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Projeto Provedor de Informações Econômico-Financeiro do Setor de Energia Elétrica
Relatório Quadrimestral Indicadores Nacionais do Setor Elétrico:
SETEMBRO - DEZEMBRO 2011
Adriana Maria Dassie
RIO DE JANEIRO
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ÍNDICE
ÍNDICE DE TABELAS........................................................................................................................3 ÍNDICE DE GRÁFICOS......................................................................................................................4 SUMÁRIO EXECUTIVO ....................................................................................................................5 INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO..........................................................................................8
1 - Capacidade Instalada...............................................................................................................8 2 - Matriz Elétrica .......................................................................................................................11 3 - Leilões ...................................................................................................................................13 3.1 - Noticias...............................................................................................................................13 3.2 - Leilão de Transmissão.........................................................................................................13 3.3 - Leilão de Energia Existente .................................................................................................15 3.4 - Leilão de Energia Nova (A-5) ..............................................................................................15 4 - Geração.................................................................................................................................17 4.1 – Geração Hídrica.................................................................................................................18 4.2 – Geração Térmica................................................................................................................20 4.3 – Geração Nuclear ................................................................................................................22 4.4 – Itaipu..................................................................................................................................23 5 - Fluxo de Energia Elétrica entre os Subsistemas......................................................................25 6 - Nível dos Reservatórios..........................................................................................................27 6.1 – Energia armazenada por subsistema ...................................................................................27 6.2 – Energia natural afluente por subsistema..............................................................................29 7 - Carga de Energia no Sistema Interconectado..........................................................................31 8 - Consumo................................................................................................................................33 8.1 - Consumo Total ....................................................................................................................33 8.2 - Consumo por Classe............................................................................................................34 9 – Mercado Spot ........................................................................................................................41
REFERENCIAS .................................................................................................................................43 GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS .......................................................................................44
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ÍNDICE DE TABELAS Tabela 1: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2010 (MW) ....... 9 Tabela 2: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974–2010 (em %) ..... 10 Tabela 3: Matriz de Energia Elétrica (fevereiro de 2012)............................................. 12 Tabela 4: Geração Mensal de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2009 a Dez-2011, (em GWh)................................................................................................................... 19 Tabela 5: Geração Mensal de Energia Térmica por Subsistema. Jan-2008 a Dez-2011, (em GWh)................................................................................................................... 21 Tabela 6: Geração Mensal de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2011. ....................... 22 Tabela 7: Geração Mensal de Energia pela Usina de Itaipu, Jan-2000 a Dez-2011....... 24 (em GWh)................................................................................................................... 24 Tabela 8: Intercâmbio de Eletricidade entre as Regiões. Jan-2008 a Dez-2011, ........... 25 (em GWh)................................................................................................................... 25 Tabela 9: Brasil. Armazenamento Mensal de Energia por Subsistema. Jan-2009 a Dez-2011, (em GWh) ......................................................................................................... 27 Tabela 10: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2009 a Dez-2011, (em GWh) ......................................................................................................... 31 Tabela 11: Centro-Oeste – Comparação do Consumo de Eletricidade Mensal (GWh e %)............................................................................................................................... 35 Tabela 12: Norte – Comparação do Consumo Mensal de Eletricidade (GWh e %) ...... 36 Tabela 13: Nordeste – Comparação do Consumo Mensal de Eletricidade (GWh e %) . 37 Tabela 14: Sudeste – Comparação do Consumo Mensal de eletricidade (GWh e %).... 38 Tabela 15: Sul – Comparação do Consumo Mensal de eletricidade (GWh e %)........... 39 Tabela 16: Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Jan-2008 a Dez-2011 (em R$/MWh) ................................................................................................................... 42
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ÍNDICE DE GRÁFICOS Gráfico 1: Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte, 2010 ..................................... 11 Gráfico 2: Comparação da Evolução Mensal da Geração de Energia Elétrica, de Fonte Hídrica, no SIN (GWh) ............................................................................................... 18 Gráfico 3: Geração de Energia Hídrica por Subsistema, Jan-2000 a Dez-2011,............ 20 (em GWh)................................................................................................................... 20 Gráfico 4: Geração de energia térmica por subsistema. Jan-2000 a Dez-2011,............. 21 (em GWh)................................................................................................................... 21 Gráfico 5: Geração de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh) .................. 23 Gráfico 6: Brasil. Energia Gerada pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Dez-2011,............ 24 Gráfico 7: Intercâmbio de energia entre as regiões. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh) . 26 Gráfico 8: Armazenamento de Energia Mensal por Subsistema. Jan- 2000 a Dez-201128 (em GWh)................................................................................................................... 28 Gráfico 9: Energia Natural Afluente por Região. Jan-2009 a Dez-2011, ...................... 30 (em MW médios) ........................................................................................................ 30 Gráfico 10: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh) ......................................................................................................... 32 Gráfico 11: Evolução do Consumo Total (GWh), 2008 a 2011.................................... 34 Gráfico 12: Evolução do Consumo Setorial Total (GWh), 2011 .................................. 34 Gráfico 13: Centro-Oeste – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011 ............... 35 Gráfico 14: Norte – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011........................... 36 Gráfico 15: Nordeste – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011...................... 37 Gráfico 16: Sudeste – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011........................ 38 Gráfico 17: Sul – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011............................... 39 Gráfico 18: Evolução do Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Maio de 2003 a Dezembro de 2011 (em R$/MWh) ................................................................... 41
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SUMÁRIO EXECUTIVO
Este relatório tem como objetivo central sistematizar e analisar os principais
indicadores do setor elétrico brasileiro. Para isso foram selecionados o que a literatura
especializada no setor considera como os principais e mais importantes dados e
indicadores. Este conjunto de informações está apresentado no formato de tabelas e
gráficos.
A estrutura do relatório Indicadores Nacionais do Setor Elétrico está dividida em
nove seções: Capacidade Instalada; Matriz Energética; Leilões; Geração; Fluxo de
Energia; Nível dos Reservatórios; Carga de Energia; Consumo Faturado e Mercado
Spot. Em cada seção são apresentadas as análises dos principais resultados verificados
no setor elétrico brasileiro, no período que abrange os meses de janeiro a abril de 2011,
comparando com o período homólogo dos anos anteriores.
O primeiro item, sobre Capacidade Instalada, trata da capacidade total de energia
instalada, assim como o número de usinas térmicas, hídricas, nucleares ou de outras
fontes de energia. Estes dados são apurados do último Balanço Energético Nacional,
publicado pela EPE e, que neste caso trás os valores de 2009.
Já a seção Matriz Energética apresenta um quadro geral dos empreendimentos
que estão em operação. Estão disponibilizados dados sobre a capacidade total de
geração das unidades em operação, e a participação de cada fonte de energia no total.
A terceira seção analisa os Leilões de Energia ocorridos no período analisado,
que para este período foram realizados três leiloes: Leilão de Transmissão, Leilão de
Energia de Reserva e Leilão de Energia Nova.
A quarta e quinta seções analisam o volume de energia gerado no Sistema
Interligado Nacional, provenientes das principais fontes de energia no país: Hídricas,
Térmicas e Nucleares. Os dados apresentados também contemplam de que forma os
subsistemas (Sudeste/Centro-Oeste; Sul; Norte e Nordeste) participam do volume total
de energia geral e os resultados dos intercâmbios de energia realizados entre eles. Pela
importância no quadro geral do SIN, a Hidrelétrica Binacional de Itaipu será tratada
individualmente em uma das subseções.
6
O comportamento dos reservatórios das hidrelétricas que compõem o sistema
elétrico brasileiro será tratado na sexta seção. Estão disponíveis dados sobre
armazenamento total de energia nos reservatórios por subsistema; percentual de
capacidade máxima dos reservatórios; energia natural afluente por subsistema.
A carga de energia, registrada no Sistema Interligado Nacional, é importante
indicador sobre a demanda de energia elétrica no país e, está na sétima seção do
presente relatório.
O oitavo tópico do relatório é referente ao consumo faturado por classes de
consumo e por subsistemas. E a última seção apresenta os preços médios mensais da
energia comercializada no mercado spot nos quatro subsistemas do SIN.
O Setor Elétrico Brasileiro apresentava, em fins de 2008, capacidade geradora
instalada de 103.961 MW, de acordo com os dados do Balanço Energético Nacional
2009 (BEN), elaborado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A capacidade
instalada cresceu a uma taxa média de 3,49% na década dos 90 e de 4,53% entre 2000 e
2008. A capacidade instalada total aumentou entre 1990 e 2009 em uma taxa média
anual de 3,83%.
O Brasil detinha, até fevereiro de 2012, 2.577 usinas, de diferentes fontes de
energia. A energia hidrelétrica representava 65,75% do total do país, com uma
capacidade total de geração de aproximadamente 82.370.591 KW. O gás natural
participava com 10,56% do total. As usinas abastecidas por biomassa participavam com
7,18% e eólica com 1,55%.
Em termos de geração, o volume total de energia gerado no Sistema Interligado
Nacional durante 2011 foi de 575.903,06 GWh, sendo que as fontes hídricas,
representaram 78,2% do total. A geração térmica no segundo quadrimestre de 2010 foi
responsável por apenas 4,5% de energia gerada. Já a geração nuclear foi responsável por
2,7% do total gerado no SIN.
O montante de energia armazenada no SIN no ano, totalizou 1.812.482,39 GWh,
o que representou variação positiva de 15,2% em relação ao mesmo período de 2010. Já
a energia afluente registrada nos rios com hidroelétricas do Sistema Interligado
Nacional, durante o período, totalizou 815.171,91 MW médios. Neste caso, houve
elevação de 21,4% em relação à energia afluente registrada no período homônimo de
2010.
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A Carga de Energia demandada no âmbito do Sistema Interligado Nacional em
2011 alcançou o patamar de 491.279,45 GWh, o que representou aumento de 3,4% em
relação ao ano de 2010.
O consumo faturado de energia no Brasil durante 2011 foi de 430.236 GWh, o
que representou aumento de 3,6% em relação ao mesmo período do ano de 2010.
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INDICADORES DO SETOR ELÉTRICO 1 - Capacidade Instalada
De acordo com a ANEEL a capacidade instalada no Brasil em 2011 chegou a
117.134,72 MW provenientes de 2608 usinas hidrelétricas, termelétricas, eólicas,
nucleares, pequenas centrais hidrelétricas e centrais geradoras hidrelétricas. A energia
das hidrelétricas predomina e responde por 66,91% da capacidade instalada do país,
seguida das termelétricas, com 26,67%, e das pequenas centrais hidrelétricas, com
3,3%. Compõem ainda a matriz 1,71% de potência de usinas nucleares, 1,22% de
eólicas e 0,18% das centrais geradoras. Ao longo de 2011 entraram em operação
comercial empreendimentos cuja potência equivale a 4.199,3 MW. Dos quais 1.142,8
MW são de hidrelétricas, 432,7 MW de pequenas centrais hidrelétricas (PCH), 498,3
MW de eólicas e 2.125,5 MW de UTES, divididas entre térmicas movidas a
combustível fóssil (1.206,45 MW) e à biomassa (919,05 MW).
Segundo dados do último Balanço Energético Nacional (BEN) de 2011, com
base nos dados de 2010, o Brasil apresenta uma matriz de geração elétrica de origem
predominantemente renovável, sendo que a geração interna hidráulica responde por
montante superior a 74,% da oferta. Somando as importações, que essencialmente
também são de origem renovável, pode-se afirmar que aproximadamente 86% da
eletricidade no Brasil é originada de fontes renováveis.
Ainda de acordo com o BEN 2011, em 2010, o acréscimo de capacidade de
geração foi de aproximadamente 7,1 GW. A capacidade instalada das centrais de
geração de energia elétrica do Brasil alcançou 113.327 MW, na soma das centrais de
serviço público e autoprodutoras. Deste total, as centrais hidráulicas representam 71,2%,
ao passo que centrais térmicas respondem por 26,2% da capacidade total. As usinas
nucleares participam com 1,8% sendo o restante (0,8%) de origem eólica, como mostra
as Tabelas 1 e 2.
A Tabela 1 apresenta a evolução da capacidade instalada de geração elétrica no
Brasil no período de 1974 a 2010. Os dados são apresentados por fonte geradora e por
tipo de produtor (serviço público e/ou produtores independentes e autoprodutores.
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Tabela 1: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974 – 2010 (MW) NUCLEAR
SP e/ou PIE APE Total SP e/ou PIE APE Total SP e/ou PIE APE Total SP e/ou PIE SP e/ou PIE APE Total1974 13.224 500 13.724 2.489 1.920 4.409 - - - - 15.713 2.420 18.1331975 15.815 501 16.316 2.436 2.216 4.652 - - - - 18.251 2.717 20.9681976 17.343 561 17.904 2.457 2.223 4.680 - - - - 19.800 2.784 22.5841977 18.835 561 19.396 2.729 2.214 4.943 - - - - 21.564 2.775 24.3391978 21.104 561 21.665 3.048 2.259 5.307 - - - - 24.152 2.820 26.9721979 23.667 568 24.235 3.573 2.411 5.984 - - - - 27.240 2.979 30.2191980 27.081 568 27.649 3.484 2.339 5.823 - - - - 30.565 2.907 33.4721981 30.596 577 31.173 3.655 2.441 6.096 - - - - 34.251 3.018 37.2691982 32.542 614 33.156 3.687 2.503 6.190 - - - - 36.229 3.117 39.3461983 33.556 622 34.178 3.641 2.547 6.188 - - - - 37.197 3.169 40.3661984 34.301 622 34.923 3.626 2.547 6.173 - - - - 37.927 3.169 41.0961985 36.453 624 37.077 3.708 2.665 6.373 - - - 657 40.818 3.289 44.1071986 37.162 624 37.786 3.845 2.665 6.510 - - - 657 41.664 3.289 44.9531987 39.693 636 40.329 3.910 2.665 6.575 - - - 657 44.260 3.301 47.5611988 41.583 645 42.228 4.025 2.665 6.690 - - - 657 46.265 3.310 49.5751989 44.172 624 44.796 4.007 2.665 6.672 - - - 657 48.836 3.289 52.1251990 44.934 624 45.558 4.170 2.665 6.835 - - - 657 49.761 3.289 53.0501991 45.992 624 46.616 4.203 2.665 6.868 - - - 657 50.852 3.289 54.1411992 47.085 624 47.709 4.018 2.665 6.683 - - - 657 51.760 3.289 55.0491993 47.967 624 48.591 4.127 2.847 6.974 - - - 657 52.751 3.471 56.2221994 49.297 624 49.921 4.151 2.900 7.051 - - - 657 54.105 3.524 57.6291995 50.680 687 51.367 4.197 2.900 7.097 - - - 657 55.534 3.587 59.1211996 52.432 687 53.119 4.105 2.920 7.025 - - - 657 57.194 3.607 60.8011997 53.987 902 54.889 4.506 2.920 7.426 - - - 657 59.150 3.822 62.9721998 55.857 902 56.759 4.798 2.995 7.793 - - - 657 61.312 3.897 65.2091999 58.085 912 58.997 5.217 3.309 8.526 - - - 657 63.959 4.221 68.1802000 60.095 968 61.063 6.567 4.075 10.642 - - - 2.007 68.669 5.043 73.7122001 61.551 972 62.523 7.559 4.166 11.725 - - - 2.007 71.117 5.138 76.2552002 64.146 1.165 65.311 10.654 4.486 15.140 - - - 2.007 76.807 5.651 82.4582003 66.587 1.206 67.793 11.693 5.012 16.705 - - - 2.007 80.287 6.218 86.5052004 67.572 1.427 68.999 14.529 5.198 19.727 - - - 2.007 84.108 6.625 90.7332005 69.274 1.583 70.857 14.992 5.272 20.264 27 2 29 2.007 86.300 6.857 93.1572006 71.767 1.666 73.433 14.285 6.672 20.957 235 2 237 2.007 88.294 8.340 96.6342007 73.622 3.249 76.871 14.270 7.055 21.325 245 2 247 2.007 90.144 10.306 100.4502008 74.546 3.742 78.288 15.291 7.961 23.252 413 1 414 2.007 92.257 11.704 103.9612009 75.501 3.790 79.291 15.611 8.704 24.315 600 2 602 2.007 93.720 12.496 106.2152010 77.318 3.385 80.703 17.548 12.141 29.689 926 2 928 2.007 97.728 15.528 113.327
Ano TOTAISHIDRO TERMO EÓLICA
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com base nos dados do BEN 2011 SP – Serviço Público PIE – Produtores Independentes APE - Autoprodutor Inclui metade da Usina de Itaipu
A Tabela 2 apresenta a participação percentual por tipo de fonte no total da
capacidade instalada. Destaca-se a diminuição gradativa da participação da capacidade
instalada de hidrelétricas desde 1996, quando esta fonte representava 87,4% do total
instalado no país. Segundo dados do ano de 2010 (BEN 2011), a participação hídrica foi
de 71,2%. A partir do racionamento, ocorrido em 2001, a participação hídrica na matriz
elétrica brasileira vem diminuindo, isto porque vem ocorrendo uma diversificação na
matriz. A diversificação acontece para diminuir o risco de novos racionamentos, já que
as novas usinas hidrelétricas, que estão sendo construídas, já não podem ter grandes
reservatórios, o que diminui a sua capacidade de armazenamento de água
comprometendo sua capacidade de gerar nos períodos secos.
10
Tabela 2: Capacidade Instalada de Geração Elétrica do Brasil, 1974–2010 (em %)
Hidro Termo Eólica Nuclear Hidro Termo Eólica Hidro Termo Eólica Nuclear1974 84,2 15,8 - - 20,7 79,3 - 75,7 24,3 - -1975 86,7 13,3 - - 18,4 81,6 - 77,8 22,2 - -1976 87,6 12,4 - - 20,2 79,8 - 79,3 20,7 - -1977 87,3 12,7 - - 20,2 79,8 - 79,7 20,3 - -1978 87,4 12,6 - - 19,9 80,1 - 80,3 19,7 - -1979 86,9 13,1 - - 19,1 80,9 - 80,2 19,8 - -1980 88,6 11,4 - - 19,5 80,5 - 82,6 17,4 - -1981 89,3 10,7 - - 19,1 80,9 - 83,6 16,4 - -1982 89,8 10,2 - - 19,7 80,3 - 84,3 15,7 - -1983 90,2 9,8 - - 19,6 80,4 - 84,7 15,3 - -1984 90,4 9,6 - - 19,6 80,4 - 85,0 15,0 - -1985 89,3 9,1 - 1,6 19,0 81,0 - 84,1 14,4 - 1,51986 89,2 9,2 - 1,6 19,0 81,0 - 84,1 14,5 - 1,51987 89,7 8,8 - 1,5 19,3 80,7 - 84,8 13,8 - 1,41988 89,9 8,7 - 1,4 19,5 80,5 - 85,2 13,5 - 1,31989 90,4 8,2 - 1,3 19,0 81,0 - 85,9 12,8 - 1,31990 90,3 8,4 - 1,3 19,0 81,0 - 85,9 12,9 - 1,21991 90,4 8,3 - 1,3 19,0 81,0 - 86,1 12,7 - 1,21992 91,0 7,8 - 1,3 19,0 81,0 - 86,7 12,1 - 1,21993 90,9 7,8 - 1,2 18,0 82,0 - 86,4 12,4 - 1,21994 91,1 7,7 - 1,2 17,7 82,3 - 86,6 12,2 - 1,11995 91,3 7,6 - 1,2 19,2 80,8 - 86,9 12,0 - 1,11996 91,7 7,2 - 1,1 19,0 81,0 - 87,4 11,6 - 1,11997 91,3 7,6 - 1,1 23,6 76,4 - 87,2 11,8 - 1,01998 91,1 7,8 - 1,1 23,1 76,9 - 87,0 12,0 - 1,01999 90,8 8,2 - 1,0 21,6 78,4 - 86,5 12,5 - 1,02000 87,5 9,6 - 2,9 19,2 80,8 - 82,8 14,4 - 2,72001 86,5 10,6 - 2,8 18,9 81,1 - 82,0 15,4 - 2,62002 83,5 13,9 - 2,6 20,6 79,4 - 79,2 18,4 - 2,42003 82,9 14,6 - 2,5 19,4 80,6 - 78,4 19,3 - 2,32004 80,3 17,3 - 2,4 21,5 78,5 - 76,0 21,7 - 2,22005 80,3 17,4 0,0 2,3 23,1 76,9 0,0 76,1 21,8 0,0 2,22006 81,3 16,2 0,3 2,3 20,0 80,0 0,0 76,0 21,7 0,2 2,12007 81,7 15,8 0,3 2,2 31,5 68,5 0,0 76,5 21,2 0,2 2,02008 80,8 16,6 0,4 2,2 32,0 68,0 0,0 75,3 22,4 0,4 1,92009 80,6 16,7 0,6 2,1 30,3 69,7 0,0 74,7 22,9 0,6 1,92010 79,1 18,0 0,9 2,1 21,8 78,2 0,0 71,2 26,2 0,8 1,8
SP e/ou PIE APE TOTAISAno
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do BEN 2011 SP - Serviço Público PIE - Produtor Independente APE – Autoprodutor Inclui metade da Usina de Itaipu
Ainda de acordo com a Tabela 2 houve um aumento de 8,5% na participação
térmica (APE), de 2009 para 2010, o que contribui com a elevação de 3,3% na
participação total de termelétricas na capacidade instalada, de 22,9% em 2009 para
26,2% em 2010. Em relação à capacidade instalada proveniente de fonte eólica, a
potência instalada aumentou 54,1% em 2010, segundo o BEN (2011). O parque eólico
nacional cresceu 326 MW, alcançando 928 MW ao final de 2010, em decorrência da
inauguração de 14 parques eólicos.
11
2 - Matriz Elétrica
O Brasil apresenta uma matriz de geração elétrica predominantemente
renovável, sendo que a geração interna hidráulica respondeu por mais de 74% da oferta
em 2010. Somando as importações, que essencialmente também são de origem
renovável, pode-se concluir que aproximadamente 86% da eletricidade no Brasil foi
originada de fontes renováveis. O Gráfico apresenta a estrutura da oferta interna de
eletricidade no Brasil.
Gráfico 1: Oferta Interna de Energia Elétrica por Fonte, 2010
74,0%
1,3%
2,7%3,6%
6,8%0,4% 4,7%
6,5%
Hidráulica Carvão e Derivados * Nuclear Derivados do petróleo Gás Natural Eólica Biomassa** Importação
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados do BEN, 2011 * Inclui gás de coqueria **Biomassa inclui lenha, bagaço de cana, lixívia e outras recuperações
De acordo com o Banco de Informação de Geração (BIG), da Aneel, o Brasil
possuía, até 29 de fevereiro de 2012, 2.577 usinas em operação totalizando uma
capacidade instalada de aproximadamente 125.282.756 kW, incluindo o Sistema
Interligado Nacional e os Sistemas Isolados, conforme a Tabela.
Entraram em operação 96 novas usinas no período de setembro de 2011 a
fevereiro de 2012. Esta quantidade equivale a 2.380.224 kW de nova capacidade
instalada. No período foram instaladas14 novas usinas eólicas e 26 hidrelétricas.
12
A potência instalada proveniente de fontes hídricas representa 65,75% do total
do país, somando aproximadamente 82370591 kW. As usinas abastecidas por gás
representam 10,56% do total, subdividido em gás natural (9,12% do total da matriz
energética) e processado (1,43% também do total da matriz). A energia nuclear
representa 1,60% da matriz energética brasileira, com duas usinas instaladas (Angra 1 e
2), conforme a Tabela 3. A biomassa registra participação de 7,18%, enquanto que as
Eólicas correspondem a 1,17% da potência instalada no país. As fontes mais poluentes,
petróleo e carvão, registram, respectivamente, 5,66% e 1,55% da capacidade instalada,
em fevereiro de 2012.
Tabela 3: Matriz de Energia Elétrica (fevereiro de 2012)
N.° de Usinas (kW)
Hidro 972 82.370.591 65,75Natural 104 11.427.953
Processo 39 1.797.183Total 143 13.225.136 10,56
Óleo Diesel 903 3.158.190Óleo Residual 34 3.936.311
Total 937 7.094.501 5,66
Bagaço de Cana 347 7.263.788
Licor Negro 14 1.245.198Madeira 43 376.535Biogás 18 76.308
Casca de Arroz 8 32.608Total 430 8.994.437 7,18
Nuclear 2 2.007.000 1,60 Carvão Mineral 10 1.944.054 1,55
Eólica 73 1.145.742 1,17Paraguai 5.650.000Argentina 2.250.000Venezuela 200.000Uruguai 70.000
Total 8.170.000 6,522.577 125.282.756 100Total
Gás
Petróleo
Biomassa
Importação
Empreendimentos em Operação
TipoCapacidade Instalada Participação
em (%)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados da ANEEL
13
3 - Leilões
É por meio de licitação na modalidade de leilões que as concessionárias, as
permissionárias e as autorizadas de serviço público de distribuição de energia elétrica do
Sistema Interligado Nacional (SIN), devem garantir o atendimento a totalidade de seu
mercado no Ambiente de Contratação Regulada (ACR), de acordo com o Decreto nº
5.163/2004, artigo 11º e Lei nº 10.848/2004, artigo 2º.
3.1 - Noticias
O Brasil é um dos países que tem leilões mais sofisticados do mundo quando o
objetivo é contratar nova capacidade de energia. Nos certames brasileiros a compra de
energia é realizada em conjunto por todo o mercado regulado e as regras são comuns a
todos os participantes. Os leilões de energia foi tema de um livro publicado pelo Banco
Mundial: Electricity Auctions - an overview of efficient practices (Leilões de Energia -
um panorama das práticas eficientes), que apresenta uma visão da experiência
internacional dos certames de energia e tem como autores Luiz Augusto Barroso, da
PSR Consultoria, e Luiz Maurer, do próprio Banco Mundial. "Atualmente, os leilões
são usados como mecanismos para a compra e venda de uma gama muito ampla de
produtos no setor elétrico e com vários objetivos. Dentre estes se incluem leilões de
contratos para a entrada de nova capacidade e leilões de produtos financeiros para
gerenciamento de risco", explicaram os autores.
3.2 - Leilão de Transmissão O deságio médio do Leilão de Transmissão realizado no dia 02 de setembro de
2011, pela Aneel, foi de 22,74%. Isso significa que a receita que dos empreendedores
com a exploração dos investimentos ficará menor que o previsto inicialmente,
contribuindo para modicidade tarifária de energia. A RAP média a ser obtida após o
início da exploração dos empreendimentos ficará em R$ 263.660.972,00, contra R$
341.269.260,00 estabelecidos inicialmente. "O resultado deste certame coroa o sucesso
do modelo brasileiro de leilão, que tem sido inclusive exportado para outros países",
afirmou o diretor-geral da Aneel, Nelson Hübner. Em relação ao deságio, o diretor
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ressaltou que, excluído o resultado do Lote A, arrematado pelo preço proposto pela
Agência, o deságio médio teria ficado em 35%, equivalente ao patamar de certames
anteriores.
No balanço geral, a CHESF venceu a disputa pelos lotes G, H e I, mas participou
também do Consórcio Garanhuns, vencedor do Lote L, em parceria com a CTEEP.
Isoladamente, a CTEEP arrematou o Lote K. A Eletronorte venceu os lotes B e C, mas
participou do Consórcio Boa Vista, em companhia da Alupar Investimentos S/A, que
arrematou o Lote A. Furnas Centrais Elétricas S/A ficou com o Lote D. O Consórcio
Costa Oeste, formado pela Copel Geração e Transmissão e Eletrosul Centrais Elétricas
AS, venceu o Lote E, enquanto a Orteng Energia Ltda. arrematou o Lote F. A Isolux
Energia Participações S/A venceu o Lote J.
A Eletronorte, em consórcio com a Alupar, arrematou três lotes de leilão de
transmissão de energia. O consórcio levou o maior lote do leilão e, com isso, será
responsável pela construção da linha que vai ligar a cidade de Manaus a Boa Vista.
Desta forma, a capital de Roraima passará a se integrar ao SIN. A receita anual nacional
do lote é de R$ 121 milhões e a previsão de entrada em operação comercial é de 36
meses. A linha atravessa boa parte da Floresta Amazônica e é considerada bastante
complexa, tanto que não apresentou outros concorrentes. O consórcio venceu sem
aplicar nenhum deságio à receita máxima estabelecida.
Em disputa acirrada com o grupo Neoenergia, a Companhia de Transmissão de
Energia Elétrica Paulista (CTEEP) venceu com deságio de 38% o segundo maior lote do
leilão de transmissão. O lote L é referente à construção de quatro linhas de transmissão
e duas subestações na Paraíba e em Pernambuco. A receita anual é de R$ 68,9 milhões.
As subsidiárias da Eletrobras, Furnas, Eletrosul e Chesf, também arremataram
lotes no leilão de transmissão de energia. Furnas venceu o lote D, que vai ligar Xavantes
a Pirineus. O deságio foi de 6,65% e a receita anual é de R$ 3,020 milhões. A Eletrosul,
em consórcio com a Copel, foi a vencedora do lote E referente à linha que irá interligar
Cascavel a Umuarama, ambas no Paraná. O deságio foi de 3,13% e a RAP é de R$ 8,88
milhões. A Chesf arrematou o lote G que corresponde à subestação de Teresina, no
Piauí. A empresa foi a única que deu lance e, em função disso, não houve deságio. A
RAP é de R$ 7 milhões. A companhia ainda levou o lote H, que irá interligar Recife a
15
Suape (PE). Como não houve concorrência, não houve deságio na operação. A receita
anual é de R$ 5,6 milhões. No caso do lote F, a vencedora foi uma empresa privada de
Minas Gerais, a Orteng. A companhia será responsável pela construção da linha de
transmissão de Mesquita a Timóteo, na região oeste de Minas Gerais. O deságio foi de
13% e a RAP é de R$ 2,39 milhões.
O grupo espanhol Isolux venceu o lote J do leilão de transmissão para a linha de
São Paulo e Rio de Janeiro, que irá permitir o escoamento proveniente das usinas do
Rio Madeira. O deságio foi de 44%, superando a proposta de Furnas que apresentava
um deságio de 38,7%. A RAP é de R$ 27,98 milhões. O presidente do conselho de
administração da companhia, João Nogueira Batista, afirmou que são estimados
investimentos na ordem de R$ 400 milhões.
3.3 - Leilão de Energia Existente No dia 30 de novembro de 2011 foi realizado o 10º Leilão de Compra de
Energia Elétrica proveniente de empreendimentos de geração existente. Foram
comercializados 195 lotes de 1 MW médio de energia, o que soma mais de 5.129.280
MWh ao longo dos três anos de suprimento. Os preços dos lances vencedores foram
próximos ao preço inicial estabelecido para o leilão (R$ 82,00/MWh). O preço médio
ponderado dos lances vencedores foi de R$ 79,99/MWh.
Toda a energia ofertada vem de empresas estatais. A Eletronorte, com 99 lotes,
foi a maior vendedora e respondeu por pouco mais da metade da oferta total. A Cemig
foi a segunda maior vendedora, com 85 lotes. Do lado da demanda, a maior parte da
energia (73%) destina-se a distribuidoras localizadas no Submercado Sul (AES Sul,
CEEE D e RGE).
3.4 - Leilão de Energia Nova (A-5) No dia 20 de dezembro de 2011 foi realizado o 13º Leilão de Compra de Energia
Elétrica proveniente de novos empreendimentos de geração (A-5). Foram
comercializados cerca de 104 mil GWh, o que equivale a 555,2 MW médios. Com o
resultado do leilão a potencia instalada no parque gerador brasileiro aumentará em
1.211,5 MW, sendo 80,6% proveniente de aerogeradores, 11,1% de uma hidrelétrica e
8,3% de duas termelétricas a bagaço de cana de açúcar. A maior parte foi contratada na
16
modalidade por disponibilidade, 473,4 MW médios. Os 81,8 MW médios
remanescentes foram contratados na modalidade por quantidade.
O preço médio ponderado da energia comercializada foi de R$ 102,18/MWh. O
menor preço foi da usina de São Roque, R$ 91,20/MWh. O preço médio ponderado das
usinas a biomassa foi de R$ 103,06/MWh e o das eólicas foi de R$ 105,12/MWh.
A energia contratada destina-se ao atendimento de 26 distribuidoras. A Celg D
foi a que mais contratou 13,7% da energia comercializada no leilão; seguida pela
Eletropaulo, 10,9%; a Celesc Dist, 9,6%; Celpe, 9,6%; Cemar, 7,6%; CPFL Paulista,
7,2%, entre outras.
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4 - Geração
A presente seção apresenta o quadro geral de Geração de Energia no Sistema
Interligado Nacional desde o ano 2000, para se ter um panorama de como se comportou
o sistema frente a crise energética de 2001 e se já houve a recuperação dos níveis de
geração registrados no período anterior a crise. Neste relatório, em especial, a análise
será centrada no período de maio a agosto de 2011.
Esta seção está dividida em quatro tópicos com dados sobre o volume de energia
gerado pelas fontes: Hídricas, Térmicas e Nucleares, além da energia proveniente da
Usina Binacional de Itaipu. Quando possível, os dados serão apresentados para cada
subsistema (Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste).
O Sistema Interligado Nacional (SIN) gerou 575.903,06 GWh de energia elétrica
durante o ano de 2011. Este volume de energia representou expansão de 17,4% em
relação ao montante gerado no SIN no ano de 2010, quando o volume de energia foi de
490.380,35 GWh. A energia hídrica foi responsável por 78,2% do total gerado no
âmbito do SIN no decorrer do ano de 2011. Já as fontes térmicas foram responsáveis
por 4,5% do total gerado, enquanto que as fontes nucleares representaram 2,7% do
volume gerado no sistema interligado. Itaipu foi responsável por 14,6% da geração. Em
relação aos dados do ano anterior, no mesmo período, houve crescimento de
aproximadamente 7 pontos percentuais da participação das fontes hídricas no total de
energia gerado no âmbito do SIN. Em relação as fontes térmicas tiveram redução de
30,7 pontos percentuais. Já as fontes nucleares tiveram aumento de 7,9 pontos
percentual em relação ao ano de 2010. o Gráfico 2 mostra como evoluiu a geração
hídrica de 2009 até 2011.
18
Gráfico 2: Comparação da Evolução Mensal da Geração de Energia Elétrica, de Fonte Hídrica, no SIN (GWh)
25.000,00
27.000,00
29.000,00
31.000,00
33.000,00
35.000,00
37.000,00
39.000,00
41.000,00
Jane
iro
Feve
reiro
Mar
ço
Abril
Mai
o
Junh
o
Julh
o
Agos
to
Sete
mbr
o
Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
2009 2010 2011
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
4.1 – Geração Hídrica Em 2011 as centrais de geração de fonte hídrica do SIN geraram 450.233,07
GWh de energia, conforme a Tabela 4. O montante representou avanço de 6,5% em
relação ao total gerado no ano de 2010, quando o montante total foi de 422.893,4 GWh.
O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 32,4% do volume total
de energia hídrica gerada no SIN no ano de 2011. O montante de 186.479,17 GWh foi
0,9% superior ao registrado em 2010, quando foi registrada geração de 184.773,22
GWh.
Já o Subsistema Sul teve participação de 15% do total gerado por fontes hídricas
durante 2011. O volume de 86.510,18 GWh e representou aumento de 14% em relação
ao total gerado pelo subsistema em 2010, quando a geração alcançou 75.896,56 GWh.
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Tabela 4: Geração Mensal de Energia Hídrica por Subsistema. Jan-2009 a Dez-2011, (em GWh)
2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011
Janeiro 14.760,93 17.714,44 16.551,82 5.055,99 6.201,43 6.624,61 3.705,25 3.965,85 3.735,43 3.346,51 4.256,47 4.246,05 33.428,93 37.586,52 38.783,35
Fevereiro 14.735,62 15.691,80 14.039,48 3.452,28 6.217,81 7.682,48 3.993,04 4.367,09 4.247,77 3.533,96 4.036,01 3.938,05 32.374,19 35.431,87 36.723,85
Março 16.320,09 17.120,21 16.372,34 3.466,50 6.572,70 7.463,76 5.056,23 5.399,97 4.659,19 4.052,65 4.257,48 4.279,20 36.724,73 39.299,17 39.240,35
Abril 15.737,10 15.773,09 15.760,63 2.123,34 6.003,18 6.642,62 4.361,09 5.034,06 4.986,97 3.972,23 3.505,26 4.036,05 33.722,80 36.035,14 37.769,83
Maio 14.939,00 14.573,55 14.482,41 1.386,05 6.709,19 6.513,48 4.667,58 4.489,10 5.335,49 5.080,24 3.506,07 3.456,30 32.879,18 35.750,91 37.202,26
Junho 14.024,00 13.244,27 14.753,64 1.378,89 6.928,66 5.798,56 4.665,03 2.963,97 3.699,06 4.474,72 3.090,51 3.653,52 31.430,61 33.115,37 35.202,26
Julho 14.250,00 14.729,62 14.779,64 3.981,41 7.216,76 8.188,93 3.384,29 2.678,53 2.383,86 4.716,10 3.481,58 3.965,06 34.111,57 35.346,34 36.725,96
Agosto 13.458,00 14.229,39 15.369,65 7.545,16 6.986,66 8.920,42 2.722,61 2.357,91 2.817,47 4.354,33 3.364,58 4.264,44 35.524,83 33.902,32 38.616,90
Setembro 13.837,36 14.692,32 15.099,81 7.732,17 5.660,66 8.263,78 2.077,71 1.909,91 2.852,91 4.135,28 3.622,08 4.494,48 34.795,02 32.438,16 37.317,56
Outubro 14.682,42 14.935,93 15.384,48 7.970,87 6.106,05 8.120,89 1.755,28 1.508,83 2.252,28 4.761,51 4.255,89 5.039,61 36.134,94 34.026,46 37.728,17
Novembro 16.350,60 15.812,19 16.192,60 7.379,65 5.019,71 7.314,47 1.906,32 1.596,28 1.885,00 5.082,16 3.781,12 4.460,33 37.787,06 33.564,24 36.600,48
Dezembro 16.525,16 16.256,41 17.692,67 6.536,89 6.273,75 4.976,18 3.102,58 1.803,00 3.842,21 4.523,10 4.505,30 4.692,61 36.772,33 36.396,89 38.481,93
Total 179.620,3 184.773,2 186.479,17 58.009,2 75.896,6 86.510,18 41.397,0 38.074,5 42.697,64 52.032,8 45.662,4 50.525,70 415.686,2 422.893,4 450.392,90
MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste SIN
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
As centrais hidrelétricas do Nordeste geraram 50.525,7 GWh em 2011, 8,8% do
total do SIN. Este montante foi 10,7% superior ao total gerado no mesmo período do
ano anterior, cuja geração foi de 45.662,35 GWh.
A análise dos resultados do Subsistema Norte, para 2011 mostra elevação de
12% em relação ao ano passado. O Norte gerou 42.697,64 GWh, o que representou
participação de 7,4% do total produzido no SIN, conforme o Gráfico 3.
20
Gráfico 3: Geração de Energia Hídrica por Subsistema, Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
4.2 – Geração Térmica O Sistema Interligado Nacional gerou 25.993,68 GWh de energia térmica em
2011, o que representou redução de 30,7% em comparação com o ano de 2010. A
redução é conseqüência do bom nível de chuvas registrado nos principais subsistemas, o
que influiu na capacidade de geração hídrica no período e tornou menos necessária a
geração térmica para garantir o suprimento de energia no país.
O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste foi responsável por 56% de toda a energia
térmica gerada durante o ano de 2011. O subsistema registrou geração de 14.551,2
GWh, uma expressiva redução de quase 35% em relação a 2010, quando foram gerados
22.348,3 GWh de energia térmica, conforme a Tabela 5.
21
Tabela 5: Geração Mensal de Energia Térmica por Subsistema. Jan-2008 a Dez-2011, (em GWh)
2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011
Janeiro 1.677,17 866,37 666,41 1.117,29 992,73 540,37 397,44 388,75 824,80 201,17 97,35 232,77 3.494,69 1.607,92 1.163,16 1.738,89
Fevereiro 2.244,56 571,05 1.006,34 1.191,53 913,78 600,67 429,39 470,14 763,81 53,78 112,53 131,88 3.922,15 1.225,51 1.556,92 1.793,56
Março 2.348,32 955,65 898,35 1.033,71 839,24 640,49 459,28 272,86 615,50 74,89 64,35 283,91 3.803,06 1.671,03 1.421,98 1.590,49
Abril 2.086,00 573,55 573,67 877,02 602,00 561,43 392,47 317,60 288,38 91,50 343,45 136,17 2.976,38 1.226,48 1.309,60 1.330,79
Maio 1.871,32 1.455,80 1.189,77 971,15 762,06 902,61 462,51 441,13 309,67 29,54 441,82 614,21 2.943,05 2.387,94 2.094,10 2.026,48
Junho 1.955,82 947,41 1.776,64 1.376,22 835,51 861,42 607,49 530,78 324,85 255,74 725,37 644,03 3.116,18 2.064,57 3.109,51 2.551,80
Julho 1.930,85 386,74 1.746,23 1.350,47 601,92 541,09 507,22 484,71 152,85 345,10 726,71 649,10 2.685,62 1.272,92 2.980,16 2.484,04
Agosto 2.036,62 380,56 2.925,24 1.500,69 674,96 437,35 1.006,98 480,67 135,71 196,70 812,61 432,14 2.847,29 1.014,61 4.744,83 2.413,49
Setembro 2.077,37 262,74 3.290,44 1.290,51 452,49 305,83 1.059,26 442,06 117,92 304,81 1.116,40 431,70 2.647,79 873,39 5.466,11 2.164,27
Outubro 2.166,74 367,69 2.892,27 1.317,19 645,23 391,30 896,31 606,62 152,23 225,34 1.100,06 759,55 2.964,19 984,33 4.890,18 2.683,36
Novembro 1.774,76 477,62 3.186,71 1.248,97 288,94 380,68 960,47 627,83 166,20 107,52 1.095,49 742,64 2.229,91 965,82 5.243,13 2.619,44
Dezembro 2.024,25 501,77 2.196,26 1.276,45 651,18 384,27 692,05 624,95 183,55 126,90 628,96 695,67 2.858,98 1.012,93 3.517,26 2.597,07
Total 24.193,8 7.747,0 22.348,3 14.551,20 8.260,0 6.547,5 7.870,9 5.688,10 4.035,5 2.013,0 7.265,1 5.753,77 36.489,3 16.307,5 37.496,9 25.993,68
MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Nordeste SIN
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
O subsistema Sul gerou 5.688,10 GWh em 2011. Este volume representou uma
participação de 22% do total gerado por fontes térmicas ao longo de 2011. Houve
redução de 27,7% na participação deste subsistema em relação a 2010, conforme o
Gráfico 4.
Gráfico 4: Geração de energia térmica por subsistema. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
22
O Nordeste registrou retração de 20,8% no montante de energia elétrica gerada
em 2011 na comparação com o ano anterior. O volume total de energia gerada pelo
subsistema foi de 5.753,77 GWh. Este volume representou 22% do total de energia
térmica gerada no SIN.
4.3 – Geração Nuclear O Setor Nuclear Brasileiro possui duas Usinas em operação atualmente, as
usinas de Angra 1 (657 MW) e Angra 2 (1.350 MW), ambas localizadas na região
Sudeste, no município de Angra dos Reis, no estado do Rio de Janeiro. A Usina de
Angra 3 começou a ser construída em 2010, o que aumentará a capacidade instalada
nuclear brasileira para 3.412 MW de potência.
As duas usinas nucleares já instaladas e em operação produziram 15.658,9 GWh
de eletricidade em 2011, conforme a Tabela 6. Este montante significou 2,7% de toda a
energia gerada no SIN durante o ano de 2011 e representou aumento de 7,9% em
comparação com o total gerado no ano anterior, quando foram gerados 14.515,1 GWh
de energia em Angra.
Tabela 6: Geração Mensal de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2011. (em GWh)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Janeiro 418,6 993,3 1.268,0 1.174,4 1.359,8 364,6 325,6 1.001,4 1.302,2 1266,7 1463,7 1.378,4
Fevereiro 400,6 1.116,3 1.204,5 1.070,5 1.140,6 360,4 884,4 726,8 1.121,9 904,2 1279,7 1.197,4
Março 400,2 1.265,7 642,0 1.182,4 730,7 0,5 1.275,5 688,9 998,4 997,8 1464,7 1.373,4
Abril 358,9 825,3 1.146,8 737,9 895,1 834,3 1.179,2 577,6 1.089,8 951,1 1130,3 1.209,3
Maio - 788,7 1.370,7 985,8 698,4 1.169,7 1.130,6 1.077,6 737,2 1004,1 1275,0 1.227,1
Junho 0,0 1.170,4 1.308,1 1.326,1 888,2 1.221,8 1.005,8 977,2 567,5 1259,1 1424,9 1.412,7
Julho 67,9 1.433,5 1.215,9 1.378,4 884,1 1.039,6 1.322,5 993,3 1.459,6 1346,6 1222,7 1.422,9
Agosto 672,4 1.414,4 963,5 1.089,0 1.049,9 1.188,6 1.328,8 1.321,3 1.367,8 484,6 1072,7 1.221,9
Setembro 781,2 1.401,3 1.157,3 976,8 1.323,1 1.207,7 1.323,8 1.205,5 1.345,0 1162,1 1332,3 1.152,7
Outubro 537,5 1.430,4 1.191,6 823,8 1.108,5 1.171,5 1.362,0 1.217,8 1.360,2 1069,9 1125,4 1.181,6
Novembro 1.121,2 1.070,0 1.139,9 1.227,4 1.107,8 965,4 1.253,2 1.295,5 1.314,7 1178,7 434,4 1.409,8
Dezembro 1.221,3 1.369,5 1.241,2 1.385,6 396,6 331,2 1.361,9 1.223,6 1.342,3 1332,2 1289,3 1.471,9
Total 5.979,6 14.278,7 13.849,5 13.357,9 11.582,6 9.855,2 13.753,3 12.306,5 14.006,3 12.957,1 14.515,1 15.658,9
MêsSistema Interligado Nacional
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
Através do Gráfico 5 observa-se que a geração de energia nuclear em Angra
apresenta oscilação constante, A exceção fica por conta dos períodos nos quais existem
eventos extraordinários, como a necessidade do desligamento das usinas para
23
manutenção dos equipamentos ou então para troca das pastilhas de urânio, que servem
como combustível.
Gráfico 5: Geração de Energia Nuclear. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
4.4 – Itaipu A Usina Hidrelétrica de Itaipu, a maior hidrelétrica em operação no mundo, é
um empreendimento binacional desenvolvido em conjunto pelo Brasil e pelo Paraguai.
A capacidade instalada da usina é de 14.000 MW, com 20 unidades geradoras de 700
MW cada.
A Hidrelétrica de Itaipu gerou 84.017,41 GWh de energia durante o ano de
2011, como observado na Tabela 7, o que representou 14,6% do total de energia gerada
no SIN no período de análise. O volume foi 7% superior ao total gerado no ano de 2010,
quando a usina de Itaipu registrou geração de 78.487,1 GWh.
24
Tabela 7: Geração Mensal de Energia pela Usina de Itaipu, Jan-2000 a Dez-2011 (em GWh)
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011
Janeiro 6.523,78 6.936,16 6.574,78 6.898,43 6.957,78 7.435,13 7.676,26 7.572,58 7.315,65 6.560,25 5.448,33 7.625,44
Fevereiro 6.362,84 6.360,79 5.188,18 6.555,40 6.380,97 6.603,77 6.745,74 6.341,64 6.597,89 6.659,28 5.119,16 6.816,08
Março 7.593,29 6.952,46 6.741,33 6.216,81 6.953,04 7.166,05 7.303,44 7.627,44 7.565,77 7.829,26 5.948,80 6.465,87
Abril 7.128,30 6.897,05 7.076,80 7.011,82 6.590,38 7.365,84 7.034,42 7.294,91 7.446,54 7.529,04 5.719,55 6.343,57
Maio 6.814,97 6.814,01 6.987,26 7.048,06 7.240,53 6.940,88 7.237,28 6.414,75 7.608,24 6.806,26 6.473,00 7.414,58
Junho 6.928,03 5.590,56 6.319,16 6.713,45 7.172,01 6.351,02 7.058,11 6.415,34 7.541,54 6.887,71 6.887,96 7.137,66
Julho 7.423,10 5.592,75 5.927,32 6.698,76 7.165,37 6.601,49 7.345,97 6.954,08 7.153,14 7.779,73 7.239,85 7.408,47
Agosto 7.431,32 4.881,66 6.310,41 6.672,05 6.943,77 6.624,94 7.275,50 6.894,65 8.158,39 7.444,33 6.963,78 7.244,92
Setembro 8.093,24 5.146,91 6.231,28 6.733,94 6.637,99 6.159,33 6.873,21 6.824,96 6.776,22 7.012,48 6.553,48 6.606,58
Outubro 7.495,73 5.737,50 6.518,32 7.484,81 6.996,27 6.672,23 6.940,14 6.843,90 7.619,20 6.964,86 7.219,77 6.930,90
Novembro 7.448,22 5.741,93 6.426,19 7.211,51 7.105,64 6.471,39 6.912,37 7.084,23 6.760,84 7.068,34 7.354,94 6.748,08
Dezembro 7.787,37 6.082,13 6.598,79 7.762,14 7.644,56 7.330,17 7.198,33 7.055,29 6.651,11 6.084,59 7.558,43 7.275,26
Total 87.030,2 72.733,9 76.899,8 83.007,2 83.788,3 81.722,2 85.600,8 83.323,8 87.194,5 84.626,1 78.487,1 84.017,41
MêsItaipu
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS
No Gráfico 6 pode-se observar a evolução do montante de energia gerada na
Usina Binacional de Itaipu a partir de janeiro de 2000 até o dezembro de 2011.
Gráfico 6: Brasil. Energia Gerada pela Usina de Itaipu. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS
25
5 - Fluxo de Energia Elétrica entre os Subsistemas
Os dados presentes nas tabelas e gráficos permitem a análise dos intercâmbios e
da destinação da energia elétrica entre os subsistemas do SIN e do intercambio
internacional de janeiro de 2000 a dezembro de 2011. O Brasil registrou um volume
total de 28.492,8 GWh de energia intercambiada entre os seus subsistemas em 2011,
como pode ser visto na Tabela 8. Este montante representou uma crescimento de 32,4%
em comparação com o volume de 21.552,9 GWh de energia transportado durante o ano
de 2010.
Tabela 8: Intercâmbio de Eletricidade entre as Regiões. Jan-2008 a Dez-2011,
(em GWh)
2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011 2008 2009 2010 2011
Janeiro 241,2 -595,8 10,4 -241,3 0,0 0,0 75,2 0,0 80,1 1.049,8 1.131,1 913,1 1.793,2 852,5 400,3 490,1 4,2 6,8 0,0 0,6
Fevereiro -499,9 -2.064,2 193,5 1.453,0 0,0 566,1 778,1 593,1 1.571,8 1.082,1 1.031,9 1.054,2 489,8 290,5 316,7 268,3 0,0 135,0 -5,6 7,5
Março -2.529,9 -2.948,5 29,1 606,6 296,0 1.168,1 907,0 465,6 1.776,5 1.232,0 1.585,8 1.263,4 411,9 309,0 405,6 310,7 -0,1 326,3 0,0 11,9
Abril -3.074,7 -3.627,4 192,4 540,6 483,2 820,6 707,1 702,2 1.646,9 982,6 1.562,5 1.377,3 388,9 253,3 433,8 332,3 17,0 113,7 11,4 18,7
Maio -1.883,2 -3.884,5 1.064,1 235,0 466,8 1.836,6 0,0 800,7 1.748,0 194,2 1.596,8 1.485,2 470,7 3,4 591,4 356,7 359,1 107,6 10,0 164,9
Junho -667,8 -3.863,5 1.279,7 -649,5 0,0 1.725,6 0,0 0,0 528,8 323,9 233,4 795,3 1.276,9 58,0 1.652,1 549,3 734,7 197,8 194,6 629,9
Julho 291,4 -1.782,6 888,0 1.368,9 -100,6 410,0 -131,6 -548,9 0,0 297,1 0,0 0,0 1.854,1 12,1 1.564,2 1.156,8 -160,0 239,5 488,5 680,0
Agosto -687,6 1.898,2 1.180,9 1.949,3 -573,2 0,0 -514,9 -217,2 0,0 53,8 0,0 0,0 1.041,6 832,4 1.464,4 1.210,8 -37,4 174,6 451,8 623,6
Setembro 425,4 2.364,1 439,1 1.909,5 -655,6 -539,7 -925,4 -119,2 0,0 0,0 0,0 0,0 1.264,0 1.095,8 880,8 860,9 -232,7 -82,5 117,4 305,9
Outubro 602,7 2.454,8 676,8 1.890,7 -841,5 -930,4 -1.391,0 -770,4 0,0 0,0 0,0 0,0 777,0 864,2 758,3 239,6 -7,4 -135,3 0,0 17,4
Novembro 1.709,7 1.287,8 -518,0 1.079,2 -1.024,9 -781,9 -1.213,5 -1.025,0 0,0 0,0 0,0 0,0 874,2 836,0 988,1 636,5 0,0 -1,8 -1,8 39,9
Dezembro 127,8 574,2 213,3 1.651,8 -632,0 0,0 -1.062,7 253,0 0,0 379,4 0,0 562,8 1.308,0 869,5 791,3 182,6 2,6 -1,9 -9,0 18,4
Norte/Nordeste Sudeste/Cento-Oeste / Nordeste InternacionalMês
Sul / Sudeste/Centro-Oeste Norte / Sudeste/Centro-Oeste
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
O intercâmbio entre as regiões Sul e Sudeste/Centro-Oeste representou 41,39%
do total no período analisado, abrangendo um volume de energia de 11.793,9 GWh. Em
2010 o intercambio entre estas regiões foi de 5.649,2 GWh. Já o intercâmbio entre as
regiões Norte e Nordeste movimentou um volume de energia de 7.451,4 GWh, o que
representou 26,2% do total movimentado em 2011. O intercâmbio entre o
Sudeste/Centro-Oeste e o Nordeste durante o ano de 2011 movimentou 6.594,7 GWh,
ou 23,1% do total intercambiado no SIN. Em 2010 o volume intercambiado foi de
26
10.246,8 GWh, o que significa que em 2011 foram intercambiados 3.652,1 GWh de
eletricidade a menos do que em 2010.
Gráfico 7: Intercâmbio de energia entre as regiões. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ com base nos dados do ONS
As regiões Norte Sudeste/Centro-Oeste movimentaram entre elas 0,47% do
volume total de energia no período de análise, totalizando 134,1 GWh de energia. Em
2010 o volume intercambiado havia sido negativo (-2.771,8 GWh). O intercâmbio de
energia com o exterior registrou um volume de 2.518,7 GWh Em 2011. Este montante
significou um aumento de 1.261,4 GWh em relação ao ano de 2010, quando o volume
foi de 1.257,3 GWh.
27
6 - Nível dos Reservatórios
Este tópico aborda a evolução das condições dos reservatórios das hidrelétricas
do sistema hidrelétrico brasileiro no período de janeiro a abril de 2011, desagregando-os
pelos quatro subsistemas: Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Norte e Nordeste.
Esses indicadores visam oferecer elementos para a análise da disponibilidade de
energia nos reservatórios e do nível máximo possível em cada subsistema. A partir
destes dados, pode-se avaliar, com mais precisão, para o curto e médio prazo, a
capacidade de geração de energia das hidrelétricas nacionais.
6.1 – Energia armazenada por subsistema A energia armazenada é a valoração energética do volume armazenado de água
em um reservatório pela produtividade das usinas hidrelétricas localizadas à sua jusante.
A importância deste dado é a possibilidade de analisar a capacidade de geração em um
determinado subsistema.
O total de energia armazenada no Sistema Interligado Nacional durante o ano de
2011 foi de 1.812.482,39 GWh, conforme a Tabela 9. Este montante foi 15,2% superior
em comparação com o ano de 2010, quando o SIN registrou 1.573.838,1 GWh de
energia total armazenada.
Tabela 9: Brasil. Armazenamento Mensal de Energia por Subsistema. Jan-2009 a Dez-2011, (em GWh)
2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011
Janeiro 93.768,55 109.307,74 92.919,65 8.333,54 13.200,79 11.439,00 3.724,46 8.253,94 4.925,28 24.197,86 27.490,06 23.118,31
Fevereiro 97.411,78 100.279,20 90.678,34 6.694,46 12.058,37 11.369,57 4.858,56 8.201,09 7.225,34 26.827,58 23.550,24 21.238,56
Março 114.503,09 117.850,34 122.205,72 6.489,17 12.695,62 12.668,83 8.538,14 9.134,09 9.129,62 32.800,73 28.074,84 29.268,96
Abril 118.517,71 112.900,32 129.583,97 5.284,63 12.279,72 12.234,34 9.074,57 8.879,04 9.131,11 37.926,89 28.738,80 34.539,46
Maio 116.592,98 112.137,17 129.583,97 5.216,93 13.101,84 10.134,77 9.114,74 9.167,57 9.213,70 37.696,99 28.293,58 34.678,58
Junho 111.568,75 104.294,88 123.553,44 5.921,50 11.992,32 9.162,00 8.966,69 8.136,00 8.280,00 35.862,29 26.114,40 31.905,36
Julho 108.015,41 98.348,62 120.771,29 9.251,64 12.221,69 13.319,83 7.805,30 7.015,18 8.215,99 32.652,67 24.419,57 30.680,33
Agosto 102.701,02 86.120,98 110.964,61 11.615,33 10.932,34 13.351,08 6.185,62 5.480,30 6.672,94 29.629,06 21.570,05 27.180,55
Setembro 99.615,65 70.138,80 94.710,96 12.942,62 8.546,40 12.657,60 4.937,18 4.049,00 4.664,16 26.582,38 17.991,36 22.495,68
Outubro 97.972,72 61.305,84 91.923,22 13.094,63 6.885,36 12.813,04 4.343,58 3.226,32 3.945,33 24.280,50 14.927,76 19.769,74
Novembro 95.850,26 57.814,56 85.119,12 13.418,78 5.373,36 11.265,12 4.579,32 2.800,80 4.296,24 23.708,30 14.804,64 17.866,80
Dezembro 102.945,79 63.644,40 87.804,72 13.317,60 9.600,48 7.731,36 5.037,62 3.618,72 4.711,68 25.202,26 16.869,60 21.363,12
Total 1.259.463,71 1.094.142,85 1.279.819,01 111.580,83 128.888,29 138.146,54 77.165,78 77.962,05 80.411,39 357.367,51 272.844,90 314.105,45
MêsSudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS
28
O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou 1.279.819,01 GWh de energia
armazenada em 2011, ou 70,6% do total armazenado no SIN no ano de 2011. O
Subsistema Sul registrou 138.146,54 GWh de energia armazenada, ou 7,6% do total. O
Subsistema Norte registrou 80.411,39 GWh, 4,4% e o Subsistema Nordeste registrou
314.105,45 GWh, ou 17,3% do total registrado no SIN em 2011.
Gráfico 8: Armazenamento de Energia Mensal por Subsistema. Jan- 2000 a Dez-2011 (em GWh)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS
Em novembro de 2011 foi realizada na sede da ANA, em Brasília, reunião
semestral de coordenação entre órgãos técnicos de governo sobre o inicio do período
chuvoso 2011/2012, para avaliação da situação dos reservatórios brasileiros naquele
momento e das tendências de cheia para o período.
O Inmet apresentou uma avaliação das precipitações ocorridas desde o início do
período chuvoso (outubro de 2011) e as previsões para o trimestre de novembro a
janeiro de 2012. Os destaques da previsão climática, por consenso, foram de
continuidade de atuação do fenômeno “La Niña”, com persistência de condições de
estiagem para a região Sul do Brasil, maior probabilidade de chuvas acima do normal
para o norte da região Norte e alta variabilidade espacial e temporal das chuvas sobre as
29
regiões Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste do Brasil. Não está descartada a possibilidade
de ocorrência de grandes volumes de chuvas na região Sudeste.
O ONS apresentou a alocação de volumes de espera definida no Plano Anual de
Prevenção de Cheias – Ciclo 2011/2012, no âmbito do Sistema Interligado Nacional. Os
volumes de espera estabelecidos em diversos reservatórios de aproveitamentos
hidroelétricos abrangem as bacias dos rios Parnaíba, São Francisco, Jequitinhonha,
Paraíba do Sul, Paraná e afluentes e Jacuí. Os níveis de armazenamento no início deste
ciclo estão, em geral, notadamente superiores aos observados no ciclo passado nesta
época do ano. Considerando-se uma projeção de vazões médias até abril, tem-se a
perspectiva alcançar mais rapidamente os níveis de volumes de espera neste ano de
2012 em relação ao ano de 2011, o que exige uma maior atenção quanto à possibilidade
de realização de operações de controle de cheias neste ciclo que se inicia. Até aquele
momento, o ONS trabalhava com o cenário de normalidade para o período chuvoso no
Sul e Sudeste.
6.2 – Energia natural afluente por subsistema
O conceito de Energia Natural Afluente se refere à energia que se obtém quando
a vazão natural afluente a um ponto de observação é turbinada nas usinas situadas à
jusante do ponto. A energia natural afluente a uma bacia é a soma das energias naturais
afluentes a todos os pontos de observação existentes na bacia.
Em 2011, o Sistema Interligado Nacional registrou energia natural afluente total
da ordem de 815.171,91 MW médios, conforme a Gráfico 9, o que representou aumento
de 21,4% em comparação com o ano de 2010 (671.282,5 MW médios).
A região Sudeste registrou variação positiva de 27,5% em relação ao mesmo
período do ano anterior. O montante de energia afluente totalizou 109.691,25 MW
Médios. A participação da região em relação ao total afluente no país foi de 52,3%.
Entre maio e agosto do ano corrente, o Sul registrou energia natural afluente
total de 65.728,51 MW Médios, o que significou aumento de 32,4% em relação ao
mesmo período de 2010 (49.649,9 MW Médios). A participação da região no SIN foi de
31,4% no ano corrente.
30
Gráfico 9: Energia Natural Afluente por Região. Jan-2009 a Dez-2011, (em MW médios)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS
31
7 - Carga de Energia no Sistema Interconectado A Carga de Energia refere-se à quantidade de energia requisitada pelo Sistema
num determinado período de tempo, composta do consumo mais as perdas. A carga de
energia do Sistema Interligado Nacional registrada, em 2011, foi de 491.279,45 GWh, o
que representou um aumento de 3,4 % em comparação com o mesmo período de 2010,
quando a carga de energia do SIN foi de 475.043,01 GWh, conforme a Tabela 10. Em
dezembro, a carga no SIN atingiu 59 MW médios, crescimento de 3,2% frente a
dezembro de 2010 e um avanço de 1,4% na comparação com novembro de 2011. O
ONS frisou que o resultado positivo em relação a novembro contrariou a sazonalidade
histórica e creditou o resultado, em parte, ao aumento do nível de utilização da
capacidade instalada pela indústria verificada na medição feita pela FGV.
Tabela 10: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2009 a Dez-2011, (em GWh)
2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011 2009 2010 2011Janeiro 22.005,04 24.979,58 25.942,41 6.208,60 6.616,19 7.275,78 2.655,81 2.762,93 2.822,42 5.438,29 5.942,05 5.932,63 36.307,74 40.300,76 41.973,24
Fevereiro 21.081,68 23.750,29 25.022,28 6.012,21 6.478,56 6.708,29 2.344,86 2.561,96 2.600,42 4.967,92 5.588,77 5.439,77 34.406,66 38.379,58 39.770,89
Março 24.014,77 25.962,60 26.006,82 6.767,04 7.030,73 7.162,29 2.656,19 2.907,18 2.930,14 5.674,50 6.394,02 6.168,63 39.112,50 42.294,53 42.267,88
Abril 21.726,75 23.662,24 25.100,64 6.147,13 6.207,59 6.418,74 2.557,90 2.764,48 2.907,41 5.302,38 5.896,50 5.906,94 35.734,16 38.530,86 40.333,73
Maio 22.156,73 23.983,78 24.774,33 6.100,35 6.128,27 6.581,00 2.633,37 2.892,33 3.049,56 5.310,78 6.195,41 5.952,15 36.201,22 39.199,79 40.357,09
Junho 20.928,18 22.961,73 23.481,35 5.948,82 6.096,27 6.399,99 2.608,89 2.730,54 2.904,56 5.119,78 5.776,96 5.704,25 34.605,66 37.565,50 38.490,15
Julho 22.401,29 24.130,19 24.624,50 6.100,48 6.389,09 6.693,94 2.654,93 2.810,11 2.932,77 5.377,48 5.843,81 5.851,87 36.534,17 39.173,21 40.103,09
Agosto 22.836,92 24.458,44 25.858,52 5.940,47 6.393,52 6.920,58 2.668,85 2.872,79 3.034,66 5.463,31 5.763,00 6.054,78 36.909,55 39.422,26 41.868,56
Setembro 23.028,56 24.504,30 25.079,10 5.793,34 6.189,11 6.562,80 2.617,44 2.835,37 2.972,07 5.586,54 5.761,00 5.961,23 37.025,88 39.289,79 40.575,20
Outubro 23.750,14 24.670,02 25.694,56 6.081,28 6.344,87 6.887,98 2.685,67 2.899,36 3.022,67 5.914,32 6.220,01 6.237,80 38.431,41 40.134,27 41.843,00
Novembro 24.219,82 24.068,20 25.014,69 6.281,31 6.531,54 6.905,97 2.629,21 2.810,00 2.909,97 5.741,37 5.991,67 6.054,30 38.871,71 39.401,42 40.884,92
Dezembro 24.148,34 25.663,29 26.135,13 6.384,46 6.796,58 7.307,64 2.723,20 2.865,73 3.026,37 5.962,90 6.025,44 6.342,56 39.218,90 41.351,04 42.811,70
Total 272.298,22 292.794,66 302.734,33 73.765,49 77.202,32 81.825,00 31.436,32 33.712,78 35.113,02 65.859,57 71.398,64 71.606,91 443.359,56 475.043,01 491.279,45
Mês Sudeste / Centro-Oeste Sul Norte Nordeste SIN
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS
O Subsistema Sudeste/Centro-Oeste registrou uma carga de energia de
302.734,33 GWh no período analisado, em 2011, o que representou aumento de 3,4%
em relação ao período homônimo de 2010, quando a carga ficou em 292.794,66 GWh.
A participação da região na carga total do SIN ficou em 61,6%.
Já o Subsistema Sul fechou o ano de 2011 com uma carga de energia de
81.825,0 GWh, um crescimento de 6,0% em relação ao período homólogo de 2010,
quando a carga total foi de 77.202,32 GWh. A parcela da região em relação ao SIN foi
de 16,7%.
32
Gráfico 10: Evolução da Carga de Energia no Sistema Interconectado. Jan-2000 a Dez-2011, (em GWh)
Fonte: Elaborado pelo GESEL-IE-UFRJ, com dados do ONS
No Nordeste, a carga de energia em 2011 ficou em 71.606,91 GWh, o que
significou pequena elevação de 0,3% em comparação com o mesmo período do ano
anterior (71.398,64 GWh). A carga registrada representou participação de 14,6% do
total do SIN.
Na região Norte houve aumento de 4,6% da carga de energia no ano de 2011 em
comparação com o ano anterior. A carga de 35.113,02 GWh foi registrada no período e
significou uma parcela de 7,1% do total da carga do SIN.
33
8 - Consumo
A importância deste indicador, que mede o consumo faturado total, por setor e
por região, está na possibilidade de uma análise mais desagregada das tendências e
características do consumo de energia elétrica no Brasil. Ele também indica as
necessidades de investimentos. Este tópico está organizado da seguinte forma: primeiro,
serão apresentadas as tabelas e gráficos de consumo faturado total, depois por região e
consumo faturado por setor e por fim o consumo total por subsistema.
De acordo com o novo PDE nos próximos dez anos a demanda total de energia
do país deverá crescer em mais de 60%. Em 2020 dois terços do consumo total virão
dos setores industrial e de transportes. No que diz respeito especificamente a energia
elétrica, o plano considera que a eletricidade economizada nos próximos 10 anos será
equivalente a produção de uma hidrelétrica de 7.000 MW (capacidade superior a das
usinas do Complexo do Rio Madeira)
8.1 - Consumo Total
De acordo com os dados da Resenha Mensal de Dezembro, publicada pela EPE,
em 2011 foram consumidos 430.236 GWh de eletricidade na rede, 3,6% a mais que em
2010. Todas as classes apresentaram crescimento positivo, com destaque para os setores
comercial (6,3%) e residencial (4,6%). A classe industrial apresentou crescimento mais
modesto (2,3%), caracterizado por uma dinâmica diferenciada entre as regiões do país.
Em dezembro foi registrada variação de 1,4% no consumo em relação à igual período
em 2010, totalizando 36,4 mil GWh. Os Gráficos 11 e 12 abaixo apresentam a evolução
do consumo total e por classe.
34
Gráfico 11: Evolução do Consumo Total (GWh), 2008 a 2011
29.000,0030.000,00
31.000,0032.000,0033.000,00
34.000,0035.000,0036.000,0037.000,0038.000,00
Jane
iro
Feve
reiro
Mar
ço
Abril
Mai
o
Junh
o
Julh
o
Agos
to
Sete
mbr
o
Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
2008 2009 2010 2011
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Gráfico 12: Evolução do Consumo Setorial Total (GWh), 2011
0,00
5.000,00
10.000,00
15.000,00
20.000,00
25.000,00
30.000,00
35.000,00
40.000,00
Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro
Residencial Industrial Comercial Outros
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
8.2 - Consumo por Classe 8.2.1 - Comercio e Serviços
A classe comercial totalizou consumo de 73.501 GWh em 2011, crescimento de
6,3% sobre 2010, de acordo com a EPE o melhor desempenho entre as classes de
consumo. O período de menor crescimento foi registrado no final do primeiro e inicio
do segundo trimestre do ano, refletindo, as medidas macroprudenciais adotadas pelo
governo ao final de 2010.
8.2.2 - Indústria A classe industrial teve crescimento modesto no consumo de eletricidade quando
comparada as demais classe. Em 2011, o setor industrial, no Brasil, consumiu 183.737
GWH, ou 2,3% mais eletricidade que no ano de 2010.
35
Em termos regionais o maior crescimento ocorreu no Centro-Oeste. A entrada
em operação de indústria extrativa mineral em Goiás e, em menor medida, o
reaquecimento das atividades dos frigoríficos em Mato Grosso no segundo semestre
contribuíram para esta elevação, que fechou o ano 16,6% acima do registrado em 2010.
Tabela 11: Centro-Oeste – Comparação do Consumo de Eletricidade Mensal (GWh e %)
2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %
Jan 2.070 2.188 5,7 685 726 6,0 514 539 4,9 436 472 8,3 436 450 3,2
Fev 2.041 2.175 6,6 640 689 7,7 517 540 4,4 441 482 9,3 443 463 4,5
Mar 2.178 2.270 4,2 681 697 2,3 558 587 5,2 472 500 5,9 468 486 3,8
Abr 2.161 2.338 8,2 666 716 7,5 545 583 7,0 472 524 11,0 479 514 7,3
Mai 2.169 2.380 9,7 680 714 5,0 550 636 15,6 457 498 9,0 483 532 10,1
Jun 2.180 2.330 6,9 657 683 4,0 556 628 12,9 442 469 6,1 525 548 4,4
Jul 2.163 2.343 8,3 637 669 5,0 576 665 15,5 421 471 11,9 529 539 1,9
Ago 2.240 2.446 9,2 678 709 4,6 575 661 15,0 433 495 14,3 556 580 4,3
Set 2.301 2.512 9,2 705 720 2,1 578 688 19,0 461 510 10,6 557 594 6,6
Out 2.299 2.571 11,8 712 750 5,3 564 697 23,6 478 527 10,3 544 597 9,7
Nov 2.229 2.512 12,7 700 779 11,3 549 679 23,7 476 520 9,2 505 534 5,7
Dez 2.195 2.460 12,1 692 766 10,7 541 684 26,4 483 518 7,2 479 491 2,5
Total 17.202 28.525 65,8 5.324 8.618 61,9 4.391 7.587 72,8 3.574 5.986 67,5 3.919 6.328 61,5
Comercial Outros Mês
Consumo Total Residencial Industrial
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Gráfico 13: Centro-Oeste – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Jane
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Feve
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Mar
ço
Abril
Mai
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Junh
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Julh
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Agos
to
Sete
mbr
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Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
Residencial Industrial Comercial Outros
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Na região Norte também se observou forte crescimento no consumo da classe
industrial (7%), impulsionado pelo bom desempenho do Pará, que cresceu 6,1% em
36
relação a 2010, explicado pelo início das atividades de nova planta industrial também de
mineração.
Tabela 12: Norte – Comparação do Consumo Mensal de Eletricidade (GWh e %)
2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %
Jan 2.053 2.199 7,1 461 494 7,2 1.053 1.138 8,1 268 287 7,1 271 281 3,7
Fev 1.953 2.061 5,5 442 455 2,9 991 1.072 8,2 259 271 4,6 261 263 0,8
Mar 2.101 2.227 6,0 467 477 2,1 1.091 1.198 9,8 277 281 1,4 267 271 1,5
Abr 2.137 2.212 3,5 487 470 -3,5 1.075 1.171 8,9 286 287 0,3 286 284 -0,7
Mai 2.128 2.227 4,7 479 486 1,5 1.079 1.162 7,7 285 294 3,2 285 285 0,0
Jun 2.152 2.318 7,7 497 521 4,8 1.065 1.177 10,5 295 317 7,5 295 302 2,4
Jul 2.197 2.349 6,9 490 516 5,3 1.124 1.217 8,3 287 314 9,4 296 302 2,0
Ago 2.230 2.400 7,6 492 542 10,2 1.147 1.226 6,9 294 325 10,5 286 302 5,6
Set 2.279 2.413 5,9 530 568 7,2 1.139 1.188 4,3 311 339 9,0 299 319 6,7
Out 2.316 2.469 6,6 541 567 4,8 1.153 1.250 8,4 317 336 6,0 305 316 3,6
Nov 2.253 2.363 4,9 525 549 4,6 1.123 1.182 5,3 308 327 6,2 297 305 2,7
Dez 2.222 2.373 6,8 509 549 7,9 1.109 1.174 5,9 305 337 10,5 299 313 4,7
Total 16.951 27.611 62,9 3.815 6194 62,4 8.625 14.155 64,1 2.251 3715 65,0 2.247 3543 57,7
Comercial Outros Mês
Consumo Total Residencial Industrial
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Gráfico 14: Norte – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
Jane
iro
Feve
reiro
Mar
ço
Abril
Mai
o
Junh
o
Julh
o
Agos
to
Sete
mbr
o
Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
Residencial Industrial Comercial Outros
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Já a região Nordeste apresentou retração de 2,9% na comparação com 2010. Este
resultado é reflexo, principalmente, da desativação de uma planta da Novelis (alumínio)
na Bahia, e da interrupção no fornecimento de energia elétrica no início de 2011, que
afetou o restabelecimento da atividade industrial na região por vários meses.
37
Tabela 13: Nordeste – Comparação do Consumo Mensal de Eletricidade (GWh e %)
2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %
Jan 5.734 5.987 4,4 1.577 1.756 11,4 2.388 2.300 -3,7 834 901 8,0 935 1.030 10,2
Fev 5.577 5.498 -1,4 1.521 1.599 5,1 2.308 2.103 -8,9 817 864 5,8 931 933 0,2
Mar 6.091 5.995 -1,6 1.671 1.706 2,1 2.519 2.426 -3,7 907 913 0,7 994 950 -4,4
Abr 5.858 5.957 1,7 1.660 1.679 1,1 2.388 2.408 0,8 861 906 5,2 949 964 1,6
Mai 5.946 5.888 -1,0 1.616 1.660 2,7 2.483 2.400 -3,3 875 871 -0,5 972 958 -1,4
Jun 5.897 5.803 -1,6 1.602 1.608 0,4 2.468 2.373 -3,8 843 852 1,1 984 969 -1,5
Jul 5.832 5.919 1,5 1.543 1.630 5,6 2.516 2.474 -1,7 805 843 4,7 969 972 0,3
Ago 5.822 6.088 4,6 1.513 1.639 8,3 2.502 2.549 1,9 809 875 8,2 1.008 1.026 1,8
Set 5.883 6.084 3,4 1.551 1.668 7,5 2.478 2.456 -0,9 823 886 7,7 1.031 1.073 4,1
Out 6.118 6.207 1,5 1.609 1.705 6,0 2.570 2.479 -3,5 868 919 5,9 1.071 1.105 3,2
Nov 6.128 6.131 0,0 1.702 1.723 1,2 2.449 2.400 -2,0 909 935 2,9 1.067 1.073 0,6
Dez 6.111 6.235 2,0 1.720 1.778 3,4 2.359 2.366 0,3 938 995 6,1 1.093 1.097 0,4
Total 46.757 71.792 53,5 12.703 20.151 58,6 19.572 28.734 46,8 6.751 10760 59,4 7.742 12.150 56,9
Comercial Outros Mês
Consumo Total Residencial Industrial
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Gráfico 15: Nordeste – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
Jane
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Feve
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Mar
ço
Abril
Mai
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Junh
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Julh
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Agos
to
Sete
mbr
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Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
Residencial Industrial Comercial Outros
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
O Sudeste foi a região que apresentou menor crescimento da classe industrial
(1,9%). Esta variação refletiu, em parte, o retorno à autoprodução de eletricidade de
dois grandes consumidores do ramo siderúrgico no Rio de Janeiro, que deixaram, assim,
de demandar eletricidade da rede, levando o consumo industrial no estado a fechar o
ano com variação de -5,4%. São Paulo, que concentra a maior parcela da classe
industrial, registrou taxa anual de crescimento de 2,2%, com comportamento oscilante
ao longo do ano.
38
Tabela 14: Sudeste – Comparação do Consumo Mensal de eletricidade (GWh e %)
2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %
Jan 17.950 19.216 7,1 4.941 5.256 6,4 7.596 8.273 8,9 3.290 3.483 5,9 2.122 2.204 3,9
Fev 18.424 19.192 4,2 4.844 5.085 5,0 8.159 8.332 2,1 3.293 3.569 8,4 2.129 2.206 3,6
Mar 18.648 19.277 3,4 4.849 5.129 5,8 8.228 8.306 0,9 3.408 3.547 4,1 2.163 2.294 6,1
Abr 19.169 19.316 0,8 4.877 4.937 1,2 8.731 8.632 -1,1 3.348 3.506 4,7 2.213 2.242 1,3
Mai 18.542 18.838 1,6 4.600 4.857 5,6 8.646 8.425 -2,6 3.116 3.311 6,3 2.180 2.244 2,9
Jun 18.211 18.678 2,6 4.525 4.678 3,4 8.547 8.628 0,9 2.949 3.114 5,6 2.176 2.257 3,7
Jul 17.935 18.616 3,8 4.391 4.785 9,0 8.521 8.483 -0,4 2.818 3.079 9,3 2.189 2.269 3,7
Ago 18.653 19.156 2,7 4.680 4.840 3,4 8.695 8.761 0,8 3.002 3.189 6,2 2.280 2.365 3,7
Set 19.244 19.699 2,4 4.720 5.036 6,7 9.006 8.838 -1,9 3.112 3.350 7,6 2.405 2.475 2,9
Out 19.072 19.244 0,9 4.728 4.906 3,8 8.933 8.557 -4,2 3.128 3.354 7,2 2.283 2.427 6,3
Nov 18.970 19.309 1,8 4.677 4.881 4,4 8.989 8.749 -2,7 3.170 3.394 7,1 2.133 2.285 7,1
Dez 19.581 19.164 -2,1 4.948 4.959 0,2 8.890 8.458 -4,9 3.524 3.519 -0,1 2.223 2.228 0,2
Total 147.532 229.705 55,7 37.707 59.349 57,4 67.123 102.442 52,6 25.224 40.415 60,2 17.452 27.496 57,6
Comercial Outros Mês
Consumo Total Residencial Industrial
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Gráfico 16: Sudeste – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011
02.0004.0006.0008.000
10.00012.00014.00016.00018.00020.000
Jane
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Feve
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Mar
ço
Abril
Mai
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Junh
o
Julh
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Agos
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Sete
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Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
Residencial Industrial Comercial Outros
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
E no Sul o crescimento do consumo industrial foi de 3,6% com incrementos da
ordem de 4,0% no Paraná e no Rio Grande do Sul.
39
Tabela 15: Sul – Comparação do Consumo Mensal de eletricidade (GWh e %)
2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. % 2010 2011 Var. %
Jan 5.911 6.222 5,3 1.573 1.603 1,9 2.222 2.382 7,2 1.048 1.111 6,0 1.068 1.125 5,3
Fev 6.071 6.431 5,9 1.486 1.599 7,6 2.464 2.580 4,7 1.061 1.149 8,3 1.060 1.103 4,1
Mar 6.296 6.385 1,4 1.484 1.491 0,5 2.604 2.726 4,7 1.091 1.130 3,6 1.116 1.037 -7,1
Abr 6.041 6.012 -0,5 1.438 1.433 -0,3 2.588 2.559 -1,1 1.044 1.079 3,4 970 940 -3,1
Mai 5.819 5.888 1,2 1.344 1.425 6,0 2.653 2.544 -4,1 928 1.023 10,2 894 896 0,2
Jun 5.628 5.781 2,7 1.382 1.403 1,5 2.499 2.542 1,7 894 967 8,2 847 869 2,6
Jul 5.672 5.841 3,0 1.395 1.515 8,6 2.557 2.513 -1,7 888 952 7,2 827 861 4,1
Ago 5.719 6.021 5,3 1.450 1.504 3,7 2.537 2.651 4,5 912 1.001 9,8 812 866 6,7
Set 5.719 5.991 4,8 1.397 1.502 7,5 2.584 2.603 0,7 936 1.016 8,5 841 870 3,4
Out 5.701 5.965 4,6 1.353 1.429 5,6 2.612 2.635 0,9 914 1.023 11,9 822 878 6,8
Nov 5.799 5.887 1,5 1.366 1.413 3,4 2.616 2.523 -3,6 960 1.043 8,6 857 908 6,0
Dez 6.079 6.177 1,6 1.418 1.461 3,0 2.624 2.554 -2,7 1.032 1.126 9,1 1.004 1.035 3,1
Total 47.157 72.601 54,0 11.552 17.778 53,9 20.124 30.812 53,1 7.866 12.620 60,4 7.594 11.388 50,0
Comercial Outros Mês
Consumo Total Residencial Industrial
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
Gráfico 17: Sul – Consumo Setorial de Eletricidade (GWh), 2011
0
1.000
2.000
3.000
4.000
5.000
6.000
7.000
Jane
iro
Feve
reiro
Mar
ço
Abril
Mai
o
Junh
o
Julh
o
Agos
to
Sete
mbr
o
Out
ubro
Nov
embr
o
Dez
embr
o
Residencial Industrial Comercial Outros
Fonte: Elaborado pelo Gesel-IE/UFRJ com base nos dados da EPE
8.2.3 - Classe Residencial O ano de 2011 começou com atividade intensa do consumo das famílias,
pressionando os preços, o que levou o governo a reforçar as medidas tomadas ainda no
final de 2010 para conter a inflação. O crescimento da classe residencial (4,6%), que
demandou 112.087 GWh no ano, foi freado pelo baixo resultado do segundo trimestre,
40
e, em parte, pelo quarto trimestre. Além da conjuntura econômica, influiu sobre o
consumo de energia nas residências no segundo trimestre (2,8%) a base bem elevada de
2010, quando o crescimento na classe em decorrência de condições climáticas foi à 8%.
Sobre o resultado do quarto trimestre (3,7%), pesou o baixo desempenho de dezembro.
Uma primavera mais fresca também contribuiu para o baixo consumo de energia no
período, particularmente em dezembro.
41
9 – Mercado Spot
O cálculo da média mensal do preço do MAE por submercado considera os
preços semanais por patamar de carga leve, médio e pesado, ponderado pelo número de
horas em cada patamar e em cada semana do mês.
Durante o ano de 2011, os preços da energia do Mercado Spot registraram
flutuação em todos os submercados, como observado no Gráfico 18. De forma geral os
preços subiram de agosto a novembro e em dezembro apresentaram ligeira queda,
conforme Tabela 15.
Gráfico 18: Evolução do Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Maio de 2003 a Dezembro de 2011 (em R$/MWh)
050
100150200250300350400450500550
2003
2004
2005
2006
2007
2008
2009
2010
2011
Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte
Fonte: Gesel-IE-UFRJ, com base nos dados da CCEE
42
Tabela 16: Preço Médio Mensal de Energia no Mercado Spot, Jan-2008 a Dez-2011 (em R$/MWh)
Mês/Ano Sudeste/Centro-Oeste Sul Nordeste Norte
jan-08 502,45 502,45 497,61 502,45fev-08 200,42 200,65 214,37 200,43mar-08 124,70 127,41 123,24 117,67abr-08 68,80 72,12 71,92 50,97mai-08 34,18 34,19 34,42 27,61jun-08 76,20 76,20 75,34 75,34jul-08 108,42 108,42 108,42 108,42
ago-08 109,93 109,40 109,91 109,93set-08 109,93 109,40 109,91 109,93out-08 92,43 92,17 92,43 92,43nov-08 106,14 93,77 106,14 106,14dez-08 96,97 96,93 96,97 96,97jan-09 83,64 83,66 77,77 77,82fev-09 52,08 66,15 27,41 27,41mar-09 90,87 91,28 84,25 24,96abr-09 46,46 48,73 27,79 16,31mai-09 39,00 39,10 30,17 16,31jun-09 40,84 40,84 30,00 23,14jul-09 30,43 30,43 25,55 25,55
ago-09 16,31 16,31 16,31 16,31set-09 16,31 16,31 16,31 16,31out-09 16,31 16,31 16,31 16,31nov-09 16,31 16,31 16,31 16,31dez-09 16,31 16,31 16,31 16,31jan-10 12,91 12,91 12,91 12,91fev-10 13,85 13,85 16,06 13,85mar-10 27,74 27,74 30,19 27,56abr-10 21,59 21,59 24,96 21,58mai-10 32,45 30,25 34,60 32,45jun-10 67,99 67,99 69,70 69,70jul-10 89,58 89,58 95,30 95,30
ago-10 116,66 116,66 123,56 123,55set-10 132,10 131,78 189,37 189,37out-10 137,78 137,78 232,48 232,48nov-10 116,68 116,68 115,05 116,68dez-10 71,62 71,62 68,69 71,62jan-11 28,19 28,19 28,96 28,16fev-11 49,59 41,85 50,39 49,33mar-11 23,41 20,95 24,91 23,31abr-11 12,20 12,20 12,20 12,20mai-11 17,35 17,35 17,24 17,24jun-11 31,80 31,80 31,75 31,75jul-11 23,08 22,66 23,13 23,13
ago-11 19,61 15,92 19,62 19,62set-11 21,18 16,98 21,18 21,18out-11 37,14 37,04 37,14 37,14nov-11 45,55 45,55 45,55 45,55dez-11 44,47 44,47 37,37 37,37
Fonte: Gesel-IE-UFRJ, com base nos dados da CCEE
As variações do PLD estão atreladas, entre outros fatores, à previsão de
afluências no país, estimativa do volume de água que deve chegar, futuramente, aos
reservatórios. Em dezembro houve uma redução dos preços em relação ao mês anterior,
originada pelo aumento na previsão de afluências para o SIN. O fator predominante na
redução dos preços foi a atualização das vazões previstas.
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Referencias [1] Capacidade Instalada https://ben.epe.gov.br/downloads/Relatorio_Final_BEN_2011.pdf [2] Matriz Elétrica http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/capacidadebrasil/OperacaoCapacidadeBrasil.asp [3] Leilões http://www.acendebrasil.com.br/archives/files/20111130_AnalisePos_EnergiaExistente_008_2011_Rev1.pdf http://www.acendebrasil.com.br/archives/files/20111220_AnalisePos_A-5_Rev0.pdf http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=2ca4bd4bef08d210VgnVCM1000005e01010aRCRD [4] Geração http://www.ons.org.br/historico/geracao_energia.aspx [5] Fluxo de energia http://www.ons.org.br/historico/geracao_energia.aspx [6] Reservatorios http://www.ons.org.br/historico/energia_armazenada.aspx [7] Carga de Energia http://www.ons.org.br/historico/carga_propria_de_energia.aspx [8] Consumo http://www.epe.gov.br/ResenhaMensal/Forms/EPEResenhaMensal.aspx [9] Mercado Spot http://www.ccee.org.br/cceeinterdsm/v/index.jsp?vgnextoid=6e6596f102913210VgnVCM1000005e01010aRCRD http://www.ccee.org.br/StaticFile/Arquivo/biblioteca_virtual/Precos/infopld_2011_12_semana_5.pdf
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GLOSSÁRIO DOS TERMOS TÉCNICOS
Abrate – Associação Brasileira das Grandes Empresas de Transmissão de
Energia Elétrica
Aneel – Agência Nacional de Energia Elétrica
Carga de um Sistema Elétrica - Montante total dos requisitos de demanda de
potência associados a uma empresa ou subsistema em determinado instante.
Carga Própria de Demanda - Montante total dos requisitos de demanda de
potência associados a uma empresa ou subsistema integralizada em um período
predeterminado.
Carga Própria de Energia - Montante total de energia requisitado por uma
empresa ou subsistema em determinado período.
EAR - Energia Armazenada do Sistema (em % da capacidade máxima de
armazenamento).
ENA - Energia Natural Afluente (em % da média do registro histórico para o
mês).
Energia Armazenada - Valoração energética do volume armazenado em um
reservatório pela produtividade das usinas hidroelétricas à sua jusante.
Energia Natural Afluente - Valoração energética da afluência natural a um
reservatório pela produtividade das usinas hidroelétricas à jusante.
GW - Gigawatt = 109 watts (Potência ativa).
GWh - Gigawatt Hora = 109 watts por hora (Energia).
Hz - Hertz (Freqüência).
Instalações - Usinas, subestações e linhas de transmissão.
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Intercâmbio - Fluxo de energia elétrica entre áreas do sistema, quando não
explicitado refere-se a energia ativa.
kV - Quilovolt = 103 volts (Tensão).
Limite de Confiabilidade - Valor de uma ou mais grandezas a partir do qual
estão esgotados todos os recursos para atendimento com segurança, do sistema ou de
uma área.
MLT - Média de Longo Termo.
MVA - Megavolt Ampère (Potência aparente).
Mvar - Megavar (Potência reativa).
MW - Megawatt = 106 watts (Potência Ativa).
MWh - Megawatt Hora = 106 watts x hora (Energia).
MWh/h - Megawatt Hora por Hora (Potência média na hora).
MWmed - Megawatt Médio : 1 MWmed-ano = 8.760 MWh/ano (Energia média
no intervalo de tempo considerado).
MWmês - Megawatt Mês : 1 MW mês =730 MWh/mês (Medida de
armazenamento).
Operador - Designação genérica dos operadores de sistema e de instalações.
ONS – Operador Nacional do Sistema Elétrico.
Ponta de Carga - Valor máximo de carga durante um intervalo de tempo
especificado.
Produção Hidráulica/Térmica - Total de energia elétrica gerada (hidráulica,
térmica ou ambas), medida nas saídas dos geradores de uma usina, durante um intervalo
de tempo especificado.
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Rede Básica - Instalações pertencentes ao Sistema Interligado identificadas
segundo regras e condições estabelecidas pela ANEEL.
Rede Complementar - Rede fora dos limites da rede básica, cujos fenômenos
que nela ocorrem têm influência significativa na rede básica.
Rede de Operação - União da rede básica com a rede complementar e as Usinas
Integradas, em que o ONS exerce a coordenação, a supervisão e o controle da operação
dos Sistemas interligados Brasileiros, atuando diretamente através de um dos Centros de
Operação, ou via Centro da empresa proprietária das instalações.
Reservatório Equivalente - Agregação da capacidade de armazenamento de
todos os reservatórios de uma região.
SIN - Sistema Interligado Nacional.
Sistema Interligado - Instalações responsáveis pelo suprimento de energia
elétrica a todas as regiões do país eletricamente interligadas.
Unidade Geradora Hidráulica (UGE) - Cada um dos grupos geradores
constituídos pelo conjunto dos equipamentos e dos componentes existentes entre a
tomada de água e o tubo de sucção e entre o gerador e a bucha de baixa
tensão(exclusive) do transformador elevador.
Unidade Geradora Térmica (UGT) - Cada um dos grupos geradores
constituídos pelo conjunto dos equipamentos e dos componentes existentes entre o
sistema de suprimento de combustível e a bucha de baixa tensão (exclusive) do
transformador elevador.
Usina Hidrelétrica - Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por
conversão da energia gravitacional da água.
Usina Termelétrica - Usina elétrica na qual a energia elétrica é obtida por
conversão de energia térmica.
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Vazão Afluente - Vazão que chega a um reservatório, em um determinado
intervalo de tempo.