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Resumo Este relatório é resultado da abertura de poço de inspeção de solo com retirada de amostras deformadas para determinação do teor de umidade da amostra de solo, em laboratório, realizado dia 14 de dezembro de 2012, no laboratório do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pampa, Campus Alegrete. Para a realização deste relatório foram usadas como guias as normas NBR 9604, para a abertura de poço e trincheira de inspeção de solo, e a NBR 6457, para a preparação das amostras de solo. 3

Relatório Mecânica dos Solos (corpo)(1)

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Resumo

Este relatório é resultado da abertura de poço de inspeção de solo com retirada de amostras deformadas para determinação do teor de umidade da amostra de solo, em laboratório, realizado dia 14 de dezembro de 2012, no laboratório do curso de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pampa, Campus Alegrete. Para a realização deste relatório foram usadas como guias as normas NBR 9604, para a abertura de poço e trincheira de inspeção de solo, e a NBR 6457, para a preparação das amostras de solo.

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Objetivo

O objetivo deste ensaio foi realizar da melhor maneira possível os procedimentos básicos para a abertura de poço e fixar os critérios para a retirada de amostras deformadas. Bem como aprender os métodos necessários para determinar o teor de umidade de solo em laboratório.

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Material

2 pás de corte; 1 enxada; 1 alavanca; 1 trena ; 5 sacos plásticos; Estufa; Balança; 3 cápsulas metálicas numeradas; Bandeja metálica; Etiquetas para identificação.

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Metodologia

A escavação do poço foi realizada no dia 9/12/2012 na Agropecuária Marimag em Alegrete/RS, 5º subdistrito do Inhanduí.

Para começar a escavação foi primeiramente definida a respectiva área de onde seria coletada a amostra de solo. A área escolhida estava situada em um terreno recentemente preparado para a agricultura, que continha pouca vegetação de cobertura (Figura 1).

Após escolha da área, a mesma foi delimitada por um quadrado de 4 metros de lado (Figura 2) determinado com a ajuda de uma trena. Neste foi feita a limpeza superficial do terreno (Figura 3).

Feita a limpeza nas delimitações do quadrado, no mesmo foram realizadas medidas para determinar seu centro (Figura 4), onde foi delimitada uma área de seção transversal de 1 metro de lado (Figura 5), para que fosse possível escavar o poço quadrado. Assim então se deu início à escavação do poço.

Figura 1 – Área de coleta da amostra de solo.

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Figura 2 – Delimitação da área quadrada com 4 metros de lado.

Figura 3 – Limpeza superficial do terreno.

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Figura 4 – Medição do centro do poço.

Figura 5 – Delimitação da área quadrada do poço com 1 metro de lado.

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Nos primeiros 0,1 metros cavados com a pá de corte, haviam grandes proporções de raízes provenientes da vegetação de cobertura antecessora, esses 0,1 metros inicias foram descartados da amostra, e foi feita nova escavação onde foi recolhida a amostra de 0,1 a 0,2 metros e acondicionada em saco plástico, identificando no próprio saco plástico somente a profundidade em que a amostra foi coletada, uma pequena parcela dessa amostra foi armazenada em outro saco plástico para que se mantivesse em sua umidade natural. O mesmo processo foi realizado para as profundidades entre 0,2 a 0,3 metros, 0,3 a 0,4 metros e 0,4 a 0,5 metros respectivamente. O saco plástico que continha as amostras que deveriam ser mantidas em sua umidade natural foi lacrado com fita colante e identificado.

Após a conclusão da retirada das amostras o poço foi totalmente preenchido com solo.

No dia 14/11/2012, as amostras foram transportadas para o laboratório de Engenharia Civil da Universidade Federal do Pampa, campus Alegrete. A amostra de solo de profundidade entre 0,1 e 0,2 metros foi retirada do saco plástico e colocada em uma bandeja metálica, para que se possam realizar futuros ensaios.

A amostra mantida em sua umidade natural será utilizada para determinar o teor de umidade do solo. A amostra foi homogeneizada, e submetida a alguns processos antes de ser encaminhada à estufa.

Primeiro foram identificadas e pesadas 3 cápsulas metálicas utilizando uma balança de precisão e anotando os dados respectivamente para cada uma. Em seguida foi adicionada uma pequena fração da amostra em cada cápsula e novamente pesada, anotando o peso do conjunto cápsula + massa úmida de solo respectivamente pra cada uma.

Feito isso, as cápsulas foram colocadas na estufa, à temperatura de 105±2% ºC por aproximadamente 48 horas, e após esse período, a cápsula foi retirada da estufa, e foi resfriada por aproximadamente 5 minutos em temperatura ambiente, igualando-se ao meio. E na sequencia foram pesados de novo o conjunto cápsula + massa seca de solo anotando respectivamente os valores obtidos.

N° da Cápsula Cápsula (g) Cápsula + solo úmido (g)

Cápsula + solo seco (g)

94 17,0 73,8 59,627 17,5 73,7 59,305 18,4 75,4 61,2

Para calcular o teor de umidade foi utilizada a seguinte equação:

w%=(massa dosolo úmido+cápsula )−(massa dosolo seco+cápsula)

(massado solo seco+cápsula )−massadacápsula . 100

E para calcular a média dos teores de umidade foi utilizada a seguinte equação:

x w=w94+w27+w05

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Apresentação dos Resultados

A partir dos dados e cálculos mostrados anteriormente foi montada a seguinte tabela:

N° da Cápsula Cápsula (g) Cápsula + solo úmido (g)

Cápsula + solo seco (g)

Teor de umidade do

solo (%)94 17,0 73,8 59,6 33,3327 17,5 73,7 59,3 34,4405 18,4 75,4 61,2 33,17

Média dos teores de umidade:

x w=33,64%

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Análise dos Resultados

Em termos de seguir ao pé da letra a norma que se refere a abertura de poço e retirada de amostras deformadas, pôde-se observar que vários itens não foram cumpridos, como: cercamento no perímetro da área limpa, abertura de sulco de drenagem para evitar entrada de água no poço, retirada de amostra quando homogênea a cada 1 metro, identificação feita com duas etiquetas, etc. Porém, para fins de aprendizado, os processos realizados em campo na escavação do poço foram de grande importância para melhor entendimento da norma, pois não é difícil estimar o que deve ser corrigido para fazer um ensaio de maiores dimensões com grandes chances de sucesso.

E na parte de laboratório, na obtenção do teor de umidade, não ficou devendo praticamente nada em relação a norma. O teor de umidade para a amostra obtido foi de 33,34%.

Conclusão

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Analisando os resultados obtidos, concluiu-se que os trabalhos de abertura de poços em campo, e o método para determinação do teor de umidade em laboratório, tiveram grande fundamento como forma de aprendizado, pois foi possível observar as etapas que devem ser cumpridas nos mesmos para que sejam feitos ensaios válidos em condições exigíveis, e aceitáveis. Proporcionando aptidões necessárias, que só se fixam e compreendem na prática.

Bibliografia

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ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6457: Preparação para ensaios de compactação e ensaios de caracterização. AGO, 1986.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 9604: Abertura de poço e trincheira de inspeção em solo. Com retirada de amostras deformadas e indeformadas. SET, 1986.

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