o 1º semestre de 2008 foram os seguintes:

Os Resultados Líquidos foram de 22,6 milhões de euros;

O Activo Líquido registou uma variação homóloga de +10,9%;

O Produto Bancário ascendeu a 202,1 milhões de euros, com os seguintes contributos:

o Crescimento homólogo da Margem Financeira em 3,9% (atingindo os 169,9 milhões de euros);

o Significativo crescimento do Resultado de Serviços Prestados a Clientes (+12,4%), alcançando 41,3 milhões de euros;

O crédito a clientes cresceu 5,8% em termos homólogos e reflecte a prossecução da estratégia de diversificação da actividade, nomeadamente por via de:

o Crescimento do crédito individual aos particulares (+20%);

o Crescimento do crédito aos segmentos de empresas (+8,1%), nomeadamente nas finalidades de Investimento (+12,4%) e Tesouraria (+16,4%);

Os recursos de Balanço registaram um crescimento homólogo de 8,9%, por via do crescimento dos depósitos (+3,6%) e dos títulos colocados em clientes (+55%). Os recursos de desintermediação registaram uma variação de -1,7%, influenciados positivamente por um aumento na captação de seguros de capitalização (+12,1%) e, negativamente, pela redução nos fundos de investimento mobiliário (-9,9%), resultado do contexto desfavorável dos mercados accionistas;

Os Gastos Operacionais ascenderam a 129,5 milhões de euros (+10,4%), reflectindo o efeito do aumento dos Gastos com Pessoal de 13,1%, pela dotação adicional extraordinária ao Fundo de Pensões. Em consequência, o rácio CIR (Cost to Income), medida do peso dos Gastos Operacionais no Produto Bancário, fixou-se em 64,1%. Isolando este efeito, os Gastos Operacionais e os Gastos com Pessoal observariam crescimentos em linha com a política de contenção seguida, de 5,4% e 4,8%, respectivamente;

A rede de balcões em Portugal cresceu 17 unidades (de 296 para 313). No mesmo período, o número de trabalhadores manteve-se praticamente inalterado (de 2.969 para 2.973), demonstrando o resultado do esforço de gestão de recursos humanos orientado para a expansão da rede comercial contendo o quadro de pessoal;

Os Resultados Líquidos estão fortemente influenciados pelo efeito referido do Fundo de Pensões, pelo que registam uma redução de 37,2% face ao período homólogo, traduzindo um ROE (Return on Equity) de 5,26%, que mede a rendibilidade dos Capitais Próprios, enquanto o ROA (Return on Assets), medida de rendibilidade do Activo, apresentou o valor de 0,27%;

O Rácio de Crédito e Juros Vencidos a mais de 90 dias registou o valor de 2,36%, reflectindo, por um lado, o abrandamento do ritmo de crescimento da carteira de crédito hipotecário (decorrente da estratégia de diversificação adoptada), e por outro, o actual contexto do mercado imobiliário;

Aumento do capital institucional em 25 milhões de euros;

3

Manutenção dos indicadores prudenciais em níveis confortáveis: o rácio de solvabilidade fixou-se em 10,24% e o Tier I em 7,32%;

Os níveis de liquidez apresentam-se numa situação confortável: o rácio de liquidez registava o valor de 103,63% a 30 de Junho, quer devido ao crescimento dos recursos de balanço, quer pela emissão de uma nova operação de titularização de créditos à habitação, no valor de 1.000 milhões de euros (Pelican Mortgages Nº 4).

O esforço de relacionamento com os Associados realizado pelo Montepio, teve os seguintes resultados, comparando com o período homólogo:

Crescimento de 5,8% do número de Associados, elevando-se para 421.767 em 30 de Junho de 2008;

Aumento de 10,6% do número de inscrições, totalizando 706.799 no final do 1º semestre, sustentando o esforço de maior penetração de modalidades mutualistas na base associativa;

O Activo Líquido do Montepio Geral – Associação Mutualista (MGAM) totalizou o valor de 2,3 mil milhões de euros, significando um crescimento de 6,8%.

4

2. ACTIVIDADE CONSOLIDADA No primeiro semestre de 2008, a actividade consolidada da Caixa Económica Montepio Geral (designação abreviada para Montepio), apresentou os seguintes resultados:

O Resultado Líquido totalizou 23,7 milhões de euros;

Os níveis de rendibilidade e de eficiência foram afectados pelo contributo extraordinário para o fundo de pensões e pelas condições conjunturais da actividade. Assim, o ROE (return on equity) foi de 5,9% e o CIR (cost to income) foi de 64,3%;

No que diz respeito à solidez financeira, destaca-se o bom desempenho dos indicadores: o rácio de solvabilidade era de 10,08% e o Tier I de 7,09%;

Relativamente à qualidade dos activos, o rácio de crédito e juros vencidos consolidado, com mais de 90 dias, era de 2,28%.

5

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Mar

-08

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-08

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08

(Índice)

Indicador de Sentimento Económico (CE)

Zona Euro PortugalFonte: Eurostat.

II – ENQUADRAMENTO DA ACTIVIDADE E ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS 1. ENQUADRAMENTO MACROECONÓMICO E DE MERCADOS A conjuntura macroeconómica no primeiro semestre de 2008 ficou marcada, por um lado, pelo

abrandamento da actividade económica global, decorrente, em grande medida, dos problemas

desencadeados pela crise do crédito hipotecário subprime nos Estados Unidos (EUA), cujos principais

impactos se fizeram sentir a partir de Julho de 2007, e, por outro lado, pela presença de fortes pressões

inflacionistas, essencialmente associadas à escalada verificada nos preços das matérias-primas.

Nos EUA, após a contracção do PIB real verificada no 4º trimestre de 2007 (4ºT2007), -0,2%, em termos

anualizados, o crescimento do PIB acelerou, registando uma taxa de crescimento trimestral anualizada de

0,9% no 1ºT2008. Para o 2ºT2008, a primeira estimativa do PIB veio apontar para uma nova aceleração

da actividade, para um crescimento de 1,9%, evolução que acabou por ser, em parte, suportada pela

dinâmica verificada no consumo privado (+1,5%), provavelmente em reflexo das políticas fiscais

desencadeadas pela Administração americana. Por seu lado, no mercado laboral, assistiu-se a uma

deterioração da situação ao longo do semestre, com a taxa de desemprego a subir dos 5%, no final de

2007, para os 5,5%, em Junho de 2008. Ao nível da inflação, a taxa de variação homóloga do IPC atingiu

os 5%, em Junho, bastante acima da taxa verificada um ano antes (2,7%).

Na Zona Euro, depois do crescimento do PIB real,

no 1ºT2008, ter acelerado face ao trimestre

anterior para os 0,7% (+2,1%, em termos

homólogos), a estimativa avançada do PIB, para o

2ºT2008, veio apontar para uma diminuição

trimestral de 0,2% (+1,5%, em termos homólogos),

algo que já se antecipava, tendo, nomeadamente,

em consideração alguns dos indicadores

macroeconómicos que foram sendo divulgados no

segundo trimestre (os indicadores PMI, relativos à

actividade nos sectores industrial e dos serviços, os índices de confiança, etc.). Não obstante a taxa de

desemprego na Zona Euro manteve-se entre Dezembro de 2007 e Abril de 2008, nos 7,2%, o que

correspondia ao nível de desemprego mais baixo dos últimos 25 anos, tendo, posteriormente, subido

ligeiramente para os 7,3%, onde se manteve até final do semestre. Mas foi do lado da inflação que

surgiram os principais constrangimentos à actividade durante este primeiro semestre, com a variação

homóloga do IPC a passar dos 3,1%, em Dezembro de 2007, para os 4%, em Junho.

Em Portugal, o abrandamento económico verificado foi substancialmente superior ao verificado na média

dos países da Zona Euro, tendo mesmo resultado num 1ºT2008 de contracção da actividade, com o PIB

6

real a decrescer 0,1% em termos trimestrais (+0,9%, em termos homólogos). Para o 2ºT2008, a estimativa

rápida do PIB já aponta para um crescimento trimestral positivo (+0,4%), estando associado a um

crescimento homólogo semelhante ao verificado no trimestre anterior (+0,9%). Do lado do mercado

laboral, o último dado disponível, relativo a Junho, dá conta de uma taxa de desemprego, ajustada de

sazonalidade (Eurostat), de 7,4%, que compara, positivamente, com os 7,6% observados em Dezembro

de 2007 e os 8,1% observados em Junho de 2007. Relativamente à inflação, apresentou uma tendência

de crescimento, tendo a taxa de variação homóloga do IPC atingido os 3,4%, em Junho, 0,7 p.p. acima da

taxa verificada no final de 2007.

Em termos globais, as pressões inflacionistas

identificadas neste primeiro semestre foram

impulsionadas pela forte subida dos preços

verificada nas matérias-primas, designadamente

no petróleo e nos bens agrícolas. Efectivamente,

as valorizações registadas nos preços do petróleo

são passíveis de poder caracterizar o período

como o de um terceiro choque petrolífero.

Os contratos de futuros do Brent iniciaram o ano

a valer 93,89 dólares/barril, terminando o

semestre nos 139,3 dólares/barril, o que se

traduziu numa valorização de 48,4% durante o

primeiro semestre. Do lado dos bens agrícolas,

tivemos o Milho e o Arroz a encabeçarem a lista

dos produtos que apresentaram as maiores

valorizações semestrais (cerca de 59,1% e

49,2%, respectivamente).

Mercado Monetário Neste contexto de abrandamento económico e forte aceleração da inflação e, paralelamente, com as duas

principais economias mundiais, EUA e Zona Euro, por um lado, a reagirem à crise hipotecária de uma

forma desfasada, em termos de crescimento económico, e, por outro lado, a verem as suas políticas

monetárias entregues a autoridades que se regem por objectivos (balanceamento entre crescimento e

inflação) ligeiramente diferentes, assistiu-se, neste primeiro semestre, à continuação de ciclos de política

monetária igualmente diferentes. Assim, a Reserva Federal dos EUA (Fed) prosseguiu, durante o primeiro

semestre, a sua política de corte de juros iniciada na segunda metade de 2007, tendo colocado a taxa dos

Fed Funds, a taxa de juro de referência do país, nos 2%, no final de Junho, quando, no início do ano, esta

se encontrava 225 pontos base (p.b.) acima, nos 4,25%. As principais taxas no mercado interbancário

reflectiram a queda verificada na taxa directora, embora tendo sido acompanhada de um alargamento dos

respectivos spreads, reflectindo falta de liquidez no sector financeiro.

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Fonte: Bloomberg

Evolução dos Preços do Petróleo

Brent WTI

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30-0

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(Jan.2008=100)

Fonte:Bloomberg

Evolução dos Preços dos Bens Agrícolas

Milho Trigo Arroz

7

Já o Banco Central Europeu (BCE) manteve inalterada nos 4% a taxa de juro de referência na Zona Euro,

a Refi Rate, durante todo o primeiro semestre do ano, em linha com a expectativa do mercado e com o

que tinha acontecido durante toda a segunda metade de 2007. A explicar esta diferença de política face

aos EUA esteve o menor abrandamento económico registado na Europa, bem como a maior aversão do

BCE face à inflação, que, em Junho, ascendeu aos 4%, o dobro da meta fixada pela autoridade monetária.

No mercado interbancário, não obstante a permanência da taxa de juro directora inalterada, as principais

taxas de juro registaram um comportamento ascendente (alargamento dos spreads), resultado,

essencialmente, dos já referidos problemas no

sistema financeiro, mas, também, das

perspectivas de aumento de taxas na reunião

do BCE de 3 de Julho, na sequência das

declarações do seu Presidente durante a

conferência de imprensa que se seguiu à

reunião de 5 de Junho (na sequência dessas

declarações, assistiu-se, mesmo, a uma

escalada nas taxas do mercado monetário,

tendo a Euribor a 6 meses, no dia 6 de Junho,

subido 19 p.b., para os 5,113%, e a Euribor a 12 meses avançado 32 p.b., para os 5,418%). Assim, a taxa

Euribor a 6 meses acabou por terminar o mês de Junho nos 5,13%, cerca de 42 p.b. acima do verificado

no início do ano, tendo a Euribor a 3 e a 12 meses subido cerca de 26 p.b. e 65 p.b., respectivamente,

para os 4,95% e 5,39%. Em termos prospectivos, a referida subida de 25 p.b. na Refi Rate, para os

actuais 4,25%, efectuada já no mês de Julho, deverá ser entendida como pontual, uma vez que é

esperado que o BCE não dê início a um ciclo monetário expansionista sem que antes as pressões

inflacionistas dêem sinais de arrefecimento, a começar pelos preços do petróleo.

Mercado de Obrigações Ao nível do mercado da dívida pública, nos EUA, assistiu-se, durante o primeiro trimestre do ano, a um

movimento de descida dos títulos de

maturidades mais curtas, os mais sensíveis à

política monetária, em resultado da política

francamente expansionista imprimida pela

autoridade monetária americana. Contudo, no

2ºT2008, com o aumento das pressões

inflacionistas e a expectativa do fim de ciclo

monetário da Fed, assistiu-se a alguma

correcção. Durante o primeiro semestre, a

yield dos Treasuries (Obrigações do Tesouro

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(%)Evolução das Taxas de Juro Euribor - Zona Euro

Euribor 3 meses Euribor 6 meses Euribor 12 mesesFonte: Bloomberg.

3,253,503,754,004,254,504,755,005,25

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(%)

Evolução da Rendibilidade dos Títulos de Dívida Pública (Bunds e Treasuries a 10 Anos)

Bunds (10 Anos) Treasuries (10 Anos)

Fonte: Bloomberg.

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norte-americanas) a 2 anos acabou, assim, por descer dos 3,05% para os 2,62% (-43 p.b.), ao passo que

a yield a 10 anos desceu 5 p.b., dos 4,02% para os 3,97%. Já na Zona Euro, reflexo de maiores pressões

inflacionistas e de uma política monetária mais conservadora (na verdade, em termos reais, o período até

se caracterizou por uma descida de taxas de juro), assistiu-se a uma deslocação ascendente da yield

curve, designadamente nos prazos mais curtos. A rendibilidade dos Bunds (Obrigações do Tesouro

alemãs) a 2 anos passou dos 3,96%, no início do ano, para os 4,59%, ao passo que a dos Bunds a 10

anos subiu 29 p.b., para os 4,62%.

Mercado de Acções Em reflexo da conjuntura macroeconómica desfavorável e espelhando, acima de tudo, a onda de

pessimismo dos investidores relativamente à real situação da economia norte-americana e das empresas

do sector financeiro, bem como à evolução futura dos preços das matérias-primas e à forma como as

economias lidarão com os respectivos

ajustamentos, os principais mercados de

acções mundiais apresentaram, durante o

primeiro semestre de 2008, desempenhos

significativamente negativos. Assim, nos

EUA, o índice Dow Jones perdeu 14,4% no

conjunto do semestre, o índice S&P 500

desceu 12,8% e o índice Nasdaq caiu

13,5%. Na Europa, o índice Eurostoxx 50

chegou ao final de Junho com perdas

semestrais de 23,8%, o índice FTSE-100

diminuiu 12,9%, o índice DAX caiu 20,4%, tendo os índices CAC-40, MIB-30 e Ibex, descido 21%, 23,9% e

20,7%, respectivamente. O índice PSI-20 terminou o semestre com uma perda acumulada de 31,6%.

Mercado Cambial Ao longo do primeiro semestre, o mercado cambial caracterizou-se por uma tendência de alta da moeda

única face ao dólar norte-americano, com o

Euro a atingir mesmo a sua cotação máxima

até final do período em análise, nos 1,6018

dólares, durante a sessão de 22 de Abril

(entretanto, esse máximo do EUR/USD fora

mesmo ultrapassado, no início do segundo

semestre). A moeda única iniciou o ano a

valer 1,4583 dólares, tendo terminado o

semestre a valer 1,5736 dólares, o que

representa um ganho semestral do Euro de

7,9% face ao Dólar. Por detrás desta apreciação esteve, fundamentalmente, o aumento do diferencial dos

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(Jan.2008=100)

Evolução dos Principais Índices Bolsistas

Eurostoxx 50 S&P 500 PSI-20

Fonte: Bloomberg.

1.32

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(USD)

Evolução da Cotação do EUR/USD

Fonte: Bloomberg.

9

juros entre as duas economias, bem como a percepção de um maior abrandamento por parte da economia

norte-americana. Em termos prospectivos, o facto de perspectivarmos uma aproximação dos cenários

económicos de ambos os lados do Atlântico, designadamente com um maior abrandamento económico na

Zona Euro e a adopção de políticas monetárias relativamente mais restritivas (preocupações com o

agravamento da inflação), designadamente do lado dos EUA, leva-nos a não antever grande margem para

futuras apreciações do Euro face ao Dólar.

Mercado Imobiliário A actual conjuntura de abrandamento económico e aceleração da inflação, bem como o aumento das

restrições ao crédito decorrentes dos problemas que se instalaram nos mercados de crédito, a nível

global, vieram condicionar, ainda mais, o desempenho do mercado imobiliário durante o primeiro semestre

do ano, mercado que, nomeadamente no segmento residencial, já se encontrava num processo de forte

correcção em diversas economias (designadamente, nos EUA, no Reino Unido e em alguns países da

Zona Euro).

Nos EUA, os dados divulgados no primeiro semestre, relativos ao mercado habitacional, continuam a

revelar que a contracção do sector poderá não ter chegado ao fim, tendo-se verificado uma trajectória de

degradação na maioria dos indicadores. Os preços das habitações nas 20 principais áreas metropolitanas

do país caíram 9,4%, entre Dezembro de

2007 e Junho de 2008, assistindo-se,

igualmente, durante todo o 1º semestre, a

quedas nas vendas de casas novas, nas

vendas de casas usadas, na confiança na

construção de habitações, entre outros.

Na Zona Euro, a diminuição verificada na

confiança do sector da construção é

reveladora dos problemas que o mercado

imobiliário também atravessa deste lado do

Atlântico, tendo o índice de confiança caído

dos 5 pontos negativos, em Dezembro de

2007, para os 11 pontos negativos, em

Junho de 2008.

Relativamente ao mercado imobiliário

português, os últimos dados disponíveis

sobre o Valor Acrescentado Bruto (VAB)

no sector da construção dão conta de uma

diminuição da actividade, no 1ºT2008, na

ordem dos 4,1% (-3,9%, em termos

homólogos), que contrasta com o

crescimento de 3,6% observado no último trimestre de 2007. Apesar dos sinais de recuperação verificados

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(Índice)Indicador de Confiança na Construção - Zona Euro

Zona Euro Portugal

Fonte: Comissão Europeia.

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(Índice)

Perspectivas sobre o volume de vendas nos próximos três meses no sector da construção

Fonte: INE.

10

no final de 2007, no cenário actual, não se vislumbra uma recuperação sustentada para uma crise que já

se arrasta desde 2001, designadamente para o segmento residencial.

O indicador de perspectivas de vendas, nos próximos três meses, no sector da construção, divulgado pelo

INE, encontra-se em terreno negativo desde o 2ºT2001, e, apesar das melhorias verificadas entre o

4ºT2007 e o 1ºT2008, o indicador voltou a cair no 2º trimestre do ano, para os 12 pontos negativos.

Em todo o caso, são evidentes as diferentes velocidades a que o sector da construção em Portugal tem

caminhado, com o segmento da Construção de Edifícios Habitacionais a sentir-se mais fortemente

pressionado pela actual conjuntura económica desfavorável, que tem motivado subidas nas taxas de juro,

bem como sucessivas diminuições no rendimento disponível (real) das famílias, dado o abrandamento

económico verificado e o aumento da inflação.

Por outro lado, e como revelam os dados do indicador de apreciação sobre a actividade, nos últimos três

meses, no sector da construção, também divulgado pelo INE, os segmentos das Obras Públicas e da

Construção de Edifícios Não Residenciais têm vindo a registar uma melhor dinâmica, com destaque para

este último que, em Junho de 2008, voltou a registar uma apreciação de actividade positiva (6 pontos). Na

verdade, durante o 1º semestre do ano, apenas o segmento habitacional registou uma queda na

apreciação, tendo os restantes dois

segmentos revelado uma melhoria da

apreciação, o que significa que, mesmo

estando para durar, as dificuldades que o

sector imobiliário em Portugal

actualmente atravessa não deverão ser

lidas de igual forma.

Para a segunda metade de 2008 e

inícios de 2009, e não se vislumbrando,

como referido, uma recuperação

sustentada do sector, é provável que se

assista a uma ligeira recuperação do mesmo, reflexo, a nível internacional, de um eventual início da

normalização das condições no mercado de crédito e de um início de ciclo de cortes de taxas de juro

por parte do BCE e, a nível nacional, do início da construção das grandes obras públicas já

anunciadas.

-40-35-30-25-20-15-10-505

1015

Jun-

07

Jul-0

7

Ago-

07

Set-0

7

Out

-07

Nov

-07

Dez

-07

Jan-

08

Fev-

08

Mar

-08

Abr-

08

Mai

-08

Jun-

08

(Índice)

Apreciação sobre a actividade nos últimos três meses no sector da construção, por tipo de construção

Construção de Edifícios HabitacionaisConstrução de Edifícios Não ResidenciaisObras PúblicasFonte: INE.

11

2. ORIENTAÇÕES ESTRATÉGICAS Não obstante o actual enquadramento macroeconómico e os condicionalismos, que encerram

dificuldades no desempenho da actividade, o Grupo Montepio mantém válidos os pilares-base das suas

metas estratégicas definidas no Plano Estratégico Integrado em vigor para o triénio 2007-2009,

nomeadamente o incremento de geração de valor para os Associados do Montepio Geral Associação

Mutualista, proveniente da actividade de todas as instituições que compõem o grupo, desde a

Associação Mutualista e Caixa Económica às empresas Futuro, Montepio Gestão de Activos, Lusitania

e Lusitania Vida. Ainda assim, estão em revisão os objectivos quantitativos definidos, uma vez que as

alterações de contexto determinaram o abrandamento da actividade e, consequentemente, tornaram

menos realistas as metas quantitativas inicialmente estabelecidas para o triénio em curso.

Em termos qualitativos, os objectivos estratégicos mantêm-se na prossecução da diversificação da

actividade, tornando o activo menos dependente do crédito hipotecário, nomeadamente através do

crescimento da actividade de relacionamento com as micro-empresas, empresários em nome individual

e pequenas e médias empresas. Esta diversificação incorpora igualmente a preocupação de melhorar o

desempenho de venda cruzada de produtos e serviços das empresas do grupo e do incremento do

número de vínculos na base de Clientes, potenciando o relacionamento através das diversas formas de

distribuição que têm vindo a ser disponibilizadas através da prossecução da estratégia de distribuição

multicanal, e através da segmentação da base de Clientes permitindo adequar os níveis de serviço a

Clientes com necessidades distintas, com a implementação de Gestores de Clientes na rede comercial.

Por outro lado, a melhoria na eficiência, por via da contenção de custos e da requalificação dos

recursos humanos para o exercício da actividade comercial, e a expansão da rede física de balcões

são linhas de orientação estratégica que continuam a ser seguidas com determinação, e com o

propósito de preparar o Montepio para penetrar nos novos segmentos estratégicos de negócio e de

melhorar a competitividade no mercado doméstico.

Tendo presente a sua natureza como instituição que integra a economia social, o Montepio tem vindo a

dar especial relevância estratégica ao desenvolvimento de acções de Responsabilidade Social,

apoiando projectos no domínio da solidariedade, cultura e educação, através da Caixa Económica e da

Fundação Montepio. Ainda neste âmbito, o Montepio tem promovido activamente o voluntariado

empresarial, que conta já com quase três centenas de voluntários junto dos seus trabalhadores.

No domínio do governo da sociedade, assume particular relevância estratégica o trabalho em curso

que tem por objectivo a revisão dos estatutos da Associação Mutualista e da Caixa Económica, tendo

por objectivo adequar, no futuro próximo, os normativos regulamentares das instituições às melhores

práticas de governo e às novas tendências e recomendações neste domínio.

12

III - CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL – ACTIVIDADE INDIVIDUAL 1. INDICADORES GLOBAIS

(milhares de euros)

INDICADORES Jun 07 Dez 07 Jun 08 Var. Hom.%

1. DIMENSÃO

Activo Líquido 15.735.863 16.435.179 17.443.210 10,9

Recursos Próprios (Capital, Reservas e Resultados) 821.615 878.044 872.959 6,2

Trabalhadores - Quadro de Pessoal em Portugal (Unidades) 2.969 2.989 2.973 0,1

Balcões e Outras Formas de Representação (Unidades) 303 307 320 5,6

Balcões (Unidades) (a) 296 300 313 5,7

Escritórios de Representação (Unidades) 6 6 6 0,0

Sucursais Financeiras (Unidades) 1 1 1 0,0

2. RENDIBILIDADEResultado do Exercício 36.004 64.192 22.610 -37,2

Resultado do Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,47% 0,41% 0,27% -0,20 p.p.Resultado do Exercício / Capitais Próprios Médios (ROE) 8,89% 7,78% 5,26% -3,63 p.p.Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,64% 2,55% 2,43% -0,21 p.p.

3. RISCO DE CRÉDITORácio de Crédito Vencido a mais de 90 dias b) 1,97% 1,99% 2,36% 0,39 p.p.Rácio de Crédito com incumprimento b) 2,29% 2,35% 2,74% 0,45 p.p.Rácio de Crédito com incumprimento líquido de provisões 0,93% 0,97% 1,30% 0,37 p.p.

4. PRUDENCIAISRácio de Solvabilidade e de Mercado 8,95% 8,89% 10,24% 1,29 p.p.Rácio Adequação Fundos Próprios de Base (Tier 1) 6,46% 6,40% 7,32% 0,86 p.p.Rácio do Imobilizado Líquido (Imobilizado / Fundos Próprios) 13,53% 13,05% 12,11% -1,42 p.p.Provisões Crédito Total / Crédito e Juros Vencidos 92,25% 92,54% 78,59% -13,66 p.p.Provisões Crédito Total / Crédito e Juros Vencidos +3 meses 106,81% 106,47% 93,85% -12,96 p.p.Valor Fundo Pensões / Responsabilidades Passadas 73,48% 80,78% 84,82% 11,34 p.p.

5. NOTAÇÕES DE RATING ( Curto Prazo : Longo Prazo) Fitch Ratings F2 : A- F2 : A- F2 : A-

Moody's P-1 : A2 P-1 : A2 P-1 : A2

6. EFICIÊNCIA E FUNCIONAMENTOGastos de Funcionamento / Activo Líquido Médio 1,44% 1,45% 1,46% 0,02 p.p.Gastos Funcionamento+Amortizações/Produto Bancário (cost to income) (b) 58,12% 60,73% 64,08% 5,96 p.p.Gastos com Pessoal / Produto Bancário (b) 34,60% 36,72% 39,11% 4,51 p.p.Activo Líquido Médio/ Nº Médio de Trabalhadores (m.€) 5.265 5.358 5.639 7,1

Produto Bancário/ Nº Médio de Trabalhadores (m.€) 139 137 137 -1,5

Nº Trabalhadores/ Balcão (Quantidade) 10,0 10,0 9,5 -5,3

(a) Inclui o Balcão de MicroCrédito.

(b) De acordo com a Instrução n.º 16/2004, do Banco de Portugal.

13

2. VARIÁVEIS DE GESTÃO DO NEGÓCIO Distribuição Dando continuidade ao projecto de expansão da Rede de Distribuição física doméstica, o Montepio,

totalizava, em Junho de 2008, 313 Balcões, tendo aberto 14 novas agências durante o 1º semestre de

2008, o que representa um crescimento homólogo de 17 novos balcões.

A nível internacional, a presença do Montepio é composta por 6 escritórios de representação junto das

comunidades de portugueses residentes no estrangeiro, bem como pelo Banco MG Cabo Verde e pela

sucursal financeira nas Ilhas Cayman.

Através da sua rede de distribuição física em Portugal, o Montepio tem vindo a consolidar a sua

capacidade de atendimento e desenvolvimento de banca relacional, de forma a cumprir com a

prossecução da sua estratégia de diversificação da actividade e de aumento dos níveis de lealdade dos

seus Clientes. Nos segmentos de empresas, foi recentemente criada a figura do Gestor de Negócios,

que se destina a melhorar os níveis de serviço às Micro Empresas e Empresários em Nome Individual

(ENI), que se veio juntar aos já existentes Gestores de PME. Nos segmentos de particulares, alargou-

se o número de Gestores de Clientes Premium tendo por objectivo responder melhor às exigências por

um nível de serviço superior.

Gestão da Oferta de Produtos e Serviços - Particulares Foi dada prioridade à fidelização dos Clientes actuais e à captação de novos Clientes através da

promoção da conta ordenado, tendo sido lançada a campanha “Montepio Ordenado Auto” que contribuiu

para um significativo crescimento da penetração da domiciliação de ordenado na base de Clientes

particulares, essencial para o aumento do número de Clientes que trabalham com o Montepio como o seu

banco de primeira escolha. Também, por via da mesma campanha, intensificou-se o trabalho de venda

cruzada de produtos das empresas do grupo, nomeadamente seguros dos ramos reais, em colaboração

com a Lusitania, SA, Companhia de Seguros do Grupo Montepio.

Num contexto de subida generalizada de taxas de juro e de instabilidade do mercado de capitais, a

preponderância da oferta foi para aplicações financeiras de baixo risco, preferencialmente com garantia de

capital, e para poupanças estáveis de médio/longo prazo. Destaca-se neste semestre as emissões de

obrigações subordinadas “Rendimento TOP” e a contínua comercialização de obrigações de caixa “Euro

Aforro”, tendo como característica principal o ajustamento às taxas de juro de referência (Euribor)

acrescidas de prémios de permanência. Iniciou-se igualmente a comercialização de produtos de poupança

14

destinados exclusivamente à subscrição através dos canais à distância, como complemento de oferta para

os Clientes utilizadores dos serviços Multicanal.

No esforço de diferenciação da oferta de soluções de poupança, através das soluções do MGAM, a

comercialização de Capitais de Reforma por Prazo Certo (Montepio Capital Certo) no primeiro semestre

de 2008, veio a revelar-se um importante instrumento de aumento do número de subscrições por

Associado.

Para segmentos específicos de particulares, foram disponibilizados novos produtos estruturados e

também desenvolvidos produtos captadores de novas poupanças. Por outro lado, e procurando satisfazer

as exigências de determinados segmentos de Clientes, foi desenvolvida uma campanha de produtos

mistos, com componente de Depósitos a Prazo e Fundos de Investimento. O sucesso desta acção

permitiu à Montepio Gestão de Activos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, SA do Grupo

Montepio, afirmar a sua posição no mercado passando a ocupar, desde Janeiro de 2008, o 6º lugar do

ranking de activos sob gestão. O desempenho da sociedade gestora no desenvolvimento e gestão de

fundos de investimento mobiliário para a rede de distribuição do Montepio, teve como ponto alto a

atribuição do prémio do “Diário Económico/Morning Star” para o Melhor Fundo Nacional Acções Europa.

Considerando a experiência e qualidade da oferta de planos de poupança da Futuro – Sociedade Gestora

de Fundos de Pensões, SA do Grupo Montepio, lançou-se a campanha “20 anos a criar Futuro para si”,

promovendo as subscrições periódicas e foi criado um novo PPR “Geração Activa”.

No âmbito da diversificação da actividade de crédito a particulares, foram desenvolvidas campanhas

específicas para a dinamização do crédito individual, recorrendo a instrumentos de análise de risco de

crédito permitindo a identificação de Clientes cujo nível de risco se afigura como adequado para a pré-

aprovação. Estas acções alargaram-se à dinamização das soluções de financiamento automóvel (crédito

auto, leasing, renting), tendo sido desenvolvida uma campanha envolvendo duas conhecidas marcas de

automóveis, em parceria com diversos concessionários. Esta acção permitiu disponibilizar uma solução de

financiamento automóvel completa e competitiva.

No domínio da dinamização dos cartões de crédito, foram desenvolvidas acções específicas junto da base

de Clientes de forma a incrementar a taxa de penetração.

Gestão da Oferta de Produtos e Serviços - Empresas

Enquadrado no esforço de desenvolvimento do negócio para novos segmentos de empresas, foram

reestruturadas algumas das linhas de produtos destinadas a PME e Micro Empresas. Destaca-se, ao nível

15

do crédito, as modalidades de Renting, Leasing Mobiliário e Imobiliário e gestão de facturação (através do

serviço Factura OK), bem como o crédito ao investimento, como produtos fundamentais na actividade

empresarial.

As linhas de crédito e os instrumentos financeiros de apoio no âmbito do QREN têm vindo a assumir um

papel importante no financiamento ao investimento das empresas. Os protocolos com as entidades

governamentais oferecem uma boa oportunidade de negócio junto do segmento, pelo que o Montepio

aderiu aos Protocolos SIDER, para apoio à actividade empresarial na Região Autónoma dos Açores e ao

PME Investe, direccionado para os investimentos no Continente, com taxas de juro bonificadas.

Destinada mais especificamente a Micro Empresas e ENI, a nova conta “Montepio Gestão Activa”, veio

melhorar a oferta para estes segmentos de profissionais, permitindo a gestão integrada e automatizada

das necessidades e excedentes de tesouraria, com uma componente base que assenta na abertura de

uma linha de crédito em conta corrente. Atendendo às suas características, a conta “Montepio Gestão

Activa”, em conjunto com o serviço de Terminal de Pagamento Automático (TPA), tem vindo a revelar-se

importante na captação de novos Clientes destes segmentos.

Também no primeiro semestre de 2008, foi reorganizada toda a oferta de serviços destinados à cobertura

de riscos no domínio das necessidades das PME, nomeadamente riscos de taxa de juro e taxa de câmbio,

sistematizando a oferta nos seguintes produtos: Forward Rate Agreement (FRA), Interest Rate Swap

(IRS), Opções de Taxa de Juro (CAP, FLOOR, COLLAR), Forward Cambial, Swap Cambial e Opções

Cambiais (CALL, PUT e CILINDRO).

Recursos Humanos Ao nível de Gestão de Recursos Humanos, o primeiro semestre de 2008 foi marcado pela contínua

prossecução de alterações na organização interna conducentes ao desenvolvimento de capacidades

específicas.

Uma gestão mais focalizada nos processos e na mobilidade, uma cultura de empowerment (delegação de

responsabilidade e autonomia, motivação e reconhecimento, capacidade de desenvolvimento profissional,

orientação e avaliação de desempenho), a melhoria do nível de formação académica, a dinamização da

formação e o desenvolvimento de competências, constituíram, no período em análise, as principais linhas

orientadoras.

Sustentado na política de qualificação dos recursos prosseguida, na sua optimização e numa avaliação

muito criteriosa das necessidades de admissão e selecção de novos colaboradores, o quadro de pessoal

era assim caracterizado, em 30 de Junho de 2008:

16

2.973 colaboradores (54% homens e 46% mulheres), 75% dos quais colocados na rede comercial;

Média etária de 40 anos e uma antiguidade de 14,6 anos, sendo que 22% têm menos de 35 anos

e uma antiguidade até 13 anos;

39% com habilitações superiores, observando-se uma forte concentração (85%) nos escalões de

menor antiguidade (21% até 5 anos e 64% entre 5 e 15 anos);

Aumento homólogo de apenas 4 colaboradores, não obstante a Rede de Balcões ter-se

expandido, representando uma redução da média de 10,0 colaboradores por Balcão, em Junho de

2007, para 9,5, em Junho de 2008.

Continuou a privilegiar-se a admissão de jovens licenciados, os quais frequentaram o PAI - Programa de

Acolhimento e Integração, visando a transmissão e a consolidação de conhecimentos institucionais e de

negócio, potenciando o desenvolvimento de carreiras.

Em linha com a estratégia de diversificação da actividade, implementaram-se programas específicos de

formação no domínio do negócio bancário direccionado às empresas, e em especial no desenvolvimento

de competências comerciais na prospecção de novos negócios. Utilizando a metodologia de e-learnig

decorreram as formações “Vencer no Mercado das Empresas” e “Prevenção e Branqueamento de

Capitais”, envolvendo todos os colaboradores da Área Comercial.

Considerando o novo momento de expansão da rede física de balcões, foi lançado o desafio da

mobilidade funcional aos colaboradores dos Serviços Centrais, com apetência pela actividade comercial,

tendo-se iniciado a 30 de Junho, a formação em desenvolvimento de competências comerciais (PIAC -

Plano de Integração na Área Comercial), apoiando o sucesso da sua integração.

17

3. GESTÃO DE RISCOS

Em 2008 iniciou-se o cálculo e reporte de requisitos de capital e rácio de solvabilidade de acordo com as

novas regras de adequação de Fundos Próprios (Basileia II). Neste âmbito, foram adoptadas as

abordagens Padrão para Risco de Crédito e de Mercado e o Método do Indicador Básico para Risco

Operacional.

No primeiro semestre de 2008, foi introduzido o novo sistema de rating de empresas, tendo por base

modelos econométricos desenvolvidos a partir de bases de dados internas. Para o segundo semestre de

2008 está prevista a implementação do sistema de scoring para o segmento de Pequenos Negócios, que

permitirá melhorar o processo de concessão de crédito com maior discriminação do risco de crédito deste

segmento.

Foi igualmente iniciado o projecto de revisão do modelo de cálculo de provisões por imparidade, que irá

permitir maior adequação do nível de provisões ao risco esperado da carteira de crédito e introduzidas

novas metodologias de análise de crédito a empresas, designadamente modelos de limites de exposição e

de pricing ajustado de risco.

No âmbito da análise do risco de crédito a empresas, procedeu-se à estruturação dos analistas de crédito

em quatro núcleos regionais - Lisboa, Porto, Açores e Madeira.

Foram ainda introduzidas novas metodologias de análise de crédito a empresas, designadamente modelos

de limites de exposição e de pricing ajustado de risco, assim como novos relatórios de crédito para os

segmentos corporate e pequenos negócios.

No plano do risco de mercado, foram mantidos os sistemas de risco e relatórios já existentes,

designadamente da carteira AFS (available for sale) e Fundo de Pensões, garantindo-se a migração para

uma nova aplicação informática de suporte ao negócio e ao controlo de risco.

Ao nível do risco operacional, o sistema de gestão implementado baseia-se nas fases de identificação,

avaliação, acompanhamento, medição e mitigação deste tipo de risco através de uma estrutura orgânica

exclusivamente dedicada, funcionando de forma descentralizada, com interlocutores nas diversas

unidades orgânicas.

Risco de Crédito

As frequências de incumprimento a um ano na carteira de crédito a empresas mantiveram-se estáveis

tanto no segmento de Construção Civil (3,2%), como no conjunto dos restantes sectores (2,2%).

18

O segmento da Construção Civil continua a evidenciar maiores níveis de incumprimento, sobretudo nos

créditos concedidos a empresas nas classes de maior risco.

Na carteira de crédito a particulares observam-se níveis de incumprimento superiores para créditos

concedidos nos últimos 3 anos, tanto no segmento de crédito à habitação, como no segmento de crédito

individual.

Frequências de Incumprimento a 1 ano Crédito a Empresas Construção Civil

Frequências de Incumprimento a 1 ano Crédito a Empresas Outros Sectores

Frequências de Incumprimento Crédito à Habitação

Frequências de Incumprimento Crédito Individual

0,8% 1,

8%

1,3%

3,1% 4,

5%

8,1% 9,

2%

3,2%

1,0% 2,1%

1,6% 3,

0%

4,7%

8,0% 8,4%

3,2%

1 2 3 4 5 6 7 total

Dez 2004 - Jun 2007Dez 2004 - Jun 2008

1,5%

1,3%

0,8%

2,2% 2,

6%

4,0% 4,

3%

2,2%

1,4%

1,2%

1,0%

2,1% 2,

7%

4,0% 4,

5%

2,2%

1 2 3 4 5 6 7 total

Dez 2004 - Jun 2007Dez 2004 - Jun 2008

0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60Meses desde a origem

2002 20032004 20052006 2007Total

0%1%2%3%4%5%6%7%8%9%

0 6 12 18 24 30 36 42 48 54 60Meses desde a origem

2002 20032004 20052006 2007Total

19

A carteira de investimento em títulos do Montepio manteve um reduzido nível de risco de crédito, sendo

composta predominantemente por obrigações investment grade.

93,58%

1,41% 4,77% 0,24%

Obrigações - Taxa VariávelObrigações - Taxa FixaFIM

7,2% 8,9%

14,6%18,6%15,2%

17,1%

9,8%5,2%

1,5% 0,5%0,7%

0,6% AaaAa1Aa2Aa3A1A2A3Baa1Baa2Baa3Ba1NR

Riscos de Mercado e de Liquidez

O Montepio continua a calcular de forma regular o VaR (Value-at-Risk) da sua carteira de investimento de

títulos. Atendendo a que esta carteira é maioritariamente constituída por títulos de dívida de curto prazo e

com taxa de juro variável, o VaR apresenta níveis muito reduzidos (cerca de 1,2 milhões de euros no final

de Abril de 2008, a 10 dias e 99%).

De acordo com os reportes regulares efectuados ao Banco de Portugal, o Montepio evidencia gaps

acumulados positivos para os doze meses seguintes:

À vistae até

1 semana

Superior a 1 semana e até

1 mês

Superior a 1 mêse até

3 meses

Superior a 3 mesese até

6 meses

Superior a 6 mesese até

12 meses

Mismatches Acumulados 1.334,7 1.386,6 1.467,5 2.223,5 1.787,5

Data: 30 de Junho de 2008

(milhões de euros)

Posições à data de referência

+Valores Previsionais

Intervalos Temporais

Estrutura por tipo de activos Estrutura por classe de rating

Carteira de Investimento em Títulos

20

4. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE GLOBAL

4.1. ACTIVO O activo líquido cresceu 10,9%, elevando-se para 17,4 mil milhões de euros, resultado, sobretudo, da

evolução da actividade creditícia, que cresceu 5,8%, e do aumento dos activos financeiros disponíveis

para venda, decorrente da 4ª operação de titularização de créditos (Pelican Mortgage Nº 4). Os activos de

liquidez observaram uma redução (-12,7%), nomeadamente das aplicações em instituições de crédito

(-14,5%). Em termos de estrutura, o crédito a clientes continua a representar o maior peso (82,8%) no

activo total líquido.

Estrutura do Activo

Valor % Valor % Valor % Valor %

Aplicações financeiras Activos de liquidez 726.384 4,7 994.886 6,1 633.845 3,6 -92.539 -12,7 Caixa e disponibilidades em Bancos 307.589 2,0 331.865 2,0 275.581 1,6 -32.008 -10,4 Aplicações em instituições de crédito 418.795 2,7 663.021 4,1 358.264 2,0 -60.531 -14,5 Crédito a clientes (líquido de provisões) 13.642.293 86,7 14.108.881 85,8 14.435.094 82,8 792.801 5,8 Activos fin. detidos para negociação 25.785 0,2 38.084 0,2 46.234 0,3 20.449 79,3 Activos fin.disponíveis p/venda e justo valor 963.388 6,1 909.092 5,5 1.950.269 11,2 986.881 102,4 Investimentos detidos até maturidade 36.320 0,2 39.371 0,2 53.602 0,3 17.282 47,6 Derivados de cobertura 11.613 0,1 9.372 0,1 8.430 0,0 -3.183 -27,4Outras aplicações 330.080 2,0 335.493 2,1 315.736 1,8 -14.344 -4,3 Activos não correntes detidos para venda 89.422 0,6 96.833 0,6 87.923 0,5 -1.499 -1,7 Outras 240.658 1,4 238.660 1,5 227.813 1,3 -12.845 -5,3Total de Activos Líquidos 15.735.863 100,0 16.435.179 100,0 17.443.210 100,0 1.707.347 10,9

(milhares de euros)

Jun 07 Jun 08 VariaçãoDez 07

O crescimento do activo tem sido suportado na diversificação das fontes de funding, de maior maturidade

e complementar ao crescimento da base estável de recursos de clientes, procurando ajustar as

maturidades dos activos e dos passivos. Neste âmbito, destaca-se o programa de emissão de dívida

EMTN (Euro Medium Term Notes), actualmente com o limite de 6 mil milhões de euros, as operações de

titularização de créditos, a mais recente no valor de 1.000 milhões de euros, permitindo o recurso e

operações Repo junto do BCE sempre que considerado adequado.

4.2. PASSIVO E CAPITAIS PRÓPRIOS

A estrutura do passivo e dos capitais próprios manteve-se genericamente inalterada, compensando-se a

redução do peso dos recursos de clientes e instituições de créditos (-1,0 p.p.) e dos empréstimos

subordinados, não subordinados, sindicados e certificados de dívida (-5,7 p.p.), pelos recursos de bancos

centrais e pelo aumento dos passivos financeiros associados a activos transferidos, relativos à

titularização.

21

Estrutura do Passivo e dos Capitais Próprios (milhares de euros)

Valor % Valor % Valor % Valor %Depósitos de Clientes e de Instituições de Crédito 7.743.618 49,2 8.357.964 50,8 8.020.936 46,0 277.318 3,6Títulos Colocados em Clientes (Obrigações de Caixa) 725.050 4,6 884.026 5,4 1.124.091 6,4 399.041 55,0Outros Recursos de Instituições de Crédito 2.992 0,0 1.699 0,0 76.924 0,4 73.932 2471,0Total Recursos Clientes e Inst. Crédito 8.471.660 53,8 9.243.689 56,2 9.221.951 52,8 750.291 8,9Recursos de Bancos centrais 450.594 2,6 450.594 - -

Empr.Subordinados e Não Subordinados, Sindicados e Certificados de Dívida 5.367.294 34,1 5.264.265 32,1 4.954.007 28,4 -413.287 -7,7

Passivos Fin. Ass. Activos Transferidos 728.782 4,7 670.633 4,1 1.569.487 9,0 840.705 115,4

Outros Passivos 248.695 1,6 279.829 1,7 273.178 1,6 24.483 9,8Total de Recursos Alheios 14.816.431 94,2 15.458.416 94,1 16.469.217 94,4 1.652.786 11,2

Capital e Provisões 919.432 5,8 976.763 5,9 973.993 5,6 54.561 5,9TOTAL DE PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 15.735.863 100,0 16.435.179 100,0 17.443.210 100,0 1.707.347 10,9

VariaçãoDez 07 Jun 08Jun 07

4.3. CARTEIRA DE CRÉDITO O Crédito a Clientes cresceu 5,8% em 30 de Junho de 2008, totalizando 14,6 mil milhões de euros, sendo

o segmento de Particulares responsável pelo aumento de 9,8 mil milhões de euros, (+4,8%), com o crédito

à habitação a crescer 3,3% e o crédito individual 20,0%, em termos homólogos.

O Crédito a Empresas situou-se nos 4,9 mil milhões de euros, suportado pelo desempenho do

investimento (+12,4%), da tesouraria (+16,4%) e da construção (+2,0%).

Este comportamento decorre da reorientação estratégica de uma menor concentração no sector

imobiliário, de uma aposta no crédito pessoal, por uma maior penetração na base de clientes com perfil de

risco elegível, e no reforço da abordagem ao segmento de empresas, que aumentou o seu peso relativo,

nomeadamente, em linhas de crédito ligadas ao investimento e de apoio à tesouraria.

Crédito a Clientes

Valor % Valor % Valor % Valor %Particulares 9.308.769 67,5 9.581.847 67,2 9.753.462 66,8 444.693 4,8 Habitação 8.195.005 59,4 8.373.491 58,7 8.466.343 58,0 271.338 3,3 Habitação com Titularização 8.899.072 8.980.692 8.933.311 34.239 0,4 Individual 262.863 1,9 291.624 2,1 315.543 2,1 52.680 20,0 Outros Créditos 850.901 6,2 916.732 6,4 971.576 6,7 120.675 14,2Crédito a Empresas 4.489.902 32,5 4.681.573 32,8 4.851.446 33,2 361.544 8,1 Construção 2.212.697 16,0 2.265.229 15,9 2.257.617 15,4 44.920 2,0 Investimento 1.168.865 8,4 1.255.748 8,8 1.313.509 9,0 144.644 12,4 Tesouraria 1.042.307 7,6 1.090.445 7,6 1.213.602 8,3 171.295 16,4 Outros Créditos 66.033 0,5 70.151 0,5 66.718 0,5 685 1,0

Total 13.798.670 100,0 14.263.420 100,0 14.604.908 100,0 806.237 5,8

(milhares de euros)

Jun 07 Jun 08 VariaçãoDez 07

22

4.4. CARTEIRA DE RECURSOS

Os Recursos globais atingiram os 10,5 mil milhões de euros e evidenciaram um crescimento homólogo de

7,5%. Para o aumento observado de 728,5 milhões de euros, foi fundamental o acréscimo nos Títulos

Colocados em Clientes (nomeadamente através da emissão de obrigações de caixa colocadas no retalho),

de 399 milhões de euros (+55,0%), e nos Depósitos, de 277,3 milhões de euros (+3,6%).

Os Recursos Alheios de Intermediação apresentaram um crescimento de 750,3 milhões de euros (+8,9%),

sendo que os maiores contributos foram dados pelos recursos de clientes, com um aumento de 639,8

milhares de euros (+7,8%), em grande parte por via dos depósitos a prazo de clientes que cresceram

903,8 milhões de euros (+21,6%) e de recursos de instituições de crédito, com uma subida de 110,4

milhões de euros (+36,4%).

Recursos Alheios de Intermediação

(milhares de euros)

Valor % Valor % Valor % Valor %De Clientes 8.168.210 96,4 8.918.370 96,5 8.808.054 95,5 639.844 7,8Depósitos à Ordem de Clientes 1.937.508 22,9 1.961.721 21,2 1.812.209 19,7 -125.299 -6,5Depósitos à Prazo de Clientes 4.181.264 49,4 5.087.019 55,0 5.085.111 55,1 903.847 21,6Depósitos de Poupança de Clientes 1.324.388 15,5 985.604 10,7 786.643 8,5 -537.745 -40,6Títulos Colocados em Clientes 725.050 8,6 884.026 9,6 1.124.091 12,2 399.041 55,0

De Instituições de Crédito 303.450 3,6 325.319 3,5 413.897 4,5 110.447 36,4Depósitos 300.458 3,5 323.620 3,5 336.973 3,7 36.515 12,2Outros Recursos 2.992 0,1 1.699 0,0 76.924 0,8 73.932 2.471,0

TOTAL RECURSOS 8.471.660 100,0 9.243.689 100,0 9.221.951 100,0 750.291 8,9

Jun 07 Jun 08 Variação Dez 07

Valor % Valor % Valor % Valor %1 - INTERMEDIAÇÃO 8.471.660 87,0 9.243.689 87,4 9.221.951 88,1 750.291 8,9 Depósitos de Clientes e Inst. Crédito 7.743.618 79,6 8.357.964 79,0 8.020.936 76,7 277.318 3,6 Títulos Colocados em Clientes 725.050 7,4 884.026 8,4 1.124.091 10,7 399.041 55,0 Outros Recursos 2.992 0,0 1.699 0,0 76.924 0,7 73.932 2.471,02 - DESINTERMEDIAÇÃO 1.262.287 13,0 1.335.210 12,6 1.240.475 11,9 -21.812 -1,7

TOTAL 9.733.947 100,0 10.578.899 100,0 10.462.426 100,0 728.479 7,5

Evolução dos Recursos de Intermediação e Desintermediação

Designação Jun 07 Jun 08 VariaçãoDez 07

(milhares de euros)

23

Os recursos alheios de desintermediação registaram uma queda de 21,8 milhões de euros (-1,7%)

reflectindo os efeitos negativos dos mercados, destacando-se os fundos de investimento mobiliário, com

uma redução de 54,2 milhões de euros (-9,9%), em particular os fundos de acções (-29,7%) e de

tesouraria (-7,5%), demonstrando a procura por aplicações de menor risco. Os seguros de capitalização e

os fundos de pensões abertos, pelo contrário, verificaram crescimentos positivos, estes últimos a

evidenciarem um maior contributo por via de entregas periódicas, antecipando o tradicional afluxo de final

de ano, fruto da dinâmica da acção comercial e de uma maior sensibilização pelos clientes para a

poupança programada de médio/longo prazo.

Recursos de Desintermediação

Valor % Valor % Valor % Valor %Fundos de Investimento Mobiliário 548.995 43,5 563.727 42,2 494.780 39,9 -54.215 -9,9 Fundos de Tesouraria 286.563 22,7 296.450 22,2 265.214 21,4 -21.349 -7,5 Fundos de Obrigações 14.052 1,1 10.799 0,8 8.411 0,7 -5.641 -40,1 Fundos de Acções 135.888 10,8 129.434 9,7 95.501 7,7 -40.387 -29,7 Fundos de Fundos 112.492 8,9 127.044 9,5 125.654 10,1 13.162 11,7Fundos de Investimento Imobiliário 305.791 24,2 308.623 23,1 308.234 24,8 2.443 0,8Fundos de Pensões Abertos 203.424 16,1 222.971 16,7 208.665 16,8 5.241 2,6Seguros de Capitalização 204.077 16,2 239.889 18,0 228.796 18,5 24.719 12,1Total Recursos de Desintermediação 1.262.287 100,0 1.335.210 100,0 1.240.475 100,0 -21.812 -1,7

Variação Jun 07 Jun 08Dez 07

(milhares de euros)

24

5. ANÁLISE FINANCEIRA 5.1 ANÁLISE DE RESULTADOS

O Resultado Líquido do 1º semestre de 2008 foi de 22,6 milhões de euros, representando uma diminuição

de 37,2% face ao período homólogo, influenciado, de forma significativa, pelo impacto de transferências

para o Fundo de Pensões, de 5,8 milhões de euros, relativo a reformas antecipadas, no âmbito do trabalho

de reorganização interna. Descontando este impacto extraordinário, o Resultado ter-se-ia fixado em 28,4

milhões de euros. Por outro lado, a variação registada está influenciada pela alienação, no primeiro

semestre de 2007, das participações detidas na Euronext e no BAO (Banco África Ocidental).

O Produto Bancário cresceu 209 mil euros (+0,1%), tendo o contributo das duas principais rubricas na sua

formação, a Margem Financeira e o Resultado de Serviços Prestados a Clientes, observado crescimentos

homólogos de +3,9% e +12,4%, respectivamente, como consequência da evolução positiva da actividade

comercial compensando a redução da Taxa de Intermediação Financeira (TIF) de 0,11 p.p. e, do lado da

desintermediação, a obtenção de resultados significativos na actividade de cross-selling (venda cruzada),

seguindo a estratégia de diversificação de proveitos. O Resultado de Operações de Mercados regista uma

variação homóloga negativa de 9,9 milhões de euros, embora influenciado na base de Junho de 2007,

pela alienação das participações já referidas, registando, positivamente, um ganho homólogo de 18,9% na

componente cambial. O Resultado de Venda de Imóveis para Negociação, reflectindo a conjuntura actual

do mercado imobiliário, registou uma diminuição homóloga de 49,4%.

O impacto, anteriormente referido, do Fundo de Pensões nos Gastos com Pessoal levou ao crescimento

homólogo dos Gastos de Funcionamento de 10,1% (seria de 4,8%, excluindo este efeito). Na outra

componente deste agregado, os Gastos com Fornecimentos e Serviços cresceram 4,9%, em linha com a

política de contenção e racionalização de custos adoptada nas linhas de orientação estratégica.

As Amortizações foram de 8,5 milhões de euros, (+14,2% em termos homólogos), estando principalmente

associadas às rubricas de equipamento e software e as Provisões Líquidas mantiveram-se em torno dos

50 milhões de euros.

25

Demonstração de Resultados por Funções (milhares de euros)

Valor % Valor % Valor % Valor %+ Juros e Rendimentos Similares 399.874 850.701 486.983 87.109 21,8- Juros e Encargos Similares 236.382 522.563 317.106 80.724 34,1= Margem Financeira 163.492 81,0 328.138 162,5 169.877 84,0 6.385 3,9+ Resultado de Serviços Prestados a Clientes 36.718 18,2 77.862 38,6 41.282 20,4 4.564 12,4 Comissões Recebidas e Outros Rendimentos e Receitas 46.138 96.872 50.500 4.362 9,5 Comissões Pagas e Outros Encargos e Gastos 9.420 19.010 9.218 -202 -2,1+ Resultado de Operações nos Mercados -1.459 -0,7 -8.349 -4,1 -11.364 -5,6 -9.905 678,9 Capitais (1) -2.088 -9.659 -12.112 -10.024 480,1 Cambial 629 1.310 748 119 18,9+ Rendimentos de Participações Financeiras 1.683 0,8 1.719 0,9 1.584 0,8 -99 -5,9+ Resultado de Venda de Imóveis para Negociação 1.490 0,7 2.665 1,3 754 0,4 -736 -49,4 Lucros 2.343 4.270 1.420 -923 -39,4 Prejuízos 853 1.605 666 -187 -21,9= Produto Bancário 201.924 100,0 402.035 199,1 202.133 100,0 209 0,1- Gastos de Funcionamento 109.912 54,4 228.474 113,1 121.035 59,9 11.123 10,1 Gastos com Pessoal 69.871 147.616 79.045 9.174 13,1 Gastos Gerais Administrativos c/Fornecimentos e Serviços 40.041 80.858 41.990 1.949 4,9- Amortizações 7.437 15.676 8.490 1.053 14,2= Resultado Operacional 84.575 41,9 157.885 78,2 72.608 35,9 -11.967 -14,1- Provisões Líquidas 48.571 93.693 49.998 1.427 2,9= Resultado do Exercício 36.004 64.192 22.610 -13.394 -37,2(1) Inclui rendimento de acções e de outros títulos de rendimento variável, excepto de participações financeiras.

Variação Jun 07 Jun 08Dez 07

5.2 MARGEM FINANCEIRA A Margem Financeira aumentou 3,9% em resultado do acréscimo da actividade comercial, quer no crédito

(+5,8%) quer nos depósitos (+3,6%), acomodando o efeito da diminuição da TIF de 2,20%, em Junho de

2007, para 2,09%, em Junho de 2008, que excede, em 0,21 p.p., a diferença entre as taxas médias dos

recursos e aplicações, pelo

efeito indutor dos Recursos

Próprios. A diminuição da TIF fica a dever-

se ao aumento das taxas de juro

dos recursos de intermediação,

não compensadas ao mesmo

ritmo por um efeito de

alargamento dos spreads do

lado do crédito.

2,20% 2,14% 2,09%

5,36% 5,52% 5,97%

3,28% 3,52%4,09%

Jun-07 Dez-07 Jun-08

Evolução da TIF e das Taxas Médias de Recursos e Aplicações

Taxa Intermediação Financeira (TIF) Taxa Média AplicaçõesTaxa Média Recursos Alheios

26

5.3. RESULTADO DE SERVIÇOS PRESTADOS A CLIENTES

O Resultado de Serviços Prestados a Clientes evidenciou o esforço de cross-selling, com um crescimento

homólogo de 12,4%, contribuindo com 20,4% para o Produto Bancário, em Junho de 2008.

O aumento significativo na colocação e utilização de Terminais de Pagamento Automáticos (TPA), junto

dos segmentos Micro-Empresas e Pequenos Negócios, e de cartões nos diferentes segmentos de

Particulares, como resultado de uma abordagem comercial mais pró-activa, justificam os crescimentos

homólogos das rubricas Gestão Meios Pagamento (+18,4%) e Cartões (+7,5%). A diversificação da

actividade e o consequente incremento de serviços prestados, a par da adequação de preço, justificam o

crescimento da rubrica “outros serviços”. De forma análoga, as comissões provenientes da Gestão de

Activos (+11,3%) relevam uma adequada gestão do preço e de dinamização da actividade ao nível dos

fundos de investimento, fundos de pensões e de seguros de capitalização, de acordo com a crescente

interligação entre a Rede Comercial e as empresas participadas do Grupo Montepio.

A redução registada nas comissões de seguros resulta de um decréscimo nos resultados apurados nas

apólices comercializadas aos Balcões do Montepio. Por outro lado a variação homóloga negativa nas

comissões de crédito justifica-se pelo abrandamento desta actividade.

Resultado de Serviços Prestados a Clientes

(milhares de euros)

Jun 07 Dez 07 Jun 08Valor Valor Valor Valor %

Comissões de Gestão de Conta 5.396 8.319 5.664 268 5,0Cartões 4.149 8.390 4.459 310 7,5Comissões de Crédito 7.505 15.304 7.002 -503 -6,7Garantias 2.535 4.970 2.578 43 1,7Seguros 5.278 11.017 4.681 -597 -11,3Gestão de Activos 3.873 8.743 4.312 439 11,3Gestão Meios Pagamento 7.552 16.276 8.938 1.386 18,4Outros Serviços 430 4.843 3.648 3.218 748,4

TOTAL 36.718 77.862 41.282 4.564 12,4

Variação

5.4. GASTOS OPERACIONAIS Os Gastos com Pessoal estão influenciados pelo efeito extraordinário do Fundo de Pensões. Contudo,

corrigindo este efeito, a rubrica evidenciaria um aumento homólogo de 4,8%, dentro de um contexto de

contenção e racionalização de custos, como comprova o aumento do quadro de pessoal de, apenas, 4

trabalhadores, quando relacionado com o alargamento da Rede de Balcões em 17 unidades.

Em relação aos Fornecimentos e Serviços, foram sobretudo as rubricas de suporte ao crescimento da

actividade comercial que sustentaram o crescimento homólogo de 4,9%.

27

Gastos Operacionais

valor % valor % valor % Valor %A Gastos com Pessoal 69.871 59,6 147.616 60,5 79.045 61,0 9.174 13,1 excluindo o efeito "Fundo Pensões" 73.227 3.356 4,8B Gastos com Fornecimentos e Serviços 40.041 34,1 80.858 33,1 41.990 32,4 1.949 4,9C Gastos de Funcionamento (=A+B) 109.912 93,7 228.474 93,6 121.035 93,4 11.123 10,1D Amortizações 7.437 6,3 15.676 6,4 8.490 6,6 1.053 14,2E Gastos Operacionais (=C+D) 117.349 100,0 244.150 100,0 129.525 100,0 12.176 10,4 excluindo o efeito "Fundo Pensões" 123.707 1.675 1,4

RáciosGastos com o Pessoal/Produto Bancário 34,6% 36,7% 39,1% 4,5 p.p. excluindo o efeito "Fundo Pensões" 36,2% 1,6 p.p.Gastos com Fornecimentos e Serviços/Produto Bancário 19,8% 20,1% 20,8% 1,0 p.p.Amortizações/Produto Bancário 3,7% 3,9% 4,2% 0,5 p.p.Cost-to-Income (Gastos Operacionais/Produto Bancário) 58,1% 60,7% 64,1% 6,0 p.p. excluindo o efeito "Fundo Pensões" 61,2% 3,1 p.p.Rácio de Eficiência (G.Funcionamento/Produto Bancário) 54,4% 56,8% 59,9% 5,5 p.p. excluindo o efeito "Fundo Pensões" 57,0% 2,6 p.p.

Variação(milhares de euros)

Jun 07 Dez 07 Jun 08

As amortizações cresceram 14,2% em termos homólogos, sobretudo nos activos intangíveis (+22,9%) e

na rubrica equipamento (+14,9%), tendo registado o peso relativo nos Gastos Operacionais, de 6,6%.

Amortizações

Jun 07 Dez 07 Jun 08valor valor valor Valor %

Amortizações: Activos Intangíveis 2.961 6.537 3.640 679 22,9 Software 2.961 6.537 3.640 679 22,9 Activos Tangíveis 4.476 9.139 4.850 374 8,4 Imóveis 1.744 3.485 1.630 -114 -6,5 Equipamento 2.732 5.611 3.138 406 14,9 Activos em Locação Operacional 43 82 82

TOTAL 7.437 15.676 8.490 1.053 14,2

Variação(milhares de euros)

Decorrente dos impactos atrás descritos, o Cost to Income (Gastos Operacionais/Produto Bancário)

elevou-se para 64,1% (61,2% excluindo o efeito Fundo Pensões), enquanto o rácio de eficiência (Gastos

Funcionamento/Produto Bancário) se fixou em 59,9% (57,0%, não considerando o mesmo efeito).

5.5. PROVISÕES E IMPARIDADE

As Provisões de balanço totalizaram 364,6 milhões de euros, influenciadas pelo crédito (+11,4% em

termos homólogos), em resultado do agravamento do crédito e juros vencidos, e pelas provisões para

títulos (+80.8%) e imóveis (+64,1%), decorrentes da conjuntura desfavorável dos mercados de valores

mobiliários e respectiva evolução das cotações. Por outro lado, a evolução desfavorável no mercado

28

imobiliário implicou maiores dificuldades na alienação de imóveis, com o consequente aumento do prazo

médio da carteira. A estrutura relativa manteve-se praticamente inalterada, continuando o crédito a

significar cerca de 89% do total das provisões.

Evolução das Provisões e Imparidade por Tipos de Riscos

(milhares de euros)

Valor % Valor % Valor % Valor %1 - Crédito 289.755 91,8 302.180 89,3 322.821 88,5 33.066 11,41.1 - Imparidade 196.951 62,4 205.197 60,6 223.427 61,3 26.476 13,4 1.1.1 - Vencido 162.212 51,4 165.864 49,0 182.989 50,2 20.777 12,8 1.1.2 - Cobrança Duvidosa 34.739 11,0 39.333 11,6 40.438 11,1 5.699 16,41.2 - Riscos Gerais Crédito 92.804 29,4 96.983 28,7 99.394 27,2 6.590 7,1

2 - Risco País 34 0,0 45 0,0 39 0,0 5 14,73 - Títulos 7.838 2,5 11.403 3,4 14.169 3,9 6.331 80,84 - Imóveis de Negociação 11.080 3,5 15.134 4,5 18.183 5,0 7.103 64,15 - Riscos Diversos 4.002 1,3 838 0,2 630 0,2 -3.372 -84,36 - Outras Aplicações 1.855 0,6 7.736 2,3 7.735 2,1 5.880 317,07 - Outros Riscos e Encargos 1.010 0,3 899 0,3 1.010 0,3 0 0,0

TOTAL 315.574 100,0 338.235 100,0 364.587 100,0 49.013 15,5

Jun 07 Jun 08 VariaçãoDez 07

29

6. INDICADORES DE SOLIDEZ FINANCEIRA E PRUDENCIAIS 6.1. QUALIDADE DO CRÉDITO A conjuntura macroeconómica desfavorável e, especialmente, a evolução recessiva nos sectores da

construção e habitação, áreas de especialização do Montepio, repercutiram-se, negativamente, na

qualidade da carteira de crédito. Em consequência, registou-se um crescimento homólogo de 30,8% do

saldo do crédito e juros vencidos, o qual atingiu o montante de 410,8 milhões de euros. O crédito e juros

vencidos há mais de 3 meses, que representava 83,7% do total, cresceu 26,8%.

As provisões totais para crédito atingiram o montante de 322,8 milhões de euros, tendo observado um

acréscimo homólogo de 33,1 milhões de euros (+11,4%).

As provisões constituídas cobriam em 93,9% o crédito e juros vencidos há mais de 3 meses.

Em Junho de 2008, os rácio de crédito e juros vencidos há mais de 3 meses, o rácio do crédito com

incumprimento e o rácio de crédito com incumprimento líquido de provisões, cresceram 0,4 p.p..

Principais Indicadores de Crédito e Juros Vencidos

Valor %Crédito a Clientes 13.798.670 14.263.420 14.604.908 806.238 5,8

Crédito e Juros Vencidos 314.090 326.540 410.766 96.676 30,8 Crédito Vencido há mais de 3 meses 271.270 283.829 343.968 72.698 26,8

Crédito Cobrança Duvidosa reclassificado como Vencido 48.079 51.011 55.296 7.217 15,0

Crédito Vencido há mais de 3 meses face ao Crédito Vencido total (%) 86,4 86,9 83,7 -2,7p.p.

Provisões Totais para Crédito 289.755 302.180 322.821 33.066 11,4 Riscos Gerais de Crédito 92.804 96.983 99.394 6.590 7,1 Crédito Vencido e Cobrança Duvidosa 196.951 205.197 223.427 26.476 13,4

Rácios de Crédito Vencido em % do Crédito Total Rácio Crédito e Juros Vencidos há mais de 3 meses 2,0 2,0 2,4 0,4p.p. Rácio do Crédito com incumprimento 2,3 2,4 2,7 0,4p.p. Rácio do Crédito com incumprimento líquido de provisões 0,9 1,0 1,3 0,4p.p.

Cobertura do Crédito Vencido por Provisões (%) Crédito Vencido há mais de 3 meses 106,8 106,5 93,9 -12,9p.p.

Jun 07 Jun 08 Variação

(milhares de euros)

Dez 07

30

6.2. CAPITALIZAÇÃO E RÁCIOS PRUDENCIAIS

No final de Junho de 2008, os fundos próprios e os rácios prudenciais cumpriam, confortavelmente, os

limites definidos.

Os fundos próprios elegíveis atingiram o montante de 1,1 mil milhões de euros, observando um acréscimo

homólogo de 111,9 milhões de euros (+11,1%). Tal evolução foi devida, especialmente, ao crescimento

dos fundos próprios de base, por efeito do aumento de 75 milhões de euros do Capital Institucional, os

quais representavam 71,5% dos fundos próprios elegíveis.

Em 2008, o cálculo dos requisitos de fundos próprios passou a efectuar-se de acordo com a nova

regulamentação de adequação de fundos próprios (Decretos-Lei 103/2007 e 104/2007), tendo sido

adoptadas as abordagens Padrão para risco de crédito e risco de mercado e a abordagem do Indicador

Básico para risco operacional.

Em 30 de Junho de 2008, os requisitos de fundos próprios ascendiam, em base individual, a 878,8 milhões

de euros.

O rácio de solvabilidade fixou-se em 10,24%, observando um crescimento homólogo de 1,29 p.p., e a

componente Tier 1 registou o valor de 7,32%.

O rácio de liquidez observou um valor de 103,63%, registando uma melhoria de 4,24p.p..

Fundos Próprios e Rácios de Solvabilidade, Liquidez e Imobilizado

(milhares de euros)

Jun 07 Dez 07 Jun 08Valor Valor Valor Valor %

1. Fundos Próprios Elegíveis 1.012.613 1.051.695 1.124.524 111.911 11,1 (+) Capital Institucional 585.000 635.000 660.000 75.000 12,8 (+) Reservas e Resultados 223.304 214.159 211.331 -11.973 -5,4 (-) Deduções Regulamentares 91.363 83.519 66.811 -24.552 -26,9 (=) Fundos Próprios de Base 716.941 765.640 804.520 87.579 12,2 (+) Fundos Próprios Complementares 304.983 311.206 328.485 23.502 7,7 (-) Outras deduções 9.311 25.151 8.481 -830 -8,9

2. Fundos Próprios Mínimos Requeridos 904.744 940.123 878.810 -25.934 -2,9

3. Rácios Solvabilidade (limite BdP: 8%) 8,95% 8,89% 10,24% 1,29 p.p. Tier 1 (limite BdP: 4%) 6,46% 6,40% 7,32% 0,86 p.p. Liquidez (limite BdP: 90%) 99,39% 95,29% 103,63% 4,24 p.p. Imobilizado (limite BdP: 100%) 13,53% 13,05% 12,11% -1,42 p.p.

RubricasVariação

31

6.3. FUNDO DE PENSÕES O Fundo de Pensões do Montepio observava a seguinte situação, no final do 1º semestre de 2008:

As responsabilidades com pensões e outros benefícios pós-emprego atingiram o montante de

510,8 milhões de euros;

O Fundo foi valorizado em 433,3 milhões de euros, apesar da desvalorização registada em alguns

activos no 1º semestre do ano em curso, a qual foi compensada pelas contribuições realizadas

pelo Montepio (57 milhões de euros no 2º semestre de 2007 e 12,2 milhões de euros no 1º

semestre de 2008);

O grau de cobertura das responsabilidades contabilizadas pelo Fundo fixou-se em 84,8%.

Evolução do Fundo de Pensões do Montepio

Dez 07 Jun 08

1 Responsabilidades reconhecidas 548.265 510.8242 Valor do Fundo 442.901 433.286

Grau de Cobertura (2:1) 80,8% 84,8%

3 Movimentos efectuados no Fundo 68.500 -9.6153.1 Contribuições recebidas (+) 57.035 12.2033.2 Rendimento efectivo dos activos (+) 22.353 -15.1043.3 Encargos (-) 160 973.4 Pensões pagas (-) 10.728 6.617

(milhares de euros)

32

7. NOTAÇÕES DE RATING O rating do Montepio vem sendo atribuído pelas agências internacionais Fitch Ratings e Moody’s, cujas

classificações se mantiveram nas seguintes notações:

Agências de Rating Curto Prazo Longo Prazo

Fitch Ratings F2 A-Moody's P-1 A2

33

8. RESPONSABILIDADE SOCIAL A acção desenvolvida durante o primeiro semestre abordou diversas vertentes, destacando-se três

grandes áreas: apoio à Fundação Montepio, desenvolvimento da Política de Responsabilidade Social e

promoção do Programa de Voluntariado.

Apoio à Fundação Montepio Foi desencadeado um conjunto de acções, inseridas na política de responsabilidade social do Montepio

que beneficiaram diversas entidades sem fins lucrativos, nas áreas da saúde, educação e formação e

noutros campos complementares, promotores da cidadania e do desenvolvimento da sociedade

portuguesa (exº entrega de 10 viaturas especiais e adaptadas).

Promoção da Responsabilidade Social Realização da 1ª Semana de Responsabilidade Social, que ocorreu de 23 a 27 de Junho, com o objectivo

de auscultar os principais stakeholders sobre a actividade.

Foi criado um grupo de trabalho para a elaboração de programas de educação financeira, que congrega

representantes de várias áreas, e cujo trabalho se prevê terminar até ao final do ano.

No domínio da cooperação externa, realça-se a participação no grupo de trabalho, que o Montepio

coordena, sobre prevenção da violência contra as pessoas idosas, promovido pela Direcção Geral da

Saúde, e as presenças no Comité de Responsabilidade Social do European Saving Banks, na Associação

Aprender a Empreender, na Associação EPIS, na Associação RSE-Portugal e na Associação GRACE,

representações que se garantirão até ao final do ano.

Promoção do Programa de Voluntariado Empresarial Entendido como uma das vertentes essenciais da coesão interna em torno dos princípios da ética

empresarial, o programa de voluntariado empresarial do Montepio tem vindo a consolidar-se (contando já

com 278 voluntários inscritos).

Quer de forma isolada, quer em articulação com outras entidades, como a “Associação Aprender a

Empreender”, organizaram-se acções de voluntariado, que abrangeram 56 voluntários, colaboradores,

reformados e associados, visando a promoção da educação de crianças e jovens em áreas como a

Família, a Comunidade e o Empreendorismo, o contributo para a melhoria da acção desenvolvida por

Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e a preservação ambiental como prioridade. Para

a sua realização, foram estabelecidas relações de parceria com diversas instituições da sociedade civil,

que aprofundaram o seu relacionamento com o Montepio, nomeadamente através da celebração de

protocolos.

34

IV - CAIXA ECONÓMICA MONTEPIO GERAL – ACTIVIDADE CONSOLIDADA 1. INDICADORES GLOBAIS

Jun 07 Dez 07 Jun 08

1. DIMENSÃOActivo Líquido 16.306.905 16.898.729 16.811.682 504.777 3,1%Recursos Próprios (Capital, Reservas e Resultados) 767.444 835.733 835.345 67.901 8,8%

2. RENDIBILIDADE E EFICIÊNCIAResultado do Exercício 33.242 63.095 23.664 -9.578 -28,8%Resultado do Exercício / Activo Líquido Médio (ROA) 0,42% 0,38% 0,29% -0,13 p.p.Resultado do Exercício / Capitais Próprios Médios (ROE) 9,03% 7,90% 5,91% -3,12 p.p.Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,56% 2,45% 2,43% -0,13 p.p.Gastos com o Pessoal / Produto Bancário 34,78% 36,75% 39,22% 4,44 p.p.Gastos Gerais Administrativos / Produto Bancário 19,94% 20,14% 20,85% 0,90 p.p.Amortizações / Produto Bancário 3,70% 3,90% 4,21% 0,51 p.p.Cost to Income 58,43% 60,79% 64,28% 5,85 p.p.

3. RISCO DE CRÉDITORácio de Crédito e Juros Vencidos 2,28% 2,20% 2,73% 0,45 p.p.Rácio de Crédito e Juros Vencidos há mais de 90 dias 1,97% 1,91% 2,28% 0,31 p.p.

4. PRUDENCIAISRácio de Solvabilidade e de Mercado 9,76% 8,95% 10,08% 0,32 p.p.Rácio Adequação Fundos Próprios de Base (Tier 1) 6,36% 6,44% 7,09% 0,73 p.p.

(milhares de euros)Variação

35

2. PERÍMETRO DE CONSOLIDAÇÃO

O perímetro de consolidação, definido de acordo com as regras estabelecidas para este efeito,

compreende as seguintes entidades:

Consolidadas pelo método da consolidação integral:

Caixa Económica Montepio Geral;

MG Cabo Verde;

Veículos de titularização de crédito (“Pelican Mortgages No.1” e “Pelican Mortgages No.2”); estas

entidades, através das quais foram realizadas as operações de titularização, são incluídas,

porquanto, de acordo com os critérios definidos pelas Normas Internacionais de Contabilidade

(NIC), é possível inferir que o Montepio exerce controlo sobre as suas actividades.

Consolidadas pelo método da equivalência patrimonial:

Lusitania, Companhia de Seguros, SA (*);

Lusitania Vida, Companhia de Seguros, SA (*);

HTA – Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, SA;

Norfin – Soc. Gestora de Fundos de Investimentos Imobiliários, SA.

Impacto da Consolidação nos Resultados e na Situação Líquida As alterações nos Resultados e na Situação Líquida derivam do impacto das Participações Financeiras e

dos ajustamentos contabilísticos resultantes da aplicação das Normas Internacionais de Contabilidade às

contas consolidadas.

Da consolidação das Participações Financeiras realça-se o impacto positivo nos Resultados do Exercício,

no montante de 0,9 milhões de euros (+4,1%), sobretudo por via da Lusitania, Lusitania Vida e do MG

Cabo Verde. Na Situação Líquida o impacto foi negativo, no valor de 9,8 milhões de euros (-1,1%), tendo

origem, sobretudo, na desvalorização das carteiras de títulos das companhias de seguros Lusitania e

Lusitania Vida, decorrente das condições desfavoráveis de mercado.

Os ajustamentos contabilísticos provocaram os seguintes impactos:

Um aumento dos Resultados, no valor de 128 milhares de euros, por via dos Swaps relativos às

operações de titularização de créditos “Pelican Mortgage nºs 1 e 2”;

* É considerada nesta consolidação apenas a posição accionista directa da CEMG na Lusitania (26,2%) e na Lusitania Vida (39,3%).

36

Uma redução da Situação Líquida, no montante de 27,8 milhões de euros, sustentada, por um

lado, pelo efeito das responsabilidades para com o Fundo de Pensões ainda não reconhecidas

em resultados, repercutidas em Resultados Transitados (-39,1 milhões de euros) (Aviso 12/2001

BdP), e por outro, nos efeitos positivos ao nível dos ajustamentos de Swaps associados às

referidas operações de titularização (0,6 milhões de euros) e da aplicação das regras da

Imparidade à Carteira de Crédito (10,7 milhões de euros).

Da conjugação destes movimentos resultou um acréscimo de Resultados, no valor de 1,1 milhões de

euros (+4,7%), e uma diminuição da Situação Líquida, no montante de 37,6 milhões de euros (-4,3%).

Diferencial entre Resultados Individuais e Consolidados

(milhares de euros)

RESULTADOS LÍQUIDOS

SITUAÇÃO LÍQUIDA

CEMG - Contas Individuais 30.Jun.08 22.610 872.959Impacto da Consolidação das Participações Financeiras 926 -9.772 Consolidação Integral 197 458 MG Cabo Verde 197 458 Equivalência Patrimonial 729 -10.230 Lusitania 287 -4.261 Lusitania Vida 585 -5.625 NORFIN -8 317 HTA Hoteis Turismo A Açores -135 -661Outros Reajustamentos de Consolidação 128 -27.842CEMG - Contas Consolidadas 30.Jun.08 23.664 835.345

Das contas consolidadas do Montepio, em 30 de Junho de 2008, salienta-se o seguinte:

Os Resultados Líquidos atingiram o valor de 23,7 milhões de euros, o que representou uma

quebra homóloga de 28,8%;

A rendibilidade do Activo Líquido Médio (ROA) fixou-se em 0,29% e a dos Capitais Próprios

Médios (ROE) em 5,91%;

O Rácio de Crédito e Juros Vencidos há mais de 90 dias apresentou o valor de 2,28%, registando

um crescimento homólogo de 0,31p.p.;

37

3. EVOLUÇÃO DA ACTIVIDADE GLOBAL O Activo Líquido consolidado atingiu o valor de 16,8 mil milhões de euros, registando um crescimento

homólogo de cerca de 505 milhões de euros (+3,1%).

Estrutura do Activo

(milhares de Euros)Jun 07 Jun 08 VariaçãoValor % Valor % Valor %

Crédito a Clientes 14.253.436 87,4 14.797.965 88,0 544.529 3,8 Disponibilidades 338.997 2,1 322.275 1,9 -16.722 -4,9 Activos Financeiros e Outros Investimentos 1.471.376 9,0 1.428.626 8,5 -42.750 -2,9 Outros Activos 243.096 1,5 262.816 1,6 19.720 8,1

TOTAL DO ACTIVO 16.306.905 100,0 16.811.682 100,0 504.777 3,1

Na estrutura do Activo verificou-se um aumento do peso do Crédito a Clientes, que passou de 87,4% para

88,0% (+0,6 p.p.).

O Passivo consolidado registou um crescimento homólogo de 436,9 milhões de euros (+2,8%), enquanto o

Capital cresceu 67,9 milhões de euros (+8,8%), levando ao crescimento do seu peso relativo no total do

balanço, fixando-se nos 5%.

Na estrutura do Passivo, os Recursos de Clientes cresceram 3,6% e aumentaram o seu peso relativo para

47,8%; os Recursos de Instituições de Crédito registaram um decréscimo, mas aumentaram os Recursos

de Bancos Centrais, e os Passivos Financeiros, embora com um peso significativo (39,7%), registaram,

também, um decréscimo.

Estrutura do Passivo e dos Capitais Próprios (milhares de euros)

Valor % Valor % Valor % Recursos de Clientes 7.763.445 47,6 8.041.771 47,8 278.326 3,6 Recursos de Instituições de Crédito 718.795 4,4 662.449 3,9 -56.346 -7,8 Recursos de Bancos Centrais 450.594 2,7 450.594 Passivos Financeiros 6.905.170 42,3 6.681.846 39,7 -223.324 -3,2 Outros Passivos 152.051 0,9 139.677 0,8 -12.374 -8,1TOTAL DE RECURSOS ALHEIOS TOTAIS 15.539.461 95,3 15.976.337 95,0 436.876 2,8TOTAL DO CAPITAL 767.444 4,7 835.345 5,0 67.901 8,8

TOTAL DO PASSIVO E DO CAPITAL 16.306.905 100,0 16.811.682 100,0 504.777 3,1

VariaçãoJun 08Jun 07

38

4. RESULTADOS, EFICIÊNCIA E RENDIBILIDADE O Resultado consolidado do exercício atingiu o montante de 23,7 milhões de euros, registando uma

quebra homóloga de 9,6 milhões de euros (-28,8%),

A Margem Financeira observou uma evolução positiva (+4%) e sustentou o ligeiro crescimento de 0,3% do

Produto Bancário, compensando a redução de outros Proveitos Operacionais, nomeadamente

relacionados com desvalorização de activos.

Nos Custos Operacionais registou-se um crescimento homólogo de 12,2 milhões de euros (+10,4%), o

qual foi devido, em grande parte, ao crescimento dos Custos com Pessoal, explicado, em mais de 50%,

por dotações extraordinárias para o Fundo de Pensões, relacionadas com reformas antecipadas de

trabalhadores.

Em consequência, o Resultado Operacional observou uma variação homóloga de 11,5 milhões de euros

(-13,8%).

Demonstração de Resultados Consolidados por Funções

(milhares de euros)

Valor %% %

Juros e rendimentos similares 399.875 476.097 76.222 19,1Juros e encargos similares 236.224 305.832 69.608 29,5 Margem Financeira 163.651 81,5 170.265 84,5 6.614 4,0Rendimentos de instrumentos de capital 611 0,3 515 0,3 (96) -15,7Rendimentos de serviços e comissões 37.376 18,6 40.634 20,2 3.258 8,7Encargos com serviços e comissões 5.199 2,6 5.947 3,0 748 14,4Result.de activ.e pass. avaliados ao justo valor através de result. (9.056) -4,5 (11.872) -5,9 (2.816) 31,1Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 6.978 3,5 (20) 0,0 (6.998) -100,3Resultados de reavaliação cambial 637 0,3 718 0,4 81 12,7Resultados de alienação de outros activos 1.343 0,7 697 0,3 (646) -48,1Outros resultados de exploração 4.533 2,3 6.557 3,3 2.024 44,7 Total de proveitos operacionais 37.223 18,5 31.282 15,5 (5.941) -16,0 Produto Bancário 200.874 100,0 201.547 100,0 673 0,3Gastos com o pessoal 69.871 34,8 79.045 39,2 9.174 13,1Gastos gerais administrativos 40.064 19,9 42.016 20,8 1.952 4,9Depreciações e amortizações 7.438 3,7 8.490 4,2 1.052 14,1 Total de custos operativos 117.373 58,4 129.551 64,3 12.178 10,4 Resultado operacional 83.501 41,6 71.996 35,7 (11.505) -13,8Provisões líquidas de anulações 34 0,0 111 0,1 77 226,5Imparidade de crédito líquida de reversões e recuperações 51.572 25,7 44.141 21,9 (7.431) -14,4Imparidade de outros acti. Financ. líquida de reversões e recup. - 0,0 2.698 1,3 2.698 …Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações (35) 0,0 3.049 1,5 3.084 … Resultado antes de impostos e de inter. minoritários 31.930 15,9 21.997 10,9 (9.933) -31,1Resultados por equivalência patrimonial 1.312 0,7 1.667 0,8 355 27,1 Resultado consolidado do exercício 33.242 16,5 23.664 11,7 (9.578) -28,8

Jun 07 Jun 08Variação

39

O rácio Cost to Income agravou-se em 5,9 p.p., principalmente devido aos factos já referenciados sobre os

gastos com o pessoal.

Eficiência Relativa

Jun 07 Jun 08 Variação% % p.p

Gastos com o Pessoal / Produto Bancário (%) 34,8% 39,2% 4,4p.p.Gastos Gerais Administrativos / Produto Bancário (%) 19,9% 20,8% 0,9p.p.Amortizações / Produto Bancário (%) 3,7% 4,2% 0,5p.p.

Cost to Income 58,4% 64,3% 5,9p.p.

Os rácios de rendibilidade, ressentindo-se da evolução conjuntural negativa e dos impactos extraordinários

como o do reforço do Fundo de Pensões, registaram evoluções ligeiramente negativas, tendo o ROA

descido 0,1p.p., o ROE caído 3,0p.p. e o Produto Bancário sobre o Activo Líquido Médio reduzido

0,1p.p.

Rendibilidade Jun 07 Jun 08 Variação

% % p.p.Resultados / Activo Líquido Médio (ROA) 0,42% 0,29% -0,1p.p.Resultados / Capitais Próprios Médios (ROE) 8,95% 5,91% -3,0p.p.Produto Bancário / Activo Líquido Médio 2,54% 2,43% -0,1p.p.

40

5. INDICADORES PRUDENCIAIS

Os Fundos Próprios Elegíveis consolidados, para efeitos do cálculo do Rácio de Solvabilidade, atingiram

o montante de 1,1 mil milhões de euros, tendo observado um ligeiro crescimento homólogo (+0,46%).

Os Fundos Próprios de Base consolidados, que constituem a parcela principal dos Fundos Próprios e

concorrem para o cálculo da componente Tier1, reforçaram o seu peso relativo no total para 70,4%, tendo

observado um acréscimo homólogo de 60,3 milhões de euros, por via de aumentos do Capital

institucional, que compensaram a quebra dos Fundos Próprios Complementares em 56,1 milhões de

euros.

O Rácio de Solvabilidade consolidado fixou-se em 10,08%, e a componente Tier I observou o valor de

7,09%.

Fundos Próprios e Rácios de Liquidez e de Solvabilidade Consolidados

(milhares de euros)Jun 07 Jun 08Valor Valor Valor %

1. Fundos Próprios Elegíveis 1.102.717 1.107.752 5.035 0,46 Capital Institucional 585.000 660.000 75.000 12,82 Reservas (Legal e Estatutárias) 200.825 216.985 16.160 8,05 Resultados Transitados -59.837 -41.120 18.717 -31,28 Deduções aos FPB -7.013 -56.561 -49.548 706,52 Fundos próprios de base (FPB) 718.975 779.304 60.329 8,39 Fundos próprios complementares 393.053 336.929 -56.124 -14,28 Deduções -9.311 -8.481 830 -8,912. Requisitos Mínimos de Fundos Próprios 903.763 878.843 -24.920 -2,763. Rácios Solvabilidade (limite mínimo: 8%) 9,76% 10,08% 0,32 p.p. Tier 1 (limite mínimo: 4%) 6,36% 7,09% 0,73 p.p. Imobilizado (limite máximo: 100%) 11,48% 10,74% -0,74 p.p. Liquidez (limite mínimo: 90%) 107,05% 104,18% -2,87 p.p.

Variação

41

V – DECLARAÇÃO EM CONFORMIDADE A presente declaração é feita nos termos da alínea c) do nº 1 do artigo 246º do Código dos Valores

Mobiliários (CVM).

É da responsabilidade do Conselho de Administração a elaboração do relatório de gestão e a preparação

das demonstrações financeiras e que estas apresentem, de forma verdadeira e apropriada, a posição

financeira da Instituição, o resultado das operações, bem como a adopção de políticas e critérios

contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado, que permita

prevenir e detectar eventuais erros ou irregularidades.

Confirmamos, tanto quanto é o nosso conhecimento e nossa convicção, que:

Toda a informação financeira individual e consolidada contida nos documentos de prestação de

contas, referente ao 1º semestre de 2008, foi elaborada em conformidade com as normas

contabilísticas aplicáveis, dando uma imagem verdadeira e apropriada do activo e do passivo, da

situação financeira e dos resultados da Instituição;

O relatório de gestão intercalar expõe fielmente a evolução dos negócios, do desempenho e da

posição da Instituição e contém uma descrição dos principais riscos e suas perspectivas, em

conformidade com os requisitos legais.

Lisboa, 28 de Agosto de 2008

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Armindo Marques Matias António Tomás Correia - Presidente

José de Almeida Serra

Rui Manuel Silva Gomes do Amaral

Eduardo José da Silva Farinha

42

VI – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, NOTAS E RELATÓRIOS DE AUDITORIA BALANÇOS E DEMONSTRAÇÕES DE RESULTADOS

(milhares de euros)

2008 2007Activo Bruto

Imparidade eAmortizações

Activo Líquido

Activo Líquido

ACTIVOCaixa e disponibilidades em bancos centrais 162 084 162 084 269 201Disponibilidades em outras instituições de crédito 113 497 113 497 62 664Activos financeiros detidos para negociação 46 234 46 234 38 084Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 3 690 3 690 3 897Activos financeiros disponíveis para venda 1 960 748 14 169 1 946 579 905 195Aplicações em instituições de crédito 358 303 39 358 264 663 021Crédito a clientes 14 658 521 223 427 14 435 094 14 108 881Investimentos detidos até à maturidade 53 602 53 602 39 371Derivados de cobertura 8 430 8 430 9 372Activos não correntes detidos para venda 110 368 22 445 87 923 96 833Outros activos tangíveis 183 137 100 964 82 173 80 921Activos intangíveis 42 025 28 031 13 994 13 619Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 30 597 30 597 30 597Outros activos 104 522 3 473 101 049 113 523 TOTAL DE ACTIVO 17 835 758 392 548 17 443 210 16 435 179

PASSIVO

Recursos de bancos centrais 450 594 450 594Passivos financeiros detidos para negociação 69 438 69 438 54 737Recursos de outras instituições de crédito 973 072 973 072 952 282Recursos de clientes e outros empréstimos 7 738 524 7 738 524 8 086 025Responsabilidades representadas por títulos 5 201 706 5 201 706 5 246 771Passivos financeiros associados a activos transferidos 1 569 487 1 569 487 670 633Derivados de cobertura 5 590 5 590 7 736Provisões 101 034 101 034 98 720Outros passivos subordinados 332 061 332 061 301 848Outros passivos 128 745 128 745 138 383

TOTAL DE PASSIVO 16 570 251 16 570 251 15 557 135CAPITAL

Capital 660 000 660 000 635 000Reservas de reavaliação - 15 312 - 15 312 431Outras reservas e resultados transitados 205 661 205 661 178 421Resultado do exercício 22 610 22 610 64 192 TOTAL DE CAPITAL PRÓPRIO 872 959 872 959 878 044 TOTAL DE PASSIVO E CAPITAL PRÓPRIO 17 443 210 17 443 210 16 435 179

Lisboa, 31 Julho de 2008

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOArmindo Marques Matias António Tomás Correia - Presidente

José de Almeida SerraRui Manuel Silva Gomes do AmaralEduardo José da Silva Farinha

BALANÇO INDIVIDUAL EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 31 DE DEZEMBRO DE 2007

43

( milhares de euros)

Juros e rendimentos similares 486 983 399 874Juros e encargos similares 317 106 236 382

MARGEM FINANCEIRA 169 877 163 492

Rendimentos de instrumentos de capital 1 585 1 688Rendimentos de serviços e comissões 40 634 37 376

Encargos com serviços e comissões 5 947 5 199

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - 11 999 - 8 914

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda - 20 6 978Resultados de reavaliação cambial 749 629Resultados de alienação de outros activos 697 1 343

Outros resultados de exploração 6 557 4 531PRODUTO BANCÁRIO 202 133 201 924

Custos com pessoal 79 044 69 871

Gastos gerais administrativos 41 990 40 041

Amortizações do exercicio 8 490 7 437

Provisões líquidas de reposições e anulações 2 522 5 044Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) 41 680 43 562

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 2 748

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 3 049 - 35

RESULTADO 22 610 36 004Lisboa, 31 de Julho de 2008

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOArmindo Marques Matias António Tomás Correia-Presidente

José de Almeida SerraRui Manuel Silva Gomes do AmaralEduardo José da Silva Farinha

DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS INDIVIDUAL EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007

2008 2007

44

(milhares de euros)

2007

Activo Bruto

Imparidade eAmortizações

Activo Líquido

Activo Líquido

ACTIVO

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 162 084 162 084 269 201Disponibilidades em outras instituições de crédito 160 191 160 191 90 830Activos financeiros detidos para negociação 46 887 46 887 37 915Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 3 690 3 690 3 897Activos financeiros disponíveis para venda 951 898 7 511 944 387 902 934Aplicações em instituições de crédito 358 303 39 358 264 663 021Crédito a clientes 15 116 652 318 687 14 797 965 14 605 447Investimentos detidos até à maturidade 53 602 53 602 39 371Derivados de cobertura 8 430 8 430 9 372Activos não correntes detidos para venda 110 368 22 445 87 923 96 833Outros activos tangíveis 183 144 100 967 82 177 80 926Activos intangíveis 42 025 28 031 13 994 13 619Investimentos em associadas e filiais excluidas da consolidação 13 366 13 366 20 188Outros activos 82 195 3 473 78 722 65 175

TOTAL DE ACTIVO 17 292 835 481 153 16 811 682 16 898 729

PASSIVO

Recursos de bancos centrais 450 594 450 594Passivos financeiros detidos para negociação 69 511 69 511 54 124Recursos de outras instituições de crédito 662 449 662 449 657 934Recursos de clientes e outros empréstimos 8 041 771 8 041 771 8 373 164Responsabilidades representadas por títulos 5 693 777 5 693 777 5 846 404Passivos financeiros associados a activos transferidos 580 907 580 907 670 633Derivados de cobertura 5 590 5 590 7 736Provisões 1 640 1 640 1 736Outros passivos subordinados 332 061 332 061 301 848Outros passivos 138 037 138 037 149 417

TOTAL DE PASSIVO 15 976 337 15 976 337 16 062 996

CAPITALCapital 660 000 660 000 635 000Reservas de reavaliação - 24 183 - 24 183 - 2 467Outras reservas e resultados transitados 175 864 175 864 140 105Resultado do exercício 23 664 23 664 63 095

TOTAL DO CAPITAL 835 345 835 345 835 733

TOTAL DO PASSIVO E CAPITAL 16 811 682 16 811 682 16 898 729

Lisboa, 31 de Julho de 2008

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Armindo Marques Matias António Tomás Correia - PresidenteJosé de Almeida SerraRui Manuel Silva Gomes do AmaralEduardo José da Silva Farinha

2008

BALANÇO CONSOLIDADO DA CAIXA ECONÓMICA EM JUNHO DE 2008 E 31 DE DEZEMBRO DE 2007

45

(milhares de euros)

Juros e rendimentos similares 476 097 399 875Juros e encargos similares 305 832 236 224

MARGEM FINANCEIRA 170 265 163 651

Rendimentos de instrumentos de capital 515 611Rendimentos de serviços e comissões 40 634 37 376Encargos com serviços e comissões 5 947 5 199Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - 11 872 - 9 056Resultados de activos financeiros disponíveis para venda - 20 6 978Resultados de reavaliação cambial 718 637Resultados de alienação de outros activos 697 1 343Outros resultados de exploração 6 557 4 533

PRODUTO DA ACTIVIDADE 201 547 200 874

Custos com pessoal 79 045 69 871Gastos gerais administrativos 42 016 40 064Depreciações e amortizações 8 490 7 438Provisões líquidas de anulações 111 34Imparidade de crédito líquida de reversões e recuperações 44 141 51 572Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 2 698Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 3 049 - 35Resultados de associados e empreendimentos conjuntos (equivalência patrimonial) 1 667 1 312

RESULTADO CONSOLIDADO DO EXERCÍCIO 23 664 33 242Lisboa, 31 de Julho de 2008

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃOArmindo Marques Matias António Tomás Correia - Presidente

José de Almeida SerraRui Manuel Silva Gomes do AmaralEduardo José da Silva Farinha

2008 2007

DEMONSTRAÇÃO CONSOLIDADA DE RESULTADOS EM 30 DE JUNHO DE 2008 E 2007

46

VI – DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, NOTAS E RELATÓRIOS DE AUDITORIA NOTAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E RELATÓRIOS DE REVISÃO LIMITADA

Caixa Económica Montepio Geral

Demonstrações Financeiras Individuais Intercalares

30 de Junho de 2008 e 2007

Agosto de 2008 Este relatório contém 79 páginas

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - NOTAS EXPLICATIVAS (Páginas 4 a 79)

Caixa Económica Montepio Geral

Demonstração dos Resultadospara os períodos findos em 30 de Junho de 2008 e 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

30 de Junho 30 de JunhoNotas 2008 2007

Juros e rendimentos similares 3 486.983 399.874 Juros e encargos similares 3 317.106 236.382

Margem financeira 169.877 163.492

Rendimentos de instrumentos de capital 4 1.585 1.688 Rendimentos de serviços e comissões 5 40.634 37.375 Encargos com serviços e comissões 5 (5.947) (5.198)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 6 (11.999) (8.914)Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 7 (20) 6.978 Resultados de reavaliação cambial 8 749 629 Resultados de alienação de outros activos 697 1.343 Outros resultados de exploração 9 4.946 3.984

Total de proveitos operacionais 200.522 201.377

Custos com pessoal 10 79.045 69.871 Gastos gerais administrativos 11 41.990 40.041 Depreciações e amortizações 12 8.490 7.437

Total de custos operacionais 129.525 117.349

Imparidade do crédito 13 42.480 48.026 Imparidade de outros activos 14 5.796 (36)Outras provisões 15 111 34

Resultado operacional 22.610 36.004

Resultado líquido do período 22.610 36.004

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras individuais intercalares

Caixa Económica Montepio Geral

Balanço em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

30 de Junho 31 de DezembroNotas 2008 2007

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 16 162.084 269.201 Disponibilidades em outras instituições de crédito 17 113.497 62.664 Aplicações em instituições de crédito 18 358.264 663.021 Crédito a clientes 19 14.435.094 14.108.881 Activos financeiros detidos para negociação 20 49.337 43.417 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 21 3.690 3.897 Activos financeiros disponíveis para venda 22 1.946.579 905.195 Derivados de cobertura 23 8.110 9.536 Investimentos detidos até à maturidade 24 53.602 39.371 Investimentos em associadas e outras 25 30.597 30.597 Outros activos tangíveis 26 82.173 80.921 Activos intangíveis 27 13.994 13.619 Outros activos 28 186.189 204.859

17.443.210 16.435.179

Passivo

Recursos de bancos centrais 29 450.594 - Recursos de outras instituições de crédito 30 973.072 952.282 Recursos de clientes 31 7.738.524 8.086.025 Responsabilidades representadas por títulos 32 5.201.706 5.246.771 Passivos financeiros detidos para negociação 20 72.541 60.070 Derivados de cobertura 23 3.726 3.820 Provisões 33 101.034 98.720 Passivos subordinados 34 332.061 301.848 Outros passivos 35 1.696.993 807.599

Total do Passivo 16.570.251 15.557.135

Situação Líquida

Capital 36 660.000 635.000 Reservas de justo valor 38 (23.717) (7.973)Outras reservas e resultados transitados 37 e 38 214.066 186.825 Resultado líquido do exercício 22.610 64.192

Total da Situação Líquida 872.959 878.044

17.443.210 16.435.179

Contas extrapatrimoniais (Nota 39)

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras individuais intercalares

Caixa Económica Montepio Geral

Demonstração dos Fluxos de Caixapara os períodos findos em 30 de Junho de 2008 e 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

30 de Junho 30 de Junho2008 2007

Fluxos de caixa de actividades operacionais

Juros recebidos 489.239 397.380 Comissões recebidas 39.626 36.258 Pagamento de juros (317.816) (248.726)Pagamento de comissões (6.941) (5.047)Despesas com pessoal e fornecedores (112.190) (104.917)Recuperação de crédito e juros 1.611 547 Outros pagamentos e recebimentos (19.802) 9.941

73.727 85.436

(Aumentos) / diminuições de activos operacionaisCréditos sobre instituições de crédito e clientes 837.151 241.980 Outros activos (87) (4.095)

837.064 237.885 (Aumentos) / diminuições de passivos operacionais

Recursos para com clientes (349.928) (567.047)Recursos para com instituições de crédito 23.501 (91.262)Recursos de bancos centrais 450.000 -

123.573 (658.309)

1.034.364 (334.988)

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Dividendos recebidos 1.585 1.688 (Compra) / Venda de activos financeiros de negociação (6.288) (5.181)(Compra) / Venda de activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 207 (1.386)(Compra) / Venda de activos financeiros disponíveis para venda (1.059.828) (75.148)(Compra) / Venda de derivados de cobertura (1.203) (2.854)(Compra) / Venda de activos financeiros detidos até à maturidade (13.827) (276)Depósitos detidos com fins de controlo monetário 87.633 33.628 Alienação de imobilizações - 10 Aquisição de imobilizações (10.117) (7.961)

(1.001.838) (57.480)

Fluxos de caixa de actividades de financiamento

Distribuição de resultados (25.757) (20.377)Aumento de capital 25.000 - Emissão de obrigacões de caixa e títulos subordinados 254.108 861.273 Reembolso de obrigacões de caixa e títulos subordinados (267.000) (450.000)Aumento / (diminuição) noutras contas de passivo 12.471 24.696

(1.178) 415.592

Variação líquida em caixa e equivalentes 31.348 23.124

Caixa e equivalentes no início do período 149.463 148.633

Caixa (nota 16) 86.799 73.312 Disponibilidades em outras instituições de crédito (nota 17) 62.664 75.321

Caixa e equivalentes no fim do período 180.811 171.757

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras individuais intercalares

Caixa Económica Montepio GeralMapa de alterações na Situação Líquida

para os períodos findos em 30 de Junho de 2008 e 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

Total dasituação

Reserva geral e Outras Reservas de Resultados

líquida Capital especial reservas justo valor acumulados

Saldos em 1 de Janeiro de 2007 822.175 585.000 185.770 8.404 7.586 35.415

Constituição de reservas

Reserva geral - - 12.031 - - (12.031)

Reserva especial - - 3.007 - - (3.007)

Distribuição de resultados (20.377) - - - - (20.377)

Reservas de justo valor (5.877) - - - (5.877) -

Impacto da aplicação da IAS 19 (10.310) - - - - (10.310)

Resultado do período 36.004 - - - - 36.004

Saldos em 30 de Junho de 2007 821.615 585.000 200.808 8.404 1.709 25.694

Aumento de capital 50.000 50.000 - - - -

Reservas de justo valor (9.682) - - - (9.682) -

Impacto da aplicação da IAS 19 (12.077) - - - - (12.077)

Resultado do período 28.188 - - - - 28.188

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 878.044 635.000 200.808 8.404 (7.973) 41.805

Constituição de reservas

Reserva geral - - 12.838 - - (12.838)

Reserva especial - - 3.210 - - (3.210)

Aumento de capital (Nota 36) 25.000 25.000 - - - -

Distribuição de resultados (Nota 40) (25.757) - - - - (25.757)

Reservas de justo valor (Nota 38) (15.744) - - - (15.744) -

Impacto da aplicação da IAS 19 (11.194) - - - - (11.194)

Resultado do período 22.610 - - - - 22.610

Saldos em 30 de Junho de 2008 872.959 660.000 216.856 8.404 (23.717) 11.416

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras individuais intercalares

Caixa Económica Montepio Geral

Notas às Demonstrações Financeiras Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

1 Políticas contabilísticas

1.1 Bases de apresentação

A Caixa Económica Montepio Geral (adiante designada por “CEMG”) é uma instituição de crédito, anexa ao Montepio Geral – Associação Mutualista, tendo sido constituída em 24 de Março de 1844. Está autorizada a operar no âmbito do disposto no Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, bem como do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio, que regulamenta a actividade das caixas económicas, estabelecendo algumas restrições à sua actividade. Porém, a CEMG pode realizar operações bancárias mesmo para além das enunciadas nos seus Estatutos, desde que genericamente autorizadas pelo Banco de Portugal, o que na prática se traduz na possibilidade de realizar a universalidade das operações bancárias.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação Portuguesa através do Decreto-Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso n.º 1/2005, do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras da CEMG são preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (“NCA’s”), tal como definidas pelo Banco de Portugal.

As NCA’s traduzem-se na aplicação às demonstrações financeiras individuais das Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) tal como adoptadas na União Europeia, com excepção de algumas matérias reguladas pelo Banco de Portugal, como a imparidade do crédito a clientes e o tratamento contabilístico relativo ao reconhecimento em resultados transitados dos ajustamentos das responsabilidades por pensões de reforma e sobrevivência apuradas na transição.

As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretation Committee (“IFRIC”), e pelos respectivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras individuais intercalares da CEMG agora apresentadas reportam-se ao período de seis meses findo em 30 de Junho de 2008 e foram preparadas de acordo com as NCA’s, as quais incluem as IFRS em vigor tal como adoptadas na União Europeia até 30 de Junho de 2008. As políticas contabilísticas utilizadas pela CEMG na preparação das suas demonstrações financeiras individuais intercalares referentes a 30 de Junho de 2008 são consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações financeiras anuais com referência a 31 de Dezembro de 2007.

As demonstrações financeiras individuais intercalares agora apresentadas foram preparadas em conformidade com a IAS 34 – Relato Financeiro Intercalar e não incluem toda a informação requerida para as demonstrações financeiras completas anuais que serão apresentadas com referência a 31 de Dezembro de 2008.

Caixa Económica Montepio Geral Notas às Demonstrações Financeiras

Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

9

As demonstrações financeiras estão expressas em milhares de euros, arredondadas ao milhar mais próximo. Estas foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, activos financeiros disponíveis para venda e activos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objecto de cobertura.

A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA’s requer que a CEMG efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade, poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos. As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas significativos na preparação das demonstrações financeiras encontram-se analisadas na nota 1.22.

Estas demonstrações financeiras foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 31 de Julho de 2008.

1.2 Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transacção. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados.

Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

1.3 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados correspondem ao seu valor de mercado, quando disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (discounted cash flows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.

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Contabilidade de cobertura

i) Critérios de classificação

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições:

- à data de início da transacção a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efectividade da cobertura;

- existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efectiva, à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

- a eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

- para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer.

ii) Cobertura de justo valor (fair value hedge)

Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (fair value hedge), o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado de forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos pela contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva.

iii) Derivados embutidos

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.

1.4 Crédito a clientes

A rubrica Crédito a Clientes inclui os empréstimos originados pela CEMG, para os quais não existe uma intenção de venda no curto prazo, sendo o seu registo efectuado na data em que os fundos são disponibilizados aos clientes.

O crédito a clientes só é desreconhecido do balanço quando (i) expiram os direitos contratuais da CEMG relativos aos respectivos fluxos de caixa, (ii) a CEMG transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, ou (iii) não obstante a CEMG ter retido parte, mas não substancialmente todos, os riscos e benefícios associados à sua detenção, o controlo sobre os activos foi transferido.

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O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas de imparidade.

Imparidade

Conforme referido na política contabilística descrita na nota 1.1, a CEMG aplica nas suas contas as NCA’s pelo que, de acordo com o definido nos n.º 2 e 3 do Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela CEMG nos exercícios anteriores, como segue:

i) Provisão específica para crédito concedido

A provisão específica para crédito concedido é baseada na avaliação dos créditos vencidos incluindo os créditos vincendos associados, destinando-se a cobrir créditos de risco específico, sendo apresentada como dedução ao crédito concedido. A avaliação desta provisão é efectuada periodicamente pela CEMG, tomando em consideração a existência de garantias reais, o período de incumprimento e a actual situação financeira do cliente.

A provisão específica assim calculada assegura o cumprimento dos requisitos estabelecidos pelo Banco de Portugal através dos Avisos n.º 3/95, de 30 de Junho de 1995, n.º 7/00 de 27 de Outubro e n.º 8/03 de 30 de Janeiro de 2003.

ii) Provisão para riscos gerais de crédito

Esta provisão destina-se a cobrir riscos potenciais existentes em qualquer carteira de crédito concedido, incluindo os créditos por assinatura, mas que não foram identificados como de risco específico, encontrando-se registada no passivo.

A provisão para riscos gerais de crédito é constituída com base no disposto nos Avisos n.º 3/95, de 30 de Junho de 1995, n.º 2/99, de 15 de Janeiro de 1999 e n.º 8/03 de 30 de Janeiro de 2003, do Banco de Portugal.

iii) Provisão para risco - país

A provisão para risco - país é constituída de acordo com o disposto no Aviso nº. 3/95 de 30 de Junho do Banco de Portugal, sendo calculada segundo as directrizes da Instrução n.º 94/96, de 17 de Junho, do Boletim Oficial do Banco de Portugal, incluindo as alterações, de Outubro de 1998, ao disposto no n.º 2.4 da referida Instrução.

iv) Anulação contabilística de crédito (write-offs)

A anulação contabilística de créditos é feita pela utilização de provisões para crédito quando estas, de acordo com os critérios definidos nesta política, correspondem a 100% do valor do crédito.

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1.5 Outros activos financeiros

i) Classificação

A CEMG classifica os seus outros activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

Esta categoria inclui: (i) os activos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no curto prazo, e (ii) os activos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados.

A CEMG designa, no seu reconhecimento inicial, certos activos financeiros como ao justo valor através de resultados quando:

- tais activos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no seu justo valor;

- são contratadas operações de derivados com o objectivo de efectuar a cobertura económica desses activos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos activos e dos derivados (accounting mismatch); ou

- tais activos financeiros contêm derivados embutidos.

Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades definidas, que a CEMG tem intenção e capacidade de deter até à maturidade e que não são designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda.

Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) a CEMG tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadrem nas categorias acima referidas.

ii) Reconhecimento inicial, mensuração e desreconhecimento

Aquisições e alienações de: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos detidos até à maturidade e (iii) activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a CEMG se compromete a adquirir ou alienar o activo.

Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transacção são directamente reconhecidos em resultados.

Estes activos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da CEMG ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a CEMG tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a CEMG tenha transferido o controlo sobre os activos.

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iii) Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros ao justo valor através resultados são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.

Os activos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes activos são reconhecidas também em reservas, no caso de acções, e em resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efectiva, e os dividendos são reconhecidos na demonstração dos resultados.

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva e são deduzidos de perdas de imparidade.

O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência de cotação, a CEMG estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções customizados de modo a reflectir as particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado.

Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor são registados ao custo de aquisição.

iv) Transferências entre categorias

De acordo com as exigências da IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, a CEMG não procede à transferência de instrumentos financeiros entre categorias, excepto nos raros casos permitidos no âmbito desta norma.

v) Imparidade

Em conformidade com as NCA’s, a CEMG avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do activo financeiro. Estes activos são apresentados no balanço, líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com

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um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas.

1.6 Activos cedidos com acordo de recompra

Títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação, não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições financeiras ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

1.7 Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes, empréstimos, responsabilidades representadas por títulos e passivos subordinados.

Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, com a excepção dos passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, os quais são registados ao justo valor.

A CEMG designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor através de resultados quando:

- são contratadas operações de derivados com o objectivo de efectuar a cobertura económica desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos derivados (accounting mismatch); ou

- tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

O justo valor dos passivos cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, a CEMG estima o justo valor utilizado metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados em informação de mercado, incluindo o próprio risco da entidade emitente.

Caso a CEMG recompre dívida emitida, esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de compra é registado em resultados.

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1.8 Compensação de instrumentos financeiros

Activos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a possibilidade legal de compensar os montantes reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente.

1.9 Aplicações por recuperação de crédito

As aplicações por recuperação de crédito incluem imóveis, penhores de empréstimos e títulos resultantes da resolução de contratos de crédito a clientes. Estes activos são registados na rubrica Outros activos, sendo a sua mensuração inicial efectuada pelo valor de recuperação de crédito.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de avaliações regulares efectuadas pela CEMG.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada ao menor entre o seu valor contabilístico e o correspondente justo valor actual, não sendo sujeitos a amortização. Caso existam perdas não realizadas, estas são registadas como perdas de imparidade por contrapartida de resultados do exercício.

1.10 Investimentos em associadas

Os investimentos em associadas, nos quais a CEMG exerce influência significativa mas não exerce controlo, são valorizados ao custo de aquisição. Estes investimentos são sujeitos a testes de imparidade periódicos.

1.11 Outros activos tangíveis

Os outros activos tangíveis da CEMG encontram-se valorizados ao custo, deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Na data da transição para as NCA’s (1 de Janeiro de 2004), a CEMG elegeu considerar como custo o valor reavaliado dos outros activos tangíveis, conforme determinado de acordo com as anteriores políticas contabilísticas, o qual era equiparável numa perspectiva geral ao custo depreciado mensurado de acordo com as NCA’s, ajustado por forma a reflectir as alterações no índice geral de preços. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

Os custos subsequentes com os outros activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles possam resultar benefícios económicos futuros para a CEMG. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Imóveis de serviço próprio 50 Beneficiações em edifícios arrendados 10 Equipamento 4 a 10

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Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, a IAS 36 - Imparidade dos activos exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

1.12 Activos intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pela CEMG necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos, a qual se situa normalmente nos 3 anos.

Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas pela CEMG, sobre os quais seja expectável que venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis.

Todos os restantes encargos relacionados com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.

1.13 Locações

A CEMG classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos na IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.

Locações operacionais

- Como locatário

Os pagamentos efectuados pela CEMG à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

- Como locador

Os activos detidos sob locação operacional são registados no balanço de acordo com a natureza do activo.

Os proveitos decorrentes das rendas facturadas aos clientes de locação operacional são reconhecidos na demonstração dos resultados numa base sistemática ao longo do período de duração do contrato.

Os custos, incluindo a depreciação, incorridos na obtenção do proveito de locação são reconhecidos numa base sistemática ao longo do período de duração do contrato na demonstração dos resultados. Os custos directos iniciais incorridos pelos locadores ao negociar e aceitar uma locação operacional

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devem ser adicionados à quantia escriturada do activo locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação na mesma base do proveito da locação.

A política de depreciação para activos locados depreciáveis é consistente com a política de depreciação normal do locador para activos semelhantes, conforme política contabilística 1.11.

A CEMG procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados.

Locação financeira

- Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas (i) pelo encargo financeiro que é debitado em resultados e (ii) pela amortização financeira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos financeiros são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fim de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

- Como locador

Os activos detidos sob locação financeira são registados no balanço como capital em locação pelo valor equivalente ao investimento líquido realizado nos bens locados.

Os juros incluídos nas rendas debitadas aos clientes são registados como proveitos, enquanto que as amortizações de capital também incluídas nas rendas são deduzidas ao valor do crédito concedido a clientes. O reconhecimento dos juros reflecte uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

1.14 Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

A CEMG assumiu a responsabilidade de pagar aos seus colaboradores, pensões de reforma por velhice, invalidez e sobrevivência nos termos do estabelecido no Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário (“ACT”).

Os benefícios previstos nos planos de pensões são os abrangidos pelo “Plano ACT - Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário” e pelo “Plano ACTQ - Acordo Colectivo dos Quadros do Sector Bancário”.

A CEMG financia as suas responsabilidades através do fundo de pensões gerido pela Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Os planos de pensões existentes na CEMG correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que definem os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição.

Em 2005, no seguimento da autorização formal do Banco de Portugal, a CEMG aplicou retrospectivamente os Avisos n.º 4/2005 e n.º 12/2005 do Banco de Portugal, através do reconhecimento de todos os ganhos e perdas actuariais acumuladas registados no activo, de acordo com os anteriores princípios contabilísticos, por contrapartida de resultados transitados.

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De acordo com o disposto no n.º 2 do Aviso n.º 4/2005 do Banco de Portugal, foi definido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição, com referência a 1 de Janeiro de 2005, para os critérios da IAS 19 – Benefícios dos empregados analisado como segue:

Rubricas

Período de diferimento

Responsabilidades com benefícios de saúde 7 anos Abatimento de perdas actuariais diferidas,

corredor e decrementos de invalidez 5 anos

Aumento de responsabilidades 5 anos Adicionalmente, e de acordo com o Aviso n.º 12/2005, do Banco de Portugal, para efeitos de preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NCA’s, o acréscimo de responsabilidades resultantes das alterações dos pressupostos actuariais relativos à tábua de mortalidade efectuados posteriormente a 1 de Janeiro de 2005 é adicionado ao limite do corredor.

As responsabilidades da CEMG com pensões de reforma são calculadas anualmente, na data de fecho de contas, pela CEMG, com base no Método da Unidade de Crédito Projectada. A taxa de desconto utilizada neste calculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano. A responsabilidade líquida é determinada após a dedução do justo valor dos activos do Fundo de Pensões.

Os ganhos e perdas actuariais determinados anualmente, resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo e o seu valor acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor.

Este método estabelece que os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano que excedam 10% do maior de entre o total das responsabilidades e do valor do Fundo, também reportados ao início do ano, sejam imputados a resultados durante um período que não pode exceder a média da vida de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano. A CEMG determinou que os desvios actuariais são amortizados por um período de 25 anos. Os ganhos e perdas actuariais acumulados que se situem dentro do referido limite, não são reconhecidos em resultados.

Anualmente, a CEMG reconhece como um custo, na sua demonstração dos resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do serviço corrente, (ii) o custo dos juros, (iii) o rendimento esperado dos activos do fundo e (iv) uma porção dos ganhos e perdas actuariais determinada com base no referido método do corredor.

A CEMG efectua pagamentos ao Fundo de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo os níveis mínimos fixados como segue: (i) financiamento integral no final de cada exercício das responsabilidades actuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento a um nível mínimo de 95% do valor actuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo.

A cada data do balanço, a CEMG avalia, a recuperabilidade do eventual excesso do fundo em relação às responsabilidades com pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias.

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Benefícios de saúde

Aos trabalhadores bancários é assegurada pela CEMG a assistência médica por um Serviço de Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade autónoma e é gerido pelo Sindicato respectivo.

O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna.

Constituem contribuições obrigatórias para os SAMS, a cargo da CEMG, a verba correspondente a 6,50% do total das retribuições efectivas dos trabalhadores no activo, incluindo, entre outras, o subsídio de férias e o subsídio de Natal.

O cálculo e registo das obrigações da CEMG com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na idade da reforma são efectuados de forma semelhante às responsabilidades com pensões.

Remunerações variáveis aos empregados e órgãos de administração (bónus)

De acordo com a IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis (bónus) atribuídas aos empregados e aos órgãos de administração são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

1.15 Fiscalidade

A CEMG encontra-se isenta de Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 10º do Código do IRC, tendo tal isenção sido reconhecida por Despacho de 3 de Dezembro de 1993, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e confirmada pela Lei n.º 10-B/96, de 23 de Março, que aprovou o Orçamento do Estado para 1996.

1.16 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) a CEMG tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

1.17 Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares, respectivamente.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. A taxa de juro efectiva é estabelecida no reconhecimento inicial dos activos e passivos financeiros e não é revista subsequentemente.

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Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes, para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em juros e rendimentos similares são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados por forma a resolver um eventual mismatch contabilístico é reconhecida nas rubricas de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares.

1.18 Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

- os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído;

- os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem;

- os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

1.19 Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido.

1.20 Relato por segmentos

Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.

Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos.

De acordo com o parágrafo 6 da IAS 14 - Relato por Segmentos, a CEMG está dispensada de apresentar o reporte por segmentos em base individual, uma vez que as demonstrações financeiras individuais são apresentadas conjuntamente com as consolidadas.

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1.21 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

1.22 Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As NCA’s estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela CEMG são discutidas nesta nota com o objectivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da CEMG e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela CEMG é apresentada nas notas 1.1 a 1.21 às demonstrações financeiras.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela CEMG poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras apresentam de forma adequada a posição financeira da CEMG e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

A CEMG determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a CEMG avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções.

Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da CEMG.

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

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Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

Perdas por imparidade no crédito a clientes

A CEMG efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade, conforme referido na nota 1.4, tendo como referência os níveis mínimos exigidos pelo Banco de Portugal através do Aviso n.º 3/95.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida, é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas, quer dos fluxos de caixa futuros, quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da CEMG.

Investimentos detidos até à maturidade

A CEMG classifica os seus activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades definidas como investimentos detidos até à maturidade, de acordo com os requisitos da IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração. Esta classificação requer um nível de julgamento significativo.

No julgamento efectuado, a CEMG avalia a sua intenção e capacidade de deter estes investimentos até à maturidade. Caso a CEMG não detenha estes investimentos até à maturidade, excepto em circunstâncias específicas – por exemplo, alienar uma parte não significativa perto da maturidade – é requerida a reclassificação de toda a carteira para activos financeiros disponíveis para venda, com a sua consequente mensuração ao justo valor e não ao custo amortizado.

A utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderá resultar na determinação de um justo valor diferente para esta carteira com o correspondente impacto na reserva de justo valor e nos capitais próprios da CEMG.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

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2 Margem financeira e resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda As NCA’s em vigor exigem a divulgação desagregada da margem financeira, dos resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda, conforme apresentado nas notas 3, 6 e 7. Uma actividade de negócio específica pode gerar impactos quer na rubrica de resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e em activos financeiros disponíveis para venda, quer na rubrica de juros e rendimentos similares, pelo que o requisito de divulgação, tal como apresentado, não evidencia a contribuição das diferentes actividades de negócio para a margem financeira e para os resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda.

A análise conjunta destas rubricas é apresentada como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Margem financeira 169.877 163.492 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor

através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda

(12.019)

(1.936)

157.858 161.556

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3 Margem financeira O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

De activos / passivos ao custo

amortizado e activos

disponíveis para venda

De activos / passivos ao justo valor através de

resultados Total

De activos / passivos ao custo

amortizado e activos

disponíveis para venda

De activos / passivos ao justo valor através de

resultados Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Juros e rendimentos similares:

Juros de crédito 425.148 - 425.148 343.860 - 343.860 Juros de outras aplicações 9.876 - 9.876 7.645 - 7.645 Juros de depósitos 3.157 - 3.157 2.743 - 2.743 Juros de activos financeiros

disponíveis para venda 33.123 - 33.123 18.871 - 18.871 Juros de investimentos

detidos até à maturidade 852 - 852 738 - 738 Juros de derivados de

cobertura 4.018 - 4.018 7.341 - 7.341 Juros de activos financeiros

detidos para negociação - 228 228 - 87 87 Outros juros e rendimentos

similares 10.581 - 10.581 18.589 - 18.589

486.755 228 486.983 399.787 87 399.874

Juros e encargos similares:

Juros de depósitos 132.170 - 132.170 97.526 - 97.526 Juros de títulos emitidos 126.553 - 126.553 98.271 - 98.271 Juros de empréstimos 7.569 - 7.569 10.702 - 10.702 Juros de outros recursos 15.898 - 15.898 11.487 - 11.487 Juros de derivados de

cobertura 4.596 - 4.596 8.077 - 8.077 Juros de passivos financeiros

detidos para negociação - 2 2 - 16 16 Outros juros e encargos

similares 30.318 - 30.318 10.303 - 10.303

317.104 2 317.106 236.366 16 236.382

Margem Financeira 169.651 226 169.877 163.421 71 163.492

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4 Rendimentos de instrumentos de capital O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Dividendos de activos financeiros disponíveis para venda 515 612 Dividendos de empresas associadas 1.070 1.076

1.585 1.688

5 Resultados de serviços e comissões O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Rendimentos de serviços e comissões:

Por serviços bancários prestados 28.274 24.201 Por operações realizadas por conta de terceiros 5.096 5.575 Por garantias prestadas 2.768 2.672 Outros proveitos de serviços e comissões 4.496 4.927

40.634 37.375

Encargos com serviços e comissões:

Por serviços bancários prestados por terceiros 5.539 4.749 Por operações realizadas com títulos 168 179 Outros custos com serviços e comissões 240 270

5.947 5.198

Resultados líquidos de serviços e comissões 34.687 32.177

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6 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Activos e passivos detidos para negociação

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 70 118 (48) - - - De outros emissores 14 133 (119) - - -

Acções 130 475 (345) 5 4 1

214 726 (512) 5 4 1

Instrumentos financeiros

derivados

Contratos sobre taxas de câmbio 1.952 1.944 8 709 677 32

Contratos sobre taxas de juro 36.224 38.966 (2.742) 23.653 25.807 (2.154) Contratos sobre crédito

(CDS) 3.472 3.322 150 1.118 964 154 Outros 142.165 151.341 (9.176) 62.527 69.563 (7.036)

183.813 195.573 (11.760) 88.007 97.011 (9.004)

184.027 196.299 (12.272) 88.012 97.015 (9.003)

Outros activos financeiros ao justo

valo através de resultados

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De outros emissores 221 336 (115) - 166 (166)

Derivados de cobertura

Passivos financeiros Recursos de instituições de

crédito 2.025 929 1.096 1.682 237 1.445

Recursos de clientes 1.259 836 423 914 409 505 Débitos representados por

títulos 477 2.760 (2.283) 1.637 927 710 Outros passivos 21.835 20.683 1.152 9.611 12.016 (2.405)

25.596 25.208 388 13.844 13.589 255

209.844 221.843 (11.999) 101.856 110.770 (8.914)

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7 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Obrigações e outros títulos de

rendimento fixo

De emissores públicos 173 12 161 8 3 5 De outros emissores 37 69 (32) 123 18 105

Acções - 48 (48) 6.634 - 6.634 Outros títulos de rendimento

variável 91 192 (101) 234 - 234

301 321 (20) 6.999 21 6.978

8 Resultados de reavaliação cambial O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Reavaliação cambial 36.897 36.148 749 3.491 2.862 629

Esta rubrica inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial de activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na nota 1.2.

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9 Outros resultados de exploração O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Outros proveitos de exploração:

Prestação de serviços 1.962 1.495 Reembolso de despesas 904 1.119 Proveitos na gestão de contas de depósitos à ordem 4.469 2.461 Outros 882 3.129

8.217 8.204

Outros custos de exploração:

Impostos 38 62 Donativos e quotizações 138 112 Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos 943 801 Outros 2.152 3.245

3.271 4.220

Outros resultados líquidos de exploração 4.946 3.984

10 Custos com pessoal O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Remunerações 52.029 50.355 Encargos sociais obrigatórios 25.567 17.944 Outros custos 1.449 1.572

79.045 69.871

Conforme referido na nota 42, a rubrica Remunerações inclui em 30 de Junho de 2008 o montante de Euros 19.322.000 (30 de Junho de 2007: Euros 12.330.000) relativo ao custo com pensões de reforma do período. A referida rubrica inclui igualmente, em 30 de Junho de 2008, o montante de Euros 5.818.000 relativa às responsabilidades dos colaboradores reformados antecipadamente durante o período.

O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da CEMG, no período de seis meses findos em 30 de Junho de 2008, registados na rubrica de Custos com pessoal, foi de Euros 984.000 (30 de Junho de 2007: Euros 543.000).

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11 Gastos gerais administrativos O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Rendas e alugueres 11.822 11.730 Serviços especializados Informática 1.376 1.260 Trabalho independente 1.715 222 Outros serviços especializados 7.813 7.020 Publicidade e publicações 5.428 7.012 Comunicações e expedição 4.333 4.012 Água, energia e combustíveis 1.974 1.796 Conservação e reparação 1.401 1.442 Transportes 1.514 1.610 Seguros 1.279 916 Deslocações, estadias e despesas de representação 828 828 Material de consumo corrente 892 840 Formação 459 225 Outros gastos administrativos 1.156 1.128

41.990 40.041

12 Depreciações e amortizações O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Activos intangíveis:

Software 3.640 2.961

Outros activos tangíveis:

Imóveis 1.630 1.744 Equipamento:

Mobiliário e material 299 289 Máquinas e ferramentas 56 70 Equipamento informático 1.801 1.380 Instalações interiores 912 918 Equipamento de transporte 9 15 Equipamento de segurança 61 60 Locação operacional - Renting 82 -

4.850 4.476

8.490 7.437

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13 Imparidade do crédito O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito vencido concedido a clientes: Dotação do período 174.710 146.948 Reversão do período (130.612) (97.833)

Recuperações de crédito e juros (1.611) (547)

42.487 48.568

Aplicações em instituições de crédito: Dotação do período 107 87 Reversão do período (114) (629)

(7) (542)

42.480 48.026

14 Imparidade de outros activos O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para aplicações por

recuperação de crédito:

Dotação do período 3.049 419 Reversão do período - (455)

3.049 (36)

Imparidade para títulos: Dotação do período 2.756 - Reversão do período (9) -

2.747 -

5.796 (36)

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15 Outras provisões O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para outros riscos e encargos: Dotação do período 174 182 Reversão do período (63) (148)

111 34

16 Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Caixa 67.314 86.799 Banco de Portugal 94.770 182.402

162.084 269.201

A rubrica Banco de Portugal inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm como objectivo satisfazer os requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Regulamento (CE) n.º 2818/98 do Banco Central Europeu, de 1 de Dezembro de 1998, as disponibilidades mínimas obrigatórias em depósitos à ordem no Banco de Portugal, são remuneradas e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de dívida com prazo inferior a 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Em 30 de Junho de 2008, a taxa de remuneração média destes depósitos ascendia a 4,12% (31 de Dezembro de 2007: 4,19%).

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17 Disponibilidades em outras instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Em instituições de crédito no país 75 10 Em instituições de crédito no estrangeiro 13.807 7.406 Valores a cobrar 99.615 55.248

113.497 62.664

A rubrica Valores a cobrar representa, essencialmente, cheques sacados por terceiros sobre outras

instituições de crédito e que se encontram em cobrança.

18 Aplicações em instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Aplicações sobre instituições de crédito no país Depósitos 590 590 Aplicações de muito curto prazo 5.646 66.012 Outras aplicações 144.315 48.361

150.551 114.963

Aplicações sobre instituições de crédito no estrangeiro Depósitos 100 105 Aplicações de muito curto prazo 72.321 350.000 Outras aplicações 135.330 197.998

207.751 548.103

358.302 663.066

Imparidade para riscos de crédito sobre instituições de crédito (38) (45)

358.264 663.021

As principais aplicações em instituições de crédito no país, em 30 de Junho de 2008, vencem juros à taxa média anual de 4,8% (31 de Dezembro de 2007: 3,98%). Os depósitos em instituições de crédito no estrangeiro vencem juros às taxas dos mercados internacionais onde a CEMG opera.

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Os movimentos ocorridos no período como perdas por imparidade para riscos de crédito sobre instituições de crédito são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para riscos de crédito sobre instituições de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 45 576

Dotação do período 107 87 Reversão do período (114) (629)

Saldo em 30 de Junho 38 34

19 Crédito a clientes Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 12.514.101 12.410.894 Crédito com outras garantias 818.613 765.716 Crédito sem garantias 729.632 654.297 Crédito ao sector público 57.505 58.163 Crédito em locação 127.903 98.468

14.247.754 13.987.538

Crédito e juros vencidos – menos de 90 dias 66.798 42.711 Crédito e juros vencidos – mais de 90 dias 343.968 283.829

410.766 326.540

14.658.520 14.314.078

Imparidade para riscos de crédito (223.426) (205.197)

14.435.094 14.108.881

Em 30 de Junho de 2008, a rubrica Crédito com garantias reais inclui o montante de Euros 1.569.487.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 670.633.000) aproximadamente, relativo a créditos que foram objecto de securitização durante 2007 e 2008, e que de acordo com a política contabilística 1.4, não foram objecto de desreconhecimento. Este montante encontrava-se igualmente registado nas contas de passivo, na rubrica Passivos financeiros associados a activos transferidos, conforme referido na nota 35.

O justo valor da carteira de crédito a clientes encontra-se apresentado na nota 41.

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A análise de Crédito a clientes, por tipo de operação, é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito interno:

Crédito a curto prazo

Crédito descontado titulado por efeito 184.731 174.822 Crédito em conta corrente 833.280 785.408 Descobertos em depósitos à ordem 20.756 20.914 Empréstimos 206.944 197.350

1.245.711 1.178.494

Crédito a médio e longo prazo

Empréstimos hipotecários Financiamento à habitação 8.979.785 8.890.902 Fomento à construção 2.185.477 2.213.857

Crédito em locação 127.903 98.468 Outros créditos 1.708.783 1.605.817

13.001.948 12.809.044

Crédito ao exterior:

Crédito a curto prazo 95 -

14.247.754 13.987.538

Crédito e juros vencidos:

Menos de 90 dias 66.798 42.711 Mais de 90 dias 343.968 283.829

410.766 326.540

14.658.520 14.314.078

Imparidade para riscos de crédito (223.426) (205.197)

14.435.094 14.108.881

A rubrica Crédito e juros vencidos há mais de 90 dias, inclui os designados “créditos arrematados”, no montante de Euros 6.350.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 6.375.000). Os “créditos arrematados” correspondem a dívidas vencidas há mais de três anos em que se extinguiu o vínculo contratual com o anterior mutuário em virtude de arrematação ou adjudicação da caução, declaração de falência ou dação, mas que ainda se encontram pendentes de diligências judiciais.

A rubrica Crédito a clientes corresponde na sua totalidade a contratos de crédito a taxa variável.

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A análise da rubrica Crédito a clientes, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o período findo em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Crédito a clientes

Até 1 De 1 a A mais de ano 5 anos 5 anos Indeterminado Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 510.537 2.470.842 9.715.430 342.752 13.039.561

Crédito com outras garantias 531.544 150.586 117.610 26.044 825.784

Crédito sem garantias 254.607 115.605 195.489 40.972 606.673

Crédito ao sector público 223 567 56.716 276 57.782

Crédito sobre o estrangeiro 95 - - - 95

Crédito em locação 75 48.359 79.469 722 128.625

1.297.081 2.785.959 10.164.714 410.766 14.658.520

A análise da rubrica Crédito a clientes, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Crédito a clientes

Até 1 De 1 a A mais de ano 5 anos 5 anos Indeterminado Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 481.204 2.388.936 9.540.754 276.082 12.686.976

Crédito com outras garantias 455.981 178.223 131.512 21.366 787.082

Crédito sem garantias 249.286 197.141 207.870 28.306 682.603

Crédito ao sector público 24 684 57.455 318 58.481

Crédito em locação 9 37.994 60.465 468 98.936

1.186.504 2.802.978 9.998.056 326.540 14.314.078

O crédito em locação, em 30 de Junho de 2008, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até 1 De 1 a A mais de ano 5 anos 5 anos Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Rendas vincendas 25.727 65.548 75.990 167.265 Juros vincendos (811) (21.068) (27.713) (49.592) Valores residuais 196 3.728 6.306 10.230

25.112 48.208 54.583 127.903

Caixa Económica Montepio Geral Notas às Demonstrações Financeiras

Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

36

O crédito em locação, em 31 de Dezembro de 2007, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até 1 De 1 a A mais de ano 5 anos 5 anos Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Rendas vincendas 19.945 49.841 57.733 127.519 Juros vincendos (5.655) (14.598) (17.279) (37.532) Valores residuais 188 2.893 5.400 8.481

14.478 38.136 45.854 98.468

A análise do Crédito e juros vencidos por tipo de crédito, é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 342.752 276.082 Crédito com outras garantias 26.044 21.366 Crédito sem garantias 40.972 28.306 Crédito ao sector público 276 318 Crédito em locação 722 468

410.766 326.540

A análise do Crédito e juros vencidos, de acordo com o tipo de cliente, é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Empresas: Construção/Produção 84.858 70.341 Investimento 35.876 33.669 Tesouraria 27.731 21.334 Outras finalidades 521 254

Particulares: Habitação 202.867 169.345 Crédito ao consumo 4.713 3.668 Outras finalidades 53.924 27.611

Sector Público Administrativo 276 318

410.766 326.540

Caixa Económica Montepio Geral Notas às Demonstrações Financeiras

Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

37

Os movimentos da imparidade para riscos de crédito são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para riscos de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 205.197 216.340

Dotação do período 148.282 127.192 Reversão do período (106.595) (83.087) Transferências 49 - Utilização de imparidade (23.507) (63.494)

Saldo em 30 de Junho 223.426 196.951

Adicionalmente, a CEMG tem em 30 de Junho de 2008, Euros 99.394.000 de provisões para riscos gerais de crédito (31 de Dezembro de 2007: Euros 96.983.000), as quais de acordo com as NCA’s são apresentadas no passivo, conforme referido na nota 33. Em conformidade com a política da CEMG, os juros sobre crédito vencido há mais de 30 dias, que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos.

O quadro seguinte apresenta por classes de incumprimento, a desagregação da análise de crédito e juros vencidos e a imparidade para riscos de crédito existente em 30 de Junho de 2008:

Classes de incumprimento

Até 3 meses 3-6 meses 6-12 meses 1-3 anos Mais 3 anos Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Crédito vencido com

garantia 55.327 19.817 28.321 168.942 97.387 369.794

Imparidade existente 414 1.998 6.901 94.739 50.674 154.726

Crédito vencido sem garantia 7.258 3.556 6.777 15.492 7.889 40.972

Imparidade existente 81 889 3.912 15.492 7.889 28.263

Total de crédito vencido 62.585 23.373 35.098 184.434 105.276 410.766

Total da imparidade

para crédito vencido 495 2.887 10.813 110.231 58.563 182.989

Total da imparidade para crédito vincendo associado ao vencido e outros 118 771 3.637 29.295 6.616 40.437

Total da imparidade para riscos de crédito 613 3.658 14.450 139.526 65.179 223.426

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

38

A imparidade para riscos de crédito, por tipo de crédito, é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 174.718 167.804 Crédito com outras garantias 15.921 13.244 Crédito sem garantias 32.787 24.149

223.426 205.197

A anulação de crédito por utilização da respectiva imparidade, analisada por tipo de crédito, é a seguinte:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 14.601 54.694 Crédito com outras garantias 5.012 5.648 Crédito sem garantias 3.894 3.152

23.507 63.494

As utilizações da imparidade para riscos de crédito correspondem a write-offs efectuados durante o primeiro semestre de 2008.

A análise da recuperação de crédito e de juros, efectuada no decorrer do período entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2008 e durante o exercício de 2007, ascendeu ao montante de Euros 1.611.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 1.512.000) relacionada com a recuperação de crédito com garantias reais, conforme mencionado na nota 13.

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

39

20 Activos e passivos financeiros detidos para negociação A rubrica Activos e passivos financeiros detidos para negociação é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Activos financeiros detidos para negociação:

Títulos Acções 2.669 - Obrigações 5.862 -

8.531 -

Derivados

Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo 40.806 43.417

49.337 43.417

Passivos financeiros detidos para negociação:

Derivados Instrumentos financeiros derivados com

justo valor negativo 72.541 60.070

(23.204) (16.653)

A carteira de negociação é valorizada ao justo valor, de acordo com a política contabilística 1.5. Conforme a referida política contabilística, os títulos detidos para negociação são aqueles adquiridos com o objectivo de serem transaccionados no curto prazo independentemente da sua maturidade.

A 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Activos financeiros detidos para negociação, no que se refere a títulos cotados e não cotados, é repartida da seguinte forma:

Jun 2008 Dez 2007

Cotados Euros '000

Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Cotados

Euros '000 Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas Nacionais 2.383 - 2.383 - - - Estrangeiros 286 - 286 - - -

2.669 - 2.669 - - - Títulos de rendimento fixo:

Obrigações - - De emissores públicos 2.981 - 2.981 - - - De outros emissores 2.881 - 2.881 - - -

5.862 - 5.862 - - -

8.531 - 8.531 - - -

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

40

A análise da carteira de títulos detidos para negociação por maturidades em 30 de Junho de 2008 é apresentado como segue:

Jun 2008 Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Indeterminado

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento

variável: Acções de empresas

Nacionais - - - 2.383 2.383 Estrangeiros - - - 286 286

- - - 2.669 2.669

Títulos de rendimento fixo: Obrigações

De emissores públicos - - 2.981 - 2.981 De outros emissores - - 2.881 - 2.881

- - 5.862 - 5.862

- - 5.862 2.669 8.531

O valor de balanço dos activos e passivos ao justo valor através de resultados em 30 de Junho de 2008, pode ser analisado como segue:

Jun 2008

Derivado Activo / Passivo associado

Produto derivado Activo / Passivo financeiro associado

Nocional Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor

no ano Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor

no ano Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Valor de reembolso

na maturidadeEuros '000

Interest rate swap Emissão de obrigações 460.000 11.608 11.396 (12.871) (8.554) 320.000 320.000

Interest rate swap Depósitos 347.329 (393) (2.409) (1.830) (382) 210.669 210.669

Interest rate swap Recursos 1.880.269 21.046 6.376 (16.235) (1.583) 954.401 954.401

Interest rate swap Titularização 4.145.508 2.250 1.049 - - - -

Currency interest rate swap

Emissão de dívida 63.657 (2.848) (1.387) 2.910 1.374 26.000 26.000

Futuros - 3.831 2 - - - - -

Opções

Depósitos a prazo e recursos 130.654 30 71 - - - -

Credit Default Swaps - 107.515 40 (13) - - - -

7.138.763 31.735 15.083 (28.026) (9.145) 1.511.070 1.511.070

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41

O valor de balanço dos activos e passivos ao justo valor através de resultados em 31 de Dezembro de 2007, pode ser analisado como segue:

Dez 2007

Derivado Activo / Passivo associado

Produto derivado Activo / Passivo financeiro associado

Nocional Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor no

ano Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor no

ano Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Valor de reembolso namaturidade Euros '000

Interest rate swap Emissão de obrigações 460.000 212 12.811 (4.317) 1.478 230.000 230.000

Interest rate swap Depósitos 653.659 2.016 2.410 (1.448) (471) 367.647 367.647

Interest rate swap Recursos 1.683.876 14.670 2.241 (14.652) (2.695) 1.041.578 1.041.578

Interest rate swap Titularização 2.549.538 1.201 (2.387) - - - -

Currency interest rate swap

Emissão de dívida 64.277 (1.460) (16.616) 1.536 (471) 26.000 26.000

Futuros - 164 2 2 - - - -

Opções Depósitos a prazo e recursos 119.994 (41) (42) - - - -

Credit default swaps - 88.500 53 103 - - - -

5.620.008 16.653 (1.478) (18.881) (2.159) 1.665.225 1.665.225

A análise dos instrumentos financeiros derivados de negociação por maturidade em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Jun 2008

Nocionais com prazo remanescente Justo valor

Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Total

Activo

Passivo Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Contratos sobre taxas de juro: Interest rate swaps 6.088.376 719.971 24.759 6.833.106 32.963 67.474

Opções 2.850 43.196 84.606 130.654 1.707 1.737

Contratos sobre taxas de câmbio:

Interest rate swaps 8.026 55.631 - 63.657 5.485 2.637

Contratos sobre índices: Futuros de índices 1.463 2.368 - 3.831 - 2

Contratos sobre crédito: Credit default swaps 6.500 25.500 75.515 107.515 651 691

6.107.215 846.668 184.880 7.138.763 40.806 72.541

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42

A análise dos instrumentos financeiros derivados de negociação por maturidade em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Dez 2007

Nocionais com prazo remanescente Justo valor

Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Total

Activo

Passivo Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Contratos sobre taxas de juro: Interest rate swaps 144.065 391.206 4.811.802 5.347.073 36.581 54.681

Opções 468 65.650 53.876 119.994 3.289 3.248

Contratos sobre taxas de câmbio:

Interest rate swaps 9.780 35.426 19.071 64.277 3.261 1.800

Contratos sobre índices: Futuros de índices 164 - - 164 - 2

Contratos sobre crédito: Credit default swaps 24.500 15.000 49.000 88.500 286 339

178.977 507.282 4.933.749 5.620.008 43.417 60.070

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados incluem a valorização dos derivados embutidos destacados de acordo com a política contabilística 1.3 no montante de Euros 3.103.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 5.333.000).

21 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Outros activos financeiros ao justo valor

através de resultados:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De outros emissores 3.690 3.897

A opção da CEMG em designar estes activos ao justo valor através de resultados, à luz da IAS 39, está de acordo com a estratégia documentada de gestão de risco da CEMG, considerando que (i) estes activos financeiros são geridos e o seu desempenho é avaliado numa base de justo valor e/ou (ii) que estes activos contêm instrumentos derivados embutidos.

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43

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros ao justo valor através de resultados, no que se refere a títulos cotados e não cotados, é apresentada como segue:

Jun 2008 Dez 2007

Cotados Euros '000

Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Cotados

Euros '000 Não cotados Euros '000 Total

Euros '000

Títulos de rendimento

fixo:

Obrigações de outros emissores

Estrangeiros 3.690 - 3.690 3.897 - 3.897

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros ao justo valor através de resultados por maturidade em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Jun 2008 Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Indeterminado

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento

fixo: Obrigações de outros

emissores Estrangeiros - - 3.690 - 3.690

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros ao justo valor através de resultados por maturidade em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Dez 2007 Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Indeterminado

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento

fixo: Obrigações de outros

emissores Estrangeiros - - 3.897 - 3.897

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

44

22 Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica é analisada como segue:

(1) Custo de aquisição no que se refere a acções e custo amortizado para títulos de dívida.

(1) Custo de aquisição no que se refere a acções e custo amortizado para títulos de dívida.

Jun 2008

Reserva de justo valor

Custo (1)

Euros '000 Positiva

Euros '000 Negativa

Euros '000

Perdas por imparidade Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos: Nacionais 4 - - - 4 Estrangeiros 1.143 - (52) - 1.091

Obrigações de outros emissores: Nacionais 1.069.200 - (711) (70) 1.068.419 Estrangeiros 781.575 22 (23.276) (12.405) 745.916

Papel comercial 82.013 - - (998) 81.015 Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas Nacionais 8.292 1 (176) (54) 8.063 Estrangeiros 1.650 - - (48) 1.602

Unidades de participação 40.589 1.413 (938) (595) 40.469

1.984.466 1.436 (25.153) (14.170) 1.946.579

Dez 2007

Reserva de justo valor

Custo (1)

Euros '000 Positiva

Euros '000 Negativa

Euros '000

Perdas por imparidade Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos: Nacionais 65 - - (1) 64 Estrangeiros 6.125 - (64) - 6.061

Obrigações de outros emissores: Nacionais 37.723 1 (174) - 37.550 Estrangeiros 812.990 96 (8.620) (10.302) 794.164

Papel comercial 17.355 - - (998) 16.357 Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas Nacionais 6.176 - - (54) 6.122 Estrangeiros 2.173 - (30) (48) 2.095

Unidades de participação 41.964 1.218 (400) - 42.782

924.571 1.315 (9.288) (11.403) 905.195

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

45

Conforme descrito na política contabilística apresentada na nota 1.5 a carteira de activos financeiros disponíveis para venda é apresentada ao seu valor de mercado sendo as variações de justo valor registadas por contrapartida de capitais próprios, conforme nota 38.

Os movimentos por imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para títulos:

Saldo em 1 de Janeiro 11.403 7.838

Dotação do período 2.756 - Reversão do período (9) - Transferências 20 -

Saldo em 30 de Junho 14.170 7.838

Durante o primeiro semestre de 2008, e conforme referido na nota 1.5, foram reconhecidas perdas por imparidade, no montante de Euros 2.767.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 3.714.000), associadas a títulos de rendimento fixo em resultado da queda prolongada do valor da sua cotação.

Conforme descrito na política contabilística apresentada na nota 1.5 a carteira de activos financeiros disponíveis para venda é apresentada líquida da reserva de justo valor e de imparidade nos montantes de Euros 23.717.000 e de Euros 14.170.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 7.973.000 e de Euros 11.403.000), respectivamente.

Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, é desagregada da seguinte forma:

Jun 2008 Dez 2007

Cotados Euros '000

Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Cotados Euros '000

Não cotados Euros '000 Total

Euros '000

Títulos de rendimento fixo: Obrigações de emissores

públicos:

Nacionais 4 - 4 64 - 64 Estrangeiros 1.091 - 1.091 6.061 - 6.061

Obrigações de outros emissores:

Nacionais 20.646 1.047.773 1.068.419 17.826 19.724 37.550 Estrangeiros 679.521 66.395 745.916 781.413 12.751 794.164

Papel comercial - 81.015 81.015 - 16.357 16.357

Títulos de rendimento variável: Acções de empresas

Nacionais 1.940 6.123 8.063 - 6.122 6.122 Estrangeiros - 1.602 1.602 182 1.913 2.095

Unidades de participação 40.469 - 40.469 42.782 - 42.782

743.671 1.202.908 1.946.579 848.328 56.867 905.195

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

46

23 Derivados de cobertura Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Activo:

Interest rate swap 2.269 6.326 Currency interest rate swap 5.841 3.210

8.110 9.536

Passivo:

Interest rate swap 3.521 3.612 Currency interest rate swap 205 208

3.726 3.820

A CEMG contrata instrumentos financeiros derivados para cobrir a sua exposição ao risco de taxa de juro. O tratamento contabilístico depende da natureza do risco coberto, nomeadamente se a CEMG está exposta às variações de justo valor, ou a variações de cash-flows ou se encontra perante coberturas de transacções futuras.

A CEMG realiza periodicamente testes de efectividade das relações de cobertura existentes.

O ajustamento efectuado às rubricas do activo e do passivo que incluem itens cobertos é analisado como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Recursos de outras instituições de crédito 731 1.237 Responsabilidades representadas por títulos (2.283) (1.556) Recursos de clientes (422) 180

(1.974) (139)

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47

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Jun 2008 Nocionais por prazo remanescente Justo valor

Inferior a três

meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total Inferior a três

Meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Derivados de

cobertura de justo valor com risco de taxa de juro:

Interest rate swap - 30.000 204.000 234.000 (4) 1 (1.248) (1.251)

Currency interest rate swap - - 36.727 36.727 5.635 - - 5.635

- 30.000 240.727 270.727 5.631 1 (1.248) 4.384

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Dez 2007 Nocionais por prazo remanescente Justo valor

Inferior a três

meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total Inferior a três

meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Derivados de

cobertura de justo valor com risco de taxa de juro:

Interest rate swap

- 230.000 204.000 434.000 - 2.368 346 2.714

Currency interest rate swap

- - 34.577 34.577 - - 3.002 3.002

- 230.000 238.577 468.577 - 2.368 3.348 5.716

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48

As operações de cobertura de justo valor em 30 de Junho de 2008 podem ser analisadas como segue:

Jun 2008

Produto derivado

Produto coberto Risco cobertoNocional

Euros '000

Justo valor do derivado (2) Euros '000

Var. justo valor do

derivado no ano

Euros '000

Justo valor do

elemento coberto (1)

Euros '000

Variação do justo valor

do elemento coberto no

ano (1) Euros '000

Interest rate swaps

Depósitos de clientes Taxa de juro 114.000 (989) (3.441) (1.643) (423)

Interest rate swaps

Recursos Taxa de juro 120.000 (258) 1.082 (607) (1.213)

Interest rate swaps

EMTN Taxa de juro - (4) (1.606) - 380

Currency interest rate swap

Emissão de dívida Taxa de juro 36.727 5.635 2.633 5.095 2.021

270.727 4.384 (1.332) 2.845 765

(1) Atribuível ao risco coberto. (2) Inclui o juro corrido.

As operações de cobertura de justo valor em 31 de Dezembro de 2007 podem ser analisadas como segue:

Dez 2007

Produto derivado

Produto coberto Risco cobertoNocional

Euros '000

Justo valor do derivado (2) Euros '000

Var. justo valor do

derivado no ano

Euros '000

Justo valor do elemento coberto (1) Euros '000

Variação do justo valor

do elemento coberto no

ano (1) Euros '000

Interest rate swaps

Depósitos de clientes Taxa de juro 114.000 (1.340) (5.458) (1.221) 181

Interest rate swaps

Recursos Taxa de juro 120.000 1.602 (1.537) 607 (1.049)

Interest rate swaps

EMTN Taxa de juro 200.000 2.452 1.509 (380) 1.253

Currency interest rate swap

Emissão de dívida Taxa de juro 34.577 3.002 4.181 3.074 114

468.577 5.716 (1.305) 2.080 499

(1) Atribuível ao risco coberto. (2) Inclui o juro corrido.

As variações de justo valor associadas aos activos e passivos acima descritos e aos respectivos derivados de cobertura encontram-se registadas em resultados de exercício na rubrica Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados.

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49

24 Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais 38.568 36.424 Obrigações de emissores públicos estrangeiros 15.034 2.947

53.602 39.371

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados de acordo com o descrito na política contabilística apresentada na nota 1.5.

Os títulos detidos até à maturidade podem ser analisados, à data de 30 de Junho de 2008, como segue:

Denominação Data de emissão

Data de reembolso Taxa de juro Euros '000

OT - Setembro 98/2013 Maio, 1998 Setembro, 2013 Taxa fixa de 5,450% 99OT - Julho 99/2009 Janeiro, 1999 Julho, 2009 Taxa fixa de 3,950% 6.424OT - Junho 02/2012 Fevereiro, 2002 Junho, 2012 Taxa fixa de 5,000% 103OT - Maio 00/2010 Janeiro, 2000 Maio, 2010 Taxa fixa de 5,850% 6.426OT - Julho 04/2008 Julho, 2004 Julho, 2008 Taxa fixa de 3,250% 13.715OT - Junho 01/2011 Março, 2001 Junho, 2011 Taxa fixa de 5,150% 1.052OT - Outubro 05/2015 Julho, 2005 Outubro, 2015 Taxa fixa de 3,350% 6.010OT - Abril 05/2011 Novembro, 2005 Abril, 2011 Taxa fixa de 3,200% 4.739Buoni Poliennali Del Tes.06/2011 Março, 2006 Março, 2011 Taxa fixa de 3,500% 2.957Netherlands Government 05/15 Junho, 2005 Julho, 2015 Taxa fixa de 3,250% 4.991Republic of Austria 04/15 Julho, 2004 Julho, 2015 Taxa fixa de 3,500% 2.032Belgium Kingdom 05/15 Março, 2005 Setembro, 2015 Taxa fixa de 3,750% 2.044Buoni Poliennali Del Tes.05/2015 Maio, 2005 Agosto, 2015 Taxa fixa de 3,750% 2.005Buoni Poliennali Del Tes.05/2010 Janeiro, 2005 Janeiro, 2010 Taxa fixa de 3,000% 1.005

53.602

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50

25 Investimentos em associadas e outras Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Participações financeiras em associadas e outras:

Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) 7.001 7.001

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 10.816 10.816 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 9.530 9.530 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 3.200 3.200 Norfin - Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 50 50

30.597 30.597

Não cotados 30.597 30.597

Os dados financeiros relativos às empresas associadas são apresentados no quadro seguinte:

Valor nominal unitário

Custo da participação

Número de acções

Participação directa no

capital Euros Euros '000

30 de Junho de 2008

Banco Montepio Geral – Cabo Verde,

Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) 77.200 100,00% 90,69 7.001Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 1.312.420 26,25% 5,00 10.816Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 314.736 39,34% 25,00 9.530HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 400.000 20,00% 5,00 3.200Norfin - Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 9.900 9,90% 5,00 50

30.597

31 de Dezembro de 2007

Banco Montepio Geral – Cabo Verde,

Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) 77.200 100,00% 90,69 7.001Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 1.312.420 26,25% 5,00 10.816Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 314.736 39,34% 25,00 9.530HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 400.000 20,00% 5,00 3.200Norfin - Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 9.900 9,90% 5,00 50

30.597

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51

O Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) foi constituído em Agosto de 2005, e tem como objectivo a internacionalização da CEMG, permitindo a captação e respectiva domiciliação de fundos, assim como proporcionar aos clientes alternativas de aplicações fora do contexto doméstico. Tem um capital social de Escudos de Cabo Verde 772.000.000, integralmente subscrito e realizado pela CEMG. Durante o exercício de 2005, a CEMG subscreveu integralmente o capital do Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) no montante de Euros 7.001.000.

A Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. foi fundada em 6 de Junho de 1986 e tem como objecto social o exercício da actividade de seguros e resseguros para todos os ramos técnicos, com excepção do ramo vida, e tem um capital social de Euros 19.250.000. Para além da CEMG, são igualmente accionistas da Lusitania, o Montepio Geral – Associação Mutualista (65,71%) e a Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. (3,32%). A Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. foi fundada em 15 de Maio de 1987 e tem como objecto social o exercício da actividade de seguros e resseguros para as diversas modalidades do ramo vida e um capital social de Euros 14.000.000. Para além da CEMG, são igualmente accionistas da Lusitania Vida, S.A., o Montepio Geral – Associação Mutualista (39,22%) e a Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. (11,17%). Durante o segundo semestre de 2007, na sequência do aumento de capital da Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A., a CEMG subscreveu 94.421 acções pelo montante de Euros 2.361.000, correspondente à participação de 39,34% no capital social da referida companhia.

Para além das suas dependências e de uma rede de mediadores, as Sociedades indicadas, contam com os balcões da CEMG para a angariação de negócio.

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52

26 Outros activos tangíveis Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Custo:

Imóveis: De serviço próprio 63.413 63.413 Obras em imóveis arrendados 34.060 33.900 Imobilizado em curso 108 105

Equipamento:

Mobiliário e material 9.844 9.356 Máquinas e ferramentas 2.380 2.358 Equipamento informático 38.844 36.572 Instalações interiores 25.296 25.176 Equipamento de transporte 710 1.133 Equipamento de segurança 3.105 2.835

Património artístico 478 474 Activos em locação operacional 1.255 775 Outras imobilizações corpóreas 31 31 Imobilizações em curso 3.615 1.373

183.139 177.501

Depreciações acumuladas:

Relativas ao período corrente (4.386) (8.435) Relativas a exercícios anteriores (96.580) (88.145)

(100.966) (96.580)

82.173 80.921

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Os movimentos da rubrica Outros activos tangíveis, durante o primeiro semestre de 2008, são analisados como segue:

Saldo em 1 Janeiro

Aquisições/ Dotações

Abates

Regularizações/ Transferências

Saldo em 30 de Junho

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Custo:

Imóveis: De serviço próprio 63.413 - - - 63.413 Obras em imóveis arrendados 33.900 160 - -

34.060

Imobilizado em curso 105 3 - - 108

97.418 163 - - 97.581 Equipamento:

Mobiliário e material 9.356 509 (21) - 9.844 Máquinas e ferramentas 2.358 42 (20) - 2.380 Equipamento informático 36.572 2.272 - - 38.844 Instalações interiores 25.176 120 - - 25.296 Equipamento de transporte 1.133 - (423) - 710 Equipamento de segurança 2.835 270 - - 3.105

Activos em locação operacional 775 480 - - 1.255

78.205 3.693 (464) - 81.434 Património artístico 474 4 - - 478 Outras imobilizações corpóreas 31 - - - 31 Imobilizações em curso 1.373 2.242 - - 3.615

177.501 6.102 (464) - 183.139

Depreciações acumuladas:

Imóveis: De serviço próprio 13.827 500 - - 14.327 Obras em imóveis arrendados 25.277 1.130 - - 26.407

Equipamento: Mobiliário e material 6.948 299 (21) - 7.226 Máquinas e ferramentas 2.123 56 (20) - 2.159 Equipamento informático 28.246 1.801 - - 30.047 Instalações interiores 16.529 912 - - 17.441 Equipamento de transporte 1.106 9 (423) - 692 Equipamento de segurança 2.481 61 - - 2.542

Activos em locação operacional 43 82 - - 125

96.580 4.850 (464) - 100.966

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27 Activos intangíveis Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Custo:

Trespasses 33 33 Software 40.085 36.667 Adiantamentos por conta de imobilizações 1.907 1.310

42.025 38.010

Amortizações acumuladas:

Relativas ao período corrente (3.640) (5.948) Relativas a exercícios anteriores (24.391) (18.443)

(28.031) (24.391)

13.994 13.619

Os movimentos da rubrica Activos intangíveis, durante o primeiro semestre de 2008, são analisados como segue:

Saldo em 1 Janeiro

Aquisições/ Dotações

Abates

Regularizações/ Transferências

Saldo em 30 de Junho

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Custo:

Trespasses 33 - - - 33 Software 36.667 3.418 - - 40.085 Adiantamentos por conta de imobilizações 1.310 597 - -

1.907

38.010 4.015 - - 42.025

Amortizações acumuladas:

Software 24.391 3.640 - - 28.031

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28 Outros activos Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros ‘000 Euros ‘000

Aplicações por recuperação de crédito 110.368 116.230 Bonificações a receber do Estado Português 22.398 27.913 Outros devedores 10.970 9.771 Outros proveitos a receber 3.485 5.123 Despesas com custo diferido 42.748 52.727 Contas diversas 22.139 15.965

212.108 227.729 Imparidade para aplicações

por recuperação de crédito

(22.446) (19.397) Imparidade para bonificações (3.473) (3.473)

186.189 204.859

A rubrica Aplicações por recuperação de crédito inclui o montante de Euros 101.291.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 104.461.000) relativo aos imóveis recebidos pela CEMG por arrematação ou dação em cumprimento de créditos e cuja mensuração é efectuada de acordo com a política contabilística descrita na nota 1.9.

A rubrica Bonificações a receber do Estado Português, no montante de Euros 22.398.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 27.913.000) corresponde às bonificações referentes a contratos de crédito à habitação, de acordo com os dispositivos legais aplicáveis ao crédito bonificado. Estes montantes não vencem juros e são reclamados mensalmente.

Em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Bonificações a receber do Estado Português pode ser detalhada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Bonificações reclamadas ao Estado e ainda não liquidadas 7.362 9.553 Bonificações processadas e ainda não reclamadas 9.427 8.792 Bonificações vencidas e ainda não reclamadas 5.609 9.568

22.398 27.913

A rubrica Bonificações reclamadas ao Estado e ainda não liquidadas inclui, em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, um montante de Euros 3.473.000 não reconhecido pela Direcção Geral do Tesouro, estando este totalmente provisionado na rubrica Imparidade para bonificações.

A rubrica Despesas com custo diferido inclui, em 30 de Junho de 2008, o montante de Euros 39.144.000 (31 de Dezembro de 2007: 50.337.000) referente ao valor ainda não diferido do impacto contabilístico decorrente da transição, com referência a 1 de Janeiro de 2005, para os critérios da IAS 19 relativamente ao apuramento do valor actuarial das responsabilidades do fundo de pensões. Neste caso é aplicado um diferimento de cinco anos ou sete anos conforme se trate de benefícios de saúde ou outros benefícios, conforme a política contabilística descrita na nota 1.14.

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Os movimentos de imparidade para aplicações por recuperação de crédito são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para aplicações por recuperação de crédito

Saldo em 1 de Janeiro 19.397 13.326

Dotação do período 3.049 419 Reversão do período - (455) Utilização de imparidade - (355)

Saldo em 30 de Junho 22.446 12.935

29 Recursos de bancos centrais Esta rubrica em 30 de Junho de 2008 regista o montante de Euros 450.594.000 referente aos títulos vendidos, com acordo de recompra (“repos”) por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação, que não são desreconhecidos do balanço.

30 Recursos de outras instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007

Não

remunerados Remunerados Total Não

remunerados Remunerados Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Recursos de instituições de crédito no país - 43.370

43.370 - 18.928

18.928

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 8.928 920.774

929.702

12.720 920.634

933.354

8.928 964.144 973.072 12.720 939.562 952.282

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31 Recursos de clientes Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007

Não

remunerados

Remunerados Total

Não remunerados

Remunerados Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Depósitos à ordem 1.813.010 - 1.813.010 1.961.783 - 1.961.783

Depósitos a prazo (*) - 5.133.268 5.133.268 - 5.132.286 5.132.286

Depósitos de poupança (*) - 793.813 793.813

- 993.976 993.976

Outros débitos - 1.923 1.923

650 - 650 Correcções de valor por operações de cobertura (3.490) - (3.490) (2.670) - (2.670)

1.809.520 5.929.004 7.738.524 1.959.763 6.126.262 8.086.025

Observações: (*) Depósitos estruturados para os quais foi efectuado o destaque do derivado embutido, conforme referido na

nota 20 e na política contabilística 1.3.

Em 30 de Junho de 2008, esta rubrica inclui Euros 267.571.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 442.799.000) de depósitos registados em balanço ao justo valor através de resultados.

Nos termos da Portaria n.º 180/94, de 15 de Dezembro, foi constituído o Fundo de Garantia de Depósitos, cuja finalidade é a garantia de reembolso de depósitos constituídos nas Instituições de Crédito. Os critérios a que obedecem os cálculos das contribuições anuais para o referido Fundo estão fixados no Aviso n.º 11/94 do Banco de Portugal.

32 Responsabilidades representadas por títulos A análise das Responsabilidades representadas por títulos, decompõe-se como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Euro Medium Term Notes 4.863.180 4.922.774 Obrigações de Caixa 338.526 323.997

5.201.706 5.246.771

Durante o primeiro semestre de 2008 a CEMG procedeu à emissão de Euros 94.700 (31 de Dezembro de 2007: Euros 1.135.000) de títulos, tendo sido reembolsados Euros 117.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 579.000).

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As emissões ocorridas no primeiro semestre de 2008, são como segue:

Data de Data de Taxa 2008 Descrição da emissão Emissão reembolso de juro Euros '000

Obr. caixa – Montepio Cabaz Commodities Agrícolas

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa variável paga no reembolso que corresponde a 95% da performance de um Cabaz de 5 Commodities, com um mínimo de 1% e um máximo de 50%

5.000

Obr. caixa – Aforro Montepio 2008 – 3 anos – 1ª série

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa trimestral de 4,125% ( 2º, 3º e 4º trimestres taxa fixa de 4,125%, 5º ao 8º trimestre taxa fixa de 4,25%, 9º e 10º trimestres taxa fixa de 4,375%, 11º trimestre taxa fixa de 4,5% e no 12º trimestre taxa fixa de 5%)

10.000

Obr.caixa –Montepio Euro Aforro 2008 – 3 anos – 1ª série

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa semestral de 4% ( 2º semestre taxa fixa de 4%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,5%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,3% e no 6º semestre Euribor a 6 meses)

17.100

Obr. Caixa – Montepio Select 5 anos Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa de 2,5% nos 4 primeiros anos e no reembolso remuneração varíavel entre 2,5% e 60% da performance média anual de um cabaz composto pelo Indíce Dow Jones Eurostoxx Select Dividend 30 e o Índice IBOXX Euro Eurozone Performance Sovereigns 5 a 7 Anos

1.000

Obr. Caixa – Montepio Taxa Fixa 5Y – Janeiro 2008

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa de 2,5% 2.500

Obr. Caixa – Montepio Euro Aforro 2008 – 3 Anos – 2ª série

Mar. 2008 Mar. 2011 Taxa fixa semestral de 3,9% ( 2º semestre taxa fixa de 3,9%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,3%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,2% e no 6º semestre Euribor a 6 meses)

27.000

Obr. Caixa – Montepio Euro Aforro 2008 – 3 Anos – 3ª série

Abr. 2008 Abr. 2011 Taxa fixa semestral de 4% ( 2º semestre taxa fixa de 4%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,3%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,2% e no 6º semestre Euribor a 6 meses)

15.000

Obr. Caixa – Montepio Euro Aforro 2008 – 3 Anos – 4ª série

Mai. 2008 Mai. 2011 Taxa fixa semestral de 4% ( 2º semestre taxa fixa de 4%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,3%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,2% e no 6º semestre Euribor a 6 meses + 0,1%)

12.100

Obr. Caixa- Montepio Inflacção 2008 – 2016 - 1ª Série

Jun. 2008 Jun. 2016 Taxa variável anual de 3,2% acrescida da taxa anual de Inflação Europeia

5.000

94.700

O justo valor da rubrica Responsabilidades representadas por títulos apresenta-se na nota 41.

Esta rubrica inclui Euros 1.511.070.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 1.423.378.000) de responsabilidades representadas por títulos registados em balanço ao justo valor através de resultados.

Em 30 de Junho de 2008, os empréstimos obrigacionistas venciam juros postecipados e antecipados, sendo as suas taxas efectivas compreendidas entre 3,10% e 5,27%.

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

59

Os reembolsos ocorridos no decurso do primeiro semestre de 2008 são analisados como segue:

Montante Data de Data de Taxa de reembolso

Descrição da emissão emissão reembolso de juro Euros '000

Obrigações de Caixa:

MG Business Invest / 2006 Mar. 2006 Mar. 2008 Taxa fixa anual de 3% 17.000 Empréstimos obrigacionistas:

Obr. CEMG 2003 Mar.2003 Mar.2008 Taxa fixa de 3,8% 100.000

117.000

As responsabilidades representadas por títulos com vencimento no decurso do segundo semestre de 2008 ascendem a Euros 870.500.000.

33 Provisões Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para riscos gerais de crédito 99.394 96.983 Provisões para outros riscos e encargos 1.640 1.737 4

101.034 98.720

Os movimentos da provisão para riscos gerais de crédito são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para riscos gerais de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 96.983 87.794

Dotação do período 26.428 19.756 Reversão do período (24.017) (14.746)

Saldo em 30 de Junho 99.394 92.804

A provisão para riscos gerais de crédito foi constituída de acordo com o disposto nos avisos n.º 3/95, de 30 de Junho de 1995, n.º 2/99, de 15 de Janeiro de 1999, e n.º 8/03 de 30 de Janeiro de 2003 do Banco de Portugal, conforme referido na nota 1.4.

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60

Os movimentos da provisão para outros riscos e encargos são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para outros riscos e encargos:

Saldo em 1 de Janeiro 1.737 4.978

Dotação do período 174 182 Reversão do período (63) (148) Utilização de provisões (208) -

Saldo em 30 de Junho 1.640 5.012

Estas provisões foram efectuadas tendo como base a probabilidade de ocorrência de certas contingências relacionadas com a actividade da CEMG.

34 Passivos subordinados Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Obrigações de prazo determinado 230.953 200.740 Obrigações perpétuas 101.108 101.108

332.061 301.848

Em 30 de Junho de 2008, as principais características dos passivos subordinados são analisadas como segue:

Data de

Valor de emissão Taxa Valor de balanço

Descrição da emissão emissão Maturidade Euros ‘000 de juro Euros '000 Obrigações de prazo

determinado:

CEMG/06 Abr. 2006 Abr. 2016 50.000 Euribor 3 meses + 0,45% 50.078CEMG/08 1ª série Fev. 2008 Fev. 2018 150.000 Euribor 6 meses + 100 p.b 152.718CEMG/08 2ª série Jun. 2008 Jun. 2018 28.000 Euribor 12 meses + 100 p.b 28.157

230.953Obrigações perpétuas:

CEMG/01 Jul. 2001 Indeterminado 100.000 Euribor 3 meses + 1,1% 101.108

332.061

O justo valor da carteira de passivos subordinados encontra-se apresentada na nota 41.

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61

No final do sétimo ano de vida das obrigações perpétuas CEMG/01, e, posteriormente, em cada data de vencimento de juros, a CEMG poderá reembolsar o empréstimo na sua globalidade, ao par, após autorização do Banco de Portugal. Caso o empréstimo não seja reembolsado nesta data o “spread” sobre a taxa de juro passará para 210 pontos base. Esta emissão foi submetida à cotação na Euronext.

As obrigações de caixa subordinadas CEMG/03 foram reembolsadas antecipadamente em Fevereiro de 2008, pelo montante de Euros 150.000.000.

Em 30 de Junho de 2008, os empréstimos subordinados venciam juros trimestrais e semestrais postecipados, sendo as suas taxas de juro efectivas compreendidas entre 5,22% e 6,42%.

35 Outros passivos Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Credores: Fornecedores 17.145 9.090 Outros credores 40.987 29.657 Sector público administrativo 8.854 9.291 Passivos financeiros associados a activos transferidos 1.569.487 670.633 Férias e subsídio de férias a pagar 20.737 26.748 Outros custos a pagar 1.038 630 Receitas antecipadas 650 608 Operações sobre títulos a liquidar 2.146 - Contas diversas 35.949 60.942

1.696.993 807.599

Em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, as rubricas relativas às responsabilidades da CEMG com pensões de reforma, incluídas na rubrica Contas diversas, são analisadas como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Responsabilidade por benefícios projectados 510.824 548.265 Valor do Fundo (433.286) (442.901)

77.538 105.364 Perdas actuariais

Corredor 81.592 91.873 Acima do corredor (7.097) 17.664

74.495 109.537

3.043 (4.173)

O valor do corredor e das perdas actuariais foram determinadas em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1.14.

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62

36 Capital Em 20 de Junho de 2008, na sequência da deliberação da Assembleia Geral da CEMG, procedeu-se ao aumento do capital institucional da Caixa Económica Montepio Geral, no montante de Euros 25.000.000, por entrada de numerário.

Após esta operação, o capital institucional da CEMG, que se encontra integralmente realizado, passou a ser de Euros 660.000.000, pertencendo na sua totalidade ao Montepio Geral – Associação Mutualista.

37 Reserva geral e especial As reservas geral e especial são constituídas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio. A reserva geral destina-se a fazer face a qualquer eventualidade e a cobrir prejuízos ou depreciações extraordinárias.

Nos termos da legislação portuguesa, a CEMG deverá reforçar anualmente a reserva geral com pelo menos 20% dos lucros líquidos anuais. O limite para formação da reserva geral é de 25% da totalidade dos depósitos. Esta reserva, normalmente não está disponível para distribuição e pode ser utilizada para absorver prejuízos futuros e para aumentar o capital.

A reserva especial destina-se a suportar prejuízos resultantes das operações correntes. Nos termos da legislação portuguesa a CEMG deverá reforçar anualmente a reserva especial com pelo menos 5% dos lucros líquidos anuais. Esta reserva, normalmente não está disponível para distribuição e pode ser utilizada para absorver prejuízos e para aumentar o capital.

38 Reservas de justo valor, outras reservas e resultados transitados Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Reservas de justo valor (23.717) (7.973)

Reservas e resultados transitados:

Reserva geral 156.067 143.229 Reserva especial 60.789 57.579 Outras reservas 8.404 8.404 Resultados transitados (11.194) (22.387)

214.066 186.825

A variação da rubrica Reserva geral e especial é analisada na nota 37.

As reservas de justo valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos activos financeiros disponíveis para venda em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1.5.

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63

A movimentação durante o primeiro semestre de 2008 desta rubrica é analisada conforme segue:

Saldo em 1 Janeiro

Reavaliação Aquisições

Alienações

Imparidade reconhecida no

período Saldo em

30 de Junho Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo: Obrigações de emissores

públicos nacionais (52) (37) - 49 -

(40)Obrigações de outros

emissores:

Nacionais (174) (465) - (4) (69) (712)Estrangeiros (8.535) (12.451) (334) 158 (2.103) (23.265)

(8.761) (12.953) (334) 203 (2.172) (24.017)

Títulos de rendimento

variável:

Acções de empresas Nacionais - - (175) - - (175)Estrangeiras (30) - - 29 - (1)

Unidades de participação 818 288 (1) (34) (595) 476

788 288 (176) (5) (595) 300

(7.973) (12.665) (510) 198 (2.767) (23.717)

A movimentação durante o ano de 2007 desta rubrica é analisada conforme segue:

Saldo em 1 Janeiro

Reavaliação Aquisições

Alienações

Imparidade reconhecida no

exercício Saldo em

31 Dezembro Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo: Obrigações de emissores

públicos nacionais - (10) (51) 10 (1) (52)Obrigações de outros

emissores: Nacionais 4 (112) (65) (1) - (174)Estrangeiros 184 (3.640) (1.244) (122) (3.713) (8.535)

188 (3.762) (1.360) (113) (3.714) (8.761)

Títulos de rendimento

variável: Acções de empresas

Estrangeiras 8.313 (154) (25) (8.314) 150 (30)Unidades de participação (915) 650 619 464 - 818

7.398 496 594 (7.850) 150 788

7.586 (3.266) (766) (7.963) (3.564) (7.973)

A rubrica Resultados transitados inclui, em 30 de Junho de 2008, o montante de Euros 11.194.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 22.387.000) relativo à amortização dos ajustamentos de transição resultantes da adopção da IAS 19, conforme definido na política contabilística 1.14.

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64

A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 1.984.466 924.571 Imparidade acumulada reconhecida (14.170) (11.403)

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda líquidos de imparidade 1.970.296 913.168

Valor de mercado dos activos financeiros disponíveis para venda 1.946.579 905.195

Ganhos / Perdas potenciais reconhecidos na reserva de justo valor (23.717) (7.973)

39 Contas extrapatrimoniais Os saldos destas contas são analisados como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Garantias e avales prestados 407.833 367.978 Garantias e avales recebidos 30.463.456 30.172.390 Compromissos perante terceiros 1.430.397 1.529.749 Compromissos assumidos por terceiros 23.281 24.800 Activos cedidos em operações de titularização 465.492 592.629 Valores recebidos em depósito 5.797.332 5.993.330

Os montantes de garantias e avales prestados e os compromissos perante terceiros são analisados como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Garantias e avales prestados: Garantias e avales 402.750 364.753 Créditos documentários abertos 5.083 3.225

407.833 367.978

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65

As garantias e os avales prestados são operações bancárias que não se traduzem por mobilização de fundos por parte da CEMG.

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Compromissos perante terceiros: Compromissos irrevogáveis

Contratos a prazo de depósitos 3.820 3.820 Linhas de crédito irrevogáveis 261.521 226.786

Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos

19.634

19.425

Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores

3.030

2.790

Compromissos revogáveis Linhas de crédito revogáveis 1.142.392 1.276.928

1.430.397 1.529.749

Os compromissos, revogáveis e irrevogáveis, apresentam acordos contratuais para a concessão de crédito com os clientes da CEMG (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de forma geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da contratualização dos mesmos. Não obstante as particularidades destes compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade, quer do cliente, quer do negócio que lhe está subjacente, sendo que a CEMG requer quer estas operações sejam devidamente colaterizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras. O saldo da rubrica Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos, em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, refere-se ao compromisso irrevogável que a CEMG assumiu, por força da lei, de entregar àquele Fundo, em caso de solicitação deste, as parcelas não realizadas das contribuições anuais.

O saldo da rubrica Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores, em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, é relativo à obrigação irrevogável que a CEMG assumiu, por força da lei aplicável, de entregar àquele Sistema, em caso de accionamento deste, os montantes necessários para pagamento da sua quota-parte nas indemnizações que forem devidas aos investidores.

Os instrumentos financeiros registados em contas de ordem estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados ao portfólio de crédito não se prevendo quaisquer perdas materiais nestas operações.

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40 Distribuição de resultados Em 31 de Março de 2008, de acordo com deliberação em Assembleia Geral, a CEMG distribuiu resultados ao Montepio Geral – Associação Mutualista no montante de Euros 25.757.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 20.377.000).

41 Justo valor O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, como acontece em muitos dos produtos colocados junto de clientes, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. A geração de fluxos de caixa dos diferentes instrumentos comercializados é feita com base nas respectivas características financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporam quer a curva de taxas de juro de mercado, quer as actuais condições da política de pricing da CEMG. Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelos parâmetros utilizados no modelo de avaliação, que necessariamente incorporam algum grau de subjectividade, e reflecte exclusivamente o valor atribuído aos diferentes instrumentos financeiros. Ignora, no entanto, factores de natureza prospectiva, como por exemplo a evolução futura de negócio. Nestas condições, os valores apresentados não podem ser entendidos como uma estimativa do valor económico da CEMG. De seguida, são apresentados os principais métodos e pressupostos usados na estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros:

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais, Disponibilidades em outras Instituições de Crédito e Recursos de outras Instituições de Crédito Atendendo ao prazo extremamente curto associado a estes instrumentos financeiros, o valor de balanço é uma razoável estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros.

Aplicações em Instituições de Crédito, Recursos em Mercado Monetário Interbancário O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos, considerando que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada reflecte as actuais condições praticadas pela CEMG em idênticos instrumentos para cada um dos diferentes prazos de maturidade residual.

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Activos financeiros detidos para negociação, Passivos financeiros detidos para negociação e Activos financeiros disponíveis para venda Estes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. No caso de acções não cotadas, estas encontram-se reconhecidas ao custo histórico sempre que não exista disponível um valor de mercado e não seja possível determinar com fiabilidade o seu justo valor.

Derivados de cobertura Os derivados de cobertura encontram-se contabilizados pelo seu justo valor.

Crédito a clientes com maturidade definida O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações, ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da CEMG para cada uma das classes homogéneas deste tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante. Os cálculos efectuados incorporam o spread de risco de crédito.

Crédito a clientes sem maturidade definida e Débitos à vista para com clientes Atendendo ao curto prazo deste tipo de instrumentos, as condições da carteira actual deste tipo de instrumentos são semelhantes às actualmente praticadas, pelo que o seu valor de balanço é uma razoável estimativa do seu justo valor.

Recursos de clientes O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da CEMG para este tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante.

Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados Para estes instrumentos financeiros, foi calculado o justo valor para as componentes que ainda não se encontram reflectidas em balanço. Os instrumentos que são a taxa fixa e para os quais a CEMG adopta contabilisticamente uma política de hedge-accounting, o justo valor relativamente ao risco de taxa de juro já se encontra registado. Para o cálculo do justo valor foram levadas em consideração as outras componentes de risco, para além do risco taxa de juro já registado. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa.

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A decomposição dos principais ajustamentos aos valores de balanço dos activos e passivos financeiros da CEMG contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisada como segue:

Jun 2008

Negociação

Designado ao

justo valor

Detido até a maturidade

Empréstimos e

aplicações

Disponível para venda

Outros ao custo amortizado

Outros

Valor

contabilístico

Justo valor

Euros '000

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais - - - 162.084 - - - 162.084 162.084

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - 113.497 - - - 113.497 113.497

Aplicações em instituições de crédito - - - 358.264 - - - 358.264 358.264

Crédito a clientes - - - 14.435.094 - - - 14.435.094 16.015.390Activos financeiros

detidos para negociação 49.337 - - - - - - 49.337 49.337

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - 3.690 - - - - - 3.690 3.690

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - 1.946.579 - - 1.946.579 1.946.579

Derivados de cobertura 8.110 - - - - - - 8.110 8.110Investimentos detidos

até à maturidade - - 53.602 - - - - 53.602 53.602Investimentos em

associadas e outras - - - - - - 30.597 30.597 30.597

57.447 3.690 53.602 15.068.939 1.946.579 - 30.597 17.160.854 18.741.150

Passivos financeiros:

Recursos de bancos centrais - - - - - 450.594 - 450.594 450.594

Recursos de outras instituições de crédito - - - - - 973.072 - 973.072 973.072

Recursos de clientes - - - - - 7.738.524 - 7.738.524 7.738.524Responsabilidades

representadas por títulos - - - - - 5.201.706 - 5.201.706 5.201.706

Passivos financeiros detidos para negociação 72.541 - - - - - - 72.541 72.541

Derivados de cobertura 3.726 - - - - - - 3.726 3.726Passivos

subordinados - - - - - 332.061 - 332.061 332.061

76.267 - - - - 14.695.957 - 14.772.224 14.772.224

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69

Dez 2007

Negociação

Designado ao

justo valor

Detido até a maturidade

Empréstimos e

aplicações

Disponível para venda

Outros ao custo amortizado

Outros

Valor

contabilístico

Justo valor

Euros '000

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais - - - 269.201 - - - 269.201 269.201

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - 62.664 - - - 62.664 62.664

Aplicações em instituições de crédito - - - 663.021 - - - 663.021 663.021

Crédito a clientes - - - 14.108.881 - - - 14.108.881 15.066.106Activos financeiros

detidos para negociação 43.417 - - - - - - 43.417 43.417

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - 3.897 - - - - - 3.897 3.897

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - 905.195 - - 905.195 905.195

Derivados de cobertura 9.536 - - - - - - 9.536 9.536Investimentos detidos

até à maturidade - - 39.371 - - - - 39.371 39.371Investimentos em

associadas e outras - - - - - - 30.597 30.597 30.597

52.953 3.897 39.371 15.103.767 905.195 - 30.597 16.135.780 17.093.005

Passivos financeiros:

Recursos de outras instituições de crédito - - - - - 952.282 - 952.282 952.282

Recursos de clientes - - - - - 8.086.025 - 8.086.025 8.086.025Responsabilidades

representadas por títulos - - - - - 5.246.771 - 5.246.771 5.246.771

Passivos financeiros detidos para negociação 60.070 - - - - - - 60.070 60.070

Derivados de cobertura 3.820 - - - - - - 3.820 3.820Passivos

subordinados - - - - - 301.848 - 301.848 301.848

63.890 - - - - 14.586.926 - 14.650.816 14.650.816

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42 Pensões de reforma Em 30 de Junho 2008, a CEMG reconheceu, como encargos com pensões de reforma o montante de Euros 19.322.000 (30 de Junho de 2007: Euros 12.330.000). A análise do custo do período é apresentada como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Custo dos serviços correntes 10.738 10.059 Custo dos juros 14.392 12.027 Rendimento esperado dos activos (11.626) (8.892) Custo com programas de reforma antecipada 5.818 - Outros - (864)

Custo do período 19.322 12.330

43 Transacções com partes relacionadas À data de 30 de Junho de 2008, os débitos detidos pela CEMG sobre empresas participadas, representadas ou não por títulos, incluídos nas rubricas Recursos de clientes e Passivos subordinados são analisados como segue:

Empresa

Recursos de clientes

Passivos subordinados

Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000

Lusitânia - Companhia de Seguros, S.A. 15.616 1.000 16.616 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 45.111 1.250 46.361 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 97 - 97 SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 86 - 86 MG Gestão de Activos Financeiros - - S.G.F.I.M., S.A. 18.553 - 18.553 Futuro - Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 3.154 - 3.154 Norfin - Sociedade Gestora de FIM, S.A. 4.714 - 4.714 Bolsimo – Gestão Imobiliária, Lda. 55 - 55 E 87.386 2.250 89.636

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À data de 30 de Junho de 2008, os proveitos da CEMG sobre empresas subsidiárias, incluídos nas rubricas Juros e rendimentos similares e Comissões e proveitos, são analisados como segue:

Empresa Juros e rendimentos

similares Comissões e proveitos

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 229 1.520 1.749 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. - 2.972 2.972 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 1 -

1

SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 3 11.792

11.795

MG Gestão de Activos Financeiros - - S.G.F.I.M., S.A. 5 1.997

2.002

Futuro - Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 9 1.734

1.743

Norfin - Sociedade Gestora de FIM, S.A. 6 185 191 253 20.200 20.453

À data de 30 de Junho de 2007, os proveitos da CEMG sobre empresas subsidiárias, incluídos na rubrica Comissões e proveitos, são analisados como segue:

Empresa Comissões e

proveitos Euros '000

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 1.347 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 3.527 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. - SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 10.172 MG Gestão de Activos Financeiros -S.G.F.I.M., S.A. 1.738 Futuro - Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 1.488 Norfin - Sociedade Gestora de FIM, S.A. 176 18.448

44 Securitização de activos

Em 30 de Junho de 2008, existem quatro operações de titularização celebradas entre a CEMG e outras instituições financeiras que são apresentadas nos parágrafos seguintes.

Em 19 de Dezembro de 2002, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com um Special Purpose Vehicle (“SPV”) – Pelican Mortgages No. 1 PLC – sediado em Dublin, um contrato de titularização de créditos hipotecários. O prazo total da operação é de 35 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 650.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,016% do par.

Em 29 de Setembro de 2003, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com um Special Purpose Vehicle (“SPV”) – Pelican Mortgages No. 2 PLC – sediado em Dublin, um contrato de titularização de créditos hipotecários. O prazo total da operação é de 33 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 700.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,0286% do par.

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Em 30 de Março de 2007, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com a Sagres – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A., um contrato de titularização de créditos hipotecários Pelican Mortgages No. 3. O prazo total da operação é de 47 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 750.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,0165% do par.

Em 20 de Maio de 2008, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com a Sagres – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A., um contrato de titularização de créditos hipotecários Pelican Mortgages No. 4. O prazo total da operação é de 48 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 1.000.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,083% do par.

O servicer das operações é a Caixa Económica Montepio Geral, assumindo a cobrança dos créditos cedidos no âmbito da operação e canalizando os valores recebidos, por via da efectivação do devido depósito, para o Pelican Mortgages No. 1 PLC e para o Pelican Mortgages No. 2 PLC.

Até 31 de Dezembro de 2004, de acordo com os princípios contabilísticos definidos pelo Banco de Portugal, os activos, créditos e títulos cedidos pela CEMG no âmbito das referidas operações de titularização foram desreconhecidos. Os títulos adquiridos no âmbito destas operações foram contabilizados como títulos de investimento e provisionados de acordo com as regras definidas pelo Aviso n.º 27/2000 do Banco de Portugal.

Em conformidade com a IFRS 1, o critério de desreconhecimento seguido nas demonstrações financeiras individuais da CEMG, não sofreu alterações para todas as operações realizadas até 1 de Janeiro de 2004. Todas as operações efectuadas a partir desta data terão que ser analisadas no âmbito das regras de desreconhecimento de acordo com a IAS 39, segundo o qual, se forem transferidos uma parte substancial dos riscos e benefícios associados aos activos ou se for transferido o controlo sobre os referidos activos, estes activos deverão ser desreconhecidos.

À data de 30 de Junho de 2008, as operações de titularização efectuadas pela CEMG são apresentadas como segue:

Emissão Data de início Moeda Activo cedido Montante Pelican Mortgages No.1 Dezembro de 2002 Euros Crédito imobiliário 650.000.000 Pelican Mortgages No.2 Setembro de 2003 Euros Crédito imobiliário 700.000.000 Pelican Mortgages No.3 Março de 2007 Euros Crédito imobiliário 750.000.000

Pelican Mortgages No.4 Maio de 2008 Euros Crédito imobiliário 1.000.000.000

3.100.000.000

O impacto das cedências de crédito no âmbito das operações de securitização, no activo da CEMG, na rubrica Crédito a clientes, pode ser analisado como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Pelican Mortgages No. 1 164.246 193.436 Pelican Mortgages No. 2 301.246 399.193

465.492 592.629

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Os títulos emitidos pelos veículos de titularização podem ser analisados, à data de 30 de Junho de 2008, como segue:

Emissão Obrigações

emitidas

Valor nominal Euros Moeda

Data de reembolso

Rating das obrigações (Moody's)

Pelican Mortgages No. 1 Classe A 211.058.614 Euros 2037 Aaa Classe B 16.250.000 Euros 2037 A2 Classe C 22.750.000 Euros 2037 Baa2 Classe D 3.250.000 Euros 2037 - Pelican Mortgages No. 2 Classe A 422.069.596 Euros 2036 Aaa Classe B 17.500.000 Euros 2036 A1 Classe C 22.750.000 Euros 2036 Baa2 Classe D 5.600.000 Euros 2036 - Pelican Mortgages No. 3 Classe A 701.315.365 Euros 2054 Aaa Classe B 14.250.000 Euros 2054 Aa2 Classe C 12.000.000 Euros 2054 A3 Classe D 6.375.000 Euros 2054 Baa3 Classe E 7.361.334 Euros 2054 - Classe F 4.125.000 Euros 2054 - Pelican Mortgages No. 4 Classe A 832.000.000 Euros 2056 Aaa Classe B 55.500.000 Euros 2056 Aa Classe C 60.000.000 Euros 2056 A- Classe D 25.000.000 Euros 2056 Bbb Classe E 27.500.000 Euros 2056 Bb Classe F 28.600.000 Euros 2056 -

45 Débitos detidos pela CEMG sobre empresas coligadas À data de 30 de Junho de 2008, os Débitos detidos pela CEMG sobre empresas coligadas, representadas ou não por títulos, incluídos na rubrica Recursos de outras instituições de crédito são analisados como segue:

Recursos de outras IC’s

Euros '000 Banco MG – Cabo Verde, Sociedade

Unipessoal, S.A. (IFI) 310.519

46 Transacções com empresas do Grupo Os saldos e transacções mais significativas com empresas do Grupo estão discriminados nas notas

correspondentes.

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47 Gestão de riscos O Grupo Montepio (“CEMG”) está sujeito a riscos de diversa ordem no âmbito do desenvolvimento da sua actividade.

A política de gestão de risco da CEMG visa a manutenção, em permanência, de uma adequada relação entre os seus capitais próprios e a actividade desenvolvida, assim como a correspondente avaliação do perfil de risco/retorno por linha de negócio.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e controlo dos principais tipos de riscos financeiros – crédito, mercados, liquidez e operacional – a que se encontra sujeita a actividade da CEMG.

A análise e gestão dos riscos é efectuada de um modo integrado e numa óptica de Grupo, através da Direcção de Análise e Gestão de Riscos (“DAGR”), que inclui quatro departamentos:

- Departamento de Risco de Crédito;

- Departamento de Riscos de Mercado;

- Departamento de Risco Operacional;

- Departamento de Análise de Crédito a Empresas.

O Departamento de Análise de Crédito a Empresas iniciou a sua actividade em Dezembro de 2007, integrando a função de análise de crédito a empresas, com o objectivo de segregar de forma mais objectiva a análise de risco nas principais operações ou exposições da função comercial, em linha com as melhores práticas e as recomendações do Comité de Basileia, procedendo-se igualmente à simplificação de processos e ao reforço do papel do risco no pricing das operações.

Em 2008, iniciou-se o cálculo e reporte de requisitos de capital e rácio de solvabilidade de acordo com as novas regras de adequação de Fundos Próprios (Basileia II). Neste âmbito, foram adoptadas as abordagens Padrão para Risco de Crédito e de Mercado e o Método do Indicador Básico para Risco Operacional.

Adicionalmente, foi introduzido o novo sistema de rating de empresas, tendo por base modelos econométricos desenvolvidos a partir de bases de dados internas. Para o segundo semestre de 2008, está prevista a implementação do sistema de scoring para o segmento de Pequenos Negócios, que permitirá agilizar o processo de concessão de crédito com maior discriminação do risco de crédito deste segmento. Foi igualmente iniciado o projecto de revisão do modelo de cálculo de provisões por imparidade, que irá permitir maior adequação do nível de provisões ao risco esperado da carteira de crédito.

No âmbito da análise do risco de crédito a empresas, procedeu-se à estruturação dos analistas de crédito em quatro núcleos regionais - Lisboa, Porto, Açores e Madeira. Foi também introduzida a especialização sectorial dos analistas de crédito em quatro áreas: "Prime", para empresas com maior nível de turnover/exposição, "Comércio e Turismo", "Construção e Promoção Imobiliária" e finalmente "Sector Primário, Indústria, Actividades Culturais e Administração Pública".

Foram ainda introduzidas novas metodologias de análise de crédito a empresas, designadamente modelos de limites de exposição e de pricing ajustado de risco, assim como novos relatórios de crédito para os segmentos corporate e pequenos negócios.

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No plano do risco de mercado, foram mantidos os sistemas de risco e relatórios já existentes, designadamente da carteira AFS e Fundo de Pensões, garantindo-se a migração para uma nova aplicação informática de suporte ao negócio e ao controlo de risco.

Principais Tipos de Risco

Crédito – O risco de crédito encontra-se associado ao grau de incerteza dos retornos esperados, por incapacidade quer do tomador do empréstimo (e do seu garante, se existir), quer do emissor de um título ou da contraparte de um contrato em cumprir com as suas obrigações.

Mercado – O conceito de risco de mercado reflecte a perda potencial que pode ser registada por uma determinada carteira em resultado de alterações de taxas (de juro e de câmbio) e/ou dos preços dos diferentes instrumentos financeiros que a compõem, considerando quer as correlações existentes entre eles, quer as respectivas volatilidades.

Liquidez – O risco de liquidez reflecte a incapacidade da CEMG cumprir com as suas obrigações no momento do respectivo vencimento, sem incorrer em perdas significativas decorrentes de uma degradação das condições de financiamento (risco de financiamento) e/ou de venda dos seus activos por valores inferiores aos valores de mercado (risco de liquidez de mercado).

Operacional – Como risco operacional entende-se a perda potencial resultante de falhas ou inadequações nos processos internos, nas pessoas ou nos sistemas, ou ainda as perdas potenciais resultantes de eventos externos.

Organização Interna

O Conselho de Administração, no exercício das suas funções, é responsável pela estratégia e pelas políticas a adoptar relativamente à gestão dos riscos, sendo, nesta função, assessorado pela Direcção de Análise e Gestão de Riscos (“DAGR”), que analisa e assegura a gestão dos riscos, numa óptica de grupo, incluindo a coordenação do Comité de Activos e Passivos (“ALCO”).

A Direcção de Auditoria e Inspecção, como órgão de apoio ao Conselho de Administração, tem como principais competências apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal, de verificar o cumprimento e observância da legislação em vigor, por parte das diferentes unidades orgânicas, e identificar as áreas de maior risco, apresentando ao Conselho de Administração as suas conclusões.

Consoante a natureza e relevância do risco, são elaborados planos, programas ou acções, apoiados por sistemas de informação, e definidos procedimentos, que proporcionam um elevado grau de fiabilidade relativamente às medidas de gestão de risco oportunamente definidas.

A Sala de Mercados colabora com a DAGR, de forma a efectuar-se a medição e o controlo do risco das operações e das carteiras, bem como o adequado acompanhamento das posições dos riscos globais da CEMG.

No que diz respeito ao risco de compliance, é da competência do Head of Compliance, na dependência do Conselho de Administração, assegurar o seu controlo, identificar e avaliar as diversas situações que concorrem para o referido risco, designadamente em termos de transacções/actividades, negócios, produtos e órgãos de estrutura.

Neste âmbito, também a Direcção de Auditoria e Inspecção avalia o sistema de controlo interno, identificando as áreas de maior relevância/risco, visando a eficácia da governação.

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Avaliação de riscos

Risco de Crédito - Retalho

Os modelos de risco de crédito desempenham um papel essencial no processo de decisão de crédito. De facto, a concessão de crédito a particulares obriga à submissão das propostas de crédito aos modelos de scoring reactivo existentes para as principais carteiras (crédito à habitação, crédito individual e cartões de crédito).

As decisões de crédito dependem das classificações de risco e do cumprimento de diversas regras sobre a capacidade financeira e o comportamento dos proponentes. De modo a apoiar as estratégias comerciais, são também utilizados modelos de scoring comportamentais.

No primeiro semestre de 2008, foram introduzidos nos sistemas de informação um novo sistema de rating de empresas tendo por base modelos econométricos desenvolvidos a partir de bases de dados internas.

No que respeita a risco de crédito, a carteira de activos financeiros manteve-se concentrada em obrigações investment grade, emitidas por instituições financeiras.

Riscos Globais e em Activos Financeiros

A gestão eficaz do balanço envolve também o Comité de Activos e Passivos (“ALCO”), comité onde se procede à análise dos riscos de taxa de juro, liquidez e cambial, designadamente no tocante à observância dos limites definidos para os gaps estáticos e dinâmicos calculados.

Tipicamente, são observados gaps estáticos positivos de taxa de juro e de liquidez, de dimensão moderada, exceptuando-se naturalmente os meses em que ocorrem pagamentos relacionados com o serviço da dívida das obrigações emitidas. Ao nível do risco cambial, procede-se, em regra, à aplicação dos recursos captados nas diversas moedas, através de activos no mercado monetário respectivo e por prazos não superiores aos dos recursos, pelo que os gaps cambiais existentes decorrem essencialmente de eventuais desajustamentos entre os prazos das aplicações e dos recursos.

No que respeita a informação e análise de risco, é assegurado o reporte regular sobre os riscos de crédito e de mercado das carteiras de activos financeiros próprias e das diversas entidades do Grupo. Ao nível das carteiras próprias, encontram-se definidos diversos limites de risco, utilizando-se para o efeito a metodologia de Value-at-Risk (“VaR”).

As carteiras próprias encontram-se concentradas em títulos de dívida de taxa variável, exibindo por isso níveis de VaR muito reduzidos (o cálculo do VaR é efectuado com base na aproximação analítica definida na metodologia desenvolvida pela RiskMetrics, sendo calculado considerando um horizonte temporal de 10 dias úteis e um intervalo de confiança estatístico unilateral de 99%). A exposição ao risco de crédito é limitada pelo facto das obrigações em carteira se situarem genericamente em níveis de investment grade.

No primeiro semestre de 2008, as carteiras próprias mantiveram-se concentradas em títulos de dívida de taxa variável. Assim sendo, o Value at Risk (“VaR”) para risco de mercado manteve-se em níveis muito reduzidos, embora tenha registado um aumento (para 0,1%, com um horizonte de 10 dias e grau de confiança de 99%), face à maior volatilidade observada nos principais mercados financeiros. Concomitantemente, a duração média da carteira manteve-se reduzida.

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Apresentam-se seguidamente os principais indicadores destas medidas, durante os exercícios findos em 30 Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007:

Jun 2008 Dez 2007

Junho Média

Semestral

Máximo Mínimo Dezembro Média Anual Máximo Mínimo

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

GAP de taxa de juro 1.019.961 1.143.443 1.208.925 1.019.961 1.208.925 854.903 1.208.925 500.881

VaR 1.066 823 1.082 554 430 319 492 117

Análise de Sensibilidade

Face aos gaps de taxa de juro observados, em Junho de 2008, uma variação instantânea das taxas de juro em 100bp motivaria um aumento dos resultados em Euros 22.274.886 (31 de Dezembro de 2007: Euros 25.302.100).

No quadro seguinte apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de activos e passivos financeiros da CEMG, para os exercícios findos em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, bem como os respectivos saldos médios e os proveitos e custos do exercício:

Jun 2008 Dez 2007

Produtos Saldo médio do

período Euros '000

Taxa de juro média (%)

Proveitos / Custos

Euros '000

Saldo médio do exercício Euros '000

Taxa de juro média (%)

Proveitos / Custos

Euros '000

Aplicações Crédito a clientes 14.422.120 6,05 433.614 13.725.321 5,59 767.170 Disponibilidades 145.668 4,30 3.113 150.424 3,73 5.605 Carteira de Títulos 1.267.343 5,42 34.152 969.006 4,33 41.956 Aplicações interbancárias 507.227 3,93 9.919 492.988 3,94 19.409 Outras aplicações 4.118 5,67 116 4.804 4,07 196 Swaps - - 4.069 - - 13.103

Total Aplicações 16.346.476 484.983 15.342.543 847.439

Recursos

Depósitos de clientes 8.346.842 3,34 139.162 8.017.889 2,79 223.824 Recursos titulados 6.085.650 4,64 140.913 6.004.009 4,22 253.395 Recursos interbancários 133.857 3,16 2.103 32.176 2,44 784 Outros recursos 928

2,51 12

1.003

2,25

23 Swaps -

- 4.598

-

-

41.275

Total Recursos 14.567.277 286.788 14.055.077 519.301

Risco de Liquidez

O controlo dos níveis de liquidez tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo. Para avaliar a exposição global a este tipo de risco são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como efectuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

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Adicionalmente, é também realizado um acompanhamento por parte do Banco dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo a instrução n.º 1/2000 do Banco de Portugal. Em 30 de Junho de 2008 o rácio de liquidez era de 103,63% (31 de Dezembro de 2007: 95,29%).

Risco Operacional

Ao nível do risco operacional, o sistema de gestão implementado baseia-se nas fases de identificação, avaliação, acompanhamento, medição e mitigação deste tipo de risco.

Para a gestão do risco operacional, foi desenvolvido e implementado um sistema que tem como intuito assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação deste risco. Este sistema é suportado por uma estrutura organizacional, integrada na DAGR exclusivamente dedicada a esta tarefa bem como representantes designados por cada um dos departamentos.

Gestão de Capital e Rácio de Solvabilidade

Em termos prudenciais, a CEMG está sujeita à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a Directiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições deverão cumprir.

Os elementos de capital da CEMG dividem-se em Fundos Próprios de Base, Fundos Próprios Complementares e Deduções, com a seguinte composição:

− Fundos Próprios de Base (“FPB”): Esta categoria inclui essencialmente o capital estatutário realizado, as reservas elegíveis e os resultados retidos do período. São deduzidos pelo seu valor de balanço os montantes relativos a activos intangíveis, custos diferidos e desvios actuariais negativos decorrentes de responsabilidades com benefícios pós emprego a empregados acima do limite do corredor. Em 2007 passaram também a ser deduzidas em 50% do seu valor as participações superiores a 10% em instituições financeiras e entidades seguradoras;

− Fundos Próprios Complementares (“FPC”): Incorpora essencialmente a dívida subordinada emitida elegível e 45% das reservas de reavaliação positivas. São deduzidas as participações em instituições financeiras e entidades seguradoras em 50% do seu valor;

− Deduções (“D”): Compreendem essencialmente a amortização prudencial dos imóveis recebidos em dação para liquidação de créditos e eventuais excedentes de exposição aos limites de grandes riscos.

Adicionalmente, a composição da base de capital está sujeita a um conjunto de limites. Desta forma, as regras prudenciais estabelecem que os FPC não podem exceder os FPB. Adicionalmente, determinadas componentes dos FPC (o designado Lower Tier II) não podem superar os 50% dos FPB.

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Individuais Intercalares 30 de Junho de 2008

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Em Abril de 2007, o Banco de Portugal publicou o Aviso n.º 4/2007 que alterou as regras de determinação dos fundos próprios. Este Aviso veio alterar o tratamento das participações em instituições financeiras e entidades seguradoras, que passaram a ser deduzidas em 50% aos FPB e 50% aos FPC. No caso das participações em instituições sujeitas à supervisão em base consolidada, nos termos do artigo 131.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, ou à supervisão complementar prevista no Decreto-Lei n.º 145/2006, a CEMG não procede à inclusão destas participações nestas deduções. Anteriormente, estas participações eram incluídas nas deduções efectuadas ao total dos fundos próprios.

Durante o primeiro semestre de 2008 o cálculo dos requisitos de fundos próprios passou a efectuar-se de acordo com a nova regulamentação de adequação de fundos próprios (Decretos-Lei n.º 103/2007 e n.º 104/2007). Foram adoptadas as abordagens Padrão para risco de crédito e risco de mercado, e a abordagem do Indicador Básico para risco operacional.

O reconhecimento prudencial nos fundos próprios da CEMG do impacto da adopção das IFRS em Janeiro de 2005 está a ser efectuado de forma linear (de acordo com o definido nos Aviso n.º 2/2005, n.º 4/2005 e n.º 12/2005 do Banco de Portugal):

− Até 2012 – na componente associada ao impacto da alteração de tábuas de mortalidade (em 30 de Julho de 2008 faltam incorporar 37 milhões de euros);

− Até 2011 - na componente associada ao impacto do reconhecimento de benefícios médicos pós-emprego (em 30 de Junho de 2008 faltam incorporar 10 milhões de euros);

− Até 2009 – na componente associada ao impacto do reconhecimento de pensões de reforma e sobrevivência (em 30 de Junho de 2008 faltam incorporar 29 milhões de euros).

Caixa Económica Montepio Geral

Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares 30 de Junho de 2008 e 2007

Agosto de 2008 Este relatório contém 87 páginas

DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS - NOTAS EXPLICATIVAS (Páginas 4 a 87)

Caixa Económica Montepio Geral

Demonstração dos Resultados Consolidadospara os períodos findos em 30 de Junho de 2008 e 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

30 de Junho 30 de JunhoNotas 2008 2007

Juros e rendimentos similares 3 476.097 399.875 Juros e encargos similares 3 305.832 236.224

Margem financeira 170.265 163.651

Rendimentos de instrumentos de capital 4 515 611 Rendimentos de serviços e comissões 5 40.634 37.375 Encargos com serviços e comissões 5 (5.947) (5.198)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 6 (11.872) (9.056)Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 7 (20) 6.978 Resultados de reavaliação cambial 8 718 637 Resultados de alienação de outros activos 697 1.343 Outros resultados de exploração 9 4.946 3.986

Total de proveitos operacionais 199.936 200.327

Custos com pessoal 10 79.045 69.871 Gastos gerais administrativos 11 42.016 40.064 Depreciações e amortizações 12 8.490 7.438

Total de custos operacionais 129.551 117.373

Imparidade do crédito 13 42.530 51.026 Imparidade de outros activos 14 5.747 (36)Outras provisões 15 111 34

Resultado operacional 21.997 31.930

Resultados por equivalência patrimonial 16 1.667 1.312

Resultado líquido do período 23.664 33.242

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras consolidadas intercalares

Caixa Económica Montepio Geral

Balanço Consolidado em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

30 de Junho 31 de DezembroNotas 2008 2007

Activo

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 17 162.084 269.201 Disponibilidades em outras instituições de crédito 18 160.191 90.830 Aplicações em instituições de crédito 19 358.264 663.021 Crédito a clientes 20 14.797.965 14.605.447 Activos financeiros detidos para negociação 21 49.989 43.248 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 22 3.690 3.897 Activos financeiros disponíveis para venda 23 944.387 902.934 Derivados de cobertura 24 8.110 9.536 Investimentos detidos até à maturidade 25 53.602 39.371 Investimentos em associadas e outras 26 13.366 20.188 Outros activos tangíveis 27 82.177 80.926 Activos intangíveis 28 13.994 13.619 Outros activos 29 163.863 156.511

16.811.682 16.898.729

Passivo

Recursos de bancos centrais 30 450.594 - Recursos de outras instituições de crédito 31 662.449 657.934 Recursos de clientes 32 8.041.771 8.373.164 Responsabilidades representadas por títulos 33 5.693.777 5.846.404 Passivos financeiros detidos para negociação 21 72.613 59.457 Derivados de cobertura 24 3.726 3.820 Provisões 34 1.640 1.737 Passivos subordinados 35 332.061 301.848 Outros passivos 36 717.706 818.632

Total do Passivo 15.976.337 16.062.996

Situação Líquida

Capital 37 660.000 635.000 Reservas de justo valor 39 (23.717) (7.973)Outras reservas e resultados transitados 38 e 39 175.398 145.611 Resultado líquido do período 23.664 63.095

Total da Situação Líquida 835.345 835.733

16.811.682 16.898.729

Contas extrapatrimoniais (Nota 39)

O TÉCNICO OFICIAL DE CONTAS O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras consolidadas intercalares

Caixa Económica Montepio Geral

Demonstração dos Fluxos de Caixa Consolidadospara os períodos findos em 30 de Junho de 2008 e 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

30 de Junho 30 de Junho2008 2007

Fluxos de caixa de actividades operacionais

Juros recebidos 483.297 826.494 Comissões recebidas 40.725 78.282 Pagamento de juros (307.659) (482.867)Pagamento de comissões (5.056) (10.355)Despesas com pessoal e fornecedores (112.216) (254.677)Recuperação de crédito e juros 1.611 1.512 Outros pagamentos e recebimentos (21.450) 40.699

79.252 199.088

(Aumentos) / diminuições de activos operacionaisCréditos sobre instituições de crédito e clientes (23.129) (341.954)Outros activos (14.917) (21.544)

(38.046) (363.498)

(Aumentos) / diminuições de passivos operacionaisRecursos para com clientes (334.802) 50.426 Recursos para com instituições de crédito 7.227 (200.301)Recursos de Bancos Centrais 450.000 -

122.425 (149.875)

163.631 (314.285)

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Dividendos recebidos 515 649 (Compra) / Venda de activos financeiros de negociação (9.954) (2.097)(Compra) / Venda de activos financeiros avaliados ao justo valor através de resultados 207 (1.821)(Compra) / Venda de activos financeiros disponíveis para venda (59.893) (34.230)(Compra) / Venda de derivados de cobertura (1.203) 55 (Compra) / Venda de activos financeiros detidos até à maturidade (13.827) (2.510)(Compra) / Venda de investimentos em associadas 938 (1.499)Depósitos detidos com fins de controlo monetário 87.633 (12.942)Alienação de imobilizações - 45 Aquisição de imobilizações (10.117) (19.975)

(5.701) (74.325)

Fluxos de caixa de actividades de financiamento

Distribuição de resultados (25.757) (20.377)Aumento de capital 25.000 50.000 Emissão de obrigacões de caixa e títulos subordinados 146.546 917.346 Reembolso de obrigacões de caixa e títulos subordinados (267.000) (578.500)Aumento / (diminuição) noutras contas de passivo 13.157 17.894

(108.054) 386.363

Variação líquida em caixa e equivalentes 49.876 (2.247)

Caixa e equivalentes no início do período 177.629 179.876

Caixa (nota 17) 86.799 73.312 Disponibilidades em outras instituições de crédito (nota 18) 90.830 106.564

Caixa e equivalentes no fim do período 227.505 177.629

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras consolidadas intercalares

Caixa Económica Montepio GeralMapa de alterações na Situação Líquida Consolidada

para os períodos findos em 30 de Junho de 2008 e 2007

(Valores expressos em milhares de Euros)

Total dasituação

Reserva geral e Outras Reservas de Resultados

líquida Capital especial reservas justo valor acumulados

Saldos em 1 de Janeiro de 2007 762.610 585.000 185.770 8.007 7.586 (23.753)

Constituição de reservas

Reserva geral - - 12.048 - - (12.048)

Reserva especial - - 3.007 - - (3.007)

Distribuição de resultados (20.377) - - - - (20.377)

Reservas de justo valor (5.877) - - - (5.877) -

Equivalência patrimonial (2.154) - - (1.503) - (651)

Resultado líquido do período 33.242 - - - - 33.242

Saldos em 30 de Junho de 2007 767.444 585.000 200.825 6.504 1.709 (26.594)

Aumento de capital 50.000 50.000 - - - -

Reservas de justo valor (9.682) - - - (9.682) -

Equivalência patrimonial (1.882) - - (998) - (884)

Resultado líquido do período 29.853 - - - - 29.853

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 835.733 635.000 200.825 5.506 (7.973) 2.375

Constituição de reservas

Reserva geral - - 12.950 - - (12.950)

Reserva especial - - 3.210 - - (3.210)

Aumento de capital (Nota 37) 25.000 25.000 - - - -

Distribuição de resultados (Nota 41) (25.757) (25.757)

Reservas de justo valor (Nota 39) (15.744) - - - (15.744) -

Equivalência patrimonial (7.551) (5.972) (1.579)

Resultado líquido do período 23.664 - - - - 23.664

Saldos em 30 de Junho de 2008 835.345 660.000 216.985 (466) (23.717) (17.457)

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras consolidadas intercalares

Caixa Económica Montepio Geral

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas Intercalares 30 de Junho de 2008

1 Políticas contabilísticas

1.1 Bases de apresentação

A Caixa Económica Montepio Geral (adiante designada por “CEMG”) é uma instituição de crédito, anexa ao Montepio Geral – Associação Mutualista, tendo sido constituída em 24 de Março de 1844. Está autorizada a operar no âmbito do disposto no Decreto-Lei n.º 298/92, de 31 de Dezembro, bem como do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio, que regulamenta a actividade das caixas económicas, estabelecendo algumas restrições à sua actividade. Porém, a CEMG pode realizar operações bancárias mesmo para além das enunciadas nos seus Estatutos, desde que genericamente autorizadas pelo Banco de Portugal, o que na prática se traduz na possibilidade de realizar a universalidade das operações bancárias.

No âmbito do disposto no Regulamento (CE) n.º 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho de 19 de Julho de 2002, na sua transposição para a legislação Portuguesa através do Decreto Lei n.º 35/2005, de 17 de Fevereiro e do Aviso n.º 1/2005 do Banco de Portugal, as demonstrações financeiras consolidadas da CEMG são preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (“IFRS”) conforme endossadas pela União Europeia (UE) a partir do exercício de 2005.

As IFRS incluem os standards emitidos pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) bem como as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) e pelos respectivos órgãos antecessores.

As demonstrações financeiras consolidadas da CEMG agora apresentadas reportam-se ao período de seis meses findos em 30 de Junho de 2008, e foram preparadas de acordo com as IFRS em vigor tal como adoptados na União Europeia e em vigor nessa data.

As demonstrações financeiras do período de seis meses findo em 30 de Junho de 2008 não incluem toda a informação a divulgar nas demonstrações financeiras anuais completas.

As demonstrações financeiras consolidadas estão expressas em milhares de euros, arredondadas ao milhar mais próximo. Estas foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico, com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos financeiros derivados, activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados, activos financeiros disponíveis para venda e activos e passivos cobertos, na sua componente que está a ser objecto de cobertura.

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A preparação das demonstrações financeiras intercalares de acordo com as IFRS requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Os resultados reais podem diferir das estimativas. As questões que requerem um maior índice de julgamento ou complexidade, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos, são apresentados na nota 1.22.

Estas demonstrações financeiras consolidadas foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração em 14 de Agosto de 2008.

1.2 Bases de consolidação

As demonstrações financeiras consolidadas agora apresentadas reflectem os activos, passivos e resultados da CEMG e das suas subsidiárias, e os resultados atribuíveis à CEMG referentes às participações financeiras em empresas associadas.

As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente por todas as empresas da CEMG, relativamente a todos os períodos cobertos por estas demonstrações financeiras consolidadas.

Participações financeiras em subsidiárias

As participações financeiras em empresas subsidiárias em que a CEMG exerce o controlo são consolidadas pelo método de consolidação integral desde a data em que a CEMG assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que esse controlo cessa. Presume-se a existência de controlo quando a CEMG detém mais de metade dos direitos de voto. Existe também controlo quando a CEMG detém o poder, directa ou indirectamente, de gerir a política financeira e operacional de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50%.

Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária atribuíveis aos interesses minoritários excedem o interesse minoritário no capital próprio dessa subsidiária, o excesso é atribuível à CEMG sendo os prejuízos registados em resultados na medida em que forem incorridos. Os lucros obtidos subsequentemente são reconhecidos como proveitos da CEMG até que as perdas atribuídas a interesses minoritários anteriormente absorvidas pela CEMG sejam recuperadas.

Investimentos financeiros em associadas

Os investimentos financeiros em empresas associadas são consolidadas pelo método de equivalência patrimonial, desde a data em que a CEMG adquire a influência significativa até ao momento em que a mesma termina. As empresas associadas são entidades nas quais a CEMG tem influência significativa mas não exerce controlo sobre a sua política financeira e operacional. Presume-se que a CEMG exerce influência significativa quando detém o poder de exercer mais de 20% dos direitos de voto da associada. Caso a CEMG detenha, directa ou indirectamente, menos de 20% dos direitos de voto presume-se que a CEMG não possui influência significativa, excepto quando essa influência pode ser claramente demonstrada.

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A existência de influência significativa por parte da CEMG é normalmente demonstrada por uma ou mais das seguintes formas:

- representação no Conselho de Administração ou órgão de direcção equivalente;

- participação em processos de definição de políticas, incluindo a participação em decisões sobre dividendos ou outras distribuições;

- transacções materiais entre a CEMG e a participada;

- intercâmbio de pessoal de gestão;

- fornecimento de informação técnica essencial.

As demonstrações financeiras consolidadas incluem a parte atribuível à CEMG do total das reservas e dos lucros e prejuízos reconhecidos da associada contabilizada de acordo com o método da equivalência patrimonial. Quando a parcela dos prejuízos atribuíveis excede o valor contabilístico da associada, o valor contabilístico deve ser reduzido a zero e o reconhecimento de perdas futuras é descontinuado excepto na parcela em que a CEMG incorra numa obrigação legal ou construtiva de assumir essas perdas em nome da associada.

Entidades de finalidade especial (“SPE’s”)

A CEMG consolida pelo método integral determinados SPE’s, quando a substância da relação com tais entidades indicia que a CEMG exerce controlo sobre as suas actividades, independentemente da percentagem que detém sobre os seus capitais próprios.

A avaliação da existência de controlo é efectuada com base nos critérios definidos pela SIC 12 - Consolidação de entidades de finalidade especial, analisados como segue:

- As actividades do SPE estão, em substância, a ser conduzidas a favor da CEMG, de acordo com as suas necessidades específicas de negócio, de forma a que a CEMG obtenha benefícios do funcionamento do SPE;

- A CEMG detém os poderes de tomada de decisão, conducente à obtenção da maioria dos benefícios das actividades do SPE;

- A CEMG tem direitos para obter a maioria dos benefícios do SPE estando consequentemente exposto aos riscos inerentes às actividades do SPE;

- A CEMG retém a maioria dos riscos residuais ou de propriedade relativos ao SPE ou aos seus activos, com vista à obtenção de benefícios da sua actividade.

Saldos e transacções eliminadas na consolidação

Os saldos e transacções entre empresas da CEMG, bem como alguns ganhos e perdas não realizados resultantes dessas transacções são anulados na preparação das demonstrações financeiras consolidadas, excepto nos casos em que as perdas não realizadas indiciam a existência de imparidade que deva ser reconhecida nas contas consolidadas.

Os ganhos não realizados resultantes de transacções com entidades associadas são eliminados na proporção da participação da CEMG nas mesmas. As perdas não realizadas são também eliminadas, mas apenas nas situações em que as mesmas não indiciem existência de imparidade.

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1.3 Transacções em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio em vigor na data da transacção. Os activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira são convertidos para euros à taxa de câmbio em vigor na data do balanço. As diferenças cambiais resultantes desta conversão são reconhecidas em resultados.

Os activos e passivos não monetários registados ao custo histórico, expressos em moeda estrangeira, são convertidos à taxa de câmbio à data da transacção. Activos e passivos não monetários expressos em moeda estrangeira registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio em vigor na data em que o justo valor foi determinado. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças relacionadas com acções classificadas como activos financeiros disponíveis para venda, as quais são registadas em reservas.

1.4 Instrumentos financeiros derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date), pelo seu justo valor. Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos financeiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período, excepto no que se refere aos derivados de cobertura. O reconhecimento das variações de justo valor dos derivados de cobertura depende da natureza do risco coberto e do modelo de cobertura utilizado.

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados correspondem ao seu valor de mercado, quando disponível, ou é determinado tendo por base técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fluxos de caixa (discounted cash flows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.

Contabilidade de cobertura

i) Critérios de classificação

Os instrumentos financeiros derivados utilizados para fins de cobertura, podem ser classificados contabilisticamente como de cobertura desde que cumpram, cumulativamente, com as seguintes condições:

- à data de início da transacção a relação de cobertura encontra-se identificada e formalmente documentada, incluindo a identificação do item coberto, do instrumento de cobertura e a avaliação da efectividade da cobertura;

- existe a expectativa de que a relação de cobertura seja altamente efectiva, à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

- a eficácia da cobertura possa ser mensurada com fiabilidade à data de início da transacção e ao longo da vida da operação;

- para operações de cobertura de fluxos de caixa os mesmos devem ser altamente prováveis de virem a ocorrer.

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ii) Cobertura de justo valor (fair value hedge)

Numa operação de cobertura de justo valor de um activo ou passivo (fair value hedge), o valor de balanço desse activo ou passivo, determinado com base na respectiva política contabilística, é ajustado de forma a reflectir a variação do seu justo valor atribuível ao risco coberto. As variações do justo valor dos derivados de cobertura são reconhecidas em resultados, conjuntamente com as variações de justo valor dos activos ou dos passivos cobertos atribuíveis ao risco coberto.

Se a cobertura deixar de cumprir com os critérios exigidos para a contabilidade de cobertura, o instrumento financeiro derivado é transferido para a carteira de negociação e a contabilidade de cobertura é descontinuada prospectivamente. Caso o activo ou passivo coberto corresponda a um instrumento de rendimento fixo, o ajustamento de revalorização é amortizado até à sua maturidade pelo método da taxa efectiva.

iii) Derivados embutidos

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados separadamente, quando as suas características económicas e os seus riscos não estão relacionados com o instrumento principal e o instrumento principal não está contabilizado ao seu justo valor através de resultados. Estes derivados embutidos são registados ao justo valor com as variações reconhecidas em resultados.

1.5 Crédito a clientes

A rubrica Crédito a clientes inclui os empréstimos originados pela CEMG, para os quais não existe uma intenção de venda no curto prazo, sendo o seu registo efectuado na data em que os fundos são disponibilizados aos clientes.

O desreconhecimento destes activos no balanço ocorre nas seguintes situações: (i) os direitos contratuais da CEMG expiram; ou (ii) a CEMG transferiu substancialmente todos os riscos e benefícios associados.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transacção e é subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas de imparidade.

Imparidade

A política da CEMG consiste na avaliação regular da existência de evidência objectiva de imparidade na sua carteira de crédito. As perdas por imparidade identificadas são registadas por contrapartida de resultados, sendo subsequentemente revertidas por resultados caso se verifique uma redução do montante da perda estimada, num período posterior.

Após o reconhecimento inicial, um crédito ou uma carteira de créditos sobre clientes, definida como um conjunto de créditos de características de risco semelhantes, poderá ser classificada como com imparidade quando existe evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos, e quando estes tenham impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do crédito ou carteira de créditos sobre clientes, e cuja mensuração possa ser estimada com razoabilidade.

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De acordo com a IAS 39 – Instrumentos financeiros: Reconhecimento e mensuração existem dois métodos para o cálculo das perdas por imparidade: (i) análise individual; e (ii) análise colectiva.

i) Análise individual

A avaliação da existência de perdas por imparidade em termos individuais é determinada através de uma análise da exposição de crédito caso a caso. Para cada crédito considerado individualmente significativo, a CEMG avalia, em cada data de balanço, a existência de evidência objectiva de imparidade. Na determinação das perdas por imparidade em termos individuais são considerados os seguintes factores:

- a exposição de cada cliente junto da CEMG e a existência de crédito vencido;

- a viabilidade económico-financeira do negócio do cliente e a sua capacidade de gerar meios suficientes para fazer face aos serviços da dívida no futuro;

- a existência, natureza e o valor estimado dos colaterais associados a cada crédito;

- a deterioração significativa no rating do cliente;

- o património do cliente em situações de liquidação ou falência;

- a existência de credores privilegiados;

- o montante e os prazos de recuperação estimados.

As perdas por imparidade são calculadas através da comparação do valor actual dos fluxos de caixa futuros esperados descontados à taxa efectiva original de cada contrato e o valor contabilístico de cada crédito, sendo as perdas registadas por contrapartida de resultados. O valor contabilístico dos créditos com imparidade é apresentado no balanço líquido das perdas de imparidade. Para os créditos com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de juro efectiva anual, aplicável no período em que foi determinada a imparidade.

O cálculo do valor actual dos fluxos de caixa futuros esperados de um crédito com garantias reais, corresponde aos fluxos de caixa que possam resultar da recuperação e venda do colateral, deduzido dos custos inerentes à sua recuperação e venda.

Os créditos em que não seja identificada uma evidência objectiva de imparidade, são agrupados em carteiras com características de risco de crédito semelhantes, as quais são avaliadas colectivamente.

ii) Análise colectiva

As perdas por imparidade baseadas na análise colectiva podem ser calculadas através de duas perspectivas:

- para grupos homogéneos de créditos não considerados individualmente significativos; ou

- em relação a perdas incorridas mas não identificadas (“IBNR”) em créditos sujeitos à análise individual de imparidade (ver parágrafo (i) anterior).

As perdas por imparidade em termos colectivos são determinadas considerando os seguintes aspectos:

- experiência histórica de perdas em carteiras de risco semelhante;

- conhecimento da envolvente económica e da sua influência sobre o nível das perdas históricas;

- período estimado entre a ocorrência da perda e a sua identificação.

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A metodologia e os pressupostos utilizados para estimar os fluxos de caixa futuros são revistos regularmente pela CEMG de forma a monitorizar as diferenças entre as estimativas de perdas e as perdas reais.

Os créditos analisados individualmente para os quais não foi identificada evidência objectiva de imparidade, são agrupados tendo por base características de risco semelhantes com o objectivo de determinar as perdas por imparidade em termos colectivos. Esta análise permite à CEMG o reconhecimento de perdas cuja identificação, em termos individuais só ocorrerá em períodos futuros.

A anulação contabilística de créditos é feita pela utilização de provisões por imparidade quando estas correspondem a 100% do valor dos créditos. As recuperações posteriores destes créditos são contabilizadas como proveitos no exercício em que ocorram.

1.6 Outros activos financeiros

i) Classificação

A CEMG classifica os seus outros activos financeiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Activos financeiros ao justo valor através de resultados

Esta categoria inclui: (i) os activos financeiros de negociação, que são aqueles adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no curto prazo, e (ii) os activos financeiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados.

A CEMG designa, no seu reconhecimento inicial, certos activos financeiros como ao justo valor através de resultados quando:

- tais activos financeiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no seu justo valor;

- são contratadas operações de derivados com o objectivo de efectuar a cobertura económica desses activos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos activos e dos derivados (accounting mismatch); ou

- tais activos financeiros contêm derivados embutidos.

Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades definidas, que a CEMG tem intenção e capacidade de deter até à maturidade e que não são designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como ao justo valor através de resultados ou como disponíveis para venda.

Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda são activos financeiros não derivados que: (i) a CEMG tem intenção de manter por tempo indeterminado, (ii) que são designados como disponíveis para venda no momento do seu reconhecimento inicial ou (iii) que não se enquadrem nas categorias acima referidas.

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ii) Reconhecimento inicial, mensuração e desreconhecimento

Aquisições e alienações de: (i) activos financeiros ao justo valor através dos resultados, (ii) investimentos detidos até à maturidade e (iii) activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos na data da negociação (trade date), ou seja, na data em que a CEMG se compromete a adquirir ou alienar o activo.

Os activos financeiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionado dos custos de transacção, excepto nos casos de activos financeiros ao justo valor através de resultados, caso em que estes custos de transacção são directamente reconhecidos em resultados.

Estes activos são desreconhecidos quando (i) expiram os direitos contratuais da CEMG ao recebimento dos seus fluxos de caixa, (ii) a CEMG tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou (iii) não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, a CEMG tenha transferido o controlo sobre os activos.

iii) Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os activos financeiros ao justo valor através resultados são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.

Os activos financeiros detidos para venda são igualmente registados ao justo valor sendo, no entanto, as respectivas variações reconhecidas em reservas, até que os investimentos sejam desreconhecidos ou seja identificada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes activos são reconhecidas também em reservas, no caso de acções, e em resultados, no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efectiva, e os dividendos são reconhecidos na demonstração dos resultados.

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva e são deduzidos de perdas de imparidade.

O justo valor dos activos financeiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência de cotação, a CEMG estima o justo valor utilizando (i) metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de fluxos de caixa descontados e modelos de avaliação de opções costumizados de modo a reflectir as particularidades e circunstâncias do instrumento, e (ii) pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado.

Os instrumentos financeiros para os quais não é possível mensurar com fiabilidade o justo valor são registados ao custo de aquisição.

iv) Transferências entre categorias

De acordo com as exigências da IAS 39 - Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, a CEMG não procede à transferência de instrumentos financeiros entre categorias, excepto nos raros casos permitidos no âmbito desta norma.

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v) Imparidade

A CEMG avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos financeiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.

Um activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, encontra-se em imparidade sempre que exista evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: (i) para os títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor significativo na sua cotação, e (ii) para títulos não cotados, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, ou grupo de activos financeiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fluxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do activo financeiro. Estes activos são apresentados no balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Quando existe evidência de imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda, a perda potencial acumulada em reservas, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activo anteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de resultados do exercício até à reposição do custo de aquisição, se o aumento for objectivamente relacionado com um evento ocorrido após o reconhecimento da perda de imparidade, excepto no que se refere a acções ou outros instrumentos de capital, caso em que a reversão da imparidade é reconhecida em reservas.

1.7 Activos cedidos com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra (repos) por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação, não são desreconhecidos do balanço. O correspondente passivo é contabilizado em valores a pagar a outras instituições financeiras ou a clientes, conforme apropriado. A diferença entre o valor de venda e o valor de recompra é tratada como juro e é diferida durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

1.8 Passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo financeiro, independentemente da sua forma legal.

Os passivos financeiros não derivados incluem recursos de instituições de crédito e de clientes, empréstimos, responsabilidades representadas por títulos e passivos subordinados.

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Estes passivos financeiros são registados (i) inicialmente pelo seu justo valor deduzido dos custos de transacção incorridos e (ii) subsequentemente ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva, com a excepção dos passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, os quais são registados ao justo valor.

A CEMG designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos financeiros como ao justo valor através de resultados quando:

- são contratadas operações de derivados com o objectivo de efectuar a cobertura económica desses passivos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos passivos e dos derivados (accounting mismatch); ou

- tais passivos financeiros contêm derivados embutidos.

O justo valor dos passivos cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, a CEMG estima o justo valor utilizado metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados em informação de mercado, incluindo o próprio risco da entidade emitente.

Caso a CEMG recompre dívida emitida, esta é anulada do balanço e a diferença entre o valor de balanço do passivo e o valor de compra é registado em resultados.

1.9 Compensação de instrumentos financeiros

Activos e passivos financeiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a possibilidade legal de compensar os montantes reconhecidos e exista a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente.

1.10 Aplicações por recuperação de crédito

As aplicações por recuperação de crédito incluem imóveis e títulos resultantes da resolução de contratos de crédito a clientes. Estes activos são registados na rubrica Outros activos, sendo a sua mensuração inicial efectuada pelo valor de recuperação de crédito.

O justo valor é baseado no valor de mercado, sendo este determinado com base no preço expectável de venda obtido através de avaliações regulares efectuadas pela CEMG.

A mensuração subsequente destes activos é efectuada ao menor entre o seu valor contabilístico e o correspondente justo valor actual, não sendo sujeitos a amortização. Caso existam perdas não realizadas, estas são registadas como perdas de imparidade por contrapartida de resultados do exercício.

1.11 Outros activos tangíveis

Os outros activos tangíveis da CEMG encontram-se valorizados ao custo, deduzido das respectivas amortizações acumuladas e perdas de imparidade. Na data da transição para as IFRS (1 de Janeiro de 2004), a CEMG elegeu considerar como custo o valor reavaliado dos outros activos tangíveis, conforme determinado de acordo com as anteriores políticas contabilísticas, o qual era equiparável numa perspectiva geral ao custo depreciado mensurado de acordo com as IFRS, ajustado por forma a reflectir as alterações no índice geral de preços. O custo inclui despesas que são directamente atribuíveis à aquisição dos bens.

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Os custos subsequentes com os outros activos tangíveis são reconhecidos apenas se for provável que deles possam resultar benefícios económicos futuros para a CEMG. Todas as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custo, de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

Os terrenos não são amortizados. As amortizações dos outros activos tangíveis são calculadas segundo o método das quotas constantes, às seguintes taxas de amortização que reflectem a vida útil esperada dos bens:

Número de anos

Imóveis de serviço próprio 50 Beneficiações em edifícios arrendados 10 Equipamento 4 a 10

Quando existe indicação de que um activo possa estar em imparidade, a IAS 36 - Imparidade dos activos exige que o seu valor recuperável seja estimado, devendo ser reconhecida uma perda por imparidade sempre que o valor líquido de um activo exceda o seu valor recuperável. As perdas por imparidade são reconhecidas na demonstração dos resultados.

O valor recuperável é determinado como o mais elevado entre o seu preço de venda líquido e o seu valor de uso, sendo este calculado com base no valor actual dos fluxos de caixa estimados futuros que se esperam vir a obter do uso continuado do activo e da sua alienação no fim da sua vida útil.

1.12 Activos intangíveis

Os custos incorridos com a aquisição, produção e desenvolvimento de software são capitalizados, assim como as despesas adicionais suportadas pela CEMG necessárias à sua implementação. Estes custos são amortizados de forma linear ao longo da vida útil esperada destes activos, a qual se situa normalmente nos 3 anos.

Os custos directamente relacionados com o desenvolvimento de aplicações informáticas pela CEMG, sobre os quais seja expectável que venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos e registados como activos intangíveis.

Todos os restantes encargos relacionados com a manutenção de programas informáticos são reconhecidos como custos quando incorridos.

1.13 Locações

A CEMG classifica as operações de locação como locações financeiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal cumprindo os critérios definidos na IAS 17 – Locações. São classificadas como locações financeiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidas para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classificadas como locações operacionais.

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Locação operacional

- Como locatário

Os pagamentos efectuados pela CEMG à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

- Como locador

Os activos detidos sob locação operacional são registados no balanço de acordo com a natureza do activo.

Os proveitos decorrentes das rendas facturadas aos clientes de locação operacional são reconhecidos na demonstração dos resultados numa base sistemática ao longo do período de duração do contrato.

Os custos, incluindo a depreciação, incorridos na obtenção do proveito de locação são reconhecidos numa base sistemática ao longo do período de duração do contrato na demonstração dos resultados. Os custos directos iniciais incorridos pelos locadores ao negociar e aceitar uma locação operacional devem ser adicionados à quantia escriturada do activo locado e reconhecidos como um gasto durante o prazo da locação na mesma base do proveito da locação.

A política de depreciação para activos locados depreciáveis é consistente com a política de depreciação normal do locador para activos semelhantes, conforme política contabilística 1.11.

A CEMG procede a testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados.

Locação financeira

- Como locatário

Os contratos de locação financeira são registados na data do seu início, no activo e no passivo, pelo justo valor da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas pelo encargo financeiro e pela amortização financeira do capital. Os encargos financeiros são imputados aos períodos durante o prazo da locação, a fim de produzir uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

- Como locador

Os activos detidos sob locação financeira são registados no balanço como capital em locação pelo valor equivalente ao investimento líquido de locação financeira.

As rendas são constituídas pelo proveito financeiro e pela amortização financeira do capital. O reconhecimento do resultado financeiro reflecte uma taxa de retorno periódica constante sobre o investimento líquido remanescente do locador.

1.14 Benefícios a empregados

Plano de benefícios definidos

A CEMG assumiu a responsabilidade de pagar aos seus colaboradores, pensões de reforma por velhice e pensões de reforma por invalidez nos termos do estabelecido no Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário (“ACT”).

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Os benefícios previstos nos planos de pensões são os abrangidos pelo “Plano ACT - Acordo Colectivo de Trabalho do Sector Bancário” e pelo “Plano ACTQ - Acordo Colectivo dos Quadros do Sector Bancário”.

A CEMG financia as suas responsabilidades através do fundo de pensões gerido pela Futuro – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões, S.A..

Os planos de pensões existentes na CEMG correspondem a planos de benefícios definidos, uma vez que definem os critérios de determinação do valor da pensão que um empregado receberá durante a reforma, usualmente dependente de um ou mais factores como sejam a idade, anos de serviço e retribuição.

Em 2005, no seguimento da autorização formal do Banco de Portugal, a CEMG aplicou retrospectivamente os Avisos n.º 4/2005 e n.º 12/2005 do Banco de Portugal, através do reconhecimento de todos os ganhos e perdas actuariais acumuladas registados no activo, de acordo com os anteriores princípios contabilísticos, por contrapartida de resultados transitados.

De acordo com o disposto no n.º 2 do Aviso n.º 4/2005 do Banco de Portugal, foi definido um período de diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição, com referência a 1 de Janeiro de 2005, para os critérios da IAS 19 – Benefícios dos empregados, analisado como segue:

Rubricas

Período de diferimento

Responsabilidades com benefícios de saúde 7 anos Abatimento de perdas actuariais diferidas,

corredor e decrementos de invalidez 5 anos

Aumento de responsabilidades 5 anos Adicionalmente, e de acordo com o Aviso n.º 12/2005, do Banco de Portugal, para efeitos de preparação das demonstrações financeiras de acordo com as IFRS, o acréscimo de responsabilidades resultantes das alterações dos pressupostos actuariais relativos à tábua de mortalidade efectuados posteriormente a 1 de Janeiro de 2005 é adicionado ao limite do corredor.

As responsabilidades da CEMG com pensões de reforma são calculadas anualmente, na data de fecho de contas, pela CEMG, com base no Método da Unidade de Crédito Projectada. A taxa de desconto utilizada neste calculo é determinada com base nas taxas de mercado associadas a obrigações de empresas de rating elevado, denominadas na moeda em que os benefícios serão pagos e com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano. A responsabilidade líquida é determinada após a dedução do justo valor dos activos do Fundo de Pensões.

Os ganhos e perdas actuariais determinados anualmente, resultantes (i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os valores efectivamente verificados e (ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo e o seu valor acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor.

Este método estabelece que os ganhos e perdas actuariais diferidos acumulados no início do ano que excedam 10% do maior de entre o total das responsabilidades e do valor do Fundo, também reportados ao início do ano, sejam imputados a resultados durante um período que não pode exceder a média da vida de serviço remanescente dos trabalhadores abrangidos pelo plano. A CEMG determinou que os desvios actuariais são amortizados por um período de 25 anos. Os ganhos e perdas actuariais acumulados que se situem dentro do referido limite, não são reconhecidos em resultados.

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Anualmente, a CEMG reconhece como um custo, na sua demonstração dos resultados um valor total líquido que inclui (i) o custo do serviço corrente, (ii) o custo dos juros, (iii) o rendimento esperado dos activos do fundo e (iv) uma porção dos ganhos e perdas actuariais determinada com base no referido método do corredor.

A CEMG efectua pagamentos ao fundo de forma a assegurar a solvência do mesmo, sendo os níveis mínimos fixados como segue: (i) financiamento integral no final de cada exercício das responsabilidades actuariais por pensões em pagamento e (ii) financiamento a um nível mínimo de 95% do valor actuarial das responsabilidades por serviços passados do pessoal no activo.

A cada data do balanço, a CEMG avalia, a recuperabilidade do eventual excesso do fundo em relação às responsabilidades com pensões de reforma, tendo por base a expectativa de redução em futuras contribuições necessárias.

Benefícios de saúde

Aos trabalhadores bancários é assegurada pela CEMG a assistência médica por um Serviço de Assistência Médico-Social. O Serviço de Assistência Médico-Social – SAMS – constitui uma entidade autónoma e é gerido pelo Sindicato respectivo.

O SAMS proporciona, aos seus beneficiários, serviços e/ou comparticipações em despesas no domínio de assistência médica, meios auxiliares de diagnóstico, medicamentos, internamentos hospitalares e intervenções cirúrgicas, de acordo com as suas disponibilidades financeiras e regulamentação interna.

Constituem contribuições obrigatórias para os SAMS, a cargo da CEMG, a verba correspondente a 6,50% do total das retribuições efectivas dos trabalhadores no activo, incluindo, entre outras, o subsídio de férias e o subsídio de Natal.

O cálculo e registo das obrigações da CEMG com benefícios de saúde atribuíveis aos trabalhadores na idade da reforma são efectuados de forma semelhante às responsabilidades com pensões.

Remunerações variáveis aos empregados e órgãos de administração (bónus)

De acordo com a IAS 19 – Benefícios dos empregados, as remunerações variáveis (bónus) atribuídas aos empregados e aos órgãos de administração são contabilizadas em resultados do exercício a que respeitam.

1.15 Fiscalidade

A CEMG encontra-se isenta de Imposto sobre o rendimento das Pessoas Colectivas (IRC), nos termos da alínea a) do número 1 do artigo 10º do Código do IRC, tendo tal isenção sido reconhecida por Despacho de 3 de Dezembro de 1993, do Secretário de Estado dos Assuntos Fiscais e confirmada pela Lei n.º 10-B/96, de 23 de Março, que aprovou o Orçamento do Estado para 1996.

1.16 Provisões

São reconhecidas provisões quando (i) a CEMG tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e (iii) quando possa ser feita uma estimativa fiável do valor dessa obrigação.

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1.17 Reconhecimento de juros

Os resultados referentes a juros de instrumentos financeiros mensurados ao custo amortizado e de activos financeiros disponíveis para venda são reconhecidos nas rubricas de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares, utilizando o método da taxa efectiva. Os juros dos activos e passivos financeiros ao justo valor através dos resultados são também incluídos na rubrica de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares, respectivamente.

A taxa de juro efectiva é a taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro ou, quando apropriado, um período mais curto, para o valor líquido actual de balanço do activo ou passivo financeiro. A taxa de juro efectiva é estabelecida no reconhecimento inicial dos activos e passivos financeiros e não é revista subsequentemente.

Para o cálculo da taxa de juro efectiva são estimados os fluxos de caixa futuros considerando todos os termos contratuais do instrumento financeiro (por exemplo opções de pagamento antecipado), não considerando, no entanto, eventuais perdas de crédito futuras. O cálculo inclui as comissões que sejam parte integrante da taxa de juro efectiva, custos de transacção e todos os prémios e descontos directamente relacionados com a transacção.

No caso de activos financeiros ou grupos de activos financeiros semelhantes, para os quais foram reconhecidas perdas por imparidade, os juros registados em juros e rendimentos similares, são determinados com base na taxa de juro utilizada na mensuração da perda por imparidade.

No que se refere aos instrumentos financeiros derivados, com excepção daqueles classificados como de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados, a componente de juro inerente à variação de justo valor não é separada e é classificada na rubrica de resultados de activos e passivos ao justo valor através de resultados. A componente de juro inerente à variação de justo valor dos instrumentos financeiros derivados de cobertura do risco de taxa de juro e dos derivados para gestão de certos activos e passivos financeiros designados ao justo valor através de resultados por forma a resolver um eventual mismatch contabilístico é reconhecida nas rubricas de juros e rendimentos similares ou juros e encargos similares.

1.18 Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões são reconhecidos da seguinte forma:

- os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um acto significativo, como por exemplo comissões na sindicação de empréstimos, são reconhecidos em resultados quando o acto significativo tiver sido concluído;

- os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no período a que se referem;

- os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efectiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efectiva.

1.19 Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido.

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1.20 Relato por segmentos

Um segmento de negócio é um conjunto de activos e operações que estão sujeitos a riscos e proveitos específicos diferentes de outros segmentos de negócio.

Um segmento geográfico é um conjunto de activos e operações localizados num ambiente económico específico que está sujeito a riscos e proveitos que são diferentes de outros segmentos que operam em outros ambientes económicos.

Dada a natureza da actividade e dos seus clientes, a maior parte da actividade da CEMG concentra-se num único segmento de negócio.

1.21 Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de balanço, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em outras instituições de crédito.

A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados junto de bancos centrais.

1.22 Principais estimativas e julgamentos utilizados na elaboração das demonstrações financeiras

As IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela CEMG são discutidas nesta nota com o objectivo de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados da CEMG e a sua divulgação. Uma descrição alargada das principais políticas contabilísticas utilizadas pela CEMG é apresentada nas notas 1.1 a 1.21 às demonstrações financeiras consolidadas.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela CEMG poderiam ser diferentes, caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que as escolhas efectuadas são apropriadas e que as demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma adequada a posição financeira da CEMG e o resultado das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Os resultados das alternativas analisadas de seguida são apresentados apenas para assistir o leitor no entendimento das demonstrações financeiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas são mais apropriadas.

Imparidade dos activos financeiros disponíveis para venda

A CEMG determina que existe imparidade nos seus activos financeiros disponíveis para venda quando existe uma desvalorização continuada ou de valor significativo no seu justo valor. A determinação de uma desvalorização continuada ou de valor significativo requer julgamento. No julgamento efectuado, a CEMG avalia entre outros factores, a volatilidade normal dos preços das acções.

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Adicionalmente, as avaliações são obtidas através de preços de mercado ou de modelos de avaliação os quais requerem a utilização de determinados pressupostos ou julgamento no estabelecimento de estimativas de justo valor.

A utilização de metodologias alternativas e de diferentes pressupostos e estimativas, poderá resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da CEMG.

Justo valor dos instrumentos financeiros derivados

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na ausência de cotação é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação, baseadas em técnicas de fluxos de caixa futuros descontados considerando as condições de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo, poderia originar resultados financeiros diferentes daqueles reportados.

Perdas por imparidade no crédito a clientes

A CEMG efectua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade, conforme referido na nota 1.5.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida, é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui factores como a frequência de incumprimento, notações de risco, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderiam resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados da CEMG.

Investimentos detidos até à maturidade

A CEMG classifica os seus activos financeiros não derivados com pagamentos fixos ou determináveis e maturidades definidas como investimentos detidos até à maturidade, de acordo com os requisitos da IAS 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimentos e Mensuração. Esta classificação requer um nível de julgamento significativo.

No julgamento efectuado, a CEMG avalia a sua intenção e capacidade de deter estes investimentos até à maturidade. Caso a CEMG não detenha estes investimentos até à maturidade, excepto em circunstâncias específicas – por exemplo, alienar uma parte não significativa perto da maturidade – é requerida a reclassificação de toda a carteira para activos financeiros disponíveis para venda, com a sua consequente mensuração ao justo valor e não ao custo amortizado.

A utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderá resultar na determinação de um justo valor diferente para esta carteira com o correspondente impacto na reserva de justo valor e nos capitais próprios da CEMG.

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Securitizações e Entidades de Finalidade Especial (SPE’s)

A CEMG utiliza Entidades de Finalidade Especial (SPE’s) com o objectivo principal de efectuar operações de securitização de activos e por motivos de liquidez.

A CEMG não consolida os SPE’s em que não detém o controlo. Uma vez que pode ser difícil determinar se é exercido o controlo sobre um SPE, é efectuado um julgamento para determinar se a CEMG está exposta aos riscos e benefícios inerentes às actividades do SPE e se tem os poderes de tomada de decisão nesse SPE (nota 1.2).

A decisão de que um SPE tem que ser consolidado pela CEMG requer a utilização de pressupostos e estimativas para apurar os ganhos e perdas residuais e determinar quem retém a maioria desses ganhos e perdas. Outros pressupostos e estimativas poderiam levar a que o perímetro de consolidação da CEMG fosse diferente, com impacto directo nos seus resultados.

Pensões e outros benefícios a empregados

A determinação das responsabilidades por pensões de reforma requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto significativo nos valores determinados.

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2 Margem financeira, resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda As IFRS em vigor exigem a divulgação desagregada da margem financeira, dos resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda, conforme apresentado nas notas 3, 6 e 7. Uma actividade de negócio específica pode gerar impactos quer na rubrica de resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e em activos financeiros disponíveis para venda, quer na rubrica de juros e rendimentos similares, pelo que o requisito de divulgação, tal como apresentado, não evidencia a contribuição das diferentes actividades de negócio para a margem financeira e para os resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda.

A análise conjunta destas rubricas é apresentada como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Margem financeira 170.265 163.651 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor

através de resultados e activos financeiros disponíveis para venda

(11.892)

(2.078)

158.373 161.573

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3 Margem financeira O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

De activos / passivos ao custo

amortizado e activos

disponíveis para venda

De activos / passivos ao justo valor através de

resultados Total

De activos / passivos ao custo

amortizado e activos

disponíveis para venda

De activos / passivos ao justo valor através de

resultados Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Juros e rendimentos similares:

Juros de crédito 420.814 - 420.814 349.393 - 349.393 Juros de outras aplicações 9.877 - 9.877 7.645 - 7.645 Juros de depósitos 3.157 - 3.157 2.744 - 2.744 Juros de activos financeiros

disponíveis para venda 33.123 - 33.123 18.871 - 18.871 Juros de investimentos

detidos até à maturidade 852 - 852 738 - 738 Juros de derivados de

cobertura 4.018 - 4.018 100 - 100 Juros de activos financeiros

detidos para negociação - 228 228 - 7.341 7.341 Outros juros e rendimentos

similares 4.028 - 4.028 13.043 - 13.043

475.869 228 476.097 392.534 7.341 399.875

Juros e encargos similares:

Juros de depósitos 138.787 - 138.787 102.645 - 102.645 Juros de títulos emitidos 126.553 - 126.553 98.271 - 98.271 Juros de empréstimos 7.569 - 7.569 10.702 - 10.702 Juros de outros recursos 10.879 - 10.879 6.211 - 6.211 Juros de derivados de

cobertura 4.596 - 4.596 8.077 - 8.077 Juros de passivos financeiros

detidos para negociação - 2 2 - 16 16 Outros juros e encargos

similares 17.446 - 17.446 10.302 - 10.302

305.830 2 305.832 236.208 16 236.224

Margem Financeira 170.039 226 170.265 156.326 7.325 163.651

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4 Rendimentos de instrumentos de capital Esta rubrica no montante de Euros 515.000 (30 de Junho de 2007: Euros 611.000) refere-se a

dividendos de participações financeiras.

5 Resultados de serviços e comissões O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Rendimentos de serviços e comissões:

Por serviços bancários prestados 28.274 24.201 Por garantias prestadas 2.769 2.672 Por operações realizadas por conta de terceiros 5.096 5.575 Outros proveitos de serviços e comissões 4.495 4.927

40.634 37.375

Encargos com serviços e comissões:

Por serviços bancários prestados por terceiros 5.539 4.749 Por operações realizadas com títulos 168 179 Outros custos com serviços e comissões 240 270

5.947 5.198

Resultados líquidos de serviços e comissões 34.687 32.177

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29

6 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados

O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Activos e passivos detidos para negociação

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 70 118 (48) - - - De outros emissores 14 133 (119) - - -

Acções 130 475 (345) 5 4 1

214 726 (512) 5 4 1

Instrumentos financeiros derivados

Contratos sobre taxas de câmbio 1.952 1.944 8 709 677 32

Contratos sobre taxas de juro 36.094 36.141 (47) 23.322 24.523 (1.201) Contratos sobre créditos

(CDS) 3.472 3.322 150 1.118 964 154 Outros 142.383 154.236 (11.853) 62.833 71.037 (8.204)

183.901 195.643 (11.742) 87.982 97.201 (9.219)

184.115 196.369 (12.254) 87.987 97.205 (9.218)

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados

Títulos Obrigações e outros títulos

de rendimento fixo

De outros emissores 221 335 (114) - 166 (166)

Derivados de cobertura

Passivos financeiros Recursos de instituições de

crédito 2.025 929 1.096 1.682 237 1.445 Recursos de clientes 1.261 836 425 988 409 579 Débitos representados por

títulos 477 2.760 (2.283) 1.637 927 710 Outros passivos 21.835 20.577 1.258 9.611 12.017 (2.406)

25.598 25.102 496 13.918 13.590 328

209.934 221.806 (11.872) 101.905 110.961 (9.056)

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30

7 Resultados de activos financeiros disponíveis para venda O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Obrigações e outros títulos de

rendimento fixo

De emissores públicos 173 12 161 8 3 5 De outros emissores 37 69 (32) 123 18 105

Acções - 48 (48) 6.634 - 6.634

Outros títulos de rendimento variável 91 192 (101) 234 - 234

301 321 (20) 6.999 21 6.978

8 Resultados de reavaliação cambial O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Proveitos

Euros '000

Custos

Euros '000

Total

Euros '000

Reavaliação cambial 37.970 37.252 718 3.812 3.175 637

Esta rubrica inclui os resultados decorrentes da reavaliação cambial de activos e passivos monetários expressos em moeda estrangeira de acordo com a política contabilística descrita na nota 1.3

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31

9 Outros resultados de exploração O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Outros proveitos de exploração:

Prestação de serviços 1.962 1.495 Reembolso de despesas 904 1.119 Proveitos na gestão de contas de depósitos à ordem 4.470 2.461 Outros 881 3.131

8.217 8.206

Outros custos de exploração:

Impostos 38 62 Donativos e quotizações 138 112 Contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos 943 801 Outros 2.152 3.245

3.271 4.220

Outros resultados líquidos de exploração 4.946 3.986

10 Custos com pessoal O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Remunerações 52.029 50.355 Encargos sociais obrigatórios 25.567 17.944 Outros custos 1.449 1.572

79.045 69.871

Conforme referido na nota 43, a rubrica Remunerações inclui em 30 de Junho de 2008 o montante de Euros 19.322.000 (30 de Junho de 2007: Euros 12.330.000) relativo ao custo com pensões de reforma do período. A referida rubrica inclui igualmente, em 30 de Junho de 2008, o montante de Euros 5.818.000 relativa às responsabilidades dos colaboradores reformados antecipadamente durante o período.

O valor total de remunerações atribuídas a todos os membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da CEMG, nos seis meses findos em 30 de Junho de 2008, registados na rubrica de Custos com o pessoal, foi de Euros 984.000 (30 de Junho de 2007: Euros 543.000).

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32

11 Gastos gerais administrativos O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Rendas e alugueres 11.825 11.735 Serviços especializados Informática 1.376 1.260 Trabalho independente 1.728 235 Outros serviços especializados 7.821 7.025 Publicidade e publicações 5.428 7.012 Comunicações e expedição 4.334 4.012 Água, energia e combustíveis 1.975 1.796 Conservação e reparação 1.401 1.442 Transportes 1.514 1.610 Seguros 1.278 916 Deslocações, estadias e despesas de representação 828 828 Material de consumo corrente 894 840 Formação 459 225 Outros gastos administrativos 1.155 1.128

42.016 40.064

12 Depreciações e amortizações O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Activos intangíveis:

Software 3.640 2.961

Outros activos tangíveis:

Imóveis 1.630 1.744 Equipamento:

Mobiliário e material 299 289 Máquinas e ferramentas 56 70 Equipamento informático 1.801 1.381 Instalações interiores 912 918 Equipamento de transporte 9 15 Equipamento de segurança 61 60 Locação operacional - Renting 82 -

4.850 4.477

8.490 7.438

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33

13 Imparidade do crédito O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito vencido concedido a clientes: Dotação do período 174.769 149.948 Reversão do período (130.621) (97.833)

Recuperações de crédito e juros (1.611) (547)

42.537 51.568

Aplicações em instituições de crédito: Dotação do período 107 87 Reversão do período (114) (629)

(7) (542)

42.530 51.026

14 Imparidade de outros activos O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para aplicações por recuperação de crédito:

Dotação do período 3.049 419 Reversão do período - (455)

3.049 (36)

Imparidade para títulos: Dotação do período 2.698 - Reversão do período - -

2.698 -

5.747 (36)

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34

15 Outras provisões O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para outros riscos e encargos: Dotação do período 174 182 Reversão do período (63) (148)

111 34

16 Resultados por equivalência patrimonial Os contributos na rubrica de rendimento de imobilizações financeiras pelo método de apropriação por

equivalência patrimonial são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 641 703 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 1.057 674 Norfin - Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 104 94 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. (135) (159)

1.667 1.312

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17 Caixa e disponibilidades em bancos centrais Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Caixa 67.314 86.799 Banco de Portugal 94.770 182.402

162.084 269.201

A rubrica Banco de Portugal inclui depósitos de carácter obrigatório, que têm como objectivo satisfazer os requisitos legais quanto à constituição de disponibilidades mínimas de caixa. De acordo com o Regulamento (CE) n.º 2818/98 do Banco Central Europeu, de 1 de Dezembro de 1998, as disponibilidades mínimas obrigatórias em depósitos à ordem no Banco de Portugal, são remuneradas e correspondem a 2% dos depósitos e títulos de divida com prazo inferior a 2 anos, excluindo destes os depósitos e os títulos de dívida de instituições sujeitas ao regime de reservas mínimas do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Em 30 de Junho de 2008 a taxa de remuneração média destes depósitos ascendia a 4,12% (31 de Dezembro de 2007: 4,19%).

18 Disponibilidades em outras instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Em instituições de crédito no país 46.770 28.176 Em instituições de crédito no estrangeiro 13.807 7.406 Valores a cobrar 99.614 55.248

160.191 90.830

A rubrica Valores a cobrar representa, essencialmente, cheques sacados por terceiros sobre outras

instituições de crédito e que se encontram em cobrança.

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19 Aplicações em instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Aplicações sobre instituições de crédito no país Depósitos 590 590 Aplicações de muito curto prazo 5.646 66.012 Outras aplicações 144.315 48.361

150.551 114.963

Aplicações sobre instituições de crédito no estrangeiro Depósitos 100 105 Aplicações de muito curto prazo 72.321 350.000 Outras aplicações 135.330 197.998

207.751 548.103

358.302 663.066

Imparidade para riscos de crédito sobre instituições de crédito (38) (45)

358.264 663.021

As principais aplicações em instituições de crédito no país, em 30 de Junho de 2008, vencem juros à taxa média anual de 4,8% (31 de Dezembro de 2007: 3,98%). Os depósitos em instituições de crédito no estrangeiro vencem juros às taxas dos mercados internacionais onde a CEMG opera.

Os movimentos da imparidade para aplicações em instituições de crédito são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para riscos de crédito sobre instituições de crédito

Saldo em 1 de Janeiro 45 576

Dotação do período 107 87 Reversão do período (114) (629)

Saldo em 30 de Junho 38 34

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37

20 Crédito a clientes Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 12.972.233 12.998.381 Crédito com outras garantias 818.613 765.716 Crédito sem garantias 729.632 656.226 Crédito ao sector público 57.505 58.163 Crédito em locação 127.903 98.468

14.705.886 14.576.954

Crédito e juros vencidos - menos de 90 dias 66.798 42.711 Crédito e juros vencidos - mais de 90 dias 343.968 283.829

410.766 326.540

15.116.652 14.903.494

Imparidade para riscos de crédito (318.687) (298.047)

14.797.965 14.605.447

Em 30 de Junho de 2008, a rubrica Crédito com outras garantias inclui o montante de Euros 580.907 (31 de Dezembro de 2007: 670.633.000) aproximadamente, relativo a créditos que foram objecto de securitização durante 2007 e no primeiro semestre de 2008, e que de acordo com a política contabilística 1.5 não foram objecto de desreconhecimento. Este montante encontrava-se igualmente registado nas contas de passivo, na rubrica Passivos financeiros associados a activos transferidos, conforme referido na nota 36.

O justo valor da carteira de crédito a clientes encontra-se apresentado na nota 42.

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38

A análise da rubrica Crédito a clientes, por tipo de operação, é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito interno:

Crédito a curto prazo

Crédito descontado titulado por efeito 184.731 174.822 Crédito em conta corrente 833.280 785.408 Descobertos em depósitos à ordem 20.756 20.914 Empréstimos 206.944 197.350

1.245.711 1.178.494

Crédito a médio e longo prazo

Empréstimos hipotecários Financiamento à habitação 9.437.917 9.480.318 Fomento à construção 2.185.477 2.213.857

Crédito em locação 127.903 98.468 Outros créditos 1.708.783 1.605.817

13.460.080 13.398.460

Crédito ao exterior:

Crédito a curto prazo 95 -

14.705.886 14.576.954

Crédito e juros vencidos:

Menos de 90 dias 66.798 42.711 Mais de 90 dias 343.968 283.829

410.766 326.540

15.116.652 14.903.494

Imparidade para riscos de crédito (318.687) (298.047)

14.797.965 14.605.447

A rubrica Crédito e juros vencidos há mais de 90 dias, inclui os designados “créditos arrematados” no montante de Euros 6.350.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 6.375.000). Os “créditos arrematados” correspondem a dívidas vencidas há mais de três anos em que se extinguiu o vínculo contratual com o anterior mutuário em virtude de arrematação ou adjudicação da caução, declaração de falência ou dação, mas que ainda se encontram pendentes de diligências judiciais.

A rubrica Crédito a clientes corresponde na sua totalidade a contratos de crédito a taxa variável.

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39

A análise da rubrica Crédito a clientes, por prazos de maturidade e por tipo de cliente, para o período findo em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Crédito a clientes

Até 1 De 1 a À mais de Ano 5 anos 5 anos Indeterminado Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 510.537 2.470.842 10.173.562 342.752 13.497.693

Crédito com outras garantias 531.544 150.586 117.610 26.044 825.784

Crédito sem garantias 254.607 115.605 195.489 40.972 606.673

Crédito ao sector público 223 567 56.716 276 57.782

Crédito sobre o estrangeiro 95 - - - 95

Crédito em locação 75 48.359 79.469 722 128.625

1.297.081 2.785.959 10.622.846 410.766 15.116.652 2,

A análise da rubrica Crédito a clientes, por prazos de maturidade e por tipo de crédito, para o exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Crédito a clientes

Até 1 De 1 a À mais de Ano 5 anos 5 anos Indeterminado Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 481.204 2.388.936 10.128.241 276.082 13.274.463

Crédito com outras garantias 455.981 178.223 131.512 21.366 787.082

Crédito sem garantias 249.287 197.141 209.798 28.306 684.532

Crédito ao sector público 24 684 57.455 318 58.481

Crédito em locação 9 37.994 60.465 468 98.936

1.186.505 2.802.978 10.587.471 326.540 14.903.494

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40

O crédito em locação, em 30 de Junho de 2008, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até 1 De 1 a A mais de ano 5 anos 5 anos Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Rendas vincendas 25.727 65.548 75.990 167.265 Juros vincendos (811) (21.068) (27.713) (49.592) Valores residuais 196 3.728 6.306 10.230

25.112 48.208 54.583 127.903

O crédito em locação, em 31 de Dezembro de 2007, em termos de prazos residuais é apresentado como segue:

Crédito em locação

Até 1 De 1 a A mais de ano 5 anos 5 anos Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Rendas vincendas 19.945 49.841 57.733 127.519 Juros vincendos (5.655) (14.598) (17.279) (37.532) Valores residuais 188 2.893 5.400 8.481

14.478 38.136 45.854 98.468

A análise da rubrica Crédito e juros vencidos por tipo de crédito, é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 342.752 276.082 Crédito com outras garantias 26.044 21.366 Crédito sem garantias 40.972 28.306 Crédito ao sector público 276 318 Crédito em locação 722 468

410.766 326.540

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41

A análise da rubrica Crédito e juros vencidos, de acordo com o tipo de cliente, é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Empresas: Construção/Produção 84.858 70.341 Investimento 35.876 33.669 Tesouraria 27.731 21.334 Outras finalidades 521 254

Particulares: Habitação 202.867 169.345 Crédito ao consumo 4.713 3.668 Outras finalidades 53.924 27.611

Sector Público Administrativo 276 318

410.766 326.540

Os movimentos por imparidade para riscos de crédito são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para riscos de crédito:

Saldo em 1 de Janeiro 298.047 297.001

Dotação do período 174.769 149.948 Reversão do período (130.621) (97.833) Utilização de imparidade (23.508) (63.494)

Saldo em 30 de Junho 318.687 285.622

Em conformidade com a política da CEMG, os juros sobre crédito vencido há mais de 30 dias, que não estejam cobertos por garantias reais, são reconhecidos como proveitos apenas quando recebidos.

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42

O quadro seguinte apresenta por classes de incumprimento, a desagregação da análise de crédito e juros vencidos e a imparidade para riscos de crédito existente em 30 de Junho de 2008:

Classes de incumprimento

Até 3 meses 3-6 meses 6-12 meses 1-3 anos Mais 3 anos Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Crédito vencido com

garantia 55.327 19.817 28.321 168.942 97.387 369.794

Imparidade existente 414 1.998 6.901 94.739 50.674 154.726

Crédito vencido sem garantia 7.258 3.556 6.777 15.492 7.889 40.972

Imparidade existente 81 889 3.912 15.492 7.889 28.263

Total de crédito vencido 62.585 23.373 35.098 184.434 105.276 410.766

Total da imparidade

para crédito vencido 495 2.887 10.813 108.854 55.808 178.857

Total da imparidade para crédito vincendo associado ao vencido e outros 99.511 771 3.637 29.295 6.616 139.830

Total da imparidade para riscos de crédito 100.006 3.658 14.450 138.149 62.424 318.687

A imparidade para riscos de crédito, por tipo de crédito, é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 268.226 267.311 Crédito com outras garantias 22.198 11.167 Crédito sem garantias 28.263 19.569

318.687 298.047

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43

A anulação de crédito por utilização da respectiva imparidade, analisada por tipo de crédito, é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Crédito com garantias reais 14.602 77.198 Crédito com outras garantias 5.012 4.790 Crédito sem garantias 3.894 3.819

23.508 85.807

As utilizações da imparidade para riscos de crédito correspondem a write-offs efectuados durante o primeiro semestre de 2008.

A análise da recuperação de crédito e de juros, efectuada no decorrer do período entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2008 e durante o exercício de 2007, ascendeu ao montante de Euros 1.611.000 e Euros 1.512.000, respectivamente, relacionada com a recuperação de crédito com garantias reais, conforme mencionado na nota 13.

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44

21 Activos e passivos financeiros detidos para negociação A rubrica Activos e passivos financeiros detidos para negociação é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Activos financeiros detidos para negociação:

Títulos Acções 2.669 - Obrigações 5.862 -

8.531 -

Derivados

Instrumentos financeiros derivados com justo valor positivo 41.458 43.248

49.989 43.248

Passivos financeiros detidos para negociação:

Derivados Instrumentos financeiros derivados com

justo valor negativo 72.613 59.457

(22.624) (16.209)

A carteira de negociação é valorizada ao justo valor de acordo com a política contabilística 1.6. Conforme a referida política contabilística, os títulos detidos para negociação são aqueles adquiridos com o objectivo de serem transaccionados no curto prazo independentemente da sua maturidade.

A 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Activos financeiros detidos para negociação, no que se refere a títulos cotados e não cotados, é repartida da seguinte forma:

Jun 2008 Dez 2007

Cotados Euros '000

Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Cotados

Euros '000 Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais 2.383 - 2.383 - - -

Estrangeiros 286 - 286 - - -

2.669 - 2.669 - - - Títulos de rendimento fixo:

Obrigações

De emissores públicos 2.981 - 2.981 - - -

De outros emissores 2.881 - 2.881 - - -

5.862 - 5.862 - - -

8.531 - 8.531 - - -

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45

A análise da carteira de títulos detidos para negociação por maturidades em 30 de Junho de 2008 é como segue:

Jun 2008 Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Indeterminado

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento

variável: Acções de empresas

Nacionais - - - 2.383 2.383 Estrangeiros - - - 286 286

- - - 2.669 2.669

Títulos de rendimento fixo: Obrigações

De emissores públicos - - 2.981 - 2.981 De outros emissores - - 2.881 - 2.881

- - 5.862 - 5.862

- - 5.862 2.669 8.531

O valor de balanço dos activos e passivos ao justo valor através de resultados em 30 de Junho de 2008, pode ser analisado como segue:

Jun 2008

Derivado Activo / Passivo associado

Produto derivado Activo / Passivo financeiro associado

Nocional Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor no

ano Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor

no ano Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Valor de reembolso

na maturidadeEuros '000

Interest rate swap Emissão de obrigações 460.000 11.608 11.396 (12.871) (8.554) 320.000 320.000

Interest rate swap Depósitos 347.329 (393) (2.416) (1.830) (382) 210.669 210.669

Interest rate swap Recursos 1.880.269 21.046 6.376 (16.235) (1.583) 954.401 954.401

Interest rate swap Titularização 4.145.508 1.669 919 - - - -

Currency interest rate swap

Emissão de dívida 63.657 (2.848) (1.387) 2.910 1.374 26.000 26.000

Futuros - 3.831 2 - - - - -

Opções Depósitos a prazo e recursos 130.654 30 71

-

- - -

Credit Default Swaps

- 107.515 41 (13) - - - -

7.138.763 31.155 14.946 (28.026) (9.145) 1.511.070 1.511.070

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46

O valor de balanço dos activos e passivos ao justo valor através de resultados em 31 de Dezembro de 2007, pode ser analisado como segue:

Dez 2007

Derivado Activo / Passivo associado

Produto derivado Activo / Passivo financeiro associado

Nocional Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor no

ano Euros '000

Justo valorEuros '000

Variação de justo valor

no ano Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Valor de reembolso

na maturidadeEuros '000

Interest rate swap Emissão de obrigações 460.000 212 12.811 (4.317) 1.478 230.000 230.000

Interest rate swap Depósitos 653.659 2.022 2.385 (1.448) (471) 367.647 367.647

Interest rate swap Recursos 1.683.876 14.671 2.241 (14.652) (2.695) 1.041.578 1.041.578

Interest rate swap Titularização 2.549.538 750 (2.815) - - - -

Currency interest rate swap

Emissão de dívida 64.277 (1.460) (16.616) 1.536 (471) 26.000 26.000

Futuros - 164 2 2 - - - -

Opções Depósitos a

prazo e recursos 119.994 (41) (42)

-

- - -

Credit Default Swaps - 88.500 53 103 - - - -

5.620.008 16.209 (1.931) (18.881) (2.159) 1.665.225 1.665.225

A análise dos instrumentos financeiros derivados de negociação por maturidade em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Jun 2008

Nocionais com prazo remanescente Justo valor

Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Total

Activo

Passivo Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Contratos sobre taxas de juro: Interest rate swaps 6.088.376 719.971 24.759 6.833.106 33.615 67.546

Opções 2.850 43.198 84.606 130.654 1.707 1.737

Contratos sobre taxas de câmbio:

Interest rate swaps 8.026 55.631 - 63.657 5.485 2.637

Contratos sobre índices: Futuros de índices 1.463 2.368 - 3.831 - 2

Contratos sobre crédito: Credit default swaps 6.500 25.500 75.515 107.515 651 691

6.107.215 846.668 184.880 7.138.763 41.458 72.613

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47

A análise dos instrumentos financeiros derivados de negociação por maturidade em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Dez 2007

Nocionais com prazo remanescente Justo valor

Inferior a três meses

Entre três meses e um ano

Superior a um ano

Total Activo

Passivo

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Contratos sobre taxas de juro: Interest rate swaps 143.742 389.790 4.811.414 5.344.946 36.412 54.068

Opções 468 65.650 53.876 119.994 3.289 3.248

Contratos sobre taxas de câmbio:

Interest rate swaps 9.780 35.426 19.071 64.277 3.261 1.800

Contratos sobre índices:

Futuros de índices 164 - - 164 - 2

Contratos sobre crédito:

Credit default swaps 24.500 15.000 49.000 88.500 286 339

178.654 505.866 4.933.361 5.617.881 43.248 59.457

O justo valor dos instrumentos financeiros derivados incluem a valorização dos derivados embutidos destacados de acordo com a política contabilística 1.4 no montante de Euros 3.103.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 5.333.000).

22 Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados O valor desta rubrica é composto por:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Outros activos financeiros ao justo valor

através de resultados:

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo De outros emissores 3.690 3.897

A opção da CEMG em designar estes activos ao justo valor através de resultados, à luz da IAS 39, está de acordo com a estratégia documentada de gestão de risco da CEMG, considerando que (i) estes activos financeiros são geridos e o seu desempenho é avaliado numa base de justo valor e/ou (ii) que estes activos contêm instrumentos derivados embutidos.

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48

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros ao justo valor através de resultados, no que se refere a títulos cotados e não cotados, é apresentada como segue:

Jun 2008 Dez 2007

Cotados

Euros '000 Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Cotados

Euros '000 Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Títulos de rendimento

fixo:

Obrigações de outros emissores

Estrangeiros 3.690 - 3.690 3.897 - 3.897

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros ao justo valor através de resultados por maturidade em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Jun 2008 Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Indeterminado

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

. Títulos de rendimento

fixo: Obrigações de outros

emissores Estrangeiros - - 3.690 - 3.690

A análise da carteira de títulos incluídos nos activos financeiros ao justo valor através de resultados por maturidade em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Dez 2007 Inferior a três

meses Entre três

meses e um ano Superior a

um ano

Indeterminado

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento

fixo: Obrigações de outros

emissores Estrangeiros - - 3.897 - 3.897

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49

23 Activos financeiros disponíveis para venda Esta rubrica é analisada como segue:

(1) Custo de aquisição no que se refere a acções e custo amortizado para títulos de dívida.

(1) Custo de aquisição no que se refere a acções e custo amortizado para títulos de dívida.

Jun 2008

Reserva de justo valor

Custo (1)

Euros '000 Positiva

Euros '000 Negativa

Euros '000

Perdas por imparidade Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos: Nacionais 4 - - - 4 Estrangeiros 1.143 - (52) - 1.091

Obrigações de outros emissores: Nacionais 69.200 - (711) - 68.489 Estrangeiros 772.724 22 (23.276) (5.816) 743.654

Papel comercial 82.013 - - (998) 81.015

Títulos de rendimento variável: Acções de empresas

Nacionais 8.292 1 (176) (54) 8.063 Estrangeiros 1.650 - - (48) 1.602

Unidades de participação 40.589 1.413 (938) (595) 40.469

975.615 1.436 (25.153) (7.511) 944.387

Dez 2007

Reserva de justo valor

Custo (1)

Euros '000 Positiva

Euros '000 Negativa

Euros '000

Perdas por imparidade Euros '000

Valor de balanço

Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos: Nacionais 65 - - (1) 64 Estrangeiros 6.125 - (64) - 6.061

Obrigações de outros emissores: Nacionais 37.723 1 (174) - 37.550 Estrangeiros 804.139 96 (8.620) (3.712) 791.903

Papel comercial 17.355 - - (998) 16.357

Títulos de rendimento variável: Acções de empresas

Nacionais 6.176 - - (54) 6.122 Estrangeiros 2.173 - (30) (48) 2.095

Unidades de participação 41.964 1.218 (400) - 42.782

915.720 1.315 (9.288) (4.813) 902.934

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50

Conforme descrito na política contabilística apresentada na nota 1.6 a carteira de activos disponíveis para venda é apresentada ao seu valor de mercado sendo as variações de justo valor registadas por contrapartida de capitais próprios, conforme nota 39.

Os movimentos por imparidade nos activos financeiros disponíveis para venda são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para títulos:

Saldo em 1 de Janeiro 4.813 1.249

Dotação do período 2.698 - Reversão do período - -

Saldo em 30 de Junho 7.511 1.249

Durante o primeiro semestre de 2008, e conforme referido na nota 1.6 foram reconhecidas perdas por imparidade, no montante de Euros 2.698.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 3.714.000), associadas a títulos de rendimento fixo em resultado da queda prolongada do valor da sua cotação.

Conforme descrito na política contabilística apresentada na nota 1.6 a carteira de activos financeiros disponíveis para venda é apresentada líquida da reserva de justo valor e de imparidade nos montantes de Euros 23.717.000 e de Euros 7.511.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 7.973.000 e de Euros 4.813.000), respectivamente.

Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, é desagregada da seguinte forma:

Jun 2008 Dez 2007

Cotados Euros '000

Não cotados Euros '000

Total Euros '000

Cotados

Euros '000 Não cotados Euros '000 Total

Euros '000

Títulos de rendimento fixo: Obrigações de emissores

públicos:

Nacionais 4 - 4 64 - 64 Estrangeiros 1.091 - 1.091 6.061 - 6.061

Obrigações de outros emissores:

Nacionais 20.647 47.842 68.489 17.826 19.724 37.550 Estrangeiros 679.520 64.134 743.654 781.413 10.490 791.903

Papel comercial - 81.015 81.015 - 16.357 16.357

Títulos de rendimento variável:

Acções de empresas

Nacionais 1.940 6.123 8.063 - 6.122 6.122 Estrangeiros - 1.602 1.602 182 1.913 2.095

Unidades de participação 40.469 - 40.469 42.782 - 42.782

743.671 200.716 944.387 848.328 54.606 902.934

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51

24 Derivados de cobertura Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Activo:

Interest rate swap 2.269 6.326 Currency interest rate swap 5.841 3.210

8.110 9.536

Passivo:

Interest rate swap 3.521 3.612 Currency interest rate swap 205 208

3.726 3.820

A CEMG contrata instrumentos financeiros derivados para cobrir a sua exposição ao risco de taxa de juro. O tratamento contabilístico depende da natureza do risco coberto, nomeadamente se a CEMG está exposta às variações de justo valor, ou a variações de cash-flows ou se encontra perante coberturas de transacções futuras.

A CEMG registou em resultados do exercício as variações de justo valor de risco de taxa de juro associado aos activos e passivos anteriormente referidos.

A CEMG realiza periodicamente testes de efectividade das relações de cobertura existentes.

O ajustamento efectuado às rubricas do activo e do passivo que incluem itens cobertos é analisado como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Recursos de outras instituições de crédito 731 1.237 Responsabilidades representadas por títulos (2.283) (1.556) Recursos de clientes (422) 180

(1.974) (139)

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52

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 30 de Junho de 2008, é a seguinte:

Jun 2008

Nocionais por prazo remanescente Justo valor

Inferior a três

meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total

Inferior a três

meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Derivados de

cobertura de justo valor com risco de taxa de juro:

Interest rate swap

- 30.000 204.000 234.000 (4) 1 (1.248) (1.251)

Currency interest rate swap

- - 36.727 36.727 5.635 - - 5.635

- 30.000 240.727 270.727 5.631 1 (1.248) 4.384

A análise da carteira de derivados de cobertura por maturidades em 31 de Dezembro de 2007, é a seguinte:

Dez 2007

Nocionais por prazo remanescente Justo valor

Inferior a três

meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total

Inferior a três

Meses

Entre três

meses e um ano

Superior a um ano

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Derivados de

cobertura de justo valor com risco de taxa de juro:

Interest rate swap

- 230.000 204.000 434.000 - 2.368 346 2.714

Currency interest rate swap

- - 34.577 34.577 - - 3.002 3.002

- 230.000 238.577 468.577 - 2.368 3.348 5.716

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53

As operações de cobertura de justo valor em 30 de Junho de 2008, podem ser analisadas como segue:

Jun 2008

Produto derivado

Produto coberto Risco cobertoNocional

Euros '000

Justo valor do derivado (2) Euros '000

Var. justo valor do

derivado no ano

Euros '000

Justo valor do

elemento coberto (1)

Euros '000

Variação do justo valor

do elemento coberto no

ano (1) Euros '000

Interest rate swaps

Depósitos de clientes Taxa de juro 114.000 (989) (3.441) (1.643) (423)

Interest rate swaps

Recursos Taxa de juro 120.000 (258) 1.082 (607) (1.213)

Interest rate swaps

EMTN Taxa de juro - (4) (1.606) - 380

Currency interest rate swap

Emissão de dívida Taxa de juro 36.727 5.635 2.633 5.095 2.021

270.727 4.384 (1.332) 2.845 765

(1) Atribuível ao risco coberto. (2) Inclui o juro corrido.

As operações de cobertura de justo valor em 31 de Dezembro de 2007, podem ser analisadas como segue:

Dez 2007

Produto derivado Produto coberto Risco cobertoNocional

Euros '000

Justo valor do derivado (2) Euros '000

Var. justo valor do

derivado no ano

Euros '000

Justo valor do

elemento coberto (1)

Euros '000

Variação do justo valor

do elemento coberto no

ano (1) Euros '000

Interest rate swaps Depósitos de clientes Taxa de juro 114.000 (1.340) (5.458) (1.221) 181

Interest rate swaps Recursos Taxa de juro 120.000 1.602 (1.537) 607 (1.049)

Interest rate swaps EMTN Taxa de juro 200.000 2.452 1.509 (380) 1.253

Currency interest rate swaps Emissão de dívida Taxa de juro 34.577 3.002 4.181 3.074 114

468.577 5.716 (1.305) 2.080 499

(1) Atribuível ao risco coberto. (2) Inclui o juro corrido.

As variações de justo valor associadas aos activos e passivos acima descritos e aos respectivos derivados de cobertura encontram-se registadas em resultados de exercício na rubrica Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados.

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54

25 Investimentos detidos até à maturidade Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais 38.568 36.424 Obrigações de emissores públicos estrangeiros 15.034 2.947

53.602 39.371

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados de acordo com o descrito na política contabilística apresentada na nota 1.6.

Os títulos detidos até à maturidade podem ser analisados, à data de 30 de Junho de 2008, como segue:

Denominação Data de emissão

Data de reembolso Taxa de juro Euros '000

OT - Setembro 98/2013 Maio, 1998 Setembro, 2013 Taxa fixa de 5,450% 99OT - Julho 99/2009 Janeiro, 1999 Julho, 2009 Taxa fixa de 3,950% 6.424OT - Junho 02/2012 Fevereiro, 2002 Junho, 2012 Taxa fixa de 5,000% 103OT - Maio 00/2010 Janeiro, 2000 Maio, 2010 Taxa fixa de 5,850% 6.426OT - Julho 04/2008 Julho, 2004 Julho, 2008 Taxa fixa de 3,250% 13.715OT - Junho 01/2011 Março, 2001 Junho, 2011 Taxa fixa de 5,150% 1.052OT - Outubro 05/2015 Julho, 2005 Outubro, 2015 Taxa fixa de 3,350% 6.010OT - Abril 05/2011 Novembro, 2005 Abril, 2011 Taxa fixa de 3,200% 4.739Buoni Poliennali Del Tes.06/2011 Março, 2006 Março, 2011 Taxa fixa de 3,500% 2.957Netherlands Government 05/15 Junho, 2005 Julho, 2015 Taxa fixa de 3,250% 4.991Republic of Austria 04/15 Julho, 2004 Julho, 2015 Taxa fixa de 3,500% 2.032Belgium Kingdom 05/15 Março, 2005 Setembro, 2015 Taxa fixa de 3,750% 2.044Buoni Poliennali Del Tes.05/2015 Maio, 2005 Agosto, 2015 Taxa fixa de 3,750% 2.005Buoni Poliennali Del Tes.05/2010 Janeiro, 2005 Janeiro, 2010 Taxa fixa de 3,000% 1.005

53.602

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26 Investimentos em associadas e outras Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Participações financeiras em associadas e outras:

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 6.555 7.947 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 3.905 9.168 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 2.539 2.675 Norfin - Soc. Gestora de Fundos Invest. Imob., S.A. 367 398

13.366 20.188

Não cotados 13.366 20.188 Equivalência patrimonial 13.366 20.188

Os dados financeiros relativos às empresas associadas são apresentados no quadro seguinte:

Activo Passivo

Capital Próprio

Proveitos Resultado

líquido

Custo da

Participação Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

30 de Junho de 2008

Lusitania -

Companhia de Seguros, S.A. 286.285 261.310 24.975 84.095 2.442 10.816

Lusitania Vida - Companhia de

Seguros, S.A. 422.140 412.215 9.925 21.768 2.686 9.530 HTA - Hotéis,

Turismo e Animação dos

Açores, S.A. 56.149 43.454 12.695 3.979 (676) 3.200 Norfin - Soc.

Gestora de Fundos Invest. Imob.,

S.A. 4.281 578 3.703 2.518 1.053 50 31 de Dezembro de 2007

Lusitania -

Companhia de Seguros, S.A. 290.448 259.785

30.663 133.160 2.049 10.816 Lusitania Vida -

Companhia de Seguros, S.A. 436.987 413.684

23.303 140.189 4.095 9.530 HTA - Hotéis,

Turismo e Animação dos

Açores, S.A. 57.950 44.578

13.372 9.418 (50) 3.200 Norfin - Soc.

Gestora de Fundos Invest. Imob.,

S.A. 5.071 1.051

4.020 4.794 1.769 50

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Percentagem detida Valor de balanço Resultados de associadas

atribuível à CEMG Jun 2008 Dez 2007 Jun 2008 Dez 2007 Jun 2008 Dez 2007

Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) 100% 100%

7.001

7.001 244

244 Lusitania - Companhia

de Seguros, S.A. 26,25% 26,25%

7.947

7.947 531

531 Lusitania Vida -

Companhia de Seguros, S.A. 39,34% 39,34%

9.168

9.168 1.611

1.611 HTA - Hotéis, Turismo

e Animação dos Açores, S.A. 20% 20%

2.675

2.675 (10)

(10) Norfin - Soc. Gestora de

Fundos Invest. Imob., S.A. 9,9% 9,9%

398

398 175

175

O Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) foi constituído em Agosto de 2005 e tem como objectivo a internacionalização da CEMG, permitindo a captação e respectiva domiciliação de fundos, assim como proporcionar aos clientes alternativas de aplicações fora do contexto doméstico. Tem um capital social de Escudos de Cabo Verde 772.000.000, integralmente subscrito e realizado pela CEMG.

Durante o exercício de 2005, a CEMG subscreveu integralmente o capital do Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI) no montante de Euros 7.001.000.

A Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. foi fundada em 6 de Junho de 1986 e tem como objecto social o exercício da actividade de seguros e resseguros para todos os ramos técnicos, com excepção do ramo vida, e tem um capital social de Euros 19.250.000. Para além da CEMG, são igualmente accionistas da Lusitania, o Montepio Geral – Associação Mutualista (65,71%) e a Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A. (3,32%). A Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. foi fundada em 15 de Maio de 1987 e tem como objecto social o exercício da actividade de seguros e resseguros para as diversas modalidades do ramo vida e um capital social de Euros 14.000.000. Para além da CEMG, são igualmente accionistas da Lusitania Vida, S.A., o Montepio Geral – Associação Mutualista (39,22%) e a Lusitania, Companhia de Seguros, S.A. (11,17%). Durante o segundo semestre de 2007, na sequência do aumento de capital da Lusitania Vida, Companhia de Seguros, S.A., a CEMG subscreveu 94.421 acções pelo montante de Euros 2.361.000, correspondente à participação de 39,34% no capital social da referida companhia.

Para além das suas dependências e de uma rede de mediadores, as Sociedades indicadas, contam com os balcões da CEMG para a angariação de negócio.

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27 Outros activos tangíveis Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Custo:

Imóveis: De serviço próprio 63.413 63.413 Obras em imóveis arrendados 34.060 33.900 Imobilizado em curso 108 105

Equipamento:

Mobiliário e material 9.849 9.361 Máquinas e ferramentas 2.380 2.358 Equipamento informático 38.847 36.575 Instalações interiores 25.295 25.175 Equipamento de transporte 710 1.133 Equipamento de segurança 3.105 2.835

Património artístico 478 474 Activo em locação operacional 1.255 775 Outras imobilizações corpóreas 31 31 Imobilizações em curso 3.614 1.373

183.145 177.508

Depreciações acumuladas:

Relativas ao período corrente (4.386) (8.437) Relativas a exercícios anteriores (96.582) (88.145)

(100.968) (96.582)

82.177 80.926

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Os movimentos da rubrica Outros activos tangíveis, durante o primeiro semestre de 2008, são analisados como segue:

Saldo em 1 Janeiro

Aquisições/ Dotações Abates

Regularizações/ Transferências

Saldo em 30 de Junho

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Custo:

Imóveis: De serviço próprio 63.413 - - - 63.413Obras em imóveis arrendados 33.900 160 - -

34.060

Imobilizado em curso 105 3 - - 108

97.418 163 - - 97.581 Equipamento:

Mobiliário e material 9.361 509 (21) - 9.849Máquinas e ferramentas 2.358 42 (20) - 2.380Equipamento informático 36.575 2.272 - - 38.847Instalações interiores 25.175 120 - - 25.295Equipamento de transporte 1.133 - (423) - 710Equipamento de segurança 2.835 270 - - 3.105

Activos em locação operacional 775 480 - - 1.255

78.212 3.693 (464) - 81.441 Património artístico 474 4 - - 478Outras imobilizações corpóreas 31 - - - 31Imobilizações em curso 1.373 2.241 - - 3.614

177.508 6.101 (464) - 183.145

Depreciações acumuladas:

Imóveis: De serviço próprio 13.827 500 - - 14.327Obras em imóveis arrendados 25.277 1.130 - - 26.407

Equipamento:

Mobiliário e material 6.948 299 (21) - 7.226Máquinas e ferramentas 2.123 56 (20) - 2.159Equipamento informático 28.246 1.801 - - 30.047Instalações interiores 16.530 912 - - 17.442Equipamento de transporte 1.107 9 (423) - 693Equipamento de segurança 2.481 61 - - 2.542

Activos em locação operacional 43 82 - - 125

96.582 4.850 (464) - 100.968

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28 Activos intangíveis Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Custo:

Trespasses 33 33 Software 40.086 36.667 Adiantamentos por conta de imobilizações 1.906 1.310

42.025 38.010

Amortizações acumuladas:

Relativas ao período corrente (3.640) (5.948) Relativas a exercícios anteriores (24.391) (18.443)

(28.031) (24.391)

13.994 13.619

Os movimentos da rubrica de Activos intangíveis, durante o primeiro semestre de 2008, são analisados como segue:

Saldo em 1 Janeiro

Aquisições/ Dotações

Abates

Regularizações/ Transferências

Saldo em 30 Junho

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Custo:

Trespasses 33 - - - 33 Software 36.667 3.419 - - 40.086 Adiantamentos por conta

de imobilizações 1.310 596 - -

1.906

38.010 4.015 - - 42.025

Amortizações acumuladas:

Software 24.391 3.640 - - 28.031

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29 Outros activos Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Aplicações por recuperação de crédito 110.368 116.230 Bonificações a receber do Estado Português 22.398 27.913 Outros devedores 24.424 9.771 Outros proveitos a receber 3.485 5.123 Despesas com custo diferido 3.604 2.390 Contas diversas 25.503 17.954

189.782 179.381 Imparidade para aplicações

por recuperação de crédito (22.446) (19.397) Imparidade para bonificações (3.473) (3.473)

163.863 156.511

A rubrica Aplicações por recuperação de crédito inclui o montante de Euros 101.291.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 104.461.000) relativo aos imóveis recebidos pela CEMG por arrematação ou dação em cumprimento de créditos e cuja mensuração é efectuada de acordo com a política contabilística descrita na nota 1.10

A rubrica Bonificações a receber do Estado Português, no montante de Euros 22.398.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 27.913.000) corresponde às bonificações referentes a contratos de crédito à habitação, de acordo com os dispositivos legais aplicáveis ao crédito bonificado. Estes montantes não vencem juros e são reclamados mensalmente.

Em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, a rubrica Bonificações a receber do Estado Português pode ser detalhada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Bonificações reclamadas ao Estado e ainda não liquidadas 7.362 9.553 Bonificações processadas e ainda não reclamadas 9.427 8.792 Bonificações vencidas e ainda não reclamadas 5.609 9.568

22.398 27.913

A rubrica Bonificações reclamadas ao Estado e ainda não liquidadas inclui, em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, um montante de Euros 3.473.000 não reconhecido pela Direcção Geral do Tesouro, estando este totalmente provisionado na rubrica Imparidade para bonificações.

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Os movimentos de imparidade para aplicações por recuperação de crédito são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Imparidade para aplicações por recuperação de crédito: Saldo em 1 de Janeiro 19.397 13.326

Dotação do período 3.049 419 Reversão do período - (455) Utilização de imparidade - (355)

Saldo em 30 de Junho 22.446 12.935

30 Recursos de bancos centrais Esta rubrica em 30 de Junho de 2008 regista o montante de Euros 450.594.000 referente aos títulos vendidos, com acordo de recompra (“repos”), por um preço que iguala o preço de venda acrescido de um juro inerente ao prazo da operação, que não são desreconhecidos do balanço.

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31 Recursos de outras instituições de crédito Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007

Não

remunerados Remunerados Total Não

remunerados Remunerados Total Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Recursos de instituições de crédito no país - 43.370

43.370 - 18.928

18.928

Recursos de instituições de crédito no estrangeiro 8.825 610.254

619.079

12.720 626.286

639.006

8.825 653.624 662.449 12.720 645.214 657.934

32 Recursos de clientes Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007

Não remunerados

Remunerados Total Não

remunerados Remunerados Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Depósitos à ordem 1.813.009 - 1.813.009 1.961.783 - 1.961.783

Depósitos a prazo (*) - 5.436.512

5.436.512

- 5.419.485 5.419.485

Depósitos de poupança (*) - 793.818 793.818

- 993.920 993.920

Outros débitos - 1.923 1.923

650 - 650 Correcções de valor por operações de cobertura (3.491) - (3.491) (2.674) - (2.674)

1.809.518 6.232.253 8.041.771 1.959.759 6.413.405 8.373.164

Observações: (*) Depósitos estruturados para os quais foi efectuado o destaque do derivado embutido, conforme referido na nota 24 e na política contabilística 1.6.

Em 30 de Junho de 2008, esta rubrica inclui Euros 267.571.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 442.799.000) de depósitos registados em balanço ao justo valor através de resultados.

Nos termos da Portaria n.º 180/94, de 15 de Dezembro, foi constituído o Fundo de Garantia de Depósitos, cuja finalidade é a garantia de reembolso de depósitos constituídos nas Instituições de Crédito. Os critérios a que obedecem os cálculos das contribuições anuais para o referido Fundo estão fixados no Aviso n.º 11/94 do Banco de Portugal.

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33 Responsabilidades representadas por títulos A análise das Responsabilidades representadas por títulos, decompõe-se como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Euro Medium Term Notes 5.355.251 5.522.407 Obrigações de Caixa 338.526 323.997

5.693.777 5.846.404

Em 30 de Junho de 2008, a rubrica Responsabilidades representadas por títulos é composta pelas seguintes emissões:

Data de Data de Taxa Jun. 2008 Descrição da emissão Emissão reembolso de juro Euros '000

Obr. caixa – Montepio Cabaz Commodities Agrícolas

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa variável paga no reembolso que corresponde a 95% da performance de um Cabaz de 5 Commodities, com um mínimo de 1% e um máximo de 50%

5.000

Obr. caixa – Aforro Montepio 2008 – 3 anos – 1ª série

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa trimestral de 4,125% (2º, 3º e 4º trimestres taxa fixa de 4,125%, 5º ao 8º trimestre taxa fixa de 4,25%, 9º e 10º trimestres taxa fixa de 4,375%, 11º trimestre taxa fixa de 4,5% e no 12º trimestre taxa fixa de 5%)

10.000

Obr.caixa –Montepio Euro Aforro 2008 – 3 anos – 1ª série

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa semestral de 4% ( 2º semestre taxa fixa de 4%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,5%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,3% e no 6º semestre Euribor a 6 meses

17.100

Obr. Caixa – Montepio Select 5 anos Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa de 2,5% nos 4 primeiros anos e no reembolso remuneração variável entre 2,5% e 60% da performance média anual de um cabaz composto pelo Indíce Dow Jones Eurostoxx Select Dividend 30 e o Índice IBOXX Euro Eurozone Performance Sovereigns 5 a 7 Anos

1.000

Obr. Caixa – Montepio Taxa Fixa 5Y – Janeiro 2008

Jan. 2008 Jan. 2011 Taxa fixa de 2,5% 2.500

Obr. Caixa – Montepio Euro Aforro 2008 – 3 Anos – 2ª série

Mar. 2008 Mar. 2011 Taxa fixa semestral de 3,9% ( 2º semestre taxa fixa de 3,9%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,3%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,2% e no 6º semestre Euribor a 6 meses

27.000

Obr. Caixa – Montepio Euro Aforro 2008 – 3 Anos – 3ª série

Abr. 2008 Abr. 2011 Taxa fixa semestral de 4% ( 2º semestre taxa fixa de 4%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,3%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,2% e no 6º semestre Euribor a 6 meses

15.000

Obr. Caixa – Montepio Euro Aforro 2008 – 3 Anos – 4ª série

Mai. 2008 Mai. 2011 Taxa fixa semestral de 4% ( 2º semestre taxa fixa de 4%, 3º semestre Euribor 6 meses – 0,4%, no 4º semestre Euribor 6 meses – 0,3%, 5º semestre Euribor a 6 meses – 0,2% e no 6º semestre Euribor a 6 meses + 0,1%

12.100

Obr. Caixa- Montepio Inflacção 2008 – 2016 - 1ª Série

Jun. 2008 Jun. 2016 Taxa variável anual de 3,2% acrescida da taxa anual de Inflação Europeia

5.000

94.700

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O justo valor das rubricas responsabilidades representadas por títulos apresenta-se na nota 42.

Esta rubrica inclui Euros 1.511.070.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 1.423.378.000) de responsabilidades representadas por títulos registados em balanço ao justo valor através de resultados.

Em 30 de Junho de 2008, os empréstimos obrigacionistas venciam juros postecipados e antecipados, sendo as suas taxas efectivas compreendidas entre 3,10% e 5,27%.

Os reembolsos dos empréstimos obrigacionistas ocorridos no decurso do primeiro semestre de 2008 são analisados como segue:

Montante Data de Data de Taxa de reembolso

Descrição da emissão emissão reembolso de juro Euros '000

Obrigações de caixa:

MG Business Invest / 2006 Mar. 2006 Mar. 2008 Taxa fixa anual de 3% 17.000 Empréstimos obrigacionistas:

Obr. CEMG 2003 Mar.2003 Mar.2008 Taxa fixa de 3,8% 100.000

117.000

As responsabilidades representadas por títulos com vencimento no decurso do segundo semestre de 2008 ascendem a Euros 870.500.000.

34 Provisões Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para outros riscos e encargos 1.009 898 Provisões para riscos diversos 631 839

1.640 1.737

Os movimentos da provisão para outros riscos e encargos são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para outros riscos e encargos: Saldo em 1 de Janeiro 898 969

Dotação do período 174 182 Reversão do período (63) (141)

Saldo em 30 de Junho 1.009 1.010

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65

Os movimentos da provisão para riscos diversos são analisados como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Provisões para riscos diversos: Saldo em 1 de Janeiro 838 4.009

Reversão do período - (7) Utilização de imparidade (207) -

Saldo em 30 de Junho 631 4.002

35 Passivos subordinados Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Obrigações de prazo determinado 230.953 200.740 Obrigações perpétuas 101.108 101.108

332.061 301.848

Em 30 de Junho de 2008, as principais características dos passivos subordinados são analisadas como segue:

Data de

Valor de emissão Taxa Valor de balanço

Descrição da emissão emissão Maturidade Euros ‘000 de juro Euros '000 Obrigações de prazo

determinado:

CEMG/06 Abr. 2006 Abr. 2016 50.000 Euribor 3 meses + 0,45% 50.078CEMG/08 1ª série Fev. 2008 Fev. 2018 150.000 Euribor 6 meses + 100 p.b 152.718CEMG/08 2ª série Jun. 2008 Jun. 2018 28.000 Euribor 12 meses + 100 p.b 28.157

230.953Obrigações perpétuas:

CEMG/01 Jul. 2001 Indeterminado 100.000 Euribor 3 meses + 1,1% 101.108

332.061

O justo valor da carteira de passivos subordinados encontra-se apresentada na nota 42.

No final do sétimo ano de vida das obrigações perpétuas CEMG/01 e, posteriormente, em cada data de vencimento de juros, a CEMG poderá reembolsar o empréstimo na sua globalidade, ao par, após autorização do Banco de Portugal. Caso o empréstimo não seja reembolsado nesta data o “spread” sobre a taxa de juro passará para 210 pontos base. Esta emissão foi submetida à cotação na Euronext.

As obrigações de caixa subordinadas CEMG/03 foram reembolsadas antecipadamente em Fevereiro de 2008, com um montante de reembolso de Euros 150.000.000.

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66

Em 30 de Junho de 2008, os empréstimos subordinados venciam juros trimestrais e semestrais postecipados, sendo as suas taxas de juro efectivas compreendidas entre 5,22% e 6,42%.

36 Outros passivos Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Credores: Fornecedores 17.145 9.090 Outros credores 48.698 38.382

Sector público administrativo 8.854 9.291 Passivos financeiros associados a activos transferidos 580.907 670.633 Férias e subsídio de férias a pagar 20.737 26.748 Outros custos a pagar 1.038 630 Receitas antecipadas 650 608 Operações sobre títulos a liquidar 2.146 - Contas diversas 37.531 63.250

717.706 818.632

Em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, as rubricas relativas às responsabilidades da CEMG com pensões de reforma, incluídas na rubrica Contas diversas, são analisadas como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Responsabilidade por benefícios projectados 510.824 548.265 Valor do Fundo (433.286) (442.901)

77.538 105.364 Perdas actuariais

Corredor 81.592 91.873 Acima do corredor (7.097) 17.664

74.495 109.537

3.043 (4.173)

O valor do corredor e das perdas actuariais foram determinadas em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1.14.

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67

37 Capital Em 20 de Junho de 2008, na sequência da deliberação da Assembleia Geral da CEMG, procedeu-se ao aumento do capital institucional da Caixa Económica Montepio Geral, no montante de Euros 25.000.000, por entrada de numerário.

Após esta operação, o capital institucional da CEMG, que se encontra integralmente realizado, passou a ser de Euros 660.000.000, pertencendo na sua totalidade ao Montepio Geral – Associação Mutualista.

38 Reserva geral e especial As reservas geral e especial são constituídas ao abrigo do Decreto-Lei n.º 136/79, de 18 de Maio. A reserva geral destina-se a fazer face a qualquer eventualidade e a cobrir prejuízos ou depreciações extraordinárias.

Nos termos da legislação portuguesa a CEMG deverá reforçar anualmente a reserva geral com pelo menos 20% dos lucros líquidos anuais. O limite para formação da reserva geral é de 25% da totalidade dos depósitos. Esta reserva, normalmente não está disponível para distribuição e pode ser utilizada para absorver prejuízos futuros e para aumentar o capital.

A reserva especial destina-se a suportar prejuízos resultantes das operações correntes. Nos termos da legislação portuguesa a CEMG deverá reforçar anualmente a reserva especial com pelo menos 5% dos lucros líquidos anuais. Esta reserva, normalmente não está disponível para distribuição e pode ser utilizada para absorver prejuízos e para aumentar o capital.

39 Reservas de justo valor, outras reservas e resultados transitados Esta rubrica é analisada como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Reservas de justo valor (23.717) (7.973)

Reservas e resultados transitados:

Reserva geral 156.196 143.247 Reserva especial 60.789 57.578 Outras reservas (466) 5.506 Resultados transitados (41.121) (60.720)

175.398 145.611

A variação da rubrica Reserva geral e especial é analisada na nota 38.

As reservas de justo valor correspondem às variações acumuladas do valor de mercado dos instrumentos financeiros detidos para venda em conformidade com a política contabilística descrita na nota 1.6.

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68

A movimentação dos principais títulos incluídos nesta rubrica durante o primeiro semestre de 2008 é analisada conforme segue:

Saldo em 1 Janeiro

Reavaliação Aquisições

Alienações

Imparidade reconhecida no

período Saldo em

30 de Junho Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo: Obrigações de emissores

públicos nacionais (52) (37) - 49 -

(40) Obrigações de outros

emissores:

Nacionais (174) (534) - (4) - (712) Estrangeiros (8.535) (12.451) (334) 158 (2.103) (23.265)

(8.761) (13.022) (334) 203 (2.103) (24.017)

Títulos de rendimento

variável:

Acções de empresas Nacionais - - (175) - - (175) Estrangeiras (30) - - 29 - (1)

Unidades de participação 818 288 (1) (34) (595) 476

788 288 (176) (5) (595) 300

(7.973) (12.734) (510) 198 (2.698) (23.717)

A movimentação durante o ano de 2007 é analisada conforme segue:

Saldo em 1 Janeiro

Reavaliação Aquisições

Alienações

Imparidade reconhecida no

exercício Saldo em

31 Dezembro Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Títulos de rendimento fixo:

Obrigações de emissores públicos nacionais - (10) (51) 10 (1)

(52) Obrigações de outros

emissores:

Nacionais 4 (112) (65) (1) - (174) Estrangeiros 184 (3.640) (1.244) (122) (3.713) (8.535)

188 (3.762) (1.360) (113) (3.714) (8.761)

Títulos de rendimento

variável:

Acções de empresas Estrangeiras 8.313 (154) (25) (8.314) 150 (30)

Unidades de participação (915) 650 619 464 -

818

7.398 496 594 (7.850) 150 788

7.586 (3.266) (766) (7.963) (3.564) (7.973)

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69

A reserva de justo valor explica-se da seguinte forma:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda 1.984.396 915.720 Imparidade acumulada reconhecida (14.100) (4.813)

Custo amortizado dos activos financeiros disponíveis para venda líquidos de imparidade 1.970.296 910.907

Valor de mercado dos activos financeiros disponíveis para venda 1.946.579 902.934

Ganhos / Perdas potenciais reconhecidos na reserva de justo valor (23.717) (7.973)

40 Contas extrapatrimoniais Os saldos destas contas são analisados como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Garantias e avales prestados 407.833 367.978 Garantias e avales recebidos 30.463.456 30.172.390 Compromissos perante terceiros 1.430.397 1.529.749 Compromissos assumidos por terceiros 23.281 24.800 Activos cedidos em operações de titularização 465.492 592.629 Valores recebidos em depósito 5.797.332 5.999.330

Os montantes de garantias e avales prestados e os compromissos perante terceiros são analisados como segue:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Garantias e avales prestados: Garantias e avales 402.750 364.753 Créditos documentários abertos 5.083 3.225

407.833 367.978

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Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Compromissos perante terceiros: Compromissos irrevogáveis

Contratos a prazo de depósitos 3.820 3.820 Linhas de crédito irrevogáveis 261.521 226.786

Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos

19.634

19.425

Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores

3.030

2.790

Compromissos revogáveis Linhas de crédito revogáveis 1.142.392 1.276.928

1.430.397 1.529.749

Os compromissos, revogáveis e irrevogáveis, apresentam acordos contratuais para a concessão de crédito com os clientes da CEMG (por exemplo linhas de crédito não utilizadas) os quais, de forma geral, são contratados por prazos fixos ou com outros requisitos de expiração e, normalmente, requerem o pagamento de uma comissão. Substancialmente todos os compromissos de concessão de crédito em vigor requerem que os clientes mantenham determinados requisitos verificados aquando da contratualização dos mesmos. Não obstante as particularidades destes compromissos, a apreciação destas operações obedece aos mesmos princípios básicos de uma qualquer outra operação comercial, nomeadamente o da solvabilidade, quer do cliente, quer do negócio que lhe está subjacente, sendo que a CEMG requer que estas operações sejam devidamente colaterizadas quando necessário. Uma vez que é expectável que a maioria dos mesmos expire sem ter sido utilizado, os montantes indicados não representam necessariamente necessidades de caixa futuras. O saldo da rubrica Responsabilidades a prazo de contribuições anuais para o Fundo de Garantia de Depósitos, em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, refere-se ao compromisso irrevogável que a CEMG assumiu, por força da lei, de entregar àquele Fundo, em caso de solicitação deste, as parcelas não realizadas das contribuições anuais.

O saldo da rubrica Responsabilidade potencial para com o Sistema de Indemnização aos Investidores, em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, é relativo à obrigação irrevogável que a CEMG assumiu, por força da lei aplicável, de entregar àquele Sistema, em caso de accionamento deste, os montantes necessários para pagamento da sua quota-parte nas indemnizações que forem devidas aos investidores.

Os instrumentos financeiros registados em contas de ordem estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados ao portfólio de crédito não se prevendo quaisquer perdas materiais nestas operações.

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71

41 Distribuição de resultados Em 31 de Março de 2008, de acordo com deliberação em Assembleia Geral, a CEMG distribuiu resultados ao Montepio Geral – Associação Mutualista no montante de Euros 25.757.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 20.377.000).

42 Justo valor O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, como acontece em muitos dos produtos colocados junto de clientes, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. A geração de fluxos de caixa dos diferentes instrumentos comercializados, é feita com base nas respectivas características financeiras e as taxas de desconto utilizadas incorporam quer a curva de taxas de juro de mercado quer as actuais condições da política de pricing da CEMG. Assim, o justo valor obtido encontra-se influenciado pelos parâmetros utilizados no modelo de avaliação, que necessariamente incorporam algum grau de subjectividade, e reflecte exclusivamente o valor atribuído aos diferentes instrumentos financeiros. Ignora, no entanto, factores de natureza prospectiva, como por exemplo a evolução futura de negócio. Nestas condições, os valores apresentados não podem ser entendidos como uma estimativa do valor económico da CEMG. De seguida, são apresentados os principais métodos e pressupostos usados na estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros:

Caixa e Disponibilidades em Bancos Centrais, Disponibilidades em outras Instituições de Crédito e Recursos de outras Instituições de Crédito Atendendo ao prazo extremamente curto associado a estes instrumentos financeiros, o valor de balanço é uma razoável estimativa do justo valor dos activos e passivos financeiros.

Aplicações em Instituições de Crédito, Recursos em Mercado Monetário Interbancário O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos, considerando que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada reflecte as actuais condições praticadas pela CEMG em idênticos instrumentos para cada um dos diferentes prazos de maturidade residual.

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72

Activos financeiros detidos para negociação, Passivos financeiros detidos para negociação e Activos financeiros disponíveis para venda Estes instrumentos financeiros estão contabilizados ao justo valor. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa. No caso de acções não cotadas, estas encontram-se reconhecidas ao custo histórico sempre que não exista disponível um valor de mercado e não seja possível determinar com fiabilidade o seu justo valor.

Derivados de cobertura Os derivados de cobertura encontram-se contabilizados pelo seu justo valor.

Crédito a clientes com maturidade definida O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações, ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da CEMG para cada uma das classes homogéneas deste tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante. Os cálculos efectuados incorporam o spread de risco de crédito.

Crédito a clientes sem maturidade definida e Débitos à vista para com clientes Atendendo ao curto prazo deste tipo de instrumentos, as condições da carteira actual deste tipo de instrumentos são semelhantes às actualmente praticadas, pelo que o seu valor de balanço é uma razoável estimativa do seu justo valor.

Recursos de clientes O justo valor destes instrumentos financeiros, é calculado com base na actualização dos fluxos de caixa de capital e juros esperados no futuro para os referidos instrumentos. Considera-se que os pagamentos de prestações ocorrem nas datas contratualmente definidas. A taxa de desconto utilizada é a que reflecte as taxas actuais da CEMG para este tipo de instrumentos e com maturidade residual semelhante.

Responsabilidades representadas por títulos e Passivos subordinados Para estes instrumentos financeiros, foi calculado o justo valor para as componentes que ainda não se encontram reflectidas em balanço. Os instrumentos que são a taxa fixa e para os quais a CEMG adopta contabilisticamente uma política de hedge-accounting, o justo valor relativamente ao risco de taxa de juro já se encontra registado. Para o cálculo do justo valor foram levadas em consideração as outras componentes de risco, para além do risco taxa de juro já registado. O justo valor tem como base os preços de cotação de mercado, sempre que estes se encontrem disponíveis. Caso estes não existam, o justo valor é estimado através de modelos internos baseados em técnicas de desconto de fluxos de caixa.

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73

A decomposição dos principais ajustamentos aos valores de balanço dos activos e passivos financeiros da CEMG contabilizados ao valor contabilístico (custo histórico) e ao justo valor é analisada como segue:

Jun 2008

Negociação Designado ao

justo valor Detido até a maturidade

Empréstimos e aplicações

Disponível para venda

Outros ao custoamortizado Outros

Valor contabilístico

Justo valor

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais - - - 162.084 - - - 162.084 162.084

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - 160.191 - - - 160.191 160.191

Aplicações em instituições de crédito - - - 358.264 - - - 358.264 358.264

Crédito a clientes - - - 14.797.965 - - - 14.797.965 16.444.735Activos financeiros

detidos para negociação 49.989 - - - - - - 49.989 49.989

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - 3.690 - - - - - 3.690 3.690

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - 944.387 - - 944.387 944.387

Derivados de cobertura 8.110 - - - - - - 8.110 8.110Investimentos detidos

até à maturidade - - 53.602 - - - - 53.602 53.602Investimentos em

associadas e outras - - - - - - 13.366 13.366 13.366

58.099 3.690 53.602 15.478.504 944.387 - 13.366 16.551.648 18.198.418

Passivos financeiros:

Recursos de bancos centrais - - - - - 450.594 - 450.594 450.594

Recursos de outras instituições de crédito - - - - - 662.449 - 662.449 662.449

Recursos de clientes - - - - - 8.041.771 - 8.041.771 8.041.771Responsabilidades

representadas por títulos - - - - - 5.693.777 - 5.693.777 5.693.777

Passivos financeiros detidos para negociação 72.613 - - - - - - 72.613 72.613

Derivados de cobertura 3.726 - - - - - - 3.726 3.726Passivos

subordinados - - - - - 332.061 - 332.061 332.061

76.339 - - - - 15.180.652 - 15.256.991 15.256.991

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74

Dez 2007

Negociação

Designado ao justo valor

Detido até a maturidade

Empréstimos e aplicações

Disponível para venda

Outros ao custo amortizado Outros

Valor contabilístico

Justo valor

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Activos financeiros:

Caixa e disponibilidades em bancos centrais -

- - 269.201 - - - 269.201 269.201

Disponibilidades em outras instituições de crédito -

- - 90.830 - - - 90.830 90.830

Aplicações em instituições de crédito -

- - 663.021 - - - 663.021 663.021

Crédito a clientes -

- - 14.605.447 - - - 14.605.447 14.706.694Activos financeiros

detidos para negociação 43.248

- - - - - - 43.248 43.248

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados -

3.897 - - - - - 3.897 3.897

Activos financeiros disponíveis para venda -

- - - 902.934 - - 902.934 902.934

Derivados de cobertura 9.536

- - - - - - 9.536 9.536Investimentos detidos

até à maturidade -

- 39.371 - - - - 39.371 39.371Investimentos em

associadas e outras -

- - - - - 20.188 20.188 20.188

52.784

3.897 39.371 15.628.499 902.934 - 20.188 16.647.673 16.748.920

Passivos financeiros:

Recursos de outras instituições de crédito -

- - - - 657.934 - 657.934 657.934

Recursos de clientes -

- - - - 8.373.164 - 8.373.164 8.373.164Responsabilidades

representadas por títulos -

- - - - 5.846.404 - 5.846.404 5.846.404

Passivos financeiros detidos para negociação 59.457

- - - - - - 59.457 59.457

Derivados de cobertura 3.820

- - - - - - 3.820 3.820Passivos

subordinados -

- - - - 301.848 - 301.848 301.848

63.277

- - - - 15.179.350 - 15.242.627 15.242.627

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75

43 Pensões de reforma Em 30 de Junho 2008, a CEMG reconheceu, como encargos com pensões de reforma o montante de Euros 19.322.000 (30 de Junho de 2007: Euros 12.330.000) A análise do custo do período é apresentada como segue:

Jun 2008 Jun 2007 Euros '000 Euros '000

Custo dos serviços correntes 10.738 10.059 Custo dos juros 14.392 12.027 Rendimento esperado dos activos (11.626) (8.892) Amortização de ganhos e perdas actuariais 5.818 - Outros - (864)

Custo do período 19.322 12.330

44 Transacções com partes relacionadas À data de 30 de Junho de 2008, os débitos detidos pela CEMG sobre empresas participadas, representadas ou não por títulos, incluídos nas rubricas Recursos de clientes e Passivos subordinados são analisados como segue:

Empresa

Recursos de clientes

Passivos subordinados

Total

Euros '000 Euros '000 Euros '000

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 15.616 1.000 16.616 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 45.111 1.250 46.361 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 97 - 97 SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 86 - 86 MG Gestão de Activos Financeiros - - S.G.F.I.M., S.A. 18.553 - 18.553 Futuro - Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 3.154 - 3.154 Norfin - Sociedade Gestora de FIM, S.A. 4.714 - 4.714 Bolsimo – Gestão Imobiliária, Lda. 55 - 55

87.386 2.250 89.636

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76

À data de 30 de Junho de 2008, os proveitos da CEMG sobre empresas subsidiárias, incluídos nas rubricas Juros e rendimentos similares e Comissões e proveitos são analisados como segue:

Empresa Juros e rendimentos

similares Comissões e proveitos

Total Euros '000 Euros '000 Euros '000

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 229 1.520 1.749 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. - 2.972 2.972 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. 1 -

1

SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 3 11.792

11.795

MG Gestão de Activos Financeiros - - S.G.F.I.M., S.A. 5 1.997

2.002

Futuro - Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 9 1.734

1.743

Norfin - Sociedade Gestora de FIM, S.A. 6 185 191

253 20.200 20.453

À data de 30 de Junho de 2007, os proveitos da CEMG sobre empresas subsidiárias, incluídos nas rubricas Juros e rendimentos similares e Comissões e proveitos, são analisados como segue:

Empresa Comissões e

proveitos Euros '000

Lusitania - Companhia de Seguros, S.A. 1.347 Lusitania Vida - Companhia de Seguros, S.A. 3.527 HTA - Hotéis, Turismo e Animação dos Açores, S.A. - SIBS - Sociedade Interbancária de Serviços, S.A. 10.172 MG Gestão de Activos Financeiros -S.G.F.I.M., S.A. 1.738 Futuro - Sociedade Gestora de Fundo de Pensões, S.A. 1.488 Norfin - Sociedade Gestora de FIM, S.A. 176 18.448

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45 Securitização de activos A rubrica Crédito a clientes inclui os montantes de créditos securitizados, relativos a securitizações tradicionais detidas por SPV’s e que foram objecto de consolidação no âmbito da SIC 12, de acordo com a política contabilística descrita na nota 1.2. Em 30 de Junho de 2008, os referidos créditos incluídos nas demonstrações financeiras da CEMG ascendiam a Euros 465.492.000 (31 de Dezembro de 2007: Euros 592.629.000), cuja análise é a seguinte:

Jun 2008 Dez 2007 Euros '000 Euros '000

Pelican Mortgages No. 1 PLC 164.246 193.436 Pelican Mortgages No. 2 PLC 301.246 399.193

465.492 592.629

As operações de securitização celebradas pela CEMG respeitam a créditos hipotecários. Para este efeito, as securitizações tradicionais e sintéticas celebradas são concretizadas através de entidades de finalidades especial (SPE’s). Conforme referido na política contabilística descrita na nota 1.2, quando a substância da relação com tais entidades indicia que a CEMG exerce controlo sobre as suas actividades, estas SPE’s são incluídas na consolidação da CEMG pelo método integral.

Em 30 de Junho de 2008, existem quatro operações de titularização celebradas entre a CEMG e outras instituições financeiras que são apresentadas nos parágrafos seguintes.

Em 19 de Dezembro de 2002, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com um Special Purpose Vehicle (“SPV”) – Pelican Mortgages No. 1 PLC – sediado em Dublin, um contrato de titularização de créditos hipotecários. O prazo total da operação é de 35 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 650.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,016% do par.

Em 29 de Setembro de 2003, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com um Special Purpose Vehicle (“SPV”) – Pelican Mortgages No. 2 PLC – sediado em Dublin, um contrato de titularização de créditos hipotecários. O prazo total da operação é de 33 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 700.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,0286% do par.

Em 30 de Março de 2007, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com a Sagres – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A., um contrato de titularização de créditos hipotecários Pelican Mortgages No. 3. O prazo total da operação é de 47 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 750.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,0165% do par.

Em 20 de Maio de 2008, a Caixa Económica Montepio Geral celebrou com a Sagres – Sociedade de Titularização de Créditos, S.A., um contrato de titularização de créditos hipotecários Pelican Mortgages No. 4. O prazo total da operação é de 48 anos, sem revolving period e com um limite (Aggregate Principal Amount Outstanding) fixado em Euros 1.000.000.000. A venda foi efectuada ao par, tendo os custos do processo de venda inicial representado 0,083% do par.

O servicer das operações é a Caixa Económica Montepio Geral, assumindo a cobrança dos créditos cedidos no âmbito da operação e canalizando os valores recebidos, por via da efectivação do devido depósito, para o Pelican Mortgages No. 1 PLC e para o Pelican Mortgages No. 2 PLC.

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À data de 30 de Junho de 2008, as operações de titularização efectuadas pela CEMG são apresentadas como segue:

Emissão Data de início Moeda Activo cedido Montante Pelican Mortgages No.1 PLC Dezembro de 2002 Euros Crédito imobiliário 650.000.000Pelican Mortgages No.2 PLC Setembro de 2003 Euros Crédito imobiliário 700.000.000Pelican Mortgages No.3 Março de 2007 Euros Crédito imobiliário 750.000.000Pelican Mortgages No.4 Maio de 2008 Euros Crédito imobiliário 1.000.000.000 3.100.000.000

46 Indicadores do Balanço e Demonstração dos resultados consolidados por segmentos geográficos Dada a natureza da actividade e dos seus clientes, a CEMG concentra-se num único segmento de negócio. A CEMG desenvolve um conjunto de actividades bancárias e serviços financeiros em Portugal e Cabo Verde. Segmentos geográficos No âmbito da estratégia de desenvolvimento, a CEMG actua com especial enfoque no mercado Português e Cabo Verdiano. Deste modo, a informação por segmentos geográficos encontra-se estruturada em Portugal e Cabo Verde, sendo que o segmento Portugal representa a actividade desenvolvida pela Caixa Económica Montepio Geral. O segmento Cabo Verde inclui as operações desenvolvidas pelo Banco Montepio Geral – Cabo Verde, Sociedade Unipessoal, S.A. (IFI).

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Em 30 de Junho de 2008, a contribuição líquida dos dois segmentos geográficos é apresentada como se segue:

Indicadores de exploração e de rendibilidade

Portugal Cabo

Verde

Ajustamentos

Consolidado

Juros e rendimentos similares 476.098 7.003 (7.004) 476.097Juros e encargos similares 306.220 6.616 (7.004) 305.832

Margem financeira 169.878 387 - 170.265 Comissões e outros proveitos 49.498 - (132) 49.366Comissões e outros custos (9.218) - - (9.218)

Comissões e outros proveitos líquidos 40.280 (132) 40.148 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados, activos financeiros disponíveis para venda e resultados de reavaliação cambial (11.143) (31) - (11.174)Resultados de alienação de outros activos 697 - - 697

Custos com o pessoal e gastos gerais administrativos 121.034 27 - 121.061

Depreciações e amortizações 8.490 - - 8.490

Total de custos operacionais 129.524 27 - 129.551 Imparidade e provisões 48.388 - - 48.388

Resultado antes de equivalência patrimonial 21.800 329 (132) 21.997 Resultados por equivalência patrimonial 1.667 - - 1.667 Resultado consolidado do período 23.467 329 (132) 23.664

Indicadores de balanço

Portugal Cabo Verde

Ajustamentos

Consolidado

Caixa e aplicações em instituições de crédito 680.461 310.796 (310.718) 680.539Crédito a clientes 14.797.965 - - 14.797.965Activos financeiros disponíveis para venda 944.387 - - 944.387Outros activos 395.794 11 (7.014) 388.791

Total do Activo 16.818.607 310.807 (317.732) 16.811.682

Recursos de bancos centrais 450.594 - - 450.594Recursos de outras instituições de crédito 662.354 95 - 662.449Recursos de clientes 8.049.241 303.247 (310.717) 8.041.771Responsabilidades representadas por títulos 5.693.777 - - 5.693.777Outros passivos 1.127.753 6 (13) 1.127.746

Total do Passivo 15.983.719 303.348 (310.730) 15.976.337

Total da Situação Líquida 834.888 7.459 (7.002) 835.345

Total do Passivo e Situação Líquida 16.818.607 310.807 (317.732) 16.811.682

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Em 31 de Dezembro de 2007, a contribuição líquida dos dois segmentos geográficos é apresentada como se segue:

Portugal Cabo Verde Ajustamentos ConsolidadoIndicadores de exploração e

de rendibilidade Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Juros e proveitos similares 850.701 11.489 (11.488) 850.702 Juros e custos similares 522.563 11.010 (11.488) 522.085

Margem financeira 328.138 479 - 328.617 Comissões e outros proveitos 96.210 - (216) 95.994 Comissões e outros custos 19.033 - - 19.033

Comissões e outros proveitos líquidos 77.177 - (216) 76.961 Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados, activos financeiros disponíveis para venda e resultados de reavaliação cambial (7.567) (164) - (7.731) Resultados de alienação de outros activos 2.318 - - 2.318 Custos com o pessoal e gastos gerais

administrativos 228.474 42 - 228.516 Depreciações e amortizações 15.676 2 - 15.678 Total de custos operacionais 224.150 44 - 224.194 Imparidade e provisões 95.183 - - 95.183

Resultado antes de equivalência patrimonial 60.733 271 (216) 60.788 Resultados por equivalência patrimonial 2.307 - - 2.307 Resultado consolidado do exercício 63.040 271 (216) 63.095

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Portugal Cabo Verde Ajustamentos ConsolidadoIndicadores de balanço

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

Caixa e aplicações em instituições de crédito 1.022.997 294.403 (294.348) 1.023.052

Crédito a clientes 14.605.447 - - 14.605.447 Activos financeiros disponíveis para venda 909.935 - (7.001) 902.934 Outros activos 366.678 618 - 367.296

Total do Activo 16.905.057 295.021 (301.349) 16.898.729 Recursos de outras instituições de crédito 952.282 - (294.348) 657.934 Recursos de clientes 8.086.025 287.139 - 8.373.164 Responsabilidades representadas por títulos 5.846.404 - - 5.846.404 Outros passivos 1.184.874 620 - 1.185.494

Total do Passivo 16.069.585 287.759 (294.348) 16.062.996 Total da Situação Líquida 835.472 7.262 (7.001) 835.733

Total do Passivo e Situação Líquida 16.905.057 295.021 (301.349) 16.898.729

47 Gestão de riscos O Grupo Montepio (“CEMG”) está sujeito a riscos de diversa ordem no âmbito do desenvolvimento da sua actividade.

A política de gestão de risco da CEMG visa a manutenção, em permanência, de uma adequada relação entre os seus capitais próprios e a actividade desenvolvida, assim como a correspondente avaliação do perfil de risco/retorno por linha de negócio.

Neste âmbito, assume uma particular relevância o acompanhamento e controlo dos principais tipos de riscos financeiros – crédito, mercados, liquidez e operacional – a que se encontra sujeita a actividade da CEMG.

A análise e gestão dos riscos é efectuada de um modo integrado e numa óptica de Grupo, através da Direcção de Análise e Gestão de Riscos (“DAGR”), que inclui quatro departamentos:

- Departamento de Risco de Crédito;

- Departamento de Riscos de Mercado;

- Departamento de Risco Operacional;

- Departamento de Análise de Crédito a Empresas.

O Departamento de Análise de Crédito a Empresas iniciou a sua actividade em Dezembro de 2007, integrando a função de análise de crédito a empresas, com o objectivo de segregar de forma mais objectiva a análise de risco nas principais operações ou exposições da função comercial, em linha com as melhores práticas e as recomendações do Comité de Basileia, procedendo-se igualmente à simplificação de processos e ao reforço do papel do risco no pricing das operações.

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Em 2008, iniciou-se o cálculo e reporte de requisitos de capital e rácio de solvabilidade de acordo com as novas regras de adequação de Fundos Próprios (Basileia II). Neste âmbito, foram adoptadas as abordagens Padrão para Risco de Crédito e de Mercado e o Método do Indicador Básico para Risco Operacional.

Adicionalmente, foi introduzido o novo sistema de rating de empresas, tendo por base modelos econométricos desenvolvidos a partir de bases de dados internas. Para o segundo semestre de 2008, está prevista a implementação do sistema de scoring para o segmento de Pequenos Negócios, que permitirá agilizar o processo de concessão de crédito com maior discriminação do risco de crédito deste segmento. Foi igualmente iniciado o projecto de revisão do modelo de cálculo de provisões por imparidade, que irá permitir maior adequação do nível de provisões ao risco esperado da carteira de crédito.

No âmbito da análise do risco de crédito a empresas, procedeu-se à estruturação dos analistas de crédito em quatro núcleos regionais - Lisboa, Porto, Açores e Madeira. Foi também introduzida a especialização sectorial dos analistas de crédito em quatro áreas: "Prime", para empresas com maior nível de turnover/exposição, "Comércio e Turismo", "Construção e Promoção Imobiliária" e finalmente "Sector Primário, Indústria, Actividades Culturais e Administração Pública".

Adicionalmente, procedeu-se à integração informática dos novos modelos de scoring de crédito à habitação e de crédito individual e também à parametrização da informação e módulos de risco, na plataforma de apoio à actividade da Sala de Mercados.

Foram ainda introduzidas novas metodologias de análise de crédito a empresas, designadamente modelos de limites de exposição e de pricing ajustado de risco, assim como novos relatórios de crédito para os segmentos corporate e pequenos negócios.

No plano do risco de mercado, foram mantidos os sistemas de risco e relatórios já existentes, designadamente da carteira AFS e Fundo de Pensões, garantindo-se a migração para uma nova aplicação informática de suporte ao negócio e ao controlo de risco.

Principais Tipos de Risco

Crédito – O risco de crédito encontra-se associado ao grau de incerteza dos retornos esperados, por incapacidade quer do tomador do empréstimo (e do seu garante, se existir), quer do emissor de um título ou da contraparte de um contrato em cumprir com as suas obrigações.

Mercado – O conceito de risco de mercado reflecte a perda potencial que pode ser registada por uma determinada carteira em resultado de alterações de taxas (de juro e de câmbio) e/ou dos preços dos diferentes instrumentos financeiros que a compõem, considerando quer as correlações existentes entre eles, quer as respectivas volatilidades.

Liquidez – O risco de liquidez reflecte a incapacidade da CEMG cumprir com as suas obrigações no momento do respectivo vencimento, sem incorrer em perdas significativas decorrentes de uma degradação das condições de financiamento (risco de financiamento) e/ou de venda dos seus activos por valores inferiores aos valores de mercado (risco de liquidez de mercado).

Operacional – Como risco operacional entende-se a perda potencial resultante de falhas ou inadequações nos processos internos, nas pessoas ou nos sistemas, ou ainda as perdas potenciais resultantes de eventos externos.

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Organização Interna

O Conselho de Administração, no exercício das suas funções, é responsável pela estratégia e pelas políticas a adoptar relativamente à gestão dos riscos, sendo, nesta função, assessorado pela Direcção de Análise e Gestão de Riscos (“DAGR”), que analisa e assegura a gestão dos riscos, numa óptica de grupo, incluindo a coordenação do Comité de Activos e Passivos (“ALCO”).

A Direcção de Auditoria e Inspecção, como órgão de apoio ao Conselho de Administração, tem como principais competências apreciar os relatórios sobre o sistema de controlo interno a remeter anualmente ao Banco de Portugal, de verificar o cumprimento e observância da legislação em vigor, por parte das diferentes unidades orgânicas, e identificar as áreas de maior risco, apresentando ao Conselho de Administração as suas conclusões.

Consoante a natureza e relevância do risco, são elaborados planos, programas ou acções, apoiados por sistemas de informação, e definidos procedimentos, que proporcionam um elevado grau de fiabilidade relativamente às medidas de gestão de risco oportunamente definidas.

A Sala de Mercados colabora com a DAGR, de forma a efectuar-se a medição e o controlo do risco das operações e das carteiras, bem como o adequado acompanhamento das posições dos riscos globais da CEMG.

No que diz respeito ao risco de compliance, é da competência do Head of Compliance, na dependência do Conselho de Administração assegurar o seu controlo, identificar e avaliar as diversas situações que concorrem para o referido risco, designadamente em termos de transacções/actividades, negócios, produtos e órgãos de estrutura.

Neste âmbito, também a Direcção de Auditoria e Inspecção avalia o sistema de controlo interno, identificando as áreas de maior relevância/risco, visando a eficácia da governação.

Avaliação de riscos

Risco de Crédito - Retalho

Os modelos de risco de crédito desempenham um papel essencial no processo de decisão de crédito. De facto, a concessão de crédito a particulares obriga à submissão das propostas de crédito aos modelos de scoring reactivo existentes para as principais carteiras (crédito à habitação, crédito individual e cartões de crédito).

As decisões de crédito dependem das classificações de risco e do cumprimento de diversas regras sobre a capacidade financeira e o comportamento dos proponentes. De modo a apoiar as estratégias comerciais, são também utilizados modelos de scoring comportamentais.

No primeiro semestre de 2008, foram introduzidos nos sistemas de informação um novo sistema de rating de empresas tendo por base modelos econométricos desenvolvidos a partir de bases de dados internas.

No que respeita a risco de crédito, a carteira de activos financeiros manteve-se concentrada em obrigações investment grade, emitidas por instituições financeiras.

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Riscos Globais e em Activos Financeiros

A gestão eficaz do balanço envolve também o Comité de Activos e Passivos (“ALCO”), comité onde se procede à análise dos riscos de taxa de juro, liquidez e cambial, designadamente no tocante à observância dos limites definidos para os gaps estáticos e dinâmicos calculados.

Tipicamente, são observados gaps estáticos positivos de taxa de juro e de liquidez, de dimensão moderada, exceptuando-se naturalmente os meses em que ocorrem pagamentos relacionados com o serviço da dívida das obrigações emitidas. Ao nível do risco cambial, procede-se, em regra, à aplicação dos recursos captados nas diversas moedas, através de activos no mercado monetário respectivo e por prazos não superiores aos dos recursos, pelo que os gaps cambiais existentes decorrem essencialmente de eventuais desajustamentos entre os prazos das aplicações e dos recursos.

No que respeita a informação e análise de risco, é assegurado o reporte regular sobre os riscos de crédito e de mercado das carteiras de activos financeiros próprias e das diversas entidades do Grupo. Ao nível das carteiras próprias, encontram-se definidos diversos limites de risco, utilizando-se para o efeito a metodologia de Value-at-Risk (“VaR”).

As carteiras próprias encontram-se concentradas em títulos de dívida de taxa variável, exibindo por isso níveis de VaR muito reduzidos (o cálculo do VaR é efectuado com base na aproximação analítica definida na metodologia desenvolvida pela RiskMetrics, sendo calculado considerando um horizonte temporal de 10 dias úteis e um intervalo de confiança estatístico unilateral de 99%). A exposição ao risco de crédito é limitada pelo facto das obrigações em carteira se situarem genericamente em níveis de investment grade.

No primeiro semestre de 2008, as carteiras próprias mantiveram-se concentradas em títulos de dívida de taxa variável. Assim sendo, o Value at Risk (“VaR”) para risco de mercado manteve-se em níveis muito reduzidos, embora tenha registado um aumento (para 0,1%, com um horizonte de 10 dias e grau de confiança de 99%), face à maior volatilidade observada nos principais mercados financeiros. Concomitantemente, a duração média da carteira manteve-se reduzida.

Atendendo à natureza da actividade de retalho, a instituição apresenta habitualmente gaps positivos de taxa de juro, que em Junho de 2008 atingiam, em termos estáticos, cerca de Euros 1.033.000.000 (considerando a globalidade dos prazos de refixação de taxas de juro).

Apresentam-se seguidamente os principais indicadores destas medidas, durante os exercícios findos em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007:

Jun 2008 Dez 2007

Junho Média

Semestral

Máximo

Mínimo Dezembro

Média Anual

Máximo Mínimo

Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000 Euros '000

GAP de taxa de juro 1.033.250 1.126.441 1.219.632 1.033.250 1.219.632

865.630 1.219.632 511.628

VaR 1.066 823 1.082 554 430 319 492 117

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Análise de Sensibilidade

Face aos gaps de taxa de juro observados, em Junho de 2008, uma variação instantânea das taxas de juro em 100bp motivaria um aumento dos resultados em Euros 22.410.482 (31 de Dezembro de 2007: Euros 25.412.900).

No quadro seguinte apresentam-se as taxas médias de juro verificadas para as grandes categorias de activos e passivos financeiros da CEMG, para o período findo em 30 de Junho de 2008 e 31 de Dezembro de 2007, bem como os respectivos saldos médios e os proveitos e custos do exercício:

Jun 2008 Dez 2007

Produtos Saldo médio do

período Euros '000

Taxa de juro média (%)

Proveitos / Custos

Euros '000

Saldo médio do exercício

Euros '000 Taxa de juro média (%)

Proveitos / Custos

Euros '000

Aplicações Crédito a clientes 14.924.885 5,84 433.614 14.410.197 5,32 767.170 Disponibilidades 161.898 3,87 3.113 161.331 3,47 5.605 Carteira de Títulos 960.676 7,15 34.152 953.922 4,40 41.956 Aplicações interbancárias 516.031 3,87 9.920 511.154 3,80 19.411 Outras aplicações 4.118 5,67 116 4.804 4,07 196 Swaps - - 4.069 - - 13.103

Total Aplicações 16.567.608 484.984 16.041.408 847.441

Recursos Depósitos de clientes 8.329.314 3,19 132.159 7.994.440 2,40 223.346 Recursos titulados 6.656.275 4,26 140.913 6.651.371 4,66 253.395 Recursos interbancários 102.082 4,14 2.103 34.231 2,29 784 Recursos de titularização -

-

-

710.259

3,73

26.459 Outros recursos 933

2,5

12

983

2,29

23 Swaps -

-

4.598

-

-

14.816

Total Recursos 15.088.604 279.785 15.391.284 518.823

Risco de Liquidez

O controlo dos níveis de liquidez tem como objectivo manter um nível satisfatório de disponibilidades para fazer face às necessidades financeiras no curto, médio e longo prazo. Para avaliar a exposição global a este tipo de risco são elaborados relatórios que permitem não só identificar os mismatch negativos, como efectuar a cobertura dinâmica dos mesmos.

Adicionalmente, é também realizado um acompanhamento por parte do Banco dos rácios de liquidez de um ponto de vista prudencial, calculados segundo a instrução n.º 1/2000 do Banco de Portugal. Em 30 de Junho de 2008 o rácio de liquidez era de 104,18% (31 de Dezembro de 2007: 102,02%).

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Risco Operacional

Relativamente ao risco operacional, após a conclusão do desenvolvimento do modelo de gestão de risco, abrangendo todas as unidades da estrutura orgânica, procedeu-se à candidatura ao método standard para cálculo de requisitos de fundos próprios associados a risco operacional.

Para a gestão do risco operacional, foi desenvolvido e implementado um sistema que tem como intuito assegurar a uniformização, sistematização e recorrência das actividades de identificação, monitorização, controlo e mitigação deste risco. Este sistema é suportado por uma estrutura organizacional, integrada na DAGR exclusivamente dedicada a esta tarefa bem como representantes designados por cada um dos departamentos.

Gestão de Capital e Rácio de Solvabilidade

Em termos prudenciais, a CEMG está sujeita à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a Directiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições deverão cumprir.

Em termos prudenciais, a CEMG está sujeita à supervisão do Banco de Portugal que, tendo por base a Directiva Comunitária sobre adequação de capitais, estabelece as regras que a este nível deverão ser observadas pelas diversas instituições sob a sua supervisão. Estas regras determinam um rácio mínimo de fundos próprios totais em relação aos requisitos exigidos pelos riscos assumidos, que as instituições deverão cumprir.

Os elementos de capital da CEMG dividem-se em Fundos Próprios de Base, Fundos Próprios Complementares e Deduções, com a seguinte composição:

− Fundos Próprios de Base (“FPB”): Esta categoria inclui essencialmente o capital estatutário realizado, as reservas elegíveis e os resultados retidos do período. São deduzidos pelo seu valor de balanço os montantes relativos a activos intangíveis, custos diferidos e desvios actuariais negativos decorrentes de responsabilidades com benefícios pós emprego a empregados acima do limite do corredor. Em 2007 passaram também a ser deduzidas em 50% do seu valor as participações superiores a 10% em instituições financeiras e entidades seguradoras;

− Fundos Próprios Complementares (“FPC”): Incorpora essencialmente a dívida subordinada emitida elegível e 45% das reservas de reavaliação positivas. São deduzidas as participações em instituições financeiras e entidades seguradoras em 50% do seu valor;

− Deduções (“D”): Compreendem essencialmente a amortização prudencial dos imóveis recebidos em dação para liquidação de créditos e eventuais excedentes de exposição aos limites de grandes riscos.

Adicionalmente, a composição da base de capital está sujeita a um conjunto de limites. Desta forma, as regras prudenciais estabelecem que os FPC não podem exceder os FPB. Adicionalmente, determinadas componentes dos FPC (o designado Lower Tier II) não podem superar os 50% dos FPB.

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Consolidadas Intercalares 30 de Junho de 2008

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Em Abril de 2007, o Banco de Portugal publicou o Aviso n.º 4/2007 que alterou as regras de determinação dos fundos próprios. Este Aviso veio alterar o tratamento das participações em instituições financeiras e entidades seguradoras, que passaram a ser deduzidas em 50% aos FPB e 50% aos FPC. No caso das participações em instituições sujeitas à supervisão em base consolidada, nos termos do artigo 131.º do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, ou à supervisão complementar prevista no Decreto-Lei n.º 145/2006, a CEMG não procede à inclusão destas participações nestas deduções. Anteriormente, estas participações eram incluídas nas deduções efectuadas ao total dos fundos próprios.

Durante o primeiro semestre de 2008 o cálculo dos requisitos de fundos próprios passou a efectuar-se de acordo com a nova regulamentação de adequação de fundos próprios (Decretos-Lei 103/2007 e 104/2007). Foram adoptadas as abordagens Padrão para risco de crédito e risco de mercado, e a abordagem do Indicador Básico para risco operacional.

O reconhecimento prudencial nos fundos próprios da CEMG do impacto da adopção das IFRS em Janeiro de 2005 está a ser efectuado de forma linear (de acordo com o definido nos Aviso n.º 2/2005, n.º 4/2005 e n.º 12/2005 do Banco de Portugal):

− Até 2012 – na componente associada ao impacto da alteração de tábuas de mortalidade (em 30 de Julho de 2008 faltam incorporar 37 milhões de euros);

− Até 2011 - na componente associada ao impacto do reconhecimento de benefícios médicos pós-emprego (em 30 de Junho de 2008 faltam incorporar 10 milhões de euros);

− Até 2009 – na componente associada ao impacto do reconhecimento de pensões de reforma e sobrevivência (em 30 de Junho de 2008 faltam incorporar 29 milhões de euros).