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Relatório e Contas de 2015 da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões C.R.L. Grupo Crédito Agrícola 1

Relatório e Contas de 2015 da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo … · 2018-07-04 · Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015 Enquadramento económico 5 das matérias-primas

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Relatório e Contas de 2015 da

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo

de Lafões C.R.L.

Grupo Crédito Agrícola

1

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 3

01 Enquadramento económico

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 4

i. ENQUADRAMENTO ECONÓMICO

1.1 ECONOMIA INTERNACIONAL Segundo as mais recentes previsões do Fundo Monetário Internacional referidas no update do World

Economic Outlook de Janeiro de 2016, a economia mundial registou um crescimento de 3,1% em 2015,

representando uma desaceleração do crescimento face a 2014 que foi de 3,3%. Relativamente às maiores

economias mundiais, avançadas e emergentes, estas registaram evoluções distintas.

Entre os fatores que contribuíram para esta diferenciação encontram-se a continuação de políticas

monetárias acomodatícias e de uma política orçamental menos restritiva nos países desenvolvidos, assim

como os desequilíbrios macroeconómicos e a instabilidade política em algumas economias exportadoras

de matérias-primas, sendo de destacar os casos do Brasil e da Rússia com maior decréscimo das respetivas

economias. Na China, a reorientação da política económica para um modelo mais baseado no mercado

interno conduziu a uma diminuição gradual do respetivo crescimento económico, com impacto na procura

mundial de matérias-primas, sendo, deste modo, ultrapassada pela Índia, que registou uma aceleração em

2015.

Por outro lado, as flutuações do preço do petróleo contribuíram também para um decréscimo acentuado

nos preços das matérias-primas.

Na zona Euro, a atividade foi caracterizada pela continuação da recuperação económica, apesar do quadro

de incerteza quanto à situação financeira da Grécia. Esta evolução favorável deveu-se à evolução do preço

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 5

das matérias-primas e à política monetária do Banco Central Europeu, além da implementação do programa

de compra de ativos financeiros pelo BCE (Expanded Asset Purchase Programme).

Na Zona Euro estima-se que o PIB cresça 1,5% em 2015, devido essencialmente ao impacto da depreciação

do euro (que ocorre desde meados de 2014), à manutenção de taxas de juro baixas (fomentada pelo

programa alargado de compra de ativos), aos efeitos favoráveis do nível do rendimento, resultantes dos

preços mais baixos dos produtos energéticos (especialmente do petróleo) e às políticas de quantitative

easing aplicadas pelo BCE. A maioria dos membros da U.E. acompanhou esta tendência de crescimento.

Em relação ao mercado laboral, verificou-se uma redução generalizada da taxa de desemprego na Zona

Euro. O desemprego prosseguiu uma trajetória de recuperação ao longo dos últimos dois anos, sendo que

em 2015 registou o valor de 11% (-0,6 p.p. face a 2014). Esta melhoria é explicada por fatores como o

impacto favorável da moderação salarial, pelas recentes reformas do mercado de trabalho, pela retoma

económica e pelos recentes incentivos orçamentais. Ainda assim, é de salientar que os elevados valores de

2015 são, em grande parte, explicados pelas economias periféricas, onde se incluem países como Espanha

(21,8%) e Grécia (26,8%).

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 6

De forma a combater a pressão deflacionista, foram anunciadas várias medidas por parte do BCE, em 22 de

Janeiro de 2015, de entre as quais: (i) o lançamento de um programa alargado de compra de ativos, com

compras mensais no valor de 60 mil milhões de euros até ao final de Setembro de 2016, ou até o Conselho

do BCE considerar que se verifica um ajustamento sustentado da trajetória de inflação, compatível com o

seu objetivo de obter taxas de inflação abaixo mas próximo de 2% no médio prazo; e (ii) a alteração da taxa

de juro das restantes seis operações de refinanciamento de prazo alargado direcionadas (ORPA). Desta

forma, a taxa de juro aplicável às futuras ORPA direcionadas será igual à taxa de juro das operações

principais de refinanciamento (OPR) do Eurosistema prevalecente na data em que cada ORPA direcionada

é conduzida, anulando assim o diferencial (spread) de 10 p.b. acima da taxa de juro das OPR aplicado nas

duas primeiras ORPA direcionadas.

Mais recentemente, a 3 de Setembro de 2015, o Conselho do BCE decidiu que a taxa de juro aplicável às (i)

operações principais de refinanciamento, (ii) facilidade permanente de cedência de liquidez e (iii) facilidade

permanente de depósito permanecerão inalteradas em 0,05%, 0,30% e -0,20%, respetivamente.

Fonte: World Economic Outlook, Outubro 2015, com update em Janeiro 2016

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 7

1.2 ECONOMIA NACIONAL

Após um crescimento de 0,9% em 2014, a economia portuguesa apresentou maior dinamismo que justifica

a perspetiva de crescimento de 1,6% em 2015, o que reflete um crescimento ligeiramente superior ao

verificado na média da Zona Euro.

Indicadores macroeconómicos (2013-2015)2013 2014 2015E

Procura Externa tav 1,3 4,6 3,9

EUR/USD Taxa de Câmbio tav 3,1 0,1 -6,4

Preço do Petróleo (euros) tav -4,1 -9,5 -29,7

Produto Interno Bruto tav -1,4 0,9 1,6

Consumo Privado tav -1,7 2,1 2,7

Consumo Público tav -1,8 -0,7 0,1

Formação Bruta de Capital Fixo tav -6,6 2,3 4,8

Exportações tav 6,1 3,4 5,3

Importações tav 2,8 6,2 7,3

Índice Harmonizado de Preços no Consumidor tav 0,4 0,7 0,6

Taxa de Poupança (%) vma 4,5 6,9 7,0

Empregabilidade (sector privado) tav n.d. 2,3 0,8

Taxa de Desemprego % 16,2 13,9 11,8

Remunerações por Trabalhador (sector privado) tav n.d. -1,3 0,0

Balança Corrente e de Capital (%PIB) tav 2,6 2,1 2,4

Balança de Bens e Serviços (%PIB) tav 1,7 1,1 1,6

Taxa de referência do BCE (média) % 0,37 0,16 0,05

Euribor 3 meses (média) % 0,29 0,21 0,00

Yield das OT Alemãs 10 anos (média) % 1,93 0,54 0,53

Yield das OT Portuguesas 10 anos (média) % 6,13 2,69 2,41

Fonte: Banco de Portugal (Dezembro 2015) e Banco Central Europeu (Dezembro 2015)

tav: Taxa anual de variação; vma: variação média anual

Fonte: Banco de Portugal – Boletim Económico Dezembro 2015

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 8

Para a aceleração da atividade em 2015 contribuiu, em maior grau, a evolução das exportações

portuguesas, que aumentaram 5,3% e que beneficiaram, em grande medida, da evolução da procura

externa dirigida à economia portuguesa. Este dinamismo esteve associado à recuperação económica de

alguns dos principais parceiros comerciais da Zona Euro, em particular Espanha, França e Itália. As

exportações para países fora da Zona Euro beneficiaram da depreciação do euro e do crescimento da

procura externa oriunda de alguns parceiros comerciais relevantes, em particular o Reino Unido e os EUA.

O crescimento do consumo privado (2,7% em termos homólogos, o que compara com o crescimento de

2,1% registado em 2014) esteve associado a uma melhoria das perspetivas quanto à evolução do

rendimento permanente das famílias, conjugada com um quadro de condições monetárias e financeiras

favoráveis.

A taxa de desemprego cifrou-se em 11,8% em 2015, ficando 2,1 p.p. abaixo do verificado em 2014, num

contexto de diminuição da população ativa. Não obstante esta diminuição, a percentagem de

desempregados continua historicamente elevada, agravada pela existência de um elevado nível de

desemprego de longa duração.

O défice orçamental deverá atingir os 4,2% do PIB em 2015, devido, em grande medida, à resolução do

Banif ocorrida no final do ano findo. Estima-se que o impacto desta medida nas contas públicas venha a ser

de 2.255 milhões de euros (1.766 milhões de euros numa injeção de capital no banco e 489 milhões de

euros na transferência para o Fundo de Resolução), fazendo aumentar o défice em 1,2 p.p. do PIB, sendo

que, excluindo este impacto, o défice orçamental seria de 3% em 2015.

Fonte: Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública, Portugal: The Way Forward

(Janeiro 2016)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 9

O valor de 4,2% encontra-se acima do previsto no Orçamento de Estado de 2015 para o conjunto do ano

(2,7%), mas traduz uma melhoria homóloga de 0,3 p.p. decorrente de um aumento da receita superior ao

da despesa.

1.3 MERCADO BANCÁRIO NACIONAL O ano de 2015 revelou-se um ano de alguma turbulência no sistema bancário Português, com a venda do

Banif e a permanência de indefinição quanto ao destino do Novo Banco.

A aquisição do Banif pelo Banco Santander Totta foi finalizada a 20 de Dezembro de 2015, pelo valor de

€150 milhões. É de referir que, ainda em 2013, o Banif foi recapitalizado pelo Estado português no

montante de €1.100 milhões, sendo que o plano de recapitalização incluía, adicionalmente, um aumento

de capital por investidores privados de €450 milhões, o qual foi concluído em Junho de 2014. O Banif

revelou não ter capacidade para reembolsar a totalidade do montante, acabando este por vencer em

Dezembro de 2014. Com a venda do banco, a generalidade da atividade do Banif foi transferida para o

Banco Santander Totta, tendo-se criado um regime de exceção para os ativos problemáticos (transferência

para um veículo de gestão de ativos específico). Os clientes do Banif foram transferidos para o Banco

Santander Totta e as respetivas agências foram alvo de renovação de imagem.

Relativamente ao Novo Banco, a situação desta instituição continua instável, sobretudo devido à indecisão

do processo de privatização e à decisão do Banco de Portugal, tomada a 29 de Dezembro de 2015, de

transferir a dívida sénior de institucionais do Novo Banco para o Banco Espírito Santo (BES). Em 15 de

Janeiro de 2016, o Banco de Portugal relançou o processo de venda da participação do fundo de resolução

do Novo Banco, em linha com o acordado entre as autoridades nacionais e a Comissão Europeia.

1.3.1 Evolução do mercado nacional de depósitos (Dezembro 2011 –

Dezembro 2015)

Segundo a informação mais recente disponibilizada pelo Banco de Portugal (Dezembro 2015), o volume de

depósitos aumentou 3,1% em Dezembro de 2015 face ao mesmo período de 2014. Para esse crescimento

contribuíram a evolução positiva de 3,8% dos depósitos de particulares (+2,3 p.p. que em 2014) e um

crescimento menos acentuado nos depósitos de empresas de 0,2% (-2,8 p.p. que em 2014).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 10

1.3.2 Evolução do mercado nacional de crédito (Dezembro 2011 –

Dezembro 2015)

Ao invés, o crédito bruto total registou decréscimo homólogo de 4,2% em Dezembro de 2015. A quebra foi

mais significativa no crédito a empresas (-5,0%) do que no crédito a particulares (-3,6%), ambos em termos

homólogos.

Depósitos de particulares

Depósitos totais de clientes

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

162 156 159 163 168

3,9%

-3,8%

2,3% 2,4% 3,1%

0

100

200

300

400

500

600

700

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de depósitos Variação homóloga

Depósitos de empresas

129 129 131 133 138

10,1%

0,1% 1,5% 1,5%3,8%

2011 2012 2013 2014 2015

33 27 29 30 30

-14,7% -19,0%

6,3% 3,0% 0,2%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Valores em mil milhões euros

Crédito a particularesCrédito bruto total

265 249 236 210 201

-2,8%

-5,9% -5,3%

-7,9%

-4,2%

2011 2012 2013 2014 2015

Volume de crédito Variação homóloga

Crédito a empresas

150 142 136 124 119

-2,3%-4,9% -4,5%

-8,8%

-3,6%

2011 2012 2013 2014 2015

115 107 100 86 82

-3,5%-7,2% -6,3%

-13,9%

-5,0%

2011 2012 2013 2014 2015

+

Fonte: Banco de Portugal Variações homólogas YoY (12 meses)

Valores em mil milhões euros

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 11

De acordo com a informação divulgada pelo Banco de Portugal, entre 2014 e 2015, o crédito total reduziu

4,2% com uma quebra percentual mais expressiva (de dois dígitos) no segmento das empresas nas regiões

autónomas e nos distritos de Viseu, Vila Real e Faro. Em Lisboa, o crédito a empresas caiu 2,6 mil milhões

de euros, o que explica mais de 60% da quebra registada no país.

Analisando detalhadamente o crédito a particulares, verifica-se que o decréscimo deveu-se essencialmente

à diminuição do crédito à habitação (-3,9% em 2015 face ao período homólogo) que representa 82% do

total do crédito a particulares. Relativamente ao crédito vencido de clientes particulares, esse situou-se nos

4,2%, agravado, principalmente, pelo crédito a outros fins que, ainda assim, tem vindo a perder peso no

agregado de crédito.

Valores em milhares de euros

Evolução do crédito total por região - Dez.2014/Dez.2015

Particulares Empresas Total Particulares Empresas Total

Aveiro 5.825 2.985 8.810 4,4% -4,3% -3,9% -4,2%

Beja 1.323 445 1.768 0,9% -4,4% -9,9% -5,9%

Braga 6.477 3.805 10.282 5,1% -3,2% 1,1% -1,7%

Bragança 924 238 1.162 0,6% -4,6% -2,1% -4,1%

Castelo Branco 1.492 410 1.902 0,9% -4,7% -4,2% -4,6%

Coimbra 3.975 1.276 5.251 2,6% -3,6% -2,0% -3,2%

Évora 1.748 708 2.456 1,2% -0,8% -4,3% -1,8%

Faro 5.004 1.722 6.726 3,3% 0,0% -10,9% -3,0%

Guarda 905 287 1.192 0,6% -3,8% -2,0% -3,4%

Leiria 4.309 2.528 6.837 3,4% -3,3% -2,8% -3,1%

Lisboa 43.432 45.766 89.198 44,4% -3,3% -5,5% -4,4%

Portalegre 903 329 1.232 0,6% -4,7% 1,9% -3,1%

Porto 17.694 12.765 30.459 15,2% -4,7% -1,6% -3,4%

Santarém 4.179 1.513 5.692 2,8% -1,0% 0,4% -0,7%

Setúbal 9.618 2.104 11.722 5,8% -2,9% 4,7% -1,6%

Viana do Castelo 1.697 644 2.341 1,2% -5,6% -0,5% -4,2%

Vila Real 1.371 332 1.703 0,8% -6,5% -12,9% -7,8%

Viseu 2.576 1.020 3.596 1,8% -3,0% -23,0% -9,6%

Reg. Autónoma Açores 2.728 1.161 3.889 1,9% -5,4% -14,6% -8,4%

Reg. Autónoma Madeira 3.046 1.552 4.598 2,3% -8,9% -25,6% -15,3%

Total 119.226 81.590 200.816 100% -3,6% -5,0% -4,2%

Var. 2014/2015Crédito Peso

total %

Evolução do mercado de crédito a particulares por tipologia - Dez.2014/Dez.2105

Tipologia Volume de crédito (M€) Var. homóloga % Peso total % Crédito vencido %

Habitação 97.706 -3,9% 82,0% 2,5%

Consumo 12.183 0,7% 10,2% 9,4%

Outros fins 9.337 -5,9% 7,8% 14,7%

Total 119.226 -3,6% 100% 4,2%

Fonte: Banco de Portugal

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 12

No caso do crédito a empresas, o decréscimo de 5,0% deveu-se principalmente à redução do crédito a

empresas do sector da construção, indústrias extrativas e saúde e apoio social. Apenas nos sectores da

agricultura e pescas e dos transportes e armazenagem foi possível verificar um aumento do crédito

concedido (5,3% e 7,0%, respetivamente).

Relativamente ao crédito vencido a empresas, este situou-se nos 15,4%, sendo que os sectores com maior

incumprimento continuam a ser a construção, as atividades imobiliárias e o comércio, que mantêm elevada

representatividade no total do crédito a empresas.

1.4 MERCADOS FINANCEIROS No ano de 2015 a atenção dos investidores esteve centrada, fundamentalmente, na atividade dos Bancos

Centrais, na situação de incerteza quanto à evolução da Grécia, no progresso das economias emergentes e

na cotação das commodities. Em Portugal, o ano ficou marcado pelas eleições legislativas, pela incerteza

em relação à formação do novo Governo, pelas perdas geradas com a queda do Banco Espírito Santo, e,

por fim, pela resolução do Banif com a alienação da sua atividade e abertura do processo de investigação

sobre o auxílio estatal concedido em 2013.

Na Europa, o 1º semestre de 2015 ficou marcado pelo anúncio do início do programa de Quantitative Easing

por parte do BCE, programa criado com o propósito de aumentar os níveis de inflação na Zona Euro, e pelo

Actividade económicaVar. Dez.

2014/2015Total Crédito Peso %

% Crédito

Vencido

Agricultura e Pescas 5,3% 2.185 2,7% 4,4%

Indústrias Transformadoras -1,8% 12.881 15,8% 10,3%

Saúde e Apoio Social -7,0% 1.288 1,6% 5,4%

Comércio -0,3% 12.238 15,0% 16,1%

Construção -14,1% 12.870 15,8% 33,4%

Actividades Imobiliárias -4,9% 11.234 13,8% 23,7%

Alojamento e Restauração -5,3% 4.446 5,4% 10,9%

Transporte e Armazenagem 7,0% 7.221 8,9% 6,7%

Energia -0,2% 2.517 3,1% 0,6%

Indústrias Extractivas -13,6% 254 0,3% 13,0%

Água e Saneamento -6,5% 1.548 1,9% 2,6%

Outros -10,1% 12.909 15,8% 8,6%

Total -5,0% 81.591 100% 15,4%

Fonte: PIN Mercado

Evolução do mercado de crédito a empresas por CAE - Dez.2014/Dez.2015

Valores em milhões de euros

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 13

processo negocial tenso entre a Grécia e a Troika (BCE, CE e FMI) quanto à aplicação de reformas na

economia, o que conduziu a um aumento da incerteza entre os investidores e, consequentemente, a um

aumento da volatilidade nos mercados accionistas e de dívida pública.

Na China, no final do 1º trimestre, o People Bank of China (PBOC), por forma a dinamizar a economia, cortou

as taxas de juro e baixou as taxas de remuneração dos depósitos em 0,25 p.p.

O 2º trimestre iniciou-se com a decisão por parte da Reserva Federal Americana em manter a política

monetária inalterada, conservando o intervalo objetivo das taxas dos “fed funds” em 0% – 0,25%.

Do lado da Zona Euro, o trimestre ficou marcado pela passagem da taxa Euribor a 3 meses para terreno

negativo (-0,001%) resultante da política seguida pelo BCE.

No mercado acionista começou também a verificar-se a queda do mercado chinês, com o índice Shanghai

Composite a desvalorizar 11% só no mês de Junho. Este crash ocorreu após uma corrida às ações, com os

chineses a recorrerem a crédito para colocarem na bolsa. Como tal, o Banco Central chinês reduziu por duas

vezes (uma em Maio e outra em Junho) a taxa de juro de referência e a taxa de depósitos em 0,25 p.p..

No 3º trimestre assistiu-se a uma grande volatilidade no mercado acionista. Como as desvalorizações

registadas pelas ações chinesas indiciavam que as medidas de Pequim não estavam a aliviar os receios dos

investidores, o regulador chinês e o PBOC avançaram com medidas expansionistas adicionais,

principalmente (i) a proibição de venda de ações por investidores com posições qualificadas, (ii) a

desvalorização do “yuan” em 1,9% e (iii) a redução das taxas de juro e de depósito em 0,25 p.p. Estas

medidas alertaram os investidores para o abrandamento da segunda maior economia do mundo

contagiando os índices europeus e norte-americanos e também as commodities.

Reunião Fed

Abrandono negociações

Referendoe controlo de capitais

0

0,5

1

1,5

2

2,5

3

3,5

jan

eir

o 1

5

feve

reir

o 1

5

ma

rço

15

ab

ril

15

ma

io 1

5

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

o 1

5

sete

mb

ro 1

5

ou

tub

ro 1

5

no

ve

mb

ro 1

5

de

zem

bro

15

Mercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívidaMercados de dívida

Alemanha 10 Y Portugal 10 Y Espanha 10 Y Itália 10 Y EUA 10 Y

80%

90%

100%

110%

120%

130%

140%

150%

160%

jane

iro 1

5

feve

reir

o 1

5

març

o 1

5

ab

ril 1

5

maio

15

jun

ho

15

julh

o 1

5

ag

ost

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15

nov

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bro

15

de

zem

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15

Mercados acionistasMercados acionistasMercados acionistasMercados acionistas

Índice de Xangai PSI 20 SP500 STOXX 50

Black

MondayEscândalo

VW

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 14

Em termos de política monetária, tanto o BCE como a Reserva Federal mantiveram as suas políticas

inalteradas nas reuniões de Setembro.

No 4º trimestre, a atenção dos investidores esteve centrada nas decisões dos Bancos Centrais, na evolução

das commodities e nas eleições realizadas na região ibérica.

Na Zona Euro, o BCE tomou medidas adicionais na sua reunião de Dezembro, em particular: (i) corte da taxa

de juro dos depósitos em 10 p.b. para -0,30%, mantendo a taxa de juro de referência e a taxa de cedência

de liquidez inalteradas; (ii) alargamento do programa de compra de ativos até, pelo menos, Março de 2017

(iiI) reinvestimento dos juros obtidos com os ativos comprados e (iv) inclusão da dívida dos governos

regionais e das administrações locais no âmbito das aquisições de dívida do BCE.

Por sua vez, nos EUA, a Reserva Federal subiu a taxa de juro de referência pela primeira vez desde 2006,

passando o intervalo de variação da taxa dos fed funds a estar entre 0,25%-0,50%, justificada com a

melhoria significativa das condições do mercado de trabalho (taxa de desemprego foi de 5% em Dezembro)

e a estimativa de subida da inflação no médio prazo.

Na China, o Banco Central cortou as taxas de juro dos empréstimos à banca e a taxa de juro dos depósitos

dos bancos no Banco Central, tendo ainda sido diminuídos os requisitos de reservas de capital dos bancos

em 50 p.b. e injectados 150 mil milhões de “yuan” na economia com o objetivo de elevar o nível de liquidez

da banca chinesa.

O ano em análise fica também marcado por uma certa instabilidade política em função da dispersão de

votos pelos vários partidos nas eleições de Portugal e Espanha, criando incerteza no processo de formação

de Governo nesses países.

No mercado das commodities, o destaque vai claramente para o petróleo, cuja cotação desvalorizou cerca

de 18% no 4º trimestre e 31% ao longo de 2015, graças ao excesso de oferta existente no mercado e ao

aumento dos conflitos entre os países produtores. Em relação aos produtos agrícolas, a queda foi de cerca

de 2,4% no último trimestre e de 12% no ano.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 15

A evolução do preço das matérias-primas teve também um impacto direto nos níveis de inflação dos

principais países, a saber: (i) nos EUA a taxa YoY foi de 0,5% no mês de Novembro, enquanto que a taxa

core1 foi de 1,4%; e (ii) na Zona Euro, segundo o Eurostat, a taxa YoY foi de 0,1% em Dezembro, o mesmo

valor registado em Outubro e a taxa de inflação core mensal caiu inesperadamente 0,2 p.b. para 0,9%.

Em termos cambiais, no 4º trimestre, assistiu-se a uma apreciação de 2,8% do USD face ao EUR, com o

EUR/USD a fechar o ano nos 1,086. No acumulado do ano, o EUR perdeu 10,2% face ao USD.

Principais focos em 2016:

A evolução das economias emergentes constitui o grande foco de análise em 2016. Para além da

desaceleração da economia chinesa, a situação nestes países encontra-se ainda penalizada pelo início da

subida das taxas de juro nos EUA, pela depreciação ocorrida nas respetivas moedas, e pela acentuada queda

dos preços das matérias-primas. Um enfraquecimento mais acentuado do que o esperado da procura

interna na China poderá afetar a confiança nos mercados financeiros e, dessa forma, comprometer as

perspetivas de muitas outras economias, tanto emergentes como avançadas. A evolução dos mercados

estará assim dependente da resposta dos Bancos Centrais à situação na China, bem como à forma de

conciliar este tema com a tentativa de chegar a níveis de inflação de 2%.

Fatores como os conflitos no Médio Oriente, atos terroristas e a consequente variação do preço do petróleo

serão também fundamentais para a evolução dos mercados no ano de 2016.

Em Portugal, a execução orçamental e a decisão da DBRS, única agência que coloca o rating de Portugal no

nível investment grade e como tal possibilitando a aquisição de dívida pública por parte do Banco Central

Europeu, assumem carácter decisivo quanto à situação política e económico-financeira do país em 2016.

1 Taxa que exclui bens energéticos e alimentares.

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000ja

ne

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12

mar

ço

12

ma

io 1

2

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2

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2

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vem

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12

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3

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13

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4

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14

ma

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4

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4

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bro

14

jan

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o 1

5

mar

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15

ma

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5

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5

sete

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5

no

vem

bro

15

'00

0 b

arr

is/d

ia

Produção total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleoProdução total de petróleo

OPEC Não OPEC

0,9

0,95

1

1,05

1,1

1,15

1,2

1,25

1,3

20

30

40

50

60

70

80

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eir

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5

feve

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15

ab

ril

15

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5

jun

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15

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5

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5

sete

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5

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tub

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5

no

vem

bro

15

dez

em

bro

15

USD

Cotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTICotação do Brent e WTI

EUR/USD Brent Crude (WTI)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

Enquadramento económico 16

1.5 PRINCIPAIS RISCOS E INCERTEZAS PARA 2016 O ano de 2016 será mais um ano marcado pela regulamentação e diversas exigências impostas ao sector

financeiro, tanto para a banca europeia, através do Banco Central Europeu (BCE), como para a banca

nacional por intermédio do Banco de Portugal (BdP).

No início de 2016, o Banco Central Europeu divulgou as cinco prioridades em matéria de supervisão das

instituições financeiras europeias, que se centrarão (i) no risco associado ao modelo de negócio e à

rendibilidade, (ii) no risco de crédito, (iii) na adequação dos fundos próprios, (iv) na governação do risco e

qualidade de dados e (v) nos novos requisitos de liquidez, sendo certo que serão realizadas diversas

iniciativas de supervisão para cada uma das prioridades elencadas e, em alguns casos, a implementação de

algumas medidas estender-se-á por mais de um ano, exigindo dedicação e orçamento acrescidos.

Para além dos dois reguladores acima mencionados, as instituições de crédito e as sociedades financeiras

estão também abrangidas pela regulamentação emitida pelas autoridades reguladoras do mercado de

capitais e das atividades de investimento (e.g. ESMA2, CMVM), estando neste âmbito abrangidas por novos

requisitos e regulamentos, em implementação nacional e em consulta, o que naturalmente inclui o Grupo

Crédito Agrícola.

2 European Securities and Markets Authority

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

17

02 Crédito Agrícola: Evolução Recente

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

18

ii. CRÉDITO AGRÍCOLA: EVOLUÇÃO RECENTE

2.1 RESULTADO E BALANÇO 2.1.1 Análise Financeira do SICAM (Negócio Bancário do Grupo CA)

Nota: Os dados económico-financeiros apresentados para o SICAM (Caixa Central e Caixas Associadas),

referentes ao exercício de 2015, constituem valores provisórios e não auditados.

Após 3 anos de depressão económica em Portugal, entre 2011 e 2013, o ano de 2015 veio confirmar a fase

de recuperação e crescimento iniciada em 2014, sendo que em 2015 o crescimento do PIB foi de 1,6%. Para

2016 e 2017, o Banco de Portugal prevê um crescimento de 1,7% e 1,8% respetivamente.

Apesar do aumento em 2015 da procura interna, assistiu-se a uma redução do nível de alavancagem das

famílias e das empresas não financeiras e consequente redução do crédito em 4,2%, sendo nas famílias de

-3,6% e nas empresas de -5,0%.

Demonstração de Resultados

Em milhares de euros

Abs. %

Juros e rendimentos similares 457.014 400.181 -56.833 -12,4%

Juros e encargos similares 208.789 155.052 -53.737 -25,7%

Margem Financeira 248.225 245.129 -3.096 -1,2%

Comissões líquidas 128.522 130.193 1.671 1,3%

Resultado de operações financeiras 171.767 101.989 -69.778 -40,6%

Outros resultados de exploração 5.864 25.445 19.581 333,9%

Produto Bancário 554.378 502.756 -51.622 -9,3%

Custos de estrutura 300.475 300.838 363 0,1%

Custos de pessoal 164.986 166.516 1.529 0,9%

Gastos gerais administrativos 121.298 121.152 -146 -0,1%

Amortizações 14.190 13.170 -1.021 -7,2%

Provisões e imparidades 200.507 126.675 -73.832 -36,8%

Resultado antes de impostos 53.397 75.244 21.847 40,9%

Impostos, após correc. e diferidos 28.891 18.757 -10.134 -35,1%

Resultado Líquido 24.505 56.487 31.982 131%

2014 2015Variação

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

19

O Crédito Agrícola apresentou no final de Dezembro um aumento do resultado líquido em 2015 do negócio

bancário (SICAM) de 32 milhões de euros face a 2014 (56,5 milhões de euros vs. 24,5 milhões de euros),

para o qual contribuiu o aumento do crédito bruto em 3,5%.

Apesar do resultado líquido do SICAM ser significativamente superior ao do ano anterior, o produto

bancário registou, em sentido inverso, uma quebra de 9,3%. Esta quebra resulta sobretudo de uma redução

significativa dos resultados de ativos financeiros disponíveis para venda, justificado pela redução das mais-

valias, que em 2014 alcançaram 169,1 milhões de euros e em 2015 somente 99,3 milhões de euros, o que

representa um decréscimo de 41%. Este efeito foi parcialmente compensado através do aumento dos

outros resultados de exploração em 334%, em resultado da alienação da participação financeira das Caixas

Associadas no capital da CA Vida e da CA Seguros, no âmbito da constituição de uma holding seguradora

(CA SeP), operação que resultou no registo de uma mais-valia de 19,8 milhões de euros que será anulada

em termos consolidados nas contas do Grupo.

41,3

1,5

24,5

56,5

2012 2013 2014 2015

Evolução do Resultado líquido

(em milhões de euros)

Valores em milhões de euros

Evolução do Resultado Líquido Acumulado mar-15 jun-15 set-15 dez-15

Caixas Associadas 9 18 28 50

Caixa Central 13 1 2 5

SICAM (Consolidado) 22 20 31 57

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

20

A margem financeira do SICAM sofreu uma quebra de 1,2%, passando de 248 milhões de euros em 2014

para 245 milhões de euros em 2015. Esta quebra resulta essencialmente:

i. Do efeito preço negativo da redução de spreads na concessão / renovação de crédito a empresas;

ii. Do efeito volume resultante do acréscimo de depósitos de clientes, não compensada pela redução

das taxas de remuneração dos novos depósitos e das renovações;

iii. Da pressão sobre as margens resultantes das reduzidas taxas indexantes do crédito (Euribor), em

particular, no que se refere ao crédito com maturidades longas; e

iv. Da redução dos proveitos com juros da carteira de títulos.

É ainda de realçar que a Caixa Central manteve em 2015 um esforço de remuneração dos recursos das

Caixas Associadas acima dos níveis praticados no mercado, sacrificando a sua margem financeira. Contudo,

as remunerações têm vindo a reduzir, convergindo para taxas semelhantes às praticadas no mercado.

De qualquer forma é inevitável que este processo de convergência com o mercado se mantenha em 2016,

o que implicará desafios acrescidos de rentabilidade para as Caixas Associadas.

Produto Bancário - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Margem Financeira 251 248 245 -3 -1,2%

Comissões l íquidas 132 129 130 2 1,3%

Resultado de operações financeiras* 79 171 99 -72 -42,0%

Outros resultados de exploração 12 7 29 21 304,4%

Margem Complementar 222 306 258 -49 -15,9%

Produto Bancário 473 554 503 -52 -9,3%

*excluindo o efeito dos resultados de reavaliação cambial e de instrumentos de capital

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

21

Globalmente, mesmo com a descida da margem financeira em 1,2% e do produto bancário em 9,3%, o

resultado líquido aumentou 131%, passando de 24,5 milhões de euros, para 56,5 milhões de euros,

resultante fundamentalmente de dois fatores: (i) da mais-valia criada com a venda das ações da CA vida e

CA seguros à nova holding e (ii) da redução de 200,5 milhões de euros para 126,7 milhões de euros (-36,8%)

das provisões e imparidades do exercício.

Quanto aos custos de estrutura verificou-se um ligeiro aumento de 0,1% (363 mil euros). Este agravamento

justifica-se pelo aumento dos custos com o pessoal em 1,5 milhões de euros (+0,9%). Esta subida contudo

foi atenuada com uma quebra ligeira nos gastos gerais administrativos (-0,1%), fruto das negociações

centralizadas de contratos e da estratégia de contenção dos custos já iniciada no ano anterior e pela

redução das amortizações em 7,2%.

2,51% 2,46% 2,39% 2,32% 2,26%2,13% 2,04%

1,89% 1,78%1,66%

1,53%1,40%

1,25%

0,18% 0,17% 0,13% 0,11% 0,09% 0,06% 0,05% 0,05% 0,05% 0,04% 0,03% 0,01% -0,05%

0,08% 0,08% 0,06% 0,04% 0,02% -0,01% -0,01% -0,01% -0,02% -0,03% -0,04% -0,07% -0,12%

dez-14 jan-15 fev-15 mar-15 abr-15 mai-15 jun-15 jul-15 ago-15 set-15 out-15 nov-15 dez-15

Taxas médias de remuneração dos depósitos das CCAM na Caixa Central

Taxa média das aplicações das CCAM na Caixa Central Euribor 6 meses Euribor 3 meses

Valores em milhões de euros

Margem

Financeira

Comissões

Líquidas

Res. Op.

Financeiras

Margem

Complementar

Produto

Bancário

Caixas Associadas 263 109 1 32 404

Caixa Central -18 22 98 116 100

SICAM (Consolidado) 245 130 99 258 503

Evolução dos Custos de Estrutura - SICAM Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Custos de Estrutura 302 300 301 0,4 0,1%

Custos de Pessoal 164 165 167 1,5 0,9%

Gastos Gerais Administativos 124 121 121 -0,1 -0,1%

Amortizações 15 14 13 -1,0 -7,2%

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

22

Nas contas provisórias de 2015, é possível verificar que foram constituídas provisões e imparidades líquidas

no valor de 127 milhões de euros, o que representa uma redução de 73 milhões de euros face a 2014. Em

relação ao rácio de cobertura do crédito vencido registou-se um aumento, passando de 124,7% em 2014

para 130,8% em 2015, prosseguindo o Crédito Agrícola com uma gestão sã e prudente no que respeita a

esta matéria.

Relativamente à estrutura de balanço, registou-se uma redução de 1,6% no ativo total do SICAM que passou

de 13.267 milhões de euros em 2014 para 13.057 milhões de euros em 2015. Em 2015 apesar do aumento

do crédito a clientes de 3,5% (282 milhões de euros), este não foi suficiente para compensar a redução no

valor das aplicações em títulos de 12,4% (-529 milhões de euros face a 2014).

O crédito a clientes consolidado aumentou 3,5% com o crédito a empresas a subir 8,9% e o crédito a

particulares a reduzir 2,6% face a 2014. Em termos líquidos, o crédito aumentou 3,4%, o que representa

um aumento de 246 milhões de euros, que inclui um reforço de imparidade de 36,4 milhões de euros

(4,3%).

Provisões/Imparidades do Exercício Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Correcção de valor em crédito de cl ientes 106 160 101 -59 -37%

Imparidade de outros activos 44 40 26 -14 -36%

Total de provisões e imparidades do exercício 150 200 127 -73 -37%

Total de provisões e imparidades acumuladas 707 837 874 36 4%

Rácio de cobertura do crédito vencido 107,5% 124,7% 130,8% 6,1 p.p. -

Evolução da carteira de crédito Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito total sobre cl ientes 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Crédito e juros vencidos 658 672 668 -4 -0,5%

13.748

12.969

13.267

13.057

2012 2013 2014 2015

Evolução do Activo Líquido

(em milhões de euros)

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

23

O passivo total do SICAM reduziu cerca de 214 milhões de euros, muito por conta do reembolso ao Banco

Central Europeu (491 milhões de euros), enquanto o capital próprio registou um aumento de 4 milhões de

euros.

É importante mencionar a evolução ligeira do rácio de transformação que, em 2015 face a 2014, alcançou

um crescimento de 0,1 p.p. que se traduziu num aumento de 68,8% para 68,9%. Este nível do rácio de

transformação é justificado pelo facto do montante dos recursos de clientes ser significativamente superior

ao valor do crédito a clientes, mantendo o Crédito Agrícola num nível de transformação dos depósitos

bastante abaixo do praticado pela restante banca em Portugal.

Crédito a clientes Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito bruto 8.199 8.147 8.430 282 3,5%

Imparidades 707 837 874 36 4,3%

Crédito l íquido 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

7.492 7.310 7.556

10.234 10.620 10.970

73,2%

68,8% 68,9%

60%

65%

70%

75%

80%

85%

90%

0

2.000

4.000

6.000

8.000

10.000

12.000

2013 2014 2015

Evolução do Crédito e Recursos de Clientes

(em milhões de euros)

Crédito a Clientes Recursos de Clientes Rácio de Transformação

Valores em milhões de euros, excepto percentagens

2013 2014 2015 Δ Abs. Δ %

Crédito a Clientes 7.492 7.310 7.556 246 3,4%

Recursos de Clientes 10.234 10.620 10.970 349 3,3%

Rácio de Transformação 73,2% 68,8% 68,9% 0,1 p.b. -

Evolução do crédito e recursos de clientes

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

24

2.1.2 Outros Factos Relevantes

Nos últimos 3 anos a marca CA assumiu um papel relevante junto dos consumidores, pois conseguiu

demonstrar os valores e as iniciativas que esta instituição desenvolve junto da

sociedade. O reconhecimento perante os portugueses tem sido evidente, e

ficou patente nos resultados obtidos não só pelo estudo promovido pela

Aximage em 2014, que revelou que o Crédito Agrícola é o segundo banco em

quem os portugueses mais confiam, mas também pelo prémio de 5 Estrelas

recebido em 2015 e que classificou o Crédito Agrícola na categoria do

“Atendimento ao Cliente” como a instituição mais bem classificada.

O Crédito Agrícola tem participado e desenvolvido ações de promoção junto de empresas, donde se

destacam:

• O ciclo de seminários sobre o tema empreendedorismo, enquadrado na 2ª edição do “Prémio

Empreendedorismo e Inovação”, acentuando o posicionamento de grupo financeiro que aposta e

reconhece o tecido empresarial português;

• O workshop “Cooperar para Exportar” dirigido a empresários e produtores do sector hortofrutícola;

• A homenagem às 193 empresas clientes CA (mais 105 empresas face ao ano anterior) com o

estatuto de PME Líder e PME Excelência em 2014, realizada pelo segundo ano consecutivo, num

evento que sublinha o contributo das Empresas, Clientes do Grupo, para a competitividade e

crescimento da economia portuguesa;

• O concurso de Vinhos do Crédito Agrícola, que decorreu pelo segundo ano consecutivo, realizado

juntamente com a Associação dos Escanções de Portugal, destinado a Produtores e Cooperativas

de todas as regiões vitivinícolas do país. As cerimónias de entrega de prémios decorreram na FIL,

em Lisboa, no “Portugal Agro” e na “Alimentaria & Horexpo Lisboa 2015”;

• A associação à Academia do Centro de Frutologia Compal, pela 4ª vez consecutiva, tendo, em 2015,

sido desenvolvida uma ação de formação e apoio à instalação frutícola destinada a

empreendedores agrícolas que se pretendem instalar, aumentar ou reconverter a sua exploração

agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

25

Quanto ao reconhecimento público em 2015, o Crédito Agrícola

foi galardoado com seis distinções em diversas áreas: banca,

seguros e fundos de investimento. O Banco foi considerado, pela

revista britânica The Banker, no seu estudo “Top 1000 World

Banks”, o terceiro mais sólido a operar em Portugal e o primeiro

de capitais exclusivamente nacionais.

A CA Seguros, a seguradora não vida do Grupo Crédito Agrícola,

foi eleita, pela quinta vez, a Melhor Seguradora Não Vida do seu

segmento. Esta distinção resulta de um estudo realizado pela

revista EXAME, em parceria com a Deloitte e com a Informa D&B.

O Fundo de Investimento Mobiliário Aberto de Obrigações CA Rendimento, gerido pela Crédito Agrícola

Gest – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento Mobiliário, S.A. (CA Gest), foi distinguido com o

prémio “Gestão Nacional de Organismos de Investimento Coletivo”, na categoria “Fundos de Obrigações

de Taxa Indexada”.

Em 2015, o serviço Balcão 24 terminou com 249 balcões em funcionamento, o que representa um

crescimento de 6% face a 2014 (236 balcões). É ainda de salientar a evolução semestral do volume de

transações realizadas no serviço Balcão 24, que registou um crescimento de 6% face a igual período de

2014.

No ano 2015, registou-se um aumento do parque de ATM do Crédito Agrícola de 2,2%, passando de 1.465

máquinas em 2014 para 1.497 em 2015, contrariando a tendência de decréscimo verificada no mercado (-

2,1% face a 2014) e permitindo um reforço da quota de mercado em 0,5 p.p. O número de transações em

ATM do Crédito Agrícola subiu 3% em 2015.

A instalação de terminais de pagamento automático (TPA) continuou a registar uma evolução positiva,

verificando-se um aumento do número de equipamentos (+10,5% face a 2014) e do número de transações

efetuadas (+24,5% face a 2014). O serviço Rede CA & Companhia continua a consolidar a sua posição, tendo

apresentado em 2015 um crescimento de 33,5%, estando instalado em 49% dos terminais de pagamento

automático do Crédito Agrícola.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

26

Durante o ano de 2015 verificou-se um aumento da carteira global de cartões de pagamento, sendo que a

carteira de cartões de pagamento a débito cresceu 10,4% e a carteira de cartões de pagamento a crédito

aumentou 2,6%. Esta evolução originou um crescimento da quota de mercado do Crédito Agrícola de 0,7

p.p. nos cartões de débito e 0,4 p.p. nos cartões de crédito. À semelhança do crescimento da carteira de

cartões, o ano 2015 evidenciou igualmente um aumento do número de transações com cartões (+8,1%),

assim como, um aumento do volume de transações em valor (+6,3%).

No âmbito da estratégia de estabelecimento de parcerias com entidades do segmento institucional, o

Crédito Agrícola celebrou um protocolo de parceria com a Associação Portuguesa de Imprensa no final de

2015, aproveitando igualmente para assinar um protocolo comercial que permite aos colaboradores dos

400 órgãos de comunicação social associados aceder à oferta do Crédito Agrícola em condições favoráveis.

Ainda ao nível da assessoria de imprensa, foram realizadas diversas ações juntos dos meios de comunicação

social, de âmbito nacional e regional, bem como a realização de entrevistas individuais concedidas pelo

Presidente do CAE da Caixa Central em diversos meios de comunicação.

Quanto ao nível de comunicação externa foram realizadas 2 novas macro campanhas:

• “Planos você já tem, só precisa do Banco certo”, que teve por objetivo promover as soluções de

crédito pessoal disponibilizadas pelo CA; e

• “CA Destino”, que desafiou os jovens a poupar de modo a habilitarem-se a ganhar passagens áreas

duplas para a Europa.

O Crédito Agrícola começou a sua pegada nas redes sociais da melhor forma, iniciando a sua presença no

Facebook, Instagram e Youtube, com o objetivo de aproximar o Grupo ao target mais jovem e ao público

dos centros urbanos. De referir que o Banco terminou o ano com mais de 55.000 seguidores na sua página

oficial de Facebook.

Em 2015 registaram-se 19.192.755 visitas ao site institucional do Grupo Crédito Agrícola (+28% face a 2014),

o que representa uma média de 1.599.396 visitas/mês realizadas por 5.499.609 visitantes únicos.

Em 2009, o Crédito Agrícola integrou no seu Plano de Meios de Comunicação, o

patrocínio a um programa televisivo inovador, denominado “1 Minuto de

Economia”. Tratando-se de um programa sobre a atualidade financeira com um

formato diferenciador transmitido diariamente no canal SIC, permitido impactar

mais de 1.300.000 telespectadores, alavancando assim a notoriedade da marca CA.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

27

Em 2015 o Grupo Crédito Agrícola manteve a sua política de continuidade estratégica de patrocínios a

alguns desportistas, modalidades e eventos, como:

• Teresa Almeida, Campeã do Mundo de Bodyboard em 2014;

• Mário Patrão, Campeão Nacional de TT e da classe “Maratona” no Rali

Dakar 2016, em motociclismo;

• João Ruivo, Vice-Campeão Nacional de Rali na Categoria I;

• Alcobaça Club de Ciclismo, com destaque para o Ciclista Pedro Lopes por

ter alcançado o título de Campeão Nacional de Contra Relógio, na categoria

de cadetes;

• 33ª Volta ao Alentejo em Bicicleta;

• Entre outros eventos e atletas.

A longo do ano o Crédito Agrícola marcou presença em diversas feiras e eventos, entre as quais, o Salão

Imobiliário de Portugal (SIL), Salão Internacional do Sector Alimentar e Bebidas (SISAB), PORTUGAL AGRO,

Fruit Logistica e Fruit Attraction e Festa dos Santos Populares em Paris.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

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03 Caixa de Lafões

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

29

iii. CAIXA DE LAFÕES

3. ENQUADRAMENTO

3.1 Introdução

Como é compreensível, os fatores que mais influenciaram a economia mundial, a economia nacional, a

banca portuguesa e o Grupo Crédito Agrícola, estão direta ou indiretamente relacionados com o que mais

afetou a atividade da Caixa de Lafões no ano de 2015.

3.2 Principais fatores que influenciaram a atividade da Caixa de

Lafões Os seguintes factos foram os que mais condicionaram a atividade da Caixa de Lafões no ano de 2015:

- os resgates do BES e do BANIF, vieram agudizar o clima de desconfiança que envolvia a banca nacional.

Esse sentimento estava a afastar-se das principais preocupações dos clientes bancários portugueses, no

entanto estes dois novos resgates tiveram como consequência que a generalidade dos clientes voltassem

a olhar para a banca nacional com receio acrescido. Esse facto teve influência na generalidade das relações

comerciais com os nossos clientes e potenciais clientes;

- a descida das taxas Euribor, que em alguns prazos atingiu valores negativos, reduziu a remuneração obtida

da carteira de crédito, dado que a quase totalidade dos empréstimos tem a taxa de juro indexada a uma

das Euribor;

- depois de levarem a cabo os ajustamentos necessários nos seus balanços, a generalidade da banca

nacional ficou dotada de condições propícias à concessão de crédito. Aliás, a banca nacional, enfrentando

um problema de rentabilidade no negócio interno, viu na concessão de novos financiamentos uma saída

para corrigir esse desvio, tendo tal posicionamento gerado uma baixa relevante no preço do crédito, facto

que levou todos os bancos por arrastamento, não tendo sido o Grupo Crédito Agrícola exceção;

- também as taxas de juros para os depósitos continuam a seguir a tendência decrescente. Isso trouxe

dificuldades acrescidas em obter boas remunerações para os excessos de liquidez da Caixa, dificuldades

essas que acabaram inevitavelmente por serem repercutidas nas remunerações oferecidas aos clientes;

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

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- a recuperação económica não teve expressão na região onde operamos, tendo-se continuado a assistir a

insolvências de empresas que no passado estavam classificadas com bons graus de risco. A continuidade

deste fenómeno, não teve implicações apenas no crédito vencido dessas entidades, mas também no dos

particulares que perderam os seus empregos. Desta forma, a tendência para o crescimento do Crédito

Vencido, foi também uma das principais condicionantes do ano de 2015;

- a cada vez maior exigência dos reguladores em termos de requisitos prudenciais, regulamentares, de

reporte e organizacionais sentiu-se de forma muito vincada em 2015, o que condicionou a afetação de

recursos humanos, devido ao enfoque necessário em todas essas alterações;

- a incerteza que existiu nos mercados financeiros e a sua evolução negativa, conforme já abordado

anteriormente, trouxe para a atividade bancária constrangimentos na colocação de aplicações alternativas

aos Depósitos a Prazo tradicionais, vistos sempre como principal refúgio em conjunturas como esta. A

performance menos positiva de alguns desses produtos, contribuiu também para os referidos

constrangimentos;

- a perca de população, principalmente jovem, da nossa região, o não aparecimento de empresas novas, tal

como os receios à volta da atual conjuntura económica, continuam a ser um dos principais entraves ao

crescimento que a Caixa de Lafões pretende atingir. A título de exemplo, conforme já referido neste

Relatório, a carteira de crédito do distrito de Viseu, foi a que mais diminuiu em Portugal Continental,

registando uma perca de 9,6%.

4. EVOLUÇÃO RECENTE

4.1 Introdução A seguir, faremos uma breve análise à atividade da Caixa de Lafões durante o ano de 2015, que em muitos

sectores da sua atividade conseguiu registar uma performance que compara positivamente com a média

do mercado bancário nacional, tal com a do Grupo Crédito Agrícola no seu conjunto.

As notas que se seguem, incidem quer sobre as condições de exploração da Caixa, nomeadamente sobre

os principais fatores que condicionaram a sua rentabilidade, sobre a evolução do seu balanço, mas também

avaliará a evolução do volume de negócios nos principais conjuntos de produtos e serviços que são

comercializados por esta Instituição.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

31

4.2 Rentabilidade

4.2.1 Margem Financeira

A Margem Financeira da Caixa de Lafões registou o comportamento que podemos ver nos quadros

seguintes.

Margem Financeira Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 VARIAÇÃO

Caixa de Lafões 2.200 2.265 2.125 2.371 4,65%

Grupo Crédito Agrícola 250.657 248.225 N.A. 245.129 -1,20%

Margem Financeira - Lafões Valores em milhares de euros

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Juros de Crédito 2.198 2.265 2.292 1,17%

Juros de Recursos de Clientes 1.207 983 662 -32,71%

Juros Depósitos Caixa Central 1.173 985 750 -23,80%

Relativamente ao ano de 2014 verificou-se um crescimento de 4,65%, que compara favoravelmente com a

performance do Grupo. Um conjunto de fatores, permitiu apresentar este desempenho:

- o crescimento registado na carteira de crédito, que será tratado em detalhe mais à frente, permitiu

compensar a queda das taxas de juro que incidem sobre essa mesma carteira. Aliás, os juros recebidos da

carteira de crédito aumentaram 1,17% face ao ano anterior. Em 2014 esta receita cifrou-se em 2.265 M€ e

em 2015 em 2.292 M€;

- a redução das taxas de juros dos recursos de clientes, que permitiram passar de 983 M€ de encargos em

2014, para 662 M€ em 2015, representando uma diminuição de 32,71%;

- houve ainda um fator que ao invés dos dois anteriores criou dificuldades acrescidas na defesa da Margem,

que foi precisamente a remuneração que a Caixa obteve dos seus excedentes, que passou de 985 M€ em

2014 para apenas 750 M€ em 2015, representando uma diminuição de 23,80%.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

32

Em suma, a dinâmica comercial que permitiu alcançar um bom nível de crescimento da carteira de crédito

e o ajustamento em baixa operado nas taxas de juros dos depósitos de clientes, permitiu evitar a esperada

diminuição da Margem Financeira face ao ano anterior.

4.2.2 Produto Bancário Relativamente ao Produto Bancário, o desempenho encontra-se espelhado nos quadros seguintes.

Produto Bancário Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 VARIAÇÃO

Caixa de Lafões 3.369 3.160 3.024 3.349 5,98%

Grupo Crédito Agrícola 472.645 554.378 N.A. 502.756 -9,30%

Produto Bancário - Lafões Valores em milhares de euros

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Saldo de Comissões 832 790 862 9,11%

Outros Res. Operacionais 334 100 109 9,00%

Também no Produto Bancário o desempenho da Caixa de Lafões compara favoravelmente com o Grupo

Crédito Agrícola. Enquanto que o Grupo perdeu 9,30% face ao ano anterior, pelos motivos já referidos

anteriormente, a Caixa de Lafões reverteu a tendência de 2014 e em 2015, cresceu 5,98%.

Contribuíram para este desempenho quer o crescimento da Margem Financeira, quer o desempenho nas

comissões, atendendo a que o crescimento em termos absolutos dos Outros Resultados de Exploração foi

marginal.

Como mais à frente se verá, o crescimento de 72 M€ nas comissões, teve origem essencialmente nas que a

Caixa recebeu fruto do excelente desempenho na comercialização dos seguros.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

33

4.2.3 Estrutura de Custos

A Estrutura de Custos da Caixa está resumida no quadro seguinte, numa lógica comparativa com o Grupo

Crédito Agrícola, olhando para os últimos três anos.

Evolução dos Custos Valores em milhões de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 VARIAÇÃO

Lafões Grupo CA Lafões Grupo CA Lafões Grupo CA Lafões Grupo CA

Custos com Pessoal 1,173 164 1,143 165 1,116 1,177 167 2,97% 0.90%

G. Gerais Administrativos 1,075 124 1,015 121 1,011 1,101 121 8,47% -0,10%

Amortizações 0,146 15 0,183 14 0,158 0,188 13 2,73% -7,20%

Provisões e Imparidades 0,342 150 0,331 200 0,483 0,288 127 -12,99% -37,00%

Os Custos com o Pessoal cresceram quase 3% em 2015. Esse crescimento está relacionado com as

promoções que foram proporcionadas a alguns colaboradores e com o incremento temporário do quadro

de pessoal em uma pessoa.

O crescimento de 8,47% nos Gastos Gerais Administrativos teve como principal motivo algumas obras

realizadas durante o ano, em imóveis detidos e disponíveis para venda, obras essas que foram

determinantes para a sua alienação. Este investimento foi compensado com o facto da Caixa até à data

conseguir manter um stock de imóveis muito baixo, conforme se poderá ver mais à frente no balanço

apresentado.

As amortizações cresceram 2,73% no ano de 2015, pelo facto das obras realizadas no espaço onde foi aberta

a agência de Ribeiradio, terem sido integradas nesse ano. A tendência para os próximos tempos será

certamente de estabilização desta rúbrica, atendendo a que já não existem espaços para intervir, a não ser

pequenas obras de manutenção. Os custos com os processos judiciais registaram também um crescimento,

embora de menor amplitude, fruto dos processos nos quais fomos forçados a avançar para cobrança

coerciva.

Relativamente à constituição de provisões e imparidades, o desempenho em 2015 foi mais favorável do

que o registado nos dois anos anteriores. A intervenção cada vez mais célere nos casos que revelam

dificuldades no cumprimento dos planos financeiros, tem sido essencial para a melhoria do comportamento

ao nível da constituição de provisões.

Por fim, explicar que embora a Caixa tenha aparentemente um desempenho que compara negativamente

com a generalidade do Grupo no que à evolução dos custos diz respeito, há que realçar o forte investimento

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

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feito nas nossas agências, que são um exemplo dentro do Crédito Agrícola, tal como o facto da Caixa ter

registado nos últimos anos bom crescimento em todas as rúbricas de negócio, o que implica a manutenção

de um quadro de pessoal que possa responder a esse mesmo crescimento.

4.2.4 Resultados

A Caixa de Lafões tem apresentado resultados adequados à sua dimensão, resultados esses que têm

permitido fazer com que os Capitais Próprios cresçam, mantendo dessa forma uma solidez confortável.

Resultado Líquido Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 VARIAÇÃO

Caixa de Lafões 567 257 318 539 109,72%

Grupo Crédito Agrícola 1.506 24.505 N.A. 56.487 131,00%

O ano de 2015 foi um bom ano de Resultados para o Grupo Crédito Agrícola, não tendo a Caixa de Lafões

sido uma exceção. Em ambas as realidades, os valores mais do que duplicaram face a 2014.

No caso da Caixa, embora os motivos estejam detalhados nos pontos anteriores, lembramos que os

principais contributos vieram das melhorias registadas na Margem Financeira, do crescimento do Produto

Bancário, da boa performance comercial que tem permitido fazer crescer todas as carteiras de produtos e

serviços e por fim do bom desempenho até agora conseguido nos rácios de Crédito Vencido, como veremos

em detalhe mais à frente.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

35

4.3 Evolução das rúbricas de Balanço

4.3.1 Ativo A Caixa de Lafões ultrapassou no ano de 2015, os 100 Milhões de Euros de Ativo Líquido. O crescimento

registado face a 2014 foi de 9,36%. Recordamos que pelos motivos expostos anteriormente, o Ativo

Líquido do Grupo diminuiu 1,60%.

O quadro seguinte mostra a evolução das principais parcelas do Ativo.

Ativo Líquido Valores líquidos em milhares de euros

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Caixa, Disponibilidades, Aplicações e A. Fin. 37.539 42.703 44.345 3,84%

Crédito a Clientes 43.882 44.699 51.771 15,82%

Outros Ativos 5.883 5.169 5.120 -0,95%

TOTAL ATIVO 87.306 92.572 101.237 9,36%

Para alcançar o crescimento já mencionado contribuiu acima de tudo a evolução muito positiva da

carteira de Crédito a Clientes, que aumentou mais de 15% num só ano.

As aplicações detidas pela Caixa, deram o restante contributo.

As outras contas do Ativo, mantiveram-se estáveis.

4.3.2 Passivo O quadro seguinte detalha a evolução do Passivo da Caixa durante o ano de 2015.

Passivo Valores líquidos em milhares de euros

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Recursos Outras Instituições Crédito 2.548 767 7.290 850,45%

Recursos de Clientes 74.931 82.275 83.312 1,26%

Outros Passivos 1.579 1.246 1.758 41,09%

TOTAL PASSIVO 79.058 84.289 92.361 9,57%

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

36

O Passivo da Caixa cresceu 9,57% no ano de 2015.

O principal contributo veio dos Recursos de Outras Instituições de Crédito, que passaram de 767 M€ para

7.290 M€. Essa evolução está relacionada com uma linha disponibilizada pelo Banco Central Europeu, que

transfere liquidez para as Instituições Financeiras que mais apoiam as empresas através de crédito

concedido às mesmas. Como a Caixa de Lafões concedeu crédito ao tecido empresarial da região de valores

muito significativos (ver análise da evolução da carteira de crédito), encaixou depósitos do BCE no valor

indicado nesta rúbrica. De referir apenas que as taxas de juro que remuneram esses depósitos são muito

favoráveis para a Caixa de Lafões.

Os Depósitos de Clientes registaram também um crescimento superior a 1.000 M€.

As contas de Outros Passivos, mantiveram-se estáveis.

4.3.3 Capital Os Capitais Próprios da Caixa registaram um crescimento de 592 M€, conforme se pode ver no quadro

seguinte. Esse crescimento ficou a dever-se aos Resultados alcançados.

Capital Valores em milhares de euros

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Capital Social 7.283 8.011 8.107 1,19%

Reservas e Resultados Transitados 395 14 228 1528,57%

Resultado do Exercício 567 257 539 109,72%

TOTAL DO CAPITAL 8.247 8.283 8.875 7,14%

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

37

4.3.4 Crédito Vencido

A Caixa de Lafões encerrou o ano de 2015 com um Rácio de Crédito Vencido Bruto de 3,04%, cumprindo

desta forma a orientação dada pela Caixa Central, para que as Caixas registem valores inferiores a 5%. O

registo de Lafões compara neste ponto não só favoravelmente com o desempenho do Grupo, que fechou

o ano com 7,93%, como também com o mercado bancário nacional, que terminou o ano passado com

Rácios de Crédito Vencido de 4,2% nos clientes particulares e 15,4% nas empresas.

Crédito Vencido Valores em percentagem

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Caixa de Lafões 3,50% 5,88% 3,04% -48,30%

Grupo Crédito Agrícola 7,78% 8,13% 7,93% -2,46%

Relativamente à cobertura do Crédito Vencido por Provisões, a Caixa de Lafões continua a registar uma

percentagem confortável, similar aliás àquilo que é praticado no Grupo na generalidade dos casos.

Rácio de Cobertura de Crédito Vencido Valores em percentagem

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Caixa de Lafões 127,14% 85,68% 158,22% 84,66%

Grupo Crédito Agrícola 107,50% 124,70% 130,80% 4,89%

Esta performance é resultado de uma estratégia de atuação junto dos devedores logo nos primeiros indícios

de dificuldades, o que permitiu muitas vezes não só evitar percas para a Caixa como também encontrar

soluções de reestruturação de dívida, que permitiram aos clientes passarem de uma situação irregular para

uma situação de cumprimento atempado dos planos financeiros. Nesses casos, sempre que a

regulamentação em vigor o exige, a Caixa de Lafões mantém os níveis de provisões anteriormente

constituídos.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

38

5. ATIVIDADE COMERCIAL

5.1 Introdução

A medição da performance comercial das Caixas desde 2013, é feita através da avaliação do seu

comportamento em 9 macro variáveis de negócio, que se dividem depois em 24 conjuntos de produtos.

A Caixa de Lafões em 2015, cumpriu os objetivos estabelecidos pela Caixa Central nas 24 variáveis de

negócio, tendo sido a única Caixa a nível nacional a conseguir esse desempenho.

A seguir, veremos detalhadamente qual foi a evolução do negócio em 2015.

5.2 Evolução do negócio

5.2.1 Recursos de Clientes

Recursos de Clientes Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Depósitos à Ordem 21.622 26.024 26.450 27.054 241,78%

Depósitos a Prazo e Poupanças 52.808 55.714 55.777 56.071 566,66%

Capital Social N.A. 447 485 530 218,42%

Recursos de Clientes 74.431 82.185 82.713 83.656 278,59%

À semelhança do que tem vindo a acontecer, 2015 foi mais um ano de crescimento dos Recursos de

Clientes, cifrando-se o mesmo em 1,78%, suficiente para a Caixa de Lafões cumprir os 3 objetivos comerciais

que lhe tinham sido traçados relacionados com estes produtos.

Atendendo ao baixo Rácio de Transformação de Recursos em Crédito, o objetivo do Grupo Crédito Agrícola

continua a ser o de defender a sua base de depositantes, não existindo por isso ambições relevantes de

crescimento.

Nesse espírito, a Caixa tem crescido a um ritmo baixo, com exceção do ano de 2014, ano de resgate do BES,

altura em que se assistiu a uma grande transferência de recursos dessa Instituição para o nosso Grupo. Em

2015 o mercado bancário nacional cresceu 3,10% nos recursos e o Grupo 3,30%. A Caixa de Lafões, continua

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

39

a registar um Rácio de Transformação baixo, de 65% no final do ano, pelo que tem seguido uma política

defensiva na atribuição de taxas de juro aos depósitos, o que evidentemente prejudica o crescimento.

No entanto, essas medidas restritivas na política de taxas de juro, têm sido essenciais, como já visto

anteriormente, na defesa da Margem Financeira.

Ainda a esse respeito é de referir que a taxa média ponderada dos recursos confiados era no início do ano

de 2015 de 1,20% e no final de 0,48%.

5.2.2 Crédito a Particulares Crédito a Particulares Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Crédito Habitação 8.195 9.260 9.822 11.213 347,51%

Crédito Pessoal 3.705 3.899 3.966 4.123 334,33%

Outros Créditos a Particulares 9.041 6.881 7.053 7.825 548,84%

Crédito a Particulares 20.942 20.041 20.840 23.162 390,61%

Atendendo ao baixo Rácio de Transformação, como referido no ponto anterior, o crescimento sustentado

da carteira de Crédito da Caixa é o seu principal objetivo estratégico.

Neste setor de negócio, a Caixa de Lafões, mesmo numa região que enfrenta grandes dificuldades em obter

algum crescimento económico, tal como em fixar a sua população, tem registado um excelente

comportamento. Lembramos que no distrito de Viseu, o valor da carteira de crédito na generalidade da

banca recuou 9,60%, consubstanciando a maior queda distrital de Portugal Continental.

A carteira de Crédito a Particulares da Caixa de Lafões cresceu mesmo assim em 2015 15,57%, numa

conjuntura onde o mercado nacional perdeu carteira (-3,60%).

Esta performance permitiu, como se pode ver no quando em cima, que a Caixa cumprisse os objetivos em

todas as rúbricas aqui em causa.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

40

5.2.3 Crédito a Empresas Crédito a Empresas Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Crédito à Tesouraria 23.361

6.821 7.090 7.788 359,48%

Crédito ao Investimento 18.811 19.640 21.963 380,22%

Crédito a Empresas 23.361 25.632 26.730 29.751 375,14%

Num ano em que o mercado bancário nacional perdeu 5% da sua carteira de Crédito a Empresas, a Caixa

de Lafões registou um crescimento de 16,06%.

Os objetivos traçados para esta tipologia de crédito, foram também cumpridos, como se pode confirmar

no quadro supra.

Cerca de 56% da carteira de crédito da Caixa está concedido a empresas, o que tem permitido uma

renovação rápida do seu stock, mas que exige também níveis de produção muito elevados, atendendo ao

seu elevado desgaste. No entanto, esta composição da nossa carteira, tem sido determinante para a defesa

da Margem Financeira, tal como tem permitido à Caixa um encaixe de liquidez muito significativo, através

da linha TLTRO, do Banco Central Europeu, conforme já abordado no ponto 4.3.2.

A dinâmica revelada neste tipo de financiamentos é uma prova de que a Caixa tudo tem feito para promover

e apoiar o investimento na região, cumprindo dessa forma a sua função de banco de proximidade,

empenhado na criação de boas condições de vida nas regiões onde opera.

5.2.4 Leasing Leasing Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Leasing Mobiliário 269 163 179 255 575,00%

Leasing Imobiliário 0 0 7 43 614,29%

Leasing 269 163 187 299 566,67%

A Caixa de Lafões alcançou um crescimento de 83,43% da sua carteira de Leasing, tal como cumpriu com

os objetivos traçados para este negócio.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

41

5.2.5 Banca Direta Banca Direta Valores em número de contratos

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Adesões ON-LINE Particulares 1.240 1.712 2.086 2.282 152,41%

Adesões ON-LINE Empresas 382 469 518 545 155,10%

Terminais de Pagamento Automático N.A. 201 208 218 242,86%

Banca Direta 1.622 2.382 2.812 3.045 154,19%

A Caixa de Lafões alcançou um crescimento de 29,61% nas Adesões ON-LINE e 8,45% no seu parque de

Terminais de Pagamento Automático. Esse crescimento permitiu cumprir os objetivos fixados, conforme se

pode verificar pela análise do quadro em cima.

A competitividade destes produtos, tem sido determinante para o sucesso na sua colocação.

Mesmo numa região onde muitos dos nossos clientes não têm PC em casa nem acesso à internet, o esforço

comercial tem sido grande, de forma a tentar colocar o serviço ON-LINE a todos os clientes que reúnem as

condições para a sua utilização.

Quanto aos Terminais de Pagamento Automático, tem sido seguida uma lógica de passar a competitividade

da Caixa para os clientes, pelo que o objetivo é disponibilizar este serviço ao maior número de pessoas

possível. A Caixa de Lafões segue dessa forma uma política, que permite que os clientes suportem apenas

aqueles que também são os custos que a Caixa tem com este serviço.

5.2.6 Negócio Internacional Negócio Internacional Valores em número de contratos

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Caixa de Lafões N.A. 11 1 13 1300,00%

Embora haja poucas empresas na região a utilizar este tipo de contratos para apoiar a sua atividade externa,

a forte presença da Caixa no tecido empresarial de Lafões, tem permitido contratar um número de

operações satisfatório e muito acima das projeções da Caixa Central para a nossa região.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

42

5.2.7 Fundos Fundos Valores em milhares de euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Fundos de Investimento Mobiliário 2.458 3.138 3.849 3.959 115,47%

Fundos de Investimento Imobiliário 75 470 733 801 125,86%

Fundos 2.534 3.608 4.583 4.761 118,26%

Tal como é amplamente conhecido, 2015 foi um ano extremamente desfavorável para a comercialização

destes produtos, por dois motivos:

- a instabilidade dos mercados financeiros não permitiu que a grande maioria dos produtos que compõem

este negócio apresentasse rentabilidades que correspondessem às expectativas dos clientes;

- os receios criados por produtos alternativos colocados por algumas Instituições Financeiras, criou um

movimento de refúgio nos tradicionais Depósitos a Prazo.

Mesmo com as condicionantes referidas, a Caixa de Lafões fez uma aposta na colocação das soluções de

risco muito baixo, aposta essa que se veio a revelar um sucesso e que contribuiu não só para o crescimento

da carteira da Caixa (31,95%), como também para a ampla satisfação dos nossos clientes.

Cumpre ainda lembrar, que contextualizando a performance dos Fundos do Crédito Agrícola num ano de

forte instabilidade dos mercados, esses produtos tiveram um comportamento que permitiu em alguns

casos a liderança de rentabilidade nos respetivos segmentos, conforme já foi referido neste documento.

Mesmo com todas as condicionantes já referidas e com objetivos ambiciosos, também neste caso a Caixa

de Lafões correspondeu ao desafio lançado pela Caixa Central (ver quadro).

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

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5.2.8 Seguros Não Vida Seguros Não Vida Valores em euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Automóvel 30.147 35.713 36.168 41.583 114,97%

Habitação 9.950 7.654 8.732 13.208 151,26%

CA Saúde 19.783

3.784 4.315 7.847 181,85%

CA Clinicard 8.101 11.986 17.633 147,11%

Outros Produtos 54.875 56.154 58.738 75.267 128,14%

Seguros Não Vida 114.755 111.406 119.939 155.540 129,68%

Este negócio, tem-se revelado cada vez mais importante, quer pelo elevado contributo na fidelização dos

clientes, quer pelos níveis de comissionamento que proporciona à Caixa.

Os objetivos fixados pela Caixa Central para os Seguros Não Vida são em produção nova, o que implica

começar do zero todos os anos. Os valores traçados para 2015 determinaram um objetivo de produção

nova que a Caixa nunca tinha alcançado, no entanto, face à importância das comissões proporcionadas por

este negócio, a Caixa viu-se forçada a fazer um grande investimento comercial nestes produtos, o que teve

como resultado o cumprimento de todos os objetivos, sendo essa a única forma de maximizar as comissões

recebidas.

IMPACTO NA EVOLUÇÃO DA CARTEIRA

Seguros Não Vida Valores em euros

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Carteira 437.447 454.374 544.358 19,80%

A carteira de seguros da Caixa cresceu 19,80% num só ano, fruto do excelente desempenho comercial

nestes produtos em 2015.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

44

Ainda quanto às comissões que este negócio proporciona à Caixa, o quadro seguinte pretende demonstrar

a importância do cumprimento dos objetivos comerciais. No mesmo podemos ver qual o valor das

comissões regulares originadas pela carteira (Comissões de Mediação) e qual o valor proporcionado pelo

facto dos objetivos terem sido alcançados (Extra).

Seguros Não Vida Valores em euros

MEDIAÇÃO EXTRA TOTAL

Comissões Recebidas 99.408 35.650 135.058

5.2.9 Seguros Vida

Seguros Vida Valores em euros

2013 2014 OBJ 2015 2015 G.R.O.

Capitalização 2.672.602 2.053.062 1.292.853 2.331.724 180,35%

Risco 319.236 325.864 197.268 356.937 180,94%

Fundos de Pensões 23.419 39.337 34.601 38.670 111,76%

Seguros Vida 3.015.258 2.418.263 1.524.722 2.727.331 178,87%

Os dados do quadro em cima, no que dizem respeito aos valores de Capitalização e Fundos de Pensões,

referem-se apenas à produção do ano e não à carteira, pelo facto de ser nesses termos que os objetivos

são traçados. Já relativamente ao negócio de Risco, os valores espelham a carteira da Caixa, pelo mesmo

motivo.

A atividade comercial permitiu cumprir com todos os objetivos, tal como proporcionar bons níveis de

crescimento às carteiras aqui em causa. A de Capitalização cresceu 15,30% e a de Risco 9,53%. Evoluções

muito positivas para apenas um ano.

A aposta feita nestes produtos tem como base os motivos já expostos no ponto anterior, acrescidos do

facto dos Seguros de Capitalização serem uma importante alternativa aos Depósitos a Prazo, o que permite

por um lado, aliviar o Balanço da Caixa, mantendo os Recursos dos Clientes sob nossa gestão, por outro,

proporcionar aos clientes que aderem a esses produtos rentabilidades atrativas, sem colocarem em risco o

seu capital. Aliás, a carteira de Capitalização da Caixa de Lafões tem evoluído muito favoravelmente,

ganhando com isso a Caixa e os seus clientes. O quadro seguinte mostra essa evolução.

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

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Seguros Vida - Capitalização Valores em euros

2013 2014 2015 VARIAÇÃO

Caixa de Lafões 9.605.319 11.416.994 13.163.390 15,30%

Relativamente às comissões recebidas provenientes deste negócio e ao impacto que o cumprimento dos

objetivos tem nas mesmas, fica o quadro seguinte.

Seguros Vida Valores em euros

MEDIAÇÃO EXTRA TOTAL

Comissões Recebidas 65.869 69.615 135.484

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Crédito Agrícola RELATÓRIO E CONTAS 2015

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6. DISTRIBUIÇÃO DE RESULTADOS

Nos termos dos Artigos 33º e 34º dos Estatutos da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, C.R.L.,

propõe-se para aprovação em Assembleia-Geral, que o Resultado Líquido de 2015, um lucro de

539.662,16€, e os resultados transitados do exercício no montante líquido de 46.461€, tenham a seguinte

aplicação:

Denominação Valor em euros

Resultado Líquido do Exercício 539.662,16

Resultados Transitados Resultantes de Alterações de Políticas Contabilísticas

-18.336,21

Resultados Transitados Resultantes da Correção à Matéria Coletável de Anos Anteriores, na Base Tributável para Impostos Diferidos

64.797,02

Reserva Legal 117.227,97

Reserva para Educação e Formação Educativa 25,00

Reserva para Mutualismo 25,00

Reserva Especial destinada a Capital Social 468.845,00

Mais se propõe, de acordo com o previsto no Artigo 8º dos já mencionados Estatutos, que se transfira para

Capital Social a totalidade do valor que ficar na Reserva Especial, na sequência da distribuição supra

mencionada.

A situação após a distribuição proposta, de acordo com os saldos a 31 de dezembro de 2015, será a

seguinte:

Denominação Valor em euros

Reserva Legal 281.147,55

Reserva para Educação e Formação Cooperativa 1.013,02

Reserva para Mutualismo 10.325,58

Outras Reservas 11.290,76

Capital Social (variável) 8.576.635,00

Situação Líquida com base nos saldos a 31-12-2015 8.880.411,91

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Modelo I

Inventário de títulos em base individual Data: 31-12-2015Instituição: CCAM de Lafões

Unidade: Euros

Categoria de Activo Instrução n.º 23/2004

Código do título

Tipo de emitente

País do emitente

Cotado/Não

cotado

Mercado organizado relevante

Cotação QuantidadeValor

nominalCritério

valorimétricoValor de Balanço

Valias (+ / -)Montante vencido

Operações especiais

Observações

(2) (3) (4) (S/N) (5) (6) (7) (8) (9) (10) (11) Imparidade Outras CapitalDireitos de voto

(12) (13)

Instrumentos de dívida

De dívida pública

...De outros emissores públicos

...De outros emissores

Adquiridos no âmbito de operações de titularização

Equiparados a first loss position

...Outros

...Outros

Dívida não subordinada

...Dívida subordinada

Obrigações CA Vida AFDV OIF PRT N 163 1.000,00 JV 163.135,83

Total 163 163.135,83

Instrumentos de capital

CCCAM-Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, CRL IFAEC IC PRT N 224.390 5,00 CH 1.121.950,00 0,37%

FENACAM CCRL IFAEC OUT PRT N 6 5,00 CH 30,00 0,00%

CRÉDITO AGRÍCOLA INFORMÁTICA, SA IFAEC OUT PRT N 2.291 4,99 CH 11.432,33 0,17%

CRÉDITO AGRÍCOLA SEGUROS S.A. IFAEC S PRT N 10 5,66 CH 56,57 0,00%

CA SEGUROS E PENSÕES SGPS, S.A. IFAEC SGPS PRT N 283 5,00 CH 1.415,00 0,00%

CRÉDITO AGRÍCOLA VIDA S.A. IFAEC S PRT N 50 12,19 CH 609,65 0,00%

FUNDO COMPENSAÇÃO DO TRABALHO AFDF OUT PRT N JV 364,43 0,00%

Total 227.030 1.135.857,98

Outros

Total 1.298.993,81

% de participação

(1)

Natureza e espécie

Correcções de valor

53

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

54

NOTA INTRODUTÓRIA

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, C.R.L. (adiante designada por Caixa ou CCAM de Lafões) é uma instituição de crédito constituída em 19 de Julho de 1983 sob a forma de Cooperativa de responsabilidade limitada. Constitui objecto da Caixa a concessão de crédito e a prática dos demais actos inerentes à actividade bancária, nos termos previstos na legislação aplicável. A Caixa forma parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM) o qual é formado pela Caixa Central de Crédito Agrícola Mútuo, C.R.L. (Caixa Central) e pelas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas. Compete à Caixa Central assegurar a orientação, fiscalização e representação das entidades que fazem parte do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo. Em 31 de Dezembro de 2015, a Caixa opera através da sua sede, situada na Rua Serpa Pinto, em S. Pedro do Sul e através de uma rede de mais 5 balcões situados nos concelhos de S. Pedro do Sul, Vouzela e Oliveira de Frades. No ano de 2007 entraram em vigor as NCA, provocando alguns impactos contabilísticos imediatos, e diferindo outros ao longo dos anos seguintes, conforme apresentado ao longo deste documento.

1. BASES DE APRESENTAÇÃO, COMPARABILIDADE DA INFORMAÇÃO E PRINCIPAIS POLÍTICAS

CONTABILÍSTICAS 1.1. Bases de apresentação das contas

As demonstrações financeiras da Caixa foram preparadas no pressuposto da continuidade das

operações, com base nos livros e registos contabilísticos mantidos de acordo com os princípios consagrados nas Normas de Contabilidade Ajustadas (NCA), nos termos do Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro e das Instruções nº 23/2004 e nº 9/2005, do Banco de Portugal.

As NCA correspondem genericamente às Normas Internacionais de Relato Financeiro

(IAS/IFRS), conforme adoptadas pela União Europeia, de acordo com o Regulamento (CE) nº 1606/2002 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de Julho, transposto para o ordenamento nacional pelo Decreto-Lei nº 35/2005, de 17 de Fevereiro e pelo Aviso nº 1/2005, de 21 de Fevereiro, do Banco de Portugal, excepto no que se refere a:

i) Valorimetria do crédito a clientes e valores a receber de outros devedores (Crédito e contas

a receber) – os créditos são registados pelo valor nominal, não podendo ser reclassificados para outras categorias e, como tal, registados pelo justo valor. Os proveitos são reconhecidos segundo a regra pro rata temporis, quando se tratem de operações que produzam fluxos redituais ao longo de um período superior a um mês, nomeadamente juros e comissões;

ii) Sempre que aplicável, as comissões e custos externos imputáveis à contratação das

operações subjacentes aos activos classificados como crédito e contas a receber deverão ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, de acordo com o método referido na alínea anterior;

iii) Provisionamento do crédito e contas a receber - mantém-se o anterior regime, sendo

definidos níveis mínimos de provisionamento de acordo com o disposto no Aviso do Banco de Portugal nº 3/95, com as alterações introduzidas pelo Aviso do Banco de Portugal nº 8/03, de 30 de Junho e pelo Aviso do Banco de Portugal nº 3/2005, de 21 de Fevereiro. Este regime abrange ainda as responsabilidades representadas por aceites, garantias e outros instrumentos de natureza análoga;

iv) Os activos tangíveis são obrigatoriamente mantidos ao custo de aquisição, não sendo deste

modo possível o seu registo pelo justo valor, conforme permitido pelo IAS 16 – Activos fixos tangíveis. Como excepção, é permitido o registo de reavaliações extraordinárias, legalmente autorizadas, caso em que as mais - valias resultantes são registadas em “Reservas de reavaliação”.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

55

v) Benefícios aos empregados, através do estabelecimento de um período para diferimento do impacto contabilístico decorrente da transição para os critérios do IAS 19.

De acordo com os Avisos do Banco de Portugal nº 4/2005 de 21 de Fevereiro e nº 12/2005 de 30 de Dezembro, o reconhecimento em resultados transitados do impacto apurado com referência a 31 de Dezembro de 2006, decorrente da transição para os IAS/IFRS foi atingido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes até 31 de Dezembro de 2009, com excepção da parte referente ao impacto da alteração da tábua de mortalidade e às responsabilidades relativas a cuidados médicos pós-emprego, para a qual esse plano de amortização pode ir até 31 de Dezembro de 2016.

A preparação das demonstrações financeiras anuais de acordo com as NCA's requer que o Conselho de Administração formule julgamentos, estimativas e pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e o valor dos activos, passivos, proveitos e custos. As estimativas e pressupostos associados são baseados na experiência histórica e noutros factores considerados razoáveis de acordo com as circunstâncias e formam a base para os julgamentos sobre os valores dos activos e passivos cuja valorização não é evidente através de outras fontes.

As Demonstrações Financeiras da Caixa foram aprovadas em reunião do Conselho de Administração.

1.2. Comparabilidade da informação

(a) Normas, alterações e interpretações eficazes em ou após 1 de Janeiro de 2015.

As principais alterações às normas que possam ter entrado em vigor em 2015 não tiveram impacto nas demonstrações financeiras da Caixa. (b) Adopção antecipada das normas. A Caixa não adoptou antecipadamente novas normas ou emendas em 2015.

1.3. Resumo das principais políticas contabilísticas As políticas contabilísticas mais significativas, utilizadas na preparação das demonstrações

financeiras foram as seguintes: a) Especialização dos exercícios

A Caixa adopta o princípio contabilístico da especialização de exercícios (regime de acréscimo) em relação à generalidade das rubricas das demonstrações financeiras. Assim, os gastos e rendimentos são registados à medida que são gerados, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento.

b) Transacções em moeda estrangeira

Os activos e passivos expressos em moeda estrangeira são convertidos para Euros ao

câmbio de "fixing" da data do balanço, com excepção dos saldos relativos a notas e moedas estrangeiras, os quais são convertidos ao câmbio médio do mês indicado pelo Banco de Portugal.

Os gastos e rendimentos relativos às transacções em moeda estrangeira registam-se no período em que ocorrem, de acordo com o efeito que as transacções em divisas têm na posição cambial.

Na data da sua contratação, as compras e vendas de moeda estrangeira à vista e a prazo

são registadas na posição cambial. c) Investimentos em associadas e empreendimentos conjuntos

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

56

As empresas associadas são entidades nas quais a Caixa exerce influência significativa, mas não detém o controlo. Como influência significativa entende-se uma participação financeira (directa ou indirecta) superior a 20% ou o poder de participar nas decisões sobre as políticas financeiras e operacionais da entidade mas sem existir controlo nem controlo conjunto sobre a mesma.

As empresas associadas são valorizadas ao custo de aquisição, sendo objecto de análises de perdas por imparidade.

d) Crédito e outros valores a receber

Conforme descrito na Nota 2.1 estes activos encontram-se registados ao valor nominal, de acordo com o Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal. A componente de juros, incluindo a referente a eventuais prémios/descontos, é objecto de relevação contabilística autónoma nas respectivas contas de resultados. Os rendimentos são reconhecidos quando obtidos e distribuídos por períodos mensais, segundo o método da taxa efectiva, quando se trate de operações que produzam fluxos residuais ao longo de um período superior a um mês. Sempre que aplicável, as comissões e gastos externos imputáveis à contratação das operações subjacentes aos activos incluídos nesta categoria devem ser, igualmente, periodificados ao longo do período de vigência dos créditos, segundo o método da taxa efectiva.

Posteriormente, o crédito e outros valores a receber são submetidos à constituição de provisões, nos termos abaixo descritos. Os juros são reconhecidos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios, sendo as comissões e custos associados aos créditos periodificados ao longo da vida das operações, independentemente do momento em que são cobrados ou pagos.

Garantias prestadas, compromissos irrevogáveis e passivos contingentes

As responsabilidades por garantias prestadas e compromissos irrevogáveis são registadas em rubricas extrapatrimoniais pelo valor em risco, sendo os fluxos de juros, comissões ou outros ganhos registados em resultados ao longo da vida das operações.

Imparidade

A Caixa aplica nas suas contas individuais as NCA’s pelo que, de acordo com o definido nos nº2 e 3 do Aviso nº 1/2005 do Banco de Portugal, a valorimetria e provisionamento do crédito concedido mantém o regime definido pelas regras do Banco de Portugal aplicado pela Caixa nos exercícios anteriores, como se segue:

i) Provisão para crédito e juros vencidos Destina-se a fazer face aos riscos de realização de créditos concedidos que

apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros. As percentagens provisionadas do crédito e juros vencidos dependem do tipo de garantias existentes e são função crescente do período decorrido desde a data de incumprimento.

ii) Provisão para créditos de cobrança duvidosa Destina-se à cobertura dos riscos de realização do capital vincendo relativo a créditos

concedidos que apresentem prestações vencidas e não pagas de capital ou juros, ou que estejam afectos a clientes que tenham outras responsabilidades vencidas. Nos termos do Aviso nº 3/95, são considerados créditos de cobrança duvidosa, os seguintes:

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- As prestações vincendas de uma mesma operação de crédito em que se verifique, relativamente às respectivas prestações em mora de capital e juros, pelo menos uma das seguintes condições:

. Excederem 25% do capital em dívida, acrescido de juros; . Estarem em incumprimento há mais de: . seis meses, nas operações com prazo inferior a cinco anos; . doze meses, nas operações com prazo igual ou superior a cinco anos mas

inferior a dez anos; . vinte e quatro meses, nas operações com prazo igual ou superior a dez

anos. Os créditos nestas condições são considerados vencidos apenas para efeitos da

constituição de provisões, sendo aprovisionados com base nas taxas aplicáveis ao crédito vencido dessas operações.

- Os créditos vincendos sobre um mesmo cliente se, de acordo com a classificação

acima definida, o crédito e juros vencidos de todas as operações relativas a esse cliente excederem 25% do crédito total, acrescido de juros. Os créditos nestas condições são aprovisionados com base em metade das taxas aplicáveis aos créditos vencidos.

iv) Provisão para riscos gerais de crédito Encontra-se registada no passivo, na rubrica "Provisões", e destina-se a fazer face a

riscos de cobrança do crédito concedido e garantias e avales prestados. Esta provisão é calculada por aplicação das seguintes percentagens genéricas à

totalidade do crédito não vencido, incluindo as garantias e avales: - 1,5% no que se refere ao crédito ao consumo e às operações de crédito a

particulares, cuja finalidade não possa ser determinada; - 0,5% relativamente ao crédito garantido por hipoteca sobre imóvel, ou operações

de locação financeira imobiliária, em ambos os casos quando o imóvel se destine a habitação do mutuário;

- 1% no que se refere ao restante crédito concedido.

A caixa avalia regularmente da existência objectiva de imparidade da sua carteira de crédito. Deste modo verifica se as provisões anteriormente referidas são suficientes para cobrir o risco de incobrabilidade.

Em caso de insuficiência é reforçada a provisão para riscos gerais de crédito. Nos exercícios de 2001 e 2002 foram aceites como custo fiscal 50% dos reforços da

provisão para riscos gerais de crédito. A partir de 1 de Janeiro de 2003 os reforços desta provisão deixaram de ser aceites fiscalmente como custo.

A Caixa classifica em crédito vencido as prestações vencidas de capital ou juros

decorridos que sejam 30 dias após o seu vencimento. Os créditos com prestações vencidas, são denunciados nos termos definidos no manual de crédito, sendo nesse momento considerada vencida toda a dívida. Periodicamente, a Caixa abate ao activo os créditos considerados incobráveis por utilização das provisões constituídas. Em caso de eventual recuperação dos referidos créditos, esta é reconhecida em resultados, na rubrica “Outros resultados de exploração”.

e) Outros activos e passivos financeiros

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Os outros activos e passivos financeiros são reconhecidos e valorizados de acordo com os

IAS 32 e IAS 39, sendo registados na data de contratação pelo justo valor.

i) Activos financeiros detidos para negociação e ao justo valor através de resultados, passivos financeiros detidos para negociação

Os activos financeiros detidos para negociação incluem títulos de rendimento variável

transaccionados em mercados activos, adquiridos com o objectivo de venda ou recompra no curto prazo, bem como derivados. Os derivados de negociação com valor líquido a receber (justo valor positivo) são incluídos na rubrica activos financeiros detidos para negociação. Os derivados de negociação com valor líquido a pagar (justo valor negativo), são incluídos na rubrica passivos financeiros detidos para negociação.

Os activos financeiros ao justo valor através de resultados incluem os títulos de

rendimento fixo transaccionados em mercados activos que a Caixa optou por registar e avaliar ao justo valor através de resultados.

Os activos e passivos financeiros detidos para negociação e os activos financeiros ao

justo valor através de resultados são reconhecidos inicialmente ao justo valor. Os ganhos e perdas decorrentes da valorização subsequente ao justo valor são reconhecidos em resultados.

Os juros inerentes aos activos financeiros e as diferenças entre o custo de aquisição e

o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e reconhecidos em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”. O justo valor dos derivados que não são transaccionados em bolsa, é estimado com base no montante que seria recebido ou pago para liquidar o contrato na data em análise, considerando as condições de mercado vigentes bem como a qualidade creditícia das contrapartes.

ii) Activos financeiros disponíveis para venda

Os activos financeiros disponíveis para venda incluem instrumentos de capital e dívida,

que não sejam classificados como activos financeiros detidos para negociação, ao justo valor através de resultados ou como investimentos a deter até à maturidade ou como crédito ou como empréstimos e contas a receber.

Os activos financeiros disponíveis para venda são registados ao justo valor, com

excepção de instrumentos de capital não cotados num mercado activo e cujo justo valor não possa ser mensurado com fiabilidade, os quais permanecem registados ao custo. Os ganhos e perdas relativos à variação subsequente do justo valor são reflectidos em rubrica específica do capital próprio “reserva de justo valor” até à sua venda (ou até ao reconhecimento de perdas por imparidade), momento em que são transferidos para resultados. Os ganhos ou perdas cambiais de activos monetários são reconhecidas directamente em resultados do período.

Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o

custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

Os rendimentos de títulos de rendimento variável são reconhecidos em resultados na data em que são atribuídos ou recebidos. De acordo com este critério, os dividendos antecipados são registados como proveitos no exercício em que é deliberada a sua distribuição.

iii) Investimentos detidos até à maturidade

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Os investimentos detidos até à maturidade são investimentos que têm um rendimento fixo, com taxa de juro conhecida no momento da emissão e data de reembolso determinada, sendo do interesse da Caixa mantê-los até ao seu reembolso.

Os investimentos financeiros detidos até à maturidade são registados ao custo de aquisição. Os juros inerentes aos activos financeiros e o reconhecimento das diferenças entre o custo de aquisição e o valor nominal (prémio ou desconto) são calculados de acordo com o método da taxa efectiva e registados em resultados na rubrica de “Juros e rendimentos similares”.

iv) Empréstimos e contas a receber de outras instituições de crédito

De acordo com a restrição estabelecida pelo Aviso nº 1/2005, nesta rubrica são registados apenas os valores a receber de outras instituições de crédito. São activos financeiros com pagamentos fixos ou determináveis, não cotados num mercado activo e não incluídos em qualquer uma das restantes categorias de activos financeiros. No reconhecimento inicial estes activos são valorizados pelo justo valor, deduzido de eventuais comissões incluídas na taxa efectiva, e acrescido de todos os custos incrementais directamente atribuíveis à transacção. Subsequentemente estes activos são reconhecidos em balanço ao custo amortizado, deduzido de perdas por imparidade e provisões para risco país. Os juros são reconhecidos com base no método da taxa efectiva, que permite calcular o custo amortizado e repartir os juros ao longo do período das operações. A taxa efectiva é aquela que, sendo utilizada para descontar os fluxos de caixa futuros estimados associados ao instrumento financeiro na data do reconhecimento inicial.

v) Outros passivos financeiros

Os outros passivos financeiros, essencialmente recursos de instituições de crédito,

depósitos de clientes e dívida emitida, são inicialmente valorizados ao justo valor, que corresponde à contraprestação recebida líquida dos custos de transacção e são posteriormente valorizados ao custo amortizado.

Conforme previsto no Decreto-Lei n.º 182/87, de 21 de Abril, foi criado o Fundo de

Garantia do Crédito Agrícola Mútuo, cujo funcionamento foi regulamentado pelo Decreto-Lei 345/98, de 9 de Novembro. Este último visou reconverter o Fundo de Garantia de Crédito Agrícola Mútuo, por forma a que o mesmo tivesse por objecto garantir o reembolso de depósitos constituídos na Caixa Central e nas Caixas de Crédito Agrícola Mútuo suas associadas e promover e realizar acções que visem assegurar a solvabilidade e liquidez das referidas instituições, com vista à defesa do Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo (SICAM).

vi) Imparidade em activos financeiros

A Caixa efectua análises periódicas de imparidade aos activos financeiros com excepção de crédito a clientes e outros valores a receber, conforme referido na alínea d).

Quando existe evidência de imparidade num activo ou grupo de activos financeiros, as

perdas por imparidade registam-se por contrapartida de resultados. Para títulos cotados, considera-se que existe evidência de imparidade numa situação

de desvalorização continuada ou de valor significativo na cotação dos títulos. Para títulos não cotados, é considerado evidência de imparidade a existência de impacto no valor estimado dos fluxos de caixa futuros do activo financeiro, desde que possa ser estimado com razoabilidade.

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Caso num período subsequente se registe uma diminuição no montante das perdas por

imparidade atribuída a um evento, o valor previamente reconhecido é revertido através de ajustamento à conta de perdas por imparidade. O montante da reversão é reconhecido directamente na demonstração de resultados.

No caso de activos disponíveis para venda, em caso de evidência objectiva de

imparidade, resultante de diminuição significativa e prolongada do justo valor do título ou de dificuldades financeiras do emitente, a perda acumulada na reserva de reavaliação de justo valor é removida do capital próprio e reconhecida nos resultados. As perdas por imparidade registadas em títulos de rendimento fixo podem ser revertidas através de resultados, caso se verifique uma alteração positiva no justo valor do título resultante de um evento ocorrido após a determinação da imparidade. As perdas por imparidade relativas a títulos de rendimento variável não podem ser revertidas, pelo que eventuais mais valias potenciais originadas após o reconhecimento de perdas por imparidade são reflectidas na reserva de justo valor. Quanto a títulos de rendimento variável para os quais tenha sido registada imparidade, posteriores variações negativas no justo valor são sempre reconhecidas em resultados.

No caso de activos financeiros disponíveis para venda com evidência de imparidade, a

perda potencial acumulada em reservas é transferida para resultados.

f) Derivados e contabilidade de cobertura

Os instrumentos financeiros derivados são registados pelo seu justo valor na data da sua contratação. Adicionalmente, são reflectidos em rubricas extrapatrimoniais pelo respectivo valor nocional. Subsequentemente, os instrumentos financeiros derivados são mensurados pelo respectivo justo valor. O justo valor é apurado:

· Com base em cotações obtidas em mercados activos (por exemplo, no que

respeita a futuros transaccionados em mercados organizados); · Com base em modelos que incorporam técnicas de valorização aceites no

mercado, incluindo cash-flows descontados e modelos de valorização de opções. Derivados de cobertura

Tratam-se de derivados contratados com o objectivo de cobertura da exposição a um determinado risco inerente à actividade da Caixa. A classificação como derivados de cobertura e a utilização do conceito de contabilidade de cobertura, conforme abaixo descrito, está sujeita ao cumprimento das regras definidas na Norma IAS 39. Para todas as relações de cobertura, a Caixa prepara no início da operação documentação formal, que inclui os seguintes aspectos:

· Objectivos de gestão de risco e estratégia associada à realização da operação de cobertura, de acordo com as políticas de cobertura de risco definidas;

· Descrição do(s) risco(s) coberto(s); · Identificação e descrição dos instrumentos financeiros cobertos e de cobertura; · Método de avaliação da eficácia de cobertura e periodicidade da sua realização.

Mensalmente, são efectuados e documentados testes de eficácia das coberturas através da comparação da variação no justo valor do instrumento de cobertura e do elemento coberto (na parcela atribuível ao risco coberto). De forma a possibilitar a utilização de contabilidade de cobertura de acordo com a Norma IAS 39, esta relação deverá situar-se num intervalo entre 80% e 125%. Adicionalmente, são efectuados testes de eficácia prospectivos, de forma a demonstrar a expectativa da eficácia futura da cobertura.

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Os derivados de cobertura são registados ao justo valor, sendo os resultados apurados mensalmente reconhecidos em proveitos e custos do exercício. Caso se demonstre que a cobertura é eficaz, a Caixa reflecte igualmente no resultado do exercício a variação no justo valor do elemento coberto atribuível ao risco coberto. O impacto destas valorizações é reflectido em rubricas de “Resultados em activos e passivos avaliados ao justo valor através de resultados”. No caso de derivados que tenham associada uma componente de juros (como por exemplo, swaps de taxa de juro) a periodificação de juros relativa ao período em curso e os fluxos liquidados são reflectidos em “Juros e rendimentos similares” e “Juros e encargos similares”, da demonstração de resultados.

As reavaliações positivas e negativas de derivados de cobertura são registadas no activo e passivo, respectivamente, em rubricas específicas. As valorizações dos elementos cobertos são reflectidas nas rubricas onde se encontram registados esses activos e passivos.

g) Outros activos tangíveis

Os activos tangíveis utilizados pela Caixa para o desenvolvimento da sua actividade são contabilisticamente relevados pelo custo de aquisição (incluindo custos directamente atribuíveis) deduzido das amortizações acumuladas.

A depreciação dos activos tangíveis é registada numa base sistemática ao longo do período de vida útil estimado do bem:

Anos de vida útil Imóveis de serviço próprio 50 Despesas em edifícios arrendados 10 Equipamento informático e de escritório 4 a 10 Mobiliário e instalações interiores 6 a 10 Viaturas 4

As despesas de investimento em obras não passíveis de recuperação, realizadas em edifícios que não sejam propriedade da Caixa, são amortizadas em prazo compatível com o da sua utilidade esperada ou do contrato de arrendamento.

Conforme previsto no IFRS 1, os activos tangíveis adquiridos até 1 de Janeiro de 2006 foram registados pelo valor contabilístico na data de transição para os IAS/IFRS, que corresponde ao custo ajustado por reavaliações efectuadas nos termos da lei, decorrentes da evolução de índices gerais de preços. Uma parcela correspondente a 40% do aumento das amortizações que resultam dessas reavaliações não é aceite como custo para efeitos fiscais, sendo registados os correspondentes impostos diferidos passivos. Periodicamente são efectuadas avaliações aos imóveis de modo a apurar perdas por imparidade. Activos intangíveis

Esta rubrica compreende essencialmente gastos com a aquisição, desenvolvimento ou preparação para uso de software utilizado no desenvolvimento das actividades da Caixa. Os activos intangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são registadas como custos do exercício numa base sistemática ao longo da vida útil estimada dos activos, a qual corresponde a um período de 3 anos.

h) Activos não correntes disponíveis para venda

Os activos não correntes, ou grupos de activos e passivos a alienar são classificados como

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detidos para venda sempre que seja expectável que o seu valor de balanço venha a ser recuperado através da venda, e não do seu uso continuado. Para que um activo (ou grupo de activos e passivos) seja classificado nesta rubrica é assegurado o cumprimento dos seguintes requisitos:

• A probabilidade de ocorrência da venda é elevada; • O activo está disponível para venda imediata no seu estado actual; • Deverá existir a expectativa de que a venda se venha a concretizar num espaço

temporal curto, após a classificação do activo nesta rubrica.

Os activos registados nesta rubrica são valorizados ao menor entre o custo de aquisição e o justo valor, deduzido dos custos a incorrer na venda. O justo valor destes activos é determinado com base em avaliações de peritos independentes, não sendo sujeitos a amortizações.

i) Provisões

Esta rubrica do passivo inclui as provisões constituídas para fazer face a, riscos fiscais, processos judiciais e outros riscos específicos decorrentes da actividade da Caixa, de acordo com o IAS 37 (Nota 30).

j) Benefícios de empregados

A Caixa subscreveu o Acordo Colectivo de Trabalho Vertical (ACTV) para o sector bancário pelo que os seus empregados ou as suas famílias têm direito a pensões de reforma, invalidez e sobrevivência. No entanto, uma vez que os empregados estão inscritos na Segurança Social, as responsabilidades da Caixa com pensões relativamente aos seus colaboradores consistem no pagamento de complementos face aos níveis previstos no ACTV. Para cobertura das suas responsabilidades a Caixa integra o Fundo de Pensões do Grupo Crédito Agrícola, o qual se destina a financiar os complementos de pensões de reforma por velhice ou invalidez e pensões de viuvez e orfandade efectuadas pela Segurança Social. Estes complementos são calculados, por referência ao ACTV, de acordo com a pensão garantida à idade presumível de reforma, com o coeficiente entre o número de anos de serviço prestados até à data do cálculo e o número total de anos de serviço à data de reforma. Este Fundo, cujos benefícios a atribuir pelo Plano de Pensões são os definidos no Acordo Colectivo de Trabalho Vertical do Crédito Agrícola Mútuo, assume, assim, a natureza de um Fundo solidário, estando a sua gestão a cargo da Companhia de Seguros CA Vida S.A.. De acordo com os estatutos da Caixa, os membros dos seus órgãos sociais não são abrangidos pelos benefícios descritos. Para o cálculo das pensões do ACTV, o tempo de serviço assumido foi calculado a partir das seguintes datas:

• Para as diuturnidades futuras e respectiva evolução automática na carreira, considerou-se a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades;

• Para o cálculo das percentagens do anexo V na atribuição das pensões, assumiu-

se a data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões. Para a repartição das responsabilidades por serviços passados a cargo do Fundo de Pensões do Crédito Agrícola, admitiu-se o seguinte:

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• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é posterior à data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo dos tempos de serviço passado e total;

• Quando a data de antiguidade para efeito de nível e diuturnidades é anterior à

data de admissão reconhecida para o Fundo de Pensões, é esta última a considerada no cálculo do tempo de serviço passado.

Para o tempo de serviço total, a data a considerar é a utilizada no cálculo do nível e diuturnidades, uma vez que esta corresponde à da admissão na Banca. Os métodos de cálculo utilizados foram o do “Projected Unit Credit” para a reforma por velhice e sobrevivência diferida e o dos Prémios Únicos Sucessivos para a reforma por invalidez e sobrevivência imediata. O cálculo da pensão de sobrevivência aplicou-se somente aos participantes efectivamente casados, admitindo-se como idade do cônjuge a do participante diminuída ou acrescida de três anos, consoante este seja do sexo masculino ou feminino. O cálculo deste benefício encontra-se em função do nível de remuneração do participante, de acordo com o Anexo VI do ACTV. A Caixa regista anualmente como custo a contribuição para o Fundo de Pensões que é estimada pela Companhia de Seguros CA Vida S.A. para cada entidade contribuinte em função do número de trabalhadores inscrito. O Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005 determina a obrigatoriedade de financiamento integral pelos fundos de pensões das responsabilidades por pensões em pagamento e de um nível mínimo de financiamento de 95% das responsabilidades com serviços passados de pessoal no activo. No entanto, estabelece um período transitório entre 5 e 7 anos relativamente à cobertura do aumento de responsabilidades decorrente da adopção do IAS 19. Impostos sobre os lucros

A Caixa é tributada individualmente e está sujeita ao regime fiscal consignado no Código do Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (Código do IRC). O total dos impostos sobre lucros registados em resultados engloba os impostos correntes e os impostos diferidos. O imposto corrente é calculado com base no resultado fiscal do exercício, o qual difere do resultado contabilístico devido a ajustamentos ao lucro tributável resultantes de custos ou proveitos não relevantes para efeitos fiscais, ou que apenas serão considerados noutros períodos. Os impostos diferidos correspondem ao impacto no imposto a recuperar / pagar em períodos futuros resultante de diferenças temporárias dedutíveis ou tributáveis entre o valor de balanço dos activos e passivos e a sua base fiscal, utilizada na determinação do lucro tributável. Os passivos por impostos diferidos são normalmente registados para todas as diferenças temporárias tributáveis, enquanto que os impostos diferidos activos só são registados até ao montante em que seja provável a existência de lucros tributáveis futuros que permitam a utilização das correspondentes diferenças tributárias dedutíveis ou prejuízos fiscais. No entanto, não são registados impostos diferidos nas seguintes situações:

• Diferenças temporárias originadas no reconhecimento inicial de activos e passivos em transacções que não afectem o resultado contabilístico ou o lucro tributável;

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• Diferenças tributárias dedutíveis resultantes de lucros não distribuídos por empresas associadas, na medida em que a Caixa tenha a possibilidade de controlar a sua reversão e seja provável que a mesma não venha a ocorrer num futuro previsível.

Os impostos diferidos são calculados com base nas taxas de imposto que se antecipa estarem em vigor à data da reversão das diferenças temporárias, que correspondem às taxas aprovadas ou substancialmente aprovadas na data de balanço. Os impostos sobre o rendimento (correntes ou diferidos) são reflectidos nos resultados do exercício, excepto nos casos em que as transacções que os originaram tenham sido reflectidas noutras rubricas de capital próprio (por exemplo, no caso da reavaliação de activos financeiros disponíveis para venda). Nestes casos, o correspondente imposto é igualmente reflectido por contrapartida de capital próprio, não afectando o resultado do exercício.

k) Locação financeira Os activos em regime de locação financeira são registados no balanço como crédito concedido, sendo este reembolsado através das amortizações de capital constantes do plano financeiro dos contratos. Os juros incluídos nas rendas são registados como proveitos financeiros.

l) Eventos subsequentes

Os eventos após a data do balanço que proporcionem informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço são reflectidos nas demonstrações financeiras, se materiais.

2. NOTA DE GESTÃO DE RISCOS.

Risco de crédito O risco de crédito corresponde a perdas financeiras decorrentes do incumprimento das contrapartes com as quais são celebrados os instrumentos financeiros.

Exposição máxima ao risco de crédito

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, a exposição máxima ao risco de crédito por tipo de instrumento financeiro, excluindo os títulos em carteira, pode ser resumida como segue:

31/12/2015

Tipo de Valor Valorinstrumento financeiro bruto Imparidade Líquido

Patrimoniais:Crédito a Clientes 53.913.332 -2.142.062 51.771.270Derivados de cobertura 0 0 0Disponibilidades em Instituições de Crédito 2.322.089 2.322.089Aplicações em Instituições de Crédito 41.215.292 41.215.292

97.450.713 -2.142.062 95.308.651ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 1.725.417 1.725.417Compromissos irrevogáveis 7.371.525 7.371.525

9.096.942 0 9.096.942

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31/12/2014 Tipo de Valor Valor

instrumento financeiro bruto Imparidade LíquidoPatrimoniais:Crédito a Clientes 46.655.870 -1.956.655 44.699.216Derivados de cobertura 0Disponibilidades em Instituições de Crédito 3.237.731 3.237.731Aplicações em Instituições de Crédito 38.696.530 38.696.530

88.590.132 -1.956.655 86.633.477ExtrapatrimoniaisGarantias prestadas 1.745.009 1.745.009Compromissos irrevogáveis 6.621.545 6.621.545

8.366.554 0 8.366.554

Risco cambial Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os montantes globais dos activos e passivos financeiros por moeda, convertidos para Euros, apresentam a seguinte composição:

31/12/2015

Taxa de Dolares Taxa de

Euros Juro Média Americanos Juro Média Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 38.599 0,00% 0,00% 38.599

Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 0,00% 0,00%

Activos financeiros detidos para negociação 0,00% 0,00%

Aplicações em Instituições de Crédito 0,00% 0,00%

Créditos a clientes 0,00% 0,00%

Derivados de cobertura 0,00% 0,00%

38.599 0 38.599

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito 0,00% 0,00%

Recursos de clientes e outros empréstimos 0,00% 0,00%

Derivados de cobertura 0,00% 0,00%

Outros passivos subordinados 0,00% 0,00%

0 0 0

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

66

31/12/2014

Taxa de Dolares Taxa de

Euros Juro Média Americanos Juro Média Total

Activos

Caixa e disponibilidades em Bancos Centrais 125.076 0,00% 0,00% 125.076

Disponibilidades em outras Instituições de Crédito 0,00% 0,00%

Activos financeiros detidos para negociação 0,00% 0,00%

Aplicações em Instituições de Crédito 0,00% 0,00%

Créditos a clientes 0,00% 0,00%

Derivados de cobertura 0,00% 0,00%

125.076 0 125.076

Passivos

Recursos de outras instituições de crédito 0,00% 0,00%

Recursos de clientes e outros empréstimos 0,00% 0,00%

Derivados de cobertura 0,00% 0,00%

Outros passivos subordinados 0,00% 0,00%

0 0 0

Risco de mercado

Risco de mercado corresponde ao risco de variação do justo valor ou dos cash-flows dos instrumentos

financeiros em função de alterações nos preços de mercado, incluindo: - risco cambial - risco de taxa de juro - outro risco de preço. Este risco está associado a variações ao nível dos preços de mercados

(excluindo as variações associadas ao risco cambial ou ao risco de taxa de juro) resultantes de variações em factores específicos de cada instrumento financeiro ou de factores que afectem todos os instrumentos financeiros similares transaccionados no mercado.

Análise de sensibilidade

O risco de mercado da Caixa é avaliado com base na metodologia do “Value-at-Risk” (VaR), sendo este indicador utilizado na gestão da exposição aos riscos gerados pelos instrumentos financeiros.

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3. INTRODUÇÃO DAS NORMAS DE CONTABILIDADE AJUSTADAS Durante o ano de 2015, os impactos contabilísticos ao nível das IAS foram os seguintes: .

Valor Impacto ValorBruto Fiscal Líquido

Impacto da adoção dos IAS/IFRS, excluindo IAS 32 e IAS 39:Activos tangíveis e imparidade IAS 16 e 36 206 -206 0Rédito IAS 18Responsabilidades com pensões IAS 19 18.130 -18.130 0Prémio de antiguidade IAS 19Encargos com saúde IAS 19Impostos diferidos IAS 12Provisões IAS 37Activos detidos para venda IFRS 5Outros

Aplicação do IAS 32 e do IAS 39 Títulos de capitalDiferimento de comissões associadas a operações de créditoReavaliação de instrumentos financeiros derivados

De coberturaDe negociação

Impacto na valorização dos elementos cobertos por derivados de coberturaMais valias potenciais -Reconhecimento de títulos detidos até à maturidade ao custo amortizadoIAS 39 -(…) -

-

-

4. RELATO POR SEGMENTOS

Nos períodos em análise, a totalidade dos elementos do balanço e da demonstração dos resultados da Caixa resultaram de operações efectuadas em Portugal.

A Caixa possui apenas um segmento, dado que não está organizada de forma a separar na sua

actividade, a área de retalho e a área de corporate e empresas, pelo que optou por não apresentar quadro discriminativo.

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68

5. CAIXA E DISPONIBILIDADES EM BANCOS CENTRAIS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Caixa:Moedas nacionais 644.637 769.388

644.637 769.388

6. DISPONIBILIDADES EM OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Disponibilidades em Instituições de Crédito no País:Depósitos à ordem 1.893.436 2.771.700Cheques a cobrar 428.239 465.549Outras disponibilidades 414 482

2.322.089 3.237.731

9. ACTIVOS FINANCEIROS DISPONÍVEIS PARA VENDA

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

TítulosEmitidos por residentes

Instrumentos de dívida 163.136 -Instrumentos de capital 364 161Outros - -

Emitidos por não residentesInstrumentos de dívida - -Instrumentos de capital - -Outros - -

Crédito e outros valores a receber - -

Imparidade - -

163.500 161

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10. APLICAÇÕES EM INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Aplicações em Instituições de Crédito no País:Em outras instituições de crédito:

Depósitos 40.900.000 38.239.580Outras aplicações - -

40.900.000 38.239.580

Juros a receber 315.292 456.95041.215.292 38.696.530

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais das aplicações em instituições de crédito apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 14.850.000 10.860.284Entre três meses e um ano 26.050.000 27.379.296Entre um ano e três anosEntre três e cinco anos - -Mais de cinco anos - -

40.900.000 38.239.580Juros a receber 315.292 456.950

41.215.292 38.696.530

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11. CRÉDITO A CLIENTES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Crédito interno

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 40.467 49.916

Empréstimos a empresas 20.729.721 16.716.492

Outros empréstimos a particulares 8.722.910 7.717.377

Créditos à habitação 10.769.051 9.081.246

Créditos em conta corrente 5.222.433 4.455.923

Descobertos em depósitos à ordem 82.138 75.856

Créditos ao consumo 5.115.150 4.564.163

Operações de Locação Financeira 41.187 -

Crédito ao exterior

Desconto e outros créditos titulados por efeitos - -

Empréstimos 72.646 187.961

Créditos em conta corrente - -

Descobertos em depósitos à ordem - 1.379

Créditos ao consumo 95.468 41.833

Habitação 405.994 -

Outros créditos e valores a receber (titulados)

Emitidos por residentes

Títulos de dívida 1.000.000 1.000.000

52.297.167 43.892.146

Juros a receber 100.900 100.322

Comissões associadas ao custo amortizado:Despesas com encargo diferidoReceitas com rendimento diferido (160.693) (143.161)

(160.693) (143.161)

Correcções de valor dos activos que sejam objecto de cobertura - -

Total crédito não vencido 52.237.374 43.849.307

Crédito e juros vencidos

Crédito vencido 1.656.764 2.783.887

Juros vencidos 19.194 22.676

Total crédito e juros vencidos 1.675.958 2.806.563

53.913.332 46.655.870

Provisões

Para crédito e juros vencidos (1.470.409) (1.656.415)Para crédito de cobrança duvidosa (671.653) (300.240)

(2.142.062) (1.956.655)

51.771.270 44.699.216

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Para fazer face aos riscos de realização do crédito concedido, a Caixa dispõe em 31 de Dezembro de 2015 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de € 521.850, e em 31 de Dezembro de 2014 de uma provisão para riscos gerais de crédito no montante de € 460.388, para o mesmo fim, registada na rubrica “Provisões” do passivo (Nota 30). Em 31 de Dezembro de 2015 e a 31 de Dezembro de 2014, o prazo residual dos créditos a clientes apresenta a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 2.168.727 1.981.265Entre três meses e um ano 4.665.753 4.177.185Entre um ano e cinco anos 6.944.464 6.786.320Mais de cinco anos 37.226.233 29.728.986Duração indeterminada 1.913.401 3.022.135

52.918.579 45.695.892

15. ACTIVOS NÃO CORRENTES DETIDOS PARA VENDA Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Activos não correntes detidos para venda:Imóveis 1.399.065 1.347.984Equipamento - -Outros - -

1.399.065 1.347.984

Outros activos não correntes detidos para venda:Filiais - -Associadas - -Outros activos não correntes detidos para venda - -

- -

TOTAIS 1.399.065 1.347.984Imparidade:

Imóveis (162.084) (177.084)Equipamento - -Outros - -TOTAIS 1.236.981 1.170.900

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O movimento desta rubrica durante o exercício de 2015 e o exercício de 2014 é apresentado da seguinte forma:

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.347.984 177.084 516.721 (465.640) (47.000) 32.000 - 1.399.065 162.084 1.236.981Equipamento - - - - - - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.347.984 177.084 516.721 (465.640) (47.000) 32.000 - 1.399.065 162.084 1.236.981

Valor Utilização Dotações Reposições Valor Valor bruto Imparidade Aquisições Alienações de imparidade de imparidade de imparidade bruto Imparidade líquido

Activos não correntes detidos para vendaImóveis 1.919.617 232.286 198.250 (769.883) (109.633) 62.000 7.569 1.347.984 177.084 1.170.900Equipamento 8.000 8.000 - - (8.000) - - - -Outros - - - - - - - - - -

1.927.617 240.286 198.250 (769.883) (117.633) 62.000 7.569 1.347.984 177.084 1.170.900

01-01-2015 31-12-2015

01-01-2014 31-12-2014

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17. OUTROS ACTIVOS TANGÍVEIS

O movimento ocorrido nas rubricas de “Outros activos tangíveis” durante o exercício de 2015 e o exercício de 2014 foi o seguinte:

31-12-2015

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 241.540 - - - - - - - - 241.540

Edificios 856.651 (331.846) - - - (17.449) - - - 507.357

Outros - - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 169.288 (8.246) - - (14.481) - - - 146.562

Outros imóveis - - - - - - - - -

1.267.479 (340.092) - - - (31.929) - - - 895.458

Equipamento:

Mobiliário e material 149.113 (137.379) - - - (1.738) - - - 9.996

Máquinas e ferramentas 236.745 (210.376) - 7.745 - (7.724) - - - 26.391

Equipamento informático 62.069 (59.548) - - - (432) - - - 2.089

Instalações interiores 1.261.757 (326.874) - - - (125.268) - - - 809.615

Material de transporte 59.592 (35.373) - - - (4.068) - - - 20.151

Equipamento de segurança 121.349 (79.923) - - - (6.481) - - - 34.945

Outro equipamento 95.762 (94.756) - 11.295 - (10.994) - - - 1.307

1.986.387 (944.229) - 19.040 - (156.704) - - - 904.494

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) 420 (417) - - - (3) - - - 0

Activos tangíveis em curso - - - - - - - - - -

3.254.286 (1.284.738) - 19.040 - (188.636) - - - 1.799.952

31-12-2014

Valor Amortizações Amortizações Alienações Valor

Descrição bruto acumuladas Imparidade Aquisições Transferências do exercício Imparidade Regularizações e abates líquido

Imóveis:

De serviço próprio:

Terrenos 241.540 - - - - - - - - 241.540

Edificios 856.651 (314.397) - - - (17.449) - - - 524.805

Outros - - - - - - - - -

Obras em imóveis arrendados 30.604 (6.478) - - 138.684 (1.768) - - - 161.042

Outros imóveis - - - - - - - -

1.128.795 (320.875) - - 138.684 (19.216) - - - 927.388

Equipamento:

Mobiliário e material 147.102 (133.491) - 3.575 - (5.452) - 1.563 (1.563) 11.734

Máquinas e ferramentas 234.774 (202.364) - 4.359 - (10.081) - 2.070 (2.388) 26.369

Equipamento informático 60.844 (57.890) - 1.225 - (1.657) - - - 2.521

Instalações interiores 703.799 (205.437) - - 557.958 (121.437) - - - 934.883

Material de transporte 72.840 (58.190) - 16.270 - (3.051) - 25.868 (29.518) 24.219

Equipamento de segurança 120.826 (72.372) - 523 - (7.551) - - - 41.426

Outro equipamento 83.376 (79.335) - 12.386 - (15.420) - - - 1.006

1.423.561 (809.081) - 38.337 557.958 (164.649) - 29.501 (33.469) 1.042.159

Equipamento em locação financeira:

Imóveis - - - - - - - - - -

Equipamento - - - - - - - - - -

Outros activos em locação financeira - - - - - - - - - -

- - - - - - - - - -

Outros activos tangíveis:

(…) 420 (386) - - - (31) - - - 2

Activos tangíveis em curso 578.855 - - 117.788 (696.643) - - - - (0)

3.131.630 (1.130.342) - 156.125 - (183.896) - 29.501 (33.469) 1.969.548

31-12-2014

31-12-2013

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18. ACTIVOS INTANGÍVEIS Não existem quaisquer alterações ao Activo Intangível no exercício de 2015 e no exercício de 2014. O Activo Intangível Bruto é de 139.371€ e encontra-se totalmente amortizado.

19. INVESTIMENTOS EM ASSOCIADAS E EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

A 31 de Dezembro de 2015 e a 31 de Dezembro de 2014, a rubrica investimentos tem a seguinte composição:

Participação Valor de Valor deefectiva (%) balanço balanço

Empresa Sector de actividade 31-12-2015 31-12-2015 31-12-2014CA Seguros & Pensões SGPS Seguros 0 1.415 0Caixa Central Banca 0,37 1.121.950 1.121.950Fenacam (…) 0 30 30CA Informática Serviços Informática 0,17 11.432 11.432CA Vida Seguros 0 610 1.219CA Seguros Seguros 0 57 113

1.135.494 1.134.745

Os dados financeiros mais significativos retirados das demonstrações financeiras destas empresas podem ser resumidos da seguinte forma:

Activo Situação ResultadoEmpresa líquido líquida líquido

Caixa Central 6.019.592.808 254.722.411 4.961.464CA Seguros & Pensões SGPS 127.688.794 127.688.079 -186Fenacam 7.269.121 4.917.483 -346.093CA Vida 1.880.125.527 80.826.673 6.717.282CA Informática 18.573.279 7.017.874 395.900CA Seguros 205.881.675 48.941.187 9.811.298

*todos os valores são provisórios. Encontram-se em processo de auditoria/certificação de contas

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20. IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO

Os saldos de activos e passivos por impostos sobre o rendimento a 31 de Dezembro de 2015 e a 31 de Dezembro de 2014 eram os seguintes:

31-12-2015 31-12-2014

Activos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 319.435 314.360Por prejuízos fiscais reportáveis - -

319.435 314.360

Passivos por impostos diferidosPor diferenças temporárias 102.161 22.142

421.595 336.501

Activos por impostos correntesPagamentos por conta - -Outros - -Imposto sobre o rendimento a recuperar - 101.638

- 101.638

Passivos por impostos correntesImposto sobre o rendimento a pagar 45.404 -

45.404 - Os gastos com impostos sobre lucros registados em resultados, bem como a carga fiscal, medida pela relação entre a dotação para impostos sobre lucros e o lucro do exercício antes de impostos, podem ser apresentados como se segue:

31-12-2015 31-12-2014

Impostos correntes 73.328 200.000Impostos sobre lucros do exercício 150.800 200.000Correcções de imp. sobre lucros do exerc anterior (77.472) -

Impostos diferidos Registo e reversão de diferenças temporárias (20.503) 28.678Prejuízos fiscais reportáveis - -

(20.503) 28.678

Total de impostos reconhecidos em resultados 52.825 228.678

Lucro antes de impostos 592.487 486.225

Carga fiscal 8,92% 47,03% De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos. Deste modo, as declarações fiscais da Caixa relativas aos anos de 2012 a 2015 poderão vir ainda a ser sujeitas a revisão e a matéria colectável a eventuais correcções. Contudo, na opinião da Administração da Caixa, não é previsível que ocorram correcções com impacto significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

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No cálculo do imposto corrente do exercício de 2015 e 2014 (IRC) há que atender ao benefício do Crédito Fiscal Extraordinário ao Investimento, aprovado pela Lei 49/2013, de 16 de Julho. Este benefício consiste na dedução à colecta do IRC do montante correspondente a 20% das despesas de investimento em activos afectos à exploração (despesas elegíveis) efectuadas entre 1 de Junho de 2013 e 31 de Dezembro de 2013 (com o limite de 70% da colecta do exercício). As importâncias que não possam ser deduzidas em 2013 podem sê-lo, nas mesmas condições, nos cinco períodos de tributação subsequentes. A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, é membro de um Agrupamento Complementar de Empresas (Crédito Agrícola Serviços – Centro de Serviços Partilhados, ACE). De acordo com o regime aplicável, o ACE não apura colecta, sendo o correspondente resultado fiscal imputado aos seus membros. Deste modo, os investimentos elegíveis realizados pelo ACE podem ser deduzidos à colecta apurada pelos respectivos membros. Na presente data ainda não é possível quantificar o benefício fiscal respeitante ao investimento efectuado pelo ACE, pelo facto de ainda não ter sido apurado/validado o seu valor, não se prevendo que o mesmo seja significativo, tendo em conta o valor deduzido em 2014 (1.409,31€).

21. OUTROS ACTIVOS Esta rubrica apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Outros activosOutros metais preciosos - -Devedores por bonificações a receber 79 141Despesas de crédito em contencioso - -Devedores diversos 11.055 48.572Devedores diversos empresas do grupo 182.172 125.302Outros adiantamentos - -Sector publico administrativo - 6.171

193.306 180.186

Rendimentos a receber 487 521Outros juros e rendimentos similares

Despesas com encargo diferidoFundo de Pensões 18.128 36.258Seguros 6.392 6.359Quotizações FenacamSAMSOutras - -

25.007 43.139

Valores a regularizarOperações cambiais a liquidarOperações activas a regularizar 269.496 216.273Outras 46.849 41.751

316.346 258.024

Imparidade – Outros activosOutros devedores diversos (8.006) (24.778)(…) - -

(8.006) (24.778)

526.652 456.570

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25. RECURSOS DE OUTRAS INSTITUIÇÕES DE CRÉDITO

31-12-2015 31-12-2014

Recursos de outras Instituições de Crédito:DepósitosDP CCCAM 7.290.247 767.601DP-Direitos adicionais de crédito-CCCAM - -Juros a Pagar-DP CCCAM 688 56

7.290.935 767.657 26. RECURSOS DE CLIENTES E OUTROS EMPRÉSTIMOS

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Depósitos À ordem 27.054.513 26.024.438A prazo 40.427.551 41.204.434De poupança 15.643.829 14.509.850

Outros recursos de clientesCheques e ordens a pagar 2.295 99.320Outros - 1.127

Juros a pagar 184.055 436.149

83.312.244 82.275.318

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, os prazos residuais dos recursos de clientes e outros empréstimos, apresentavam a seguinte estrutura:

31-12-2015 31-12-2014

Até três meses 48.577.451 45.007.908Entre três meses e um ano 33.517.171 34.656.605Entre um ano e três anos 665.351 1.727.280Entre três e cinco anos 14.566 388.241Mais de cinco anos 353.650 59.135

83.128.189 81.839.169

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30. PROVISÕES E IMPARIDADE O movimento ocorrido nas provisões e na imparidade da Caixa durante o exercício de 2015 e o

exercício de 2014 foi o seguinte:

Saldos em Reposições e Saldos em01-01-2015 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2015

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 300.240 692.797 (321.384) - 671.653- Crédito e juros vencidos 1.656.415 466.924 (642.511) (10.419) 1.470.409- Risco-país - - - - - -

1.956.655 1.159.721 (963.895) (10.419) - 2.142.062Provisões: - Riscos gerais de crédito 460.388 118.534 (57.071) - - 521.851 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

460.388 118.534 (57.071) - - 521.851

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 201.863 32.063 (500) (63.335) - 170.090Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos 529 - (16) - - 513

202.392 32.063 (516) (63.335) - 170.603

2.619.435 1.310.318 (1.021.482) (73.754) - 2.834.516

Saldos em Reposições e Saldos em01-01-2014 Reforços anulações Utilizações Transferências 31-12-2014

Provisões para créditos sobre clientes e aplicações em instituições de crédito:- Créditos de cobrança duvidosa 308.187 12.442 (20.389) - 300.240- Crédito e juros vencidos 1.244.583 731.366 (310.056) (9.478) 1.656.415- Risco-país - - - - - -

1.552.770 743.808 (330.445) (9.478) - 1.956.655Provisões: - Riscos gerais de crédito 549.366 80.538 (169.516) - - 460.388 - Outros riscos e encargos - - - - - - - Riscos bancários gerais - - - - - -

549.366 80.538 (169.516) - - 460.388

Imparidade

- Imparidade de outros activos financeiros - - - - - -- Imparidade de outros activos:

Activos não correntes detidos para venda 309.780 75.136 (60.920) (122.133) - 201.863Outros activos tangíveis - - - - - -Outros activos 543 - (14) - - 529

310.323 75.136 (60.934) (122.133) - 202.392

2.412.459 899.482 (560.895) (131.611) - 2.619.435

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33. OUTROS PASSIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Responsabilidades com Pensões e Outros Beneficíos 28.373 38.130

Credores e outros recursos

Recursos Diversos Recursos Conta Cativa 8.258 6.868 Recursos conta Caução 94.732 84.623 Outros Recursos 9.296 7.837

Sector Público AdministrativoRetenção de impostos na fonte 57.239 61.146Contribuições para a Segurança Social 22.261 20.822Imposto sobre o Valor Acrescentado 2.854 11.119

Cobranças por conta de terceiros 5.149 9.862Contribuições para outros sistemas de saúde 3.571 3.542Credores diversosCredores por fornecimento de bens Outros fornecedores 14.714 11.101 Fornecedores empresas do Grupo 24.077 25.327Outros credores Adiantamentos por CPCV-Imóveis 126.834 126.834 Credores diversos 3.661 3.051 Credores empresas do Grupo 14.250 4.425 Encargos a pagarPor gastos com pessoal

Provisão para férias e subsídio de férias 132.627 137.225Provisão para subsídio de natal - -Prémio de antiguidade 104.597 98.407SAMS - -

Por gastos gerais administrativos - -Outros - - Receitas com rendimento diferidoComissões sobre garantias prestadas 4.096 4.183Comissões em operações sindicadas 1.750 1.740 Valores a regularizarOperações passivas a regularizar - -Outras operações a regularizar associadas a crédito 532.431 129.142

1.190.769 785.385

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34. PASSIVOS CONTINGENTES E COMPROMISSOS

Os passivos contingentes e compromissos associados à actividade bancária encontram-se registados em rubricas extrapatrimoniais e apresentam o seguinte detalhe:

31-12-2015 31-12-2014Garantias prestadas e outros passivos eventuaisGarantias e avales prestados 1.674.077 1.692.095Outros passivos eventuais 51.340 52.914Garantias Reais (ativos dados em garantia) - -

Garantias RecebidasGarantias pessoais / institucionais 104.137.543 96.042.199Garantias Reais 59.001.832 47.170.992

Compromissos perante terceirosCompromissos irrevogáveis 7.371.525 6.621.545Compromissos revogáveis 2.192.304 2.155.306

Operações cambiais e Instrumentos derivadosOpções compradas- mercado de balcão-negociação - -

Responsabilidades por prestação de serviçosDepósito e guarda de valores 310.751 426.712De cobrança de valores 24.377 40.552

Outras contas extrapatrimoniaisCréditos abatidos ao activo 1.840.470 1.853.397Juros vencidos 182.849 202.236Rendas vincendas e e valores residuais de contratos de locação financeira 46.790 -Despesas de crédito vencido 570.119 538.289Contas diversas 974 974

177.404.951 156.797.212

No âmbito da sua actividade normal a Caixa oferece determinados produtos financeiros que tradicionalmente incluem instrumentos relacionados com crédito registados em contas extrapatrimoniais e cujos riscos não se encontram portanto reflectidos totalmente ou em parte nas demonstrações financeiras. As garantias e avales prestados podem dizer respeito a operações relacionadas ou não com crédito, em que a Caixa presta uma garantia em relação a crédito concedido a um cliente por uma entidade terceira. De acordo com as suas características específicas, espera-se que algumas destas garantias expirem sem terem sido exigidas, pelo que estas operações não representam necessariamente fluxos de caixa de saída. As cartas de crédito e créditos documentários abertos destinam-se particularmente a garantir pagamentos a entidades terceiras no âmbito de transacções comerciais com o estrangeiro, financiando o envio das mercadorias adquiridas. Desta forma o risco de crédito destas transacções encontra-se limitado uma vez que se encontram colateralizadas pelas mercadorias enviadas e são geralmente de curta duração. Os compromissos irrevogáveis constituem partes não utilizadas de facilidades de crédito concedidas a clientes empresas e particulares. Muitas destas operações têm uma duração fixa e uma taxa de juro variável, pelo que o risco de crédito e de taxa de juro é limitado. Os instrumentos financeiros contabilizados como Garantias e outros compromissos estão sujeitos aos mesmos procedimentos de aprovação e controlo aplicados à carteira de crédito nomeadamente quanto à avaliação da adequação das provisões constituídas tal como descrito na política contabilística. A exposição máxima de crédito é representada pelo valor nominal que poderia ser perdido relativo aos passivos contingentes e outros compromissos assumidos pela Caixa na eventualidade de incumprimento pelas respectivas contrapartes, sem ter em consideração potenciais recuperações de crédito ou colaterais. Em virtude da natureza destas operações conforme acima descrito não se prevêem quaisquer perdas materiais.

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

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35. CAPITAL E PRÉMIOS DE EMISSÃO A 31 de Dezembro de 2015 e a 31 de Dezembro de 2014, a estrutura accionista da Caixa é a seguinte:

31-12-2015 31-12-2014

Títulos de Capital subscritos e realizados pelos Sócios 581.715 525.355

Títulos de Capital por incorporação reservas 7.526.075 7.486.420

Total do Capital Social 8.107.790 8.011.775

36. RESERVAS, RESULTADOS TRANSITADOS, OUTROS INSTRUMENTOS DE CAPITAL E LUCRO

DO EXERCÍCIO

Em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014, as rubricas de reservas e resultados transitados têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Outros instrumentos de capitalReservas de reavaliação 6.624 56.977Reserva legal 163.920 153.985Outras reservas 11.291 11.241Resultados transitados 64.797 (188.910)Dif. Resultantes da alteração de políticas contabilísticas (18.336) (18.961) 228.295 14.331Lucro do exercício 539.662 257.546 767.957 271.877

Foi efetuada uma correção à estimativa de imposto calculada em 2013, que originou um valor a pagar ao estado superior ao estimado em 188.910€. Devido ao facto de esta correção ter origem em erros detetados em matérias coletáveis de diversos anos anteriores a 2013, esta correção foi efetuada em resultados transitados. Foi efetuada uma correção à estimativa de imposto calculada em 2014, cuja principal razão, teve por origem uma diminuição de 171.617€ à base tributável para calculo dos impostos diferidos para provisões para riscos gerais de crédito. Essa diminuição originou uma correcção de 64.797€, a favor da Caixa, em ativos por impostos diferidos em passivos, cuja contrapartida foi a conta de resultados transitados, tudo realizado em 2015. Em conformidade com o disposto no Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 201/2002, de 26 de Setembro, a Caixa constitui um fundo de reserva até à concorrência do capital ou do somatório das reservas livres constituídas e dos resultados transitados, se superior. Para tal, é anualmente transferida para esta reserva uma fracção não inferior a 10% do resultado líquido do exercício, até perfazer o referido montante. Esta reserva só pode ser utilizada para a cobertura de prejuízos acumulados ou para aumentar o capital.

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37. JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Juros de disponibilidades em outras instituições de créditoDisponibilidades sobre instituições de crédito no país 3.845 2.830

Juros de aplicações em instituições de créditoAplicações em instituições de crédito no país 746.749 982.213Crédito não representado por valores mobiliários

Crédito internoEmpresas e administrações públicas

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 3.454 6.955Empréstimos 867.488 903.560Créditos em conta corrente 207.489 234.145Descobertos em depósitos à ordem 18.833 24.140Créditos tomados - factoringOperações de compra com acordo de revendaOutros créditos - -

ParticularesHabitação 245.465 211.850Consumo 360.291 381.594Outras finalidades

Desconto e outros créditos titulados por efeitos 120 254Empréstimos 408.889 372.284Créditos em conta corrente 25.992 28.543Descobertos em depósitos à ordem 17.880 18.720Operações Locação Financeira 76 -

Crédito externoParticulares

Habitação 8.361 5.694Consumo 4.297 3.577Outras finalidades

Empréstimos 1.496 838Descobertos em depósitos à ordem 8 97

Outros Creditos e valores a receberDívida não subordinada - juros papel comercial 32.020 34.342

Juros de crédito vencido 89.969 39.119Juros de activos financeiros disponiveis 136 -Outros juros e rendimentos similares - -

3.042.857 3.250.754

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38. JUROS E ENCARGOS SIMILARES Esta rubrica tem a seguinte composição:

39. RENDIMENTOS DE INSTRUMENTOS DE CAPITAL Esta rubrica tem a seguinte composição: 31-12-2015 31-12-2014

Rendimentos de Instrumentos de Capital - -

Investimentos em Filiais e Associadas 24 5

Totais 24 5

31-12-2015 31-12-2014

Juros de recursos de outras instituições de créditono país 9.708 1.140no estrangeiro - -

Juros de recursos de clientes e outros empréstimos 662.057 983.917Juros de passivos subordinados - -Outros juros e encargos similares - -

671.764 985.057

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40. RENDIMENTOS DE SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014Por garantias prestadas

Garantias e avales 29.267 31.569Fianças e indemnizações (contragarantias) - -Créditos documentários abertos - -Outras garantias prestadas - -

29.267 31.569Por compromissos assumidos perante terceiros

Compromissos irrevogáveisLinhas de crédito irrevogáveis 53.485 55.550Opereações sindicadas 3.549 3.549Outros compromissos irrevogáveis -

Compromissos revogáveis - -57.033 59.098

Por operações sobre instrumentos financeirosOperações de crédito - -Outras operações sobre instrumentos financeiros - -

- -Por serviços prestados

Depósito e guarda de valores 533 1.123Cobrança de valores 2.241 1.830Administração de valores - -Organismos de investimento colectivo em valores mobiliários

Comissão de gestão - -Comissão de emissão de unidades de participação - -Comissão de resgate de unidades de participação - -

Transferência de valores 8.983 11.464Gestão de cartões 657 461Anuidades 53.169 51.078Montagem de operações - -Operações de crédito

Por operações de factoring - -Outras operações de crédito 169.851 154.258

Outros serviços prestados 413.669 331.044649.102 551.257

Por operações realizadas por conta de terceirosSobre títulos

Em operações de Bolsa - -Em operações fora de Bolsa - -

Outras operações realizadas por conta de terceiros - -- -

Outras comissões recebidas 243.800 259.196979.202 901.121

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41. ENCARGOS COM SERVIÇOS E COMISSÕES

Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Por serviços bancários prestados por terceiros Garantias e Avales - -

Depósito e guarda de valores 556 865Operações de crédito - -Cobrança de valores 2.401 1.977Administração de valores - 934Outros-Caixa Central - -Outros-De outras entidades - -Transferência de valores 41.209 37.868Cartões 72.414 68.702Comissões interbancárias-outras 29 14

Por operações realizadas por terceiros - -Outras comissões pagas - -

116.609 110.360

44. RESULTADOS DE REAVALIAÇÃO CAMBIAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Operações cambiais à vista 5.552 3.295

45. RESULTADOS DE ALIENAÇÃO DE OUTROS ACTIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Ganhos em activos não financeirosActivos não correntes detidos para venda 69.360 34.500Ganhos realizados - -Outros activos tangíveis - 197

Perdas em activos não financeirosMenos valias realizadas - outros ativos tangiveis - (1.840)Activos não correntes detidos para venda (20.000)

49.360 32.857

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46. OUTROS RESULTADOS DE EXPLORAÇÃO Estas rubricas têm a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Outros ganhos e rendimentos operacionais Reembolso de despesas 386 6.724Recuperação de créditos, juros e despesas

Recuperação de créditos incobráveis 19.428 42.054Recuperação de juros e despesas de crédito vencido 88.059 52.395

Rendimentos da prestação de serviços diversosA clientes 25.835 25.569A empresas do grupo 239 91

OutrosRendas de imóveis 787 787Rendimentos e receitas operacionais de anos anteriores 2.300 4.287Investimentos em filiais - Ganhos em acões 749 -Outros 4.743 17.134

142.525 149.040Outros Impostos

Imposto indirectos (32.382) (23.674)Impostos directos (3.830) (4.799)

(36.212) (28.473)

Outros encargos de exploraçãoQuotizações e donativos (11.364) (7.660)Contribuições para o Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo (8.688) (30.302)Contribuições para o Fundo de Resolução (8.516) (1.408)Outros encargos e gastos operacionais (17.361) (13.179)

(45.930) (52.549)

60.383 68.018

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87

47. CUSTOS COM PESSOAL Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Salários e vencimentosÓrgãos de Gestão e Fiscalização 57.534 58.284Empregados 885.522 853.469

Encargos sociais obrigatóriosFundos de Pensões - -Encargos relativos a remunerações:

Caixa de Abono de FamíliaSegurança Social 187.218 184.084SAMS 39.879 38.859Outros - -

Outros encargos sociais obrigatórios:Subsídio por morte - -Outros 7.298 8.720

Outros 16 13

Encargos sociais facultativos - -

Outros custos com pessoal:Indemnizações contratuais - -Outros - -

1.177.468 1.143.429

O detalhe da remuneração aos Órgãos de Gestão e Fiscalização, está espelhado no Relatório sobre a Estrutura e as Práticas de Governo Societário, que faz parte do dossier do Relatório e Contas de 2015, onde este Anexo às contas é igualmente parte integrante. O número médio de colaboradores da Caixa em 31 de Dezembro de 2015 e 31 de Dezembro de 2014 apresenta a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Administração 5 5Coordenação e Chefias 7 7Quadros técnicos 3 2Administrativos 19 19Outros 1 1

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48. GASTOS GERAIS ADMINISTRATIVOS Esta rubrica tem a seguinte composição:

31-12-2015 31-12-2014

Com fornecimentos:Água energia e combustíveis 41.772 36.712Material de consumo corrente 18.968 28.977Publicações - -Material de higiene e limpeza 872 1.840Outros fornecimentos de terceiros 57.179 60.577

118.790 128.106Com serviços:

Rendas e alugueres 5.475 5.475Comunicações 86.684 72.884Deslocações, estadas e representação 65.146 68.960Publicidade e edição de publicações 57.673 66.597Conservação e reparação 120.824 33.991Transportes 10.776 11.741Formação de pessoal 4.973 5.039Seguros 15.078 13.907Serviços especializados:

Avenças e honorários 464 896Judiciais contencioso e notariado 134.310 120.218Informática 324.587 314.256Segurança e vigilância 1.661 720Limpeza 14.404 14.551Informações - -Bancos de dados 133 146Mão de obra eventual - -Outros serviços especializados:

Estudos e consultas - 1.871Consultores e auditores externos 14.927 15.534Tratamento de valores 6.418 6.348Avaliadores externos 18.837 19.630SIBS 44.633 43.989Outros serviços de terceiros 55.785 70.337

982.788 887.089

1.101.579 1.015.195

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49. ENTIDADES RELACIONADAS Para além das empresas coligadas e associadas (Nota 19), a Caixa consolida com as Caixas de

Crédito Agrícola Mútuo associadas, como outras empresas do Grupo. Em 31 de Dezembro de 2015, e a 31 de Dezembro de 2014, no que diz respeito a activos, passivos, extrapatrimoniais, custos e proveitos, as demonstrações financeiras da Caixa incluem os seguintes saldos e transacções com entidades relacionadas:

Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo Total Associadas Coligadas

Outras empresas do

Grupo TotalActivos:

Disponibilidades em outras instituições de crédito - - 2.322.089 2.322.089 - - 3.237.249 3.237.249- -Activos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -- -Activos financeiros disponíveis para venda - - - - - - - -- -Aplicações em instituições de crédito - - 41.215.292 41.215.292 - - 38.696.530 38.696.530- -Crédito a clientes - - - - - - - -- -Outros activos - 182.172 - 182.172 - 125.302 - 125.302- -

Passivos:

Passivos financeiros detidos para negociação - - - - - - - -- - - - - -Recursos de outras instituições de crédito - - 7.290.935 7.290.935 - - 767.657 767.657- - - - - -Recursos de clientes e outros empréstimos - - - - - - - -- - - - - -Responsabilidades representadas por títulos - - - - - - - -- - - - - -Passivos subordinados - - - - - - - -- - - -Outros passivos - 23.735 342 24.077 - 25.327 4.425 29.752- -

31-12-2015 31-12-2014Custos:

Juros e encargos similares - - 9.708 9.708 - - 1.140 1.140- -Encargos com serviços e comissões - - 57.589 57.589 - - 52.933 52.933- -Perdas em activos financeiros detidos p/negociação - - - - - - - -Gastos com pessoal - 4.769 - 4.769 - 5.073 - 5.073- -Gastos gerais administrativos - 533.311 18.723 552.035 - 517.623 15.750 533.373Outros encargos e gastos operacionais - 7.701 - 7.701 - 7.604 - 7.604Proveitos:

Juros e rendimentos similares - 136 750.594 750.730 - - 985.043 985.043- -Rendimentos de instrumentos de capital - 24 - 24 - 5 - 5- -Rendimentos de serviços e comissões - 270.543 21.972 292.515 - 197.043 16.281 213.324- -Outros resultados de exploração - 749 239 988 - 6.537 91 6.628- -

31-12-2015 31-12-2014Extrapatrimoniais:

Garantias prestadas e outros passivos eventuais: - - 51.340 51.340 - - 52.914 52.914- -Garantias recebidas - - - - - - - -

Compromissos perante terceiros - - - - - - - -

Operações cambiais e instrumentos derivados - - - - - - - -

31-12-2015 31-12-2014

As transacções com entidades relacionadas são efectuadas, por regra, com base nos valores de mercado nas respetivas datas.

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50. PENSÕES DE REFORMA

Enquadramento A 01 de Janeiro de 2013 entraram em vigor as alterações, publicadas em Junho de 2011, à IAS 19 - norma contabilística internacional que trata os benefícios dos empregados. O período de transição para implementação das alterações à IAS 19 terminou no início de 2013, e todas as empresas que adoptem esta norma para a contabilização dos benefícios dos empregados (planos de pensões), ficaram obrigadas a ter de reflectir as alterações à IAS 19 durante 2013. Assim, as demonstrações financeiras reportadas a partir de 31/12/2013 devem seguir a IAS 19 revista. As principais alterações são: Reconhecimento Eliminação da possibilidade de reconhecimento diferido dos ganhos e perdas actuariais, ou seja, da utilização do método do corredor. Os ganhos e perdas actuariais deverão ser totalmente reconhecidos em “outro rendimento integral” no ano em que ocorrem; Eliminação do conceito "retorno esperado dos activos". Apresentação Custo do Serviço (P&L): O custo do serviço inclui o custo dos serviços correntes, custo dos serviços passados e ganhos ou perdas aquando das liquidações; Juro líquido (P&L): O juro líquido é determinado pela multiplicação da taxa de desconto pelo passivo (activo) líquido de benefícios definidos (ambos determinados no início do período de relato anual, tendo em conta qualquer variação do passivo (activo) líquido de benefícios definidos durante o período em consequência do pagamento de contribuições e benefícios); Remensurações (Outro Rendimento Integral): Inclui todas as alterações resultantes da remensuração das responsabilidades por serviços passados e activos do plano. CONTABILIZAÇÃO EM NCA Apuramento do impacto de adopção das NCA a 1/01/2007 Decorrente da introdução das Normas Internacionais de Contabilidade e no que diz respeito à “IAS 19 – Benefícios dos empregados”, foi registado em 1 de Janeiro de 2007 o valor dos ajustamentos de transição referentes a 31 de Dezembro de 2006. Em 1 de Janeiro de 2007, o valor actual das responsabilidades com complementos de pensões de reforma, prémio de antiguidade e SAMS e respectivas coberturas, em NCA’s foram as seguintes:

1-01-2007

Fundo de pensões

Responsabilidades PCSB 89,313

Impacto da transição para IAS 19: 28,959

Tábua de mortalidade 7,646

Pressupostos financeiros 21,313

Responsabilidades IAS 19 (A.1. + A.2.) 118,272

Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2006 105,159

Insuficiência de cobertura pelo Fundo de Pensões (A.3. – A.4.) 13,113

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1-01-2007

Encargos com saúde (SAMS):

Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 163,095

Com licenças sem vencimento 7,293

Com pré-reformados 0

Com pensões em pagamento 12,331

Total 182,719

1-01-2007

Prémio de antiguidade:

Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 104,416

Com licenças sem vencimento 6,774

Total 111,190

De acordo com o Aviso nº 12/2005, de 30 de Dezembro, o acréscimo de responsabilidades decorrente da alteração da tábua de mortalidade em data posterior a 1 de Janeiro de 2005 pode ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). De acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, o aumento de responsabilidades com o Fundo de Pensões, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2011 (5 anos). Adicionalmente, de acordo com o Aviso do Banco de Portugal nº 4/2005, de 21 de Fevereiro, as responsabilidades com o SAMS, decorrente da introdução da IAS 19 deverá ser reconhecido através da aplicação de um plano de amortização de prestações uniformes anuais até 31 de Dezembro de 2013 (7 anos). Durante o ano de 2008, o Banco de Portugal emitiu um novo aviso (Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008), no qual permite diferir os impactos da transição acima identificados, por um período adicional de três anos face ao período estipulado inicialmente. Foi decisão da CCAM LAFÕES prolongar o diferimento dos impactos de transição tal como permitido no Aviso nº 7/2008, de 14 de Outubro de 2008.

Assim, em 31-12-2007 o valor por reconhecer em resultados transitados, que deriva dos impactos da adopção do IAS 19, e o número de anos pelos quais agora serão reconhecidos em resultados transitados, é como segue:

31-12-2007 Nº anos a

diferir

Data limite de

diferimento

Alteração da tábua de mortalidade 6,554 9 anos 2016

Alteração dos pressupostos

financeiros 17,050

7 anos 2014

Excesso de cobertura em PCSB 12,677 7 anos 2014

Encargos com saúde (SAMS) 156,616 9 anos 2016

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92

Reconhecimento anual nos resultados transitados a 31 de Dezembro de 2014:

Alteração da tábua de mortalidade 728

Alteração dos pressupostos financeiros 2,436

Excesso de cobertura em PCSB 1,811

Encargos com saúde (SAMS) 17,402

TOTAL 18,755

Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2014. Reconhecimento anual nos resultados transitados a 31 de Dezembro de 2015:

Alteração da tábua de mortalidade 728

Encargos com saúde (SAMS) 17,402

TOTAL 18,130

Registo do impacto do movimento do Fundo de Pensões e do custo com o SAMS e Prémios de antiguidade a 31/12/2015. Os pressupostos atuariais e financeiros utilizados no cálculo das responsabilidades da CCAM LAFÕES com referência a 31 de Dezembro de 2015 e de 2014 foram os seguintes:

31/12/2015 31/12/2014Pressupostos demográficosTábua de mortalidade TV – 88/90 TV – 88/90Tábua de invalidez EVK 80 EVK 80Idade normal de reforma (**) (**)Método de financiamento atuarial “Projected Unit

Credit”“Projected Unit

Credit”

Pressupostos financeiros:Taxa de desconto (*) (*)Taxa de crescimento dos salários e outros benefícios 1,40% 1,40%

Taxa de crescimento das pensões 1,00% 1,00%

Taxa de revalorização de salários para a Segurança Social:- de acordo com nº2 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%- de acordo com nº1 Artº 27 do Decreto Lei 187/2007 1,40% 1,40%

(*) Taxa de desconto diferente para diferentes grupos da população:

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial < 55 anos : 2,70% 3,25%

Trabalhadores no activo e Licenças com idade actuarial >=55 anos : 2,30% 2,75%

Pré-reformados, reformados e pensionistas : 2,00% 2,25%

(**) De acordo com o Decreto-lei nº167-E/2013

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

93

Em 31 de Dezembro de 2015, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são os seguintes:

31-12-2015

Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 444,124

Com trabalhadores no ativo e ex-trabalhadores 308,255

Com licenças sem vencimento 0

Com pré-reformados 0

Com pensões em pagamento 135,869

Em 31 de Dezembro de 2014, o valor das responsabilidades por serviços passados com o pagamento de complementos de reforma e sobrevivência e encargos com cuidados médicos de saúde pós-emprego (SAMS), com trabalhadores no activo, licenças sem vencimento, pré-reformados e pensões em pagamento, são os seguintes:

31-12-2014

Valor actual das Responsabilidades por serviços passados 396.283

Com trabalhadores no activo e ex-trabalhadores 256.612

Com licenças sem vencimento 0

Com pré-reformados 0

Com pensões em pagamento 139.671

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM LAFÕES é o que a seguir se apresenta relativamente a 2015:

+ Custo do serviço corrente 11,419

+ Custo dos juros Líquido “Net Interest” 1,250

+/- (Ganhos) e Perdas atuariais 46,454

Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

8,863

Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

37,591

+ Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

0

= Acréscimo anual de responsabilidades 59,123

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

94

O acréscimo anual de responsabilidades com pensões de reforma e sobrevivência referente à CCAM LAFÕES é o que a seguir se apresenta relativamente a 2014:

+ Custo do serviço corrente 10.161

+ Custo dos juros Líquido “Net Interest” 922

+/- (Ganhos) e Perdas actuariais 2390

Relativos a diferenças entre os pressupostos e os valores realizados

-17,702

Relativos a alterações verificadas nos pressupostos e nas condições dos planos

20.093

+ Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas antecipadas

0

= Acréscimo anual de responsabilidades 13.473

O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM LAFÕES foi o seguinte para 2015:

(+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 358,152

(+) Contribuições efectuadas 72,779

Pela CCAM LAFÕES 65,035

Pelos empregados 7,744

(+) Capitais recebidos de seguro 0

(+) Rendimento dos ativos do Fundo de Pensões (liquido) 1,399

(-) Prémios de seguro pagos 7,406

(+) Participação de resultados no seguro 3,507

(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 7,549

Por reformas antecipadas 27

Outros 7,522

(-) SAMS pago pelo fundo de pensões 5,132

(=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2015 415,749

Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2015 57,597

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

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O movimento ocorrido na quota-parte do fundo de pensões referente à CCAM LAFÕES foi o seguinte para 2014:

(+) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2013 323,629

(+) Contribuições efectuadas 19,239

Pela CCAM LAFÕES 12,935

Pelos empregados 6,304

(+) Capitais recebidos de seguro 0

(+) Rendimento dos activos do Fundo de Pensões (liquido) 29,147

(-) Prémios de seguro pagos 5,654

(+) Participação de resultados no seguro 4,348

(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 7,501

Por reformas antecipadas 379

Outros 7,122

(-) SAMS pago pelo fundo de pensões 5,055

(=) Valor da quota-parte do fundo de pensões em 31-12-2014 358,152

Variação do valor da quota-parte do fundo de pensões em 2014 34,524

O movimento ocorrido durante o exercício de 2015 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

(+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2014 396,283

(+) Custo do serviço corrente 11,419

Custo do serviço corrente da Entidade 3,675

Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 7,744

(+) Custo dos juros 11,298

(+/-) (Ganhos) e perdas atuariais nas responsabilidades 37,805

(+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 7,549

Por reformas antecipadas 27

Outros 7,522

(-) SAMS pago pelo fundo de pensões 5,132

(=) Responsabilidades totais em 31-12-2015 444,124

Variação nas responsabilidades em 2014 47,841

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

96

O movimento ocorrido durante o exercício de 2014 relativo ao valor actual das responsabilidades por serviços passados foi o seguinte:

(+) Responsabilidades Totais em 31 de Dezembro de 2013 366,219

(+) Custo do serviço corrente 10,161

Custo do serviço corrente da Entidade 3,857

Contribuições para o Fundo efectuadas pelos empregados 6,304

(+) Custo dos juros 17,144

(+/-) (Ganhos) e perdas actuariais nas responsabilidades -25,039

(+) Acréscimos de responsabilidades resultantes de reformas

antecipadas 0

(-) Pensões pagas pelo fundo de pensões 8,957

Por reformas antecipadas 1,994

Outros 6,963

(-) SAMS pago pelo fundo de pensões 5,585

(=) Responsabilidades totais em 31-12-2014 366,219

Variação nas responsabilidades em 2014 -8,948

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2015, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

Valor actual das responsabilidades com serviços passados 444,124

Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 17,597

Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 411,913

Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 101

O nível de cobertura das responsabilidades em 31 de Dezembro de 2014, de acordo com o Aviso 12/2001 do Banco de Portugal, era o seguinte:

Valor actual das responsabilidades com serviços passados 396,283

Valor por amortizar em 31 Dezembro de 2014 (Aviso 7/2008) 35,194

Responsabilidades por serviços passados (Aviso 12/2001) 349,857

Nível de cobertura (Aviso 12/2001) (%) 102

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

97

A cobertura do nível mínimo de solvência da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões em 31 de Dezembro de 2015 era o seguinte:

Responsabilidades por serviços passados (ASF) 280,471

Nível de cobertura (ASF) (%) 148

A cobertura do nível mínimo de solvência do Instituto de Seguros de Portugal em 31 de Dezembro de 2014, era o seguinte:

Responsabilidades por serviços passados (ISP) 280,819

Nível de cobertura (ISP) (%) 128

Com a implementação em 1 de Janeiro de 2013 das alterações decorrentes da IAS 19 Revisto, os desvios actuariais por amortizar apurados à data de 31 de Dezembro de 2012, foram transferidos para uma rubrica do rendimento integral “reservas de reavaliação”. No exercício de 2015, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

Desvios atuariais em 31-12-2014 56,976

Desvios atuariais gerados em 2015 – Ganhos e

perdas atuariais -50,353

Desvios atuariais em 31-12-2015 6,623

No exercício de 2014, o valor dos desvios actuariais existentes e o movimento ocorrido no exercício no “rendimento integral”, foi o seguinte:

Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2013 59,367

Desvios actuariais gerados em 2014 – Ganhos e perdas

actuariais -2.390

Desvios actuariais por amortizar em 31-12-2014 56.976

A evolução do valor das responsabilidades por serviços passados, com prémios de antiguidade futuros, com trabalhadores no activo e licenças sem vencimento, foi a seguinte:

Prémio de Antiguidade 31-12-2014

Com trabalhadores no activo 98,407

Com licenças sem vencimento 0

Total 98,407

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CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, C.R.L. ANEXO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2015 (Montantes expressos em euros, excepto quando expressamente indicado)

98

Prémio de Antiguidade 31-12-2015

Com trabalhadores no activo 104,597

Com licenças sem vencimento 0

Total 104,597

Prémio de Antiguidade Variação

Com trabalhadores no activo 6,190

Com licenças sem vencimento 0

Total 6,190

51. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE MEDIAÇÃO DE SEGUROS OU DE RESSEGUROS

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) de Lafões está inscrita no Instituto de Seguros de Portugal, com o estatuto de Mediador de Seguros Ligado, de acordo com o artigo 8º, alínea a), subalínea i), do Decreto-Lei nº 144/2006, de 31 de Julho, desenvolvendo a actividade de intermediação em exclusividade com as Seguradoras do Grupo Crédito Agrícola, designadamente, a Crédito Agrícola Seguros – Companhia de Seguros de Ramos Reais, SA (CA Seguros), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para todos os Ramos Não Vida e com a Crédito Agrícola Vida – Companhia de Seguros, SA (CA Vida), que se dedica ao exercício da actividade de seguros para o Ramo Vida e Fundos de Pensões. No âmbito dos serviços de mediação de seguros a CCAM efectua a venda de contratos de seguros e de adesões a Fundos de Pensões, presta apoio pós-venda aos segurados e participa no encaminhamento das participações de sinistros que sejam entregues nos Balcões da CCAM. Como contrapartida dos serviços de mediação de seguros prestados às referidas seguradoras, a CCAM recebe remunerações pela mediação de seguros e pela colocação de adesões em Fundos de Pensões as quais estão definidas em Protocolo estabelecido entre a CCAM e as referidas Seguradoras. As remunerações de mediação de seguros são reconhecidas como um rendimento na Demonstração de Resultados, na rubrica de Rendimentos de Serviços e Comissões. Os valores de remunerações a pagar pelas Seguradoras, à data de 31 de Dezembro de cada ano, estão reconhecidas como um activo no Balanço, na rubrica de Outros Activos. À data de emissão das presentes demonstrações financeiras, as remunerações de mediação que estavam por pagar em 31 de Dezembro de 2014, encontram-se já integralmente pagas pelas referidas Seguradoras. O quadro seguinte evidencia o valor total das remunerações de mediação de seguros auferidas pela CCAM nos últimos 3 anos (valores em euros):

Origem Seguradora 2013 2014 2015 % por Origem 2015

Ramos Não Vida CA Seguros 71.328,54 81.203,37 135.058,51 49,9%

Ramo Vida CA Vida 119.603,31 114.234,00 133.096,32 49,2%

Fundos de Pensões CA Vida 1.178,32 1.605,64 2.388,29 0,9%

Total 192.110,17 197.043,01 270.543,12 100,0%

A CCAM não efetua a cobrança de prémios por conta das seguradoras, nem efetua a movimentação de quaisquer tipos de fundos relativos a contratos de seguros. Desta forma, não há qualquer outro ativo, passivo, rendimento ou gasto a reportar, relativo à atividade de mediação de seguros exercida pela CCAM.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

100

ESTRUTURA E PRÁTICAS DE GOVERNO SOCIETÁRIO DA CAIXA

DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES, CRL

1. Estrutura de Governo Societário.

A Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, CRL adopta o modelo de governação,

vulgarmente conhecido como “latino reforçado”, constituído pelo Conselho de

Administração, Conselho Fiscal e Revisor Oficial de Contas.

Os membros dos Órgãos Sociais e da Mesa da Assembleia Geral são eleitos pela Assembleia

Geral, para um mandato de três anos.

2. Organograma Geral da Caixa de Crédito Agrícola.

3. Assembleia Geral.

A Mesa da Assembleia Geral é constituída por um Presidente, um Vice-Presidente e um

Secretário.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

101

3.1. Composição da Mesa da Assembleia Geral.

Presidente:

Vice-Presidente:

Secretário.

3.2. Competência da Assembleia Geral.

A Assembleia Geral delibera sobre todos os assuntos para os quais a Lei e os

Estatutos lhe atribuam competências, competindo-lhe em especial:

a) Eleger, suspender e destituir os titulares dos cargos sociais, incluindo os seus

Presidentes;

b) Votar a proposta de plano de actividades e de orçamento da Caixa Agrícola para o

exercício seguinte;

c) Votar o relatório, o balanço e as contas do exercício anterior;

d) Aprovar a fusão, a cisão e a dissolução da Caixa Agrícola;

e) Aprovar a associação e a exoneração da Caixa Agrícola da CAIXA CENTRAL e de

organismos cooperativos de grau superior;

f) Fixar a remuneração dos titulares dos órgãos sociais da Caixa Agrícola;

g) Decidir do exercício do direito da acção cível ou penal contra o Revisor Oficial de

Contas, administradores, gerentes, outros mandatários ou membros do Conselho

Fiscal e da Mesa da Assembleia Geral;

h) Decidir da alteração dos estatutos.

4. Conselho de Administração.

O Conselho de Administração é constituído por um número ímpar de membros efectivos, no

mínimo de três e de um suplente.

Actualmente o Conselho de Administração é composto por cinco membros, com mandato

para o triénio 2013/2015.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

102

4.1. Composição do Conselho de Administração.

Presidente:

Vice-Presidente:

Vogal:

Vogal:

Vogal.

4.2. Competências do Conselho de Administração.

As competências do Conselho de Administração decorrem da Lei, competindo-lhe, em

especial e de acordo com os estatutos:

a) Administrar e representar a Caixa Agrícola;

b) Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, uma proposta de plano de

actividades e de orçamento para o exercício seguinte;

c) Elaborar, para votação pela Assembleia-Geral, o relatório e as contas relativos ao

exercício anterior;

d) Adoptar as medidas necessárias à garantia da solvabilidade e liquidez da Caixa

Agrícola;

e) Decidir das operações de crédito da Caixa Agrícola;

f) Fiscalizar a aplicação dos capitais mutuados;

g) Promover a cobrança coerciva dos créditos da Caixa Agrícola, vencidos e não

pagos;

h) Organizar, dirigir e disciplinar os serviços.

4.3. Reuniões do Conselho de Administração.

O Conselho de Administração reúne, quase sempre, uma vez por semana, tendo

realizado um total de quarenta e oito reuniões em 2015.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

103

Ao Presidente é atribuído voto de qualidade nas deliberações do Conselho de

Administração.

5. Órgãos de Fiscalização.

A fiscalização da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo compete ao Conselho Fiscal e a um

Revisor Oficial de Contas ou uma Sociedade de Revisores Oficiais de Contas.

As competências dos órgãos de fiscalização são as que decorrem da lei, competindo, ainda,

ao Conselho Fiscal, de acordo com os Estatutos, emitir parecer sobre a proposta de plano

de actividades e orçamento

5.1. Conselho Fiscal.

O Conselho Fiscal é composto por três membros efectivos e por dois suplentes.

5.1.1 Composição do Conselho Fiscal.

Presidente:

Vogal:

Vogal:

Suplente:

Suplente.

5.1.2 Reuniões do Conselho Fiscal.

O Conselho Fiscal reúne sempre que necessário, tendo realizado em 2014, um total de

5 reuniões.

5.2. Revisor Oficial de Contas.

O Revisor Oficial de Contas é designado pela Assembleia Geral, sob proposta do

Conselho Fiscal.

O mandato actual do Revisor Oficial de Contas é de 2013 a 2015, encontrando-se

designado para o cargo:

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

104

Efectivo: Esteves Pinho & Associados, SROC, Lda, inscrita na OROC sob o nº 192,

membro da BKR Internacional, com sede na Rua António Gomes Soares Pereira, nº15,

Maia, pessoa colectiva nº 507 111 931, representada por Dr. Rui Manuel Correia de

Pinho, ROC nº 989.

Suplente: Dr. Luís Manuel Moura Esteves, ROC nº 944, residente na Praceta Manuel

Regado Júnior, nº 51, 2º esquerdo, Águas Santas, Maia, contribuinte nº 133 387 356.

6. Política de remuneração.

6.1 Política de remuneração dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização.

A Declaração sobre Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da Caixa Agrícola para o ano de 2015 foi aprovada na Assembleia

Geral Ordinária reunida em 30 de Março de 2015, em cumprimento do disposto no

art. 2º, nº 1, da Lei nº 28/2009, de 19 de Junho.

6.2 Nos termos e para os efeitos do nº 4 do art. 16º do Aviso do Banco de Portugal

nº 10/2011, reproduz-se na presente sede a referida Declaração, nos exactos

termos em que foi aprovada pelos Associados da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo.

“POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS DE

ADMINISTRAÇÃO E DE FISCALIZAÇÃO DA CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA

MÚTUO DE LAFÕES, CRL

Nos termos do número 4 do Art. 115º-C do Regime Geral das Instituições de Crédito e

Sociedades Financeiras (RGICSF), aprovado pelo Decreto-Lei nº 298/92, de 31 de

Dezembro, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro,

vem o Conselho de Administração da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DE LAFÕES,

CRL (doravante CAIXA AGRÍCOLA), submeter à aprovação da Assembleia Geral a Política de

Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA

AGRÍCOLA para o ano de 2015.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

105

Propõe-se que a Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA para o ano de 2015 seja aprovada nos seguintes termos:

1. INTRODUÇÃO

Em cumprimento do normativo aplicável, a Política de Remuneração dos Membros dos

Órgãos de Administração e de Fiscalização da CAIXA AGRÍCOLA foi definida e elaborada de

modo a reflectir adequada e proporcionalmente a dimensão, a organização interna e a

natureza da Instituição, o âmbito e a complexidade da actividade por si desenvolvida, a

natureza e a magnitude dos riscos assumidos e a assumir e o grau de centralização e

delegação de poderes estabelecido no seio da mesma Instituição.

A mesma Política de Remuneração, atenta a ainda não existência de regulamentação do

Banco de Portugal para a versão do RGICSF introduzida pelo Decreto-Lei nº 157/2014, teve

em consideração os seguintes instrumentos:

a. O RGICSF;

b. O Aviso do Banco de Portugal nº 10/2011, quanto às normas neste contidas que

não sejam incompatíveis com a nova redacção do RGICSF e que não devam, por

isso, considerar-se revogadas pela mesma;

c. A Lei nº 28/2009, de 19 de Junho, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº

157/2014.

2. PRINCÍPIOS GERAIS

Pese embora as alterações legislativas acima referidas, considera-se que o novo regime

legal preserva a aplicação do princípio da proporcionalidade na definição das políticas de

remuneração, pelo que se optou por manter a relevância dada até aqui a elementos como a

natureza jurídica de cooperativa da Instituição e a dela decorrente ausência de fins

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

106

lucrativos, a imposição de restrições de natureza geográfica à actuação da dita Instituição,

factores que determinam que a tais funções correspondam muitas vezes remunerações de

valor senão simbólico, pelo menos inferior ao da média dos Colaboradores da Instituição,

sendo por conseguinte tais remunerações insusceptíveis de qualquer comparação com as

que são auferidas no resto do Sector Bancário, tal como são insusceptíveis de levar à

assunção de riscos excessivos ou de pôr em causa os interesses de longo prazo da

Instituição, a sua estabilidade financeira ou a sua base de capital.

Nesta perspectiva, para além de se terem que considerar inaplicáveis à CAIXA AGRÍCOLA

todas as disposições do RGICSF, da Lei nº 28/2009 e do Aviso nº 10/2011 (os últimos na

medida em que se considerem compatíveis com o primeiro) que pressuponham que as

entidades às mesmas sujeitas revestem a natureza jurídica de sociedades anónimas, houve

que ponderar a aplicação de muitas das demais normas, sempre por referência ao princípio

da proporcionalidade ínsito no corpo do nº 3 do art. 115º-C do RGICSF.

Consequentemente, o referido princípio da proporcionalidade presidiu à elaboração da

presente Política de Remuneração que, nos termos do RGICSF, prossegue ainda os

seguintes objectivos:

a. Promover e ser coerente com uma gestão de riscos sã e prudente e não incentivar a

assunção de riscos superiores ao nível de risco tolerado pela Instituição;

b. Ser compatível com a estratégia empresarial da Instituição, os seus objectivos,

valores e interesses de longo prazo e incluir medidas destinadas a evitar conflitos de

interesses;

c. Distinguir de forma clara os critérios para a fixação da componente fixa da

remuneração, fundamentados principalmente na experiência profissional relevante e

na responsabilidade organizacional de cada Membro de Órgão de Administração ou

de Fiscalização.

3. CONSIDERAÇÕES GERAIS

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

107

Nos termos e para os efeitos do nº 1 do art. 16º do Aviso nº 10/2011, declara-se que:

a) A Política de Remuneração dos Órgãos de Administração e de Fiscalização é definida pela

Assembleia Geral, sem a intervenção de quaisquer consultores externos, cabendo à mesma

revê-la periodicamente, pelo menos uma vez por ano, em sede da sua aprovação nos

termos do nº 4 do art. 115º-C do RGICSF;

b) A presente política não contempla a atribuição de remunerações variáveis;

c) Vistas a natureza e dimensões da Instituição, a inexistência de remunerações variáveis, o

valor das remunerações pagas aos Membros dos respectivos Órgãos de Administração e de

Fiscalização e o facto de, não sendo a Instituição uma sociedade anónima, lhe ser

impossível pagar qualquer remuneração sob a forma de acções ou instrumentos nos termos

do nº 3 do art. 115º-E do RGICSF, não será diferido o pagamento de qualquer parte da

remuneração;

d) A Política de Remuneração é propícia ao alinhamento dos interesses dos Membros do

Órgão de Administração com os interesses de longo prazo da Instituição e é igualmente

consentânea com o desincentivo de uma assunção excessiva de riscos, na medida em que

preconiza a atribuição de uma remuneração de valor moderado, compatível com as

tradições e com a natureza específica do Crédito Agrícola;

e) Atenta a natureza cooperativa da CAIXA AGRÍCOLA, o desempenho dos Órgãos de

Administração e de Fiscalização é, em primeira linha, avaliado pelos Associados em sede de

Assembleia Geral, reflectindo tal avaliação não só o desempenho económico da Instituição,

mas também outros critérios directamente relacionados com a sobredita natureza

cooperativa, incluindo a qualidade da relação estabelecida entre Administração e

Cooperadores e da informação prestada aos membros sobre o andamento dos negócios

sociais.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

108

4. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ORGÃO DE FISCALIZAÇÃO: CONSELHO

FISCAL.

A remuneração dos Membros do Conselho Fiscal tendo em consideração a natureza da

composição desse Órgão Social, consiste exclusivamente numa componente fixa, paga

através de senhas de presença de valor fixado pela Assembleia Geral.

5. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DO ÓRGÃO DE ADMINISTRAÇÃO: CONSELHO

DE ADMINISTRAÇÃO

5.1. REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES EXECUTIVOS

A remuneração dos Membros Executivos do Conselho de Administração consiste em

remuneração fixa mensal, ou mediante senhas de presença, de valor fixado pela

Assembleia Geral devendo cada membro deste órgão optar por uma destas modalidades,

sendo que, o valor de cada senha de presença às reuniões é igual ao estabelecido para os

membros do Conselho Fiscal.

Aos membros do Conselho de Administração serão pagas as despesas, encargos e/ou

indemnização que resultem do exercício das correspondentes funções, por causa ou em

função delas ou por outras que resultem do exercício de funções em benefício da caixa, que

não forem diretamente suportadas pela CAIXA AGRICOLA.

Os Administradores executivos serão designados por deliberação do Conselho de

Administração, nos termos do artigo 407.º do Código das Sociedades Comerciais.

Nos termos e para os efeitos dos arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e do nº 2 do art. 16º do

Aviso nº 10/2011, mais se declara que:

5.1.1 Quanto à avaliação do desempenho

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

109

a) O órgão competente para a avaliação do desempenho individual dos Administradores

Executivos é o Órgão de Fiscalização, sem prejuízo da competência da Assembleia Geral,

nos termos acima descritos;

b) A remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente variável,

pelo que são inaplicáveis os arts. 115º-E e 115º-F do RGICSF e as alíneas b), c), d), e), f),

g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso nº 10/2011.

5.1.2 Quanto aos mecanismos de malus e clawback

Conforme referido acima, a remuneração dos Administradores executivos não inclui uma

componente variável, pelo que são inaplicáveis as regras constantes do RGICSF quanto à

aquisição do direito à mesma e aos mecanismos de redução (“malus”) ou reversão

(“clawback”).

5.1.3 Disposições gerais

a) Uma vez que a remuneração dos Administradores Executivos não inclui uma componente

variável, são inaplicáveis as alíneas b), c), d), e), f), g), h) e i) do nº 2 do art. 16º do Aviso

nº 10/2011;

b) No exercício de 2014 não foram pagas nem se mostraram devidas compensações e

indemnizações a Membros do Órgão de Administração devido à cessação das suas funções;

c) A Instituição não celebrou com os Membros do seu Órgão de Administração qualquer

contrato que lhes confira direito a compensações ou indemnizações em caso de destituição,

incluindo pagamentos relacionados com a duração de um período de pré-aviso ou cláusula

de não concorrência, pelo que o direito a tais compensações ou indemnizações se rege

exclusivamente pelas normas legais aplicáveis, sendo desnecessários os instrumentos

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

110

jurídicos a que alude o art. 10º do Aviso nº 10/2011; de igual modo, não vigora na

Instituição qualquer regime especial relativo a pagamentos relacionados com a cessação

antecipada de funções, pelo que é igualmente inaplicável o nº 11 do art. 115º-E do

RGICSF;

d) Os Membros do Órgão de Administração da Instituição não auferiram quaisquer

remunerações pagas por sociedades em relação de domínio ou de grupo com a Instituição,

com exceção das que resultam da participação nas reuniões do CGS da CA Serviços e CA

Informática e da Assembleia Geral da Fenacam, em que esta CCAM está representada;

e) Não vigoram na Instituição quaisquer regimes complementares de pensões ou de

reforma antecipada, nem são concedidos benefícios discricionários de pensão;

f) Inexistem outros benefícios não pecuniários relevantes que possam ser considerados

como remuneração.

g) Os Membros do Órgão de Administração não utilizam quaisquer seguros de remuneração

ou responsabilidade, ou quaisquer outros mecanismos de cobertura de risco tendentes a

atenuar os efeitos de alinhamento pelo risco inerentes às suas modalidades de

remuneração

h) Caso seja atribuída qualquer remuneração a Administrador Executivo eleito para o seu

primeiro mandato que vise compensá-lo pela cessação de funções anteriores, esta terá em

consideração os interesses de longo prazo da Instituição e será sujeita às regras que em

cada momento vigorem quanto a desempenho, indisponibilidade mediante retenção pela

Instituição, diferimento e reversão, sem prejuízo de, conforme referido, não ser

actualmente diferido o pagamento de qualquer parte da remuneração.

5.2 REMUNERAÇÃO DOS ADMINISTRADORES NÃO EXECUTIVOS

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

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A remuneração dos Membros do Conselho de Administração consiste em remuneração fixa

mensal, ou mediante senhas de presença, de valor fixado pela Assembleia Geral, devendo

cada membro deste órgão optar por uma destas modalidades.

Aos membros do Conselho de Administração serão pagas as despesas, encargos e/ou

indemnização que resultem do exercício das correspondentes funções, por causa ou em

função delas ou por outras que resultem do exercício de funções em benefício da caixa, que

não forem diretamente suportadas pela CAIXA AGRICOLA.

6. PRÉMIO POR REALIZAÇÃO DE OBJETIVOS

Poderá o Conselho de Administração definir um eventual prémio de desempenho em função

da qualidade/quantificação do desempenho dos Colaboradores, face aos objetivos e

pressupostos previamente definidos propostos e/ou aprovados pelo Conselho de

Administração para o exercício. Esse eventual prémio de desempenho reflete também os

fatores comportamentais do Colaborador, o grau de responsabilidade da sua função, a sua

capacidade de adaptação à Sociedade e seus procedimentos, o seu contributo para a

Criação de Valor e para a Melhoria Contínua, mas também o desempenho técnico e/ou

económico-financeiro da CCAM de Lafões.

O eventual prémio de desempenho é pago anualmente, até Março, após a conclusão da

avaliação do desempenho do Colaborador, e após a determinação do desempenho

económico-financeiro da CCAM de Lafões.

7. REVISOR OFICIAL DE CONTAS

A remuneração do Revisor Oficial de Contas é estabelecida com base nas práticas de

mercado e definida no âmbito de contrato de prestação de serviços de revisão de contas.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

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A presente proposta de Politica de Remunerações para o ano de 2015, foi

aprovada em reunião do Conselho de Administração da Caixa de Crédito Agrícola

Mútuo de Lafões, CRL, que teve lugar em 05 de Março de 2015.

Em reunião da Assembleia Geral da Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões,

CRL, realizada em 30 de Março de 2015, foi aprovada a presente proposta de

Politica de Remunerações para o ano de 2015, para os devidos efeitos.”

6.3. Remunerações auferidas pelo Conselho de Administração.

Nome Remuneração

Fixa

Remuneração

Variável

Prof. Fernando Luís Fernandes Santos 13.102,90€ 0,00€

António José Couceiro Almeida 13.071,00€ 0,00€

Serafim de Oliveira Soares 13.071,00€ 0,00€

Eng.º António Gonçalves Santos 13.112,58€ 0,00€

Total 52.357,48€ 0,00€

a) não houve pagamentos diferidos ou a diferir, de parte ou do total da remuneração

em 2015;

b) não houve contratações ou nomeações novas em 2015;

c) Não houve pagamentos que tenham sido efectuados ou sejam devidos anualmente,

em virtude da cessação antecipada de funções.

O total de remunerações de forma agregada auferidas pelo Conselho de

Administração foi de 52.357,48€.

6.4. Remunerações auferidas pelo Conselho Fiscal.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

113

Nome Remuneração

Fixa

Remuneração

Variável

José Fernando Trindade Morais 1.250,00€ 0,00€

Dr. Carlos Alberto Correia Ribeiro 1.250,00€ 0,00€

Eng.º António Luís Lima Correia 1.250,00€ 0,00€

a) não houve pagamentos diferidos ou a diferir, de parte ou do total da remuneração

em 2015;

b) não houve contratações ou nomeações novas em 2015;

c) Não houve pagamentos que tenham sido efectuados ou sejam devidos anualmente,

em virtude da cessação antecipada de funções.

O total de remunerações de forma agregada auferidas pelo Conselho Fiscal foi de

3.750,00€.

7. Política de remuneração de Colaboradores.

Dando cumprimento ao disposto no nº 3 do artigo 16º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, é prestada a seguinte informação, atinente à política de remuneração de

colaboradores:

7.1. Os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do Aviso do Banco de

Portugal nº 10/2011 auferem uma remuneração fixa paga 14 vezes por ano, de

acordo com as condições dispostas no ACT do Crédito Agrícola, a qual pode ainda

integrar um complemento remunerativo mensal fixo, estabelecido contratualmente ou

na sequência de reajustamento remunerativo casuístico.

7.2. Também se atribui uma ou duas horas de Isenção de horário de trabalho às

funções cujo nível de responsabilidade e exigência de disponibilidade assim o

justifique.

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

114

7.3. Pode ser atribuído anualmente uma remuneração variável, definida com base

num processo de avaliação de um conjunto de competências críticas para a função, a

qual corresponde apenas a um prémio de desempenho.

7.4. A metodologia e critérios de avaliação de desempenho, aprovados pelo órgão de

administração, são divulgados internamente, aprovados e aplicados de forma idêntica,

para a generalidade dos colaboradores da instituição. O órgão de administração valida

os resultados finais da avaliação de desempenho efectuada pela hierarquia directa dos

colaboradores.

7.5. Para os colaboradores em apreço o prémio anual tem tido como limite máximo

5% da remuneração total anual (excluindo a majoração prevista no nº 4 da cláusula

71ª do ACT do Crédito Agrícola), percentagem esta que corresponde a cerca de um

salários bruto por empregado. O limite e as orientações de atribuição são revistos

anualmente pelo Conselho de Administração.

7.6. A componente variável é assim atribuída anualmente, considerando os resultados

da avaliação de competências específicas e transversais, que permitem verificar o

respeito pelas regras e procedimentos aplicáveis à actividade, designadamente as

regras de controlo interno e as que são relativas às relações com clientes e

investidores.

Pretende-se, deste modo, promover a sustentabilidade da instituição e a criação de

valor a longo prazo.

7.7. A remuneração variável quando atribuída é sempre paga em numerário tendo

por base o desempenho do ano transacto.

7.8. Não é diferida qualquer parte da componente variável da remuneração,

porquanto o valor desta não tem expressividade para que o seu pagamento imediato

e de uma só vez possa impedir que se atinja qualquer um dos objectivos que o

diferimento visaria prosseguir.

7.9. Atento o disposto no nº 3 do artigo 17º do Aviso do Banco de Portugal nº

10/2011, em 2015 os colaboradores abrangidos pelo nº 2 do artigo 1º do mesmo

Aviso auferiram as seguintes remunerações:

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

115

Área de Actividade Remuneração

Fixa

Remuneração

Variável do

ano de 2015

Remuneração

variável

diferida, do ano

Número de

Beneficiários

Coordenações Internas 95.790,34€ 2.250,00€ 0,00€ 2

Auditoria Interna 38.901,90€ 1.000,00€ 0,00€ 1

a) não houve pagamentos diferidos na remuneração variável disponibilizada, durante

o ano de 2015;

b) não houve montantes anuais da remuneração diferida devida, paga ou objecto de

reduções resultantes de ajustamento introduzido em função do desempenho

individual dos titulares em 2015;

c) não houve novas contratações no ano de 2015;

d) Não houve pagamentos que tenham sido efectuados ou sejam devidos

anualmente, em virtude de rescisão antecipada de contrato de trabalho com

Colaboradores.

8. Composição dos Órgãos Sociais.

8.1 Assembleia Geral.

Nome Cargo

Dr. Manuel António Gomes Martins Presidente

António dos Santos Ferreira Vice - Presidente

José Cruz Fernandes Secretário

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CRÉDITO AGRÍCOLA DE LAFÕES

116

8.2 Conselho de Administração.

Nome Cargo

Dr. João Evangelista de Jesus Almeida Fonseca Presidente (a)

Prof. Fernando Luís Fernandes Santos Vice - Presidente

António José Couceiro Almeida Vogal

Serafim de Oliveira Soares Vogal

Eng.º António Gonçalves Santos Vogal

Paulo Manuel Pinheiro Chaves Suplente

8.3 Conselho Fiscal.

Nome Cargo

José Fernando Trindade Morais Presidente

Dr. Carlos Alberto Correia Ribeiro Vogal

Eng.º António Luís Lima Correia Vogal

Dra. Susana Isabel Laranjeira Ferraz Rodrigues Escada 1º Suplente

Paulo Manuel Robalo da Silva Ferreira 2º Suplente

(a) Esteve com o mandato suspenso.

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117

Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões, CRL

Relatório de Avaliação da Implementação da Política de Remuneração 2015

10 de Março de 2016

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Relatório Relatório Relatório Relatório de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da Implementação Implementação Implementação Implementação Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração 2012012012015555 Caixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de de de de LafõesLafõesLafõesLafões

118

DESIGNAÇÃO: CAIXA DE CRÉDITO AGRICOLA MÚTUO DE LAFÕES, CRL

UNIDADES PARTICIPANTES NA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO E RESPECTIVAS FUNÇÕES:

FUNÇÃO DE CONTROLO: NOME DO RESPONSÁVEL:

COMPLIANCE: Paulo Manuel Pinheiro Chaves

GESTÃO DE RISCO: Pedro Manuel Oliveira Salgueiro

AUDITORIA INTERNA: Paulo Manuel Pinheiro Chaves

RESPONSÁVEL PELA AVALIAÇÃO: OS MEMBROS NÃO EXECUTIVOS DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO.

CARACTERIZAÇÃO

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Relatório Relatório Relatório Relatório de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da Implementação Implementação Implementação Implementação Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração 2012012012015555 Caixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de de de de LafõesLafõesLafõesLafões

119

A. EnquadramentoA. EnquadramentoA. EnquadramentoA. Enquadramento

A Política de Remuneração que vigorou na Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Lafões CRL (doravante Caixa

Agrícola) durante o ano de 2015 seguiu o disposto na legislação e regulamentação vigentes à data da sua

formulação, ou seja, o Regime Geral das Instituições de Crédito e Sociedades Financeiras (RGICSF), tendo em

conta as alterações introduzidas pelo Decreto-Lei nº 157/2014, de 24 de Outubro, e diplomas subsequentes,

o Regulamento (UE) nº 575/2013, do Parlamento e do Conselho, e o Aviso nº 10/2011 do Banco de Portugal,

que se considera parcialmente em vigor, na parte em que não contraria as normas introduzidas a partir dos

referidos Decreto-Lei nº 157/2014 e Regulamento (UE) nº 575/2013. A mesma política foi elaborada atentas

as características e a regulamentação específicas da Banca Cooperativa e o princípio da proporcionalidade,

legalmente previsto, tendo Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização para o ano de 2015 sido aprovada na Assembleia Geral de 30 de Março de 2015.

As Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e Fiscalização e de Colaboradores

da Caixa Agrícola para o ano de 2015 seguiram os princípios orientadores que já tinham presidido à Politica

de Remuneração para o ano de 2014, tendo-se em consideração o enquadramento legal das políticas de

remuneração introduzido a partir da entrada em vigor dos sobreditos Regulamento (UE) nº 575/2013 e

Decreto-Lei nº 157/2014.

O presente Relatório enquadra-se nas obrigações legais e regulamentares previstas no nº 6 do art. 115º-C do

RGICSF, na redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei nº 157/2014 e no Aviso nº 10/2011 do Banco de

Portugal, tendo em atenção que:

- O nº 6 do art. 115º-C do RGICSF dispõe que “a implementação da política de remuneração deve ser sujeita

a uma análise interna centralizada e independente, com uma periodicidade mínima anual, a realizar pelo

comité de remunerações, se existente, pelos membros não executivos do órgão de administração ou pelos

membros do órgão de fiscalização, tendo como objecto a verificação do cumprimento das políticas e

procedimentos de remuneração adoptados pelo órgão societário competente”;

- O nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011 determina que “no desenvolvimento da avaliação referida no

número anterior devem participar de forma activa as unidades responsáveis pelo exercício das funções de

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Relatório Relatório Relatório Relatório de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da Implementação Implementação Implementação Implementação Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração 2012012012015555 Caixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de de de de LafõesLafõesLafõesLafões

120

controlo da instituição”, sendo que, por um lado, a referência feita ao Decreto-Lei nº 104/2007 no nº 1

daquele art. 14º do Aviso nº 10/2011 deve agora considerar-se como uma referência ao art. 115º-C, nº 6, do

RGICSF, e, por outro lado, deve considerar-se que o referido nº 2 do art. 14º do Aviso nº 10/2011 continua a

aplicar-se, nos termos acima referidos.

O período de referência deste relatório é o que decorre de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2015.

A avaliação efectuada pressupõe a análise das Políticas de Remuneração em vigor na Caixa Agrícola e da sua

implementação, em especial quanto ao respectivo efeito na gestão de risco de capital e de liquidez da

Instituição.

B. IntervenientesB. IntervenientesB. IntervenientesB. Intervenientes

Em concordância com as disposições legais e regulamentares acima citadas, as unidades responsáveis pelo

exercício das funções de controlo da Caixa Agrícola participaram de forma activa no processo de avaliação,

em articulação entre si e sob a orientação da entidade responsável pela avaliação.

CCCC. . . . Política Política Política Política de Remuneração de Órgãde Remuneração de Órgãde Remuneração de Órgãde Remuneração de Órgãos Sociais e Colaboos Sociais e Colaboos Sociais e Colaboos Sociais e Colaboradores em vigor no aradores em vigor no aradores em vigor no aradores em vigor no ano de no de no de no de

2012012012015555

A Política de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização para o ano de

2015, aprovada pela Assembleia-Geral, encontra-se integralmente reproduzida no Relatório e Contas da

Caixa Agrícola referente ao exercício de 2015, documento esse que será apresentado aos Associados da

Caixa Agrícola na primeira Assembleia Geral Ordinária do ano de 2016 e do qual constarão igualmente

as características essenciais da Politica de Remuneração dos Colaboradores, em cumprimento dos

deveres de informação, quantitativos e qualitativos, consagrados no normativo aplicável.

Foi dado pleno acesso aos documentos estruturantes das Políticas de Remuneração para efeitos da

elaboração do presente relatório de avaliação.

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Relatório Relatório Relatório Relatório de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da de Avaliação da Implementação Implementação Implementação Implementação Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração Politica de Remuneração 2012012012015555 Caixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola MútuoCaixa de Crédito Agrícola Mútuo de de de de LafõesLafõesLafõesLafões

121

DDDD. Descrição do Processo d. Descrição do Processo d. Descrição do Processo d. Descrição do Processo de elaboração do Relatório e elaboração do Relatório e elaboração do Relatório e elaboração do Relatório

Para efeitos da elaboração do presente relatório foi consultada e analisada a Política de Remuneração

dos Órgãos de Administração e de Fiscalização aprovada em Assembleia Geral.

O Processo adoptado teve por objectivo determinar com toda a exactidão possível qual o teor das

políticas de remuneração vigentes na Caixa Agrícola para, em função de tal determinação, não só

avaliar o grau de cumprimento das mesmas, mas também verificar se as mesmas se mostram adequadas

aos objectivos que prosseguem e conformes à legislação e regulamentação aplicáveis, nos termos acima

referidos, e despistar eventuais desvios ou insuficiências no processo de execução da Política de

Remuneração, com efeitos na gestão global de riscos da Caixa Agrícola.

Note-se que as remunerações são processadas por via de uma aplicação (CAMRH), transversal a todo o

Sistema Integrado do Crédito Agrícola Mútuo e gerida centralmente pela Caixa Central, que reúne um

conjunto de mecanismos de controlo específicos.

E. ConcluE. ConcluE. ConcluE. Conclusões sões sões sões

Devidamente analisadas as Políticas de Remuneração dos Membros dos Órgãos de Administração e de

Fiscalização e dos Colaboradores, não foram detectadas quaisquer desconformidades com o normativo

aplicável e, devidamente analisada a implementação das mesmas Políticas, não foram identificados

desvios ou incumprimentos relativamente a quanto aprovado, conforme melhor explicaremos infra.

As Políticas de Remuneração de Membros dos Órgãos de Administração e de Fiscalização e de

Colaboradores que vigoraram no período a que se reporta o presente relatório não são susceptíveis de

induzir distorções ao nível dos diferentes tipos de risco, considerando-se adequadas à prossecução de

objectivos relacionados com a boa gestão de riscos e de capital.

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