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2016 RELATÓRIO E CONTAS Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos, CRL

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos, CRLA fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de Revisores Oficiais de

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2016

RELATÓRIO E

CONTAS

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

de Salvaterra de Magos, CRL

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Índice 1. CONVOCATÓRIA DA ASSEMBLEIA GERAL _____________________________________________ 2

2. ESTRUTURA E PRÁTICA DE GOVERNO SOCIETÁRIO _____________________________________ 4

3. RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO __________________________________________________ 13 3.1. INTRODUÇÃO ___________________________________________________________________________ 13 3.2. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO _______________________________________________________________ 13 3.2.1. ECONOMIA INTERNACIONAL _______________________________________________________________ 13 3.2.2. ECONOMIA NACIONAL ___________________________________________________________________ 17 3.2.3. MERCADO BANCÁRIO NACIONAL ____________________________________________________________ 20 3.2.3.1. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE DEPÓSITOS (DEZEMBRO 2011 – DEZEMBRO 2016) ___________________ 21 3.2.3.2. EVOLUÇÃO DO MERCADO NACIONAL DE CRÉDITO (DEZEMBRO 2011 – DEZEMBRO 2016) _____________________ 21 3.2.4. MERCADOS FINANCEIROS _________________________________________________________________ 25 3.2.5. PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2017___________________________________________________ 29 3.3. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE ________________________________________________________ 31 3.3.1. RESULTADO E BALANÇO __________________________________________________________________ 31 3.3.1.1. ANÁLISE FINANCEIRA DO NEGÓCIO BANCÁRIO DO GRUPO CA (SICAM) _______________________________ 31 3.3.1.2. OUTROS FACTOS RELEVANTES ___________________________________________________________ 37 3.4. ANÁLISE FINANCEIRA DA CAIXA AGRÍCOLA DE SALVATERRA DE MAGOS _____________________________________ 42 3.4.1. QUADRO DE INDICADORES ________________________________________________________________ 42 3.4.2. ESTRUTURA PATRIMONIAL ________________________________________________________________ 44 3.4.2.1. ESTRUTURA PATRIMONIAL DA CCAM _______________________________________________________ 44 3.4.3. ANÁLISE FINANCEIRA DE ATIVOS ____________________________________________________________ 45 3.4.3.1. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO ___________________________________________________ 45 3.4.3.2. CRÉDITO A CLIENTES __________________________________________________________________ 45 3.4.3.3. CRÉDITO VENCIDO ___________________________________________________________________ 46 3.4.3.4. ATIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA ________________________________________________ 47 3.4.3.5. ATIVOS TANGÍVEIS / INTANGÍVEIS _________________________________________________________ 47 3.4.3.6. INVESTIMENTOS EM PARTICIPADAS ________________________________________________________ 47 3.4.3.7. OUTROS ATIVOS _____________________________________________________________________ 48 3.4.4. ANÁLISE FINANCEIRA DE PASSIVOS __________________________________________________________ 48 3.4.4.1. RECURSOS DE CLIENTES ________________________________________________________________ 48 3.4.5. CAPITAL ____________________________________________________________________________ 49 3.4.6. ANÁLISE DE RESULTADOS _________________________________________________________________ 50 3.4.6.1. MARGEM FINANCEIRA _________________________________________________________________ 50 3.4.6.2. PRODUTO BANCÁRIO __________________________________________________________________ 50 3.4.6.3. CUSTOS ADMINISTRATIVOS______________________________________________________________ 51 3.4.6.4. PROVISÕES / IMPARIDADES _____________________________________________________________ 51 3.4.6.5. IMPOSTOS _________________________________________________________________________ 52 3.4.6.6. RÁCIO DE SOLVABILIDADE ______________________________________________________________ 53 3.4.6.7. RESULTADOS DO EXERCÍCIO _____________________________________________________________ 53 3.5. PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS _______________________________________________________ 54

4. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E NOTAS ANEXAS ____________________________________ 55 4.1. BALANÇO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 ___________________________________________________ 56 4.2. DEMONSTRAÇÃO DE RESULTADOS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 __________________ 57 4.3. DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 ______________ 58 4.4. DEMONSTRAÇÃO DE ALTERAÇÕES NO CAPITAL PRÓPRIO NOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016 E 2015 ___ 59

5. PARECER DO CONSELHO FISCAL ___________________________________________________ 60

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

1. Convocatória da Assembleia Geral

Nos termos do nº 2 do artigo 22º e dos artigos 23º, 24º e 25º dos estatutos da Caixa de Crédito

Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos, C.R.L., pessoa colectiva nº 501 116 591, com sede na

Avenida Dr. Roberto Ferreira da Fonseca, 60 – A, 2120-117 Salvaterra de Magos, matriculada na

Conservatória do Registo Comercial de Salvaterra de Magos sob o mesmo número, com o capital

social realizado de € 10.669.690,00 (variável), convoco todos os Associados no pleno gozo dos

seus direitos, a reunirem-se, em Assembleia Geral Ordinária, no dia 25 de Março de 2017, pelas

09:00 horas, nas instalações da sua Agência em Foros de Salvaterra, para discutir e votar as

matérias da seguinte

ORDEM DE TRABALHOS

1. Discussão e votação do Relatório de Gestão e das Contas da Caixa Agrícola relativos ao

exercício de 2016 e do Parecer do Conselho Fiscal.

2. Deliberação sobre a Proposta de Aplicação de Resultados.

3. Apreciação geral sobre a Administração e Fiscalização da Caixa Agrícola.

4. Apresentação e apreciação do Relatório com os resultados da Avaliação Anual das Políticas

de Remuneração praticadas na Caixa Agrícola

5. Deliberação sobre a Política de Remuneração dos membros dos Órgãos de Administração e

Fiscalização da Caixa Agrícola para 2017.

6. Determinação da remuneração dos membros da Mesa da Assembleia Geral, do Órgão de

Administração e do Órgão de Fiscalização.

Se, à hora marcada, não se encontrar presente mais de metade dos Associados, a Assembleia

Geral reunirá, em segunda convocatória, uma hora depois, com qualquer número.

A Assembleia reunirá fora da sede social da Caixa Agrícola devido à inexistência aí de sala com

condições para a sua realização.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Nota: Só será admitido o voto por correspondência e o voto por representação, se for aprovada,

na Assembleia Geral Extraordinária convocada para 18 de Março de 2017, proposta de alteração

dos Estatutos apresentada pelo Conselho de Administração, no que a esta matéria diz respeito.

Salvaterra de Magos, 06 de Março de 2017

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

António da Silva Ferreira Moreira

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2. Estrutura e Prática de Governo Societário

1. Estrutura de Governo Societário

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de Magos, CRL adota o modelo de governação

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de Administração,

Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos Órgãos Sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia

Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola

Assembleia Geral

Conselho de

Administração

Conselho Fiscal

ROC

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3. Assembleia Geral

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um Secretário.

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral

Presidente: António da Silva Ferreira Moreira

Vice-Presidente: José Albino Borges Pereira Marques

Secretário: Nuno Manuel da Silva Neves

3.2. Competência da Assembleia Geral

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os Estatutos lhe

atribuam competências, competindo-lhe, em especial:

� Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

� Votar a proposta de plano de atividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

� Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

� Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

� Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

� Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

� Decidir do exercício do direito de ação cível, ou penal contra o revisor oficial de

contas, administradores, gerentes, outros mandatários, ou membros do Conselho

Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

� Decidir da alteração dos Estatutos.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

4. Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um número ímpar de membros efetivos, no mínimo

de três e de um suplente.

Atualmente o Conselho de Administração é composto por 3 membros, com mandato para o

triénio 2013/2015.

4.1. Composição do Conselho de Administração

Presidente: José Manuel da Silva Ferreira Moreira

Vogal: Jacinto Pimentel Rego

Vogal: José António Cardoso Felisberto, Dr.

Suplente: Rogério Paulo Henriques Simões

4.2. Competências do Conselho de Administração

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em especial e

de acordo com os Estatutos:

� Administrar e representar a Caixa Agrícola;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, uma proposta de plano de

atividades e de orçamento para o exercício seguinte;

� Elaborar, para votação pela Assembleia Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior;

� Adotar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola;

� Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola.

� Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

� Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não

pagos;

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

� Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração

O Conselho de Administração reúne, pelo menos, uma vez por semana, tendo realizado um total

de 101 reuniões em 2016.

5. Órgãos de Fiscalização

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola compete a um Conselho Fiscal e a uma Sociedade de

Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo em especial

ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir pareceres sobre a proposta de plano de

atividades e de orçamento e sobre o relatório e contas de cada exercício e ainda fiscalizar as

contas mensais/trimestrais emitidas pelo executivo e o cumprimento das leis, dos estatutos e dos

regulamentos internos e do SICAM.

5.1. Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal é composto por três membros efetivos e um suplente.

5.1.1. Composição do Conselho Fiscal

Presidente: Sónia do Carmo Carvalho Militão, Dra.

Vogal: Adalberto da Silva Ferreira Moreira Cadete

Vogal: Paulo João Coutinho Garrido Anastácio

Suplente: Joaquim António Dias Vaz

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5.1.2. Reuniões do Conselho Fiscal

O Conselho Fiscal reúne, por regra, de três em três meses, tendo realizado, em 2016, um total de

3 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas

O mandato atual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se designada para

o cargo ISABEL PAIVA, MIGUEL GALVÃO & ASSOCIADOS - Sociedade de Revisores Oficiais de

Contas, LDA, representada por:

Efetivo: José Luís Guerreiro Nunes, Dr.

Suplente: Isabel Gomes Novais de Paiva, Dra.

6. Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização

1. Em 30 de Março de 2016 a Assembleia Geral Ordinária da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

de Salvaterra de Magos, CRL apreciou e aprovou a Declaração sobre Política de Remuneração dos

Órgãos de Administração e de Fiscalização da Instituição, em cumprimento do disposto no nº 4

do art.º 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras, aprovado

pelo Decreto-Lei 298/92 de 31 de dezembro.

2. Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exatos termos em que foi

aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo:

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS ÓRGÃOS DE ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO

AGRÍCOLA MÚTUO DE SALVATERRA DE MAGOS, CRL Nos termos da Lei n.º 28/2009, de 19 de Junho, e do Aviso n.º 1/2010 do Banco de Portugal,

vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE SALVATERRA DE

MAGOS, CRL submeter à aprovação da Assembleia Geral a sua declaração sobre a política de

remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA

para o ano de 2016.---------------------------------------------------------------------------------------------

Propõe-se que a política de remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2016 siga os mesmos princípios orientadores que

foram aprovados para o exercício de 2015.------------------------------------------------------------------

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de mercado e

definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.------------------------

Salvaterra de Magos, 30 de março de 2016

O Conselho de Administração

José Manuel Silva Ferreira Moreira

Jacinto Pimentel Rego

José António Cardoso Felisberto, Dr.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3. O montante anual das remunerações ilíquidas auferido pelos membros dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização no exercício de 2016 é o seguinte:

Presidente Parte Fixa 60.035Parte Variável 0

Administrador Parte Fixa 54.574Parte Variável 0

Administrador Parte Fixa 56.194Parte Variável 0

Total 170.803

Presidente Parte Fixa 1.200Parte Variável 0

Vogal Parte Fixa 1.440Parte Variável 0

Vogal Parte Fixa 1.440Parte Variável 0

Total 4.080

Conselho de Administração

Conselho Fiscal

7. Política de Remuneração de Colaboradores

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de colaboradores:

1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de acordo com as condições

dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda integrar um complemento remunerativo

mensal fixo, estabelecido contratualmente, ou na sequência de reajustamento remunerativo

casuístico.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

2. Também se atribui uma hora de isenção de horário de trabalho às funções cujo nível de

responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o justifique.

3. Pode ser atribuída anualmente uma remuneração variável, definida com base num processo

de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a qual corresponde apenas a

um prémio de desempenho.

4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de

administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica, para a

generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida os resultados

finais da avaliação de desempenho efetuada pela hierarquia direta dos colaboradores.

5. Para os colaboradores em apreço a componente variável da remuneração tem tido como

limite máximo 5% da remuneração total anual (excluindo a majoração prevista no nº 4 da

cláusula 71ª do ACT do Crédito Agrícola). O limite e as orientações de atribuição são revistos

anualmente pelo Conselho de Administração.

6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados da

avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o respeito pelas

regras e procedimentos aplicáveis à atividade, designadamente as regras de controlo interno e as

que são relativas às relações com clientes e investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de valor a

longo prazo.

7. A remuneração variável, quando atribuída, é sempre paga em numerário, tendo por base o

desempenho do ano transato.

8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração, porquanto o valor

desta não tem expressividade, para que o seu pagamento imediato e de uma só vez, possa

impedir que se atinja qualquer um dos objetivos, que o diferimento visaria prosseguir.

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, em

2016 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo Aviso auferiram as seguintes

remunerações:

Nº de Beneficiários 6Coordenação Geral Parte Fixa 44.646

Parte Variável 0Área Comercial Parte Fixa 36.873

Parte Variável 0Gestão de Crédito Parte Fixa 28.047

Parte Variável 0Actividades de Suporte Parte Fixa 54.267

Parte Variável 0Auditoria Interna Parte Fixa 31.893

Parte Variável 0Total 195.726

Colaboradores

Nota: Em todos os itens há um colaborador por função, com exceção das “Atividades de

Suporte” em que existem 2.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3. Relatório da Administração 3.1. Introdução

Exmas. Senhoras e Senhores Associados,

Dando cumprimento ao que está estabelecido nos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

de Salvaterra de Magos, vimos submeter à apreciação da Assembleia Geral, o Relatório e Contas,

acompanhado do Parecer do Conselho Fiscal, referentes ao exercício findo em 31 de Dezembro de

2016 e Certificação Legal de Contas.

3.2. Enquadramento Económico

3.2.1. Economia internacional

A estimativa mais recente aponta para que se tenha verificado um crescimento do PIB mundial de

3,1% em 2016, valor inferior aos 3,2% alcançados em 2015. A confirmar-se esta expectativa,

este será o ritmo de crescimento económico mais fraco desde o ano da recessão mundial de

2009.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Antes da crise financeira (2008), as economias emergentes vinham apresentando ritmos de

crescimento superiores a 7,0%, tendo nos anos mais recentes (2008-2016) apresentado um

crescimento em torno dos 4,0%. Efectivamente, para 2016, o FMI antecipa um crescimento no

conjunto dos países emergentes de 4,2%, valor aquém dos 4,4% registados em 2015. Parte

deste abrandamento perspectivado para a economia global em 2016 é explicado pela evolução da

segunda maior economia do mundo – a China que, com uma variação estimada de 6,7% no PIB

deste ano, regista o mais baixo crescimento desde 1990 (3,9%).

Este valor contrasta, ainda assim, com o ritmo de crescimento dos países desenvolvidos, que se

estima ter sofrido uma desaceleração em 2016 (de 2,1%, em 2015, para 1,6%). A quebra no

desempenho dos EUA, cujo crescimento anual reduziu de 2,6% em 2015 para 1,6% em 2016,

encontra explicação na componente das exportações (que foram prejudicadas, entre outros

motivos, pelo fortalecimento do dólar americano) e na componente do investimento

(condicionado pelo comportamento dos preços do petróleo que durante o ano de 2016 se

mantiveram baixos).

A economia da Zona Euro acelerou ligeiramente no final de 2016 (1,6%), mas o crescimento que

se perspetiva é tímido e inferior ao registado em 2015 (2,0%), o que deverá contribuir para a

divergência de posições entre os responsáveis monetários quanto ao fim dos estímulos na região

da moeda única.

Os ataques terroristas tiveram um forte impacto negativo no desempenho do setor do turismo da

França (a 2ª maior economia da Zona Euro). Por outro lado, o FMI assinala que, apesar dos

avanços registados na Grécia, com o PIB a progredir de -0,2% em 2015 para +0,3% em 2016, as

dívidas da Grécia continuam “insustentáveis” a longo prazo (correspondem a 180% do PIB). No

médio prazo, os riscos para o crescimento económico na Zona Euro são legados da crise

recente1: o voto do Reino Unido para deixar a União Europeia, potenciais disrupções ao comércio

internacional e um aperto mais forte da política monetária nos Estados Unidos, que poderá ter

consequências negativas nas economias emergentes (algumas das quais com fortes relações

comerciais com a Europa).

1 Com os sectores público e privado a apresentarem níveis de endividamentos elevados e com processos de desalavancagem em curso, os

problemas no sector bancário não completamente resolvidos e os níveis de desemprego a permanecerem persistentemente elevados.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

A taxa de desemprego na Zona Euro foi diminuindo paulatinamente ao longo do ano, atingindo no

final de 2016 uma taxa prevista de 10,5%, valor mais baixo desde 2011 e que compara com os

11,0% registados no final de 2015. Não obstante a redução do nível de desemprego nos últimos

anos, esta continua ainda em níveis historicamente elevados.

Nos EUA, 2016 foi um bom ano para o mercado de trabalho, com o desemprego americano a

situar-se nos 4,8%, apresentando níveis mínimos semelhantes aos registados em 2007. No que

toca à remuneração média por hora, esta aumentou 2,9% face a Dezembro de 2015, o que

traduz o maior aumento desde 2009.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Em termos agregados da Zona Euro, a inflação perspetivada para 2016 foi de 0,2%, que compara

com os 0,0% registados em 2015. Esta recuperação, ainda assim para um nível inferior ao

objectivo de 2,0% definido pelo BCE, muito contribuiu a combinação dos aumentos no preço da

energia e uma modesta recuperação económica.

A autoridade monetária europeia estendeu até final de 2017 o plano de compra de ativos no setor

público, como forma de dar força à inflação através de incentivos à economia. Mas com a subida

dos preços a encaminhar-se progressivamente para um ritmo que o BCE considera adequado para

assegurar a estabilidade económica, alguns responsáveis avaliam a hipótese de antecipar o fim do

programa de quantitative easing.

Também a inflação nos EUA foi subindo ao longo de 2016, principalmente na segunda metade do

ano, estimando-se que fique nos 1,3%, acima dos 0,1% registados em 2015. Este aumento foi

suportado pelo fim do ciclo de quedas nos preços do petróleo, ditando que o setor energético

deixasse de ter uma contribuição para a baixa de preços em 2016 e começasse mesmo a

contribuir para o seu aumento junto do consumidor.

O ano de 2016 ficou ainda marcado pela ocorrência de diversos eventos políticos de

consequências negativas, com extensão ainda difícil de quantificar.

Na Europa, o ano de 2016 ficou decisivamente marcado pela vitória do Brexit no Reino Unido

(vitória da saída do Reino Unido, da União Europeia, no referendo promovido pelo Governo),

evento que poderá condicionar a situação económica e a evolução dos mercados, em função dos

recuos e avanços que se venham a verificar no desenrolar do processo negocial de saída do Reino

Unido da União Europeia. Theresa May, a chefe do governo britânico, prometeu acionar o Artigo

50º antes do final de março de 2017, pelo que esta questão será um tema importante no debate

político associado à realização de eleições em França e na Alemanha e condicionará o futuro da

União Europeia, nos próximos anos.

Nos EUA Donald Trump venceu as eleições presidenciais, constituindo uma incógnita o rumo da

política americana, sendo certo que o atual discurso político é marcadamente protecionista

(limitações à livre circulação de pessoas e bens) e de confronto com a política convencional

(rutura com o status quo).

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Relatório e Contas 2016

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3.2.2. Economia Nacional

A economia portuguesa, penalizada por um crescimento fraco do investimento e por fragilidades

ao nível das exportações, no primeiro semestre de 2016, manteve a tendência de desaceleração

iniciada no último trimestre de 2015, tendo crescido apenas 0,9% em termos homólogos. A

aceleração registada no segundo semestre de 2016, muito por conta da evolução da atividade

turística e do consumo privado, permitiu que o crescimento anual se situasse nos 1,3% em

20162, valor 3 p.p. abaixo do crescimento registado em 2015 (1,6%).

O comportamento das exportações nacionais foi condicionado pela ocorrência de diversos fatores,

de entre os quais se destacam a persistente precariedade da situação económica em Angola (em

termos homólogos, entre Janeiro e Outubro, as exportações de bens para Angola diminuíram

41,9%), muito afetada pelo baixo preço do petróleo e pelo facto de uma refinaria ter estado

temporariamente parada no início do ano (o que fez com que as exportações de combustíveis

diminuíssem 29,1% até Outubro).

Em sentido inverso, o setor do turismo mostrou um crescimento nas exportações de serviços de

9,2%.

2 Neste enquadramento, a Comissão Europeia melhorou as estimativas para 2017 e 2018, esperando agora que a economia cresça 1,6% e 1,5%,

respetivamente (em contraste com as previsões de Outono para o crescimento do PIB de 1,2% em 2017 e 1,4% em 2018).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Indicadores macroeconómicos (2014-2016)2014 2015 2016

Procura Externa tav 4,6 3,8 2,0

EUR/USD Taxa de Câmbio (%) tav -11,97 -10,22 -3,18

Preço do Petróleo (%) tav -41,0 -27,6 57,0

Produto Interno Bruto tav 0,9 1,6 1,3

Consumo Privado tav 2,1 2,6 2,1

Consumo Público tav -0,7 0,8 1,0

Formação Bruta de Capital Fixo tav 2,3 4,5 -1,7

Exportações tav 3,4 6,1 3,7

Importações tav 6,2 8,2 3,5

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,7 0,5 0,8

Taxa de Poupança (%) vma 6,9 7,0 5,0

Taxa de Emprego % 50,7 51,3 52,0

Taxa de Desemprego % 13,9 12,4 11,0

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav -1,3 0,0 1,5

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,1 1,7 1,1

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,1 1,8 2,2

Taxa de referência do BCE (média) % 0,16 0,05 0,00

Euribor 3 meses (média) % 0,21 0,00 -0,30

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 0,54 0,63 0,20

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 2,69 2,52 3,76

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2016), Banco Central Europeu (Dezembro 2016) e Bloomberg (Janeiro 2017)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

O consumo privado cresceu 2,1% em 2016 i.e. 5 p.p. abaixo do verificado em 2015. Por seu lado,

o investimento interrompeu em 2016 uma tendência de recuperação gradual, mas constante,

iniciada no final de 2013. A formação bruta de capital fixo registou ainda assim decréscimos

homólogos sucessivamente menores nos 3 primeiros trimestres (-2,7%, -2,4% e -1,5%). Os

fatores que mais contribuíram para este cenário foram as incertezas externas (volatilidade dos

mercados no início do ano e incertezas políticas) e incertezas internas (viabilidade da solução

política e problemas na banca portuguesa) que afastaram os investidores. Para além disso,

observou-se também uma descida do investimento público para níveis historicamente baixos (até

setembro registou-se uma quebra de 27,6% na formação bruta de capital fixo por parte das

administrações públicas).

No mercado laboral, depois de um período entre junho de 2015 e março de 2016 em que a taxa

de desemprego aumentou de 11,9% para 12,4%, o 2º e 3º trimestres de 2016 mostraram uma

tendência de melhoria, com a taxa a descer para os 10,5% entre julho e setembro, o valor mais

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baixo desde o final de 2009, o que permitiu fechar o ano com uma taxa de desemprego de

11,0%.

Em termos da evolução dos preços, em 2016 verificou-se praticamente uma manutenção do nível

registado no ano anterior já que a inflação média para 2016 deverá rondar os 0,8%, ligeiramente

acima dos 0,5% registados em 2015.

Em 2016, a dívida pública portuguesa somou 241,1 mil M€, o que representa um aumento de 9,5

mil M€ face a 2015. Para o aumento de 4,1% contribuíram as emissões líquidas de títulos, com

destaque para as emissões de Tesouro de rendimento variável (um novo instrumento que

permitiu captar cerca de 3,3 mil M€ de aplicações das famílias) e para as emissões de certificados

do Tesouro (que aumentaram 3,4 mil M€). Por seu lado, os empréstimos caíram 5,6 mil M€, com

o contributo do reembolso antecipado de 4,5 mil M€ concedidos pelo FMI no âmbito do Programa

de Assistência Económica e Financeira.

A Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) estima que a dívida pública tenha subido para

130,2% do PIB em 2016. Esta estimativa, a confirmar-se, significa um decréscimo face ao valor

registado no final do terceiro trimestre de 2016, de 133,4% do PIB, mas significa igualmente um

aumento em relação a 2015 e um desvio face ao previsto pelo Ministério das Finanças, para o

final do ano no âmbito do Orçamento do Estado para 2017 (129,7%). Para este desvio terá

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Janeiro 2017

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

contribuído o acréscimo de depósitos da administração central de 13,3 mil M€ no final de 2015

para 17,3 mil M€, quando se encontrava prevista no OE2017 uma estabilização.

A UTAO estima que a dívida pública líquida (i.e. excluindo os depósitos da administração central)

poderá atingir 120,8% do PIB no final de 2016, o que representa um decréscimo de 0,8 p.p. face

a 2015. A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima que a dívida pública

portuguesa, na óptica de Maastricht, tenha subido para 130,5% do PIB em 2016.

A Comissão Europeia, nas previsões económicas de Inverno, estima ainda que o défice

orçamental português tenha descido para 2,3% do PIB em 2016, ficando abaixo da meta definida

para o fim do processo de sanções (2,5%) mas ainda revelando fragilidade das finanças públicas

nacionais. A arrecadação de receita foi inferior ao orçamentado em 2016, tendo esse efeito sido

parcialmente compensado por receitas adicionais (que valeram 0,25% do PIB, através do

Programa Especial de Redução do Endividamento ao Estado) e pela contenção de despesa,

estimando-se que, sem as medidas extraordinárias, o défice orçamental português ficaria nos

2,6% do PIB.

3.2.3. Mercado Bancário Nacional O ano de 2016 e o início de 2017 foram marcados por uma reestruturação significativa dos

principais bancos portugueses e, em alguns casos, com mudanças na gestão e nas estruturas de

controlo acionista. Em termos sucintos, temos:

� o plano de recapitalização e a nomeação de uma nova equipa de gestão para a CGD (o

banco de capitais públicos);

� a entrada e reforço de um novo acionista (fundo chinês Fosun) no BCP e o pagamento da

última fatia de 700M€ do empréstimo obrigacionista de ações convertíveis (que chegou a

totalizar 3.000M€);

� a oferta pública de aquisição lançada pelo grupo catalão Caixa Bank sobre o capital do BPI

que lhe permitiu adquirir uma posição de 84,52% (participação que compara com os

anteriores 45,5%);

� o veto do Parlamento às propostas PCP/BE de nacionalização do Novo Banco; a entrada

do BES em processo de liquidação e o reforço das negociações entre Banco de Portugal e

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

o Fundo de Resolução e os candidatos à aquisição do Novo Banco (ex. fundo Lone Star),

para conclusão deste processo.

3.2.3.1. Evolução do mercado nacional de depósitos (dezembro 2011 – dezembro

2016) Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal referente a dezembro

de 2016, o volume de depósitos aumentou 2,3% em Dezembro de 2016, face ao período

homólogo de 2015. Para essa evolução contribuíram o acentuado crescimento dos depósitos de

empresas em 8,4% (+8,2 p.p. que em 2015) e um ligeiro crescimento nos depósitos de

particulares em 1,0% (-2,8 p.p. que em 2015).

3.2.3.2. Evolução do mercado nacional de crédito (dezembro 2011 – dezembro

2016) Ao invés, o crédito bruto total concedido a clientes registou um decréscimo de 3,2% em

dezembro de 2016 face ao registado no final de 2015. A quebra mais significativa verificou-se no

crédito a empresas (-5,5%), mas também foi assinalada uma redução no crédito a particulares (-

1,6%), ambos face a dezembro de 2015.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre dez.2015 e dez.2016, o

crédito total reduziu 3,2% com uma quebra percentual mais expressiva no segmento das

empresas, nas regiões autónomas e nos distritos de Viana do Castelo, Setúbal e Portalegre. Em

Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões de euros, o que explica mais de 55% da quebra

registada no país.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2016

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.598 2.834 8.432 4,3% -3,9% -5,1% -4,3%

Beja 1.290 442 1.732 0,9% -2,5% -0,7% -2,0%

Braga 6.293 3.467 9.760 5,0% -2,8% -8,9% -5,1%

Bragança 903 264 1.167 0,6% -2,3% 10,9% 0,4%

Castelo Branco 1.437 404 1.841 0,9% -3,7% -1,5% -3,2%

Coimbra 3.833 1.291 5.124 2,6% -3,6% 1,2% -2,4%

Évora 1.676 897 2.573 1,3% -4,1% 26,7% 4,8%

Faro 4.661 1.747 6.408 3,3% -6,9% 1,5% -4,7%

Guarda 879 272 1.151 0,6% -2,9% -5,2% -3,4%

Leiria 4.121 2.489 6.610 3,4% -4,4% -1,5% -3,3%

Lisboa 44.162 43.090 87.252 44,9% 1,7% -5,8% -2,1%

Portalegre 869 276 1.145 0,6% -3,8% -16,1% -7,1%

Porto 17.168 12.246 29.414 15,1% -3,0% -4,1% -3,4%

Santarém 4.024 1.507 5.531 2,8% -3,7% -0,4% -2,8%

Setúbal 9.337 1.769 11.106 5,7% -2,9% -15,2% -5,1%

Viana do Castelo 1.641 488 2.129 1,1% -3,3% -24,2% -9,1%

Vila Real 1.337 346 1.683 0,9% -2,5% 4,2% -1,2%

Viseu 2.531 1.084 3.615 1,9% -1,7% 6,3% 0,5%

Reg. Autónoma Açores 2.607 796 3.403 1,8% -4,4% -31,4% -12,5%

Reg. Autónoma Madeira 2.931 1.328 4.259 2,2% -3,8% -14,4% -7,4%

Total 117.296 77.037 194.335 100% -1,6% -5,5% -3,2%

Fonte: Banco de Portugal

Crédito Peso total

%

Var. Homóloga

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se

essencialmente à diminuição do crédito à habitação (-3,0% em Dezembro de 2016 face ao

período homólogo de 2015) que representa 80,8% do total do crédito a particulares.

Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos 3,9%, agravado,

principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no agregado

de crédito.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2016

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. Homóloga Peso total % Crédito vencido %

Habitação 94.780 -3,0% 80,8% 2,5%

Consumo 13.725 12,7% 11,7% 6,2%

Outros fins 8.792 -5,8% 7,5% 15,4%

Total 117.297 -1,6% 100% 3,9%Fonte: Banco de Portugal

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,5% deveu-se principalmente à redução do

crédito a empresas do sector da construção, atividades imobiliárias e água e saneamento. Apenas

nos setores da agricultura e pescas, alojamento e restauração, saúde e apoio social e indústrias

extrativas foi possível verificar um aumento do crédito concedido (5,0%, 2,7%, 1,4% e 0,8%,

respetivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,7%, sendo que os setores

com maior incumprimento continuam a ser o da construção, do comércio, das atividades

imobiliárias e das indústrias extrativas, que mantêm elevada representatividade no total do

crédito a empresas.

Actividade económica Var. Homóloga Total Crédito Peso %% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,0% 2.294 3,0% 5,9%

Indústrias Extractivas 0,8% 256 0,3% 10,5%

Indústrias Transformadoras -0,3% 12.844 16,7% 10,1%

Energia -8,1% 2.313 3,0% 0,7%

Água e Saneamento -12,3% 1.358 1,8% 2,0%

Construção -11,8% 11.343 14,7% 35,8%

Comércio -0,9% 12.127 15,7% 14,6%

Transporte e Armazenagem -5,3% 6.837 8,9% 7,5%

Alojamento e Restauração 2,7% 4.567 5,9% 10,4%

Actividades Imobiliárias -15,2% 9.508 12,3% 25,6%

Saúde e Apoio Social 1,4% 1.291 1,7% 4,7%

Outros -4,7% 12.298 16,0% 10,4%

Total -5,5% 77.037 100% 15,7%

Fonte: Banco de Portugal

Valores em milhões de euros

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.2.4. Mercados Financeiros Mercados acionistas

No final do primeiro trimestre de 2016, o sentimento global de aversão ao risco perdeu força. O

BCE reforçou a sua política monetária acomodatícia. A China apresentou uma nova série de

medidas de estímulos e controlo do valor da sua moeda. Os EUA divulgaram dados económicos

prometedores e a Reserva Federal Americana indicou que iria adiar uma subida das taxas de juro.

Ainda assim, excluindo os índices americanos e britânicos, a quase totalidade dos principais

índices acionistas registou perdas superiores a 10%, particularmente relevantes nos mercados

asiáticos. Com desvalorizações desta magnitude, este foi o pior arranque de ano para as bolsas

desde 2008.

0,62

0,95

1,28

1,781,66

1,87

0,00

0,20

0,40

0,60

0,80

1,00

1,20

1,40

1,60

1,80

2,00

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Índices Accionistas (base 2010)

PSI 20 IBEX 35 CAC 40 SP 500 DAX NIKKEI

A finalizar a primeira metade do ano, o resultado do referendo realizado no Reino Unido retirou

um valor recorde de $3 biliões dos mercados globais em apenas dois dias, levando a uma queda

abrupta dos índices acionistas. Em contraposição, as perspetivas de políticas mais expansionistas

nos EUA, com a vitória de Trump nas eleições americanas, a recuperação dos preços do petróleo

e uma atividade económica resiliente, levaram os índices americanos a atingirem novos máximos

históricos, no final de 2016, com o Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq a registarem valorizações

anuais de 15%, 12% e 9%, respetivamente.

Os fatores que foram afetando a Europa ao longo do ano, combinados com os dados económicos

pouco surpreendentes, embora positivos, levaram as bolsas da Europa a terem um desempenho

mais contido. Em termos anuais o Stoxx 600 registou uma perda de 1,2%, mas o DAX alemão

teve uma evolução bastante positiva (+6,87%). Os países da periferia foram os mais vulneráveis

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

aos desenvolvimentos na Europa, com o PSI 20 e o índice de referência italiano a registarem

perdas de 11,9% e 10,2%, respetivamente. Em Espanha a descida não foi tão acentuada (-2%).

Mercados monetários - Taxas de câmbio e taxas de juro de referência

Em 2016, foram registadas quedas do euro (EUR) face ao dólar (USD), pelo terceiro ano

consecutivo, algo que não acontecia desde finais de 2001. Num período marcado pela disparidade

entre as políticas monetárias do BCE e da FED, o Euro recuou 2,9% para os 1,0539 USD no final

do ano, tendo chegado a negociar em mínimos de dezembro de 2002.

O resultado do Brexit afetou significativamente a libra esterlina, tendo esta tido em 2016 um dos

piores desempenhos, tendo-se fixado a cotação nos 1,2340 USD. Num contexto de elevada

incerteza, o Iene continuou a representar o seu papel de moeda refúgio e, em 2016, o USD

perdeu terreno face ao Iene, caindo 2,97% e com cada USD a valer 116,96 Ienes no final do ano.

Não obstante a desvalorização face ao Iene, o USD, em relação ao índice de referência das

principais moedas mundiais (DXY), ultrapassou os 103 pontos em dezembro, valor que não era

registado desde final de 2002 (conquistando em 2016 a denominação de “o ano da nota verde”).

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

-0,32

0,00

0,75

0,25

-0,6

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

1,6

2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Taxas de referência nos Mercados Monetários

Euribor 3M Taxa BCE Taxa FED Taxa BOE

No que se refere ao mercado monetário na Zona Euro, verificou-se ao longo de todo o ano a

progressiva descida das taxas Euribor. No final do ano, a taxa Euribor a um mês estava a -

0,368% e a Euribor a 1 ano apresentava o valor de -0,082%. Nos EUA, as taxas LIBOR do USD

até um ano acabaram por subir ao longo do ano, tendo apresentado o valor de 1,686% no final

do ano de 2016.

Matérias-primas

Os primeiros seis meses do ano foram marcados por uma subida dos preços à vista (“spot”) nos

mercados das matérias-primas (commodities) que reacenderam o interesse dos investidores. O

ouro, em particular, liderou o caminho, a ganhar quase 20% nos primeiros 6 meses do ano. Os

preços do petróleo subiram de US $39 por barril no final de março, para quase US $50 por barril,

no final de junho. Os produtos agrícolas, como a soja, o açúcar, o milho e o algodão, também

apresentaram ganhos no segundo trimestre.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Na segunda metade de 2016 verificou-se uma evolução mais moderada dos preços das matérias

primas. O Brexit provocou ondas de choque em todos os mercados do mundo, tendo os

investidores convergido para o ouro, como ativo de refúgio, o que levou à sua valorização em

8,2% nas semanas seguintes à votação. Após as eleições presidenciais americanas o ouro veio a

perder um pouco da sua valorização, tendo ainda assim encerrado 2016 a valorizar 9,33%.

No final do 3º trimestre, a OPEP decidiu que a extração de crude seria diminuída a partir de

janeiro de 2017, conduzindo a uma subida dos preços do petróleo. O Brent do Mar do Norte

registou um ganho de 52% nos 12 meses do ano, fechando com uma cotação de US $56,82 por

barril. Já o West Texas Intermediate observou um ganho anual de 45%, encerrando o ano a US

$53,72 por barril.

Mercado obrigacionista

A dívida portuguesa teve um dos piores desempenhos na Zona Euro. Em 2016, a taxa da dívida

soberana a dez anos aumentou 1,25 p.p., de 2,516% para 3,764%. A subida do prémio de risco

foi ainda mais acentuada, exigindo o mercado um prémio de 356 pontos base (3,56%) face à

dívida alemã, referência na Zona Euro.

As obrigações italianas sofreram também uma subida anual das suas yields, a primeira desde a

crise da dívida em 2011. No prazo de 10 anos a dívida soberana italiana subiu de 1,592% no

início do ano para os 1,812% no final do ano (+ 22 pontos base), ao contrário da dívida

espanhola que, para a mesma maturidade, registou uma descida de 1,766% no início do ano para

os 1,380% no final do ano (-38,6 p.b.).

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

A dívida alemã foi um dos ativos com melhor desempenho em 2016, pois, para uma maturidade a

10 anos, os títulos começaram 2016 com uma yield de 0,629% e acabaram o ano com uma yield

de 0,208%, registando uma variação de -42,1 pontos base. A meio do ano, o rendimento da

dívida alemã entrou mesmo em terreno negativo, chegando a yield a 10 anos a atingir o valor de

-0,190%. Do outro lado do Atlântico, nos EUA, a yield das obrigações da dívida soberana

americana a 10 anos iniciou o ano com uma yield de 2,273% e encerrou o ano com 2,446%

(+17,3 pontos base).

3.2.5. Principais Riscos e Incertezas para 2017 A evolução das economias europeias e a instabilidade política e económica, fruto das muito

próximas eleições em França e na Holanda e da implementação do Brexit, constituem os grandes

focos de preocupação para 2017. A eleição de governos extremistas e antieuropeístas nos países

referidos, juntamente com a concretização da saída do Reino Unido da União Europeia, podem

ameaçar, segundo analistas internacionais, a própria subsistência da União Europeia, com riscos

incalculáveis nas economias dos países que dela fazem parte. A este fator externo, junta-se outro

relacionado com a eleição de Donald Trump como Presidente dos EUA, que criou uma tensão

internacional e instabilidade geopolítica que poderá trazer maior incerteza quanto à evolução

económica mundial para os próximos anos.

Fonte: Bloomberg, Janeiro 2017

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Relatório e Contas 2016

30

Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

O ano de 2017 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas

ao setor financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como

para a banca nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2017, o Banco de Portugal apontou quatro grandes desafios com que o sistema

bancário nacional se defronta atualmente, são eles:

i. melhorar de forma sustentada a sua rendibilidade;

ii. adaptar-se às novas exigências regulatórias e assegurar a sua observância;

iii. introduzir alterações no modelo de governo e na cultura organizacional, que permitam

recuperar a confiança dos stakeholders (todos os interessados no Banco: colaboradores,

fornecedores, clientes, sociedade civil, Estado…); e

iv. investir em inovação em termos operacionais e ao nível da prestação de serviços aos

clientes.

No imediato, o reforço da rendibilidade dos bancos é o desafio primordial para gerar capital

interno e para atrair capital externo e, desse modo, criar as condições que permitam pôr em

prática estratégias de:

i. redução do peso dos ativos improdutivos (crédito e imóveis) nos balanços;

ii. reavaliação dos modelos de negócio com vista a torná-los mais eficientes (eliminação do

“overbanking”) e ajustados ao novo paradigma de banca digital; e

iii. mudança cultural e de comportamentos com vista a recuperar a confiança e a estabilidade

de todos os stakeholders.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades

financeiras estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras

do mercado de capitais e das atividades de investimento (e.g. ESMA3, CMVM), estando neste

âmbito abrangidas por novos requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em

consulta, o que naturalmente inclui o Grupo Crédito Agrícola.

3 European Securities and Markets Authority

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Relatório e Contas 2016

31

Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.3. Crédito Agrícola: Evolução Recente

3.3.1. Resultado e Balanço

3.3.1.1. Análise Financeira do Negócio Bancário do Grupo CA (SICAM)

Balanço

Em milhares de euros

Abs. %

Activo

Disponibilidades 421.057 415.824 -5.233 -1,2%

Aplicações em Instituições de Crédito 94.827 6.035 -88.792 -93,6%

Crédito a Clientes (líquido) 7.577.775 7.997.636 419.860 5,5%

Crédito a Clientes (bruto) 8.429.644 8.713.284 283.640 3,4%

Provisões / Imparidades Acumuladas 851.869 715.648 -136.221 -16,0%

Aplicações em Títulos (líquido) 3.729.604 5.311.976 1.582.371 42,4%

Activos não correntes detidos para venda 445.441 395.045 -50.396 -11,3%

Invest. Filiais, Tangíveis e Intangíveis 330.958 320.780 -10.178 -3,1%

Outros Activos 460.129 433.319 -26.810 -5,8%

Total Activo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

Passivo

Recursos de bancos centrais e OIC 625.817 1.578.903 953.086 152,3%

Recursos de Clientes 10.969.821 11.770.738 800.917 7,3%

Passivos Subordinados 120.409 116.534 -3.876 -3,2%

Outros Passivos 171.118 187.064 15.946 9,3%

Total Passivo 11.887.166 13.653.239 1.766.073 14,9%

Capitais Próprios 1.172.626 1.227.375 54.749 4,7%

Total do Capital Próprio + Passivo 13.059.792 14.880.614 1.820.822 13,9%

2015 2016Variação

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 400.181 396.270 -3.912 -1,0%

Juros e encargos similares 155.052 120.256 -34.795 -22,4%

Margem Financeira 245.129 276.013 30.884 12,6%

Comissões líquidas 130.193 138.192 7.999 6,1%

Result. de operações financeiras 98.912 38.561 -60.351 -61,0%

Outros resultados de exploração (*) 28.523 21.766 -6.756 -23,7%

Produto Bancário 502.756 474.532 -28.225 -5,6%

Custos de Estrutura 300.838 313.331 12.493 4,2%

Custos de pessoal 166.516 175.410 8.895 5,3%

Gastos gerais administrativos 121.152 124.682 3.530 2,9%

Amortizações 13.170 13.238 68 0,5%

Provisões e imparidades 126.902 56.123 -70.778 -55,8%

Resultado antes de impostos 75.017 105.078 30.060 40,1%

Impostos, após correc. e diferidos 18.706 33.020 14.314 76,5%

Resultado Líquido 56.311 72.057 15.746 28,0%

Variação2015 2016

(*) Inclui rendimentos de instrumentos de capital, resultados de reavaliação cambial, resultados de alienação de outros activos e

outros resultados de exploração.

Após 2 anos de recuperação económica moderada em Portugal, o ano de 2016 veio abrandar

ligeiramente a trajetória iniciada em 2014 com o Banco de Portugal, no Boletim Económico de

Dezembro, a apontar para um crescimento do PIB de 1,2%4, valor aquém dos 1,6% registados

em 2015. A ausência de convergência real face à área do euro, vem refletindo a persistência de

constrangimentos estruturais ao crescimento da economia portuguesa, no qual assumem uma

relevância especial os elevados níveis de endividamento dos setores público e privado, uma

evolução demográfica desfavorável e a persistência de ineficiências nos mercados do trabalho e

do produto, que requerem a continuação do processo de reformas estruturais. O forte dinamismo

do consumo registado nos últimos anos esteve associado à despesa em bens duradouros,

resultante em parte da concretização de decisões adiadas durante a recessão de 2011-2013.

Apesar do aumento da procura interna em 2016, assistiu-se à redução do nível de alavancagem

da economia (famílias, SNF5 e setor público) e à redução homóloga do crédito concedido (-2,7%).

4 - Para 2017 e 2018, prevê-se um crescimento de 1,4% e 1,5%, respectivamente. Fonte: Boletim Económico do Banco de Portugal

(Dez.2016).

5 - Sociedades não financeiras.

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

1,5

24,5

56,3

72,1

2013 2014 2015 2016

Evolução do Resultado líquido(em milhões de euros)

Em 2016, o Crédito Agrícola apresentou um resultado líquido proveniente do negócio bancário

(SICAM) de cerca de 72,1 milhões de euros que representa um aumento de 16 milhões de euros

face aos 56,3 milhões de euros alcançados em 2015.

Valores em milhões de euros

31-mar-16 30-jun-16 30-set-16 31-dez-16

Caixas Associadas 25,5 36,2 56,1 80,6

Caixa Central 5,3 -13,8 -13,7 -9,3

SICAM (Consolidado) 30,9 22,9 42,8 72,1

Evolução do Resultado Líquido

Apesar do resultado líquido do SICAM em 2016 ser significativamente superior ao do ano anterior,

o produto bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 5,6%. Esta quebra resulta

sobretudo de uma redução significativa dos resultados de ativos financeiros disponíveis para

venda (-61,0%) e foi parcialmente compensada através do aumento da margem financeira e das

comissões líquidas em 12,6% e 6,1%, respetivamente.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 248 245 276 31 12,6%

Margem Complementar, da qual: 306 258 199 -59 -22,9%

Comissões líquidas 129 130 138 8 6,1%

Resultado de operações financeiras 171 98,9 38,6 -60 -61,0%

Outros resultados de exploração 7 29 22 -7 -23,7%

Produto Bancário 554 503 475 -28 -5,6%

Decomposição do Produto Bancário - SICAM

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Relatório e Contas 2016

34

Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

A margem financeira do SICAM aumentou de 12,6%, passando de 245 milhões de euros em 2015

para 276 milhões de euros em 2016, e esta variação positiva resultou do efeito da redução das

taxas de remuneração (dos novos depósitos e das renovações) ainda que aplicado a um volume

de depósitos superior ao registado no período homólogo.

É ainda de realçar que a Caixa Central em 2016 efetuou um esforço de redução da remuneração

dos recursos das Caixas Associadas com vista a reduzir a pressão sobre a margem financeira da

Caixa Central, ainda assim acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem

financeira. Contudo, as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes

às praticadas no mercado. De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com

o mercado se mantenha em 2017, o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as

Caixas Associadas.

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 256 117 0 138 394

Caixa Central 20 21 35 37 78

SICAM (Consolidado) 276 138 39 199 475

Produto Bancário - SICAM

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Quanto aos custos de estrutura do SICAM, verificou-se um aumento de 4,2% (12,4 milhões de

euros). Este agravamento justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 8,9 milhões de

euros (+5,3%) e dos gastos gerais administrativos em 3,5 milhões de euros (+2,9%).

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 300 301 313 12 4,2%

Custos de Pessoal 165 167 175 9 5,3%

Gastos Gerais Administativos 121 121 125 4 2,9%

Amortizações 14 13 13 0 0,5%

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM

Numa análise à variação homóloga com referência aos 12 meses de 2016, verifica-se:

i. no agregado das 82 Caixas Associadas, um agravamento de 5,9% nos custos com pessoal

(de 140,7 milhões de euros para 149,0 milhões de euros), explicado pela entrada em vigor

dos novos mandatos (2016-2018) e da associada a promoção de quadros qualificados a

titulares de funções em órgão sociais e de fiscalização, e de 1,6% nos gastos gerais

administrativos (de 103,6 milhões de euros para 105,3 milhões de euros); e

ii. na Caixa Central, um agravamento de 0,1% nos custos com pessoal (de 25,8 milhões de

euros para 25,8 milhões de euros) e de 11,0% nos gastos gerais administrativos (de 19,0

milhões de euros para 21,1 milhões de euros).

Numa análise mais detalhada, é possível verificar que as rubricas que mais contribuíram para o

agravamento dos custos com pessoal nas Caixas Associadas, no valor de 8,3 milhões de euros,

respeitam ao fundo de pensões (+4,0 milhões de euros), às remunerações com os órgãos sociais

de gestão e de fiscalização (+3,0 milhões de euros) e encargos associados. Na Caixa Central, os

gastos com pessoal mantiveram-se em linha com o período homólogo, ainda que se tenha

registado um agravamento na rubrica de indemnizações contratuais.

As rubricas que mais contribuíram para o agravamento dos gastos gerais administrativos foram:

- na Caixa Central, o acréscimo de 2,1 milhões de euros respeita essencialmente aos

serviços da SIBS (ex. cartões), aos custos judiciais, de contencioso e de notariado, às

avenças e honorários (ex. recuperação de crédito, alienação de créditos não produtivos) e

aos custos com formação; e

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Relatório e Contas 2016

36

Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

- nas Caixas Associadas, o acréscimo de 1,7 milhões de euros respeita essencialmente à

publicidade, aos serviços de auditoria, aos serviços da SIBS (ex. meios de pagamento e

outros serviços), às comunicações obrigatórias para clientes (expedição) e aos seguros

(ex. imóveis em dação).

O crédito a clientes aumentou 3,4% com o crédito a empresas e administração pública a crescer

5,0% e o crédito a particulares a crescer 1,4% face a 2015.

Em 2016 verificou-se uma substancial redução das necessidades de provisionamento / reforço das

imparidades da carteira de crédito. Em relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-

se um aumento, passando de 128% em 2015 para 131% em 2016, prosseguindo o Crédito

Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se um aumento de 13,9% no ativo total do SICAM

que passou de 13.060 milhões de euros em 2015 para 14.881 milhões de euros em 2016,

contribuindo para este crescimento do ativo líquido o aumento do crédito a clientes de 3,4% (284

milhões de euros) e o aumento das aplicações em títulos (+1,6 mil milhões de euros).

O passivo total do SICAM aumentou cerca de 1,8 mil milhões de euros, por conta do aumento de

recursos em bancos centrais (953 milhões de euros, i.e. +152%) e por via de aumento de

recursos de clientes (801 milhões de euros, i.e. +7,3%).

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Relatório e Contas 2016

37

Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

Valores em milhões de euros

Activo PassivoCapitais

Próprios

Caixas Associadas 13.837 12.539 1.297

Caixa Central 7.964 7.735 229

SICAM (Consolidado) 14.881 13.653 1.227

Salienta-se a evolução negativa do rácio de transformação que, em 2016 face a 2015, registou

um decréscimo de 1,1 p.p. (de 69,1% para 67,9%). Este nível de transformação é bastante mais

baixo que a média do sistema bancário e dos limites máximos regulamentares, sendo justificado

pelo facto do mercado procurar o Crédito Agrícola enquanto banco-refúgio para aforro.

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2014 2015 2016 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes (líquido) 7.310 7.578 7.998 420 5,5%

Recursos de Clientes 10.620 10.970 11.771 801 7,3%

Rácio de Transformação 68,8% 69,1% 67,9% -1,1 p.p. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

3.3.1.2. Outros Factos Relevantes O reconhecimento da Marca CRÉDITO AGRÍCOLA por parte do público, como sendo forte, credível

e de confiança; os prémios obtidos, no ano 2016, enquanto “Melhor Banco no Serviço de

Atendimento ao Cliente” e “O Banco Mais Recomendado e com os Clientes Mais Satisfeitos”; e o

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

facto do SICAM se encontrar entre as instituições menos reclamadas no sistema bancário6,

permitem afirmar o bom desempenho do Crédito Agrícola em 2016.

Este reconhecimento não se limita ao negócio bancário, estendendo-se às Seguradoras e à

Gestora de Ativos do Grupo. Pelo sexto ano consecutivo, a CA Seguros foi reconhecida como “A

Melhor Seguradora Não Vida do seu segmento de dimensão”7. Por seu lado, a CA Vida foi

premiada como “A Melhor Grande Seguradora do Ramo Vida”8. A CA Vida atingiu ainda o 1º lugar

nos rankings de Lealdade do Cliente e de Imagem, duas classificações obtidas no Índice Nacional

de Satisfação do Cliente do ECSI Portugal 2016.

O Crédito Agrícola desenvolveu ações de promoção junto de empresas, donde se destacam:

O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 3ª edição do “Prémio

Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta no

tecido empresarial português e é por este reconhecido;

O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do setor hortofrutícola;

A homenagem às empresas clientes CA com o estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2015,

realizada pelo terceiro ano consecutivo, num evento que sublinha o contributo das Empresas

Clientes do Grupo, para a competitividade e crescimento da economia portuguesa;

O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo terceiro ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas

de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na

Estufa-Fria, em Lisboa.

Inauguração da 1ª Agência na Madeira

No âmbito da sua estratégia de cobertura total do território nacional, foi inaugurada uma agência

no Funchal, dando início à atividade de retalho na Região Autónoma da Madeira pelo Crédito

Agrícola.

6 Segundo dados do relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal (1ºS’2016), o Crédito Agrícola (SICAM) apresenta 2

reclamações por cada 100 mil contas de depósitos à ordem enquanto a média do sistema atingiu as 11.

7 Prémio atribuído pela revista Exame em parceria com a Deloitte e Informa D&B.

8 Estudo elaborado pela EY e a Ignios e divulgado na Star Company, uma edição especial do jornal Dinheiro Vivo, distribuída com o

Diário de Notícias e o Jornal de Notícias.

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

A cerimónia de inauguração da

Agência, realizada em outubro de

2016, contou com a presença de

diversas entidades locais, entre elas o

Presidente do Governo Regional da

Madeira, Miguel Albuquerque.

Dada a importância que a nova Agência representa para o Grupo CA, foi desenvolvida uma

Campanha Publicitária com o claim (slogan) “Nunca Estivemos Tão Próximos”. A campanha

presente na TV, Rádio, Imprensa e Mupis da Região, revelava Sílvia Alberto a retirar o Canotier,

num gesto de cumprimento à chegada à Madeira.

No domínio da gestão de ativos, o Crédito Agrícola conseguiu obter a melhor rendibilidade em

três dos seus Fundos de Investimento Mobiliários nas respetivas categorias, um deles pelo oitavo

ano consecutivo, segundo rendibilidades divulgadas pela Associação Portuguesa de Fundos de

Investimento, Pensões e Património. O CA Monetário, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto do

Mercado Monetário, com nível de risco um (numa escala de um a sete) e uma rendibilidade de

0,10% em 2016, consegue, pelo oitavo ano consecutivo, o primeiro lugar na categoria Fundos do

Mercado Monetário Euro. O CA Rendimento, Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de

Obrigações, com nível de risco dois, que obteve uma rendibilidade de 2,25% em 2016, foi o

vencedor na categoria Fundos de Obrigações de Taxa Indexada Euro, pelo quarto ano

consecutivo. Em 2016, pela primeira vez, o CA Alternativo, Fundo de Investimento Alternativo

Aberto Flexível, foi o vencedor da categoria Fundos Alternativos Flexíveis, ISRR 3. Trata-se de um

fundo de investimento com nível de risco três, que obteve uma rendibilidade de 4,20% em 2016.

O serviço Balcão 24 (B24) terminou o ano de 2016 com 258 serviços em funcionamento,

representando um crescimento homólogo de 4% nos serviços inicializados. O número de

transacções nos B24 registou um crescimento de 7% face ao período homólogo. A taxa média de

transferência das transações encontra-se acima dos 37% (mais 3,41 p.p. face a 2015). A

evolução semestral do volume de transações – operações e consultas – realizadas no serviço B24,

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Relatório e Contas 2016

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

registou em 2016, um crescimento de 8% e 6% respectivamente, em comparação com iguais

períodos de 2015.

No ano de 2016, o parque de ATMs do Crédito Agrícola registou um aumento de 2%, passando

de 1.497 para 1.520 (valores em final de período). Esta situação permitiu reforçar a quota de

mercado do Grupo CA na rede SIBS em 0,45 p.p.. No que se refere ao número de transações em

ATMs do Crédito Agrícola registou-se uma subida de 6%, num total de mais de 86 milhões de

transações.

Em 2016, o parque de TPAs do Crédito Agrícola cresceu 11%, totalizando os 20.749 TPAs ativos.

O número de transações subiu 18% face a 2015, tendo-se registado cerca de 44 milhões de

transações.

Em termos homólogos verificou-se em 2016, no Crédito Agrícola, um aumento da carteira de

cartões de pagamento a débito de 4,4% e uma redução da carteira de cartões de pagamento a

crédito, do Crédito Agrícola, de 7,5%. Esta evolução originou um incremento da quota de

mercado do Crédito Agrícola de 0,6 p.p. nos cartões de débito e uma perda de 0,3 p.p. nos

cartões crédito.

Para dinamizar a atividade comercial das CCAM, estabeleceram-se protocolos e parcerias

comerciais e de colaboração, tendo sido concretizados acordos e realizadas iniciativas conjuntas

com várias entidades privadas e institucionais, entre as quais se destacam:

ANDC - Associação Nacional Direito ao Crédito;

ENERGIE – Energia solar termodinâmica;

CPPME - Confederação Portuguesa das Micro, Pequenas e Médias Empresas;

ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel;

Minha Terra - Federação Portuguesa de Associações de Desenvolvimento Local;

ACBM - Associação de Criadores de Bovinos Mertolengos;

AGROPORTAL – a porta do mundo rural; e

Telemédia – Para destaque na Loja CA para vinhos, azeites e outros produtos de Associado.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

No ano de 2016 incentivou-se o acompanhamento e dinamização de campanhas, com o objetivo

de contribuir para um crescente envolvimento de todos os colaboradores com funções comerciais

na comercialização de produtos estratégicos e dirigidos aos segmentos alvo.

Com a utilização das redes sociais “facebook” e “instagram” o Crédito Agrícola tem vindo a

reforçar a sua presença junto de um público mais jovem, tendo atingido cerca de 90.000 fãs no

facebook no final de 2016.

Decorridos 7 anos de transmissão do programa de atualidade financeira,

constatámos que este patrocínio permitiu impactar mais de 1.300.000

telespectadores por ano, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

Em 2016 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica

de patrocínios a alguns desportistas, modalidades e eventos, como

sejam:

Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali

Dakar 2016, em motociclismo;

João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por

ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra-relógio, na categoria

de cadetes;

34ª Volta ao Alentejo em Bicicleta.

Ao longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre os quais,

o Salão Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Setor Alimentar e Bebidas (SISAB),

PORTUGAL AGRO, Fruit Logistic e Fruit Attraction.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4. Análise Financeira da Caixa Agrícola de Salvaterra de Magos 3.4.1. Quadro de Indicadores Descrição 2014 2015 2016 Variação %

Activo Líquido 151.583.297 156.809.046 169.388.177 8,02%

Crédito sobre Clientes 86.767.235 91.023.631 95.546.153 4,97%

Crédito vencido 11.503.976 11.512.673 11.182.641 -2,87%

Provisão p/ Crédito cobrança duvidosa 749.798 858.996 332.246 -61,32%

Provisão p/ Crédito vencido 10.307.096 10.390.702 9.815.205 -5,54%

Provisões para riscos gerais de crédito 742.799 828.389 844.605 1,96%

Recursos de clientes 133.111.328 131.841.304 136.196.944 3,30%

Recursos de outras instituições de crédito 302.177 5.696.145 9.464.460 66,16%

Fundos Próprios 15.039.749 15.605.928 16.183.360 3,70%

Capital 10.565.590 10.627.565 10.669.690 0,40%

Resultado Liquido -392.555 1.025.374 1.244.080 21,33%

Margem Financeira 3.200.039 3.463.902 3.064.505 -11,53%

Custos com pessoal 2.130.806 2.087.619 2.318.579 11,06%

Gastos Gerais Administrativos 1.672.615 1.636.924 1.590.787 -2,82%

Custos funcionamento = Custos c/ pessoal + GGA 3.803.421 3.724.543 3.909.367 4,96%

Amortizações 329.244 315.296 330.073 4,69%

Produto Bancário 4.800.570 5.469.194 4.954.714 -9,41%

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

INDICADORES DE GESTÃO 2014 2015 2016

Racio de SolvabilidadeRacio de adequação Fundos Próprios = FP / Req. FP * 12,5 17,71% 18,63% 17,94%Rácio TIER 1 18,66% 18,63% 17,94%

Qualidade do CréditoCrédito com incumprimento líquido / Crédito total liquido 0,53% 0,09% 1,19% Crédito com incumprimento líquido 400.043 68.771 1.019.459 Créditos vencidos > 90 dias 11.436.214 11.315.754 11.158.630 Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido 20.722 2.714 8.279 Crédito total líquido 75.710.341 79.773.933 85.398.703

Crédito com incumprimento / Crédito Total 13,20% 12,43% 11,69% Créditos vencidos > 90 dias 11.436.214 11.315.754 11.158.630 Crédito de cobrança duvidosa reclassificado como vencido 20.722 2.714 8.279 Crédito total 86.767.235 91.023.631 95.546.153

Rácios de Eficiência(Custos funcionamento + Amort) / Prod. Bancário 86,09% 73,87% 85,56%Custos com pessoal / Prod. Bancário 44,39% 38,17% 46,80%

Rácios de ProdutividadeActivo 151.583.297 156.809.046 169.388.177Nº de empregados 53 51 53Activo / Empregado 2.860.062 3.074.687 3.196.003Custos c/ Pessoal / Activo Liquido 1,41% 1,33% 1,37%Gastos Gerais Administrativos / Activo Liquido 1,10% 1,04% 0,94%Produto bancario / nº empregados 90.577 107.239 93.485

De Rendibilidade:Rendibilidade do Activo -0,26% 0,65% 0,73%Rendibilidade dos Fundos Próprios -2,61% 6,57% 7,69%Margem Financeira/ Activo 2,11% 2,21% 1,81%

Racio de TransformaçãoRacio de Transformação 65,18% 69,04% 70,15%Crédito vivo + vencido 86.767.235 91.023.631 95.546.153Recursos de Clientes 133.111.328 131.841.304 136.196.944

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.2. Estrutura Patrimonial

3.4.2.1. Estrutura Patrimonial da CCAM

Em 31 de Dezembro de 2016, o Ativo Líquido da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Salvaterra de

Magos era de € 169.388.177, representando um acréscimo de 8,02% relativamente ao ano

anterior.

As aplicações na Caixa Central eram no fim do ano de 2016 de € 60.923.006 (aumento de

4,03%). No mesmo período o crédito a clientes apresentava o saldo de € 95.546.153 (aumento

de 4,97%), enquanto os recursos alheios apresentavam um saldo de € 136.196.944 (aumento de

3,30%).

Os Capitais Próprios da CCAM no final de 2016 atingiram € 18.151.768 (um aumento de 6,88%).

Estrutura Patrimonial 2014 2015 2016

Aplicações em Inst de Crédito 57.149.546 58.564.650 60.923.006

Crédito de Clientes 86.767.235 91.023.631 95.546.153

Recursos de Clientes -133.111.328 -131.841.304 -136.196.944

Capitais Próprios -15.989.769 -16.983.348 -18.151.768

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.3. Análise Financeira de Ativos

3.4.3.1. Aplicações em Instituições de Crédito

Os excedentes da CCAM visam garantir a liquidez, sendo depositados exclusivamente na Caixa

Central, por imperativos estatutários desta. A CCAM, como já referido, tinha excedentes no

montante de € 60.923.006 a 31/12/2016.

3.4.3.2. Crédito a Clientes

O total do crédito a clientes em 31/12/2016 era de € 95.546.153, dos quais € 44.494.505 de

crédito concedido a empresas e € 50.969.909 a particulares. Os juros de crédito a receber

totalizavam € 346.850.

O gráfico seguinte apresenta a evolução do último triénio.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO 2014 2015 2016

Crédito a empresas 38.271.573 40.672.737 44.494.505 Crédito a particulares 48.247.965 50.188.262 50.969.909

Total do Crédito 86.519.538 90.860.998 95.464.414 Juros de crédito 476.330 393.351 346.850 Rendimentos diferidos (228.633) (230.719) (265.111)

Total do Crédito + Juros 86.767.235 91.023.631 95.546.153

Rácio de Transformação 65,18% 69,04% 70,15%

3.4.3.3. Crédito Vencido

Em 31/12/2016 existiam € 11.182.641 de crédito vencido.

EVOLUÇÃO DO CRÉDITO VENCIDO 2014 2015 2016

Crédito Vencido < 3 meses 67.762 196.918 24.011Crédito Vencido > 3 meses 11.436.214 11.315.754 11.158.630Crédito Vencido Total 11.503.976 11.512.673 11.182.641Crédito Total 86.767.235 91.023.631 95.546.153Provisões para Crédito Vencido 10.307.096 10.390.702 9.815.205

Rácio de crédito Vencido 13,26% 12,65% 11,70%Taxa de Cobertura do Crédito Vencido 89,60% 90,25% 87,77%

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.3.4. Ativos não Correntes Detidos para Venda

No fecho do exercício de 2016 existiam ativos não correntes detidos para venda os quais, na sua

grande maioria, diziam respeito a imóveis recebidos em recuperação do crédito no valor de €

9.803.494 (aumento de 9,53% em relação a 2015). Para estes ativos estava constituída uma

provisão para eventual imparidade no valor de € 3.216.081 para acautelar perdas que possam vir

a ocorrer, ou para ir para resultados, se aquelas não vierem a acontecer.

2014 2015 2016

Activos não Correntes Detidos para venda 10.277.692 8.950.275 9.803.494

3.4.3.5. Ativos Tangíveis / Intangíveis Os Ativos Tangíveis da CCAM (essencialmente constituídos pelos imóveis de serviço próprio,

equipamento, mobiliário e viaturas), registavam em 2016 um saldo bruto de € 8.510.621.

Os Ativos Intangíveis (software) registavam em 2016 um saldo bruto de € 441.217.

Para estes ativos, tangíveis e intangíveis, existiam amortizações acumuladas no montante de €

5.945.204.

3.4.3.6. Investimentos em Participadas (Participações no capital da CAIXA CENTRAL, FENACAM, CA INFORMÁTICA, CA SEGUROS e CA

SEGUROS & PENSÕES SGPS)

Em 31 de Dezembro de 2016, a CCAM detinha participações no capital das empresas do Crédito

Agrícola abaixo referidas no valor de € 2.514.651, conforme quadro seguinte, adquiridas em anos

anteriores.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.3.7. Outros ativos

Em 31 de Dezembro de 2016 existiam outros ativos no valor de € 1.199.058, constituídos:

- pela rubrica Valores a Regularizar no valor de € 629.826;

- e o restante valor de € 569.232 distribuído pelos Outros Ativos, onde se inclui Devedores

Diversos, no valor de € 562.953.

Estava constituída uma imparidade para estes ativos no valor de € 77.554, para a rubrica de

Devedores Diversos.

3.4.4. Análise Financeira de Passivos

3.4.4.1. Recursos de Clientes

Os recursos de clientes registaram um acréscimo em 2016 face ao ano anterior de 3,30 %.

No quadro seguinte apresenta-se a evolução no último triénio.

EVOLUÇÃO DOS DEPÓSITOS 2014 2015 2016

Depósitos à Ordem 39.695.754 45.034.113 49.139.820 Depósitos a Prazo 41.908.845 34.190.735 32.640.600 Depósitos de Poupança 50.943.737 52.395.226 54.316.101

Total de Depósitos 132.548.336 131.620.075 136.096.522 Juros de depósitos 562.992 221.229 100.422

Total de Depósitos + Juros 133.111.328 131.841.304 136.196.944

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.5. Capital

Capital e Reservas 2014 2015 2016

Capital Social 10.565.590 10.627.565 10.669.690Reservas 5.495.640 5.059.337 6.049.703Reserva de Reavaliação 364.842 306.080 223.303Diferenças de políticas contabilísticas -43.748 -35.008 -35.008Resultados -392.555 1.025.374 1.244.080Total 15.989.769 16.983.348 18.151.768

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.6. Análise de Resultados 3.4.6.1. Margem Financeira

A Margem Financeira teve em 2016 uma diminuição de 11,53%, com a evolução abaixo referida:

Descrição 2014 2015 2016 Variação %

Margem Financeira 3.200.039 3.463.902 3.064.505 -11,53%

3.4.6.2. Produto Bancário

O Produto Bancário teve uma diminuição de 9,41%, em 2016, conforme se pormenoriza:

Descrição 2014 2015 2016 Variação %

Produto Bancário 4.800.570 5.469.194 4.954.714 -9,41%

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.6.3. Custos Administrativos

Os custos administrativos cresceram no global 4,96% - os gastos gerais administrativos baixaram

2,82% e os custos com o pessoal aumentaram 11,06% (este agravamento reflete o custo de €

209.994 com o FUNDO DE PENSÕES, por reformas antecipadas de colaboradores).

Descrição 2014 2015 2016 Variação %

Custos com pessoal 2.130.806 2.087.619 2.318.579 11,06%

Gastos Gerais Administrativos 1.672.615 1.636.924 1.590.787 -2,82%

3.4.6.4. Provisões / Imparidades

As provisões e as imparidades, nomeadamente as provisões líquidas de reposições e anulações e

as provisões para correção de valor associadas ao crédito a clientes, tiveram um impacto positivo

em resultados de € 1.078.055. As imparidades para ativos tiveram um impacto negativo em

resultados de € 271.171 (maioritariamente relativos a imóveis detidos para venda).

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

2015 2016

Provisões líquidas de reposições e anulações (85.590) (16.216)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações) (198.410) 1.094.271

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações - 7.976

Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 28.348 (279.147)

3.4.6.5. Impostos

Os impostos diferidos tiveram um impacto negativo nos resultados no valor de € 71.101. Os

impostos correntes atingiram o valor de € 206.978 - registaram crescimento face ao ano anterior,

principalmente devido ao desempenho da conta resultados.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.4.6.6. Rácio de Solvabilidade

O rácio de solvabilidade da Caixa Agrícola de Salvaterra de Magos atingiu o valor de 17,94%, a 31

de dezembro de 2016.

O rácio de solvabilidade representa a capacidade da CCAM cumprir os compromissos assumidos.

3.4.6.7. Resultados do exercício

O resultado líquido do exercício foi positivo no montante de € 1.244.080. Apesar das dificuldades

do Sistema Bancário português, iniciadas em 2008, se somarmos os resultados obtidos pela Caixa

nesse período (2008 - 2016), o total é muito positivo, o que não acontece com a generalidade das

outras Instituições de Crédito.

Resultado Líquido do Exercício2001 1.226.857,47 €2002 1.316.733,61 €2003 2.298.911,13 €2004 3.881.353,89 €2005 1.576.316,70 €2006 2.029.342,57 €2007 2.843.002,64 €2008 2.019.802,42 €2009 372.335,91 €2010 -2.423.126,11 €2011 166.190,49 €2012 -740.923,79 €2013 48.038,55 €2014 -392.555,27 €2015 1.025.373,99 €2016 1.244.080,31 €

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

3.5. Proposta de Aplicação de Resultados O Conselho de Administração da C.C.A.M. de Salvaterra de Magos, nos termos do Artigo n.º 34º

dos Estatutos, do nº 1 do Artigo n.º 69º do Código Cooperativo, do Artigo n.º 296º do Código

das Sociedades Comerciais e demais legislação em vigor, vem propor à Digníssima Assembleia

Geral que o saldo positivo da conta de Resultados Transitados, no montante de € 1.209.072,24

(Um milhão, duzentos e nove mil, setenta e dois euros e vinte e quatro cêntimos), que inclui o

Resultado Líquido do Exercício, positivo, no montante de € 1.244.080,31 (Um milhão, duzentos e

quarenta e quatro mil, oitenta euros e trinta e um cêntimos), a realização de Reserva de

Reavaliação de Imóveis, positiva, no montante de 8.097,93 € (Oito mil e noventa e sete euros e

noventa e três cêntimos) e as Diferenças Resultantes da Alteração de Políticas Contabilísticas,

negativas, no montante de 43.106,00 € (Quarenta e três mil, cento e seis euros), seja aplicado da

seguinte forma:

1. Transferência para Reserva Legal 1.209.072,24 €

Com a aprovação desta proposta e após as respetivas movimentações, a estrutura dos Capitais

Próprios da Caixa Agrícola apresentará a seguinte composição:

1. Capital Social 10.669.690,00 €

2. Reserva de Reavaliação 223.303,35 €

3. Reserva Legal 7.112.137,34 €

4. Reserva Estatutária 942,72 €

5. Reserva Educação e Formação Cooperativa 120.694,83 €

6. Reserva para Mutualismo 25.000,00 €

Salvaterra de Magos, 07 de março de 2017

O Conselho de Administração

José Manuel da Silva Ferreira Moreira

Jacinto Pimentel Rego

José António Cardoso Felisberto, Dr.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

4. Demonstrações Financeiras e Notas Anexas

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Caixa de Salvaterra de Magos

4.1. Balanço em 31 de dezembro de 2016 e 2015

2015Provisões,

Activo imparidade e Activo ActivoACTIVO Notas Bruto amortizações líquido líquido PASSIVO E CAPITAL Notas 2016 2015

Caixa e disponibilidades em bancos centrais 5 1.088.182 - 1.088.182 975.270 Recursos de bancos centrais - -Disponibilidades em outras instituições de crédito 6 5.410.370 - 5.410.370 1.555.268 Passivos financeiros detidos para negociação - -Activos financeiros detidos para negociação - - - - Outros passivos financeiros ao justo valor através de resultados - -Outros activos financeiros ao justo valor através de resultados - - - - Recursos de outras instituições de crédito 17 9.464.460 5.696.145Activos financeiros disponíveis para venda 7 1.630.784 - 1.630.784 1.630.372 Recursos de clientes e outros empréstimos 18 136.196.944 131.841.304Aplicações em instituições de crédito 8 60.923.006 - 60.923.006 58.564.650 Responsabilidades representadas por títulos - -Crédito a clientes 9, 19 95.546.153 (10.147.451) 85.398.703 79.773.933 Passivos financeiros associados a activos transferidos - -Investimentos detidos até à maturidade 10 341.560 - 341.560 - Derivados de cobertura - -Activos com acordo de recompra - - - - Passivos não correntes detidos para venda - -Derivados de cobertura - - - - Provisões 19 844.605 828.389Activos não correntes detidos para venda 11, 19 9.803.494 (3.216.081) 6.587.413 5.915.190 Passivos por impostos correntes 15 149.582 50.208Propriedades de investimento - - - - Passivos por impostos diferidos 15 20.187 20.900Outros activos tangíveis 12 8.510.621 (5.503.988) 3.006.633 3.264.490 Instrumentos representativos de capital 21 - 100Activos intangíveis 13 441.217 (441.217) - - Outros passivos subordinados - -Investimentos em filiais, associadas e empreendimentos conjuntos 14,19 2.514.651 - 2.514.651 2.514.651 Outros passivos 20 4.560.630 1.388.654Activos por impostos correntes 15 - - - - Total do Passivo 151.236.409 139.825.699Activos por impostos diferidos 15 1.365.369 - 1.365.369 1.437.182Outros activos 16,19 1.199.058 (77.554) 1.121.505 1.178.040 Capital 21 10.669.690 10.627.565

Prémios de emissão - -Outros instrumentos de capital - -Reservas de reavaliação 22 223.303 306.080Outras reservas e resultados transitados 22 6.014.695 5.024.329Resultado do exercício 22 1.244.080 1.025.374Dividendos antecipados - -

Total do Capital 18.151.768 16.983.348Total do Activo 188.774.467 (19.386.289) 169.388.177 156.809.046 Total do Passivo e do Capital 169.388.177 156.809.046

2016

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração Luis António Cardoso Caseiro, Dr. José Manuel Silva Ferreira Moreira

Jacinto Pimentel Rego José António Cardoso Felisberto, Dr.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

4.2. Demonstração de Resultados dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

RUBRICA Notas 2016 2015

Juros e rendimentos similares 23 3.381.618 4.233.760Juros e encargos similares 24 (317.113) (769.858)

Margem financeira 3.064.505 3.463.902

Rendimentos de instrumentos de capital 25 1.250 10.570Rendimentos de serviços e comissões 26 1.812.448 1.808.388Encargos com serviços e comissões 27 (208.653) (218.724)Resultados de activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados - -Resultados de activos financeiros disponíveis para venda 0 1Resultados de reavaliação cambial 28 3.507 5.501Resultados de alienação de outros activos 29 80.753 86.470Outros resultados de exploração 30 200.904 313.087

Produto bancário 4.954.714 5.469.194

Custos com pessoal 31 (2.318.579) (2.087.619)Gastos gerais administrativos 32 (1.590.787) (1.636.924)Amortizações do exercício 12 (330.073) (315.296)Provisões líquidas de reposições e anulações 19 (16.216) (85.590)Correcções de valor associadas ao crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (líquidas de reposições e anulações)

19 1.094.271 (198.410)

Imparidade de outros activos financeiros líquida de reversões e recuperações 19 7.976 -Imparidade de outros activos líquida de reversões e recuperações 19 (279.147) 28.348

Resultado antes de impostos 1.522.159 1.173.703

Impostoscorrentes 15 (206.978) (67.172)diferidos 15 (71.101) (81.157)

Resultado líquido do exercício 1.244.080 1.025.374

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

Luis António Cardoso Caseiro, Dr. José Manuel Silva Ferreira Moreira Jacinto Pimentel Rego José António Cardoso Felisberto, Dr.

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Salvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de MagosSalvaterra de Magos

4.3. Demonstração dos fluxos de caixa dos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

31-12-2016 31-12-2015

Fluxos de caixa das actividades operacionais

Recebimento de juros e comissões 5.194.065 6.042.148Pagamento de juros e comissões (525.766) (988.583)Pagamentos ao pessoal e fornecedores (3.699.373) (3.716.058)Contribuições para o fundo de pensões (209.994) (8.485)(Pagamento) / recebimento de imposto sobre o rendimento (278.079) (148.329)Outros recebimentos / (pagamentos) relativos à actividade operacional 204.412 318.588Resultados operacionais antes das alterações nos activos operacionais 685.266 1.499.281

(Aumentos) / diminuições de activos operacionais:Activos financeiros detidos para negociação e outros activos ao JV - -Activos disponíveis para venda (7.564) 1.630.311Aplicações em instituições de crédito 2.358.356 1.415.104Crédito a clientes 4.530.499 4.262.002Investimentos detidos até à maturidade 341.560 -Derivados de cobertura - -Activos não correntes detidos para venda 775.760 (1.212.855)Outros activos (116.364) (125.944)(…) - -

7.882.247 5.968.619

Aumentos / (diminuições) de passivos operacionais:Passivos financeiros detidos para negociação e derivados de cobertura - -Recursos de outras instituições de crédito 3.768.316 5.393.967Recursos de clientes e outros empréstimos 4.355.640 (1.270.024)Outros passivos 3.270.538 22.638(…) - -

11.394.494 4.146.581

4.197.513 (322.756)

Fluxos de caixa de actividades de investimento

Variação de activos tangíveis e intangíveis 155.089 40.646Recebimento de dividendos (1.250) (10.570)Variação de partes de capital em empresas filiais e associadas - 29.784(…) - -

153.839 59.860

Fluxos de caixa das actividades de financiamento

Aumento de capital 42.125 61.975Diminuição de capital - -Pagamento de dividendos - -Variação de passivos subordinados - -Reservas (117.785) (93.770)(…) - -

(75.660) (31.795)

Aumento / (diminuição) de caixa e seus equivalentes (a) 3.968.014 (414.411)

Caixa e seus equivalentes no início do exercício 2.530.538 2.944.949

(b) 6.498.552 2.530.538

Caixa líquida das actividades de financiamento

Caixa e seus equivalentes no fim do exercício

Caixa líquida das actividades operacionais

Caixa líquida das actividades de investimento

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4.4. Demonstração de alterações no capital próprio nos exercícios findos em 31 de dezembro de 2016 e 2015

Reservas de Outras Resultados Resultado do

Capital reavaliação reservas transitados Total exercício Total

Saldos em 31 de Dezembro de 2014 10.565.590 364.842 5.495.640 (43.748) 5.451.892 (392.555) 15.989.769

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - (43.106) (43.106) - (43.106)Alteração cálculo impostos diferidos p/ Res. Reaval. - - - -Aplicação do resultado do exercício de 2014: Transferência para resultados transitados - - - 43.748 43.748 (43.748) -

Constituição de reservas - - (436.303) - (436.303) 436.303 -Transferência de Reservas - - - - - - -

Reservas - (58.762) - 8.098 8.098 - (50.664)Aumento de capital 82.805 - - - - - 82.805Reembolso de capital (20.830) - - - - (20.830)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2015 - - - - - 1.025.374 1.025.374

Saldos em 31 de Dezembro de 2015 10.627.565 306.080 5.059.337 (35.008) 5.024.329 1.025.374 16.983.348

Amortização anual do impacto de transição das pensões (Nota ...) - - - (43.106) (43.106) - (43.106)Alteração cálculo impostos diferidos p/ Res. Reaval. - - - - - - -Aplicação do resultado do exercício de 2015:

Transferência para resultados transitados - - - 35.008 35.008 (35.008) -Constituição de reservas - - 990.366 - 990.366 (990.366) -Transferência de Reservas - - - - - - -

Reservas - (82.777) - 8.098 8.098 - (74.679)Aumento de capital 56.615 - - - - - 56.615Reembolso de capital (14.490) - - - - - (14.490)Alterações de justo valor líquidas de imposto - - - - - - -Resultado liquido do exercício de 2016 - - - - - 1.244.080 1.244.080

Saldos em 31 de Dezembro de 2016 10.669.690 223.303 6.049.703 (35.008,07) 6.014.695 1.244.080 18.151.768

Outras Reservas e resultados transitados

31-12-2016 31-12-2015

Resultado individual 1.244.080 1.025.374Reservas de reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda:

Reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda - -Impacto fiscal - -Transferência para resultados por alienação - -Impacto fiscal - -

Pensões - regime transitório (43.106) (43.106)Outros movimentos - -Total Outro rendimento integral do exercício (43.106) (43.106)Rendimento integral individual 1.200.974 982.268

O Responsável pela Contabilidade O Conselho de Administração

Luis António Cardoso Caseiro, Dr. José Manuel Silva Ferreira Moreira Jacinto Pimentel Rego José António Cardoso Felisberto, Dr.

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5. Parecer do Conselho Fiscal

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