35
Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected] Relatório Relatório com Apresentação das Diretrizes Definidas para Inclusão na Política de Recursos Humanos do TCM-BA (Produto 4) TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE EXTERNO DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS BRASILEIROS - PROMOEX

Relatório Relatório com Apresentação das Diretrizes ... · implementação das políticas, ... a instituição de mecanismos de aprimoramento do sistema de remuneração ... e

Embed Size (px)

Citation preview

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Relatório

Relatório com Apresentação das Diretrizes

Definidas para Inclusão na Política de Recursos

Humanos do TCM-BA

(Produto 4)

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA

PROGRAMA DE MODERNIZAÇÃO DO SISTEMA DE CONTROLE

EXTERNO DOS ESTADOS, DISTRITO FEDERAL E MUNICÍPIOS BRASILEIROS - PROMOEX

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Recife/PE, 08 de setembro de 2010

Ao:

TRIBUNAL DE CONTAS DOS MUNICÍPIOS DO ESTADO DA BAHIA

Programa de Modernização do Sistema de Controle Externo dos Estados e Município -

PROMOEX

De acordo com o desenvolvimento das atividades propostas para o Tribunal de Contas

dos Municípios da Bahia e após análise das políticas e práticas de gestão de pessoas

vigentes, apresentamos o presente relatório composto dos trabalhos realizados na

fase 3, que consta o elenco das diretrizes selecionadas pelos consultores para inclusão

na política de RH do Tribunal.

A Fase 3 consiste na Consolidação de diretrizes para a elaboração de Política de

Recursos Humanos do TCM/BA e é composta das seguintes atividades:

� mapear o processo de elaboração de Política de Recursos Humanos para o

TCM/BA;

� verificar a possibilidade de manutenção/aperfeiçoamento/adequação de

diretrizes pertencentes a atual política de RH;

� identificar, em meio aos estudos e trabalhos realizados, demandas para a

elaboração da Política de RH;

� eleger as diretrizes a serem incluídas na nova política de RH, dentre as quais

devem merecer destaque:

a) as necessidades organizacionais de uma sistemática adequada de avaliação de

desempenho e de incentivo a produtividade, racional e motivador, tendo sempre em

vista a missão e os objetivos estratégicos da Instituição.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

b) o estabelecimento de critérios para mensuração de quadro de pessoal a ser

proposto para o Tribunal, relativamente à composição de cargos e funções, assim como

às suas respectivas atribuições e lotações, levando em consideração sua estrutura e

competências constitucionais;

c) as necessidades organizacionais de um programa de saúde, qualidade de vida

e cidadania, tendo em vista a missão e os objetivos estratégicos da Instituição,

definição de critérios e o desenvolvimento de sistemática para alocação de pessoal no

âmbito do TCM/BA;

d) a instituição de mecanismos de aprimoramento do sistema de remuneração e

de promoção dos servidores;

e) a fixação de regras para fins de instituição de Banco de Potencial para o

TCM/BA.

Este relatório, portanto, refere-se ao PRODUTO 4 especificado no plano de ação.

Cibelli Maria Pinheiro de Almeida

Sol Comunicação e Desenvolvimento de Pessoas

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

I. Processo de Elaboração de Política de Recursos Humanos para o TCM/BA

1) Tópico da TDR: “mapear o processo de elaboração de Política de Recursos

Humanos para o TCM/BA”

O processo para elaboração das políticas de gestão de pessoas ocorre através das

seguintes etapas:

A) Conhecimento da Organização - através da leitura das atribuições

constitucionais e legais, estrutura organizacional, atribuições da área de

recursos humanos, pesquisas internas e entrevistas pessoais.

B) Diagnóstico Preliminar – percepção das consultoras sobre as atuais práticas

de RH do TCM-BA, tendo como parãmetro a revisão bibliográfica atualizada

sobre a área e as práticas vigentes no mercado atual.

C) Análise das atuais Políticas e Práticas de RH – exame do Plano de Carreira

do TCM/BA (Lei Estadual nº4.824 de 19 de janeiro de 1989 e suas alterações),

identificação e análise da atual sistemática de avaliação de desempenho e de

incentivo a produtividade dos servidores; verificação da necessidade de

instituição de programa de saúde, qualidade de vida e cidadania (ver relatório

com Produto 3 – fase 2).

D) Análise de Modelos Referenciais – estudo sobre modelos atuais de gestão

de pessoas aplicado às organizações públicas.

E) Proposição das Diretrizes a serem incluídas – verificação da possibilidade

de manutenção, aperfeiçoamento, adequação de diretrizes pertencentes a atual

política de RH através da análise do diagnóstico (produto 3).

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

F) Apresentação das Diretrizes a serem incluídas na nova política de gestão de

pessoas para aprovação.

G) Consolidação das Diretrizes – Após aprovação das diretrizes pelo grupo de

trabalho, as políticas serão validadas pel resultado das pesquisas e entrevistas

pessoais.

H) Elaboração das Políticas de Gestão de Pessoas –A construção será feita

juntamente com o grupo de trabalho, através de workshops direcionados.

I) Proposição das Políticas – Após a construção conjunta, será apresentada

uma primeira proposta para análise do grupo de trabalho e possíveis alterações

e complementos.

J) Aprovação das Políticas – Com a devida aprovação, o documento será

preparado para apresentação aos gestores estratégicos e grupo de trabalho.

K) Apresentação da Documentação – Elaboração de relatório, minuta e manual

contendo as políticas de gestão de pessoas do TCM-BA.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DAS POLÍTICAS DE GESTÃO DE PESSOAS PARA O TCM-BA

C) Análise do Diagnóstico

B) Diagnóstico Premliminar

D) Análise de Modelos Referenciais

A) Conhecimento da Organização

não F) Aprovação das Diretrizes Reavaliação

E) Proposição das Diretrizes

sim

G) Consolidação das Diretrizes

H) Elaboração das Políticas

não J) Aprovação das Políticas

Reavaliação

I) Proposição das Políticas

K) Apresentação Documentação das Políticas de Gestão de Pessoas

FIM

sim

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

2)Tópico da TDR: “verificar a possibilidade de manutenção/

aperfeiçoamento/adequação de diretrizes pertencentes a atual política de

RH”

A análise de modelos referenciais em relação às atuais práticas do TCM-BA,

juntamente com a análise dos diagnósticos permitirão nortear a

manutenção/aperfeiçoamento/adequação de diretrizes pertencentes à atual política de

RH.

Dos estudos já realizados, é possível assumir como diretrizes para construção das

políticas:

a) Atendimento à Legislação que regulamenta as questões relativas a direitos dos

trabalhadores especialmente do servidor público que será impactado pelas

políticas (Constituição Federal, Constituição Estadual, Leis e resoluções vigentes

tratando das diversas matérias).

b) Evitar refinamentos por ruptura de práticas, a exemplo da Gratificação de

Desempenho Funcional (GDF), tendo em vista a cultura existente.

c) Preservar métodos existentes que facilitam a operacionalização de práticas, a

exemplo do sistema de pontos para definir o salário base.

d) Desenvolver políticas adequadas para uma gestão estratégica de pessoas,

acompanhando a tendência de organizações que se encontram em estágios

avançados e a própria visão do TCM-BA: “ser instituição de excelência no

controle externo, contribuindo para o contínuo aperfeiçoamento da

administração pública municipal, sendo reconhecido como órgão

representativo da sociedade”.

e) Propor práticas e programas que darão suporte para a implantação e

implementação das políticas, tornando-as efetivas e disseminadas em toda a

instituição.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

3) Tópico da TDR: “identificar, em meio aos estudos e trabalhos realizados,

demandas para a elaboração da Política de RH”

Todos os estudos realizados tanto na fase de percepção e no aprofundamento do

diagnóstico, procuraram responder às seguintes questões: Existem políticas de

recursos humanos no TCM-BA? Caso a resposta seja afirmativa, quais são estas

políticas? Como estão implementadas?

Este alinhamento metodológico e a fundamentação científica utilizada, permitiram

evidenciar as seguintes demandas para a elaboração da ´Política de RH, cujas

diretrizes estão descritas a partir do item II deste documento.

a) As políticas existentes relativas ao plano de cargos e vencimentos encontram-

se desatualizadas, evidenciando-se a regulamentação em dispositivos legais

distintos (lei 4824 de 19/01/89, reformulada pela lei ordinária 7976 de

03/12/01 e posteriormente pela lei complementar 28 de 14/12/06. Além destes

dispositivos, existe a resolução 871/04 que também regulamenta a matéria ao

fazer as especificações dos cargos. Enfim, existe dispersão de informações.

b) Há necessidades de aumentar a credibilidade nas políticas através da

implantação e implementação delas de maneira adequada e controlada,

incluindo a medição de resultados obtidos.

c) A metodologia de avaliação do desempenho está em desacordo com os

objetivos do TCM-BA no que tange à modernização e ao quanto definido na sua

visão, visto que não é utilizada para fins de treinamento e desenvolvimento de

pessoal. Além disto, a aplicação para fins remuneratórios está impactando os

custos com pessoal e encargos e também desmotivando servidores face à

utilização de fatores de avaliação que não permitem a uniformidade de

aplicação pelas chefias.

d) A Gratificação por Desempenho Funcional (GDF) é bastante agressiva e não se

vincula a resultados obtidos pelos servidores. Além disto não incentiva a

motivação para manter a tendência positiva da curva de desempenho em

relação ao crescimento da maturidade profissional quando os desafios deveriam

ser maiores.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

e) A implantação do Planejamento Estratégico (em curso) e o objetivo de

modernização do TCM-BA evidenciam a necessidade de adotar a gestão

estratégica de pessoas e promover a mudança cultural no sentido de alcançar o

estágio de organização de excelência.

II. Diretrizes a serem incluídas na nova Política de RH

Tópico da TDR: “eleger as diretrizes a serem incluídas na nova política de RH,

dentre as quais devem merecer destaque”:

a) as necessidades organizacionais de uma sistemática adequada de avaliação de

desempenho e de incentivo a produtividade, racional e motivador, tendo sempre em

vista a missão e os objetivos estratégicos da Instituição;

b) o estabelecimento de critérios para mensuração de quadro de pessoal a ser

proposto para o Tribunal, relativamente à composição de cargos e funções, assim como

às suas respectivas atribuições e lotações, levando em consideração sua estrutura e

competências constitucionais;

c) as necessidades organizacionais de um programa de saúde, qualidade de

vida e cidadania, tendo em vista a missão e os objetivos estratégicos da Instituição,

definição de critérios e o desenvolvimento de sistemática para alocação de pessoal no

âmbito do TCM/BA;

d) a instituição de mecanismos de aprimoramento do sistema de remuneração

e de promoção dos servidores;

e) a fixação de regras para fins de instituição de Banco de Potencial para o

TCM/BA.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Conscientes de que o diferencial das organizações, tanto privadas como públicas,

reside na importância das pessoas e da valorização do patrimônio humano, sabe-se,

portanto, que um longo caminho deverá ainda ser percorrido para tornar esse

discurso mais alinhado com a efetiva prática das organizações públicas.

Entre os grandes desafios a enfrentar no serviço público, merecem citação:

� Elevar a consciência sobre a função de gestão de pessoas e sobre a sua

relação com outros processos corporativos, visto que a gestão de pessoas é

altamente dependente do que acontece na organização como um todo, tanto

no processo de adaptação e ajuste à realidade interna quanto no processo

de interação e resposta ao ambiente externo. Neste contexto, a função de

Gestão de Pessoas é responsabilidade de todos, e não apenas da tradicional

área de Recursos Humanos;

� Aprofundar as políticas e os modelos de Gestão de Pessoas para possibilitar

que as ações e as intervenções cheguem até as pessoas, desenvolvendo

suas potencialidades e competências

Desde o final da década de 90, o Governo Federal tem investido na atração e

formação de quadros qualificados, com ênfase na estruturação de carreiras, e mais

recentemente, alguns estados vêm incrementando seus investimentos no

desenvolvimento de capital humano, recompondo seus quadros, criando carreiras de

gestores governamentais e extensivos programas de capacitação.

Como conseqüência, verifica-se um significativo crescimento de gastos com pessoal

nos últimos anos. O incremento das despesas evidenciou a ausência de parâmetros

para o planejamento da força de trabalho no setor público, incluindo as definições de

perfis profissionais, o dimensionamento de quadros e os patamares de remuneração.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Além disso, em muitos setores, os quadros de servidores, estão “envelhecidos” e os

sistemas de cargos em comissão ainda permitem a politização da gestão. Os poucos

instrumentos que apóiam a avaliação do desempenho e a valorização do mérito ainda

não estão suficientemente consolidados. Por sua vez, o modelo de gestão centralizada

e a rigidez do marco legal para administração de pessoal geram restrições para o

tratamento dos problemas identificados (Resultado do CONSAD – I Congresso de

Administração da Gestão Pública).

Como resposta, a implantação de um modelo de gestão de competências e a

definição de critérios para avaliação de desempenho são questões cruciais a

serem desenvolvidos nas organizações públicas, a partir de uma visão

estratégica do gestor público e de uma profunda transformação dos valores e

da cultura do serviço público, de modo a reorientá-lo para resultados, para o

serviço do cidadão, para o atendimento ás demandas ambientais e para a

necessidade da comunidade, razão última da sua própria existência.

A gestão de pessoas por competências está se tornando uma realidade dentro das

organizações, quer sejam privadas ou públicas. Os recursos humanos, apesar de

continuarem exercendo as suas funções rotineiras, estão tomando um direcionamento

mais estratégico e voltado para os objetivos organizacionais. As estratégias do RH se

nivelaram com as estratégias das organizações, ao passo que é cada vez mais

crescente a importância dada às pessoas neste contexto. Sendo assim, os recursos

humanos assumiram uma função importante no cenário organizacional: Gerenciar as

competências das pessoas para que, dessa forma, elas possam atingir os objetivos

traçados pelas organizações (ZAGO et al, 2004). É através das pessoas, e suas

competências, que as organizações buscam atingir os seus objetivos e metas

estabelecidas.

Pode-se dividir as competências em duas categorias: as competências individuais e as

competências organizacionais.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

As competências individuais são aquelas que estão ligadas ao próprio indivíduo e

fazem parte da sua característica pessoal. Já as competências organizacionais são

compostas pelo conjunto de conhecimentos, habilidades, tecnologias e

comportamentos existentes em uma organização e que a auxiliam nos resultados

(HARB, 2001). A gestão de competências busca alinhar o desenvolvimento das

competências individuais com as competências necessárias para a organização

competir no mercado.

É preciso ressaltar que, só possuir competências, tanto individuais quanto

organizacionais, não é suficiente. É necessário que estas competências sejam bem

empregadas, e que as pessoas estejam dispostas utilizá-las da melhor forma possível.

Para que isto ocorra, é necessário que a Gestão por Competências, esteja alicerçada e

integrada aos subsistemas de RH: análise e descrição de cargos, avaliação de

desempenho, treinamento e desenvolvimento, remuneração e benefícios, dentre

outros.

Com base nesta nova forma de administrar pessoas inseridas nas

organizações e adaptadas as novas necessidades que surgem todos os dias,

propõe-se ao TCM-BA adotar uma nova Política de Recursos Humanos no

modelo de Gestão de Pessoas por Competência.

Na esfera da administração pública brasileira, os projetos de gestão por competência

usualmente estão alinhados com iniciativas mais amplas de modernização da gestão

pública e priorizam ações de preservação da memória organizacional e minimização

de descontinuidade administrativa.

Por outro lado, as organizações públicas apresentam a vantagem de possuir,

frequentemente, um quadro estável e experiente de colaboradores, o que constitui

um facilitador para implantação de uma gestão baseada em competências.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

No contexto do Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia, a Gestão por

Competências contribuirá para completar o ciclo de modernização da Gestão de

Pessoas, utilizando-se de uma série de medidas sistêmicas e integradas, entre elas:

a) Implementação de um novo plano de cargos e salários mais claro e

objetivo, facilitando o planejamento da evolução de carreira, por

competência, resultados e melhoria do perfil profissional;

b) Mapeamento do perfil profissional e pessoal por competência possibilitando

a criação do banco de potencial;

c) Introdução de avaliações sistemáticas do pessoal, possibilitando

desenvolver planos de desenvolvimento individualizados;

d) Implantação de programas de saúde, qualidade de vida e cidadania que

visam promover um ambiente saudável e solidário, bem como elevar o nível

de satisfação do servidor.

A partir destas fundamentações, a seguir estão descritas as diretrizes para cada uma

das políticas a serem construídas que nortearão os trabalhos da consultoria.

ELENCO DAS DIRETRIZES DA NOVA POLÍTICA DE RH

1) Sistemática de avaliação de desempenho e de incentivo a produtividade

Tópico daTDR: a) as necessidades organizacionais de uma sistemática

adequada de avaliação de desempenho e de incentivo a produtividade,

racional e motivador, tendo sempre em vista a missão e os objetivos

estratégicos da Instituição;

A Gestão em Competências , tem sido apontada como uma terminologia alternativa

dos modelos tradicionais utilizados pelas organizações ( Brandão e Guimarães, 2001;

Santos 2001). Baseando-se no pressuposto de que o domínio de certos recursos é

determinante do desempenho superior de uma organização, a gestão de

competências propõe-se a integrar e orientar esforços , sobretudo os relacionados à

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

gestão de pessoas , visando a desenvolver e sustentar competências consideradas

fundamentais à consecução de objetivos organizacionais ( Prahalad e Hamel , 1990 ;

Durand , 1998). Zarifian ( 1996) , por exemplo, ao definir competência , faz a alusão

à metacognição e a atitudes relacionadas ao trabalho , baseando-se na premissa de

que, em ambiente dinâmico e competitivo, não é possível considerar o trabalho como

um conjunto de tarefas ou atividades predefinidas e estáticas. Para esse autor ,

competência significa “assumir responsabilidades frente a situação de trabalho

complexas ao exercício sistemático de uma reflexidade no trabalho, que permita ao

profissional lidar com eventos inéditos, surpreendentes e de natureza singular.

Sob esta perspectiva, competências representam combinações de conhecimentos,

habilidades e atitudes, expressas pelo desempenho profissional , dentro de um

determinado contexto organizacional, utilizando-se referenciais de desempenho , de

forma que o profissional possa demonstrar como agem face as situações profissionais

com as quais se defrontam (Durand,2000; Nisembaum, 2000). Assim, as

competências servem como nexo entre as condutas individuais e a estratégia da

organização ( Prahalad e Hamel , 1990).

O CHA ( conhecimento , habilidades e atitudes), representam , então, recursos ou

dimensões interdependentes da competência . O conhecimento diz respeito a um

conjunto de informações armazenadas na memória da pessoa, que têm relevância e

causam impacto em seu comportamento. Habilidade refere-se à capacidade de fazer

uso produtivo do conhecimento , ou seja , ao saber como fazer o elo . E a atitude ,

por sua vez , diz respeito à predisposição da pessoa nem relação ao trabalho , a

objetos ou a situações ( Brandão , 1999).

Tecnicamente, a gestão por competência é implantada a partir de um processo de

mapeamento das competências organizacionais (das equipes) e profissionais (das

funções ou dos cargos) desejadas e das competências pessoais (dos funcionários)

existentes. De posse do inventário de competências dos funcionários (competências

existentes) e das competências profissionais desejadas para o exercício das funções a

empresa pode selecionar pessoas com mais clareza, pois conhece quais

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

competências devem atrair para a organização, desenvolvê-las com mais precisão,

porque sabe quais competências são carentes na organização, avaliá-las de forma

mais precisa, pois tem clareza do objeto de desempenho e, por fim, remunerá-las

com mais justiça, uma vez que a recompensa deve ser dirigida àqueles que se

orientaram com base nos objetivos e metas organizacionais.

A partir desses pressupostos teóricos, torna-se possível entender a gestão de

competências como modelo de gestão organizacional. Para ilustrar as etapas desse

modelo, apresentamos o processo contínuo sugerido por Guimarães ET.al. (2001),

que toma como referência a estratégia corporativa para orientar esforços em torno

da captação e/ou do desenvolvimento das competências necessárias à consecução de

objetivos organizacionais.

1. Avaliação da Formulação da estratégia Organizacional

2. Avaliação da definição da Missão , Visão de Futuro e dos Macro

Objetivos da Organização

3. Mapeamento das Competências Essenciais à Organização

4. Definição de Indicadores de Desempenho Organizacional

5. Diagnóstico das Competências Profissionais

6. Formulação dos Planos Operacionais de Trabalho de Gestão

7. Definição de Indicadores de desempenho de remuneração e de Equipes

e Indivíduos

8. Avaliação de Desempenho com Foco em Competências

9. Desenvolvimento e Acompanhamento do desempenho

Nesse modelo há um momento inicial de formulação da estratégia da organização ,

em seguida , a organização identificará as competências organizacionais necessárias

à consecução de seus objetivos. Definirá indicadores de desempenho em nível

corporativo , os quais representarão medidas da eficácia ou da eficiência das

ações a serem adotadas para concretizar a visão do futuro. Assim , será

possível realizar um diagnóstico das competências profissionais e identificar os gaps,

ou seja , as lacunas existentes entre as competências necessárias à consecução dos

objetivos estratégicos e as competências internas disponíveis na organização.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Mediante tal diagnóstico , será possível subsidiar decisões de investimento no

desenvolvimento e captação de competências.

As organizações modernas buscam novas formas de avaliação, que sejam

participativas e impulsionadoras, capazes de conduzir os esforços das pessoas para

objetivos e metas do negócio da empresa e objetivos individuais, não mais se detendo

ao passado, mas focalizando o futuro, utilizando-se de uma avaliação baseada na

administração participativa por objetivos (CHIAVENATO, 1999). Nesta nova visão a

avaliação de desempenho deve ter como função o desenvolvimento profissional,

baseada no conjunto de experiências e características comportamentais que se

traduzem a avaliação por competência. A avaliação, portanto, deve mudar o

foco, do simples cumprimento das tarefas descritas no cargo, para a

elaboração de ferramentas capazes de mostrar o grau de complexidade do

trabalho e o conjunto de capacidades necessárias à sua realização.

A direção que se pretende tomar para o TCM-BA no que refere à Avaliação de

Desempenho é adotar o sistema de gestão por competências que serve de balizador

para se poder avaliar o desenvolvimento das pessoas e para a adoção de metas e

indicadores de desempenho através das quais será possível remunerar o resultado.

Assim a avaliação do desempenho terá o enfoque de Gestão do desempenho por

resultados.

Avaliação do Desempenho por Resultados: inserida na política de Gestão do

Desempenho que aborda competências (conforme descrito no item anterior) e

resultados, a metodologia permite reconhecer o trabalho individual e da equipe

através de metas para os indicadores definidos para mensurar os objetivos

estratégicos da instituição. Para tanto, deverão ser construídos na fase 4 (produto 5)

os critérios para avaliar o desempenho dos servidores considerando os resultados

planejados. Esta metodologia torna a avaliação do desempenho mais justa e factível

para avaliar a produtividade das pessoas.

A integração das definições do Planejamento Estratégico (em elaboração) no que diz

respeito aos objetivos estratégicos e indicadores é fundamental para a implementação

da Avaliação do Desempenho por Resultados.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

ETAPAS DA IMPLANTAÇÃO DA AVALIAÇÃO POR COMPETÊNCIAS

Descrição das atividades dos

Cargos

Mapear perfil de Competências

dos cargos

Desenvolver Medidores de Competências

Formação de Equipes de

trabalho (RH ou Gestor)

Definição dos Tipos de

Avaliação a serem aplicados (até 360 graus)

Acompanhamento do resultado da

Avaliação (identificação dos

Gaps) pelo RH e

Gestores através de relatórios

(*) Reunião de Feedback entre

Gestor e Avaliado

(*) Acompanhamento das Ações de

Desenvolvimento

(*) Avaliação da Eficácia das

Ações de Desenvolvimento

Início

Realização da Avaliação

(*) Definição das Ações de

Desenvolvimento (Plano de Ação)

Reinício do Ciclo

Legenda

Mapeamento por Competências

Avaliação por Competências

Plano de Desenvolvimento por Competências (PDC)

(*) – Realizado preferencialmente pelos Gestores

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Ciclo de Desenvolvimento Constante

Mapeamento por Competência

Plano de Desenvolvimento por Competências (PDC)

Avaliação por Competência

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

2) Critérios para mensuração de quadro de pessoal (composição de cargos e

funções)

Tópico da TDR: b) o estabelecimento de critérios para mensuração de quadro

de pessoal a ser proposto para o Tribunal, relativamente à composição de

cargos e funções, assim como às suas respectivas atribuições e lotações,

levando em consideração sua estrutura e competências constitucionais

A gestão de recursos humanos sempre teve como sustentação o modelo baseado nos

cargos. Este modelo corresponde, até hoje, como a forma mais comum de administrar

de recursos humanos nas organizações, entretanto, a cada dia tem sido questionado

por ser inflexível e incompatível com as novas formas organizacionais

(ALBUQUERQUE, 2001).

O que mantém este sistema de gestão de pessoas baseado nos cargos vivo é a

estrutura hierárquica que ele cria, pois dessa forma se produz uma visão mais clara

da organização; e a equidade externa com relação à remuneração paga. Desta

forma, um Plano de Cargos claro e objetivo, que promova o equilíbrio quanto ao

conteúdo dos cargos e atribuições a ele inerentes, são significativos para a gestão das

pessoas, melhoria do perfil profissional e conseqüente resultado organizacional.

Para tanto, a partir do processo de análise e descrição de cargos, o equilíbrio para

composição do quadro de pessoal do TCM-BA, necessita considerar as seguintes

diretrizes para alocação de pessoas, conforme segue:

- Definição de quadro de pessoal considerando cargos e a situação de alocação de

pessoal atualizada de acordo com a realidade física (postos de trabalho)

- Alocação de pessoal de acordo as necessidades das diversas áreas considerando as

competências das pessoas e as necessidades de funcionamento dos processos

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

- Critérios para substituições em período de ausências, levando em conta o desenho

do cargo.

- Planejamento do quadro de pessoal, considerando os objetivos estratégicos e as

necessidades de movimentação de pessoal pelas ocorrências de desligamento e

aposentadorias.

Com estas diretrizes, serão definidos os critérios e a sistemática para alocação de

pessoal no âmbito do TCM-BA, especificação constante da TDR para o tópico

mencionado no item 3 (abaixo).

3) Programa de saúde, qualidade de vida e cidadania

Tópico da TDR: c) as necessidades organizacionais de um programa de

saúde, qualidade de vida e cidadania, tendo em vista a missão e os objetivos

estratégicos da Instituição, definição de critérios e o desenvolvimento de

sistemática para alocação de pessoal no âmbito do TCM/BA;

Um programa de qualidade de vida desenvolvido no ambiente de trabalho é um

recurso extremamente eficaz de valorização das pessoas, que proporciona vantagens

a todos os envolvidos: funcionários que passam a adotar um estilo de vida mais

saudável, tornando-se pessoas mais satisfeitas e motivadas e organizações que

passam a colher resultados mais significativos com sua equipe. A saúde dos

empregados é inseparável da saúde geral da organização.

A QVT está fundamentada em dois pilares, quais sejam, o bem-estar do trabalhador e

a eficácia organizacional.

Um programa adequado de saúde, qualidade de vida e cidadania busca uma

organização mais humanizada e proporciona condições de desenvolvimento pessoal ao

indivíduo, o que reverte em maior produtividade para a empresa.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Através da construção de um modelo de avaliação da Qualidade de Vida no Trabalho

podemos perceber as principais dimensões:

� Como está a Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho dos funcionários de

diversos níveis?

� Quais são as fraquezas e potencialidades em termos de SQVT?

� Quais são os pontos mais críticos e que devem ser priorizados em busca da

melhoria da Saúde e Qualidade de Vida no Trabalho?

Para embasar a definição das políticas e práticas de Gestão de Pessoas do

TCM-BA no que se refere à Saúde, Qualidade de Vida e Cidadania, serão

considerados como premissas básicas as práticas de sucesso de empresas

públicas (benchmark), bem como o diagnóstico do perfil de saúde, qualidade

de vida no trabalho e cidadania dos servidores.

O objetivo é estruturar e instituir um plano diretor de SQVT e Cidadania que integre

todas as políticas, ações e programas em um processo corporativo e sistemático,

adotando um planejamento global nessa área para o Tribunal, com definições de

metas de curto e médio prazo, bem como da garantia orçamentária prévia que

viabilize as ações e práticas planejadas, evitando a descontinuidade e garantindo a

melhoria contínua das condições de SQVT e cidadania dos servidores.

Servirão, portanto, de parâmetros para a construção dos programas: a pesquisa

de SQVT e cidadania, permitindo realizar um diagnóstico das demandas atuais dos

servidores e das diretrizes a serem adotadas pelo Tribunal de Contas, bem como

outras pesquisas que o TCM-BA tenha aplicado, tais como: pesquisa de clima

organizacional, pesquisa de imagem, pesquisa sócio-econômica, perfil epidemiológico,

índice de absenteísmo-doença, índice de acidentes e incidentes, principais patologias

identificadas. Além disso, deverá atender às normas legais definidas pelo Ministério do

Trabalho e Emprego, mais especificamente as NR’s 07 e 16; as orientações contidas

no PROMOEX; e as boas práticas de empresas públicas referências em SQVT e

cidadania.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Para a gestão do Plano, é necessário o suporte de um sistema de controle

informatizado, onde deverá ser implantado um banco de dados com os registros da

situação de saúde dos empregados, objetivando controle e alimentação dos

Indicadores de desempenho e resultados das ações de saúde desenvolvidas no

Tribunal de Contas dos Municípios da Bahia.

Processo para elaboração do Programa de SQVT e Cidadania

1. Estudo do método de diagnóstico (diagnóstico rápido, com rigor científico) –

questionário aplicado com questões fechadas e abertas sobre o que pensam

sobre a QVT (assegurar o sigilo dos dados obtidos);

2. Aplicação, tratamento estatístico e qualitativo, e análise dos dados (o

tratamento da parte quantitativa será feito com o uso do aplicativo SPSS –

Pacote Estatístico para as Ciências Sociais – que gera resultados descritivos);

3. Apresentação dos resultados ao comitê e definições de encaminhamentos

políticos, administrativos e legais;

4. Concepção preliminar da política de QVT e de um Programa de Qualidade de

Vida no Trabalho (PQVT) com base nas expectativas e necessidades apontadas

pelos respondentes, e definições administrativas e políticas do TCM/BA;

5. Identificar indicadores (comportamentais, epidemiológicos e perceptivos) de

QVT que auxiliam na gestão do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho do

TCM/BA;

6. Aprovação do Programa de Qualidade de Vida no Trabalho;

7. Definir e propor junto ao comitê modos de monitoramento da evolução da QVT

dos servidores no TCM/BA;

8. Encaminhamentos administrativos, políticos e legais do PQVT do TCM/BA.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE ELABORAÇÃO DO PROGRAMA DE SQVT E

CIDADANIA PARA O TCM-BA

Análise dos Dados

Aplicação de Instrumento

Apresentação dos Resultados e Concepção preiliminar

Estudo do Método

não Aprovação do Programa Reavaliação

Definição de indicadores e do Programa

Encaminhamentos administrativos, políticos, legais

FIM

sim

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

4) Sistema de remuneração e de promoção dos servidores

Tópico da TDR: d) a instituição de mecanismos de aprimoramento do sistema

de remuneração e de promoção dos servidores

O Sistema da Remuneração ou Cargos e Salários deve atender à organização, aos

empregados e aos cenários organizacionais externos. No âmbito organizacional deve

atrair e manter os profissionais; deve ser compatível com as suas habilidades e o seu

desempenho. A escolha das estratégias de remuneração precisa estar alinhada com:

os negócios, a visão, a missão, com a cultura organizacional, com os objetivos, com

os princípios e com as metas organizacionais.

Portanto, deve-se pensar na equidade interna e externa. A equidade interna

pressupõe que o respeito e a compatibilidade entre as atividades desempenhadas e

exigidas num cargo sejam remunerados de modo equivalente. A equidade externa

pressupõe a percepção de que o salário da organização é justo quando comparado ao

que é praticado no mercado.

Os objetivos da concepção de um sistema de remuneração e promoção de servidores

são: (a) reter e atrair o tipo de profissional que a organização necessita; (b)

estabelecer uma política salarial regular e consistente; (c) corrigir

distorções/disfunções salariais; (d) estruturar modos de acesso e aproveitamento

adequado de talentos; (e) definir responsabilidades e atribuições, (f) implementar

normas para assegurar tratamento eqüitativo entre os trabalhadores; (g) determinar

métodos e práticas de remuneração que evitem o uso ou manutenção de práticas

discriminatórias injustificadas. É importante ainda ficar atento à legislação trabalhista

e estadual que devem nortear as políticas e ações da organização.

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

Com relação à Gratificação de Função por Desempenho Funcional (GDF) instituída pela

lei complementar 28 de 14/12/06, deverá ser totalmente reformulada, atrelando a

resultados, de modo que se torne uma ferramenta para motivar os servidores para o

alcance de desempenho em patamares superiores, viabilizar a retenção de talentos

através de políticas de reconhecimento individual e coletivo.

Outras alternativas serão avaliadas, na fase 4 (produto 5), com relação à GDF de

modo que a torne menos agressiva como política de remuneração variável.

Processo para elaboração do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos

1. Estudo do método de coleta de dados para o desenho de cargos (DC);

2. Seleção dos participantes ocupantes dos cargos/funções para aplicação do

instrumento de coleta de dados do DC;

3. Aplicação do Instrumento (questionário e Entrevista);

4. Validação da coleta de dados junto aos gestores;

5. Elaboração do Desenho de Cargos e revisão da nomenclatura dos cargos;

6. Definição da Estrutura de Cargos

7. Aprovação do Manual de Cargos junto ao Comitê;

8. Análise e Avaliação dos Cargos em parceria com membros do comitê;

9. Revisão da estrutura salarial para adequar à estrutura de cargos e à realidade do

TCM-BA

10. Análise, construção, proposição e apresentação para validação das políticas de

remuneração e carreira (salário base e GDF);

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

11.Encaminhamentos legais;

Definição da Gestão do Desempenho por Resultados – GDR que sustentará a

prática da Gratificação de Desempenho Funcional (GDF)

1. Estudo do método a ser implantado

2. Definição dos critérios de elegibilidade

3. Elaboração das interfaces com o Planejamento Estratégico

4. Elaboração de interfaces com a Gestão por Competências

5. Realização de testes amostrais e validação

6. Análise e aprovação pelo Comitê

7. Encaminhamentos legais

Fone-Fax: (81) 30760704 E-mail: [email protected]

FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE REVISÃO DO PLANO DE CARGOS,

CARREIRAS E VENCIMENTOS

INÍCIO

Valoração dos Cargos

Elaboração do Plano

Levantamento das Atribuições

Plano Aprovado?

NÃO

Consolidação do documento de administração de cargos

Revisão de Estrutura Salarial

Implementação / Comunicação

SIM

Apresentação do Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos

Reavaliação do Plano

Hierarquização dos Cargos

Cargos Aprovados?

Reavaliação

NÃO

SIM

Estrutura Aprovada?

Reavaliação

NÃO

FIM

[email protected]

5) Instituição de Banco de Potencial

Tópico da TDR: e) a fixação de regras para fins de instituição de Banco de Potencial para o TCM/BA

Ao se utilizar o banco de competências, o foco principal é a análise do potencial dos

talentos da organização. Isto se dá através da análise comparativa entre

competências individuais e competências funcionais, ou seja, uma comparação da

performance individual com o perfil funcional desejado. No momento que se dá esta

análise comparativa, é possível constatar ou não, a existência de um a diferença entre

o grau mínimo recomendado de competência para o cargo/função e o grau de

competência demonstrado pelo colaborador ocupante da função e a partir daí, oferta-

se programas de treinamento e desenvolvimento para minimizar este diferencial.

Estes programas de treinamento e desenvolvimento ofertados serão focados nas

competências ou habilidades para aqueles que realmente necessitam ampliar seus

domínios, proporcionando apresentar melhores resultados no trabalho em termos de

produtividade.

Através das informações provenientes do banco de competências no planejamento da

capacitação, é possível identificar se existem servidores com níveis de competência

além do necessário para a realização das atividades, sendo estes possíveis

multiplicadores de conhecimento. Pode-se ainda, caso haja demanda de novas

competências em função da evolução do processo ou provenientes da adoção de

novas tecnologias, convertê-las em treinamentos que antecipem a mudança nos

processos, de forma a aumentar a velocidade de aprendizagem e minimizar o risco de

implementação dessas mudanças.

As informações provenientes do banco de competências devem ser utilizadas como

indicadores, com fins de tomada de decisão quanto à capacitação. Para que se possa

auxiliar na decisão, sugere-se que devam ser integradas às informações do banco de

competências outras informações tais como, o acompanhamento diário no trabalho,

[email protected]

avaliações sistemáticas e regulares, informações provenientes dos pares e auto-

avaliação.

O banco de competências nos conduz a uma gestão de RH mais dinâmica e

participativa, proporcionando uma base de dados informatizada que nos permite

consultas ágeis e objetivas para a identificação, absorção e aproveitamento máximo

das potencialidades.

Nesta etapa, a metodologia prevê entrevistas, diagnósticos e seminários de

identificação de potenciais, os quais resultam num banco de identificação de talentos.

Ele permite:

• Identificar, a partir do perfil estabelecido pela empresa, as pessoas que estão

dentro da média, abaixo e acima das expectativas.

• Informar as lacunas (o que a empresa espera e o que a pessoa apresenta

naquele momento).

• Desenhar um plano individual de capacitação por competências, acarretando

em considerável redução de custos.

• Fornecer feedback sobre o potencial individual em tempo recorde.

• Tomar decisões relativas a rodízios, promoções, formação de grupos de

sucessão, aconselhamento, remanejamentos.

Benefícios do Banco de Talentos

Os benefícios gerados pelo banco de competências podem ser evidenciados tanto

para a organização, bem como para o colaborador (CEZAR, 2002). Os benefícios

gerados para a organização são:

• Alinhamento das competências individuais com as estratégias da organização;

• Aproveitamento e reconhecimento dos talentos internos principalmente no

preenchimento de vagas internas, e

• Colaborador preparado para assumir funções futuras.

[email protected]

Já para o servidor os benefícios obtidos são:

• Transparência nos critérios de escolha de profissionais para a participação em

programas de treinamento e desenvolvimento;

• Planejamento de seu desenvolvimento, apoiado pelo gestor;

• Desenvolvimento de competências que agreguem valor profissional e

reconhecimento, e

• Criação de horizontes profissionais compatíveis com a capacidade de

desenvolvimento das pessoas, provendo maior qualidade e produtividade.

Para que tenhamos um banco de competências, torna-se necessário termos um banco

de dados informatizado que possa acumular estas informações de forma organizada e

que seja acessado facilmente. Segundo Laudon e Laudon (1999, p.126) “um banco de

dados é uma coleção de dados organizados de tal forma que possam ser acessados e

utilizados por muitas aplicações diferentes”.

Assim, será utilizado um sistema informatizado de avaliação por competências –

CHAMAP que propiciará o banco de potencial para o TCM-BA. O CHAMAP é um

sistema integrado de Gestão de Pessoas por Competências, que contempla

competências técnicas e comportamentais de maneira inteligente, flexível e

personalizada para cada cargo e empresa.

Através do CHAMAP, pode-se identificar o perfil dos cargos da empresa, avaliar o

quanto os funcionários estão dentro desse perfil, planejar as necessidades dos

recursos humanos, a médio e longo prazo e indicar de maneira segura os

investimentos necessários em treinamento, capacitação e desenvolvimento dos

profissionais. O CHAMAP foi construído com a metodologia Rabaglio e realiza o

mapeamento personalizado do CHA (Conhecimentos, Habilidades e Atitudes), a

mensuração do perfil de competências de cada cargo. Fornece ao RH todas as

informações necessárias para investir em desenvolvimento sem desperdício, através

da consulta dos seus diversos relatórios que propicia um banco de talentos que são

fundamentais para as decisões na Gestão e no Desenvolvimento de Pessoas.

[email protected]

REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Lindolfo G. de. Competências ou cargos: uma análise das tendências

das bases para o instrumental de recursos humanos. Caderno de Pesquisa em

Administração. São Paulo, p.12-25, v.8, n. 4, outubro/novembro, 2001.

ALBUQUERQUE, Lindolfo G. de; OLIVEIRA, Patrícia M. Implementação do modelo de

gestão de pessoas por competências: o caso da oxiteno. In: ENCONTRO NACIONAL

DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 26, 2002, São Paulo. Anais...São Paulo:

ANPAD, 2002, p. 1-15.

ARAÚJO, L.C. G. de. Gestão de Pessoas. São Paulo: Atlas, 2006.

BARBOSA, Allan Claudias Q.; FERRAS, Dalini M.; TEIXEIRA, Daniel P. Competências

nas Organizações: o discurso e a prática na gestão de pessoas. In: ENCONTRO

NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 26, 2002, São Paulo.

Anais...São Paulo: ANPAD, 2002, p. 1-14.

BITENCOURT, Claudia C. A gestão de competências como alternativa de formação e

desenvolvimento nas organizações: uma reflexão crítica a partir da percepção de um

grupo de gestores. In: ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ADMINISTRAÇÃO, 26, 2002, São Paulo. Anais... São Paulo: ANPAD, 2002, p. 1-12.

BOHLANDER, George; SNELL, Scott; SHERMAN, Arthur. Administração de Recursos

Humanos. São Paulo: Thomson, 2003.

BOYATIZIS, R. The competent management: a model of effective performance.

New York: John Wiley, 1982.

BOYER, Robert. The Search for Labour Flexibility. Oxford: Clarendon Press, 1988,

p. 203-206.

[email protected]

BRANDÃO, Hugo P.; GUIMARÃES, Tomás de A. Gestão de Competências e Gestão de

Desempenho: Tecnologias Distintas ou Instrumentos de um mesmo Construto? In:

ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 23, 1999, São

Paulo. Anais...São Paulo: ANPAD, 1999, p. 1-14.

BRUNO-FARIA, M. de Fátima; BRANDÃO, Hugo P. Gestão de Competências:

identificação de competências relevantes a profissionais da área de T&D de uma

organização pública do Distrito Federal. In: ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 25, 2001, São Paulo. Anais...São Paulo: ANPAD,

2001, p. 1-15.

CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos

nas organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.

DEMO, Gisela. Políicas de Gestão de Pessoas nas organizações: papel dos

valores pessoais e da justiça organizacional. São Paulo: Editora Atlas, 2005.

DRUCKER, Peter. Fator humano e desempenho. 2 ed. São Paulo: Pioneira, 1981.

DUTRA, Joel Souza (Org.) et al. Gestão por competências. 2 ed. São Paulo: Gente,

2001.

FERNANDES, E.da. Qualidade de Vida no Trabalho: como medir para melhorar.

2 ed. Salvador: Casa da Qualidade Editora Ltda, 1996.

FILHO, Enadio Moraes. Qualidade de Vida: possibilidade ou utopia? Salvador:

Memorial das letras, 1999.

FISHER, André Luiz. Um resgate conceitual e histórico dos modelos de gestão

de pessoas. IN: Fleury, M.T.L. (Org.). As pessoas na organização. São Paulo: Gente,

p. 11-34, 2002.

[email protected]

FLEURY, M. T. L.; FLEURY, A. C. C. Desenvolvendo competências em diferentes

arranjos empresariais: o caso da indústria brasileira de plástico. In: ENCONTRO

NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 24, 2000, São Paulo.

Anais...São Paulo: ANPAD, 2000, p. 1-14.

FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Práticas de Recursos Humanos: conceitos,

ferramentas e Procedimentos. São Paulo: Editora Atlas, 2007.

FRANÇA, Ana Cristina Limongi. Qualidade de vida no trabalho QVT: conceitos e

práticas nas empresas da sociedade pós-industrial. São Paulo: Editora Atlas,

2007.

GREEN, Paul C. Desenvolvendo competências consistentes: como vincular

sistemas de recursos humanos e estratégias organizacionais. Tradução Ana Paula

Andrade. São Paulo: Qualimark, 2000.

HAMEL, G.; PRAHALAD, C.K. Competindo pelo futuro. 10. ed. São Paulo: Campus,

1995.

HARB, Antônio G. A determinação das competências essências: O caso no setor

supermercadista da cidade de Manaus. In: ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-

GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO, 25, 2001, São Paulo. Anais...Campinas: ANPAD,

2001, 15 p.

KAPLAN, Robert S e NORTON, David P: Mapas Estratégicos – convertendo ativos

intangíveis em resultados tangíveis – ed Campus, 8ª edição

BEATTY, Ricard - BECKER, Brian e HULSELID, Mark: Scorecard para Recursos

Humanos – conceitos e ferramentas para medir a contribuição das equipes - ed

Campus, 2005

[email protected]

LE BORFET, G. Ingenería de las competências. Barcelona: Ediciones Gestión 2001.

LEME, Rogerio. Aplicação Prática de Gestão de Pessoas por Competências:

mapeamento, treinamento, seleção, avaliação e mensuração de resultados de

treinamento. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2005

MAGALHÃES, S.J.; WANDERLEY, M. H., ROCHA, J. Desenvolvimento de competências:

o futuro agora! Revista Treinamento & Desenvolvimento, São Paulo, p. 12-14,

[s.l.:s.n.], Janeiro, 1997.

MEDEIROS, PAULO CÉSAR; LEVY, EVELYN. Novos Caminhos da gestão pública:

olhares e dilemas, Rio de Janeiro: Editora Qualitymark; Brasília, DF: CONSAD,

2009.

NISEMBAUM, Hugo. A competência essencial. São Paulo: Infinito, 2000.

PARRY, S. B.. “Just what is a competence? (andy why should you care?)”. Training

Magazine, p. 58-64, [s.l.:s.n.], junho, 1998.

RABAGLIO, Maria Odete. Ferramentas de Avaliação de Performance com foco

em Competências. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2004.

RESENDE, Enio; TAKESHIMA, Maria Luiza. RH em tempo real: conceitos e

ferramentas modernas para gestão de recursos humanos. Rio de Janeiro:

Qualitymark, 2000.

ROBBINS, Stephens P. Comportamento organizacional. 9. ed. São Paulo: Pretince

Hall, 2002.

RODRIGUES, Catarina; SARRICO, Cláudia.. A gestão estratégica e a avaliação de

desempenho: concepção do modelo Balanced Scorecard numa escola secundária. In:

[email protected]

SIMPÓSIO SOBRE ORGANIZAÇÃO E GESTÃO ESCOLAR 3, 1999, Aveiro. Anais

eletrônicos... Aveiro: UNIVERSIDADE DE AVEIRO. Disponível em:

http://www.dce.ua.pt/simposio_oge/ resumos_comunicacoes.asp .> Acesso em; 24

mai. 2004.

RUANO, Alessandra Martinewski. Gestão por competência: uma perspectiva para a

consolidação da gestão estratégica de recursos humanos. Rio de Janeiro:

Qualitymark; São Paulo: ABRH Nacional, 2003.

RUAS, Roberto. Gestão por competências: uma contribuição à perspectiva estratégica

da gestão de pessoas. In: ENCONTRO NACIONAL DE PÓS-GRADUAÇÃO EM

ADMINISTRAÇÃO, 27, 2003, São Paulo. Anais... Atibaias – São Paulo, 2003, 16p.

SILVA, Mateus de Oliveira. Gestão de Pessoas através do Sistema de

Competências: estratégias, processos, desempenho e remuneração –

fundamentos e aplicação. Rio de Janeiro: Editora Qualitymark, 2005.

TACHIZAWA, Takeshy; FERREIRA, Victor Cláudio Paradela; FORTUNA, Antônio Alfredo

Mello. Gestão com pessoas: uma abordagem aplicada às estratégias de

negócios. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2001.

ULRICH, Dave. Os Campeões de Recursos Humanos: inovando para obter os

melhores resultados. São Paulo: Futura, 1998.

ULRICH, Dave. Recursos Humanos Estratégicos: novas perpectivas para os

profissionais de RH. São Paulo: Editora Futura, 2000.

WAGNER III, John A.; HOLLENBECK, John R. Comportamento organizacional:

criando vantagem competitiva. São Paulo: Saraiva, 2002.