43
Relatório de Gestão 2017 Relatório de Gestão 2017

Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

  • Upload
    others

  • View
    2

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

Relatório de Gestão 2017

Relatório de Gestão 2017

Page 2: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

Ficha Técnica

Título

Relatório de Gestão de 2017 Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa

Julho de 2018

Edição

IGOT Instituto de Geografia e Ordenamento do Território da Universidade de Lisboa Edifício IGOT Rua Branca Edmée Marques 1600-276 Lisboa Tel. +351 21 0443000 WWW: http://www.igot.ulisboa.pt/ Correio eletrónico: [email protected] Serviços Centrais da Universidade de Lisboa Departamento Financeiro Edifício da Reitoria da Universidade de Lisboa Alameda da Universidade 1649-004 Lisboa Tel. +351 21 7904767

Page 3: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

Índice

Parte I – RELATÓRIO DE ATIVIDADES ................................................................................ 4

Nota Introdutória .................................................................................................................. 4

Visão, Missão e Objetivos .................................................................................................... 6

Visão ................................................................................................................................ 6

Missão .............................................................................................................................. 6

Visão, Missão e Objetivos .................................................................................................... 7

Visão ................................................................................................................................ 7

Missão .............................................................................................................................. 7

Organigrama em 31/12/2017 ............................................................................................ 8

Breve Caracterização........................................................................................................... 9

Linhas programáticas, medidas e atividades desenvolvidas em 2017 ................................ 10

Linhas programáticas ..................................................................................................... 10

Linhas programáticas, medidas e atividades .................................................................. 11

A Ação da Direção, dos Órgãos e dos Serviços de Apoio em 2017 ................................... 30

Parte II – RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS........................................................... 35

Recursos Humanos............................................................................................................ 35

Recursos Financeiros ........................................................................................................ 37

Organização contabilística .............................................................................................. 41

Avaliação Global Dos Resultados Alcançados ................................................................... 42

Page 4: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

Índice de Figuras

Figura 1 – Nota de candidatura do último colocado-1.ª fase .................................................. 18

Figura 2 - Estrutura etária por sexo dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal ........ 35

Figura 3 - Níveis de escolaridade dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal ........... 35

Figura 4 – Evolução da Receita ............................................................................................. 38

Figura 5 - Repartição da receita por fontes de financiamento e atividade .............................. 38

Figura 6 - Receita de 2017 por atividade ............................................................................... 39

Figura 7 - Repartição das receitas do ano 2017 por fonte de financiamento e atividade........ 39

Figura 8 – Evolução da Despesa ........................................................................................... 39

Figura 9 – Repartição por Agrupamentos de Despesa .......................................................... 40

Page 5: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a4

Relatório de Gestão 2017

Parte I – RELATÓRIO DE ATIVIDADES

Nota Introdutória

O Instituto de Geografia e Ordenamento do Território (IGOT) da Universidade de Lisboa

(ULisboa) é a Escola de Geografia e do Ordenamento do Território da Universidade de

Lisboa.

Criado em 2009, o IGOT iniciou a sua atividade com plena autonomia em 1 de Janeiro de

2010. A criação do IGOT ocorreu com os Estatutos de Agosto de 20081, no quadro da

alteração estatutária da Universidade de Lisboa desencadeada pela publicação do novo

Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior2. A proposta de criação do IGOT foi

produto de uma intensa reflexão interna, focada na qualidade do ensino e no

desenvolvimento da investigação científica, que abriu caminho a novas configurações

organizacionais das instituições de ensino superior. A nova escola reunia o Centro de

Estudos Geográficos e o Departamento de Geografia da Faculdade de Letras, que

aglutinavam um conjunto vasto de professores e investigadores e uma produção científica de

elevado mérito e de reconhecimento internacional, bem como recursos especializados.

A instalação do IGOT foi determinada através do

Despacho n.º 7767/20093. Contudo, o IGOT apenas

assume a sua autonomia e o pleno funcionamento dos

órgãos em 2010, após a aprovação e publicação dos

Estatutos do IGOT4 e a eleição dos respetivos órgãos.

O IGOT é um projeto pioneiro da reforma do sistema

de ensino superior em Portugal e afirma-se como um

pilar importante do ensino, investigação e inovação,

das Ciências Sociais, das Ciências da Terra e do

Ordenamento do Território, desempenhando um papel dinamizador de uma área científica

focada no território e no ambiente.

O sucesso deste empreendimento tem-se baseado na nossa capacidade de potenciar e

valorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com

outras unidades de investigação e de ensino, dentro da Universidade de Lisboa e fora dela,

em Portugal e no estrangeiro.

Os docentes, investigadores, estudantes e pessoal não docente têm demonstrado uma

enorme entrega e disponibilidade, mobilizando o melhor das suas capacidades para,

coletivamente, vencerem as dificuldades e enfrentarem os desafios, apesar das precárias

condições em que têm desenvolvido a sua atividade profissional.

A Geografia na ULisboa afirma-se como uma unidade na charneira entre as Ciências Sociais

e as Ciências da Terra, um polo aglutinador de conhecimento com uma forte componente de

1 Despacho Normativo n.º 36/2008, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 148, de 1 de

Agosto 2 Lei 62/2007 de 10 de Setembro

3 Despacho n.º 7767/2009, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 53, de 17 de Março de

2009 4 Despacho n.º 23162/2009, publicado na 2.ª série do Diário da República, n.º 204, de 21 de Outubro

de 2009

Page 6: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a5

aplicação, no âmbito da definição, monitorização e avaliação de políticas públicas de

desenvolvimento e de gestão do território. Nesta conformidade, como se afirma no

documento de resposta do IGOT ao Grupo de Desenvolvimento Estratégico da Nova

Universidade, “será necessário privilegiar uma visão integrada do conhecimento, assente

numa ligação estreita entre ensino, investigação e vida profissional; cultivando a

transversalidade da formação e estabelecendo, sempre que possível e necessário, parcerias

de colaboração, tanto internas (com outras Escolas da Universidade), como externas

(nacionais e estrangeiras)”.

Em síntese, o IGOT afirma-se como uma Escola interventiva na sociedade, que tem vindo a

consolidar uma posição destacada na investigação e no ensino da Geografia em Portugal,

que, de acordo com a sua linha estratégica de atuação, procura atrair melhores alunos,

promover a melhoria do sucesso escolar e da empregabilidade dos seus diplomados, alargar

as parcerias com outras instituições universitárias, fomentar a internacionalização, através do

recrutamento de estudantes estrangeiros e da participação em redes e projetos de

investigação internacionais, da participação em redes e projetos de investigação

internacionais.

Após o marco histórico na vida desta instituição de ensino superior que foi a concretização

em 2015 da instalação do Instituto no edifício definitivo, no ano de 2017 prosseguiu o

processo de consolidação da afirmação do IGOT como Instituição de referência nas áreas da

Geografia e do Ordenamento do Território, em termos nacionais e internacionais.

Entre os principais resultados obtidos em 2017 destaca-se a atração de mais alunos,

nacionais e internacionais, a melhoria do sucesso escolar e o aumento do número de

publicações científicas em revistas internacionais de referência nos domínios da Geografia e

do Ordenamento do Território.

Apesar das elevadas restrições orçamentais foi ainda possível dar início à concretização do

plano de renovação do pessoal docente e ao prosseguimento do recrutamento de pessoal

não docente.

Em contraponto, regista-se a incerteza criada por um conjunto de medidas políticas

anunciadas, nomeadamente no que diz respeito ao programa de regularização extraordinária

dos vínculos precários na Administração Pública e à aplicação do art.º 23.º do Decreto-Lei

57/2016, que prevê a contratação de doutorados para desempenho das funções realizadas

por bolseiros doutorados que celebraram contratos de bolsa na sequência de concurso

aberto ao abrigo do Estatuto do Bolseiro de Investigação com a Fundação para a Ciência e a

Tecnologia. Apesar de não ter tido impacte financeiro no ano de 2017, as consequências em

anos futuros serão múltiplas, pelo que teve impacte na política de contratações de pessoal

docente.

Deve ainda salientar-se o trabalho de preparação da ampliação do edifício do Instituto, a

concluir em 2018, com o intuito de se reunir num só edifício todos os colaboradores do

Instituto de Geografia e Ordenamento do Território e do Centro de Estudos Geográficos da

Universidade de Lisboa.

O presente relatório apresenta o resultado alcançado em 2017.

Page 7: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a6

Visão, Missão e Objetivos

Visão

No respeito pela liberdade intelectual e pela ética académica, o IGOT pretende desenvolver

na Universidade de Lisboa um polo de competência de ensino e investigação de nível

europeu ligado à geografia e ao ordenamento do território, comprometido com a

modernização da sociedade, privilegiando uma visão integrada do conhecimento assente

numa ligação estreita entre ensino, investigação e vida profissional; cultivando a

transversalidade da formação e o reconhecimento do mérito; estimulando a inovação e

estabelecendo parcerias de colaboração.

Missão

Conforme determinado nos respetivos Estatutos e Projeto de Desenvolvimento Científico e

Pedagógico, o IGOT é uma instituição de criação, transmissão e difusão da cultura e do

conhecimento científico e tecnológico nos domínios da geografia, das ciências sociais e da

terra, do planeamento, ordenamento e gestão do território, baseado no respeito pela

liberdade intelectual e pela ética académica, no reconhecimento do mérito e no estímulo à

inovação. O IGOT tem como missões fundamentais:

i) Contribuir para o estudo e investigação avançada dos temas de Geografia e do Ordenamento do Território, na Universidade de Lisboa; ii) Ministrar ensino graduado e pós-graduado em Geografia e Ordenamento do Território, orientado para a investigação, a intervenção profissional qualificada e a formação de professores, em articulação com outras unidades orgânicas da Universidade; iii) Estudar a realidade geográfica em todos os aspetos que interessam à sociedade portuguesa, contribuindo para o desenvolvimento territorial e a melhoria da qualidade de vida, desde as escalas locais às mais globais, com especial ênfase nos espaços nacionais, europeus e da lusofonia.

A missão do IGOT articula assim as três funções das Universidades, ensino, investigação e

ligação à sociedade, de modo a estimular a inovação, difundir conhecimento e contribuir para

o desenvolvimento.

Page 8: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a7

Visão, Missão e Objetivos

Visão

No respeito pela liberdade intelectual e pela ética académica, o IGOT pretende desenvolver

na Universidade de Lisboa um polo de competência de ensino e investigação de nível

europeu ligado à geografia e ao ordenamento do território, comprometido com a

modernização da sociedade, privilegiando uma visão integrada do conhecimento assente

numa ligação estreita entre ensino, investigação e vida profissional; cultivando a

transversalidade da formação e o reconhecimento do mérito; estimulando a inovação e

estabelecendo parcerias de colaboração.

Missão

Conforme determinado nos respetivos Estatutos e Projeto de Desenvolvimento Científico e

Pedagógico, o IGOT é uma instituição de criação, transmissão e difusão da cultura e do

conhecimento científico e tecnológico nos domínios da geografia, das ciências sociais e da

terra, do planeamento, ordenamento e gestão do território, baseado no respeito pela

liberdade intelectual e pela ética académica, no reconhecimento do mérito e no estímulo à

inovação. O IGOT tem como missões fundamentais:

i) Contribuir para o estudo e investigação avançada dos temas de Geografia e do Ordenamento do Território, na Universidade de Lisboa; ii) Ministrar ensino graduado e pós-graduado em Geografia e Ordenamento do Território, orientado para a investigação, a intervenção profissional qualificada e a formação de professores, em articulação com outras unidades orgânicas da Universidade; iii) Estudar a realidade geográfica em todos os aspetos que interessam à sociedade portuguesa, contribuindo para o desenvolvimento territorial e a melhoria da qualidade de vida, desde as escalas locais às mais globais, com especial ênfase nos espaços nacionais, europeus e da lusofonia.

A missão do IGOT articula assim as três funções das Universidades, ensino, investigação e

ligação à sociedade, de modo a estimular a inovação, difundir conhecimento e contribuir para

o desenvolvimento.

Page 9: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a8

Organigrama em 31/12/2017

Conselho de Escola Órgão de governo com funções

deliberativas e de supervisão, representando os docentes e investigadores, estudantes e pessoal não docente e não investigador

José Manuel Simões (Pres.)

Conselho de Gestão Órgão de gestão administrativa e financeira

Maria Lucinda Fonseca (Pres.) Mário Vale (Vogal)

José Luís Zêzere (Vogal)

Paulo Ferreira (Vogal)

Conselho Pedagógico Órgão de gestão pedagógica Eusébio Reis (Pres.)

Conselho Científico Órgão de gestão científica e cultural Maria Lucinda Fonseca (Pres.)

Assembleia da Área de

Investigação e Desenvolvimento Composta por todos os investigadores que

prestam serviço nas Unidades de Investigação do IGOT

Assembleia da Área de Ensino e

Formação Composta por todos os docentes a tempo integral

Coordenadores de Curso 1º ciclo Geografia – Herculano Cachinho PGT – Eduarda Marques da Costa 2º ciclo GFOT – Carlos Neto GTU – Mário Vale GH – Eduardo Brito Henriques PE –Luís Moreno SIGMTO - Eusébio Reis 3º ciclo Geografia – J. L. Zêzere Turismo – José Manuel Simões Migrações – Maria Lucinda Fonseca Territórios, Riscos e PP – J. L. Zêzere

Coordenadores de Ciclo 1º ciclo – Gonçalo Vieira 2º ciclo – Ana Ramos Pereira 3º ciclo – Mário Vale

Co

nse

lho

Co

nsu

ltiv

o E

xte

rno

Centro de Estudos Geográficos

Diretor: Mário Vale Comissão Diretiva: Jorge Malheiros Gonçalo Vieira Sara Dâmaso

Coordenadores de Grupos de

Investigação: MIGRARE – Mª Lucinda Fonseca MOPT – Eduarda Marques Costa RISKam – José Luís Zêzere SLIF – Jorge Trindade TERRITUR – José Manuel Simões ZEPHYRUS– António Lopes ZOE– Herculano Cachinho e Jorge Malheiros

Presidente Órgão superior de governo e de representação externa

Maria Lucinda Fonseca

Diretor Executivo Paulo Ferreira

Vice-presidente

José Luís Zêzere

Page 10: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a9

Breve Caracterização

O IGOT, desde a sua criação, manteve em funcionamento uma área do Ensino e uma área

de Investigação Cientifica.

A área de Ensino leciona, desde 2010, cursos de licenciatura, mestrado e doutoramento em

Geografia e Ordenamento do Território, tendo sido aumentada a oferta formativa com a

criação de novos cursos de mestrado e doutoramento.

Em 2017/2018, estão inscritos diretamente no IGOT 821 alunos5 e as aulas são lecionadas

por cerca de quatro dezenas de docentes.

A área da Investigação Científica que se desenvolve no Centro de Estudos Geográficos da

Universidade de Lisboa (CEG), fundado em 1943, tem cerca de 180 investigadores e

bolseiros, dos quais 97 são doutorados.

O mapa de pessoal do IGOT contempla 21 trabalhadores não docentes, mas, em 2017,

apenas se encontravam providos 17 lugares, após conclusão de 3 processos concursais para

a contratação de técnicos superiores para a área financeira, Fototeca/revista Finisterra e

Biblioteca/Mapoteca.

O IGOT contou com os Serviços Centrais da Universidade de Lisboa para a realização de

tarefas em algumas áreas de apoio, das quais se destacam a área financeira, a de

processamento de vencimentos e os serviços tecnológicos. Deve salientar-se que o fecho de

contas de 2017 e a entrega dentro de prazo da Conta de Gerência foram comprometidos pela

falta de resposta do novo ERP adotado e em virtude da mudança do Plano Oficial de

Contabilidade para o novo Sistema de Normalização Contabilística (SNC).

No ano de 2017 consolidou-se a posição do IGOT no ensino e na investigação em Geografia

Física, Humana e Ordenamento do Território. As novas instalações permitiram o

desenvolvimento de inúmeras atividades, a criação de novos cursos e melhoraram

significativamente a atratividade, o que levou a uma maior procura dos cursos lecionados no

IGOT.

5 dados a 31/12/2017, incluindo 59 alunos em mobilidade e 30 inscritos em regime livre.

Page 11: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

0

Linhas programáticas, medidas e atividades desenvolvidas em 2017

O Plano de Atividades do IGOT-ULisboa para 2017 articula-se diretamente com os objetivos

estratégicos da Universidade de Lisboa (ULisboa), tal como estão definidos no Plano de Ação

para 2017 e 2018, que seguidamente se elencam:

A - Promover a coesão e o espírito identitário da Universidade de Lisboa

B - Atrair os melhores estudantes

C - Promover a interação da Universidade com o tecido produtivo e os poderes públicos

D - Promover o rejuvenescimento, a qualificação e a mobilidade dos Recursos Humanos

E - Reforçar a capacidade de intervenção e influência da Universidade de Lisboa em

espaços internacionais estratégicos

F - Assegurar a consolidação de um Sistema de gestão da Qualidade

G - Criar oferta cultural para a Universidade e para a Cidade de Lisboa

H - Melhorar as infraestruturas ao dispor da comunidade académica

I - Promover a responsabilidade social e as atividades de desporto, saúde e bem-estar na

Universidade de Lisboa

Linhas programáticas

O plano de atividades para 2017 estruturou-se em torno das Orientações Estratégicas do

Programa de Ação para o biénio 2017-2018, apresentado à Escola aquando da eleição da

Presidente em dezembro de 2016, desagregadas em 10 Linhas Programáticas:

LP1. Ensino e formação LP2. Investigação LP3. Internacionalização LP4. Abertura à comunidade, informação e comunicação LP5. Docentes e investigadores LP6. Estudantes LP7. Capacidade do apoio técnico-administrativo LP8. Autoavaliação e garantia de qualidade LP9. Responsabilidade social do IGOT

LP10. Instalações

A atuação do IGOT pautou-se pela sua cultura de exigência e sentido de responsabilidade,

fundada no princípio da liberdade intelectual, no respeito mútuo e no reconhecimento do

mérito.

Page 12: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

1

Linhas programáticas, medidas e atividades

LP1 - ENSINO E FORMAÇÃO

Face à menor procura nalgumas áreas do Ensino Superior e à maior exigência em termos de

escolha dos alunos do ensino secundário relativamente à Universidade onde vão realizar a

sua formação, o foco de atuação neste domínio colocou-se na continuidade da recuperação

do número de estudantes colocados no curso de licenciatura em Geografia e no aumento do

número de estudantes que escolhem em primeira opção os cursos oferecidos pelo IGOT.

Mantendo-se a dificuldade na obtenção de bolsas de doutoramento para os alunos

portugueses, os esforços de recrutamento de novos estudantes de pós-graduação

privilegiaram os cursos de mestrado e de especialização, embora, simultaneamente, se tenha

também apostado na atração de estudantes internacionais, especialmente dos países de

Língua Portuguesa, para os cursos de doutoramento.

Em 2017 consolidou-se a posição e o reconhecimento externo do IGOT. Pela primeira vez em

mais de 12 anos foram preenchidas todas as vagas da Licenciatura de Geografia e de

Planeamento e Gestão do Território na 1.ª fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino

Superior numa clara inversão da tendência dos últimos anos, em que se verificava uma

diminuição do número de candidatos ao Ensino Superior e um aumento do abandono escolar.

Com a adoção de uma nova estratégia de comunicação com os potenciais candidatos e

beneficiando das novas instalações, o IGOT alcançou o melhor resultado nas colocações dos

alunos na 1.ª fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior desde 2004. O IGOT,

não só ocupou as 150 vagas dos 2 cursos de licenciatura, na 1.ª fase, como também voltou a

aumentar a nota de candidatura do último colocado na licenciatura em Geografia em cerca de

10 pontos (numa escala de 100 a 200 pontos) e na licenciatura em Planeamento e Gestão do

Território em 5 pontos.

Contudo, no que respeita aos cursos de 2.º e 3.º ciclos de estudos, a crise económica e

financeira e a redução do número de bolsas de doutoramento concedidas pela FCT, inibem o

aumento do número de estudantes nestes ciclos de estudo. Apesar do esforço para a

alteração desta tendência, ainda não se atingiu o objetivo das 2 centenas de alunos em

cursos de Mestrado (174 em 2017/2018) e de 150 nos Programas Doutorais (121 em

2017/2018).

Page 13: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

2

Principais medidas implementadas:

Cursos de licenciatura

Foi desenvolvida uma estratégia de comunicação especialmente dirigida para os candidatos aos cursos de licenciatura, que incluiu uma ação direta em mais de 50 escolas da Área Metropolitana de Lisboa, a realização da Expedição IGOT Escolas 2017 e publicidade na Rádio Comercial;

Foi dada continuidade à iniciativa do Dia Aberto e foram realizadas visitas do IGOT a Escolas com Ensino Secundário de melhor reputação da Área Metropolitana de Lisboa, tentando desenvolver um programa de aproximação aos melhores alunos do ensino secundário.

Aprofundou-se o apoio ao Projeto “Nós Propomos! Cidadania, Sustentabilidade e Inovação na Educação Geográfica”

Foi melhorada a articulação entre as diferentes unidades curriculares, ao nível dos conteúdos programáticos, dos métodos de ensino e da avaliação de conhecimentos.

Estimulou-se a participação dos alunos das licenciaturas nos programas de mobilidade internacional.

Mobilizaram-se os alunos do doutoramento para apoio nas unidades curriculares das licenciaturas e apoio aos estudantes, tendo em vista a melhoria do sucesso escolar e a integração dos novos alunos na Universidade.

Foram premiados os melhores alunos das licenciaturas como forma de melhoria do sucesso escolar e estimulo à continuidade dos estudos.

Foi realizada uma pequena reestruturação das licenciaturas em Geografia e Planeamento e Gestão do Território, de modo a melhorar o a articulação e enquadramento de unidades curriculares, designadamente em termos de estrutura do Plano de Estudos, de modo a garantir um maior sucesso em unidades curriculares para as quais os alunos necessitam de maior maturidade pessoal e científica, passando estas a aparecer nos últimos semestres dos cursos.

Page 14: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

3

Tabela 1 - Resultados relativos à Linha Programática 1 - LP1 - ENSINO E FORMAÇÃO (licenciaturas)

Medidas Atividades Resultados

M1 - Recrutamento e promoção do

sucesso escolar no 1.º ciclo

(licenciaturas)

A1 - Dia Aberto e ações do IGOT junto das Escolas Secundárias (privadas e públicas) com melhores resultados da Área Metropolitana de Lisboa, Ribatejo e Oeste

Participaram no Dia Aberto mais de 800 alunos Foram realizadas três dezenas de ações em escolas secundárias

A2 - Dinamização do projeto “Nós Propomos! Cidadania, Sustentabilidade e Inovação na Educação Geográfica”

O Seminário Nacional contou com mais de 1200 alunos e professores do ensino secundário (10.º e 11.º anos) Foram envolvidas 50 escolas de todo o país no projeto para 2016/2017

A3 - Promover atividades de Verão

O IGOT participou no Verão na ULisboa e realizou a Expedição IGOT Escolas 2017, em que envolveu cerca de 100 jovens do ensino secundário numa competição realizada em junho. No início do mês de Setembro, a equipa vencedora realizou uma expedição à Madeira, juntamente com os melhores alunos das licenciaturas de Geografia e Planeamento e Gestão do Território.

A4 - Melhorar a articulação entre unidades curriculares: conteúdos programáticos, métodos de ensino e avaliação de conhecimentos

Foram desenvolvidos conteúdos curriculares articulados e complementares entre unidades curriculares, tendo sido feita uma reflexão profunda sobre o funcionamento dos cursos de licenciatura e mestrado no âmbito do exercício de auto-avaliação dos cursos para a A3ES.

A5 - Incentivar a cultura da inovação e do empreendedorismo

Foi divulgada a oferta de unidades curriculares específicas na Área de Empreendedorismo na ULisboa

A6 - Aumentar a participação nos programas de mobilidade internacional

O IGOT mantém elevada atratividade para alunos estrangeiros no que respeita aos estudantes em mobilidade, registando-se 36 alunos em mobilidade incoming no IGOT em 2017. No entanto, face às condições económicas e ao valor reduzido das bolsas atribuídas, apenas 4 alunos do IGOT foram estudar no estrangeiro ao abrigo de bolsas de mobilidade.

A7 - Mobilizar os melhores alunos do 3º ano para desempenharem tarefas de monitor

Foi implementada pela primeira vez neste ano letivo com um monitor, tendo-se também envolvido os alunos em muitas atividades do IGOT e do CEG, mantendo-se a colaboração de diversos alunos de doutoramento em Unidades Curriculares.

A8 - Premiar o mérito e estimular a continuidade dos estudos no IGOT

Foram atribuídos os prémios aos 5 melhores alunos finalistas do IGOT que continuam os seus estudos de pós-graduação no Instituto

Page 15: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

4

Cursos de mestrado

Com base nos resultados da avaliação, interna e externa, dos cursos de mestrado atuais, o Conselho Científico do IGOT, em articulação com os coordenadores de ciclo e de curso, implementou os ajustamento às estruturas curriculares e às condições de funcionamento, tendo em vista a melhoria da qualidade do ensino, o aumento do sucesso escolar e da empregabilidade dos nossos diplomados.

Manteve-se a ligação dos nossos cursos aos potenciais empregadores dos nossos diplomados, promovendo a realização de estágios curriculares nessas organizações.

Reforçou-se o apoio do CEG aos cursos de mestrado, enquadrando as dissertações de mestrado nos projetos dos Grupos de Investigação do CEG e beneficiando dos recursos disponibilizados no novo edifício do IGOT, nomeadamente nas salas de SIG e no Geomodlab.

Seguindo a diversificação da oferta formativa e fomentando a colaboração entre escolas e estimulando o desenvolvimento de competências transversais, o IGOT juntamente com o Instituto Superior Técnico (IST) e a Faculdade de Arquitetura (FA) realizaram a primeira edição do “Mestrado em Ordenamento do Território e Urbanismo” (MOTU), com uma turma com 27 alunos. Deve realçar-se que este curso é muito atrativo para estudantes estrangeiros, designadamente para candidatos Brasileiros e dos PALOP.

Tabela 2 - Resultados relativos à Linha Programática 1 - LP1 - ENSINO E FORMAÇÃO (mestrados)

Medidas Atividades Resultados

M2 - Reforço da componente

aplicada na oferta formativa ao nível

do 2º ciclo (mestrados)

A9 - Promover a autoavaliação dos cursos o processo de avaliação

externa

Foi promovido e concretizado o processo de autoavaliação

A10 - Com base nos resultados da avaliação, proceder a ajustamentos

na estrutura curricular dos cursos de mestrado

Foram realizados ajustamentos com o objetivo de melhorar a qualidade do ensino, aumentar o sucesso escolar e a

empregabilidade dos diplomados

A11 - Fomentar a utilização das novas

tecnologias da informação no ensino

Aumento da oferta formativa na modalidade de e-learning e b-learning está em curso

A12 - Orientar alguma oferta formativa do

2.ºciclo para responder a necessidades específicas

de qualificação de técnicos e quadros

superiores

Atividade a desenvolver com a melhoria das condições para esta oferta formativa.

A13 - Reforçar a ligação aos empregadores

Foi realizado um reforço através do aumento dos protocolos de colaboração e estágios em empresas e entidades públicas

A14 - Reforçar o apoio do CEG aos cursos do 2º ciclo

de estudos

As dissertações de mestrado que se enquadram nas linhas de investigação do CEG passaram a ser enquadradas em projetos dos

Grupos de Investigação.

Page 16: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

5

Programas doutorais

A diversificação dos programas de doutoramento oferecidos pelo IGOT, através do

alargamento das parcerias, internas e externas à ULisboa, tem permitido atenuar a

diminuição do número de estudantes do 3º ciclo, resultante da falta de perspetivas de

emprego qualificado em Portugal e da redução do número de bolsas de doutoramento

atribuídas pela FCT.

Em 2017 foram implementadas as seguintes medidas e ações:

Promoveu-se, em colaboração com o Conselho Científico do IGOT e os Grupos de Investigação do Centro de Estudos Geográficos, uma reflexão aprofundada para definir as áreas estratégicas de formação avançada.

Os estudantes de doutoramento continuaram a integrar projetos de investigação do CEG.

Tendo em vista a diversificação da oferta formativa, o IGOT passou a ser parceiro do doutoramento conjunto em Estudos do Desenvolvimento que envolve o IGOT, o Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG), o Instituto de Ciências Sociais (ICS) e o Instituto Superior de Agronomia (ISA). O IGOT também esteve envolvido na submissão da proposta de um novo Doutoramento conjunto “Recursos-Alimentação-Sociedade: Dinâmicas e Soluções (REASOn), promovido pelo colégio Farm, Food and Forest (F3) da Universidade de Lisboa e ainda de um Programa de doutoramento em Estudos de Género.

Foi garantida, nos Programas Doutorais, uma melhor organização e utilização dos recursos humanos e materiais para os cursos de doutoramento, nomeadamente através da organização mais integrada da oferta de seminários, workshops e conferências, bem como de unidades curriculares de natureza transversal como, por exemplo, métodos de investigação e escrita científica.

O IGOT participou ativamente na preparação de novos programas doutorais em colaboração com outras escolas da ULisboa, procurando tornar a oferta mais atrativa para novos públicos, tendo em conta as necessidades do mercado de trabalho e a possibilidade de atrair estudantes internacionais.

Continuou a desenvolver-se a internacionalização dos programas de Doutoramento do IGOT, através da participação em redes Marie Curie de formação inicial, e em programas de mobilidade de estudantes do 3ºciclo e através da co-titulação do grau com universidades estrangeiras de elevada reputação.

Foi incentivada a divulgação dos trabalhos dos estudantes de doutoramento, nomeadamente a sua participação e apresentação de comunicações em eventos científicos, nacionais e internacionais e a publicação dos seus trabalhos em revistas científicas com revisão por pares.

Organizou-se uma visita de estudo de 1 semana a Marrocos (realizada já em 2018) e promoveram-se estágios de campo e workshops doutorais, para apresentação e discussão dos projetos e/ou de relatórios de progresso dos trabalhos dos estudantes.

Foram realizados workshops e séries de lições de pós-graduação, mobilizando os recursos das redes e projetos internacionais em que o CEG participa.

Promoveu-se a participação dos investigadores doutorados mais jovens, recrutados em concursos altamente competitivos (investigador FCT e pós-doc), nos programas de pós-graduação.

Page 17: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

6

Tabela 3 - Resultados relativos à Linha Programática 1 - LP1 - ENSINO E FORMAÇÃO (doutoramentos)

Medidas Atividades Resultados

M3 - Diversificação da componente

prática e aplicada, da disseminação do

conhecimento e internacionalização da oferta formativa ao nível do 3º ciclo (doutoramentos)

A15 - Reforçar o apoio do CEG aos cursos do

doutoramento

As teses de doutoramento desenvolvidas estão enquadradas em projetos dos Grupos de Investigação do CEG

A16 - Consolidar, desenvolver e

internacionalizar os programas de

Doutoramento do IGOT

O IGOT manteve em 2017 a participação na rede Marie Curie, em programas de mobilidade de estudantes e co-titulação de graus

com universidades estrangeiras

A17 - Aumentar o número de professores estrangeiros envolvidos

nos programas doutorais do IGOT

Multiplicaram-se as participações de docentes estrangeiros a proferirem palestras em todos os doutoramentos do IGOT, sendo

as mesmas abertas também aos alunos de outros cursos, incluindo os de mestrado e de licenciatura

A18 - Incentivar a divulgação dos trabalhos

de doutoramento

Multiplicaram-se as comunicações de doutorandos em eventos científicos, nacionais e internacionais e a publicações em revistas

científicas com revisão por pares, fruto também do desenvolvimento dos workshops doutorais

A19 - Aumentar o recrutamento de

estudantes estrangeiros (em particular do Brasil e dos países africanos de

Língua Portuguesa)

Em 2017 o IGOT tinha 35 alunos estrangeiros inscritos nos seus cursos de doutoramento, fruto da grande notoriedade que o IGOT

tem no estrangeiro

A20 - Organizar anualmente, estágios de

campo e workshops doutorais, para

apresentação e discussão dos projectos e/ou de

relatórios de progresso dos trabalhos

Para além de inúmeras atividades realizadas no âmbito dos cursos, realizaram-se 2 workshops doutorais, visitas de estudo e trabalho

de campo e os doutorandos participaram em numerosas atividades desenvolvidas pelo IGOT e pelo CEG. Foi preparada uma

visita de estudo a Marrocos a realizar em 2018.

Page 18: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

7

Em termos globais, o ano de 2017 foi marcado pela consolidação da marca e imagem do

IGOT em Portugal.

Com efeito, comparativamente a 2016/2017 mantém-se a tendência de um aumento global

de alunos inscritos. Nas licenciaturas conseguiu-se recuperar o número de alunos devido aos

bons resultados no concurso nacional de acesso ao ensino superior, tendo-se preenchido a

totalidade das vagas na 1.ª fase do concurso nacional. Saliente-se que o aumento total do

número de alunos não é mais significativo, em virtude do número de alunos no 3.º ano, que

são ainda o reflexo da forte quebra no número de alunos registada entre 2013 e 2015.

Tabela 4 - Alunos inscritos no IGOT a 31 de dezembro

Curso N-5 N-4 N-3 N-2 N-1 N ∆ N-(N-1) 2012/13 2013/14 2014/15 2015/16 2016/17 2017/18

Licenciatura em Geografia 370 290 247 243 265 280 15

Licenciatura em Planeamento e Gestão do Território

113 141 150 158 149 141 -8

Mestrado em Geografia Física e Ordenamento Território

31 28 29 27 25 23 -2

Mestrado em Gestão do Território e Urbanismo

30 34 25 26 33 19 -14

Mestrado em Ordenamento do Território e Urbanismo (Novo)

- - - - - 27 27

Mestrado em Políticas Europeias 15 6 10 9 9 5 -4

Mestrado em População Sociedade e Território

6 6 7 6 5 16 11

Mestrado em Geografia Humana: Globalização, Sociedade e Território (Novo)

- - - - - 14 14

Mestrado em SIG e Modelação Territorial Aplicados ao Ordenamento

42 48 45 44 52 60 8

Mestrado em Turismo e Comunicação 0 3 7 42 42 15 -27 Mestrado em Ensino da Geografia - - - - 4 9 5

Doutoramento em Geografia 48 53 52 41 33 42 9

Doutoramento em Migrações 4 7 12 14 24 28 4

Doutoramento em Território, Risco e Políticas Públicas

7 7 10 8 4 17 13

Doutoramento em Turismo 37 40 37 36 35 34 -1

TOTAL 703 663 631 654 680 716 36

Em 2017, confirma-se a tendência positiva, em resultado do trabalho desenvolvido no IGOT,

em que o aumento de candidatos aos cursos do IGOT superou largamente o efeito do

aumento global do número de candidatos ao ensino superior.

As atuais condições de funcionamento do IGOT, com as novas instalações e com as

atividades de comunicação e divulgação junto dos alunos do ensino secundário e nos meios

de comunicação social, resultaram num aumento da procura no número de candidatos às

licenciaturas do IGOT.

Conforme se percebe, registou-se um aumento de alunos inscritos no 1.º ano/1.ª vez,

verificando-se também um aumento da classificação do último.

Page 19: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

8

No que diz respeito ao 2.º

ciclo de estudos, a

procura dos cursos

também aumentou,

apesar de ainda se

fazerem sentir os efeitos

da crise económica que

impedem os jovens e as

suas famílias de

apostarem na formação

especializada que lhes é

oferecida pelos cursos de

mestrado.

Traçando um quadro do contexto socioeconómico e dos seus efeitos no recrutamento e

manutenção de alunos, destacamos como constrangimentos a crise económica, e a

consequente diminuição dos rendimentos das famílias, a redução do número de bolsas de

doutoramento atribuídas pela FCT e a falta de perspetivas de emprego qualificado em

Portugal, o que ainda tem particular influência na procura por parte de candidatos aos

programas de doutoramento que o IGOT oferece.

A inversão da situação menos favorável que se registou nos últimos anos devido aos efeitos

da crise económica, que se previa terminarem no ano letivo 2017/2018, levando à

consolidação da posição do IGOT, confirmam-se tal como havíamos referido no relatório de

2016. O trabalho continuado que tem vindo a ser desenvolvido para a captação de mais e

melhores alunos, juntamente com as novas e melhoradas condições do Instituto permitiram o

aumento do número de alunos no Concurso Nacional de Acesso de 2017.

A proximidade aos alunos do ensino secundário e o envolvimento na formação de

professores é já muito elevada, havendo igualmente o reconhecimento do IGOT como a

instituição de ensino superior de referência para a Geografia e o Ordenamento do Território.

Deve ainda referir-se que o posicionamento internacional levou o IGOT a

entrar para o grupo das 100 melhores escolas de Geografia e

Ordenamento do Território, de acordo com o QS World University

Ranking® by subject - 2017.

96,0 100,0 100,0 111,0

105,4 100,0

109,8 118,6 122,0 121,5

105,5 114,2 113,6

108,8 119,2

124,2

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Classificação do último colocado - Nota de candidatura CNAES 2010-2015 (1.ª Fase)

Geografia Planeamento e Gestão do Território

Figura 1 – Nota de candidatura do último colocado-1.ª fase

Page 20: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a1

9

LP2 - INVESTIGAÇÃO

O IGOT posiciona-se como uma escola de excelência ao nível da formação pós-graduada, do

segundo e do terceiro ciclos de estudos (mestrados e doutoramentos), criando condições que

estimulam o aumento da capacidade de investigação, fundamental e aplicada, e do número

de publicações científicas de qualidade, aferido pelos melhores padrões de referência

nacional e internacional. Além disso, o IGOT continuou a apostar na internacionalização da

atividade científica.

O prestígio, nacional e internacional, do Centro de Estudos Geográficos, como unidade de

investigação de referência, em diferentes domínios da Geografia, no Planeamento e no

Ordenamento do Território, tem um papel fundamental na afirmação e valorização do IGOT

na Universidade de Lisboa. Por conseguinte, a concretização das linhas programáticas que

foi efetuada em estreita articulação com a Direção e os Grupos de Investigação do CEG.

Deste modo, a aposta na qualidade da investigação está patente nos resultados das

atividades se descrevem na Tabela 5.

Tabela 5 - Resultados relativos à Linha Programática 2 - INVESTIGAÇÃO

Medidas Atividades Resultados

M1 - Estudar e implementar medidas de apoio à investigação e à disseminação

dos resultados obtidos

A1 - Organização e participação dos docentes do IGOT e dos investigadores do CEG, em eventos científicos e

da publicação dos seus trabalhos em livros e revistas de reconhecido mérito, em Portugal e no estrangeiro.

Aumentou o número total de artigos aceites e publicados em revistas de reconhecido mérito internacional (peer review) de artigos, livros e

outras publicações

M2 - Promover o recrutamento de bolseiros de investigação de pós-

doutoramento de elevada qualidade

A2 - Candidaturas a concursos/financiamentos da

FCT, por programas europeus, nomeadamente

MARIE CURIE e no âmbito de projetos de investigação do

CEG.

Foi garantida a contratação de investigadores e bolseiros de investigação para as atividades do

CEG e dos seus projetos de investigação

M3 - Assegurar, aos professores responsáveis pela coordenação de grandes projetos de investigação,

condições para que possam dedicar mais tempo ao trabalho de investigação

A3 - Assegurar o direito à obtenção de licenças

sabáticas e reorganização da distribuição do serviço docente, recorrendo à

aplicação efetiva do modelo de full costs

Foram plenamente asseguradas as licenças sabáticas e as condições para os docentes e

investigadores desenvolverem as suas atividades de investigação científica

M4 - Melhorar as condições de acolhimento e integração dos

investigadores do Programa Ciência, investigadores visitantes, bolseiros de doutoramento e pós-doutoramento

A4 - Melhoria das condições de trabalho e instalações

Com a construção do novo edifício e com a ocupação de gabinetes do Instituto de

Investigação Interdisciplinar, os investigadores passaram a dispor de equipamentos e serviços

de apoio adequados, estando facilitada a utilização e partilha de recursos, a interação,

organização de reuniões científicas

M5 - Melhorar as condições de trabalho dos docentes e investigadores do

Instituto

Page 21: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

0

LP3 -INTERNACIONALIZAÇÃO

Em 2017 prosseguiu-se com a afirmação do prestígio do IGOT que muito deve ao seu

reconhecimento externo, nacional e internacional, pelos empregadores dos nossos alunos,

pelos nossos antigos alunos, por outras Escolas e Centros de Investigação de referência nos

domínios da Geografia e do Ordenamento do Território e pela capacidade de atrair

estudantes e investigadores estrangeiros. Deste modo, prosseguiu-se o esforço de

internacionalização do Instituto que temos vindo a desenvolver nos últimos anos, tanto no

ensino como na investigação.

Principais Medidas

Promoção da participação dos estudantes e professores do IGOT em programas de intercâmbio e mobilidade internacional;

Reforço da participação dos investigadores do IGOT/CEG em redes internacionais de pesquisa e de mobilidade de investigadores.

Desenvolvimento de uma estratégia para a captação de estudantes e da cooperação, no ensino e na investigação, com os Países de Língua Portuguesa, potenciando as relações já existentes com o Brasil e Cabo Verde e procurando alargá-las a outros países, nomeadamente a Angola e Moçambique;

Preparação de programas de formação (para diferentes níveis) para responder à procura emergente nos países da CPLP;

A concretização desta linha programática, em 2017, está descrita na tabela 6.

Page 22: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

1

Tabela 6 - Resultados relativos à Linha Programática 3 -INTERNACIONALIZAÇÃO

Medidas Atividades Resultados

M1 - Promover a participação dos

estudantes e professores do IGOT em programas

de intercâmbio e mobilidade internacional

A1 - Reforço do apoio às candidaturas à

participação em redes e programas de mobilidade

internacional

Os docentes do IGOT participaram em mais de 70 cursos e palestras em universidades estrangeiras

M2 - Reforçar a participação dos

investigadores do IGOT/CEG em redes

internacionais de pesquisa e de mobilidade de investigadores

nacionais e estrangeiras elevada qualidade

Mantiveram-se as parcerias existentes e celebraram-se novos protocolos com universidades estrangeiras para a

colaboração docente, intercâmbio de estudantes e realização e atividades de investigação científica

conjuntas.

M3 - Desenvolver uma estratégia para a

captação de estudantes e desenvolvimento da

cooperação, no ensino e na investigação, com os

Países de Língua Portuguesa

A2 - Criação de grupo de trabalho e

implementação de medidas de divulgação do

IGOT nos CPLP As ações de divulgação centraram-se no trabalho

desenvolvido pela Reitoria da Universidade de Lisboa e nos contactos de informação utilizando as redes sociais

ou diretamente com os serviços consulares da CPLP M4 - Criação de programas de formação (para diferentes níveis)

para responder à procura emergente nos países da

CPLP

A3 - Programas de formação para os CPLP

M5 - Promover a utilização da Língua

Inglesa na oferta formativa do IGOT

A4 - Introduzir unidades curriculares ou módulos de disciplinas lecionadas

em inglês

Foram oferecidas 2 Unidades Curriculares lecionadas em inglês

M6 - Aprofundar a cooperação do IGOT com as escolas europeias de referência que integram a AESOP (Association of

European Schools of Planning)

A5 - Realização de ações da AESOP em Portugal e

estabelecimento de acordos com as Escolas

congéneres

Foi coorganizado pelo IGOT, em parceria com o Instituto Superior Técnico e com a Faculdade de Arquitetura, o

Congresso da AESOP 2017

Page 23: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

2

LP4 - ABERTURA À COMUNIDADE, INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Este foi um domínio de atuação relevante, uma vez que a construção de uma reputação de

excelência leva muito tempo. Constrói-se diariamente com as atividades que desenvolvemos

e com a imagem que projetamos para o exterior.

O esforço realizado nesta área, foi intensificado através do aumento da participação nos

media, da organização de conferências, seminários e workshops, para públicos diversificados

e do contacto direto com Escolas do Ensino Secundário e com instituições do setor público e

do setor privado.

Merece particular destaque o posicionamento do IGOT na rede social Facebook, cujas

atividades e dinamismo demonstrados na página oficial fizeram com que a página do

Facebook do IGOT se tornasse numa das principais páginas do país atingindo no dia 31 de

dezembro de 2017 os 72.887 gostos. Parte deste sucesso prende-se com a estratégia de se

aumentar a notoriedade no Brasil e nos países da CPLP, que têm muitos utilizadores ativos

nesta rede social com interesse nas atividades desenvolvidas pelo IGOT.

As atividades de abertura ao exterior está patente na Tabela 7.

Tabela 7 - Resultados relativos à Linha Programática 4 - ABERTURA À COMUNIDADE, INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

Medidas Atividades Resultados

M1 - Desenvolver uma rede de empresas e instituições cooperantes do

IGOT

A1 - Reforço do apoio às candidaturas a projetos e às

relações externas As ações de divulgação centraram-se no trabalho desenvolvido pela Reitoria da

Universidade de Lisboa e nos contactos de informação utilizando as redes sociais ou

diretamente com os serviços consulares da CPLP

M2 - Estreitar a cooperação do IGOT com a rede referida no ponto anterior,

aproveitando as oportunidades oferecidas pela Agenda Europa 2020

M3 - Realizar estudos e conceber ações de formação que respondam a

necessidades específicas de empresas e instituições cooperantes com o IGOT

A2 - Apoio às iniciativas e aos grupos de trabalho

constituídos

M4 - Envolver, nas atividades do IGOT, profissionais com prestígio

A3 - Estabelecimento de contactos institucionais com a comunidade empresarial,

os media, em organismos da Administração Central e das

Autarquias

Foram realizadas inúmeras atividades conjuntas e organização de conferências,

seminários e debates sobre temas emergentes para a sociedade. O IGOT integrou as seguintes

redes da ULisboa: Rede Temática Agroalimentar e Florestal, Rede SAÚDE, Rede

MAR e a Rede Temática da Mobilidade Urbana Inteligente

M5 - Promover a comunicação e a inserção do IGOT nas Redes Sociais

A4 - Estabelecimento de uma política de comunicação utilizando a internet e as

redes sociais

Foi dinamizada a divulgação de atividades do IGOT, do CEG, dos docentes e investigadores no website do IGOT, no Google e Facebook

Page 24: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

3

LP5 - DOCENTES E INVESTIGADORES

Os sucessivos cortes no financiamento às universidades pelo Orçamento do Estado e as enormes restrições à contratação de novos professores, têm conduzido ao envelhecimento do corpo docente, ao agravamento das condições de trabalho e à diminuição das oportunidades de progressão na carreira. Apesar disso, e da redução do número de alunos, foi possível manter o número de docentes.

Face às dificuldades financeiras e restrições legais existentes, em 2017 destaca-se o trabalho continuado no sentido de se tentar assegurar a futura abertura de concursos para promoção nas carreiras e recrutamento de professores auxiliares, em substituição dos docentes que se aposentarem.

Destacam-se ainda o envolvimento de todos os investigadores FCT e outros similares em tarefas de ensino ou outras atividades universitárias e a integração, cada vez maior, na vida universitária, com direitos e deveres definidos, de estudantes e bolseiros de doutoramento e de pós-doutoramento.

Deste modo, a aposta na qualidade da investigação está patente nos resultados das

atividades se descrevem na Tabela 8.

Tabela 8 - Resultados relativos à Linha Programática 5 - DOCENTES E INVESTIGADORES

Medidas Atividades Resultados

M1 - Estudar e implementar medidas de apoio à investigação e à disseminação

dos resultados obtidos

A1 - Organização e participação dos docentes do IGOT e dos investigadores do CEG, em eventos científicos e

da publicação dos seus trabalhos em livros e revistas de reconhecido mérito, em Portugal e no estrangeiro.

Aumentou o número total de artigos aceites e publicados em revistas de reconhecido mérito internacional (peer review) de artigos, livros e

outras publicações

M2 - Promover o recrutamento de bolseiros de investigação de pós-

doutoramento de elevada qualidade

A2 - Candidaturas a concursos/financiamentos da

FCT, por programas europeus, nomeadamente

MARIE CURIE e no âmbito de projetos de investigação do

CEG.

Foi garantida a contratação de investigadores e bolseiros de investigação para as atividades do

CEG e dos seus projetos de investigação

M3 - Assegurar, aos professores responsáveis pela coordenação de grandes projetos de investigação,

condições para que possam dedicar mais tempo ao trabalho de investigação

A3 - Assegurar o direito à obtenção de licenças

sabáticas e reorganização da distribuição do serviço docente, recorrendo à

aplicação efetiva do modelo de full costs

Foram plenamente asseguradas as licenças sabáticas e as condições para os docentes e

investigadores desenvolverem as suas atividades de investigação científica

M4 - Melhorar as condições de acolhimento e integração dos

investigadores do Programa Ciência, investigadores visitantes, bolseiros de doutoramento e pós-doutoramento

A4 - Melhoria das condições de trabalho e instalações

Com a construção do novo edifício e com a ocupação de gabinetes do Instituto de

Investigação Interdisciplinar, os investigadores passaram a dispor de equipamentos e serviços

de apoio adequados, estando facilitada a utilização e partilha de recursos, a interação,

organização de reuniões científicas

M5 - Melhorar as condições de trabalho dos docentes e investigadores do

Instituto

Page 25: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

4

LP6 - ESTUDANTES

Os órgãos de governo do IGOT têm procurado cooperar e manter um bom relacionamento institucional com os estudantes, através da Associação e dos representantes dos alunos no Conselho Pedagógico e no Conselho de Escola.

A reduzida dimensão do IGOT, aliada às restrições orçamentais, escassez de recursos humanos, têm constituído obstáculos ao normal funcionamento, mas o envolvimento dos Conselhos Pedagógico e Científico, dos coordenadores de ciclo e de curso e dos serviços académicos sempre permitiram minimizar, juntando-se agora as novas e melhoradas condições de trabalho.

Com as novas instalações e com este mesmo empenho conseguiram-se, desde já, alcançar os seguintes resultados:

Melhoria do sucesso escolar, envolvendo os estudantes em inúmeras atividades.

Aumento da participação dos estudantes no trabalho de campo e apoio à realização de visitas de estudo, no país e no estrangeiro.

Integração dos melhores estudantes em atividades de iniciação à investigação, em projetos dos núcleos de investigação do CEG.

Aumento do número de protocolos de estágio, com empresas, ONG, Câmaras Municipais e organismos da Administração Central.

Promoção da área do empreendedorismo e no desenvolvimento de projetos para as suas futuras carreiras profissionais.

Aumento da prática de atividades desportivas e culturais dos estudantes, apoiando iniciativas da Associação de Estudantes do IGOT.

Estímulo à realização de teses de mestrado e doutoramento enquadradas em projetos de investigação do CEG e de relatórios de estágio em temas relevantes enquadrados em contexto de trabalho em empresas e instituições públicas.

Desenvolvimento de iniciativas que promovem a ligação dos antigos alunos ao Instituto e a interação com a comunidade, contribuindo para uma melhor inserção profissional dos novos diplomados.

Deste modo, o trabalho em prol dos estudantes está patente nos resultados das atividades

que se descrevem na Tabela 9.

Page 26: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

5

Tabela 9 - Resultados relativos à Linha Programática 6 - ESTUDANTES

Medidas Atividades Resultados

M1 - Melhorar as condições de estudo dos alunos no Instituto

A1 – Aumento do espaço para os estudantes.

Foi criada uma sala de alunos, junto à Associação de Estudantes e disponibilizadas salas de aula para estudo e preparação de

trabalho, de modo a reduzir as dificuldades criadas pela exiguidade do espaço da

Biblioteca para as necessidades do alunos.

M2 - Promover o sucesso escolar

A2 - Grupo de trabalho para analisar as causas e as

adequações curriculares e de apoio adicional aos alunos

Foi monitorizado o sucesso dos estudantes e foram promovidas atividades de apoio

adicionais aos alunos

M3 - Aumentar a participação dos estudantes no trabalho de campo

A3 - Apoiar a realização de visitas de estudo, no país e no

estrangeiro

Foram realizadas visitas de estudo enquadradas nos temas das unidades

curriculares e estimulada a participação dos alunos

M4 - Estimular a participação dos melhores estudantes em atividades de

iniciação à investigação

A4 - Participação dos alunos em trabalhos dos projetos

dos núcleos de investigação do CEG e à realização das

teses e dissertações com este enquadramento

Os estudantes tiveram a oportunidade de integrarem, em projetos de investigação, as

suas teses/dissertações

M5 - Fomentar a celebração de protocolos de estágio, com empresas,

ONG, Câmaras Municipais e organismos da Administração Central

A5 - Assegurar o apoio à celebração de protocolos,

concedendo condições privilegiadas de colaboração

às entidades parceiras do IGOT e aos alunos que

realizam estágios nessas organizações

Em 2017 foram concluídos 21 trabalhos finais de mestrado, em que quase metade (10) foram realizados através de estágios em empresas ou

organismos públicos

Page 27: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

6

LP7 – CAPACIDADE DO APOIO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

A criação do IGOT implicou muito trabalho, dedicação e um esforço notável de organização dos Serviços Administrativos e de articulação com os Serviços da Universidade de Lisboa (Serviços Centrais da ULisboa/Serviços Centrais).

Para além das atividades de apoio habituais no ensino superior o IGOT, através do Centro de Estudos Geográficos (CEG), desenvolve uma atividade científica muito intensa cuja qualidade se pretende ainda melhorar.

Os maiores estrangulamentos verificam-se nas áreas financeira e de documentação.

Por outro lado têm-se imposto decisões difíceis, mas assertivas, no que respeita à gestão orçamental do Instituto. O IGOT tem tido a capacidade de assumir essas decisões, o que, mesmo durante os anos de maiores restrições orçamentais impostas ao Ensino Superior Público Português, à Universidade de Lisboa e ao IGOT, permitiu que o registo do Instituto seja invariavelmente positivo.

Em 2017 foi realizado um enorme esforço para se concretizar a transição para os novos sistemas de gestão académica, financeira e de recursos humanos. A colaboração dos e com os serviços centrais foi notável, permitindo a concretização deste projeto da ULisboa.

Os resultados obtidos descrevem-se na Tabela 10.

Tabela 10 - Resultados relativos à Linha Programática 7 - CAPACIDADE DO APOIO TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

Medidas Atividades Resultados

M1 - Capacitação técnica em áreas deficitárias

A1 - Desencadear procedimentos necessários à

contratação de pessoal técnico permanente, para as

áreas financeira e de documentação

Apesar de ainda não ter sido concretizada a contratação de pessoal, foram enviados os dados para a Reitoria e foram previstos os

postos de trabalho no projeto de OE

M2 - Promoção das competências dos profissionais do IGOT

A2 - Atribuição de tarefas com grande autonomia e

grau de complexidade, concedendo apoio e

formação

Foram dinamizadas diversas ações de formação tendo em vista a melhoria dos resultados individuais, designadamente

intensa formação para as novas aplicações de gestão académica, financeira e de recursos

humanos

M3 - Premiar o mérito dos profissionais A3 - Premiar o mérito dos

profissionais, de acordo com os limites legais estabelecidos

Fez-se o acompanhamento do desempenho e procurar-se-á distinguir de forma consequente

o mérito dos trabalhadores com as futuras medidas anunciadas pelo Governo

M4 - Valorização do trabalho em equipa

A4 - Valorizar o trabalho de todos os colaboradores,

numa ótica de flexibilidade e partilha, promovendo a

mobilidade interna no IGOT

Foram realizadas ações conjuntas e desenvolvido trabalho interdepartamental

M5 - Estimular a participação ativa nas reuniões técnicas no seio da Universidade de Lisboa dos

profissionais do IGOT

A5 - Apoiar a participação nas reuniões, preparando

contributos para a construção das melhores soluções para os desafios nas diferentes

áreas de atividade

Foi estimulada a participação e os serviços foram envolvidos na mudança para os novos sistemas de gestão académica e financeira

Page 28: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

7

LP8 - AUTOAVALIAÇÃO E GARANTIA DE QUALIDADE

Além da avaliação do pessoal não docente e dos trabalhos preparatórios do novo

regulamento de avaliação do pessoal docente, prosseguiu-se com o processo de preparação

das alterações de melhoria a introduzir nos cursos em avaliação pela A3ES,

designadamente: Licenciaturas em Geografia e em Planeamento e Gestão do Território,

Mestrados em Geografia Física e Ordenamento do Território; População, Sociedade e

Território; Sistemas de Informação Geográfica e Modelação Territorial Aplicados ao

Ordenamento; e Turismo e Comunicação; e Doutoramento em Geografia.

Neste ano de 2017 foram realizados e submetidos à A3ES os relatórios de autoavaliação do

Mestrado de Turismo e Comunicação, do Doutoramento em Migrações e do Doutoramento

em Turismo.

Deve ainda referir-se que o Conselho Pedagógico promoveu o inquérito para avaliação do

desempenho dos docentes das unidades curriculares. No entanto, apesar de já estar

constituída há algum tempo a Comissão de Autoavaliação do IGOT, ainda não se dispõe de

um Sistema Integrado para a Qualidade.

Os resultados das atividades propostas neste domínio estão descritos na Tabela 11.

Tabela 11 - Resultados relativos à Linha Programática 8 - AUTOAVALIAÇÃO E GARANTIA DE QUALIDADE

Medidas Atividades Resultados

M1 - Apoio à Comissão de Autoavaliação do IGOT

A1 - Aplicação generalizada de instrumentos de avaliação pedagógica das unidades curriculares e cursos em

funcionamento

Foram aplicados inquéritos em todos os ciclos de estudos

M2 - Sistematização e análise dos resultados da avaliação

A2 - Consolidação da informação com outros dados disponíveis e produção de relatórios de apoio à definição de

políticas e instrumentos para melhorar a qualidade do ensino.

Foram concretizados e submetidos todos os relatórios de autoavaliação à A3ES, de uma forma coordenada, com ampla discussão dos resultados

e das estratégias futuras a adotar

M3 - Colaboração com o Gabinete de Estudos e Planeamento/Garantia da

Qualidade da ULisboa

A3 - Articular a ação de reporting e preparação de documentos de apoio à

gestão e autoavaliação da ULisboa

Encontram-se em preparação relatórios de autoavaliação

M4 - Monitorização da inserção no mercado de trabalho dos diplomados

A4 - Realizar trabalho articulado com a Reitoria e com outras Escolas na

recolha de indicadores e tratamento e análise de dados relativos à inserção de diplomados da ULisboa no mercado de

trabalho

Foram iniciados os trabalhos para a realização de relatórios sobre a

inserção de diplomados no mercado de trabalho, encontrando-se em uso os dados fornecidos pelo Ministério

do Trabalho, Solidariedade E Segurança Social e pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior

Page 29: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

8

LP9 - RESPONSABILIDADE SOCIAL DO IGOT

Encaramos a Universidade como uma instituição aberta e participativa. Por conseguinte, temos procurado reforçar a intervenção do IGOT na sociedade, na sua relação com o território, norteado pela coesão e pela justiça espacial. Entre outras, promoveram-se algumas ações prioritárias:

Consciencialização dos membros do IGOT da relevância do conhecimento que dispõem para a intervenção territorial responsável.

Dinamização de sessões de literacia geográfica (planos e projetos urbanos, riscos, vulnerabilidade, habitação, espaço público, mobilidade, ambiente, cartografia, regulamentos, etc.)

Apoio à elaboração de planos municipais de integração de imigrantes.

Apoio à elaboração de propostas para financiamento através de orçamento participativo.

O empenho nesta linha programática está patente nos resultados das atividades

desenvolvidas que se apresentam na Tabela 12.

Tabela 12 - Resultados relativos à Linha Programática 9 - RESPONSABILIDADE SOCIAL DO IGOT

Medidas Atividades Resultados

M1 - Consciencialização para a intervenção territorial responsável

A1 - Consciencializar os membros do IGOT da

relevância da investigação, desenvolvimento e difusão

do conhecimento sobre intervenção territorial

responsável

Foram realizados vários encontros e desenvolvidos estes conteúdos nas unidades curriculares obrigatórias de todos os cursos

lecionados no IGOT

M2 - Conceção de estratégias de desenvolvimento alternativo e de

planeamento inclusivo

A2 - Promover ações de empoderamento de famílias residentes em áreas urbanas deprimidas, tendo em vista o

desenvolvimento local e o planeamento inclusivo

Colaboração em várias iniciativas promovidas conjuntamente com a Associação Habita

M3 - Promoção da literacia Geográfica

A3 - Dinamizar sessões de literacia geográfica em

bairros/zonas críticas de intervenção prioritária

Foram realizadas sessões sobre planos e projetos urbanos, riscos, vulnerabilidade, habitação, espaço público, mobilidade, ambiente, cartografia, regulamentos.

O projeto Nós Propomos também promoveu a literacia geográfica junto dos alunos do ensino secundário, das suas famílias e ao nível local com as apresentações dos seus trabalhos nas

escolas e nas Assembleias Municipais

M4 - Promoção de ações de desenvolvimento local

A4 - Apoio à constituição de Planos para a Igualdade de

Género e de Planos Municipais de Integração de

Imigrantes Foi dado apoio a diversas ONG, a fundações e outras organizações civis neste domínio.

A5 - Apoiar a elaboração de propostas para

financiamento através de orçamentos participativos

Page 30: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a2

9

LP10 - INSTALAÇÕES

Em 2017 manteve-se a preocupação em garantir a adequada manutenção do edifício do IGOT e de acompanhar o funcionamento e a boa prestação de serviços no edifício do Instituto de Investigação Interdisciplinar, onde se encontram alguns investigadores do CEG.

Foi realizado o acompanhamento da obra e acionadas as garantias do edifício, e realizados trabalhos de manutenção de modo a garantir boas condições de trabalho e para projetar uma imagem mais consentânea com a elevada qualidade do ensino e da investigação que se pratica no IGOT.

As concretizações ao nível das instalações descrevem-se na Tabela 13.

Tabela 13 - Resultados relativos à Linha Programática 10 - INSTALAÇÕES

Medidas Atividades Resultados

M1 – Manutenção e correção de anomalias do edifício definitivo do IGOT

A1 – Implementação de rotinas de manutenção e correção de

anomalias da empreitada

Foi realizado o follow-up da empreitada após entrada em funcionamento do

edifício e acionadas as garantias sempre que necessário, designadamente no que respeita aos pavimentos, paredes, rede

elétrica e de dados e AVAC. Foram ainda realizados trabalhos de manutenção (p.e.:

pinturas, decoração de parece na biblioteca) e adaptações no edifício para

melhoria do seu desempenho e adequação às necessidades (p.e.: incremento da

eficácia do AVAC, instalação de sistema CCTV)

M2 – Melhorar as condições de funcionamento do edifício

A2 - Promover os procedimentos necessários para a aquisição do

mobiliário e equipamento necessário à melhoria das condições de utilização e

funcionamento do edifício

Foram garantidas as aquisições necessárias ao bom funcionamento do edifício

M3 - Captação de meios financeiros adicionais para melhoria do

equipamento e das condições de trabalho no novo edifício

A3 - Realizar as ações necessárias para aceder a fundos públicos de

apoio ao investimento em infraestruturas de ensino e de

investigação científica e patrocínios de empresas privadas para aquisição de equipamento

científico

O financiamento foi garantido fundamentalmente por receitas próprias

do Instituto.

M4 - Desencadeamento do projeto de ampliação das instalações para o desenvolvimento do Centro de

Recursos e Pesquisa em Sistemas de Informação Geográfica e Análise

Territorial (SIG@TA)

A4 - Preparação de projeto e realização de diligências junto da tutela e de outros financiadores

para a concretização deste empreendimento

Concluiu-se o projeto para a ampliação das instalações e realizou-se a requalificação

do espaço circundante do edifício do IGOT.

Page 31: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

0

A Ação da Direção, dos Órgãos e dos Serviços de Apoio em 2017

Zelar pela aplicação dos Estatutos

A Direção do IGOT zelou pela aplicação dos Estatutos, tendo sido dadas todas as condições

para os órgãos reunirem e funcionarem regularmente ao longo do ano de 2017.

Garantir o bom funcionamento das Instalações

O IGOT assegurou o normal funcionamento do novo edifício sito na Rua Branca Edmée

Marques, acompanhou os contratos de segurança, limpeza, manutenção e conservação das

salas de aula, gabinetes dos órgãos, instalações dos serviços e espaços exteriores.

Apoio à divulgação e à realização de eventos científicos e académicos

As Direções do IGOT e do CEG asseguraram o apoio à realização de mais de 5 dezenas de

seminários, conferências e outros eventos científicos e de ligação à sociedade civil, que

decorreram ao longo de todo o ano de 2017.

Destaca-se a realização, no edifício do IGOT, dos seguintes eventos organizados pelo IGOT

e pelo CEG em 2017:

Dia Aberto da Geografia 2017

Seminário Nacional do Projeto Nós Propomos!

9.º Workshop Doutoral do IGOT

Ciclo de Conferências União Soviética: O Espaço e a Gente

Workshop Clima e sustentabilidade

Conferência Questões urbanas de Cabo Verde - Cidades da Praia e Ribeira Brava

II International Conference on 'URBAN e-PLANNING'

Conferência da REDEAgro “Ordenamento e Gestão dos Territórios Rurais em contexto de alterações climáticas e alterações globais"

Conferência da REDEMove “Mobilidade e Território”

I Jornadas do Mestrado em Ensino da Geografia

Expedição IGOT Escolas 2017

V Jornadas IGOT dos Professores de Geografia

2nd International Conference on African Urban Planning

VI Seminário Internacional Cidade, Comércio e Consumo

Seminário "Explorando a Vida Obscura dos Espaços Urbanos Abandonados"

Workshop "Imigração, refúgio e integração no Brasil contemporâneo"

Seminário aberto - Doutoramento em migrações Tema: Remittances and labour migration of Ukrainians

IX Conferência Anual do IGOT - Geografia e Ação: diálogos entre investigação e políticas públicas

Seminário Aberto: "And then came the brexit: experiences and future plans of young EU migrants in the London region

International Workshop on 'Post-Soviet Diaspora(s) in Western Europe, 1991/2017’

Conferência “Urbanização desigual do território brasileiro e as favelas como potência do Direito à Cidade”

A Posição de Portugal no Migration Outlook da OCDE – 2017

Conferência “Accesibilidad Peatonal e Integración al Transporte Público“

Conferência "Crowdsourced atmospheric data of air temperature and humidity in Lisbon"

Conferência "La construción de múltiples fronteras en la Patagonia"

Conferência sobre Airbnb em Londres

International Conference Managing Mediterranean Mountain Geoheritage Sessão de lançamento de livro Guerra dos Lugares – Raquel Rolnik

Conferência Doutoramento em Território, Risco e Políticas Públicas: "A transição florestal e a governança de risco de incêndio florestal em Portugal nos últimos 100 anos"

Page 32: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

1

Assegurar a gestão corrente do Instituto

Ao nível do desempenho dos serviços de apoio, deve salientar-se o enorme desafio que

representou a adaptação do Plano Oficial de Contabilidade para o novo Sistema de

Normalização Contabilística (SNC). A partir de 1 de janeiro de 2017, para além da adaptação

ao novo sistema contabilístico, a Universidade de Lisboa passou a adotar o Enterprise

Resource Planning (ERP) da empresa alemã SAP (Systems, Applications & Products in Data

Processing).

Até ao final de 2017 verificaram-se diversos problemas graves do SAP ERP que não foram

cabalmente solucionados pelo Solution Provider NovaBase. Verificam-se problemas básicos

de integração com “módulos” do ERP, por exemplo com o SAP RH, que levou, por exemplo,

ao pagamento de coimas por informação errada fornecida à Segurança Social. O SAP ERP

apresenta inclusivamente erros na terminologia utilizada, alguma dela completamente

imperceptível, uma vez que a versão base é uma versão Brasileira.

O fecho de contas de 2017 e a entrega dentro de prazo da Conta de Gerência foram

comprometidos pela falta de resposta do ERP, o que obriga a inúmeras validações manuais,

o que também comprometeu o reporting ao longo do ano, pela falta de resposta do ERP.

Efetivamente, durante quase todo o primeiro semestre, os relatórios foram realizados sem

recurso ao SAP ERP que não dava resposta cabal, tendo mesmo sido impossível durante

este período a criação, por exemplo, de uma mera listagem de faturas emitidas. Também ao

nível da integração com aplicações externas, como o FénixEdu, foram registadas diversas

dificuldades.

O SAP ERP, apesar de todo o trabalho preparatório e das solicitações feitas ainda em fase

de desenho da solução e dos workflows, revela-se ineficaz e difícil de utilizar. Ao nível da

logística é impraticável a sua utilização para registar as aquisições, atendendo ao tempo

necessário para a realização das operações de registo de cada bem.

Houve diversas dificuldades ao nível da definição de clientes e fornecedores com

pagamentos realizados por entidades/contas bancárias divergentes. Neste ponto em

particular, requisito que tinha sido claramente ainda em fase de desenho da solução, no que

respeita à utilização de contas bancárias distintas para realizar pagamentos de vencimentos,

ajudas de custo e outros abonos leva a que mensalmente os movimentos sejam

processados, reprocessados e lançados manualmente. Trata-se de um enorme consumo de

horas de trabalho. O ERP é incapaz de produzir um ficheiro de banco em que se possa

pagar, por exemplo, o vencimento a partir da conta bancária de Orçamento de Estado e uma

ajuda de custo da conta bancária dos projetos de investigação.

A Direção do IGOT garantiu o funcionamento regular dos serviços do IGOT, sendo de

destacar os seguintes resultados:

Page 33: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

2

Unidade de Gestão Financeira e Patrimonial

O IGOT garantiu continuamente o pagamento dos vencimentos nas datas previstas por

Lei e os pagamentos aos seus fornecedores com um prazo médio de pagamento inferior a

45 dias;

foi assegurada a transição para os novos sistemas de gestão financeira e de recursos

humanos SAP, em simultâneo com a transição para o novo Sistema de Normalização

Contabilística para a Administração Pública (SNC-AP);

os serviços do IGOT prestaram o apoio administrativo e financeiro à apresentação de

propostas de prestação de serviços e desenvolveram as diligências necessárias para a

sua submissão e acompanhamento;

ao nível ao pessoal não docente, o IGOT terminou procedimentos concursais para 3

lugares de técnico superior e desencadeou-se o processo para a seleção de uma dirigente

intermédia de 3.º grau;

no que diz respeito ao pessoal docente, foram asseguradas as contratações de docentes

a tempo parcial e desencadearam-se 2 concursos para professores auxiliares;

no apoio prestado à Unidade de Apoio à Investigação foi articulado o trabalho de

contratação de bolseiros.

Unidade de Apoio à Investigação Científica

O pessoal de apoio à investigação científica afeto ao Centro de Estudos Geográficos tem

permitido um apoio permanente à unidade de I&D, que conta agora com 7 profissionais

não investigadores (incluindo 2 bolseiros de gestão de ciência). Acresce ao trabalho

prestado por estes profissionais o apoio dos restantes serviços do IGOT;

foram garantidos os pedidos de pagamento à Fundação para a Ciência e a Tecnologia

(FCT), através do Portal da Ciência e Tecnologia (PCT);

foi garantido o apoio aos projetos de investigação com financiamento europeu e a cerca

de uma dezena de candidaturas a financiamento europeu;

foi assegurado o apoio à Direção do CEG, designadamente no relacionamento

institucional com a FCT e restantes entidades financiadoras;

foram submetidos todos os reportes de informação científica, financeira e administrativa

nos prazos estabelecidos pela FCT, a atualização de equipas, o relatório científico e

demais pedidos e respostas às auditorias e pedidos de esclarecimento enviados para o

CEG;

foi prestado apoio aos processos de contratação de bolseiros de investigação científica e

submetida toda a informação no portal Eracareers, bem como o acompanhamento aos

contratos de bolsa sujeitos a renovação;

Unidade de Gestão Académica

Assegurou-se a matrícula e inscrição eletrónica de todos os alunos;

assegurou-se a transição para o novo sistema de gestão académica FémixEDU;

assegurou-se a inscrição dos alunos do 1.º ano em horários fixos;

o sistema de inscrição dos alunos repetentes nas UCs em atraso numa turma virtual,

utilizado a título experimental no ano letivo anterior em que se tinham verificado as

Page 34: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

3

suas vantagens, pôde este ano ser plenamente explorado. Este sistema garante o

acesso a todos os horários aos alunos que chegam pela primeira vez à universidade,

o que foi muito bem aceite pelos estudantes e fornece à gestão a informação

indispensável à programação das necessidades em termos de docentes e de salas de

aula;

a gestão das avaliações dos alunos foi integralmente garantida no sistema de gestão

académica;

foi assegurado o acompanhamento aos processos de avaliação dos ciclos de estudos

do IGOT pela A3ES;

foi assegurada a tramitação processual para a realização de provas de doutoramento

e mestrado.

Unidade de Gestão de Recursos Humanos

Devido aos problemas com a transição para os novos sistemas de gestão (SAP e Fénix) a

formação concentrou-se nestas áreas específicas de trabalho e nas respetivas aplicações

informáticas;

foi amplamente divulgada e foram autorizados todos os pedidos de formação no âmbito do

programa de formação da Universidade de Lisboa;

foi realizado o acompanhamento aos procedimentos concursais para docentes do IGOT;

foi prestada toda a informação obrigatória à tutela nos prazos previstos, nomeadamente

os mapas trimestrais, o SIOE e o REBIDES;

assegurou-se o apoio à preparação do Orçamento de Estado;

assegurou-se o processamento de vencimentos e a informação necessárias aos pedidos

de libertação de crédito, em colaboração com os Serviços Centrais da ULisboa;

manteve-se o apoio ao pessoal docente e não docente relativamente ao envio de

despesas de saúde para reembolso pela ADSE;

manteve-se a gestão de recursos humanos e o processamento de vencimentos aos

bolseiros de investigação e de gestão de ciência do CEG, garantindo o controlo e a

regularidade do pagamento das bolsas de investigação;

a unidade manteve o apoio, em articulação com os Serviços Centrais da ULisboa, ao

cálculo, registo e emissão de documentos relativos à liquidação de encargos sociais do

IGOT e às retenções na fonte, bem como, ao pagamento de outros abonos ou à

realização de outras retenções obrigatórias ou facultativas aos trabalhadores do IGOT;

deu-se apoio à Direção no fornecimento de dados de apoio à gestão relativos aos

Recursos Humanos;

assegurou-se o registo integral de todos os movimentos no sistema de gestão de recursos

humanos (GIAF/SAP);

prestou-se toda a informação e emitiram-se todas as declarações solicitadas pelos

trabalhadores do IGOT na Unidade de Gestão de Recursos Humanos.

Page 35: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

4

Apoio Informático

O especialista informático do IGOT, tem permitido uma melhoria substancial do apoio

nesta área, mas está permanentemente a realizar tarefas de helpdesk, o que tem sido

muito importante para o apoio ao ensino e à investigação;

este apoio é fundamental para as salas de SIG e para todo o equipamento de que se

dispõe agora no novo edifício do IGOT

aumentou-se a celeridade na resolução de incidentes, bem como na configuração de

hardware e software;

Articulação com os Serviços Centrais da Universidade de Lisboa

O IGOT é defensor de uma articulação permanente entre as diversas estruturas e da

Universidade de Lisboa. Consideramos que uma Universidade forte, coesa e que desenvolva

trabalho colaborativo poderá manter os elevados níveis e padrões de qualidade e reforçar a

sua, cada vez maior, afirmação nas áreas académica e científica na sociedade portuguesa e

no mundo.

O trabalho desenvolvido pelo IGOT, com uma estrutura reduzida de pessoal de apoio às

atividades de ensino e investigação, tem beneficiado da estreita colaboração e do trabalho

desenvolvido com os Serviços Centrais da Universidade de Lisboa.

Em 2017 o IGOT manteve o trabalho conjunto com os Serviços Centrais da Universidade de

Lisboa na área financeira, sendo responsabilidade do IGOT o registo da receita e da

despesa, a arrecadação da receita e o pagamento das despesas e ainda todo o trabalho de

reporte e acompanhamento financeiro dos projetos de investigação científica. Os Serviços

Centrais da Universidade de Lisboa realizam todos os reportes financeiros para a tutela, o

controlo da receita e despesa e da conformidade dos procedimentos, bem como a sua

contabilização. Na área do processamento dos vencimentos, os Serviços Centrais da

ULisboa realizam todas as tarefas inerentes ao processamento, cabendo ao IGOT o envio de

informação (contratações, aposentações, assiduidade, férias, abonos ou descontos, etc.)

bem como a verificação dos processamentos e o pagamento dos vencimentos. Na área dos

sistemas de informação os Serviços Centrais são responsáveis pelo suporte técnico a todas

as aplicações utilizadas (tal como já sucede também com a maior parte das Escolas da

Universidade de Lisboa).

O IGOT, faz um uso intensivo de sistemas de informação e gestão dos quais se destacam a

implementação e migração para os novos sistemas de gestão académica (Fénix), de gestão

financeira e orçamental e de gestão de recursos humanos SAP e o sistema de gestão de

recursos humanos (Giaf) e a utilização do sistema de gestão documental (WebDoc),

Page 36: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

5

Parte II – RECURSOS HUMANOS E FINANCEIROS

Recursos Humanos À data de 31 de Dezembro de 2017, o IGOT dispunha de 61 trabalhadores afetos ao seu

mapa de pessoal, sendo 35 homens e 26 mulheres.

Durante o ano os Bolseiros de

Investigação integrados em

projetos de investigação do

Centro de Estudos Geográficos,

foi flutuante (com entradas e

saídas de bolseiros de acordo

com a planificação dos

projetos), embora em número

muito residual, atendendo ao

número de projetos ativos.

No que respeita à estrutura

etária, a média de idades

manteve-se nos 49 anos, sendo

que a média de idades dos

docentes é de 52 anos e do

pessoal não docente é de 42

anos. O valor registado ao nível

do corpo docente é muito preocupante pois mostra claramente uma situação de

envelhecimento sem que haja a capacidade de uma substituição devidamente preparada.

Regista-se um maior número de trabalhadores do género masculino (57%), registando-se

uma situação de predominância de trabalhadores do género feminino nos trabalhadores com

menos de 40 anos de idade, em que 2/3 dos trabalhadores são do género feminino.

É de salientar que 62% dos efetivos tem mais de 45 anos de idade, sendo que 97% dos

colaboradores tem mais de 35 anos de idade.

Relativamente ao nível de

escolaridade, há uma

predominância de trabalhadores

detentores de habilitações de grau

superior (c. 95%) devido ao facto

de se tratar de um estabelecimento

de ensino superior. Com efeito,

71% dos trabalhadores são

Docentes do Ensino Universitário

ou Investigadores.

No entanto, a carreira universitária

não é por si só explicativa desta

situação, pois também se verifica

uma elevada qualificação do

pessoal não docente, visto que

81% são detentores de uma

licenciatura ou mestrado.

Figura 3 - Níveis de escolaridade dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal

9.º ano ou equivalente

2%

12.º ano ou equivalente

3%

Licenciatura 11%

Mestrado 25%

Doutoramento 59%

Nível de Escolaridade

Figura 2 - Estrutura etária por sexo dos trabalhadores integrados no mapa de pessoal

menor que 20 anos

20-24

25-29

30-34

35-39

40-44

45-49

50-54

55-59

60-64

65-69

maior ou igual a 70 anos

Homens Mulheres

Page 37: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

6

Analisando a repartição dos trabalhadores em relação à carreira profissional, constata-se que

a classe predominante é a dos Docentes do Ensino Universitário, com 70% do total dos

trabalhadores, seguida da carreira Técnica Superior (incluindo carreira informática e

dirigentes) com uma representatividade de c. 21% e da carreira assistente técnica com 5%

dos efetivos e os investigadores com contrato de trabalho a termo certo representam 4% do

total de elementos pertencentes ao mapa de pessoal.

A modalidade de vinculação predominante no IGOT é o Contrato de Trabalho em Funções

Públicas por Tempo Indeterminado. O IGOT, devido à componente de investigação, integra

ainda um elevado número de bolseiros de investigação com contrato de bolsa. Para além

destas modalidades, existem ainda alguns Contrato de Trabalho em Funções Públicas a

termo Resolutivo Certo, designadamente no que diz respeito aos docentes de ensino superior

que prestam serviço a tempo parcial nos termos do Estatuto da Carreira Docente

Universitária.

Em termos de movimentações de pessoal docente, ocorreu uma saída de uma professora

associada por motivo de falecimento da Prof.ª Isabel André a 3 de abril de 2017 e foram

desencadeados concursos documentais internacionais para o recrutamento na modalidade

de contrato de trabalho em funções públicas, de 1 Professor Auxiliar, na área disciplinar de

Geografia Humana e Ordenamento do Território e para 1 Professor Associado, na área

disciplinar de Geografia Humana e Ordenamento do Território.

No que diz respeito ao quadro de pessoal não docente, este passou a contar com 3 novas

técnicas superiores com contrato de trabalho em funções públicas, para o desempenho de

funções nas áreas financeira, biblioteca e mapoteca e fototeca e revista Finisterra e foi ainda

desencadeado procedimento concursal para o recrutamento de um Assistente Técnico para a

Área de Publicações Documentação e Arquivo.

Page 38: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

Relatório de Gestão 2017

gin

a3

7

Recursos Financeiros

O ano de 2017, em termos financeiros, continuou a ser marcado pelo impacto das

reposição de vencimentos na administração pública que não foram totalmente

compensados pelos reforços na fonte de financiamento 311.

A receita proveniente de Receitas Gerais (Orçamento de Estado) cobre apenas cerca de

70% das despesas com pessoal (Agrupamento 01) do Instituto de Geografia e

Ordenamento do Território. O valor remanescente de despesas com pessoal e todas as

outras despesas de funcionamento têm que ser suportadas por Receitas Próprias (FF5XX).

Apesar da elevada liquidez, a cobrança de receita é essencial para o cumprimento da regra

de equilíbrio orçamental (por fonte de financiamento) e para se assegurar o funcionamento

de uma Instituição de Ensino Superior (IES) com uma componente de investigação

científica muito significativa. Com efeito, a liquidez e a eficácia de cobrança de receita são

elementos essenciais para uma boa gestão e adequado funcionamento das IES, por um

lado porque a cobrança de receita própria não tem um carácter regular e, por outro, porque

nos projetos de investigação há necessidade de garantir o cumprimento de determinados

timings de projeto para garantir a sua boa execução.

Face às limitações impostas pelo Orçamento de Estado, o Instituto de Geografia e

Ordenamento do Território disponibilizou novamente todos os recursos financeiros

possíveis para apoiar, em termos de tesouraria, a execução da investigação científica.

Foram novamente utilizados os overheads do IGOT para garantir execução financeira em

devido tempo e assim acelerar a submissão de pedidos de pagamento. Recorda-se que

esta receita se destina a suportar despesas gerais de gestão e apoio aos projetos.

A Universidade de Lisboa, em 2017, aderiu como entidade piloto ao novo Sistema de

Normalização Contabilístico para a Administração Pública (SNC-AP) e, em simultâneo,

implementou um novo Enterprise Resource Planning (ERP) desenvolvido pela multinacional

alemã SAP SE - Systeme, Anwendungen und Produkte in der Datenverarbeitung (Sistemas,

Aplicações de Produtos de Processamento de Dados), com suporte fornecido pela empresa

portuguesa de tecnologias de informação Novabase.

A solução SAP, o sistema integrado de gestão financeira para a Universidade de Lisboa,

encontrava-se em desenvolvimento desde 2015, contudo o sistema apresentou na

implementação diversas falhas graves. As falhas imediatamente evidenciadas ocorreram na

parte relativa ao processamento de vencimentos, com processamentos duplicados, com a

necessidade de terem que ser editados os ficheiros de banco por incapacidade de

processamento para as contas bancárias corretas e ainda erros nos descontos e nos

cálculos de contribuições para a Segurança Social e para a Autoridade Tributária em sede

de IRS.

Ao longo do ano foram inúmeras as tarefas que tiveram que ser realizadas manualmente,

incluindo os relatórios para a Direção-Geral do Orçamento, para o Instituto de Gestão

Financeira da Educação, para a Direção-Geral da Administração e do Emprego Público.

O sistema integrado de gestão financeira para a Universidade de Lisboa revelou não

responder às necessidades em tempo útil, tendo, inclusivamente, sido impossível retirar

Page 39: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

8

listagens simples do sistema de documentos que o próprio SAP tinha emitido, como foi o

caso de uma simples lista de faturas emitidas.

Ao longo do ano, os problemas foram sendo ultrapassados com enorme esforço, com o

incansável trabalho dos profissionais dos Serviços Centrais das áreas da contabilidade e da

informática.

Lamentavelmente, em virtude do novo enquadramento no SNC-AP e da implementação do

sistema SAP, foi impossível garantir a entrega da Conta de Gerência ao Tribunal de Contas

no prazo legal, o que obrigou já a 2 pedidos de prorrogação de prazo que se fixa, neste

momento, no dia 15 de agosto de 2018.

Por este mesmo motivo, os valores que seguidamente se apresentam correspondem aos

valores provisórios apurados no início de junho de 2018, em contabilidade orçamental. Não

é possível, neste momento, fazer qualquer análise patrimonial, pois ainda não foi possível

terminar o cálculo das amortizações anuais, nem ainda foi possível verificar os mapas

orçamentais nem conciliar e verificar as receitas de propinas.

Ainda assim, apresentam-se os

valores provisórios da receita

bruta que apontam para uma

redução muito ligeira da receita

(Figura 4) de apenas de 0,83%

(cerca de 33 mil euros).

Verificou-se que, em 2017 se

manteve um reduzido número

de projetos de investigação

ativos que, no entanto, foi

compensado em termos de

receita pela manutenção do ótimo desempenho na cobrança de propinas. A receita

proveniente de propinas manteve valores elevados, atingindo os 942.278 euros (935.706

em 2016 e 804.730 em 2015) devido à recuperação de dívidas e a uma política de

acompanhamento muito próximo que é feito à execução a cada prestação da propina anual.

O IGOT assume uma política de rigor relativamente ao cumprimento do pagamento de

propinas, mas flexibiliza o

pagamento, dentro do ano letivo, de

acordo com as dificuldades ou

conveniência dos estudantes.

No que respeita à distribuição por

fonte de financiamento e por

atividade (ensino/investigação), a

repartição apresentada na Figura 5

identifica-se a predominância da

arrecadação de receita do próprio

ano na componente de ensino

(fontes de financiamento 311 e 510),

enquanto a componente de

4035 3.834 3.730 4.238 4.218 4.132 3.942 3.909

Receita (em milhares de euros)

Evolução da Receita

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

Figura 4 – Evolução da Receita

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

Ensino Investigação

Figura 5 - Repartição da receita por fontes de financiamento e atividade

Page 40: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a3

9

investigação, em virtude da atividade se ter reduzido, concentra a sua receita em receitas

de anos anteriores (fontes de

financiamento 313, 488 e 520).

Analisando-se a distribuição da receita do

ano de 2017 por atividade (Figura 6),

confirma-se a redução da atividade de

investigação, representando a

componente de ensino quase ¾ de toda a

receita arrecadada do ano.

Na Figura 7 é evidente o reduzido volume

de arrecadação de receita por

transferências originárias de projetos FCT

(fonte de financiamento 319), que totalizou

676.130 euros, um valor 17% abaixo do

previsto em orçamento (791.974 euros).

Verifica-se ainda que os valores

arrecadados com prestações de serviços

se fixaram em cerca de 150 mil euros

(fonte de financiamento 482) um pouco

abaixo do valor previsto de 175.500 euros

e os projetos europeus movimentaram

apenas 214 mil euros, ligeiramente acima

do valor previsto em orçamento (203.484

euros).

Conforme se tem verificado nos anos

anteriores, é a receita proveniente da

atividade de ensino que tem assegurado integralmente o funcionamento do Instituto, pelo

que é fundamental o trabalho desenvolvido ao nível do recrutamento de estudantes para se

garantir a sustentabilidade financeira.

Ao nível da despesa, o rigor imposto na gestão permitiu o controlo da mesma, mantendo

níveis de despesa em consonância com a receita arrecadada, reduzindo-se ainda face à

redução da atividade de investigação científica, conforme se referiu anteriormente.

Na Figura 8 observa-se uma

redução da despesa na ordem

dos 4,8%, correspondente a 191

mil euros.

O IGOT arrecadou um total de

6.168.743,25 euros de receita

(incluindo saldos transitados de

2016) e realizou despesa no

valor total de 3.801.175,00 euros,

pelo que o seu saldo orçamental

provisório a transitar é de 2.367.568,25 euros (2.243.542,16 em 2016), o que corresponde a

Figura 8 – Evolução da Despesa

3147 3624 3579 3828 4036 4047 3991 3801

Despesa (milhares de euro)

Evolução da Despesa

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017

1.927.734

11.105

942.278

676.130

214.621 153.333

0

500.000

1.000.000

1.500.000

2.000.000

2.500.000

311 - ReceitasGerais [N]

319 -Transferências

AP [N]

482 - ProjetosEuropeus [N]

510 - ReceitasPróprias [N]

Ensino Investigação

Figura 7 - Repartição das receitas do ano 2017 por fonte de financiamento e atividade

Ensino 73%

Investigação 27%

Receita 2017

Figura 6 - Receita de 2017 por atividade

Page 41: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a4

0

um aumento de 5,24 %, garantindo-se o equilíbrio orçamental e um reforço de saldo para

ser aplicado em pagamentos para a Caixa Geral de Aposentações, para investimento na

ampliação do edifício, para modernização de equipamentos e para fazer face a desafios

colocados pela incerteza colocada por medidas legislativas que penalizam as Universidades

com o aumento da despesa ou com a redução das receitas gerais e próprias das

instituições de ensino superior.

Na análise da distribuição da despesa (Figura 9) verifica-se que, como é normal numa

Instituição de Ensino Superior, prevalecem as despesas com pessoal que representam 71%

da despesa total, em virtude da

redução registada na componente

Investigação. Ainda assim, as

despesas do financiamento plurianual

e dos projetos de investigação que se

concentram em aquisição de bens e

serviços e nas transferências

correntes acabam por representar

cerca de ¼ do total da despesa.

A Direção do IGOT manteve o

princípio da disponibilização do

montante de Overheads para a

execução da despesa direta, até que

se proceda ao encerramento dos

projetos. Desta forma o IGOT

aumenta as disponibilidades imediatas

do projeto e permite aumentar a sua

execução.

Em termos contabilísticos deve

assinalar-se que, com a transição para o SNC-AP se realizou uma reavaliação patrimonial

que, no caso do registo do edifício do IGOT representará um aumento patrimonial de cerca

de 1 milhão de euros. A metodologia adotada para o efeito foi a da atribuição do Valor

Patrimonial Tributário (VPT), da qual o IGOT discorda por considerar que existem condições

para a revalorização deste ativo tangível pelo seu custo. Mais ainda se considera que esta

opção terá impacto em exercícios futuros, uma vez que a vida útil atribuída de 50 anos não

se aplica a bens de elevado valor, integrados no edifício, como seja o sistema de AVAC ou

as redes elétrica, de comunicação e de dados.

01 Despesas com o pessoal

71%

02 Aquisição de bens e serviços

20%

03 Juros e outros

encargos 0%

04 Transferências

correntes 5%

06 Outras despesas correntes

1%

07 Aquisição de bens de

capital 3%

Repartição da despesa do IGOT por agrupamentos

Figura 9 – Repartição por Agrupamentos de Despesa

Page 42: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a4

1

Organização contabilística

Nas atividades diretas de gestão administrativa, financeira e patrimonial o IGOT-ULISBOA é

apoiado pelos Serviços Centrais da Universidade de Lisboa (CRCSP), que presta serviços

transacionais através de serviços de assessoria especializados.

O arquivo de Despesa encontra-se organizado por número de processamento contendo

cada processo os seguintes elementos:

- Pedido interno;

- Informação da cabimentação efetuada nas rubricas orçamentais;

- Documento de autorização da despesa;

- Requisição oficial/ nota de encomenda;

- Fatura ou documento legal equivalente emitido pelo terceiro;

- Documento de autorização do pagamento;

- Comprovativo do pagamento efetivo à entidade externa em causa.

O arquivo da Receita encontra-se organizado por número de tesouraria e contém os

seguintes elementos:

- Requisição de fundos;

- Fatura ou documento legal equivalente emitido pela entidade;

- Comprovativo da transferência recebida de terceiros;

- Nota de lançamento da entrada de fundos (Guia de receita).

Conforme se referiu, a ferramenta informática utilizada pelo IGOT-ULISBOA na área

financeira, recursos humanos e património é o ERP SAP que consiste num sistema de

informação de gestão financeira, modular e integrado. O sistema de gestão académico em

uso é o FénixEDU que realiza faturação através do ERP.

Page 43: Relatório de Gestão 2017 - IGOTvalorizar a diversidade do saber geográfico, alargando e fortalecendo a rede de relações com outras unidades de investigação e de ensino, dentro

gin

a4

2

Avaliação Global Dos Resultados Alcançados O ano de 2017, marca a consolidação e a evolução para uma nova fase de desenvolvimento

do ensino e da investigação em Geografia que será marcada pela integração de todos os

investigadores no edifício do IGOT e por um novo fôlego em termos de arranque de projetos

de investigação científica e de prestação de serviços técnico-científicos para a comunidade.

Regista-se que foram concretizadas as propostas definidas no Plano de Atividades, pelo que

o balanço dos resultados alcançados é muito positivo, apesar da escassez de meios

humanos, que contrasta com a intensa atividade e reconhecimento externo, nacional e

internacional, que o IGOT e o CEG gozam, quer em termos científicos, quer como escola de

referência em Portugal e no Mundo.

Apesar das restrições orçamentais e do desinvestimento dos últimos anos ao nível do

financiamento do Ensino Superior na Fonte de Financiamento 311 (Receitas Gerais), o IGOT

concretizou todas as tarefas regulares tendentes à prossecução da sua missão e atingiu as

metas constantes do seu plano de atividades, conseguindo ainda adaptar a nova realidade

que se concretiza no novo edifício e que permitiu, ao longo do ano, fazer cada vez mais e

melhor.

O resultado global não é obviamente alheio à gestão cautelosa da despesa e ao empenho na

execução da receita que permitiu que se tenha registado uma boa arrecadação de receitas

de propinas. Efetivamente, o IGOT termina o ano 2017 com saldo transitado ainda acima do

registado em 2016, cumprindo a regra de equilíbrio orçamental, garantindo as condições para

o funcionamento dos seus cursos, a execução dos projetos de investigação e, ainda, com

indicadores financeiros muito positivos sem dívidas de médio ou longo prazo e com um prazo

médio de liquidação da dívida de curto prazo inferior a 60 dias.

Apesar da redução do número de projetos de investigação, o reconhecimento do IGOT como

Instituição de referência nacional para a Geografia e para o Ordenamento do Território tem

levado a um aumento dos pedidos de pareceres técnicos e outros trabalhos de carácter

técnico-científico.

Numa visão prospetiva, o IGOT tudo fará para que se possam continuar a desenvolver as

atividades de ensino e investigação de elevado nível, estando já a trabalhar no sentido de

uma adequação e atualização da oferta formativa e na ampliação das instalações. Só desta

forma será possível diversificar e melhorar ainda mais a oferta formativa, a qualidade do

acolhimento de todos os que nos procuram e aqui trabalham e para que se possam promover

as atividades de investigação e as parcerias nacionais e internacionais que se impõem numa

instituição que se pretende dinâmica, inovadora e produtiva. Contudo, vemos com grande

apreensão, a possibilidade de continuar a cumprir a missão do IGOT e as exigências legais

no quadro altamente restritivo da execução orçamental. Devemos salientar os enormes

prejuízos que as dificuldades colocadas à gestão dos saldos transitados colocam à

investigação baseada em projetos plurianuais.

Reitera-se a imperiosa necessidade da plurianualidade dos orçamentos e a adequação das

regras orçamentais às especificidades do ensino superior e da ciência e o respeito pela

autonomia universitária sejam uma realidade para que as unidades de ensino e de

investigação, como o IGOT, possam desenvolver os seus projetos pedagógicos e científicos.

Universidade de Lisboa, aprovado pelo Conselho de Escola a 12 de junho de 2018 O Conselho de Gestão,