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RELATÓRIO E CONTAS 2017 Peso da Régua, 2018 – www.creditoagricola.pt CRÉDITO AGRICOLA Trás-os-Montes e Alto Douro

RELATÓRIO E CONTAS · vem o Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo ... e Contas referentes ao exercício de 2017, bem como as propostas para aplicação

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RELATÓRIO E CONTAS

2017

Peso da Régua, 2018 – www.creditoagricola.pt

CRÉDITO AGRICOLA

Trás-os-Montes e Alto Douro

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ÓRGÃOS SOCIAIS, E TITULARES DE FUNÇÕES DE GESTÃO E ESSENCIAIS .............................. 3

I. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO ................................................................................................... 7

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL ..................................................................................................... 7

1.2 ECONOMIA NACIONAL ............................................................................................................... 10

1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL ........................................................................................... 13

1.4 MERCADOS FINANCEIROS ........................................................................................................ 17

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018 ..................................................................... 21

II. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE ................................................................................... 24

2.1 RESULTADO E BALANÇO ........................................................................................................... 24

III. CCAM DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO ................................................................................ 33

3.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS ............................................................................................... 33

3.2 RESUMO DA EVOLUÇÃO DAS CONTAS ................................................................................. 35

3.3 AFETAÇÃO DE RESULTADOS ................................................................................................... 45

3.4 ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM DE TRÁS-OS-MONTES

E ALTO DOURO ............................................................................................................................ 47

IV. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS .................................................................................................. 64

V. ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS .......................................................... 63

VI. PARECER DO CONSELHO FISCAL ................................................................................................. 125

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ÓRGÃOS SOCIAIS, E TITULARES DE FUNÇÕES DE GESTÃO E ESSENCIAIS

CAIXA DE CRÉDITO AGÍCOLA MÚTUO DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, CRL

Órgãos Sociais a 31 de Dezembro de 2017

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Valdemar Augusto Costa Leite

Vice — Presidente Maria Adelaide Rodrigues Vaz Machado Sanfins

Secretário Vítor Manuel Teixeira Carvalho

Conselho de Administração

Presidente Alcino Pinto dos Santos Sanfins

Vogais Manuel António da Mota Ferreira

Maximiano Pereira Correia

Suplente Rosa Maria Brites Correia Pires

Conselho Fiscal

Presidente Tiago Gil Durães Oliveira

Vogais Maria da Assunção Pinto Rosinha

Filipa Maria Monteiro Lopes Gomes

Suplente Susana Estela Costa Outeiro Pereira

Revisor Oficial de Contas

Efetivo Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A

Suplente Oliveira Rego & Associados, SROC, Lda

Comissão de Coordenação a 31 de Dezembro de 2017

Presidente Luís Maria Alves Fernandes Faceira

Vogais Edite da Conceição Jorge Pires

José Manuel Lima Feliciano

Titulares de funções essenciais a 31 de Dezembro de 2017 Auditoria Interna

Lina Maria Garcia da Costa

Compliance Monitor

Renato Dias Bento Ferreira

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ORGANOGRAMA

Gestão de Riscos

Assessoria e

Apoio Administrativo

Apoio Jurídico e

Contratação

Assembleia-Geral

Conselho Fiscal ROC

Auditoria Interna

Compliance

Área de Risco e

Recuperação de Crédito

Área Comercial Gestão Clientes Empresa

CONSELHO DE

ADMINISTRAÇÃO

Recuperação de Crédito Moras e Pré-Contencioso

Análise de Risco e

Acompanhamento

Gestão de Seguros

Agências

Processamento de Crédito

Processamento de Operações

Gestão Administrativa e do Património

Contabilidade, Reporting e Fiscalidade

Gestão de RH

Gestão de Tesouraria

Área de Suporte

COMISSÃO DE

COORDENAÇÃO

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De acordo com o preceituado na Lei e nos Estatutos,

vem o Conselho de Administração da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL,

submeter para aprovação, os Relatório e Contas

referentes ao exercício de 2017, bem como as

propostas para aplicação dos resultados do exercício

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01 ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 7

I. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL

A economia internacional registou um desempenho robusto em 2017, beneficiando da atenuação de alguns factores de risco de ordem política, de condições financeiras acomodatícias nos principais blocos desenvolvidos e da retoma do comércio internacional. Destacaram-se pela positiva as economias europeias – desenvolvidas e emergentes – e também os países asiáticos, regiões onde o crescimento esperado para 2017 tem sido revisto genericamente em alta. O ritmo de crescimento dos preços tem vindo a aumentar nos países desenvolvidos, mas aquém do desejado pelas autoridades monetárias. O Banco Mundial elevou as suas estimativas de crescimento do PIB Mundial para 3% em 2017.

Em 2017, a economia da Zona Euro manteve-se robusta, apoiada pela manutenção das condições financeiras acomodatícias, baixo preço dos bens energéticos, recuperação da confiança entre os agentes económicos e redução dos riscos políticos. Ao longo de 2017, a economia ganhou ímpeto à medida que alguns receios que limitavam o crescimento e optimismo se foram dissipando, sendo que a procura interna continuou a ser o principal impulsionador do crescimento, mas a recuperação das exportações, graças à retoma da economia a nível global, permitiu que o contributo da procura externa fosse igualmente positivo. É de salientar, no campo político, a expectativa gorada dos que esperavam que o sentimento populista que conduziu à vitória do “Sim” no Brexit e à eleição de Donald Trump nos EUA os levasse a ganhar as eleições em França e na Holanda, o que acabou por não acontecer. Os 19 países que compõem a Zona Euro fecharam o ano de 2017 a crescer ao ritmo mais forte em quase sete anos, ficando o crescimento real do PIB acima dos 2% no conjunto dos países da Área do Euro. O investimento de capital também apresentou um forte crescimento em resposta à manutenção das políticas acomodatícias do Banco Central Europeu.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 8

Com as condições económicas favoráveis na Zona Euro, a taxa de desemprego diminuiu, tendo ficado no final do ano nos 8,7%, valor que não se registava desde Janeiro de 2009. No entanto, a recuperação do emprego não foi acompanhado por um acréscimo nos salários. Assim, a variação anual dos preços ao consumidor manteve-se entre 1% e 2% ao longo do ano, tendo encerrado 2017 em 1,4%, valor que se situa ainda abaixo da meta do BCE.

O BCE decidiu manter as principais taxas directoras inalteradas ao longo de todo o ano, em 0% no caso da taxa principal de refinanciamento, em -0,4% no caso da taxa dos depósitos, e em 0,25% no caso da taxa de cedência de fundos. Relativamente ao plano de compra de activos, em Abril, os montantes das compras mensais foram reduzidas para 60 mil milhões de euros, menos 20 mil milhões do que anteriormente. Em Outubro, em resposta às condições económicas favoráveis, o BCE decidiu cortar o seu programa de compras de obrigações para metade, i.e., 30 mil milhões de euros mensais a partir de Janeiro de 2018, tendo ficado expresso que este nível seria mantido até Setembro de 2018. A economia americana acabou o ano de 2017 num ritmo forte, sendo estimado um crescimento de 2,3% do PIB, aproveitando a continuação de uma dinâmica positiva registada no segundo e terceiro trimestres do ano, com os números dos mercados de capitais, confiança dos consumidores e de emprego a apresentarem os melhores resultados dos últimos anos – em alguns casos, de sempre. A taxa de desemprego ficou nos 4,1% perto do final do ano, sendo este o valor mais baixo em quase 17 anos. Os ganhos no mercado de trabalho foram consistentes e os empregadores estiveram activamente a recrutar para preencher as vagas em todo o país. Esta dinâmica de recuperação do mercado de trabalho suportou o consumo privado. Num ambiente de maior confiança quanto à evolução da procura interna e externa assistiu-se também à recuperação do investimento que, numa primeira fase, se focou no sector energético, estendendo-se depois a outros sectores, nomeadamente à actividade industrial.

Em Dezembro, a inflação nos EUA registou a maior subida em 11 meses, com a inflação subjacente a subir para os 1,8% em termos homólogos, impulsionada pelo sector automóvel, imobiliário e de transportes.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 9

Já a encerrar o ano, a aprovação da reforma fiscal veio dar suporte à permanência de um cenário de crescimento em 2018. Os objectivos do plano são estabelecer um conjunto de cortes permanentes de impostos para empresas e indivíduos e simplificar o regime de deduções e créditos concedidos às famílias e empresas, eliminando ou reduzindo algumas das deduções agora previstas como forma de financiar a redução de impostos. A Reserva Federal Americana subiu a sua taxa de benchmark 3 vezes ao longo de 2017, estando esta actualmente no intervalo entre 1,25 e 1,50%. Apesar da recente mudança na liderança do banco central americano, não são esperadas grandes alterações na actual política de normalização das taxas de juro americanas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 10

1.2 ECONOMIA NACIONAL A economia portuguesa, em 2017, cresceu mais do que o conjunto dos países da Zona Euro (2,60% versus 2,40%), algo que já não acontecia desde 1999, beneficiando do fortalecimento da procura interna e do desempenho favorável das exportações associado ao bom momento económico dos principais parceiros comerciais.

Na procura interna, o consumo privado beneficiou da recuperação do emprego e do rendimento disponível, tendo registado um crescimento médio anual de 2,2%. Já o investimento beneficiou da permanência dos baixos custos de financiamento e do fortalecimento da procura global que contribuiu para a recuperação da capacidade produtiva instalada, a qual se situava em 81,8% no 3º trimestre de 2017, valor acima dos 80,6% da média de longo prazo. Assim, o investimento registou um crescimento médio anual de 10,3% nos três primeiros trimestres do ano, depois de, durante o mesmo período de 2016, ter estagnado, tirando partido do investimento realizado pelo sector privado. O contributo da procura externa foi positivo, com as exportações nacionais a ficarem acima das importações. As exportações nacionais atingiram os 42% do Produto Interno Bruto em 2017 (que compara com 39,9% do PIB em 2016), um sinal da resiliência da economia nacional face a uma evolução na política monetária europeia.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 11

Os principais indicadores económicos divulgados, no que se refere ao último trimestre do ano, sugerem um crescimento sólido e superior à Zona Euro que contribui para a redução do gap de riqueza por habitante entre Portugal e a região da moeda única. A taxa de desemprego nacional registou um das descidas mais acentuadas entre os países da Europa, situando-se no final de 2017 perto dos 9,1% (11,0% em 2016). O ritmo de crescimento dos preços ao consumidor registou, ao longo do ano, um movimento de gradual aceleração. Esta dinâmica foi particularmente alimentada pela subida dos preços dos bens energéticos, cujo contributo para a taxa de inflação média anual foi ganhando importância ao longo do ano. O assinalável dinamismo registado no turismo teve impacto nos preços praticados no sector hoteleiro e, consequentemente, contribuiu para a aceleração da inflação durante o ano. Contudo, em Dezembro, a taxa estabilizou em 1,5% (1,2% de excluirmos energia e alimentação), tendo-se verificado maior agravamento de preços nos transportes, restaurantes e hotéis (mais de 3% face ao mesmo período do ano anterior).

Indicadores macroeconómicos (2015-2017)2015 2016 2017

Procura Externa tav 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio 1,09 1,05 1,20

Preço do Petróleo (Brent, USD por barril) 51,2 58,5 66,4

Produto Interno Bruto tav 1,6 1,5 2,6

Consumo Privado tav 2,6 2,1 2,2

Consumo Público tav 0,8 0,6 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav 4,5 1,6 8,3

Exportações tav 6,1 4,1 7,7

Importações tav 8,2 4,1 7,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,5 0,6 1,6

Taxa de Poupança (%) vma 7,0 5,0 4,4

Taxa de Emprego % 57,5 59,1 61,0

Taxa de Desemprego % 12,4 11,0 9,1

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav 0,4 2,1 2,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 1,7 1,7 1,5

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,8 2,2 1,8

Taxa de referência do BCE (média) % 0,05 0,00 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,00 -0,27 -0,33

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,63 0,20 0,35

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,52 3,76 1,94

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2017), Banco Central Europeu (Dezembro 2017) e Bloomberg (Janeiro 2018)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

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O défice do conjunto das Administrações Públicas fechou o ano de 2017 em 2.574 milhões de euros, o que se traduziu numa melhoria de 1.607 milhões de euros face a 2016. Apesar da redução do défice em contabilidade pública entre 2016 e 2017, o seu valor em termos brutos ficou 104 milhões de euros acima da meta traçada. Em Outubro, aquando da actualização das estimativas para o ano de 2017 (O. E. 2018), o Governo fixou a meta do défice para 2017 em 1,4%. Posteriormente, o Governo tem vindo a apontar para objectivos mais ambiciosos, com o primeiro-ministro, António Costa, a adiantar que o défice do ano de 2017 terá ficado em torno de 1,2% do PIB.

Fonte: Banco de Portugal, Janeiro 2018

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 13

1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro

2012 – Dezembro 2017)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal, o volume de depósitos aumentou 2,8% em 2017 face a Dezembro de 2016. Para essa evolução contribuiu o acentuado crescimento dos depósitos de empresas em 14,9% (+5,9 p.p. que em 2016), sendo que nos particulares ocorreu uma estagnação no volume de depósitos 0,0% (-1,0 p.p. que em 2016).

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2012 –

Dezembro 2017)

Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 2,8% em Dezembro de 2017 face ao registado no final de 2016, em parte justificado pela alienação de carteiras de crédito não produtivo (NPL) verificada em várias instituições do sector bancário. A quebra mais significativa verificou-se no crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-1,0%), ambos face a Dezembro de 2016.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 14

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre Dez.2016 e Dez.2017, o crédito total reduziu 2,8% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nos distritos de Portalegre, Guarda e Castelo Branco. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 4,5 mil milhões de euros e, em sentido inverso, no distrito do Porto a concessão de crédito aumentou 0,7 mil milhões de euros, sendo que no país foi registada uma quebra no crédito a empresas global de 4,2 mil milhões de euros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 15

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo se deveu essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-1,4% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016) que representa 81,3% do total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, este situou-se nos 3,8%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado de crédito (-13,0% em Dezembro de 2017 face a Dezembro de 2016).

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do crédito a empresas do sector do transporte e armazenagem, construção, e energia. Nos sectores da agricultura e pescas, indústrias extractivas, alojamento e restauração e actividades imobiliárias foi possível verificar um aumento do crédito concedido (3,0%, 7,8%, 1,4% e 4,3%, respectivamente). Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 12,7%, sendo que os sectores com maior incumprimento continuam a ser o da construção, das actividades imobiliárias e do comércio, que mantêm elevada representatividade no total do crédito a empresas.

Valores em milhões de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2017

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.592 2.816 8.408 4,5% 0,0% -0,6% -0,2%

Beja 1.335 409 1.744 0,9% 3,6% -7,3% 0,8%

Braga 6.272 3.430 9.702 5,2% -0,3% -0,7% -0,4%

Bragança 953 237 1.190 0,6% 5,5% -10,2% 2,0%

Castelo Branco 1.451 296 1.747 0,9% 1,0% -26,4% -5,0%

Coimbra 3.856 1.232 5.088 2,7% 0,7% -2,4% -0,1%

Évora 1.725 959 2.684 1,4% 3,0% 7,4% 4,6%

Faro 4.702 1.815 6.517 3,5% 0,9% 4,1% 1,8%

Guarda 916 191 1.107 0,6% 4,2% -29,0% -3,6%

Leiria 4.075 2.394 6.469 3,4% -1,1% -3,3% -1,9%

Lisboa 41.417 38.669 80.086 42,7% -3,0% -10,4% -6,7%

Portalegre 874 198 1.072 0,6% 0,6% -26,4% -5,8%

Porto 17.108 12.917 30.025 16,0% -0,3% 5,7% 2,2%

Santarém 4.017 1.529 5.546 3,0% 0,0% 2,0% 0,5%

Setúbal 9.228 1.741 10.969 5,8% -1,1% -0,6% -1,0%

Viana do Castelo 1.674 524 2.198 1,2% 2,1% 7,4% 3,3%

Vila Real 1.318 301 1.619 0,9% -1,3% -12,2% -3,6%

Viseu 2.582 1.116 3.698 2,0% 2,1% 3,1% 2,4%

Reg. Autónoma Açores 2.721 1.044 3.765 2,0% 4,2% -1,9% 2,4%

Reg. Autónoma Madeira 2.874 1.196 4.070 2,2% -1,9% -9,6% -4,3%

Total 114.689 73.015 187.704 100% -1,0% -5,5% -2,8%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2017

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 93.216 -1,4% 81,3% 2,1%

Consumo 13.857 11,1% 12,1% 4,6%

Outros fins 7.616 -13,0% 6,6% 22,4%

Total 114.689 -1,0% 100% 3,8%Fonte: Banco de Portugal

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 16

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 3,0% 2.357 3,2% 4,4%

Indústrias Extractivas 7,8% 278 0,4% 10,8%

Indústrias Transformadoras -1,0% 12.385 17,0% 7,8%

Energia -18,8% 2.897 4,0% 0,0%

Água e Saneamento -19,2% 1.112 1,5% 2,1%

Construção -7,1% 10.030 13,7% 32,4%

Comércio -2,4% 11.753 16,1% 10,1%

Transporte e Armazenagem -14,0% 5.980 8,2% 4,1%

Alojamento e Restauração 1,4% 4.630 6,3% 9,2%

Actividades Imobiliárias 4,3% 9.573 13,1% 20,6%

Saúde e Apoio Social 2,2% 1.309 1,8% 4,8%

Outros -13,7% 10.711 14,7% 9,2%

Total -5,5% 73.015 100,0% 12,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2017

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 17

1.4 MERCADOS FINANCEIROS

Mercados accionistas O mercado de acções americano fixou sucessivos máximos históricos ao longo de 2017, com o Dow Jones a bater pela primeira vez os 20.000 pontos em Janeiro, 21.000 em Março, 22.000 em Agosto e finalmente 24.000 no último dia de Novembro, tendo terminado o ano nos 24.719,22 pontos. Já o S&P 500 arrecadou uns impressionantes 62 novos recordes em 2017, encerrando o ano nos 2.673 pontos. Os níveis de confiança das empresas e dos consumidores mantiveram-se em níveis elevados ao longo do ano. Os líderes deste crescimento foram sem dúvida os grandes nomes do sector tecnológico como a Amazon, Facebook, Apple, Microsoft e Alphabet.

Com desenvolvimentos políticos favoráveis e dados económicos fortes, o mercado de capitais na Europa também se valorizou. Os investidores ficaram aliviados em Maio quando Emmanuel Macron ganhou as eleições francesas, no entanto, mais tarde, as preocupações voltaram com a incerteza política na Alemanha e em Espanha. O Stoxx 600 encerrou o ano a avançar 7,68%. Na Alemanha, apesar da incerteza política na segunda metade do ano, o DAX ganhou 12,51%. Nos periféricos, o PSI 20 encerrou o ano a subir 15,15% e a Borsa Italiana 13,61%. O IBEX 35 teve uma performance inferior, penalizado pela crise da Catalunha tendo, ainda assim, registado uma valorização de 7,4%.

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

No que diz respeito às principais moedas, o ano de 2017 foi um ano de valorização do euro relativamente às moedas rivais. Ao longo do ano, o euro registou uma apreciação acumulada de 14,15% face ao dólar, 9,16% face ao franco suíço, 10% face ao iene japonês e 4% face à libra esterlina. No início do ano com o EUR/USD nos 1,052 dólares, referia-se como provável a paridade entre as duas moedas. No entanto, o par fechou o ano a 1,20 dólares, valor que não era verificado desde 2015. Efectivamente, as expectativas quanto à solidez do crescimento da Zona Euro e quanto à remoção das medidas monetárias não convencionais levaram à maior procura do euro contra as restantes moedas.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 18

Segundo o Bank of International Settlements, o dólar continua a ser a moeda dominante em mais de 80% das transacções cambiais. Com as expectativas de maior suporte ao crescimento por parte das políticas da nova Administração a desvanecerem-se à medida que o tempo ia passando, nomeadamente com o adiamento dos planos de obras públicas e de introdução de um novo pacote fiscal, a moeda norte americana foi perdendo força ao longo do ano. Em termos políticos, foi igualmente significativa a forte oposição do Congresso às medidas prometidas em campanha eleitoral, como o fim imediato do programa conhecido por Obamacare. Quanto à política monetária, a Fed prosseguiu o ciclo de subida das taxas de juro que, embora tenha ampliado o diferencial de juros para o euro, não trouxe uma significativa apreciação da moeda, visto que os movimentos já tinham sido antecipados pelos mercados e tornaram-se num não-evento. Apesar do iene japonês se ter desvalorizado em relação ao euro, manteve grande firmeza face ao dólar. Na maior parte do ano o par USD/JPY variou dentro do intervalo largo compreendido entre 107 e 116, sem tendência. O Banco Central Nipónico defendeu sempre uma maior estabilidade da moeda, nunca hesitando em fazer intervenções no mercado de forma a evitar movimentos de apreciação da sua moeda. A libra acabou por ter um comportamento de maior estabilização no segundo semestre do ano, depois do movimento de depreciação que ocorreu entre Maio e Agosto. Ao longo de 2017, o comportamento da libra foi condicionado pelo Brexit e os avanços e recuos decorrentes de todo o processo. Até à data de Março de 2019, data final para o divórcio definitivo do Reino Unido da EU, será sempre um dos principais factores de mercado. No mercado monetário, a taxa Euribor a 1 mês apresentou uma tendência de subida encerrando o ano de 2017 a -0,368% e a Euribor a 1 ano desceu, fechando o ano em -0,186%.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 19

Matérias-primas

O mercado do petróleo teve alguns factores relevantes que condicionaram de forma significativa a sua evolução ao longo de 2017. Do lado dos produtores, esteve a preocupação para com um maior equilíbrio entre a oferta e a procura, uma vez que o desfasamento existente estaria a colocar em risco a evolução dos preços. O petróleo iniciou o ano perto dos $60, com fortes expectativas de retoma e reforço do consumo ao longo do ano de 2017. No entanto, o ciclo de crescimento em curso nos vários blocos não iria trazer acréscimos significativos da procura, havendo até, durante algum tempo, dúvidas em relação ao crescimento da actividade na China. Face à possibilidade de ocorrer um abrandamento mais expressivo do crescimento chinês, surgiram reacções negativas nos mercados de commodities. O petróleo chegou a registar um mínimo de $44 no final de Junho. Na segunda metade do ano houve uma recuperação dos preços do petróleo, com a maior visibilidade nos cortes de produção na OPEP e com a perspectiva de um aumento do consumo no ano seguinte. Assim, a tendência de subida dos preços foi surgindo de forma consistente e sistemática, levando o petróleo a encerrar o ano em torno dos $66. O ouro negociou durante a maior parte do ano dentro do intervalo dos $1.200-$1.300 e encerrou o ano a valorizar mais de 13% nos $1.302,8. Embora a Fed tenha continuado com o seu processo de normalização das taxas de juro e dos mercados accionistas terem acelerado, a performance do ouro foi assinalável. Mercado obrigacionista

O mercado obrigacionista continuou condicionado pela permanência de políticas monetárias acomodatícias e baixos níveis de inflação. Estes factores limitaram o movimento de subida das yields dos

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2018

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principais benchmarks na Zona Euro e EUA que, embora tenham recuperado dos mínimos registados no ano anterior, se mantiveram em níveis historicamente muito baixos. Já entre os países da periferia da região da moeda única, foram verificados movimentos mais significativos, nomeadamente no caso da dívida pública nacional, que beneficiou do facto de duas agências de notação financeira terem elevado a avaliação do risco, voltando a colocar Portugal na classe de investimento. Nos 10 anos a yield portuguesa desceu dos 3,76% para os 1,94%, com o spread face à dívida alemã no mesmo prazo a cair para os 152 pontos. Contrariamente, Espanha e Itália viram as suas yields subir face ao seu valor de fecho de 2016, tendo as yields fechado 2017 a 1,56% e 2,29%, respectivamente, no prazo dos 10 anos. Em Espanha, a instabilidade política decorrente da situação da Catalunha e os receios quanto às consequências económicas prejudicaram as yields espanholas. Em Itália, os receios concentraram-se em torno das próximas eleições nacionais onde o Movimento 5 Estrelas tem aparecido bem posicionado nas sondagens. A yield do Bund alemão a 10 anos transaccionou num intervalo entre 0,18 e 0,60%, continuando condicionado pelo programa de compra de activos do BCE e também pelo baixo nível de oferta, reflexo da sua saudável situação fiscal.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 21

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2018

Para 2018, a maior fonte de incerteza está relacionada com o impacto da reversão das políticas monetárias

acomodatícias dos Bancos Centrais na economia mundial e nos índices de confiança dos agentes

económicos, nomeadamente relacionado com a indecisão em torno do término do programa de compra

de activos do Banco Central Europeu e no aumento das taxas de juro da Reserva Federal. Acresce que a

instabilidade geopolítica (oriunda do Brexit e da crise na Catalunha, do resultado das próximas eleições em

Itália, e dos efeitos que poderão advir da nova política expansionista e da reforma fiscal de Donald Trump)

pode constituir um factor determinante em 2018, particularmente tendo em consideração a crescente

tensão entre EUA e China. O panorama do comércio mundial poderá sofrer alterações em 2018,

permanecendo incertos os movimentos no mercado cambial, após a queda registada no início de 2018 do

dólar, a valorização do euro face a uma expectável retoma das economias europeias, e o interesse potencial

de alguns players mundiais na classificação do Renminbi como a primeira moeda no comércio de petróleo.

Em 2018, o papel da regulação e supervisão adquire uma relevância elevada no sector financeiro, no

panorama europeu, através do Banco Central Europeu e da Autoridade Bancária Europeia, como também

no sistema bancário nacional por intermédio do Banco de Portugal. Esta actuação mais rigorosa é justificada

não apenas pela tentativa de garantir maior resiliência das instituições financeiras face a futuras crises, mas

também pela necessidade de regular o surgimento de novos players (ex. fintechs) no mercado bancário

europeu.

Os maiores desafios da banca nacional para 2018 estão relacionados com:

a melhoria da rentabilidade do negócio bancário, por via:

(i) do aumento da eficiência operacional e controlo de custos, nomeadamente através do

esforço de digitalização e robotização das operações;

(ii) da resolução adequada dos stocks de crédito não produtivo; e,

(iii) da revisão da oferta e dos serviços prestados aos clientes.

ii. a pressão sobre o capital e liquidez, por via:

(i) da dificuldade na captação de capital privado (apesar dos resultados positivos

apresentados pela banca nacional e a capacidade de geração de resultados via capital

interno) e da dificuldade de implementar, com sucesso, os investimentos e parcerias

necessárias para operar numa indústria com ameaças e em permanente mutação (ex.

digital, regulação); e,

(ii) de compliance, com novas exigências relacionadas com os requisitos de absorção de

risco (ex. Basel IV, MREL), de alavancagem e de liquidez (ex. LCR, NSFR).

iii. a adaptação às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância, os demais requisitos

requeridos às instituições financeiras visam não só a maior defesa dos direitos do consumidor (ex.

GDPR, PSD2, DMIF2), como também assegurar maior prudência e segurança na condução da

actividade bancária (ex. IFRS9, PBC/FT);

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 22

iv. a revisão dos modelos de negócio, ajustando-os às novas exigências dos consumidores (ex. mobile

banking, serviço 24/7, procedimento de abertura de conta e concessão de crédito online) e às

alterações de contexto (ex. surgimento das fintechs no contexto do open banking).

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02 CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 24

II. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO

2.1.1 Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM) Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas), referentes ao exercício de 2017, constituem valores provisórios e não auditados.

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 415.824 480.485 64.661 15,5%

Aplicações em Instituições de Crédito 6.035 6.957 922 15,3%

Crédito a Clientes (líquido) 7.997.636 8.782.890 785.254 9,8%

Crédito a Clientes (bruto) 8.713.284 9.435.024 721.740 8,3%

Provisões / Imparidades Acumuladas 715.648 652.134 -63.514 -8,9%

Aplicações em Títulos (líquido) 5.311.976 6.031.113 719.138 13,5%

Activos não correntes detidos para venda 395.045 334.274 -60.770 -15,4%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 320.780 314.505 -6.275 -2,0%

Outros Activos 433.319 486.886 53.567 12,4%

Total Activo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 1.578.903 1.935.086 356.182 22,6%

Recursos de Clientes 11.770.738 12.638.189 867.451 7,4%

Passivos Subordinados 116.534 106.782 -9.752 -8,4%

Outros Passivos 187.064 312.860 125.796 67,2%

Total Passivo 13.653.239 14.992.916 1.339.677 9,8%

Capitais Próprios 1.227.375 1.444.194 216.819 17,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 14.880.614 16.437.110 1.556.496 10,5%

2016 2017Variação

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 25

Em 2017, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário (SICAM) de

cerca de 147,6 milhões de euros, que representa um aumento de 75,5 milhões de euros face aos 72,1

milhões de euros alcançados em 2016.

O resultado líquido registado no SICAM em 2017 é significativamente superior ao do ano anterior, em parte

justificado pelo aumento do produto bancário que verificou um aumento de 58 milhões de euros (+12,2%).

Este aumento resulta de um acréscimo verificado nas principais componentes do Produto Bancário,

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 396.270 407.803 11.534 2,9%

Juros e encargos similares 120.256 118.124 -2.132 -1,8%

Margem Financeira 276.013 289.679 13.666 5,0%

Comissões líquidas 138.192 148.122 9.930 7,2%

Result. de operações financeiras 38.561 79.382 40.821 105,9%

Outros resultados de exploração (*) 21.766 15.473 -6.294 -28,9%

Produto Bancário 474.532 532.655 58.124 12,2%

Custos de Estrutura 313.331 316.435 3.104 1,0%

Custos de pessoal 175.410 176.753 1.343 0,8%

Gastos gerais administrativos 124.682 127.193 2.511 2,0%

Amortizações 13.238 12.488 -750 -5,7%

Provisões e imparidades 56.123 14.563 -41.561 -74,1%

Resultado antes de impostos 105.078 201.658 96.580 91,9%

Impostos, após correc. e diferidos 33.020 54.027 21.006 63,6%

Resultado Líquido 72.057 147.631 75.574 104,9%

Variação2016 2017

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros

activos e outros resultados de exploração.

Valores em milhões de euros

31-mar-17 30-jun-17 30-set-17 31-dez-17

Caixas Associadas 22,8 41,6 68,5 89,4

Caixa Central 0,8 8,2 46,3 55,2

SICAM (Consolidado) 23,5 43,6 119,3 147,6

Evolução do Resultado Líquido

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 26

designadamente nos resultados de activos financeiros (+105,9%), da margem financeira (+5,0%) e das

comissões líquidas (+7,2%).

A margem financeira do SICAM aumentou 5,0%, passando de 276 milhões de euros em 2016 para 290

milhões de euros em 2017, tendo esta variação positiva sido resultante do efeito da redução das taxas de

remuneração dos novos depósitos e das revisões nas renovações, ainda que este efeito tenha sido

atenuado com o aumento do volume de depósitos face ao período homólogo.

No ano de 2017, as taxas de referência (EURIBOR) mantiveram uma tendência de queda, em resultado da

maior liquidez existente na economia europeia promovida pelas políticas monetárias de quantitative easing

do BCE. Deste modo, a taxa de remuneração dos recursos das Caixas Associadas na Caixa Central foi

ajustada à evolução das taxas praticadas no mercado.

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 1,0% (3,1 milhões de euros). Este

agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,3 milhões de euros (+0,8%) e dos

gastos gerais administrativos em 2,5 milhões de euros (+2,0%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 245 276 290 14 5,0%

Margem Complementar, da qual: 258 199 243 44 22,4%

Comissões l íquidas 130 138 148 10 7,2%

Resultado de operações financeiras 99 38,6 79,4 41 105,9%

Outros resultados de exploração 29 22 15 -6 -28,9%

Produto Bancário 503 475 533 58 12,2%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 301 313 316 3 1,0%

Custos de Pessoal 167 175 177 1 0,8%

Gastos Gerais Administativos 121 125 127 3 2,0%

Amortizações 13 13 12 -1 -5,7%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 82 -8 -3 4 -57,5%

Imparidade de outros activos 45 64 18 -46 -72,1%

Provisões e imparidades do exercício 127 56 15 -42 -74,1%

Provisões e imparidades (stock) 852 716 652 -64 -8,9%

Rácio de cobertura do crédito vencido 128% 131% 124% -6,68 p.p. -

Evolução das Provisões/Imparidades

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 27

Nas contas de 2017, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas no valor

de 15 milhões de euros, o que representa uma redução de 42 milhões de euros face a 2016. Em relação ao

rácio de cobertura do crédito vencido registou-se uma redução, passando de 131% em 2016 para 124% em

2017, em linha com a evolução verificada nos parâmetros de risco que beneficiaram da retoma económica.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 10,5% no activo total do SICAM que

passou de 14.881 milhões de euros em 2016 para 16.437 milhões de euros em 2017, contribuindo para este

crescimento do activo líquido o aumento do crédito a clientes de 9,8% (785 milhões de euros) e o aumento

das aplicações em títulos (+696 milhões de euros).

O crédito a clientes consolidado aumentou 8,3%, com o crédito a empresas e administração pública a

crescer 11,3% e o crédito a particulares a crescer 4,6% face a 2016.

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,3 mil milhões de euros, por conta do aumento de recursos

de clientes (867 milhões de euros, i.e. +7,4%) e por via do aumento de recursos em bancos centrais e outras

instituições de crédito (356 milhões de euros, i.e. +22,6%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Crédito e juros vencidos (total) 668 547 525 -22 -4,0%

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.430 8.713 9.435 722 8,3%

Provisões / Imparidades 852 716 652 -64 -8,9%

Crédito líquido 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Evolução do Crédito a Clientes

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 28

É de salientar a evolução positiva do rácio de transformação que, entre 2016 e 2017, registou um acréscimo

de 1,5 p.p. (de 67,9% para 69,5%). Ainda assim, este nível de transformação fica muito aquém da média do

sistema bancário e dos limites regulamentares, sendo apenas justificado pelo facto do mercado procurar o

Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 14.757 13.349 1.408

Caixa Central 8.888 8.561 327

SICAM (Consolidado) 16.437 14.993 1.444

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2015 2016 2017 Δ Abs. Δ %

Crédito a Cl ientes (líquido) 7.578 7.998 8.783 785 9,8%

Recursos de Cl ientes 10.970 11.771 12.638 867 7,4%

Rácio de Transformação 69,1% 67,9% 69,5% 1,5 p.p. n.a.

Evolução do crédito e recursos de clientes

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 29

2.1.2 Outros Factos Relevantes

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido acções de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

• A 4ª edição do “Prémio Empreendedorismo e Inovação” distinguindo as empresas empreendedoras

no sector agrícola que contribuem para a inovação e competitividade das fileiras agrícola, agro-

indústria e floresta, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e reconhece o

tecido empresarial português;

• O Workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector

hortofrutícola;

• A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2016,

realizada pelo quarto ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas,

Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo quarto ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas

de todas as regiões vitivinícolas do país.

O serviço Balcão 24 terminou o ano 2017 com 259 serviços em funcionamento, representando um crescimento de 1% nos serviços inicializados, face a 2016. O número total de transacções nos B24 registou um crescimento de 7%, face ao período homólogo. A taxa média de transferência das transacções encontra-se acima dos 42% (mais 4,80 p.p. face a 2016). Na análise da evolução semestral do volume de transacções – operações e consultas – realizadas no serviço Balcão 24, verifica-se em 2017, um crescimento de 7% em cada semestre, em comparação com igual período de 2016. O ano 2017 registou um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola em 1%, passando de 1.520 no final de 2016 para 1.536. Esta situação originou um reforço da quota de mercado do Grupo CA na rede SIBS de 1 p.p. passando a ter 13% da rede de ATM em Portugal. No que se refere ao número de transacções em ATM do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 5%, efectuando-se mais de 90 milhões de transacções. No ano 2017, o parque de TPA do Crédito Agrícola cresceu 13%, contando com 23.362 TPA activos e uma subida no número de transacções de 16% face a 2016, registando cerca de 51 milhões de transacções. Em termos homólogos, em 2017, verificou-se um aumento da carteira de cartões de pagamento a débito do Crédito Agrícola de 5,9% e da carteira de cartões de pagamento a crédito do Crédito Agrícola de 7,3%. Esta evolução originou um incremento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,4 p.p. nos cartões de débito e um aumento de 1,5 p.p. nos cartões de crédito. No sentido de dinamizar a actividade comercial das Caixas Associadas, estabeleceram-se protocolos e parcerias comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

• ADRAL - Agência de Desenvolvimento Regional do Alentejo;

• NERSANT - Associação Empresarial da Região de Santarém;

• Grupo Lusiaves - Projecto “LUSITERRA”;

• Grupo Agrinda - AgriPro e Agriloja.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 30

No ano de 2017 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objectivo de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo. Com a utilização das redes sociais facebook, instagram e linkedin, o Crédito Agrícola tem vindo a reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo como exemplo no final de 2017 atingido quase os 100.000 fãs só no facebook. Desde 2009, o programa de actualidade financeira revela ser uma parceria acertada para a divulgação da marca Crédito Agrícola junto do público em geral. Em 2017 foi introduzido um programa “Especial Empresas”, transmitido semanalmente à 6ª feira, que para além de compilar temas de interesse para as empresas, fez a cobertura de eventos institucionais do CA, nomeadamente: Apresentação de Resultados do Grupo CA; Jantar PME Líder e Excelência CA; Jantar de Gala Concurso de Vinhos CA e Cerimónia de Entrega do Prémio Empreendedorismo e Inovação CA. O Grupo Crédito Agrícola associou-se ao Movimento pela Utilização Digital Activa, o MUDA. Uma iniciativa que tem como objectivo fomentar a “educação digital” dos portugueses, contribuindo assim para uma sociedade mais evoluída, inclusiva e participativa, criando desta forma uma economia mais forte e competitiva. De modo a divulgar esta iniciativa que teve uma comunicação nos meios de comunicação nacionais promovida pela organização do MUDA, o Crédito Agrícola efectuou a divulgação desta acção nas suas Agências, assim como através das redes sociais. Foi implementado o canal directo de comunicação aos Clientes, o e-mail Marketing. A utilização de canais digitais para comunicar é, hoje em dia, indispensável para se transmitir informação, divulgar iniciativas e promover a oferta junto de Clientes e potenciais Clientes. No âmbito Campanhas de Marketing e de outras Acções realizadas no final do ano 2017, através do canal de comunicação digital mais directo com os Clientes, o e-mail Marketing, foram implementadas as diversas acções de comunicação digital. Foram implementados diversos programas específicos para segmentos prioritários como o CA Nota 20, que pretende reconhecer o mérito escolar dos alunos do ensino secundário, oferecendo prémios aos melhores alunos a nível nacional do 7º ao 12º ano. Esta iniciativa que complementa também as acções de reconhecimento que são feitas localmente pelas Caixas Associadas tem vindo a ter um número crescente de participantes de ano para ano. Para o segmento dos jovens dos 12 aos 17 anos foi também lançado o Programa de Fidelização CA Faz Por ti – School Leader VID, um concurso de produção de vídeos dedicados à temática da poupança, que são submetidos a concurso num canal específico da rede social YouTube, participando os 10 videos mais votados numa final que se realiza na Futurália 2018, a feira das profissões e vocações para os jovens que frequentam o ensino secundário. Este programa foi promovido por dois youtubers com uma notoriedade elevada no segmento a que se destinou a iniciativa. Para o segmento dos jovens até aos 12 anos de idade foi também realizadas diversas iniciativas no âmbito do Clube do Cristas, clube digital para estes jovens e respectivos encarregados de edução, de que se destacam o lançamento de novos jogos na app do Clube, a agenda cultural e a promoção e oferta a Clientes do segmento do jogo Multipli, que pretende promover o conhecimento da matemática e foi reconhecido pela Sociedade Portuguesa de Matemática e pela Associação de Professores de Matemática.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 31

Em 2017, o CA patrocinou o programa televisivo “Os

Extraordinários”, tratando-se do 1º e único programa onde as

competências como a destreza mental e as habilidades de

memória desempenham o papel principal.

Este programa apresentado por Sílvia Alberto, o rosto do Crédito

Agrícola nos últimos anos, contribuiu para aumentar a

notoriedade do Grupo, trazendo-nos juventude, modernidade,

sofisticação, simpatia e reforçando atributos como talento, destreza e inovação.

Em 2017 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como sejam:

• Teresa Almeida, Vice-Campeã Europeia de BodyBoard;

• Katlheen Barrigão, Campeã Nacional de Long Board;

• Mário Patrão, 3º lugar no Campeonato Nacional de TT e da classe

“Maratona” e 20º lugar no Rali Dakar 2017, em motociclismo;

• João Salgadinho, Campeão Nacional Interbancário, em Snooker;

• Rui Ramalho, Campeão Nacional de Montanha, em Automobilismo;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com especial destaque para os ciclistas Julian

Espinoza, Pedro Lopes, Tiago Santos e Guilherme Mota que foram

consagrados vencedor da Taça Nacional – Cadetes, vencedor da Taça de

Portugal – Juniores, vencedor Nacional de Escolas de Infantis e Campeão Nacional de Fundo,

respectivamente;

• CDUL, Campeões Nacionais de Rugby;

• Pedro Rilhado, Vice-campeão Nacional de Kart.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais, o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), Tektónica, Fruit Logistica e Fruit Attraction.

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03 CCAM DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 33

III. CCAM DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

3.1 ATIVIDADES DESENVOLVIDAS Como é sabido, o contexto em que vem decorrendo a atividade das instituições de crédito continua

marcado por fatores adversos que penalizam a sua rentabilidade

Na verdade, apesar da melhoria verificada na situação macroeconómica, ela coexiste com taxas de juro em

mínimos históricos, permanecendo as Euribor em níveis negativos.

A melhoria da conjuntura económica não está, aliás, a conduzir a uma recuperação da procura de crédito,

que se mantém deprimida, o que tem conduzido a uma aguda concorrência entre os bancos, que procuram

a todo o transe captar os negócios que consideram de risco mais aceitável oferecendo taxas e outras

condições que dificilmente se compaginam com a obtenção de um retorno adequado.

Além disso, as instituições enfrentam ainda maiores e mais exigentes obrigações a nível regulamentar que

aumentam consideravelmente os custos regulatórios e de compliance, quer nos aspetos atinentes à esfera

da supervisão prudencial, quer no domínio da supervisão comportamental. No âmbito prudencial, os

bancos têm sido confrontados com sucessivas vagas regulatórias cada vez de maior complexidade, e no

referente à vertente comportamental têm vindo a ser impostas restrições que limitam consideravelmente

a margem de manobra das instituições para a condução do seu negócio, quer na definição dos produtos,

quer no relacionamento com os clientes, quer mesmo no tocante ao preçário que podem praticar nas

operações e serviços que oferecem. Este último aspeto compromete naturalmente a possibilidade de,

através da margem complementar, os bancos conseguirem alguma compensação para o estreitamento da

margem financeira que o baixo nível das taxas de juro induz.

A manutenção das taxas de juro do mercado monetário em valores bastante reduzidos tem contribuído

para a diminuição dos spreads sobre os depósitos a prazo, o que, no caso da CCAM de Trás-os-Montes e

Alto Douro, não tem chegado para compensar a redução nos spreads do crédito.

No nosso caso, o efeito preço na margem financeira foi negativo, refletindo a degradação do diferencial

entre a taxa global do crédito e a taxa de remuneração dos depósitos.

Por outro lado, a manutenção de um baixo rácio de transformação de depósitos em crédito – efeito volume

– tem também contribuído para o condicionamento da margem financeira.

Apesar de toda esta envolvente negativa e da diminuição da Margem Financeira, o Produto Bancário

registou um acréscimo de 5,38%, com o consequente aumento do Resultado Bruto de Exploração de 1,583

para 1,887 Milhões de Euros e a obtenção de Resultados Líquidos positivos de cerca de 1,4 Milhões de

Euros.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 34

Para este bom resultado contribuiu certamente a contenção nas taxas de juro dos depósitos de clientes,

plenamente justificada neste ambiente de taxas de juro generalizadamente tão baixas, pois, sendo o

Crédito Agrícola cada vez mais reconhecido como uma das instituições mais resilientes do nosso sistema

financeiro, tal permitiu-nos manter uma postura conservadora na captação de recursos. Isto apesar de

enfrentarmos a concorrência de algumas outras instituições que têm continuado a oferecer taxas de juro

desalinhadas das actuais condições do mercado.

Aliás, mesmo com esta contenção nas taxas de juro nos depósitos dos clientes, estes têm continuamente

aumentado, mostrando bem a confiança que os nossos associados e clientes depositam na nossa Caixa.

Outro fator importante para os resultados obtidos foi a relativa estabilização dos níveis de imparidade,

tornada possível pelo adequado grau de cobertura existente aquando da conversão do anterior regime de

provisionamento, baseado no Aviso 3/95, para o novo regime do Aviso 5/2015, dada a diferença positiva

entre as provisões que estavam constituídas e os níveis de imparidade imputados à sua carteira.

Concomitantemente com o exercício da atividade bancária, prosseguimos com o nosso permanente

objetivo de atualização e modernização, tendo-se adquirido o equipamento julgado necessário para manter

ou melhorar a qualidade dos serviços prestados aos nossos associados e clientes, participando no esforço

de todo o Grupo Crédito Agrícola, no sentido de dar resposta satisfatória às cada vez maiores exigências

das entidades de supervisão.

Por outro lado, e tendo em conta as profundas alterações que o negócio bancário está a sofrer, o Conselho

de Administração procedeu à divulgação de todas as ações de formação promovidas pelo Departamento

de Recursos Humanos e pelo Instituto de Formação Bancária, incentivando os trabalhadores a participarem,

não olhando aqui a custos, pois considera ser este um investimento prioritário, do qual depende em grande

medida o futuro da instituição.

Foram satisfatórios os resultados obtidos nesta área, sendo de registar a elevada participação em ações de

formação, com 275 presenças em 37 ações de formação que envolveram um total de 63 colaboradores e

membros dos Órgãos Sociais.

Por fim, no que respeita ao aspeto mais social da nossa atividade que se prende com o apoio aos associados

e com a ligação ao meio rural, refira-se que continuámos a disponibilizar os nossos serviços técnicos para

aconselhamento dos agricultores nossos associados e para a elaboração dos seus projetos de investimento.

Ainda nesta área, e como certamente é sabido, a Assembleia Geral de aprovação de contas aprovou uma

proposta de remuneração dos títulos de capital da Caixa. Em consequência os associados da CCAM com

capital social superior ao mínimo legal, obtiveram uma elevada rentabilidade dos seus títulos de capital

social, dado que, para além dos benefícios fiscais inerentes a este tipo de aplicações, ela representou uma

remuneração bruta de 0,50% ao ano.

Para além de todo o apoio prestado, direta ou indiretamente continuámos a auxiliar os agricultores na

elaboração das suas candidaturas aos vários subsídios à produção e ao rendimento, tendo, em colaboração

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 35

com a AJAP, realizado algumas sessões de esclarecimento que tiveram uma forte adesão por parte dos

agricultores.

3.2 RESUMO DA EVOLUÇÃO DAS CONTAS

Nota introdutória

Até 31 de Dezembro de 2016, as demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas e apresentadas de

acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), tal como imposto pelo Aviso nº 1/2005 do Banco

de Portugal.

Com a publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, as entidades sujeitas à supervisão do Banco de

Portugal passaram a estar obrigadas a elaborar as suas demonstrações financeiras em base individual de

acordo com as Normas Internacionais de Contabilidade (NIC).

Apesar de o Aviso nº 5/2015 ter produzido efeitos a partir do dia 1 de Janeiro de 2016, as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) beneficiaram, durante

o ano de 2016, do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que, nestas entidades, a

adoção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de Janeiro de 2017.

De acordo com as NIC, a adoção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospetivamente,

pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 em todos os aspetos materialmente

relevantes, para efeitos comparativos.

Dado que a reexpressão dessas rubricas consta do “Anexo às Contas”, designadamente da sua nota 2.2,

neste capítulo III do relatório de gestão optou-se por efetuar a comparação com as contas apresentadas e

aprovadas nas competentes Assembleias Gerais.

3.2.1 Rácios e Ativo

No final do exercício de 2017, a evolução do cumprimento dos rácios e indicadores recomendados pela

Caixa Central, foi a que se explicita em seguida.

Rácios e indicadores (Artº 75º R.J.C.A.M.)

A CCAM não cumpre três desses rácios:

- O incumprimento no rácio de crédito vencido líquido já não se registava desde 2013 e fica a dever-se

apenas à menor constituição de imparidades, pois o crédito vencido não registou variação significativa em

valor absoluto;

CET 1 CVL/CTL CV/CT CF+AM./PB AL/NE PB/NE COM/PB Transf. ANCDV/AT

> 13,00% < 3 ,00% < 5,00% < 70,00% > 4 .000.000 > 110.000 > 20,00% <= 85,00% < 6,00%

2015 24,35% 1,00% 10,72% 69,01% 4.704.901,85 112.391,47 26,15% 48,39% 3,02%2016 23,13% 2,00% 8,09% 75,87% 5.162.987,58 105.825,67 30,25% 50,57% 1,99%

2017 26,00% 3,53% 7,72% 72,71% 5.471.626,12 115.239,81 29,05% 50,52% 1,90%

DATA

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 36

- Apesar da evolução positiva que vem registando desde há vários exercícios, mantém-se o incumprimento

no rácio de crédito vencido bruto; neste exercício o valor do rácio fixou-se nos 7,72% o que, por comparação

com o exercício anterior (8,09%), configura uma redução de cerca de 5%;

- Também o rácio de eficiência evoluiu positivamente, continuando, no entanto, em incumprimento, ainda

que por valores quase marginais.

O ativo líquido da CCAM continuou a aumentar, ainda que de forma menos expressiva que no exercício

anterior. Registou um crescimento de 10,4 milhões de euros, ou seja mais 3,60%, passando dos

287.516.725€ que se registaram em 2016, para os atuais 297.876.316€.

3.2.2 Situação Líquida

No quadro seguinte, de forma desagregada, constata-se a evolução das contas da Situação Líquida da

CCAM, considerando os resultados do exercício antes da sua distribuição.

Antes da distribuição dos resultados do exercício, a Situação Líquida, atingiu os 28.140.854€, representando

um aumento de 1.630.044€ (6,15%).

Nos Fundos Próprios verifica-se uma subida de 2.270.562€, que corresponde a um aumento de 9,33%,

relativamente aos valores verificados no período homólogo do ano anterior.

Capital subscrito 17.333.005 17.863.245 18.414.025 19.346.910 21.052.285 1.705.375 8,81%

Reservas 4.602.152 4.965.981 4.957.303 5.156.506 5.695.993 539.487 10,46%

Result. transitados -42.895 -42.895 -40.378 -27.565 0 27.565 100,00%

Resultado exercício 1.110.216 752.987 1.200.534 2.034.959 1.392.576 -642.383 -31,57%

Total 23.002.478 23.539.318 24.531.484 26.510.810 28.140.854 1.630.044 6,15%

2017/2016Designação 2013 2014 2015 2016 2017 Evolução

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 37

Em resumo, foi a seguinte a evolução dos principais indicadores:

3.2.3 Crédito Concedido

A evolução positiva registada pelo quarto ano consecutivo no crédito concedido, apesar de não ser tão

significativa como a do ano anterior, apresenta ainda assim um incremento de cerca de 5,7 milhões de

euros, situando-se no final do exercício nos 123.453.671€, o que constitui um acréscimo de 4,86%.

O crédito concedido representa agora 50,37% dos depósitos de clientes.

Durante o exercício de 2017 o crédito concedido para aquisição de habitação própria apresenta um saldo

de 37.050.756€, correspondentes a um acréscimo de 8,87% em relação aos 34.032.308€ registados em

2016.

Ativo 233.596.909 232.922.563 252.721.265 287.516.725 297.876.316 10.359.591 3,60%

Siituação Líquida 23.002.478 23.539.318 24.531.484 26.510.810 28.140.854 1.630.044 6,15%

Fundos Próprios 17.922.567 23.116.646 23.910.343 24.328.133 26.598.695 2.270.562 9,33%

CET 1 N/A 23,71% 24,35% 23,13% 26,00% 2,87% 12,41%

Designação 2013 2014 2015 2016 2017 Evolução2017/2016

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 38

O crédito concedido para aquisição de habitação própria corresponde a 30,00% do total da carteira de

crédito concedido.

Nos últimos anos, tem sido a seguinte a evolução da quota de mercado da Caixa, no que respeita ao crédito

concedido.

3.2.4 Crédito Vencido

O crédito vencido apresenta no final do exercício um valor semelhante ao do ano transato, com um

aumento de apenas 11.883€, correspondendo a um acréscimo marginal de 0,12%.

Apesar deste ligeiro aumento, no final de 2017, o crédito vencido representa 7,72% do total de crédito

concedido, o que constitui uma evolução positiva em relação ao exercício anterior, em que o peso do

crédito vencido na carteira de crédito era de 8,09%.

O saldo das imparidades constituídas para crédito vencido, no montante de 5.483.614€, corresponde a

57,53% do total do crédito vencido, tendo registado uma diminuição relativamente ao ano transato, em

que a cobertura era de 77,31%.

Crédito concedido

Total de Balcões

Média de crédito

concedido por Balcão

Crédito concedido

Balcões da Caixa

Média de crédito

concedido por Balcão

Quota de Mercado

Quota de Balcões

Diferença da média de crédito conc. por

Balcão

2013 1.634.000 101 16.178 100.695 17 5.923 6,16% 16,83% 10.255

2014 1.545.000 99 15.606 103.239 17 6.073 6,68% 17,17% 9.5332015 1.405.000 88 15.966 104.225 17 6.131 7,42% 19,32% 9.835

2016 1.392.000 85 16.376 117.727 18 6.540 8,46% 21,18% 9.836

2017 1.321.000* 85** 15.541 123.454 17 7.262 9,35% 20,00% 8.279* À data de 30/11/2017 ** À data de 01/01/2017Fonte :DAS da CCCAM

ANO

MERCADO CCAM CCAM versus MERCADO

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 39

O grau de cobertura passa para 91,59%, se for tido em conta o saldo total de imparidades para crédito no

valor de 8.729.671€.

3.2.5 Depósitos de Clientes

Os depósitos de clientes continuam a manter a tendência de subida que se tem verificado nos últimos anos,

registando um aumento de 7.090.118€, correspondente a um acréscimo de 2,98%, atingindo o saldo de

245.107.912€.

Conforme se tinha já verificado no ano anterior, o aumento foi mais significativo nos depósitos à ordem,

que registaram um acréscimo de 4.634.033€, enquanto os outros depósitos (a Prazo e de Poupança),

apresentaram um aumento de 2.456.085€.

O saldo de depósitos à ordem aumentou 5,34%, passando dos 86.751.273€ que se verificavam em 2016,

para os atuais 91.385.306€.

No que respeita aos outros depósitos, o saldo que se registava em final de exercício era de 153.722.606€,

resultado de um acréscimo de 1,62% em relação aos valores de 31/12/2016.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 40

Em consequência dos valores atrás referidos, a relação entre os depósitos à ordem e os depósitos totais

passou de 36,45% em 2016 para os atuais 37,28%.

Nos últimos anos, tem sido a seguinte a evolução da quota de mercado da Caixa, no que respeita aos

recursos captados.

3.2.6 Diversificação dos Produtos Financeiros

Como já vem sendo prática, com o objetivo de aumentar o volume de negócio dos produtos fora do balanço,

foram promovidas internamente e em colaboração estreita com as empresas do grupo, algumas ações

específicas de campanha, tendo-se atingido no final do ano os valores em carteira explicitados no quadro

seguinte.

Depósitos Total de Balcões

Média de Depósitos por Balcão

Depósitos Balcões da

Caixa

Média de Depósitos por Balcão

Quota de Mercado

Quota de Balcões

Diferença da média de depósitos por

Balcão

2013 2.358.000 101 23.347 200.053 17 11.768 8,48% 16,83% 11.5792014 2.367.000 99 23.909 206.119 17 12.125 8,71% 17,17% 11.7842015 2.541.000 88 28.875 215.406 17 12.671 8,48% 19,32% 16.204

2016 2.608.000 85 30.682 238.018 18 13.223 9,13% 21,18% 17.4592017 2.670.000* 85** 31.412 245.108 17 14.418 9,18% 20,00% 16.994

* À data de 30/11/2017 ** À data de 01/01/2017Fonte :DAS da CCCAM

ANO

MERCADO CCAM CCAM versus MERCADO

2015 2016 2017

Crédito Agrícola Vida 25.737.287 24.347.938 20.057.686

Seguros de Vida Risco 379.512 431.538 480.154

Seguros de Capitalização 24.903.277 23.317.271 18.776.109

Fundo de Pensões 454.498 599.128 801.423

CA Seguros 1.118.057 1.325.522 1.552.412

Fundos de Investimento 15.156.330 16.264.701 21.309.111

Mobiliários 9.371.990 9.428.436 11.628.397

Imobiliários 5.784.340 6.836.265 9.680.714

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 41

3.2.7 Imobilizado

No que se refere ao imobilizado, foram efetuadas apenas pequenas obras de manutenção e adquirido o

equipamento julgado indispensável para manter e melhorar a qualidade dos serviços prestados.

3.2.8 Resultados do exercício

De seguida, de forma desagregada, explicita-se a evolução das contas de resultados no último quinquénio

Contas de Resultados

Margem Financeira

Devido essencialmente às reduções dos spreads na concessão ou renovação de crédito e nas taxas de

remuneração praticadas pela Caixa Central para os depósitos, a margem financeira regista uma evolução

negativa pelo terceiro ano consecutivo, tendo sofrido no exercício uma quebra de 3,76%, passando de

4.423.683 € em 2016 para 4.257.406 € em 2017.

Imobilizado bruto 8.650.099 8.628.340 8.611.608 8.713.948 8.604.667 -109.281 -1,25%

Amortizações/Imparidades acumuladas

3.386.279 3.565.140 3.718.243 4.023.374 4.146.234 122.860 3,05%

Imobilizado líquido 5.263.820 5.063.200 4.893.365 4.690.574 4.458.433 -232.141 -4,95%

Designação 2013 2014 2015 2016 2017Evolução

2017/2016

Margem Financeira 5.344.373 5.412.348 4.837.134 4.423.683 4.257.403 -166.280 -3,76%

Outros Res. Correntes 2.113.443 1.621.963 2.018.746 2.137.508 2.656.985 519.477 24,30%

Produto Bancário 7.457.816 7.034.311 6.855.880 6.561.191 6.914.388 353.197 5,38%

Custos Administrativos 4.460.590 4.535.066 4.541.171 4.775.604 4.852.662 77.058 1,61%

Imparidades/Provisões do Exercício

1.134.520 1.009.456 536.902 -1.227.438 -25.404 1.202.034 97,93%

Amortizações Exercício 289.731 215.691 190.330 202.106 174.774 -27.332 -13,52%

Res. Antes de Impostos

1.572.976 1.274.097 1.587.477 2.810.919 1.912.356 -898.563 -31,97%

Impostos correntes 394.491 31.698 540.059 320.746 444.041 123.294 38,44%

Impostos diferidos 68.269 489.412 -153.116 455.213 75.739 -379.474 -83,36%

Resultados Líquidos 1.110.216 752.987 1.200.534 2.034.959 1.392.576 -642.383 -31,57%

Cash-Flow 2.997.226 2.499.245 2.314.709 1.785.587 2.061.726 276.139 15,46%

Designação 2013 2014 2015 2016 2017 Evolução2017/2016

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 42

Produto Bancário

O Produto Bancário aumentou 5,38%, passando de 6.561.191 € para os 6.914.38 8€ que se verificaram no

final de 2017.

Para este aumento do Produto Bancário contribuiu decisivamente o resultado das mais-valias obtidas com

a venda dos títulos de dívida pública (Obrigações de Tesouro) detidos pela CCAM, que se cifraram em

709.443€.

À semelhança dos últimos 2 exercícios, no gráfico abaixo pode-se constatar que o peso da Margem

Financeira no Produto Bancário continua a diminuir, passando de 67,42% em 2016, para 61,57% em 2017.

Custos Administrativos

Os custos gerais administrativos apresentam no final do exercício um aumento de 77.058€, bastante menos

expressivo do que no ano anterior, correspondente a um acréscimo de 1,61% (5,16% em 2016).

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 43

Decomposição dos Custos Administrativos

Os custos com pessoal aumentaram 53.548€ e 2,05%, fixando-se no final do ano de 2017 num saldo de

2.669.438€.

Os Fornecimentos e Serviços de Terceiros registaram um aumento de 23.510€ e de 1,09%, atingindo a

importância de 2.183.224€.

Cash-Flow

O cash-flow apresenta no final do exercício o valor de 2.061.726€, o que corresponde a um aumento de

276.140€ e de 15,46%, em relação aos 1.785.587€ que se verificavam no final do exercício anterior.

Custos com pessoal 2.511.639 2.577.890 2.511.364 2.615.890 2.669.438 53.548 2,05%

Fornecimento e Serviços de Terceiros

1.948.950 1.957.176 2.029.807 2.159.714 2.183.224 23.510 1,09%

Total 4.460.590 4.535.066 4.541.171 4.775.604 4.852.662 77.058 1,61%

Evolução2017/2016

Designação 2013 2014 2015 2016 2017

Imparidades/Provisões 1.134.520 1.009.456 536.902 -1.227.438 -25.404 1.202.034 97,93%

Amortizações 289.731 215.691 190.330 202.106 174.774 -27.332 -13,52%

Impostos sobre Lucros 394.491 31.698 540.059 320.746 444.041 123.294 38,44%

Impostos diferidos 68.269 489.412 -153.116 455.213 75.739 -379.474 -83,36%

Resultados Líquidos 1.110.216 752.987 1.200.534 2.034.959 1.392.576 -642.383 -31,57%

CASH-FLOW 2.997.226 2.499.245 2.314.709 1.785.587 2.061.726 276.140 15,46%

Designação 2013 2014 2015 20162017/2016

2017 Evolução

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 44

Resultados do Exercício

Os resultados do exercício de 2017 foram positivos em 1.392.576€.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 45

3.3 AFETAÇÃO DE RESULTADOS

O Conselho de Administração propõe que o resultado positivo obtido no montante de 1.392.575,95€ (um

milhão trezentos e noventa e dois mil quinhentos e setenta e cinco euros e noventa e cinco cêntimos), seja

distribuído da seguinte forma:

Após aquela distribuição de resultados, do montante das Outras Reservas, que passará a ser de

1.099.589.20€, o Conselho de Administração propõe que:

• 4.091,00€ (Quatro mil e noventa e um euros) sejam aplicados na remuneração dos títulos de capital

dos associados, no caso de a respetiva proposta do Conselho de Administração vir a ser aprovada nesta

mesma Assembleia

• 1.095.495€ (Um milhão noventa e cinco mil quatrocentos e noventa e cinco euros) sejam transferidos

para capital social, nos termos da alínea d) do nº 2 do Artº 8º dos Estatutos.

Assim, se estas propostas merecerem a aprovação da Assembleia, as contas de Situação Líquida

apresentarão os seguintes saldos:

Resultados do Exercício 1.392.575,95

Reserva Legal 279.000,00Reserva para Formação e Educação Cooperativa 14.000,00Outras Reservas 1.099.575,95

Situação Líquida 28.136.762,75

Capital subscrito 22.147.780,00Reservas 5.988.982,75 Reserva Legal 5.540.571,31 Reserva para Formação e Educação Cooperativa 30.094,85 Reserva para Mutualismo 20.283,91 Reserva para Remuneração de Títulos de Capital 130.539,50 Outras Reservas 3,20 Outras Reservas - Aviso 5/2015 282,09 Reserva de Reavaliação 267.207,89

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 46

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para além dos clientes e associados, a quem são endereçadas palavras de apreço pela confiança que têm

manifestado no seu relacionamento com a Caixa, o Conselho de Administração deseja expressar o seu

agradecimento às pessoas e instituições cuja compreensão e apoio foram importantes para se alcançarem

os resultados apresentados, nomeadamente:

À Mesa da Assembleia Geral e ao Conselho Fiscal;

Aos responsáveis e técnicos da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas “Santos Carvalho & Associados,

SROC, SA”;

À Caixa Central;

A todas as instituições, que connosco colaboraram ativamente;

Aos funcionários e demais colaboradores, especialmente àqueles que pelo seu empenho e profissionalismo

demonstrados contribuíram decisivamente para os resultados alcançados;

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 47

3.4 ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CCAM DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL adota o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho

Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia Geral, para um

mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: Valdemar Augusto Costa Leite

Vice-Presidente: Maria Adelaide Rodrigues Vaz Machado

Secretário: Vítor Manuel Teixeira de Carvalho

3.2.Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe atribuam

competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus Presidentes;

Assembleia Geral

Conselho de

Administração

Conselho Fiscal

ROC

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 48

� Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o exercício

seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de organismos

cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de ação cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da Mesa

da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo de três

e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por três membros, com mandato para o triénio 2016/

2018.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: Alcino Pinto dos Santos Sanfins

Vogal: Manuel António da Mota Ferreira

Vogal: Maximiano Pereira Correia

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e

de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de atividades e de

orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício

anterior;

� Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 49

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total

de 53 reuniões no ano de 2017.

Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de Administração.

4.4.Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

O Conselho de Administração distribuiu pelouros entre os seus membros executivos da seguinte

forma:

Presidente: Controlo Interno, Auditoria, Gestão de Riscos e Compliance;

Vogal: Área Comercial, Assessoria e Apoio Administrativo.

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial de

Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de atividade

e de orçamento.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e, pelo menos, um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Tiago Gil Durães Oliveira

Vogal: Maria Assunção Pinto Rosinha

Vogal: Filipa Maria Monteiro Lopes Gomes

5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, uma vez por trimestre, tendo realizado, em 2017, um total de

4 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do Conselho Fiscal.

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2016 a 2018, encontrando-se designado para o

cargo:

Efetivo: Santos Carvalho & Associados, SROC, S.A, representada por André Miguel Andrade

e Silva Junqueira Mendonça

Suplente: Oliveira Rego & Associados, SROC, Lda, representada por Manuel Oliveira Rego

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 50

6. Crédito a Membros dos Órgãos Sociais – Artº. 85, nº 9 do RGICSF

7. Política de remuneração

A) Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e Fiscalização

7.1. Em 30 de Março de 2017, a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de

Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração

dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto na Lei

nº 28/2009, de 19 de Junho, na redação que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014.

7.2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011,

reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi aprovada pelos

Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TRÁS-OS_MONTES E ALTO

DOURO, CRL.

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e dos Art.ºs. 7º, número 3, e 20º, número 4, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017. Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2017 seja aprovada nos seguintes termos: 1. INTRODUÇÃO Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição. A mesma Política de Remuneração, atento o facto do Banco de Portugal não ter ainda aprovado qualquer instrumento regulamentar que revogue, altere ou substitua o Aviso nº 10/2011, sendo que as Instruções nºs 4/2015 e 5/2015, publicadas em 15 de Junho de 2015, referem-se à matéria das Políticas de Remuneração, mas somente quanto a divulgação de informação quantitativa a ela atinente, teve em consideração os seguintes instrumentos:

Manuel António Mota Ferreira Vogal do Conselho de Administração 718,77

Montantes em dívida (com exclusão de juros) a 31.12.2017

265.190,19

Alcino Pinto Santos Sanfins

17.589,12

108.773,80

Valor ( em euros)Cargo

0,00Presidente do Conselho de Administração

Maria Assunção Pinto Rosinha

Pessoas estreitamente ligadas

Nome / Denominação

Pessoas estreitamente ligadas

Vogal do Conselho Fiscal

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 51

a. O RGICSF; b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que não sejam

incompatíveis com a actual redacção do RGICSF, atentas as alterações neste introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e por diplomas subsequentes, e que não devam, por isso, considerar-se revogadas em função de tais alterações;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014; d. A Directiva nº 2013/36/EU, do Parlamento Europeu e do Conselho (IV Directiva de Requisitos de

Capital); e. O Regulamento nº 575/2013, do Parlamento Europeu e do Conselho (Regulamento de Requisitos de

Capital); f. As Orientações da Autoridade Bancária Europeia nº EBA/GL/2015/22; g. O Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

2. PRINCÍPIOS GERAIS O regime legal e regulamentar ora em vigor preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de remuneração, pelo que se mantém a relevância dada elementos como a natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição, factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição, sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital. Nesta perspetiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF. Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF e dos Art.ºs 7º, número 4, e 20º, número 5, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, prossegue ainda os seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos, valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que: a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF; b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis; c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração; d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente consentânea com o

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 52

desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola; e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição, mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios sociais. 4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO FISCAL A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza da composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 20º, número 6, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no mesmo Estatuto, à exceção do seu Presidente que não recebe qualquer remuneração. Acresce a esta remuneração o direito ao reembolso das despesas em que os Membros do Conselho Fiscal justificadamente incorram no exercício das suas funções. 5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS A remuneração dos Membros executivos do Conselho de Administração consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses, de valor fixado pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto. Acresce à referida remuneração a utilização de telemóvel e o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição. Para efeitos do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, todos os Administradores Executivos são considerados como Administradores Executivos a tempo inteiro e com dedicação exclusiva. Nos termos e para os efeitos dos Art.ºs 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral, nos termos acima descritos; b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis os Art.ºs 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão (“clawback”).

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 53

5.1.3 Disposições gerais a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011; b) No exercício de 2016 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções; c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição, incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do RGICSF; d) Foram pagas a Membros do Órgão de Administração da Instituição remunerações pelas entidades que abaixo se indicam, com as quais a Instituição se encontra em relação de domínio ou de grupo: A Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL, pagou em senhas de presença ao Presidente do Conselho de Administração, as suas presenças nas reuniões do Conselho Geral e de Supervisão da Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL, cargo que desempenha em representação da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL. e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão; f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados como remuneração. g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de remuneração h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração. 5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS A remuneração do Membro não executivo do Órgão de Administração é fixada pela Assembleia Geral, nos termos da lei, dos Estatutos e do Art. 9º, nº 1, do Estatuto Remuneratório do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo, sem prejuízo das disposições transitórias contidas no referido Estatuto, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga em montante fixo mensal liquidado em catorze meses. Acresce à referida remuneração o direito ao reembolso de despesas de serviço desde que devidamente justificadas, nos mesmos termos em que tal é admitido à generalidade dos colaboradores da Instituição. 6. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e definida no

âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 54

7.3 Remunerações Pagas

Face ao teor da Política de Remuneração dos MOAF da CCAM de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL

para o exercício de 2017, não são aplicáveis e, portanto, inexistem:

- Pagamentos de parte da remuneração que tenham sido diferidos, ou montantes que ainda não

tenham sido pagos;

- Pagamentos de parte da remuneração que tenham sido diferidos, montantes da remuneração diferida

que sejam devidos, que tenham sido pagos ou que tenham sido reduzidos devido a ajustamentos

introduzidos em função do desempenho individual dos respetivos titulares;

- Pagamentos que tenham sido efetuados ou sejam devidos anualmente em virtude da cessação

antecipada de funções.

No decorrer do exercício de 2017, não exerceram funções quaisquer membros novos nos cargos dos

órgãos de administração ou fiscalização da CCAM de Trás-os-Montes e Alto Douro.

B) POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DE COLABORADORES

7.4. Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011

auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições dispostas no

ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo mensal fixo,

estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

2. Também se atribui uma ou duas horas de isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de

responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifiquem.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo de

avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um

prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de administração,

são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a generalidade dos

colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados finais da avaliação de

desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores.

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da avaliação

de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e

procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as que são

relativas às relações com clientes e investidores.

Pecuniária Outros

203.235,84 0,00 0,00 203.235,84105.000,00 105.000,00

55.940,36 55.940,36

42.295,48 42.295,48

3.300,00 0,00 0,00 3.300,000,00 0,00

1.500,00 1.500,001.800,00 1.800,00

10.000,00 0,00 0,00 10.000,0010.000,00 10.000,00

216.535,84 0,00 0,00 216.535,84

Variável

Conselho de Administração ( A)

- Manuel António Mota Ferreira ( Vogal )

- Alcino Pinto Santos Sanfins ( Presidente )

- Maria Assunção Pinto Rosinha Vogal) - Filipa Maria Monteiro Lopes Gomes( Vogal )

Total (A)+(B)+(C)

Total Remuneração

Conselho Fiscal ( B) - Tiago Gil Durães Oliveira ( Presidente )

Remuneração

Fixa

- Maximiano Pereira Correia ( Vogal)

Revisor Oficial de Contas ( C ) - Santos Carvalho & Associados, SROC.SA

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 55

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a longo

prazo.

7.A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo por base o

desempenho do ano transato.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor desta

não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa impedir que se

atinja qualquer um dos objetivos que o diferimento visaria prosseguir.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2017 os

colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes

remunerações:

7.5 Remunerações pagas

Face ao teor da Política de Remuneração da CCAM de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL para o

exercício de 2017, e do ocorrido durante esse exercício, não são aplicáveis ou inexistem:

- Remunerações diferidas que não tenham sido pagas;

- Remunerações diferidas devidas, pagas ou objeto de reduções resultantes de ajustamento

introduzido em função do desempenho individual dos titulares;

- Novas contratações efetuadas no ano a que a informação respeita;

- Pagamentos efetuados ou devidos anualmente em virtude de rescisão antecipada de contrato de

trabalho com Colaboradores;

Informação quantitativa agregada, discriminada por área de atividade (ou seja, montantes pagos à totalidade dos Colaboradores integrados numa determinada área de atividade e abrangidos pelos deveres do Aviso nº 10/2011):

Peso da Régua, 08 de Março de 2018

O Conselho de Administração

Alcino Pinto dos Santos Sanfins

Manuel António da Mota Ferreira

Maximiano Pereira Correia

Pecuniária Outros

81.107,79 0,00 0,00 81.107,7981.107,79 0,00 0,00 81.107,79

Funcionários Enquadrados Aviso 5/2008 BdP

Total Remuneração

Fixa

Dois Funcionários

Remuneração

Variável

Pecuniária Outros

81.107,79 0,00 0,00 271.186,9031.988,10 0,00 0,00 31.988,10

49.119,69 0,00 0,00 49.119,69

Total Remuneração

Auditoria Interna - um funcionário

Fixa

Área Funcional Enquadrada Aviso 5/2008 BdP

Compliance - um funcionário

Variável

Remuneração

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04 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, C.R.L.

BALANÇO INDIVIDUAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017, 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA) E 1 DE JANEIRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

31-dez-16

(Pro-forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

ACTIVO NotasActivo

Bruto

Provisões,

Imparidades e

amortizações

Activo

Líquido

Activo

Líquido

Activo

LíquidoPASSIVO E CAPITAL Notas 31-dez-17

31-dez-16

(Pro-forma)

1-jan-16

(Pro-forma)

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 4 1.746.586 1.746.586 1.613.427 1.552.008 Recursos de bancos centrais 18

Disponibilidades em outras instituições de crédito 5 2.456.326 2.456.326 786.473 3.098.137 Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados19

Activos financeiros detidos para negociação 6 - - Recursos de outras instituições de crédito 20 21.825.989 20.310.316 9.920.489

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 7 - - Recursos de clientes e outros empréstimos 21 245.205.244 238.195.669 215.811.516

Activos financeiros disponíveis para venda 8 902.927 (250.000) 652.927 273.652 272.901 Responsabilidades representadas por títulos 22

Aplicações em instituições de crédito 9 160.536.624 160.536.624 154.080.106 135.261.113 Provisões 23 682.297 728.946 442.119

Crédito a clientes 10 123.522.178 (8.729.671) 114.792.507 108.073.286 96.137.246 Passivos por impostos correntes 16 265.093 66.301

Investimentos detidos até à maturidade 11 - 2.656.215 Passivos por impostos diferidos 16 7.831 5.151 5.374

Activos não correntes detidos para venda 12 5.651.238 (503.107) 5.148.131 5.219.472 7.303.800 Instrumentos representativos de capital 24 88.830 88.830 88.925

Outros activos tangíveis 13 8.491.254 (4.116.370) 4.374.884 4.607.026 4.809.816 Outros passivos subordinados 25

Activos intangíveis 14 113.413 (29.864) 83.549 83.549 83.549 Outros passivos 26 1.660.179 1.519.147 1.517.186

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos15 5.315.926 5.315.926 5.316.081 5.316.081 Total do Passivo 269.735.462 260.848.058 227.851.909

Activos por impostos correntes 16 - 104.212

Activos por impostos diferidos 16 1.612.649 1.612.649 1.677.877 934.449 Capital 28 21.052.285 19.346.910 18.414.025

Outros activos 17 1.820.831 (664.624) 1.156.207 2.867.775 1.801.164 Prémios de emissão 28

Outros instrumentos de capital 29

Reservas de reavaliação 29 267.208 142.820 185.610

Outras reservas e resultados transitados 29 5.428.785 9.172.991 8.918.186

Lucro do exercício 1.392.576 (2.151.629) 1.200.534

Dividendos antecipados

Total dos Capitais Próprios 28.140.854 26.511.092 28.718.354

Total do Activo 312.169.952 (14.293.636) 297.876.316 287.359.150 256.570.264 Total do Passivo e dos Capitais Próprios 297.876.316 287.359.150 256.570.264

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira Alcino Pinto dos Santos Sanfins

Manuel António da Mota Ferreira

Maximiano Pereira Correia

31-dez-17

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 58

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS E DE OUTRO RENDIMENTO INTEGRAL INDIVIDUAL

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

Notas 31-dez-1731-dez-16

(Pro-forma )

Juros e rendimentos similares 30 4.567.193 4.965.358

Juros e encargos similares 31 (309.790) (541.674)

Margem financeira 4.257.403 4.423.683

Rendimentos de instrumentos de capital 32 3 13

Rendimentos de serviços e comissões 33 2.309.952 2.265.835

Encargos com serviços e comissões 34 (301.083) (280.871)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados35

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 36 709.443

Resultados de reavaliação cambial 37 5.997 9.749

Resultados de alienação de outros activos 38 (90.610) 39.839

Outros resultados de exploração 39 23.284 102.944

Produto bancário 6.914.388 6.561.191

Custos com pessoal 40 (2.669.438) (2.615.890)

Gastos gerais administrativos 41 (2.183.224) (2.159.714)

Amortizações do exercício 13/14 (174.774) (202.106)

Provisões líquidas de reposições e anulações 23 46.649 (338.600)

Imparidade do crédito líquida de reversões e recuperações 23 4.815 (3.314.772)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 23 2.068 6.598

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 23 (28.128) (511.240)

Resultado antes de impostos 1.912.356 (2.574.534)

Impostos

correntes 16 (444.041) (320.746)

diferidos 16 (75.739) 743.651

Resultado líquido do exercício 1.392.576 (2.151.629)

Outro rendimento integral do exercício depois de impostos

Reserva de justo valor 13.104 -

Pensões - regime transitório - (30.481)

Ganhos/(Perdas) actuariais do período 111.284 70.933

Aviso 5/2005 282

Outros movimentos - 2.916

Rendimento reconhecido directamente no capital próprio 124.670 43.368

Total do rendimento integral do período 1.517.246 (2.108.261)

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira Alcino Pinto dos Santos Sanfins

Manuel António da Mota Ferreira

Maximiano Pereira Correia

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 59

Notas 31-dez-17 31-dez-16

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Juros, comissões e outros proveitos equiparados recebidos 7.228.905 7.468.142

Juros, comissões e outros custos equiparados pagos (691.653) (1.048.807)

Pagamentos a empregados e fornecedores (4.950.009) (4.759.157)

Pagamentos e contribuições para fundos de pensões (111.284) (11.257)

(Pagamentos)/recebimentos de imposto sobre o rendimento (74.736) (491.259)

Outros (pagamentos)/recebimentos relativos à actividade operacional 945.418 113.092

Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 2.346.641 1.270.754

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:

Crédito a clientes (5.640.013) (15.164.800)

Activos financeiros disponíveis para venda (379.275) (751)

Aplicações em instituições de crédito (6.650.000) (19.150.000)

Investimentos detidos até à maturidade 2.644.083 (2.644.083)

Outros activos (163.855) 465.157

(10.189.060) (36.494.478)

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:

Recursos de outras instituições de crédito e bancos centrais 1.515.911 10.388.333

Recursos de clientes e outros empréstimos 7.090.118 22.611.909

Outros passivos 929.253 120.196

9.535.282 33.120.438

Caixa líquida das actividades operacionais 1.692.863 (2.103.286)

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Dividendos 3 13

Alienações (aquisições) de filiais e associadas, liquidas de alienações 155 -

Aquisições de activos tangiveis, intangiveis e propriedades de investimento, líquidas de alienações (12.020) (131.208)

Caixa líquida das actividades de investimento (11.862) (131.195)

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento (diminuição) de capital 134.510 (15.764)

Variação de Reservas (12.499) -

Caixa líquida das actividades de financiamento 122.011 (15.764)

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes 1.803.012 (2.250.246)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.399.900 4.650.145

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 4.202.912 2.399.900

A Caixa e seus equivalentes no fim do exercício integra:

10 Caixa e disponibilidades em bancos centrais 1.746.586 1.613.427

11 Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.456.326 786.473

## 4.202.912 2.399.900

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira Alcino Pinto dos Santos Sanfins

Manuel António da Mota Ferreira

Maximiano Pereira Correia

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 2016

(Montantes expressos em Euros)

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Prémios Reservas de Outras Resultados Resultado do Tota l dos

Capita l de emissão reaval ia ção reservas tra ns itados Tota l exercíci o Capi ta is Próprios

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 (NCA) 18.414.025 185.610 4.771.694 (40.378) 4.731.315 1.200.534 24.531.484

Impacto da adopçã o das NIC - Entra da em vigor do Avi so nº 5/2015 -Impa rida des do crédi to (NIC 39) 5.385.735 5.385.735 5.385.735Impostos Di feri dos Activos (NIC 12) (1.198.864) (1.198.864) (1.198.864)

Saldos em 1 de Janeiro de 2016 (Pro-forma) 18.414.025 - 185.610 4.771.694 4.146.492 8.918.186 1.200.534 28.718.355

Apl ica ção do resul tado do exercício de 2015: -Transferência para reservas e resultados trans i ta dos 248.472 40.378 288.850 (292.659) (3.809)Di s tribuição de resultados - (17.000) (17.000)(…) - -

Aumento de capita l 999.875 - (890.875) 109.000Reembolso de capita l (66.990) - (66.990)Variações na reserva de jus to va lor l íqui das de i mposto - -Resul tado l íquido do exercíci o de 2016 - (2.151.629) (2.151.629)Outras a l tera ções nos capita i s própri os (42.789) (6.480) (27.565) (34.045) (76.834)

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 (Pro-forma) 19.346.910 - 142.820 5.013.685 4.159.305 9.172.991 (2.151.629) 26.511.092

Apl ica ção do resul tado do exercício de 2016: - -Transferência para reservas e resultados trans i ta dos 415.100 27.565 442.665 (454.870) (12.205)Di s tribuição de resultados - (8.245) (8.245)(…) - -

Aumento de capita l 1.727.560 - (1.571.845) 155.715Reembolso de capita l (22.185) - (22.185)Variações na reserva de jus to va lor l íqui das de i mposto 13.104 - 13.104Resul tado l íquido do exercíci o de 2017 - 1.392.576 1.392.576Outras a l tera ções nos capita i s própri os 111.284 (4.186.870) (4.186.870) 4.186.588 111.002

Saldos em 31 de Dezembro de 2017 21.052.285 - 267.208 5.428.785 0 5.428.785 1.392.576 28.140.854

O CONTABILISTA CERTIFICADO O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Maria do Carmo da Silva Macedo Teixeira Alcino Pinto dos Santos Sanfins

Manuel António da Mota Ferreira

Maximiano Pereira Correia

Outras Reservas e resultados transitados

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 E 31 DE DEZEMBRO DE 2016 (PRO-FORMA)

(Montantes expressos em Euros)

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Taxa de

Valor Data de juro em

Número de nominalvencimento vigor em Data de Saldo em Saldo em

Descrição títulos Moeda unitário dos juros 31-12-2016 vencimento 31-12-2016 Emissões 31-12-2017

Empréstimo do FGCAM - Euro - - - - -

Empréstimo do FGCAM - Euro - - - - -

Empréstimo do FGCAM - Euro - - - - -

Empréstimo do FGCAM - Euro - - - - -

Instrum.represent.Capital

Com Natureza de Passivo 17 766 Euro 5 31-dez 0,50% a) 88.830 - 88.830

88.830 - - 88.830

N o ta: o s valo res devem co rrespo nder ao s sa ldo s e ao s mo vimento s nas co ntas 48

a) Vencimento Indeterminado.Trata-se de uma emissão de Capital Social Extraordiário que, de acordo com a ficha técnica, ultrapassado que seja o periodo mínimo de permanência ( 3 anos), pode ser reembolsado a qualquer momento a pedido do seu detentor.

Reembolsos

Ponto 24 instrumentos representativos de capital_31 de dezembro de 2017

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05 ANEXO AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 63

V. ANEXOS

5.1 ANEXOS AO BALANÇO E DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS 1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM de Trás-os-Montes e Alto Douro) é uma instituição de crédito constituída em 15 de Julho de 1983 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objeto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à atividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa é parte integrante do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2017, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua dos Camilos nº 249, em Peso da Régua e através de uma rede de dezassete balcões situados nos concelhos de Boticas, Chaves, Mesão Frio, Montalegre, Peso da Régua, Ribeira de Pena, Santa Marta de Penaguião, Vila Pouca de Aguiar e Vila Real. As demonstrações financeiras em 31 de dezembro de 2017 encontram-se pendentes de aprovação pelos correspondentes Órgãos Sociais. No entanto, o Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras virão a ser aprovadas sem alterações significativas. Os montantes são expressos em euros, exceto quando expressamente indicado. As notas cujos números não são indicados neste anexo, não têm aplicação por inexistência ou imaterialidade dos valores a reportar.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

O Aviso n.º 5/2015 do Banco de Portugal (BdP) vem definir que, a partir de 1 de janeiro de 2016, todas as instituições sob sua supervisão devem elaborar as demonstrações financeiras em base individual e em base consolidada de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIC), tal como adotadas, em cada momento, por Regulamento da União Europeia e respeitando a estrutura conceptual para a preparação e apresentação de demonstrações financeiras que enquadra aquelas normas. No entanto as Caixas de Crédito Agrícola Mútuo integradas no Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) solicitaram e obtiveram do BdP autorização para aplicação do regime transitório previsto no artigo 3º do referido Aviso, pelo que nestas entidades a adoção das NIC apenas ocorreu no dia 1 de janeiro de 2017. De notar que as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo Crédito Agrícola (GCA), o qual inclui o SICAM, já eram preparadas e apresentadas de acordo com as NIC, pelo que esta adoção em 2017 ocorreu apenas a nível das contas individuais das Caixas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 64

Até 31 de dezembro de 2016, inclusive, as demonstrações financeiras individuais da Caixa eram preparadas de acordo com as Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA) estabelecidas pelo Banco de Portugal no Aviso nº 1/2005 e na Instrução nº 9/2005, em virtude da competência que lhe foi atribuída pelo nº 1 do artigo 115 do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras. Na sequência desta alteração, a Caixa procedeu à reexpressão das suas demonstrações financeiras de 2016, conforme descrito na Nota 2.2. Comparabilidade da informação. As demonstrações financeiras para o período findo em 31 de dezembro de 2017 foram preparadas para efeitos de reconhecimento e mensuração em conformidade com as NIC aprovadas pela EU e em vigor nessa data. A Caixa adotou as NIC e interpretações de aplicação obrigatória para os períodos que se iniciaram em ou após 1 de janeiro de 2017, as quais foram aplicadas de forma consistente no período de reporte e na reexpressão dos números comparativos do período anterior (31 de dezembro de 2016). Foram preparadas com base no pressuposto da continuidade, conforme previsto na NIC 1 – Apresentação de demonstrações financeiras, e de acordo com o princípio do custo histórico, com exceção dos ativos e passivos registados ao justo valor e dos ativos financeiros detidos até à maturidade, os quais são registados ao custo amortizado. A preparação das demonstrações financeiras de acordo com as NIC requer que a Caixa efetue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afetam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de ativos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e em outros fatores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos ativos e passivos, cuja valorização não é evidente através de outras fontes. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impacto sobre as acuais estimativas e julgamentos. As questões que requerem maior índice de complexidade ou julgamento, ou para as quais os pressupostos e estimativas são considerados significativos são apresentadas na Nota 2.3. Principais políticas contabilísticas. As demonstrações financeiras encontram-se expressas em Euros e foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração do dia 21 de fevereiro de 2018

2.2. Alterações às políticas contabilísticas e comparabilidade da informação A entrada em vigor do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, impôs a necessidade de a Caixa

elaborar as suas demonstrações financeiras individuais, a partir de 1 de Janeiro de 2017, de acordo com as NIC, deixando assim de ser aplicadas as NCA.

Com a publicação do referido Aviso, foram revogados os Avisos nº 1/2005 e nº 3/95 do Banco de

Portugal, os quais regulamentavam a constituição de provisões por parte das instituições de crédito, com as seguintes finalidades: (i) risco específico de crédito, (ii) riscos gerais de crédito, (iii) encargos com pensões de reforma e sobrevivência, (iv) menos-valias de títulos e imobilizações financeiras, (v) menos-valias de outras aplicações e (vi) risco-país.

Neste sentido, o crédito concedido, as garantias prestadas e outras operações de natureza

análoga passaram a estar sujeitas ao registo de perdas por imparidades de acordo com os requisitos da NIC 39 – Instrumentos Financeiros: Reconhecimento e Mensuração, deixando de se aplicar o modelo de provisionamento previsto no Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

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De acordo com as NIC, a adopção do novo normativo contabilístico deve ser aplicada retrospectivamente, pelo que a Caixa ajustou as suas demonstrações financeiras de 2016 para efeitos comparativos.

Assim, as demonstrações financeiras de 2017 são em todos os aspectos materialmente relevantes

comparáveis com as demonstrações financeiras que se apresentam no presente documento referentes ao período anterior (ou seja, 2016).

O impacto desta reexpressão resultou num aumento dos capitais próprios da Caixa em 1 de janeiro de

2016 no montante de 4,2 milhões de euros e numa diminuição do resultado líquido do período de 12 meses findo em 31 de dezembro de 2016 no mesmo montante. Estes impactos são apresentados nos quadros seguintes:

a) Reconciliação entre o Balanço a 1 de Janeiro de 2016 preparado com base nas NCA e nas NIC

NIC Ajustamentos NCA

Crédito a clientes 96.137.246 5.047.864 91.089.382

Ativos por impostos diferidos 934.449 -1.198.864 2.133.313

Outros elementos do ativo 159.498.569 159.498.569

Total do Ativo 256.570.264 3.849.000 252.721.265

Provisões 442.119 -337.871 779.990

Outros elementos do passivo 227.409.790 227.409.790

Total Passivo 227.851.909 -337.871 228.189.780

Outras reservas e resultados transitados 8.918.186 4.186.870 4.731.316

Lucro do exercício 1.200.534 1.200.534

Outros elementos do capital próprio 18.599.635 18.599.635

Total Capital Próprio 28.718.355 4.186.870 24.531.484

Total do Passivo e Capital Próprio 256.570.264 3.849.000 252.721.265

b) Reconciliação entre o Balanço a 31 de Dezembro de 2016 preparado com base nas NCA e nas

NIC

NIC

Ajustamentos

NCA

Crédito a clientes 108.073.287 -157.575 108.230.862

Ativos por impostos diferidos 1.677.877 1.677.877

Outros elementos do ativo 177.607.986 177.607.986

Total do Ativo 287.359.150 -157.575 287.516.725

Provisões 728.945 -157.857 886.802

Outros elementos do passivo 260.119.113 260.119.113

Total Passivo 260.848.058 -157.857 261.005.915

Outras reservas e resultados transitados 9.172.991 4.186.870 4.986.121

Lucro do exercício -2.151.629 -4.186.588 2.034.959

Outros elementos do capital próprio 19.489.730 19.489.730

Total Capital Próprio 26.511.092 282 26.510.810

Total do Passivo e Capital Próprio 287.359.150 -157.575 287.516.725

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 66

c) Reconciliação entre a Demonstração dos Resultados a 31 de Dezembro de 2016 preparado com

base nas NCA e nas NIC

NIC Ajustamentos NCA

Margem financeira 4.423.683

4.423.683

Produto bancário 6.561.191

6.561.191

Provisões líquidas de reposições e anulações

-338.600

-180.014

-158.586

Imparidade e outros ativos financeiros líquida de reversões e recuperações

-3.314.772

-5.205.438

1.890.666

Outros proveitos / (custos) que concorrem para o resultado

-5.482.352

-5.482.352

Resultado antes de impostos -2.574.534

-5.385.452

2.810.919

Impostos

Correntes -320.746

-320.746

Diferidos 743.651

1.198.864

-455.213

Resultado líquido do exercício -2.151.629

-4.186.588

2.034.959

d) Reconciliação entre a Situação líquida da com base nas NCA e nas NIC a 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2016

Situação líquida

31-12-2016

Outras variações

2016

Resultado líquido 2016

Situação líquida

01-01-2016

Valor anteriormente reportado (NCA) 26.510.810 -55.633 2.034.959 24.531.484

Impacto de entrada em vigor do Aviso 5/2015 do BdP

Imparidade para crédito 282 - -5.385.453 5.385.735

Impostos diferidos - -1 1.198.865 -1.198.864

282 -1 -4.186.588 4.186.871

Saldos em NIC (reexpressos) 26.511.092 -55.634 -2.151.629 28.718.355

Adicionalmente, ocorreram em 2017 um conjunto de alterações às NIC, as quais apresentamos de seguida, que não tiveram impacto nas políticas contabilísticas ou nas demonstrações financeiras apresentadas a 31 de Dezembro de 2017.

Normas (novas e alterações) que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2017:Normas (novas e alterações) que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2017:Normas (novas e alterações) que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2017:Normas (novas e alterações) que se tornaram efetivas a 1 de janeiro de 2017:

IAS 7 (alteração),IAS 7 (alteração),IAS 7 (alteração),IAS 7 (alteração), ‘Demonstrações de Fluxos de Caixa’ – Revisão às divulgações. Esta alteração introduz uma

divulgação adicional sobre as variações dos passivos de financiamento, desagregados entre as transações

que deram origem a movimentos de caixa e as que não, e a forma como esta informação concilia com os

fluxos de caixa das atividades de financiamento da Demonstração do Fluxo de Caixa.

IAS 12 (alteração), IAS 12 (alteração), IAS 12 (alteração), IAS 12 (alteração), ‘Impostos sobre o rendimento’ – Reconhecimento de impostos diferidos ativos sobre

perdas potenciais. Esta alteração clarifica a forma de contabilizar impostos diferidos ativos relacionados com

ativos mensurados ao justo valor, como estimar os lucros tributáveis futuros quando existem diferenças

temporárias dedutíveis e como avaliar a recuperabilidade dos impostos diferidos ativos quando existem

restrições na lei fiscal.

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Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 –––– 2016201620162016, do conjunto de melhorias aprovadas apenas as relativas à norma seguinte são aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2017;

IFRSIFRSIFRSIFRS 12 (alteração)12 (alteração)12 (alteração)12 (alteração), ‘Divulgação de interesses noutras Entidades’ – clarifica que os requisitos de divulgação da IFRS 12, para além dos previstos nos parágrafos B10 a B16, são aplicáveis aos interesses de uma entidade em subsidiárias, joint ventures ou associadas (ou parte do seu interesse em joint ventures ou associadas) que sejam classificadas (ou que estejam incluídas num grupo para venda que esta classificado) como detidas para venda.

Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais Normas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais

que se iniciem eque se iniciem eque se iniciem eque se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018 (já endossadas):m ou após 1 de janeiro de 2018 (já endossadas):m ou após 1 de janeiro de 2018 (já endossadas):m ou após 1 de janeiro de 2018 (já endossadas):

IFRS 9 (nova), IFRS 9 (nova), IFRS 9 (nova), IFRS 9 (nova), ‘Instrumentos financeiros’. A IFRS 9 substitui os requisitos da IAS 39, relativamente: (i) à

classificação e mensuração dos ativos e passivos financeiros; (ii) ao reconhecimento de imparidade sobre

créditos a receber (através do modelo da perda esperada); e (iii) aos requisitos para o reconhecimento e

classificação da contabilidade de cobertura.

A aplicação da IFRS pode alterar a mensuração e a apresentação de instrumentos financeiros, dependendo dos respetivos cash-flows subjacentes e do modelo de negócio sob os quais os mesmos são detidos. A imparidade resultará, de uma forma geral, num reconhecimento antecipado de perdas por imparidade. O novo modelo de contabilidade de cobertura também poderá levar a que mais instrumentos possam ser contabilizados como de cobertura.

O Grupo Crédito Agrícola, onde se inclui a Caixa, definiu uma estrutura global de trabalho com o objetivo

de adaptar os seus processos internos aos normativos explanados na IFRS 9, de modo a que estes sejam,

simultaneamente, aplicáveis, uniformemente, a todas as CCAM do SICAM e sejam adaptáveis às

características individuais de cada uma.

Relativamente à estrutura de governance do projeto de implementação da IFRS 9, o Grupo criou um comité

com a responsabilidade de acompanhar o projeto, mas também de assegurar que estão envolvidos neste

projeto todas as áreas relevantes para o sucesso do mesmo.

O Grupo Crédito Agrícola encontra-se atualmente na fase de implementação dos modelos e requisitos

definidos, com o objetivo de assegurar a eficiente implementação dos normativos previstos na IFRS 9,

otimizando os recursos necessários para o desenvolvimento dos requisitos e modelos definidos.

Quando a fase de implementação estiver concluída, o Grupo irá testar os resultados obtidos pelos modelos

implementados através de diversas simulações, por forma a assegurar que a transição para o novo

normativo está de acordo com o estabelecido inicialmente. Esta última fase inclui um cálculo paralelo do

montante de imparidade de acordo com os requisitos previstos na IFRS 9, como complemento e base de

comparação às simulações internas que o Grupo desenvolveu ao longo do projeto de implementação da

IFRS 9.

A Caixa, enquanto parte integrante do Grupo Crédito Agrícola, encontra-se alinhada com o modelo,

calendário e objetivos do Grupo para o projeto de implementação da IFRS 9. À presente data, a CCAM está

a avaliar os efeitos e impactos da plena adoção dos normativos previstos na IFRS 9, pelo que os impactos

estimados desta avaliação serão comunicados assim que esteja disponível uma estimativa razoável dos

mesmos.

IFRS 15 (alteração)IFRS 15 (alteração)IFRS 15 (alteração)IFRS 15 (alteração), ‘Rédito de contratos com clientes’ – clarificação. Estas alterações referem-se às indicações adicionais a seguir para determinar as obrigações de desempenho de um contrato, ao momento do reconhecimento do rédito de uma licença de propriedade intelectual, à revisão dos indicadores para a classificação da relação principal versus agente, e aos novos regimes previstos para simplificar a transição.

IFRS 4 (alteração)IFRS 4 (alteração)IFRS 4 (alteração)IFRS 4 (alteração), ‘Contratos de seguro’ – aplicação da IFRS 4 com a IFRS 9. Esta alteração atribui às entidades que negoceiam contratos de seguro a opção de reconhecer em Outro rendimento integral, em vez de reconhecer na Demonstração dos resultados, a volatilidade que pode resultar da aplicação da IFRS 9 antes da nova norma sobre contratos de seguro ser publicada. Adicionalmente é dada uma isenção temporária à aplicação da IFRS 9 até 2021 às entidades cuja atividade predominante seja a de seguradora.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 68

Esta isenção é opcional e não se aplica às demonstrações financeiras consolidadas que incluam uma entidade seguradora.

IFRS 10 e IAS 28 (alteração)IFRS 10 e IAS 28 (alteração)IFRS 10 e IAS 28 (alteração)IFRS 10 e IAS 28 (alteração), – ‘Venda ou entrega de ativos por um investidor à sua associada ou empreendimento conjunto. Esta alteração procura resolver o conflito entre a IFRS 10 e a IAS 28 quando estamos perante a perda de controlo de uma subsidiária que é vendida ou transferida para associada ou empreendimento conjunto. Vem eliminar a diversidade de práticas existentes dando aos preparadores das demonstrações financeiras um conjunto de princípios aplicáveis a estas transações. No entanto continua a existir julgamento profissional na definição de um negócio.

IFRS Practice Statement 2 (alteração)IFRS Practice Statement 2 (alteração)IFRS Practice Statement 2 (alteração)IFRS Practice Statement 2 (alteração), ‘Efetuar julgamentos sobre a materialidade’. Esta norma contém orientações não obrigatórias para as empresas efetuarem julgamentos sobre a materialidade quando preparam as demonstrações financeiras, ajudando os leitores das demonstrações financeiras a entender como a entidade efetua os seus julgamentos sobre a materialidade quando prepara essas demonstrações financeiras.

Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2014 –––– 2016201620162016. Este ciclo de melhorias, que são aplicáveis aos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018, afeta os seguintes normativos: IFRS 1 e IAS 28.

IFRSIFRSIFRSIFRS 1, ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’1, ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’1, ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’1, ‘Adoção pela primeira vez das IFRS’, veio eliminar a isenção de curto prazo prevista para os adotantes pela primeira vez nos parágrafos E3-E7, porque já serviu o seu propósito (que estavam relacionados com isenções de algumas divulgações de instrumentos financeiros previstas na IFRS 7, isenções ao nível de benefícios de empregados e isenções ao nível das entidades de investimento).

IAS 28, ‘Investimentos em Associadas e Joint Ventures’IAS 28, ‘Investimentos em Associadas e Joint Ventures’IAS 28, ‘Investimentos em Associadas e Joint Ventures’IAS 28, ‘Investimentos em Associadas e Joint Ventures’, veio clarificar que a mensuração de participadas ao justo valor através de resultados é uma escolha que se faz investimento a investimento.

Normas (novas e alterações) e interpretaçõeNormas (novas e alterações) e interpretaçõeNormas (novas e alterações) e interpretaçõeNormas (novas e alterações) e interpretações publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais s publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais s publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais s publicadas, cuja aplicação é obrigatória para períodos anuais que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018 mas ainda não endossadas pela União Europeia, ou que que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018 mas ainda não endossadas pela União Europeia, ou que que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018 mas ainda não endossadas pela União Europeia, ou que que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018 mas ainda não endossadas pela União Europeia, ou que são de aplicação obrigatória em períodos posteriores, mas cuja aplicação antecipada é permitsão de aplicação obrigatória em períodos posteriores, mas cuja aplicação antecipada é permitsão de aplicação obrigatória em períodos posteriores, mas cuja aplicação antecipada é permitsão de aplicação obrigatória em períodos posteriores, mas cuja aplicação antecipada é permitida:ida:ida:ida:

IFRS 16 (nova)IFRS 16 (nova)IFRS 16 (nova)IFRS 16 (nova), ‘Locações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta nova norma substitui a IAS 17, com um impacto significativo na contabilização pelos locatários que são agora obrigados a reconhecer um passivo de locação refletindo futuros pagamentos da locação e um ativo de “direito de uso" para todos os contratos de locação, exceto certas locações de curto prazo e de ativos de baixo valor. A definição de um contrato locação também foi alterada, sendo baseada no "direito de controlar o uso de um ativo identificado".

IFRS 17 (nova)IFRS 17 (nova)IFRS 17 (nova)IFRS 17 (nova), ‘Contratos de seguros’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2021). Esta norma ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Aplica-se a todos os contratos de seguro (i.e., vida, não vida, seguros diretos e resseguros), independentemente do tipo de entidades que os emite, bem como a algumas garantias e a alguns instrumentos financeiros com características de participação discricionária.

IFIFIFIFRIC 22 (nova)RIC 22 (nova)RIC 22 (nova)RIC 22 (nova), ‘Operações em moeda estrangeira e adiantamento da consideração’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma interpretação à IAS 21 ‘Os efeitos de alterações em taxas de câmbio’ e refere-se à determinação da "data da transação" quando uma entidade paga ou recebe antecipadamente a contraprestação de contratos denominados em moeda estrangeira. A “data da transação” determina a taxa de câmbio a usar para converter as transações em moeda estrangeira.

IFRIC 23 (nova)IFRIC 23 (nova)IFRIC 23 (nova)IFRIC 23 (nova), ‘Incertezas quanto ao tratamento de impostos sobre o rendimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta interpretação ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Trata-se de uma clarificação da IAS 12 ‘Imposto sobre o rendimento’ e endereça a contabilização do imposto sobre o rendimento quando os tratamentos fiscais que envolvem incerteza.

IFRS 2 (altIFRS 2 (altIFRS 2 (altIFRS 2 (alteração)eração)eração)eração), ‘Pagamentos com base em ações’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Clarifica a base de mensuração para as transações de pagamentos baseados em ações liquidadas financeiramente (“cash-settled”) e a contabilização de modificações a um plano de pagamentos baseado em ações, que alteram a sua classificação de liquidado financeiramente (“cash-settled”) para liquidado com capital próprio

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(“equity-settled”). Para além disso, introduz uma exceção aos princípios da IFRS 2, que passa a exigir que um plano de pagamentos baseado em ações seja tratado como se fosse totalmente liquidado com capital próprio (“equity-settled”), quando o empregador seja obrigado a reter um montante de imposto ao funcionário e pagar essa quantia à autoridade fiscal.

IAS 40 (alteração)IAS 40 (alteração)IAS 40 (alteração)IAS 40 (alteração), ‘Propriedades de investimento’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2018). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Clarifica que os ativos só podem ser transferidos de e para a categoria de propriedades de investimentos quando exista evidência da alteração de uso. Apenas a alteração da intenção da gestão não é suficiente para efetuar a transferência.

IFRS 9 (alteração)IFRS 9 (alteração)IFRS 9 (alteração)IFRS 9 (alteração), ‘Instrumentos financeiros’ – Pagamentos antecipados com compensações negativas (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Clarifica que um ativo financeiro passa o critério SPPI, independentemente do evento ou das circunstâncias que causaram o término antecipado do contrato e independentemente de qual a parte que paga ou recebe uma compensação razoável pelo término antecipado do contrato.

IAS 28 (alteração)IAS 28 (alteração)IAS 28 (alteração)IAS 28 (alteração), ‘Interesses de longo prazo em Associadas ou Joint Ventures’ (a aplicar nos exercícios que se iniciem em ou após 1 de janeiro de 2019). Esta alteração ainda está sujeita ao processo de endosso pela União Europeia. Esta alteração vem clarificar que uma entidade deve aplicar a IFRS 9 para interesses de longo prazo em associadas ou joint ventures às quais o método da equivalência patrimonial não é aplicado, mas que em substância, sejam parte do investimento líquido nessa associada ou joint venture (interesses de longo prazo).

Melhorias anuais relativas ao ciclo 2015 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2015 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2015 Melhorias anuais relativas ao ciclo 2015 –––– 2017201720172017. Este ciclo de melhorias afeta os seguintes normativos: IFRS 3, IFRS 11, IAS 12 e IAS 23. 2.3. Principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

As perdas e ganhos, são registadas no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

b) Transações em moeda estrangeira

As contas da Caixa Agrícola são preparadas em Euros, sendo esta a sua moeda funcional, ou seja, a divisa utilizada no ambiente económico em que a Instituição opera.

As transações em moeda estrangeira são registadas com base nas taxas de câmbio indicativas na data da transação. Em cada data de balanço, os ativos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira são convertidos para euros com base na taxa de câmbio em vigor. Os ativos não monetários que sejam valorizados ao justo valor são convertidos com base na taxa de câmbio em vigor na data da última valorização. Os ativos não monetários registados pelo seu custo histórico permanecem registados ao câmbio original.

As diferenças de câmbio apuradas na conversão cambial são refletidas em resultados do exercício, com exceção das originadas por instrumentos financeiros não monetários, como ações, classificados como disponíveis para venda, que são registadas numa rubrica específica de capital próprio até à sua alienação.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 70

No quadro abaixo estão indicados os câmbios à data de balanço:

MoedaMoedaMoedaMoeda TTTTaxa de Câmbioaxa de Câmbioaxa de Câmbioaxa de Câmbio

BRL - Real do Brasil 3,97440

CAD - Dólar Canadiano 1,50416

CHF - Franco Suíço 1,17038

DKK - Coroa Dinamarquesa 7,44510

GBP - Libra Esterlina 0,88722

RUB - Rublo Russo 69,39390

USD – Dólar dos Estados Unidos 1,19970

ZAR – Rand da África do Sul 14,82330

JPY - Iene Japonês 135,04000

NOK – Coroa Norueguesa 9,84200

SCP – Libra Escocesa 0,88722

SEK – Coroa Sueca 9,84380

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (direta ou indireta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade, mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

A Caixa controla uma entidade quando está exposta a, ou tem direitos sobre, retornos variáveis do seu envolvimento com a entidade e tem a capacidade de afetar esses retornos, através do seu poder sobre a entidade.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao seu custo histórico deduzido de perdas por imparidade. A análises de perdas por imparidade ocorre quando estas participações financeiras registam deteriorações significativas ao nível da sua posição financeira, sendo registadas perdas por imparidade quando o valor recuperável estimado é inferior ao valor contabilístico registado.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (ativos não monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da data da transação, conforme previsto na NIC 21.

Os dividendos são registados nas respetivas contas de resultados quando o direito ao seu pagamento é estabelecido.

d) Crédito e outros valores a receber

O crédito a clientes abrange os créditos concedidos a clientes e outras operações de empréstimo tituladas (papel comercial) cuja intenção não é a de venda no curto prazo, os quais são registados na data em que os fundos são disponibilizados ao cliente.

O crédito a clientes é reconhecido inicialmente ao seu justo valor, acrescido dos custos de transação, e subsequentemente valorizado ao custo amortizado, com base na taxa de juro efetiva, sendo apresentado em balanço deduzido de perdas por imparidade.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objeto de relevação contabilística autónoma nas respetivas contas de resultados. Os proveitos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa de juro efetiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos ativos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa de juro efetiva.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 71

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros decorridos que sejam 180 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida.

O crédito a clientes é desreconhecido do balanço quando (i) os direitos contratuais da Caixa relativos aos respetivos fluxos financeiros se encontrem expirados, (ii) a Caixa transfira substancialmente todos os riscos e benefícios associados ao crédito, ou (iii) mesmo que a Caixa retenha uma parte dos riscos e benefícios associados aos créditos, o controlo sobre os mesmos tenha sido transferido.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Imparidade

A análise da imparidade do crédito a clientes, bem como das operações de garantias e compromissos assumidos, é realizada pelo GCA a nível central, sendo aplicado o mesmo modelo de imparidade a todas as Caixas integradas no SICAM.

Periodicamente, o GCA analisa o crédito a clientes e outros valores a receber para identificar evidências de imparidade. Considera-se que um ativo financeiro se encontra em imparidade, se e só se, existir evidência de que a ocorrência de um evento (ou eventos) tenha um impacto mensurável nos fluxos de caixa futuros esperados desse ativo ou grupo de ativos.

Para efeitos de apuramento de imparidade do crédito concedido, o GCA segmenta a sua carteira da seguinte forma:

� Crédito concedido a empresas;

� Crédito à habitação;

� Crédito ao consumo;

� Crédito concedido através de cartões de crédito a particulares;

� Outros créditos a particulares;

� Extrapatrimoniais.

Adicionalmente, foram incluídas as responsabilidades relativas a papel comercial, operações em moeda estrangeira e contratos de locação financeira.

De acordo com o modelo de imparidade em vigor no GCA, é analisada a existência de perdas por imparidade em termos individuais, através de uma análise casuística, e em termos coletivos. Quando um grupo de ativos financeiros é avaliado em conjunto, os fluxos de caixa futuros desse grupo são estimados tendo por base os fluxos contratuais dos ativos desse grupo e os dados históricos relativos a perdas em ativos com características de risco de crédito similares.

Sempre que se entende necessário, a informação histórica é atualizada com base nos dados correntes observáveis, para refletirem os efeitos das condições atuais.

Os critérios de seleção dos clientes alvo de análise individual foram os seguintes:

� Todos os clientes/ Grupo económico (GER) com responsabilidades superiores a 1.000.000 Euros;

� Clientes/ GER com crédito vencido (há mais de 90 dias) superior a 50.000 Euros

� Clientes/ GER com classificação igual ou superior a indícios e responsabilidades superiores a 500.000

Euros;

� Clientes/ GER com exposição da conta corrente ou descoberto superior a 500.000 Euros e igual ou

superior a 90% do limite contratado nos últimos 18 meses;

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 72

� Clientes/ GER com responsabilidades superiores a 500.000 Euros sem garantia real associada ou com

LTV (loan-To-Value) superior a 80%;

� Clientes/ GER com créditos reestruturados e com exposição de créditos reestruturados superior a

500.000 Euros.

A evidência de imparidade de um ativo ou grupo de ativos, definida pela Caixa está relacionada com a observação de diversos eventos denominados “eventos de perda”, entre os quais se destacam:

� Situações de incumprimento do contrato, nomeadamente atraso no pagamento do capital e/ou juros;

� Dificuldades financeiras significativas do devedor;

� Alteração significativa da situação patrimonial do devedor;

� Ocorrência de alterações adversas, nomeadamente:

� Das condições e/ou capacidade de pagamento

� Das condições económicas do sector no qual o devedor se insere, com impacto na capacidade de

cumprimento das suas obrigações.

As perdas por imparidade para os clientes que não revelam indícios de imparidade correspondem ao produto entre a probabilidade de indícios acumulada a 12 meses (PI), tendo por base o tempo de permanência em meses no estado de delinquência sem indícios de imparidade, e o máximo entre zero e a diferença entre o valor de balanço dos respetivos créditos à data de referência e o valor atualizado dos fluxos de caixas futuros estimados dessas operações. A PI corresponde à probabilidade de uma operação ou cliente entrar numa situação de indícios de imparidade durante um período de emergência. Este período equivale ao tempo que decorre entre a ocorrência de um evento originador de perdas e o momento em que a existência desse evento é percecionada pelos Serviços do GCA (Incurred But Not Reported). Para todos os segmentos da carteira, o GCA considerou um período de emergência de 12 meses, e a PI foi calculada por operação.

Se existir evidência de que qualquer entidade do GCA incorreu numa perda por imparidade em crédito e outros valores a receber, o montante da perda é determinado pela diferença entre o valor de balanço desses ativos e o valor atual dos seus fluxos de caixa futuros estimados, descontados à taxa de juro original do ativo ou ativos financeiros. O valor de balanço do ativo ou dos ativos é reduzido pelo saldo da conta de perdas por imparidade.

Para créditos com taxa de juro variável, a taxa de desconto utilizada para determinar qualquer perda por imparidade é a taxa de juro corrente, determinada pelo contracto. As perdas por imparidade são registadas por contrapartida de resultados.

Quando num período subsequente se registe uma diminuição do montante das perdas por imparidade atribuídas a um evento, o montante previamente reconhecido é revertido, sendo ajustada a conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

Anulações de capital e juros

Periodicamente, a Caixa abate ao ativo, por utilização da imparidade constituída, os créditos considerados incobráveis após análise específica dos órgãos de estrutura que têm a seu cargo o acompanhamento e recuperação dos créditos, tendo o respetivo abate que ser igualmente aprovado pelo Conselho de Administração.

Eventuais recuperações de créditos abatidos ao ativo são refletidas como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

De acordo com as políticas em vigor no GCA, os juros de créditos vencidos sem garantia real são anulados três meses após a data de vencimento da operação ou da primeira prestação em atraso. Os juros não registados, sobre os créditos acima referidos, apenas são reconhecidos no exercício em que venham a ser cobrados.

Os juros de créditos vencidos que se encontrem garantidos por hipoteca ou com outras garantias reais não são anulados. Não obstante, para os créditos com garantia real e hipotecária com prestações de capital vencidas e não pagas há mais de seis e doze meses, respetivamente, o cálculo e o registo de juros sobre o

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 73

capital vincendo é interrompido.

As recuperações de juros abatidos ao ativo são igualmente refletidos como rendimentos na demonstração de resultados do exercício em que ocorram.

e) Outros ativos e passivos financeiros

Os outros ativos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com a NIC 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

I.Ativos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os ativos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável transacionados em mercados ativos, adquiridos com o objetivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica ativos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os ativos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de rendimento fixo transacionados em mercados ativos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os ativos e passivos financeiros detidos para negociação e os ativos financeiros ao justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos ativos financeiros detidos para negociação e transacionados em mercados ativos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem a informações sobre preços de mercado.

II. Ativos financeiros disponíveis para venda

Os ativos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida, que não sejam classificados como de negociação, designados ao justo valor através de resultados, ativos detidos até à maturidade ou como empréstimos concedidos e contas a receber.

Os ativos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com exceção de instrumentos de capital não cotados num mercado ativo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são refletidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de ativos monetários são reconhecidas diretamente em resultados do período, enquanto os ganhos ou perdas cambiais dos instrumentos de capital próprio são reconhecidos diretamente em reservas.

Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

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Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

III.Investimentos detidos até à maturidade

Os investimentos detidos até à maturidade são ativos financeiros não derivados com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades fixadas, relativamente aos quais a Caixa tem a intenção positiva e a capacidade de deter até à maturidade.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição e as perdas por imparidade reconhecidas em resultados, quando identificadas. Os juros inerentes aos ativos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa de juro efetiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

IV.Empréstimos concedidos e contas a receber

Nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

Os valores aqui registados respeitam a ativos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado ativo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de ativos financeiros.

No reconhecimento inicial, estes ativos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efetiva, e acrescido de todos os custos incrementais diretamente atribuíveis à transação. Subsequentemente, estes ativos são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa de juro efetiva e sujeitos a testes de imparidade.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa de juro efetiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efetiva é utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do seu reconhecimento inicial.

V. Operações de venda com acordo de recompra

Considera-se acordo de recompra um acordo para transferir um ativo financeiro para uma outra parte em troca de dinheiro ou de outra retribuição e uma obrigação concorrente de adquirir o ativo financeiro numa data futura por uma quantia igual ao dinheiro, ou a outra retribuição trocada incluindo juros.

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação, em conta própria do passivo, sendo periodificados os respetivos juros, através do método da taxa de juro efetiva.

VI.Operações de compra com acordo de revenda

É considerada compra com acordo de revenda o acordo pelo qual uma instituição compra um ativo financeiro com o compromisso de revender esse ativo a um preço pré-determinado e numa determinada data fixada ou em data a fixar.

Os ativos financeiros adquiridos com acordo de revenda por um preço fixo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o custo de aquisição registado como empréstimos a outras instituições de crédito. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efetiva.

VII. Outros passivos financeiros

Um instrumento é classificado como passivo financeiro quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efetuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro ativo financeiro independentemente da sua forma legal.

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito, depósitos de clientes e

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 75

dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transação e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de abril, foi criado o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, para que o mesmo tivesse por objeto (i) garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar ações que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do SICAM.

Em 31/12/2017, a Caixa não possuía empréstimos subordinados concedidos pelo Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo.

VIII.Imparidade em ativos financeiros

A Caixa efetua análises periódicas de imparidade aos ativos financeiros e outros valores a receber, conforme referido acima.

Quando existe evidência de imparidade num ativo ou grupo de ativos financeiros, as perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados e fundos de investimento, considera-se que existe evidência objetiva de imparidade numa situação de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Considera-se desvalorização continuada ou de valor significativo, uma depreciação de valor por tempo superior a 12 meses ou de valor superior a 30%, respetivamente. Para títulos não cotados, é considerado evidência objetiva de imparidade a existência de eventos com impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do ativo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido diretamente na demonstração de resultados.

No caso de ativos financeiros disponíveis para venda, em caso de evidência objetiva de imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais-valias potenciais, originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade, são refletidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no seu justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

IX.Instrumentos financeiros derivados

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são refletidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respetivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respetivo justo valor. O justo valor é apurado:

� Com base em cotações obtidas em mercados ativos (por exemplo, no que respeita a futuros

transacionados em mercados organizados);

� Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no mercado, incluindo cash-flows

descontados e modelos de valorização de opções.

Os derivados são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de "Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados". As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas "Ativos financeiros detidos para negociação" e "Passivos financeiros ao justo valor através de resultados", respetivamente.

A Caixa não possui em balanço instrumentos financeiros derivados de cobertura.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 76

Os derivados que estão embutidos em outros instrumentos financeiros são tratados em separado do instrumento principal, sempre que: i) as suas características económicas e os seus riscos não se encontrem relacionados com as características económicas e riscos do instrumento principal; e ii) o instrumento principal não se encontre mensurado ao justo valor através de resultados. Tais derivados embutidos são desembutidos, e contabilizados ao justo valor, sendo as variações de justo valor reconhecidas em resultados.

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a NIC 39, incluindo:

� Derivados contratados para cobertura de risco em ativos ou passivos registados ao justo valor através de

resultados, tornando assim desnecessária a utilização de contabilidade de cobertura;

� Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas eficazes ao abrigo da NIC

39;

� Derivados contratados com o objetivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados de ativos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações positivas e negativas são registadas nas rubricas “Ativos financeiros ao justo valor através de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”, respetivamente.

g) Outros ativos tangíveis

Os ativos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua atividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos diretamente atribuíveis) deduzido das amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

A depreciação dos ativos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

DescriçãoDescriçãoDescriçãoDescrição Anos de vida útilAnos de vida útilAnos de vida útilAnos de vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Periodicamente e na eventual existência de indícios de imparidades, são efetuadas avaliações com vista a concluir sobre a recuperabilidade do valor de balanço dos imóveis.

h) Ativos intangíveis

A Caixa regista nesta rubrica as despesas da fase de desenvolvimento de projetos relativos a sistemas de informação implementados e em fase de implementação, bem como o custo de software adquirido, em qualquer dos casos quando o impacto esperado se reflete para além do exercício em que são realizados.

Os ativos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos ativos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Ativos não correntes detidos para venda

A Caixa regista em “Ativos não correntes detidos para venda” os imóveis, equipamentos e outros bens recebidos em dação para pagamento de operações de crédito vencido, quando estes se encontram

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 77

disponíveis para venda imediata na sua condição presente e existe a probabilidade de alienação dos mesmos no período de um ano, sendo registados pelo valor acordado no contrato de dação, o qual corresponde ao menor dos valores da dívida existente ou da avaliação do bem, na data da dação. Os imóveis são objeto de avaliações periódicas efetuadas por entidades independentes especializadas neste tipo de serviços (pelo menos de 3 em 3 anos), que dão lugar ao registo de perdas por imparidade sempre que o valor decorrente dessas avaliações (líquido de custos de venda) seja inferior ao valor por que se encontram contabilizados. Os ativos tangíveis são registados nesta rubrica a partir do momento da celebração do contrato promessa de dação ou da arrematação.

Encontram-se registados igualmente, nesta rubrica, os ativos executados judicialmente.

A Caixa não reconhece mais-valias potenciais nestes ativos.

j) Provisões, passivos e ativos contingentes

Provisões

São reconhecidas provisões quando se verificam cumulativamente as seguintes condições: (i) a Caixa tem uma obrigação presente, legal ou construtiva; (ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido; e (iii) quando a obrigação possa ser fiavelmente estimada.

A mensuração das provisões reflete a revisão anual, por parte da Caixa em cada data de reporte, da melhor estimativa do custo expectável e do resultado provável, considerando os riscos e incertezas inerentes ao processo.

A Caixa regista nesta rubrica do passivo as provisões constituídas para fazer face a Garantias e Compromissos Assumidos, riscos fiscais, processos judiciais e outros a riscos específicos decorrentes da atividade, de acordo com a NIC 37.

Passivos contingentes

Os passivos contingentes não são reconhecidos nas demonstrações financeiras, mas divulgados nos termos da IAS 37, sempre que a possibilidade de existir uma saída de recursos englobando benefícios económicos não seja remota.

Ativos contingentes

A Caixa não reconhece ativos contingentes, procedendo à sua divulgação quando for provável a existência de influxos económicos futuros de recursos.

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Coletivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário, pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades, a Caixa integra o Fundo de Pensões do GCA, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efetuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Coletivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida, SA.

De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 78

datas:

� Para as diuturnidades futuras e respetiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de

antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

� Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-se a data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões.

� Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito

Agrícola, admitiu-se o seguinte:

� Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço

passado e total;

� Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à data de admissão

reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço

passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efetivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida, SA para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

O Aviso nº 4/2005 do Banco de Portugal determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no ativo.

l) Prémios de antiguidade

Nos termos do ACTV, a Caixa assumiu o compromisso de atribuir aos colaboradores no ativo que completem quinze, vinte e cinco e trinta anos de bom e efetivo serviço, um prémio de antiguidade de valor igual a um, dois ou três meses da sua retribuição mensal efetiva (no ano da atribuição), respetivamente.

A Caixa determina o valor atual dos benefícios com prémios de antiguidade através de cálculos atuariais pelo método “Projected Unit Credit”. Os pressupostos atuariais (financeiros e demográficos) têm por base expectativas para o crescimento dos salários e baseiam-se em tábuas de mortalidade utilizadas para o apuramento das responsabilidades com pensões. A taxa de desconto é determinada com base em taxas de mercado de obrigações de empresas de rating elevado e prazo semelhante ao da liquidação das responsabilidades.

m) Reconhecimento de rendimentos de serviços e comissões

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos na execução de um ato significativo são reconhecidos em resultados quando o ato significativo tiver sido concluído;

Os rendimentos de serviços e comissões obtidos à medida que os serviços são prestados são reconhecidos em resultados no exercício a que se referem;

Os rendimentos de serviços e comissões que são uma parte integrante da taxa de juro efetiva de um instrumento financeiro são registados em resultados pelo método da taxa de juro efetiva.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 79

n) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias entre o valor de balanço dos ativos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto os impostos diferidos ativos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

� Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

� Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de ativos e passivos em transações que não

afetem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

� Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas filiais e associadas,

na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma

não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são refletidos nos resultados do exercício, exceto nos casos em que as transações que os originaram tenham sido refletidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de ativos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente refletido por contrapartida de capital próprio, não afetando o resultado do exercício.

o) Locação financeira

Os ativos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

p) Locação operacional

Os pagamentos efetuados à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

q) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inicial inferior a três meses a contar da data de aquisição/contratação e não sujeitas a riscos de flutuação de valor, onde se incluem a caixa e as disponibilidades em Bancos Centrais e outras instituições de crédito. A caixa e equivalentes de caixa excluem os depósitos de natureza obrigatória realizados juntos de Bancos Centrais.

3. PRINCIPAIS ESTIMATIVAS E INCERTEZAS ASSOCIADAS À APLICAÇÃO DAS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS

As estimativas e julgamentos com impacto nas demonstrações financeiras da Caixa são continuamente

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 80

avaliadas, representando à data de cada relato a melhor estimativa do Conselho de Administração, tendo em conta o desempenho histórico, a experiência acumulada e as expectativas sobre eventos futuros que, nas circunstâncias em causa, se acreditam serem razoáveis.

A natureza intrínseca das estimativas, pode levar a que o reflexo real das situações que haviam sido alvo de estimativa, possam, para efeitos de relato financeiro, vir a diferir dos montantes estimados.

A preparação das demonstrações financeiras requer a elaboração de estimativas e a adoção de pressupostos pela gestão, que podem afetar o valor dos ativos e passivos, réditos e custos, assim como de passivos contingentes divulgados.

O uso de estimativas e pressupostos, por parte da gestão, mais significativas são as seguintes:

Provisões e perdas por imparidade

A Caixa efetua uma revisão periódica da sua carteira de crédito de forma a avaliar a existência de imparidade.

O processo de avaliação da carteira de crédito de forma a determinar se uma perda por imparidade deve ser reconhecida é sujeito a diversas estimativas e julgamentos. Este processo inclui fatores como a frequência de incumprimento, notações de risco, o valor dos colaterais associados a cada operação, taxas de recuperação das perdas e as estimativas quer dos fluxos de caixa futuros quer do momento do seu recebimento.

A utilização de metodologias alternativas e de outros pressupostos e estimativas poderia resultar em níveis diferentes das perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados.

Justo valor dos instrumentos financeiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, sempre que disponíveis. No entanto, e na ausência de cotação, os instrumentos financeiros são valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização ou de acordo com metodologias de valorização considerando essencialmente inputs observáveis em mercado com impacto significativo na valorização do instrumento.

Investimentos detidos até à maturidade

A Caixa classifica alguns investimentos financeiros não derivados, com pagamentos fixados ou determináveis e maturidades definidas como investimentos detidos até à maturidade, de acordo com os requisitos da IAS 39.

Esta classificação requer um nível de julgamento significativo, no qual a CCAM avalia sua intenção e capacidade deter estes investimentos até à maturidade. No caso de a CCAM não cumprir o requisito de detenção até à maturidade, a um nível superior a não significativo e perto da sua maturidade, a norma exige a reclassificação de toda a carteira para Ativos financeiros disponíveis para venda, com a consequente mensuração ao justo valor e não ao custo amortizado. Estes ativos são sujeitos a testes de imparidade, de acordo com a análise e decisão da Caixa.

A utilização de metodologias e pressupostos diferentes dos usados nos cálculos efetuados poderia ter impactos diferentes em resultados.

Imparidade para investimentos em subsidiárias e associadas

A Caixa avalia anualmente com referência ao final do exercício o valor recuperável dos investimentos em subsidiárias e associadas, independentemente da existência de indicadores de imparidade. As perdas por imparidade são apuradas tendo por base a diferença ente o valor recuperável do investimento e o seu valor contabilístico, e a sua variação é registada em resultados do exercício.

Estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas e a utilização de metodologias, pressupostos ou decisões alternativas poderiam resultar num nível diferente de perdas por imparidade e do valor dos ativos.

Valorização dos Ativos não correntes detidos para venda

Os imóveis registados na carteira de ativos não correntes detidos para venda são sujeitos a avaliações imobiliárias periódicas, efetuadas por peritos independentes, de acordo com as circunstâncias em que cada imóvel se encontra e de forma consistente com a estratégia de alienação. A preparação destas avaliações

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 81

envolve a utilização de vários pressupostos. Diferentes pressupostos ou a sua alteração poderão afetar o valor reconhecido destes ativos.

Benefícios a empregados

As responsabilidades com complemento de pensões de reforma e sobrevivência são estimadas utilizando pressupostos atuariais e financeiros, nomeadamente no que se refere à mortalidade, crescimento dos salários e das pensões e taxas de juro de longo prazo. Neste sentido, estas estimativas são sujeitas a incertezas significativas.

Impostos sobre os lucros

Os impostos sobre os lucros (correntes e diferidos) são determinados pela Caixa com base nas regras definidas pelo enquadramento fiscal em vigor. No entanto, em algumas situações a legislação fiscal pode não ser suficientemente clara e objetiva e originar a existência de diferentes interpretações. Nestes casos, os valores registados resultam do melhor entendimento dos órgãos responsáveis da Caixa sobre o correto enquadramento das suas operações, o qual é no entanto suscetível de ser questionado por parte das Autoridades Fiscais.

Eventos subsequentes

Os eventos ocorridos após a data de encerramento de registos contabilísticos na posição financeira e que proporcionem informação sobre situações ocorridas após essa data, se significativas, são divulgadas no Anexo às demonstrações financeiras.

4. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Caixa:

Moedas nacionais 1.700.603 1.591.749

Moedas estrangeiras 45.983 21.678

1.746.586 1.613.427

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais Nacionais participantes. O valor das reservas mínimas a cumprir por cada instituição é determinado a partir da aplicação dos coeficientes de reservas à base de incidência, a qual resulta do somatório de um subconjunto de rubricas do passivo do seu balanço. Presentemente, o coeficiente é de 1% para as responsabilidades de prazo igual ou inferior a dois anos. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

Nos termos da Instrução nº 26/2011, a taxa contributiva de base para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo será fixada anualmente em Instrução do Banco de Portugal, tendo em atenção a situação financeira do Fundo, e até ao máximo de 0,25%.

Por outro lado, a taxa contributiva de cada instituição participante é calculada em função do seu rácio de solvabilidade observado no ano anterior, de acordo com os escalões determinado sem aviso.

Nestes termos, o Banco de Portugal, ouvida a Comissão Diretiva do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, estabelece, para efeitos de determinação da taxa contributiva de cada instituição participante, que a taxa contributiva de base para vigorar no ano de 2017 é fixada em 0,0017%.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 82

5. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:

Depósitos à ordem 882.342 332.251

Cheques a cobrar 1.573.907 454.128

Outras disponibilidades - -

2.456.249 786.378

Juros a Receber 77 94

2.456.326 786.473

8. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

OT's-Dívida pública portuguesa 378.423 -

Empréstimo subordinado-Obrigações CA Vida 272.227 272.227

Instrumentos de capital

Fundo Compensação Trabalho 2.278 1.425

Unidades de participação 250.000 250.000

Prov.imparidade-Unidades participação (250.000) (250.000)

652.927 273.652

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 83

Apresenta-se igualmente abaixo os movimentos do ano na reserva de justo valor em capitas próprios:

31-dez-16 31-dez-17

Reserva Aumentos Diminuições Outras Reserva

de JV de JV de JV variações de JV

Reservas de justo valor

Títulos emitidos por residentes

- Instrumentos de dívida - 13.104 - - 13.104

- 13.104 - - 13.104

Movimentos de 2017

Adicionalmente, existem imparidades registadas sobre títulos desta carteira no total de 250.000 euros. Sobre este assunto, remetemos para o detalhe apresentado na nota relativa a provisões e imparidades.

A divida pública é composta por obrigações do tesouro de rendimento variável com vencimentos em Maio de 2021 e Dezembro de 2022.

As Obrigações CA Vida revestem características de dívida perpétua com elevado grau de subordinação. Não é estabelecida data de vencimento para as Obrigações, as quais não poderão ser reembolsadas, no todo ou em parte, antes de decorridos cinco anos após a data de emissão e sem aprovação prévia da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões. A Taxa de Juro anual nominal durante o 1º período semestral de contagem de juros, será fixa, de 3% e nos semestres subsequentes corresponderá à taxa Euribor a doze meses que vigorar no último dia útil do período de contagem de juros anterior, acrescida de um spread de 3 pontos percentuais.

A Lei nº 70/2013, de 30 de Agosto estabeleceu o regime jurídico do Fundo de Compensação do Trabalho (FCT) e do Fundo de Garantia de Compensação do Trabalho (FGCT), aplicável às admissões de trabalhadores a partir de 1 de Outubro de 2013. Foi igualmente publicada a Portaria nº 294-A/2013, de 30 de Setembro, que regulamenta este regime.

O FCT e o FGCT são fundos autónomos destinados a assegurar aos trabalhadores o recebimento efetivo de metade do valor da compensação devida por cessação do contrato de trabalho. Tratam-se de fundos de adesão individual e obrigatória pelas entidades empregadoras.

As unidades de participação, referem-se à participação da CCAM no capital do “Matadouro Regional do Barroso e Alto Tâmega, SA “

O detalhe dos títulos incluídos nesta rubrica em 31 de Dezembro de 2017 é apresentado no Anexo I.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 84

9. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Aplicações em Instituições de Crédito no País:

Em outras instituições de crédito:

Depósitos 159.293.000 152.643.000

Aplicações subordinadas 1.000.000 1.000.000

160.293.000 153.643.000

Juros a Receber 243.624 437.106

160.536.624 154.080.106

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses - -Entre três meses e um ano 156.451.750 149.801.750Entre um ano e três anos - -Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos 3.841.250 3.841.250

160.293.000 153.643.000Juros a receber 243.624 437.106

160.536.624 154.080.106

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 85

10. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Crédito interno

Médio e longo prazos

Empréstimos à habitação regime geral 32.303.061 31.209.292 30.294.599

Empréstimos com garantia real 63.197.111 57.644.256 42.248.193

Empréstimos sem garantia real 76.820 73.737 76.716

Clientes 417.764 460.526 491.328

Curto prazo

Outros créditos

Cartão crédito 137.470 115.402 94.805

Outros créditos 5.314.193 5.281.457 4.796.052

Créditos em conta corrente 535.250 490.500 604.449

Clientes 3.056.163 6.710.456 10.525.675

Descobertos em depósitos à ordem 25.837 36.977 66.946

Outros residentes 4.961 34.512 -

105.068.630 102.057.115 89.198.763

Crédito ao exterior

Médio e longo prazo

Empréstimos 4.094.346 2.336.508 1.433.870

Curto prazo

Outros créditos

Descobertos dep.ordem - não residentes 507 557 -

Outros créditos a clientes 1.235.437 313.067 158.509

5.330.289 2.650.132 1.592.379

Outros Créditos e Valores a receber (Titulados) 3.523.529 3.500.000 2.258.300

Juros a receber 332.513 373.617 292.696

Comissões associadas ao custo amortizado:

Despesas com encargo diferido - -

Receitas com rendimento diferido (264.005) (339.702) (313.464)

(264.005) (339.702) (313.464)

Total crédito não vencido 113.990.956 108.241.162 93.028.674

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 9.531.222 8.948.795 10.599.367

Juros vencidos 98.993 92.739

Total crédito e juros vencidos 9.531.222 9.047.788 10.692.106

123.522.178 117.288.950 103.720.780

Imparidades e Provisões

Para crédito e juros vencidos (5.483.614) (7.359.301) (10.264.306)

Para crédito de cobrança duvidosa (3.246.058) (1.856.363) 2.680.772

(8.729.671) (9.215.664) (7.583.534)

114.792.507 108.073.286 96.137.246

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 86

Para fazer face aos riscos de recuperação da carteira de crédito concedido, a Caixa sujeita a mesma a análise no âmbito do modelo de imparidade do GCA, conforme se explicou em detalhe na nota 2.3 d) referentes às principais políticas contabilísticas seguidas pela Caixa. Note-se que, por força da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal e, consequente, revogação do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal, a Caixa passou a registar imparidades de acordo com a NIC 39 sobre a sua carteira de crédito, em vez de provisões para risco específico de crédito e risco geral de crédito, conforme sucedeu até 31 de Dezembro de 2016. Porém, os montantes apresentados nas colunas de 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 do quadro acima encontram-se ajustados de forma a reflectir a posição de Balanço naquelas datas em conformidade com as NIC. Os ajustamentos realizados em cada data encontram-se apresentados em maior detalhe na nota 2.2 referente à comparabilidade da informação.

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 2.561.641 2.517.660

Entre três meses e um ano 5.509.156 7.733.366

Entre um ano e cinco anos 22.752.288 18.504.395

Mais de cinco anos 92.699.092 88.541.177

123.522.178 117.296.598

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 87

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a composição de créditos a clientes por sectores de actividade é a seguinte:

11. INVESTIMENTOS DETIDOS ATÉ À MATURIDADE Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Titulos detidos até à maturidade:

Títulos cotados:

Títulos emitidos por residentes

Instrumentos de dívida

De dívida pública portuguesa - 2.644.083

Juros de investimentos detidos até à maturidade - 12.131

- 2.656.215

dez-17

5.058.552

5.371.129

2.445.417

2.404.168

11.611.136

4.115.032

825.174

7.530.156

31.048.356

1.556.937

453.458

72.419.514

Particulares

Habitação 37.919.756

Outros fins 13.042.356

50.962.112

Juros a receber 371.621

Comissões associadas ao custo amortizado -231.069

Total 123.522.178

Transporte e Armazenagem

Saúde e Apoio Social

Outros

Indústrias Transformadoras

Agricultura e Pescas

Actividades Imobiliárias

Empresas

Indústrias Extractivas

Construção

Comércio

Alojamento e Restauração

Água e Saneamento

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 88

12. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Activos não correntes detidos para venda:

Imóveis 5.649.581 5.722.926

Outros 1.658 1.658

5.651.238 5.724.583

Imparidade:

Imóveis (503.107) (505.111)

5.148.131 5.219.472

O movimento desta rubrica nos exercícios de 2017 e 2016 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes

detidos para venda

Imóveis 5.722.926 (505.111) 262.765 (336.110) - (3.239) 5.243 5.649.581 (503.107) 5.146.474

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros 1.658 - - - - - - 1.658 - 1.658

5.724.583 (505.111) 262.765 (336.110) - (3.239) 5.243 5.651.238 (503.107) 5.148.131

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor

bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes

detidos para venda

Imóveis 7.644.463 (340.663) 850.921 (2.772.459) 245.725 (410.173) - 5.722.925 (505.111) 5.217.814

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros 1.658 - - - - - - 1.658 - 1.658

7.646.121 (340.663) 850.921 (2.772.459) 245.725 (410.173) - 5.724.583 (505.111) 5.219.472

31-dez-16 31-dez-17

31-dez-15 31-dez-16

Nos termos da Instrução nº 4/2016, de 21 de Março, a Caixa tem efectuado pedidos de prorrogação do prazo de detenção e manutenção no seu património, de imóveis adquiridos em reembolso de crédito.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 89

13. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições do exercício do exercício Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 732.028 - - - - - - - 732.028 - - 732.028

Edif icios 3.360.519 (866.555) - - (67.331) - - - 3.360.519 (933.886) - 2.426.633

Outros 1.386.532 (351.432) - - (32.720) (75.489) 36.235 1.311.042 (347.917) - 963.125

Obras em imóveis arrendados 559.752 (358.990) (131.493) - (11.720) (30.132) - - 559.752 (370.709) (161.625) 27.418

Outros imóveis - - - - - - - - - - - -

6.038.831 (1.576.976) (131.493) - (111.771) (30.132) (75.489) 36.235 5.963.342 (1.652.512) (161.625) 4.149.204

Equipamento:

Mobiliário e material 515.049 (480.728) - (8.125) - - - 515.049 (488.853) - 26.196

Máquinas e ferramentas 165.969 (164.594) - 2.878 (3.482) - (14.844) 14.844 154.003 (153.232) - 771

Equipamento informático 278.957 (277.634) - (725) - (15.065) 15.065 263.892 (263.294) - 598

Instalações interiores 738.192 (590.484) - 3.800 (34.918) - - - 741.991 (625.401) - 116.590

Material de transporte 105.400 (68.400) - - - - - - 105.400 (68.400) - 37.000

Equipamento de segurança 457.039 (402.944) - 5.343 (15.235) - (1.126) 1.126 461.256 (417.052) - 44.204

Outro equipamento 298.986 (298.146) - (519) - (12.664) 12.664 286.322 (286.001) - 321

2.559.592 (2.282.929) - 12.020 (63.003) - (43.699) 43.699 2.527.913 (2.302.233) - 225.680

8.598.423 (3.859.905) (131.493) 12.020 (174.774) (30.132) (119.188) 79.934 8.491.254 (3.954.745) (161.625) 4.374.884

Valor Depreciações Depreciações Imparidade Valor Depreciações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições do exercício do exercício Valor bruto Depreciação bruto acumuladas Imparidade líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 732.028 - - - - - - - 732.028 - - 732.028

Edif icios 3.360.519 (799.223) - - (67.331) - - - - 3.360.519 (866.555) - 2.493.964

Outros 1.386.532 (318.712) - - (32.720) - (131.493) - - 1.386.532 (351.432) (131.493) 903.607

Obras em imóveis arrendados - - - - - - - -

Outros imóveis 501.507 (346.331) - 58.245 (12.659) - - - - 559.752 (358.990) - 200.763

5.980.585 (1.464.266) - 58.245 (112.710) (131.493) - - 6.038.831 (1.576.976) (131.493) 4.330.362

Equipamento:

Mobiliário e material 469.078 (451.716) - 46.341 (29.381) - - (370) 370 515.049 (480.728) - 34.322

Máquinas e ferramentas 164.913 (162.802) - 1.056 (1.792) - - - - 165.969 (164.594) - 1.375

Equipamento informático 277.881 (277.115) - 1.076 (519) - - - - 278.957 (277.634) - 1.323

Instalações interiores 734.509 (564.591) - 18.002 (39.813) - (14.320) 13.921 738.192 (590.484) - 147.708

Material de transporte 105.400 (68.400) - - - - - - 105.400 (68.400) - 37.000

Equipamento de segurança 450.552 (385.782) - 6.488 (17.162) - - - - 457.039 (402.944) - 54.096

Outro equipamento 313.165 (311.596) - - (729) - - (14.178) 14.178 298.986 (298.146) - 840

2.515.497 (2.222.001) - 72.962 (89.396) - (28.868) 28.469 2.559.592 (2.282.929) - 276.663

8.496.083 (3.686.267) - 131.208 (202.106) (131.493) (28.868) 28.469 8.598.423 (3.859.905) (131.493) 4.607.026

31-dez-15 31-dez-16

Alienações e abates

31-dez-16 31-dez-17

Alienações e abates

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 90

14. ACTIVOS INTANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

15. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-dez-17 31-dez-17 31-dez-16

Caixa Central Setor Financeiro Lisboa 1,7443 5.294.185 5.294.185CA Seguros Seguradora Lisboa 0,0001 25 25CA Informática Serviços Informáticos Damaia 0,3224 21.716 21.716Fenacam Sector Cooperativo Lisboa - - 155

5.315.926 5.316.081

Em 31 de Dezembro de 2017, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

Caixa Central 8.887.903.108 327.110.895 55.228.370CA Seguros 214.871.600 45.234.567 2.031.039CA Informática 16.195.104 7.559.474 327.939Fenacam 8.303.491 5.508.860 547.749

Nota: Dados em fase de auditoria, podendo ainda ser alterados

Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições

do exercício do exercício Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 4.356 (4.356) - - - - - (2.112) 2.112 2.243 (2.243) - -

Outros activos intangíveis 111.169 (27.621) - 83.549 - - - - - 111.169 (27.621) - 83.549

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - -

115.525 (31.976) - 83.549 - - - (2.112) 2.112 113.413 (29.864) - 83.549

Valor Amortização Valor Amortização Imparidade Valor Amortização Valor

Descrição bruto acumulada Imparidade líquido Aquisições

do exercício do exercício Valor bruto Amortização bruto acumulada Imparidade líquido

Sistema de tratamento automático de dados (softw are) 4.356 (4.356) - - - - - 4.356 (4.356) - -

Outros activos intangíveis 111.169 (27.621) - 83.549 - - - - - 111.169 (27.621) - 83.549

Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - - - - -

115.525 (31.976) - 83.549 - - - - - 115.525 (31.976) - 83.549

Alienações e abates

31-dez-16 31-12-2017

Alienações e abates

31-dez-15 31-12-2016

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 91

16. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016 eram os seguintes:

Em resultado da adopção das NIC em 2017, a Caixa apurou um impacto ao nível dos impostos diferidos, tal como apresentado no ponto 2.2 relativo à comparabilidade das demonstrações financeiras. Sobre este assunto remetemos para a mencionada nota deste anexo. A Caixa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas “IRC” à taxa de 21%, nos termos do artigo 87º do Código do Imposto sobre o Rendimentos das Pessoas Coletivas, de acordo com a redação da Lei n.º 82-B/2014, de 31 de dezembro. Os ativos e passivos por impostos diferidos foram calculados tendo por base a taxa de 22.22%, de acordo com as taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

31-dez-17 31-dez-16 01-jan-16

Activos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 1.612.649 1.677.877 934.449

Por prejuízos fiscais reportáveis - -

1.612.649 1.677.877 934.449

Passivos por impostos diferidos

Por diferenças temporárias 7.831 5.151 5.374

7.831 5.151 5.374

1.620.480 1.683.028 939.823

Activos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a recuperar - 104.212 -

- 104.212 -

Passivos por impostos correntes

Imposto sobre o rendimento a pagar 265.093 - 66.301

265.093 - 66.301

265.093 104.212 66.301

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 92

O detalhe e o movimento ocorrido nos impostos diferidos durante os exercícios de 2017 e 2016 foi o seguinte:

31-dez-16 31-dez-17

Saldo inicialVariação

em

Variação em

cap. própriosSaldo final

. Activos tangíveis e imparidade - 11.900 11.900

. Activos intangíveis - -

. Provisões e imparidades não dedutíveis: - -

- Imparidade em créditos clientes 1.453.381 (64.424) 1.388.957

- Imparidade em garantias e compromissos

assumidos162.263 (10.657) 151.606

. Pensões - -

- Prémio de antiguidade 62.233 (2.047) 60.186

- Encargos com saúde -

- 2.912 2.912

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente 5.151 (232) 4.919

Totais 1.683.028 (65.228) 2.680 1.620.480

Descritivo

. Valorização ao justo valor por reservas de activos

financeiros disponíveis para venda

31-dez-15 01-jan-16 31-dez-16

Saldo finalAdopção

IAS/IFRS *Saldo inicial

Variação

em

Variação

em cap. Saldo final

. Activos tangíveis e imparidade - -

. Activos intangíveis - -

. Provisões e imparidades não dedutíveis: - -

- Imparidade em créditos clientes 2.006.779 (1.271.650) 735.129 (480.612) 1.198.864 1.453.381

- Imparidade em garantias e compromissos

assumidos65.701 72.786 138.487 23.776 162.263

. Pensões - -

- Prémio de antiguidade 59.504 59.504 2.729 62.233

- Encargos com saúde 1.329 1.329 (1.329) -

- -

. Reavaliação de imobilizado não aceite fiscalmente 5.374 5.374 (223) 5.151

Totais 2.138.687 (1.198.864) 939.823 (455.659) 1.198.864 1.683.028

* O impacto da adoção das IAS/IFRS foi reconhecido em "Outras reservas"

Descritivo

. Valorização ao justo valor por reservas de activos

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 93

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte da Autoridade Tributária e Aduaneira, regra geral, durante um período de 4 anos. Deste modo, os exercícios de 2014 a 2017 encontram-se ainda abertos para inspecção, podendo ser alvo de liquidações adicionais por parte daquela entidade. Contudo, entende a Administração da Caixa que não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2017.

31-dez-17 31-dez-16

Impostos correntes

Impostos sobre os lucros do exercício 444.041 320.746

Correcções de impostos de exercícios anteriores - -

444.041 320.746

Impostos diferidos

Registo e reversão de diferenças temporárias 75.739 (743.651)

Prejuízos fiscais reportáveis

75.739 (743.651)

Total de impostos reconhecidos em resultados 519.780 (422.905)

Resultado antes de impostos 1.912.356 (2.574.534)

Carga fiscal 27,18% 16,43%

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 94

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto a 31 de Dezembro de 2017 e 2016 pode ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa de

imposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos 1.912.356 (2.574.534)

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 21,00% 401.595 21,00% (540.652)

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidos

Imparidades não dedutíveis -3,57% (68.215) (43,93%) 1.130.945

Provisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais 0,00% - 16,74% (430.976)

Activos tangíveis e intangíveis 0,59% 11.246 0,00% -

40% do aumento das depreciações dos activos fixos tangíveis de reav. fiscal 0,01% 210 (0,01%) 210

Diferenças permanentes

Variações patrimoniais positivas 0,00% - 0,00% -

Variações patrimoniais negativas (0,14%) (2.625) 0,08% (2.180)

Correcções relativas a períodos de tributação anteriores 0,27% 5.093 0,00% -

Gastos de benefícios de cessação de emprego, benefícios de reforma (0,03%) (575) (0,05%) 1.321

Gastos não documentados 0,32% 6.094 (0,27%) 7.002

Multas, coimas, juros comp. e demais encargos pela prática de infracções 0,00% 8 (0,00%) 61

Encargos com o aluguer de viaturas 0,06% 1.069 (0,04%) 1.069

Contribuições sobre o Setor Bancário 0,49% 9.409 (0,22%) 5.787

Realizações de utilidade social não dedutíveis (artº43º) 0,20% 3.789 (0,01%) 285

Donativos não previstos ou além dos limites legais 0,86% 16.421 (1,00%) 25.795

Beneficios Fiscais (0,25%) (4.745) (6.984)

IAS 19 - Anexo ao doc.explicativo 0,00% - (12.572)

Derrama estadual (artº87º-A) 0,48% 9.111 0,00% -

Derrama 1,15% 22.061 (0,42%) 10.743

Tributações autónomas 1,66% 31.775 (1,28%) 33.040

Imposto corrente sobre o lucro do exercício 441.722 222.893

Restituição de impostos não ded. e excesso da estimativa para impostos 0,12% 2.319 (3,80%) 97.853

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 3,96% 75.739 28,88% (743.651)

Custo com imposto do exercício 27,18% 519.780 15,67% (422.905)

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores 0,00% - 0,00% -

Impostos correntes sobre os lucros 27,18% 519.780 16,43% (422.905)

31-dez-17 31-dez-16

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 95

17. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros activos

Outros metais preciosos 2.573 2.573

Despesas a debitar a clientes 19.168 7.648

Outros devedores diversos 992.177 1.023.054

(…) 1.435 2.070

1.015.352 1.035.345

Despesas com encargo diferido

Fundo de Pensões 62.085 -

Seguros 20.945 15.074

CA Informática 9.217 5.369

92.248 20.444

Valores a regularizar

Outras 713.230 2.014.774

713.230 2.014.774

Imparidade – Outros activos

Outros devedores diversos (664.624) (202.788)

(664.624) (202.788)

1.156.207 2.867.775

20. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Recursos de instituições de crédito no país

Depósitos 21.823.796 * 20.272.256

Outros recursos - 35.630

21.823.796 20.307.885

Juros a pagar 2.193 2.430

21.825.989 20.310.316

*Esta rubrica, inclui o montante de 21.815.181,39 de DP-Depósito TLTRO_CCCAM

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 96

21. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Depósitos

À ordem 91.385.306 86.751.273

A prazo 92.732.496 101.480.035

De poupança 60.966.843 49.775.199

Outros recursos de clientes 1.338 1.038

Cheques e ordens a pagar 21.930 10.249

Juros a pagar 97.332 177.875

245.205.244 238.195.669

Em 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-dez-17 31-dez-16

Até três meses 149.830.843 160.484.067

Entre três meses e um ano 91.255.181 75.090.939

Entre um ano e três anos 2.297.937 1.392.388

Entre três e cinco anos 175.469 234.434

Mais de cinco anos 1.645.814 993.841

245.205.244 238.195.669

23. PROVISÕES E IMPARIDADES O movimento ocorrido nas provisões e imparidades da Caixa durante os exercícios de 2017 e 2016 foi

o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em

31-dez-16 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-dez-17

Imparidade p/crédito a clientes e aplicações

em instituições de crédito 8.751.760 3.915.301 (3.920.116) (17.274) - 8.729.671

Imparidade em AFDV

- Outros títulos 250.000 - - - - 250.000

Imparidade em AFT e AI 131.493 53.554 (23.422) - - 161.625

Imparidade em ANCDV 505.111 3.239 (5.243) - - 503.107

Imparidade em outros activos 666.692 - (2.068) - - 664.624

Imparidade p/garantias e compr. assumidos 728.946 284.553 (331.202) - - 682.297

11.034.002 4.256.647 (4.282.052) (17.274) - 10.991.324

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 97

No que respeita à imparidade do crédito, conforme explicado em detalhe na nota 2.2, em resultado da publicação do Aviso nº 5/2015 do Banco de Portugal, a Caixa adoptou com efeitos a 1 de Janeiro de 2017 as NIC, passando a calcular e contabilizar imparidades nos termos da NIC 39, contrariamente ao que sucedia até 31 de Dezembro de 2016, data até à qual vigorou um modelo de provisionamento do crédito nos termos do Aviso nº 3/95 do Banco de Portugal.

Os impactos contabilísticos resultantes da adopção do novo normativo contabilístico encontram-se devidamente apresentados e explicados na nota 2.2 relativa à comparabilidade da informação.

24. INSTRUMENTOS REPRESENTATIVOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Instrumentos representativos de capital com natureza de passivo:

Outros instrumentos

Emitidos 88.830 88.830

88.830 88.830

26. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Credores e outros recursos

Recursos Diversos 256.739 255.394

Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 86.484 76.894

Contribuições para a Segurança Social 47.007 46.454

Imposto sobre o Valor Acrescentado - -

Cobranças por conta de terceiros 4.105 3.821

Contribuições para outros sistemas de saúde 9.689 10.003

Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de Pensões - 31.158

Outros credores 341.766 341.947

Encargos a pagar

Por gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 316.495 313.590

Prémio de antiguidade 270.864 273.604

Receitas com rendimento diferido

Comissões sobre garantias prestadas 9.026 7.069

Outras 21.540 4.247

Valores a regularizar

Outras operações a regularizar 296.463 154.966

1.660.179 1.519.147

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 98

27. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-dez-17 31-dez-16

Garantias prestadas e outros passivos eventuais

Garantias e avales prestados 2.902.466 2.746.866

Compromissos perante terceiros - -

Por linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 9.540.892 6.298.391

Compromissos revogáveis 3.020.809 2.787.264

Por subscrição de títulos 1.976.471 2.000.000

Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores - -

Responsabilidades por prestação de serviços

Depósito e guarda de valores 200.496 133.717

Valores recebidos para cobrança 107.546 106.990

Valores administrados pela instituição - -

Outras - -

17.748.680 14.073.228

28. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO

O capital da Caixa é variável, sendo dividido e representado por títulos de capital nominativos com um valor unitário de 5 euros.

Valor N º de Valor N º de ValorNominal Titulos Titulos % Titulos Titulos %

Titulos de Capital:Títulos próprios 5 3.622.196 18.110.980 86,03% 3.307.827 16.539.135 85,49%Títulos dos Associados 5 588.261 2.941.305 13,97% 561.555 2.807.775 14,51%

4.210.457 21.052.285 100,00% 3.869.382 19.346.910 100,00%

31-dez-17 31-dez-16

Nos termos do Decreto-Lei nº 142/2009, de 16 de Junho (Regime Jurídico do Credito Agrícola Mutuo e das Cooperativas de Credito Agrícola Mutuo), o capital da Caixa só pode ser reduzido por amortização dos títulos de capital nos casos de redução da participação do Associado, exoneração do Associado, exclusão do Associado ou falecimento de um Associado desde que os seus sucessores não queiram ou não possam associar-se. A redução da participação do Associado só e permitida ate ao limite mínimo estabelecido nos estatutos ou deliberado em Assembleia-geral.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 99

A exoneração do Associado ou a redução da sua participação só se tornam eficazes no termo do exercício, dependendo da verificação das condições: (i) o pedido ter sido apresentado por escrito, até 31 de outubro de cada ano; (ii) terem decorrido pelo menos três anos desde a realização dos títulos de capital; (iii) o reembolso não implicar a redução do capital social para valor inferior ao capital mínimo previsto nos estatutos nem implicar o incumprimento ou o agravamento de incumprimento de quaisquer relações ou limites prudenciais fixados por lei ou pelo Banco de Portugal em relação à Caixa Agrícola. Os títulos de capital são reembolsados pelo seu valor nominal

29. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO

EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2017, 1 de Janeiro e 31 de Dezembro de 2016, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16 1-jan-16

Reservas de reavaliação:

Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para venda 13.104 - -

Reservas de reavaliação do imobilizado 71.887 71.887 74.808

Fundo de Pensões - Ganhos e perdas actuariais 182.217 70.933 110.802

267.208 142.820 185.610

Outros instrumentos de capital

Reserva legal 5.261.571 4.854.571 4.614.371

Outras reservas 167.214 159.114 157.323

Resultados transitados - 4.159.305 4.146.492

5.428.785 9.172.991 8.918.186

Lucro do exercício 1.392.576 (2.151.629) 1.200.534

7.088.568 7.164.182 10.304.330

Em conformidade com o disposto no Artigo 97.º do Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de setembro e no Artigo 44.º do Decreto-Lei n.º 142/2009, de 16 de junho, uma fração não inferior a 20% dos lucros líquidos apurados em cada exercício pelas Caixas de Crédito Agrícola deve ser destinada à formação de uma reserva legal, até um limite igual ao valor do capital social. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital. Em 2017 foi ainda registado em outras reservas o impacto da adopção das NIC. O detalhe deste impacto encontra-se apresentado na nota 2.2 relativa à comparabilidade das demonstrações financeiras.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 100

30. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2017 31-12-2016

Juros de disponibilidades em outras instituições de crédito

Disponibilidades sobre instituições de crédito no país 618 3.902

Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 897.683 1.377.532

Juros de crédito a clientes

Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito interno_Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 919 3.067

Empréstimos 1.427.850 1.427.224

Créditos em conta corrente 156.291 181.586

Descobertos em depósitos à ordem 32.421 24.405

Operações de locação financeira

Imobiliária 4.460 5.832

Outros créditos 785 259

Particulares

Habitação_Outros créditos 465.423 467.554

Consumo_Outros créditos 333.396 362.133

Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 4.764 6.830

Empréstimos 479.011 546.470

Créditos em conta corrente 33.722 47.211

Descobertos em depósitos à ordem 24.462 30.012

Operações de locação financeira 2.671 2.134

Crédito externo_Particulares

Habitação_Outros créditos 67.655 44.635

Consumo_Outros créditos 19.564 6.457

Outras finalidades

Empréstimos 2.467 1.659

Descobertos em depósitos à ordem 105 95

Outros créditos e valores a receber (titulados)

Emitidos por residentes 94.054 75.047

Juros de crédito vencido 371.345 322.601

Juros e rendimentos similares de outros activos financeiros

Juros de activos financeiros detidos para negociação 18 -

Juros de activos financeiros disponíveis para venda 8.585 8.296

Juros de investimentos detidos até à maturidade 136.422 20.419

Outros juros e rendimentos similares 2.503 -

4.567.193 4.965.358

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 101

31. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Juros de recursos de outras instituições de crédito

no país 41.313 37.419

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 266.999 502.539

Outros juros e encargos similares 1.478 1.717

309.790 541.674

32. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 3 13

3 13

33. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por garantias prestadas

Garantias e avales 73.047 75.481

73.047 75.481

Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveis

Linhas de crédito irrevogáveis 110.486 111.901

Outros compromissos irrevogáveis 990 -

111.476 111.901

Por serviços prestados

Cobrança de valores 6.068 6.995

Transferência de valores 35.123 32.763

Gestão de cartões 450 230

Anuidades 144.978 122.764

Montagem de operações 10.943 -

Operações de crédito

Outras operações de crédito 360.675 352.001

Outros serviços prestados 956.263 935.965

1.514.500 1.450.718

Outras comissões recebidas 610.929 627.735

2.309.952 2.265.835

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 102

34. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 7.750 2.272

Operações de crédito 1.191 773

Cobrança de valores 3.485 3.993

Outros 270.850 260.224

Outras comissões pagas 17.808 13.609

301.083 280.871

36. RESULTADOS DE ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Títulos

Emitidos por residentes

Instrumentos de dívida 709.443 -

709.443 -

37. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Operações cambiais à vista 5.997 9.749Operações cambiais a prazo - -

5.997 9.749

38. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Resultados em activos não financeiros

Activos não correntes detidos para venda 90.610 (39.839)

90.610 (39.839)

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 103

39. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Outros rendimentos de exploração

Reembolso de despesas 6.206 8.529

Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 123.794 31.811

Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 89.846 160.958

Rendimentos da prestação de serviços diversos 81.896 97.607

Outros 100.865 149.302

402.606 448.206

Outros encargos de exploração

Quotizações e donativos 86.220 130.881

Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo 25.820 21.530

Outras perdas realizadas - Outros activos tangíveis 39.255 399

Outros encargos e gastos operacionais 166.315 150.589

Outros Impostos 61.714 41.863

379.322 345.262

23.284 102.944

40. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Salários e vencimentos

Órgãos de Gestão e Fiscalização 208.490 205.018

Empregados 1.888.866 1.851.806

Encargos sociais obrigatórios

Fundos de Pensões 18.041 11.257

Encargos relativos a remunerações:

Segurança Social 431.205 425.080

SAMS 104.258 103.647

Outros encargos sociais obrigatórios:

Outros 14.889 14.976

Outros custos com pessoal:

Outros 3.689 4.105

2.669.438 2.615.890

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 104

O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2017 e 2016 apresenta a seguinte composição:

2017 2016Funções de Administração 3 3 Funções de Chefias Intermédias 7 7 Funções Técnicas 9 9 Funcões Administrativas 4 4 Funções Auxiliares 6 6 Funções Comerciais 40 40

69 69

41. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-dez-17 31-dez-16

Com fornecimentos:

Água energia e combustíveis 119.399 129.236

Material de consumo corrente 14.752 19.893

Publicações 510 468

Material de higiene e limpeza 5.192 4.382

Outros fornecimentos de terceiros 130.239 166.505

270.092 320.483

Com serviços:

Rendas e alugueres 147.736 154.334

Comunicações 206.428 205.966

Deslocações, estadas e representação 64.253 72.504

Publicidade e edição de publicações 190.612 169.886

Conservação e reparação 41.707 66.725

Transportes 70.612 77.631

Seguros 48.095 56.649

Serviços especializados:

Avenças e honorários 43.115 44.995

Judiciais contencioso e notariado 6.206 7.751

Informática 663.779 641.147

Segurança e vigilância 23.617 20.552

Limpeza 20.841 22.427

Informações 1.905 1.693

Bancos de dados 6.655 6.501

Outros serviços especializados:

Consultores e auditores externos 56.540 15.797

Avaliadores externos 31.244 35.609

Sibs 125.093 121.086

Outros serviços de terceiros 164.693 117.979

1.913.132 1.839.231

2.183.224 2.159.714

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 105

42. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 17), a Caixa consolida com as Caixas de Crédito

Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. No quadro abaixo apresentamos os saldos e transacções, bem como as responsabilidades extrapatrimoniais, entre a Caixa e entidades relacionadas, com referência a 31 de Dezembro de 2017 e ao período comparativo de 31 de Dezembro de 2016.

Coligadas Caixa Central Total Coligadas Caixa Central Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito 332.251 550.168 882.419 332.345 - 332.345

Activos financeiros disponíveis para venda 2.278 272.227 274.504 1.425 272.227 273.652

Aplicações em instituições de crédito - 160.536.624 160.536.624 - 154.080.106 154.080.106

Crédito a clientes - - - - - -Investimentos - Participações 21.741 5.294.185 5.315.926 5.294.185 21.896 5.316.081Outros activos 363.228 23.305 386.533 356.757 7.458 364.215

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - 21.824.611 21.824.611 - 20.308.613 20.308.613

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - -

Outros passivos 27.635 23.532 51.167 29.723 6.670 36.393

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - -

Compromissos perante terceiros - 107.546 107.546 - 106.990 106.990

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - -

Coligadas Caixa Central Total Coligadas Caixa Central Total

Custos:

Juros e encargos similares - 41.313 41.313 - 37.419 37.419

Encargos com serviços e comissões - 146.089 146.089 - 145.270 145.270

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - -

Gastos gerais administrativos 1.017.498 14.201 1.031.699 1.051.057 18.255 1.069.312

Proveitos:

Juros e rendimentos similares 8.273 898.301 906.574 8.296 1.381.434 1.389.730

Rendimentos de instrumentos de capital 3 - 3 13 - 13

Rendimentos de serviços e comissões 476.870 79.991 556.861 486.437 63.090 549.527

Outros resultados de exploração 25.820 - 25.820 22.734 - 22.734

31-dez-17 31-dez-16

31-dez-17 31-dez-16

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respectivas datas.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 106

43. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no activo e a reformados e pensionistas, foram efectuados estudos actuariais pela Companhia Crédito Agrícola Vida, S.A. Em resultado das alterações introduzidas à NIC 19 – Benefícios aos Empregados (passando a designar-se NIC 19R), as quais entraram em vigor a 1 de Janeiro de 2013, as remensurações, anteriormente denominadas desvios actuariais, passaram a ser reconhecidas em capitais próprios, como “outro rendimento integral”.

A 31 de Dezembro de 2017, encontra-se registada em capitais próprios uma reserva de reavaliação correspondente às remensurações acumuladas de 182.217 euros. O movimento ocorrido no exercício de 2017, relativo aos desvios atuariais reconhecido em capitais próprios como outro rendimento integral, foi o seguinte:

31313131----dezdezdezdez----17171717

Desvios atuariais em 31-12-2016

70.935

Desvios atuariais gerados em 2017 - Ganhos e Perdas atuariais

111.284

Desvios atuariais em 31Desvios atuariais em 31Desvios atuariais em 31Desvios atuariais em 31----12121212----2017201720172017

182.217182.217182.217182.217

Com as alterações à NIC 19R, passou a ser aplicada uma taxa única às responsabilidades e aos activos do plano, sendo que o impacto em resultados do fundo de pensões passou a corresponder apenas ao custo corrente e aos gastos líquidos de juros. O impacto em resultados encontra-se registado na rubrica de “Custos com pessoal”, ascendendo a 31 de Dezembro de 2017 a 18.041 euros, conforme se detalha abaixo:

31313131----dezdezdezdez----17171717

Custo do serviço corrente da Entidade 16.856

(+) Custo dos Juros -

(+) Custo dos juros Líquido “Net Interest” 1.185

(-) Rendimento Esperado dos Ativos do Fundo de Pensões -

(=) Acréscimo Custos com o Pessoal(=) Acréscimo Custos com o Pessoal(=) Acréscimo Custos com o Pessoal(=) Acréscimo Custos com o Pessoal 18.04118.04118.04118.041

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 107

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados a 31 de Dezembro de 2017 e 31 de Dezembro de 2016 foram os seguintes:

Em 31 de Dezembro de 2017, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no ativo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, referente à CCAM TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, é o seguinte:

31-dez-17

Valor atual das responsabilidades por serviços passados

. Com trabahadores no ativo e ex-trabalhadores 715.151

. Com pré-reformados 208.028

. Com pensões em pagamento 185.230

1.108.409

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência e cuidados

médicos pós-emprego referente à CCAM TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO é o que a seguir se

apresenta:

31-dez-17

Custo do serviço corrente 47.462

Custo dos juros Líquido "Net Interest" 1.185

Ganhos e Perdas actuariais (128.533)

Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados (128.533)

Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos -

Acrescimo anual de responsalilidades (79.886)

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 108

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM DE TRÁS-OS-MONTES E ALTO DOURO, C. R. L., foi o seguinte:

Contribuições efetuadas 30.606

. Pela CCAM -

. Pelos empregados 30.606

Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 28.382

Prémios de seguro pagos 43.271

Participação de resultados no seguro 26.022

Pensões pagas pelo fundo de pensões: 11.930

. Outros 11.930

SAMS pago pelo fundo de pensões 5.084

Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31/12/2017 1.170.490

Variação do valor da quota-parte do fundo de penões em 2017 24.726

O movimento ocorrido durante o exercício de 2017 relativo ao valor atual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

Responsabilidades Totais em 31/12/2016 1.176.926

Custo de serviço corrente:

Custo do serviço corrente da Entidade 16.856

Contribuições para o Fundo efetuadas pelos empregados 30.606

Custo dos juros 25.315

Ganhos e perdas atuariais nas responsabilidades (124.280)

Pensões pagas pelo fundo de pensões:

. Outros 11.930

SAMS pago pelo fundo de pensões 5.084

Responsabilidades em 31/12/2017 1.108.409

Variação das responsabilidades em 2017 (68.517)

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2017, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

Valor atual das responsabilidades com serviços passados 1.108.409

Valor por amortizar em 31/12/2016 (Aviso 7/2008)* 0

Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 1.072.651

Nivel de cobertura (Aviso 12/2001) 109%

*Terminou no final do exercício de 2016, o diferimento total do impacto de transição na adopção da IAS 19.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 109

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios

actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica

do rendimento integral “reservas de reavaliação”.

No exercício de 2017, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no

“rendimento integral”, foi o seguinte:

Desvios atuariais em 31/12/2016 70.933 Desvios actuariais gerados em 2017-Ganhos e perdas actuariais 111.284

Desvios actuariais em 31-12-2017 182.217

Prémios de Antiguidade: A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no ativo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

31-dez-16 31-dez-17 VariaçãoPremio de antiguidade . Com trabalhadores no ativo 273.604 270.864 (2.740) . Com licenças sem vencimento - - -

273.604 270.864 (2.740)

44. DIVULGAÇÕES RELATIVAS A INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Risco de Mercado

O risco de mercado reflecte o potencial de perdas eventuais resultantes de uma alteração adversa do

valor de mercado de um instrumento financeiro como consequência da variação, nomeadamente, de taxas de juro, taxas de câmbio, preços de acções, preços de mercadorias, spreads de crédito ou outras variáveis equivalentes.

As regras de gestão do risco de mercado estabelecidas pela Caixa para cada carteira, incluem limites

de risco de mercado e ainda limites quanto à exposição a risco de crédito e de liquidez, rentabilidade exigida, tipos de instrumentos autorizados e níveis de perdas máximas admissíveis.

De modo a mitigar os riscos associados a uma avaliação dos riscos incorridos, encontra-se

implementada uma política de segregação de funções entre a execução das operações de mercado e o controlo do risco incorrido a cada momento decorrente das mesmas.

Eventuais operações de cobertura podem ser propostas tanto pelos gestores das carteiras como pelos

responsáveis pelo controlo do risco, tendo em conta os limites de risco e os instrumentos autorizados.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 110

Risco Cambial O risco cambial surge associado às variações nas taxas de câmbio das moedas, sempre que existem

“posições abertas” nessas mesmas moedas. A Caixa apresenta uma reduzida exposição a este tipo de risco. Efectivamente, o perfil definido para o

risco cambial é bastante conservador e é consubstanciado na política de cobertura seguida. Risco de Taxa de Juro A Caixa incorre em risco de taxa de juro sempre que, no desenvolvimento da sua actividade, contrata

operações com fluxos financeiros futuros cujo valor presente é sensível a variações das taxas de juro. O risco de taxa de juro agregado suportado deriva de diversos factores, nomeadamente:

• diferentes prazos de vencimento ou revisão das taxas dos activos, passivos e elementos extrapatrimoniais (risco de repricing);

• alterações da inclinação da curva de taxas de juro (risco de curva);

• variações assimétricas das diversas curvas de mercado que afectam as distintas massas patrimoniais e extrapatrimoniais (risco de base); e

• existência de opções explícitas ou implícitas em muitos produtos bancários (risco de opção).

A política de gestão do risco de taxa de juro é definida e monitorizada centralmente pelo Comité de Ativos e Passivos (ALCO).

A avaliação deste risco é efetuada mensalmente pela Caixa Central, para a totalidade dos saldos das diversas Caixas Associadas sendo a sua exposição a este tipo de risco efetuada com recurso a uma metodologia baseada no agrupamento dos diversos ativos e passivos sensíveis em intervalos temporais de acordo com as respetivas datas de revisão de taxa. Para cada intervalo são calculados os cash flows ativos e passivos apurando-se o correspondente gap sensível ao risco de taxa de juro. Procede-se então à avaliação do impacto dos gaps mencionados sobre a evolução da margem financeira e sobre o valor económico da entidade em diversos cenários de evolução das taxas de juro.

A relação risco/rentabilidade encontra-se enquadrada por limites definidos e monitorizados mensalmente pelo ALCO ao nível da exposição da margem financeira e do valor económico a variações adversas das taxas de juro.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 111

Em 31 de Dezembro de 2017 a exposição ao risco de taxa de juro pode ser resumida como se segue:

Em 31 de Dezembro de 2017 a distribuição dos instrumentos financeiros com exposição risco de taxa de juro em função da sua maturidade ou data de refixação é apresentado no quadro seguinte:

Taxa Fixa Taxa Variável Subtotal

Não

sujeito a

risco de

taxa de

juro Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais - - - 1.747 1.747

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - 2.456 2.456

Activos financeiros disponíveis para venda 637 - 637 16 653

Aplicações em Instituições de Crédito 157.452 2.841 160.293 244 160.537

Crédito a clientes (saldo bruto) 9.756 100.636 110.392 13.131 123.522

167.844 103.477 271.322 17.593 288.915

Passivos

Recursos de outras instituições de Crédito 21.815 - 21.815 11 21.826

Recursos de clientes e outros empréstimos 152.939 761 153.699 91.506 245.205

174.754 761 175.515 91.517 267.031

Exposição líquida (6.909) 102.716 95.807 (73.924) 21.884

31-12-2017 em milhares de euros

À vista Até 3 meses

De 3 meses

a 1 ano

De 1 a 5

anos Mais de 5 anos

Não sujeito a

risco de taxa de

juro Indeterminado Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais - - - - - 1.747 - 1.747

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - - - 2.456 - 2.456

Activos financeiros disponíveis para venda - - 12 624 - 16 - 652

Aplicações em Instituições de Crédito - 156.696 - 3.841 - - 160.537

Crédito a clientes (saldo bruto) - 2.562 5.509 22.752 92.699 - - 123.522

- 2.562 162.217 23.376 96.540 4.219 - 288.914

Passivos

Recursos de outras instituições de Crédito - 21.818 4 4 - - - 21.826

Recursos de clientes e outros empréstimos 230 149.602 91.255 2.473 1.646 - - 245.205

230 171.420 91.259 2.477 1.646 - - 267.031

Exposição líquida (230) (168.858) 70.958 20.899 94.894 4.219 - 21.883

31-dez-17

Datas de Refixação/Datas de Maturidade

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 112

Apresenta-se de seguida a análise de sensibilidade do valor económico, tanto em activos como de passivos,

ao risco de taxa de juro a que a Caixa se encontra exposta em 31 de Dezembro de 2017 efectuada a partir de simulação, nos activos e passivos sensíveis, de variações de até 200 pontos bases nas taxas de referência:

Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à potencial incapacidade da Caixa financiar o seu activo satisfazendo

nas datas contratadas todas as responsabilidades exigíveis. Refira-se que em matéria de liquidez, o Grupo Crédito Agrícola prossegue uma política conservadora

que se traduz num rácio de transformação em cada uma das suas unidades claramente abaixo da média do rácio de transformação do sistema financeiro nacional.

Os recursos excedentários do Grupo Crédito Agrícola são canalizados para a Caixa Central, onde são

centralmente aplicados em activos de boa qualidade creditícia e liquidez, nomeadamente obrigações de dívida pública de países da Zona Euro e aplicações em obrigações de Instituições de Crédito de referência, nacionais ou internacionais.

O Grupo Crédito Agrícola dispõe de uma sólida implantação no mercado de retalho, distribuída de

forma equilibrada ao longo do país, que se traduz numa rede de 675 balcões e numa base de funding dispersa, estável e com elevada permanência.

Numa óptica de prevenção e de gestão de contingência de risco de liquidez são especialmente tidos

em conta e acompanhados os seguintes aspectos:

• Controle e contenção de eventuais concentrações de recursos comerciais que, tendendo a desenvolver-se, pudessem vir a concorrer para uma maior permeabilidade da carteira diminuindo a sua estabilidade e permanência. São efectuadas regularmente simulações de impactos ao abrigo de hipóteses conservadoras sobre a estabilidade dos recursos de retalho e sem consideração do concurso de fontes de financiamento adicionais.

• Embora sem dependência de tais fontes de financiamento complementares atendendo à posição estrutural de tesouraria do Grupo Crédito Agrícola, manutenção de linhas de financiamento junto de Instituições de Crédito nacionais e internacionais, regularmente testadas;

• Lançamento regular de produtos de passivo que concorram para a manutenção dos padrões de permanência dos recursos projectados.

-200 bp -100 bp -50 bp +50 bp +100 bp +200 bp

Activos

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda 54.230 26.396 13.024 (12.687) (25.048) (48.830)

Aplicações em Instituições de Crédito 2.226.929 1.104.359 549.926 (545.470) (1.086.528) (2.155.600)

Crédito a clientes (saldo bruto) 1.593.078 762.184 373.070 (358.064) (702.101) (1.351.667)

3.874.237 1.892.939 936.020 (916.221) (1.813.677) (3.556.097)

Passivos

Recursos de outras instituições de Crédito 18.191 9.047 4.512 (4.488) (8.953) (17.814)

Recursos de clientes e outros empréstimos 1.732.947 853.686 423.752 (417.772) (829.755) (404.446)

1.751.138 862.733 428.264 (422.260) (838.708) (422.260)

Exposição líquida 2.123.099 1.030.206 507.756 (493.961) (974.969) (3.133.837)

31-12-2017

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 113

• Manutenção de uma almofada de activos com liquidez imediata para fazer face a um qualquer aumento inesperado de saídas de caixa.

Em 31 de Dezembro de 2017 os prazos residuais contratuais dos instrumentos financeiros apresentam a seguinte composição:

Risco de Crédito

As actividades desenvolvidas em matéria de gestão de riscos e de capital pretendem habilitar a Caixa para uma gestão do risco de crédito alinhada com as melhores práticas de mercado, através de um conjunto significativo de iniciativas que compreendem uma forte articulação com a vertente tecnológica e exigem o desenvolvimento de competências internas específicas, bem como assegurar o necessário enquadramento com os exigentes desafios de carácter regulamentar vigentes. Relativamente ao crédito a clientes, a Caixa dispõe de um modelo heurístico de rating associado a um processo de workflow, que visa uniformizar o processo de análise do risco de crédito das empresas e de modelos de scoring de aceitação associados ao processo de concessão de crédito a clientes particulares. Deste modo, o Grupo Crédito Agrícola tem vindo a desenvolver e a melhorar a sua capacidade de gestão do risco, com base na adopção de metodologias que permitem obter uma visão mais exacta do perfil de risco da sua carteira.

À vista Até 3 meses

De 3 meses

a 1 ano

De 1 a 5

anos Mais de 5 anos indeterminado Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais - - - - - 1.747 1.747

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - - - 2.456 2.456

Activos financeiros disponíveis para venda - - 12 624 - 16 652

Aplicações em Instituições de Crédito - 156.696 - 3.841 - 160.537

Crédito a clientes (saldo bruto) - 2.562 5.509 22.752 92.699 - 123.522

- 2.562 162.217 23.376 96.540 4.219 288.914

Passivos

Recursos de outras instituições de Crédito - 21.818 4 4 - - 21.826

Recursos de clientes e outros empréstimos 230 149.602 91.255 2.473 1.646 - 245.205

230 171.420 91.259 2.477 1.646 - 267.031

Exposição líquida (230) (168.858) 70.958 20.899 94.894 4.219 21.883

31-dez-17

Prazos residuais contratuais

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 114

Exposição máxima ao risco de crédito Em 31 de Dezembro de 2017 e 2016, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumentos financeiro, excluindo os títulos em carteira pode ser resumida como segue:

31-dez-17 31-dez-16

Patrimoniais

Crédito a clientes 114.792.507 108.073.286

Disponibilidades em outras instituições de crédito 2.456.326 786.473

Aplicações em instituições de crédito 160.536.624 154.080.106

277.785.457 262.939.865

Extrapatrimoniais

Garantias prestadas 2.902.466 2.746.866

Compromissos irrevogáveis 11.517.363 8.298.391

14.419.829 11.045.257

292.205.286 273.985.122

Justo valor de activos e passivos financeiros

Como previsto na norma IFRS 13 e para efeitos de apresentação, os instrumentos financeiros registados em balanço ao justo valor são classificados com a seguinte hierarquia: Nível 1 – Cotações em mercado activo Neste nível englobam-se os instrumentos financeiros valorizados com base em preços de mercados activos (bids executáveis) divulgados através de plataformas de negociação. Nível 2 – Técnicas de valorização baseadas em dados de mercado Neste nível são considerados os instrumentos financeiros valorizados com recurso a modelos internos que utilizam dados observáveis no mercado, nomeadamente curvas de taxas de juro ou taxas de câmbio. Nível 3 – Técnicas de valorização utilizando inputs não baseados em dados observáveis em mercado Englobam-se neste nível os instrumentos financeiros valorizados de acordo com metodologias de valorização internas considerando essencialmente inputs não observáveis em mercado e com impacto significativo na valorização do instrumento ou valorizados com base em bids indicativos calculados por terceiros através de modelos de valorização.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 115

45. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Trás-os-Montes e Alto Douro está inscrita na Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nas Agências da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2017, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Segurador

a

2015 2016 2017 % por

Origem

2017

Ramos Não Vida CA

Seguros

279.176,42 291.820,61 318.794,99 66,9%

Ramo Vida CA Vida 160.767,63 186.508,62 144.665,56 30,3%

Fundos de

Pensões

CA Vida 5.333,58 8.107,36 13.408,96 2,8%

Total 445.277,63 486.436,59 486.436,59 100,0%

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

46. RÁCIOS PRUDENCIAIS

A partir de 1 de Janeiro de 2014, a solvabilidade da banca europeia passou a ser avaliada através do rácio Common Equity Tier 1 (CET1), ao abrigo do Acordo de Basileia III. Durante o ano de 2014 encontrou-se em vigor um regime transitório que permite o cálculo do rácio CET1 na forma de implementação “phase in”.

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 116

47. EVENTOS SUBSEQUENTES

Tendo em conta o disposto na IAS 10, até à data de autorização para emissão destas demonstrações financeiras, não foram identificados eventos subsequentes que impliquem ajustamentos ou divulgações adicionais.

FUNDOS PRÓPRIOS E RÁCIO DE SOLVABILIDADE - Caixa Agrícola de Trás-os-Montes e Alto Douro

Em euros 2014 2015 2016 2017

Fundos Próprios totais 23.116.646 23.910.343 24.328.133 26.598.695

Common equity tier 1* 22.507.493 23.262.011 24.328.133 26.598.695

Tier 1* 22.596.653 23.262.011 24.328.133 26.598.695

Tier 2 519.993 648.332 0,00 0,00

Posição em risco de activos e equivalentes 236.732.767 256.508.285 291.852.945 329.497.178

Requisitos de fundos próprios 94.917.226 95.551.085 105.187.796 102.291.912

Crédito 79.486.581 80.745.366 91.317.944 88.616.074

Operacional 15.430.645 14.805.719 13.869.852 13.675.838

CVA --- --- ---

Rácios de solvabil idade (a)

Common equity tier 1* 23,7% 24,3% 23,1% 26,0% 2,9 P.P

Tier 1 * 23,8% 24,3% 23,1% 26,0% 2,9 P.P

Tier 2 0,5% 0,7% 0,0% 0,0% 0,0 P.P

Total* 24,4% 25,0% 23,1% 26,0% 2,9 P.P

* Incorporando o resultado líquido do exercício.

9,3%

Δ 14/15

9,3%

9,3%

0,0%

12,9%

-2,8%

-3,0%

-1,4%

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 117

5.2 CERTIFICAÇÃO LEGAL DE CONTAS

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 118

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 119

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 120

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 121

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 122

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 123

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06 PARECER DO CONSELHO FISCAL

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RELATÓRIO E CONTAS 2017 125

VI. PARECER DO CONSELHO FISCAL No cumprimento das disposições legais e estatutárias aplicáveis e munido da documentação que o

Conselho de Administração colocou, atempadamente, à disposição dos seus membros, vem o Conselho

Fiscal da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL apresentar o seu

relatório e dar parecer sobre o Relatório e Contas, respeitantes ao exercício de 2017.

No decorrer do exercício em apreciação, o Conselho Fiscal acompanhou o desenvolvimento da atividade

da Caixa e da sua gestão, pelo acesso, análise e leitura de toda a documentação relevante e pelas

reuniões formais e contactos regulares que manteve com os seus responsáveis, nomeadamente com o

Conselho de Administração, a Comissão de Coordenação e Titulares de funções essenciais, tendo de

todos estes órgãos obtido a abertura, a colaboração e os esclarecimentos considerados relevantes.

O Conselho Fiscal procedeu também e necessariamente à análise dos documentos económico-

financeiros, apreciou as políticas contabilísticas e os critérios valorimétricos utilizados na elaboração da

informação financeira, fiscalizou a eficácia do sistema de controlo interno e verificou o cumprimento

das normas legais e estatutárias aplicáveis.

O Conselho Fiscal apreciou e tomou conhecimento da Certificação Legal das Contas, emitida nos termos

da legislação, pelo Revisor Oficial de Contas.

Na sequência do referido e de acordo com as suas competências, o Conselho Fiscal delibera propor à

Assembleia Geral a aprovação do Relatório de Gestão e das demonstrações financeiras da Caixa de

Crédito Agrícola Mútuo de Trás-os-Montes e Alto Douro, CRL, relativas ao ano de 2017, pela forma

consistente como estas refletem a situação patrimonial da Caixa e os seus resultados.

De igual modo, o Conselho Fiscal delibera propor à Assembleia Geral a aprovação da proposta de

aplicação de resultados e de afetação de reservas, à qual dá o seu acordo.

Vila Real, 23 de março de 2018.