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reologia
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EQO 701- CARACTERIZAÇÃO REOLÓGICA DE MATERIAIS, PETRÓLEO E DERIVADOS
Profª Maria José de Oliveira C. Guimarães
EQ/UFRJ
[email protected]@eq.ufrj.br
CronogramaCronograma
19/03 a 23/04 – Fundamentos30/04 – Seminários07/05 – Seminários14/05 – Seminários21/05 – Seminários28/05 – PROVA
CF: Prova (5) + Tb (4) + PartFr (1)
BibliografiaBibliografia• Barnes, H. A., Hutton, J. F. et al.
“An Introduction to Rhelogy”, Elsevier, 1989.
• Schramm, G., A Practical Approach to Rheology and Rheometry, 2nd Ed. 1998.
• 2. Castro, A. G., Covas, J. A., Diogo, A. C., Reologia e suas Aplicações Industriais, Instituto Piaget, 1999.
• 3. Navarro, R. F., Fundamentos de Reologia de Polímeros, Ed. EDUCS, 1997.
• Bretas, R. E. S., Reologia de Polímeros no Estado Fundido, editora da UFsCar, 2000
• Steffe, J. F., Rheological Methods in Food Process Engineering, 2nd Ed., Freeman Press, 1996. “(Ribeiro, E. P., Seravalli, E. A. G., Química de Alimentos, Editora Edgard Blücher Ltda, 2004)”.
• Machado, J. C. V., Reologia e Escoamento de Fluidos- Ênfase na Indústria de Petróleo, Editora Interciência, 2002.
• “(Thomas, J. E., Fundamentos de Engenharia de Petróleo, Editora Interciência, 2001)”.
LIVROSLIVROS
PesquisaPesquisa
• 1. http://www.sciencedirect.com
• 2. http://www.scirus.com
• 3. http://www.periodicos.capes.gov.br (Journal of Rheology)
• 4. http://isiknowledge.com
Palavras-chave: Rheology, Rheometry, Rheological Properties
SumárioSumário•Introdução•Fundamentos •Aplicações•Princípios da Reologia•Extremos Clássicos•Viscolesticidade•Tensão, Deformação, Taxa de Cisalhamento•Equações Reológicas•Regime Permanente e Dinâmico•Regra de Cox-Merz
O que é Reologia?
Rheo = deformação Logia = estudo
Ciência que estuda como a matéria se deforma ou escoa, quando submetida a esforços
originados por forças externas
REOLOGIA
EVOLUÇÃO CONCEITUAL
INÍCIO – ESTUDO DA DEFORMAÇÃO DE CORPOS COESOS.
HOJE: ESTUDO É EXTENDIDO A TODO TIPO DE SISTEMA HOMOGÊNEO E HETEROGÊNEO (Particulados e Coloidais).
Apesar de muitos problemas relativos à reologia de fluidos estarem bem solucionados alguns segmentos ainda precisam ser explorados:
•Variação da fluidez em relação ao tempo;Variação da fluidez em relação ao tempo;•ViscoelasticidadeViscoelasticidade
“ CIÊNCIA DO ESCOAMENTO E DEFORMAÇÃO DA
MATÉRIA” (HAN 1976)
“ RAMO DA FÍSICA QUE TRATA DO MECANISMO DE DEFORMAÇÃO DOS CORPOS” ( LENK 1978)
“ CIÊNCIA DA DEFORMAÇÃO, ESCOAMENTO E DAS INTERRRELAÇÕES ENTRE FORÇA E SEUS EFEITOS (UTRAKI 1987).
REOLOGIA
“ TODO E QUALQUER FENÔMENO QUE POSSA SER EXPERIMENTALMENTE OBSERVADO, PODE
SER TAMBÉM TRADUZIDO POR UMA EXPRESSÃO MATEMÁTICA”
RELAÇÃO ENTRE TENSÃO E
DEFORMAÇÃO
COMPORTAMENTO REOLÓGICO
EQUAÇÕES CONSTITUTIVAS
MODELOS MATEMÁTICOS
1. ESTABILIDADE DE SUSPENSÕES E EMULSÕES (INDÚSTRIAS DE ALIMENTOS, FÁRMACOS E
COSMÉTICOS)
2. SEDIMENTAÇÃO DE SISTEMAS DURANTE TRANSPORTE E ARMAZENAGEM;
3. NIVELAMENTO DE TINTAS, PLASTISSÓIS E OUTROS REVESTIMENTOS;
4. LUBRIFICAÇÃO; TEXTURA DE ALIMENTOS; ESTABILIDADE DE GÉIS E TINTAS CONCENTRADAS;
5. PROCESSAMENTO DE PLÁSTICOS E ELASTÔMEROS
6. INDÚSTRIA DO PETRÓLEO (PROSPECÇÃO E PERFURAÇÃO DE POÇOS, PRODUÇÃO, REFINO E
TRANSPORTE)
APLICAÇÕES DA REOLOGIA
INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
PERFURAÇÃO DE POÇOS
COMPLETAÇÃO E ESTIMULAÇÃO
PRODUÇÃO
TRANSPORTE E ARMAZENAGEM
ESPECIFICAÇÃO DE PETRÓLEO E DERIVADOS
IMPORTÂNCIA DO CONHECIMENTO DOS PARÂMETROS REOLÓGICOS
DEFINIR O COMPORTAMENTO E O TIPO DE FLUXO
MODELAR
PROJETO DE ENGENHARIA (CALCULOS DAS PERDAS DE CARGA NAS TUBULAÇÕES E AS VELOCIDADES DE TRANSPORTE DE SÓLIDOS, ETC.)
ESPECIFICAR PETRÓLEO E DERIVADOS
ESTUDOS REOLÓGICOS APLICADOS A INDÚSTRIA DE PETRÓLEO
COMPLEXOS
SISTEMAS HETEROGÊNEOS MULTICOMPONENTES
(Efeitos sinérgicos e/ou antagônicos
EMPÍRICOS OU SEMI-EMPÍRICOS
Ex: Fluidos de perfuração
São misturas complexas de sólidos, líquidos, produtos químicos e por vezes gases. Podem apresentar aspecto de suspensão, dispersão coloidal e emulsão.
FUNÇÕES
Limpar o fundo do poço dos cascalhos gerados pela broca e transportá-los até a superfície;
Exercer pressão hidrostática sobre as formações de modo a evitar influxo e estabilizar as paredes do poço;Resfriar e lubrificar a coluna de perfuração e a broca.
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REOLOGIA
DEFORMAÇÃO X ESCOAMENTO
Processo reversível
Conservação de Energia
Processo Irreversível
Dissipação de energia (calor)
FAIXA DE COMPORTAMENTO DOS MATERIAIS
EXTREMOS CLÁSSICOS
Sólido Ideal Fluido Ideal
R. Hook (1678) I. Newton (1687)
ELASTICIDADE VISCOSIDADE
REOLOGIA
“” (Tudo Flui) Heraclitus (500 a. c.)
TempoTempo
Sólido ou Líquido ?
Em termos reológicos, a diferença entre um material sólido e um líquido é estabelecida pela relação entre o tempo natural e característico de relaxação do material () e o tempo no qual foi aplicada a deformação ou tensão (tempo de duração do experimento reológico “t”). Esta relação é definida como número de Deborah (De).
De = /t
“De”
SÓLIDO
LÍQUIDO
Profetiza Deborah – Velho Testamento
“The mountains flow before the Lord!”“As Montanhas Fluem Diante do Senhor"
O número de Deborah expressa o conceito clássico de que tudo flui desde que se espere tempo suficiente
Alto De Comportamento SólidoBaixo De Comportamento Líquido
“De” representa uma relação entre as forças elásticas e as forças viscosas que atuam no material.
Se t< o material não terá tempo suficiente para relaxar e se comportará como um sólido.
Os sólidos elásticos possuem e os líquidos viscosos possuem 0. Logo para sólidos De e líquidos viscosos De 0.
Ex 1: Óleos lubrificantes atuando em engrenagens (Sólido).
Ex 2: Borracha de silicone (poli (dimetil siloxano)) - “silly putty”
t < 1s
t = 24 h
Sólido elástico
Líquido viscoso
Ex 3. Vidro? Paris (catedral – 600 anos)Escoamento dos vidros
SÓLIDO IDEAL LÍQUIDO IDEAL
Aço Água
Estrutura forte Estrutura fraca
Rigidez Fluidez
Deformação Escoamento
Recupera a forma Perde forma
Armazena Dissipa energia
Elasticidade Viscosidade
Módulo de armazenamento Módulo de perda
EXTREMOS CLÁSSICOS
MATERIAIS MACROMOLECULARES
(POLIMÉRICOS )
Comportamento intermediário
VISCOELASTICIDADE
“Os materiais poliméricos fundidos ou em solução podem ser considerados como um tipo especial de material pois
apresentam comportamento duplo, isto é, podem se comportar como um líquido e um sólido. Esta
propriedade é conhecida como VISCOELASTICIDADE e é inerente aos materiais de alta massa molecular”
Os polímeros são macromoléculas naturais ou sintéticas de alta massa molecular (MM - 103 – 107), com conformação enovelada e possuindo entrelaçamentos físicos entre as cadeias.
POLÍMEROS X MACROMOLÉCULAS
COMPORTAMENTO REOLÓGICO
Consecutivos movimentos de tensão/deformação
tensão/relaxação
TENSÃO, DEFORMAÇÃO E TAXA DE DEFORMAÇÃO
TENSÃO: Quando um fluido está em movimento há vários tipos de forças atuando sobre ele. Essas forças surgem devido ao movimento do fluido (forças de convecção), à ação gravitacional (forças de campo), aos gradientes de pressão e as interações entre as moléculas do fluido (forças de superfície). Estas forças estão relacionadas à tensão ().
= F/A
F- força ; A- área (grandezas vetoriais)
nF
Vetor força vetor unitário normal tensor força
Considerando o tensor tensão em coordenadas cartesianas é usual representá-lo em termos de suas componentes ou na forma de uma matriz.
zzzyzx
yzyyyx
xzxyxx
ij
O índice “i” indica a direção de aplicação do esforço ou do escoamento; e o índice “j” corresponde à direção que influi na resposta ao esforço aplicado.
O material pode ser submetido a um estado de tensão triaxial (pressão hidrostática); biaxial ou
planar (cisalhamento simples) e uniaxial (tração ou compressão simples).
zzyyxx ,, Componentes normais da tensão
DEFORMAÇÃO: Quando um corpo é submetido a uma tensão biaxial (cisalhamento) ou uniaxial (tração/compressão), ele se deforma como resultado da força aplicada.
L = comprimento após a deformação
L0 = comprimento inicial do corpo
= deformação
0L
L
Taxa de cisalhamento
dt
d
DEFORMAÇÃO POR CISALHAMENTO(Fluxo Laminar)
= FA
h
x(t)
1 x(t)
h t
=
x(t)h
= . Vh
Rigidez G =
V
y
x
Az
Deformação
Viscosidade =.
=
Taxa de cisalhamento
As relações entre tensão e deformação que caracterizam reologicamente um dado material podem apresentar diferentes formas. Torna-se necessário então se conhecer as equações reológicas de estado ou equações constitutivas do material. Com o uso das equações reológicas de estado adequadas é possível modelar matematicamente e simular o comportamento de um dado material.
G
EQUAÇÕES REOLÓGICAS BÁSICAS
Tensão:
Viscosidade dinâmica:
Módulo:
(Pa)
(Pa.s)
(Pa)
Viscosidade cinemática:
(m2/s)
(1 mPas = 1 cPoise)
(1 mm2/s = 1 cStokes)
Viscosidades Típicas de Viscosidades Típicas de Materiais a 20°C e 1 atmMateriais a 20°C e 1 atm
Material Viscosidade
(mPa.s)
Material Viscosidade
(mPa.s)
Ar 10-3 Creme de leite, sucos,
sangue
101
Etano, neon 10-2 Azeite de oliva,
lubrificantes
102
água 1 Glicerina 103
Mercúrio 1,5 Mel 104
Éter 10-1 Asfaltos e betumes
105 - 106
Taxas Típicas dos ProcessosTaxas Típicas dos Processos
Processos Taxa de Cisalhamento (s-1)
Sedimentação 10-7
Separação de fases 10-5
Nivelamento 10-3
Escorrimento 10-2
Extrusão 102
Mastigação 102
Bombeamento 102
Pintura 103
Revestimento de Papel 106
DETERMINAÇÃO DAS PROPRIEDADES REOLÓGICAS
REGIME ESTACIONÁRIO OU PERMANENTE
REGIME OSCILATÓRIO
PROPRIEDADES EM REGIME PERMANENTE
Quando um material é submetido a um campo de deformação em cisalhamento simples, este apresentará uma resistência ao fluxo. A grandeza que indica tal resistência é conhecida como viscosidade em regime permanente de cisalhamento ou simplesmente (). Esta propriedade reológica é a mais importante no processamento de polímeros fundidos, pois as quedas de pressão, vazões e aumento de temperatura, que são parâmetros importantes nas operações de processamento dependem diretamente desta propriedade.
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO EXPERIMENTO
CURVA DE FLUXO – Tensão x Taxa de Cisalhamento
CURVA DE VISCOSIDADE – Viscosidade x Taxa de Cisalhamento
I- Região Newtoniana; II- Lei das Potências
Curva de Viscosidade
TIPOS DE FLUIDOS
• NEWTONIANOS
• Não-NEWTONIANOS
Viscosidade Taxa de cisalhamento
Comportamento Newtoniano e Não-Newtoniano de Fluídos
Região Newtoniana Independente de
Região Não-Newtoniana
= f()
Curvas de fluxo e de viscosidade
A curva de viscosidade típica de um material apresenta duas regiões. Uma a baixas taxas de cisalhamento, chamada de platô Newtoniano, em que a viscosidade independe da taxa de cisalhamento. A região a altas taxas de cisalhamento é chamada região de lei das potências. Nessa região a viscosidade decresce com o aumento da taxa de cisalhamento.
K= consistência do fluidon= índice de comportamento de fluxo (0 <n<1)
Quando a taxa de cisalhamento tende a zero, se obtém o conhecida como viscosidade do platô Newtoniano ou viscosidade a taxa nula de cisalhamento.
1n
Reg. I Reg. II
PROPRIEDADES EM REGIME OSCILATÓRIO
As propriedades em regime oscilatório ou dinâmico de cisalhamento de pequena amplitude, ou seja, a tensão de cisalhamento varia com a freqüência. A amplitude da tensão ou deformação de cisalhamento aplicada deverá ser pequena para assegurar de que as medidas ficarão dentro do regime de viscoelasticidade linear.
Quando o material é submetido à experimentos oscilatórios, as tensões resultantes oscilarão com a mesma freqüência , mas não estarão em fase com a deformação.A tensão e a deformação variam de forma senoidal ou cossenoidal sendo matematicamente expressa como uma função complexa.
Teste Dinâmico Mecânico
Deformação
Resposta
Ângulo da Fase
Uma deformação (tensão ou deformaçao) oscilatória
(senoidal) é aplicada a uma amostra.
A resposta do material (deformação ou tensão) é medida.
O ângulo da fase (delta), ou defasagem, entre a deformação e a resposta é medido.
Teste Dinâmico MecânicoResposta para os Extremos Clássicos
tensão
deformação
= 0° = 90°
Resposta Puramente Elástica(Sólido Hookeano)
Resposta Puramente
Viscosa(Líquido
Newtoniano)
tensão
deformação
Teste Viscoelástico Dinâmico MecânicoResposta do Material
Ângulo da fase 0° < < 90°
tensão
Deformação
EQUAÇÕES REOLÓGICAS BÁSICAS
tt
Gyx
yx
G
cosG0
0'
senG0
0''
Módulo complexo Viscosidade complexa
Módulo elástico ou de armazenamento
Módulo viscoso ou de perda
tanG
G'
''
Coeficiente de amortecimento
2''2'* GGG
Parâmetros Viscoelásticos
O Módulo Elástico (Armazenamento): Medida da elasticidade do material. A habilidade do material de armazenar energia.
G'
G"O Módulo Viscoso (perda): A habilidade do material de dissipar energia. Perda de energia como calor.
O Módulo Complexo: Medida da resistência à deformação total do material.
G*
Tan = G"/G'Tan Delta: Medida de amortecimento do material - como amortecimento de vibração ou som.
Armazenamento e Perda de Material Viscoelástico
SUPER BOLA
BOLA DE TÊNISX
ARMAZENAMENTO
PERDA
Se relacionarmos a deformação a taxa de cisalhamento teremos então as viscosidades.
sen0
0'
cos0
0''
Viscosidade dinâmica Viscosidade imaginária
Relacionada a dissipação de energia (Viscosidade)
Relacionada ao armazenamento de energia (Elasticidade)
''' G
''' G
G’, G’’, ’ e ’’ são chamadas de propriedades viscoelásticas lineares. Estas propriedades como são obtidas em regime oscilatório de pequena amplitude, são sensíveis a pequenas alterações na massa molecular, na distribuição de massa molecular e nas ramificações. No caso de misturas poliméricas, seu estudo permite analisar interações entre as fases como tensão interfacial, mudanças na morfologia entre outras.
“AS PROPRIEDADES REOLÓGICAS EM REGIME OSCILATÓRIO SÃO IMPORTANTES EM QUASE TODOS OS TIPOS DE PROCESSAMENTO POIS PERMITEM OBTER INFORMAÇÕES SOBRE A
ESTRUTURA MOLECULAR E A VISCOELASTICIDADE”
REGRA DE COX-MERZ
Relaciona a viscosidade em regime permanente de cisalhamento com a viscosidade em regime dinâmico.
Quando
Relação válida para polímeros fundidos e soluções poliméricas.
Não fornece bons resultados para as dispersões coloidais e suspensões