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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L. 2012 RELATÓRIO E CONTAS

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 2

1. Índice

1 Índice 2

2 Convocatória 3

3 Estrutura e Governo Societário da Caixa de Vagos 4

4 Declaração sobre a Política de Remuneração da Caixa de Vagos | 2012 8

5 Sumário Executivo 11

6 Enquadramento Macroeconómico 13

7 Mercado Bancário 20

8 Evolução e Perspectivas do Crédito Agrícola 26

9 Demonstrações Financeiras 31

9.1 Demonstração de Resultados 31

9.2 Balanço 32

10 Análise de Gestão 33

10.1 Activo Líquido 33

10.2 Situação Líquida e Solvabilidade 33

10.3 Crédito a Clientes e Aplicações em Instituições de Crédito 34

10.4 Crédito Vencido 34

10.5 Depósitos Totais de Clientes 35

10.6 Margem Financeira 35

10.7 Margem Complementar 36

10.8 Produto Bancário 36

10.9 Custos Funcionamento 37

10.10 Rácio Eficiência 37

11 Proposta Aplicação Resultados 38

12 Parecer Conselho Fiscal 39

13 Certificação Legal de Contas 41

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 3

2. Convocatória Assembleia-Geral Ordinária

Nos termos da alínea c) do art.º 23º dos Estatutos, convocam-se todos os associados da Caixa

de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos, C.R.L., Pessoa Colectiva n.º 501443380, com sede na Rua

Padre Vicente Maria da Rocha, na vila, freguesia e concelho de Vagos, para se reunirem em

Assembleia Geral, a realizar no dia 25 de Março de 2013 pelas 19:30 horas, no Auditório do

NEVA – Núcleo Empresarial de Vagos, situado no Centro Social e Administrativo da Zona

Industrial de Vagos, Lote 141, na vila, freguesia e concelho de Vagos, com a seguinte ordem de

trabalhos:

� Ponto Número Um: Deliberar sobre o Relatório de Gestão do Conselho de

Administração e as contas do exercício findo em 31-12-2012;

� Ponto Número Dois: Deliberar sobre a proposta de distribuição de resultados

apresentada pelo Conselho de Administração;

� Ponto Número Três: Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da

sociedade;

� Ponto Número Quatro: Designação do Revisor Oficial de Contas, por proposta do

Conselho Fiscal, para o triénio 2013/2015;

� Ponto Número Cinco: Deliberar sobre a exoneração de associados a seu pedido;

� Ponto Número Seis: Apreciação de outros assuntos de interesse para a Instituição.

Nos termos do n.º 2, do artigo 25º dos Estatutos, se à hora marcada para a reunião, não

estiver presente número suficiente de associados, a Assembleia reunirá, com qualquer número,

trinta minutos depois.

A Assembleia funcionará fora da sede social da Caixa Agrícola devido à inexistência de sala com

condições para a realização desta Assembleia.

Vagos, 01 de Março de 2013

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 4

3. Estrutura e Governo Societário da Caixa de Vagos

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos, CRL adopta o modelo de governação vulgarmente

conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração, Conselho Fiscal

e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos órgãos sociais e da Mesa da Assembleia-Geral são eleitos pela Assembleia-

Geral, para um mandato de três anos.

Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

3.1 Assembleia-Geral

A Mesa da Assembleia-Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário, actualmente, com mandato para o triénio de 2013/2015.

A) Composição da Mesa da Assembleia-Geral

Presidente: Maria Helena Marques dos Santos

Vice-Presidente: Carlos Manuel Simões das Neves

Secretário: Nuno Alexandre Carvalhais Almeida

B) Competência da Assembleia-Geral

A Assembleia-Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

ASSEMBLEIA-GERAL

AG

CONSELHO FISCAL

CF REVISOR OFICIAL DE

CONTAS

ROC

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 5

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

� Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de acção cível ou penal contra o revisor oficial de contas,

administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho Fiscal e da

Mesa da Assembleia-Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

3.2. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efectivos, no

mínimo de três e de um suplente, actualmente, com mandato para o triénio de 2013/2015.

A) Composição do Conselho de Administração

Presidente: César da Silva Ferreira

Vogal: Nelson Vilar Teles

Vogal: António Miguel Carvalhais Simões Cordeiro

Vogal Suplente: Ricardo Jorge Almeida Lopes Neves Fernandes

B) Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e

de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, uma proposta de plano de actividades e de

orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, o relatório e as contas relativos ao exercício

anterior;

� Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa Agrícola;

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 6

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não pagos;

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços;

� Alienar bens móveis ou imóveis, recebidos como dação em pagamento ou que tenham sido

adjudicados à Caixa Agrícola em processo de execução.

C) Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração realizou, em 2012, um total de 62 reuniões.

D) Distribuição de Pelouros pelos Membros do Conselho de Administração

Inexistem pelouros distribuídos expressamente a cada um dos administradores, sendo a

administração exercida, conjuntamente, por todos eles.

3.3 Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a um Revisor Oficial

de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda, ao

Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano de

actividade e de orçamento.

A) Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e, pelo menos, um suplente,

actualmente, com mandato para o triénio de 2013/2015.

B) Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Paulo Guilherme da Rocha Martins

Vogal: Paulo Jorge de Abreu Pimentel

Vogal: Serafim Jorge Conceição Marques

Vogal Suplente: Ana Maria da Silva Vasconcelos e Cruz

Vogal Suplente: Jorge Nuno Almeida Mateus

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 7

C) Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, 1 vezes por trimestre, tendo realizado, em 2012, um total

de 4 reuniões ordinárias e 8 extraordinárias.

D) Revisor Oficial de Contas

O mandato do Revisor Oficial de Contas é de 2010 a 2012, encontrando-se designado para o

cargo:

Efectivo: Botelho Roseiro & Associados, SROC, representada por: Dr. Luís Botelho Roseiro

Suplente: Lampreia & Viçoso, SROC, representada por: Donato João Lourenço Viçoso

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 8

4. Declaração sobre a Política de Remuneração da Caixa de Vagos | 2012

4.1 Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização

Nos termos da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho e do Aviso nº 1/2010, do Banco de Portugal,

vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, CRL,

submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a política de remunerações

dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de

2012.

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o exercício de 2012, siga os seguintes princípios

orientadores:

A) CONSELHO FISCAL

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal, tendo em consideração a natureza e a

composição desse órgão, consiste num montante fixo mensal, nos termos da deliberação da

Assembleia-Geral de 30.12.2009 (remunerações agregadas e individualizadas: ver nota 47 do

Anexo às Demonstrações Financeiras).

Acresce a esta remuneração o pagamento das despesas de representação ou outras, incorridas

no exercício das funções de Membro do Órgão de Fiscalização.

B) CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

A remuneração dos Membros do Conselho de Administração, tendo em consideração a natureza

e a composição deste órgão, consiste num montante fixo mensal, nos termos da deliberação da

Assembleia-Geral de 30.12.2009 (remunerações agregadas e individualizadas: ver nota 47 do

Anexo às Demonstrações Financeiras).

Acresce a esta remuneração: i) o pagamento de despesas de representação ou outras

incorridas no exercício das funções de Membro do Órgão de Administração; ii) Atribuição de

telemóvel de serviço; iii) Regalias sociais constantes do ACT aplicável às Instituições de Crédito

Agrícola.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 9

Atente a natureza específica da CAIXA AGRÍCOLA e do CRÉDITO AGRÍCOLA, inexiste qualquer

tipo de plano de atribuição de acções ou opções de aquisição de acções aos Membros do

Conselho de Administração.

Não são, igualmente, atribuídos direitos, em matéria de complementos de reforma e de

sobrevivência, em função do exercício das funções de Administrador neste Órgão de Gestão,

nem praticadas quaisquer situações que possam ser associadas a remuneração, directa ou

indirectamente.

C) REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito do contrato de prestação de serviços de revisão e certificação legal de

contas.

A Política de Remunerações referente ao ano de 2012 foi aprovada em Assembleia-Geral

Ordinária de 27 de Dezembro de 2011.

4.2 Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições

dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento

remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou na sequência de reajustamento

remunerativo casuístico.

2. Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às funções cujo

nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída uma remuneração variável, definida com base num processo de avaliação

de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a um

prémio de desempenho.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 10

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de

administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a

generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados

finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos colaboradores.

5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como

limite máximo uma majoração 125% do nível 8, do Anexo VI do ACT ICAM. O limite e as

orientações de atribuição podem ser revistos anualmente pelo Conselho de Administração.

6. A componente variável é assim atribuída, considerando os resultados da avaliação de

competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas regras e

procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as regras de controlo interno e as que

são relativas às relações com clientes e investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a

longo prazo.

7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor

desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato e de uma só vez possa

impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o diferimento visaria prosseguir.

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2012

os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as

remunerações descritas na nota 47 do Anexo às Demonstrações Financeiras).

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 11

5. Sumário Executivo

O ano de 2012 marca o regresso do Crédito Agrícola de Vagos aos Resultados Líquidos

positivos, que ascenderam aos € 465.088. Mesmo operando num cenário de fraco dinamismo

da economia, sujeita ao rigoroso programa de austeridade em que vivemos, o Crédito Agrícola

de Vagos conseguiu posicionar o seu desempenho acima dos limiares de rentabilidade.

O nosso contexto de mercado ficou marcado por uma quebra relevante do volume de

actividade dos agentes económicos. Conforme poderemos verificar ao longo deste documento,

a conjugação entre medidas de austeridade e dificuldades ao nível da concessão do crédito,

provocaram um efeito recessivo na economia que abalou a confiança de todos os agentes.

O aumento da carga fiscal foi outra das tónicas dominantes que afectou o desempenho da

economia real. Registaram-se quebras significativas no investimento, no consumo e nas

importações facto que veio, também, agravar as funções e compromissos do estado social,

pressionado pelo crescimento para níveis recorde do Desemprego.

O forte crescimento do crédito vencido e a pressão sobre os recursos condicionaram, bastante,

a nossa actividade tendo merecido, da nossa parte, redobrada atenção estratégica. Também a

manutenção em baixa das taxas euribor condicionou os índices de rentabilidade, obrigando a

uma cuidada e atenta gestão às nossas carteiras de crédito, de recursos, mas também das

aplicações detidas na Caixa Central.

Mesmo perante tais constrangimentos, o Crédito Agrícola de Vagos manteve os adequados

níveis de solvabilidade e liquidez, bem como, assegurou a sustentabilidade da rentabilidade

operacional em contexto especialmente adverso. Para este cenário contribuiu, também, o forte

compromisso na gestão dos custos de funcionamento da entidade.

Em termos de competências, não se deixou de executar um exigente quadro de formação ao

pessoal, que resultou num total de 1041 horas frequentadas.

Garantimos a renovação da Certificação da Qualidade pela APCER, o que nos continua a dar

certezas quanto à qualidade da organização que este Conselho de Administração dirige e ao

serviço que prestamos aos nossos associados e clientes, bem como, às garantias que

almejamos para o cumprimento do quadro regulamentar e legal a que estamos sujeitos.

Renovámos, se bem que com maior critério, o apoio a parceiros institucionais, como são

entidades promotoras de actividades lúdico-expressivas, culturais, educativas, desportivas e

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 12

sociais, corporizando o nosso estatuto cooperativo e de grande proximidade para com a

comunidade local.

Num contexto de fortes exigências, dedicamos um louvor especial aos nossos colaboradores

que, de forma entusiasmada, competente e rigorosa, asseguram o cumprimento do plano

estratégico definido.

Aos nossos associados, clientes e demais parceiros dirigimos um voto de agradecimento pela

confiança depositada nesta instituição.

Vagos, 20 de Fevereiro de 2013

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 13

Evolução da Economia EuropeiaTaxas de crescimento ∆ % PIB

4,0

1,7 1,8

-0,3

3,1

1,7

0,4 0,40,9

0,20,6 0,3

-1,4-2,1

-1,5-1,0

-11,00

-9,00

-7,00

-5,00

-3,00

-1,00

1,00

3,00

5,00

Alemanha França Itália Espanha

2010 2011 2012 2013p

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Janeiro 2013 e Banco de Portugal, Boletim Económico Inverno 2012

6.Enquadramento Macroeconómico

Conforme é assinalado na análise do

FMI sobre a economia mundial

(revisão de Janeiro/2013), esta

evidenciou, em 2012, fraco

dinamismo, acentuando

significativamente a quebra no ritmo

de crescimento que já se observara

em 2011. O crescimento estimado

para o ano findo a nível global é,

assim, de apenas 3,2%, contra 3,9% em 2011∗.

O crescimento em 2012 foi particularmente débil nas economias mais prósperas, nas quais o

PIB, em média, se expandiu apenas 1,3%, depois de um crescimento já fraco, de 1,6%, em

2011.

No caso dos EUA, no entanto, o crescimento em 2012 (2,3%) superou o de 2011, que ficara

por 1,8%, beneficiando de estímulos substanciais das políticas públicas, e designadamente da

política monetária ultra-expansionista da Reserva Federal americana (o banco central), mas tal

crescimento tem sido insuficiente para sustentar a evolução do emprego. É de assinalar, quanto

a este país, um esboço de recuperação, embora ainda incerto, no mercado habitacional.

No Japão, o crescimento de 2012 (+2,0%), segue-se a uma marcada regressão no ano

anterior, reflectindo portanto um efeito de base. Aliás, a retoma que se estava a desenhar na

economia japonesa foi sendo afectada, ao longo do ano, pela perturbação nas trocas comerciais

com a China devido à disputa, entre os dois países, pela posse de algumas pequenas ilhas do

Pacífico. De notar que o Japão

continua a debater-se com a

persistente situação de deflação

– descida continuada e geral de

preços – que, desde há muitos

anos, tem sido um factor de

arrefecimento da economia.

Para tentar debelar esta

∗ FMI, World Economic Outlook , Janeiro/2013

Evolução das principais economiasTaxas de crescimento ∆ % PIB

2,4 2,0

4,5

10,4

1,8 1,4

-0,6

9,3

2,3

-0,4

2,0

7,8

2,0

-0,2

1,2

8,2

-6

-4

-2

0

2

4

6

8

10

12

Estados Unidos Zona Euro Japão China

2010 2011 2012 2013p

Fonte: FMI, World Economic Outlook, Janeiro 2013

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 14

situação, o Banco do Japão passou a assumir formalmente o objectivo de uma inflação anual de

2%.

No caso da Zona Euro não houve em termos globais crescimento em 2012, verificando-se

mesmo uma variação negativa do produto, de –0,4%. A retracção do ritmo de crescimento

ocorreu em todas as principais economias, com a Alemanha a crescer apenas 0,9% (depois de

+3,1% em 2011), a França 0,2% (descendo de +1,7% no ano anterior), e registando-se, à

semelhança de Portugal, um marcado declínio do nível de actividade, em larga medida como

reflexo das medidas de austeridade, na Itália (quebra do PIB em - 2,1%) e na Espanha (-

1,4%). Ainda na União Europeia, mas fora da Zona Euro, há que referir a redução do PIB em

0,2% no Reino Unido.

Mas nas próprias economias emergentes, em que sobressaem, pela sua dimensão, a China, a

Índia, a Rússia e o Brasil, assistiu-se em 2012 a uma fase de crescimento bastante mais

moderado que no passado recente, ficando, no caso da China, a expansão do PIB em menos de

8% - face aos níveis de 10% e superiores que esse país vinha apresentando – e no Brasil em

apenas 1,0%, aprofundando a quebra do ritmo de crescimento que já se observara neste país

em 2011. O FMI não prevê, no entanto, uma travagem brusca da economia chinesa,

antecipando mesmo, para o próximo ano, uma ligeira reanimação (+8,2%), assim como admite

maior crescimento (+3,5%) para a economia brasileira em 2013. Na Índia o crescimento do

produto caiu para 4,5% em 2012 (face a 7,9% no ano anterior) e na Rússia desceu para 3,6%

(de 4,3% em 2011).

Os bancos centrais dos principais blocos económicos – EUA, Zona Euro, Japão, China e o

próprio Reino Unido – têm procurado fazer face ao ambiente recessivo com políticas monetárias

abertamente expansionistas, reduzindo as suas taxas de intervenção, ou mantendo-as em

níveis mínimos históricos, e recorrendo ainda a injecções massivas e extraordinárias de liquidez

no sistema bancário – que nos EUA incluem medidas dirigidas expressamente à reanimação do

mercado imobiliário - tentando por essa via a reactivação da economia. Nos EUA, no Japão e no

Reino Unido as taxas directoras dos respectivos bancos centrais estão em praticamente 0%, e

no caso da Zona Euro em 0,75% – nível estabelecido em meados de 2012. Nos Estados Unidos

a Reserva Federal anunciou a decisão (inédita) de manter o cariz fortemente expansionista da

política monetária enquanto a taxa de desemprego se mantiver acima de 6,5%.

Estas políticas deverão ter contribuído para evitar que a queda do ritmo de actividade tenha

sido mais profunda, mas ao coexistirem, em vários países, com medidas de carácter bastante

restritivo a nível fiscal e orçamental, e com a necessidade de desalavancagem do sistema

bancário, não conseguiram induzir ainda uma verdadeira retoma, face às expectativas negativas

que prevalecem entre os agentes económicos.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 15

Evolução do Preço de Commodities Agricolas (base 100 a 01/01/2011)

60

80

100

120

140

160

180

Janeiro 11 Abril 11 Junho 11 Setembro 11 Dezembro 11 Março 12 Junho 12 Setembro 12 Dezembro 12

Fonte: Bloomberg

%

Trigo Milho Soja

Evolução do Preço do Petróleo

80

90

100

110

120

130

140

Janeiro 11 Abril 11 Junho 11 Setembro 11 Dezembro 11 Março 12 Junho 12 Setembro 12 Dezembro 12

Fonte: Bloomberg

USD

Crude (Brent)

As perspectivas para 2013 são também pouco favoráveis, prevendo-se apenas uma ligeira

melhoria, mas sendo grandes as incertezas e factores de risco, encontrando-se entre estes as

próprias opções que venham a ser assumidas em matéria de política económica e fiscal pelas

autoridades dos principais países, bem como a evolução do preço de matérias primas básicas,

como o petróleo, os minérios e os produtos agrícolas de base. Concretamente, uma evolução

em alta dos preços destes produtos, sobretudo do petróleo – que de momento não se prevê -,

poderia ter um efeito inflacionista e limitar a margem de manobra das autoridades monetárias

para prosseguirem as suas políticas expansionistas. No entanto, no que diz respeito

especificamente à Zona Euro, o que importa são os preços destes produtos de base expressos

em euros, pelo que a evolução cambial do euro em relação ao dólar também será relevante.

Face à situação descrita, o desemprego mantém-se em níveis elevados em muitos países,

atingindo proporções socialmente preocupantes nos que estão sujeitos aos programas de

austeridade mais exigentes.

Já a inflação continua em níveis relativamente moderados, devido à fraca procura de bens e

serviços, e no tocante aos activos imobiliários, os seus preços, de relevância crítica na actual

conjuntura, embora com um esboço de recuperação, como se referiu, nos EUA, onde a crise

imobiliária se iniciou, mantêm-se deprimidos. No tocante aos valores mobiliários, e

particularmente no mercado accionista, registou-se uma subida dos principais índices durante o

1º trimestre do ano, a que se seguiu uma descida no 2º trimestre, que se inflectiu, porém, nos

últimos meses. Na parte inicial de 2013, os mercados evidenciaram uma marcada animação,

assente na convicção dos investidores de que a crise da Zona Euro estará contida, o que

também conduziu a uma generalizada descida dos yields da dívida pública de diversos países e

a um certo fortalecimento do euro. Para este sentimento foi determinante a postura assumida

pelo BCE, e ainda as medidas duras de carácter estrutural e de saneamento das finanças

públicas adoptadas em vários países, que se têm reflectido na melhoria das suas contas face ao

exterior. Contribuíram igualmente para o desanuviamento dos mercados, as iniciativas políticas

visando reformas institucionais a nível bancário no espaço europeu e o reforço da disciplina

orçamental dos estados membros, bem como o acordo entre a Administração Obama e os

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 16

líderes republicanos do Congresso que permitiu afastar, para já, o risco de um severo aperto

fiscal nos EUA, que teria um marcado efeito recessivo na economia.

Evolução de Indices Accionistas (base 100 a 01/01/2011)

50

60

70

80

90

100

110

120

130

Janeiro 11 Março 11 Maio 11 Julho 11 Setembro 11 Novembro 11 Janeiro 12 Março 12 Maio 12 Julho 12 Setembro 12 Novembro 12

Fonte: Bloomberg

PSI 20 DJ Euro STOXX 50 Dow Jones Indust. DAX

A fraca dinâmica das principais economias, desenvolvidas ou emergentes, é por sua vez causa e

efeito da retracção no crescimento do comércio mundial de bens e serviços, que em 2012

voltou a afrouxar (crescimento de apenas 2,8%). Esta situação cria dificuldades acrescidas às

economias em que o sector exportador tem um papel central nos seus aparelhos produtivos –

como é, por exemplo, o caso da Alemanha e da China -, mas também àquelas, como Portugal,

Espanha e Itália, em que o crescimento das exportações é vital para amortecer o impacto da

queda da procura interna induzida pelas políticas de austeridade.

Neste enquadramento internacional manifestamente desfavorável, a economia portuguesa, por

sua vez sujeita a um rigoroso programa de austeridade na sequência do Acordo de Assistência

Financeira assinado com a chamada troika (União Europeia, FMI e Banco Central Europeu), tem

vindo a registar uma quebra significativa do nível de actividade, com variação negativa do PIB.

Apenas as exportações têm mostrado algum dinamismo, apesar da conjuntura internacional

desfavorável que se descreveu, particularmente na Zona Euro, onde se situam os nossos

principais mercados. Tal tem levado um número crescente de empresas nacionais a procurar

novos mercados, verificando-se que as exportações portuguesas de bens para fora da Zona

Euro têm crescido em termos significativos e promissores, embora a partir de valores baixos.

Assim, a projecção do OE-2013 para as exportações nacionais de bens e serviços para 2012

aponta para um crescimento de 4,3% (em termos reais), inferior à expansão de 7,5%

conseguida em 2011, mas sendo ainda assim as exportações a única componente do PIB com

crescimento.

Na verdade a incidência das medidas de austeridade em conjugação com as maiores

dificuldades a nível do crédito, tiveram ao longo de 2012 um marcado efeito recessivo que

afectou a evolução da procura interna, com o consumo privado a decair 5,9% - depois de já ter

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 17

Défice públicoEm percentagem do PIB

-2,7

-10,2 -9,8

-4,4-5,0

-4,5

-2,5

-13,5

-11,5

-9,5

-7,5

-5,5

-3,5

-1,5

0,5

2008 2009 2010 2011 2012 2013p 2014p

Fonte: Ministério das Finanças, OE 2013

Dívida públicaEm percentagem do PIB

-83,2-93,5

-108,1-119,1 -123,7

-150

-130

-110

-90

-70

-50

-30

-10

2009 2010 2011 2012 2013p

Fonte: Ministério das Finanças, OE 2013

descido 4,0% em 2011 – e o investimento – que desde há vários anos tem tido uma evolução

muito insatisfatória – a baixar ainda mais profundamente (-14,1%), com evolução negativa em

todas as suas componentes, acentuando a queda que já apresentara em 2011 (-11,3%).

O consumo público, como era de esperar, tal decorrendo da lógica do programa de

ajustamento, apresentou em 2012 uma significativa contracção (-3,3 %), que se segue à

redução, ligeiramente mais expressiva (-3,8%) que já se verificara em 2011.

No entanto, apesar desta contracção no consumo público, o reequilíbrio nas contas do Estado

ficou aquém do projectado, e em particular a redução do défice face ao PIB, não se

enquadrando nas metas estabelecidas no Programa de Assistência Financeira. Para tal

contribuiu, naturalmente, o facto de as medidas de austeridade, ao levarem a uma retracção do

nível de actividade económica, impactarem adversamente nas receitas fiscais, afectando a

colecta de vários impostos, para além de agravarem os encargos da segurança social

(mormente, as despesas com o subsídio de desemprego). O défice do sector público em relação

ao PIB, para o qual no Programa de Assistência Financeira se tinha fixado, para 2012, um nível

de 4,5%, acabou assim por se situar em nível superior, embora o concurso de receitas

extraordinárias tenha permitido confiná-lo em 5% do PIB. O objectivo para 2013 é o de um

limite para o défice de 4,5% do PIB, descendo em 2014, adicionalmente, para 2,5%, limites

que correspondem aos actuais compromissos estabelecidos no seio do Eurogrupo e do ECOFIN.

O peso da dívida pública no PIB continuou em ascensão, reflectindo o impacto dos défices

orçamentais, tendo atingido no ano findo 120% do PIB.

Indicadores da Economia PortuguesaPIB

Variação anual percentual

1,4

-3,0

-1,0-1,7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

5

6

PIB

2010 2012 2013p*2011

Indicadores da Economia Portuguesa Saldo Externo

Variação anual percentual

8,8

4,35,4

-5,3-6,6

-1,4

3,6

7,5

-15-14-13-12-11-10-9-8-7-6-5-4-3-2-10123456789

10111213

EXPORTAÇÕES IMPORTAÇÕES

2010 2012 2013p*2011

Fonte: Ministério da Finanças, OE 2013

(*) Para 2013 o Banco de Portugal (Boletim Inverno 2012) projecta -1,9% para a variação do PIB

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 18

Indicadores da Economia PortuguesaProcura interna

Variação anual percentual

2,1

-5,9

-2,2-3,3

-4,1

-11,3

-4,2-4,0 -3,8

0,9

-3,5

-14,1

-18

-17

-16

-15

-14

-13

-12

-11

-10

-9

-8

-7

-6

-5

-4

-3

-2

-1

0

1

2

3

4

CONSUMO PRIVADO CONSUMO PÚBLICO INVESTIMENTO

2010 2011 2013p*2012

Fonte: Ministério das Finanças, OE 2013(*) Para 2013 o Banco de Portugal (Boletim Inverno 2012) projecta -3,6% para o consumo privado, -2,4% para o consumo público e -10% para o investimento.

Em termos globais, a economia portuguesa registou uma contracção do PIB de 3% em 2012,

que se seguiu a uma queda de 1,7% em 2011, prevendo-se no Orçamento de Estado um

esbatimento desta evolução negativa em 2013, com o PIB porém ainda a descer 1,0%. No

entanto, a projecção contida no Boletim Económico do Banco de Portugal, aponta ainda para

uma regressão do PIB em 2013 de 1,9%, com a procura interna privada a cair 4%, colocando

em 17% a quebra acumulada da procura interna no período 2009-2013. Apenas em 2014 se

teria um crescimento positivo, já com a procura interna em recuperação, e prosseguindo a boa

dinâmica das exportações, mas estas projecções pressupõem que não haja reforço de medidas

de austeridade para além das contidas no Orçamento de 2013.

A situação recessiva da economia tem conduzido também a uma forte redução nas

importações, que em 2012 caíram, em termos reais, 6,6%, como consequência da quebra quer

do consumo quer do investimento – componentes da procura em que a participação de

importações é elevada - prevendo-se que voltem a cair em 2013 (-1,4%).

O crescimento das exportações, conjugado com este decréscimo das importações, conduziu ao

quase reequilíbrio da balança de bens e serviços, para a qual se projecta, aliás, um superavit de

3,1% do PIB em 2013. Ainda em 2010, o défice fora de 7,2%, sendo que Portugal não regista

saldo positivo nesta balança desde

há muito tempo.

Sobretudo em resultado da

evolução de balança de bens e

serviços, a balança corrente e de

capital apresenta igualmente uma

evolução positiva notável, passando

de um défice de 9,4% do PIB em

Balança corrente e de capitalEm percentagem do PIB

-8,6-9,4

-5,1

-1,1

3,1

-12

-10

-8

-6

-4

-2

0

2

4

2009 2010 2011 2012 2013p

Fonte: Banco de Portugal, Boletim Económico Inverno 2012

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 19

2010, para um valor também próximo do equilíbrio em 2012, e perspectivando-se um

excedente da ordem de 3,1% em 2013. A evolução desta balança espelha a variação do

endividamento nacional (sector público e privado) face ao exterior, pelo que, uma situação de

superavit traduz uma diminuição do endividamento externo global da economia portuguesa. A

inversão da posição da nossa balança corrente e de capital é assim, naturalmente, um dos

factores que contribuiu para o recente desanuviamento da percepção de risco por parte dos

investidores internacionais em relação ao nosso país, que induziu a descida dos yields da dívida

pública nacional e está a permitir o regresso aos mercados de financiamento externo, embora

ainda limitadamente, de bancos nacionais.

Esta evolução muito positiva na balança corrente e de capital foi porém conseguida à custa de

um programa de ajustamento e de austeridade muito severo, que tem conduzido a uma

acentuada retracção no nível de actividade económica, colocando questões quanto à sua

sustentabilidade, embora seja de assinalar o comportamento animador das exportações para

fora da Zona Euro, que se espera não venha a ser prejudicado com uma excessiva apreciação

do euro.

O declínio do nível de actividade levou a uma forte subida na taxa de desemprego, a qual,

segundo os números do INE, se situava em Dezembro de 2012 em 16,9%, correspondendo a

cerca de 920 mil desempregados, com elevada expressão do desemprego de longa duração e

do desemprego de jovens. A projecção para 2013 é a de que a taxa de desemprego venha

ainda a subir em relação a este nível. No seio da Zona Euro só a Grécia e Espanha apresentam

taxas de desemprego mais elevadas, em ambos os casos já amplamente superiores a 20%.

No tocante à inflação e apesar do ambiente recessivo, registou-se em 2012 uma subida do nível

geral de preços no consumidor de 2,8%, reflectindo o aumento dos preços de determinados

bens e serviços, na sequência de agravamentos fiscais e do ajustamento em alta de preços

administrados. No entanto, para 2013 admite-se uma descida da inflação para cerca de 0,9%,

provocada pela queda da procura interna.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 20

Evolução da euribor e yields de dívida

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

20

22

24

Janeiro 10 Abril 10 Junho 10 Setembro 10 Dezembro 10 Março 11 Junho 11 Setembro 11 Dezembro 11 Março 12 Junho 12 Setembro 12 Dezembro 12

Fonte: Bloomberg

%

EURIBOR 3M Yield OT 2 ANOS Yield OT 5 ANOS

Evolução da percepção do risco pelos mercados internacionais

0

2

4

6

8

10

12

14

16

Dezembro 10 Março 11 Junho 11 Setembro 11 Dezembro 11 Março 12 Junho 12 Setembro 12 Dezembro 12

Fonte: Bloomberg

%

SPREAD 10 ANOS PORTUGAL - ALEMANHA SPREAD 10 ANOS ITÁLIA - ALEMANHA

7. Mercado Bancário

As condições de exploração do mercado bancário, durante 2012, foram marcadamente

influenciadas pelos seguintes factores:

� Continuação da dificuldade de refinanciamento dos bancos portugueses nos mercados

de capitais, como consequência da percepção agravada dos factores de risco ligados à

dívida pública e ao sector financeiro, condicionante que, no entanto, se tem esbatido

um pouco ultimamente;

� nível extremamente baixo das taxas euribor, às quais se encontram indexadas as

taxas praticadas na maior parte dos contratos de crédito, situação que se verificou

durante todo o ano, com descida persistente das taxas, e que se acentuou no

segundo semestre;

� forte crescimento do crédito vencido, implicando um grande aumento do esforço de

provisionamento por parte da generalidade das instituições e perda de remuneração

no crédito pela anulação de juros não pagos;

� correlativamente, acumulação no balanço dos bancos de um vasto património

imobiliário, que constitui uma rubrica financeiramente improdutiva, sujeita

potencialmente a futuras imparidades, e implicando, a prazo, deduções prudenciais ao

valor dos fundos próprios.

As dificuldades de refinanciamento dos bancos nacionais criaram, como é sabido, uma enorme

pressão concorrencial na área da captação, dado que, para além das necessidades correntes de

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 21

fundos, os bancos precisam ainda de melhorar a sua posição estrutural de liquidez, o que os

obriga a reduzirem os rácios de transformação – redução que alguns já conseguiram fazer,

inscrevendo-se no limite máximo previsto para esse rácio no Memorando relativo ao Programa

de Assistência Financeira ao nosso país (120%).

Evolução da taxa de referência

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

4

4,5

5

5,5

6

Janeiro 08 Abril 08 Agosto 08 Dezembro 08 Abril 09 Agosto 09 Dezembro 09 Abril 10 Agosto 10 Dezembro 10 Abril 11 Agosto 11 Dezembro 11 Abril 12 Agosto 12 Dezembro 12

Fonte: Bloomberg

%

BCE (TAXA REDESCONTO) Euribor 3M FED FUNDS

Esta pressão sobre os recursos levou a que as taxas de juro médias dos depósitos (até 2 anos)

registassem uma subida acentuada, atingindo um pico na parte final de 2011 e início de 2012,

descendo, porém, nos meses subsequentes, em parte como resultado das medidas

disciplinadoras adoptadas pelo Banco de Portugal. Poderão ter contribuído também para essa

descida, no entanto, o desanuviamento dos constrangimentos de liquidez das instituições

através de maior recurso ao refinanciamento junto do BCE, bem como a progressiva

desalavancagem dos seus balanços via contenção de crédito, alienação de activos e conversão

de recursos fora de balanço em depósitos convencionais. Entretanto, e como se referiu,

algumas instituições de crédito, embora de forma limitada, já conseguiram voltar a refinanciar-

se no mercado de capitais.

Mantém-se porém a situação anómala, que contrasta totalmente com o que se verificava antes

da crise financeira, de o custo dos depósitos exceder, e de maneira significativa, as taxas de

juro de referência do mercado interbancário (as taxas euribor).

A subida do custo dos depósitos levou as instituições financeiras a ajustarem também o preço

do crédito, subindo os spreads em relação às taxas euribor, mas a descida incessante destas

últimas, e a sua manutenção, durante a maior parte de 2012, em níveis muito baixos, conduziu

a que, mesmo com os referidos ajustamentos em alta, o preço médio do crédito tenha entrado

num ciclo de descida desde Dezembro de 2011, que ainda não se inverteu. Assim, no crédito a

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 22

Taxas de Juro

Dez-09 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Nov-12 Nov12/Dez11∆ p.p.

Depósitos até 2 anos 2,10 2,15 2,95 3,67 3,54 3,30 2,81 -0,86

Crédito a Empresas 3,34 3,77 4,49 5,11 5,04 4,86 4,60 -0,51

Crédito à habitação 2,00 2,12 2,44 2,73 2,53 2,16 1,66 -1,07

Outro crédito a particulares 7,32 7,97 8,25 8,68 8,58 8,51 8,38 -0,30

Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de conjuntura, Janeiro 2013

Evolução da "margem comercial" do crédito *

Dez-10 Jun-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Nov-12 Nov12/Dez11∆ p.p.

Crédito a Empresas 1,62 1,54 1,44 1,50 1,56 1,79 0,35

Crédito à habitação -0,03 -0,51 -0,94 -1,01 -1,14 -1,15 -0,21

Crédito a particulares - consumo e outros fins 5,82 5,30 5,01 5,04 5,21 5,57 0,56

* Taxa média do crédito menos taxa dos depósitos até 2 anos, usado como proxy da margem comercial

empresas a respectiva taxa média desceu de 5,11% nesse mês para apenas 4,86% em Junho

de 2012, descendo novamente para 4,60% em Novembro, no crédito à habitação passou-se de

uma taxa média de 2,73% no final de 2011 para 2,16% em Junho de 2012 e 1,66% em

Novembro de 2012, e no crédito pessoal para consumo e outros fins, de 8,68% para 8,51% e

8,38% nos mesmos meses.

O crédito à habitação é a componente do crédito mais penalizada pela descida das taxas

euribor – neste caso sobretudo a euribor a 6 meses -, devido à maturidade média muito longa

das respectivas operações. Na carteira de crédito a empresas, e sobretudo no crédito ao

consumo, a sua maior rotação tem permitido às instituições, através do ajustamento do spread

nas novas operações e renovações, amortecerem o impacto da descida da euribor nas

respectivas taxas médias de remuneração, sem conseguirem, no entanto, travar a sua queda.

Assim, atendendo à referida inflexão no custo dos depósitos, ao longo de 2012, o sector

bancário no seu conjunto conseguiu recuperar em alguma medida a “margem comercial”

(diferença entre a taxa média do crédito e a dos depósitos) nas operações de crédito a

empresas e crédito ao consumo, em relação ao nível muito baixo de Dezembro de 2011

(subindo essa margem respectivamente +0,35 p.p. e +0,56 p.p.), continuando porém a

“margem comercial” a degradar-se no crédito à habitação. É de realçar o facto, gravoso para o

conjunto das instituições financeiras, de que a “margem comercial” no crédito à habitação é

nesta altura de -1,15%, e já era negativa (-0,94%) em Dezembro de 2011.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 23

Evolução das taxas médias Crédito à Habitação v.s. Depósitos

2,10 2,15

2,95

3,673,54

3,30

2,812,732,53

1,66

2,162,44

2,002,12

0

1

1

2

2

3

3

4

4

5

5

Depósitos até 2 anos Crédito habitação

Dez-2009 Dez-2010 Jun-2011 Dez-2011 Mar-2012 Jun-2012 Nov-2012

Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de Conjuntura, Janeiro 2013

Agregados de crédito

Dez-09 Dez-10 Jun-11 Dez-11 Mar-12 Jun-12 Nov-12

Total 2,2 1,5 0,0 -2,1 -2,9 -3,6 -4,6

Empresas 1,8 0,7 0,0 -1,7 -2,5 -3,1 -4,7

Particulares 2,3 2,0 0,0 -2,2 -3,0 -3,7 -4,3

Habitação 2,6 2,4 0,4 -1,6 -2,4 -3,0 -3,5

Outros fins 0,9 0,0 -1,8 -4,9 -5,7 -7,2 -8,0

Fonte: Banco de Portugal, Indicadores de conjuntura, Janeiro 2013

Valores em %

Constata-se, por outro lado, ao considerar a evolução dos agregados de crédito, que o volume

do crédito concedido à economia tem estado em regressão acentuada, agravando o impacto

sobre a margem financeira da situação adversa da margem comercial: ao “efeito taxa” negativo

soma-se um “efeito volume” igualmente negativo.

Com efeito, o crédito a empresas, em Novembro 2012, apresentava uma redução de 4,7% em

termos homólogos, o crédito à habitação de 3,5% e o crédito a particulares para outros fins

uma retracção mais pronunciada, de 8,0%. Estas variações referem-se ao saldo das carteiras

de crédito, e denotam, por consequência, uma redução substancial em novas operações. A

contracção nos volumes do crédito concedido à economia reflecte factores ligados à oferta –

gestão da liquidez, gestão do risco e constrangimentos de balanço das instituições -, mas

também se explica por uma menor procura, motivada pelo baixo nível de actividade económica

e pela incerteza e apreensões dos agentes económicos perante o actual ambiente recessivo.

Um outro aspecto marcante da evolução do mercado bancário é o substancial crescimento do

crédito vencido, o qual, para além de provocar um enorme esforço de provisionamento nas

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 24

diferentes instituições, também afecta a margem financeira, pelo aumento do peso do crédito e

de outros activos improdutivos, e pela anulação de juros vencidos não pagos.

Considerando os valores do crédito vencido no sistema bancário relativos a Novembro de 2012,

constata-se um incremento em termos homólogos de cerca de 6,4% no caso dos particulares,

mas de 42,7% no caso das empresas, originando um aumento global do crédito vencido no

sistema bancário de 28,7%. O crédito vencido de empresas já perfazia nesse mês 10,2% da

carteira, face a 6,5% no mês homólogo. Em Dezembro de 2008, este rácio era de apenas

2,2%.

Embora o crédito vencido empresarial esteja em crescimento em todos os sectores, é

particularmente elevado o aumento de 45,0% registado na construção e de 62,3% nas

actividades imobiliárias, que em conjunto perfazem 55,3% do crédito vencido das empresas. No

crédito a empresas, refira-se, a agricultura é o sector com menor rácio de crédito vencido, de

5,2% em Novembro último, contra 3,6% no mês homólogo de 2011, mas também apresentou

um crescimento significativo, já que em Dezembro de 2008 era de apenas 1,3%.

No caso dos particulares, o rácio de crédito vencido era de 3,8% em Novembro de 2012, sendo

de 2,1% no crédito à habitação e de 11,6% nos créditos para consumo e outros fins, rácios que

no mês homólogo de 2011 eram de 3,4%, 1,9% e 10,0% respectivamente. Em Dezembro de

2008 o rácio de crédito vencido nos particulares era de 2,2%, sendo 1,5% no crédito à

habitação e 4,9% no crédito para outros fins.

A análise dos rácios de crédito vencido em empresas por escalões dimensionais dos níveis de

responsabilidade é também elucidativa, revelando que em todos os escalões o crédito vencido

tem apresentado recentemente um crescimento muito rápido. Com efeito, constata-se que até

no escalão de níveis de responsabilidade acima de 5 milhões de euros, em que no final de 2008

o crédito vencido era de apenas 1% da carteira, se tem actualmente (Novembro 2012) um nível

de 7,8%. Os rácios de crédito vencido são no entanto muito mais elevados nos escalões

inferiores, que mais correspondem à dimensão típica das exposições das Caixas, verificando-se

porém que os rácios de crédito vencido do SICAM são em geral significativamente inferiores aos

que se verificam nesses escalões no conjunto do sistema bancário.

Face à situação descrita de esmagamento ou redução da margem financeira e de aumento das

imparidades de crédito e de menos valias em activos imobiliários, a par das reduzidas

oportunidades de negócio e da necessária desalavancagem, a rentabilidade das diferentes

instituições encontra-se pressionada, apresentando algumas, entre as de maior peso no

sistema, resultados negativos substanciais, e outras resultados positivos, mas pouco

expressivos face à dimensão dos seus balanços. Aliás, os resultados apresentados reflectem

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 25

proveitos não recorrentes – como ganhos financeiros na recompra a desconto de dívida própria

e mais-valias na venda de obrigações do tesouro – e ainda, nalguns casos, os resultados de

filiais ou sucursais fora de Portugal, que compensam resultados mais modestos na actividade

doméstica.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 26

8. Evolução e Perspectivas do Crédito Agrícola

Apesar dos constrangimentos que caracterizaram a situação do mercado bancário em 2012 e

que se descreveram no ponto anterior, o Crédito Agrícola (SICAM) conseguiu em 2012 um

resultado positivo de cerca de 42 milhões de euros. Este resultado, embora inferior ao registado

em 2011, pode-se considerar como bastante favorável face ao panorama geral do sector, em

que, como se referiu, alguns bancos apresentaram mesmo resultados negativos substanciais.

É também de sublinhar que, num quadro concorrencial ainda caracterizado por uma extremada

competição pelos recursos, o Crédito Agrícola registou em 2012 um crescimento dos depósitos

de clientes de 3,0%, perfazendo esses depósitos, em Dezembro findo, 10.178 milhões de euros

(+294 milhões comparativamente ao final de 2011). No tocante ao crédito e apesar da folgada

situação de liquidez do Crédito Agrícola, a carteira global que se situou em 8.365 milhões de

euros, registou uma ligeira diminuição de 2,6%, explicável pelo comportamento pouco dinâmico

da procura, dada a situação recessiva da economia.

O resultado de 2012 espelha

a evolução adversa da

margem financeira,

provocada pela acentuada

descida das taxas euribor, às

quais se encontram indexadas

as condições remuneratórias

da larga maioria das

operações de crédito (mais de

80% do valor total da

carteira). Com efeito, a margem financeira do Crédito Agrícola desceu de 343 milhões de euros

em 2011 para 319 milhões em 2012, uma redução de 7%.

A evolução positiva noutras componentes do produto bancário permitiu, no entanto, que este

agregado tivesse mantido sensivelmente o mesmo valor que em 2011, sofrendo apenas uma

ligeira redução de 1,4%: de 472 milhões de euros em 2011 para 465 milhões no ano findo.

Entre as rubricas do produto bancário com evolução mais favorável cabe destacar o saldo de

comissões, principal componente da margem complementar, o qual aumentou em 11,3% face

ao valor de 2011, atingindo 129,5 milhões. Nesta rubrica pesam as comissões relativas à venda

de seguros de vida e de ramos reais (cross-selling), mas também as comissões relativas a

SICAM10 3 euros

306

110

445

319

130

465

116

343

472

0102030405060708090100110120130140150160170180190200210220230240250260270280290300310320330340350360370380390400410420430440450460470480490500510520530540550560570580590600

2010 2011 2012

Margem Financeira Saldo de Comissões Produto bancário

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 27

(106

euros)

2010 2011 2012 ∆% (12/11)

Pessoal 158,6 161,3 162,7 +0,9

Gastos G. Administ. 124,2 127,9 125,7 -1,7

Amortizações 16,1 15,8 15,0 -5,0

TOTAL 299,0 305,0 303,4 -0,5

Custos de EstruturaSICAM

cartões e a fundos de investimento e, naturalmente, as ligadas à prestação de serviços

bancários, tendo quanto a estas as medidas adoptadas relativas à racionalização e

automatização do preçário sido instrumentais para a melhor cobertura dos custos inerentes a

esses serviços e para a promoção da eficácia da cobrança.

O crescimento destes proveitos extra-margem financeira é crucial para que os bancos

mantenham níveis de rentabilidade aceitáveis, dado que as condições de exploração da

actividade bancária se encontram no presente profundamente alteradas em relação ao que era

o padrão de há alguns anos atrás, em que a diferença entre as taxas de juro activas e passivas

assegurava resultados mais compensadores às instituições.

Os custos de estrutura foram contidos, tendo apresentado mesmo uma redução global de cerca

de 0,5%, contribuindo sobretudo para tal a diminuição de 1,7% nos gastos gerais

administrativos (-2,2 milhões de euros), os quais em 2011 haviam sido onerados com as

despesas relativas à

comemoração do

centenário, e com a primeira

parcela do custo do

Programa Especial de

Inspecções. Já nos custos

de pessoal teve-se um

acréscimo marginal de

0,9%. Entretanto, foram

adoptadas diversas medidas de racionalização de procedimentos, operacionalizadas ainda em

2012, mas com impacto sobretudo a partir do exercício de 2013, que vão dar um contributo

importante para novas reduções nos gastos gerais administrativos, sendo de referir, em

particular, a implementação da compensação electrónica de cheques e a adopção da

comunicação digital na informação a clientes.

À semelhança do que se verifica no conjunto do sistema bancário, as dificuldades da actual

conjuntura estão, também no caso do Crédito Agrícola, a fazer subir os níveis do crédito

vencido, embora de forma menos acentuada, implicando um aumento das provisões, que no

exercício de 2012 atingiram 123,6 milhões de euros, contra 111,8 milhões no ano anterior

(+10,5%) e que incluem provisões constituídas para fazer face a potenciais menos valias em

activos imobiliários adquiridos em processo de recuperação de crédito.

Em conjugação com a evolução desfavorável da margem financeira, foi este crescimento das

provisões o factor que mais penalizou os resultados líquidos do SICAM no exercício findo

comparativamente a 2011, ano em que o resultado atingira 53 milhões de euros.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 28

SICAMEvolução do Activo

10 3 euros

13.213 13.03013.750

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

11.000

12.000

13.000

14.000

15.000

16.000

17.000

18.000

Dez-10 Dez-11 Dez-12

SICAMEvolução dos depósitos de Clientes

10 3 euros

9.989 9.884 10.178

6.000

7.000

8.000

9.000

10.000

11.000

12.000

13.000

14.000

15.000

16.000

17.000

18.000

Dez-10 Dez-11 Dez-12

SICAMEvolução da Situação Líquida

10 3 euros

1.026 1.058 1.099

500

600

700

800

900

1.000

1.100

1.200

1.300

1.400

1.500

1.600

1.700

1.800

1.900

2.000

Dez-10 Dez-11 Dez-12

Deve notar-se que embora o Crédito Agrícola, como instituição bancária cooperativa, não tenha

o lucro como móbil central da sua actividade, a realização de resultados positivos é essencial

para o Grupo reforçar o seu capital e, assim, se capacitar para desempenhar eficazmente a sua

missão, nomeadamente no apoio ao desenvolvimento sócio-económico das comunidades em

que as Caixas estão inseridas.

O resultado obtido em 2012 permitiu ao Crédito Agrícola continuar a reforçar a sua situação

líquida, que em Dezembro/2012 já totalizava quase 1.100 milhões de euros, contra 1.057

milhões no final do ano transacto. Este nível de capitalização está associado a um rácio Core

Tier 1 que é o mais elevado do sistema bancário português (sem contar os recentes apports de

fundos públicos em alguns bancos), traduzindo a robustez do balanço do Crédito Agrícola.

A par da boa situação de que desfruta em termos de capital, o Crédito Agrícola mantém

igualmente um rácio de transformação de depósitos em crédito, bastante confortável, rácio

que, no exercício anterior, evoluiu para cerca de 82%, aumentando a margem de segurança do

Grupo neste indicador. Tal confere ao Crédito Agrícola uma posição única no conjunto da banca

portuguesa em termos de liquidez. Como se referiu, o valor definido como máximo para este

rácio no âmbito do programa de ajustamento para o sector financeiro é de 120%, beneficiando

portanto o SICAM de uma grande margem de segurança.

É de referir que o Crédito Agrícola foi um dos oito grupos bancários portugueses que, pela sua

importância sistémica, foi abrangido pelo Programa Especial de Inspecções que, no âmbito da

Assistência Financeira a Portugal, foi levado a cabo pelo Banco de Portugal e pela troika,

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 29

envolvendo equipas especializadas de auditoria, que analisaram as carteiras de crédito das

instituições e os seus procedimentos de controlo, os requisitos de capital e a capacidade para

suportar choques adversos, examinando posteriormente, em detalhe, a sua carteira de crédito

imobiliário. As conclusões deste trabalho relativas ao Crédito Agrícola revelam-se amplamente

positivas.

Nestes termos, pode dizer-se que o Crédito Agrícola, mantendo políticas prudentes e

conservadoras, pode enfrentar com confiança, embora sempre com o necessário realismo, as

dificuldades e os desafios da actual conjuntura, que continuarão por algum tempo a implicar

para as instituições bancárias condições de exploração bastante mais duras do que as

existentes antes da actual crise, obrigando a ajustamentos estratégicos a vários níveis.

Para além do SICAM, o Crédito Agrícola integra hoje um conjunto de empresas especializadas

em diversas áreas de negócio, tais como seguros, gestão de activos e consultoria, sendo de

destacar, entre estas, a actividade seguradora no que diz respeito ao contributo já significativo

para os resultados consolidados do Grupo Crédito Agrícola.

Neste contexto, merece destaque o facto de a CA Vida ter sido mais uma vez distinguida com o

galardão de “Melhor Grande Seguradora Vida” a operar em Portugal, distinção que, em relação

aos ramos reais e no seu segmento dimensional, a CA Seguros também recebeu em 2008, 2009

e 2010.

Apesar dos condicionalismos e constrangimentos da presente conjuntura, o Crédito Agrícola

tem continuado o processo de modernização que

iniciou há alguns anos atrás, o qual, permitindo a

consecução de melhorias operacionais internas, se

reflecte também na disponibilização aos associados e

clientes de novas soluções que respondem às

necessidades suscitadas pelas exigências da vida

moderna e pela própria evolução tecnológica.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 30

Entre as diversas iniciativas neste domínio, é de relevar, no período mais recente, o

alargamento das funcionalidades do serviço de internet banking do Grupo – o CA on-Line -,

serviço que já conta com cerca de 200.000 aderentes (activos), permitindo aos clientes realizar

hoje, sobre esta plataforma

bancária, um vasto conjunto

de operações. Como já se

referiu, o SICAM, utilizando

esta mesma plataforma,

passou a disponibilizar a

informação aos seus

associados e clientes em suporte digital, dispensando a comunicação em papel.Outra iniciativa

de relevo, relacionada com este canal, foi o lançamento do serviço CA – Mobile banking, que

permite aos utilizadores de smart phones o contacto, fácil e imediato, com o banco para

consultas e transacções (de baixa exigência de segurança) a partir do seu aparelho.

Na área de cartões verificou-se nova iniciativa inovadora do Crédito Agrícola, ao lançar no 3º

trimestre de 2012 o cartão contactless, o que vem na linha do lançamento do cartão chip, em

que igualmente o Crédito Agrícola foi o pioneiro em Portugal.

Na vertente comercial, há que referir que o Crédito Agrícola lançou uma linha

de crédito de 250 milhões de euros para apoio à exportação, e assinou com o

Ministério da Agricultura um protocolo visando o financiamento do sector

agrícola, através de uma linha de 150 milhões de euros para projectos

enquadrados no PRODER. Para além disso, o Crédito Agrícola tem tido uma

participação bastante activa no financiamento a PMEs no âmbito das linhas

PME Invest e Crescimento, e aderiu, em 2012, ao protocolo relativo ao

estatuto “PME Líder”, podendo propor a certificação de empresas para este

estatuto.

Finalmente é de notar que, de acordo com o Relatório oficial do Banco de

Portugal sobre essa matéria, o Crédito Agrícola (SICAM) continua a ser o grupo bancário com

menor incidência de reclamações de clientes entre todo os bancos a operar em Portugal, em

aspectos chave do negócio (depósitos, crédito ao consumo, cheques), e encontra-se entre os

melhores posicionados no credito à habitação.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 31

9. Demonstrações Financeiras

9.1 Demonstração de Resultados (valores expressos em Euros)

RUBRICA Notas 2012 2011

Juros e rendimentos similares 37 4.041.200 3.726.611

Juros e encargos similares 38 (1.551.165) (1.024.226)

Margem financeira 2.490.034 2.702.385

Rendimentos de instrumentos de capital 39 3.751 3.752

Rendimentos de serviços e comissões 40 872.659 828.375

Encargos com serviços e comissões 41 (91.236) (108.592)

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42

Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43

Resultados de reavaliação cambial 44 4.863 6.350

Resultados de alienação de outros activos 45 17.000 (7.000)

Outros resultados de exploração 46 612.588 371.206

Produto bancário 3.909.659 3.796.476

Custos com pessoal 47 (1.248.350) (1.187.067)

Gastos gerais administrativos 48 (1.040.233) (1.051.577)

Amortizações do exercício 17 e 18 (95.860) (94.059)

Provisões líquidas de reposições e anulações 30 29.859 120.617

Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (1.379.035) (2.115.581)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - (1.278)

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (117.774) (168.828)

Resultado antes de impostos 58.265 (701.297)

Impostos

correntes 20 (202.607) (181.939)

diferidos 20 609.429 316.311

Resultado líquido do exercício 465.088 (566.925)

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 32

9.2 Balanço (valores expressos em Euros)

2011

Provisões,

Activo imparidade e Activo Activo

ACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 2012 2011

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 830.596 830.596 652.004 Recursos de bancos centrais 22 - -

Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 1.395.978 1.395.978 1.193.697 Passivos financeiros detidos para negociação 23 - -

Activos financeiros detidos para negociação 7 - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - -

Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - Recursos de outras instituições de crédito 25 2.850.356 -

Activos financeiros disponíveis para venda 9 100.343 100.343 100.718 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 89.710.783 87.377.677

Aplicações em instituições de crédito 10 43.866.288 43.866.288 34.881.779 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -

Crédito a clientes 11 47.991.886 2.103.777 45.888.109 50.520.010 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - -

Investimentos detidos até à maturidade 12 - - Derivados de cobertura 14 - -

Activos com acordo de recompra 13 - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -

Derivados de cobertura 14 - - Provisões 30 373.413 403.272

Activos não correntes detidos para venda 15 4.419.514 804.002 3.615.512 3.266.970 Passivos por impostos correntes 20 258.051 -

Propriedades de investimento 16 - - Passivos por impostos diferidos 20 - -

Outros activos tangíveis 17 2.951.806 1.358.014 1.593.792 1.673.427 Instrumentos representativos de capital 31 - -

Activos intangíveis 18 181.945 181.945 - - Outros passivos subordinados 32 - -

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 3.029.431 32 3.029.399 3.029.399 Outros passivos 33 842.607 991.951

Activos por impostos correntes 20 - 45.157 Total do Passivo 94.035.210 88.772.900

Activos por impostos diferidos 20 1.761.585 1.761.585 890.489

Outros activos 21 559.702 61.873 497.829 498.144 Capital 35 5.155.185 5.180.765

Prémios de emissão 35 - -

Outros instrumentos de capital 36 - -

Reservas de reavaliação 36 - -

Outras reservas e resultados transitados 36 2.923.949 3.365.055

Resultado do exercício 36 465.088 (566.925)

Dividendos antecipados

Total do Capital 8.544.221 7.978.895

Total do Activo 107.089.074 4.509.642 102.579.432 96.751.795 Total do Passivo e do Capital 102.579.432 96.751.795

2012

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10. Análise de Gestão

10.1 Activo Líquido

Face a 2011, o Activo Líquido registou uma recuperação na ordem dos 6%, fixando-se nos €

102.579.432. Este crescimento é, em grande medida, justificado pelo largo incremento nas

rubrica de Aplicações Financeiras em Instituições de Crédito.

O rácio Activo Líquido/N.º Empregados estabeleceu-se nos € 3.419.314, bem acima do mínimo

prudencial recomendado de € 2.500.000 e com um crescimento face a 2011 de, também, 6%.

10.2 Situação Líquida e Solvabilidade

Pesem as limitações verificadas no cenário macroeconómico e no mercado bancário, o Crédito

Agrícola de Vagos regressou aos resultados líquidos positivos, reforçando em 7% a Situação

Líquida do Balanço, relativamente a 2011.

Não obstante o ligeiro abrandamento face a 2011, o Crédito Agrícola de Vagos continua a

cumprir, confortavelmente, o Rácio de Solvabilidade, calculado nos termos e regras do Banco

de Portugal.

Em termos de liquidez, o Crédito Agrícola de Vagos mantêm um saudável equilíbrio que

granjeou de alguns anos a esta parte. O Rácio de Transformação de depósitos em crédito fixou-

se, em 2012, 55,22%.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 34

10.3 Crédito a Clientes e Aplicações em Instituições de Crédito

Em 2012, verificou-se uma redução do volume da carteira de crédito a clientes, em resultado da

menor propensão da actividade creditícia, As consequências da crise também ditaram a

transformação de activos financeiros em activos não correntes detidos para venda, no

seguimento de processos de renegociação de dívidas e planos de pagamento. Comparando com

2011, o valor da carteira de crédito quedou-se cerca de 9%, e fixou-se nos € 47.991.886

(Crédito a Clientes Bruto).

Por outro lado, conservando-se o cenário de menor procura por financiamento por parte dos

agentes económicos, bem como a maior restritividade dos critérios de concessão de crédito,

exigidos pela conjuntura, registámos um crescimento de cerca de 25% nas aplicações detidas

em instituições de crédito, em necessidade de rentabilização dos nossos excedentes não

aplicados em Crédito a Clientes.

10.4 Crédito Vencido

Este continua a ser um dos maiores problemas da actividade bancária no seu geral. As

dificuldades impostas pelos constrangimentos do ajustamento da economia portuguesa têm

afectado, de forma indiferenciada, todos os agentes económicos nacionais.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 35

Mesmo assumindo uma postura dinâmica no combate ao crédito vencido, o Crédito Agrícola de

Vagos continua a ver dificultada a sua tarefa de recuperação. Os dilatados prazos judiciais

continuam a asfixiar a eficácia dos serviços.

Considerando o cenário económico e financeiro, o Crédito Agrícola de Vagos manteve uma

estratégia de antecipação dos riscos, intervindo, quando necessário, junto dos clientes em

situação difícil, com planos alternativos, para cumprimento dos serviços da dívida.

Em 2012, rácio Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido situou-se nos 5,09%, ligeiramente

acima do registado no ano transacto.

10.5 Depósitos Totais de Clientes

Em 2012, os Depósitos Totais de Clientes seguraram-se nos € 89.100.911. Comparando com o

ano anterior, esta rubrica cresceu 2,40%. Do ponto de vista da composição, 82% dos depósitos

dos nossos clientes estão aplicados em depósitos a prazo e contas poupança.

10.6 Margem Financeira

Em linha com o SICAM, a Margem Financeira do Crédito Agrícola de Vagos, em 2012, registou

um abrandamento de cerca de 8%, relativamente a 2011., tendo-se fixado nos € 2.490.034.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 36

Para este abrandamento, muito contribuíram, o menor pendor na concessão de crédito,

habitualmente, com taxas de remuneração mais atractivas, a manutenção, em baixa, das taxas

euribor , e a redução do volume de carteira de crédito, o mais importante activo financeiro

remunerado.

10.7 Margem Complementar

A Margem Complementar registou um crescimento de 8,56% face a 2011, fixando-se nos €

781.423 de comissões líquidas recebidas. Para este incremento, concorreram o alargamento da

actividade comercial de cross-selling que também resultou no crescimento das taxas de

vinculação de produtos por cliente.

10.8 Produto Bancário

O Produto Bancário em 2012 estabeleceu-se nos € 3.909.659, crescendo cerca de 3%

relativamente a 2011. O rácio Produto Bancário/ N.º Empregados situou-se nos € 130.321,

acima dos € 90.000 exigidos pela supervisão.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 37

10.9 Custos de Funcionamento

Os custos de funcionamento apresentaram uma evolução em linha com o previsto, situando-se

nos € 2.288.584. Esta variável, figurou um crescimento na ordem dos 2%, face a 2011.

10.10 Rácio de Eficiência

O Rácio de Eficiência apresentou melhorias relativamente a 2011, tendo-se situado nos

60,99%. O SICAM, em média, fixou este indicador nos 65,20%, acima do registado no Crédito

Agrícola de Vagos.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 38

11. Proposta de Aplicação de Resultados

O Conselho de Administração da Caixa de Vagos propõe que o Resultado Líquido apurado no

exercício de 2012, no valor de € 465.088, seja aplicado, integralmente, em Resultados

Transitados.

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RELATÓRIO E CONTAS | 2012 39

12. Parecer do Conselho Fiscal

Nos termos das disposições legais aplicáveis e dos estatutos, vem o Conselho Fiscal apresentar o seu

parecer ao relatório e contas apresentados pelo Conselho de Administração da CCAM de Vagos, relativo

ao exercício de 2012.

Durante o exercício em análise, o Conselho Fiscal realizou um acompanhamento de toda a

actividade da CCAM de Vagos, apoiando-se na documentação financeira disponibilizada para o efeito pelos

colaboradores da Caixa, bem como na realização de reuniões com o Conselho de Administração.

Deixamos aqui o público agradecimento pela disponibilidade e colaboração com que fomos brindados por

todos os administradores e colaboradores na obtenção de esclarecimentos às solicitações apresentadas,

facilitadores e necessários para uma apreciação dos indicadores económicos e financeiros da Instituição.

O relatório e contas, bem assim como as demonstrações financeiras apresentadas, foram

elaborados de acordo com as normas de contabilidade em vigor, respeitando os normativos legais

emanados pelo Banco de Portugal e demais legislação em vigor aplicável às instituições financeiras,

reflectindo, com rigor, a situação patrimonial real da Caixa.

Do relatório e contas apresentado pela administração da CCAM de Vagos, relativo ao exercício de

2012, ressalta que:

A CCAM de Vagos continua a apostar na formação dos seus recursos humanos, melhorando as

competências dos seus funcionários que este ano se traduziu em 1041 horas de formação.

O activo líquido da CCAM de Vagos fixou-se acima dos cem milhões de euros (€102.579.432,00)

O Crédito Vencido Líquido/Crédito Total Líquido, comparativamente ao período homólogo, sofreu um

ligeiro aumento de 0,11% situando-se agora nos 5,09% de crédito vencido. Este registo representa o

grande esforço no combate ao crédito vencido que a administração vem efectuando num período

manifestamente adverso.

A degradação económica fez com que a Caixa de Vagos diminuísse a sua carteira de crédito

concedido em 9% relativamente ao período homólogo. Em oposição, a carteira de aplicações em

instituições de Crédito cresceu cerca nove milhões de euros em relação ao exercício anterior.

O rácio de solvabilidade continua a apresentar valores muito acima dos mínimos legais, fixando-se

em 2012 nos 11,84%, denotando a sólida robustez financeira da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de

Vagos.

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Na rubrica outros resultados de exploração (€612.588,00), incluem-se valores correspondentes a

créditos vencidos já abatidos ao activo, mas sobre os quais continuaram a ser realizados esforços de

cobrança.

Os resultados do exercício 2012, apesar das condições e dificuldades com que a administração da

Caixa teve de conviver ao longo do exercício foram positivos, fixando-se no valor de €465.088,00.

Face ao exposto, o Conselho Fiscal é de parecer que o Relatório e Contas apresentado pelo

Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola Mutuo de Vagos deve merecer a aprovação dos

associados, bem assim como a proposta de aplicação de resultados apresentada pela administração.

Vagos, 25 de Fevereiro de 2013

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13. Certificação Legal de Contas

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DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXO

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

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1. NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Vagos, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM Vagos)

é uma instituição de crédito constituída em 06 de Janeiro de 1984 sob a forma de Cooperativa de

responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais

actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável.

A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela

Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola

Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e

representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo.

Em 31 de Dezembro de 2012, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Padre Vicente

Maria da Rocha, em Vagos e através de uma rede de 5 balcões situados nos concelhos de Vagos.

2. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS 2.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios

consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de

21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº

1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o

ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de

21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas

a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados

para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são

reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que

produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros

e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão

ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com

o método referido na alínea anterior;

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

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iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo

definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco

de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº

8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este

regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros

instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste

modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos

tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente

autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de

reavaliação”.

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do

impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005

de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com

referência a 31 de Dezembro de 2004, decorrente da transição para os IAS/IFRS pode ser

atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31

de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua

de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a

qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2011.

Em 2012 a Caixa apresenta as suas demonstrações financeiras de acordo com as NCA, sendo o

impacto da introdução destas normas apresentado na Nota 3.

2.2. Comparabilidade da informação Conforme permitido pelo Aviso nº 1/2005, a Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo bem como

as caixas de crédito agrícola mútuo do SICAM elaboraram até 31 de Dezembro de 2006 as suas

demonstrações financeiras, em base individual, em conformidade com as normas constantes da

instrução nº 4/96.

Em 2007 a Caixa apresenta pela primeira vez as suas demonstrações financeiras de acordo com

as NCA. Com o objectivo de assegurar a comparabilidade com o ano anterior, as demonstrações

financeiras de 31 de Dezembro de 2006 foram convertidas para NCA (demonstrações financeiras

pró-forma).

2.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes:

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a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios em relação à

generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os custos e proveitos são

registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento

ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas

estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de

Portugal.

Os proveitos e custos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no

período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na

posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo

são registadas na posição cambial.

c) Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

As empresas filiais são entidades nas quais a Caixa exerce controlo sobre a gestão das

mesmas. As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência

significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma

participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas

decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo

nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas filiais e associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de

análises de perdas por imparidade.

As participações em empresas filiais e associadas em moeda estrangeira (activos não

monetários valorizados ao custo histórico) são convertidas à taxa de câmbio histórica da

data da transacção, conforme previsto no IAS 21.

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d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de

acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal.

A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de

relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os proveitos são

reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da

taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um

período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e custos externos

imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria

devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos,

segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de

provisões, nos termos descritos abaixo. Os juros são reconhecidos de acordo com o

princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos

créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento

em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas e compromissos irrevogáveis

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas

em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou

outros proveitos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Provisões para crédito e juros vencidos, créditos de cobrança duvidosa, risco país e riscos

gerais de crédito

De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, de 30 de Junho (com as alterações

introduzidas subsequentemente, nomeadamente pelo Aviso nº 3/2005, de 21 de Fevereiro),

e outras disposições emitidas pelo Banco de Portugal, são constituídas as seguintes

provisões para riscos de crédito:

i) Provisão para crédito e juros vencidos

Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens

provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e

são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

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ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa

Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou

que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos

termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os

seguintes:

- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique,

relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos

uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros;

. Estarem em incumprimento há mais de:

. Seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos;

. Doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas

inferior a dez anos;

. Vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos.

Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo provisionados com base nas taxas aplicáveis ao

crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação

acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse

cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas

condições são provisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos

créditos vencidos.

iii) Provisão para risco país

Destina-se a fazer face aos problemas de realização dos activos financeiros e

extrapatrimoniais sobre residentes de países considerados de risco pelo Banco de

Portugal, qualquer que seja o instrumento utilizado ou a natureza da contraparte, com

excepção:

- Dos domiciliados em sucursal estabelecida nesse país, expressos e pagáveis na

moeda desse país, na medida em que estejam cobertos por recursos

denominados nessa moeda;

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- Das participações financeiras;

- Das operações com sucursais de instituições de crédito de um país considerado

de risco, desde que estabelecidas em Estados membros da União Europeia;

- Dos que se encontrem garantidos por entidades indicadas no número 1 do artigo

15º do Aviso nº 3/95, desde que a garantia abranja o risco de transferência;

- Das operações de financiamento de comércio externo de curto-prazo, que

cumpram as condições definidas pelo Banco de Portugal.

As necessidades de provisões são determinadas por aplicação das percentagens

fixadas em Instruções e Cartas Circulares do Banco de Portugal, que classificam os

países e territórios segundo grupos de risco.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito

Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a

riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados.

Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales:

- 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada;

- 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações

de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine

a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços

desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações

vencidas são denunciados nos termos definidos no manual de crédito aprovado, sendo

nesse momento considerada vencida toda a dívida.

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Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por

utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos

créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de

exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os

IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados,

passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou

recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor

líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros

detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo

valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de

rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e

avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao

justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os

ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são

reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e

o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa

efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os dividendos são reconhecidos quando atribuídos ou recebidos. De acordo com este

critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que

é deliberada a sua distribuição.

O justo valor dos activos financeiros detidos para negociação e transaccionados em

mercados activos é o seu “bid-price” ou a cotação de fecho à data do balanço. Se um

preço de mercado não estiver disponível, o justo valor do instrumento é estimado com

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base em técnicas de valorização, que incluem modelos de avaliação de preços ou

técnicas de “discounted cash-flows”.

Quando são utilizadas técnicas de “discounted cash-flows”, os fluxos financeiros futuros

são estimados de acordo com as expectativas da gestão e a taxa de desconto utilizada

corresponde à taxa de mercado para instrumentos financeiros com características

semelhantes. Nos modelos de avaliação de preços, os dados utilizados correspondem

a informações sobre preços de mercado.

O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa é estimado com

base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em

análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade

creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida,

que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo

valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como

crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor

não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo.

Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em

rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao

reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para

resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas

directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o

custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo

com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e

rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na

data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos

antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua

distribuição.

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iii) Investimentos a deter até à maturidade

Os investimentos a deter até à maturidade são investimentos que têm um rendimento

fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso

determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros a deter até à maturidade são registados ao custo de

aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das

diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são

calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na

rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são

registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito.

São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num

mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos

financeiros.

No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de

eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos

incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequente, estes activos são

reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e

provisões para risco país.

Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular

o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa

efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros

estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

Operações de venda com acordo de recompra

Os títulos vendidos com acordo de recompra são mantidos na carteira onde estavam

originalmente registados. Os fundos recebidos são registados, na data de liquidação,

em conta própria do passivo, sendo periodificados os respectivos juros.

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v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que

corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são

posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo

Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de

Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto (i)

garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e (ii) promover e realizar acções que visem

assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do

Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com

excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea

d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as

perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados.

Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação

de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para

títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no

valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser

estimado com razoabilidade.

Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através

de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é

reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título

ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de

reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados.

As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser

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12

revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor

do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As

perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser

revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento

de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de

rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores

variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a

perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua

contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo

valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados

pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

• Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que

respeita a futuros transaccionados em mercados organizados);

• Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções.

Derivados embutidos

Os instrumentos financeiros derivados embutidos noutros instrumentos financeiros são

destacados do contrato de base e tratados como derivados autónomos no âmbito da Norma

IAS 39, sempre que:

• As características económicas e os riscos do derivado embutido não estejam

intimamente relacionados com o contrato de base, conforme definido na Norma

IAS 39; e

• A totalidade do instrumento financeiro combinado não esteja registada ao justo

valor, com as variações no justo valor reflectidas em resultados.

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Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um

determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de

cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito,

está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39.

Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação

formal, que inclui os seguintes aspectos:

• Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de

cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

• Descrição do(s) risco(s) coberto(s);

• Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura;

• Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da

comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto

(na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade

de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo

entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de

forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados

mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a

cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo

valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é

reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através

de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros

(como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em

curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e

encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e

passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos

são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

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Derivados de negociação

São considerados derivados de negociação todos os instrumentos financeiros derivados que

não estejam associados a relações de cobertura eficazes de acordo com a Norma IAS 39,

incluindo:

• Derivados contratados para cobertura de risco em activos ou passivos registados

ao justo valor através de resultados, tornando assim desnecessária a utilização de

contabilidade de cobertura;

• Derivados contratados para cobertura de risco que não constituem coberturas

eficazes ao abrigo da Norma IAS 39;

• Derivados contratados com o objectivo de “trading”.

Os derivados de negociação são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados

diariamente reconhecidos em proveitos e custos do exercício, nas rubricas de “Resultados

de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. As reavaliações

positivas e negativas são registadas nas rubricas “Activos financeiros ao justo valor através

de resultados” e “Passivos financeiros ao justo valor através de resultados”,

respectivamente.

g) Propriedades de investimento

Correspondem a imóveis detidos pela Caixa com o objectivo de obtenção de rendimentos

através do arrendamento e/ou da sua valorização.

As propriedades de investimento são registadas ao justo valor, determinado anualmente

com base em avaliações de peritos. As variações no justo valor são reflectidas em

resultados e os imóveis não são sujeitos a amortizações.

h) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são

contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente

atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

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A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período

de vida útil estimado do bem:

Anos de

vida útil

Imóveis de serviço próprio 50

Despesas em edifícios arrendados 10

Equipamento informático e de escritório 4 a 10

Mobiliário e instalações interiores 6 a 10

Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em

edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o

da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006

foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que

corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes

da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento

das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos

fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos.

Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por

imparidade.

Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente custos com a aquisição, desenvolvimento ou

preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os

activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e

perdas por imparidade acumuladas.

As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo

da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

i) Activos tangíveis disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como

detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser

recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo

de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos

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seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada;

• O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual;

• Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar até um ano

após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o

justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é

determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a

amortizações.

j) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a processos judiciais

e outros a riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37

(Nota 30).

k) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário

pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma,

invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na

Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus

colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no

ACTV.

Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo

Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por

velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social.

Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com (i) a pensão

garantida à idade presumível de reforma, (ii) com o coeficiente entre o número de anos de

serviço prestados até à data do cálculo e (iii) o número total de anos de serviço à data de

reforma.

Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo

Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um

Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros Fidelidade -

Mundial S.A..

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De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são

abrangidos pelos benefícios descritos.

Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir

das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira,

considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-

se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões.

Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de

Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a

considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a

considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e

diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca.

Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por

velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por

invalidez e sobrevivência imediata.

O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente

casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de

três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício

encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI

do ACTV.

A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é

estimada pela Companhia de Seguros Crédito Agrícola Vida, S.A. para cada entidade

contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito.

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O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento

integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de

um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de

pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos

relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do

IAS 19.

l) Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC).

O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e

os impostos diferidos.

O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do

resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou

proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros

períodos.

Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos

futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de

balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro

tributável.

Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças

temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao

montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a

utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No

entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias resultantes de goodwill;

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos

em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por

empresas filiais e associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de

controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num

futuro previsível.

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Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa

estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às

taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço.

Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do

exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido

reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de

activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é

igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do

exercício.

m) Locação financeira

Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito

concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do

plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos

financeiros.

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3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS

A aplicação das Normas de Contabilidade Ajustadas nas demonstrações financeiras, no ano de 2012,

teve um impacto negativo nos capitais próprios da Caixa no montante de 17.727,00 €..

Valor Impacto ValorBruto Fiscal Líquido

Capitais próprios em 31 de Dezembro de 2011 -566.925

Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39:Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 -Activos intangíveis IAS 38 -Responsabilidades com pensões IAS 19 -4.997 (4.997)Prémio de antiguidade IAS 19 -SAMS IAS 19 -12.730 (12.730)Encargos com saúde IAS 19 -Impostos diferidos IAS 12 -Provisões IAS 37 -Activos detidos para venda IFRS 5 -(…)

Aplicação do IAS 32 e do IAS 39 Títulos de capital -Diferimento de comissões associadas a operações de crédito -Reavaliação de instrumentos financeiros derivados -

De cobertura -De negociação -

Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de cobertura -Mais valias potenciais -Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizadoIAS 39 -(…) -

- - (17.727)

Capitais próprios em 31 de Dezembro de 2012 de acordo com as NCA (584.652)

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5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Caixa:Moedas nacionais 652.004 830.596 Moedas estrangeiras - -

652.004 830.596

Depósitos à Ordem no Banco de Portugal - -

Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro:Depósitos à ordem - - Cheques a cobrar - - Outras disponibilidades - -

- -

Juros a receber - -

652.004 830.596

De acordo com o Regulamento nº 2.818/98, de 1 de Dezembro, emitido pelo Banco Central Europeu, a

partir de 1 de Janeiro de 1999 as instituições de crédito estabelecidas nos Estados-Membros

participantes estão sujeitas à constituição de reservas mínimas em contas junto dos Bancos Centrais

Nacionais participantes. A base de incidência compreende todos os depósitos em bancos centrais e

em instituições financeiras e monetárias que se situem fora da zona Euro e todos os depósitos de

clientes inferiores a dois anos. A esta base é aplicado um coeficiente de 2% e abatido um montante de

100.000 Euros. As reservas mínimas exigidas são remuneradas à média das taxas das operações

principais de refinanciamento do Sistema Europeu de Bancos Centrais.

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6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 714.741 985.524Cheques a cobrar 478.701 410.328Outras disponibilidades -

1.193.442 1.395.851

Disponibilidades em Instituições Crédito no Estrangeiro:Organismos financeiros internacionais

Depósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Sucursais de outras instituições de créditos nacionaisDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Outras instituições de créditoDepósitos à ordem - -Cheques a cobrar - -Outras disponibilidades - -

- -

Juros a Receber

1.193.442 1.395.851

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10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Aplicações em Instituições de Crédito no País:No Banco de Portugal:

Mercado monetário interbancário - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:Mercado monetário interbancário - -Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos 34.494.384 43.413.745Empréstimos - -Operações de compra de acordo com revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

34.494.384 43.413.745

Aplicações em Instituições de Crédito no Estrangeiro:Bancos Centrais:

Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Outras aplicações - -

- -

Organismos financeiros internacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

31-12-2010 31-12-2012

Sede e sucursais da própria instituição:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

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31-12-2011 31-12-2012

Sucursais de outras instituições de crédito nacionais:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Em outras instituições de crédito:Aplicações a muito curto prazo - -Depósitos - -Empréstimos - -Operações de compra com acordo de revenda - -Aplicações subordinadas - -Outras aplicações - -

- -

Correcções de valor de activos que sejamobjecto de operações de cobertura - -

34.494.384 43.413.745

Provisões - -

34.494.384 43.413.745

Em 31 de Dezembro de 2011 e 31 de Dezembro 2012, os prazos residuais das aplicações em

instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2011 31-12-2012

Até três meses 2.962.000 9.800.000Entre três meses e um ano 25.504.680 31.027.088Entre um ano e três anos 6.027.704 2.586.657Entre três e cinco anos - -Mais de cinco anos

34.494.384 43.413.745Juros a receber 387.405 452.554

34.881.789 43.866.299

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11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012Crédito internoMédio e longo prazos

Empréstimos à habitação bonificado 1.911.506 1.674.541Empréstimos à habitação regime geral 17.042.853 18.066.916Empréstimos com garantia real 14.982.306 11.538.803Empréstimos sem garantia real 8.881.069 8.011.095Contratos de locação financeira

Clientes - -CCAM - -Empresas do grupo - -

Empréstimos subordinados (CA Seguros) - -Curto prazo

Outros créditosCartão crédito - -Outros créditos 1.725.503 1.240.324

Créditos em conta correnteClientes 3.517.388 3.066.516Empresas do grupo - -

Descobertos em depósitos à ordemEmpresas do grupo - -Outros residentes - -

48.060.626 43.598.194Crédito ao exteriorMédio e longo prazo

Empréstimos - -Curto prazo

Outros créditosDescobertos dep.ordem - não residentes - -Outros créditos a clientes - -

- -

Juros a receber

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferido - -Receitas com rendimento diferido 14.539 (22.883)

14.539 (22.883)

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 48.075.164 43.575.311

Crédito e juros vencidosCrédito vencido 6.175.940 4.395.703Juros vencidos 61.556 20.872Total crédito e juros vencidos 6.237.497 4.416.575

54.312.661 47.991.886

ProvisõesPara crédito e juros vencidos (3.742.831) (2.098.211)Para crédito de cobrança duvidosa (49.819) (5.566)

(3.792.651) (2.103.777)

50.520.010 45.888.109

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26

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 3.959.577 4.419.514Equipamento - -Outros - -

3.959.577 4.419.514

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

3.959.577 4.419.514Imparidade:

Imóveis (692.607) (804.002)Equipamento - -Outros - -

3.266.970 3.615.512

O movimento desta rubrica a 31-12-2011 e 31-12-2012 pode ser apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 3.959.576 (692.606) 648.300 (190.600) - - - 4.419.514 (804.002) 3.615.512Equipamento - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

3.959.576 (692.606) 648.300 (190.600) - - - 4.419.514 (804.002) - 3.615.512

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 3.569.383 (96.599) 523.194 (133.000) - - - 3.959.576 (692.606) 3.266.970Equipamento - - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

3.569.383 (96.599) 523.194 (133.000) - - - 3.959.576 (692.606) - 3.266.970

31-12-2011 31-12-2012

31-12-2010 31-12-2011

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27

17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” a 31-12-2011 e 31-12-2012 foi o

seguinte:

31-12-2012

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 245.133 - - - - - - - - 245.133

Edificios 1.210.114 (316.975) - - - (23.405) - - (225) 869.734

Obras em imóveis arrendados 436.493 (124.296) - - - (12.443) - - (53) 299.754

Outros imóveis 3.513 (3.513) - - - - - - - -

1.895.253 (444.784) - - - (35.848) - - (278) 1.414.621

Equipamento:

Mobiliário e material 274.930 (183.635) - - - (20.466) - - (2.902) 70.828

Máquinas e ferramentas 119.084 (102.714) - - - (5.927) - - (46.040) 10.443

Equipamento informático 418.215 (418.193) - 826 - (848) - - (117.405) (0)

Material de transporte - - - - - - - - - -

Equipamento de segurança 193.700 (149.624) - 523 - (12.223) - - - 32.376

Outro equipamento 160.734 (145.457) - 14.876 - (20.548) - - (15.876) 9.606

1.166.662 (999.622) - 16.225 - (60.012) - - (182.223) 123.253

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) 3.741 (249) - - - - - - - 3.492

Activos tangíveis em curso 52.427 - - - - - - - - 52.427

3.118.083 (1.444.656) - 16.225 - (95.860) - - (182.502) 1.593.792

31-12-2011

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 245.133 - - - - - - - - 245.133

Edificios 1.210.114 (292.281) - - - (24.834) - - - 892.998

Obras em imóveis arrendados 436.493 (110.761) - - - (13.535) - - - 312.197

Outros imóveis 3.513 (3.513) - - - - - - - -

1.895.253 (406.556) - - - (38.369) - - - 1.450.328

Equipamento:

Mobiliário e material 273.293 (162.657) - 1.637 - (20.979) - - - 91.295

Máquinas e ferramentas 119.084 (96.462) - - - (6.252) - - - 16.370

Equipamento informático 418.215 (416.063) - - - (2.130) - - - 22

Material de transporte - - - - - - - - - -

Equipamento de segurança 193.700 (137.476) - - - (12.148) - - - 44.076

Outro equipamento 152.108 (131.135) - 8.626 - (14.322) - - - 15.277

1.156.399 (943.792) - 10.263 - (55.831) - - - 167.039

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) 3.741 (249) - - - - - - - 3.492

Activos tangíveis em curso 52.427 - - - - - - - - 52.427

3.107.820 (1.350.597) - 10.263 - (94.200) - - - 1.673.286

31-12-2011

31-12-2010

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28

18. ACTIVOS INTANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Activos intangíveis” a 31-12-2011 e 31-12-2012 foi o seguinte:

31-12-2012Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regulariz. e abates líquido

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

181.945 (181.945) - - - - - - - -

31-12-2011Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transf. do exercício Imparidade Regulariz. e abates líquido

Outros activos intangíveis - - - - - - - - - -Activos intangíveis em curso - - - - - - - - - -

182.193 (182.193) - - - - - (248) (248) -

-

(248) (248) -

- - - -

-

31-12-2011

31-12-2010

-

-- -

- - -Sistema de tratamento automático de dados (software)

Sistema de tratamento automático de dados (software)

182.193 (182.193)

181.945 (181.945)

19. INVESTIMENTOS EM FILIAIS, ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS Em 31-12-2011 e 31-12-2012, a rubrica “investimentos em filiais” tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade Sede 31-12-2012 31-12-2012 31-12-2011

CA Informática Outros PRT <10% 15339 15339Fenacam FCRL Outros PRT <10% 25 25CA Vida SG PRT <10% 93648 93648CCCAM IC PRT <10% 2920360 2920360CA Seguros SG PRT <10% 58,09 58,09

3.029.430 3.029.430

Em 31-12-2012, os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras

destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

em euros

Activo Liquido Situação Liquida Resultado Liquido

Caixa Central 6.577.756.065 146.179.765 1.573.551 CA Vida 1.149.801.596 56.706.158 4.150.945 CA Seguros 175.368.899 31.110.253 3.179.636 CA Informática 27.952.370 5.630.689 22.107 Fenacam 7.337.715 4.673.859 389.637 *todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas

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29

20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento em 31-12-2011 e 31-12-2012 eram

os seguintes:

31-12-2011 31-12-2012

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 890.489 1.761.585Por prejuízos fiscais reportáveis - -

890.489 1.761.585

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias - -

890.489 1.761.585

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar 45.157 -

45.157 -

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar - 258.051

45.157 258.051

Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela

relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem

ser apresentados como se segue:

2011 2012

Impostos correntes (181.939) (202.607)

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias 316.311 609.429Prejuízos fiscais reportáveis - -

316.311 609.429

Total de impostos reconhecidos em resultados 134.372 406.822

Lucro antes de impostos (701.297) 58.265

Carga fiscal -19,16% 698,22%

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30

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por

parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais

da Caixa relativas aos anos de 2009 a 2012, poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão, e a matéria

colectável a eventuais correcções.

Contudo, na opinião do Conselho de Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções

com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2012.

A reconciliação entre a taxa nominal e a taxa efectiva de imposto em 31-12-2011 e 31-12-2012, pode

ser demonstrada como segue:

Taxa de Taxa deimposto Montante imposto Montante

Resultado antes de impostos (701.297) 58.265

Imposto apurado com base na taxa de imposto nominal 20,15% (141.311) 26,25% 15.295

Diferenças geradoras de activos e passivos por impostos diferidosProvisões temporariamente não dedutíveis ou acima dos limites legais -45,76% 320.900 1417,16% 825.715Diferimento de comissões 0,00% 0,00% -Activos não correntes detidos para venda 0,00% 0,00% -Activos tangíveis e intangíveis 0,00% 0,00% -(…)Diferenças permanentesMais valias na venda de participações financeiras 0,00% 0,00% -Mais valias na venda de outros activos tangíveis 0,00% 0,00% -Correcções relativas a exercícios anteriores (0,29%) 2.045 3,73% 2.176Variações patrimoniais negativas 2,13% (14.960) (182,89%) (106.559) Lucro tributavel imputado por sociedades transparentes ACE 0,00% - 0,00% -Donativos não previstos (0,01%) 75 0,00% -Multas (0,14%) 999 0,32% 188Despesas de caracter confidencial 0,00% - 0,00% -Outras diferenças permanentes 0,00% - 0,00% -Prejuizo fiscal imputado por sociedades transparentes ACE 0,00% - 0,00% -Deduções á colecta 0,25% (1.725) 0,00% -Tributações autónomas (0,31%) 2.208 3,48% 2.025(…) 9,09% (63.737) (274,56%) (159.975)Imposto corrente sobre o lucro do exercício 168.231 738.840

Registo e reversão de activos e passivos por impostos diferidos 45,10% (316.311) (1045,95%) (609.429)

Custo com imposto do exercício 30,20% (148.080) -52,46% 129.411

Correcções de impostos relativas a exercícios anteriores -

Impostos correntes sobre os lucros (148.080) 129.411

2011 2012

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31

21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Outros activosOutros metais preciosos 5.628 6.841Devedores por operações sobre futurosSector Público Administrativo

IVA a recuperar(…)

Despesas a debitar a clientesBonificações a receber 61.536 53.530Outros devedores diversos 136.401 132.905Rendimentos a receber - -

203.565 193.277Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 3.079 61.730Seguros(…)Outras 76.378 3.973

79.457 65.703

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidar - -Operações activas a regularizar 270.597 300.695(…) - -Outras - -Responsabilidades com Pensões e outros - -

270.597 300.695

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos - -(…) - -

- -

553.619 559.675

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32

26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Depósitos À ordem 15.787.015 16.262.415A prazo 49.444.691 55.611.226De poupança 21.736.781 17.216.869

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 10.401 10.401Outros 2.540 -

Juros a pagar 396.250 609.872

87.377.677 89.710.783

Em 31-12-2011 e 31-12-2012, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos,

apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2011 31-12-2012

Até três meses 45.449.014 44.786.093Entre três meses e um ano 33.227.758 42.714.942Entre um ano e três anos 8.304.656 1.599.881Entre três e cinco anosMais de cinco anosJuros a pagar 396.250 609.872

87.377.677 89.710.788

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33

30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa em 31-12-2012 e 31-12-2011 foi o

seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2011 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2012

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 49.819 87.561 (131.815) - - 5.565- Crédito e juros vencidos 3.742.831 2.443.021 (1.023.678) (3.063.963) - 2.098.211- Risco-país - - - - - -

3.792.650 2.530.582 (1.155.493) (3.063.963) - 2.103.777Provisões: - Riscos gerais de crédito 403.271 33.625 (63.484) - - 373.412 - Outros riscos e encargos - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

403.271 33.625 (63.484) - - 373.412-

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 32 - - - - 32- Imparidade de outros activos: - - - - - -

Activos não correntes detidos para venda 748.101 126.941 (9.167) 865.875Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos - - - - - -

748.133 126.941 (9.167) - - 865.907

4.944.054 2.691.148 (1.228.144) (3.063.963) - 3.343.096

Saldos em Reposições e Saldos em31-12-2010 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2011

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 33.580 86.972 (70.732) - - 49.819- Crédito e juros vencidos 2.673.092 2.902.635 (802.015) (1.030.881) - 3.742.831- Risco-país -

2.706.672 2.989.607 (872.748) (1.030.881) - 3.792.650Provisões: - Riscos gerais de crédito 470.567 27.400 (94.695) - - 403.271 - Outros riscos e encargos 53.321 - (53.321) - - - - Riscos bancários gerais -

523.888 27.400 (148.016) - - 403.271

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros 32 - - 32- Imparidade de outros activos: - - -

Activos não correntes detidos para venda 96.599 187.163 (18.336) (4.250) 486.924 748.101Outros activos tangíveis - - - -Outros activos - - - - - -

96.631 187.163 (18.336) (4.250) 486.924 748.133

3.327.191 3.204.170 (1.039.100) (1.035.131) 486.924 4.944.054

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34

32. OUTROS PASSIVOS SUBORDINADOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Empréstimos subordinados:Titulados - -

Emitidos - -Readquiridos - -

Não titulados - -- -

Outros passivos subordinados:Emitidos - -Readquiridos - * -Juros de passivos subordinados - -

- -

- -

Correcções de valor de passivos - -que sejam objecto de operações de cobertura

- -

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35

33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Credores e outros recursosCredores por operações sobre futuros - -Recursos Diversos - Conta caução 350 9.387Recursos Diversos - Conta Pré-Pago - 4.140Sector Público Administrativo

Retenção de impostos na fonte 44.530 70.826Contribuições para a Segurança Social 18.740 18.918Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.538 2.252

Cobranças por conta de terceiros 1.555 1.543Contribuições para outros sistemas de saúde 3.981 4.145Credores diversos

Contribuições a entregar – Fundo de PensõesOutros credores Credores Diversos 281.366 37.097 Empresas do Grupo 3.161 2.342 Fornecimento de bens 53.677 70.963

Encargos a pagarPor capitais próprios e equiparadosComissões por operações sobre instrumentos financeirosPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias e Natal 133.041 152.349Prémio de antiguidade 99.356 125.403Subsídio de morteRemunerações variáveisOutros - -

Por gastos gerais administrativosOutros - -Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 6.944 6.459Outras

Juro antecipadoComissões a diferir

Valores a regularizarPosição cambialOperações sobre valores mobiliários a regularizarOutras operações a regularizar 205.201 206.104Responsabilidades com pensões e outros beneficiosOutros 137.510 130.679

991.951 842.607

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36

34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados

em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2011 31-12-2012

Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 957.631 840.329Aceites e endossosCréditos documentários abertosOutros passivos eventuais

Compromissos perante terceirosContratos a prazo de depósitosPor linhas de crédito

Compromissos irrevogáveis 2.264.359 3.338.765Compromissos revogáveis 256.199 346.004

Por subscrição de títulos Responsabilidade potencial para com o Sistema de indemnização aos investidores

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 61.076 60.477Valores recebidos para cobrança 338.334 130.565Valores administrados pela instituiçãoOutras

3.877.598 4.716.138

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37

35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO Em 31-12-2011 e 31-12-2012, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

N º de N º deacções % acções %

Accionistas:CCAM VAGOS 666.960 74,43% 666.960 74,43%CESAR V RESENDE 2.602 0,29% 2.602 0,29%MANUEL MARCELINO MANANGÃO 2.602 0,29% 2.602 0,29%MANUEL E COSTA PINHO 100 0,01% 100 0,01%LICINIO CUSTÓDIO RAMOS 2.696 0,30% 2.696 0,30%HILÁRIO C ALVES OLIVEIRA 1.611 0,18% 1.611 0,18%MANUEL B F REVERENDO 1.301 0,15% 1.301 0,15%SILVÉRIO L RAMOS 1.118 0,12% 1.118 0,12%JOÃO FERNANDO O SANTOS 1.175 0,13% 1.175 0,13%JOÃO PAULO N MARGARIDO 0 0,00% 259 0,03%J PRIOR, LDA. 3.149 0,35% 3.149 0,35%AMÉRICO SILVA 1.420 0,16% 1.420 0,16%AGROFAUNA, LDA. 1.104 0,12% 1.104 0,12%JOÃO S P & FILHOS, LDA 2.011 0,22% 2.011 0,22%FERNANDO MANUEL NOGUEIRA 2.309 0,26% 2.309 0,26%MUNICIPIO DE VAGOS 2.182 0,24% 2.182 0,24%SANTA CASA MISERICÓRDIA 2.273 0,25% 2.273 0,25%JOSÉ MÁRIO M RIBEIRO 2.299 0,26% 2.299 0,26%MIROLIVA, LDA. 311 0,03% 311 0,03%PARADI, LDA. 1.689 0,19% 1.689 0,19%JOÃO DOMINGUES 1.384 0,15% 1.384 0,15%MANUEL NETO 1.246 0,14% 1.246 0,14%(…) 21,71% - 21,68%

- 100,00% - 100,00%

20112012

Nos termos da Portaria nº 408/99, de 4 de Junho, publicada no Diário da República – I Série B,

nº 129, os prémios de emissão não podem ser utilizados para a atribuição de dividendos nem para a

aquisição de acções próprias.

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38

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO DO EXERCÍCIO

Em 31-12-2011 e 31-12-2012, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte

composição:

31-12-2011 31-12-2012

Reservas de reavaliação:Reservas resultantes da valorização ao justo valor:

De activos financeiros disponíveis para vendaDe investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos(…)

Reservas de reavaliação do imobilizado Reservas por impostos diferidosDe activos financeiros disponíveis para venda(…)

- -Outros instrumentos de capital

Reserva legal 1.754.586 1.754.586Outras reservas 2.191.404 2.191.404Resultados transitados (580.934) (1.022.041) 3.365.055 2.923.949Lucro do exercício (566.925) 465.088 2.798.130 3.389.036

Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo

Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência

do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior.

Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado

líquido do exercício, até perfazer o referido montante.

Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o

capital.

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39

37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Juros de disponibilidades em bancos centraisDepósitos à ordem no Banco de Portugal - -Disponibilidades sobre bancos centrais no estrangeiro - -

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 1.101 1.456Disponibilidades sobre instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de outras disponibilidades - -Juros de aplicações em instituições de crédito

Aplicações em instituições de crédito no país 1.141.284 1.551.577Aplicações em instituições de crédito no estrangeiro - -

Juros de crédito a clientesCrédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 30.632 6.843Empréstimos 741.013 682.556Créditos em conta corrente 145.696 157.552Descobertos em depósitos à ordem 22.917 19.929Créditos tomados - factoring - -Operações de locação financeira

Mobiliária - -Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - -Outros créditos - -

ParticularesHabitação

Operações de locação financeira - -Outros créditos 499.660 437.354

ConsumoOperações de locação financeira - -Outros créditos 161.034 131.667

Outras finalidadesDesconto e outros créditos titulados por efeitos 1.146 3.671Empréstimos 561.738 441.852Créditos em conta corrente 53.583 43.313Descobertos em depósitos à ordem 21.389 3.896Operações de locação financeira - -Outros créditos - -

3.381.192 3.481.665

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40

31-12-2011 31-12-2012

Crédito externo Empresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos - - Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósitos à ordem - - Créditos tomados - factoring - - Operações de locação financeira

Mobiliária - - Imobiliária - -

Operações de compra com acordo de revenda - - Outros créditos - -

Particulares Habitação

Operações de locação financeira - - Outros créditos 6.124 7.584

Consumo Operações de locação financeira - - Outros créditos - 1.043

Outras finalidades Desconto e outros créditos titulados por efeitos - - Empréstimos - - Créditos em conta corrente - - Descobertos em depósitos à ordem - 20 Operações de locação financeira - - Outros créditos - -

Outros créditos e valores a receber (titulados) Emitidos por residentes - - Emitidos por não residentes - -

Juros de activos titularizados não desreconhecidos Crédito a clientes - titularizado

Crédito interno - - Crédito ao exterior - - Outros créditos e valores a receber - titularizados - -

Juros de activos com acordo de recompra - - Juros de investimentos detidos até à maturidade

Títulos de dívida emitidos por residentes - - Títulos de dívida emitidos por não residentes - - Outros investimentos detidos até à maturidade - -

Outros juros e rendimentos similares

Juros Crédito vencido 336.770 548.786

3.724.087 4.039.099

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41

38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 547 2.512no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 1.023.679 1.548.653Juros de passivos financeiros de negociação

instrumentos financeiros derivados - -Juros de derivados de cobertura - -Juros de passivos subordinados - -Outras comissões pagas:

operações de crédito - -Outros juros e encargos similares - -

1.024.226 1.551.165

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Activos financeiros disponíveis para venda

Emitidos por residentes - -

Emitidos por não residentes - -

0 0

Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos

No país

Investimentos em filiais 3.752 3.751

Investimentos em associadas - -

Investimentos empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiro

Investimentos em filiais - -

Investimentos em associadas - -

Investimentos empreendimentos conjuntos - -

3.752 3.751

Outros instrumentos de capital

3.752 3.751

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42

40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012Por garantias prestadas

Garantias e avales 36.008 30.604Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -

36.008 30.604Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 34.185 46.953Subscrição de títulos - -Outros compromissos irrevogáveis - -

Compromissos revogáveis - -34.185 46.953

Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores - -Cobrança de valores 7.555 5.993Administração de valoresOrganismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestãoComissão de emissão de unidades de participaçãoComissão de resgate de unidades de participação

Transferência de valores 15.990 15.546Gestão de cartões 204 55Anuidades 34.821 38.873Montagem de operaçõesOperações de crédito

Por operações de factoringOutras operações de crédito 229.998 251.063 *

Outros serviços prestadosComissões - Registos e Distrates 3.850 1.900Comissões - Desloc conservatória - -Cartões 134.018 140.798Outras comissões interbancárias 21 134Comissões Intermediação 17.881 18.527Colocação e Comercialização 116.480 105.359Outros 20.996 23.940

581.813 602.188

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43

31-12-2011 31-12-2012

Por operações realizadas por conta de terceiros Sobre títulos Em operações de Bolsa - - Em operações fora de Bolsa - - Outras operações realizadas por conta de terceiros - - Outras comissões recebidas Gestão Conta D/O 40.232 43.195 Cheques 66.226 65.599 Extractos e 2ªs vias 468 480 Mora ou contencioso 56.443 69.483 Moeda Estrangeira 2.165 2.615 Emissão caderneta 180 90 Outras comissões 10.656 11.452 OIC - - Clientes - - 176.370 192.914

828.375 872.659

41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Por garantias recebidas - -Por compromissos assumidos por terceiros - -Por serviços bancários prestados por terceiros

Depósito e guarda de valores 3.554 1.706Operações de crédito - -Cobrança de valores 3.524 3.016Administração de valores - -Outros Cartões 60.330 55.036 Outros Serv. Bancários 24.847 16.651 Com. Interbancárias 16.309 14.827

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas

Caixa Central - - CCAM - - Outros - -

108.564 91.236

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44

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Operações cambiais à vista 6.350 4.863Operações cambiais a prazo - -

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Resultados em activos não financeirosOutros activos tangíveis - -Activos não correntes detidos para venda 1.500 19.500(…) - -

Resultados em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos - -

1.500 19.500

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45

46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Ganhos em investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntosNo país

Investimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

No estrangeiroInvestimentos em filiais - -Investimentos em associadas - -Investimentos em empreendimentos conjuntos - -

- -Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Propriedades de investimentoPropriedades de investimento em locação financeira - -Propriedades de investimento em locação operacional - -Outras propriedades de investimento

Ganhos realizados - -Ganhos não realizados - -

Outros activos tangíveis Locação financeira - -Locação operacional - -Outros activos tangíveis

Ganhos realizados -Ganhos não realizados (reversão de menos valias) - -

Outros activos não financeiros - -- -

Outros rendimentos de exploraçãoRendas de locação operacional - -Ganhos em operações descontinuadas - -Reembolso de despesas 32.963 75.086Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 360.452 405.744Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 77.284 181.583

Rendimentos da prestação de serviços diversos 14.892 11.002Outros 19.052 109.814

504.643 783.229

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (13.604) (11.475)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (81.965) (59.362)Outros encargos e gastos operacionais (33.479) (109.551)Perdas em activos não financeiros (8.500) -

(137.548) (180.388)Outros impostos 4.389 9.754

371.484 612.595

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46

47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 190.380 173.662Empregados 744.880 820.885

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões (Nota 18) - -Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de Família - -Segurança Social 171.591 181.727SAMS 43.116 44.210Fundo Pensões 19.524 11.471Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 13.797 12.987

Outros

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Outros 3.778 3.408

1.187.067 1.248.350

O número médio de colaboradores da Caixa em 31-12-2011 e 31-12-2012 apresenta a seguinte

composição:

2011 2012

Conselho de Administração 3 3Chefias e gerência 10 10Quadros técnicos 1 1Administrativos 20 19Outros 2 2

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47

O montante anual das remunerações ilíquidas, auferido pelos membros dos órgãos de administração e

de fiscalização no exercício de 2012 é conforme segue:

RemuneraçõesPresidente 54.600,00Vogal 40.040,00Vogal 40.040,00

134.680,00

Conselho de Administração

RemuneraçõesPresidente 19.110,00Vogal 10.010,00Vogal 10.010,00

39.130,00

Conselho Fiscal

No que concerne a remuneração dos membros da Mesa da Assembleia-Geral, os mesmos recebem,

conforme a sua participação nas Assembleias, senhas de presença conforme se segue:

Senhas de Presença

Presidente 325,00Vice-Presidente 238,50Secretário 238,50

802,00

Mesa da Assembleia-Geral

Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em 2012 os

colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes

remunerações:

N.º de Colaboradores

Remuneração Fixa Anual

Remuneração Variável Anual

Compliance e Auditoria Interna 2 37.226,04 1.218,56Gestão de Risco 1 18.555,13 609,28Comissão Executiva 2 93.368,63 1.218,56

149.149,80 3.046,40

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48

48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2011 31-12-2012

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 36.353 42.012Material de consumo corrente 32.435 30.114Publicações 95 95Material de higiene e limpeza 908 448Outros fornecimentos de terceiros 13.267 17.259

83.058 89.928Com serviços:

Rendas e alugueres 35.035 51.920Comunicações 101.776 102.577Deslocações, estadas e representação 41.873 38.396Publicidade e edição de publicações 62.662 50.648Conservação e reparação 35.532 22.186Transportes 24.891 26.487Formação de pessoal 6.874 6.323Seguros 18.984 18.943Diversos - -Serviços especializados:

Avenças e honorários 19.719 20.295Judiciais contencioso e notariado 70.671 77.186Informática 361.903 352.321Segurança e vigilância 3.266 3.487Limpeza 22.843 26.288Informações 1.659 1.606Recrutamento de pessoal - -Bancos de dados - -Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - -Consultores e auditores externos 26.307 29.023Tratamento de valores - -Avaliadores externos 23.994 18.195SIBS 45.610 51.188Outros serviços de terceiros 64.921 53.237

968.519 950.306

1.051.577 1.040.233

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49

49. ENTIDADES RELACIONADAS

Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo.

Em 31-12-2011 e 31-12-2012, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e

transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do Grupo Total

Activos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - - - - - - -

Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -

Aplicações em instituições de crédito - - - - - - - -

Crédito a clientes - - - - - - - -

Outros activos - - - - - - - -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -

Recursos de outras instituições de crédito - - - - - - - -

Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -

Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -

Passivos subordinados - - - - - - - -

Outros passivos - - - - - - - -

Custos:

Juros e encargos similares - - - - - - - -

Encargos com serviços e comissões - - 108.564 108.564 - - 91.236 91.236

Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - - - - - - - -

Gastos gerais administrativos - 485.310 6.277 491.587 - 450.412 6.972 457.383- - - - -Outros 12.809 - 12.809 - 10.295 - 10.295Proveitos:

Juros e rendimentos similares - - 1.142.386 1.142.386 - - 1.553.033 1.553.033-Rendimentos de instrumentos de capital - - - - - - - -

Rendimentos de serviços e comissões - 116.480 24.143 140.623 - 105.359 23.600 128.959

Outros resultados de exploração - 3.752 - 3.752 - 3.751 - 3.751

Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - - - - - - -

Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

2011 2012

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de

mercado nas respectivas datas.

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50

50. PENSÕES DE REFORMA

Para determinação das responsabilidades por serviços passados da Caixa relativas a empregados no

activo e aos já reformados foram efectuados estudos actuariais pela Companhia de Seguros Crédito

Agricola Vida, S.A. .

Os pressupostos actuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM

VAGOS com referência a 31 de Dezembro de 2012 e 2011 foram os seguintes:

31/12/2012 31/12/2011Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade de reforma 65 65Método de avaliação “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto 4,50% 5,50%Taxa de rendimento 3,90% 4,27%Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 2,0% 2,0%

Taxa de crescimento das pensões 1,75% 1,75%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,81% 1,81%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,75% 1,75%

Em 31 de Dezembro de 2012, o valor actual das responsabilidades com complemento de pensões de

reforma e respectiva cobertura, são as seguintes:

31-12-2012

F.2012 Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 310.463

F.1 Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 252.455

F.2 Com licenças sem vencimento 1.969

F.3 Com pré-reformados 0

F.4 Com pensões em pagamento 56.039

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51

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM VAGOS

é o que a seguir se apresenta:

G.1 + Custo do serviço corrente 12.474

G.2 + Custo dos juros 13.285

G.3 - Rendimento esperado dos activos do Fundo de Pensões 8.191

G.4.Ano +/- (Ganhos) e Perdas actuariais 48.993

G.5 + Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

0

G.6 = Acréscimo anual de responsabilidades 66.562

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM VAGOS foi o seguinte:

A.4.2011 (+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2011 209.954

H.1 (+) Contribuições efectuadas 21.588

H.1.1 Pela CCAM VAGOS 10.556

H.1.2 Pelos empregados 11.032

H.2 (+) Capitais recebidos de seguro 0

H.3 (+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 19.413

H.4 (-) Prémios de seguro pagos 8.820

H.9 (+) Participação de resultados no seguro 7.746

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 4.348

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 4.348

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.257

H.7.2012 (=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2012 243.275

H.8. Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2012

(H.7.2012 – A.4.2011) 33.322

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52

O movimento ocorrido durante o exercício de 2012 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços

passados foi o seguinte:

F.2011 (+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2011 231.093

G.1 (+) Custo do serviço corrente 12.474

G.1.1 Custo do serviço corrente da Entidade 1.443

H.1.2 Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 11.032

G.2 (+) Custo dos juros 13.285

G.4.1 (+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades 60.215

G.5 (+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

H.5 (-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 4.348

H.5.1 Por reformas antecipadas 0

H.5.2 Outros 4.348

H.6 (-) SAMS pago pelo fundo de pensões 2.257

F.2012 (=) Responsabilidades totais em 31-12-2012 310.463

K. Variação nas responsabilidades em 2012 (F.2012 – F.2011) 79.369

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2012, de acordo com o Aviso 4/2005 do

Banco de Portugal e de acordo com o ISP, era o seguinte:

F.2012 Valor actual das responsabilidades com serviços passados 310.463

I.1 Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2012 61.039

I.2 Responsabilidades por serviços passados (Aviso 4/2005) 239.001

I.3 Nível de cobertura (Aviso 4/2005) (%) 102

I.4 Responsabilidades por serviços passados (ISP) 173.476

I.5 Nível de cobertura (ISP) (%) 140

Os ganhos e perdas decorrentes de diferenças entre os pressupostos actuariais e financeiros utilizados e os

valores efectivamente verificados no que se refere às responsabilidades e ao rendimento esperado dos

fundos de pensões, bem como os resultantes de alterações de pressupostos actuariais, são diferidos numa

rubrica de activo ou passivo (“corredor”), até ao limite de 10% do valor actual das responsabilidades por

serviços passados ou do valor dos fundos de pensões, dos dois o maior, reportados ao final do ano corrente.

Caso os ganhos e perdas actuariais excedam o valor do corredor, deverá ser reconhecido em resultados, no

mínimo, um montante correspondente ao referido excesso dividido pelo diferencial entre a idade média dos

colaboradores no activo e a idade normal de reforma considerada no estudo actuarial.

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53

Em 31-12-2012 a decomposição do corredor é a seguinte:

J.2012 Corredor 2012 31.046

G.4.2011

(Saldo)

(+) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-

2011 -116.371

J.2011 (Ganhos) e perdas actuariais dentro do

corredor -23.109

J.1.2011 (Ganhos) e perdas actuariais fora do corredor -93.262

J.3.2012 (-) Amortização de desvios actuariais em 2012 -3.886

G.4.Ano (+/-) Desvios actuariais gerados em 2012 48.993

G.4.2.Ano Desvio financeiro [(Ganho)/Perda] -11.222

G.4.1. Desvio actuarial [(Ganho)/Perda] 60.215

G.4.2012

(Saldo)

(=) Desvios actuariais por amortizar em 31-12-

2012

(G.4.20011 – H.1.2 - J.3.2012 + G.4.Ano)

-63.492

J.Dentro_2012 Ganhos e perdas actuariais dentro do corredor

em 31-12-2012 -31.046

J.Fora_2012 Ganhos e perdas actuariais fora do corredor em

31-12-2012 -32.446

J.2. Tempo de serviço médio futuro dos activos do

fundo 24

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com

trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2011

N.1.2011 Com trabalhadores no activo 98.500

N.2.2011 Com licenças sem vencimento 855

N.2011 Total 99.355

Prémio de Antiguidade 31-12-2012

N.1.2012 Com trabalhadores no activo 124.376

N.2.2012 Com licenças sem vencimento 1.027

N.2012 Total 125.403

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54

Prémio de Antiguidade Variação

O.1. Com trabalhadores no activo 25.875

O.2. Com licenças sem vencimento 172

O. Total 26.047

51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Vagos está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o

estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº

144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as

Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de

Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos

os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao

exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões.

No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de

adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das

participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM.

Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM

recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as

quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras.

As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de

Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas

Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na

rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de

mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2012, encontram-se já integralmente pagas pelas

referidas Seguradoras.

O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM

nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2010 2011 2012 % por Origem

2012

Ramos Não Vida CA Seguros 46.524,00 50.113,87 49.207,46 46,7%

Ramo Vida CA Vida 43.214,32 66.271,38 56.070,12 53,2%

Fundos de Pensões CA Vida 41,00 54,72 70,60 0,1%

Total 89.779,32 116.439,97 105.348,18 100,0%

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

55

A CCAM não efectua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efectua a movimentação de

quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro activo,

passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à actividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

52. FUNDOS PRÓPRIOS

Em 31 de Dezembro de 2012 e 31 de Dezembro de 2011, o detalhe dos fundos próprios da Caixa

Agrícola apresenta-se de seguida:

2012 2011

Fundos próprios de base 6.109.049 5.956.523

Fundos próprios complementares 0 0

Deduções (241.454) (211.141)

Fundos próprios totais 5.867.595 5.745.382

Riscos ponderados totais 41.748.396 39.011.466

Rácio TIER I 12,33% 12,98%

Rácio de solvabilidade 11,84% 12,52%

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Reservas de Outras Resultados Resultado doCapital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2010 5.222.585 - 3.945.990 (37.537) 3.908.453 83.503 9.214.541

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - (17.727) (17.727) - (17.727)Aplicação do resultado do exercício de 2010:

Transferência para resultados transitados - - - - - - -Constituição de reservas - - - - - (83.503) (83.503)Distribuição de dividendos - - - - - - -(…) 83.503 83.503 83.503

Aumento de capital 7.000 - - - - - 7.000Reembolso de capital (48.820) - - - (48.820)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - (609.174) (609.174) - (609.174)Resultado liquido do exercício de 2011 - - - - - (566.925) (566.925)

Saldos em 31 de Dezembro de 2011 5.180.765 - 3.945.990 (580.934) 3.365.056 (566.925) 7.978.896

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - (17.727) (17.727) - (17.727)Aplicação do resultado do exercício de 2011:

Transferência para resultados transitados - - - - - - -Constituição de reservas - - - - - 566.925 566.925Distribuição de dividendos - - - - - - -(…) - - - (566.925) (566.925) (566.925)

Aumento de capital 5.000 - - - - - 5.000Reembolso de capital (30.580) - - - - - (30.580)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - 143.545 143.545 - 143.545Resultado liquido do exercício de 2012 - - - - - 465.088 465.088

Saldos em 31 de Dezembro de 2012 5.155.185 - 3.945.990 (1.022.041) 2.923.949 465.088 8.544.222

O CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO EXECUTIVO

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L.

(Montantes expressos em Euros)

Outras Reservas e resultados transitados

O RESPONSÁVEL PELA CONTABILIDADE

PARA OS EXERCíCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

DEMONSTRAÇÕES DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO

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2011Provisões,

Activo imparidade e Activo ActivoACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 2012 2011

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 830.596 830.596 652.004 Recursos de bancos centrais 22 - -Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 1.395.978 1.395.978 1.193.697 Passivos financeiros detidos para negociação 23 - -Activos financeiros detidos para negociação 7 - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados 24 - -Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados 8 - - Recursos de outras instituições de crédito 25 2.850.356 -Activos financeiros disponíveis para venda 9 100.343 100.343 100.718 Recursos de clientes e outros empréstimos 26 89.710.783 87.377.677Aplicações em instituições de crédito 10 43.866.288 43.866.288 34.881.779 Responsabilidades representadas por títulos 27 - -Crédito a clientes 11 47.991.886 2.103.777 45.888.109 50.520.010 Passivos financeiros associados a activos transferidos 28 - -Investimentos detidos até à maturidade 12 - - Derivados de cobertura 14 - -Activos com acordo de recompra 13 - - Passivos não correntes detidos para venda 29 - -Derivados de cobertura 14 - - Provisões 30 373.413 403.272Activos não correntes detidos para venda 15 4.419.514 804.002 3.615.512 3.266.970 Passivos por impostos correntes 20 258.051 -Propriedades de investimento 16 - - Passivos por impostos diferidos 20 - -Outros activos tangíveis 17 2.951.806 1.358.014 1.593.792 1.673.427 Instrumentos representativos de capital 31 - -Activos intangíveis 18 181.945 181.945 - - Outros passivos subordinados 32 - -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 19 3.029.431 32 3.029.399 3.029.399 Outros passivos 33 842.607 991.951Activos por impostos correntes 20 - 45.157 Total do Passivo 94.035.210 88.772.900Activos por impostos diferidos 20 1.761.585 1.761.585 890.489Outros activos 21 559.702 61.873 497.829 498.144 Capital 35 5.155.185 5.180.765

Prémios de emissão 35 - -Outros instrumentos de capital 36 - -Reservas de reavaliação 36 - -Outras reservas e resultados transitados 36 2.923.949 3.365.055Resultado do exercício 36 465.088 (566.925)Dividendos antecipados Total do Capital 8.544.221 7.978.895

Total do Activo 107.089.074 4.509.642 102.579.432 96.751.795 Total do Passivo e do Capital 102.579.432 96.751.795

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L.

(Montantes expressos em Euros)

2012

O anexo faz parte integrante destes balanços.

BALANÇOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 31 DE DEZEMBRO DE 2011

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RUBRICA Notas 2012 2011

Juros e rendimentos similares 37 4.041.200 3.726.611Juros e encargos similares 38 (1.551.165) (1.024.226)

Margem financeira 2.490.034 2.702.385

Rendimentos de instrumentos de capital 39 3.751 3.752Rendimentos de serviços e comissões 40 872.659 828.375Encargos com serviços e comissões 41 (91.236) (108.592)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados 42Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 43Resultados de reavaliação cambial 44 4.863 6.350Resultados de alienação de outros activos 45 17.000 (7.000)Outros resultados de exploração 46 612.588 371.206

Produto bancário 3.909.659 3.796.476

Custos com pessoal 47 (1.248.350) (1.187.067)Gastos gerais administrativos 48 (1.040.233) (1.051.577)Amortizações do exercício 17 e 18 (95.860) (94.059)Provisões líquidas de reposições e anulações 30 29.859 120.617Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber

de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (1.379.035) (2.115.581)Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 30 - (1.278)Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 30 (117.774) (168.828)

Resultado antes de impostos 58.265 (701.297)

Impostoscorrentes 20 (202.607) (181.939)diferidos 20 609.429 316.311

Resultado líquido do exercício 465.088 (566.925)

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS RESULTADOS

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)

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2012 2011

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS:Recebimentos de juros e comissões 4.913.858 4.554.986Pagamentos de juros e comissões (1.642.401) (1.132.818)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (2.288.584) (2.228.237)Contribuições para o fundo de pensões (10.407)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento 406.822 134.372Resultados cambiais e outros resultados operacionais -Recuperação de créditos incobráveis -Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 617.451 377.556

Resultados operacionais antes das alterações nos activos e passivos operacionais 2.007.147 1.695.452

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Aplicações em instituições de crédito 8.984.509 (1.334.257)Activos financeiros detidos para negociação - -Activos financeiros disponíveis para venda (375) 1.424Créditos a clientes (3.252.867) (2.474.502)Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 442.937 (85.480)Outros activos 832.003 223.115

7.006.207 (3.669.701)Aumentos (diminuições) de passivos operacionais:

Passivos financeiros detidos para negociação - -Recursos de instituições de crédito 2.850.356 (174)Recursos de clientes e outros empréstimos 2.333.106 (4.986.587)Derivados de cobertura -Passivos não correntes detidos para venda -Outros passivos 108.707 194.183

5.292.169 (4.792.578)

Caixa líquida das actividades operacionais antes dos impostos sobre o rendimentoImpostos pagos

Caixa líquida das actividades operacionais 293.109 572.575

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO:Dividendos recebidos (3.751) (3.752)Aquisição de activos disponíveis para venda -Alienação de activos disponíveis para venda -Rendimentos adquiridos nos activos disponíveis para venda -Aquisições de activos tangíveis e intangíveis 16.225 10.263Vendas de activos tangíveis e intangíveis - -Investimentos em empresas filiais e associadas - -

Caixa líquida das actividades de investimento 12.474 6.511

FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTO:Aumento de capital - -Diminuição de Capital (25.580) (41.820)Dividendos pagos -Emissão de dívida titulada e subordinada -Remuneração paga relativa às obrigações de caixa e outros -Variação passivos subordinados -Reservas 125.818 (626.901)(…)

Caixa líquida das actividades de financiamento 100.238 (668.721)

Aumento (Diminuição) líquida de caixa e seus equivalentes 380.873 (102.657)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 1.845.701 1.948.358Caixa e seus equivalentes no fim do exercício 2.226.574 1.845.701

O Anexo faz parte integrante destas demonstrações.

CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE VAGOS, C.R.L.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA

PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2012 E 2011

(Montantes expressos em Euros)