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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL AA ANO LXIII - 024 - QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2008 - BRASILIA-DF

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DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL

AA

ANO LXIII - Nº 024 - QUARTA-FEIRA, 5 DE MARÇO DE 2008 - BRASILIA-DF

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MESA DA CÂMARA DOS DEPUTADOS (Biênio 2007/2008)

PRESIDENTE ARLINDO CHINAGLIA – PT - SP

1º VICE-PRESIDENTE NARCIO RODRIGUES – PSDB-MG

2º VICE-PRESIDENTE INOCÊNCIO OLIVEIRA – PR - PE

1º SECRETÁRIO OSMAR SERRAGLIO – PMDB - PR

2º SECRETÁRIO CIRO NOGUEIRA – PP - PI

3º SECRETÁRIO WALDEMIR MOKA – PMDB - MS

4º SECRETÁRIO JOSE CARLOS MACHADO – DEM - SE

1º SUPLENTE MANATO – PDT - ES

2º SUPLENTE ARNON BEZERRA – PTB - CE

3º SUPLENTE ALEXANDRE SILVEIRA – PPS - MG

4º SUPLENTE DELEY – PSC - RJ

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CÂMARA DOS DEPUTADOS

SUMÁRIO

SEÇÃO I

1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA, MATUTINA, DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATURA, EM 04 DE MARÇO DE 2008

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expediente

OFÍCIOS

N° 978/08 – Do Senhor Ministro Marco Auré-lio, Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, infor-mando que o referido Tribunal indeferiu, mediante o provimento do Recurso Ordinário nº 1.132, o re-gistro da candidatura do Senhor Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima . ................................................. 06348

N° 71/08 – CN – Do Senhor Senador Gari-baldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal, encaminhando autógrafo da Resolução nº 01/08 CN. ........................................................................ 06349

N° 258/08 – Do Senhor Deputado Arlindo Chi-naglia, Presidente da Câmara dos Deputados, devol-vendo ao Deputado Índio da Costa o PL nº 2.863/08, de autoria deste, pelas razões que aduz. .............. 06349

Nº 113/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Veloso deixa de par-ticipar da Comissão de Segurança Pública e Com-bate ao Crime Organizado, passando a integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. ........................................................ 06350

Nº 114/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Nazareno Fonteles passa a integrar a Comissão de Seguridade Social e Família. .............................................................. 06350

Nº 115/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, co-municando que o Deputado Wilson Santiago passa a integrar a Comissão de Finanças e Tributação. . 06350

Nº 116/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Édio Lopes passa a integrar a Comissão de Finanças e Tributação. .... 06350

Nº 118/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC,

comunicando que o Deputado Eliseu Padilha passa a integrar a Comissão de Viação e Transportes. .. 06350

Nº 119/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Alberto Silva passa a integrar a Comissão de Viação e Transportes. ... 06351

Nº 120/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Vital do Rêgo Filho passa a integrar a Comissão de Constituição e Jus-tiça e de Cidadania. ............................................... 06351

Nº 122/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando a indicação dos Deputados do re-ferido Partido passarão a integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. .................. 06351

Nº 123/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, encaminhando a relação dos nomes dos Deputa-dos do referido Bloco que comporão as Comissões Permanentes nesta sessão legislativa. .................. 06351

Nº 125/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que os Deputados Alexandre San-tos, Antônio Andrade e Marinha Raupp deixam de integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. .............................................................. 06361

Nº 128/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Rocha Loures passa a integrar a Comissão de Educação e Cultura. .... 06361

Nº 129/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, co-municando que o Deputado Asdrubal Bentes passa a integrar a Comissão de Turismo e Desporto, em substituição à Deputada Fátima Pelaes que passa a participar da Comissão de Segurança Publica e Combate ao Crime Organizado. ............................ 06361

Nº 133/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Nelson Marquezelli passa a Integrar a Comissão de Trabalho, de Ad-ministração e Serviço Público. ............................... 06361

Nº 134/08 – Do Senhor Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC, comunicando que o Deputado Mauro Lopes passa

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06336 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

a integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ......................................................... 06362

Nº 43/08 – Do Senhor Deputado Maurício Rands, Líder do PT, encaminhando o quadro de composição dos Deputados do referido Partido para compor as Comissões Permanentes. .................... 06362

Nº 64/08 – Do Senhor Deputado Mauício Rands, Líder do PT, indicando o Deputado Adão Pretto para de integrar a Comissão de Legislação Participativa. .......................................................... 06365

Nº 65/08 – Do Senhor Deputado Maurício Rands, Líder do PT, indicando o Deputado Jose Rocha para integrar a Comissão de Ciência Tec-nologia, Comunicação e Informática. .................... 06365

Nº 66/08 – Do Senhor Deputado Mauício Rands, Líder do PT, indicando o Deputado Antonio Carlos Biscaia para integrar a Comissão de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania. .......................... 06365

N° 30/08 – Do Senhor Deputado Renildo Calheiros, Líder do PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB – encaminhando relação dos nomes dos Deputados do referido Bloco que comporão as Comissões Permanentes.......................................................... 06365

N° 34/08 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas, en-caminhando a relação dos nomes dos Deputados do referido Partido que comporão as Comissões Permanentes.......................................................... 06367

N° 35/08 – Do Senhor Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democrata, in-dicando os Deputados que integrarão o quadro de Vice-Líderes do referido Partido. ........................... 06382

N° 37/08 – Do Senhor Deputado Antonio Car-los Magalhães Neto, Líder do Democrata, indican-do o Deputado Guilherme Campos para integrar o quadro de Vice-Líderes do referido Partido. .......... 06382

N° 42/08 – Do Senhor Deputado Antonio Car-los Magalhães Neto, Líder do Democratas, comuni-cando que os Deputados Antonio Carlos Magalhães Neto e Vic Pires Franco permutam as vagas que ocupam nas Comissões de: Ciência e Tecnologia, Comunicação e informática e de Relações Exterio-res e de Defesa Nacional. ..................................... 06382

N° 136/08 – Do Senhor Deputado José Aní-bal, Líder do PSDB – indicando o Deputado Julio Semeghini como suplente, para integrar a Comissão de Viação e Transportes. ...................................... 06382

N° 137/08 – Do Senhor Deputado José Aní-bal, Líder do PSDB – indicando o Deputado Carlos Alberto Leréia para integrar a Comissão de Consti-tuição e Justiça e de Cidadania. ........................... 06382

N° 138/08 – Do Senhor Deputado José Aní-bal, Líder do PSDB – indicando o Deputado Carlos Alberto Leréia para integrar a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. .................... 06382

N° 142/08 – Do Senhor Deputado José Aníbal, Líder do PSDB – indicando o Deputado Nilson Pinto

para integrar a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática. ................................. 06383

N° 130/08 – Do Senhor Deputado Bruno Araú-jo, 1º Vice-Líder do PSDB – solicitando o desliga-mento do Deputado Waldir Neves da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ................. 06383

N° 132/08 – Do Senhor Deputado Bruno Araú-jo, 1º Vice-Líder do PSDB – indicando os Deputados do referido Partido que comporão as Comissões Permanentes nesta Casa. ..................................... 06384

Nº 79/08 – Do Senhor Deputado Luciano Castro, Líder do PR – indicando os Deputados do referido Partido que comporão as Comissões Per-manentes. .............................................................. 06387

Nº 85/08 – Do Senhor Deputado Luciano Cas-tro, Líder do PR – indicando o Deputado Homero Pereira para integrar a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. ............................ 06390

Nº 87/08 – Do Senhor Deputado Luciano Castro, Líder do PR – indicando o Deputado Sandro Mabel para integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ........................................ 06390

Nº 87/08 – Do Senhor Deputado Luciano Castro, Líder do PR – indicando os Deputados José Santana de Vasconcellos e Vicentinho Alves para integrarem a Comissão de Minas e Energia. ........ 06390

Nº 60/08 – Do Senhor Deputado Mário Negro-monte, Líder do PP – indicando o Deputado Vilson Covatti para integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ..................................... 06390

Nº 61/08 – Do Senhor Deputado Mário Negro-monte, Líder do PP – encaminhando as indicações dos Deputados do referido Partido que comporão as Comissões Permanentes. ................................. 06390

Nº 64/08 – Do Senhor Deputado Mário Negro-monte, Líder do PP – indicando o Deputado Nelson Meurer para integrar a CPMI com a finalidade de investigar o uso do Cartão de Pagamento do Go-verno Federal (Cartões Corporativos). .................. 06409

Nº 66/08 – Do Senhor Deputado Mário Negro-monte, Líder do PP – indicando o Deputado Eliene Lima para integrar a Comissão de Educação e Cul-tura. ....................................................................... 06409

Nº 67/08 – Do Senhor Deputado Mário Negro-monte, Líder do PP – indicando o Deputado Edu-ardo da Fonte para integrar a Comissão de Minas e Energia. ............................................................. 06409

Nº 54/08 – Do Senhor Deputado Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do PTB – indicando os Deputados do referido Partido que integrarão as Comissões Permanentes. ........................................................ 06409

Nº 56/08 – Do Senhor Deputado Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do PTB – indicando o Deputado Antonio Andrade para integrar a Comissão de Agri-cultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural. .................................................................... 06411

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06337

Nº 58/08 – Do Senhor Deputado Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do PTB – indicando o Deputado Sabino Castelo Branco para integrar a Comissão de Relações Exteriores e de Defesa .................... 06411

Nº 39/8 – Do Senhor Deputado Sarney Filho, Líder do PV – indicando o Deputado Roberto San-tiago para integrar a Comissão Especial destinada a proferir parecer à PEC nº 231-A/95. ................... 06411

Nº 43/08 – Do Senhor Deputado Sarney Fi-lho, Líder do PV – indicando o Deputado Roberto Santiago para integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. ...................................... 06412

Nº 44/08 – Do Senhor Deputado Sarney Fi-lho, Líder do PV – encaminhando as indicações dos Deputados do referido Partido que comporão as Comissões Permanentes nesta Casa. .............. 06413

Nº 27/08 – Do Senhor Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS – indicando os Deputados do referido partido que entregarão as Comissões Permanentes.......................................................... 06415

Nº 45/08 – Do Senhor Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS – indicando o Deputado Fer-nando Lopes para integrar a Comissão de Desen-volvimento Econômico, Indústria e Comércio. ....... 06417

Nº 46/08 – Do Senhor Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS – indicando o Deputado Car-los Eduardo Cadoca para integrar a Comissão de Turismo e Desporto. ............................................... 06417

Nº 47/08 – Do Senhor Deputado Fernan-do Coruja, Líder do PPS – indicando o Deputado Eliene Lima para integrar a Comissão de Minas e Energia. ................................................................. 06417

Nº 48/08 – Do Senhor Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS – indicando a Deputada Ma-nuela D’Avila para integrar a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público. ..................... 06417

Nº 12/08 – Da Senhora Deputada Luciana Genro, Líder do PSOL – indicando a Deputada To-nha Magalhães para integrar a Comissão de Se-guridade Social e Família. ..................................... 06417

Nº 13/08 – Da Senhora Deputada Luciana Genro, Líder do PSOL – indicando o Deputado Jaime Martins para integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania ....................................... 06417

Nº 14/08 – Da Senhora Deputada Luciana Genro, Líder do PSOL – indicando seu nome para integrar a Comissão de Finanças e Tributação. ..... 06418

COMUNICAÇÃO

– Do Senhor Deputado Antonio Carlos Bis-caia, comunicando que aceita assumir o mandato de Deputado Federal. ............................................ 06418

PROPOSTAS DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 221/2008 – Do Sr. Jovair Arantes – Acres-centa os §§ 5º e 6º ao art.17 da Constituição Fe-deral para determinar a índole política, eleitoral e programática do caráter nacional dos partidos po-

líticos, bem como para limitar a responsabilidade dos órgãos partidários ao seu âmbito específico de atuação. ................................................................. 06418

Nº 228/2008 – Do Sr. Ciro Pedrosa – Dá nova redação ao § 3º do art. 46 da Constituição Fede-ral. .......................................................................... 06422

Nº 233/2008 – Do Poder Executivo – Altera o Sistema Tributário Nacional e dá outras providên-cias. ....................................................................... 06424

PROJETOS DE LEI

Nº 2.755/2008 – Do Sr. Edson Ezequiel – Al-tera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a presença do proprietário durante a visto-ria para a concessão de certificado de segurança veicular. ................................................................. 06437

Nº 2.757/2008 – Da Srª. Sandra Rosado – Dá nova redação ao inciso III do § 1º do art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conhecimentos de Política como parte do currículo do ensino médio..................................................... 06438

Nº 2.760/2008 – Do Sr. Eduardo da Fonte – Altera a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que trata da propaganda de cigarros e bebidas alcoó-licas, entre outros, para dispor sobre a divulgação desses produtos ao longo das rodovias federais. . 06439

Nº 2.762/2008 – Do Sr. Moises Avelino – Al-tera a Lei nº 5.917, de 10 de setembro de 1973, que aprova o Plano Nacional de Viação, de modo a incluir na Relação Descritiva dos Portos Marítimos, Fluviais e Lacustres, os portos que especifica. ..... 06439

Nº 2.763/2008 – Do Sr. Angelo Vanhoni – Isen-ta as unidades museológicas no âmbito do Poder Público Federal, do pagamento das taxas referentes ao consumo de energia elétrica............................. 06440

Nº 2.774/2008 – Do Sr. Eliene Lima – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o recolhimento do documento de habilitação no caso que especifica. ......................................... 06441

Nº 2.802/2008 – Do Sr. Silas Câmara – Exce-tua as igrejas da aplicação dos arts. 53 a 61 do Códi-go Civil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. 06441

Nº 2.806/2008 – Do Sr. Silas Câmara – Acres-centa parágrafo único ao art. 10 da Lei nº 6.923, de 29 de junho de 1981, assegurando unicidade aos diversos segmentos da religião protestante para os efeitos de proporcionalidade na quantidade de capelães de cada confissão religiosa. ................... 06442

Nº 2.809/2008 – Do Sr. Silas Câmara – Modifi-ca a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, Lei Geral de Telecomunicações – LGT, para incluir, como di-reito do usuário de telecomunicações o questiona-mento de débitos lançados em conta telefônica. ... 06443

Nº 2.810/2008 – Do Sr. Silas Câmara – Cria a obrigação de instalação de gerador de energia em hospitais do SUS. ............................................ 06443

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06338 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Nº 2.812/2008 – Do Sr. José Fernando Apa-recido de Oliveira – Modifica a Lei nº 6.088, de 16 de julho de 1974, que “dispõe sobre a criação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – Codevasf – e dá outras providências”. 06444

Nº 2.815/2008 – Do Sr. Gilmar Machado – Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre placas de veículos............................. 06445

Nº 2.817/2008 – Do Sr. Renato Molling – Altera a Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, que dispõe sobre a Faixa de Fronteira. .................................... 06446

Nº 2.818/2008 – Do Sr. Renato Molling – Con-cede às empresas de saneamento básico isenção do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, nas condições que menciona...... 06447

Nº 2.819/2008 – Do Sr. Renato Molling – Al-tera o art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que dispõe sobre licitações e contratos ad-ministrativos e dá outras providências. .................. 06447

Nº 2.877/2008 – Do Poder Executivo – Dis-põe sobre o atendimento da alimentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica, altera a Lei nº 10.880, de 9 de junho de 2004, e dá outras providências. .............. 06449

INDICAÇÕES

Nº 1.896/2008 – Do Sr. Flávio Dino – Sugere ao Ministro de Estado da Educação que sejam to-madas providências relativas à regularização fun-diária do Bairro Sá Viana, localizado no Campus da Universidade Federal do Maranhão, em São Luís, Estado do Maranhão. ............................................. 06457

Nº 1.906/2008 – Do Sr. Waldir Maranhão – Su-gere ao Ministro da Fazenda seja evitado a desati-vação da agência do Banco do Brasil no município de Grajaú – MA, medida anunciada pela Superin-tendência Estadual da Instituição para ocorrer no final do mês em curso. ........................................... 06457

Nº 1.916/2008 – Do Sr. Barbosa Neto – Su-gere ao Ministro da Fazenda a redução do IPI in-cidente sobre veículos equipados com acessórios de segurança. ........................................................ 06458

Nº 1.917/2008 – Do Sr. Iran Barbosa – Su-gere ao Ministro da Educação, a investigação da possibilidade de fraudes no registro das matrículas da educação básica nos anos que antecederam a implantação do EDUCACENSO, em 2007 e em caso de comprovação, a punição dos responsáveis. ..... 06458

Nº 1.920/2008 – Da Srª. Fátima Pelaes – Su-gere ao Ministro de Estado da Justiça, a inclusão do estado do Amapá no Programa Nacional de Segurança e Cidadania. ........................................ 06458

Nº 1.921/2008 – Do Sr. Walter Ihoshi – Suge-re ao Ministro de Estado das Relações Exteriores a criação de um consulado brasileiro na cidade de Hamamatsu, no Japão. .......................................... 06459

Nº 1.922/2008 – Do Sr. Bilac Pinto – Sugere ao Poder Executivo, por intermédio do Ministério da Educação, a instalação de uma unidade do CEFET no município de Itanhamdu/MG. ............................ 06460

Nº 1.923/2008 – Do Sr. Bilac Pinto – Sugere ao Senhor Ministro de Estado da Fazenda, Guido Mantega, no âmbito do Banco do Brasil S.A, para que seja instalada uma Agência deste banco no Município de Congonhal, Minas Gerais. ................ 06460

Nº 1.924/2008 – Do Sr. Waldir Maranhão – Sugere ao Ministro de Minas e Energia a assinatu-ra de um protocolo de intenções entre a Petrobras e o Governo do Maranhão para a implantação de unidades industriais de produção de biodiesel. ..... 06460

Nº 1.925/2008 – Do Sr. Barbosa Neto – Sugere ao Senhor Ministro de Minas e Energia a instalação de uma Subsede da Agência Nacional de Petróleo em Londrina/PR. .................................................... 06462

Nº 1.926/2008 – Do Sr. Barbosa Neto – Sugere ao Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão o envio de projeto de lei que impeça a mudança de servidor público de local de trabalho sem aviso prévio de um ano. .................................................. 06462

Nº 1.927/2008 – Do Sr. Carlos Souza – Su-gere ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Saúde que institua força-tarefa para o combate a doenças endêmicas no Estado do Amazonas. ... 06463

Nº 1.928/2008 – Do Sr. Waldir Maranhão – Sugere ao Ministro do Meio Ambiente determine ao IBAMA providências para coibir operação de depósito de desejos orgânicos localizado no Mu-nicípio de Balsas (MA). .......................................... 06463

Nº 1.929/2008 – Do Sr. Carlos Santana – Sugere ao Poder Executivo, por intermédio do Mi-nistério da Defesa, modificações no Decreto nº 3.690, de 19 de dezembro de 2000, que “Aprova o regulamento do Corpo do Pessoal Graduado da Aeronáutica e dá outras providências”. ................. 06464

Nº 1.930/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Pos-tal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Bom Jesus do Sul, no estado do Paraná. .................................................................. 06465

Nº 1.931/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Boa Ventura de São Roque, no estado do Paraná. ............................................................. 06465

Nº 1.932/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Ventania, no estado do Paraná. ....... 06465

Nº 1.933/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06339

abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Pinhal de São Bento, no estado do Paraná. .................................................................. 06466

Nº 1.934/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telé-grafos no município de Porto Barreiro, no estado do Paraná. ......................................................... 06466

Nº 1.935/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Rancho Alegre d’Oeste, no estado do Paraná. .................................................................. 06466

Nº 1.936/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Pos-tal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Reserva do Iguaçu, no estado do Paraná. .................................................................. 06466

Nº 1.937/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Pos-tal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Rio Branco do Ivaí, no estado do Paraná. .................................................................. 06467

Nº 1.938/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Santa Lúcia, no estado do Paraná. .. 06467

Nº 1.939/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Santa Mônica, no estado do Paraná. 06467

Nº 1.940/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Serranópolis do Iguaçu, no estado do Paraná. .................................................................. 06467

Nº 1.941/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Pos-tal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Saudade do Iguaçu, no estado do Paraná. .................................................................. 06468

Nº 1.942/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de São Manoel do Paraná, no estado do Paraná. .................................................................. 06468

Nº 1.943/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a

abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de São José das Palmeiras, no estado do Paraná. ............................................................. 06468

Nº 1.944/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Senhor Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Pos-tal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Nova Esperança do Sudoeste, no estado do Paraná................................................... 06468

Nº 1.945/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Mercedes, no estado do Paraná. ........................... 06469

Nº 1.946/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Mato Rico, no estado do Paraná. .......................... 06469

Nº 1.947/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Marquinho, no estado do Paraná. .......................... 06469

Nº 1.948/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Manfrinópolis, no estado do Paraná. ..................... 06469

Nº 1.949/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Laranjal, no estado do Paraná. .............................. 06470

Nº 1.950/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Jaguariaíva, no estado do Paraná. ........................ 06470

Nº 1.951/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Iguatu, no estado do Paraná.................................. 06470

Nº 1.952/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Honório Serpa, no estado do Paraná. ................... 06470

Nº 1.953/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Goioxim, no estado do Paraná. ............................. 06471

Nº 1.955/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de

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06340 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Foz do Jordão, no estado do Paraná. .................... 06471

Nº 1.956/2008 – Do Sr. Luiz Carlos Hauly – Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Fernandes Pinheiro, no estado do Paraná. ........... 06471

RECURSO

Nº 149/2008 – Do Sr. Leonardo Picciani – Recorre, nos termos do art. 95, § 8º do Regimento Interno, da decisão da Presidência na Questão de Ordem nº 249, de 2007, sobre inscrição para en-caminhamento de emenda destacada. .................. 06471

REQUERIMENTOS

Nº 2.302/08 – Do Senhor Deputado Barbosa Neto, requerendo voto de louvor ao cardiologista Manoel Fernandes Canesin, idealizador do projeto “Tempo é Vida” e Consultor da Coordenação Geral de Urgência e Emergência do SUS. ...................... 06472

Nº 2.309/08 – Da Senhora Deputada Rebeca Garcia, requerendo voto de pesar pelo falecimento do jornalista Aguinelo Oliveira. .............................. 06473

Nº 2.313/08 – Do Senhor Deputado Ronaldo Caiado, requerendo voto de pesar pelo falecimento o Senador Jonas Pinheiro...................................... 06473

Nº 2.327/08 – Do Senhor Deputado Home-ro Pereira, requerendo o registro nos Anais desta Casa de pronunciamento do Prefeito Municipal de Colíder – MT, Senhor Celso Nanazesk, no evento “O Nortão Reage”, e a Nota Oficial da Comissão Organizadora. ....................................................... 06473

Nº 2.335/08 – Do Senhor Deputado Eudes Xavier, requerendo, o registro nos Anais desta Casa, voto de louvor ao Jornal o Povo, do Ceará, por ma-téria que trata do aniversário de 10 anos do Banco Palmas. .................................................................. 06478

IV – Comissão GeralPRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Transfor-

mação da sessão plenária em Comissão Geral para debate dos temas A Mulher nos Espaços de Poder e A Lei Maria da Penha no Combate à Violência. . 06478

Determinação do rito procedimental da Co-missão Geral. ......................................................... 06478

Convite à Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Nilcéa Freire, e às De-putadas Sandra Rosado e Perpétua Almeida para composição da Mesa Diretora dos trabalhos......... 06478

Usaram da palavra durante o debate os Srs. TEREZA VITALE, membro da Coordenação Exe-cutiva da Coordenação Nacional de Mulheres do Partido Popular Socialista – PPS; CARMEM SIL-VEIRA DE OLIVEIRA, Subsecretária da Secreta-ria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República; HERILDA BALDUÍNO DE SOUSA, representante do Conselho Federal da Ordem dos

Advogados do Brasil – OAB e membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos; MARISA ESTELA SANABRIA TEJERA, psicóloga, mestre em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais – UFMG e membro da Academia Feminina Mineira de Letras; RODRIGO CUNHA, filho da ex-Deputada Federal Ceci Cunha. ........................................................... 06478

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Compro-misso da Presidência de envio de Comissão Par-lamentar ao Estado de Alagoas, para acompanha-mento do processo de julgamento dos assassinos da ex-Deputada Ceci Cunha. Combate à violência contra as mulheres no País. .................................. 06482

Usaram da palavra durante o debate as Sras. NILCÉA FREIRE, Ministra da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; GUACIRA CÉSAR DE OLIVEIRA, representante do Centro Feminista de Estudos e Assessoria. ...................................... 06483

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Convi-te à Secretária-Adjunta da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, Teresa Cristina Nasci-mento Souza, para composição da Mesa Diretora dos trabalhos. Alerta aos Deputados e convidados sobre a observância do tempo concedido para uso da palavra. ............................................................. 06484

Usaram da palavra durante o debate as Sras. MARLENE LIBARDONI, representante da AGENDE – Ações em Gênero Cidadania e Desenvolvimento; BRASÍLIA CARLOS FERREIRA, Profa. da Univer-sidade Federal do Rio Grande do Norte – UFRN; SILVIA CAMURÇA, Secretária-Executiva da Arti-culação de Mulheres Brasileiras – AMB; JUREMA WERNECK, representante da Articulação Nacional de Mulheres Negras; TÉLIA NEGRÃO, Secretária-Executiva da Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos; SARAH DE ROURE, Secretária-Executiva da Marcha Mundial de Mulheres; MARIA DA GRAÇA SOUSA, Direto-ra da Secretaria de Mulheres da Central Única dos Trabalhadores – CUT/DF; PRESCILA BORGES DE CARVALHO, representante do PRB Mulher; OLÍVIA SANTANA, Diretora de Relações Internacionais da UNEGRO – União de Negros pela Igualdade, Presi-denta da Comissão de Educação, Cultura, Esporte e Lazer da Câmara Municipal de Salvador, Estado da Bahia; KÁTIA MARIA BARRETO SOUTO, membro da Coordenação Nacional e Conselho Consultivo da União Brasileira de Mulheres – UBM; MÁRCIA MARIA COTA DO ÁLAMO, advogada do Centro de Assistência ao Desenvolvimento da Mulher – orga-nização não governamental Maria Bonita; HAIDÊ MARIA LIMA DE JESUS, assessora da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de Curitiba e responsável pelas políticas sociais do Estado do Paraná; MARIA DA CONCEIÇÃO RO-CHA PINHEIRO, empresária, advogada e assistente social. .................................................................... 06484

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06341

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Manifes-tação de boas-vindas à Presidenta da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil, Assunta Bergamasco, e às demais diri-gentes de entidades presentes no plenário. .......... 06492

Usou da palavra durante o debate a Sra. VA-NUZA VALADARES, Presidenta da Comissão de Meio Ambiente e Recursos Hídricos da Assembléia Legislativa do Estado de Goiás. ........................... 06493

PRESIDENTA (Sandra Rosado) – Agradeci-mento da bancada feminina ao Presidente Arlindo Chinaglia pela realização da Comissão Geral. Avan-ços da Lei Maria da Penha, destinada ao combate à violência doméstica contra a mulher. Importância da luta das mulheres pelo espaço de Poder. ......... 06493

Usaram da palavra durante o debate as Sras. ODISSÉIA PINTO DE CARVALHO, representante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher; SAN-DRA LÚCIA FAGUNDES, representante do Projeto Refúgio da Mulher. ................................................. 06494

PRESIDENTA (Sandra Rosado) – Presença no plenário da Deputada Estadual Luzia Toledo, da Assembléia Legislativa do Espírito Santo. Convite às Deputadas Rose de Freitas e Janete Rocha Pietá para composição da Mesa Diretora dos trabalhos. Presença de Parlamentares no plenário. Convite aos participantes na Comissão Geral para a abertura de exposição no corredor de acesso ao plenário da Casa. ..................................................................... 06495

Usaram da palavra durante o debate as Sras. Deputadas PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB – AC), FÁTIMA BEZERRA (PT – RN). ..................... 06495

PRESIDENTA (Sandra Rosado) – Anúncio de encontro da bancada feminina da Casa com o Pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva. Informação sobre o lançamento do 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres. Convite às Deputadas Luiza Erundina e Angela Amin para composição da Mesa Diretora dos trabalhos. ........................................................ 06497

Usaram da palavra durante o debate os Srs. Deputados CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC), ANA ARRAES (Bloco/PSB – PE), VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM). ..................... 06498

PRESIDENTA (Sandra Rosado) – Saudações a convidados presentes no plenário. ..................... 06500

Usaram da palavra durante o debate os Srs. Deputados ALICE PORTUGAL (Bloco/PCdoB – BA), JANETE CAPIBERIBE (Bloco/PSB – AP), MICHEL TEMER (Bloco/PMDB – SP), PAULO HENRIQUE LUSTOSA (Bloco/PMDB – CE), LUIZA ERUNDINA (Bloco/PSB – SP), JANETE ROCHA PIETÁ (PT – SP), RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF), BEL MESQUITA (Bloco/PMDB – PA), DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB – RS). ............................. 06500

PRESIDENTA (Sandra Rosado) – Convite à Deputada Maria do Rosário para composição da Mesa Diretora dos trabalhos. ................................. 06505

Usaram da palavra durante o debate os Srs. Deputados WALDIR MARANHÃO (PP – MA), FER-NANDO FERRO (PT – PE), MARIA DO ROSÁRIO (PT – RS), MARCELO ORTIZ (PV – SP), OSÓRIO ADRIANO (DEM – DF). ......................................... 06505

PRESIDENTA (Sandra Rosado) – Agradeci-mento aos Parlamentares e convidados presentes. Convite aos participantes na Comissão Geral para a abertura de eventos em homenagem à mulher nas dependências da Casa. Atuação aguerrida e incessante da bancada feminina em prol dos direi-tos das mulheres. Agradecimento às mulheres pela participação na Comissão Geral. .......................... 06507

V – Encerramento2 – ATA DA 025ª SESSÃO DA CÂMARA

DOS DEPUTADOS, ORDINÁRIA, DA 2ª SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA, DA 53ª LEGISLATU-RA, EM 04 DE MARÇO DE 2008

I – Abertura da sessãoII – Leitura e assinatura da ata da sessão

anteriorIII – Leitura do expedientePRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Compro-

misso regimental e posse do Deputado ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT – RJ). .............................. 06517

IV – Pequeno ExpedienteADEMIR CAMILO (Bloco/PDT – MG) – Pre-

sença no plenário do Prefeito Antônio Pio Salda-nha, do Município de Poté, e do Deputado Sargento Rodrigues, da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais. ......................................................... 06518

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE) – Realizações do Prefeito Edmilson Júnior, do Muni-cípio de Quixeramobim, Estado do Ceará. ............ 06518

DÉCIO LIMA (PT – SC) – Transcurso do Dia Internacional da Mulher. Avanços no combate à violência contra a mulher, com destaque na promul-gação da chamada Lei Maria da Penha. Alocação de recursos do Plano Plurianual de Investimentos – PPA de 2008/2011 para o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. .... 06518

ROBERTO BRITTO (PP – BA) – Transfor-mação de sessão plenária da Casa em Comissão Geral para debate dos temas A Mulher nos Espa-ços de Poder e A Lei Maria da Penha no Combate à Violência. Reajuste ao salário mínimo. .............. 06519

FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB – CE) – Abandono de menores no País. Saudações às mulheres cearenses. ............................................. 06519

GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB – PE) – Transcurso do Dia Internacional da Mulher. Realiza-ção da 1ª Feira da Agricultura Familiar no Município de Santa Maria da Boa Vista, Estado de Pernam-buco. ..................................................................... 06520

JOSÉ CARLOS VIEIRA (DEM – SC) – Trans-curso do Dia Internacional da Mulher. Presença, na Casa, do Presidente do Sindicato dos Comerciários do Município de Joinville, Estado de Santa Catarina,

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06342 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Waldemar Schulz Júnior, o Mazinho. Escalada da violência no trânsito do País, com destaque para o alto índice de acidentes automobilísticos em Santa Catarina. Êxito de campanha do Grupo RBS pela redução de acidentes de trânsito. ......................... 06523

BARBOSA NETO (Bloco/PDT – PR) – Alcance social do programa de microcrédito solidário lança-do pelo Grameen Bank, em Bangladesh, instituição bancária criada por Muhammad Yunus, contemplado com o Prêmio Nobel da Paz em 2006. .................. 06523

ERNANDES AMORIM (PTB – RO) – Prejuízos causados à agricultura familiar e ao setor madeireiro pela falta de critérios no combate ao desmatamen-to no Estado de Rondônia. Emenda orçamentária apresentada pelo orador para recuperação de áreas florestais degradadas no Estado. ......................... 06524

RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE) – Transcurso do 4º aniversário de criação do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Desempenho do Ministro da Pasta, Patrus Ananias. ................................................................. 06525

JOSÉ GENOÍNO (PT – SP) – Entrevista con-cedida pelo jurista Luiz Flávio Gomes ao jornal O Estado de S. Paulo, sob o título Juiz não pode falar fora dos autos. ....................................................... 06526

NAZARENO FONTELES (PT – PI) – Partici-pação em audiência pública na Câmara Municipal de Fortaleza destinada ao debate do tema Defesa da vida. Expectativa quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre processo relativo ao assun-to. ........................................................................... 06527

JACKSON BARRETO (Bloco/PMDB – SE) – Resultado positivo da visita do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Estado de Sergipe. ........... 06527

MANATO (Bloco/PDT – ES) – Agradecimento à Ministra do Turismo, Marta Suplicy, pela liberação de recursos ao Município de Irupi, no Estado do Espírito Santo, por ocasião das festas carnavales-cas. ........................................................................ 06527

PINTO ITAMARATY (PSDB – MA) – Trans-curso do 29° aniversário de fundação da Socieda-de Maranhense de Direitos Humanos. Realização do V Encontro de Primeiras-Damas dos Estados e Municípios; da Conferência Regional da Juventude; e da Conferência Metropolitana de Meio Ambiente, sobre o tema O Maranhão e as Mudanças Climáti-cas. ........................................................................ 06527

IRAN BARBOSA (PT – SE) – Participação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva no 6º Fórum dos Governadores do Nordeste, em Aracaju, Estado de Sergipe. Carta de Sergipe elaborada durante o evento. Reabertura da Carteira de Crédito Imobili-ário pelo Banco do Estado de Sergipe. Relevância do Projeto Água Doce, de iniciativa da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urba-no do Ministério do Meio Ambiente. Expectativa de reconhecimento, pela UNESCO, da Praça São

Francisco, no Município de São Cristóvão, como Patrimônio Histórico da Humanidade. ................... 06528

EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC) – Cres-cimento da produção de uva no Estado de Santa Catarina. ................................................................ 06532

EDUARDO VALVERDE (PT – RO) – Visita do orador ao Município de Vale do Paraíso, Estado de Rondônia, para debate da inclusão da muni-cipalidade no Programa Territórios da Cidadania. Anúncio de encontro do Parlamentar com Prefei-tos Municipais da região conhecida como Arco do Desmatamento....................................................... 06532

WALDIR MARANHÃO (PP – MA) – Aprovação, pelo Diretório Regional do PT no Estado do Mara-nhão, dos nomes do orador e do Deputado Hélio Soares como pré-candidatos à Prefeitura Municipal de São Luís. Precariedade do setor de saneamento básico no Município de Balsas. Elevado índice de inadimplência de financiamentos imobiliários obti-dos junto à Caixa Econômica Federal no Estado do Maranhão. .............................................................. 06532

CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC) – Elaboração do Código Florestal do Estado de Santa Catarina. Apresentação dos Projetos de Lei de nºs 2.441, de 2007, e 2.751, de 2008, referentes ao tema. Matéria publicada pelo jornal Valor Econô-mico a respeito do assunto. ................................... 06534

PROFESSOR RUY PAULETTI (PSDB – RS) – Protesto contra a suspensão, pela empresa TAM – Linhas Aéreas S/A, de vôos para o Município de Caxias do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. Rea-lização da Festa da Uva na municipalidade. ......... 06535

LELO COIMBRA (Bloco/PMDB – ES) – Apro-vação popular da administração do Governador do Estado do Espírito Santo, Paulo Hartung, conforme pesquisa do Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística – IBOPE. ........................................... 06535

LINCOLN PORTELA (PR – MG) – Aprovação do projeto de lei sobre a instituição do Programa Bolsa-Formação, pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado. ............ 06536

VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM) – Protesto contra a invasão do território equatoria-no pelas forças armadas colombianas, em missão de combate às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC. Visita de delegação de Par-lamentares a Cuba, sob a coordenação do Grupo Parlamentar Brasil/Cuba. ....................................... 06536

EUGÊNIO RABELO (PP – CE) – Relevância do Projeto Sacolas Ecológicas Tauá 2008, desenvol-vido por estudantes do curso de Ciências Biológicas da Universidade Estadual do Ceará – UECE. ....... 06537

CARLOS ABICALIL (PT – MT) – Transcurso do 80º aniversário natalício de D. Pedro Casaldáliga, Bispo Emérito de São Félix do Araguaia, Estado de Mato Grosso. ......................................................... 06537

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06343

IVAN VALENTE (PSOL – SP) – Repúdio à ação militar realizada pelo exército colombiano no Equador. ................................................................ 06538

ELISEU PADILHA (Bloco/PMDB – RS) – Ex-pectativa de recorde na produção de arroz no Mu-nicípio de Cachoeirinha, Estado do Rio Grande do Sul. Importância da participação do setor primário no PIB gaúcho. ...................................................... 06540

ALBANO FRANCO (PSDB – SE) – Realização da 1ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no Município de Nossa Senhora do Socorro, Estado de Sergipe. ............................. 06540

VIGNATTI (PT – SC) – Anúncio de lança-mento, pelo Governo Luiz Inácio Lula da Silva, do 2º Plano Nacional de Políticas para as Mulheres por ocasião do transcurso do Dia Internacional da Mulher. ................................................................... 06541

FRANCISCO RODRIGUES (DEM – RR) – Imediata suspensão, pelo Governo Federal, da re-tirada de agricultores da Reserva Indígena Raposa Serra do Sol, no Estado de Roraima. .................... 06542

PAULO RENATO SOUZA (PSDB – SP) – Pro-testo contra a fusão entre as empresas de teleco-municações Oi/TELEMAR e Brasil Telecom. ......... 06542

PAULO TEIXEIRA (PT – SP) – Repúdio à invasão de território equatoriano pelas forças ar-madas colombianas. .............................................. 06543

JOÃO CAMPOS (PSDB – GO) – Eleição do orador para a Presidência da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional. Realização da Jornada Nacional Evangélica em Defesa da Vida e da Família, em Goiânia, Estado de Goiás. Balanço dos trabalhos realizados pela Comissão de Segu-rança Pública e Combate ao Crime Organizado. .. 06543

DOMINGOS DUTRA (PT – MA) – Alcance so-cial do Programa Territórios da Cidadania. Repúdio à ação ajuizada no Superior Tribunal Federal contra o Programa pelo PSDB e pelo DEM. .................... 06544

DR. TALMIR (PV – SP) – Transcurso do Dia Internacional da Mulher. Expectativa quanto ao indeferimento, pelo Supremo Tribunal Federal, do processo sobre a liberação de pesquisas com cé-lulas-tronco embrionárias. .................................... 06545

ZONTA (PP – SC) – Realização de rodízio de mandato entre os Deputados e Suplentes do Partido Progressista na Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina. Urgente reforma do Aeroporto Internacional Hercílio Luz, em Florianópolis, e do Aeroporto Municipal Serafim Enzo Bertazzo, em Chapecó................................................................. 06546

JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS (PR – MG) – Homenagem à memória do ex-Deputado Estadual José Bonifácio Tamm de Andrada, de Minas Gerais. Transcurso do 80º aniversário de fundação do jornal Estado de Minas. ................................... 06547

NELSON BORNIER (Bloco/PMDB – RJ) – Conveniência de elaboração de política de trata-mento e destinação de lixo urbano. ...................... 06549

REBECCA GARCIA (PP – AM) – Necessi-dade de regularização da propriedade de terras na Amazônia. .............................................................. 06550

PEDRO CHAVES (Bloco/PMDB – GO) – Atu-ação conjunta da bancada federal do Estado de Goiás em prol dos interesses de Municípios. Inves-timentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC para o Estado, com destaque para as áreas de infra-estrutura, saneamento e ha-bitação. .................................................................. 06550

RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES) – Necro-lógio do Monsenhor Rômulo Neves Balestrero. ..... 06552

GLADSON CAMELI (PP – AC) – Transcurso da Semana Internacional da Mulher. Enaltecimento de ações realizadas por mulheres brasileiras. Con-tribuição da chamada Lei Maria da Penha para o combate à violência contra a mulher. Pioneirismo da participação feminina na política no Estado do Acre. ...................................................................... 06552

NATAN DONADON (Bloco/PMDB – RO) – Alocação pelo orador de recursos orçamentários para reforma do Estádio Municipal de Colorado do Oeste, Estado de Rondônia. .................................. 06553

JOVAIR ARANTES (PTB – GO) – Apresen-tação do Projeto de Lei nº 2.847, de 2007, sobre a concessão de benefício assistencial de prestação continuada a responsáveis por pessoa deficiente. 06554

GEORGE HILTON (PP – MG) – Subvalori-zação do trabalho das mulheres. Continuidade da violência contra a mulher. Transcurso do Dia Inter-nacional da Mulher. ............................................... 06554

INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE) – Estudos realizados pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada – IPEA sobre o envelhecimento da po-pulação brasileira. Aperfeiçoamento da legislação brasileira de proteção aos idosos. ......................... 06555

SANDES JÚNIOR (PP – GO) – Apoio à ins-talação da CPMI dos Cartões Corporativos. ......... 06556

MÁRIO DE OLIVEIRA (Bloco/PSC – MG) – Importância da realização de investimentos na educação dos jovens brasileiros. Conveniência de desenvolvimento, pelas Forças Armadas brasilei-ras, de programa de acolhimento das crianças e adolescentes abandonados. .................................. 06556

CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE) – Ho-menagem à memória do poeta popular Leandro Gomes de Barros, ao ensejo do transcurso do 90º aniversário do seu falecimento. Poema O Povo na Cruz, de sua autoria. ............................................. 06557

ANTONIO BULHÕES (Bloco/PMDB – SP) – Transcurso do primeiro ano de vigência da Lei nº 11.419, de 2006, sobre a informatização de proces-sos judiciais. .......................................................... 06559

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06344 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

EDUARDO LOPES (Bloco/PSB – RJ) – Lan-çamento do Programa Territórios da Cidadania pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Implantação de ações do referido programa em municípios do Estado do Rio de Janeiro em 2008. ...................... 06560

MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB – AM) – Visita do orador ao Município de Tapauá, Estado do Amazonas. ........................................................ 06560

FELIPE BORNIER (PHS – RJ) – Lançamento da campanha Eleitor jovem, vamos mudar o mun-do, pelo Tribunal Regional Eleitoral do Estado do Rio de Janeiro, em parceria com a Rede Globo de Televisão. ............................................................... 06560

PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB – AC) – Protesto contra a invasão do território equatoriano pelas Forças Armadas colombianas. ..................... 06561

VITOR PENIDO (DEM – MG) – Necessida-de de instalação de agência do Banco do Brasil no Município de Felixlândia, Estado de Minas Gerais. .............................................................. 06561

EUNÍCIO OLIVEIRA (Bloco/PMDB – CE) – Papel da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste – SUDENE e do Banco do Nordeste do Brasil no processo de crescimento socioeconômico da região. Importância do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Nordeste, o Cre-diamigo, e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar no combate aos bolsões da pobreza no Nordeste brasileiro. ............................. 06562

BETO FARO (PT – PA) – Pedido à Casa de aprovação ao projeto de lei concessivo a proprieda-des rurais da isenção do recolhimento do Imposto Territorial Rural – ITR. ............................................ 06564

VANDER LOUBET (PT – MS) – Urgente apro-vação do projeto de inclusão da prática de adulte-ração de alimentos no rol de crimes hediondos. ... 06565

AUGUSTO CARVALHO (PPS – DF) – Razões de prejuízos do Banco do Brasil. Envolvimento da instituição bancária no escândalo do mensalão. .. 06565

ANTONIO CARLOS MENDES THAME (PSDB – SP) – Necessidade de ações do Ministério das Relações Exteriores contra a discriminação de cida-dãos brasileiros praticada por países estrangeiros, notadamente contra mulheres. .............................. 06566

V – Grande ExpedienteNELSON MARQUEZELLI (PTB – SP) – Enal-

tecimento da qualidade da carne bovina brasileira. Razões do embargo imposto pela União Européia às exportações de carne do Brasil. Posicionamento contrário à ratificação, pelo Congresso Nacional, da Convenção n° 151 da Organização Internacional do Trabalho – OIT, atinente ao direito de organização dos trabalhadores do setor público. ....................... 06567

MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pela ordem.) – Expectativa de apreciação, pela Casa, de medida provisória de interesse do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Militar do Distrito

Federal. Imediata votação do Orçamento Geral da União 2008. .......................................................... 06568

DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela ordem.) – Repúdio a ação da Prefeitura Municipal de Salvador contra terreiro de religião afro-brasileira. Elogio ao Presidente da República pelo lançamento do Programa Territórios da Cidadania. .................. 06568

ZÉ GERALDO (PT – PA. Pela ordem.) – En-caminhamento de proposta de reforma tributária ao Congresso Nacional pelo Poder Executivo. Con-gratulações ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela iniciativa. ........................................................ 06569

ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Pela ordem.) – Contestação a pronunciamentos de Deputados governistas sobre a ação militar realizada pelo Exército colombiano contra as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC em território equatoriano. Repúdio à atuação do Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, no episódio. Papel do Brasil na mediação do conflito entre a Venezuela e a Colômbia. ............................................................ 06570

PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Presença nas galerias do plenário de integrantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil do Distrito Federal, para acompanhamento da votação da Medida Provisória nº 401, de 2007. .... 06571

MENDONÇA PRADO (DEM – SE) – Questão de ordem sobre a concessão, pela Presidência, do uso da palavra a oradores não inscritos em detri-mento da inscrição do orador. ............................... 06571

PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Resposta ao Deputado Mendonça Prado. ............................. 06571

WALTER BRITO NETO (Bloco/PRB – PB) – Razão da passagem do Brasil da condição de de-vedor a credor internacional. Melhoria do Índice de Desenvolvimento Humano – IDH do País. Urgente realização da reforma tributária. Necessidade de redução da carga tributária vigente no Brasil e de término da guerra fiscal entre Estados. Contrarie-dade à decisão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região de inclusão de cirurgia de transgenitaliza-ção na lista de procedimentos do Sistema Único de Saúde – SUS. Pedido ao PRB de apresentação de ação direta de inconstitucionalidade contra decisões dos Governadores dos Estados do Rio de Janeiro e da Paraíba concessivas de benefícios previdenciá-rios a companheiros de homossexuais. Julgamen-to, pelo Tribunal Superior Eleitoral, de processo de perda de mandato do Parlamentar em decorrência de mudança de partido. Perseguição do Senador Efraim Moraes contra o orador. ............................. 06572

RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES. Pela or-dem.) – Contestação ao artigo Contrabando no Orçamento dedica R$ 534 milhões a emendas, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo. Apresenta-ção pela oradora de emendas aos projetos sobre a Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO e ao Plano Plurianual de Investimentos – PPA de 2008/2011. 06573

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06345

SILVIO TORRES (PSDB – SP. Pela ordem.) – Expectativa quanto a decisão do Supremo Tri-bunal Federal sobre a utilização de células-tronco embrionárias para fins de pesquisa. ...................... 06613

DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB – RS. Pela ordem.) – Expectativa quanto à decisão do Supremo Tribunal Federal sobre a ação direta de inconstitucionalidade da utilização de células-tronco embrionárias para fins científicos e terapêuticos. . 06613

MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ) – Ques-tão de ordem sobre a conveniência de suspensão das eleições das novas Mesas das Comissões para início imediato da Ordem do Dia, em face da exis-tência de acordo para votação do primeiro item da pauta. ..................................................................... 06614

PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Acolhi-mento da questão de ordem do Deputado Miro Tei-xeira. Convocação dos Parlamentares ao plenário para início da Ordem do Dia. ................................ 06614

DR. ROSINHA (PT – PR. Pela ordem.) – Papel da diplomacia brasileira na superação de conflito entre a Colômbia e a Venezuela. ........................... 06614

PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB – AC. Pela ordem.) – Transformação de sessão plenária da Casa em Comissão Geral para debate de assuntos de interesse da mulher. Participação de Deputada na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados. ...... 06614

ÍRIS DE ARAÚJO (Bloco/PMDB – GO. Pela ordem.) – Perplexidade ante o conflito entre a Ve-nezuela e a Colômbia. .......................................... 06615

NILSON MOURÃO (PT – AC. Pela ordem.) – Repúdio à ação militar realizada pelo exército colombiano no Equador. ........................................ 06615

VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB – AM. Pela ordem.) – Acerto do pronunciamento do Pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a invasão do território equatoriano pelas Forças Armadas da Colômbia. ............................................................... 06616

ZÉ GERALDO (PT – PA. Pela ordem.) – Ilega-lidade da atuação de empresas do setor madeireiro no Estado do Pará. ............................................... 06616

MIGUEL MARTINI (PHS – MG. Pela ordem.) – Expectativa quanto à decisão do Superior Tribu-nal Federal sobre a realização de pesquisas com células-tronco embrionárias................................... 06617

LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Como Lí-der.) – Ocupação, por integrantes do movimento Via Campesina, da Fazenda Tarumã, no Município de Rosário do Sul, Estado do Rio Grande do Sul. Ilegalidade da compra de áreas da fazenda pela empresa finlandesa Stora Enso. ............................ 06617

Apresentação de proposições: GERAL-DO PUDIM, REBECCA GARCIA, WANDENKOLK GONÇALVES, EUDES XAVIER, MIRO TEIXEIRA, ZONTA, DR. ROSINHA, LUCIANA GENRO, VAL-DIR COLATTO, PAULO ROBERTO, COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

AO PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 01, DE 2007, RODRIGO ROLLEMBERG, MÁRIO DE OLIVEIRA, OSÓRIO ADRIANO, HOMERO PEREI-RA, VITAL DO RÊGO FILHO, VIEIRA DA CUNHA, VITOR PENIDO, COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM A FINALIDADE DE INVESTI-GAR A REALIDADE DO SISTEMA CARCERÁRIO BRASILEIRO, VANESSA GRAZZIOTIN, RODRIGO MAIA, NILSON MOURÃO, BETO FARO, ALICE PORTUGAL. .......................................................... 06618

VI – Ordem do DiaPRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Discus-

são, em turno único, da Medida Provisória nº 401, de 2007, que altera as Leis nºs 11.134, de 15 de julho de 2005, e 11.361, de 19 de outubro de 2006, dispõe sobre a remuneração devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e sobre os subsídios das car-reiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal. ........................ 06624

Votação de requerimento de retirada da me-dida provisória da pauta. ...................................... 06624

MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ. Pela or-dem.) – Retirada do requerimento. ....................... 06624

Usou da palavra para proferir parecer à me-dida provisória e às emendas de Plenário, pela Comissão Mista, o Sr. Deputado LAERTE BESSA (Bloco/PMDB – DF). .............................................. 06624

(Durante a emissão de parecer pelo Deputado Laerte Bessa, o Sr. Presidente Arlindo Chinaglia avi-sou aos visitantes sobre a existência de dispositivo regimental proibitivo de manifestações nas galerias do plenário). ........................................................... 06646

EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela or-dem.) – Pedido ao Relator de admissão de reque-rimento de destaque apresentado pelo orador. ..... 06646

Usou da palavra o Sr. Deputado LAERTE BESSA (Bloco/PMDB – DF), Relator da matéria. .. 06647

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Informa-ção ao Plenário sobre a seqüência dos debates. . 06647

MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ. Pela or-dem.) – Retirada, de ofício, de requerimentos subs-critos pelo orador. ................................................. 06647

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Presença, na Casa, do Deputado Estadual Vinícius Camarinha, de São Paulo. ........................................................ 06647

Usaram da palavra para discussão da ma-téria os Srs. Deputados JAIR BOLSONARO (PP – RJ), EDUARDO VALVERDE (PT – RO), MARCELO ITAGIBA (Bloco/PMDB – RJ), VICENTINHO (PT – SP), DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP), RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF). ...................... 06648

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votação e aprovação de requerimento de encerramento da discussão da matéria. ............................................ 06651

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06346 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Usou da palavra o Sr. Deputado LAERTE BESSA (Bloco/PMDB – DF), Relator da matéria, para reformulação do parecer. ............................... 06651

Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados MAGELA (PT – DF), JOÃO CAMPOS (PSDB – GO). ............................. 06651

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Votação do parecer do Relator quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e ur-gência e de sua adequação financeira e orçamen-tária. ...................................................................... 06652

Usaram da palavra para encaminhamento da votação os Srs. Deputados MOREIRA MENDES (PPS – RO), MARCELO ITAGIBA (Bloco/PMDB – RJ), ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP). ........................................................................ 06652

LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Pela ordem.) – Encaminhamento da votação. Apoio à greve dos advogados e Defensores Públicos da União. Defesa de valorização do funcionalismo público. .............. 06653

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados ABELARDO LUPION (DEM – PR), JAIR BOLSONARO (PP – RJ), RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF), AUGUSTO CARVALHO (PPS – DF), BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG), ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB), VICENTINHO (PT – SP), LINCOLN PORTELA (PR – MG), MIGUEL MARTINI (PHS – MG), ROBERTO SANTIAGO (PV – SP), TADEU FILIPPELLI (Bloco/PMDB – DF), ZENALDO COU-TINHO (PSDB – PA), LUCIANA GENRO (PSOL – RS), WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB – PB). ... 06654

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aprova-ção do parecer. ...................................................... 06657

Votação do parecer do Relator quanto ao não não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de adequação financeira e orçamentária. ...................................................... 06657

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aviso ao Plenário sobre a realização de sessões conjuntas nos dias 5 e 6 de março de 2008, e de sessão de-liberativa vespertina da Casa no dia 6 de março de 2008. ...................................................................... 06657

Usou da palavra para encaminhamento da votação o Sr. Deputado MOREIRA MENDES (PPS – RO). .................................................................... 06657

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Apelo aos Srs. Líderes partidários de conclusão da votação da medida provisória. ............................................ 06657

MIGUEL MARTINI (PHS – MG. Como Líder.) – Conveniência de indeferimento, pelo Supremo Tribunal Federal, da ação em favor da utilização de células-tronco embrionárias em pesquisas científi-cas. ........................................................................ 06658

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Apelo ao Plenário para conclusão da votação da matéria. 06658

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB – PB)............. 06659

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aviso ao Plenário sobre o encerramento da sessão às 19h, em face do anúncio da obstrução das votações pela Oposição. ............................................................... 06659

ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA. Como Líder.) – Apoio dos partidos oposicionistas à apro-vação da medida provisória. Conveniência de me-diação, pela diplomacia brasileira, de conflito entre o Equador, a Bolívia e a Venezuela. ...................... 06659

JOSÉ ANÍBAL (PSDB – SP. Pela ordem.) – Recondução do Deputado Zenaldo Coutinho para a Liderança da Minoria. ......................................... 06660

JOVAIR ARANTES (PTB – GO. Como Líder.) – Eleição do Deputado Pedro Fernandes para a Presidência da Comissão do Trabalho, de Admi-nistração e Serviço Público. Vista do Presidente Arlindo Chinaglia ao Município de Anápolis, Estado de Goiás, para a inauguração da Faculdade de Me-dicina. Transcurso do 58º e do 35º aniversários de fundação, respectivamente, da Rádio Brasil Central AM e da Rádio Brasil Central FM. ......................... 06660

ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA. Como Líder.) – Conflito entre a Co-lômbia, a Venezuela e o Equador. Críticas à políti-ca armamentista desenvolvida pelo Presidente da Venezuela, Hugo Chávez. Necessidade de atuação do Governo brasileiro para a manutenção da paz e da democracia na América do Sul. ....................... 06661

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Consul-ta aos oradores inscritos sobre a possibilidade de desistência do encaminhamento da votação da matéria. .................................................................. 06661

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados DAVI ALCO-LUMBRE (DEM – AP), CHICO ALENCAR (PSOL – RJ), JOSÉ CARLOS ARAÚJO (PR – BA). ......... 06662

Usou da palavra pela ordem o Sr. Deputado ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA). ........................................................................ 06662

Usaram da palavra para orientação das res-pectivas bancadas os Srs. Deputados CHICO ALEN-CAR (PSOL – RJ), WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB – PB), ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA). ....................................................................... 06662

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aprova-ção do parecer. ...................................................... 06663

Votação e aprovação do projeto de lei de con-versão oferecido pelo Relator da Comissão Mista. 06663

Declaração de prejudicialidade dos requeri-mentos de destaques. ........................................... 06665

Votação e aprovação da redação final. ........ 06665Encaminhamento da matéria ao Senado Fe-

deral, incluindo o processado. ............................... 06667MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Como Líder.)

– Descumprimento da Lei Orgânica da Magistratu-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06347

ra pelo Ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, consubstanciado em declarações a respeito do Programa Territórios da Cidadania. . 06667

FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Como Líder.) – Apoio às declarações do Ministro Marco Aurélio de Mello, do Supremo Tribunal Federal, so-bre a implantação do Programa Territórios da Ci-dadania. ................................................................. 06668

ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem.) – Preocupação com o andamento das negociações salariais entre os médicos peritos da Previdência Social e o Governo Federal. Dificulda-des enfrentadas por funcionários ligados aos fundos de pensão Aerus e Aeros. .................................... 06669

EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela or-dem.) – Falecimento da genitora do Prefeito Roberto Sobrinho, de Porto Velho, Estado de Rondônia. .... 06669

Usaram da palavra pela ordem os Srs. Depu-tados JOSÉ GENOÍNO (PT – SP), MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ). .................................................. 06669

REGIS DE OLIVEIRA (Bloco/PSC – SP) – Reclamação contra o encerramento da sessão às 19h. ........................................................................ 06669

PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Resposta ao Deputado Regis de Oliveira. ............................. 06669

VII – encerramento3 – DECISÃO DO PRESIDENTEArquive-se, nos termos do § 4º do artigo 164

do RICD, o PL nº 2.609/07..................................... 06693

SEÇÃO II

4 – MESA5 – LÍDERES E VICE-LÍDERES6 – DEPUTADOS EXERCÍCIO7 – COMISSÕES

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06348 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

SEÇÃO IAta da 24ª Sessão, 4 de março de 2008Presidência dos Srs. Arlindo Chinaglia, Presidente Sandra Rosado,

§ 2º do artigo 18 do Regimento InternoI – ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – De-claro aberta a sessão.

Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

II – LEITURA DA ATA

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Fica dispensada a leitura da ata da sessão anterior.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Passa-se à leitura do expediente.

O SR. PERPÉTUA ALMEIDA, servindo como 1° Secretário, procede à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE

Of. Nº 978 Presidência

Brasília, 28 fevereiro de 2008

A Sua Excelência o SenhorArlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAnexo IV – Gabinete 442 – Esplanada dos Ministé-riosCEP: 70160-900 – Brasília-DF

Senhor Presidente,Em atenção ao Ofício nº 211/SGM/P, de 25 de

fevereiro último, informo que o Tribunal Superior Elei-toral indeferiu, mediante o provimento do Recurso Ordinário nº 1.132, o registro da candidatura do Sr. Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima, ficando afastada a eleição para a cadeira de Deputado Federal. Contra tal decisão, foi interposto recurso extraordinário para o Supremo, cuja negativa de seqüência deu origem à protocolização de agravo de instrumento, não contan-do esse recurso com eficácia suspensiva. Por último, ressalto que, no Supremo, o inconformismo do inte-ressado não mereceu acolhida, motivando, esse fato, a apresentação de novo recurso que está pendente de julgamento.

Em síntese, prevalece, até aqui, o pronunciamen-to deste Tribunal.

Atenciosamente, – Ministro Marco Aurélio, Pre-sidente.

O Sr. Deputado Luiz Couto dirigiu-se por escrito à Presidência da Câmara dos Deputados para informar que o Sr. Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima, suplente

de Deputado Federal, teve seu registro de candidatura indeferido pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE nos autos do Recurso Ordinário nº 1.132 – Paraíba, con-forme cópia de decisão que anexou.

Diante dessa informação, esta Presidência de-terminou a expedição de ofício ao Sr. Presidente do TSE, indagando sobre a aptidão do Sr. Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima para tomar posse como Deputado Federal, anexando ao ofício cópias dos documentos apresentados pelo Sr. Deputado Luiz Couto e da Cer-tidão nº 003/2008, expedida pelo egrégio Tribunal Re-gional Eleitoral da Paraíba, encaminhada a esta Casa via fac-símile.

No mesmo momento, esta Presidência determinou a suspensão do procedimento de posse do suplente de Deputado Federal Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima até a resposta do TSE.

Em resposta ao ofício desta Casa, o Presidente do TSE enviou o Ofício nº 978 Presidência, datado de 28 de fevereiro de 2008, com os seguintes termos:

Senhor Presidente,Em atenção ao Ofício nº 211/SGM/P, de 25 de

fevereiro último, informo que o Tribunal Superior Elei-toral indeferiu, mediante o provimento do Recurso Ordinário nº 1.132, o registro da candidatura do Sr. Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima, ficando afastada a eleição para a cadeira de Deputado Federal. Contra tal decisão, foi interposto recurso extraordinário para o Supremo, cuja negativa de seqüência deu origem à protocolização de agravo de instrumento, não contan-do esse recurso com eficácia suspensiva. Por último, ressalto que, no Supremo, o inconformismo do inte-ressado não mereceu acolhida, motivando, esse fato, a apresentação de novo recurso que está pendente de julgamento.

Em síntese, prevalece, até aqui, o pronunciamen-to deste Tribunal.

Diante da informação oficial do TSE sobre pre-valecer a decisão de indeferimento do registro da candidatura do Sr. Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima, ficando afastada a eleição para a cadeira de Deputa-do Federal, não pode esta Casa lhe dar posse, visto que não ostenta a condição de suplente de Deputado Federal.

Nesse quadro, deixo de dar posse ao Sr. Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima e determino que se convoque

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06349

o suplente imediato para preencher a representação do Estado da Paraíba.

Oficie-se ao Requerente e ao Sr. Tarcísio Marcelo Barbosa de Lima, dando ciência desta decisão.

Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Ofício Nº 71 (CN)

Brasília, 28 de fevereiro de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Promulgação de Resolução-CN.

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, em anexo, autógrafo

da Resolução nº 01, de 2008-CN, aprovada pelo Congresso Nacional, em sessão realizada no dia 21 do corrente mês, que “Altera a redação do § 2º do art. 4º da Resolução nº 1, de 1970- CN (Regimento Comum), para ampliar o número de vice-líderes do governo no Congresso Nacional.”

Atenciosamente, – Senador Garibaldi Alves Fi-lho, Presidente do Senado Federal.

Faço saber que o Congresso Nacional aprovou, e eu, Garibaldi Alves Filho, Presidente do Senado Federal, nos termos do parágrafo único do art. 52 do Regimento Comum, promulgo a seguinte

RESOLUÇÃO Nº 01 , DE 2008-CN

Altera a redação do § 2º do art. 4º da Resolução nº 1, de 1970-CN (Regimento Co-mum), para ampliar o número de vice-líderes do governo no Congresso Nacional.

O Congresso Nacional resolve:Art. 1º O § 2º do art. 4º do Regimento Comum

passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º ...................... ............................§ 2º O líder do governo poderá indicar

até 5 (cinco) vice-líderes, dentre os integrantes das representações partidárias que apóiem o governo.

................ .................................... “ (NR)

Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Congresso Nacional, 28 de fevereiro de 2008. – Senador Garibaldi Alves Filho, Presidente do Se-nado Federal.

Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

Of. Nº 258/ 2008/SGM/P

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado ÍNDIO DA COSTAAnexo IV – Gabinete nº 441NESTAAssunto: Devolução de Proposição

Senhor Deputado,Reporto-me ao Projeto de Lei nº 2.863, de 2008, de

sua autoria, que “Proíbe o saque em espécie das contas dos cartões corporativos no âmbito de todos os Poderes.”

Encaminho em devolução o projeto em apreço, em virtude de já se encontrar em tramitação na Casa proposição de sua autoria de idêntico teor (Projeto de Lei nº 2.748, de 2008).

Atenciosamente, – Arlindo Chinaglia, Presi-dente.

PROJETO DE LEI Nº 2.863, DE 2008 (Do Sr. Índio da Costa)

Proíbe o saque em espécie das con-tas dos cartões corporativos no âmbito de todos os Poderes.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Fica proibido qualquer tipo de saque em

espécie das contas dos cartões corporativos no âmbito de todos os Poderes.

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O Projeto tem como escopo proibir qualquer tipo de saque em espécie (dinheiro) das contas às quais estão vinculados os cartões corporativos de todos os Poderes. A medida visa prestigiar a transparência que deve orientar as relações entre a Administração Pública e os cidadãos.

Sabe-se, como já veiculado por toda a impren-sa, que os saques em dinheiro pelos portadores dos cartões exorbitou ao princípio da moralidade que é um dos norteadores da Administração Pública. Os valores sacados por algumas autoridades são de montas al-tíssimas para meras despesas pessoais mesmo para ocupantes de cargo de Ministro de Estado.

O saque em espécie torna mais difícil o efetivo controle dos gastos efetuados pelos sacadores que po-dem apresentar qualquer tipo de notas fiscais, que nem sempre correspondem ao verdadeiro gasto efetuado. Acabando com essa possibilidade de saque, os paga-mentos estarão vinculados às notas apresentadas.

Ao contrário das declarações dadas por Ministro do Supremo Tribunal Federal (“Nem todos os gastos podem ser transparentes, embora todos tenham que

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06350 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

ser honestos”), temos certeza que os gastos devem e têm que ser transparentes e honestos sob pena de serem ilegais perante os Princípios Constitucionais.

Além de oportuna, a proposta permitirá maior cons-cientização dos contribuintes sobre o montante que é gasto e em que, bem como dará maior transparência à gestão dos recursos arrecadados junto aos cidadãos brasileiros.

Pelo exposto, solicitamos o apoio dos nobres Pares.

Brasília, 21 de fevereiro de 2008. – Deputado Ín-dio da Costa, DEM/RJ.

Devolva-se a presente proposição, tendo em vista já se encontrar em tramitação na Casa proposição de idêntico teor de autoria do mesmo parlamentar. Oficie-se e, após, publique-se.

Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-sidente.

OF/GAB/I/N° 113

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Veloso deixa de participar, na qualidade de Suplente, da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, passando a integrar, na mesma qualidade, a Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF/GAB/I/N° 114

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Nazareno Fonteles – PT passa a integrar, na qualidade de Titular, a Comissão de Seguridade Social e Família, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF/GAB/I/N° 115

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Wilson Santiago passa a integrar, na qualidade de Suplente, a Comissão de Finanças e Tributação, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF/GAB/I/N° 116

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Édio Lopes passa a integrar, na qualidade de Titular, a Comissão de Finanças e Tributação, em vaga exis-tente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF/GAB/I/Nº 118

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Eliseu Padilha passa a integrar, na qualidade de Ti-tular, a Comissão de Viação e Transportes, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06351

OF/GAB/I/Nº 119

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Alberto Silva – PTdoB passa a integrar, na qualidade de Titular, a Comissão de Viação e Transportes, na vaga destinada ao Partido.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF/GAB/I/N° 120

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Vital do Rêgo Filho passa a integrar, na qualidade de Suplente, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF/GAB/I/Nº 122

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que os Deputados

Cezar Schirmer, Colbert Martins e Ibsen Pinheiro pas-sam a integrar, na qualidade de Titular, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em substituição aos Deputados Édio Lopes, Henrique Eduardo Alves e Mauro Lopes.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-se.Em, 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OF/GAB/I/N° 123

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência relação anexa

com os nomes dos Deputados do Bloco PMDB/PSC/PTC, que comporão as Comissões Permanentes nesta Sessão Legislativa.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

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06352 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06353

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06354 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06355

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06356 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06357

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06358 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06359

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06360 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06361

OF/GAB/I/N° 125

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado ARLINDO CHINAGLIAPresidente da Câmara dos DeputadosNESTE

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que os Deputa-

dos ALEXANDRE SANTOS, ANTÔNIO ANDRADE e MARINHA RAUPP deixam de integrar, na qualidade de SUPLENTE, a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. _ Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-seEm, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF/GAB/I/N° 128

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado ARLINDO CHINAGLIAPresidente da Câmara dos DeputadosNESTE

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

ROCHA LOURES passa a integrar, na qualidade de SUPLENTE, a Comissão de Educação e Cultura, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. _ Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-seEm, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF/GAB/I/Nº 129

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNESTE

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado As-

drúbal Bentes passa a integrar, na qualidade de Suplen-te, a Comissão de Turismo e Desporto, em substituição à Deputada Fátima Pelaes, que passa a participar, na mesma qualidade, da Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-seEm, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF/GAB/I/Nº 133

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Nelson Marquezelli – PTB passa a integrar, na quali-dade de Titular, a Comissão de Trabalho, de Adminis-tração e Serviço Público, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-seEm, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Page 30: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06362 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

OF/GAB/I/Nº 134

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que o Deputado

Mauro Lopes passa a integrar, na qualidade de Su-plente, da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em vaga existente.

Por oportuno, renovo a Vossa Excelência protes-tos de estima e consideração. – Deputado Henrique Eduardo Alves, Líder do Bloco.

Defiro. Publique-seEm, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Of. Nº 43/PT

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNESTA

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, de acordo com

o princípio da proporcionalidade partidária, o quadro de composição do Partido dos Trabalhadores nas Co-missões Permanentes, para a sessão legislativa de 2008.

Atenciosamente, – Deputado Maurício Rands, Líder do PT.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06363

Page 32: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06364 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 33: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06365

Of. Nº 64/PT

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Excelentíssimo Senhor Presidente,Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência

para indicar o deputado Adão Pretto (PT – RS), como titular na Comissão de Legislação Participativa em subs-tituição ao Deputado José Airton Cirilo (PT – CE).

Atenciosamente, – Deputado Maurício Rands, Líder do PT.

Defiro. Publique-seEm, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Of. Nº 65/PT

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Excelentíssimo Senhor Presidente,Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência

para indicar o deputado Jose Rocha (PR – BA), como titular na Comissão de Ciência e Tecnologia, Comuni-cação e Informática.

Atenciosamente, – Deputado Marco Maia, Vice-LíderDefiro. Publique-se

Em, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-dente.

Of. N° 66/PT

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado ARLINDO CHINAGLIAPresidente da Câmara dos Deputados

Excelentíssimo Senhor Presidente,Tenho a honra de dirigir-me a Vossa Excelência para

indicar o deputado ANTONIO CARLOS BISCAIA (PT/RJ), como titular, em substituição ao deputado RUBENS OTONI (PT/GO) na Comissão de Constituição, Justiça e de Cidadania. Solicito ainda a indicação do Deputado RUBENS OTONI como suplente na mesma comissão.

Atenciosamente, _ Deputado Maurício Rands, Líder do PT.

Defiro. Publique-seEm, 4-03-08 – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF/B/ Nº 30/08

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado ARLINDO CHINAGLIAPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência, em anexo, rela-

ção dos parlamentares que ocuparão as vagas desti-nadas ao Bloco PSB/PDT – PCdoB/PMN e PRB nas Comissões Permanentes da Casa.

Atenciosamente, _ Deputado Renildo Calheiros, Líder do Bloco PSB – PDT – PCdoB – PMN e PRB.

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06366 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 35: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06367

Page 36: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06368 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 37: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06369

Page 38: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06370 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 39: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06371

Page 40: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06372 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 41: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06373

Page 42: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06374 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 43: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06375

Page 44: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06376 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 45: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06377

Page 46: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06378 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 47: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06379

Page 48: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06380 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 49: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06381

Page 50: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

06382 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

OFÍCIO N° 35-L-DEM/08

Brasília, 3 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente daCâmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência os Deputados que

integrarão o quadro de Vice-Líderes da Liderança do Democrata – DEM.

Deputado ABELARDO LUPION (PR)Deputado CLÁUDIO CAJADO (BA)Deputado DAVI ALCOLUMBRE (AP)Deputado EDUARDO SCIARRA (PR)Deputado ÍNDIO DA COSTA (RJ)Deputado JOÃO BITTAR (MG)Deputado JOSÉ CARLOS ALELUIA (BA)Deputado LIRA MAIA (PA)Deputado MARCIO JUNQUEIRA (RR)Deputado PAULO BORNHAUSEN (SC)Deputado ROBERTO MAGALHÃES (PE)Deputado SILVINHO PECCIOLI (SP)Atenciosamente, – Deputado Antonio Carlos

Magalhães Neto, Líder do Democrata.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OFÍCIO N° 37-L-DEM/08

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o Deputado GUILHER-

ME CAMPOS (SP) para integrar o quadro de Vice-Lí-deres da Liderança do Democrata – DEM.

Atenciosamente, _ Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, Líder do Democratas.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OFÍCIO Nº 42-L-DEM/2008

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Comunico a Vossa Excelência que os Deputados

Antonio Carlos Magalhães Neto e Vic Pires Franco per-mutam as vagas que ocupam de titular nas Comissões

Permanentes de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática e na de Relações Exteriores e de Defesa Nacional, respectivamente.

Atenciosamente, Deputado Antonio Carlos Ma-galhães Neto, Líder do Democratas.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF. PSDB Nº 136/2008

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o Deputado Julio Se-

meghini, como membro suplente, para integrar a Co-missão de Viação e Transportes.

Respeitosamente, Deputado José Aníbal, Líder do PSDB.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

PSDB Nº 137/2008

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o Deputado Carlos Al-

berto Leréia, como membro suplente, para integrar a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Respeitosamente, Deputado José Aníbal, Líder do PSDB.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF. PSDB Nº 138/2008

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o Deputado Carlos Alber-

to Leréia, como membro suplente, para integrar a Comis-são de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Respeitosamente, Deputado José Aníbal, Líder do PSDB.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06383

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06384 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06385

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06386 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06387

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06388 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06389

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06390 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Of. Nº 85/2008 – LPR

Brasília, 3 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico o Deputado Homero Pereira (PR – MT)

como membro Suplente na Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS).

Sendo o que se apresenta para o momento, rei-tero ao ilustre Presidente meus protestos de elevado apreço e distinta consideração.

Respeitosamente, – Deputado Luciano Castro, Líder do Partido da República.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Of. Nº 87/2008 – LPR

Brasília, 3 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico o Deputado Sandro Mabel (PR – GO) para

membro Suplente na Comissão de Constituição, Jus-tiça e Cidadania – CCJC.

Sendo o que se apresenta para o momento, rei-tero ao ilustre Presidente meus protestos de elevado apreço e distinta consideração.

Respeitosamente, – Deputado Luciano Castro, Líder do Partido da República.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Of. Nº 87/2008 – LPR

Brasília, 4 de março de 2008

À sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados

Senhor Presidente,Indico o Deputado José Santana de Vasconcellos

(PR – MG) para ocupar a vaga de Titular na Comissão

de Minas e Energia, em substituição ao Deputado Vi-centinho Alves (PR – TO) e na mesma oportunidade indico o Dep. Vicentinho Alves (PR – TO) para ocupar a vaga Suplente em substituição ao Dep. João Carlos Bacelar (PR – BA).

Sendo o que se apresenta para o momento, rei-tero meus protestos de consideração.

Respeitosamente, – Deputado Luciano Castro, Líder do Partido da República.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Of. Nº 60

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNeste

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência tornar sem efeito a

indicação do Deputado Vilson Covatti (PP – RS), como Titular da Comissão de Constituição e Justiça e de Ci-dadania – CCJC.

Atenciosamente, – Deputado Mário Negromon-te, Líder do PP.

Defiro. Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Of. Nº 61

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNeste

Senhor Presidente,Encaminho a Vossa Excelência os quadros com

as indicações do Partido Progressista – PP – para as Comissões Permanentes – 2008.

Atenciosamente, – Deputado Mário Negromon-te, Líder do PP.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06391

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06392 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06393

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06394 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06395

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06396 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06397

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06398 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06399

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06400 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06401

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06402 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06403

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06404 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06405

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06406 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06407

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06408 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06409

OFÍCIO Nº 64

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNeste

Senhor Presidente,Indico o Deputado Nelson Meurer – PP/PR –

como titular da Comissão Parlamentar Mista de In-quérito, com a finalidade de investigar o uso do Cartão de Pagamento do Governo Federal – CPGF (Cartões Corporativos) por integrantes da Administração Pública Federal, denominados ecônomos.

Atenciosamente, Deputado Mário Negromonte, Líder do PP.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OFÍCIO Nº 66

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNeste

Senhor Presidente,Solicito a Vossa Excelência tornar sem efeito a

indicação do Deputado Eliene Lima – PP/MT, como titular da Comissão de Educação e Cultura – CEC.

Atenciosamente, Deputado Mário Negromonte, Líder do PP.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.OFÍCIO Nº 67

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNeste

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o Deputado Eduardo

da Fonte – PP/PE, (vaga do PTC), como titular da Co-missão de Minas e Energia – CME.

Atenciosamente, Deputado Mário Negromonte, Líder do PP.

Defiro. Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Pre-

sidente.

OFÍCIO Nº 54/2008

Brasília, 3 de março de 2008

A Sua Excelência o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNesta

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência, nos termos regimen-

tais, os nomes dos Senhores Deputados que comporão as diversas Comissões Temáticas da Casa:

Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desen-volvimento Rural (2 vagas)

TITULARES

Tatico (PTB-GO)

SUPLENTES

Sérgio Moraes (PTB-RS)

Ernandes Amorim (PTB-RR)

Amazônia, Integração Nacional, e de Desenvol-vimento Regional (1 vaga)

TITULAR

Vago

SUPLENTE

VagoCiência e Tecnologia, Comunicação e Informática (2 vagas)

TITULARES

Paulo Roberto (PTB-RS)José Chaves (PTB-PE)

SUPLENTES

Luiz Carlos Busato (PTB-RS)Sabino Castelo Branco (PTB-AM)Constituição e Justiça e de Redação (3 vagas)

TITULARES

Geraldo Pudim (PMDB-RJ)Paes Landim (PTB-PI-BA)José Carlos Aleluia (DEM-BA)

SUPLENTES

Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)Pastor Manoel Ferreira (PTB-RJ)Ricardo Izar (PTB-SPDefesa do Consumidor (1 vaga)

TITULAR

Ricardo Izar (PTB-SP)

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06410 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

SUPLENTE

VagoDesenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio (1 vaga)

TITULAR

Sérgio Moraes (PTB-RS)

SUPLENTE

Armando Monteiro (PTB-PE)Desenvolvimento Urbano (1 vaga)

TITULARES

Luis Carlos Busato (PTB-RS)

SUPLENTES

Paulo Roberto (PTB-RS)Direitos Humanos e Minorias (1 vaga)

TITULAR

Pastor Manoel Ferreira (PTB-RJ)

SUPLENTE

VagoEducação e Cultura (1 vaga)

TITULARES

Frank Aguiar (PTB-SP)

SUPLENTE

VagoFinanças e Tributação (1 vaga)

TITULAR

Armando Monteiro (PTB-PE)

SUPLENTE

Nelson Marquezelli (PTB-SP)Fiscalização Financeira e Controle (1 vaga)

TITULAR

Vago

SUPLENTE

Augusto Farias (PTB-AL)Legislação Participativa (1 vaga)

TITULAR

Vago

SUPLENTE

VagoMeio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (1 vaga)

TITULAR

Gervásio Silva (PSDB-SC)

SUPLENTE

Antônio Roberto (PV-MG)Minas e Energia (1 vaga)

TITULARES:

Ernandes Amorim (PTB-RR)

SUPLENTE

Tatico (PTB-GO)Relações Exteriores e de Defesa Nacional (1 vaga)

TITULAR

Vago

SUPLENTE

Paes Landim (PTB-PI)Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado (1 vaga)

TITULARES

Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

SUPLENTES

VagoSeguridade Social e Família (1 vaga)

TITULARES

Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP)

SUPLENTE

José Carlos Vieira (DEM-SC)Trabalho. Administração e Serviço Público (1 vaga)

TITULARES

Pedro Fernandes (PTB-MA)

SUPLENTES

VagoTurismo e Desporto (1 vaga)

TITULARES

Arnon Bezerra (PTB-CE)

SUPLENTES

Alex Canziani (PTB-PR)Viação e Transportes (1 vaga)

TITULAR

SUPLENTE

Pedro Fernandes (PTB-MA)Atenciosamente, Deputado Arnaldo Faria de Sá,

Vice-Líder do PTB.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06411

OFÍCIO Nº 56/2008

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência, o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNeste

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o nome do Senhor

Antônio Andrade (PMDB-MG), na qualidade de ti-tular, para a Comissão Permanente de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento, em vaga do PTB.

Ao ensejo, renovo protestos de estima e apreço. – Deputado Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do PTB.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OFÍCIO Nº 58/2008

Brasília, 4 de março de 2008

A Sua Excelência, o SenhorDeputado Arlindo ChinagliaDD. Presidente da Câmara dos DeputadosNeste

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o nome do Senhor Sa-

bino Castelo Branco (PTB-AM), na qualidade de titular, para a Comissão Permanente de Relações Exteriores e Defesa Nacional.

Ao ensejo, renovo protestos de estima e apreço. – Deputado Arnaldo Faria de Sá, Vice-Líder do PTB.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

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06412 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06413

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06414 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Page 83: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06415

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06416 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06417

OF/LID/Nº 45/2008

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Indicação de membro para comissão per-manente

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o deputado Fernando

Lopes – PMDB/RJ, em substituição ao deputado Carlos Eduardo Cadoca – PSC/PE, para integrar como titular a Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indústria e Comércio – CDEIC.

Atenciosamente, Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF/LID/Nº 46/2008

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosAssunto: Indicação de membro para comissão per-manente

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência o deputado Carlos Edu-

ardo Cadoca – PSC/PE, em substituição ao deputado Fernando Lopes – PMDB/RJ, para integrar como TITU-LAR a Comissão de Turismo e Desporto – CTD.

Atenciosamente, Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF/LID/Nº 47/2008

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos Deputados Assunto: Indicação de membro para o Comissão Per-manente

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência, de acordo com o

princípio da proporcionalidade partidária, o deputado Eliene Lima – PP/MT para ocupar a vaga de suplente na Comissão de Minas e Energia – CME.

Atenciosamente, Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

OF/LID/Nº 48/2008

Brasília, 4 de março de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosNestaAssunto: Indicação de membro para a Comissão Per-manente

Senhor Presidente,Indico a Vossa Excelência, de acordo com o

princípio da proporcionalidade partidária, a deputada Manuela D’avila – PCdoB – RS para ocupar a vaga de Suplente na Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público – CTASP.

Atenciosamente, Deputado Fernando Coruja, Líder do PPS.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Mem. nº 12/08/Assessoria

Em 4 de março de 2008

Ao Exmo Sr. Presidente da CDDeputado Arlindo ChinagliaNestaAssunto: Indicação de parlamentar para ocupar a titula-ridade da Comissão de Seguridade Social e Família.

Venho comunicar a Vossa Excelência, nos ter-mos das atribuições regimentais previstas no art. 10 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a indicação da deputada Tonha Magalhães (PR – BA) para ocupar a vaga de titular na Comissão de Seguri-dade Social e Família, em vaga destinada ao Partido Socialismo e Liberdade – PSOL.

Atenciosamente, Deputada Luciana Genro, Lí-der do PSOL.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Mem. Nº 13/08/Assessoria

Em 4 de março de 2008

Ao Exmo Sr. Presidente da CDDeputado Arlindo Chinaglia

Assunto: Indicação de parlamentar para ocupar a suplência da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Venho comunicar a Vossa Excelência, nos ter-mos das atribuições regimentais previstas no art. 10 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a indicação do deputado Jaime Martins (PR/MG) para

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06418 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

ocupar a vaga de Suplente na Comissão de Constitui-ção e Justiça e de Cidadania, em vaga destinada ao Partido Socialismo e Liberdade – PSOL.

Atenciosamente, Deputada Luciana Genro, Lí-der do PSOL.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Mem. Nº 14/08/Assessoria

Em 4 de março de 2008

Ao Exmo Sr. Presidente da CDDeputado Arlindo ChinagliaAssunto: Ocupação da vaga de Titular na Comissão de Finanças e Tributação

Venho comunicar a Vossa Excelência, nos ter-mos das atribuições regimentais previstas no art. 10 c/c art. 26, § 3º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que a vaga de Titular na Comissão de Fi-nanças e Tributação será integrada por mim, líder do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL.

Atenciosamente, Deputada Luciana Genro, Lí-der do PSOL.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

Brasília, 27 de fevereiro de 2008

Excelentíssimo SenhorDeputado Arlindo ChinagliaPresidente da Câmara dos DeputadosBrasília-DF

Senhor Presidente,Atendendo convocação de Vossa Excelência, co-

munico-lhe que aceito assumir, a partir de 4 de março de 2008, o mandato de Deputado Federal, na qualidade de Suplente, pelo Estado do Rio de Janeiro.

Atenciosamente, Antonio Carlos Biscaia.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 221, DE 2008

(Do Sr. Jovair Arantes e outros)

Acrescenta os §§ 5º e 6º ao art. 17 da Constituição Federal para determinar a índole política, eleitoral e programática do caráter nacional dos partidos políticos, bem como para limitar a responsabilidade dos órgãos partidários ao seu âmbito es-pecífico de atuação.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-nado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte Emenda ao texto cons-titucional:

Art.1° O art.17 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.17.............. ........ .............................................. ............... ..............................§5º O caráter nacional, a que se refere o

inciso I deste artigo, é preceito de índole polí-tica, eleitoral e programática.

§6º Os órgãos nacional, regionais e mu-nicipais de partido político respondem isola-damente pelas obrigações, de qualquer natu-reza, contraídas em seu âmbito de atuação, na forma da lei.” (NR)

Art.2º Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Esta Proposta de Emenda Constitucional visa fundamentalmente à adequação da concepção do caráter nacional dos partidos políticos, a fim de res-guardar a gestão administrativa dos órgãos partidários, em consonância com os ditames do pluripartidarismo, da cidadania, da soberania nacional e do regime de-mocrático.

O caráter nacional dos partidos consagrado cons-titucionalmente busca sobretudo evitar programas re-gionais ou locais que possam engendrar aspirações separatistas. O preceito objetiva assegurar programas partidários que tenham em vista o bem-estar de toda a coletividade por meio de projetos políticos nacio-nais. Seu conteúdo original é de evidente teor político e programático, inexistindo qualquer disposição sobre a gestão administrativa partidária no espaço geográ-fico. A Constituição simplesmente expurga da ordem política as agremiações regionais ou locais, caracte-rísticas das facções políticas na Primeira República, que poderiam comprometer a soberania nacional e a integridade territorial do País.

Entretanto, um preceito insculpido na Carta Magna com a finalidade de fortalecer as agremiações políti-cas e a República tem sido desvirtuado para favorecer a gestão temerária dos partidos em suas instâncias locais, vale dizer, os diretórios nacionais dos partidos vêm sendo continuamente responsabilizados judicial-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06419

mente pela má administração dos órgãos partidários regionais ou municipais.

Ora, em um país de dimensões continentais como o Brasil, não é razoável que o órgão nacional de um partido responda pela atuação de todos os diretórios regionais e municipais que se distribuem pelos 26 Estados da Federação, pelo Distrito Federal e pelos mais de cinco mil e quinhentos Municípios. O partido político não é e não deve ser um Leviatã que centrali-za, controla e fiscaliza, de Brasília, todos os diretórios partidários.

A PEC reflete o entendimento de que o caráter nacional dos partidos está relacionado com a visão global de sua capacidade política e eleitoral de arre-gimentação de eleitores e lideranças, convergindo, to-dos, para discussões dos temas e debates nacionais. Cumpre salientar que o Constituinte jamais preten-deu estender o caráter nacional dos partidos à ges-tão partidária. A expressão “caráter nacional” não se confunde com “âmbito nacional”. “Âmbito” se refere a aspectos físicos, geográficos ao passo que “caráter” é uma designação psicológica, portanto, de conotação ideológica, programática e política, não se vinculando à gestão administrativa dos partidos.

A Proposta de Emenda Constitucional fixa a respon-sabilidade de cada instância de decisão partidária com base nas obrigações contraídas em seu âmbito de atuação. A própria Lei dos Partidos Políticos (Lei nº 9.096/95) já con-tém dispositivos que apontam para esta direção:

o art. 30 estabelece que os órgãos nacionais, re-gionais e municipais do partido político devem manter escrituração contábil para facilitar a fiscalização de suas receitas e despesas pela Justiça Eleitoral;

o §2º do art.37 determina que cada esfera partidária é responsável pela falta de prestação de contas ou sua desaprovação total ou parcial, ficando sujeita à suspensão de novas cotas do Fundo Partidário. A pena pela rejeição das contas é a suspensão dos recursos do fundo partidário pelo período de um ano, aplicada es-pecificamente ao órgão partidário infrator.

Assim, nota-se que a legislação avança para uma delimitação da responsabilidade de cada esfera de direção partidária. De fato, o legislador ordinário compreendeu que a vocação nacional do partido po-lítico é gravemente ameaçada quando o seu órgão nacional passa a ser punido ou responsabilizado por cada dívida contraída ou por cada infração cometida por um diretório regional ou municipal ou ainda por um candidato a vereador perdulário.

Por fim, vale ressaltar a importância da aprovação desta Proposta de Emenda Constitucional quando se

recorda que, por ação do ex-deputado e advogado Dr. Valmor Giavarina – de saudosa memória – O Congresso Nacional, em 1998, aprovou a Lei 9.693, regulamentan-do a matéria em discussão nesta proposição, mediante a inserção do §3º no art.28 da Lei 9.096/95:

“O partido político, em nível nacional, não sofrerá a suspensão das cotas do Fundo Partidário, nem qualquer outra punição como conseqüência de atos praticados por órgãos regionais ou municipais.”

Infelizmente, o referido dispositivo não alcançou os fins a que pretendia, na medida em que não tem evitado ações judiciais dirigidas aos órgãos nacionais dos partidos, com penhoras on line de recursos do fundo partidário, todas decorrentes de causas pro-movidas contra órgãos regionais, municipais ou con-tra candidatos. Assim, para corrigir tal distorção, que efetivamente ameaça implodir as finanças partidárias e o caráter nacional dos partidos, é que se propõe a presente emenda constitucional.

Nada mais justo do que determinar que cada órgão de direção partidária responda apenas pelas obrigações contraídas em seu âmbito próprio de atuação.

Ante o exposto, esperamos contar com o apoio de nossos eminentes Pares para a aprovação da pro-posta.

Sala das Sessões, 19 de fevereiro de 2008. – Deputado Jovair Arantes, Líder do PTB.

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Proposição: PEC 0221/08

Autor da Proposição: JOVAIR ARANTES E OUTROS

Data de Apresentação: 19/02/2008

Ementa: Acrescenta os §§ 5º e 6º ao art. 17 da Cons-tituição Federal para determinar a índole política, elei-toral e programática do caráter nacional dos partidos políticos, bem como para limitar a responsabilidade dos órgãos partidários ao seu âmbito específico de atuação.Possui Assinaturas Suficientes: SIMTotal de Assinaturas: Confirmadas: 171Não Conferem: 005Fora do Exercício: 000Repetidas: 035Ilegíveis: 000Retiradas: 000Total: 211

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06420 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Assinaturas Confirmadas

01 – ABELARDO CAMARINHA (PSB – SP)02 – ABELARDO LUPION (DEM – PR)03 – ADÃO PRETO) (PT – RS)04 – AFONSO HAMM (PP – RS)05 – ALEX CANZIANI (PTB – PR)06 – ALICE PORTUGAL) (PCdoB – BA)04 – ANÍBAL GOMES (PMDB – CE)05 – ANTÔNIO ANDRADE (PMDB – MG)06 – ANTONIO BULHÕES) (PMDB – SP)07 – ANTÔNIO CARLOS BIFFI (PT – MS)08 – ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP)09 – ANTONIO CRUZ (PP – MS)10 – ARIOSTO HOLANDA (PSB – CE)11 – ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB)12 – ARNALDO JARDIM (PPS – SP)13 – ARNALDO VIANNA (PDT – RJ)14 – ARNON BEZERRA (PTB – CE)15 – ASDRUBAL BENTES (PMDB – PA)16 – ÁTILA LIRA (PSB – PI)17 – AYRTON XEREZ (DEM – RJ)18 – BENEDITO DE LIRA (PP – AL)19 – BETINHORO SADO (DEM – RN)20 – CELSO MALDANER (PMDB – SC)21 – CHICO LOPES (PCdoB – CE)22 – CIRO NOGUEIRA (PP – PI)23 – CIRO PEDROSA (PV – MG)24 – CLEBER VERDE (PRB – MA)25 – CRISTIANO MATHEUS (PMDB – AL)26 – DAMIÃO FELICIANO (PDT – PB)27 – DANIEL ALMEIDA (PCdoB – BA)28 – DÉCIO LIMA (PT – SC)29 – DEVANIR RIBEIRO (PT – SP)30 – DOMINGOS DUTRA (PT – MA)31 – DR. NECHAR (PV – SP)32 – DR. TALMIR (PV – SP)33 – DR. UBIALI (PSB – SP)34 – DUARTE NOGUEIRA (PSDB – SP)35 – EDMAR MOREIRA (DEM – MG)36 – EDMILSON VALENTIM (PCdoB – RJ)37 – EDUARDO BARBOSA (PSDB – MG)38 – EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ)39 – EDUARDO LOPES (PSB – RJ)40 – EDUARDO V – AL)VERDE (PT – RO)41 – EFRAIM FILHO (DEM – PB)42 – ELIENE LIMA) (PP – MT)43 – EUDES XAVIER (PT – CE)44 – EVANDRO MILHOMEN (PCdoB – AP)45 – FÁBIO FARIA (PMN – RN)46 – FELIPE BORNIER (PHS – RJ)47 – FÉLIX MENDONÇA (DEM – BA)48 – FERNANDO COELHO FILHO (PSB – PE49 – FERNANDO CORUJA (PPS – SC)

50 – FERN)NDO DE FABINHO (DEM – BA)51 – FERNANDO DINIZ (PMDB – MG)52 – FLÁVIO DINO (PCdoB – MA)53 – FRANK AGUIAR (PTB – SP)54 – GASTÃO VIEIRA (PMDB – MA)55 – GERALDO PUDIM (PMDB – RJ)56 – GERSON PERES (PP – PA)57 – GIVALDO CARIMBÃO (PSB – AL)58 – GONZAGA PATRIOTA (PSB – PE59 – GORETE PEREIRA (PR CE)60 – GUILHERME CAMPOS (DEM – SP)61 – HOMERO) PEREIRA (PR – MT)62 – IBSEN PINHEIRO (PMDB – RS)63 – IRINY LOPES (PT – ES)64 – JACKSON BARRETO (PMDB – SE)65 – JAIME MARTINS (PR – MG)66 – JAIR BOLSONARO (PP – RJ)67 – JERÔNIMO REIS (DEM – SE)68 – JOÃO DADO (PDT – SP)69 – JOÃO MAGALHÃES (PMDB – MG)70 – JOÃO PAULO CUNHA (PT – SP)71 – JOAQUIM BELTRÃO (PMDB – AL)72 – JORGE KHOURY (DEM – BA)73 – JOSÉ EDUARDO CARDOZO (PT – SP)74 – JOSÉ OTÁVIO GERMANO (PP – RS))75 – JOSE PH BANDEIRA (PT – BA)76 – JOVAIR ARANTES (PTB – GO)77 – JULIÃO AMIN (PDT – MA)78 – JÚLIO CESAR (DEM – PI)79 – JÚLIO DELGADO (PSB – MG)80 – JURANDIL JUAREZ (PMDB – AP)81 – JUSMARI OLIVEIRA (PR – BA)82 – JUVENIL (PRTB – MG)83 – LÁZARO BOTELHO (PP – TO)84 – LELO COIMBRA (PMDB – ES)85 – LEONARDO MONTEIRO) (PT – MG)86 – LINCOLN PORTELA (PR – MG)87 – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB – RS)88 – LUIZ SÉRGIO (PT – RJ)89 – MAGELA (PT – DF)90 – MANATO (PDT – ES)91 – MARCELO CASTRO (PMDB – PI)92 – MA)RCELO TEIXEIRA (PR – CE)93 – MÁRCIO FRANÇA (PSB – SP)94 – MARCO MAIA (PT – RS)95 – MARCONDES GADELHA (PSB – PB)96 – MARIA DO CARMO LARA (PT – MG)97 – MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC – MG)98 – MÁRIO HERINGER (PDT – MG)99 – MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR – AL)100 – MAURO BENEVIDES (PMDB – CE)101 – MAURO LOPES (PMDB – MG)102 – MAURO NAZIF (PSB – RO)

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06421

103 – MENDES RIBEIRO FILHO (PMDB – RS)104 – MICHEL TEMER (PMDB – SP)105 – MIGUEL CORRÊA JR. (PT – MG)106 – MOACIR MICHELETTO (PMDB – PR)107 – MOISES AVELINO (PMDB – TO)108 – NEILTON MULIM (PR – RJ)109 – NELSON BORNIER (PMDB – RJ)110 – NELSON GOETTEN (PR – SC)111 – NELSON MARQUEZELLI (PTB – SP)112 – NELSON MEURER (PP– PR)113 – NELSON PROENÇA (PPS – RS)114 – NEUCIMAR FRAGA (PR – ES)115 – NILSON MOURÃO (PT – AC)116 – OLAVO CALHEIROS (PMDB – AL)117 – OSVALDO REIS (PMDB – TO)118 – PASTOR MANOEL FERREIRA (PTB – RJ)119 – PAULO HENRIQUE LUSTOSA (PMDB – CE)120 – PAULO PEREIRA DA SILVA (PDT – SP)121 – PAULO PIAU (PMDB – MG)122 – PAULO PIMENTA (PT – RS))123 – PAULO ROCHA (PT – PA)124 – PAULO RUBEM SANTIAGO (PDT – PE)125 – PEDRO CHAVES (PMDB – GO)126 – PEDRO NOVAIS (PMDB – MA)127 – PEDRO WILSON (PT – GO)128 – PEPE VARGAS (PT – RS))129 – PINTO ITAMARATY (PSDB – MA)130 – RAFAEL GUERRA (PSDB – MG)131 – RATINHO JUNIOR (PSC – PR)132 – REBECCA GARCIA (PP – AM133 – REINALDO NOGUEIRA (PDT – SP)134 – RIBAMAR ALVES (PSB – MA)135 – RICARDO BARROS (PP – PR)136 – RICARDO BERZOINI (PT – SP)137 – RICARDO IZAR (PTB – SP)138 – ROBERTO SANTIAGO (PV – SP)139 – RODRIGO DE CASTRO (PSDB – MG)140 – RO)ERIO LISBOA (DEM – RJ)141 – ROSE DE FREITAS (PMDB – ES)142 – RUBENS OTONI (PT – GO)143 – SABINO CASTELO BRANCO (PTB – AM144 – SANDRO MABEL ( PR – GO)145 – SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP)146 – SEBASTIÃO MADEIRA (PSDB – MA)147 – SEVERIANO ALVES (PDT – BA)148 – SILVINHO PECCIOLI (DEM – SP)149 – SILVIO TORRES (PSDB – SP)150 – TADEU FILIPPELLI (PMDB – DF)151 – TATICO (PTB – GO)152 – ULDURICO PINTO (PMN – BA)153 – VADÃO GOMES (PP – SP)154 – VALADARES FILHO (PSB – SE)155 – VELOSO (PMDB – BA)

156 – VICENTINHO (PT – SP)157 – VICENTINHO ALVES) (PR – TO)158 – VIGNATTI (PT – SC)159 – VILSON COVATTI (PP – RS)160 – VIRGÍLIO GUIMARÃES (PT – MG)161 – VITAL DO RÊGO FILHO (PMDB – PB)162 – WALDIR MA)ANHÃO (PP – MA)163 – WALTER IHOSHI (DEM – SP)164 – WILSON SANTIAGO (PMDB – PB)165 – ZÉ GERALDO (PT – PA)166 – ZÉ GERARDO (PMDB – CE)167 – ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA)168 – ZEQUINHA MARINHO (PMDB – PA)

Assinaturas que Não Conferem

01 – BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG)02 – COLBERT MARTINS (PMDB – BA)03 – ELISMAR PRADO (PT – MG)04 – SANDRO MATOS (PR – RJ)05 – WELLINGTON ROBERTO) (PR – PB)

Assinaturas Repetidas

01 – ABELARDO LUPION (DEM – PR)02 – ALEX CANZIANI (PTB – PR)03 – ARIOSTO HOLANDA (PSB – CE)04 – DEVANIR RIBEIRO (PT – SP)05 – DOMINGOS DUTRA (PT – MA)06 – EDMAR MOREIRA (DEM – MG)07 – EDUARDO BARBOSA (PSDB – MG)08 – EDUARDO BARBOSA (PSDB – MG)09 – EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ)10 – FLÁVIO DINO (PCdoB – MA)11 – GUILHERME CAMPOS (DEM – SP)12 – GUILHERME CAMPOS (DEM – SP)13 – JERÔNIMO REIS (DEM – SE)14 – JOSE PH BANDEIRA (PT – BA)15 – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB – RS)16 – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB – RS)17 – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB – RS)18 – MANATO (PDT – ES)19 – MÁRIO HERINGER (PDT – MG)20 – NELSON MEURER (PP– PR)21 – NELSON MEURER (PP – PR)22 – OSVALDO REIS (PMDB – TO)23 – PAULO ROCHA (PT – PA)24 – PEDRO CHAVES (PMDB – GO)25 – PEDRO CHAVES (PMDB – GO)26 – PEDRO NOVAIS (PMDB – MA)27 – PEDRO NOVAIS (PMDB – MA)28 – PEDRO WILSON (PT – GO)29 – PEPE VARGAS (PT – RS)30 – ROSE DE FREITAS (PMDB – ES)31 – RUBENS OTONI (PT – GO)

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06422 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

32 – SEBASTIÃO MADEIRA (PSDB – MA)33 – SILVIO TORRES (PSDB – SP)34 – ULDURICO PINTO (PMN – BA)35 – ZÉ GERARDO (PMDB – CE)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 228, DE 2008

(Do Sr. Ciro Pedrosa e outros)

Dá nova redação ao § 3º do art. 46 da Constituição Federal.

Despacho:Apense-se à Pec-362/2001.Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-

ciação do Plenário

As Mesas da Câmara dos Deputados e do Se-nado Federal, nos termos do art. 60 da Constituição Federal, promulgam a seguinte emenda ao texto cons-titucional:

Art. 1º. O parágrafo 3º do art. 46 da Constituição Federal passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art.46. O Senado Federal compõem-se de representantes dos Estados e do Distrito Fe-deral, eleitos segundo o princípio majoritário.

.......................... ...... ..............................

....................... ....... ................................Parágrafo 3º Serão considerados Suplentes os

candidatos deputados federais eleitos pelo mesmo partido ou coligação do Senador, segundo o maior nú-mero de legislaturas na Câmara Federal, e, havendo empate, o Deputado mais idoso.

Art. 2º. Esta Emenda Constitucional entra em vi-gor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposta de Emenda à Constituição visa o aperfeiçoamento da atual sistemática de escolha dos Suplentes de Senadores. Pelo texto constitucional em vigor, os Suplentes são registrados em conjunto com a candidatura principal sem que o eleitorado te-nha a chance de conhecer suas propostas e sem que tenham sido submetidos ao voto do eleitor.

A proposição ora apresentada passa a considerar Suplentes os candidatos deputados federais eleitos pelo mesmo partido ou coligação do Senador, que ex-cederem o número das vagas em disputa, segundo o maior número de legislaturas e que passaram pelo crivo das urnas. Desta forma, todos os futuros Senadores, nestes incluindo também os Suplentes que assumirem o mandato, terão suas propostas políticas submetidas à avaliação do eleitorado de seus Estados de origem, passando-se, assim, a contemplar com a assunção ao cargo de Senador representantes com respaldo

popular, como preconizam as modernas democracias representativas e o estado democrático de direito.

Neste sentido, contamos com o apoio dos nobres parlamentares na aprovação da presente Proposta de Emenda à Constituição.

Sala das Sessões, 14 de março de 2007. – Depu-tado Ciro Pedrosa, PV/MG.

Proposição: PEC 0228/08

Autor: CIRO PEDROSA E OUTROS

Data de Apresentação: 21/02/2008

Ementa: Dá nova redação ao parágrafo 3º do art. 46 da Constituição Federal.Possui Assinaturas Suficientes: SIMTotal de Assinaturas:Confirmadas: 178Não Conferem: 008Fora do Exercício: 000Repetidas: 006Ilegíveis: 000Retiradas: 000Total: 192

Assinaturas Confirmadas

1 – JÚLIO DELGADO (PSB – MG)2 – RODRIGO DE CASTRO (PSDB – MG)3 – LUIZ CARREIRA (DEM – BA)4 – LUIZ BITTENCOURT (PMDB – GO)5 – LUCIANO CASTRO (PR – RR)6 – LUCIANA GENRO (PSOL – RS)7 – LINCOLN PORTELA (PR – MG)8 – LEONARDO VILELA (PSDB – GO)9 – LAEL VARELLA (DEM – MG)10 – JUVENIL (PRTB – MG)11 – MANATO (PDT – ES)12 – JURANDIL JUAREZ (PMDB – AP)13 – MARCONDES GADELHA (PSB – PB)14 – JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS (PR – MG)15 – JOSÉ FERNANDO APARECIDO DE OLIVEIRA (PV – MG)16 – JOSÉ AIRTON CIRILO (PT – CE)17 – JOÃO MAGALHÃES (PMDB – MG)18 – JOÃO DADO (PDT – SP)19 – JOÃO CARLOS BACELAR (PR – BA)20 – JAIRO ATAIDE (DEM – MG)21 – JAIME MARTINS (PR – MG)22 – GERALDO THADEU (PPS – MG)23 – JURANDY LOUREIRO (PSC – ES)24 – OSVALDO REIS (PMDB – TO)25 – ROBERTO SANTIAGO (PV – SP)26 – PAULO HENRIQUE LUSTOSA (PMDB – CE)27 – REGINALDO LOPES (PT – MG)

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06423

28 – ELISEU PADILHA (PMDB – RS)29 – RAFAEL GUERRA (PSDB – MG)30 – PROFESSOR SETIMO (PMDB – MA)31 – PEDRO NOVAIS (PMDB – MA)32 – PEDRO CHAVES (PMDB – GO)33 – PAULO PIAU (PMDB – MG)34 – LUIZ FERNANDO FARIA (PP – MG)35 – PAULO BORNHAUSEN (DEM – SC)36 – FÉLIX MENDONÇA (DEM – BA)37 – OSMAR SERRAGLIO (PMDB – PR)38 – NILSON PINTO (PSDB – PA)39 – NELSON MARQUEZELLI (PTB – SP)40 – MOACIR MICHELETTO (PMDB – PR)41 – MAURO LOPES (PMDB – MG)42 – MAURÍCIO QUINTELLA LESSA (PR – AL)43 – MÁRIO HERINGER (PDT – MG)44 – MÁRIO DE OLIVEIRA (PSC – MG)45 – MARIA HELENA (PSB – RR)46 – PAULO MALUF (PP – SP)47 – ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP)48 – MARCOS MONTES (DEM – MG)49 – CLEBER VERDE (PRB – MA)50 – AELTON FREITAS (PR – MG)51 – MARCELO TEIXEIRA (PR – CE)52 – GASTÃO VIEIRA (PMDB – MA)53 – NELSON TRAD (PMDB – MS)54 – MANOEL SALVIANO (PSDB – CE)55 – FERNANDO FERRO (PT – PE)56 – LÁZARO BOTELHO (PP – TO)57 – FERNANDO GABEIRA (PV – RJ)58 – SILAS CÂMARA (PSC – AM)59 – AFFONSO CAMARGO (PSDB – PR)60 – ANTÔNIO CARLOS BIFFI (PT – MS)61 – JOSÉ CHAVES (PTB – PE)62 – CÂNDIDO VACCAREZZA (PT – SP)63 – NELSON MEURER (PP – PR)64 – MARCELO GUIMARÃES FILHO (PMDB – BA)65 – MUSSA DEMES (DEM – PI)66 – LUIZ BASSUMA (PT – BA)67 – FERNANDO DINIZ (PMDB – MG)68 – VIRGÍLIO GUIMARÃES (PT – MG)69 – DILCEU SPERAFICO (PP – PR)70 – ARNON BEZERRA (PTB – CE)71 – REGIS DE OLIVEIRA (PSC – SP)72 – FÁBIO RAMALHO (PV – MG)73 – FÁBIO FARIA (PMN – RN)74 – EDSON DUARTE (PV – BA)75 – DR. UBIALI (PSB – SP)76 – DAVI ALCOLUMBRE (DEM – AP)77 – COLBERT MARTINS (PMDB – BA)78 – CLAUDIO DIAZ (PSDB – RS)79 – BRUNO ARAÚJO (PSDB – PE)80 – TARCÍSIO ZIMMERMANN (PT – RS)

81 – ARIOSTO HOLANDA (PSB – CE)82 – ADEMIR CAMILO (PDT – MG)83 – ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB)84 – ANTÔNIO ROBERTO (PV – MG)85 – ANTÔNIO ANDRADE (PMDB – MG)86 – ANÍBAL GOMES (PMDB – CE)87 – ANDRÉ DE PAULA (DEM – PE)88 – ALEXANDRE SILVEIRA (PPS – MG)89 – ALEXANDRE SANTOS (PMDB – RJ)90 – ALBERTO SILVA (PMDB – PI)91 – AFONSO HAMM (PP – RS)92 – FERNANDO DE FABINHO (DEM – BA)93 – ÁTILA LINS (PMDB – AM)94 – GUILHERME CAMPOS (DEM – SP)95 – DOMINGOS DUTRA (PT – MA)96 – SANDRO MABEL (PR – GO)97 – CARLOS ALBERTO LERÉIA (PSDB – GO)98 – REINALDO NOGUEIRA (PDT – SP)99 – ZÉ GERARDO (PMDB – CE)100 – FLÁVIO DINO (PCdoB – MA)101 – EDINHO BEZ (PMDB – SC)102 – FILIPE PEREIRA (PSC – RJ)103 – ODAIR CUNHA (PT – MG)104 – WILSON BRAGA (PMDB – PB)105 – JOSÉ CARLOS VIEIRA (DEM – SC)106 – EUDES XAVIER (PT – CE)107 – VILSON COVATTI (PP – RS)108 – DJALMA BERGER (PSB – SC)109 – SANDES JÚNIOR (PP – GO)110 – RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – CE)111 – ALICE PORTUGAL (PCdoB – BA)112 – ROGERIO LISBOA (DEM – RJ)113 – NEILTON MULIM (PR – RJ)114 – EDUARDO BARBOSA (PSDB – MG)115 – LUIZ SÉRGIO (PT – RJ)116 – TADEU FILIPPELLI (PMDB – DF)117 – EUNÍCIO OLIVEIRA (PMDB – CE)118 – ALEX CANZIANI (PTB – PR)119 – VICENTINHO (PT – SP)120 – FERNANDO MELO (PT – AC)121 – RATINHO JUNIOR (PSC – PR)122 – EDUARDO VALVERDE (PT – RO)123 – CRISTIANO MATHEUS (PMDB – AL)124 – CHICO DA PRINCESA (PR – PR)125 – ANTONIO CRUZ (PP – MS)126 – VALTENIR PEREIRA (PSB – MT)127 – MAURO BENEVIDES (PMDB – CE)128 – EDUARDO CUNHA (PMDB – RJ)129 – MARCELO ORTIZ (PV – SP)130 – EDUARDO GOMES (PSDB – TO)131 – EDMILSON VALENTIM (PCdoB – RJ)132 – FERNANDO CORUJA (PPS – SC)

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06424 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

133 – PAULO PEREIRA DA SILVA (PDT – SP)134 – EUGÊNIO RABELO (PP – CE)135 – GERSON PERES (PP – PA)136 – CARLOS ALBERTO CANUTO (PMDB – AL)137 – ZÉ GERALDO (PT – PA)138 – JACKSON BARRETO (PMDB – SE)139 – VITOR PENIDO (DEM – MG)140 – DAMIÃO FELICIANO (PDT – PB)141 – ANTONIO BULHÕES (PMDB – SP)142 – RUBENS OTONI (PT – GO)143 – VIGNATTI (PT – SC)144 – MILTON MONTI (PR – SP)145 – DÉCIO LIMA (PT – SC)146 – CIRO PEDROSA (PV – MG)147 – ZEQUINHA MARINHO (PMDB – PA)148 – WILLIAM WOO (PSDB – SP)149 – LELO COIMBRA (PMDB – ES)150 – WALDIR MARANHÃO (PP – MA)151 – LEONARDO QUINTÃO (PMDB – MG)152 – VANDERLEI MACRIS (PSDB – SP)153 – TAKAYAMA (PSC – PR)154 – SIMÃO SESSIM (PP – RJ)155 – SILVIO COSTA (PMN – PE)156 – SILVINHO PECCIOLI (DEM – SP)157 – SEBASTIÃO BALA ROCHA (PDT – AP)158 – SARNEY FILHO (PV – MA)159 – SARAIVA FELIPE (PMDB – MG)160 – ROSE DE FREITAS (PMDB – ES)161 – RÔMULO GOUVEIA (PSDB – PB)162 – WELLINGTON FAGUNDES (PR – MT)163 – CARLITO MERSS (PT – SC)164 – GONZAGA PATRIOTA (PSB – PE)165 – SILVIO TORRES (PSDB – SP)166 – OSMAR JÚNIOR (PCdoB – PI)167 – FELIPE BORNIER (PHS – RJ)168 – GERALDO PUDIM (PMDB – RJ)169 – ELIENE LIMA (PP – MT)170 – ANSELMO DE JESUS (PT – RO)171 – SEVERIANO ALVES (PDT – BA)172 – DANIEL ALMEIDA (PCdoB – BA)173 – CARLOS WILLIAN (PTC – MG)174 – LEONARDO PICCIANI (PMDB – RJ)175 – DR. TALMIR (PV – SP)176 – EDUARDO LOPES (PSB – RJ)177 – MOISES AVELINO (PMDB – TO)178 – LUIZ CARLOS BUSATO (PTB – RS)Assinaturas que Não Conferem1 – NELSON BORNIER (PMDB – RJ)2 – DR. NECHAR (PV – SP)3 – VITAL DO RÊGO FILHO (PMDB – PB)4 – BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG)5 – ELISMAR PRADO (PT – MG)6 – PAULO PIMENTA (PT – RS)

7 – GLADSON CAMELI (PP – AC)8 – WELLINGTON ROBERTO (PR – PB)

Assinaturas Repetidas

1 – WELLINGTON ROBERTO (PR – PB)2 – DOMINGOS DUTRA (PT – MA)3 – LEONARDO QUINTÃO (PMDB – MG)4 – CARLOS WILLIAN (PTC – MG)5 – ALEX CANZIANI (PTB – PR)6 – EDUARDO BARBOSA (PSDB – MG)

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 233, DE 2008

(Do Poder Executivo) Mensagem Nº 81/2008

Aviso Nº 99/2008 – C. Civil

Altera o Sistema Tributário Nacional e dá outras providências.

Despacho: À Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania

Apreciação: Proposição sujeita à apre-ciação do Plenário

Art. 1o A Constituição passa a vigorar com os seguintes artigos alterados e acrescidos:

“Art. 34. ..............................................................V – ........................................................c) retiver parcela do produto da arrecada-

ção do imposto previsto no art. 155-A, devida a outra unidade da Federação;

..... ................................................” (NR)“Art. 36. ..............................................................V – no caso do art. 34, V, “c”, de solicita-

ção do Poder Executivo de qualquer Estado ou do Distrito Federal.

.....................................................” (NR)“Art. 61. ..............................................................§ 3o A iniciativa da lei complementar de

que trata o art. 155-A cabe exclusivamente:I – a um terço dos membros do Senado

Federal, desde que haja representantes de todas as Regiões do país;

II – a um terço dos Governadores de Estado e Distrito Federal ou das Assembléias Legislativas, manifestando-se, cada uma delas, pela maioria relativa de seus membros, des-de que estejam representadas, em ambos os casos, todas as Regiões do País;

III – ao Presidente da República.” (NR)“Art. 62.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06425

§ 2o Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V, VIII, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia daquele em que foi editada.

...........................................” (NR)“Art. 105. III – d) contrariar a lei complementar ou a

regulamentação relativas ao imposto a que se refere o art. 155-A, negar-lhes vigência ou lhes der interpretação divergente da que lhes tenha atribuído outro tribunal.

.....................................................” (NR)“Art. 114. VIII – a execução, de ofício, das contri-

buições sociais previstas no art. 195, I e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sen-tenças que proferir;

.....................................................” (NR)“Art. 146. III – d) definição de tratamento diferenciado

e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive re-gimes especiais ou simplificados no caso dos impostos previstos nos arts. 153, IV e VIII, 155-A, 156, III, e das contribuições previstas no art. 195, I;

........................ .............................” (NR)“Art. 150. § 1o A vedação do inciso III, “b”, não se

aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV, V e VIII; e 154, II; e a vedação do inciso III, “c”, não se aplica aos tributos previs-tos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos previstos nos arts. 155, III, e 156, I.

§ 6o Qualquer subsídio ou isenção, redu-ção de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule exclusiva-mente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, ressal-vado o disposto no art. 155-A, § 4o, I.

........................ .............................” (NR)“Art. 151. Parágrafo único. A vedação do inciso III

não se aplica aos tratados internacionais apro-vados na forma do art. 49, I.” (NR)

“Art. 153.

VIII – operações com bens e prestações de serviços, ainda que as operações e pres-tações se iniciem no exterior.

§ 2o III – poderá ter adicionais de alíquota por

setor de atividade econômica.§ 6o O imposto previsto no inciso VIII:I – será não-cumulativo, nos termos da

lei;II – relativamente a operações e pres-

tações sujeitas a alíquota zero, isenção, não-incidência e imunidade, não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, salvo determinação em contrário na lei;

III – incidirá nas importações, a qual-quer título;

IV – não incidirá nas exportações, ga-rantida a manutenção e o aproveitamento do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;

V – integrará sua própria base de cál-culo.

§ 7o Relativamente ao imposto previsto no inciso VIII, considera-se prestação de serviço toda e qualquer operação que não constitua circulação ou transmissão de bens.” (NR)

“Seção IV-A Do Imposto de Competência

Conjunta dos Estados e do Distrito Federal

Art. 155-A. Compete conjuntamente aos Esta-dos e ao Distrito Federal, mediante instituição por lei complementar, o imposto sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de ser-viços de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior.

§ 1o O imposto previsto neste artigo:I – será não–cumulativo, nos termos da

lei complementar;II – relativamente a operações e presta-

ções sujeitas a alíquota zero, isenção, não–incidência e imunidade, não implicará crédito para compensação com o montante devido nas operações ou prestações seguintes, sal-vo determinação em contrário na lei comple-mentar;

III – incidirá também sobre:a) as importações de bem, mercadoria ou

serviço, por pessoa física ou jurídica, ainda que não seja contribuinte habitual do imposto, qual-quer que seja a finalidade, cabendo o imposto

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06426 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

ao Estado de destino da mercadoria, bem ou serviço, nos termos da lei complementar;

b) o valor total da operação ou prestação, quando as mercadorias forem fornecidas ou os serviços forem prestados de forma cone-xa, adicionada ou conjunta, com serviços não compreendidos na competência tributária dos Municípios;

IV – não incidirá sobre:a) as exportações de mercadorias ou

serviços, garantida a manutenção e o aprovei-tamento do imposto cobrado nas operações e prestações anteriores;

b) o ouro, nas hipóteses definidas no art. 153, § 5o;

c) as prestações de serviço de comuni-cação nas modalidades de radiodifusão so-nora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

§ 2o As alíquotas do imposto serão defi-nidas da seguinte forma:

I – resolução do Senado Federal, de ini-ciativa de um terço dos Senadores ou de um terço dos Governadores, aprovada por três quintos de seus membros, estabelecerá as alíquotas do imposto, definindo também a alí-quota padrão aplicável a todas as hipóteses não sujeitas a outra alíquota;

II – resolução do Senado Federal, apro-vada pela maioria de seus membros, definirá o enquadramento de mercadorias e serviços nas alíquotas diferentes da alíquota padrão, exclu-sivamente mediante aprovação ou rejeição das proposições do órgão de que trata o § 7o;

III – o órgão de que trata o § 7o poderá reduzir e restabelecer a alíquota aplicável a determinada mercadoria ou serviço, obser-vadas as alíquotas do inciso I;

IV – as alíquotas das mercadorias e ser-viços poderão ser diferenciadas em função de quantidade e de tipo de consumo;

V – a lei complementar definirá as merca-dorias e serviços que poderão ter sua alíquota aumentada ou reduzida por lei estadual, bem como os limites e condições para essas altera-ções, não se aplicando nesse caso o disposto nos incisos I a III.

§ 3o Relativamente a operações e pres-tações interestaduais, nos termos de lei com-plementar:

I – o imposto pertencerá ao Estado de destino da mercadoria ou serviço, salvo em relação à parcela de que trata o inciso II;

II – a parcela do imposto equivalente à incidência de dois por cento sobre o valor da base de cálculo do imposto pertencerá ao Estado de origem da mercadoria ou serviço, salvo nos casos de:

a) operações e prestações sujeitas a uma incidência inferior à prevista neste inciso, hi-pótese na qual o imposto pertencerá integral-mente ao Estado de origem;

b) operações com petróleo, inclusive lu-brificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados, e energia elétrica, hipótese na qual o imposto pertencerá integralmente ao Estado de destino;

III – poderá ser estabelecida a exigência integral do imposto pelo Estado de origem, hi-pótese na qual:

a) o Estado de origem ficará obrigado a transferir o montante equivalente ao valor do imposto de que trata o inciso I ao Estado de destino, por meio de uma câmara de compen-sação entre as unidades federadas;

b) poderá ser estabelecida a destinação de um percentual da arrecadação total do im-posto do Estado à câmara de compensação para liquidar as obrigações do Estado relativas a operações e prestações interestaduais.

§ 4o As isenções ou quaisquer incentivos ou benefícios fiscais vinculados ao imposto serão definidos:

I – pelo órgão de que trata o § 7o, desde que uniformes em todo território nacional;

II – na lei complementar, para atendi-mento ao disposto no art. 146, III, “d”, e para hipóteses relacionadas a regimes aduaneiros não compreendidos no regime geral.

§ 5o O imposto terá regulamentação úni-ca, sendo vedada a adoção de norma estadu-al, ressalvadas as hipóteses previstas neste artigo.

§ 6o Cabe à lei complementar:I – definir fatos geradores e contribuin-

tes;II – definir a base de cálculo, de modo

que o próprio imposto a integre;III – fixar, inclusive para efeito de sua co-

brança e definição do estabelecimento respon-sável, o local das operações e prestações;

IV – disciplinar o regime de compensa-ção do imposto;

V – assegurar o aproveitamento do cré-dito do imposto;

VI – dispor sobre substituição tributária;

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06427

VII – dispor sobre regimes especiais ou simplificados de tributação, inclusive para aten-dimento ao disposto no art. 146, III, “d”;

VIII – disciplinar o processo administra-tivo fiscal;

IX – dispor sobre as competências e o funcionamento do órgão de que trata o § 7o, de-finindo o regime de aprovação das matérias;

X – dispor sobre as sanções aplicáveis aos Estados e ao Distrito Federal e seus agen-tes, por descumprimento das normas que disci-plinam o exercício da competência do imposto, especialmente do disposto nos §§ 3o a 5o;

XI – dispor sobre o processo adminis-trativo de apuração do descumprimento das normas que disciplinam o exercício da compe-tência do imposto pelos Estados e Distrito Fe-deral e seus agentes, bem como definir órgão que deverá processar e efetuar o julgamento administrativo.

§ 7o Compete a órgão colegiado, presi-dido por representante da União, sem direito a voto, e integrado por representante de cada Estado e do Distrito Federal:

I – editar a regulamentação de que tra-ta o § 5o;

II – autorizar a transação e a concessão de anistia, remissão e moratória, observado o disposto no art. 150, § 6o;

III – estabelecer critérios para a conces-são de parcelamento de débitos fiscais;

IV – fixar as formas e os prazos de reco-lhimento do imposto;

V – estabelecer critérios e procedimentos de controle e fiscalização extraterritorial;

VI – exercer outras atribuições definidas em lei complementar.

§ 8o O descumprimento das normas que disciplinam o exercício da competência do im-posto sujeitará, na forma e gradação previstas na lei complementar, a:

I – no caso dos Estados e do Distrito Fe-deral, multas, retenção dos recursos oriundos das transferências constitucionais e seqüestro de receitas;

II – no caso dos agentes públicos dos Estados e do Distrito Federal, multas, sus-pensão dos direitos políticos, perda da função pública, indisponibilidade dos bens e ressarci-mento ao erário, sem prejuízo da ação penal cabível.” (NR)

“Seção VI Da Repartição e Destinação de

Receitas Tributárias

Art. 157. Pertencem aos Estados e ao Distrito Fe-deral o produto da arrecadação do imposto da União sobre renda e proventos de qualquer natureza, inci-dente na fonte, sobre rendimentos pagos, a qualquer título, por eles, suas autarquias e pelas fundações que instituírem e mantiverem.” (NR)

“Art. 158. Parágrafo único. I – três quartos, nos termos de lei com-

plementar;............. ........................................” (NR)“Art. 159. A União destinará:I – do produto da arrecadação dos im-

postos a que se referem os incisos III, IV e VIII do art. 153:

a) trinta e oito inteiros e oito décimos por cento, ao financiamento da seguridade social;

b) seis inteiros e sete décimos por cento, nos termos do art. 239;

c) o percentual definido em lei comple-mentar para:

1. o pagamento de subsídios a preços ou transporte de álcool combustível, gás natural e seus derivados e derivados de petróleo, o financiamento de projetos ambientais relacio-nados com a indústria do petróleo e do gás, e o financiamento de programas de infra–estrutura de transportes;

2. o financiamento da educação básica, nos termos do art. 212, §§ 5o e 6o;

II – do produto da arrecadação dos im-postos a que se referem os incisos III, IV, VII e VIII, do art. 153 e dos impostos instituídos nos termos do inciso I do art. 154:

a) vinte e um inteiros e cinco décimos por cento, ao Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;

b) ao Fundo de Participação dos Muni-cípios:

1. vinte e dois inteiros e cinco décimos por cento;

2. um por cento, a ser entregue no pri-meiro decêndio do mês de dezembro de cada ano;

c) quatro inteiros e oito décimos por cen-to ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, segundo diretrizes da Política Na-cional de Desenvolvimento Regional, para

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06428 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

aplicação em áreas menos desenvolvidas do País, assegurada a destinação de, no mínimo, noventa e cinco por cento desses recursos para aplicação nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste;

d) um inteiro e oito décimos por cento ao Fundo de Equalização de Receitas, para en-trega aos Estados e ao Distrito Federal.

§ 1º Para efeito de cálculo das destina-ções estabelecidas neste artigo, excluir-se-á a parcela da arrecadação do imposto de ren-da e proventos de qualquer natureza perten-cente aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, nos termos do disposto nos arts. 157 e 158, I.

§ 2º Para efeito de cálculo das destina-ções a que se refere o inciso II do caput deste artigo, excluir-se-ão da arrecadação dos im-postos as destinações de que trata o inciso I do caput deste artigo.

§ 3o Do montante de recursos de que trata o inciso II, “d”, que cabe a cada Estado, setenta e cinco por cento serão entregues di-retamente ao próprio Estado e vinte e cinco por cento aos respectivos Municípios, obser-vados os critérios a que se refere o art. 158, parágrafo único.

§ 4º A União entregará vinte e nove por cento da destinação de que trata o inciso I, “c”, 1, do caput deste artigo, a Estados, Dis-trito Federal e Municípios, para aplicação em infra-estrutura de transportes, distribuindo-se, na forma da lei, setenta e cinco por cento aos Estados e Distrito Federal e vinte e cinco por cento aos Municípios.” (NR)

“Art. 160. § 1o A vedação prevista neste artigo não

impede a União e os Estados de condiciona-rem a entrega de recursos:

I – ao pagamento de seus créditos, in-clusive de suas autarquias;

II – ao cumprimento do disposto no art. 198, § 2º, incisos II e III.

§ 2º A vedação prevista neste artigo não impede a União de efetuar a retenção de trans-ferência na hipótese de que trata o art. 155–A, § 8], I.” (NR)

“Art. 161. I – estabelecer os critérios de repartição

das receitas para fins do disposto no art. 158, parágrafo único, I;

II – estabelecer normas sobre a entrega dos recursos de que trata o art. 159, II, “a”,

“b” e “d”, especialmente sobre seus critérios de rateio, objetivando promover o equilíbrio sócio–econômico entre Estados e entre Mu-nicípios;

IV – estabelecer normas para a aplicação e distribuição dos recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional, os quais obser-varão a seguinte destinação:

a) no mínimo sessenta por cento do total dos recursos para aplicação em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro–Oeste;

b) aplicação em programas voltados ao desenvolvimento econômico e social das áreas menos desenvolvidas do País;

c) transferências a fundos de desenvolvi-mento dos Estados e do Distrito Federal, para aplicação em investimentos em infra-estrutura e incentivos ao setor produtivo, além de ou-tras finalidades estabelecidas na lei comple-mentar.

§ 1o O Tribunal de Contas da União efetu-ará o cálculo das quotas referentes aos fundos a que alude o inciso II.

§ 2º Na aplicação dos recursos de que trata o inciso IV do caput deste artigo, será observado tratamento diferenciado e favorecido ao semi-árido da Região Nordeste.

§ 3o No caso das Regiões que contem com organismos regionais, a que se refere o art. 43, § 1o, II, os recursos destinados nos termos do inciso IV, “a” e “b”, do caput deste artigo serão aplicados segundo as diretrizes estabelecidas pelos respectivos organismos regionais.

§ 4o Os recursos recebidos pelos Estados e pelo Distrito Federal nos termos do inciso IV, “c”, do caput não serão considerados na apuração da base de cálculo das vinculações constitucionais.” (NR)

“Art. 167. XI – a utilização dos recursos provenien-

tes das contribuições sociais de que trata o art. 195, I e II, §§ 8o e 12, e da destinação de que trata o § 13, I, do mesmo artigo, para a rea-lização de despesas distintas do pagamento de benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201.

§ 4º É permitida a vinculação de recei-tas próprias geradas pelos impostos a que se referem os arts. 155, 155-A e 156, e dos re-cursos de que tratam os arts. 157, 158 e 159, II, para a prestação de garantia ou contraga-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06429

rantia à União e para pagamento de débitos para com esta.” (NR)

“Art. 195. A seguridade social será finan-ciada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, da destinação estabelecida no art. 159, I, “a”, e das seguintes contribuições sociais:

I – do empregador, da empresa e da entidade a ela equiparada na forma da lei, incidentes sobre a folha de salários e demais rendimentos do trabalho pagos ou creditados, a qualquer título, à pessoa física que lhe preste serviço, mesmo sem vínculo empregatício;

§ 11. É vedada a concessão de remis-são ou anistia das contribuições sociais de que tratam os incisos I e II deste artigo, para débitos em montante superior ao fixado em lei complementar.

§ 12. Nos termos de lei, a agroindústria, o produtor rural pessoa física ou jurídica, o consórcio simplificado de produtores rurais, a cooperativa de produção rural e a associação desportiva podem ficar sujeitos a contribuição sobre a receita, o faturamento ou o resultado de seus negócios, em substituição à contri-buição de que trata o inciso I do caput, hipó-tese na qual não se aplica o disposto no art. 149, § 2o, I.

§ 13. Lei poderá estabelecer a substitui-ção parcial da contribuição incidente na forma do inciso I do caput deste artigo por um au-mento da alíquota do imposto a que se refere o art. 153, VIII, hipótese na qual:

I – percentual do produto da arrecada-ção do imposto a que se refere o art. 153, VIII, será destinado ao financiamento da previdên-cia social;

II – os recursos destinados nos termos do inciso I não se sujeitarão ao disposto no art. 159.” (NR)

“Art. 198. § 2o II – no caso dos Estados e do Distrito Fe-

deral, o produto da arrecadação dos impostos a que se referem os arts. 155 e 155–A e dos recursos de que tratam os arts. 157 e 159, II, “a” e “d”, deduzidas as parcelas que forem transferidas aos respectivos Municípios;

III – no caso dos Municípios e do Distrito Federal, o produto da arrecadação dos impos-tos a que se refere o art. 156 e dos recursos

de que tratam os arts. 158 e 159, II, “b”, 1, e “d”, e § 3º.

...... ...............................................” (NR)“Art. 212. § 1o Para efeito do cálculo previsto nes-

te artigo:I – a parcela da arrecadação de impostos

transferida pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, ou pelos Estados aos respectivos Municípios, não é considerada receita do governo que a transferir;

II – são deduzidas da arrecadação dos impostos da União a que se refere o inciso I do art. 159 as destinações de que trata o re-ferido inciso.

§ 5o A educação básica pública terá como fonte adicional de financiamento a destinação de que trata o art. 159, I, “c”, 2.

§ 6o As cotas estaduais e municipais da destinação a que se refere o § 5o serão distri-buídas proporcionalmente ao número de alunos matriculados na educação básica nas respec-tivas redes públicas de ensino.” (NR)

“Art. 239. A arrecadação decorrente da contribuição das pessoas jurídicas de direito público, de que trata a Lei Complementar no 8, de 3 de dezembro de 1970, e a destinação estabelecida no art. 159, I, “b”, financiarão, nos termos que a lei dispuser, o programa do seguro-desemprego e o abono de que trata o § 3o deste artigo.

.................. ...................................” (NR)

Art. 2o Os artigos do Ato das Disposições Cons-titucionais Transitórias a seguir enumerados passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 60. II – os Fundos referidos no inciso I do

caput deste artigo serão constituídos por vin-te por cento dos recursos a que se referem os incisos I e III do art. 155; o art. 155-A; os incisos II, III e IV do caput do art. 158; e as alíneas “a”, “b”, 1, e “d”, do inciso II do caput do art. 159, todos da Constituição, e distribu-ídos entre cada Estado e seus Municípios, proporcionalmente ao número de alunos das diversas etapas e modalidades da educação básica presencial, matriculados nas respecti-vas redes, nos respectivos âmbitos de atuação prioritária estabelecidos nos §§ 2o e 3o do art. 211 da Constituição;

§ 5o

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06430 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

I – no caso do imposto e das transfe-rências constantes do art. 155-A; do inciso IV do caput do art. 158; e das alíneas “a”, “b”, 1, e “d”, dos incisos II do caput do art. 159 da Constituição:

II – no caso dos impostos e transferên-cias constantes dos incisos I e III do caput do art. 155; e dos incisos II e III do caput do art. 158 da Constituição:

.................... .................................” (NR)“Art. 76.

§ 1o O disposto no caput deste artigo não alterará a base de cálculo das destinações a que se referem os arts. 153, § 5o; 157; 158, I e II; e 159, I, “c”, 2, e II, da Constituição.

§ 2º Para efeito do cálculo das dedu-ções de que trata o art. 212, § 1º, II, da Cons-tituição, considerar-se-ão, durante a vigência deste artigo, oitenta por cento da destinação a que se refere o art. 159, I, “c”, 2, da Cons-tituição.” (NR)

Art. 3º O imposto de que trata o art. 155, II, da Constituição vigerá até 31 de dezembro do sétimo ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda e observará as regras estabe-lecidas na Constituição anteriores à presente Emenda, bem como o seguinte:

I – a alíquota do imposto nas operações e prestações interestaduais e nas operações e prestações realizadas nas Regiões Sul e Sudeste, destinadas às Regiões Norte, Nor-deste e Centro-Oeste e ao Estado do Espírito Santo, serão, respectivamente, em cada um dos seguintes anos subseqüentes ao da pro-mulgação desta Emenda:

a) onze por cento e seis inteiros e cinco décimos por cento, no segundo ano;

b) dez por cento e seis por cento, no terceiro ano;

c) oito por cento e cinco por cento, no quarto ano;

d) seis por cento e quatro por cento, no quinto ano;

e) quatro por cento e três por cento, no sexto ano;

f) dois por cento e dois por cento, no sétimo ano;

II – lei complementar poderá disciplinar, relativamente às operações e prestações in-terestaduais, observada adequação das alí-quotas previstas no inciso I, a aplicação das regras previstas no § 3º do art. 155-A da Cons-tituição;

III – quanto ao direito à apropriação do crédito fiscal relativo a mercadorias destinadas ao ativo permanente, observado o disposto na Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, dar-se-á, a partir de 1º de janeiro de cada um dos seguintes anos subseqüentes ao da promulgação desta Emenda:

a) em quarenta e quatro meses, do se-gundo ano;

b) em quarenta meses, do terceiro ano;c) em trinta e dois meses, do quarto

ano;d) em vinte e quatro meses, do quinto

ano;e) em dezesseis meses, do sexto ano;f) em oito meses, do sétimo ano.Parágrafo único. Em relação aos créditos

fiscais de que trata o inciso III do caput des-te artigo, relativos a mercadorias adquiridas em exercícios anteriores, a cada mudança de prazo, a apropriação do crédito passará a ser efetuada à razão do novo prazo esta-belecido, na forma a ser disciplinada na lei complementar.

Art. 4º As vedações do art. 150, III, “b” e “c”, da Constituição não se aplicam ao im-posto a que se refere o seu art. 155-A, até o prazo de dois anos contados do início da sua exigência.

Parágrafo único. Durante o prazo de que trata o caput, a norma que implique majoração do imposto somente produzirá efeitos depois de decorridos trinta dias de sua publicação.

Art. 5º Lei complementar definirá fonte e montante adicional de recursos a serem desti-nados ao Fundo de Equalização de Receitas de que trata o art. 159, II, “d”, da Constituição.

§ 1º Do início de sua vigência até o oita-vo ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda, o Fundo de Equalização de Receitas deverá ter seus recursos distribuídos de forma decrescente por critérios vinculados às expor-tações e de forma crescente para compensar a eventual redução de arrecadação dos Esta-dos e do Distrito Federal em decorrência de alterações introduzidas por esta Emenda em relação ao imposto a que se refere o art. 155, II, da Constituição e à substituição deste pelo imposto de que trata o seu art. 155-A.

§ 2º Em relação ao imposto de que trata o art. 155-A da Constituição, não serão con-sideradas reduções de arrecadação aquelas que sejam passíveis de recomposição, pelo

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06431

próprio Estado ou Distrito Federal, mediante uso da faculdade prevista no art. 155-A, § 2º, V, da Constituição.

§ 3º No período de que trata o § 1º, os Estados e o Distrito Federal que apresenta-rem redução da arrecadação do imposto de que trata o art. 155, II, da Constituição em decorrência de alterações introduzidas por esta Emenda não receberão transferências do Fundo de Equalização de Receitas em valor inferior ao que receberam no primeiro ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda, considerando os valores recebidos nos termos do art. 159, II, da Constituição e do art. 91 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, bem como de eventuais auxílios financeiros prestados pela União para fomento às exportações.

§ 4º Do nono ao décimo quinto ano sub-seqüente ao da promulgação desta Emenda, os Estados e o Distrito Federal não receberão transferências do Fundo de Equalização de Receitas em montante inferior ao recebido no oitavo ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda.

§ 5º Não terão direito aos recursos do Fundo de Equalização de Receitas o Distrito Federal e os Estados que não implementarem as medidas decorrentes do cumprimento no disposto o art. 37, XXII, da Constituição, con-cernentes à emissão eletrônica de documentos fiscais, à escrituração fiscal e contábil, por via de sistema público de escrituração digital, nos prazos definidos na lei complementar de que trata o caput deste artigo.

§ 6º O Poder Executivo da União enca-minhará projeto da lei complementar de que trata este artigo no prazo até de cento e oitenta dias da promulgação desta Emenda.

§ 7º Até que entre em vigor a lei comple-mentar de que trata este artigo, os recursos do Fundo de Equalização de Receitas serão distribuídos aos Estados e ao Distrito Federal proporcionalmente ao valor das respectivas ex-portações de produtos industrializados, sendo que a nenhuma unidade federada poderá ser destinada parcela superior a vinte por cento do total.

Art. 6º Até a fixação por lei complementar dos percentuais de destinação a que se refere o art. 159, I, c, da Constituição, são fixados os seguintes percentuais:

I – dois inteiros e cinco décimos por cen-to, em relação ao item 1;

II – dois inteiros e três décimos por cento, em relação ao item 2.

§ 1º A soma dos percentuais a que se refere o caput deste artigo, quando fixados pela lei complementar, não poderá ultrapassar quatro inteiros e oito décimos por cento.

§ 2º O percentual de que trata o inciso II do caput deste artigo deverá ser revisto, caso se verifique que restou inferior ao da razão entre a arrecadação da contribuição social do salário-educação, no último exercício de sua vigência, e o somatório das arrecadações dos impostos de que trata o art. 153, III e IV, da Constituição, das contribuições sociais para o financiamento da seguridade social (Cofins), para o Programa de Integração Social (PIS) e sobre o lucro líquido (CSLL), da contribuição de que trata o art. 177, § 4º, da Constituição, e da própria contribuição social do salário–educação, hipótese em que deverá ser rea-justado, por lei complementar, com vistas a observar o percentual verificado no último exercício de vigência da contribuição social do salário educação.

Art. 7º O percentual da destinação de recursos ao Fundo Nacional de Desenvolvi-mento Regional, a que se refere o art. 159, II, “c”, da Constituição, será aumentado gradati-vamente até atingir o percentual estabelecido pela presente Emenda, nos seguintes termos, em cada um dos anos subseqüentes ao da promulgação desta Emenda:

I – quatro inteiros e dois décimos por cento, no segundo ano;

II – quatro inteiros e três décimos por cento, no terceiro ano;

III – quatro inteiros e quatro décimos por cento, no quarto ano;

IV – quatro inteiros e cinco décimos por cento, no quinto ano;

V – quatro inteiros e seis décimos por cento, no sexto ano;

VI – quatro inteiros e sete décimos por cento, no sétimo ano;

VII – quatro inteiros e oito décimos por cento, no oitavo ano.

§ 1º Até que seja editada a lei comple-mentar que regulamenta o disposto no art. 161, IV, da Constituição, os recursos a que se refere o caput serão aplicados nas seguintes condições:

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I – setenta e dois inteiros e nove décimos por cento em programas de financiamento ao setor produtivo das Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, por meio de suas instituições financeiras de caráter regional, de acordo com os planos regionais de desenvolvimento, nos termos da Lei no 7.827, de 27 de setembro de 1989;

II – dezesseis inteiros e dois décimos por cento por meio do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste, nos termos da Medida Provisória no 2.156–5, de 24 de agosto de 2001;

III – dez inteiros e nove décimos por cen-to por meio do Fundo de Desenvolvimento da Amazônia, nos termos da Medida Provisória no 2.157–5, de 24 de agosto de 2001.

§ 2º O percentual mínimo de que trata o art. 161, IV, “a”, da Constituição será reduzido gradativamente até atingir o valor estabelecido na presente Emenda, nos seguintes termos, em cada um dos anos subseqüentes ao da promulgação desta Emenda:

I – oitenta por cento, no segundo ano;II – setenta e seis por cento, no tercei-

ro ano;III – setenta e dois por cento, no quar-

to ano;IV – sessenta e oito por cento, no quin-

to ano;V – sessenta e quatro por cento, no sex-

to ano;VI – sessenta e dois por cento, no séti-

mo ano;VII – sessenta por cento, no oitavo ano.§ 3º A destinação mínima às Regiões

Norte, Nordeste e Centro-Oeste dos recursos de que trata o art. 159, II, “c”, da Constituição será reduzida gradativamente até atingir o valor estabelecido na presente Emenda, nos seguin-tes termos, em cada um dos anos subseqüen-tes ao da promulgação desta Emenda:

I – noventa e nove por cento, no segun-do ano;

II – noventa e oito por cento, no tercei-ro ano;

III – noventa e sete por cento, no quar-to ano;

IV – noventa e seis por cento, no quin-to ano;

V – noventa e cinco por cento, no sex-to ano.

§ 4º A referência à Região Nordeste nos dispositivos que tratam do Fundo Nacional

de Desenvolvimento Regional inclui as áreas abrangidas pela regulamentação do art. 159, I, “c”, da Constituição, na redação anterior à presente Emenda.

Art. 8o A contribuição para o salário-educação, de que trata o art. 212, § 5º, da Constituição, será extinta em 1º de janeiro do segundo ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda.

Art. 9o Lei complementar poderá estabe-lecer limites e mecanismos de ajuste da carga tributária relativa aos impostos de que tratam os arts. 153, III e VIII, e 155-A, da Constituição relativamente aos exercícios em que forem implementadas as alterações introduzidas por esta Emenda.

Art. 10. As unidades da Federação que vierem a instituir benefícios ou incentivos fis-cais em desacordo com o previsto no art. 155, § 2º, XII, “g”, da Constituição não terão direito, enquanto vigorar o benefício ou incentivo, à transferência de recursos:

I – do Fundo de Participação dos Estados e do Distrito Federal;

II – do Fundo de Equalização de Re-ceitas; e

III – do Fundo Nacional de Desenvolvi-mento Regional para os fundos de desenvolvi-mento dos Estados e do Distrito Federal, nos termos do art. 161, IV, “c”, da Constituição.

Art. 11. Lei definirá reduções gradativas da alíquota da contribuição social de que trata o art. 195, I, da Constituição, a serem efetua-das do segundo ao sétimo ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda.

Parágrafo único. O Poder Executivo da União encaminhará projeto da lei de que trata este artigo no prazo de noventa dias da pro-mulgação desta Emenda.

Art. 12. As alterações introduzidas por esta Emenda produzirão efeitos:

I – a partir de 1º de janeiro do segundo ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda, em relação às alterações dos arts. 146, 153, 157, 159, 167, 195, 198, 212 e 239 da Constituição e arts. 60 e 76 do Ato das Dis-posições Constitucionais Transitórias;

II – a partir de 1º de janeiro do oitavo ano subseqüente ao da promulgação desta Emen-da, em relação à introdução do art. 155-A da Constituição.

§ 1º As remissões no texto da Constitui-ção ao seu art. 159 que foram alteradas por

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esta Emenda mantêm seus efeitos até o prazo de que trata o inciso I do caput deste artigo.

§ 2º As remissões no texto da Constitui-ção ao seu art. 155, II, que foram alteradas por esta Emenda mantêm seus efeitos enquanto perdurar a exigência do imposto de que trata o referido dispositivo.

Art. 13. Ficam revogados os seguintes dispositivos constitucionais:

I – a partir de 1º de janeiro do segundo ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda:

a) o § 3º do art. 155;b) os incisos I e II do art. 157;c) o § 4º do art. 177;d) as alíneas “a”, “b” e “c” do inciso I e o

inciso IV do art. 195;e) o § 4º do art. 239;f) o art. 91 do Ato das Disposições Cons-

titucionais Transitórias;II – a partir de 1º de janeiro do oitavo

ano subseqüente ao da promulgação desta Emenda:

a) o inciso II e os §§ 2º, 4º e 5º do art. 155;

b) o § 1º do art. 82 do Ato das Disposi-ções Constitucionais Transitórias.

Art. 14. Esta Emenda entra em vigor na data de sua publicação.

E.M. Nº 16/MF

Brasília, 26 de fevereiro de 2008.

Excelentíssimo Senhor Presidente da República,Submeto à apreciação de Vossa Excelência a

inclusa Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que altera o Sistema Tributário Nacional e dá outras providências.

Os objetivos principais da Proposta são: simplifi-car o sistema tributário nacional, avançar no processo de desoneração tributária e eliminar distorções que prejudicam o crescimento da economia brasileira e a competitividade de nossas empresas, principalmente no que diz respeito à chamada “guerra fiscal” entre os Estados. Adicionalmente, a Proposta amplia o mon-tante de recursos destinados à Política Nacional de Desenvolvimento Regional e introduz mudanças signi-ficativas nos instrumentos de execução dessa Política Com estas mudanças, pretende-se instituir um modelo de desenvolvimento regional mais eficaz que a atração de investimentos através do recurso à “guerra fiscal”, que tem se tornado cada vez menos funcional, mesmo para os Estados menos desenvolvidos.

Para alcançar esses objetivos, a presente Pro-posta de Emenda à Constituição introduz uma série de mudanças na estrutura de tributos da União e dos Estados, as quais são descritas a seguir.

No caso da União, propõe-se uma grande simpli-ficação, através da consolidação de tributos com inci-dências semelhantes. Neste sentido, propõe-se a uni-ficação de um conjunto de tributos indiretos incidentes no processo de produção e comercialização de bens e serviços, a saber: a contribuição para o financiamento da seguridade social (Cofins), a contribuição para o Programa de Integração Social (PIS) e a contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às ativi-dades de importação ou comercialização de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível (CIDE-Combustível).

Tal unificação seria realizada através da criação de um imposto sobre operações com bens e presta-ções de serviços – que, nas discussões sobre a refor-ma tributária vem sendo denominado de imposto sobre o valor adicionado federal (IVA-F) –, consubstanciada na inclusão do inciso VIII e dos parágrafos 6º e 7o no art. 153 da Constituição, bem como pela revogação dos dispositivos constitucionais que instituem a Co-fins (art. 195, I, “b” e IV, e § 12 deste artigo), a CIDE-Combustíveis (art. 177, § 4º) e a contribuição para o PIS (modificações no art. 239).

Além da simplificação resultante da redução do número de tributos, esta unificação tem como objeti-vo reduzir a incidência cumulativa ainda existente no sistema de tributos indiretos do País. Esta redução da cumulatividade resultaria da eliminação de um tributo que impõe às cadeias produtivas um ônus com ca-racterísticas semelhante ao da incidência cumulativa, a CIDE-Combustíveis, e da correção de distorções existentes na estrutura da Cofins e da contribuição para o PIS, as quais, pelo regime atual, têm parte da incidência pelo regime não-cumulativo e parte pelo regime cumulativo.

Vale destacar que, na regulamentação do IVA-F, será possível desonerar completamente os investimen-tos, através da concessão de crédito integral e imediato para a aquisição de bens destinados ao ativo perma-nente. Também será possível assegurar a apropriação de créditos fiscais, atualmente obstados, relativo a bens e serviços que não são diretamente incorporados ao produto final-usualmente chamados de “bens de uso e consumo” –, eliminando assim mais uma importan-te fonte de cumulatividade remanescente nos tributos indiretos federais.

Como a maior parte da receita do IVA-F provém das extintas contribuições para o PIS e Cofins, que estão sujeitas ao regime de noventena e não à ante-

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rioridade, propõe-se que o mesmo grau de restrição atualmente vigente para estas contribuições seja apli-cado ao IVA-F, nos termos do art. 62, § 2º e art. 150, § 1º da Constituição.

Outra importante simplificação que está sendo proposta é a incorporação da contribuição social sobre o lucro líquido (CSLL) ao imposto de renda das pessoas jurídicas (IRPJ), dois tributos que têm a mesma base: o lucro das empresas. Para tanto propõe-se a revogação da alínea “c” do inciso I do art. 195, da Constituição, sendo que os ajustes decorrentes da incorporação po-derão ser feitos através da legislação infra-constitucional que rege o imposto de renda. Faz-se necessário, no entanto, um ajuste nas normas constitucionais relativas ao imposto de renda, de modo a permitir que possam ser cobrados adicionais do IRPJ diferenciados por setor econômico, a exemplo do que hoje já é permitido para a CSLL. Tal ajuste é feito através da inclusão o inciso III no § 2º do art. 153 da Constituição.

Por fim, propõe-se uma importante medida de desoneração da folha de pagamentos dos trabalhado-res, mediante a substituição da contribuição social do salário-educação por uma destinação da arrecadação federal. Tal mudança seria feita por meio de alterações nos parágrafos 5º e 6º do art. 212 e no art. 159 da Constituição. O momento de implementação das mu-danças nos tributos federais é oportuno para fazer essa substituição, pois permite que, ao se definir a alíquota do IVA-F, seja considerada a necessidade de suprir a receita da contribuição que está sendo suprimida.

Na mesma linha da desoneração da folha de pa-gamento, no art. 11 da PEC, prevê-se que a lei esta-belecerá reduções gradativas da contribuição patronal sobre a folha, nos anos subseqüentes ao da reforma, devendo o Poder Executivo encaminhar o respectivo projeto de lei no prazo de até 90 dias da promulgação da Emenda.

Atendendo à preocupação com o controle da carga tributária, está previsto, no art. 9o da PEC, que lei complementar poderá estabelecer limites e meca-nismos de ajuste da carga tributária do IVA-F e do IR, relativamente aos exercícios em que forem implemen-tadas as alterações propostas.

Ao se simplificar o sistema tributário federal, ex-tinguindo-se várias contribuições, cuja arrecadação passará a ser provida por um novo imposto – o IVA-F -, torna-se necessário definir destinações de receita que restabeleçam o financiamento adequado das ati-vidades às quais estavam vinculados os tributos que foram extintos. A presente proposta prevê a destinação de determinadas porcentagens de uma base ampla de tributos – o imposto de renda (IR), o IVA-F e o imposto sobre produtos industrializados (IPI) – para o finan-

ciamento dessas atividades. Tais destinações estão consolidadas no inciso I do art. 159 da Constituição, sendo que todas as porcentagens foram calculadas com base na receita realizada em 2006. As porcenta-gens das destinações correspondentes às finalidades das extintas contribuição social do salário educação e CIDE-Combustíveis serão fixadas em lei complemen-tar, estabelecendo-se uma regra transitória no art. 6º da PEC, bem como a garantia de que a destinação correspondente à contribuição social do salário edu-cação não resultará em valor inferior à receita desta contribuição no último ano de sua vigência.

Com a introdução dessas novas vinculações à arrecadação dos impostos federais, torna-se também necessário efetuar ajustes no sistema de partilhas das receitas federais com os demais entes da federação. Nesse sentido, foram mantidos inalterados os per-centuais previstos para destinação aos diversos fun-dos de partilha federativa, deduzindo-se da base de cálculo o valor das novas vinculações instituídas. Ou seja, os novos impostos federais passam a arrecadar mais para suprir as fontes das extintas contribuições e, em conseqüência, as receitas dos impostos desti-nadas a suprir as finalidades das extintas contribui-ções são excluídas da base de cálculo das partilhas, mantendo-se a neutralidade no resultado final. Essas partilhas estão consolidadas no art. 159, II, §§ 3º e 4º, da Constituição.

Em função dessa reestruturação, são procedidas também alterações técnicas na vinculação para ma-nutenção e desenvolvimento do ensino, do art. 212 da Constituição, de forma a manter a situação dos recursos destinados para essa finalidade inalterados. Também são propostas, no art. 2º da PEC, alterações no art. 76 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, de modo que a desvinculação de receitas da União (DRU) mantenha, da mesma forma, inalterados os seus efei-tos durante o prazo de sua vigência.

As alterações relacionadas à esfera federal estão previstas para entrar em vigor no segundo ano sub-seqüente ao da aprovação da Proposta de Emenda à Constituição ora apresentada, nos termos disciplinados pelos seus arts. 12, I e 13, I.

No tocante ao imposto de competência estadual sobre operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interes-tadual e intermunicipal e de comunicação (ICMS), tem-se, atualmente, um quadro de grande complexidade da legislação. Cada um dos Estados mantém a sua própria regulamentação, formando um complexo de 27 (vinte e setE) diferentes legislações a serem observadas pelos contribuintes. Agrava esse cenário a grande diversidade

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06435

de alíquotas e de benefícios fiscais, o que caracteriza o quadro denominado de “guerra fiscal”.

Para solucionar essa situação, a proposta prevê a inclusão do art. 155-A na Constituição, estabele-cendo um novo ICMS em substituição ao atual, que é regido pelo art. 155, II, da Constituição, o qual resta revogado.

A principal alteração no modelo é que o novo ICMS contempla uma competência conjunta para o imposto, sendo mitigada a competência individual de cada Estado para normatização do tributo. Assim, esse imposto passa a ser instituído por uma lei complemen-tar, conformando uma lei única nacional, e não mais por 27 leis das unidades federadas.

Dada a peculiaridade dessa lei complementar, que vai além da norma geral, fazendo as vezes de lei instituidora do imposto para cada Estado e o Distrito Federal, são propostas, no § 3º do art. 61 da Consti-tuição, regras especiais para a iniciativa dessa norma, que ficará a cargo do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, dos Governadores ou das Assembléias Legislativas, sendo que nessas hipóte-ses deverão estar representadas todas as Regiões do País. Tal configuração tem o objetivo de prover maior estabilidade à legislação do imposto, que, com isso, estará sujeita a um menor volume de propostas de alteração.

O § 5º do art. 155-A determina que a re-gulamentação do imposto também será uni-ficada, devendo ser editada, nos termos do § 7º do mesmo artigo, por um órgão colegiado dos Estados e do Distrito Federal. Esse órgão está delineado nos moldes do atual Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz); as-sim, passaremos a denominá-lo, para efeito de simplificação de sua remissão, de novo Confaz.

Mais uma vez, em função da peculiaridade do modelo proposto, com suas regras nacionais sendo aplicáveis diretamente pelos Estados e julgadas nas respectivas justiças estaduais, prevê-se alteração no art. 105 da Constituição, conferindo-se ao Superior Tribunal de Justiça a competência para o tratamento das divergências entre os Tribunais estaduais na apli-cação da lei complementar e da regulamentação do novo ICMS.

O § 1º do art. 155-A, em seu inciso I, define que o imposto será não-cumulativo, cabendo a lei complementar delinear os ter-mos da aplicação dessa não-cumulatividade, sendo que o inciso II já estabelece que não implicarão crédito do imposto as operações e

prestações que não forem objeto de gravame do tributo.

Na esteira do ICMS atual, o inciso III do § 1º estabelece para o novo ICMS a incidência sobre as importações. É prevista também a incidência do novo ICMS sobre os serviços não sujeitos ao ISS que sejam prestados conjuntamente com operações e prestações sujeitas ao ICMS, evitando-se fugas de tributação das imposições estaduais e municipais.

Também em consonância com as regras esta-belecidas para o atual ICMS, no inciso IV do § 1º, são previstas as seguintes imunidades: para as exportações, com a garantia de manutenção e o aproveitamento do crédito fiscal do imposto; para o ouro, quando nego-ciado como ativo financeiro; e para as prestações de serviço de comunicação nas modalidades de radiodi-fusão sonora e de sons e imagens de recepção livre e gratuita.

O § 2º do art. 155-A disciplina o sistema de definição das alíquotas do imposto. No ge-ral, as alíquotas do novo ICMS serão limitadas àquelas definidas pelo Senado Federal, que deverá estabelecer as alíquotas em que serão enquadráveis os bens e serviços, definindo, dentre elas, aquela que será a alíquota padrão do imposto, aplicável a todas as hipóteses não sujeitas a outra alíquota especial. Caberá ao novo Confaz propor ao Senado Federal o en-quadramento de bens e serviços nas alíquotas diferentes da padrão. O Senado aprovará ou rejeitará as proposições, aplicando-se a alíquo-ta padrão para as propostas rejeitadas.

A proposta prevê que a lei complementar definirá mercadorias e serviços que poderão ter sua alíquota aumentada ou reduzida por lei estadual, bem como os limites e condições para essas alterações. Essa previsão resguarda um espaço de autonomia para os Estados terem gerência sobre o tamanho de suas receitas, preservando um poder de recomposição de arrecadação que será importante na transição do modelo, evitando a necessidade de se estabelecer as alíquotas pelo topo.

No mesmo sentido, o art. 4º prevê a não aplica-ção dos princípios da anterioridade e da noventena ao novo ICMS, excepcionalmente nos dois primeiros anos de sua implementação. Tal medida se justifica em função da magnitude das mudanças a serem levadas a efeito, permitindo, de forma excepcional, uma capa-cidade de reação mais célere dos Entes na hipótese de um declínio abrupto e inesperado de suas receitas. Assegurando-se um período mínimo de não-surpresa aos contribuintes, está previsto um prazo de 30 dias

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para eventuais alterações de legislação que impliquem majoração do imposto nesse período.

Ainda na linha de estabelecer segurança para os Estados na transição do modelo, é criado um Fundo de Equalização de Receitas (FER), a ser regulamentado por lei complementar, e financiado por uma vinculação de recursos (art. 159, II, “d”da Constituição) que substi-tui a parcela de 10% do IPI atualmente transferida aos estados proporcionalmente à exportação de produtos industrializados, além de outros recursos definidos na lei complementar. No art. 5º da PEC, estabelece-se que recursos do FER deverão ser utilizados de forma de-crescente para a compensação dos Estados pela de-soneração das exportações e de forma crescente para a equalização dos efeitos da Reforma Tributária.

O objetivo dessa proposta é permitir que os Es-tados que ganham com a mudança possam contribuir parcialmente para a compensação dos eventuais perde-dores, havendo a garantia de que, em nenhuma hipótese, serão reduzidas as transferências do FER para Estados que tenham perda de receita do ICMS em decorrência da Reforma. Os Estados que vierem a dar continuidade a políticas de renúncia de receitas no âmbito da guerra fiscal não terão direito aos recursos do FER, nos termos do art. 10 da PEC, sujeitando-se também à interrupção do recebimento de transferência dos recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional.

Atentando para a questão do controle da carga tri-butária, está previsto, no art. 9o da PEC, tal como para a transição dos tributos federais, que lei complementar poderá estabelecer limites e mecanismos de ajuste da carga tributária do ICMS, relativamente aos exercícios em que forem implementadas as alterações propostas.

O § 3º do art. 155-A estabelece que nas operações e prestações interestaduais, o im-posto pertencerá preponderantemente ao Es-tado de destino da mercadoria ou serviço, ficando o equivalente à incidência de 2% do imposto para o Estado de origem. Caberá a lei complementar definir a forma como será tec-nicamente manejado o modelo para que esse princípio seja atendido. Entretanto, em vista de que exige condições bastante especiais para sua execução, são propostos comandos que permitem à lei complementar estabelecer a exigência do imposto pelo Estado de origem das mercadorias e serviços, por meio de um modelo de câmara de compensação entre as unidades federadas.

Na mesma linha de prover o sistema normativo de medidas que permitam a boa aplicação de possíveis

modelos a serem definidos em lei complementar para aplicação do princípio do destino no novo ICMS, é pro-posta a regra a ser inserida no art. 34 da Constituição, prevendo hipótese de intervenção federal na unidade federada que retiver parcela do novo ICMS devido a outra unidade da Federação. A inserção de dispositivo no art. 36 da Constituição prevê que a proposição de tal intervenção ficará a cargo do Poder Executivo de qualquer Estado ou do Distrito Federal.

O § 4º do art. 155-A determina que as isenções ou quaisquer incentivos ou benefícios fiscais vinculados ao imposto serão definidos pelo novo Confaz e deverão ser uniformes em todo território nacional, salvo no caso de hi-póteses relacionadas aos regimes especiais de micro e pequenas empresas e a regimes aduaneiros especiais, as quais poderão ser definidas em lei complementar. A alteração no § 6º do art. 150 da Constituição estabelece a exceção da edição de tais benefícios fiscais pelo novo Confaz, tornando desnecessária a edição de norma autônoma do Estado para tratar dessa matéria.

O § 6º do art. 155-A define que caberá a lei complementar estabelecer grande parte do arcabouço normativo do novo ICMS, dispondo sobre fatos geradores e contribuintes; base de cálculo, de modo que o próprio imposto a inte-gre; local das operações e prestações; regime de compensação do imposto; garantia do apro-veitamento do crédito do imposto; substituição tributária; regimes especiais ou simplificados de tributação; processo administrativo fiscal; com-petências e o funcionamento do novo Confaz; sanções aplicáveis aos Estados e ao Distrito Federal e seus agentes, por descumprimen-to das normas que disciplinam o exercício da competência do imposto e o respectivo pro-cesso de apuração dessas infrações.

O § 7º do art. 155-A define que compete ao novo Confaz, além de editar a regulamen-tação do novo ICMS, autorizar a transação e a concessão de anistia, remissão e moratória, a serem definidas em leis estaduais ou distrital; estabelecer critérios para a concessão de par-celamento de débitos fiscais; fixar as formas e os prazos de recolhimento do imposto; esta-belecer critérios e procedimentos de controle e fiscalização extraterritorial; e exercer outras atribuições definidas em lei complementar.

No § 8º do art. 155-A são definidas as sanções que serão aplicáveis aos Estados, ao Distrito Federal e aos agentes públicos des-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06437

ses entes em função do descumprimento das normas que disciplinam o exercício da com-petência do novo ICMS.

Nos termos do art. 12, II, da PEC, o novo ICMS somente vigerá a partir de 1º de janeiro do 8º (oita-vo) ano subseqüente ao da promulgação da Emenda. O art. 3º, I da PEC estabelece que nesse período de transição o atual ICMS terá suas alíquotas interesta-duais gradativamente reduzidas, aproximando-se da aplicação da preponderância do princípio do destino que norteará o novo ICMS. Nesse período, poderão ser aplicadas ao atual ICMS, pela via da lei complementar, as regras para a cobrança na origem que serão defi-nitivas no novo ICMS, de forma a evitar problemas de ordem econômica e de evasão fiscal que a aplicação pura e simples das alíquotas pode ensejar.

O art. 3º, III da PEC também estabelece uma gra-dativa redução do prazo de apropriação dos créditos de ICMS de mercadoria destinadas ao ativo permanente, equacionando o modelo preconizado originalmente na Lei Complementar no 87, de 13 de setembro de 1996, e alterações, cuja implementação vem sendo adiada sistematicamente.

A proposta prevê, para enfrentamento das desi-gualdades regionais, a instituição do Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional (FNDR), de que trata o art. 161, IV da Constituição, que permitirá a coordenação da aplicação dos recursos da Política de Desenvolvimento Regional, introduzindo um importante aprimoramento nas políticas atualmente praticadas. Haverá ampliação do montante de recursos destinados à Política de Desen-volvimento Regional, com a destinação ao FNDR, nos termos do art. 159, II, “c” da Constituição, de montante equivalente a 4,8% da receita de IR e IPI, considerando o modelo de partilha hoje vigente.

Também está prevista uma ampliação do escopo da Política de Desenvolvimento Regional, por meio da possibilidade de aplicação de até 5% dos recursos nas regiões menos desenvolvidas das regiões Sul e Su-deste, garantindo-se assim a ampliação do montante de recursos da PDR para todas as regiões.

A proposta garante também que pelo menos 60% dos recursos do FNDR serão aplicados em financia-mentos ao setor produtivo, através dos instrumentos atualmente existentes, visando a evitar a descontinui-dade do modelo já implementado.

Por outro lado, a proposta prevê a criação de novos instrumentos para a alocação dos recursos do FNDR, permitindo que haja aplicação de recursos em investimentos estruturantes, que deverão observar dire-trizes estabelecidas pelas superintendências regionais e pelo Ministério da Integração Nacional (art. 161, IV, “b” e § 3º). Complementando o desenho da nova polí-

tica, a proposta contempla que os recursos do FNDR poderão ser transferidos diretamente para fundos de desenvolvimento estaduais, para alocação em inves-timentos estruturantes ou apoio ao setor produtivo, permitindo que se busquem sempre as formas mais eficientes para atingir os objetivos de desenvolvimento econômico e social (art. 161, IV, “c” e § 4º).

A nova Política de Desenvolvimento Regional substituirá com grandes vantagens a utilização da guer-ra fiscal como instrumento de desenvolvimento. Para evitar mudanças bruscas no modelo atual, propõe-se que sua introdução seja feita de forma gradual, nos termos do art. 7º da PEC.

Também em linha com o objetivo de melhorar o modelo federativo brasileiro, propõe-se, mediante al-teração do parágrafo único do art. 158, que o critério de partilha municipal da parcela de ICMS atualmente transferida com base no valor adicionado passe a ser definido por lei complementar. Trata-se de mudança im-portante introduzida na proposta a partir de demanda de entidades municipalistas de caráter nacional, que encontra fundamento nos grandes desequilíbrios na distribuição dos recursos entre os Municípios, benefi-ciando desproporcionalmente aqueles onde estão lo-calizadas grandes unidades industriais, em detrimento dos demais.

As demais alterações dizem respeito principal-mente a ajustes nas remissões ao texto constitucional decorrentes das mudanças que estão sendo introdu-zidas pela presente proposta.

Por todos os motivos aduzidos, encaminho pro-posta de Reforma Tributária que objetiva estimular a atividade econômica e a competitividade do País, através da racionalização e simplificação dos tributos, e promover a justiça social e o fortalecimento das re-lações federativas.

Respeitosamente, – Assinado por: Guido Man-tega

PROJETO DE LEI Nº 2.755, DE 2008 (Do Sr. Edson Ezequiel)

Altera a Lei Nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre a presença do proprietário durante a vistoria para a concessão de certificado de segurança veicular.

Despacho: Às Comissões de: Viação e Transportes; e Constituição e Justiça e de Ci-dadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

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06438 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Esta Lei acrescenta parágrafo ao art. 106

da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, para re-gular a presença do proprietário do veículo durante a realização de vistoria para a concessão de certificado de segurança veicular.

Art. 2º O art. 106 da Lei nº 9.503, de 1997, passa a vigorar acrescido do seguinte parágrafo único:

“Art. 106. ...... ....................................... ..Parágrafo único. Será facultado ao pro-

prietário do veículo, respeitadas as condições de segurança, acompanhar a vistoria para a concessão do certificado de segurança de que trata este artigo, inclusive quanto às ins-peções periódicas do sistema de Gás Natural Veicular – GNV.”

Art. 3º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

A presente proposição tem por objetivo explicitar e garantir a prerrogativa de o proprietário do veículo acompanhar os procedimentos de vistoria realizados em seu bem, o que atualmente lhe é vedado por alguns órgãos de trânsito, notadamente quando da inspeção anual dos veículos que utilizam como combustível o Gás Natural Veicular – GNV.

O art. 106. do Código de Trânsito Brasileiro dispõe sobre a emissão de certificado de segurança expedido por instituição técnica credenciada por órgão ou enti-dade de metrologia legal, conforme norma elaborada pelo CONTRAN, sempre que ocorrer modificação de veículo ou substituição de equipamento de seguran-ça. Esse certificado é condição necessária para o li-cenciamento desses veículos, sendo que, no caso da adaptação para utilização de GNV, muitos órgãos de trânsito têm estabelecido inspeções anuais.

Ocorre que não são raros os casos em que o proprietário é impedido de acompanhar o processo de inspeção, mesmo sem motivação alguma relacio-nada à segurança, o que constitui um flagrante des-respeito aos seus direitos, visto que o bem vistoriado lhe pertence.

Com a medida proposta, esperamos deixar claro o direito do proprietário em acompanhar essa vistoria.

Por constituir medida que irá inibir abusos pra-ticados por alguns órgãos de trânsito, contamos com o apoio de nossos Pares para a aprovação deste pro-jeto de lei.

Sala das Sessões, 12 de fevereiro de 2008. – Deputado Edson Ezequiel, PMDB-RJ.

PROJETO DE LEI Nº 2.757, DE 2008 (Da Sra. Sandra Rosado)

Dá nova redação ao inciso III do § 1º do art. 36 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para incluir conhecimentos de Política como parte do currículo do ensino médio.

Despacho: Às Comissões de: Educação e Cultura; e Constituição e Justiça e de Cida-dania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º O inciso III do § 1º do art. 36 da Lei nº

9.394, de 20 de dezembro de 1996, a LDB, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 36 ........... ........... ...........................§ 1º........... .......... ...................................III – domínio dos conhecimentos de Filo-

sofia, de Sociologia e de Política necessários ao exercício da cidadania.” (NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O art. 205. da Constituição Federal estabelece que a educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida e incentivada com a colabo-ração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. O mesmo dispositivo está presente no art. 2º da Lei nº 9.394, de 1996, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Ambos os mencionados documentos legais fixam como um dos objetivos fundamentais da educação o preparo do indivíduo para o exercício da cidadania.

Uma das formas mais efetivas de se cumprir essa determinação legal é fornecer aos jovens brasileiros o conhecimento político necessário para que possam participar de maneira consciente e transformadora da vida pública do País.

A nossa juventude é chamada, a partir dos de-zesseis anos, a exercer papel político efetivo na nos-sa sociedade, por meio do voto. Os jovens eleitores, contudo, não recebem preparo sistemático para exer-cer essa importante tarefa. A participação política res-ponsável desse segmento da população-que coincide justamente com a faixa etária que freqüenta o ensino médio-depende do acesso, no ambiente escolar, às questões éticas e aos princípios históricos e constitu-tivos da política.

Entendemos ser imprescindível reinstituir tal ini-ciativa, fundamental para melhorar a qualidade da es-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06439

cola e torná-la mais socialmente comprometida com a formação dos brasileiros.

Ser cidadão implica conhecer a política, para dela ser personagem ativo, participante e transforma-dor. Acreditamos que a iniciativa proposta, ao incluir a política no currículo do ensino médio, contribui de modo significativo para melhoria da qualidade da nossa educação e para o maior comprometimento da escola com o desenvolvimento social do País.

Diante do aqui exposto, pedimos a aprovação do presente projeto pelos Nobres Pares.

Sala das Sessões,12 de fevereiro de 2008. – De-putada Sandra Rosado

PROJETO DE LEI Nº 2.760, DE 2008 (Do Sr. Eduardo da FontE)

Altera a Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que trata da propaganda de cigarros e bebidas alcoólicas, entre outros, para dis-por sobre a divulgação desses produtos ao longo das rodovias federais.

Despacho: Apense-se à(Ao) Pl-4846/1994.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Esta lei acrescenta dispositivo na Lei nº

9.294, de 15 de julho de 1996, que “Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fumígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220 da Constituição Federal”, para tratar da divulgação do cigarro e bebidas alcoólicas ao longo das rodovias federais.

Art. 2º Acrescente-se o seguinte art. 3º-D na Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que “Dispõe sobre as restrições ao uso e à propaganda de produtos fu-mígeros, bebidas alcoólicas, medicamentos, terapias e defensivos agrícolas, nos termos do § 4º do art. 220 da Constituição Federal”:

Art. 3º-D É proibida a propaganda de produtos fumígeros e bebidas alcoólicas ao longo das rodovias federais, exceto para divulgar os seus malefícios à saúde humana ou relacionar o seu uso a incêndios e acidentes de trânsito.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

O art. 3º da Lei nº 9.294, de 15 de julho de 1996, que trata, entre outros aspectos, da propaganda de cigarros e bebidas alcoólicas, determina que a divulgação comercial desses produtos restrinja-se a pôsteres, painéis e carta-zes dispostos na área interna dos locais de venda.

De plano, a proibição de se veicular mensagens ao longo das rodovias federais está coberta pela lei, que não contempla, no entanto, a divulgação dos malefícios cau-sados pelos referidos produtos. Diante dessa constatação, optamos por apresentar este projeto de lei, que além de especificar a proibição referida, incentiva a divulgação dos males causados pelos produtos assinalados à saúde do ser humano e outras conseqüências como incêndios devidos a cigarros lançados acesos nas margens das rodovias, que muito freqüentemente têm causado danos ao meio ambiente, bem como acidentes de trânsito.

Nas pesquisas das causas dos acidentes de trânsito, o consumo de álcool ocupa um lugar rele-vante, que precisa ser descartado. Pela repetição, teor da informação e localização apropriada, a difusão de mensagens ao longo das rodovias mostrando os da-nos provocados pela ingestão de bebidas alcoólicas tem efeito direto sobre o condutor, podendo modificar o seu padrão de comportamento anti-social. Afinal, o ato de dirigir tem repercussões no ambiente comunitário e a condução perigosa sob o efeito do álcool pode ter desdobramentos indesejáveis.

Considerando o alcance social da proposta e sua contribuição para a segurança do trânsito, contamos com o apoio dos nossos Pares para sua aprovação.

Sala das Sessões,12 de fevereiro de 2008. – De-putado Eduardo da Fonte.

PROJETO DE LEI Nº 2.762, DE 2008 (Do Sr. Moises Avelino)

Altera a Lei nº 5.917, de 10 de setem-bro de 1973, que aprova o Plano Nacional de Viação, de modo a incluir na Relação Descritiva dos Portos Marítimos, Fluviais e Lacustres, os portos que especifica.

Despacho: Às Comissões de: Viação e Transportes; e Constituição e Justiça e de Ci-dadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Esta Lei altera o anexo da Lei n° 5.917,

de 1973, que aprova o Plano Nacional de Viação, para incluir na Relação Descritiva dos Portos Maríti-mos, Fluviais e Lacustres os Portos de Araguacema, Araguatins, Caseara, Couto Magalhães, Pau D’arco e Xambioá, no Estado do Tocantins.

Art. 2º O item 4.2 da Relação Descritiva dos Portos Marítimos, Fluviais e Lacustres do Plano Na-cional de Viação, constante da Lei Nº 5.917, de 10 de Setembro de 1973, passa a vigorar acrescido dos seguintes portos:

“4.2 – ........... ........................... ..............

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06440 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

JUSTIFICAÇÃO

Os municípios de Araguacema, Araguatins, Ca-seara, Couto Magalhães, Pau D’arco e Xambioá loca-lizam-se no Estado do Tocantins às margens do Rio Araguaia. Nessas localidades, entretanto, a utilização que se faz do Rio é desprovida de infra-estrutura ade-quada que permita a exploração de todo o seu poten-cial de forma economicamente viável.

O Governo Federal tem investido para viabilizar a Hidrovia Araguaia-Tocantins, ou seja, tornar nave-gável praticamente toda a extensão desses rios. A meta principal é reduzir os custos e facilitar a saída dos produtos das regiões Norte e Centro-Oeste para o resto do País, bem como para a exportação, princi-palmente pelos portos do Pará e do Maranhão. Outra meta é facilitar a entrada dos insumos necessários para o desenvolvimento. Essas ações beneficiarão uma extensa área do Brasil Central, com a criação de pólos de turismo e agroindustriais e com a geração de novos empregos.

Entretanto, nada disso será possível se as merca-dorias produzidas na região não tiverem infra-estrutura apropriada de embarque, desembarque e armazena-mento. Teremos milhares de quilômetros de rios nave-gáveis sem que os produtores tenham condições de acessá-lo e embarcar as suas mercadorias ou receber os insumos necessários à produção.

Por esse motivo, estamos empenhados em incluir no Plano Nacional de Viação os portos localizados nos municípios citados, para que possam receber recursos da União necessários à implantação da infra-estrutura portuária, viabilizando as operações de embarque e desembarque de mercadorias nas localidades ribeiri-nhas do rio Araguaia. Espera-se, com isso, estimular a atividade produtiva e proporcionar a elevação dos níveis de desenvolvimento econômico e social daque-la região.

Diante do aqui exposto, solicito o apoio dos no-bres Colegas Parlamentares para a aprovação deste projeto de lei.

Sala das Sessões,12 de fevereiro de 2008. – Deputado Moisés Avelino.

PROJETO DE LEI Nº 2.763, DE 2008 (Do Sr. Angelo Vanhoni)

Isenta as unidades museológicas no âmbito do Poder Público Federal, do paga-mento das taxas referentes ao consumo de energia elétrica.

Despacho: Às Comissões de: Educa-ção e Cultura; Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD); e Constituição e Justiça e de Cida-dania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

Art. 1° Ficam isentas do pagamento das taxas re-ferentes ao consumo de energia elétrica fornecida pelas companhias onde estiverem localizadas, as unidades muselógicas no âmbito do Poder Público Federal.

Parágrafo-único. A isenção das taxas referentes ao consumo de energia elétrica dar-se-à pelo prazo de dez anos.

Art. 2° Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Ao apresentar este Projeto de Lei que “Isenta as unidades museológicas no âmbito do Poder Público Federal”, do pagamento das taxas referentes ao con-sumo de energia elétrica”, temos o ânimo de minimizar os gastos dos recursos públicos com a manutenção das unidades museológicas.

Os museus são importante instrumento de desen-volvimento social, sendo premente o reconhecimento dessas instituições como unidades de valor estratégi-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06441

co, potenciais geradores de emprego e renda, princi-palmente por sua forte relação com a educação e o turismo. E ainda, sua potencialidade de atuação junto às comunidades locais, contribuindo para democratiza-ção do acesso aos bens culturais de maneira a elevar o bem estar da sociedade.

Nesse sentido é injusto tributar essas unidades que compõem Entidades Estatais com competências tão relevantes ao interesse coletivo, em vista, princi-palmente, de que o objetivo do tributo é exatamente o de viabilizar a prestação de serviços relevantes ao interesse coletivo.

Diante de tais verificações, além de ser de extrema justiça a não cobrança de tributos, faria melhor o Es-tado se, com o dinheiro público priorizasse programas e projetos para democratização do acesso à cultura, por meio de melhorias físico-estruturais, equipando os museus para o efetivo cumprimento de seu papel na preservação e conservação de seus acervos, melhores usos e apresentações dos espaços expositivos.

Por esse motivo, solicito o empenho de meus pares no sentido de não somente defender e aprovar o presente projeto, como aperfeiçoá-lo em sua trami-tação, que, espero, seja a mais rápida possível nas duas Casas do Congresso Nacional.

Sala das Sessões,12 de fevereiro de 2008. – Deputado Angelo Vanhoni, PT/PR.

PROJETO DE LEI Nº 2.774, DE 2008 (Do Sr. Eliene Lima)

Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o recolhimento do documento de habilitação no caso que especifica.

Despacho: Apense-se ao Pl-968/2003. Apreciação: Proposição sujeita à apre-

ciação do Plenário

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Esta lei altera a Lei nº 9.503, de 23 de

setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para dispor sobre o recolhimento do docu-mento de habilitação durante o cumprimento de pena de serviços comunitários.

Art. 2º Acrescente-se o seguinte § 2º ao art. 302 da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que ins-titui o Código de Trânsito Brasileiro, renumerando-se o atual parágrafo único:

Art. 302............... .......... ................................... ............................................ ........

§ 2º Nos casos das sentenças judiciais de penas alternativas, deve ser recolhido o do-cumento de habilitação do infrator. (NR)

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.

JUSTIFICAÇÃO

Ao tratar do homicídio culposo no trânsito, o art. 302 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB) estipula a pena de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habi-litação para dirigir veículo automotor, a par da detenção de dois a quatro anos, que pode ser aumentada de um terço à metade, se o agente não possuir documento de habilita-ção, não prestar socorro à vítima, praticar o crime em faixa de pedestre, na calçada ou no exercício da profissão de motorista conduzindo veículo de transporte coletivo.

No Código Penal, a lesão culposa está inclusa no rol dos crimes de menor potencial ofensivo, posição que dá suporte às decisões judiciais freqüentes em favor de penas alternativas, na forma de doação de cestas básicas ou de prestação de serviço à comunidade, para o agente do crime culposo no trânsito.

No entanto, como a essas penas alternativas não se aplica a previsão legal do CTB de suspender ou proibir a obtenção do documento de habilitação, o agente de ho-micídio culposo no trânsito continua a dirigir normalmen-te, como se não tivesse acontecido nada de relevante. Trata-se de uma situação inaceitável. Afinal, a suspensão ou proibição de obtenção do documento de habilitação produz efeito educativo, pela restrição de mobilidade e o advento de prováveis prejuízos, que certamente reforçam a idéia da direção defensiva preconizada no CTB.

Apresentamos, então, esse projeto de lei, com o intuito de aperfeiçoar o texto original do Código de Trânsito em vigor, que esperamos ver aprovado com o apoio dos ilustres Pares.

Sala das Sessões, 13 de fevereiro de 2008. – Deputado Eliene Lima

PROJETO DE LEI Nº 2.802, DE 2008 (Do Sr. Silas Câmara)

Excetua as igrejas da aplicação dos arts. 53 a 61 do Código Civil, Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002.

Despacho: Apense-se à(ao) Pl-2849/2003.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º É acrescido ao Código Civil, Lei Nº 10.406,

de 10 de janeiro de 2002, ao Capítulo II, Das Associa-ções, o art. 61-A, com a seguinte redação:

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06442 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

“Art. 61-A. Na abrangência do disposto nos arts. 53 a 61 deste Código, ficam excluídas as igrejas, mantida sua inviolabilidade garantida no art.19, I, da Constituição Federal.”

Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

A Constituição de 1988 dispõe sobre a questão religiosa, fazendo-o de maneira indireta com o artigo 19, inciso I, o qual dispõe:

Art. 19. É vedada à União, aos Estados, ao Dis-trito Federal e aos Municípios: I – estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com elas ou seus represen-tantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público.

As atividades religiosas devem ser interpretadas em consonância com a Carta Magna, especialmente no tocante à vedação de “embaraços” ao funcionamento dos cultos, garantindo a inviolabilidade da liberdade de consciência e de crença, assegurando o livre exercício dos cultos religiosos e garantindo, na lei, a proteção aos locais de culto e suas liturgias, como já tipificado na legislação penal.

A promulgação do Código Civil de 2002 trouxe em seu texto alterações na matéria que deixam em dúvi-da o enquadramento das instituições religiosas dentro da mesma, como bem identificou o grande jurista Dr. Miguel Reale. Quis o Legislador que tudo fosse feito em favor da plena autonomia dos cultos religiosos, e que estes se desenvolvam em consonância com os objetivos éticos da sociedade civil.

O projeto ora proposto tem a finalidade de garan-tir a inviolabilidade, inclusive, do art. 5º, VI, da Consti-tuição Federal, que certamente poderia ensejar uma ação direta de inconstitucionalidade (ADIn) do referido artigo da carta civil, por não assegurar o livre exercício dos cultos religiosos.

Neste sentido, apresento este, com a finalidade de deixar bem claro o posicionamento das instituições religiosas, que não podem ser enquadradas como as-sociações, garantindo liberdade religiosa e a certeza de que o Estado e a Igreja, apesar de partícipes do bem comum da sociedade, são livres e independen-tes, respeitando democraticamente as normas interna corporis que os diferenciam.

É nesse sentido nosso Projeto de Lei, para o que contamos com o apoio de nossos ilustres Pares para sua aprovação.

Sala das Sessões, 14 de fevereiro de 2008. – Deputado Silas Câmara.

PROJETO DE LEI Nº 2.806, DE 2008 (Do Sr. Silas Câmara)

Acrescenta parágrafo único ao art. 10 da Lei nº 6.923, de 29 de junho de 1981, asse-gurando unicidade aos diversos segmentos da religião protestante para os efeitos de proporcionalidade na quantidade de cape-lães de cada confissão religiosa.

Despacho: Apense-se à(ao) Pl-2085/1999.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação do Plenário

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Acrescenta-se o seguinte parágrafo único

ao art. 10, da Lei n 6.923, de 29 de junho de 1991:

“Parágrafo único. Para os efeitos de deter-minação da proporcionalidade entre Capelães das diversas regiões e religiões, os seguimen-tos da confissão evangélica são computados como pertencentes à religião protestante.”

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Em face de crescimento da população evangé-lica militar que já representa quase 40% dos efetivos totais das Forças Armadas, percebe-se uma carência de capelães evangélicos em quantidade suficiente para assegurar o seu amparo espiritual em navios, quartéis e bases.

Entendemos que esta carência decorre da con-dução equivocada dos censos que determina a pro-porcionalidade entre as diversas religiões.

Em face da variedade de denominações evan-gélicas, a representação protestante fica pulverizada nas amostras estatísticas e, com isso, distorcem-se os resultados obtidos.

Nossa proposição pretende corrigir esta distorção incluindo disposição expressa na norma legal no sentido de que os segmentos de confissão evangélica sejam computados com uma única religião: a protestante.

Com isto, esperamos ver cumpridos os preceitos constitucionais que asseguram a assistência religiosa nas Forças Armadas.

Na certeza de que nossa proposição se constitui em aperfeiçoamento oportuno e conveniente para or-denamento jurídico federal, esperamos poder contar com o valioso apoio dos nobres Pares em favor de sua aprovação nesta Casa.

Sala das Sessões, 12 de fevereiro de 2008. – Deputado Silas Câmara.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06443

PROJETO DE LEI Nº 2.809, DE 2008 (Do Sr. Silas Câmara)

Modifica a Lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, Lei Geral de Telecomunicações – LGT, para incluir, como direito do usuário de telecomunicações o questionamento de débitos lançados em conta telefônica.

Despacho: Às Comissões de: Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática; Defesa do Consumidor e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) – Art. 24, II

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Esta Lei modifica a Lei nº 9.472, de 16 de

julho de 1997 de telecomunicações – TGT, para incluir como direito do usuário de telecomunicações, o ques-tionamento de débitos lançados na conta telefônica.

Art. 2º O artigo 3º da lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997 passa a vigorar aditado do seguinte inciso XIII:

Art. 3º O usuário de serviços de telecomunica-ções tem direito:

.... ...................................................... ....XIII – de questionar os débitos contra ele

lançados pela prestadora, não se obrigando a pagamento dos valores que considere inde-vidos até quando esta comprove a prestação dos serviços objetos do questionamento.

Art. 3º A lei nº 9.472, de 16 de julho de 1997, pas-sa a vigorar aditada do seguinte artigo 179-A:

Art. 179-A. A prestadora que suspender o ser-viço de telecomunicações em decorrência de débito questionado pelo usuário na forma do inciso XIII do artigo 3º desta Lei incorrerá em infração gravíssima e será multada em valor equivalente a 1000 (mil) vezes o valor questionado pelo usuário.

Art 4º Esta lei entra em vigor na data de sua pu-blicação.

Justificação

Há algum tempo este Congresso Nacional vem reconhecendo o desequilíbrio de forças que marca a relação de consumo entre grandes prestadores de serviço e o consumidor comum, pessoa física ou pe-quena. Este desequilíbrio motivou a adoção de regras claras de proteção ao consumidor, cujo ápice deu-se com a aprovação do Código de Defesa do Consumi-dor em 1990.

Infelizmente, algumas práticas ainda carecem de atuação legislativa para evitar freqüentes abusos. É o

caso da prestadoras de serviços de usuários comuns, mesmo quando questionadas sobre débitos indevidos lançados em conta telefônica. Mais uma vez, o dese-quilíbrio de poder desta relação de consumo prejudica o consumidor, que se vê prejudicado em face de uma indefinição da legislação específica.

O projeto de Lei que ora submetemos à aprecia-ção de nossos Pares visa à correção de tal situação, uma vez que estabelece claro dispositivo na Lei Geral de Telecomunicações, impedindo que as prestadoras de serviço continuem a suspender os serviços de teleco-municações quando questionadas sobre sobre débito julgado indevido, sob pena de arcarem com multas de mil vezes o valor do lançamento questionado. Julga-mos ser a melhor forma de inibir os constantes abusos praticados pelas empresa de telecomunicações, uma vez que o texto proposto na legislação específica evita qualquer outra interpretação.

Como é justiça, cabe à prestadora a prova da efetiva utlização do serviço questionado pelo usuário. Assim, somente após a efetiva comprovação do uso do serviço, o valor correspondente pode ser exigido.

Certos de que a presente proposição avança no sentido já firmado por este Parlamento de intransigen-te defesa do consumidor, convocamos nossos Pares para unirmos na célebre aprovação.

Sala das Sessões, 14 de fevereiro de 2008. – Deputado Silas Câmara

PROJETO DE LEI Nº 2.810, DE 2008 (Do Sr. Silas Câmara)

Cria a obrigação de instalação de ge-rador de energia em hospitais do SUS.

Despacho: Às Comissões de: Seguri-dade Social e Família; Finanças e Tributação (Art. 54 RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Os estabelecimentos hospitalares vin-

culados ao Sistema Único de Saúde que possuírem centro cirúrgico centro obstétrico, centro de tratamento intensivo. Unidade coronária ou qualquer outra insta-lação que requera a não interrupção de procedimen-tos e equipamentos fica obrigada a instalar gerador de energia elétrica dotado de sistema automático de acionamento.

Art. 2º A não observância do disposto no artigo anterior sujeita o estabelecimento infrator a ser dado

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para os estabelecimentos hospitalares se adequarem as exigências.

Art. 3º Na regulamentação do disposto nesta lei. O poder executivo devera definir o porte das instalações sujeitas a obrigatoriedade a que se refere o art.1º as-sim como o prazo a ser dado para os estabelecimentos hospitalares se adequarem as exigências.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

Os meios de comunicação dão conta de casos de acidentes até mesmo fatais, que ocorrem em hos-pitais devido à interrupção no fornecimento de ener-gia elétrica.

Cirurgias que são interrompidas abruptamente, respiradores e incubadoras param de funcionar devido a cortes momentâneos de energia, partos complica-dos sofrem retardamentos apenas para citar algumas situações relatadas, fazem parte do cotidiano dos es-tabelecimentos hospitalares, normalmente os localiza-dos no norte do País onde a crise energética vem se manifestando com grande intensidade.

Se o conhecimento e tecnologia humanos não tivessem alcançado desenvolvimento suficiente para criar meios capazes de evitar os efeitos deletérios que uma interrupção no fornecimento de energia pode fazer teríamos de nos conformar com essa eventualidades e aceitá-la com um risco inerente as intervenções ci-rúrgicas e demais procedimentos médicos.

A humanidade, contudo superou em muito esse estágio e hoje contamos com sistemas capazes de fornecer energia sem qualquer solução de continui-dade. De fato edifícios modernos e grandes empresas usuárias de equipamentos de informática contam com geradores de acionamento automático, que permitem a utilização continua de elevadores e computadores sem que cortes fortuitos de eletricidade sejam sequer percebidos.

Se as empresas de outros setores podem con-tar com o avanço propiciado pela tecnologia moderna, por que não estender tais beneficios aos usuários de serviços hospitalares?

Cremos que a instalação dos aludidos equipa-mentos propciara a atualização tecnologia dos hospitais de nosso País e a segurança e o conforto que nossos cidadãos sem qualquer distinção são merecedores.

Isto posto esperamos contar com o apoiamento de nossos ilustres Pares no Congresso Nacional com vista a aprovação de matéria tão importante e de tão grande alcance social.

Sala das Sessões 14 de fevereiro de 2008. – Deputado Silas Câmara

PROJETO DE LEI Nº 2.812, DE 2008 (Do Sr. José Fernando Aparecido de Oliveira)

Modifica a Lei nº 6.088, de 16 de julho de 1974, que “dispõe sobre a criação da Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco – Codevasf – e dá outras providências”.

Despacho: Apense-se ao Pl-2435/2007.

Apreciação: Proposição sujeita à aprecia-ção conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:O art. 2º da Lei nº 6.088, de 16 de julho de 1974,

modificado pela Lei nº 9.954, de 06 de janeiro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2º A Codevasf terá sede e foro no Distrito Federal e atuação nos vales dos rios São Francisco e Parnaíba e do alto rio Pardo, nos Estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Piauí e Maranhão, podendo instalar e manter, no País, órgãos e setores de operação e re-presentação.” (NR)

Art. 2º O caput do art. 4º da Lei nº 6.088, de 16 de julho de 1974, modificado pela Lei nº 9.954, de 06 de janei-ro de 2000, passa a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 4º A Codevasf tem por finalidade o aproveitamento, para fins agrícolas, agropecu-ários e agro-industriais, dos recursos de água e solo dos vales dos rios São Francisco e Par-naíba e do alto rio Pardo, diretamente ou por intermédio de entidades públicas e privadas, promovendo o desenvolvimento integrado de áreas prioritárias e a implantação de distritos agro-industriais e agropecuários, podendo, para esse efeito, coordenar ou executar, dire-tamente ou mediante contratação, obras de infra-estrutura, particularmente de captação de água para fins de irrigação, de construção de canais primários ou secundários, e também obras de saneamento básico, eletrificação e transportes, conforme Plano Diretor em articu-lação com os órgãos federais competentes.

§ 1º .. .................................................. ...§ 2º ..............................................” (NR)

Art. 3º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação oficial.

Justificação

A Codevasf, Companhia do Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba, foi criada em

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1974 pela Lei nº 6.088, de 1974, e alterada pela Lei nº 9.954, de 2000. Inicialmente a atuação da Empresa limitava-se ao vale do rio São Francisco, nos Estados de Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Minas Ge-rais, Goiás e a uma estreita faixa do Distrito Federal, totalizando uma área de 640.000 km². Em 2000, o vale do rio Parnaíba foi incorporado à Companhia, que pas-sou a desenvolver suas ações em mais 330.000 km² inseridos nos Estados do Piauí e do Maranhão.

Em Minas Gerais, portanto, a Codevasf atua ape-nas na bacia hidrográfica do rio São Francisco, o que abrange um total de 240 Municípios. O projeto em análise propõe a inclusão dos Municípios situados na região do alto rio Pardo, com área total de 17.081 km² e população de um pouco mais de 200.000 habitantes. Desses Mu-nicípios, apenas Rio Pardo de Minas já é assistido pela Codevasf, por integrar a bacia do São Francisco.

A região que se pretende incluir na área de atua-ção da Empresa, localizada ao norte de Minas Gerais, em região contígua à da bacia do rio São Francisco, apresenta Índice de Desenvolvimento Humano-IDH muito baixo- entre 0,571 e 0,699-e grandes problemas de abastecimento de água de boa qualidade para os mais diversos fins. Essa carência compromete o de-senvolvimento de toda a região, bem como a qualidade de vida de sua população.

O trabalho desenvolvido pela Codevasf nas loca-lidades onde atua induz o desenvolvimento e revitaliza a bacia hidrográfica por meio da utilização sustentável dos recursos naturais, bem como pela estruturação de atividades produtivas capazes de importantes mo-dificações no panorama social e econômico desses espaços.

A presença na Codevasf na região do alto rio Pardo possibilitará a utilização mais racional dos re-cursos hídricos e do solo da área, o que conduzirá a um melhor aproveitamento dos potenciais agrícolas de seus Municípios.

Entendemos que os conhecimentos técnicos amealhados pela Empresa ao longo dos anos devem ser compartilhados e expandidos para além dos divi-sores de água da bacia do rio São Francisco. A exten-são de suas ações à bacia do rio Parnaíba represen-tou um primeiro passo nesse sentido. Não há porque uma empresa governamental restringir a aplicação do cabedal informativo e tecnológico que possui a uma única área, em detrimento do crescimento de regiões fronteiriças. Nesse caso específico da região do alto rio Pardo, restringir a expansão da Codevasf é manter milhares de pessoas em situação de penúria, quando pequenas ações podem apontar um rumo para aque-les que dependem dos recursos hídricos e do solo para sobreviver.

Para a aprovação deste importante projeto de lei, conto o apoio dos Nobres Deputados.

Sala das Sessões, 14 de fevereiro de 2008. – Deputado José Fernando Aparecido de Oliveira

PROJETO DE LEI Nº 2.815, DE 2008 (Do Sr. Gilmar Machado)

Altera a Lei nº 9.503, de 23 de setem-bro de 1997, que institui o Código de Trân-sito Brasileiro, para dispor sobre placas de veículos.

Despacho: Às Comissões de: Viação e Transportes; e Constituição e Justiça e de Ci-dadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º O art. 115 da Lei nº 9.503, de 23 de se-

tembro de 1997, passa a vigorar com as seguintes alterações:

Art. 115. O veículo será identificado externamen-te por meio de placas dianteira e traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura, confeccionadas e fornecidas pelo órgão executivo de trânsito que proceder o regis-tro, segundo especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN.

..... ........................................... ..............§ 7º Havendo necessidade de reposição

das placas de identificação do veículo, o pro-prietário deverá adquirir, junto ao órgão executi-vo de trânsito onde o veículo estiver registrado, o conjunto padrão, conforme especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN, e providenciar a gravação dos caracteres.

Art. 2º Esta lei entra em vigor após decorridos 90 (noventA) dias de sua publicação oficial.

Justificação

A clonagem das placas de identificação de veí-culos é uma das principais fraudes com que nos de-frontamos nas grandes cidades brasileiras, realizada com o objetivo de escapar de multas por infrações de trânsito ou, ainda, para utilizar o veículo na prática de atos ilícitos. Seja como for, é algo que pode trazer mui-tos transtornos para o proprietário do veículo clonado, que terá o encargo de se defender, o que pode ser bastante complicado. A utilização de placas falsas, clo-nadas ou não, também serve para tentar iludir policiais em barreiras de fiscalização, visando, por exemplo, a permitir o trânsito de um veículo roubado.

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Embora existam duplicações grosseiras, feitas me-diante a aplicação de fita adesiva sobre a placa verdadeira, de forma a adulterar os números originais, a maioria das clonagens é muito bem feita. Isso ocorre porque existem empresas credenciadas para a confecção de placas, às quais o proprietário de boa-fé recorre quando precisa substituir as placas de seu veículo, em caso de dano por acidente, por exemplo. Essas mesmas lojas podem estar sendo usadas por pessoas de má-fé ou criminosos.

Na tentativa de contribuir para a solução do pro-blema, estamos oferecendo à apreciação da Casa este projeto de lei, que atribui aos órgãos executivos de trânsito (DETRANS) a incumbência de confeccionar e fornecer as placas de identificação do veículo, por ocasião do registro, conforme especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN. Havendo necessidade de reposição das placas originais, o proprietário deverá adquirir, junto ao órgão executivo de trânsito onde o veículo estiver registrado, um novo conjunto padrão e providenciar a gravação dos caracteres.

Essa medida possibilitará que o CONTRAN, ao definir as especificações das placas, estabeleça al-gum tipo de característica de segurança, dificultando a clonagem criminosa. As empresas credenciadas, que hoje podem fabricar as placas, passariam somente a imprimir os caracteres sobre a placa padrão. Assim, quando um veículo for abordado pela fiscalização, será mais fácil para o policial ou agente de trânsito diferen-ciar uma placa verdadeira de uma clonada.

Esperamos, dessa forma, reduzir os casos de duplicação fraudulenta de placas, diminuindo os trans-tornos que afetam cidadãos de bem, hoje assombrados pela perspectiva de se verem envolvidos, indevidamen-te, em atos criminosos.

Sala das Sessões, 14 de fevereiro de 2008. – Deputado Gilmar Machado

PROJETO DE LEI Nº 2.817, DE 2008 (Do Sr. Renato Molling)

Altera a Lei nº 6.634, de 2 de maio de 1979, que dispõe sobre a Faixa de Fron-teira.

Despacho: Apense-se à(ao) Pl-2275/2007.

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24,II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º O art. 3º da Lei nº 6.634, de 2 de maio de

1979, passa a vigorar acrescido do seguinte § 2º, trans-formando-se o seu atual parágrafo único em § 1º:

“Art. 3º .....................................

§ 1º ... .............. ......................................§ 2º A Secretaria-Geral do Conselho de

Segurança Nacional, atendendo aos imperati-vos da segurança nacional e a relevante inte-resse coletivo, poderá estabelecer condições mais gravosas ou menos gravosas do que as previstas neste artigo, desde que median-te ato motivado e obedecendo aos demais procedimentos preconizados no art. 2º desta Lei.“ (NR)

Art. 2º Esta lei entra em vigor na data da sua publicação.

Justificação

As exigências de natureza política, econômica e jurídica, nos planos interno e externo, particularmen-te a partir do fenômeno da globalização, têm feito de alguns mandamentos da Lei da Faixa de Fronteira, que se pretende alterar, óbices ao progresso e ao desenvolvimento econômico dos Municípios situados nessa área e a uma efetiva integração com os países vizinhos, inclusive integrantes do Mercosul.

É evidente que há interesses maiores, ligados a própria sobrevivência do Estado, que não podem ser olvi-dados, mas não significa, em contrapartida, que, de forma radical, sejam impostos pesados ônus aos Municípios e populações situados em zonas fronteiriças, chegando a comprometer o bem estar, o desenvolvimento e o pro-gresso dessas regiões e, em última instância, a própria segurança nacional, em um efeito perversamente inverso do pretendido pela legislação que trata do tema, uma vez que desenvolvimento e segurança caminham juntos.

Cada caso deve ser avaliado de per si e, em fun-ção disso, propomos a flexibilização nas normas que impedem o estabelecimento de determinadas empresas e pessoas estrangeiras na Faixa de Fronteira, subme-tendo essas situações à apreciação do Conselho de Segurança Nacional, como já acontece para outras circunstâncias.

As alterações na legislação pátria, de modo a desemperrar o desenvolvimento econômico dos Mu-nicípios situados na Faixa de Fronteira, permitindo o estabelecimento de algumas atividades, ainda que com maior participação física e econômica estrangeira, é um pensamento que não se dá de forma isolada, sen-do compartilhado por diversas autoridades, dentro e fora da Faixa de Fronteira, inclusive em esferas mais elevadas dos Poderes constituídos do País.

Em função do exposto, solicitamos aos nobres Pares o necessário apoiamento para fazer prosperar este projeto de lei.

Sala das Sessões, 14 de fevereiro de 2008. – Deputado Renato Molling.

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PROJETO DE LEI Nº 2.818, DE 2008 (Do Sr. Renato Molling)

Concede às empresas de saneamento básico isenção do Imposto de Renda e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, nas condições que menciona.

Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finan-ças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Aprecia-ção Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Ficam isentas do Imposto de Renda e da

Contribuição Social sobre o Lucro Líquido as empresas de saneamento básico, constituídas legalmente para ex-ploração dos serviços públicos de água e esgotos, que não distribuem lucros a seus dirigentes e empregados.

Art. 2º As empresas referidas no artigo anterior, no gozo dos benefícios concedidos por esta lei, deve-rão promover o reinvestimento total do lucro apurado, em cada exercício, em obras de saneamento básico, com vistas à melhoria da saúde pública.

Art. 3º O Poder Executivo baixará ato normativo con-tendo as instruções necessárias à aplicação dos dispositi-vos desta lei, no prazo máximo de 60 (sessenta) dias.

Art. 4º Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro do ano subseqüente ao de sua publicação.

Justificação

É notório o reconhecimento de que parcela repre-sentativa da população brasileira encontra sérios pro-blemas decorrentes da falta de saneamento básico. Nas periferias, sobretudo das grandes cidades, a situação se agrava, pois uma extensa faixa de nossa população vive em condições extremamente precárias, sem os mínimos requisitos de higiene e saúde tão necessários a uma vida saudável, principalmente para as crianças.

Nesses locais não há fornecimento de água tra-tada, nem sequer rede de esgotos, coleta de lixo, lim-peza das vias e logradouros públicos.

A conseqüência inevitável desse quadro angus-tiante é a disseminação de doenças endêmicas que põem em risco a vida de milhares de pessoas.

A saúde de nossa população está ameaçada.A única medida capaz de reverter esta situação

reside na implantação de um sistema de saneamento básico que atenda às áreas periféricas, onde predo-minam numerosas famílias de baixa renda.

A Constituição Federal, em seu art. 200, inciso IV, determina que “Ao sistema único de saúde compete,

além de outras atribuições, nos termos da lei: participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento básico”.

Desde a década de 1990, com a agenda neoli-beral de privatizações, o setor de saneamento básico aguarda passiva e atonitamente uma melhor solução para o urgente financiamento de novos investimentos. Já a partir da década de 2000, teve maior ressonân-cia a discussão de um novo marco regulatório para o setor, resultando na aprovação da Lei Nº 11.445, de 5/1/2007, que “estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico”.

Entretanto, persiste como dificuldade para o avan-ço regulatório do setor de saneamento, a definição de sua titularidade, se estadual ou municipal, o que tal-vez só venha a ser pacificado por uma decisão final do Supremo Tribunal Federal. Outra dificuldade deriva da lenta implantação do modelo de financiamento via Parcerias Público-Privadas.

Assim, com o intuito de reduzir a gravidade do problema, apresentamos o projeto em causa visando conceder isenção do Imposto de Renda e da Contri-buição Social sobre o Lucro Líquido em favor das em-presas de saneamento básico.

Para gozarem do benefício, tais empresas não po-dem efetuar distribuição dos lucros aos seus dirigentes ou empregados e, ao mesmo tempo, devem reinvestir as reservas de lucros na implantação de projetos de saneamento básico, com vistas a melhorar as condi-ções de saúde pública.

Por ser uma proposição de enorme alcance so-cial, contamos com o apoio dos ilustres Pares para a sua aprovação.

Sala das Sessões, 14 de fevereiro de 2008. – Deputado Renato Molling.

PROJETO DE LEI Nº 2.819, DE 2008 (Do Sr. Renato Molling)

Altera o art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, que dispõe sobre licita-ções e contratos administrativos e dá ou-tras providências.

Despacho: Às Comissões de: Trabalho, de Administração e Serviço Público; Finan-ças e Tributação (Mérito e Art. 54, RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD) – Art. 24, II

Apreciação: Proposição Sujeita à Aprecia-ção Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º O art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho

de 1993, passa a vigorar acrescido do seguinte § 7º:

“Art. 116 .................... .......... .................

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06448 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

.................... ............................ ............. § 7º Na aquisição de bens e na contra-

tação de obras e serviços, com emprego de recursos públicos, as entidades signatárias dos convênios, acordos, ajustes e instrumentos de que trata o caput, observarão, no que couber, as disposições desta lei. (NR)”

Art. 2º As organizações de que tratam as Leis nº 9.637, de 15 de maio de 1998, e nº 9.790, de 23 de março de 1999, deverão atender ao disposto no § 7º do art. 116 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993.

Art. 3º Fica revogado o art. 14 da Lei nº 9.790, de 23 de março de 1999.

Art. 4º Esta lei entra em vigor na data de sua publicação.

Justificação

O emprego de recursos públicos, tanto por enti-dades públicas quanto por instituições privadas, deve ser feito mediante procedimentos que assegurem a observância dos princípios constitucionais da morali-dade, da impessoalidade, da eficiência, da publicidade e da economicidade.

A lei de licitações (Lei nº 8.666/93) é o meio legal que viabiliza a aplicação desses princípios. Embora criticada algumas vezes por tornar mais complexos os processos de contratação realizados pela administração pública, a Lei nº 8.666/93 é reconhecida como instrumento indispen-sável para a correta utilização dos recursos públicos.

A aplicação da lei de licitações às instituições privadas que recebem verbas públicas por meio de convênios e instrumentos congêneres já foi discu-tida pelo Tribunal de Contas da União no processo 003.361/2002-2.

Naquela ocasião, levantaram-se alguns argumen-tos contrários à medida. Em seu voto, o Ministro Ben-jamim Zylmer objetou que o exercício de prerrogativas da Lei nº 8.666/93 por entes privados, tais como a apli-cação de multas, a rescisão unilateral de contratos e a declaração de inidoneidade de licitantes, seria incabí-vel. Segundo o voto, tais prerrogativas, decorrentes do princípio da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, seriam reservadas a agentes públicos, investidos em cargos, empregos ou funções.

Na decisão, contudo, prevaleceram os argumentos apresentados pelo Relator, Ministro Ubiratan Aguiar:

“ 3º É notório que a iniciativa privada não se sujeita aos princípios que regem a licitação no setor público e muito menos está obriga-da a aplicar, nas suas contratações, a Lei nº 8.666/93, mesmo porque naquela impera a autonomia da vontade e, por isso mesmo, só não pode fazer o que a lei expressamente pro-

íbe, ao contrário do administrador público que só pode fazer o que a lei determina.

4º No entanto, o particular, ao firmar con-vênio com a administração pública, assume todos os deveres e obrigações de qualquer gestor público, estando, como este, sujeito aos princípios da legalidade, da impessoalidade, da moralidade e dos demais princípios infor-madores da gestão da coisa pública, dentre os quais destacamos o da licitação e o do dever de prestar contas, insculpidos no art. 37, inciso XXI, e art. 70, parágrafo único, da Constituição Federal, respectivamente.

..... .................................................. .......7º Diante do exposto, não se vislumbra

motivo para que, na aplicação de recursos pro-venientes de convênio, ainda que firmado com entidade privada, quando esta exerce função indiscutivelmente pública, não se proceda à li-citação. Trata-se da única forma de se dar cum-primento ao que determina o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, o qual, em síntese, pretende possibilitar a todos os interessados, pessoas físicas ou jurídicas, a participação, em igualdade de condições, em todas as aquisições realizadas pela administração.”

Assim, no item 9.2 do Acórdão nº 1.070/2003, pertinente ao referido processo, o TCU fixou prazo de 30 dias para que o Secretário do Tesouro Nacional adequasse o parágrafo único do art. 27 da Instrução Normativa nº 01/97, que disciplina a celebração de con-vênios, ao art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, “que exige lei específica na realização de licitação, no caso a Lei nº 8.666/93, quando da aplicação de recur-sos públicos, ainda que geridos por particular”.

O mencionado dispositivo da Instrução Normativa nº 01/97 foi modificado pela IN n° 3/2003, passando a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 27. O convenente, ainda que enti-dade privada, sujeita-se, quando da execução de despesa com os recursos transferidos, às disposições da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, especialmente em relação a licitação e contrato, admitida a modalidade de licitação prevista na Lei nº 10.520, de 17 de julho de 2002, nos casos em que especifica.”

Posteriormente, ao analisar pedido de reexame da matéria, o TCU, no Acórdão nº 353/2005, modifi-cou o item 9.2 do Acórdão nº 1.070/2003, dando-lhe a seguinte redação:

“9.2. firmar o entendimento de que a apli-cação de recursos públicos geridos por par-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06449

ticular em decorrência de convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres, deve atender, no que couber, às disposições da Lei de Licitações, ex vi do art. 116 da Lei 8.666/93” (grifo nosso).

A ressalva introduzida na decisão refor-mulada pelo TCU deixou claro que somente as disposições cabíveis da Lei nº 8.666/93 de-vem ser observadas pelas entidades privadas signatárias de convênios.

Após a publicação do Acórdão nº 353/2005, foi editado o Decreto nº 5.504, de 5 de agosto de 2005, cujo art. 1º assim dispõe:

“Art. 1º Os instrumentos de formalização, renovação ou aditamento de convênios, instru-mentos congêneres ou de consórcios públicos que envolvam repasse voluntário de recursos públicos da União deverão conter cláusula que determine que as obras, compras, serviços e alienações a serem realizadas por entes públicos ou privados, com os recursos ou bens repassados voluntaria-mente pela União, sejam contratadas mediante processo de licitação pública, de acordo com o estabelecido na legislação federal pertinente.

§ 1º Nas licitações realizadas com a utiliza-ção de recursos repassados nos termos do ca-put, para aquisição de bens e serviços comuns, será obrigatório o emprego da modalidade pre-gão, nos termos da , e do regulamento previsto no , sendo preferencial a utilização de sua forma eletrônica, de acordo com cronograma a ser definido em instrução complementar.

§ 2º A inviabilidade da utilização do pre-gão na forma eletrônica deverá ser devida-mente justificada pelo dirigente ou autoridade competente.

§ 3º Os órgãos, entes e entidades privadas sem fins lucrativos, convenentes ou consorcia-das com a União, poderão utilizar sistemas de pregão eletrônico próprios ou de terceiros.

§ 4º Nas situações de dispensa ou inexi-gibilidade de licitação, as entidades privadas sem fins lucrativos, observarão o disposto no , devendo a ratificação ser procedida pela ins-tância máxima de deliberação da entidade, sob pena de nulidade.

§ 5º Aplica-se o disposto neste artigo às entidades qualificadas como Organizações Sociais, na forma da e às entidades qualifica-das como Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público, na forma da , relativamente aos recursos por elas administrados oriundos

de repasses da União, em face dos respectivos contratos de gestão ou termos de parceria.”

Feito este relato, entendo como providência opor-tuna, necessária para disciplinar de forma clara a ma-téria, a inclusão das regras pertinentes na lei de licita-ções, cujos preceitos são de observância obrigatória não somente pela administração pública federal, mas também pelos órgãos e entidades públicas dos Esta-dos, Distrito Federal e Municípios.

Com esse objetivo o projeto prevê que na aqui-sição de bens e na contratação de obras e serviços, com emprego de recursos públicos, as entidades sig-natárias de convênios, acordos, ajustes e instrumentos congêneres, observem, no que couber, as disposições da Lei nº 8.666/93.

Prevê, ainda, a exemplo do disposto no § 5º do art. 1º do Decreto nº 5.504/05, a extensão de tais normas às Organizações Sociais (Lei nº 9.637/98) e às Orga-nizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Lei nº 9.790/99). Neste último caso, conforme já decidido pelo TCU (Acórdão nº 1777/2005) e estabelecido no art. 14 da Lei nº 9.790/99, a adoção de regulamento próprio para compras e contratação de obras e servi-ços é autorizada pelo referido dispositivo legal, razão pela qual se faz necessária sua revogação, para que possa prevalecer a regra geral.

É como submeto a presente proposição à apre-ciação dos ilustres Pares.

Sala das Sessões, 14 de fevereiro de 2008. – Deputado Renato Molling.

PROJETO DE LEI Nº 2.877, DE 2008 (Do Poder Executivo)

Mensagem Nº 960/2007 Aviso Nº 1.299/2007 – C. Civil

Dispõe sobre o atendimento da ali-mentação escolar e do Programa Dinheiro Direto na Escola aos alunos da educação básica, altera a Lei Nº 10.880, de 9 de junho de 2004, e dá outras providências.

Despacho: Apense-se ao PL 1.659/2007. em virtude da referida apensação, revejo o des-pacho Aposto ao Pl 1659/07, para Constituir Comissão Especial, conforme Determina o Art. 34, II, do RICD, Tendo em vista a Competência das Seguintes Comissões: Trabalho, de Admi-nistração e Serviço Público; Seguridade Social e Família; Educação e Cultura; Finanças e Tri-butação (Mérito e Art. 54, RICD); e Constituição e Justiça e de Cidadania (Art. 54 RICD)

Apreciação: Proposição Sujeita à Apre-ciação Conclusiva pelas Comissões – Art. 24 II

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O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º Para os efeitos desta Lei, entende-se por

alimentação escolar todo e qualquer alimento ofere-cido no ambiente escolar, independentemente de sua origem, durante a permanência do aluno na escola.

Art. 2º São diretrizes da alimentação escolar:

I – o emprego da alimentação saudável e adequada, que compreende o uso de alimen-tos variados, seguros, que respeitem a cultu-ra, tradições e hábitos alimentares saudáveis, contribuindo para o crescimento e o desenvol-vimento dos alunos e para a melhoria do ren-dimento escolar, em conformidade com a sua faixa etária e seu estado de saúde, inclusive dos que necessitam de atenção específica;

II – a inclusão da educação alimentar e nu-tricional no processo de ensino e aprendizagem, que perpassam pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvi-mento de práticas saudáveis de vida, na pers-pectiva da segurança alimentar e nutricional;

III – a universalidade do atendimento aos alunos matriculados na rede pública de educação básica;

IV – a participação da comunidade no controle social, no acompanhamento das ações realizadas pelos Estados, Distrito Federal e Municípios para garantir a oferta da alimenta-ção escolar saudável e adequada;

V – o apoio ao desenvolvimento sustentá-vel, com incentivos para a aquisição de gêneros alimentícios diversificados, produzidos em âm-bito local e preferencialmente pela agricultura familiar e pelos empreendedores familiares, prio-rizando as comunidades tradicionais indígenas e de remanescentes de quilombos; e

VI – o direito à alimentação escolar, com vista à garantia do acesso ao alimento de forma igualitária, respeitando as diferenças biológicas entre idades e condições de saúde dos alunos que necessitem de atenção específica e aqueles que se encontram em vulnerabilidade social.

Art. 3º A alimentação escolar é direito dos alunos da educação básica pública e dever do Estado, e será promovida e incentivada, com vista ao atendimento das diretrizes estabelecidas nesta Lei.

Art. 4º O Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE tem por objetivo contribuir para o cresci-mento e o desenvolvimento biopsicossocial, a aprendi-zagem, o rendimento escolar e a formação de hábitos alimentares saudáveis dos alunos, por meio de ações de educação alimentar e nutricional e da oferta de re-

feições que cubram às suas necessidades nutricionais durante a permanência em sala de aula.

§ 1º Os recursos financeiros consignados no orçamento da União para execução do Pro-grama Nacional de Alimentação Escolar - PNAE serão repassados em parcelas aos Estados, ao Distrito Federal, aos Municípios e às escolas federais, pelo Fundo Nacional de Desenvolvi-mento da Educação - FNDE, em conformidade com o disposto no art. 208 da Constituição e observadas as disposições desta Lei.

§ 2º A transferência dos recursos financeiros, objetivando a execução do PNAE, será efetivada automaticamente pelo FNDE, sem necessidade de convênio, ajuste, acordo ou contrato, mediante depósito em conta-corrente específica.

§ 3º Os recursos financeiros de que trata o § 2º deverão ser incluídos nos orçamentos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municí-pios atendidos e serão utilizados exclusivamen-te na aquisição de gêneros alimentícios.

§ 4º Os saldos dos recursos financeiros recebidos à conta do PNAE existentes em 31 de dezembro deverão ser reprogramados para o exercício subseqüente, com estrita ob-servância ao objeto de sua transferência, nos termos de regulamentação a ser baixada pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

§ 5º O montante dos recursos financeiros a ser repassado, de que trata o § 2º, será calcu-lado com base no número de alunos devidamen-te matriculados na educação básica pública de cada um dos entes governamentais, conforme os dados oficiais de matrícula, obtidos no censo escolar realizado pelo Ministério da Educação.

§ 6º Excepcionalmente, para os fins deste artigo, a critério do FNDE, serão considerados como parte da rede municipal e distrital, ainda, os alunos matriculados em:

I – creches, pré-escolas e escolas do en-sino fundamental e médio qualificadas como entidades filantrópicas ou por elas mantidas, inclusive as de educação especial; e

II – creches, pré-escolas e escolas comu-nitárias de ensino fundamental e médio, con-veniadas com os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

§ 7º É facultado ao FNDE firmar convênios com núcleos, associações ou entidades simila-res representantes das comunidades indígenas e quilombolas, que estejam sob a circunscrição de mais de um Município e que tenham condi-ção de adquirir e distribuir os gêneros alimen-

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tícios, visando ao oferecimento de alimentação escolar aos alunos das escolas localizadas em áreas tradicionalmente ocupadas pelos índios e remanescentes de quilombos.

§ 8º A aquisição, o preparo e a distri-buição da alimentação escolar deverão ser realizados por ente público, excetuando-se as situações previstas no § 7º e no art. 5º desta Lei.

Art. 5º É facultado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios repassarem os recursos financeiros recebi-dos à conta do PNAE às unidades executoras das escolas de educação básica pertencentes à sua rede de ensino, observando o disposto nesta Lei, no que couber.

§ 1º As normas e os critérios para que os Es-tados, o Distrito Federal e os Municípios repassem os recursos financeiros às unidades executoras ou às entidades executoras serão estabelecidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

§ 2º Cabe aos Estados, ao Distrito Fede-ral e aos Municípios a abertura de conta bancá-ria específica, em favor das unidades executo-ras dos seus respectivos estabelecimentos de ensino, observando-se as demais disposições contidas nesta Lei, no que couber.

Art. 6º Os Estados poderão transferir a seus Municípios a responsabilidade pelo atendimento aos alunos matriculados nos estabelecimentos estaduais de ensino localizados nas suas respectivas áreas de jurisdição, e, nesse caso, autorizar expressamente o repasse direto ao Município, por parte do FNDE, da correspondente parcela de recursos calculados na forma desta Lei.

Parágrafo único. A autorização de que trata o ca-put será encaminhada ao FNDE, com a devida anu-ência do Município, no mês de janeiro do mesmo ano em que se der o atendimento e somente poderá ser revista no mês de janeiro do ano seguinte.

Art. 7º Os Estados, o Distrito Federal e os Mu-nicípios apresentarão ao FNDE a prestação de con-tas do total dos recursos recebidos, constituída do Demonstrativo Sintético Anual da Execução Físico-Financeira, do Relatório Anual de Gestão do PNAE, do parecer conclusivo do Conselho de Alimentação Escolar sobre a execução do programa e ainda dos extratos bancários da conta-corrente e das aplicações financeiras realizadas.

§ 1º A autoridade responsável pela pres-tação de contas, que inserir ou fizer inserir do-cumentos ou declaração falsa ou diversa da que deveria ser inscrita, com o fim de alterar

a verdade sobre o fato, será responsabilizada civil, penal e administrativamente.

§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios manterão em seus arquivos, em boa guarda e organização, pelo prazo de cinco anos, contados da data de aprova-ção da prestação de contas do conceden-te, os documentos a que se refere o caput, juntamente com todos os comprovantes de pagamentos efetuados com os recursos fi-nanceiros transferidos na forma desta Lei, ainda que a execução esteja a cargo das respectivas escolas, e estarão obrigados a disponibilizá-los, sempre que solicitado, ao Tribunal de Contas da União-TCU, ao FNDE, ao Sistema de Controle Interno do Poder Executivo Federal e ao Conselho de Alimentação Escolar-CAE.

§ 3º O FNDE realizará nos Estados, no Dis-trito Federal e nos Municípios, a cada exercício financeiro, auditagem da aplicação dos recursos do PNAE, por sistema de amostragem, poden-do, para tanto, requisitar o encaminhamento de documentos e demais elementos que julgar ne-cessário, bem como realizar fiscalização e mo-nitoramento, ou, ainda, delegar competência a outro órgão ou entidade estatal para fazê-lo.

Art. 8º O Ministério da Educação, representado pelo FNDE, em conjunto com os demais entes respon-sáveis pelos sistemas de ensino e pelo controle dos gastos públicos federal, estadual e municipal, criarão, segundo suas competências próprias ou na forma de rede integrada, mecanismos adequados à fiscalização da execução do PNAE.

Art. 9º Qualquer pessoa física ou jurídica poderá denunciar ao FNDE, ao TCU, aos órgãos de controle interno do Poder Executivo da União, ao Ministério Públi-co e ao CAE irregularidades identificadas na aplicação dos recursos destinados à execução do PNAE.

Art. 10. A responsabilidade técnica pela alimenta-ção escolar nos Estados, Distrito Federal, Municípios e escolas federais caberá ao nutricionista, que deverá respeitar as diretrizes previstas nesta Lei e nas legis-lações pertinentes, no que couber, dentro das suas atribuições específicas.

Art. 11. Os cardápios da alimentação escolar de-verão ser elaborados pelo nutricionista com utilização de gêneros alimentícios básicos, respeitando-se as referências nutricionais, os hábitos alimentares, a cul-tura e a tradição alimentar da localidade, pautando-se na sustentabilidade e diversificação agrícola da região, na alimentação saudável e adequada.

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§ 1º Para efeito desta Lei, gêneros ali-mentícios básicos são aqueles indispensáveis à promoção de uma alimentação saudável, que respeitem a normatização em vigor, referente à alimentação adequada.

§ 2º Na elaboração dos cardápios da ali-mentação escolar, o planejamento deverá con-templar alimentos do tipo consumíveis em seu estado natural, semi-elaborados e elaborados, dando prioridade aos dois primeiros.

§ 3º Para alimentos do tipo consumíveis em seu estado natural, semi-elaborados e elaborados, são adotadas as seguintes de-finições:

I – alimentos consumíveis em seu es-tado natural são considerados todos os ali-mentos de origem vegetal ou animal, cujo consumo imediato exige apenas a remoção da parte não comestível e os tratamentos indicados para a sua perfeita higienização e conservação;

II – alimentos semi-elaborados são con-siderados todos os alimentos de origem ve-getal ou animal que sejam utilizados como matéria-prima e necessitem sofrer tratamento e transformação de natureza física, química ou biológica, adicionada ou não a outras substân-cias permitidas;

III – alimentos elaborados são considera-dos todos os alimentos compostos ou derivados de alimentos semi-elaborados ou de alimentos consumíveis em seu estado natural, obtidos por processo tecnológico adequado, podendo conter adição de outras substâncias permitidas, observadas, em sua composição nutricional, as diretrizes da alimentação saudável.

Art. 12. A aquisição dos gêneros alimentícios, no âmbito do PNAE, deverá obedecer ao cardápio plane-jado pelo nutricionista e será realizada, sempre que possível, no mesmo ente federativo em que se locali-zam as escolas, observando as diretrizes de que trata o art. 2º desta Lei.

Art. 13. Do total dos recursos financeiros repas-sados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo trinta por cento deverá ser utilizado na aquisição de gêneros alimentícios da agricultura familiar e do em-preendedor familiar, priorizando os assentamentos da reforma agrária, as comunidades tradicionais indígenas e comunidades quilombolas.

Parágrafo único. A aquisição de que trata este artigo poderá ser realizada dispensando-se o proce-dimento licitatório, desde que os preços sejam compa-tíveis com os vigentes no mercado local, observando-

se os princípios inscritos no art. 37 da Constituição e que os alimentos atendam às exigências do controle de qualidade estabelecidas pelas normas que regula-mentam a matéria.

Art. 14. Compete ao Ministério da Educação pro-por ações educativas que perpassem pelo currículo escolar, abordando o tema alimentação e nutrição e o desenvolvimento de práticas saudáveis de vida, na perspectiva da segurança alimentar e nutricional.

Art. 15. Compete à União, por meio do FNDE, autarquia responsável pela coordenação do PNAE, as seguintes atribuições:

I – estabelecer as normas gerais de pla-nejamento, execução, controle, monitoramento e avaliação do PNAE;

II – realizar a transferência de recursos financeiros visando a execução do PNAE nos Estados, Distrito Federal, Municípios, escolas federais, bem como para as entidades indíge-nas e remanescentes de quilombos, na forma estabelecida no art. 4º;

III – promover a articulação interinstitucio-nal entre as entidades federais envolvidas dire-ta ou indiretamente na execução do PNAE;

IV – promover a adoção de diretrizes e metas estabelecidas nos pactos e acordos internacionais, com vistas à melhoria da qua-lidade de vida dos alunos da rede pública da educação básica;

V – prestar orientações técnicas gerais aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municí-pios para o bom desempenho do PNAE;

VI – cooperar no processo de capacitação dos recursos humanos envolvidos na execução do PNAE e no controle social; e

VII – promover o desenvolvimento de es-tudos e pesquisas objetivando a avaliação das ações do PNAE, podendo ser feitos em regime de cooperação com entes públicos e privados.

Art. 16. Compete aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, no âmbito de suas respectivas jurisdi-ções administrativas, as seguintes atribuições, conforme disposto nos §§ 2º e 3º do art. 211 da Constituição:

I – garantir que a oferta da alimentação escolar se dê em conformidade com as ne-cessidades nutricionais dos alunos, durante o período letivo, observando as diretrizes esta-belecidas nesta Lei, bem como o disposto no inciso VII do art. 208 da Constituição;

II – promover estudos e pesquisas que permitam avaliar as ações voltadas para a ali-

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mentação escolar, desenvolvidas no âmbito das respectivas escolas;

III – promover a educação alimentar e nutricional, sanitária e ambiental nas esco-las sob sua responsabilidade administrativa, com o intuito de formar hábitos alimentares saudáveis aos alunos atendidos, mediante atuação conjunta dos profissionais de educa-ção e do responsável técnico de que trata o art. 11 desta Lei;

IV – realizar, em parceria com o FNDE, a capacitação dos recursos humanos envolvidos na execução do PNAE e no controle social;

V – fornecer informações, sempre que solicitado, ao FNDE, ao CAE, aos órgãos de controle interno e externo do Poder Executi-vo, a respeito da execução do PNAE, sob sua responsabilidade;

VI – fornecer instalações físicas e recur-sos humanos que possibilitem o pleno fun-cionamento do CAE, facilitando o acesso da população;

VII – promover e executar ações de sa-neamento básico nos estabelecimentos esco-lares sob sua responsabilidade, na forma da legislação pertinente;

VIII – divulgar em locais públicos informa-ções acerca do quantitativo de recursos finan-ceiros recebidos para execução do PNAE;

IX – prestar contas dos recursos financeiros recebidos à conta do PNAE, na forma estabele-cida pelo Conselho Deliberativo do FNDE; e

X – apresentar ao CAE, na forma e no prazo estabelecidos pelo Conselho Delibera-tivo do FNDE, o Relatório Anual de Gestão do PNAE.

Art. 17. Os Estados, o Distrito Federal e os Mu-nicípios instituirão, no âmbito de suas respectivas ju-risdições administrativas, Conselhos de Alimentação Escolar-CAE, órgãos colegiados de caráter fiscaliza-dor, permanente, deliberativo e de assessoramento, compostos da seguinte forma:

I – um representante indicado pelo Po-der Executivo;

II – dois representantes das entidades de docentes e discentes, de trabalhadores na área de educação, indicados pelo respectivo órgão de classe, a serem escolhidos por meio de assembléia específica para tal fim;

III – dois representantes de pais de alu-nos, indicados pelos Conselhos Escolares, Associações de Pais e Mestres ou entidades

similares, escolhidos por meio de assembléia específica para tal fim; e

IV – dois representantes indicados por entidades civis organizadas, escolhidos em assembléia específica para tal fim.

§ 1º Os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão, a seu critério, ampliar a composição dos membros do CAE, desde que obedecida a proporcionalidade definida nos incisos deste artigo.

§ 2º Cada membro titular do CAE terá um suplente do mesmo segmento representado.

§ 3º Os membros terão mandato de quatro anos, podendo ser reconduzidos de acordo com a indicação dos seus respectivos segmentos.

§ 4º A Presidência e a Vice-Presidência do CAE somente poderão ser exercidas pelos representantes indicados nos incisos II, III e IV deste artigo.

§ 5º O exercício do mandato de Conse-lheiros do CAE é considerado serviço público relevante, não remunerado.

§ 6º Caberá aos Estados, ao Distrito Fe-deral e aos Municípios informar ao FNDE a composição do seu respectivo CAE, na for-ma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

Art. 18. Compete ao CAE:

I – acompanhar e fiscalizar o cumpri-mento das diretrizes estabelecidas na forma do art. 2º desta Lei;

II – acompanhar e fiscalizar a aplica-ção dos recursos destinados à alimentação escolar;

III – zelar pela qualidade dos alimentos, em especial quanto às condições higiênicas, bem como a aceitabilidade dos cardápios ofe-recidos; e

IV – receber o Relatório Anual de Gestão do PNAE e emitir parecer conclusivo acerca da aprovação ou não da execução do Programa.

Parágrafo único. Os CDAE poderão desenvolver suas atribuições em regime de cooperação e com os Conselhos de Segurança Alimentar e Nutricional es-taduais e municipais e demais conselhos afins, e de-verão observar as diretrizes estabelecidas pelo Con-selho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional-CONSEA.

Art. 19. Fica o FNDE autorizado a suspender os repasse dos recursos do PNAE quando os Estados, o Distrito Federal ou os Municípios:

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I – não constituírem o respectivo CAE ou deixarem de efetuar os ajustes necessários, visando ao seu pleno funcionamento;

II – não apresentarem a prestação de contas dos recursos anteriormente recebidos para execução do PNAE, na forma e nos pra-zos estabelecidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE; e

III – cometerem irregularidades na exe-cução do PNAE, na forma estabelecida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

§ 1º Sem prejuízo do previsto no caput, fica o FNDE autorizado a comunicar even-tuais irregularidades na execução do PNAE ao Ministério Público e demais órgãos ou autoridades ligadas ao tema de que trata o Programa.

§ 2º O restabelecimento do repasse dos recursos financeiros à conta do PNAE ocorrerá na forma definida pelo Conselho Deliberativo do FNDE.

Art. 20. Os agentes públicos responsáveis por quaisquer dos atos previstos nos incisos I, II e III do art. 19 responderão por improbidade administrativa, ficando sujeitos às penalidades estabelecidas na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992.

Art. 21. Ocorrendo a suspensão prevista no art. 19, fica o FNDE autorizado a realizar, em conta específica, o repasse dos recursos equivalentes, pelo prazo de cen-to e oitenta dias, diretamente às unidades executoras, conforme previsto no art. 24 desta Lei, correspondentes às escolas atingidas, para fornecimento da alimentação escolar, dispensando-se o procedimento licitatório para aquisição emergencial dos gêneros alimentícios, manti-das as demais regras estabelecidas para execução do PNAE, inclusive quanto à prestação de contas.

§ 1º As escolas que não possuam uni-dade executora própria podem optar pela sua constituição, na forma do art. 24 desta Lei, para recebimento dos recursos de que trata este artigo.

§ 2º A prestação de contas relativa aos recursos repassados nas condições previstas neste artigo será encaminhada diretamente ao FNDE pela unidade executora.

Art. 22. O Programa Dinheiro Direto na Escola – PDDE, com o objetivo de prestar assistência finan-ceira, em caráter suplementar, às escolas públicas da educação básica das redes estaduais, municipais e do Distrito Federal e às escolas de educação espe-cial qualificadas como beneficentes de assistência social ou de atendimento direto e gratuito ao público,

bem como às escolas mantidas por entidades de tais gêneros, observado o disposto no art. 25, passa a ser regido pelo disposto nesta Lei.

§ 1º A assistência financeira a ser conce-dida a cada estabelecimento de ensino bene-ficiário será definida anualmente e terá como base o número de alunos matriculados na educação básica e especial, de acordo com dados extraídos do censo escolar realizado pelo Ministério da Educação, observado o disposto no art. 24.

§ 2º A assistência financeira de que trata o § 1º será concedida sem a necessidade de celebração de convênio, acordo, contrato, ajuste ou instrumento congênere, mediante crédito do valor devido em conta bancária específica:

I – diretamente à unidade executora pró-pria, representativa da comunidade escolar, ou àquela qualificada como beneficente de assistência social ou de atendimento direto e gratuito ao público; e

II – ao Estado, ao Distrito Federal ou ao Mu-nicípio mantenedor do estabelecimento de ensino, que não possui unidade executora própria.

Art. 23. Os recursos financeiros repassados para o PDDE serão destinados à cobertura de despesas de custeio, manutenção e de pequenos investimen-tos, que concorram para a garantia do funcionamento e melhoria da infra-estrutura física e pedagógica dos estabelecimentos de ensino.

Art. 24. O Conselho Deliberativo do FNDE expe-dirá as normas relativas aos critérios de alocação, re-passe, execução e prestação de contas dos recursos, valores per capita, unidades executoras próprias e ca-racterização de entidades de que trata esta Lei.

Art. 25. Os Estados, Distrito Federal e os Municí-pios deverão inscrever, quando couber, nos seus res-pectivos orçamentos os recursos financeiros destinados aos estabelecimentos de ensino a eles vinculados, bem como prestar contas dos referidos recursos.

Art. 26. As prestações de contas dos recursos re-cebidos à conta do PDDE, a serem apresentadas nos prazos e constituída dos documentos estabelecidos pelo Conselho Deliberativo do FNDE, serão feitas:

I – pelas unidades executoras próprias das escolas públicas municipais, estaduais e do Distrito Federal, aos Municípios e às Se-cretarias de Educação, a que estejam vincu-ladas, que se encarregarão da análise, julga-mento, consolidação e encaminhamento ao FNDE, conforme estabelecido pelo Conselho Deliberativo;

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II – pelos Municípios, Secretarias de Edu-cação dos Estados e do Distrito Federal e das entidades qualificadas como beneficentes de assistência social ou de atendimento direto e gratuito ao público, ao FNDE.

§ 1º As prestações de contas dos recur-sos transferidos para atendimento das esco-las que não possuem unidades executoras próprias deverão ser feitas ao FNDE, obser-vadas as respectivas redes de ensino, pelos Municípios e pelas Secretarias de Educação dos Estados e do Distrito Federal.

§ 2º Fica o FNDE autorizado a suspender o repasse dos recursos do PDDE nas seguin-tes hipóteses:

I – omissão na prestação de contas, confor-me definido pelo seu Conselho Deliberativo;

II – rejeição da prestação de contas; ouIII – utilização dos recursos em desa-

cordo com os critérios estabelecidos para a execução do PDDE, conforme constatado por análise documental ou de auditoria.

§ 3º Em caso de omissão no encaminha-mento das prestações de contas, na forma do inciso I do caput deste artigo, fica o FNDE autorizado a suspender o repasse dos recur-sos de todas as escolas da rede de ensino do respectivo ente federado.

§ 4º O gestor, responsável pela prestação de contas, que permitir, inserir ou fizer inserir documentos ou declaração falsa ou diversa da que deveria ser inscrita, com o fim de alterar a verdade sobre os fatos, será responsabilizado civil, penal e administrativamente.

Art. 27. Os entes federados, as unidades execu-toras próprias e as entidades qualificadas como benefi-centes de assistência social ou de atendimento direto e gratuito ao público manterão arquivados, em sua sede, em boa guarda e organização, ainda que utilize serviços de contabilidade de terceiros, pelo prazo de cinco anos, contado da data de julgamento da prestação de contas anual do FNDE pelo órgão de controle externo, os docu-mentos fiscais, originais ou equivalentes, das despesas realizadas na execução das ações do PDDE.

Art. 28. A fiscalização da aplicação dos recursos financeiros relativos à execução do PDDE é de com-petência do TCU, do FNDE e do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo da União, e será feita me-diante realização de auditorias, inspeções e análise dos processos que originarem as respectivas presta-ções de contas.

Parágrafo único. Os órgãos incumbidos da fisca-lização dos recursos destinados à execução do PDDE

poderão celebrar convênios ou acordos, em regime de mútua cooperação, para auxiliar e otimizar o controle do programa.

Art. 29. Qualquer pessoa, física ou jurídica, poderá denunciar ao FNDE, ao TCU, aos órgãos de controle interno do Poder Executivo da União e ao Ministério Público irregularidades identificadas na aplicação dos recursos destinados à execução do PDDE.

Art. 30. Os arts. 2º e 5º da Lei no 10.880, de 9 de junho de 2004, passam a vigorar com a seguinte redação:

“Art. 2º Fica instituído o Programa Nacio-nal de Apoio ao Transporte do Escolar - PNATE, no âmbito do Ministério da Educação, a ser executado pelo Fundo Nacional de Desenvol-vimento da Educação - FNDE, com o objetivo de oferecer transporte escolar aos alunos da educação básica pública, residentes em área rural, por meio de assistência financeira, em caráter suplementar, aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios, observadas as dis-posições desta Lei.

.................................................... ” (NR)“Art. 5º O acompanhamento e o controle

social sobre a transferência e aplicação dos recursos repassados à conta do PNATE se-rão exercidos nos respectivos Governos dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pelos conselhos previstos no art. 24, § 13, da Lei no 11.494, de 20 de junho de 2007.

§ 1º Fica o FNDE autorizado a suspen-der o repasse dos recursos do PNATE nas seguintes hipóteses:

I – omissão na prestação de contas, confor-me definido pelo seu Conselho Deliberativo;

II – rejeição da prestação de contas; ouIII – utilização dos recursos em desacordo

com os critérios estabelecidos para a execução do programa, conforme constatado por análise documental ou de auditoria.

.................................................... ” (NR)

Art. 31. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Art. 32. Ficam revogados os arts. 1º a 14 da Medi-da Provisória no 2.178-36, de 24 de agosto de 2001.

E.M. 0058

Brasília, 19 de setembro de 2007.

Excelentíssimo Senhor Presidente da República, 1. Submeto à apreciação de Vossa Excelência a

anexa proposta de Projeto de Lei que “Dispõe sobre a oferta de alimentação escolar aos alunos da educa-

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ção básica, institui o Programa Nacional de Alimenta-ção Escolar, altera a Lei no 10.880, de 09 de junho de 2004, e dá outras providências”.

2. O compromisso do Governo Federal com a educação básica pública e de qualidade é absoluta-mente inquestionável. Marca definitiva da gestão de Vossa Excelência, a educação básica tem sido objeto de medidas absolutamente inovadoras e seguramente significativas. Basta mencionar o lançamento recen-te do Plano de Desenvolvimento da Educação-PDE, composto por dezenas de medidas que cobrem desde a educação infantil até a pós-graduação.

3. As medidas do PDE, contudo, não elidem a participação estrutural da União, ainda que de forma suplementar, na melhoria direta da qualidade da edu-cação básica pública. Aliás, é inegável que programas suplementares de material didático, transporte e ali-mentação podem representar parte do sucesso das próprias medidas do PDE, na medida em que fortale-

cem e potencializam o empenho de sistemas estadu-ais e municipais de educação básica.

4. Nesse sentido, as experiências consolidadas representadas pelo Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar-PNATE, pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar-PNAE e pelo Programa Dinheiro Direto na Escola-PDDE, justificam sua ampliação para toda a educação básica a partir de 2008, o que sig-nifica apoiar não apenas o ensino fundamental, mas também o ensino médio (PNAE) e a educação infantil e o ensino médio (PNATE e PDDE).

5. Com relação ao PNATE e PDDE, as medidas pro-postas na anexa minuta de Projeto de Lei cuidam apenas e tão-somente de expandir esses programas tais como vinham sendo executados, conforme seus procedimentos e mecanismos vigentes, não havendo inovações subs-tantivas no funcionamento dos programas. Por sua vez, com relação ao PNAE, a anexa proposta traz uma con-solidação das diretrizes centrais do Programa, incluindo também sua expansão para o ensino médio.

7. A implementação dessas medidas assegura-rá o acesso à alimentação escolar de 8.229.761 (oito milhões, duzentos e vinte e nove mil, setecentos e sessenta e um) alunos do ensino médio; o apoio ao transporte escolar de 1.146.311 (um milhão, cento e quarenta e seis mil, trezentos e onzE) crianças e jovens dos níveis de ensino infantil e médio da zona rural, e, por fim, propiciará recursos financeiros para manutenção física e pedagógica das escolas que oferecem educação infantil e ensino médio a cerca de 12.587.693 (doze milhões, quinhentos e oitenta e sete mil, seiscentos e noventa e três) alunos – além de atender à histórica reivindicação social do Estado dispensar eqüidade de tratamento a todos os níveis de ensino da educação básica.

8. Vale considerar que tais custos poderão osci-lar, tanto no primeiro ano de expansão dos programas (2008) quanto nos dois exercícios subseqüentes (2009 e 2010), tendo em vista que os cálculos são baseados nas matrículas contabilizadas pelo censo escolar anu-almente realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira – INEP.

9. Os custos da ampliação de atendimento do PNAE e do PDDE serão cobertos pelos recursos oriun-

dos das fontes “Recursos Ordinários do Tesouro Na-cional (fonte 100)” e “Contribuições sobre Concursos e Prognósticos (fonte 118)”, a serem consignados no orçamento da União para 2008, nos limites estipula-dos pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão para o Ministério da Educação. Para a execu-ção desses Programas em 2007, foram alocados na peça orçamentária do Fundo Nacional de Desenvol-vimento da Educação – FNDE, recursos da ordem de R$ 1,6 bilhão de reais, sendo R$ 1,0 bilhão oriundo da fonte 100 e R$ 0,6 bilhão da fonte 118. Com isso, ficam preservados os recursos provenientes da fonte “Contribuição Social do Salário-Educação (fonte 113)”, pois programas suplementares de alimentação não são configurados como despesas de manutenção e desenvolvimento do ensino, nos termos do art. 71, IV, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996).

10. Por sua vez, os custos da ampliação de aten-dimento do PNATE serão cobertos pelos recursos oriundos da contribuição social do salário-educação, inclusive em obediência ao mandamento constitucional de que tais recursos sejam aplicados a toda a educa-ção básica e não apenas ao ensino fundamental, nos

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06457

termos do § 5º do art. 212 da Constituição, com a re-dação dada pela Emenda Constitucional no 53, de 19 de dezembro de 2006.

11. A ampliação de programas a serem custeados pelo salário-educação é oportuna à luz da tendência recentemente verificável de aumento da arrecadação dessa contribuição social (com um crescimento real em torno de 15% ao ano, aproximadamentE), ainda mais considerando a vedação constitucional a que os recursos do salário-educação sejam empregados em outros mecanismos de atendimento à educação bá-sica, por exemplo, ou ainda os ganhos de eficiência a serem obtidos na medida em que a arrecadação do salário-educação seja integralmente realizada pela Re-ceita Federal do Brasil, inclusive com a possibilidade de inscrição dos inadimplentes no cadastro da dívida ativa da União.

12. Todas essas circunstâncias permitem, com segurança, sustentar a expansão do PNATE, do PNAE e do PDDE, na forma proposta na anexa minuta de Projeto de Lei.

13. Não obstante a ampliação dos Programas objeto da anexa proposta de Projeto de Lei esteja prevista apenas para 2008, há que se considerar a necessidade de que a legislação orçamentária preveja tais ações. Nesse sentido, parece aconselhável o envio da proposta na forma de projeto de lei em regime de urgência constitucional, na forma do § 1º do art. 64 da Constituição. Com efeito, trata-se apenas da extensão de consagrados programas de apoio suplementar, de forma que um rito parlamentar mais célere não preju-dicará as diretrizes dos Programas considerados.

14. Essas as razões, Senhor Presidente, que justificam o encaminhamento da presente minuta de Projeto de Lei à elevada consideração de Vossa Ex-celência.

Respeitosamente, – Assinado eletronicamente por: Fernando Haddad

INDICAÇÃO Nº 1.896, DE 2008 (Do Sr. Flávio Dino)

Sugere ao Ministro de Estado da Edu-cação que sejam tomadas providências re-lativas à regularização fundiária do Bairro Sá Viana, localizado no Campus da Univer-sidade Federal do Maranhão, em São Luís, Estado do Maranhão.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação,

A presente Indicação tem por escopo propor que sejam tomadas providências no sentido de se efetivar

a regularização fundiária com a doação dos terrenos aos atuais moradores e comerciantes do Bairro Sá Viana, localizado no Campus da Universidade Fede-ral do Maranhão, em São Luís, Estado do Maranhão. Trata-se de ocupação urbana efetuada há mais de três décadas, totalmente consolidada, inclusive à vista de serviços públicos implantados.

Tais providências são indispensáveis, visto que o processo de regularização fundiária é instrumento de cidadania e atua como mecanismo de diminuição das desigualdades sociais.

A regularização fundiária das ocupações exis-tentes no Bairro Sá Viana é uma exigência advinda da necessidade de se estabelecer relações juridicamen-te seguras, bem como de se permitir à realização de um processo adequado de urbanização. Ademais, os títulos de propriedade das moradias são muito impor-tantes para a celebração de negócios e para o acesso ao mercado de crédito.

Ressalto que há vários caminhos jurídicos para o alcance do resultado almejado, por exemplo com a aplicação do Estatuto das Cidades e da Lei nº 11.481/2007.

Sala das Sessões, 18 de fevereiro de 2008. – Deputado Flávio Dino, PCdoB/MA.

INDICAÇÃO Nº 1.906, DE 2008 (Do Sr. Waldir Maranhão)

Sugere ao Ministro da Fazenda seja evitado a desativação da agência do Ban-co do Brasil no município de Grajaú – MA, medida anunciada pela Superintendência Estadual da Instituição para ocorrer no fi-nal do mês em curso.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Senhor Ministro:A população do município de Grajaú, interior do

Maranhão, e especialmente dezenas de clientes, es-tão apreensivos com a notícia de fechamento da única agência do Banco do Brasil na região do Alto do Mea-rim. O fato se reveste da maior importância em razão de uma série de razões que relaciono abaixo, mas também por questões sociais e econômicas.

O município de Grajaú é líder regional no agro-negócio;

Grajaú abriga o segundo maior pólo gesseiro do país;

Grajaú possui instalados importantes empreen-dimentos agroflorestais;

Está sendo instalado em Grajaú o maior em-preendimento de produção de etanol do Estado do Maranhão;

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06458 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

A agência de Grajaú é a única do Branco do Brasil na região;

Grajaú possui uma agência do INSS que centra-liza os benefícios de toda a região;

Grajaú sedia o segundo mais velho Bispado do Maranhão;

Grajaú é sede de uma das mais antigas Comar-cas do Maranhão;

Grajaú sedia uma Regional do Governo do Ma-ranhão;

Em Grajaú, vive a maior população indígena in-dividual em um único município, a qual se serve do Banco do Brasil;

A localização privilegiada favorece a instalação de outros empreendimentos em Grajaú

A agência do Banco do Brasil de Grajaú atende também aos municípios de Sítio Novo, Arame, Itaipava do Grajaú e Formosa da Serra Negra. Toda a região se beneficia dos serviços prestados pelo banco e toda ela será prejudicada com a sua retirada, incluindo as prefeituras que realizam suas operações financeiras através da agência que está na iminência de fechar.

Aguardamos com a esperança que nos é peculiar que uma solução se encontre para que a população de Grajaú e região não sejam prejudicados.

Sala das Sessões, 21 de fevereiro de 2008. – Deputado Waldir Maranhão

DICAÇÃO Nº 1.916, DE 2008 (Do Sr. Barbosa Neto)

Sugere ao Ministro da Fazenda a redu-ção do IPI incidente sobre veículos equipa-dos com acessórios de segurança.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Fazenda:São persistentes e alarmantes os dados estatís-

ticos relativos a acidentes em nossas rodovias, espe-cialmente após feriados prolongados e, até mesmo, no perímetro urbano de nossas cidades. A perda de vidas, muitas vezes de jovens, enchem de preocupação e de tristeza famílias, amigos e toda a Sociedade.

A par disso, tais acidentes refletem nos gastos de saúde pública e da previdência e assistência social, na tentativa de salvar, curar ou reabilitar indivíduos, que tudo ou quase tudo perdem em décimos de imprudên-cia, imperícia ou azar.

No entanto, equipamentos de segurança já existen-tes buscam garantir redução de danos pessoais, quando disponíveis em veículos. Além dos hoje obrigatórios cintos de segurança, referimo-nos a airbags e freios ABS.

Uma vez que tais acessórios não compõem a estrutura básica de todos os veículos, exceto daque-

les de maior potência e importados, sugerimos seja alterada a tributação dos veículos nacionais e de me-nor potência. Para tal, solicitamos seja examinada a possibilidade de ser vinculada à Nota Complementar 87-2 da TIPI em vigor a redução da alíquota do IPI em 2 pontos percentuais, quando os veículos lá menciona-dos forem dotados de airbags e de freios ABS.

Sala das Sessões, 25 de fevereiro de 2008. – Deputado barbosa neto.

INDICAÇÃO Nº 1.917, DE 2008 (Do Sr. Iran Barbosa)

Sugere ao Ministro da Educação, a investigação da possibilidade de fraudes no registro das matrículas da educação básica nos anos que antecederam a im-plantação do EDUCACENSO, em 2007 e em caso de comprovação, a punição dos responsáveis.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação:Dirigimo-nos a V.Exª para expor e reivindicar o

seguinte:- Em 2007 passou a funcionar plenamente o EDU-

CACENSO, como instrumento para aferir as matrículas dos alunos nos sistemas educacionais;

- O preenchimento dos dados on line, com deta-lhamentos que evitam a fraude revelou uma diferença significativa do número de matrículas em relação aos últimos anos;

Esta redução de matrículas parece ser explicada menos por eventuais dificuldades de atendimento aos educandos e mais por práticas fraudulentas não detec-tadas antes da implantação do EDUCACENSO.

Diante do exposto, sugerimos que este Ministério promova a rigorosa apuração acerca das disparidades estatísticas reveladas e, uma vez comprovada a prática de fraude, atue no sentido de punir os responsáveis

Sala das Sessões, 25 de fevereiro de 2008. – Deputado Iran Barbosa, PT/SE.

INDICAÇÃO Nº 1.920, DE 2008 (Da Sra. Fátima Pelaes)

Sugere ao Ministro de Estado da Justiça, a inclusão do estado do Amapá no Programa Nacional de Segurança e Cidadania.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça, Tarso Genro:

a) Considerando que o Programa Nacio-nal de Segurança e Cidadania (PRONASCI)

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06459

apresenta enorme importância na questão da equivalência salarial da classe policial, priori-za a prevenção e busca atingir as causas que levam á violência;

b) Considerando que o Programa ainda abrange o atendimento de jovens de 15 a 29 anos em situação de risco, uma faixa etária de suma importância econômica e socialmente, como também extremamente vulnerável aos atrativos do uso do entorpecente e a crimina-lidade inerente à prática;

c) Considerando que o Amapá detém, em termos relativos, um dos maiores índices de população jovem do País, muitos em estado de necessidade urgente de educação adequada e qualificação profissional para chances reais de ingresso no mercado de trabalho, única forma de exorcizar em definitivo o perigo da exposição ás drogas e criminalidade em geral;

d) Considerando que o Programa inclui a participação decisiva da sociedade civil, numa parceria fundamental entre cidadão comum, entidades representativas e as diversas forças de segurança num esforço concentrado na luta contra a violência e criminalidade;

e) Considerando que o combate à crimi-nalidade e delinqüência é uma das maiores preocupações da sociedade civil, hoje empe-nhada em descobrir mecanismos que garantam o retorno da tranqüilidade e segurança pública, fundamentais para a convivência social pací-fica, ordeira e próspera;

Venho solicitar de V.Exª a compreensão e apoio no acolhimento desta reivindicação de todo oportuna e justa.

Sala das Sessões, 25 de fevereiro de 2008. – Deputada Fátima Pelaes.

INDICAÇÃO Nº 1.921, DE 2008 (Do Sr. Walter Ihoshi)

Sugere ao Ministro de Estado das Re-lações Exteriores a criação de um consu-lado brasileiro na cidade de Hamamatsu, no Japão.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Ministro de Estado das Relações Exteriores:A República Federativa do Brasil e o Japão come-

moram, neste ano, o centenário da imigração japonesa para nosso país, oportunidade alvissareira para que os tradicionais laços de amizade entre os dois países sejam reforçados.

Nas últimas décadas, como se sabe, tem-se ve-rificado o fenômeno inverso, com emigração crescente

de brasileiros para aquele país, especialmente a partir da revisão japonesa da Lei de Controle da Imigração e da Lei de Reconhecimento de Refugiados, que ocorreu em 1990. Estima-se que, atualmente, 270 mil brasileiros vivam no Japão1, sendo que aproximadamente 14 mil deles residem na cidade de Hamamatsu propriamente dita, mas, se somados a esses os residentes nas cida-des próximas, localizadas na província de Shizuoka e arredores, subiria o total para aproximadamente 70 mil brasileiros.

O município de Hamamatsu é conhecido como a cidade global de excelência cultural e tecnológica. Tem uma população de 814.815 habitantes, distribuídos em 299. 462 residências, em uma área de 1.511,17 km², localizando-se a 52 km das fronteiras leste e oeste do Japão e a 73 km das fronteiras norte e sul.2

Em face do contingente de brasileiros que lá re-siDEM – Hamamatsu é considerada a capital brasileira no Japão. Assim, quando surgiu a notícia de que esse Ministério estudava a possibilidade de instalação de um novo Consulado no Japão, mobilizaram-se nossos conterrâneos lá residentes, reivindicando fosse Hama-matsu a sede da nova repartição consular, providen-ciando abaixo-assinados e fazendo contatos e gestões junto às autoridades locais que, inclusive, redundaram na petição encaminhada, em 7 de outubro de 2004, a Vossa Excelência, pelo Exmº. Sr. Yasuyuki Kitawaki, então Prefeito Municipal.

Reiterou-se o pedido, em junho do último ano, em correspondência encaminhada ao Exmo. Sr. Embai-xador Geraldo Affonso Muzzi, Cônsul –Geral do Brasil em Nagoya, pelo Exmº. Sr. Yasutomo Suzuki, Prefeito Municipal (cópias anexas como docs. 1 e 2)..

Esses eventos repecutiram na imprensa de um e outro país. Matéria veiculada no Jornal do Brasil, data-da de 23 de novembro, por exemplo, comenta o fato, lembrando que a Associação de Brasileiros de Hama-matsu (AbraH), com o apoio da Prefeitura e da Câmara de Indústria e Comércio daquela cidade encaminhou a essa competente Chancelaria, em 16 de novembro, manifesto contendo 20.980 assinaturas.

Enfatizam os líderes da mobilização que o seu objetivo é fornecer dados técnicos e estatísticos que subsidiem a discussão, demonstrando, dessa forma, que a localização de um novo consulado em Hamamat-su possibilitaria o atendimento a um número maior de brasileiros e supriria maiores necessidades tanto dos brasileiros lá residentes, como dos japoneses da região que necessitem dos nossos serviços consulares.

1 Dados obtidos em www.mofa.go.jp/announce/event/2003/2/2005. Acesso em 20/02/08.

2 Dados obtidos em www.city.hamamatsu.shizuoka.jp/foreign/en-glish/outline/profile.htm. Acesso em 20/02/08.

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06460 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O pleito dos nossos compatriotas se nos afigu-ra sobremaneira relevante, razão pela qual também o subscrevemos, sugerindo a Vossa Excelência que, por ocasião das comemorações do centenário da imigra-ção japonesa para o Brasil e da visita próxima que fará o Exmº Sr. Presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva, ao Japão, seja anunciada a instalação de um novo consulado brasileiro na cidade de Hamamatsu.

Sala das Sessões, 26 de fevereiro de 2008. – Deputado Walter Ihoshi.

INDICAÇÃO Nº 1.922, DE 2008 (Do Sr. Bilac Pinto)

Sugere ao Poder Executivo, por inter-médio do Ministério da Educação, a instala-ção de uma unidade do CEFET no município de Itanhamdu/MG.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Educação Dr. Fernando Haddad.

A presente Indicação vem sugerir ao Ministério da Educação a instalação de uma unidade do Centro Federal de Educação Tecnológica – CEFET no muni-cípio de Itanhandu/MG, para o atendimento das atuais e futuras necessidades do mercado regional.

Não há o que se discuta acerca da importância dos cursos técnicos de qualificação profissional de nível médio nas mais variadas atividades, tais como edifica-ções, mecânica, eletrotécnica, infomática, etc.

O município de Itanhandu se apresenta em cons-tante crescimento e desenvolvimento econômico. Po-rém, ainda não possibilita uma boa preparação para sua comunidade no que diz respeito ao ensino profis-sionalizante.

Senhor Ministro, o acolhimente desta medida sugerida, trará, sem sombra de dúvidas, um resulta-do social de grande relevância para este município e demais regiões circunvizinhas.

Sala das Sessões, 26 de fevereiro de 2008. – Deputado Bilac Pinto.

INDICAÇÃO Nº 1.923, DE 2008 (Do Sr. Bilac Pinto)

Sugere ao Senhor Ministro de Estado da Fazenda, Guido Mantega, no âmbito do Banco do Brasil S.A, para que seja instala-da uma Agência deste banco no Município de Congonhal, Minas Gerais.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro,O município de Congonhal, Estado de Minas

Gerais, por meu intermédio, vem reivindicar a insta-

lação de uma agência do Banco do Brasil S.A, pelos seguinte motivos:

Congonhal hoje é um município que vem aten-dendo uma demanda não só da sua sede mas tam-bém de municípios vizinhos, causado transtornos para a população em geral. Isto de deve ao crescimento da economia local, da renda e do número de habitantes, justificando assim, a instalação desta agência no mu-nicípio. Vale resaltar que as folhas de pagamento dos seus órgãos municipais foram transferidas para uma agência do Banco do Brasil aproximadamente 20km mais distantes de Congonhal.

A necessidade de agilidade nas operações co-merciais e bancárias, por si só justifica o pleito, para que os empresários locais, os funcionários públicos, os aposentados, enfim, a população em geral, usufrua desse investimento.

Sala das Sessões, 26 de fevereiro de 2008. – Deputado Bilac Pinto, PR/MG.

INDICAÇÃO Nº 1.924, DE 2008 (Do Sr. Waldir Maranhão)

Sugere ao Ministro de Minas e Energia a assinatura de um protocolo de intenções entre a Petrobras e o Governo do Maranhão para a implantação de unidades industriais de produção de biodiesel.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro de Minas e Ener-gia:

O Estado do Maranhão está situado no centro geográfico das Américas e apresenta todas as con-dições para o desenvolvimento de um programa de cultivos energéticos e de produção de biodiesel e eta-nol em larga escala, com sustentabilidade ambiental, econômica e social.

Para a implantação desse programa, o Maranhão dispõe de extensas áreas, que cobrem hoje mais de dois terços do Estado, que podem ser usadas sem nenhum comprometimento das culturas alimentares nem do meio ambiente.

O Maranhão dispõe de cerca de 13,76 milhões de ha para exploração agrícola, sem incluir as áreas de uso restrito. Dessa área, a atividade agrícola ocupa, atualmente, apenas 1,6 milhão de hectares; as pasta-gens ocupam 4 milhões de ha.

Em pelo menos 2,8 milhões de ha, as mais varia-das oleaginosas podem ser cultivadas. Uma área de 1,2 milhão de ha é considerada de alta aptidão agrícola para o cultivo de cana-de-açúcar.

As condições climáticas do Maranhão são ade-quadas para o cultivo, além da cana-de-açúcar, de

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06461

oleaginosas, como a soja, a mamona, o girassol, o pinhão-manso e o algodão. Além das palmeiras, essas são as principais culturas energéticas para a produção de etanol e biodiesel no Maranhão.

Do ponto de vista social, esses biocombustíveis podem representar uma verdadeira revolução. No Es-tado do Maranhão existem 875 projetos de assenta-mento com cerca de 97 mil famílias, que abrangem uma área de 4,4 milhões de ha. Além disso, 2,4 mi-lhões de maranhenses (40% da população do Estado) vivem no campo. O Maranhão é o Estado com maior população rural do país.

Atualmente, as oleaginosas de maior potencial no Estado são a soja, o algodão, a mamona e o babaçu. A cadeia produtiva do complexo soja está em franca expansão. O Maranhão já produz cerca de 1,0 milhão de toneladas de soja e muitas unidades de esmaga-mento estão sendo implantadas.

O algodão é outra cultura de destaque. A área plantada é de 9 mil ha, principalmente na região de Balsas. Registre-se que, de acordo com estudos da Escola Superior de Agricultura da Universidade de São Paulo, o algodão é a oleginosa que permite o menor custo de produção de biodiesel.

Com relação à mamona, o Ministério da Agri-cultura, Pecuária e Abastecimento já estabeleceu o zoneamento agroclimático do Maranhão. Esse zone-amento abrange 34 municípios no Noroeste e Centro-Oeste do Estado.

Além das lavouras cultivadas, o Maranhão é o Estado de maior produção extrativa de óleo de babaçu: 111,8 milhões de litros por ano. Esse valor representa 93,9% da produção nacional.

O babaçu é uma palmeira nativa muito encontra-da em todo o Estado. A Empresa Brasileira de Pesqui-sa Agropecuária-Embrapa estima haver mais de 4,0 milhões de ha de cobertura espontânea. Estima-se que essa área de cobertura espontânea tem poten-cial para produzir mais de 300 milhões de litros de óleo por ano.

O extrativismo do coco de babaçu está muito arraigado à cultura da população rural do Estado. As regiões extrativistas, no entanto, apresentam os mais baixos Índices de Desenvolvimento Humano-IDH do Estado.

Aborda-se, a seguir, a extraordinária infra-estrutu-ra do Estado do Maranhão, onde o Complexo Portuário de São Luís ocupa posição de destaque.

Esse Complexo conta com o Porto do Itaqui e dois outros portos. Ele está estrategicamente integra-do ao Corredor Logístico Centro-Norte, uma das rotas de exportação mais competitivas do país, onde con-vergem três importantes ferrovias: Estrada de Ferro

Carajás-EFC, Ferrovia Norte-Sul-FNS e Companhia Ferroviária do Nordeste. A EFC e a FNS, que cortam a região Oeste do Estado, possibilitam o transporte de matérias-primas e produtos até o Porto de Itaqui.

Esse porto é um dos mais modernos do país e, pela sua grande profundidade, pode receber os maio-res supergraneleiros do mundo. Atualmente, novos ter-minais para o escoamento da produção estão sendo construídos. Ressalte-se, ainda, que Itaqui é o porto brasileiro mais próximo dos grandes mercados mun-diais, em especial da América do Norte.

Na infra-estrutura maranhense, merece destaque a integração do modal rodoviário com o modal ferroviá-rio, cuja concretização está ocorrendo com o avanço da FNS, compondo o Corredor Logístico Centro-Norte.

Esse Corredor é fundamental para o transporte de soja e, no futuro, para a exportação de grandes volumes biocombustíveis. A decisão de construir uma plataforma de biodiesel e etanol na base de distribui-ção de combustíveis de Açailândia foi um passo impor-tantíssimo no sentido de se incrementar a exportação desses biocombustíveis.

Devido à convergência de três importantes ferro-vias e à posição geográfica privilegiada em relação à costa leste americana e aos principais portos da União Européia, a área portuária de Itaqui movimentou 6,6 milhões de toneladas de cargas em 2006, sendo 2,1 milhões de t de soja e farelo.

A expansão da FNS para Tocantins e Goiás e a implantação do Terminal de Grãos do Maranhão – Tegram irão consolidar a infra-estrutura maranhense como a alternativa mais competitiva para a exportação brasileira de commodities.

Verifica-se, então, que o Estado do Maranhão conta com importantes recursos materiais, humanos e logísticos para a produção de biodiesel em larga escala.

Por sua vez, a Petrobras, a grande empresa bra-sileira de combustíveis, tem mostrado grande interesse em aumentar sua produção industrial de biodiesel.

Comprometida com o desenvolvimento do Brasil, a Petrobras está implantando três unidades de produ-ção de biodiesel: Candeias, na Bahia; Montes Claros, em Minas Gerais; e Quixadá, no Ceará. Cada usina terá capacidade para produzir até 57 milhões de litros por ano. Essas usinas deverão gerar emprego e renda para 70 mil famílias de agricultores.

O Maranhão, assim como esses Estados, deve receber os tão valiosos investimentos da Petrobras. O Governo do Maranhão declarou que está interessado no produção de biodiesel em larga escala, de acordo com as diretrizes, princípios e metas estabelecidos pelo Governo Federal.

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06462 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Ressaltou, ainda, que serão apoiadas as iniciati-vas para incluir os agricultores familiares, que depen-dem da agricultura de subsistência e de atividades extrativas, em um amplo programa de produção de biodiesel a partir de várias oleaginosas, novas tecno-logias e de modelos sustentáveis.

Assim sendo, sugere-se que a Petrobras e o Go-verno do Maranhão firmem um protocolo de intenções para que, a exemplo do que ocorreu em Minas Gerais, Bahia e Ceará, sejam implantadas unidades industriais de produção de biodiesel .

Certos de que V. Exa. dispensará a necessária atenção à sugestão ora proposta, submetemos a pre-sente Indicação à sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 26 de fevereiro de 2008. – De-putado Waldir Maranhão Deputado Carlos Brandão, PP/MA PSDB/MA Deputado Cleber Verde Deputado Clóvis Fecury, PRB/MA DEM/MA Deputado Davi Al-ves Silva Júnior Deputado Domingos Dutra, PDT/MA PT/MA Deputado Gastão Vieira Deputado Julião Amin, PMDB/MA PDT/MA Deputada Nice Lobão De-putado Pedro Fernandes, DEM/MA PTB/MA Deputa-do Pedro Novais Deputado Pinto Itamaraty, PMDB/MA PSDB/MA Deputado Professor Sétimo Deputado Ribamar Alves, PMDB/MA PSB/MA Deputado Rober-to Rocha Deputado Sarney Filho, PSDB/MA PV/MA Deputado Sebastião Madeira Deputado Flávio Dino, PSDB/MA PC do B/MA

INDICAÇÃO Nº 1.925, DE 2008 (Do Sr. Barbosa Neto)

Sugere ao Senhor Ministro das Minas e Energia a instalação de uma Subsede da Agência Nacional de Petróleo em Londri-na/PR.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Minas e Energia:

Venho, mediante esta Indicação, sugerir a instala-ção de uma Subsede da Agência Nacional do Petróleo no município de Londrina/PR.

Londrina é a segunda maior cidade do Paraná e a terceira maior cidade da região Sul do Brasil. Por esses motivos, Londrina e região, possui uma popula-ção de mais de 700 mil pessoas, e consequentemente, enfrenta situações muito semelhantes àquelas vividas em todas as capitais do país.

Ocorre que na cidade que foram registrados al-guns fatos envolvendo irregularidades na venda de combustíveis: bombas de combustíveis estavam lesan-do o consumidor ao indicar uma quantidade diferente do que era registrada no equipamento, em relação a

recebida pelo consumidor. Além disso, o constante fantasma da adulteração dos combustíveis, presente desde os rincões do nosso país até os grandes centros, requer uma atenção constante de toda a sociedade londrinense, assim como do Governo Federal.

Considerando que as providências para ajudar sanar esses problemas podem ser tomados pela Agên-cia Nacional do Petróleo, solicitamos ao Excelentíssimo Ministro das Minas e Energia reivindicar junto à referida Agência, a implantação de uma subsede da ANP para combater esses tipos de irregularidades.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – Barbosa Neto, Deputado Federal– PDT/PR.

INDICAÇÃO Nº 1.926, DE 2008 (Do Sr. Barbosa Neto)

Sugere ao Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão o envio de projeto de lei que impeça a mudança de servidor pú-blico de local de trabalho sem aviso prévio de um ano.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão:

Venho, mediante esta Indicação, sugerir alteração ao Estatuto dos Servidores Públicos, de forma a impe-dir a mudança de servidor público do local de trabalho sem aviso prévio de um ano.

Ocorre que, como qualquer mudança, uma mu-dança do local de trabalho, principalmente quando há mudança de sede, desencadeia uma série de provi-dências prévias necessárias, por parte do servidor, de forma a minimizar os impactos negativos provocados. Algumas situações jurídicas existentes, tais como contratos de aluguel e de ensino, por exemplo, exi-gem uma antecedência mínima, sob o risco de trazer sérios prejuízos que podem comprometer as finanças do servidor e de sua família.

Além disso, outras providências deverão ser ado-tadas para a instalação na nova sede, o que, natural-mente, demandará tempo necessário para tal.

Considerando que as providências para a alte-ração na legislação atual sobre servidores públicos são de competência do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, recorro ao elevado espírito pú-blico de Vossa Excelência para reivindicar a adoção das providências necessárias para impedir a mudan-ça de servidor público do local de trabalho sem aviso prévio de um ano.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – Deputado Barbosa Neto.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06463

INDICAÇÃO Nº 1.927, DE 2008 (Do Sr. Carlos Souza)

Sugere ao Excelentíssimo Senhor Mi-nistro de Estado da Saúde que institua for-ça-tarefa para o combate a doenças endê-micas no Estado do Amazonas.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro da Saúde:A região Amazônica brasileira concentra quase

que a totalidade dos casos de malária no Brasil, atin-gindo cerca de 99% dos registros, além de ser atingida por outras doenças endêmicas. O Estado do Amazonas, mais especificamente, registra anualmente uma média de 200 mil casos dessa epidemia, sendo o primeiro estado em número de casos absolutos de malária no país e o terceiro com maior risco de transmissão, atrás do Acre e de Rondônia.

Devido às peculiaridades da região, tais como tem-peratura e umidade altas, deslocamento das populações para áreas próximas da floresta, alterações ambientais e abertura de novas estradas, o mosquito transmissor do gênero Anopheles darlingi, encontra terreno fértil para se reproduzir e, consequentemente, transmitir a doença. Ademais, existem graves falhas na realização do serviço de pulverização realizado pela Fundação Nacional de Saúde, conforme detectaram os médicos militares que atuam nos Batalhões de Selva.

Não ignoramos que o Governo Federal tem investido no combate às endemias. No entanto, faz-se necessário a intensificação de ações em todas as esferas governa-mentais, com a instituição de força-tarefa para comba-ter diversas doenças endêmicas da região, entre elas a malária, utilizando-se, inclusive, novas ferramentas, tais como a utilização de produtos mais eficiente para a bor-rifação das casas e o aumento na distribuição de telas e mosquiteiros impregnados com inseticida – experiência já utilizada em regiões da África com alta incidência de malária – com a vantagem de durar até cinco anos, re-sistir a lavagens, ser eficaz na eliminação dos mosquitos e não apresentar riscos à saúde humana.

Contudo, para que a empreitada tenha suces-so, torna-se imprescindível a melhor capacitação dos agente voltados para a política de controle da malária e a ampliação da parceria com as forças armadas bra-sileiras, que possuem homens e mulheres treinados para enfrentar as adversidades que lá se apresentam. Além disso, faz-se necessário, que o governo federal possa ampliar as parcerias e convênios com as prefei-turas e com o governo do Estado do Amazonas para, além de um melhor aparelhamento da Fundação de Medicina Tropical do Amazonas, que sejam implan-tadas unidades daquela fundação no municípios de

Tabatinga, Lábrea, Eirunepé, Parintins, São Gabriel da Cachoeira e Tefé.

Referidas unidades deverão estar capacitadas para atender os municípios com maior incidência da malária e que juntos respondem por 94% do total de casos registrados no Amazonas. Neste grupo estão incluídos aqueles com maior número de casos do tipo falciparum (que determina formas mais graves da doen-çA), os que registram altos índices de malária na área urbana, em assentamentos e em áreas indígenas.

A título de ilustração, listamos os 10 municípios com maior número de casos registrados até a primei-ra quinzena de outubro de 2007: Manaus – 31.834; Coari – 9.839; Careiro – 8.843; Manicoré – 7.035; Manacapurú- 6.576; Tefé – 6.539; Barcelos – 6.018; Borba – 5.475; Autazes – 5.341 e São Gabriel da Ca-choeira – 5.008.

Sabemos que a malária é um problema que vai além do setor saúde e que é necessária a articulação dos diversos setores da sociedade. Estamos conscien-tes de que tal sugestão coincide com a preocupação desse Ministério, colocando-nos na expectativa favo-rável quanto ao desfecho da presente Indicação.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – Deputado Carlos Souza

INDICAÇÃO Nº 1.928, DE 2008 (Do Sr. Waldir Maranhão)

Sugere ao Ministro do Meio Ambien-te determine ao IBAMA providências para coibir operação de depósito de dejetos orgânicos localizado no Município de Bal-sas (MA).

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhora Ministra do Meio Am-biente:

Moradores do Povoado Lagoa Grande, distante cerca de 12 quilômetros da sede do Município de Balsas, Sul do Estado do Maranhão, há mais de dois anos pedem providências às autoridades municipais e estaduais para fechar um depósito de esgoto, que recebe por dia de 30 (trinta) a 40 (quarenta) cargas de caminhões limpa-fossa. As valas e os tapumes foram abertos na terra sem qual-quer providência ambiental, gerando em conseqüência problemas de saúde para a comunidade local e em alunos da Escola Municipal Raimundo Pereira, distante apenas 400 (quatrocentos) metros do depósito.

Apesar da gravidade que coloca em risco a saú-de das pessoas e dos prejuízos ambientais, nenhuma providência foi tomada. O Ministério Público do Estado do Maranhão acionou a Secretaria de Meio Ambiente e Turismo, que manteve-se, infelizmente, em sua letargia

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06464 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

habitual. A gravidade das denúncias dos moradores, manifestada inclusive através de abaixo-assinado e que teve também o apoio dos estudantes dos Cursos de Letras, História, Geografia, Biologia e Química da Uni-versidade Estadual do Maranhão (Campus de Balsas), também não sensibilizou o escritório local do Instituo Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA). Este órgão federal, embora tenha conhecimento dos fatos, está muito longe de tomar al-guma providência para evitar que os depósitos prejudi-quem as nascentes, os lagos e o lençol freático.

De acordo com “relatório de vistoria” realizado por dois técnicos do Ministério Público do Estado do Maranhão, com data de 13 de agosto de 2007, cons-tam as seguintes observações:

01 – a empresa Limpa Fossa Maldaner há dois anos vem depositando os dejetos colhidos das fossas da cidade, cujos buracos abertos deságuam nos rios e brejos das proximidades, além de ocasionar constante proliferação de insetos;

02 – os depósitos não possuem sistema de tra-tamento e manejo dos desejos;

03 – os buracos são cavados aleatoriamente;04 – os depósitos encontram-se situados entre

várias propriedades rurais;05 – além dos caminhões da empresa, um ca-

minhão da Prefeitura Municipal de Balsas realiza a mesma prática.

Certos de que V.Exa. dispensará a necessária atenção à sugestão ora proposta, submetemos a pre-sente indicação à sua elevada consideração.

Sala das Sessões, 28 de fevereiro de 2008. – Deputado Waldir Maranhão.

INDICAÇÃO Nº 1.929, DE 2008 (Do Sr. Carlos SantanA)

Sugere ao Poder Executivo, por inter-médio do Ministério da Defesa, modifica-ções no Decreto nº 3.690, de 19 de dezem-bro de 2000, que “Aprova o regulamento do Corpo do Pessoal Graduado da Aeronáutica e dá outras providências”.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

O art. 2º do decreto o passa a vigorar com a se-guinte redação:

Quadro de suboficiais e Sargentos (QSS);Quadro especial de Sargentos (QES);Quadro de Cabos;Quadro De Soldado.Parágrafo Único. O grupamento de Serviços do

Quadro de Suboficiais e Sargentos (QSS) passa a ter

o subgrupamento de serviços às especialidades de Ar (Arrumador) e com (Cozinheiro).

Justificação

Está alteração, tem por objetivo, permitir que os militares do então Quadro de Taifeiros da Aeronáu-tica (QTA) e detectores das especialidades de taifa, possa atingir a graduação de suboficial. Essa medida visa também acabar com a luta jurídica em relação ao cumprimento da lei Nº3953/61, que assegura aos taifeiros da Marinha e da Aeronáutica o acesso até a graduação de suboficiais. Haja vista que, o Comando da Aeronáutica, em 46(quarenta e seis) anos se negou a dar fiel cumprimento ao dispositivo legal.

Visa, também, para o Comando da Aeronáutica, atender, perfeitamente, ao propósito do decreto 363/61 e o decreto nº3690/2000, que hierarquizou o quadro de taifeiros, de Taifeiros de segunda classe até a gra-duação de suboficial. Com, isso se tornando a mais nova regulamentação da lei nº3953/61. Até a edição da portaria R-46/GC1, de 10 de fevereiro de 2003. Tor-nando, impossível aos militares do quadro de taifeiros, de forma legal, atinja a ultima graduação do seu circulo hierárquico a de suboficial. Assim, como a atual portaria nº513/GC1, de 2 de Agosto de 2007, que revoga a an-terior, (R-46/GC1) do atual Comandante,também, não atende o dispositivo legal, ou seja, a lei nº3953/61.

Art. 3º passa ter a seguinte redação.Art. 3º O QSS, O QESA, O QCB e QSD, têm a

seguinte composição.Grupamento Básico com os seguintes Subgru-

pamento de:– xxxxxxxxxxxxxx– xxxxxxxxxxxxxxx– xxxxxxxxxxxxxxx- xxxxxxxxxxxxxxxxGrupamento de Serviço com os seguintes

Subgrupamento de:– xxxxxxxxxxxxxx– xxxxxxxxxxxxxx– Taifa– xxxxxxxxxxxxxx– xxxxxxxxxxxxxx– xxxxxxxxxxxxxx– xxxxxxxxxxxxxx DAS DISPOSIÇÕES TRANSITÓRIASArt. 42Parágrafo Único. Fica assegurado aos taifeiros da

ativa, promovidos por transposição, conforme o decreto nº3690/2000, que fixou 14(quatorze) anos de efetivo serviço de taifa para ser promovidos à graduação de 3º sargento. E para as promoções as graduações su-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06465

periores, 2º Sargentos, 1º Sargento e Suboficial, sejam observados os quatros (4) anos de interstícios.

I – Que os atuais Taifeiros sejam promo-vidos, observados, os interstícios do parágrafo único até a graduação que faz jus na promul-gação deste decreto. integralizando todos os interstícios de quatro anos que o militar do Qua-dro de Taifa, tinha ao ser promovido a Terceiro Sargento. Assim, distribuindo o efetivo do QTA (QUADRO DE TAIFEIROS DA AERONÁUTICA) nas graduações superiores :Segundo Sargento , Primeiro Sargento e Suboficial.

II – Aplica-se, a mesma regra do pessoal da ativa, para retificar os processos de reserva dos taifeiros da reserva remunerada, reformadas e pensionistas. Tendo, por base as datas de pro-moção à graduação de taifeiros de 2ª classe.

III – Os Taifeiros de 1ª Classe, regula-dos pelo decreto nº3690, serão promovidos à graduação de 3º Sargento a partir da data de sua promoção a Taifeiro de 1ª Classe. E, sendo, promovidos às graduações superiores de sete em sete anos. Conforme previsto no Regulamento de Promoção de Graduados da Aeronáutica.

IV – Os incisos I, II,III e o parágrafo único serão aplicados automaticamente.

V – O QTA é colocado em extinção. Sen-do, as especialidades inseridas no grupamento de serviços de Taifa.

Justificação

Essas medidas visam dignificar o tratamento dos militares do QTA até a graduação de Suboficial. Aten-dendo, perfeitamente, ao propósito da Lei nº 3953/61, pelo Comando da Aeronáutica.

Visa, ainda, para o Comando da Aeronáutica possibilitar um tratamento EQUANIME , com o Co-mando da Armada, pós, são integrantes de um mesmo Ministério, o da DEFESA.

Em síntese, essas são as razões que justificam esta indicação.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008.Deputado Carlos Santana

INDICAÇÃO Nº 1.930, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Bom Jesus do Sul, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Bom Jesus do Sul, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.931, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere Senhor Ministro das Comuni-cações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Boa Ventura de São Roque, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Boa Ventura de São Roque, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.932, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Ventania, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

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06466 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Ventania, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.933, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Pinhal de São Bento, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no municí-pio de Pinhal de São Bento, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem atendi-mento do Banco Postal, prejudicando, sobremaneira, a po-pulação que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propo-mos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.934, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Porto Barreiro, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para

a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Porto Barreiro, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propo-mos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.935, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Rancho Alegre d’Oeste, no estado do Pa-raná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Rancho Alegre d’Oeste, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.936, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Reserva do Iguaçu, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal

Page 135: REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL - Portal da Câmara dos ...imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD05MAR2008.pdf · 1 – ATA DA 024ª SESSÃO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS, EXTRAORDINÁRIA,

Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06467

da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Reserva do Iguaçu, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.937, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Rio Branco do Ivaí, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Rio Branco do Ivaí, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.938, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Santa Lúcia, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Santa Lúcia, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.939, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Santa Mônica, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Santa Mônica, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.940, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comuni-cações a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Serra-nópolis do Iguaçu, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no municí-pio de Serranópolis do Iguaçu, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-

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06468 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.941, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Saudade do Iguaçu, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Saudade do Iguaçu, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.942, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de São Manoel do Paraná, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no municí-pio de São Manoel do Paraná, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.943, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de São José das Palmeiras, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de São José das Palmeiras, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.944, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Senhor Ministro das Comu-nicações a abertura de posto de atendimen-to do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Nova Esperança do Sudoeste, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Nova Esperança do Sudoeste, no esta-do do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06469

ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.945, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Mer-cedes, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Mercedes, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.946, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Mato Rico, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Mato Rico, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.947, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Mar-quinho, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Marquinho, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propo-mos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.948, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Man-frinópolis, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Manfrinópolis, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem atendi-mento do Banco Postal, prejudicando, sobremaneira, a po-pulação que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propo-mos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

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06470 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

INDICAÇÃO Nº 1.949, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de La-ranjal, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Laranjal, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.950, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Ja-guariaíva, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Jaguariaíva, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB – PR).

INDICAÇÃO Nº 1.951, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Igua-tu, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Iguatu, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.952, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Ho-nório Serpa, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telé-grafos no município de Honório Serpa, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem aten-dimento do Banco Postal, prejudicando, sobremanei-ra, a população que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propomos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06471

INDICAÇÃO Nº 1.953, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunicações a abertura de posto de atendimento do Ban-co Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Goioxim, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Goioxim, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem atendi-mento do Banco Postal, prejudicando, sobremaneira, a po-pulação que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propo-mos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.955, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no município de Foz do Jordão, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-

ções:Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que

esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Foz do Jordão, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem atendi-mento do Banco Postal, prejudicando, sobremaneira, a po-pulação que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propo-mos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

INDICAÇÃO Nº 1.956, DE 2008 (Do Sr. Luiz Carlos Hauly)

Sugere ao Ministro das Comunica-ções a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de

Correios e Telégrafos no município de Fer-nandes Pinheiro, no estado do Paraná.

Despacho: Publique-se. Encaminhe-se.

Excelentíssimo Senhor Ministro das Comunica-ções:

Dirijo-me a Vossa Excelência para solicitar que esse Ministério tome as providências necessárias para a abertura de posto de atendimento do Banco Postal da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos no mu-nicípio de Fernandes Pinheiro, no estado do Paraná.

Isto porque tal localidade encontra-se sem atendi-mento do Banco Postal, prejudicando, sobremaneira, a po-pulação que fica sem o serviço prestado pela estatal.

Face a relevância social da presente medida propo-mos ao Poder Executivo a adoção da presente medida.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – De-putado Luiz Carlos Hauly, (PSDB-PR).

RECURSO Nº 149, DE 2008 (Do Sr. Leonardo Picciani)

Recorre, nos termos do art. 95, § 8º do Regimento Interno, da decisão da Presidên-cia na Questão de Ordem nº 249, de 2007, sobre inscrição para encaminhamento de emenda destacada.

O SR. LEONARDO PICCIANI – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem – com base no art. 192, § 7º do Regimento Interno.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V. Exª a palavra.

O SR. LEONARDO PICCIANI (Bloco/PMDB – RJ. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre-sidente, peço a atenção de V. Exª porque esta é uma questão complexa, que envolve não só o dispositivo regimental citado, para formular a questão de ordem – bem como a própria essência do funcionamento do Parlamento e as prerrogativas constitucionais do livre exercício do mandato parlamentar.

Sr. Presidente, teremos em poucos instantes o início da votação de um destaque que trata justamente da tentativa de se modificar o texto original da medida provisória, visando retirar a sede da TV Pública, da Empresa Brasileira de Comunicações, da cidade do Rio de Janeiro e transferi-la para Brasília.

Parece-me que esta questão está muito mal co-locada. Tenta-se criar um clima para unir as outras uni-dades da Federação contra o Rio de Janeiro, como se esta fosse uma questão de capricho do Rio de Janeiro, quando na verdade é o inverso. A proposta do Gover-no veio originalmente trazendo a sede para o Rio de Janeiro por questões eminentemente técnicas, porque lá funciona, desde 1967, a TVE.

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06472 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Mas passo à questão de ordem propriamente dita. Diz esse dispositivo do Regimento, § 7º do art. 192, diz que, no encaminhamento de votação de emenda des-tacada, somente poderão falar o primeiro signatário da emenda-portanto favorável à emenda –; o autor do re-querimento de destaque-que pressupõe seja favorável à aprovação, porque, senão, não haveria destacado a emenda e o relator, que não necessariamente é a favor nem contrário, ou se desejar, nem falará.

O espírito do nosso Regimento Interno e da ati-vidade parlamentar é a isonomia e o livre exercício do contraditório: fala um orador contra, fala um orador a favor.

Reconheço, Sr. Presidente, que não me ajuda o principio do direito da prevalência da norma mais es-pecífica sobre a norma mais geral. No entanto, tenho absoluta convicção de que me favorece outro princi-pio do Direito, o fumus boni juris, ou seja, a fumaça do bom direito.

Sr. Presidente, não podemos suprimir o livre deba-te. Com base no princípio da fumaça do bom direito, do livre contraditório do Parlamento, do embate saudável entre idéias contraditórias, peço a V. Exª acatar minha questão de ordem e permitir a inscrição de oradores contrários à matéria.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-fesso que V. Exª foi extremamente convincente na con-cepção do contraditório e, de alguma maneira, previu que nos faltava coletivamente o instrumento, ou seja, a lei é clara quando estabelece os procedimentos.

Para atender à questão de ordem de V. Exª, in-dependentemente...

O SR. LEONARDO PICCIANI – No entanto, Sr. Presidente, parece-me que essa regra, apesar de cons-tar no Regimento, é anacrônica e se choca com o prin-cípio constitucional do livre exercício parlamentar.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou continuar, porque V. Exª expôs uma avaliação.

O fato é que o Regimento é a nossa lei maior, só subordinada naturalmente a questões constitucionais.

Portanto, para atender à questão de ordem de V. Exª, para em tese, permitir a inscrição para que alguém faça o contraditório, teríamos que antes mudar o Re-gimento. Portanto, não tenho como acatar a questão de ordem-mas registre-se que V. Exª atentou para um problema real, acho que o Regimento tende a estar imperfeito, ainda que, antes desse momento de pare-cer, a discussão e o encaminhamento. Talvez quando elaborar o Regimento, na discussão e no encaminha-mento seja de fato a oportunidade do contraditório, que eventualmente sempre pode ser aprimorado. Não tem como acatar a questão de ordem de V. Exª.

O SR. LEONARDO PICCIANI – Eu gostaria de respeitosamente recorrer da decisão de V. Exª.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – Ok! É regimental.

REQUERIMENTO Nº 2.302/2008 (Do Sr. Barbosa Neto)

Requer voto de louvor ao cardiologis-ta Manoel Fernandes Canesin, idealizador do projeto “Tempo é vida” e Consultor da Coordenação Geral de Urgência e Emer-gência do SUS.

Senhor Presidente,Nos termos do art. 117, inciso XIX e § 3º, do Re-

gimento Interno da Câmara dos Deputados, vimos, respeitosamente, solicitar a V. Exª se digne registrar nos Anais desta Casa, Voto de Louvor ao cardiologis-ta Manoel Fernandes Canesin, idealizador do projeto “Tempo é vida”, e consultor técnico da Coordenação Geral de Urgência e Emergência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Justificação

Cardiologista profissional há mais de 15 anos, o Dr. Manoel Fernandes Canesin, representante da So-ciedade Brasileira de Cardiologia, foi convidado pelo Ministro da Saúde, José Gomes Temporão, para ser consultor técnico da Coordenação Geral de Urgência e Emergência, onde irá gerenciar a parte de emergên-cia cardiovascular de toda rede do Sistema Único de Saúde (SUS).

Canesin será responsável por um programa de capacitação de cerca de 20 mil médicos e profissio-nais de saúde e depois levar o treinamento à popula-ção, já que a falta de informação é a principal causa para o grande número de doenças cardiovasculares no Brasil.

O Dr. Canesin foi convidado a assumir o posto depois de executar por 10 anos, o projeto Tempo é Vida, da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O projeto tem como objetivo envolver toda sociedade leiga na prevenção da parada cardíaca, do ataque cardíaco (infarto agudo no miocárdio), do derrame (AVC) e do engasgamento. O projeto já foi implantado em outros países, e apenas em Londrina (PR), no ano de 2002, 4.500 pessoas foram treinadas para trabalhar com essa prevenção.

Pelos bons resultados atingidos e trabalho rea-lizado para prevenção de doenças cardiovasculares – uma das maiores causas de morte na população brasileira –, acreditamos que o cardiologista Manoel Fernandes Canesin, coordenador da parte de emer-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06473

gência cardiovascular do SUS, merece um Voto de Louvor desta Casa de Leis.

Sala das Sessões, 21 de fevereiro de 2008. – Deputado Barbosa Neto.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

REQUERIMENTO Nº 2.309, DE 2007 (Da Srª Rebecca Garcia)

Requer Voto de Pesar pelo fale cimento do jornalista Aguinelo Oli veira.

Senhor Presidente,Requeiro, nos termos regimentais, a inserção

em ata do Voto de Pesar, pelo falecimento de Aguinelo Oliveira, ocorrido em Manaus.

Justificação

O jornalista Aguinelo Oliveira faleceu nesta noite de terça-feira (19/02) às 20h30min no hospital João Lúcio onde se encontrava internado desde a semana passada. Agui-nelo sofreu um AVC e teve morte cerebral declarada.

Um jornalista consagrado no Estado do Amazonas e querido por todos que o conheciam, Aguinelo hoje deixa saudades restando apenas lembranças de sua vida que foi construída nas redações dos jornais, nos microfones das rádios e em frente as câmeras.

Com este Voto de Pesar, estendo à família solidarie-dade e condolências, além do meu preito de saudades.

Sala das Sessões, 20 de fevereiro de 2008. – Deputada Federal Rebecca Garcia.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

REQUERIMENTO Nº 2.313, DE 2008 (Do Sr. Ronaldo Caiado)

Requer voto de pesar pelo falecimento do Senador Jonas Pinheiro.

Sr. Presidente,Requeiro, nos termos do art. 117, inc. XVIII, a in-

serção no Diário da Câmara dos Deputados, voto de pesar pelo falecimento, ocorrido no dia 20 de fevereiro de 2008, do Senador Jonas Pinheiro.

Requer, ainda, que este voto seja levado ao co-nhecimento da família.

Sala das Sessões, 20 de fevereiro de 2008. – De-putado Federal Ronaldo Caiado, DEM/GO.

Publique-se. Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

REQUERIMENTO Nº 2.327, DE 2008 (Do Sr. Homero Pereira)

Requer inserção nos Anais da Câma-ra dos Deputados, de pronunciamento e documento.

Senhor Presidente,Requeiro a Vossa Excelência, nos termos do

art. 115, inciso II, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, a inserção, nos Anais da Câmara, de pronunciamento do Prefeito Municipal de Colíder, Senhor Celso Banazeski, Estado de Mato Grosso, no evento “O Nortão Reage”, assim como da Nota Oficial da Comissão Organizadora do Evento “O Nortão Re-age – pelo fim das desigualdades regionais”, ambos devidamente anexados na íntegra.

São documentos que traduzem bem o senti-mento da comunidade política e social do Nortão de Mato Grosso, produzidos em decorrência do evento “O Nortão Reage – pelo fim das desigualdades sociais”, realizado em 16-2-2008, naquele município, e do qual me sinto honrado em ter participado.

Discutiu-se profundamente sobre os problemas ambientais do Nortão e a conseqüente série de sanções políticas e econômicas enfrentadas por aquela região, que interferem diretamente na atividade empresarial e em seu desenvolvimento sócio-econômico.

Sendo essa nossa colaboração para o movimento, espero o deferimento de Vossa Excelência.

Sala das Sessões, de 11 de 2008. – Deputado Federal Homero Pereira, PR/MT.

A carta do Nortão Reage – Pelo fim das desigualdades regionais

1.0 Introdução

Pronunciamento do Prefeito Celso Banazeski Evento “O Nortão Reage”.

Bom dia, cumprimento o Vice Governador do Estado MT representando o Governo de Estado Blai-ro Maggi neste evento, cumprimento o Dep. Federal Eliene Lima, o Primeiro Secretario da Assembléia Legislativa Dep. Riva José Geraldo, Dep. Ademir Bru-netto, o Presidente da Comissão de Meio Ambiente Dep. Dilceu Dal Bosco, Dep. Pedro Satélite, senhoras e senhores, prefeitos e prefeitas em nome do Presi-dente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimen-to Sustentável do Portal Da Amazônia. Cumprimento senhores vereadores de Colíder e toda região e nome do Vereador Admar Agostini Manica nosso líder na câmara, representantes de sindicatos, associações e movimentos sociais.

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06474 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Senhoras e senhores primeiramente vou falar como será conduzida à programação após minha fala teremos a palestra com o Dep. Riva, depois o pronun-ciamento do Vice Governador Silval, em seguida os pronunciamentos das autoridades, deputados federais e estaduais, até o horário aproximado de 12 horas no máximo até 12:30, onde iremos para o almoço e no retorno continuaremos com os pronunciamentos das autoridades representantes de sindicatos, associações comercias e movimentos sociais, estamos aguardando a chegada do Secretario Luis Henrique Daldegan da SEMA que confirmou presença e deverá estar chegando em poucos instantes. Por volta das 15:30 começaremos a primeira palestra do conferencista Antonio Ângelo e em seguida do conferencista Alexandre Estermann, e enquanto as palestras estiverem sendo proferidas te-remos uma equipe elaborando uma carta do evento, um documento, para que após a segunda palestra seja lido aqui na tribuna e aprovado por todos os presen-tes para que seja encaminhada aos destinos devidos e inclusive ela será lida hoje à noite através do canal do boi num leilão que acontece esta noite no tatersal da Agrocol e que vai estar mostrando e provando al-gumas coisas que estamos falando hoje.

Senhoras e senhores nestes 4 consórcios, temos aproximadamente 600 mil pessoas que resiDEM – são quase 4 décadas de colonização, famílias constituídas, e com certeza metade dessa população que residem nestes municípios já nasceram aqui, são matogros-senses que nasceram aqui.

Temos uma economia baseada no setor de base florestal, ainda quase que dizimada pelas operações que vieram por ai. Temos uma agricultura familiar muito forte, muitos pequenos produtores, uma pecuária leitei-ra em função disso muito forte, temos como principal pilar da economia a pecuária de corte, só nestes muni-cípios temos aproximadamente 9 milhões de cabeças bovinas de corte e uma série de outras atividades que são desenvolvidas nessa região.

Esse evento na verdade foi planejado antes do Decreto nº 6.321, antes da lista dos que mais desma-taram na floresta amazônica, então nós tivemos que fazer um rearranjo na programação para que este tema também fosse inserido nas discussões, mas o que mo-tivou o Consórcio Intermunicipal do Portal da Amazônia a programar este evento, foi uma falta de planejamento estratégico no desenvolvimento regional de estado de MT. E no decorrer da minha fala eu vou provar porque existe essa falta de planejamento.

Foi o relatório final da CPI da Sema e esta aqui o presidente da CPI o deputado José Riva, que mos-trou que as operações, as ações que fizeram contra o setor de base florestal não foi pra punir os culpados,

pra prender empresas fantasmas, vendedores de no-tas frias, mas foi pra quebrar o setor, e conseguiram quebrar, pelo menos metade das empresas boas e sérias do setor do nortão do Estado de MT.

Também o que nos motivou foi a saída de be-zerros, de gado magro para confinamento no médio norte. Só aqui do nosso consórcio saiu 91 mil cabeças de gado no ano de 2007, enfraquecendo nossas in-dústrias, deixando de gerar emprego na nossa região e se isso continuar pode trazer graves conseqüências para nossa região, mas sobre o assunto também es-tarei discorrendo um poucos mais a frente.

O Estado é um grande concentrador de renda, e isso nós estaremos provando também com números que MT é um grande concentrador de renda e deixa os municípios e a população cada vez mais pobres.

Nessas notícias, uma coisa se interliga com outra, a notícia da instalação de uma grande planta industrial num local que não cria boi, que não produz a matéria prima enfraquece a região produtora e levando a con-seqüências cada vez mais graves.

Os problemas fundiários que são da história da ocupação dessa região, o INCRA manda desmatar e ocupar pra ter o documento, ai se desmatou esta ilegal e a situação se alastra há 4 décadas e não se resolve.

A BR 163 quantos discursos, quantas promes-sas já ouvimos?

Eu quando cheguei em 1986, um ano político, achei que no ano seguinte a BR 163 já estaria asfal-tada, já desacreditei, voltei a acreditar e a incertezas perduram, a única certeza de que temos sobre a 163, é que se ela não sair agora com o Pagot no comando do DNIT, não sai nunca mais, ou ela sai agora ou teremos que mudar o discurso porque não sai nunca mais.

A legislação ambiental que todos ocuparam essa região, uma lei e de repente por uma medida provisória por decreto todos passam a ser ilegais, todos entram na ilegalidade passando a ser considerados bandidos e criminosos.

O zoneamento sócio econômico ecológico do Es-tado de MT que se alastra há 10 anos! ...informações temos de que ele vai pra assembléia legislativa no mês de março, que bom que ele vai pra assembléia, mas já que esperou 10 anos, pode esperar mais um ano, porque nós queremos discutir nos consórcios, as au-diências públicas terão que ser feitas nos consórcios para nós debatermos esse ZSEE.

Porque o que leva a ilegalidade geralmente são ações como a Medida Provisória nº 2.166 o Decreto nº 6.321 e assim por diante. De repente acham que precisa ser diferente, não discutem, não conversam conosco, e aí nós somos os criminosos, os bandidos da região. Essa lista divulgada a véspera do carnaval,

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06475

do decreto feito à véspera do Natal. Penso que fazem as coisas as vésperas de festas e todo mundo ta lá no Rio de Janeiro. Ai é oba! Aconteceu! Estão fazendo isso! Vão nos ferrar que beleza! e nos temos que ficar quietos... Não, acho que temos que debater muito este tema aqui nesse encontro.

É uma pena, mas nós gostaríamos que estivesse aqui o Senador Jonas Pinheiro que é um grande de-fensor do progresso e grande defensor do desenvol-vimento. Ele tem um projeto de lei que perdura desde 2003 no congresso nacional que poderia, sendo apro-vado, resolver todas essa nossa situação. Nós temos que debater contra as ONG’s os ING’s.

Os ING’s são indivíduos não Governamentais que usam a mídia nacional pra sujar a nossa reputação e nos chamar de bandidos e criminosos.

Aqui nós somos gente boa!Primeiro atacaram o setor de base florestal, ata-

caram violentamente através dessas operações, quase que dizimaram totalmente o setor, agora estão atacando o setor da pecuária e da agricultura. O que eles que-rem? Gerar cada vez mais insatisfação, insegurança? Na verdade o que se percebe é que existe um grande complô para desocupar essa região da Amazônia, mas da forma mais perversa, mais cruel, que é aniquilando o cidadão, deixando ele sem condição de sobrevivên-cia, e ai ele não tem outra alternativa a não ser pegar a mala, alias só mala mesmo e seguir viagem.

O que devemos fazer pra se reverter com isso?Começa é claro um encontro como este...Fazer um planejamento estratégico de Desen-

volvimento Regional que visa definir no estado de MT o que se produz aqui o que se produz ali, que tipo de indústria devem ser incentivadas, se é nessa ou na-quela região, neste ou naquele município.

Nós sim temos que fazer uma grande conscien-tização ambiental e já existe, as pessoas que moram nessa região, salvo algumas exceções, mas a grande maioria tem uma grande consciência ambiental, sa-bem que precisam preservar o meio ambiente para que perdurem as ações no desenvolvimento dessa região. Regularizar a situação fundiária de uma vez por todas, mas com ações pontuadas, resolver e não prometer, prometer e prometer... E passam anos, pas-sam eleições, passam discursos, mudam os políticos muitas vezes e continuam só promessas.

O que o Incra o Intermat estão fazendo? Eles nem sabem onde estão as áreas do estado e da união. Como é que vão regularizar?

A nossa logística de transporte de vinda dos in-sumos, de saída das nossas mercadorias é muito di-ferente, então porque não através da AL e do Governo de estado destinar uma parte maior dos recursos do

Fethab pra esses municípios do nortão distante, pra nos ajudar a resolver os problemas das nossas estra-das da nossa logística.

A maioria de vocês entrou pela MT 320 e viu como ela está bem esburacada e é assim e as outras rodovias que nem são pavimentadas.

Nós temos que botar produtor e indústria senta-dos na mesma mesa, dialogar. Nós prefeitos estamos dispostos a ser mediador desse diálogo, mas o diálo-go do ganha ganha, todos tem que ganhar, mas aqui na nossa região.

Porque ai sim vamos continuar gerando empre-gos e renda pra todos aqueles que escolheram essa região pra morar.

Agencia da CEF, quantas tem nortão?Se não engano apenas duas para atender todos

os trabalhadores do nortão...Caixa Econômica Federal tem apenas duas agen-

cias pra atender toda a região e o Basa. Sabem o que significa o Basa? Alguns já ouviram falar na TV “Ban-co de desenvolvimento da Amazônia”. Aonde estão as agencias do Basa?

Então aqui não é Amazônia, na nossa região não tem. Então não estamos na Amazônia! E dizem que trabalham para o social. Que social que nada!!! Traba-lham para o desenvolvimento dessa localidade. São capitalistas que visam simplesmente o lucro. É isso que são porque não provaram o contrario.

Eu queria muito mudar o meu discurso com rela-ção a essas instituições. Eu realmente queria.

Os Incentivos Fiscais, o eEstado de MT fez uns programas fantásticos,

muito bom mesmo, que atraem investimentos, que são os incentivos fiscais e isso estou falando aos re-presentantes da AL.

Programas de incentivos fiscais são fantásticos. Mas produzir no sul do estado, em Cuiabá, produzir no médio norte é igual produzir aqui no nortão do estado, as regras são iguais. Então e claro que nos aqui do nortão do estado temos uma dificuldade muito maior pra atrair investimento. Então essas regras podem ser mudadas. Vamos dar um incentivo maior pra essas in-dústrias se instalarem aqui na nossa região, principal-mente para aquelas indústrias quem beneficiar a nos-sa matéria. Por que nós produzimos matéria prima na nossa região porque ai sim nos ver desenvolvimento através destes programas de incentivos fiscais.

A BR 163. No mês de março ou abril ela está programado pra começar, vamos ficar atentos porque se ela não começar nos vamos todos com a banca-da federal pra Brasília falar de perto com o Pagot, se possível com o Presidente da Republica, mas vamos fazer com essa promessa seja cumprida. Porque nos

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precisamos dela. Porque essa região foi aberta por audácia do capitalismo.

Nós temos no estado de MT em torno de 8 mil grandes propriedades elas foram abertas do sonho dos pequenos, aqueles que vieram no pau de arara, de ônibus. São mais de 150 mil pequenas proprieda-des no MT.

Leis podem ser modificadas, alias ta ai o decreto nº 6.321, 2.166, ou melhor, MP, parecem que as leis são facilmente modificadas pra prejudicar os cidadãos, que deveriam ser o contrario. Nós queremos que as leis sejam modificadas pra ajudar o cidadão.

JK depois que construiu Brasília, que deixou o governo, perseguido pela ditadura militar. E que tudo era feito em nome da lei, a perseguição das pessoas decentes, leis criadas por decretos e MP’s e ele disse essa frase memorável. “Nem sempre a lei é invocada pra fazer a lei”... e essas leis que foram cridas, essas MP, decretos não faz justiça nenhuma a ninguém. E nos temos que enfrentar...

A concentração de renda do estado e o modelo que falei dessa falta de planejamento estratégico leva a isso.

Senhoras e senhores nós temos 2.856.642 ha-bitantes no MT, pouca gente, nos somos o maior pro-dutor de soja, aliás este ano acho que vai produzir mais, cerca de um kg de soja por dia por habitante. Somos o maior produtor de carne cerca de um cabe-ça de gado de corte por habitante, na nossa região cerca de 15 cabeças por habitantes, somos o maior produtor de algodão, somos produtores de carne suí-na, carne de frango, arroz, milho. Aliás produzimos de tudo aqui no MT. Que maravilha! Estado rico, riquíssi-mo, não podia existir fome, não podia existir pessoas em dificuldades.

Pasmem senhores eu vou ler uns números e se alguém tiver duvidas consulte o site do MDS. Nós te-mos 220.297 famílias, que multiplicando por 4 que é a mais ou menos o numero de famílias que nessa faixa de renda a maioria tem mais filhos ainda, mas vamos por só 4 pessoas por família. Dá 881.188 pessoas que tem renda menor que 120R$, renda per capita menor de 120R$ inscritas no Bolsa Família, um terço da nossa população.

O modelo esta certo então? Está errado! E nos temos que mudar esse modelo. Não da pra falar de progresso quando a riqueza de poucos é feita em cima da miséria de muitos... O que queremos fazer? O que vamos fazer?

Discutir o ZSEE aqui nos consórcios, nos muni-cípios eu tenho certeza que a AL vai nos atender e vai trazer essas discussões pra dentro dos consórcio, se for necessária 1 se for necessário 2 e quantas vezes

for necessário, porque eles não vão deixar a gente gri-tando sozinho, eles vão nos atender com certeza.

Queremos a suspensão imediata da vinda da tro-pa federal que ta prevista para o dia 22. Suspensão!!! Não pode deixar vir!!!

Porque é triste ver o que aconteceu nas opera-ções do setor de base florestal, onde pais de famílias diziam para seus filhos que quando a polícia vem pra prender alguém é porque essa pessoa é bandido, é criminoso. E um cidadão de bem que construiu a nossa história aqui, é algemado na frente do seu filho. Como se sente essa criança que ta vendo isso? e que ouviu o pai falar que quem vai preso é bandido. Então a sus-pensão dessa tropa tem que acontecer pra que isso não aconteça novamente.

Nós vamos tirar um encaminhamento de tudo que será discutido e vamos montar uma comissão dos prefeitos dos consórcios pra acompanhar passo a passo se esses encaminhamentos vão trazer resul-tados pra nós.

Fiscalizar, orientar, conscientizar e punir se for necessário, mas não o inverso vamos começar pela ordem correta, ai sim nos vamos resolver as nossas questões aqui. Desenvolver programas de qualidade, mostrar ao mundo, através de um selo que temos produ-tos de qualidade que atende todos os requisitos de um bom produto, que com certeza terá um bom mercado também. Enfim queremos ajudar nosso companheiro Governador Blairo Maggi, a AL, queremos ajudar a bancada federal, mas queremos ser ouvidos, porque a distância do que queremos, e muitos talvez vão falar que um planejamento estratégico de desenvolvimento regional, somos nós que temos que fazer, realmente nós que temos que fazer, mas fazemos parte de um todo. Se você instala uma planta industrial num lugar onde não cria boi, com capacidade pra abater 6 mil boi por dia. De onde é que vai esse boi? é o boi que sai da nossa indústria, da nossa região, enfraquecendo nossas indústrias e num futuro próximo quebrando-as, quebrando o comercio, o prestador de serviço, quebra o cidadão que tem pegar e ir embora.

Então esse planejamento faz parte de nós mas faz parte de um todo, porque tem que dar incentivo pra essa indústria lá onde não tem matéria prima. Por que o nosso boi pode nascer e crescer aqui e ai não pode ser exportado ai ele passa pro lado de lá e fica bom, a carne fica boa. Nós queremos clareza com esses as-suntos, porque chega do libera embarca que só gera insegurança. E outra, árvores crescem em qualquer lugar do mundo, se planta ela cresce. Por que só cuidar da Amazônia? Vamos plantar arvores no mundo, vamos fazer um programa de reflorestamento mundial.

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Porque só nos temos que pagar a conta. Temos a consciência e trabalhamos para conscientizar aqueles que não tem consciência de que é possível produzir em sintonia com o meio ambiente e vamos provar isso nesses debates, nessas ações e no resultado dessas nossas ações, mas nós temos que ver esse encontro aqui em Colíder. Que muitas vezes o discursos parte pra acusação pra quem não fez, pra quem é obriga-do a fazer,realmente nos temos que contrapor a isso muito fortemente.

Senhoras e senhores do nortão, senhores pre-feitos nos temos que ver isso como uma grande opor-tunidade de nos organizarmos de produzir de forma diferente de todos, e a partir de ações nossas ter qua-lidade de vida porque nós podemos fazer isso sim, porque nossa região ainda não foi poluída, nossas terras não foram envenenadas. Porque muitas vezes o Agronegócio principalmente em escala mecanizada, ela envenena a terra pra preparar, pra plantar a semen-te, pra fazer a semente crescer, envenena a terra pra colher, então vamos ver nisso uma grande oportuni-dade de mostrar pro Inundo produtos de diferenciados com valor agregado, mas pra isso nos precisamos de ajuda do governo, apoio da AL do congresso nacional porque muitas das vezes nos precisamos de dinheiro, e às vezes é menos do que o incentivo que essas in-dústrias precisam pra se instalar em uma região que não tem matéria prima.

Nós queremos ajudar e nós vamos fazer parte desse processo.

Tenho certeza de que vamos fazer isso.Tudo que esta na floresta Amazônica é importante,

a floresta é importante, os animais são importantes, os pássaros, os peixes e até os animais peçonhentos são importantes, mas as pessoas que estão aqui também são importantes.

Muito Obrigado!Assinam este documento:Sr. Celso Banazeski – Prefeito Municipal de

Colíder – Coordenador do Evento: “O Nortão Reage – Pelo fim das desigualdades regionais”

Sr. Roque Carrara – Prefeito de Nova Santa Helena – Presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável Portal da Amazônia, Sr. Pedro de Alcântara – Prefeito de Paranaíta – Presi-dente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável Vale do Teles Pires, Sr. Revelino Braz Tre-visan – Prefeito de Porto dos Gauchos – Presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sus-tentável Vale do Arinos, Sr. Damião Carlos de Lima – Prefeito de Cotriguassu – Presidente do Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Sustentável Vale do Juruena

Nota Oficial da Comissão Organizadora do Even-to O Nortão Reage – Pelo fim das desigualdades so-ciais, realizado em Colíder / MT, em 16 de Fevereiro de 2007..

A comissão organizadora do “Nortão Reage – pelo fim das desigualdades regionais” vem a público agradecer a parceria e a participação de todos aqueles que contribuíram direta e indiretamente para o sucesso absoluto do evento, superando todas as expectativas, metas da comissão organizadora, tanto pela qualida-de da participação de toda a sociedade, quanto pela qualidade da livre manifestação das opiniões dos re-presentantes da sociedade organizada que fizeram o uso da palavra e/ou encaminharam documentos em nome de suas entidades.

Queremos esclarecer que foram entregues inúme-ros documentos com encaminhamentos de sugestões de ações de altíssima qualidade e representatividade, demonstrando a opinião democrática de inúmeras en-tidades de todos os movimentos da sociedade organi-zada presentes no evento “O Nortão Reage – Pelo fim das desigualdades sociais”.

A comissão organizadora após uma análise pre-liminar destes documentos, no respeito à livre mani-festação e posicionamento de cada entidade, está elaborando um relatório final que conterá a íntegra todos os documentos oficiais entregues no decorrer do evento.

Este relatório final irá compor o Anexo I do do-cumento oficial: “A carta do Nortão Reage – Pelo fim das desigualdades sociais”.

Este anexo será amplamente veiculado na mídia e será objeto de análise e aprovação, para os devidos encaminhamentos, do grupo de trabalho a ser inicial-mente composto por representantes da comissão or-ganizadora do Evento: “O Nortão Reage – Pelo fim das desigualdades regionais” e por um representante de cada Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal, parceiros na realização do evento.

Este grupo de trabalho terá a responsabilidade de desencadear e sustentar a iniciativa frente às ações ne-cessárias já previamente aprovadas na Assembléia Geral, realizada ao final do evento, e, ainda, analisar aquelas propostas encaminhadas por escrito, pelas entidades da sociedade civil organizada, desde que em efetiva sintonia com os princípios e interesses que motivaram a organi-zação e a realização do evento, considerados os quatro pilares de sustentação do “Nortão Reage – pelo fim das desigualdades regionais”, amplamente divulgados na fase de recrutamento do evento; são eles:

1)Criar uma proposta de política que via-bilize a regularização ambiental e fundiária das propriedades rurais da Região Norte;

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06478 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

2)Criar uma nova política de captação de investimentos e empreendimentos que estimu-le a verticalização da produção agropecuária na própria região e ainda, a diversificação da atividade econômica atualmente desenvolvi-das na região;

3)Identificar e propor a ações e estraté-gias para a consolidação e fortalecimento da agricultura familiar – política de aumento da renda rural;

4)Propor uma política de compensações referente às perdas – econômicas e sociais, a que as prefeituras, empresas e profissionais tem sido submetidos pela perda de investi-mentos e empreendimentos causados pelas constantes alterações da interpretação da lei no que diz respeito à lei ambiental e o pleno desenvolvimento das atividades empresariais na região.

Atenciosamente, – Comissão Organizadora, “O Nortão Reage – Pelo fim das desigualdades regionais” – Colíder /MT, 21 de fevereiro de 2008.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

REQUERIMENTO Nº 2.335, DE 2008 (Do Sr. Eudes Xavier)

Senhor Presidente:Nos termos do art. 117, inciso XIX e § 3º, do Re-

gimento Interno, vimos, respeitosamente, solicitar a V. Exª se digne registrar nos Anais desta Casa, Voto de Louvor ao Jornal O Povo, do Ceará, pela excelente matéria veiculada no dia de hoje (25-2-2008) tratando do aniversário de 10 anos do Banco Palmas.

Dê-se conhecimento do presente ao Presidente do Jornal O Povo, Sr. Demócrito Rocha Dummar, e aos jornalistas Cláudio Ribeiro, Demitri Túlio e Ana Mary C. Cavalcante, com endereço na Av. Aguanambi, 292, Joaquim Távora, Fortaleza – CE, CEP 60055-402.

Sala da Sessões, de de 2008. – Deputado Federal Eudes Xavier, PT/CE.

Publique-se.Em 4-3-08. – Arlindo Chinaglia, Presi-

dente.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Finda a leitura do expediente, passa-se à

IV – COMISSÃO GERAL

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo Chinaglia) – Sras. e Srs. Deputados, neste momento, transformo

a sessão plenária em Comissão Geral para debater os temas A Mulher nos Espaços de Poder e A Lei Maria da Penha no Combate à Violência.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – Sobre a mesa encontra-se à disposição dos Srs. Parlamentares folha de inscrição, destinada a quem queira fazer uso da palavra. O tempo reservado a cada um dos expositores está limitado a 5 minutos.

Convido para compor a Mesa a Exma. Sra. Mi-nistra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políti-cas para as Mulheres; a Deputada Sandra Rosado, coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados; e a Deputada Perpétua Almeida.

Vou conceder a palavra pela ordem de inscri-ção.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – Concedo a palavra à Sra. Tereza Vitale, peda-goga, dirigente nacional do PPS e integrante da Exe-cutiva Nacional de Mulheres do PPS.

A SRA. TEREZA VITALE – Bom-dia a todos. Sr. Presidente, Arlindo Chinaglia; Sra. Secretária

Especial de Políticas para as Mulheres, Ministra Nil-céa Freire; Sra. Coordenadora da Bancada Feminina, Deputada Sandra Rosado; Sra. Deputada Perpétua Almeida, fiquei muito feliz por ter sido convidada para, na condição de integrante do PPS e da Executiva Nacional de Mulheres do PPS – participar das come-morações do Dia Internacional da Mulher na Câmara dos Deputados.

Eu não sabia bem o que deveria dizer, primei-ro, por causa do tempo e, depois, porque, realmente, não sei se há muita coisa a comemorar no Dia Inter-nacional da Mulher ou se muito mais já poderia ter sido alcançado.

Como hoje é dia de falar sobre a mulher nos es-paços de poder e o combate à violência, prefiro ler uma nota pública que está sendo encaminhado à sociedade e que, ao mesmo tempo, é uma denúncia:

“Neste Dia Internacional da Mulher de 2008, o PPS conclama a sociedade a fazer uma profunda reflexão sobre as possibilida-des de construção de um mundo melhor para mulheres e homens, manifestando-se pelas mais variadas formas, em defesa de amplas liberdades, por acreditar que é como se pode dar continuidade aos anseios populares de for-talecimento de uma convivência mais democrá-tica, mais solidária, criando as condições para se construir uma sociedade de oportunidades iguais para todos, na qual as mulheres tenham seu lugar e o seu papel garantidos.

Precisamos ser implacáveis na defesa de um dos valores mais caros à humanidade: a

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dignidade. Precisamos denunciar e nos indignar com atos de inaceitável obscurantismo, como o ocorrido recentemente na Capital Federal.

O Grupo Atitude Feminina havia sido pro-gramado para se apresentar na Penitenciária Feminina do DF, por ocasião da escolha da Miss Penitenciária, dia 27 de fevereiro passa-do, a convite da Subsecretaria de Juventude do DF. Para nossa indignação, a direção do presídio impediu a apresentação voluntária, alegando que as músicas do grupo eram pe-sadas e incitavam à violência, o que deixaria as presidiárias agitadas.

Este é um grupo de rap formado só de mulheres, com forte ação social por meio de sua música. O grupo é respeitadíssimo e já ganhou dois Prêmios Hutus (o Grammy do hip hop nacional). Além de se apresentar em todo o Distrito Federal, Entorno do DF, Zona Rural etc., tem feito apresentações em outros Estados, assim como em presídios e albergues de mu-lheres. Sua mensagem polariza as mulheres. É um grupo de incrível sucesso nas periferias, onde sua mensagem alcança os excluídos e as mulheres dominadas e maltratadas.

A líder do grupo, Ana Cecília (Aninha), foi indicada ao Prêmio Bertha Lutz do Senado Federal e tem se dedicado nacionalmente à luta contra a violência doméstica de qualquer tipo, assim como contra a discriminação de raça, gênero ou classe. Vem fazendo palestras pelo País (já foi recebida pela Maria da Penha) e está desenvolvendo um projeto para visitar escolas acompanhada do grupo, psicólogas e delegadas, para conscientizar adolescentes sobre o problema da violência doméstica e dos direitos das mulheres

Em nosso entendimento, as mensagens veiculadas por esse premiado grupo cultural, ao contrário do que imagina a direção do pre-sídio, poderiam trazer às mulheres encarce-radas o benefício de ajudá-las no resgate de sua auto-estima para o renascimento de uma vida cidadã, dando-lhes instrumentos de au-todefesa para enfrentamento das vicissitudes com que se deparam no dia-a-dia de violência e de abandono por si mesmas.

Por uma sociedade mais justa e frater-na, saudando a luta das mulheres por dias melhores.

PPS”.

Muito obrigada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – Dando seqüência à lista de oradores inscritos, concedo a palavra à Sra. Carmem Silveira de Oliveira, Subsecretária Especial de Direitos Humanos.

Antes, porém, informo aos oradores que, quan-do estiverem na tribuna, podem conferir o horário no relógio localizado do outro lado. É comum as pessoas não conseguirem cumprir o tempo, mas é meu papel alertá-los para os 5 minutos.

A SRA. CARMEM SILVEIRA DE OLIVEIRA – Bom-dia a todos.

Saúdo a Ministra Nilcéa Freire, companheira de Governo Federal, que traduz nossas esperanças de que as mulheres no poder apontem para uma diferença.

Falarei em nome das crianças e dos adolescen-tes, especialmente das meninas, que obtiveram, com o Estatuto da Criança e do Adolescente, significativo avanço, uma vez que, a partir do Estatuto, passaram a ser contempladas com a condição de sujeitos de direitos.

Ao mesmo tempo em que o Estatuto nos traz essa novidade, porém, existem sérios problemas no que diz respeito às novas gerações de mulheres. Por exemplo, o fato de a adolescência ser visualizada como ideal social pelas crianças e mesmo por adultos, junto com a erotização na mídia, gera um fenômeno bas-tante preocupante para nós que lutamos em defesa dos direitos da criança e do adolescente. Refiro-me ao encurtamento da infância.

Atualmente, meninas ao redor de 9 anos se con-sideram adolescentes e já têm o corpo erotizado. Há um forte apelo para que muitas delas, na adolescência ou na infância pobre, procurem na exploração sexual algum reconhecimento, assim como os meninos, por intermédio do delito, visam obter prestígio e status no seu meio social.

No que diz respeito aos direitos da criança e do adolescente, consideramos que a violência doméstica tem de ter essa inflexão de abuso sexual. Boa parte das meninas que chegaram ao delito – como nos ca-sos da adolescente do Pará e da garota de Planaltina de Goiás, recentemente divulgados pela mídia – foi vítima de abuso sexual, e esse abuso, muitas vezes, é perpetrado por familiares ou pessoas próximas da sua convivência.

Em geral, essas meninas sofrem dupla violação de direitos, pois ou são condenadas a ficar em abrigos, privadas do seu direito à convivência familiar e comu-nitária, ou são privadas da liberdade em unidades de internação ou mesmo em cadeias públicas do Brasil e, o que é pior, no meio de adultos.

Várias iniciativas têm sido tomadas pelo Governo Federal no sentido do cuidado com as meninas – e com

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06480 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

dupla preocupação: de um lado, a proteção das meninas e, de outro, a responsabilização dos agressores.

O Disque 100 vem se constituindo importante mecanismo de denúncia. Desde 2003, quando o Go-verno Federal passou a geri-lo, recebemos mais de 940 mil denúncias. Milhares delas chegam a cada ano e, em menos de 24 horas, são repassadas às autori-dades locais.

Mas, a bem da verdade, a impunidade é um pro-blema muito forte no que diz respeito à violação do di-reito das meninas. Ou o Estado se omite ou acaba por “revitimizar as vítimas” por intermédio dos procedimen-tos de apuração do delito ou mesmo de mecanismos judiciais, como se vê numa série de depoimentos, a exemplo do caso da adolescente do Pará, que a Mi-nistra Nilcéa Freire pôde acompanhar. Essa menina foi condenada a um verdadeiro calvário, tendo de repetir seu depoimento inúmeras vezes.

Pela primeira vez, o Governo Federal adota uma política de combate à violência contra as meninas. Trata-se de uma política setorial.

Por esse motivo, pelo reconhecimento que o Brasil tem tido nos últimos anos, o País vai sediar o III Congresso Mundial de Enfrentamento da Exploração Sexual, evento que se realizará em novembro, no Rio de Janeiro, e deverá contar com a presença de repre-sentantes de mais de 130 países.

Dessa forma, convoco as militantes feministas para engrossarem nossas fileiras, fazendo votos de que possamos também cuidar melhor de nossas crian-ças, pois só assim podermos preservar o futuro do nosso País.

Adiante!Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo Chi-

naglia) – Convido a Sra. Herilda Balduíno de Sousa, representante do Conselho Federal da Ordem dos Ad-vogados do Brasil e membro da Comissão Nacional de Direitos Humanos, a fazer uso da palavra.

A SRA. HERILDA BALDUÍNO DE SOUSA – Sr. Presidente, Deputado Arlindo Chinaglia, Sra. Ministra Nilcéa Freire, em nome de quem saúdo todas as bra-sileiras nesta comemoração do Dia Internacional da Mulher, demais presentes, o assunto aqui submetido à discussão é de cabedal importância, porque estamos coroando etapas da luta das mulheres por emancipa-ção e promoção.

A Lei Maria da Penha, objeto de severas críticas e que deverá ser modificada, realmente representou significativo avanço jurídico no que se refere à violên-cia contra a mulher. No entanto, no meu entender de advogada, ela não melhorou em nada a parte criminal. Só o tempo e a aplicação da lei e da sua interpretação

vão trazer a satisfação que a sociedade sempre quis, ou seja, uma forma de se colocar o Estado frontalmente contra uma violência especializada: a violência domés-tica, praticada exclusivamente contra a mulher.

É necessário, Ministra Nilcéa, lutarmos para que os Tribunais de Justiça realmente implantem no sistema jurídico lei que combata a violência contra a mulher.

Assunto bem melhor de ser abordado, porque nos traz grande alegria, é a luta das mulheres pelos espaços de decisão do poder. É certo afirmar que ainda são poucas as mulheres em locais de decisão. Trata-se, primeiro, de problema cultural; segundo, de problema político de profundo alcance que discrimina as mulheres. É lógico que isso ainda não representa uma virada da nossa capacidade e, principalmente, da afirmação da nossa cidadania e da igualdade.

Discutir a igualdade é discutir nossa condição de ocupar espaços nos Poderes. No Poder Executivo, há poucas Ministras, apesar do brilhante batalhão de mulheres que há no serviço público; no Poder Judici-ário, igualmente ainda somos poucas. Segundo prevê o próprio Regimento, no Supremo Tribunal Federal, chegou a vez de uma mulher ser Presidenta. Ainda é muito restrita a maneira de alcançar alguma posição no Judiciário. No Poder legislativo, apesar de termos uma pequena representação política, é mínima a represen-tação das mulheres nas Mesas da Câmara e do Sena-do e na Presidência nas Comissões Especiais, CPIs e outras Comissões importantes. Não tenho idéia, até agora, de quando houve uma Presidenta da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados, uma das mais importantes do Poder Legislativo.

Temos de modificar nossa mentalidade, nossa cultura, e isso passa por processo de educação que precisa ser trabalhado. Fala-se muito em educação, mas não temos noção do que seja uma educação contra a violência, uma educação para a paz, e, sobretudo, uma educação política, cívica, do valor da igualdade da mulher.

O fato de as mulheres ocuparem poucos espaços de poder decorre de problema cultural, mas também de problema de educação. As mulheres precisam ter oportunidade de exercer essas funções e mostrarem que têm a mesma capacidade dos homens.

Para tanto, queridas amigas, temos de formar nossas cabeças e nos preparar para exercer certas funções, uma vez que se trata de disputa de valores, e não apenas de uma reivindicação de direitos.

Sabemos nós, mulheres, Ministra Nilcéa Freire, que precisamos nos preparar. Essa deve ser uma de nossas preocupações, já que estamos ocupando pau-latinamente esses espaços, capazes de colocar a mu-

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lher no lugar que merece, fazendo valer os seus dons culturais, patrióticos e, sobretudo, a sua cidadania.

Muito obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Convido para usar da palavra a Sra. Marisa Sanabria.

A SRA. MARISA ESTELA SANABRIA TEJERA – Bom-dia a todos.

Sr. Presidente, Sra. Ministra, Sras. e Srs. Depu-tados, senhoras e senhores, proponho falarmos sobre a mulher e os espaços de poder.

Para abordar o assunto, devemos diferenciar o que é mulher, o que é gênero e o que é feminino, por-que não são a mesma coisa. Mulher é determinado por capacidade reprodutiva; gênero é um agrupamento de seres que têm a mesma condição, e feminino diz respeito a um estado de consciência, uma maneira de entender a vida, os sujeitos e os relacionamentos.

Vivemos numa estrutura patriarcal, o que não quer dizer homem nem masculino, mas, sim, um sistema caracterizado fundamentalmente por uma estrutura de poder, por uma exclusão e pelo domínio de alguns grupos sobre outros.

Quando falamos feminino queremos dizer da possibilidade da conexão, do entendimento, aquilo que as sociólogas inglesas determinam como valores dife-renciais femininos. A grande questão que nos convoca não é se as mulheres podem exercer o poder, mas, sim, se podemos feminilizar os espaços de poder e os espaços coletivos.

A estrutura patriarcal divide o mundo em privado e público. O mundo público é o que tem as caracterís-ticas do guerreiro, exige determinação e conquistas; o mundo privado é o mundo da solidariedade, do acolhi-mento, do que se chama valores diferenciais.

A Profa. Victoria Camps, da Universidade de Va-lência, diz que lógica nos impede trasladar o mundo público aos valores do mundo privado. Essa é a grande questão neste momento. Qual a lógica que, de alguma maneira, não se impõe valores de exclusão em lugar de valores femininos de conexão e de articulação?

A Creta minóica foi o último reduto de uma socie-dade ginocêntrica, quer dizer, uma sociedade articulada a partir de valores femininos. Era um mundo moderno onde não se conhecia a guerra nem as fortificações militares; onde existia profunda vocação para a paz e horror às tiranias. Ali, respeitava-se a lei.

De alguma forma, o que hoje perguntamos é: podemos trazer os valores do mundo privado àqueles que têm a ver com respeito às diferenças para mun-dos coletivos e públicos? E essa questão não é só de mulheres; ela diz respeito a todos.

Muito obrigada. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – Convido a fazer uso da palavra o jovem Dr. Rodri-go Cunha, filho da Deputada Ceci Cunha, assassinada no Estado de Alagoas há mais de 9 anos.

Ao Dr. Rodrigo e à sua irmã, Adriana, também presente, nossas homenagens à memória da Depu-tada Ceci Cunha. (Palmas.)

Antes de ouvi-lo, porém, será exibido um peque-no vídeo.

(Exibição de vídeo. Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Com a palavra o Sr. Rodrigo Cunha.O SR. RODRIGO CUNHA – Bom-dia, Sr. Presi-

dente, Deputado Arlindo Chinaglia; bom-dia, Deputada Sandra Rosado, em nome de quem saúdo os membros da Mesa e demais presentes.

No dia 8 de março de 1998, minha mãe, a Depu-tada Ceci Cunha, presidiu nesta Casa uma sessão so-lene exatamente em homenagem ao Dia Internacional da Mulher e, nesse mesmo dia, pronunciou o discurso a que acabamos de assistir, cobrando justiça, pedindo que bandidos fossem condenados.

Exatamente 10 anos depois, ocupo a mesma tribu-na em que ela estava para fazer o mesmo pedido, para dizer que queremos justiça, queremos que os bandidos, os assassinos sejam condenados. (Choro.)

Não é por já terem passado 9 anos que esque-cemos. São 9 Natais, 9 aniversários, 3.366 dias sem nossa mãe ao nosso lado, mas eu e minha irmã não vamos desistir.

Minha mãe não tinha inimigos. Ela foi assassina-da pura e simplesmente pelo fato de ocupar o cargo de Deputada Federal. Foi escolhida como alvo por ser mulher, por ser de família pacata e, por isso, não ter o histórico de violência que algumas famílias alagoanas têm. Foi tudo pensado. Com certeza, pensaram que esse crime ficaria impune, que nada aconteceria. E, realmente, passaram-se 9 anos, e o criminoso perma-nece impune. Nada aconteceu.

Quinta-feira passada, porém, tivemos notícia que consideramos uma vitória: o TRF da 5ª Região manteve a sentença de pronúncia que leva os acusados a júri popular no Estado de Alagoas. Estamos esperançosos de que ainda neste semestre haja o julgamento.

Quero aproveitar o momento para convocar os Deputados, principalmente as Deputadas, para que se façam presentes na oportunidade e mostrem que esta Casa repudia a violência e com ela não compac-tua. (Palmas.)

Aliás, os temas de hoje, a ascensão da mulher ao poder e a violência contra ela, estão em perfeita conformidade com o caso de minha mãe.

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06482 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Portanto, conto com a presença dos Deputados no julgamento em Maceió. Não vamos permitir que esse caso entre para as estatísticas da impunidade, nem vamos permitir que sejam virados os 10 anos sem o julgamento dos culpados. Não vamos esperar o próximo ano para chegar aqui e dizer: “Passaram-se 10 anos do assassinato da Deputada Ceci”.

Agradeço a V.Exas. a oportunidade. Agradeço nominalmente à Deputada Sandra Rosado, ao Rubem, ao Herman Braga e ao Gabriel Ciríaco, que também viabilizaram este dia.

Obrigado mais uma vez. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Quero, em nome da Câmara dos Deputados, agradecer ao jovem Dr. Rodrigo e à sua irmã. Todos são testemunhas de que, com esse relato, vivenciamos o momento de maior emoção nesta comemoração do Dia Internacional da Mulher.

Em homenagem ao Dr. Rodrigo, à sua irmã e à Deputada Ceci Cunha, assumo, na condição de Pre-sidente da Câmara dos Deputados, o compromisso de enviar uma delegação a esse julgamento, que deverá acontecer em agosto. (Palmas.) Enviarei, inclusive, um representante da Mesa Diretora. Não sei se terei condições de ir pessoalmente – trata-se de questão de agenda –, mas vou tentar me fazer presente também. O Dr. Rodrigo fez um convite a todos os Parlamentes, e creio que irão alguns Deputados além de Deputadas.

Esta Comissão Geral inovou. Usualmente, essas comemorações aconteciam em sessão solene, as ban-cadas indicavam seus representantes e, é claro, havia muito conteúdo – sempre houve – no que era dito. Mas essa maneira, pela estrutura regimental, retirava a pos-sibilidade de os convidados poderem vir à tribuna da Câmara dos Deputados participar do debate.

Há pouco, comentava com a Deputada Sandra Rosado que, cada vez mais, nós que militamos na polí-tica temos de encarar alguns desafios. Primeiro, porque a humanidade se orienta por idéias, por teses, e isso é motivo de aperfeiçoamento permanente, mas nada substitui a vida, nada substitui os fatos. (Palmas.)

Portanto, todas as teses, toda a reflexão, todo o esforço que se faz vai exatamente no sentido de melhorar a vida, de proteger a vida. A violência con-tra as mulheres só mata menos que os acidentes de trânsito, que, em várias circunstâncias, é um tipo de violência também.

Infelizmente, ainda vivemos em uma sociedade em que, pelo fato de ser mulher, pelo fato de ser da paz, pelo fato de querer fazer o bem, pessoas aca-bam sendo vítimas da violência. Evidentemente, isso não precisa mais ser dito, mas é lembrado a cada vez que um caso vem à luz. Ainda há pouco, a Deputada

Sandra Rosado fez referência a essa menina, agora uma jovem mulher, que ficou encarcerada por alguém que a subjugava fisicamente. É uma barbárie. É claro que as mulheres encarnam essa luta, mas não é uma luta só das mulheres, ela é coletiva. Creio que a pre-sença de alguns Parlamentares nesta sessão reforça tal percepção.

Muitas vezes, na forma de brincadeira, é forta-lecido o preconceito e desqualificada a luta. Afinal, como ocorre em qualquer luta específica, se alguém quiser, sempre haverá motivo para fazer algum tipo de brincadeira. Agora, como estamos falando de as-sassinato, de estupro, de violência doméstica, de vio-lência física, enfim, de todo tipo de violência, não há como brincar.

Cumprimento a bancada feminina, especialmente as Deputadas Sandra Rosado e Perpétua Almeida, por terem proposto a realização desta sessão, que contou com o apoio de todas as Deputadas.

Decidi realizar esta solenidade – porque cabe à Presidência a decisão – com essa característica vibran-te, recuperando bons e maus momentos, para que, após esta Comissão Geral, o Plenário tenha coletivamente melhores condições de fazer esses enfrentamentos, e a Câmara, no seu conjunto, seja um instrumento mais eficaz. Creio que a partir de um sentimento que gera compromissos, vamos agir cada vez mais intensamen-te no combate a todo tipo de violência na sociedade, especificamente contra as mulheres.

Vemos aqui o retrato da ex-Deputada Ceci Cunha. Todos assistimos à emoção de seus filhos e ouvimos o seu apelo exatamente para que se punisse os culpados e se acabasse com a violência. Ela fazia referência a isso. O combate à violência em cada espaço contribui para o combate à violência como um todo.

Não ia falar agora, mas, em face das circunstân-cias, também quis prestar minha homenagem à me-mória da Deputada Ceci e à sua família. Seus filhos perderam a mãe e o pai no mesmo momento, pelos mesmos assassinos e pelo mesmo ou mesmos man-dantes, e era nosso dever citar o caso. Não é o único, mas registro-o como demonstrativo.

Na medida em que a Câmara dos Deputados e o Senado tiverem a capacidade de interferir, de cobrar, de jogar seu peso para que se faça justiça, creio que o povo brasileiro se sentirá mais bem representado, e nós ficaremos com a consciência do dever cumprido.

Um abraço aos filhos. Cumprimento as mulheres do Brasil e do mundo

todo. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Convido a Ministra Nilcéa Freire, da Secretaria

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06483

Especial de Políticas para as Mulheres, para fazer uso da palavra.

A SRA. MINISTRA NILCÉA FREIRE – Bom-dia a todos.

Cumprimento muito especialmente o Presidente desta Casa, Deputado Arlindo Chinaglia.

Cumprimento e parabenizo a bancada feminina na pessoa de sua Coordenadora, Deputada Sandra Rosado, pela iniciativa de convocar esta Comissão Ge-ral para o debate acerca da atuação das mulheres nos espaços de poder e as formas de enfrentar de maneira definitiva a violência contra elas em nosso País.

Deputada Perpétua Almeida, é um prazer estar aqui com V.Exa.

Quero saudar muito especialmente os Deputa-dos homens, que, com sua presença, alimentam a nossa esperança de que poderemos viver um futuro de igualdade com a contribuição de V.Exas. para que, lado a lado, solidariamente, construamos um País mais justo e igualitário.

Muito me honra falar desta tribuna. Quero apenas fazer alguns comentários e, na

condição de Secretária Especial de Políticas para as Mulheres, integrando o Governo do Presidente Lula, aproveitar este momento para prestar contas da nos-sa atividade.

Desde 2003, é desta maneira que celebramos o 8 de março no Governo: prestando contas às mu-lheres. O Governo celebra o 8 de março anunciando políticas públicas em benefício da melhoria da quali-dade de vida de todas as mulheres brasileiras. A cada ano, desde 2003, em março, anunciamos uma política pública e nos dirigimos a um segmento específico de mulheres.

Assim foi quando anunciamos o Pacto Nacional pela Redução da Morte Materna e Neonatal. Assim foi quando estivemos em Apodi, no Rio Grande do Norte, com as mulheres assentadas, ampliando o crédito e apresentando o Programa de Documentação da Tra-balhadora Rural. Assim foi no ano passado, quando lançamos o Plano Nacional de Enfrentamento à Fe-minização da AIDS e de outras Doenças Sexualmente Transmissíveis.

Este ano – e aproveito aqui para fazer um convi-te a todos –, lançaremos, em cerimônia no Palácio do Planalto, a realizar-se amanhã, às 15h, com o Exmo. Sr. Presidente da República, o II Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, resultado da II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, que fez a revisão do I Plano Nacional de Políticas para as Mulheres.

O plano, que foi construído com a participação de mulheres de todo o Brasil, por meio da representa-ção de 2.500 delegadas na nossa II Conferência, tem

ações em praticamente todas as áreas de abrangência do Governo Federal. O II Plano Nacional comporta, a partir de 2008, 11 eixos programáticos.

Um deles é um novo eixo, que trata da participa-ção das mulheres nos espaços de poder, posto que esse foi um dos objetivos centrais de discussão da II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres.

Outro eixo trata do segundo tema a ser debatido e discutido nesta Comissão Geral: o enfrentamento de todas as formas de violência contra as mulheres. E, nesse eixo, encontram-se as ações executadas pelo Governo Federal por meio do Ministério da Saúde, da Secretaria Especial de Direitos Humanos, do Ministério da Justiça, do Ministério das Cidades, do Ministério do Turismo, do Ministério de Desenvolvimento Social, do Ministério do Trabalho e Emprego e do Ministério de Educação, que irão enfrentar, de modo sistemático e permanente, a violência em todas as suas dimensões na sociedade brasileira.

Para finalizar, Sr. Presidente, esperamos que a votação do Orçamento hoje no Congresso Nacional propicie a manutenção dos recursos destinados ao enfrentamento da violência contra a mulher. Temos des-tinado 1 bilhão de reais para, nos próximos anos, por meio da ação de vários Ministérios, implementarmos o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra a Mulher, que tem 4 áreas específicas de atuação: a consolidação da política nacional, com a implementação plena da Lei Maria da Penha; a promoção dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e o enfrentamen-to da feminização da AIDS; o combate à exploração sexual de meninas e jovens e ao tráfico de mulheres, e a promoção dos direitos humanos das mulheres que vivem nos cárceres e prisões de nosso País.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, encerro esta minha fala fazendo uma homenagem a todas as mulheres aqui presentes, representantes e líderes dos movimentos sociais de mulheres e de organizações não-governamentais feministas, que tanto têm colabora-do para a luta em prol da igualdade em nosso País.

Muito obrigada. (Palmas.)O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo Chi-

naglia) – Agradeço à Ministra Nilcéa Freire, que nos honra com sua presença, o esforço de ter vindo aqui, na condição de Secretária de Políticas Sociais, para fazer avançar as conquistas das mulheres.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – Concedo a palavra à Sra. Guacira César de Oliveira, do Centro Feminista de Estudos e Assesso-ria – CFEMEA.

A SRA. GUACIRA CÉSAR DE OLIVEIRA – Bom-dia, Sr. Presidente, Deputado Arlindo Chinaglia; De-putada Perpétua Almeida; Deputada Sandra Rosado,

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06484 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Coordenadora da bancada feminina; Sras. e Srs. Par-lamentares; Ministra Nilcéa Freire; prezadas compa-nheiras de luta, senhoras e senhores presentes.

Há muitos anos, nós dos movimentos de mu-lheres, a cada 8 de março, vimos a este plenário da Câmara dos Deputados. Este ano, em mais um 8 de março, novamente várias organizações de mulheres estarão aqui representadas.

Por que as organizações e movimentos de mu-lheres estão aqui outra vez, se parece que as decisões que podem mudar a nossa vida muitas vezes não estão sendo tomadas aqui, se o Legislativo autoriza o orça-mento para a promoção de políticas para as mulheres, mas a fiscalização do cumprimento do Orçamento não ocorre a contento?

Criam-se leis, mas não as condições para que as mulheres possam acessar os direitos previstos nessas mesmas leis que todos os dias são discutidas pelo Po-der Legislativo. Aprovam-se medidas para a igualdade, mas, depois, não vemos nesta Casa igual empenho e força para garantir os recursos necessários para que essas medidas sejam desenvolvidas.

Aprovou-se recentemente, na Comissão Mista de Orçamento, substitutivo à Lei Orçamentária que cortou recursos para a garantia do programa de documenta-ção das trabalhadoras rurais; foram cortados recursos para combater a exploração e a violência sexual con-tra crianças e adolescentes, recursos para enfrentar a violência contra a mulher e até recursos para a er-radicação do trabalho escravo. Todos esses recursos foram cortados no substitutivo à Lei Orçamentária, que será discutida hoje em plenário, a fim de favorecer o pagamento da dívida pública.

Não pode ser que as últimas na fila da cidadania, que há tantos anos são credoras da sociedade brasilei-ra, as mulheres, ainda tenham, neste momento, seus recursos cortados dessa maneira.

Nós, dos movimentos de mulheres e feministas, há tempos, decidimos ocupar o espaço da democracia e reconfigurá-lo, redefini-lo.

Queremos democracia no Parlamento; queremos democracia no Governo; queremos democracia em casa; queremos democracia em todo o mundo; quere-mos democracia em nossa vida cotidiana e no sistema político. Queremos desconstruir esta democracia em prol de uma nova.

Hoje este plenário está repleto de mulheres, mas a verdade é que ele é quase totalmente composto por homens.

Queremos reconfigurar essa democracia, e as mulheres têm feito isso cotidianamente.

Estamos participando desta Comissão Geral para fortalecer a democracia. Acreditamos que, fa-

zendo política e não produzindo a barbárie, como bem denunciaram os filhos da Deputada Ceci Cunha, poderemos mudar a situação deste País e garantir os nossos direitos.

Neste ano em que comemoramos 20 anos da nossa Constituição, gostaríamos de lembrar especial-mente a importância de se garantir, no Congresso Na-cional, a laicidade do Estado brasileiro. (Palmas.) So-mos mulheres que temos vários credos: somos cristãs; atéias; acreditamos nas deusas iorubás; acreditamos na cosmogonia dos povos indígenas. Queremos que esse princípio constitucional seja respeitado.

Por fim, gostaríamos de reivindicar e reforçar os projetos de lei prioritários apresentados pela bancada feminina ao Congresso Nacional. Há muitas medidas a serem tomadas. Aproveitamos esta Comissão Ge-ral para pedir urgência e prioridade aos Deputados e Senadores para os projetos de lei e as emendas cons-titucionais que tratam dos direitos das mulheres, espe-cialmente daquele grupo que se vê excluído neste País de tantas opressões e de tantas violências, que não queremos mais aceitar, não queremos mais ver.

Feliz Dia Internacional da Mulher para todas nós! (Palmas.)

Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo Chi-

naglia) – Convido a Sra. Teresa Sousa, Secretária-Adjunta da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, para sentar-se à mesa, dado que a Ministra Nilcéa Freire terá de se ausentar em razão de outros compromissos. Mais uma vez, agradecemos a S.Exa. a presença.

Gostaria de dar um aviso ao Plenário.São 28 convidados e, até o momento, 17 De-

putadas e Deputados inscritos. Como esta Comissão pode ir apenas até as 13h59min, peço aos oradores que prestem atenção para o fato de que, quando a campainha toca, falta 1 minuto para o fim do tempo. Se esse tempo for ultrapassado, muitos serão impedidos de fazer uso da tribuna.

Desse modo, sugiro que falem o mais importante logo no início, porque, do contrário, o tempo pode não ser suficiente. Perdoem-me, mas terei de ser um pouco mais rígido no controle. Quando tocar a campainha é porque o tempo está acabando – e o sinal amarelo não é para se pisar no acelerador, mas para frear.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – Convido a Sra. Marlene Libardoni, representante da Ações em Gênero, Cidadania e Desenvolvimento –AGENDE.

A SRA. MARLENE LIBARDONI – Bom-dia a todos.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06485

Saúdo os integrantes da Mesa, na pessoa do Sr. Presidente, Deputado Arlindo Chinaglia; a Deputada Sandra Rosado, Coordenadora da bancada feminina; a Deputada Janete Rocha Pietá e a Sra. Teresa Sousa, representante da Ministra Nilcéa Freire, da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Gostaria principalmente de saudar as compa-nheiras de luta de tantos anos, as Parlamentares e os Parlamentares presentes nesta sessão.

Parabenizo a bancada feminina, que dá oportuni-dade às representantes dos movimentos de mulheres e da sociedade civil de trazerem a sua voz a este ato de comemoração do 8 de março.

Saúdo também a escolha dos 2 temas – e não falo apenas das políticas públicas sociais, mas das macropolíticas, que impactam diferentemente homens e mulheres.

É, sem dúvida, igualmente importante debater a participação da Lei Maria da Penha no combate à violência contra as mulheres. E é nesse tema que eu gostaria de centrar a minha fala. A Lei Maria da Penha é um dos resultados da luta histórica dos movimentos de mulheres na busca de soluções para extinguir a violência por elas enfrentada em seu cotidiano, como fruto dos padrões machistas dos relacionamentos.

Desde a redemocratização do País na década de 80, os movimentos de mulheres vêm lutando por políticas e por legislações eficazes nesse campo. So-bre as mulheres sempre pairou a ameaça da violência como resultado da desobediência a um sistema que as posicionou como tuteladas e dependentes da figura masculina. Isso se expressa em nosso ordenamento jurídico, que, somente a partir da Constituição de 1988, reconheceu o direito de igualdade às mulheres na re-lação de casamento.

Os movimentos feministas e de mulheres sem-pre brigaram contra esse sistema legal e, em especial, para impedir que elas fossem mortas e agredidas por seus companheiros por qualquer motivo.

O primeiro passo foi a criação das Delegacias Es-pecializadas de Atendimento à Mulher – DEAMs, ainda na década de 80. Foi muito difícil naquele momento fazer entender que, em briga de marido e mulher, se mete a colher, sim.

A demanda por outros serviços veio logo a seguir. No decorrer da implantação desse processo, fomos atropeladas pela Lei nº 9.099, de 1995, que criou os Juizados Especiais, que lamentavelmente banaliza-ram esse crime ao instituir como pena o pagamento de cestas básicas.

As mulheres e os movimentos nunca entende-ram a violência como um fato pequeno e isolado que expressasse um incidente sem maior importância. A

violência que inúmeras mulheres suportam dentro de casa não é um delito menor e, se repetido, chega a gerar crime de morte. Não há nada mais desespera-dor do que fugir da violência do mundo cotidiano e, ao chegar em casa, não ter o direito à segurança. A violência doméstica, fruto do sistema patriarcal, impe-de a mulher de trabalhar, estudar, ter acesso ao lazer, enfim, de viver e ser feliz.

Sob essa perspectiva, veio a Lei Maria da Pe-nha, que trouxe radical mudança ao tratamento desse crime ao determinar ao Estado a implementação de política integral de atendimento às mulheres, tanto na área de segurança, do Judiciário, quanto na área da saúde. Essa lei precisa ser implementada em todos os Estados. Para isso, são fundamentais a fiscalização, o monitoramento e a destinação de recursos públicos adequados.

Por outro lado, também é importante a sensibi-lização da sociedade para essa problemática e o en-volvimento de todos, o que é o objetivo da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra as Mulheres, uma parceria de redes nacionais de mulheres e órgãos do Legislativo, do Executivo e do Judiciário, entre os quais a bancada feminina.

Também é importante a fiscalização. Por fim, gostaria de ressaltar a importância da

criação e da implementação, a partir de setembro de 2007, do Observatório de Monitoramento da Aplicação e Implementação da Lei Maria da Penha.

Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Concedo a palavra à Profa. Brasília Carlos, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte.

A SRA. BRASÍLIA CARLOS – Saúdo o Presi-dente da Câmara dos Deputados, a Deputada Sandra Rosado, em nome de quem cumprimento o restante da Mesa, e os demais presentes, parabenizando todas as mulheres brasileiras.

É com muita satisfação que estou dialogando com meus companheiros e companheiras nesta solenidade em comemoração ao Dia da Mulher.

Quero fazer um rápido balanço sobre os avanços e desafios que se apresentam para as mulheres.

Em primeiro lugar, devo dizer que não sou muito favorável ao que foi dito pela palestrante que me ante-cedeu sobre os avanços do movimento das mulheres. Vejo um paradoxo, ou seja, há avanços em algumas áreas e também dificuldades a serem superadas. En-tretanto, não sou dos que têm visão pessimista em relação a esse movimento.

As mulheres começaram a ocupar o espaço pú-blico, a esfera do bem público, no qual as pessoas discutem questões relevantes para a sociedade no

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06486 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

século XXI. Afirmou o historiador Eric Hobsbawm em seu livro A Era dos Extremos que houve no século XX uma revolução no papel das mulheres e, portanto, se-ria este o século das mulheres.

Como vemos o século XXI? Que questões se co-locam para o nosso tempo? Podemos identificar gran-des avanços, como a ocupação dos espaços de poder pelas mulheres e a majoritária presença de professores do sexo feminino no ensino superior. Há vários avan-ços, mas também grandes desafios. O principal deles diz respeito à participação feminina nos espaços de poder. Se somos 51,5% da população, deveríamos ter uma participação nos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário correspondente a esse percentual.

A segunda questão importante diz respeito à vio-lência cometida contra a mulher. E essa violência con-tra a mulher não está somente dos recantos atrasados do País, onde persistem vícios do patriarcalismo rural etc. A violência contra as mulheres atravessa todas as classes sociais, graus de escolarização e localização geográfica, de maneira que se espraia por todo o País. Portanto, esse é um desafio posto para nós, mulheres, e devemos resolvê-lo junto com o Estado.

É preciso ter cuidado com o fato de que o Esta-do e a norma jurídica não regulam a sociedade como gostaríamos. Ela está pronta para ser utilizada, mas o que faz mudar a sociedade é, de fato, a cultura, o etos cultural, o modo como nos relacionamos na família, com os filhos, com a escola e com o Governo.

Por fim, Sr. Presidente, faço uma homenagem a 2 mulheres especiais.

Em 9 de janeiro, comemorou-se o centenário de Simone de Beauvoir, uma mulher que revolucionou a idéia das mulheres sobre elas próprias. Dizem que é como se tivesse causado uma mutação antropológi-ca nas mulheres no momento em que as tirou do de-terminismo naturalista de ser mãe, esposa e dona de casa e as colocou diante dos desafios e de todas as intempéries de uma sociedade, com mulheres e ho-mens enfrentando seus desafios. (Palmas.)

A segunda mulher que homenageio em nome de todas as presentes é Heloneida Studart, uma bra-va carioca, Deputada Estadual por vários mandatos pelo Partido dos Trabalhadores; uma mulher de sorriso franco, gentil, amorosa, cheia de vida com quem tive o privilégio de lidar e que partiu no ano passado.

Neste momento, cumprimento todas as mulhe-res presentes e do Brasil. Estamos nos empenhando cada vez mais em construir o nosso caminho e a nos-sa liberdade.

Viva a mulher brasileira! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Mais uma vez, apelo para os oradores no senti-

do de que se atenham ao tempo, porque 1 minuto fará falta para que outras companheiras consigam falar 2 minutos no final.

Concedo a palavra à Sra. Silvia Camurça. A SRA. SILVIA CAMURÇA – Bom-dia, Sr. Presi-

dente, Sras. e Srs. Deputados, demais presentes. Agradeço à bancada feminina o convite feito à

Articulação de Mulheres Brasileiras para estar aqui. Saúdo a Mesa, os Parlamentares, os homens

e mulheres presentes e as companheiras do movi-mento.

O 8 de março, para nós, é um dia de luta. Para as autoridades da República – e a Câmara dos Deputados é um espaço de autoridades da República –, se não é de luta deve ser um dia de reflexão crítica sobre o que estão fazendo em favor de igualdade para as mulheres. E é nessa direção, na tentativa de contribuir para uma reflexão crítica da atuação desta Casa, que orientarei os meus comentários neste momento.

Em primeiro lugar, lembro que os 2 temas trata-dos por esta Comissão Geral têm a ver diretamente com o sistema patriarcal – poder e violência. Excluir as mulheres dos espaços de poder é um instrumento de dominação patriarcal. É nos espaços de poder e no espaço político que podemos mudar as regras do jogo da tal democracia. Trata-se de instrumento de domina-ção manter as mulheres excluídas desse espaço.

A violência é outro instrumento dessa domina-ção.

Então, é de grande importância enfrentar essas questões e também a democracia participativa, bem como os espaços de comunicação, que as senhoras e os senhores conhecem bem, visto que alguns inclusive usufruem de concessões públicas de rádio.

Esta Casa não avançou na reforma política. Rei-vindicávamos lista alternada por sexo, o que alteraria imediatamente a participação das mulheres. E não foi possível porque o patriarcado da cultura política tradi-cional brasileira não permitiu esse grau de democracia. Essa é uma reflexão crítica que temos de trazer de vol-ta, porque foi lamentável a atuação de alguns setores desta Casa no campo da reforma política.

Outra questão importante tem a ver com a refle-xão crítica que deve ser feita este ano. A Câmara dos Deputados tem um desafio muito importante em relação à libertação das mulheres, que é preciso ser considera-do. Os setores conservadores sempre acharam que as mulheres devem ser mães. As feministas dizem que as mulheres não podem ser impedidas de ser mãe e que tem de haver direitos sociais para isso, mas também nenhuma mulher pode ser obrigada a ser mãe.

Assim, chegamos ao aborto, tema que será discu-tido nesta Casa e que tem direta relação com a consti-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06487

tuição das mulheres como sujeitos éticos e conscientes e com capacidade de decidir em momentos crucias de sua vida. (Palmas.)

Esta Casa precisa optar pela democracia, pela justiça e pela liberdade das mulheres contra os setores patriarcais conservadores que vêem na maternidade a única função da mulher no mundo. Então, casamos essas 2 questões e as deixamos bem sublinhadas para os companheiros que prestigiam esta Comissão Geral. Duas questões importantes que provavelmente chegarão à Câmara este ano.

Nos instantes que me restam, quero falar a res-peito de outras questões importantes.

A primeira delas é relativa ao fato de que a violên-cia contra a mulher também se combate com autono-mia econômica para as mulheres. Manter as mulheres dependentes economicamente é também uma manei-ra de mantê-las submetidas. O trabalho e a questão previdenciária precisam estar permanentemente sob a atenção desta Casa.

A segunda questão diz respeito aos serviços pú-blicos de saúde e educação. Tanto os recursos para as creches e para o SUS, como a aprovação da Emenda nº 29 continuam na pauta das mulheres. Tudo isso tem a ver com a possibilidade de igualdade das mulheres, sem o que estaremos confinadas a sermos apenas mães e donas de casa.

Embora tudo isso tenha muito valor, não é o pro-jeto de todas nós.

Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Agradeço à Sra. Sílvia Camurça, da Articulação das Mulheres Brasileiras, a participação.

Convido a Sra. Jurema Werneck, da Articulação de Organizações de Mulheres Negras, a fazer uso da palavra.

A SRA. JUREMA WERNECK – Bom-dia, Sr. Pre-sidente, Sras. e Srs. Deputados, companheira Teresa Sousa e demais companheiras de luta.

Como anunciado, represento a Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras, que reúne boa parte das organizações de mulheres ne-gras ativas no Brasil.

É preciso dizer que não representamos a tota-lidade. E por que não? Por que somos intolerantes? Por que não temos a bandeira correta? Não. Não re-presentamos a totalidade porque, felizmente, as mu-lheres negras em luta são muito mais do que as que conseguimos reunir.

Felizmente, vimos lutando neste País há quinhen-tos e tantos anos. O movimento de mulheres começou no Brasil com as mulheres negras e índias lutando por construir uma nação justa no período colonial e

escravocrata. Assim foi inaugurado o movimento de mulheres negras no Brasil. E tanta história de luta e de reivindicação para a construção de uma nação justa não cabe numa única articulação.

Se aqui pudesse falar em nome de todas as or-ganizações de mulheres negras, diria que esta Casa poderia ouvir muitas mais, porque ainda há muitas sem voz.

Como o tempo é curto – e o Sr. Presidente tem lembrado isso de forma incisiva –, vou apenas pontuar algumas questões fundamentais que esta Casa tem de abordar no que se refere aos interesses, aos direitos e à cidadania das mulheres, aspectos já abordados pelas companheiras que me antecederam.

O Brasil é racista, sim, e todos sabem disso. O racismo brasileiro é patriarcal e inferioriza, deforma, violenta as mulheres negras.

Faço uma pergunta fundamental: se isso é re-conhecido, se todos sabem disso, por que o Estatuto da Igualdade Racial tramita há uma década sem que seja votado nesta Casa? É preciso que a Câmara dos Deputados responda! Não gostam do seu texto? Que o reformulem, mas resolvam! A questão está apre-sentada.

No Brasil há contundente herança escravocrata nas relações trabalhistas. Por que esta Casa permite que se faça um retrocesso na legislação que garante direitos às trabalhadoras domésticas? Estamos num momento de retrocesso no que diz respeito aos direitos das trabalhadoras domésticas. A escravidão, se não abandonou o trabalho doméstico, está sendo recoloca-da de forma mais incisiva na legislação que está sendo proposta e nas modificações a ela apresentadas. Por que esta Casa não supera esse impasse?

O trabalho doméstico, desde sempre, é o principal mercado de emprego das mulheres negras do Brasil. Trabalhamos no campo e nas casas dos brancos des-de a escravidão. Por que esta Casa não resolve esse impasse na legislação? (Palmas.)

Outra coisa que a Câmara dos Deputados já sabe, porque a Constituição diz, é que o Estado é laico. Apesar disso, a Casa ainda debate as possibili-dades de controlar o corpo das mulheres a partir dos interesses de segmentos religiosos conservadores, os mesmos que patrocinam a intolerância religiosa e que perseguem, incendeiam e atingem de forma violenta as casas religiosas de matriz africana. Por que esta Casa aceita a força das bancadas religiosas conservadoras e não produz outra alternativa? (Palmas.) Esta Casa precisa responder!

A nossa pauta, Sr. Presidente, companheiras, é ampla! A Articulação Nacional de Mulheres Negras está à disposição de todas, cotidianamente. Temos limites

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materiais; não podemos ficar aqui o tempo todo. Temos apenas uma organização aqui em Brasília, e não po-demos vir sempre aqui. Mas, onde estamos, podemos falar com cada um dos senhores. (Palmas.)

Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Concedo a palavra à Sra. Télia Negrão, Rede Nacional Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Di-reitos Reprodutivos

A SRA. TÉLIA NEGRÃO – Sr. Presidente, Sras. Deputadas, Srs. Deputados, cidadãos e cidadãs, repre-sentantes do Governo, em nome da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, cum-primento a bancada feminina da Câmara dos Deputados pela iniciativa que possibilitou a nós, mulheres, discutir estes 2 importantes temas: violência e poder.

Sabemos muito bem que a desarticulação das mulheres e a desigualdade de poder entre homens e mulheres na sociedade referendam a existência de inúmeras violências que permeiam a nossa vida, bem como a vida de todas as mulheres do mundo, indepen-dentemente de raça, etnia e classe social – embora quanto mais pobres e excluídas, mais violência elas sofram e mais distantes estejam do poder.

Considero importante reconhecer que a escas-sa presença de mulheres nos espaços de poder e de decisão vincula-se diretamente ao tipo de sociedade formada ao longo da história da humanidade, na qual elas foram excluídas das decisões. Além disso, o uso da força bruta, a instituição de mecanismos muito sofis-ticados nas normas sociais e a elaboração de leis per-versas compõem uma trama muito difícil de ser desfeita, porque, para tanto, é preciso haver o enfrentamento da violência e a ocupação de espaços de poder.

Em nome da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Reprodutivos, sou obrigada a reco-nhecer que, além do crescente conjunto de violências por demais reconhecidas pela sociedade, como tapas, empurrões e assassinatos de mulheres, há um tipo de violação específica: a violação contra os direitos sexu-ais e reprodutivos das mulheres! (Palmas.)

Sr. Presidente, é muito fácil reconhecer que são realizados mais de 1 milhão de abortos clandestinos por ano no Brasil e que, por conta disso, milhares de mulheres morrem. E é igualmente fácil reconhecer que algumas dessas mulheres, por motivos diretamente li-gados ao aborto, morrem. É muito cômodo desqualificar os dados apresentados pelas mulheres e não oferecer uma solução para a eliminação da legislação punitiva e restritiva ao aborto.

Neste 8 de março, denunciamos que milhões e milhões de mulheres de todo o mundo enfrentam o pro-blema do aborto clandestino. E as mulheres brasileiras

defrontam-se também com as bancadas fundamen-talistas, que se reúnem, realizam missas e cultos no Congresso Nacional e ocupam espaços que deveriam ser da laicidade e da cidadania! (Palmas.)

Em nome das mulheres brasileiras e da Rede Feminista de Saúde, Direitos Sexuais e Direitos Re-produtivos, Sr. Presidente, solicito que a alteração da legislação punitiva e restritiva seja tratada com muita seriedade, com muito carinho, com muita tolerância e com muita democracia.

Esperamos não mais, no ano de 2008, cruzar no Congresso Nacional com grupos religiosos que tentam impedir que os direitos sexuais e reprodutivos das mu-lheres sejam respeitados, conforme determinam as Nações Unidas, a nossa Constituição e a consciência do povo brasileiro.

Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Concedo a palavra à Sra. Sarah de Roure, re-presentante da Secretaria-Executiva da Marcha Mun-dial de Mulheres.

A SRA. SARAH DE ROURE – Bom-dia, Sr. Pre-sidente, membros da Mesa e demais companheiros de plenário.

Nesta semana em que lembramos o Dia Inter-nacional das Mulheres, gostaria de falar sobre aquilo que motiva a comemoração desta data: a luta pela igualdade.

A presença das mulheres nos espaços públicos, principalmente depois da Revolução Industrial, sempre foi algo construtivo. A conformação de uma sociedade baseada no lucro reorganizou a vida das mulheres, dando novo significado para o seu lazer, o seu traba-lho e até mesmo para a maternidade.

Mostram as estatísticas que, nas últimas déca-das, cresceu o número de mulheres trabalhando fora de casa; que elas estão mais escolarizadas; que fre-qüentam, em maior número, as universidades. Hoje há mais mulheres atuando nos cargos públicos e de representação política.

Esses dados podem levar à idéia de que as mu-lheres já conquistaram a igualdade, mas, apesar de essas informações apontarem para transformações nas vidas das mulheres, o grau de desigualdade a que elas ainda estão submetidas não sofreu mudan-ças significativas.

A igualdade tem sido tratada de forma fragmenta-da e, assim, perde o seu caráter fundamental, que é a universalidade. Enquanto alguns setores de mulheres desfrutam de certo nível de igualdade e de direitos, a grande maioria delas ainda está excluída desse pro-cesso. Essa igualdade é permeada pela desigualdade

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geral da sociedade, seja de raça, classe ou de qual-quer outro tipo.

Igualdade para algumas de nós seria realmente igualdade? Na realidade, as mudanças na vida das mulheres fizeram com que as fronteiras entre o mas-culino e o feminino se deslocassem. As mulheres, é verdade, assumiram outros papéis, mas as barreiras estão, como sempre estiveram, presentes.

A ocupação dos espaços de poder pelas mulheres significa a elaboração de políticas que efetivamente as empoderem para decidir sobre seu corpo e sua vida; significa alterar a desigualdade a que a maioria das mulheres brasileiras ainda está submetida.

Queremos o poder para a maioria das mulheres; para todas aquelas que realmente dele precisam.

O desejo de alcançar espaço e independência na esfera política, profissional e pessoal está presen-te em muitas mulheres. Entretanto, isso só se tornará realidade à custa de denúncias, e muita – muita! – mobilização social.

O caminho para o alcance dessa igualdade não tem sido fácil. Contudo, temos ao nosso lado aliadas importantes: as mulheres brasileiras.

Viva a luta das mulheres!Viva a igualdade! (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo Chi-

naglia) – Concedo a palavra à Sra. Maria da Graça Sousa, dirigente da Secretaria de Mulheres da CUT do Distrito Federal.

A SRA. MARIA DA GRAÇA SOUSA – Bom-dia, Sr. Presidente. Cumprimento as mulheres da Mesa, as companheiras e as demais pessoas presentes neste plenário.

É claro que 3 minutos não são suficientes para as reflexões que a Central Única dos Trabalhadores há 25 anos vem fazendo. Mas, neste pequeno espa-ço de poder que ocupamos neste plenário, queremos pontuar algumas questões sem as quais entendemos não haver como as mulheres exercerem e ocuparem espaços de poder.

Estamos falando das mulheres trabalhadoras, das donas de casa, das operárias, daquelas que têm que levantar às 5h e geralmente chegam à casa às 22h, 23h. Enquanto não houver creche pública, as mulheres não poderão ocupar postos de trabalho e espaços de poder.

Nós, mulheres trabalhadoras, queremos dizer que pleiteamos a redução da jornada de trabalho, sem re-dução de salário, porque a jornada de trabalho impacta de modo diferente na vida de homens e mulheres.

Sr. Presidente, se nos permitirem, vamos dizer que queremos creche, para evitar a terceira jornada de trabalho ao chegarmos em casa, e, pelo mesmo mo-

tivo, queremos também dividir as tarefas domésticas com os homens. (Palmas.)

Sr. Presidente, para não dizerem que nós, do movimento sindical, somos muito duras, quero encer-rar minha fala com a citação de Sônia Amélia, uma poetisa da bela Patos de Minas, cidade do interior de Minas Gerais:

“... Se me perguntarem o que me impor-Se me perguntarem o que me impor-ta, lhes direi que tudo que diz respeito à vida, não interessando de quem... Também não me importo de transpirar se tiver que correr atrás do meu sonho…

Portanto, se me perguntarem o que te-nho, gritarei que tenho sonhos! Aliás, que tenho muitos... Neles, não conheço os limites, nem me submeto às imposições... Há um campo imenso a ser explorado e a possibilidade de se criar um novo mundo, cheio de cores!

Se me perguntarem quais as leis que me regem, poderei te assustar com minha resposta, pois ando somente na contramão... Sou de poucas regras. A mim já basta a mens-truação!

E, se por fim, me perguntarem o que es-pero, com isso eu me calo... Pois, tal como um beija-flor, não espero da vida, nada além do que me seja permitido arrancar dela!”

Muito obrigada, Sr. Presidente. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Convido a Sra. Prescila Borges Carvalho, re-presentante do PRB-Mulher.

A SRA. PRESCILA BORGES DE CARVALHO – Bom-dia a todos.

Agradeço ao Presidente Arlindo Chinaglia, aos membros da Mesa e ao Deputado Léo Vivas, do PRB – o convite para participar desta Comissão Geral.

Como o tempo é curto, falarei sobre a mulher na política e sobre o sistema de cotas criado para ela. Mãe, dona de casa e trabalhadora, sou particularmente contra as cotas, por entender que elas podem provocar discriminação e segregação.

Peço permissão ao Presidente Arlindo Chinaglia para ler trecho de um trabalho elaborado pela Dra. Jane Justina Maschio, do Estado de Santa Catarina, no qual, após longos anos de pesquisas em todos os tribunais do País, assim se expressa:

“... Talvez a falta de interesse da mulher em atuar no cenário político-partidário de for-ma mais efetiva, visando justamente a uma maior participação em todos os níveis do pro-cesso político e das instâncias do poder, tenha como causa não apenas resquícios, imersos

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no subconsciente feminino, de uma cultura milenar de inferiorização das mulheres, mas também a idéia, ainda hoje presente, devido a alguns maus exemplos que o Brasil teve e continua tendo de que a política é uma ativi-dade ‘promíscua’.

De outro ângulo, a própria adoção do sistema de cotas pode ser prejudicial à eman-cipação feminina, em razão de se constituir numa medida ‘paternalista’ do Estado em re-lação a um segmento da sociedade. A impo-sição do sistema de cotas pode resultar na seguinte interpretação: ‘...as mulheres são tão despolitizadas - se comparadas aos homens - que precisam de um empurrão para come-çarem a se interessar pela vida partidária e pela política’”.

Outra interpretação possível é a de que o sistema de cotas se faz necessário justamente para tentar abrir as portas do reduto eminentemente masculino em que se constituem algumas agremiações partidárias.

Não é demais lembrar que esta Casa tem 46 De-putadas, num universo de 513 cadeiras. Isso é pouco mais de 8%.

Será que no Brasil, onde 51% dos eleitores são do sexo feminino, não há 150 mulheres dispostas a se candidatarem a um pleito? Não há 150 mulheres que queiram participar das decisões políticas do País?

Fazendo minhas as palavras da mencionada es-tudiosa, digo-lhes, por fim, que, sopesados os prós e os contras do sistema de cotas, há de se admitir que políticas afirmativas têm o poder de desencadear pro-cessos de maior participação das classes antes dis-criminadas. É assim o pontapé inicial da participação da mulher na política.

Muito obrigada a todos. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Concedo a palavra à Sra. Olívia Santana, Diretora de Relações Internacionais da UNEGRO, Vereadora de Salvador e Presidente da Comissão de Educação, Esporte e Lazer da Câmara Municipal de Salvador.

A SRA. OLÍVIA SANTANA – Sr. Presidente, De-putado Arlindo Chinaglia; querida Deputada Perpétua Almeida, do PCdoB – partido que represento; Depu-tada Sandra Rosado; companheira representante da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; Sras. Margaridas presentes a este plenário maravilhoso, devo dizer que o dia 8 de março é exatamente uma data de afirmação, de luta, em que reiteramos e reafirmamos a nossa grande agenda de busca pela igualdade e por reparação, nesse caminho histórico das mulheres de se reinventarem a cada tempo.

Não poderíamos ocupar esta tribuna, saudar as mulheres, afirmar o 8 de março como o Dia Interna-cional das Mulheres sem considerar a necessidade de sinalizar o grande custo social imposto exatamente pelo entrave do machismo. Não somos nós o proble-ma, não somos nós as incapazes, mas o machismo e o racismo, que dificultam a superação e a realização plena das mulheres.

Nesse sentido, Sr. Presidente, não tenho dúvida de que a melhor maneira de a Câmara dos Deputa-dos celebrar o 8 de março, em homenagem a todas nós, mulheres, é exatamente garantindo o avanço de inúmeros projetos que tramitam nesta Casa, funda-mentais para garantir a pavimentação de um novo caminho para o Brasil.

Não é possível que qualquer política pública neste País funcione se não houver o entrelaçamento do cor-te racial com o corte de gênero, porque nós, mulheres negras, não nascemos com vocação para o emprego doméstico, para o subemprego, para a miséria.

Quando eu caminhava até este recinto, deparei com galeria das mulheres e a considerei muito peque-na. Aquelas mulheres estão sendo homenageadas por ocuparem o espaço do poder. Temos que ampliar essa galeria, inserindo a presença de mulheres negras em-poderadas (palmas), com condições de entrar neste plenário não para fazer a faxina, mas para constituir projetos de lei e políticas públicas que mudem efeti-vamente a cara do poder político e econômico desta Nação.

Parabéns, mulheres guerreiras; parabéns, Depu-tadas; parabéns, feministas, que lutam todos os dias por igualdade neste País. (Palmas.)

Muito obrigada. O SR. PRESIDENTE ( Deputado Arlindo China-

glia) – Convido a Sra. Kátia Maria Barreto Souto, da Direção Nacional da União Brasileira de Mulheres.

A SRA. KÁTIA MARIA BARRETO SOUTO – Bom-dia a todos.

Quero, em primeiro lugar, cumprimentar a Mesa, na pessoa do Deputado Arlindo Chinaglia; as Depu-tadas Sandra Rosado e Perpétua Almeida; a amiga Tereza Vitale; a representante da Ministra e todas as Parlamentares, na pessoa da Deputada Federal Jô Moraes, a primeira Presidenta da entidade que aqui represento, a União Brasileira de Mulheres, fato que muito me honra.

Por sua importância, desejo resgatar o 8 de março como um dia de homenagem às mulheres e às ope-rárias têxteis mortas em sua luta em favor da redução da jornada de trabalho.

O tema desta Comissão Geral é A mulher nos espaços de poder e A Lei Maria da Penha no combate

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06491

à violência. Quanto a essa lei, embora sancionada em 2006, infelizmente, ela ainda não está presente no dia-a-dia da maioria das mulheres. Continuamos a sofrer violência psicológica, violência física, violência sexual, assédio moral nos locais de trabalho. Por isso, a sanção dessa lei representou para nós, mulheres, em especial do movimento de mulheres e dos direitos humanos, o coroamento da democracia. Mas ela precisa se tornar realidade e fazer parte da nossa vida.

Trilhamos esse caminho árduo, mas ainda há muito a se fazer. Nesse sentido, destaco o importante papel da mulher nos espaços de poder e de decisão, mas não podemos restringi-los apenas aos espaços institucionais. Destaco, por exemplo, o espaço do sin-dicalismo urbano e rural, em que atuam mulheres que lutam pela reforma agrária e pela reforma urbana.

De igual modo, destaco espaços como o lar, onde as mulheres constróem novas gerações; o Parlamen-to, que propõe leis e procura organizar uma nova or-dem social no País, mas que deveria estabelecer uma participação mais efetiva das mulheres não só na sua representação, mas também em suas próprias áreas de poder, como a Mesa Diretora, que ainda carece da presença de uma Parlamentar, e o Executivo, que realiza aquilo que, de alguma forma, leva as políticas sociais a alcançarem as mulheres. No Judiciário, onde havia uma ausência constante, hoje temos a presença feminina, o que dignifica cada uma de nós e o nosso País.

Por fim, é preciso que cada um desses espaços, do lar à Presidência da República, sejam de fato lo-cais de combate à violência contra a mulher, desde a violência psicológica, muitas vezes imperceptível, mas presente no nosso dia-a-dia, até a violência física e mesmo a violência sexual.

Espero que aquilo que está na lei se realize de fato na vida de cada uma de nós.

Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Concedo a palavra à Sra. Laurinda Pinto, Presi-dente do Conselho Municipal da Condição Feminina de São Luís, Maranhão, e membro do Conselho Estadual da Mulher do Maranhão. (Pausa.)

Concedo a palavra à Sra. Márcia Álamo, advoga-da do Centro de Assistência ao Desenvolvimento da Mulher Maria Bonita.

A SRA. MÁRCIA MARIA COTA DO ÁLAMO – Bom-dia, Sr. Presidente, Parlamentares e demais presentes.

Destinar 5 minutos para a mulher se manifestar é quase uma violência contra ela, conceder apenas 3 minutos é pior ainda. Precisamos empurrar essa porta

e conquistar mais espaços. Afinal, quantas de nós não têm coisas importantes a dizer?

Para que o meu tempo não fique menor ainda, porém, vou me ater à Lei Maria da Penha, questão abordada há pouco pela representante da Ordem.

Tenho presenciado, até por ser advogada, desres-peito à Lei Maria da Penha – e não só no Amazonas, mas em todos os Estados brasileiros. Inclusive juristas e juízes vêm desqualificando essa lei.

Dirijo, então, um apelo aos homens e mulheres deste País no sentido de que se unam para fazer valer a lei, que é muito importante e significou grande avanço, sendo uma das primeiras da história do Brasil a cuidar da vítima. A maioria das leis se importa apenas com o agressor. É uma atitude machista e reacionária desqua-lificar a Lei Maria da Penha. Ela precisa ser aprimorada, sim, mas é um instrumento muito importante.

A violência doméstica tem gerado uma legião de órfãos, crianças que foram privadas da companhia da mãe pela violência cometida contra a mulher. Por-tanto, conclamo todos para fazer valer a Lei Maria da Penha.

O Amazonas conseguiu que todos os municípios do Estado aderissem ao Plano Nacional de Políticas Públicas para as Mulheres e hoje conta com o Conse-lho Estadual e Municipal dos Direitos da Mulher – um avanço de 20 ou 30 anos em 2 anos.

Para concluir, agradeço à Liderança do PP por me ter trazido aqui para ocupar este espaço.

Espero, da próxima vez, dispor de prazo um pouco maior para trazer novidades e a contribuição do Estado do Amazonas. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-glia) – A Dra. Márcia Álamo não percebeu que a divi-são de tempo foi consentida.

Considero um exagero dizer que o limite de tem-po é uma violência contra as mulheres, até porque foi combinado com a bancada feminina que esta sessão duraria 3 horas. Se a bancada feminina, que organi-zou este evento, escolheu fazer uma lista de 29 ora-dores, não é responsabilidade dos homens – faça-se justiça.

A Dra. Márcia também não percebeu que reduzir o tempo para 3 minutos foi um artifício, pois, ao prorrogá-lo 2 vezes, o prazo chega aos 5 minutos. E todas as oradoras, exceto ela, usaram dessa prerrogativa.

De qualquer maneira, fica registrada a necessi-dade de dar vez a todas as mulheres. A Dra. Márcia foi muito capaz, só não percebeu que aqui usamos o jeitinho feminino ao prorrogar o tempo.

O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo Chi-naglia) – Concedo a palavra à Sra. Joana D’Arc dos Santos Lara. (Pausa.)

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06492 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Com a palavra a Sra. Haidê Maria Lima de Jesus, assessora da bancada do Partido dos Trabalhadores na Câmara Municipal de Curitiba.

A SRA. HAIDÊ MARIA LIMA DE JESUS – Saú-do a Mesa e as mulheres presentes.

Se o movimento de mulheres tivesse conquista-do tudo, não seria necessária a nossa presença aqui nesta manhã para discutir o 8 de março.

Estar aqui para debater temas como A mulher nos espaços de poder nada mais é do que permitir que a mulher ocupe este local para apresentar suas reivindicações.

A Lei Maria da Penha é um marco. Ao longo de toda a sua caminhada, o Movimento de Mulheres lutou por um instrumento como esse. Entretanto, em alguns municípios, essa lei ainda não é do conhecimento das mulheres. Muitas continuam sofrendo agressões dentro de casa, mas não denunciam, por vergonha, preconcei-to ou da falta de ajuda, porque não têm conhecimento dessa legislação.

Para implementar a Lei Maria Penha, precisamos saber se as delegacias de mulheres estão aparelhadas, se têm sala de triagem isolada, onde apenas a aten-dente fica com a mulher, que, assim, poderá desabafar. Precisamos verificar se no município há casas-abrigo em número suficiente para que, de fato, as mulheres encontrem apoio. Precisamos ver se há infra-estrutura no departamento jurídico e se há apoio psicológico, para dar conta dessas demandas políticas. Não faz sentido ter uma lei se ainda não conquistamos os es-paços adequados.

Por isso, quero sugerir à Mesa a realização de reunião de âmbito nacional com os juizados espe-ciais e representantes das mulheres, a fim de saber se existe esse aparelhamento, esse trabalho coletivo da sociedade e dos juizados para implementação da Lei Maria da Penha.

Muito obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo China-

glia) – Concedo a palavra à Sra. Maria da Conceição Rocha Pinheiro, empresária, assistente social e ba-charel em Direito.

A SRA. MARIA DA CONCEIÇÃO ROCHA PI-NHEIRO – Bom-dia, Sr. Presidente. Cumprimento V.Exa. e todos os Parlamentares presentes, em especial o Deputado Democrata Osório Adriano, que me deu a oportunidade de vir a este plenário falar; a Deputada Perpétua Almeida, minha conhecida, e todas as mulhe-res presentes, particularmente as mulheres que hoje ocupam o poder nesta Casa e no Brasil.

Muito já se falou em todas as leis e já se reivin-dicou. Dado o exíguo tempo de que disponho, vou dar atenção especial à violência contra a mulher, fenômeno

universal, que atinge indistintamente todas as classes sociais, etnias, religiões e culturas e que é, sobretudo, uma nódoa em nossa sociedade.

Apesar de desconhecida a verdadeira incidência dos crimes sexuais, estima-se que afeta hoje 12 milhões de pessoas em todo o mundo. É uma vergonha!

Ser vítima da violência é o maior temor da mu-lher brasileira. E a explicação é facilmente localizável: elas estão entre as maiores vítimas de abuso sexual do mundo. Por quê? Por que ela é mais bonita? Por que ela é mais sensual? Por que o homem brasileiro não a respeita?

Apontam as estatísticas que, no mínimo, 2 mi-lhões de mulheres são espancadas por ano no País, isto é, 175 mil por mês; 5,8 mil por dia; 243 por hora, 4 por minuto, 1 a cada 15 segundos. É tolerável uma estatística como essa?

Quero deixar para os homens de todas as classes um conselho: vejam nas mulheres brasileiras sua mãe, sua irmãs e filhas e busquem respeitá-las. Lembrem-se de que elas são responsáveis por todos vocês. Nós, mulheres, povoamos o País. Merecemos, portanto, ser tratadas com dignidade.

Por fim, faço um pedido ao Ministério da Saúde: amplie a discussão sobre a saúde feminina, principal-mente no que diz respeito ao aborto e ao abuso sexual, práticas que têm vitimado tantas mulheres neste País. Atentem para esse detalhe.

Obrigada. (Palmas.) O SR. PRESIDENTE (Deputado Arlindo Chi-

naglia) – Antes de encerrar minha participação nesta Comissão Geral, cumprimento todas as convidadas e anuncio a presença da Dra. Assunta Bergamasco, Pre-sidenta da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil. Cumprimento também as outras dirigentes presentes, as quais, em razão da dinâmica dos trabalhos, não vou nomear.

Sejam todas bem-vindas. Mais uma vez, parabenizo a bancada feminina

e todas aquelas que contribuíram com o seu trabalho para enriquecer este debate.

A próxima a falar é a Sra. Vanuza Valadares, do PSC de Goiás, a quem peço escusas por não ouvi-la – sou escravo da agenda.

Antes, porém, passo a presidência dos trabalhos à Deputada Sandra Rosado, coordenadora da bancada feminina, visto que tenho uma reunião às 11h30min com o Colégio de Líderes.

O Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocu-pada pela Sra. Sandra Rosado, § 2º do art. 18 do Regimento Interno.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06493

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Com a palavra a Deputada Vanuza Valadares, do PSC de Goiás.

A SRA. VANUZA VALADARES – Bom-dia, Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e se-nhores.

Nesta semana dedicada à mulher, os meus mais nobres cumprimentos às 46 ilustres Deputadas da Câmara dos Deputados, a todas as servidoras desta Casa, às mulheres aqui presentes, às representantes das ONGs e às representantes de classe.

Ao Nobre Deputado Hugo Leal, Líder do PSC – os meus sinceros agradecimentos pela indicação para participar deste evento, que certamente será mais um passo importante no reconhecimento e na aceitação das diferenças entre o homem e a mulher.

Quero também registrar a minha alegria e admi-ração pela iniciativa desta Casa em desenvolver diver-sas atividades para lembrar e discutir a igualdade de gênero e a Lei Maria da Penha.

É preciso perceber que todos ganham quando compreendemos as riquezas e as maravilhas de uma convivência pacífica. No fundo, acredito, não queremos ser iguais; queremos que as diferenças existentes en-tre homem e mulher sejam respeitadas.

Deputada Estadual pelo PSC de Goiás e repre-sentante do norte goiano, mais precisamente da cidade de Porangatu, quero aproveitar para fazer referência às mulheres que desbravaram o interior do Brasil em busca da terra das oportunidades, porque muitas fi-zeram história simplesmente ao criar seus filhos com a consciência de serem os responsáveis por mudar a realidade em que vivem.

Também rendo homenagens às diversas mulhe-res eleitas Governadoras, Prefeitas, Deputadas, Vere-adoras e mesmo às Primeiras-Damas que, por meio das ações sociais que desenvolvem, fazem diferença na vida da população.

São muitas as histórias fantásticas que nos fa-zem crer que estamos aqui, para somar esforços, com-partilhar sonhos e transformá-los em realidade. Uma dessas histórias é a da Lei Maria da Penha, que sig-nificou grande avanço na nossa sociedade e mostrou que estamos discutindo a realidade da mulher – uma realidade muitas vezes escondida, porque as leis e procedimentos exigidos para a denúncia do agressor eram humilhantes.

Hoje, parece absurdo, mas, há 20 anos, a mulher tinha de chegar ao limite da morte para ir a uma dele-gacia e dizer ao delegado que aquele que lhe jurou ser companheiro na alegria e na tristeza, na doença e na saúde, agora, havia se tornado o seu maior algoz.

A Lei Maria da Penha é a formalização da certeza de que agredir uma mulher é um mau negócio. Com essa lei, o próprio juiz criminal, em casos de urgência, pode fazer a constrição do patrimônio do casal para evitar maiores lesões à ofendida.

Para finalizar, quero dizer que o PSC pauta sua existência sob o princípio fundamental do “amar ao próximo como a si mesmo”.

O Partido Social Cristão trabalha para mostrar à sociedade que vale a pena sonhar e exigir um mundo melhor, que vale a pena defender a vida, respeitar às diferenças e combater o aborto.

Muito obrigada, Sra. Presidenta. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Antes de passar a palavra para a próxima con-vidada, quero registrar o agradecimento da bancada feminina ao Presidente desta Casa, Deputado Arlindo Chinaglia, pelo acatamento da nossa sugestão para realização desta Comissão Geral. (Palmas.)

Quero dizer que nós, brasileiras, estamos al-cançando um passo importante da nossa conquista, que é, sem dúvida, a Lei Maria da Penha, com a fun-damental colaboração da Secretaria Especial de Po-líticas para as Mulheres. O desafio agora é aparelhar os Estados com a estrutura necessária para a efetiva aplicação da lei.

Como legisladoras e representantes populares, somos, por obrigação, guardiãs desse movimento que começa a brotar cada vez mais fortemente.

Temos como desafio convencer essas mulheres vítimas das mais variadas espécies de violência de que vale a pena ter coragem, que o dia seguinte à denún-cia é o alvorecer de uma nova vida e não o começo de um inferno ainda maior. Deve ser imperativo do Estado garantir e deixar claro que essa cultura opressora tem um inimigo maior, que proporcionará abrigo e proteção àquelas que decidiram não se calar.

E, para que fique bem claro, não se trata apenas de uma atitude de piedade. Além da reparação de uma dívida histórica às mulheres, estaremos premiando e incentivando a bravura das mulheres que conseguem fazer as denúncias.

Lutar pelo espaço do Poder é importante, acima de tudo, para ocuparmos os cargos que virão, com cer-teza, pela luta vitoriosa das mulheres brasileiras.

Todos nós sabemos que não será fácil. Afinal de contas, romper com traços culturais tão irracionalmente arraigados à nossa sociedade sempre é um processo embaraçado e repleto de resistências.

Quero e posso acreditar, todavia, que estamos vivenciando o nascimento de um movimento determi-nante para nós, mulheres brasileiras. Estamos bem próximas de uma conquista que é embrião de todas as

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06494 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

outras, a virtude que dará o suporte necessário para acelerar decididamente nos nossos avanços, uma con-quista que fulmina com o medo de romper com essa cultura covarde e nociva à igualdade entre os sexos: a conquista da coragem.

Tenho certeza de que as mulheres brasileiras têm coragem de lutar e vencer.

Os temas que vêm sendo abordados constituem, sem dúvida alguma, a luta contra a violência. E a luta pela ocupação do espaço no poder é o caminho mais viável e concreto das nossas futuras conquistas. (Pal-mas.)

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-do) – Concedo a palavra à Dra. Odisséia Pinto, repre-sentante do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher. Logo depois, passarei a palavra aos Parlamentares e às Parlamentares inscritos.

Quero comunicar que tenho a honra de represen-tar a Governadora do Estado do Rio Grande do Norte, Profa. Vilma Maria de Faria, uma guerreira, que tem feito trabalho extraordinário no nosso Estado.

A SRA. ODISSÉIA PINTO DE CARVALHO – Bom-dia a todos. Quero cumprimentar a Teresa, amiga e companheira que representa a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres; a Deputada Federal Per-pétua Almeida; a Deputada Federal Sandra Rosado; e, em especial, as mulheres trabalhadoras e guerreiras que enchem este plenário e que lutam diariamente pelos direitos das mulheres nos espaços de poder na nossa sociedade.

Sabemos que o Governo Lula tem avançado, mediante ações efetivas, para mudar a vida das mu-lheres brasileiras. Exemplo recente ocorreu em 2007, na nossa II Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres, quando reunimos cerca de 2.500 delegadas para elaborar o nosso segundo plano nacional, que vai dar efetividade, nos Estados e Municípios, às ações de promoção da igualdade entre homens e mulheres.

Sabemos que a nossa luta pelo direito ao voto efetivou-se em 1932. Hoje temos a oportunidade de votar e sermos votadas.

Participamos dos movimentos sociais, participa-mos dos sindicatos, temos o maior grau de escolari-dade, mas, infelizmente, nos espaços de poder, pre-cisamos avançar muito.

Hoje temos uma conquista: criamos os nossos fi-lhos e dedicamos a nossa vida para que realmente haja a efetivação da luta das mulheres em nossa sociedade. Mas precisamos avançar no que se refere à garantia da cota de 30% nas listas partidárias. Precisamos garantir 30%, no mínimo, no fundo partidário. É necessária a garantia da nossa inserção, tanto na imprensa, quanto

na tevê e na rádio, a fim de que realmente possamos alcançar o mínimo de 30% no Parlamento.

Hoje somos representadas neste Parlamento, apesar de sermos 51% de mulheres eleitoras, por apenas 9%. Se formos considerar a média mundial de 17%, temos de avançar muito. Por exemplo, na Argen-tina, chegam a quase 40%.

Para concluir, quero deixar aqui uma saudação especial, nesta semana dedicada a nós, mulheres. So-mos mulheres que ajudamos a construir a riqueza do País. Por isso, não temos medo do poder.

Quero deixar registrada a seguinte frase: com certeza, lugar de mulher é na política!

Uma saudação a todas nós. (Palmas.)A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Agradecemos a V.Sa. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Convidamos a fazer uso da palavra a Dra. San-dra Lúcia Fagundes, que representa o projeto Refúgio da Mulher.

A SRA. SANDRA LÚCIA FAGUNDES – Bom-dia a todos. Cumprimento as Sras. Deputadas e os Srs. Deputados, especialmente o Deputado Celso Mal-daner, que me honrou com convite para estar nesta Comissão Geral dizendo o quão importante é a Lei Maria da Penha.

No ano de 2007, realizamos uma pesquisa inti-tulada Estudo de Caso Acerca do Perfil do Agressor e da Agredida à Luz da Lei Maria da Penha e a Digni-dade da Pessoa Humana. O objetivo inicial era tratar do assunto no âmbito teórico. Entretanto, em nossas observações começamos a identificar aquilo que es-tudávamos no fato concreto, e a conclusão a que che-gamos foi que a violência perpetrada por maridos e companheiros é alarmante.

Segundo relato das vitimizadas, o fenômeno, via de regra, é praticado com requintes de crueldade, pois está intimamente ligado a uma carga de cultura que perpassa séculos.

Diante do elencado, tomamos a atitude de cons-truir um documentário fazendo um recorte da violência anterior e posterior à Lei Maria da Penha.

A pergunta que me vem à mente é: Sras. e Srs. Deputados e demais presentes, o que será dessas crianças que sofrem violência doméstica no lar, jun-to com as mães? É fato, diante da pesquisa que fiz, que quem mais sofre com a violência doméstica são os filhos.

Senhoras e senhores presentes, o que esses fu-turos bacharéis, médicos, advogados, educadores ou quiçá representantes do povo poderão oferecer à so-ciedade se crescerem em ambiente onde no cotidiano

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06495

presenciem, de uma parte, atitudes de supremacia e, de outra, submissão?

Senhoras e senhores, reflitamos. Será que o fe-nômeno da violência que acontece nas ruas pode ser reflexo do que vem acontecendo no lugar de aconche-go, no ninho de proteção?

Quero afirmar estas palavras que vertem do âma-go: a violência oprime, instiga o medo e promove o abandono. Ouso pronunciar, senhoras e senhores, que a violência e a paz no planeta têm a sua gênese em casa.

O que a pesquisa nos sinalizou? Trouxemos 2 sugestões de política pública: a criação de lei fede-ral por meio da qual seja incluída na grade curricular a disciplina de gênero e que sejam criados refúgios para mulheres.

Muito obrigada. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Registro a presença da Deputada Estadual Luzia Toledo, da Assembléia Legislativa do Espírito Santo. (Palmas.)

Convido para compor a Mesa as Deputadas Rose de Freitas e Janete Rocha Pietá.

Registro a presença em plenário das Deputadas Alice Portugal, Aline Corrêa, Ana Arraes, Angela Amin, Angela Portela, Bel Mesquita, Dalva Figueiredo, Elcio-ne Barbalho, Fátima Bezerra, Fátima Pelaes, Janete Capiberibe, Janete Rocha Pietá, Jô Moraes, Jusmari Oliveira, Lídice da Mata, Luiza Erundina, Maria do Ro-sário, Marinha RauPP – Nilmar Ruiz, Perpétua Almei-da, Rebecca Garcia, Rita Camata, Rose de Freitas, Sandra Rosado, Vanessa Grazziotin.

Também registro que os seguintes Deputados Federais nos honraram com a presença: Rodrigo Rol-lemberg, Michel Temer, Celso Maldaner, Osório Adria-no, Chico Lopes, João Campos, Maurício Rands, Luiz Couto, Pedro Wilson, Dr. Pinotti, Darcísio Perondi e Waldemir Moka. (Palmas.)

Chamo mais uma vez para compor a nossa Mesa as Deputadas Rose de Freitas e Janete Rocha Pietá.

Comunico a todos que logo mais, às 14h, have-rá a abertura da exposição localizada no corredor de acesso ao plenário, para a qual eu e toda a bancada feminina convidamos todos. Também convidamos todos a visitar o hall da Taquigrafia, onde teremos imagens da atuação feminina na história deste Congresso.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Concedo a palavra à nobre Deputada Perpé-tua Almeida.

A SRA. DEPUTADA PERPÉTUA ALMEIDA – Companheiras e companheiros, bom-dia. Quero saudar a nossa Mesa na pessoa da Presidenta, Coordenado-ra da bancada feminina. Aliás, é muito bom referir-me

a uma Presidenta da Mesa. Que bom se fosse dessa forma em mais momentos e que bom se o Plenário es-tivesse dessa forma no dia-a-dia desta Casa. Ou pelo menos um pouquinho mais. Mas não defendo a guerra entre os sexos, e sim a necessidade de participação efetiva de mulheres no Plenário da Casa.

Quero reforçar 2 ações, Sra. Presidenta, porque compreendo que o 8 de Março e a Semana da Mu-lher são mais que um período de peleja para reafirmar os direitos e a participação da mulher na sociedade. Quero lembrar que este é um ano importante para as cidades brasileiras, pois vamos ter a oportunidade de mudar as Câmaras de Vereadores e eleger Prefeitos e Prefeitas. Há necessidade de a bancada feminina reafirmar a campanha Mulheres sem Medo do Poder, para que mais mulheres participem efetivamente das eleições municipais e sejam Prefeitas ou Vereadoras. (Palmas.)

Companheiras, quero fazer um desafio à banca-da feminina. Há 5 anos sou Deputada e a cada ano ocupo a tribuna para repetir a mesma lengalenga: é importante reafirmar a participação da mulher na Mesa Diretora desta Casa. (Palmas.). Estou aqui há 5 anos, repito, mas muitas companheiras vieram antes de mim e reafirmaram essa mesma necessidade.

No entanto, penso que a bancada feminina não levou a sério a necessidade de garantirmos definitiva-mente na próxima eleição desta Casa a participação de uma mulher na Mesa Diretora, independentemente de estar representando este ou aquele partido.

Quero fazer esse desafio ao Presidente da Casa, Deputado Arlindo Chinaglia, que é democrático, à ban-cada feminina e ao Colégio de Líderes. Vamos buscar alternativas legislativas para superar a burocracia e garantir a participação de mulheres na Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, porque senão não teremos moral para, desta tribuna, exigir a participação das mu-lheres nas diversas instâncias do poder.

Precisamos tomar isso como uma decisão nos-sa, da bancada, dos Líderes e do Presidente da Casa. A próxima eleição não pode acontecer sem que seja estabelecida a efetiva participação de uma mulher na Mesa Diretora da Casa.

Muito obrigada. (Palmas.)A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Acredito que não somente as Parlamentares apóiam a proposta da Deputada Perpétua Almeida, mas também todas as mulheres presentes. Tem que haver uma mulher fazendo parte da próxima Mesa da Câmara dos Deputados.

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

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06496 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a baixa representação política das mulheres nos diversos es-paços de poder enfraquece nossa democracia. Somos mais de 50% da população brasileira e devemos estar representadas à altura da nossa presença na socie-dade. A democracia se fortalecerá com os anseios e a contribuição da mulher brasileira ao desenvolvimento do País.

Uma conquista importante na luta por mais par-ticipação das mulheres na arena do poder e nos pro-cessos de decisão foi o estabelecimento de cotas para candidaturas de mulheres a cargos eletivos, através da aprovação de lei que prevê obrigatoriedade de pelo menos 30% de candidaturas femininas a cargos públi-cos nas chapas partidárias.

Podemos dizer que o resultado dessa iniciativa vem sendo a crescente ampliação da representação das mulheres nos diversos espaços de poder. Hoje somos, por exemplo, no Congresso Nacional, 54 Par-lamentares, entre Senadoras e Deputadas. Éramos 37 na antiga Legislatura.

Ainda é muito pouco em relação ao nosso número na sociedade. Ainda estamos muito longe da igualdade entre sexos nas representações do poder. Somos so-mente 7,6% do Congresso Nacional. E não ocupamos nenhum cargo na Mesa Diretora da Casa.

Aproveitando a oportunidade, desejo cobrar a apreciação do Projeto de Resolução nº 21/03, que dis-põe sobre a participação feminina nos cargos efetivos da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados e que até hoje não foi analisado por esta Casa.

Não é só no Congresso que a representação da mulher é muito tímida. Somos 14% dos Governado-res, 11,61% dos Deputados Estaduais, 12,65% dos Vereadores, 7% dos Prefeitos, 18% dos Ministros do Supremo Tribunal Federal.

O abismo entre representação social e política é muito grande. Reduzir esse abismo é uma luta so-cial e política.

Companheiras, essa luta tem história e é o nosso desafio. Ampliar a representação da mulher nos diver-sos espaços de poder deve ser uma das diretrizes do nosso trabalho.

Não estamos aqui de graça, muitas morreram e se sacrificaram para garantir nossa participação política. Foram as mulheres incendiadas na greve das tecelãs da Cotton, em Nova York, EUA, homenageadas com a data que hoje comemoramos.

Foi a saudosa Dorothy Stang, missionária he-róica que honrou as mulheres de todo o mundo com sua luta por justiça no campo e pela preservação da Amazônia.

Foi Elza Monnerat, dirigente do Partido Comu-nista.

Por essas e outras heroínas não podemos dei-xar fenecer a luta por mais espaços no poder para as mulheres.

Um tema que ressurge nesta data, pois é um tema que indigna, é o da violência contra a mulher. As coisas estão melhorando quanto a essa questão. Porém, enquanto existir uma mulher sendo espanca-da pelo homem, continuo a sentir a necessidade de denunciar.

É inegável que a lei Maria da Penha, nesse sen-tido, é um avanço significativo. Foram vários anos tra-mitando nesta Casa. O bom senso dos nobres colegas levou, enfim, a um resultado que deve ser comemorado pelas mulheres de todo o Brasil. É um daqueles casos em que uma lei muda a vida de milhares de pessoas. Tem um efeito mudancista, avançado.

Com a Lei Maria da Penha, o Brasil entra defini-tivamente no rol dos países que reconhecem a agres-são doméstica como um crime de direitos humanos, devendo ser punido com rigor.

Porém, apesar do reconhecido avanço na legis-lação brasileira, ainda temos que progredir muito mais. Para efetivar a Lei Maria da Penha, precisamos insta-lar em todas as capitas e cidades os juizados espe-cializados em casos de violência contra a mulher, que agilizam muito a tramitação dos processos. Bem como as delegacias especializadas, as casas e os abrigos para mulheres em condições de risco.

Um boa notícia que dou nesta Casa no sentido de maior efetivação da Lei Maria da Penha é a criação no Estado do Acre da 5º Vara Criminal, especializada em violência doméstica e familiar contra a mulher.

Sra. Presidenta, a criação da 5º Vara Criminal é acompanhada de uma grande inovação. A prática e a comunicação dos atos ocorrerá por meios eletrônicos, será a primeira Vara no Brasil a utilizar o sistema de tramitação eletrônica de processos.

Outro assunto que desejo tratar, aproveitando o ensejo, é a questão da saúde da mulher. Cerca de 4 mil mulheres morrem vítimas do tumor de colo de úte-ro no Brasil, e são registrados mais de 19 mil novos casos da doença todo os anos. O câncer de colo de útero somente perde para o câncer de mama como causa de mortalidade feminina por câncer.

A causa principal do câncer de colo de útero é a infecção por determinados tipos do vírus HPV. O vírus é transmitido por contato sexual. A única forma de prevenção, até o momento, era o uso de preserva-tivos na relação. No entanto, as mulheres do mundo têm agora uma nova arma no combate ao câncer de útero: a vacina contra a infecção por HPV.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06497

A vacina chega ao Brasil nos próximos meses, podendo imunizar milhões de mulheres contra esse mal. Porém, a previsão do preço final ao consumidor é de R$ 500,00 a dose. Como são necessárias 3 doses para a imunização completa por, pelo menos, 5 anos, a vacina custará, no mínimo, R$ 1.500,00 por mulher.

É um valor com que poucas famílias brasileiras poderão arcar. Ainda mais se lembrarmos que o câncer atinge principalmente mulheres mais humildes. A nova vacina, se vendida ao preço de mercado, trará poucos resultados na redução dos índices de mortalidade por câncer de colo de útero no Brasil.

O Estado deve assumir a responsabilidade so-bre a redução dos índices de mortalidade feminina por câncer de colo de útero adquirindo a vacina e reali-zando campanhas de vacinação em todo o País. Não podemos deixar milhões de mulheres desamparadas, à mercê da doença, por falta de recursos.

Parabéns a todas as mulheres brasileiras por esta data, e continuemos a nossa luta emancipacionista.

Muito obrigada.A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosado)

– Quero registrar a presença de Dora Pires, Secretária Nacional de Mulheres do PSB; Bruna Lacerda, Secre-tária de Mulheres do PSB do Distrito Federal; Divina Teles, do Centro de Convivência do Idoso do Distrito Federal; Raimunda Marques, da Rede Solidária Parano-arte; Gláucia Maria da Silva, Presidenta da Associação Maria Brejeira, Gama, Distrito Federal; Laurinda Maria de Carvalho Pinto, Presidenta do Conselho Municipal da Condição Feminina do Maranhão; Santa Alves, Co-ordenadora da União Brasileira de Mulheres do Distrito Federal; Francisca de Sousa Almeida, Presidenta da Associação de Idosos, Ceilândia, Distrito Federal.

Com a palavra a Deputada Fátima Bezerra, do PT do Rio Grande do Norte.

A SRA. DEPUTADA FÁTIMA BEZERRA – Sra. Deputada Sandra Rosado, em nome de quem saúdo as demais companheiras da Mesa, quero dar meu abraço militante, fraterno, feminista a todas as mulheres que nos honram com a presença. Quero saudar também os movimentos sociais, que têm dado inestimável cola-boração na luta das mulheres, e a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Eu quero seguir o mesmo mote da Deputada Perpétua Almeida: a mulher e os espaços de poder. A primeira coisa que quero mencionar é que esta Casa, na década de 80, à época da Constituinte, conseguiu assegurar importantes avanços para nós, mulheres, do ponto de vista legislativo e jurídico. Tanto é assim que o art. 5º da Constituição de 1988 prevê a igualdade de gênero, a igualdade entre homens e mulheres no que diz respeito aos direitos civis e políticos.

Entretanto, na década atual verificamos que in-felizmente existe uma dicotomia enorme. Na verdade, existe um déficit de gênero na democracia brasileira. Isso se expressa na realidade que nos cerca, a come-çar, Deputada Luiza Erundina, por esta Casa, onde somos apenas 46. Quantas Vereadoras existem pelo País afora, Deputada Janete? Quantas Prefeitas? Quan-tas Governadoras? Existe algo anormal. Como somos 52% da população brasileira e somos tão poucas nos Poderes Legislativos, Judiciário e Executivo?

Em 2004, nas últimas eleições, não tivemos se-quer uma mulher candidata em 75% dos municípios brasileiros. Por isso, queremos aproveitar este momento para convocar esta Casa. A culpa não é da bancada feminina. A culpa é desta Casa, que se tem omitido em fazer o debate sobre a necessidade de represen-tação política das mulheres no Congresso. Propostas não faltam. Está em tramitação PEC de autoria da Deputada Luiza Erundina para garantir no mínimo a presença de 1 mulher na Mesa. Outra proposta muito importante da Deputada prevê que sejam destinados 30% dos recursos do Fundo Partidário para a capaci-tação de mulheres e que no mínimo 30% do horário gratuito seja destinado às mulheres. (Palmas.)

Sra. Presidenta, Deputada Sandra Rosado, te-mos de fazer alterações na lei que trata das quotas. É claro que ela é importante e necessária, mas não obriga a nada. Tanto é que, ao longo dos seus 10 anos de vigência, não foi implementada integralmente por nenhum partido. Temos de alterá-la, porque, na verda-de, as mulheres querem candidatar-se, Deputada Ana. A pergunta que temos de fazer é por que elas não se candidatam. Será que se as mulheres trabalhadoras rurais não querem candidatar-se a Vereadora e a Pre-feita pelo País afora? Querem, assim como as demais mulheres. O que ocorre é que a maior dificuldade que elas encontram não está nas ruas, ao pedir voto. Co-meça na sala de reunião do seu próprio partido, porque a maioria deles tem ainda uma cultura muito fechada, muito oligárquica. (Palmas.)

Quero concluir saudando a todas, porque temos muito o que celebrar, mas temos ainda uma longa es-trada pela frente e muitos desafios. Não dá para fa-lar em democracia quando as mulheres estão ainda excluídas do espaço político, que ainda é proibido e interditado para nós.

À luta, e muita luta, companheiras!A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Além de lembrar o nosso compromisso para logo mais às 14h, quero dizer que amanhã a bancada feminina da Casa terá uma audiência com o Presidente Lula. Logo em seguida, teremos o lançamento do 2º

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06498 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, às 15h, no Palácio do Planalto.

Convido para compor a Mesa as Deputadas Luiza Erundina e Angela Amin.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Concedo a palavra ao nobre Deputado Celso Maldaner.

O SR. DEPUTADO CELSO MALDANER – Sra. Presidenta, Deputada Sandra; demais Deputadas e Deputados; senhores convidados; mulheres que estão nesta sessão especial, Napoleão Hill dizia que tudo que o homem pensa e crê pode ser concretizado. Por que não dizer hoje que tudo que a mulher pensa e crê pode ser concretizado? Quando nós tornamos algo realidade na nossa cabeça, as coisas acontecem.

Escutei da nossa Presidenta, Sandra Rosado, a palavra coragem. Os meios existem. A Lei Maria da Penha já foi aprovada. Então, acho que as mulheres têm que ter coragem, porque os meios existem.

Queremos parabenizar os responsáveis por este encontro. Como disse também a Deputada Fátima, existem as quotas, mas é importante haver recursos, para que as mulheres possam ter os meios necessá-rios para ter uma maior representatividade.

Por último, quero dizer o seguinte: muitas pessoas agem pela razão aqui na Terra. Talvez essas pessoas que só agem pela razão sofram menos, pois não estão preocupadas, não usam de empatia, não se colocam no lugar dos outros. Mas as pessoas que têm mais sensibilidade – e quem tem mais sensibilidade neste País do que as mulheres? – se colocam no lugar das outras. Então, essas pessoas que têm mais sensibili-dade sofrem mais, é bem verdade. Mas sonham mais, amam mais e são mais felizes.

Parabéns por este encontro. Queremos também agradecer. Trouxemos lá de

Chapecó, Santa Catarina, um vídeo. A Deputada San-dra Rosado está aqui representando as mulheres ca-tarinenses. Gostaríamos de exibir esse vídeo no final deste encontro, mostrando a realidade da implantação da Lei Maria da Penha.

Muito obrigado.A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Com a palavra a Deputada Ana Arraes, do PSB de Pernambuco.

A SRA. DEPUTADA ANA ARRAES – Sra. Pre-sidenta, Deputada Sandra Rosado, em seu nome cumprimento todas as Deputadas presentes. Quero cumprimentar as amigas que vieram aqui renovar e comemorar a luta das mulheres e os homens que vie-ram prestigiar esta sessão de fortalecimento da luta feminina na busca da igualdade.

A violência contra a mulher tem diversos aspectos. E um dos aspectos que ainda não foram citados aqui é o da violência contra a mulher trabalhadora rural. A trabalhadora rural só foi incluída como proprietária de terra na Constituição porque foi realizada uma emenda constitucional popular que lhe assegurou, no art. 189, o direito ao título da terra. Neste ano, a Constituição Federal completa 20 anos, e só em 2001 as mulheres casadas e as solteiras tiveram direito à titularidade da terra. Em 2003, elas tiveram direito ao PRONAF, apesar de ele existir há muito tempo. Em 2007, no ano passa-do, a mulher, qualquer que fosse seu estado civil, teve o direito de ser titular da terra nos assentamentos da reforma agrária brasileira.

Isso é resultado do grande regime patriarcal pelo qual o Brasil ainda é regido. A mulher do campo, que trabalha não só nos afazeres da casa, mas também na faina da luta do campo, não dispõe de recursos, por-que aquele é o trabalho do homem, e o trabalho dela, que é cuidar da casa, não é remunerado.

Viemos aqui para dizer que é necessário termos consciência de que a luta pela igualdade da mulher deve ser feita todo dia, mas é interessante conquis-tarmos autonomia econômica, para que as mulheres tenham realmente autonomia política, voz e vez no cenário brasileiro.

Vamos à luta. Desejo um grande Dia da Mulher e que este dia seja, como todo dia, um dia de luta, um dia de presença cidadã, um dia de revelação dos nossos talentos e, sobretudo, de denúncia daquilo que vem contra os nossos direitos de cidadania.

Um grande abraço a todas! (Palmas.)

PRONUNCIAMENTO ENCAMINHADO PELA ORADORA

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a traba-lhadora rural tem sido desprovida historicamente de cidadania quanto aos seus direitos jurídicos e sociais. O artigo constitucional que estabelece explicitamente os direitos da mulher a terra na reforma agrária, no es-forço de alcançar a igualdade entre homens e mulheres em todas as suas dimensões legais, foi resultado de uma emenda popular à Constituição, a partir de uma campanha nacional de assinaturas, sob o slogan: Para o processo constitucional ser válido, ele deve incluir os direitos das mulheres.

A Constituição de 1988, no art. 189, parágrafo úni-co, estabelece que “o título de domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado civil (...)”.

Essa conquista deve-se sobretudo à coalizão de mulheres dentro dos Estados e dos partidos polí-ticos, trabalhando junto com um movimento unificado

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06499

de mulheres rurais e urbanas, lutando pela expansão dos direitos das mulheres.

O movimento de mulheres rurais do Sertão Cen-tral desenvolveu duas reivindicações centrais: acesso a terra e à extensão dos benefícios de seguridade social, incluindo licença-maternidade e aposentadoria para as trabalhadoras rurais. A reivindicação pelos direitos da mulher a terra surgiu na primeira reunião do Movimento das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Sertão Central, em Pernambuco, nas reuniões de Serra Talhada em 1982 e 1983 e no Congresso de Mulheres Trabalhado-ras, no Rio Grande do Sul, em 1986, organizado pelo grupo conhecido como as Margaridas (nome da líder nordestina assassinada Margarida Alves).

Sob uma perspectiva de gênero, a reforma agrá-ria brasileira chama a atenção em termos da baixa parcela de mulheres beneficiárias. De acordo com o Primeiro Censo de Reforma Agrária de 1996, somen-te 19.905 mulheres foram beneficiadas diretamente pela reforma agrária, representando 12,6% do total nacional de 157.757.

Somente em 2001 – 13 anos depois da Cons-tituinte – o título de propriedade conjunta foi aceita pelo INCRA como conseqüência da maior manifesta-ção nacional de mulheres rurais já feita: a Marcha das Margaridas de 2000, que exigiu o acesso das mulheres trabalhadoras rurais às políticas públicas de reforma agrária, exigindo que “a documentação do assentamen-to ou parcela fosse expedida em nome do casal e no nome da mulher quando esta for solteira”.

Em 2003 – de novo, fruto das reivindicações da Marcha das Margaridas de 2003 – as mulheres foram incluídas no PRONAF. Assim, as mulheres passaram a ter o direito de tomar empréstimos e financiar inicia-tivas paralelas à atividade agrícola (já contava com crédito familiar), como a produção de doces, roupas ou artesanato.

Finalmente, é importante lembrar que foi somente em 2007 – quase 20 anos depois da Constituinte – que o INCRA passou a permitir que a mulher também seja titular de lotes da reforma agrária, independentemente do seu estado civil.

Tal lentidão em assegurar os direitos da mulher a terra é explicada pelas práticas culturais profunda-mente enraizadas, apoiadas até recentemente pelas normas legais, de que somente maridos representavam a família e administravam seus recursos. Vale lembrar que a desigualdade nas relações de gênero faz parte de um amplo processo histórico, cultural, estrutural, que perpassa as esferas privada e pública.

Tratar a questão da mulher na estrutura fundiária brasileira significa remeter à sociedade patriarcal, onde o homem é o chefe de família e a mulher é a cônju-

ge; a terra é um patrimônio que pertence ao homem. Nesses termos, os papéis doméstico e produtivo são separados, e a mulher não é identificada como agente econômico. Ela só aparece na esfera doméstica (não produtiva), sem valor econômico mensurável, apesar de participar do trabalho da casa e do trabalho pro-dutivo do campo.

Observa-se que, basicamente, em todos os níveis de relação com a terra, o fenômeno da (in)visibilidade e subordinação feminina aparece, reafirmando o tra-tamento desigual entre os sexos. É incompreensível o fato de a mulher rural ter um papel (in)visível do ponto de vista da cidadania, quando ela representa aproxi-madamente 45% da força de trabalho empenhada na produção. Conquistar autonomia econômica deve ser o principal objetivo das mulheres quando o assunto é políticas públicas para a agricultura.

É necessário avançar. As mulheres desejam uma sociedade de paz e construção de um mundo novo. A paz só será consolidada com a extinção das grandes injustiças que sofrem as mulheres atualmente. Mude-mos de atitude dentro de nós e lutemos com as armas da nossa história de grande contribuição na formação da história do Brasil e alcançaremos o direito que é natural, pois todos somos iguais em obrigações e di-reitos. Mais direitos para todas!

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Convido para compor a Mesa a Deputada Ja-nete Capiberibe.

Concedo a palavra à Deputada Vanessa Gra-zziotin.

A SRA. DEPUTADA VANESSA GRAZZIOTIN – Sra. Presidenta, Deputada Sandra Rosado, Depu-tada Perpétua Almeida, autora do requerimento de realização desta Comissão Geral, cumprimento todas as companheiras e todos os companheiros presentes nesta reunião.

Sr. Presidenta, fiquei extremamente emociona-da ao ouvir da tribuna os filhos de Ceci Cunha, uma colega, Parlamentar, com quem os que iniciaram a Legislatura em 1999 puderam conviver. Não pudemos com ela conviver muito, porque infelizmente, logo no início daquele mandato, perdemos a companhia de Ceci Cunha.

O que aconteceu com a Deputada Ceci Cunha e sua família deve servir de exemplo. Sei que a dor que passa no coração de seus filhos e familiares é muito grande, mas no coração de cada uma de nós também pára uma dor por ver uma sociedade que vive sob ameaça constante de violência, principalmente nós, as mulheres, que, além da violência a que estamos sujeitas nas ruas, sofremos a violência dentro de nos-sas próprias casas.

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06500 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Ao ouvir o filho jovem da Deputada Ceci Cunha, pensei na melhor forma de suas colegas Parlamentares a homenagearem. Deputada Luiza Erundina, somos poucas ainda, mas em breve seremos um número bem maior, que efetivamente representará a nossa partici-pação na sociedade brasileira. Além de lutarmos por justiça e estarmos presentes no julgamento daqueles que praticaram aquele ato de barbárie, a homenagem seria fazer com que no Congresso Nacional as trami-tações fossem mais rápidas.

A cada véspera do Dia Internacional da Mulher, a bancada feminina elege um conjunto de projetos prioritários. Dentre os projetos eleitos por nós como prioritários para serem deliberados, conseguimos com que um ou outro fosse aprovado.

Neste 8 de março, devemos pedir ao Presidente da Câmara, Deputado Arlindo Chinaglia, um compro-misso que vai além de enviar uma grande delegação para assistir ao julgamento dos assassinos da Depu-tada Ceci Cunha. Precisamos sensibilizar o Presidente para que coloque em votação não 1, ou 2, mas todos os projetos. Precisamos sensibilizar a Casa para que vote todos os projetos em tramitação.

Há um projeto de lei que trata da licença-mater-nidade e da licença-paternidade em caso de adoção. Tramita há anos na Casa projeto de lei que garante aposentadoria à dona de casa, que exerce trabalho que tem de ser reconhecido pela sociedade brasileira. (Palmas.) Há também um projeto de lei que trata da ampliação da licença-maternidade para 180 dias.

Queremos, Deputado Henrique Fontana, não ape-nas a compreensão, a solidariedade e os parabéns, mas o compromisso da Casa de votar propostas de lei que ajudem na ampliação do número de mulheres nos espaços de poder.

Muito obrigada. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Registro a presença do Deputado Henrique Fontana, Líder do Governo; das Sras. Cláudia França, Secretária-Geral da Associação dos Terceirizados do Congresso Nacional; Maria Ângela Sá, representante da Secretaria da Mulher do Entorno de Brasília; Marilene Barbosa, representante do Grupo de Terapia Comuni-tária de São Sebastião; Zélia, da Associação Comuni-tária de Brazlândia; Raimunda Bezerra, representante da Associação Arte Mulher; e Irene, representante da Associação dos Artesãos do Bairro do Bosque.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-do) – Com a palavra a Deputada Alice Portugal.

A SRA. DEPUTADA ALICE PORTUGAL – Sra. Presidenta, Deputada Sandra Rosado, coordenadora da bancada feminina, em nome de quem cumprimen-to toda a Mesa e também todas as representantes do

movimento social organizado e do movimento feminis-ta resistente no Brasil, neste momento em que come-moramos o 8 de Março nesta Casa, de fato sofremos o impacto dos olhos verdes de Ceci Cunha, como as águas das Alagoas, a nos encarar e a perguntar: por que a injustiça prevalece neste País? A injustiça, lamentavelmente, ainda se espraia, e a impunidade serve de exemplo para quem pensa que pode tudo, que pode ceifar a voz e que pode, pela intolerância, impedir que as mulheres e que os homens livres se levantem em defesa de um Brasil novo. É preciso de fato dar uma resposta, que começa a ser dada esta manhã. Estaremos, Ceci Cunha, fazendo-lhe presente durante todo o tempo em que mulheres se revezarem na tribuna desta Casa.

Mas o 8 de Março serve não apenas para ser um emblema das mulheres que foram queimadas na América do Norte. O 8 de Março serve também para levantarmos a bandeira da emancipação verdadeira da humanidade. Não é possível um país declarar-se emancipado se mais da metade dos seres humanos ainda estão submetidos a uma condição de cidadão de segunda categoria. Dessa forma é que as mulhe-res, que correspondem a dois terços dos pobres e a um terço dos analfabetos de todo o mundo, configu-ram nas estatísticas internacionais. No Brasil, apesar de todos os avanços do século XX, é bom lembrar o movimento social.

Nesta Casa, apesar de poucas, as mulheres têm, de fato, feito seu dever de casa. Temos uma legislação avançada, mas não existe o cumprimento das leis. Ape-nas 17 Estados criaram as varas especiais para cumprir a Lei Maria da Penha. Ainda não se consegue tipificar o assédio como crime em muitos Estados da Federa-ção. É preciso garantir que, efetivamente, os partidos cumpram as quotas e que, na reforma política, votemos sanções para os partidos que não as cumprem.

Com muito orgulho, faço parte de um partido, o PCdoB – de 87 anos, que tem 11 Deputados e 5 De-putadas em sua bancada, sendo que acaba de ser indicada uma Líder mulher, a Deputada Jô Moraes, o que é raro em partidos políticos na Câmara dos De-putados.

Tornar o que é exceção a regra é o que nos faz levantar a bandeira e nos rebelar contra toda essa mi-lenar opressão que nos colocou no rol das coisas pri-vadas, mas que terá de ser vencida com a nossa luta para construirmos, com todo o povo brasileiro, dias em que homens e mulheres, lado a lado, elaborem espaços equânimes e oportunidades semelhantes, apesar das diferenças, para levantarmos cada vez mais a bandeira da emancipação, da igualdade, da liberdade e do fim de toda a intolerância.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06501

Viva o 8 de Março, a bandeira emancipacionista feminista da mulher e a garantia de que as mulheres ocupem cada vez mais espaços de poder, para, com suas vozes agudas, levantarem os problemas mais sentidos da nossa gente! Viva o 8 de março! Viva a mulher brasileira!

Muito obrigada. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Convido a Deputada Elcione Barbalho para compor a Mesa dos trabalhos.

Concedo a palavra à Deputada Janete Capibe-ribe.

A SRA. DEPUTADA JANETE CAPIBERIBE – Minha saudação à Mesa, na pessoa da Deputada Sandra Rosado, coordenadora da bancada feminina na Câmara dos Deputados.

Sras. e Srs. Parlamentares, organizações da so-ciedade civil, outros poderes do Estado reunidos nes-te momento, o combate à violência e a ocupação dos espaços de poder são 2 eixos principais do debate da Comissão Geral em homenagem ao 8 de Março.

Na sexta-feira passada, realizamos em nosso partido, no Amapá, profundo debate sobre a neces-sidade da candidatura, da ocupação do poder pelas companheiras nas Câmaras de Vereadores e Prefei-turas do meu Estado.

Considero esta plenária o local apropriado para trazer, neste momento, visibilidade a 2 projetos por mim apresentados para tramitação e aprovação nes-ta Casa.

Um deles é o Projeto de Lei nº 1.531, de 2007, que cuida de prevenção relativamente aos escalpelamen-tos de que são vítimas mulheres que se deslocam em embarcações nos rios da Amazônia e do País. Trata-se de pôr carenagem, pequeno equipamento, muito ba-rato, para cobrir o motor e seu eixo, a fim de se evitar essa tragédia que vitima principalmente as mulheres da Amazônia, do Nordeste, dos rios do nosso País.

O projeto já foi aprovado na Comissão de Via-ção e Transportes e na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Acredito que ainda neste mês da mulher será aprovado em forma terminal e seguirá para o Senado Federal.

Já o Projeto de Lei nº 2.145, de 2007, regulamenta a atividade das parteiras tradicionais. Há décadas vem sendo apresentado, mas não avança na Comissão de Seguridade Social e Família. Cerca de 60 mil mulheres na Amazônia, no Nordeste e no Centro-Oeste precisam que seja regulamentada sua atividade.

Amanhã, companheiras, quarta-feira, às 17h, a bancada feminina, à qual agradeço em nome das par-teiras, entregará, por intermédio do Presidente Arlindo Chinaglia, o Diploma Mulher-Cidadã Carlota Pereira de

Queirós à Sra. Jovelina Costa dos Santos, parteira do meu Estado, o Amapá.

Muito obrigada. (Palmas.)A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Muito bem, Deputada Janete Capiberibe. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Concedo a palavra ao Deputado Michel Temer, do PMDB.

O SR. DEPUTADO MICHEL TEMER – Sra. Pre-sidenta, Deputada Sandra Rosado, senhoras compo-nentes da Mesa, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores, vim até aqui para dar um breve recado, não apenas em meu nome, mas em nome do meu Parti-do, o PMDB.

Obviamente, a primeira mensagem que lanço é que, ao longo do tempo, a mulher sempre sofreu os maiores preconceitos, mas, também, ao longo do tem-po, teve inúmeras e destacadas conquistas.

Aliás, quando hoje abrimos a Constituição Fede-ral, vemos que – desde 1824 – se adotou o princípio da isonomia, da igualdade entre todos. Mas a regra constitucional do passado era que todos são iguais perante a lei; hoje, a regra é esta: homens e mulheres são iguais em direitos e deveres.

Parece algo de menor importância, Deputada Luiza Erundina, mas tem grande significação, porque o texto criador do Estado, em vez de mencionar cole-tivamente todos, especificou os 2 sexos, masculino e feminino, para dizer que não há distinção.

Ao longo do tempo, houve constante evolução. Quando a mulher pôde participar do processo eleitoral, foi uma grande conquista.

Quando fui Secretário da Segurança Pública em meu Estado, houve até um fato curioso, que conto a todos. Um dia, recebi uma comissão de mulheres para tratar da violência contra a mulher, composta pelas Deputadas Elcione Barbalho e Perpétua Almeida. As mulheres me diziam que não agüentavam mais ir às delegacias de polícia, porque eram atendidas por ho-mens e, quando diziam que eram espancadas pelos maridos ou quando insinuavam que teriam sido estu-pradas, eles as tratavam mal, quando não diziam que era assim mesmo.

Eu criei, então, a delegacia da mulher, que teve extraordinária repercussão. Curiosa e estatisticamen-te, aumentou o número de denunciados pela violência, porque havia um canal de comunicação com o Poder Público para que a mulher pudesse manifestar-se.

No PMDB – em certa ocasião, lançamos uma mulher candidata à Vice-Presidência da República, a nossa colega Deputada Rita Camata.

Agora, mais do que nunca, é preciso que conti-nuemos nesse processo de inserção da mulher.

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06502 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Acabei de ver aqui o Líder Henrique Fontana e todos os colegas. Hoje, contamos com um número extraordinário de Parlamentares.

Há poucos dias, a Deputada Luiza Erundina me mostrou uma proposta de emenda constitucional que estabelece que, nas Comissões e na Mesa da Câ-mara dos Deputados, deve haver igualdade de sexo. Que pelo menos uma figura do sexo feminino partici-pe da Mesa!

Nós do PMDB solicitaremos ao Deputado Arlin-do Chinaglia – peço o apoio de todos os colegas pre-sentes – que logo forme a Comissão Especial, a fim de trazermos obrigatoriamente, nos próximos tempos, uma mulher à Mesa, observando-se também o caso das Comissões.

Meus cumprimentos, Sra. Presidenta, pela reu-nião. (Palmas.)

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-do) – Muito obrigada, Deputado Michel Temer, pelas palavras e pela proposição.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Concedo a palavra ao Deputado Paulo Hen-rique Lustosa.

O SR. DEPUTADO PAULO HENRIQUE LUS-TOSA – Sra. Presidenta, minhas senhoras e meus senhores, neste encontro, em que discutimos a par-ticipação das mulheres nos espaços de poder e, ao mesmo tempo, fazemos uma reflexão sobre a Lei Maria da Penha, é interessante ressaltar a relação próxima entre poder e violência.

Os violentados, os mais violados são precisa-mente aqueles menos empoderados. Os mecanis-mos de empoderamento, seja das mulheres, no caso específico que abordamos aqui, seja das crianças e dos adolescentes – participamos da Frente em Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente – seja de qualquer setor da sociedade, contribuem para evitar situações de exploração e de violência.

Conseqüentemente, em que pesem os avanços e os ganhos que a Lei Maria da Penha trouxe em termos de proteção da mulher, em termos de garantia de um espaço e de um tratamento que o Estado, há muito, devia e que, infelizmente, ainda deve para as mulhe-res, não podemos achar que com esse mecanismo, com esse instrumento legal o problema da violência da sociedade em relação às mulheres esteja superado, esteja resolvido. Nenhuma lei, nenhum regulamento, nenhuma instituição o fará se não conseguirmos criar mecanismos que dêem às mulheres o espaço de po-der que lhes cabe na sociedade.

Quando passamos pelo belo painel com fotogra-fias de colegas Deputadas de várias Legislaturas, em que pese a competência, a qualidade da sua represen-

tação, salta aos olhos que foram poucas e continuam sendo poucas as mulheres na Câmara dos Deputados, no Senado Federal, nas Assembléias Legislativas e em vários outros espaços de poder.

Só realizaremos, de fato, os objetivos de qual-quer legislação que trate de proteger a mulher, de promover o direito da mulher, de preservar a mulher como ente importante e fundamental na sociedade no exato momento em que forem criados para elas espaços de poder pertinente e proporcional à respon-sabilidade e à tarefa que a sociedade impõe a elas. São tarefas e responsabilidades, em diversos casos, muito superiores às que os homens assumem e por elas são cobrados.

É necessário comemorar os avanços da Lei Ma-ria da Penha? Sim. É necessário reconhecer o exce-lente e competente trabalho que a bancada feminina, as nossas colegas Parlamentares fazem nesta Casa? Sim. Mas é fundamental entender que só estaremos falando, de fato, em políticas de enfrentamento e su-peração da violência contra a mulher no momento em que a mulher conseguir ocupar a fatia de poder que lhe é devida e que lhe é cabida nos vários espaços da sociedade.

Muito obrigado pela atenção, Sra. Presidenta, senhoras e senhores.

Trata-se de um ótimo momento de reflexão. (Pal-mas.)

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Antes de conceder a palavra à próxima ora-dora, convido a nobre Deputada Bel Mesquita a fazer parte da Mesa.

Com a palavra a nobre Deputada Luiza Erun-dina.

A SRA. DEPUTADA LUIZA ERUNDINA – Saúdo a Sra. Presidenta, nobre Deputada Sandra Rosado; as componentes da Mesa; as demais coordenadoras; as companheiras de Brasília que vieram garantir um maravilhoso quorum a este debate.

Sra. Presidenta, quero acrescentar uma denún-cia a tantas que foram feitas aqui de violência contra a mulher: a violência institucional. A violência não é apenas aquela dentro de casa, praticada pelo compa-nheiro, pelo marido. O Estado tem sido conivente ou omisso no que diz respeito às condições da mulher no sistema prisional.

Lembro aqui 2 casos emblemáticos. Primeiro, na cidade de Abaetetuba, no Estado do Pará, uma me-nina ficou meses submetida à violência, ao estupro, a maus-tratos, à brutalização de mais de 20 homens numa cadeia pública, com a conivência de agentes do Estado: juízas, delegadas, secretárias, governadora. Portanto, há omissão do Estado em relação à mulher

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do ponto de vista da violência contra ela nos cárceres, nas prisões do País.

Segundo, visitei a delegacia pública da cidade de Bilac, interior de São Paulo, e constatei que havia 91 mulheres numa cela com capacidade para apenas 12. Eram corpos amontoados; 4 mulheres com AIDS, uma delas em fase terminal, com tuberculose; 6 mulheres grávidas. Ou seja, com a total conivência dos agentes do Estado, detentas são vítimas da violência na socie-dade e continuam sendo ainda mais massacradas nos espaços públicos de responsabilidade do Estado.

Mas também há o que comemorar nessa data, a exemplo da sanção de um projeto de lei, pelo Presiden-te Lula, no final do ano passado, mais precisamente no dia 28 de dezembro, estabelecendo que a mulher gestante terá garantida pelo SUS uma vaga num hos-pital ou numa maternidade, para fazer seu parto com segurança e dignidade, e terá garantido também o pré-natal nesse mesmo local, por essa mesma equipe, com atendimento justo e digno. Muitas mulheres ges-tantes morrem perambulando de hospital em hospital em busca de um leito para ter o filho.

Por essas razões estamos aqui e continuaremos lutando para que os direitos das mulheres sejam ple-namente assegurados em nosso País.

Muito obrigada. (Palmas.) A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Concedo a palavra à ilustre Deputada Janete Rocha Pietá.

A SRA. DEPUTADA JANETE ROCHA PIETÁ – Sra. Presidenta, Deputada Sandra Rosado, saúdo a Dra. Tereza, representante da Ministra Nilcéa Freire.

Quero dirigir-me a você, mulher negra brasileira que está aqui ou está me ouvindo. Nós somos qua-se a metade da população brasileira. Deputada Luiza Erundina, neste ano, a abolição completará 120 anos, mas nós a consideramos não concluída, porque fal-taram políticas públicas. Coloquemo-nos no lugar das mulheres que viveram trabalhando como escravas, as quais eram violentadas e cujos filhos lhes eram tirados. O que aconteceu com elas depois da abolição? Rua; favela; miséria. Portanto, o Estado brasileiro tem que ter responsabilidade com a maioria de nós, brasileiros, que somos afrodescendentes.

E como têm que ser essas políticas públicas? Primeiro, nós temos o direito, sim, a cota nas univer-sidades.

Passo agora a falar da atuação das mulheres na política, porque lugar de mulher é na política. Não precisamos apenas de cota de 30% para concorrer às eleições. Nós, mulheres, precisamos ter uma cota de 30% entre os eleitos. Para isso, é necessário uma reforma política.

Sra. Presidenta, Deputada Sandra Rosado, temos muito a dizer, mas quero saudar a companheira Jure-ma, que disse a verdade às donas de casa: temos que instalar uma Comissão para discutir a aposentadoria da mulher, pois aquela que é do lar não tem direito a férias, nem a aposentadoria, embora passe o tempo todo trabalhando. Isso tem que ser visto. Aquela que trabalha o tempo todo, quando chega à idade da apo-sentadoria, faz o quê?

E aquela que teve neném tem que ter direito a creche.

A lei Maria da Penha tem que valer em todos os Estados, e devem ser criados juizados especiais para apreciar os casos de violência doméstica. Nós, mulhe-res, sabemos bem disso.

Eu estou de lilás, cor que simboliza a luta das mulheres que morreram vítimas de violência, para dizer que elas queriam um mundo transformado, um mundo de coragem, um mundo de direito, onde todos sejam iguais. Ao nascer, todos são iguais. Mas depois não é essa a realidade, pois a mulher é excluída. E nós, mulheres negras, apesar de maioria, somos muito mais excluídas.

Mulheres, lembrem-se que temos que ir à luta, porque nada conseguiremos apenas com leis. Pre-cisamos estar organizadas e fazer a nossa própria defesa.

Muito obrigada. (Palmas.)A SRA. PRESIDENTA (Deputada Perpétua Al-

meida) – Obrigada, Deputada Janete Rocha Pietá. A SR. PRESIDENTA (Deputada Perpétua Al-

meida) – Concedo a palavra ao Deputado Rodrigo Rollemberg, do Distrito Federal.

Aproveito, Deputado Rodrigo Rollemberg, para, em nome da bancada feminina, agradecer o apoio que V.Exa. tem dado aos nossos eventos, bem como por ter possibilitado a participação de um grupo grande de lideranças no evento que gerou a gravação de um programa especial sobre as mulheres, o Mulheres no Parlamento, e a participação hoje de muitas lideranças do Distrito Federal, convidadas por V.Exa.

Muito obrigada pelo apoio que V.Exa. tem dado à bancada feminina. (Palmas.)

O SR. DEPUTADO RODRIGO ROLLEMBERG – Sra. Presidenta, prezada Deputada Perpétua Almei-da, em nome de quem cumprimento todas as mulhe-res que compõem a Mesa; bancada feminina; demais Parlamentares aqui presentes; mulheres companheiras de todas as cidades do Distrito Federal e do Brasil que participam desta Comissão Geral, boa-tarde.

De forma muito especial, agradeço à Secretaria de Mulheres do PSB do Distrito Federal, nas figuras da Bruna Lacerda, da Mariana Salles e da Meyre Fran-

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06504 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

ce, que contribuíram para a mobilização das mulheres aqui presentes.

Somos solidários às mulheres na sua luta. Re-conhecemos os avanços que ela tem possibilitado ao País. Basta dizer que só conseguimos o direito ao voto para as mulheres no século passado e hoje, embora a bancada feminina ainda seja pequena, já há na Câmara dos Deputados 46 mulheres, aguerridas e batalhado-ras, que vêm garantindo avanços para essa luta. Há hoje, também, uma Presidenta num dos Poderes da República, no Supremo Tribunal Federal, e várias re-presentantes femininas no Judiciário. Mas precisamos ampliar as conquistas decorrentes dessa luta.

As mulheres lutam pelo direito a creches, pelo direito ao trabalho, por igualdade de direitos no tra-balho, contra a violência de gênero. A luta também é por melhores escolas; pelo fim da violência contra os jovens, filhos de homens e mulheres; por um Brasil mais igual, democrático e socialista.

Essa luta, aliás, não é apenas das mulheres, mas de todos nós, democratas e socialistas que queremos um Brasil melhor.

Registro, por fim, que a bancada do PSB – femini-na e masculina, está solidária a essa luta das mulheres e de todo o povo brasileiro para garantir avanços.

Parabéns a vocês, mulheres!A luta continua! (Palmas.)A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Sei que nossa companheira Deputada Perpétua Almeida já o fez, mas quero, Deputado Rodrigo Rol-lemberg, agradecer a V.Exa. o apoio que tem dado à bancada feminina, inclusive dando às mulheres de Brasília a oportunidade de participar deste momento tão especial. (Palmas.)

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-do) – Convido a Deputada Janete Capiberibe e o De-putado Rodrigo Rollemberg para comporem a Mesa.

Informo a todos que o Deputado Darcísio Perondi também compõe a Mesa. Muito nos orgulha o apoio dos homens à luta das mulheres.

Concedo a palavra à Deputada Bel Mesquita, do PMDB.

A SRA. DEPUTADA BEL MESQUITA – Sra. Presidenta, Deputada Sandra Rosado, desejo, nesta ocasião especial, cumprimentar todas nós, mulheres, porque sabemos quantos problemas e lutas temos enfrentado, mas também sabemos quantas batalhas já vencemos.

Neste dia é importante que todas nós, mulheres, e também os homens do Brasil reconheçamos a nossa própria luta e os nossos valores.

Em geral, é até fácil fazer as leis; o mais difícil é fazê-las valer e garantir que nós, mulheres, possamos nos sentir protegidas por elas.

Hoje muito se falou da Lei Maria da Penha, cuja aplicação tenho acompanhado de perto. Tenho ob-servado que ela tem contribuído para a apresentação de muitas denúncias, mas, com certeza, ainda não modificou a vida da maioria das mulheres, que ainda têm receio de colocar para fora tudo o que sofrem, por vergonha, por medo, por incompreensão e talvez pela falta de solidariedade de outras mulheres e, principal-mente, dos homens.

Mas não quero me ater à Lei Maria da Penha. Quero dizer, ainda, Sras. e Srs. Deputados, visitantes que nos trazem o maior conforto de estar aqui, que o norte do País tem, proporcionalmente, o maior nú-mero de Deputadas. E sinto dizer, Deputado Rodrigo Rollemberg, que o Distrito Federal, entre os 8 Parla-mentares que representam a sua população, não tem nenhuma mulher.

Mulheres do Distrito Federal e de vários outros Estados, também se façam presentes! Fazer política, na verdade, é fazer a transformação, e está em cada uma de nós sermos políticas o tempo todo e fazermos desta grande batalha que é a transformação o nosso lema! Em casa, nas escolas, dentro de supermerca-dos, trabalhando como motoristas, dentro das grandes empresas, todas nós somos políticas e donas do nos-so próprio destino.

Que possamos fazer valer a nossa voz e a nos-sa força, mas, principalmente, o nosso amor, que é o feminino de cada uma de nós. (Palmas.)

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Concedo a palavra ao Deputado Darcísio Pe-rondi, do PMDB.

O SR. DEPUTADO DARCÍSIO PERONDI – Pa-rabéns, mulheres do Brasil! Parabéns a todas vocês que aqui estão!

Sou médico de crianças e adolescentes. Trabalhei mais de 25 anos com mães e seus filhos e tenho uma profunda angústia: as mulheres ainda estão morrendo de câncer de mama no País. Mais de 45 mil mulheres morrem da doença por ano. As mulheres não estão conseguindo fazer mamografia a partir de 40 anos de idade, nem mesmo aqui no Distrito Federal, que tem a maior renda per capita do Brasil. As mulheres estão morrendo de câncer de colo de útero; estão morrendo porque fazem aborto, e não têm condições de fazê-lo adequadamente, por muitas razões, que não vou discutir neste momento; as mulheres estão morrendo por falta de internação. Suas crianças são internadas com maior freqüência, porque são milhões de mulhe-res analfabetas.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06505

Nós todos, homens e mulheres, mães e pais, temos de nos rebelar. As mulheres da Câmara dos Deputados e do Senado Federal – 46 Deputadas e 10 Senadoras – são corajosas, valentes, muito valentes. Nós temos de fazer, todos juntos, uma enorme rebelião, para enfren-tar essa questão da saúde, uma vez que o Orçamento deste ano é ainda menor. No mês de agosto, faltarão recursos, e mais mulheres e crianças vão morrer.

Uma proposta objetiva para esse grupo valente de mulheres: fazer um seminário, com Secretários de Segurança dos Estados e com chefes dos Ministérios Públicos Estaduais e Federal, para avaliar o efetivo cumprimento da Lei Maria da Penha.

É inadmissível que, por minuto, 4 mulheres se-jam agredidas, como é inadmissível que ainda morram mulheres por causa de câncer de mama e câncer de colo de útero no Brasil.

Deixo o meu abraço e minha solidariedade. (Pal-mas.)

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Convido a Deputada Maria do Rosário para fazer parte da Mesa.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-do) – Com a palavra o Deputado Waldir Maranhão.

O SR. DEPUTADO WALDIR MARANHÃO – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, mulheres maravi-lhosas deste País e de nossa sociedade moderna, esta Comissão Geral traduz o sentimento da Casa, tão bem representada pelas lideranças femininas, que buscam, de forma determinada, colocar-se como símbolos da mulher empreendedora e aliada às grandes causas sociais do País e da humanidade.

Em meu nome, em nome de minha esposa, de mi-nha família e, em particular, de minha filha, Camila, quero externar meu reconhecimento da importância da mulher para uma sociedade menos desigual. Nossos corações encontram na mulher o companheirismo e o eco neces-sário de possibilidades de mudanças em nosso interior.

Em nome do Partido Progressista, registro o sen-timento de respeito e a expectativa de que o País e esta Casa viverão melhores dias, com a participação concreta e determinada das mulheres no direciona-mento dos destinos desta Nação.

Não poderia, Sra. Presidenta, deixar de exaltar a figura ilustre de minha conterrânea Roseana Sarney, que foi Governadora do meu Estado, Senadora da República, Líder do Governo no Congresso Nacional, e teve sua trajetória momentaneamente interceptada quando apresentava sua pré-candidatura à Presidên-cia da República.

Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, guardo em mim a certeza de que as mulheres estarão aguer-ridas em busca de um projeto de poder e de que têm

condições de conduzir de forma muito significativa nos-sa sociedade, com um trabalho pedagógico realizado a partir dos nossos lares, dos nossos laços de amizade e de respeito, em uma construção sempre coletiva.

Faço este registro em meu nome, em nome de uma pessoa sempre voltada à educação, que exerceu o cargo de Reitor da Universidade Estadual do Maranhão e conviveu de forma muito próxima com competentes mulheres do meu Estado e do meu País.

Muito obrigado. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Concedo a palavra ao ilustre Deputado Fer-nando Ferro.

O SR. DEPUTADO FERNANDO FERRO – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, jovens e crianças, senhoras e senhores que participam desta Comissão, quero, neste momento, somar-me ao conjunto dos Parlamentares homens que reconhecem a importân-cia dessa luta.

É necessário conhecer a histórica luta pela igual-dade de gênero como um instrumento de conquista. O filósofo Giordano Bruno, quando foi levado para a fogueira, por criticar dogmas da Igreja Católica, foi consultado sobre a possibilidade de se penitenciar. Ao lhe perguntarem qual tinha sido seu erro principal, respondeu que um de seus principais erros tinha sido a ingenuidade de pedir o poder aos poderosos. O po-der ou é uma conquista ou não é poder.

Em relação à luta das mulheres, existe o mesmo sentido: ou as mulheres acreditam na possibilidade de conquistar seus direitos, ou não conseguirão, por problemas políticos e culturais, entre eles o machismo, um dos principais. E todos nós homens fazemos parte disso. Não podemos deixar de reconhecer que a nossa formação foi no sentido da dominação.

É necessária, portanto, a mobilização das mu-lheres para alterar essa cultura. Nós sabemos como a violência entra em nossas casas, do mais simples casebre, onde as mulheres do povo são agredidas, es-pancadas, aos palacetes, onde o silêncio e o dinheiro encobrem as agressões. Tudo isso é a manifestação de uma característica do machismo, que existe em nossa sociedade conservadora, autoritária e patriarcal.

Saúdo a realização desta Comissão Geral como manifestação de um instrumento de avanço das con-quistas da consciência. Que seja um instrumento ca-paz não apenas de abrir a cabeça das mulheres, mas também de nós, homens, para que possamos, cada vez mais, nos entender como parceiros, vencer nos-sos preconceitos, nossas práticas e nossa formação, que foi direcionada para esse tipo de relação, que não pode persistir numa sociedade que se intitule civiliza-da, democrática e humana.

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06506 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Parabéns a todas vocês que, uma vez mais, le-vantam a voz e mantêm acesas essas bandeiras ne-cessárias a um Brasil mais justo.

Muito obrigado, Sra. Presidenta. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-

sado) – Concedo a palavra à Deputada Maria do Ro-sário.

A SRA. DEPUTADA MARIA DO ROSÁRIO – Deputada Sandra Rosado, que preside os trabalhos desta Comissão Geral, demais colegas, representante do Governo Federal, Sra. Teresa Sousa, que está subs-tituindo a Ministra Nilcéa Freire, homens e mulheres que compõem esta Casa, meus cumprimentos.

Registro o acerto da bancada feminina quanto à realização desta Comissão Geral, cujo objetivo é a análise mais profunda dos temas relacionados às causas das mulheres, criando maior abertura para as mulheres, neste ano de muito trabalho pela afir-mação dos direitos plenos de cidadania, humanidade e igualdade das mulheres brasileiras, e combatendo também a violência.

No Brasil, quase 2 milhões de mulheres são es-pancadas por ano. Segundo a Fundação Perseu Abra-mo, na pesquisa intitulada A mulher brasileira nos es-paços de poder, 175 mil mulheres são espancadas por mês; 5.800, por dia; 4, por minuto; e 1 mulher, a cada 15 segundos. São números estarrecedores, baseados em uma cultura na qual temas de gênero, classe e etnia se combinam de forma a produzir uma circunstância cotidiana de violação dos direitos humanos.

Esta Comissão Geral tem a tarefa de dar um basta em todas as formas de violência.

Estivemos neste plenário ao lado de mulheres vindas de todas as cidades do Distrito Federal. Conhe-cemos a D. Francisca, uma mulher com 10 filhos, que vivenciou as circunstâncias da violência e nos trouxe algumas denúncias. Ela passou por 2 intervenções de laqueadura inadequadas às suas condições físicas.

Que possamos fazer dos nossos mandatos uma luta pela igualdade, pelos direitos sexuais e reproduti-vos e pelo combate à violência! Que nossos mandatos possam ser instrumentos de luta, como a de D. Fran-cisca e de todas as mulheres brasileiras. (Palmas.)

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-do) – Com a palavra o Deputado Marcelo Ortiz.

O SR. DEPUTADO MARCELO ORTIZ – Sra. Pre-sidenta, Deputada Sandra Rosado, Sra. Deputada Ma-ria do Rosário, Sra. Teresa Sousa, Secretária-Adjunta da Secretaria Especial de Políticas para Mulheres, que representa muito bem a Ministra Nilcéa Freire nesta oportunidade, Sra. Deputada Janete Capiberibe, Sra. Deputada Angela Amin, Sra. Deputada Bel Mesquita, jamais deixaria de me pronunciar em ato desta natu-

reza. As mulheres desta Casa sabem perfeitamente que não tenho toda a força para fazê-lo, mas sempre estarei em defesa do direito das mulheres. Tive oportu-nidade de me manifestar nesta Casa quando mulheres foram atingidas indevidamente – a Deputada Maria do Rosário sabe bem disso.

As relações de direitos humanos são da maior impor-tância, principalmente quando tratamos das mulheres.

Digo, às vezes, coisas de que as mulheres não gostam, ainda que seja favorável a elas. Portanto, devo dizer que grande parte da responsabilidade por determinados fatos é das próprias mulheres. Estas que estão na Mesa batalham diuturnamente para que a mulher seja respeitada, mas muitas são servis, e devem deixar de sê-lo.

Não pretendo incentivar uma revolta, um choque, porque a vida é maravilhosa entre o homem e a mu-lher, mas a mulher tem de fazer com que o homem a respeite. Não por imposição, mas sim pelo direito que tem de ser respeitada.

Estarei sempre, em todas as oportunidades, como estou agora, falando em defesa da mulher, quando ela necessitar dessa defesa.

No dia em que as mulheres derem efetivamente um grito de alerta e de posicionamento, não haverá Presidenta da República só em alguns países, como na vizinha Argentina, haverá um domínio muito grande.

Em várias oportunidades, ainda como professor, eu disse: “Respeito as mulheres pela sua inteligência, pela sua capacidade e pelo exercício do seu domínio, se assim quiserem agir”.

Meus parabéns pelo ato praticado. Que isso con-tinue, que cheguemos ao melhor, ao objetivo final, o de que as mulheres não sejam mais agredidas e se-jam respeitadas!

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-do) – Muito obrigada, Deputado Marcelo Ortiz.

A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Ro-sado) – Concedo a palavra ao Sr. Deputado Osório Adriano.

O SR. DEPUTADO OSÓRIO ADRIANO – Sra. Presidenta, Sras. e Srs. Deputados, o tratamento in-ferior a que as mulheres foram relegadas no decorrer de nossa história moderna provocou, no dia 8 de mar-ço de 1857, um levante de operárias de uma fábrica de tecidos de Nova Iorque. Reivindicavam melhores condições de trabalho, tais como redução na carga de trabalho para 10 horas, equiparação de salários com os homens e tratamento digno dentro do ambiente la-boral. As condições de trabalho das mulheres naquela época eram indignas. Elas eram submetidas aos piores opróbrios. Essas mulheres que tiveram a grandeza e a coragem de se insurgir contra os abusos cometidos

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06507

pelos homens foram vítimas de intensa repressão po-licial, tendo como resultado a morte de manifestantes. Devem ser louvadas como heroínas.

Por esse grito de liberdade, Sras. e Srs. Deputa-dos, o dia 8 de março passou a ser comemorado como o Dia Internacional da Mulher. Sem qualquer resquício de demagogia, eu vou além e acredito que todos os dias de nossa vida devem ser dedicados às mulheres. Felizmente a situação da mulher na sociedade hoje é bem diferente da realidade constatada em meados do século XIX, mas, inquestionavelmente, ainda temos muito o que avançar. Mesmo nós que defendemos intransigentemente a igualdade entre os sexos e lu-tamos para que as mulheres ocupem o seu lugar na sociedade não podemos limitar essa nossa atuação vendo-as apenas pelo lado romântico das criações de Pablo Neruda e Vinicius de Moraes e de milhares de outros poetas que sempre louvaram as mulheres em prosa e verso.

Obviamente, Sra. Presidenta, a mulher é o ser sublime que habita esse planeta, mas, mesmo assim, ainda continua sendo tratada como ser inferior, e essa culpa só deve ser impingida a nós homens. Mesmo aqui no Brasil, onde buscamos adotar uma postura politica-mente correta com relação aos direitos da mulheres, muitos abusos ainda são cometidos. Temos de avan-çar bastante para atingirmos a plenitude, resgatando devidamente o verdadeiro papel que a mulher deve desempenhar na sociedade.

Muito me satisfaz, Sras. e Srs. Deputados, quando vejo, por exemplo, estatísticas que comprovam que as mulheres estão ocupando gradativamente os postos de trabalho que exigem processos seletivos, como os providos por concurso público e os cargos executivos de grandes empresas. É comum encontrarmos hoje jovens juízas, procuradoras, promotoras e diretoras de empresas. Isso é reconfortante, pois hoje a nossa sociedade precisa muito da sensibilidade, do carinho e da seriedade que são características inerentes às mulheres.

Infelizmente, no campo político, área em que atu-amos, as mulheres não estão ocupando os espaços que devem. Mesmo com a legislação eleitoral impondo um percentual mínimo de vagas para as mulheres, isso não tem ocorrido. E é lamentável, pois a atividade polí-tica seria indubitavelmente mais séria, ética e confiável se as mulheres compartilhassem conosco esse múnus que recebemos das urnas. Temos de vencer todas as barreiras para que nos próximos pleitos as mulheres venham ocupar o espaço que lhes é devido.

Por outro lado, Sra. Presidenta, muito nos en-vergonha constatar que, em pleno século XXI, ainda existam países e comunidades que tratam as mulheres

como seres inferiores. Isso ocorre sobretudo em algu-mas regiões do Oriente Médio, nas quais as mulheres são submetidas às piores sevícias. É uma situação que deve envergonhar a todos nós, e não nos permite omissão, que é, também, um crime.

Por tudo isso, caras colegas Deputadas e mulhe-res presentes, louvo o Dia Internacional da Mulher e espero que possamos, em muito pouco tempo, cons-tatar, desta tribuna, que a igualdade entre homens e mulheres, pelo menos no Brasil, já fora alcançada.

Era o que tinha a dizer, Sras. e Srs. Deputados. A SRA. PRESIDENTA (Deputada Sandra Rosa-

do) – Encerrada a participação dos Srs. Parlamenta-res, agradeço à Dra. Teresa Sousa, Secretária-Adjunta da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres, representante da Ministra Nilcéa Freire; à Deputada Perpétua Almeida, uma das proponentes desta sessão; às representantes dos vários segmentos da sociedade brasileira; às Deputadas Bel Mesquita, Angela Amin, Janete Rocha Pietá e Maria do Rosário, que estão conosco até esta hora; e aos milhares de brasileiros e brasileiras que nos acompanham pela TV Câmara.

Aproveito para convidar todos para a nossa pro-gramação, que terá continuidade logo mais, às 14h, no corredor de acesso ao plenário, além da exposição no hall da Taquigrafia e da Biblioteca.

Convido todos a participar amanhã, às 17h, no Salão Nobre da Câmara, da entrega do Diploma Car-lota Pereira Queiroz à Deputada Ceci Cunha, in memo-riam; à militante política Olga Benário, in memoriam; a Jovelina Santos, parteira; a Marilena Chauí; e a Maria Miguel Oliveira.

A bancada feminina, embora com a represen-tação reduzida, já que somos apenas 8% do total de representantes nesta Casa, tem demonstrado atuação aguerrida e incessante na luta pelos direitos essencial-mente relativos às mulheres.

Somos 46 Deputadas e 10 Senadoras em um universo de 594 Parlamentares ao todo. Esse fosso na representatividade, entretanto, não nos desesti-mula. Pelo contrário, alimenta-nos com a implacável determinação de continuarmos a lutar com coragem e bravura.

Queremos agradecer a todas as mulheres a par-ticipação e dizer que a luta que temos na Câmara dos Deputados é uma luta de todas as brasileiras.

V – ENCERRAMENTOA SRA. PRESIDENTA (Sandra Rosado) – Nada

mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão. A SRA. PRESIDENTA (Sandra Rosado) – En-

cerro a sessão, designando para hoje, terça-feira, dia 4 de março, às 14h, a seguinte

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06508 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

ORDEM DO DIA

URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal)

Discussão

1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 401, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 401, de 2007, que altera as Leis nºs 11.134, de 15 de julho de 2005, e 11.361, de 19 de outubro de 2006, dispõe sobre a remuneração devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e sobre os subsídios das carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 27-11-07

PRAZO NA CÂMARA: 11-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 10-2-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 24-4-08

2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 402, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 402, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 1.646.339.765,00, para os fins que espe-cifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 9-12-07PRAZO NA CÂMARA: 23-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 22-2-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 6-5-08

3 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 403, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 403, de 2007, que dispõe sobre o exercício da atividade de franquia postal e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 10-12-07

PRAZO NA CÂMARA: 24-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 23-2-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 7-5-08

URGÊNCIA (Artigo 64, §§ 2º e 3º da Constituição Federal

c/c art. 155, do Regimento Interno)

Discussão

4 PROJETO DE LEI Nº 1.990-B, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, das Emendas do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 1.990-A, de 2007, que dispõe sobre o reconhecimento formal das centrais sindicais para os fins que especifica, altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras pro-vidências. Pendente de pareceres das Comis-sões: de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania.

SOBRESTA A PAUTA EM: 23-12-07 (11º dia)

URGÊNCIA (Artigo 64, § 2º da Constituição

Federal c/c art. 155, do Regimento Interno)

Discussão

5 PROJETO DE LEI Nº 1.179, DE 2007

(Do Sr. Rodovalho)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.179, de 2007, que dispõe sobre a criação do Regime Especial de Tributação dos Microimportadores (Remicro) e dá nova redação ao art. 11, parágrafo único, inciso I, do Decreto-Lei nº 37, de 1966. Pendente de pareceres das Comissões: de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Tendo apensado o PL nº 2.105/07, ao qual foi atribuída urgência constitucional.

SOBRESTA A PAUTA EM: 10-11-07 (46º dia)

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06509

URGÊNCIA (Artigo 64, § 2º da Constituição Federal

c/c art. 204, I, do Regimento Interno)

Discussão

6 PROJETO DE LEI Nº 1.650, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.650, de 2007, que dispõe sobre a apuração do imposto de renda na fonte incidente sobre rendimentos de prestação de serviços de transporte rodoviário inter-nacional de carga, auferidos por transpor-tador autônomo pessoa física, residente na República do Paraguai, considerado como sociedade unipessoal nesse País. Pendente de pareceres das Comissões: de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

SOBRESTA A PAUTA EM: 9-12-07 (46º dia)

URGÊNCIA (Art. 62, da Constituição Federal)

Discussão

7 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 404, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 404, de 2007, que altera o art. 41-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, modificando a data de pagamento dos benefícios da previdência social. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 6-2-08PRAZO NA CÂMARA: 20-2-08SOBRESTA A PAUTA EM: 9-3-8 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 22-5-08

8 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 405, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 405, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor da Justiça Eleitoral e de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 5.455.677.660,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer

da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12-2-08PRAZO NA CÂMARA: 26-2-08SOBRESTA A PAUTA EM: 15-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 28-5-08

9 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 406, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 406, de 2007, que abre crédi-to extraordinário, em favor de diversos ór-gãos do Poder Executivo, no valor global de R$1.250.733.499,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comis-são Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 15-2-08PRAZO NA CÂMARA: 29-2-08SOBRESTA A PAUTA EM: 18-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 31-5-08

10 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 407, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 407, de 2007, que autoriza, em caráter excepcional, a prorrogação de contratos temporários no âmbito de proje-tos de cooperação com prazo determinado, implementados mediante acordos com or-ganismos internacionais, altera as Leis nºs 10.480, de 2 de julho de 2002, prorrogando o prazo de recebimento de gratificações pelos servidores ou empregados requisita-dos pela Advocacia-Geral da União, 11.171, de 2 de setembro de 2005, e 11.233, de 22 de dezembro de 2005, prorrogando o pra-zo de manutenção de Funções Comissio-nadas Técnicas no DNIT e no Ministério da Cultura, respectivamente, e 11.539, de 8 de novembro de 2007, no tocante à Carreira de Analista de Infra-Estrutura. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

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06510 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

11 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 408, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 408, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 3.015.446.182,00, para os fins que espe-cifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

12 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 409, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 409, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 750.465.000,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fisca-lização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

13 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 410, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 410, de 2007, que acrescenta artigo à Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, criando o contrato de trabalhador rural por pequeno prazo, estabelece normas transi-tórias sobre a aposentadoria do trabalha-dor rural e prorroga o prazo de contratação de financiamentos rurais de que trata o § 6º do art. 1º da Lei nº 11.524, de 24 de se-tembro de 2007. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

14 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 411, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 411, de 2007, que dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem, instituído pela Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005, altera a Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

15 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 412, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 412, de 2007, que dispõe sobre a prorrogação do Regime Tributário para Incenti-vo à Modernização e à Ampliação da Estrutura Portuária – REPORTO, instituído pela Lei nº 11.033, de 21 de dezembro de 2004. Pendente de parecer da Comissão Mista. As Emendas de nºs. 10 e 11 foram retiradas pelo autor.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

16 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 413, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 413, de 2008, que dispõe sobre medidas tributárias destinadas a estimular os investimentos e a modernização do setor de turismo, a reforçar o sistema de proteção tarifária brasileiro, a estabelecer a incidência de forma concentrada da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Finan-ciamento da Seguridade Social – COFINS na produção e comercialização de álcool, altera o art. 3º da Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06511

17 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 414, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 414, de 2008, que constitui fonte de recursos adicional para ampliação de limi-tes operacionais do Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social – BNDES. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

18 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 415, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 415, de 2008, que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas em rodovias federais e acresce dispositivo à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

19 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 416, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 416, de 2008, que altera a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007, que institui o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

20 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 417, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 417, de 2008, que altera e acresce dispositivos à Lei nº 10.826, de 22

de dezembro de 2003, que dispõe sobre re-gistro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Na-cional de Armas – Sinarm e define crimes. Pendente de parecer da Comissão Mista. O PL 2.674/07 tramita sob forma de emenda a esta MPV – nos termos do § 2º, do art. 4º da Resolução nº 1, de 2002-CN.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

21 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 418, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 418, de 2008, que altera as Leis nos 11.508, de 20 de julho de 2007, que dispõe sobre o regime tributário, cambial e administrativo das Zonas de Processamento de Exportação, e 8.256, de 25 de novembro de 1991, que cria áreas de livre comércio nos municípios de Pacaraima e Bonfim, no Es-tado de Roraima, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 28-2-08PRAZO NA CÂMARA: 13-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 31-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 13-6-08

AVISOS

ELEIÇÃO DOS PRESIDENTES E VICE-PRESIDENTES DAS COMISSÕES

PERMANENTES DA CÂMARA DOS DEPUTADOS

(Art. 28 § 2º do Regimento Interno)

ATO CONVOCATÓRIO

Nos termos do § 2º do artigo 28 do Regimento Interno, convoco reunião destinada à instalação dos trabalhos das Comissões Permanentes e eleição dos respectivos Presidentes e Vice-Presidentes, no dia 28 de fevereiro de 2008, para as Comissões de:

Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desen-volvimento Rural;

Amazônia, Integração Nacional e de Desenvol-vimento Regional;

Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informá-tica;

Constituição e Justiça e de Cidadania;

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06512 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Defesa do Consumidor; Desenvolvimento Econômico, Indústria e Co-

mércio; Desenvolvimento Urbano;Educação e Cultura; Finanças e Tributação; Fiscalização Financeira e Controle;Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Minas e Energia; Relações Exteriores e de Defesa Nacional; Seguridade Social e Família; Trabalho, de Administração e Serviço Público;Viação e Transportes;Direitos Humanos e Minorias; Legislação Participativa;

Segurança Pública e Combate ao Crime Organi-zado; e Turismo e Desporto.

Brasília, 27 de fevereiro de 2008. – Arlindo Chi-naglia, Presidente.

ESCLARECIMENTO DA PRESIDÊNCIA (NOTAS TAQUIGRÁFICAS

DA SESSÃO ORDINÁRIA DE 27-2-08)

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Antes de proceder à votação, informo ao Plenário que, por solicitação de alguns Líderes, vamos convocar todas as Comissões, exceto a de Constituição e Justiça, para que elejam a Presidência e a Mesa na terça-feira pró-xima, a fim de que na quarta-feira todas as Comissões estejam em andamento.

A Comissão de Constituição e Justiça será ins-talada amanhã. [...]

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06513

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

II – RECURSOS

2. CONTRA PARECER TERMINATIVO DE COMISSÃO – ART. 54 DO RICD C/C ART. 132, § 2º DO RICD

(MATÉRIAS SUJEITAS A DELIBERAÇÃO DO PLENÁ-RIO EM APRECIAÇÃO PRELIMINAR, NOS TERMOS DO ART.144 DO RICd)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – PEC: art. 202, § 1º do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 58, § 3º, c/c o art. 132, §2º, do RICD.

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (art. 58, § 1° do RICd).

2.1 PELA INCONSTITUCIONALIDADE E/OU INJU-RIDICIDADE OU INADMISSIBILIDADE

PROJETO DE LEI

Nº 3.057/2000 (Wanderval Santos) − Inclui § 2º no art. 41 da Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979, nume-rando-se como parágrafo 1º o atual parágrafo único.

COM PARECER PELA INCONSTITUCIONALIDADE E INJURIDICIDADE: PL 5499/01, PL 6220/02, PL 550/03, PL 1001/03, PL 289/07, apensados. (VIDE ITEM 2.2)ÚLTIMA SESSÃO: 4-3-08

2.2 – PELA INADEQUAÇÃO FINANCEIRA E/OU OR-ÇAMENTÁRIA

PROJETO DE LEI

Nº 3.057/2000 (Wanderval Santos) − Inclui § 2º no art. 41 da Lei no 6.766, de 19 de dezembro de 1979, numerando-se como parágrafo 1º o atual parágra-fo único.

COM PARECER PELA INADEQUAÇÃO ORÇAMEN-TÁRIA E FINANCEIRA: PL 754/03, PL 449/07, PL 455/07, apensados. (VIDE ITEM 2.1)

ÚLTIMA SESSÃO: 4-3-08

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDA-DE – ART. 164, § 2º, DO RICD

(SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICd)

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICd).

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 8/2007 (Senado Federal-Heráclito Fortes) – Dis-ciplina as relações jurídicas decorrentes da Medida Provisória nº 320, de 24 de agosto de 2006.DECURSO: 4a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 05/03/2008

PROJETO DE LEI

Nº 7.452/2006 (Cezar Schirmer) – Dispõe sobre a isenção de taxas para registro e porte de armas pelos transportadores individuais de passageiros na catego-ria de aluguel (táxi), e pelos motoristas de empresas e transportadores autônomos de cargas.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

Nº 61/2007 (Eduardo Sciarra) – Altera o anexo da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

Nº 868/2007 (Ilderlei Cordeiro) – Estabelece prazo para registro de propriedade de armas e dá outras providências.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 473/2008 (Arnaldo Jardim) – Susta a Instrução Nor-mativa RFB – Receita Federal do Brasil – nº 802, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a prestação de informações de que trata o art. 5º da Lei Comple-mentar nº 105, de 10 de janeiro de 2001.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 222/2008 (Pedro Chaves) – Acresce artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

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06514 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

PROJETO DE LEI

Nº 2.740/2008 (Dr. Ubiali) – Altera a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

Nº 2.803/2008 (Silas Câmara) – Acrescenta parágrafo único ao art. 1.603 do Código Civil – Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916.DECURSO: 2a. SESSÃO

ÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

Nº 268/2008 (Gerson Peres) – Regula o uso dos car-tões de pagamento de suprimento de fundos também denominados cartões corporativos dos três Poderes.DECURSO: 2a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

(Encerra-se a sessão às 12 horas e 55 minutos.)

Ata da 25ª Sessão, 4 de março de 2008Presidência dos Srs.: Arlindo Chinaglia, Presidente Narcio Rodrigues, 1º Vice-Presidente

ÀS 14 HORAS COMPARECEM À CASA OS SRS.:

Arlindo ChinagliaNarcio RodriguesInocêncio OliveiraWaldemir MokaJosé Carlos MachadoAlexandre SilveiraPartido Bloco

RORAIMA

Angela Portela PTEdio Lopes PMDB PmdbPscPtcFrancisco Rodrigues DEMLuciano Castro PRMarcio Junqueira DEMMaria Helena PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Roraima: 6

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PTFátima Pelaes PMDB PmdbPscPtcJanete Capiberibe PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJurandil Juarez PMDB PmdbPscPtcPresentes Amapá: 4

PARÁ

Bel Mesquita PMDB PmdbPscPtcBeto Faro PTElcione Barbalho PMDB PmdbPscPtcGiovanni Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbLira Maia DEMNilson Pinto PSDBPaulo Rocha PTVic Pires Franco DEMWandenkolk Gonçalves PSDB

Wladimir Costa PMDB PmdbPscPtcZé Geraldo PTZenaldo Coutinho PSDBZequinha Marinho PMDB PmdbPscPtcPresentes Pará: 13

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPscPtcPraciano PTRebecca Garcia PPVanessa Grazziotin PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Amazonas: 4

RONDÔNIA

Anselmo de Jesus PTEduardo Valverde PTErnandes Amorim PTBMarinha Raupp PMDB PmdbPscPtcMoreira Mendes PPSPresentes Rondônia: 5

ACRE

Gladson Cameli PPHenrique Afonso PTNilson Mourão PTPerpétua Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbSergio Petecão PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Acre: 5

TOCANTINS

João Oliveira DEMMoises Avelino PMDB PmdbPscPtcNIlmar Ruiz DEMOsvaldo Reis PMDB PmdbPscPtcVicentinho Alves PRPresentes Tocantins: 5

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06515

MARANHÃO

Domingos Dutra PTFlávio Dino PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbGastão Vieira PMDB PmdbPscPtcPinto Itamaraty PSDBWaldir Maranhão PPPresentes Maranhão: 5

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPscPtcChico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEudes Xavier PTFlávio Bezerra PMDB PmdbPscPtcJosé Airton Cirilo PTJosé Guimarães PTJosé Pimentel PTManoel Salviano PSDBMauro Benevides PMDB PmdbPscPtcPaulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPscPtcRaimundo Gomes de Matos PSDBVicente Arruda PRPresentes Ceará: 12

PIAUÍ

Átila Lira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbB. Sá PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJúlio Cesar DEMMarcelo Castro PMDB PmdbPscPtcMussa Demes DEMNazareno Fonteles PTOsmar Júnior PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbPaes Landim PTBPresentes Piauí: 8RIO GRANDE DO NORTEFábio Faria PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbFátima Bezerra PTHenrique Eduardo Alves PMDB PmdbPscPtcRogério Marinho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbSandra Rosado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Rio Grande do Norte: 5

PARAÍBA

Armando Abílio PTBDamião Feliciano PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbLuiz Couto PTMarcondes Gadelha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbVital do Rêgo Filho PMDB PmdbPscPtcWalter Brito Neto PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbWilson Braga PMDB PmdbPscPtcPresentes Paraíba: 7

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbAndré de Paula DEM

Bruno Araújo PSDBBruno Rodrigues PSDBCarlos Eduardo Cadoca PSC PmdbPscPtcEdgar Moury PMDB PmdbPscPtcFernando Coelho Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbFernando Ferro PTGonzaga Patriota PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMaurício Rands PTPedro Eugênio PTRaul Jungmann PPSRenildo Calheiros PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbRoberto Magalhães DEMWolney Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Pernambuco: 15

ALAGOAS

Givaldo Carimbão PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJoaquim Beltrão PMDB PmdbPscPtcPresentes Alagoas: 2

SERGIPE

Albano Franco PSDBIran Barbosa PTJackson Barreto PMDB PmdbPscPtcJerônimo Reis DEMMendonça Prado DEMValadares Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Sergipe: 6

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbAntonio Carlos Magalhães Neto DEMClaudio Cajado DEMEdigar Mão Branca PVEdson Duarte PVGuilherme Menezes PTJoão Almeida PSDBJoão Leão PPJosé Carlos Aleluia DEMJosé Rocha PRJoseph Bandeira PTJutahy Junior PSDBLuiz Bassuma PTLuiz Carreira DEMMário Negromonte PPRoberto Britto PPUldurico Pinto PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbVeloso PMDB PmdbPscPtcWalter Pinheiro PTPresentes Bahia: 19

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbAntônio Andrade PMDB PmdbPscPtc

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06516 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Bonifácio de Andrada PSDBCarlos Willian PTC PmdbPscPtcElismar Prado PTGeorge Hilton PPGeraldo Thadeu PPSGilmar Machado PTHumberto Souto PPSJairo Ataide DEMJô Moraes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbJoão Bittar DEMJoão Magalhães PMDB PmdbPscPtcJosé Fernando Aparecido de PVJosé Santana de Vasconcellos PRLuiz Fernando Faria PPMárcio Reinaldo Moreira PPMário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbMiguel Corrêa Jr. PTOdair Cunha PTPaulo Piau PMDB PmdbPscPtcRafael Guerra PSDBReginaldo Lopes PTPresentes Minas Gerais: 23

ESPÍRITO SANTO

Iriny Lopes PTJurandy Loureiro PSC PmdbPscPtcLelo Coimbra PMDB PmdbPscPtcLuiz Paulo Vellozo Lucas PSDBNeucimar Fraga PRRita Camata PMDB PmdbPscPtcRose de Freitas PMDB PmdbPscPtcPresentes Espírito Santo: 7

RIO DE JANEIRO

Andreia Zito PSDBAyrton Xerez DEMCida Diogo PTEdmilson Valentim PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEduardo Cunha PMDB PmdbPscPtcFelipe Bornier PHSGeraldo Pudim PMDB PmdbPscPtcHugo Leal PSC PmdbPscPtcJair Bolsonaro PPJorge Bittar PTLéo Vivas PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbLuiz Sérgio PTSimão Sessim PPVinicius Carvalho PTdoBPresentes Rio de Janeiro: 14

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbAldo Rebelo PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbAline Corrêa PP

Antonio Carlos Mendes Thame PSDBAntonio Carlos Pannunzio PSDBArnaldo Faria de Sá PTBArnaldo Jardim PPSArnaldo Madeira PSDBCândido Vaccarezza PTDevanir Ribeiro PTDr. Nechar PVDr. Talmir PVDuarte Nogueira PSDBEmanuel Fernandes PSDBFernando Chucre PSDBJanete Rocha Pietá PTJilmar Tatto PTJosé Aníbal PSDBJosé Eduardo Cardozo PTJosé Genoíno PTJosé Paulo Tóffano PVJulio Semeghini PSDBLobbe Neto PSDBLuciana Costa PRLuiza Erundina PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMarcelo Ortiz PVMárcio França PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMichel Temer PMDB PmdbPscPtcNelson Marquezelli PTBPaulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPaulo Renato Souza PSDBPaulo Teixeira PTRegis de Oliveira PSC PmdbPscPtcRenato Amary PSDBRicardo Berzoini PTRoberto Santiago PVVanderlei Macris PSDBVicentinho PTWalter Ihoshi DEMPresentes São Paulo: 39

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PTPresentes Mato Grosso: 1

DISTRITO FEDERAL

Jofran Frejat PRMagela PTOsório Adriano DEMRodrigo Rollemberg PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTadeu Filippelli PMDB PmdbPscPtcPresentes Distrito Federal: 5

GOIÁS

João Campos PSDBLeonardo Vilela PSDBPedro Chaves PMDB PmdbPscPtc

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06517

Pedro Wilson PTRonaldo Caiado DEMRubens Otoni PTSandro Mabel PRPresentes Goiás: 7

MATO GROSSO DO SUL

Geraldo Resende PMDB PmdbPscPtcWaldir Neves PSDBPresentes Mato Grosso do Sul: 2

PARANÁ

Airton Roveda PRAlex Canziani PTBAssis do Couto PTBarbosa Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbChico da Princesa PRDilceu Sperafico PPDr. Rosinha PTEduardo Sciarra DEMGustavo Fruet PSDBHermes Parcianello PMDB PmdbPscPtcLuciano Pizzatto DEMLuiz Carlos Hauly PSDBMoacir Micheletto PMDB PmdbPscPtcNelson Meurer PPRicardo Barros PPRodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPscPtcPresentes Paraná: 16

SANTA CATARINA

Angela Amin PPCelso Maldaner PMDB PmdbPscPtcDécio Lima PTEdinho Bez PMDB PmdbPscPtcFernando Coruja PPSValdir Colatto PMDB PmdbPscPtcVignatti PTZonta PPPresentes Santa Catarina: 8

RIO GRANDE DO SUL

Adão Pretto PTDarcísio Perondi PMDB PmdbPscPtcEliseu Padilha PMDB PmdbPscPtcGermano Bonow DEMHenrique Fontana PTIbsen Pinheiro PMDB PmdbPscPtcJosé Otávio Germano PPLuciana Genro PSOLLuis Carlos Heinze PPManuela DÁvila PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbMaria do Rosário PTMendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPscPtc

Onyx Lorenzoni DEMPaulo Pimenta PTPaulo Roberto PTBPepe Vargas PTPompeo de Mattos PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbProfessor Ruy Pauletti PSDBRenato Molling PPTarcísio Zimmermann PTVieira da Cunha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbPresentes Rio Grande do Sul: 21

I – ABERTURA DA SESSÃO

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – A lista de presença registra na Casa o comparecimento de 270 Senhoras Deputadas e Senhores Deputados.

Está aberta a sessão.Sob a proteção de Deus e em nome do povo

brasileiro iniciamos nossos trabalhos.O Sr. Secretário procederá à leitura da ata da

sessão anterior.

II – LEITURA DA ATA

O SR. MANATO, 1º Suplente de Secretário, ser-vindo como 2° Secretário, procede à leitura da ata da sessão antecedente, a qual é, sem observações, aprovada.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Passa-se à leitura do seguinte

III – EXPEDIENTE (Não há expediente a ser lido.)

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – En-contra-se presente o Sr. Antonio Carlos Silva Biscaia, representante do Estado do Rio de Janeiro, eleito pela coligação PT/PSB/PCdoB – que tomará posse em vir-tude de afastamento do Titular.

Convido S.Exa. a prestar o compromisso regi-mental, com o Plenário e as galerias de pé.

(Comparece à Mesa o Sr. Antonio Car-los Silva Biscaia e presta o seguinte compro-misso):

“PROMETO MANTER, DEFENDER E CUMPRIR A CONSTITUIÇÃO, OBSERVAR AS LEIS, PROMOVER O BEM GERAL DO POVO BRASILEIRO E SUSTENTAR A UNIÃO, A INTEGRIDADE E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL”.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – De-claro empossado o Sr. Antonio Carlos Silva Biscaia, que tantas contribuições já deu a este Parlamento. Tenho certeza de que S.Exa. nos ajudará neste mo-

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06518 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

mento importante que vivemos no Congresso Nacio-nal. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Pas-sa-se ao

IV – PEQUENO EXPEDIENTE

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Ademir Ca-milo.

O SR. ADEMIR CAMILO (Bloco/PDT – MG. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente Narcio Ro-drigues, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer um bre-ve registro.

Encontram-se conosco o Prefeito Municipal de Poté e Presidente da Associação Microrregional do Vale do Mucuri e do Vale de São Mateus, Antônio Pio Saldanha, e também o Deputado Estadual de Minas Gerais Sargento Rodrigues, do PDT – meu partido.

Espero que essa curta permanência aqui em Bra-sília tenha sucesso. Nós nos orgulhamos em receber esses nossos conterrâneos.

Obrigado pela presença conosco. O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, no recente final de semana, em visita ao Município de Quixera-mobim, inteirei-me das últimas realizações do Prefeito Edmilson Junior, cuja gestão tem-se voltado, com opor-tunas iniciativas, para as áreas de educação, saúde e infra-estrutura.

Em todas essas áreas prioritárias, as iniciativas têm recebido o incentivo da comunidade, beneficiária maior de todos os empreendimentos levados a efeito naquela comunidade do sertão central do Ceará.

Os cursos da Universidade Aberta, funcionando no Colégio Andrade Furtado, oferecerão excelente ca-pacitação à juventude daquela urbe, evidenciando a preocupação da edilidade em abrir perspectivas mais auspiciosas para os que demandam formação no en-sino superior.

Quanto ao Hospital Regional Pontes Neto, será afixada ali a placa Hospital Amigo da Criança, que testemunhará o esforço da atual gestão para estimu-lar o aleitamento materno, na sede e nos diversos distritos.

A construção de pequenos açudes e quadras esportivas e outras realizações no âmbito da infra-estrutura representaria algo extremamente positivo para a administração Edmilson Júnior.

Ao registrar todos esses empreendimentos, de-sejo cumprimentar o atual Chefe da Municipalidade. Que prossiga na sua nobilitante faina, beneficiando os habitantes daquela progressista cidade, que pos-sui como figura lendária o bravo Antônio Conselheiro, responsável pela epopéia de Canudos, numa época

em que as injustiças sociais clamavam por soluções que amparassem os meus favorecidos do Nordeste brasileiro.

Sr. Presidente, reitero o apoio que tenho empres-tado à administração do Prefeito Edmilson Junior, na expectativa de que continue realizando a sua gestão no mesmo ritmo de atendimento aos anseios coletivos.

O SR. DÉCIO LIMA (PT – SC. Pronuncia o se-guinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, o que me traz a esta tribuna hoje é a celebração, mais do que justa, do Dia Internacional da Mulher, no próximo dia 8 de março.

Em todo o mundo, são inegáveis os avanços que asseguram cada vez mais direitos às mulheres. No entanto, as desigualdades entre os sexos persistem e ainda estão longe de serem superadas. As mulheres seguem ocupando lugares de menor prestígio da socie-dade, o que se reflete, com maior ou menor intensidade, nos mais variados espaços, como no âmbito doméstico, no trabalho, nas religiões, etc. Nessa direção, entendo que a violência contra as mulheres é a expressão má-xima das relações desiguais de gênero.

Enfrentar a violência contra as mulheres requer não só uma percepção multidimensional do fenôme-no, como também a convicção de que para superá-lo é preciso investir no desenvolvimento de políticas que acelerem a redução das desigualdades entre homens e mulheres.

A construção de uma sociedade mais justa e igualitária pressupõe o enfrentamento ao fenômeno da violência doméstica, pois até 60% dos casos en-volvendo violência física foram cometidos por maridos e companheiros, pessoas que fazem parte do dia-a-dia da vítima. O grande desafio é colocar em prática ações que promovam o empoderamento feminino e que assegurem um atendimento qualificado e huma-nizado às mulheres em situação de violência. Enfim, iniciativas que garantam o acesso de todas as mulhe-res a seus direitos nas mais variadas dimensões da vida social e que resultem em mudanças de padrões culturais vigentes.

Em nosso País, apesar dos avanços em vários campos, como a criação das delegacias especializa-das e de serviço de atendimento às mulheres, incor-poraram-se também ações destinadas à prevenção, à assistência e à garantia dos direitos da mulher em dife-rentes campos, como nas áreas de saúde, segurança, educação, assistência social, cultura e justiça.

Devemos, porém, nunca deixar de envolver a so-ciedade na busca de soluções para eliminar a violência contra as mulheres, modificando comportamentos e padrões machistas que infelizmente ainda são cons-tantes em nossas comunidades.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06519

A Lei Maria da Penha, de 7 de agosto de 2006, criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. É sem dúvida a conquista mais recente das brasileiras, e todos nós devemos assegurá-la como um compromisso inegociável. A tragédia pessoal dessa mulher virou símbolo da luta contra os maus-tratos físicos, psicológicos e morais sofridos por uma parcela significativa da população feminina brasileira.

O Governo Lula foi inovador ao formar a Secreta-ria Especial de Políticas para as Mulheres há mais de 5 anos, avançando no combate de todas as formas de violência contra as mulheres, a partir de uma perspec-tiva de gênero e de uma visão integral do fenômeno.

No dia 17 de agosto do ano passado, o Presiden-te Luiz Inácio Lula da Silva lançou o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres e assegurou, no Plano Plurianual (PPa), R$1 bilhão para o investimento em ações de enfrentamento à violência a serem executadas por diversos Ministérios e Secre-tarias, sob a coordenação da SPM.

O Pacto aprofunda a implementação da Lei Maria da Penha; fortalece o combate à exploração sexual de meninas e adolescentes e ao tráfico de mulheres; pro-move os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres e os direitos humanos das mulheres em situação de prisão. Isso tudo demonstra o crescimento de um en-tendimento de que as desigualdades de gênero e raça são fatores estruturantes da exclusão social.

É preciso ter clareza, nobres colegas, de que enfrentar esse fenômeno não é uma responsabilidade apenas das mulheres, mas de toda a nossa socieda-de. Uma sociedade já cansada de ver suas mulheres em situações de risco dentro de seus próprios lares, ameaçadas por seus companheiros e tendo seus filhos desestruturados com a repercussão que esses atos de violência causam, pois geram situações de desajuste e prejudicam a educação e a formação de crianças e adolescentes.

Deixo aqui os meus cumprimentos às mulheres de todo o País, desejando que estejamos cada vez mais próximos de finalmente exterminar este horror que é a violência contra a mulher.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado. O SR. ROBERTO BRITTO (PP – BA. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero fazer 2 considerações.

Em primeiro lugar, parabenizo esta Casa por ter realizado hoje uma Comissão Geral em homenagem às mulheres. Mulheres de luta, mulheres guerreiras, como as do meu Município de Jequié, Estado da Bahia, a quem parabenizo neste momento.

Em segundo lugar, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, é com grande satisfação que parabenizo o Presidente Lula, pela assinatura da medida provi-sória que aumenta o salário mínimo para o valor de 415 reais.

O novo salário representa um aumento de 9,2% em relação ao mínimo anterior, mais que o dobro da inflação do período (4,1%). É também um avanço em comparação à proposta anunciada pelo Ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, quando disse que o mínimo seria de R$412,40.

O Presidente Lula recebeu 3 versões de MP, com valores diferentes. Uma reajustava para R$412,40; ou-tra, para R$413; e a terceira, pela qual o Presidente optou, previa R$415.

Destaco que desde o primeiro ano do Governo Lula até agora o salário mínimo teve reajustes nomi-nais que superam a casa dos 100%, passando de 200 reais em 2003 para 415 reais agora.

A valorização do mínimo tem sido um importante instrumento do Governo para distribuir renda e com-bater as desigualdades sociais.

O aumento de 32,40 reais representa ainda a entrada de cerca 1 bilhão e 600 milhões de reais na economia do País. O que vai colaborar para o cres-cimento do mercado interno. E aumentar o poder de compra do trabalhador, para pagar despesas de primei-ra necessidade, como: alimentação, moradia, saúde, educação, vestuário, higiene.

Quero lembrar que ainda há muito que fazer para garantirmos, no futuro, um salário maior, capaz de proporcionar uma vida cada vez mais digna ao trabalhador brasileiro. E esperamos que, para isso, o Senado Federal aprove, como fizemos aqui na Câ-mara, o Projeto de Lei do Salário Mínimo, que tramita naquela casa e estabelece uma política de valorização até o ano de 2023.

Muito obrigado, Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados.

O SR. FLÁVIO BEZERRA (Bloco/PMDB – CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, servidores e assessores, telespectadores da TV Câmara, ouvintes da Rádio Câmara e profis-sionais da imprensa, toda criança tem direito à vida, à saúde, à liberdade, à educação, à cultura e à digni-dade, de acordo com o Estatuto da Criança e do Ado-lescente. Entretanto, a teoria nem sempre é seguida na prática.

Acredita-se que chegue perto de 8 milhões o quantitativo de crianças abandonadas no Brasil. Des-tas, cerca de 2 milhões vivem permanentemente nas ruas, envolvidas com prostituição, drogas e pequenos furtos. É um número expressivo, demonstrando que

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não foram aplicadas políticas eficazes para a redução da triste realidade apresentada já em 1994, quando existiam 7 milhões, segundo levantamento da Organi-zação Mundial da Saúde (OMS).

No Brasil, em 1940, a população era de 40 mi-lhões de habitantes. Atualmente, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGe), já existem mais de 180 milhões de brasileiros, o que tem preocu-pado especialistas da área, que vêem no crescimen-to populacional um dos principais problemas a serem enfrentados pela humanidade nas próximas décadas. Outro agravante está na gravidez precoce. Jovens brasileiras, entre 15 e 19 anos, que deveriam estar enfocadas nos estudos, acabam tendo o seu primei-ro filho nessa faixa etária, dificultando, ou até mesmo paralisando, sua formação acadêmica.

A questão do baixo rendimento salarial e do de-semprego também são fatores que contribuem com o crescimento do número de crianças em situação de abandono. Muitas ainda perambulam diariamente pelas ruas, pedindo dinheiro nos sinais, e acabam entrando para o mundo da criminalidade.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não vim para esta Casa com o intuito de ficar de braços cru-zados. Fui escolhido para trabalhar em prol do desen-volvimento de nosso País, e é isso que vou fazer. Na condição de representante do povo, não posso aceitar que a situação permaneça como está. O povo clama por soluções, e nós somos a voz do povo neste Par-lamento.

Se não quisermos que o caos se instale em nos-so País e que a situação piore ainda mais, deveremos nos posicionarmos e buscar soluções imediatas, a fim de resolver o problema do crescimento populacional desordenado.

É claro que não vamos criar leis que proíbam as pessoas de ter filhos. Não é isso. O que queremos é que políticas educacionais sejam criadas para cons-cientizar a sociedade de que ter filhos sem ter condi-ção de dar a eles boa educação e até alimentação é pior do que não tê-los.

É preciso que, antes de colocar uma criança no mundo, o casal analise sua condição financeira. A criança é a parte mais sensível. Não é justo que ela pague pela falta de planejamento de seus genitores. Temos de pensar em políticas públicas voltadas para a solução desse problema, que vem crescendo cada vez mais em nosso País.

Sr. Presidente, aproveito o ensejo e parabenizo a mulher cearense: a marisqueira, a pescadora, a ta-pioqueira, a mulher rendeira do meu Ceará.

Viva a mulher brasileira! Viva a mulher cearen-se!

Era o que tinha a dizer.O SR. GONZAGA PATRIOTA (Bloco/PSB – PE.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, primeiramen-te saúdo as mulheres do mundo inteiro, as mulheres brasileiras, as mulheres pernambucanas e as minhas mulheres – minha esposa Roxana e minhas 8 filhas – pelo Dia Internacional da Mulher.

Sras. e Srs. Deputados, no último final de sema-na de fevereiro, estive no município de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco, para participar da 1ª Feira da Agricultura Familiar.

A Feira foi realizada com dignidade e eficiência, buscando resgatar a história dos 20 anos do Projeto Fulgêncio e oportunizando ações e serviços, como palestras, cursos, seminários, rodadas de negócios, Festival do Folclore e Feira de Artesanato.

O evento também tinha como objetivo estimular alternativas que viabilizem a sustentabilidade socio-econômico e cultural das famílias dos pequenos pro-dutores, além de oferecer vasta programação com te-mática artística e ambiental, valorizando os costumes e hábitos da cultura regional e local.

De modo geral, os principais objetivos foram: pro-mover a valorização do agricultor e trabalhador rural, bem como a de suas famílias, no setor da agricultu-ra familiar; revitalizar o cultivo da agricultura irrigada e de sequeiro pela introdução de novas técnicas de produção; motivar e atrair um fluxo turístico cada vez maior para o Município de Santa Maria da Boa Vista; integrar a população da região aos Estados vizinhos, no tocante ao processo promocional de inovação no setor de produção, comercialização e social do muni-cípio; estimular a produção e a melhoria da qualidade da agricultura e da fruticultura irrigada e de sequeiro para o exigente mercado consumidor local, nacional e internacional; incentivar a divulgação e comercialização da produção da região no setor de fruticultura, turismo, artesanato, gastronomia, por meio da programação do evento; expandir o mercado de trabalho de captação e o incentivo à abertura de novos projetos voltados para produção, industrialização, comércio, turismo e serviços; realizar um evento cultural com exposição de agrone-gócio; mostrar a importância da agricultura e da fruti-cultura irrigada; divulgar o trabalho e o fortalecimento da agricultura orgânica; despertar nas comunidades o interesse pelo aproveitamento da água; proporcionar às famílias reassentadas, assentadas e de sequeiro, bem como à população em geral, lazer e diversões; co-memorar os 20 anos de reassentamento; conscientizar a população da necessidade de preservação do meio ambiente; coletar e gravar dados, fotografias, vídeos e depoimentos desse período histórico.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06521

Sr. Presidente, foi um importante evento. A con-cepção inicial extrapolava a simples idéia de festa com shows, entretenimentos, música, dança, bebidas etc., pois, mesmo tendo essa maquiagem, havia propósitos bem definidos de afirmação do setor da agricultura fa-miliar e do agronegócio, somados aos de promoção, divulgação e valorização dos bens históricos, culturais, turísticos e naturais da região. Por outro lado, havia o claro objetivo de captação de novos investimentos, oferecendo novas perspectivas à economia e ao de-senvolvimento agroindustrial e turístico do município, visando à geração de emprego e renda para a popu-lação local.

O evento buscou uma crescente adesão dos poderes públicos e privados, objetivando tornar-se um grande sucesso de mídia na imprensa regional e nacional. A festa atraiu um grande número de empre-sários e turistas, que foram conhecer os potenciais técnicos e científicos de uma região antes adversa e que se transformou rapidamente na maior concentra-ção de produtores da agricultura familiar num municí-pio de pequeno porte do Brasil, graças ao trabalho, à dedicação e à fé de um povo que, desafiando todas as adversidades naturais e climáticas, mudou a pai-sagem esturricada do semi-árido brasileiro e a vida de milhares de pessoas.

A Feira da Agricultura Familiar para comemo-ração dos 20 anos do Projeto Fulgêncio, no Vale do São Francisco, congregou pessoas de todos os seg-mentos sociais e econômicos da região nordestina, notadamente dos municípios que compõem a RIDE – Região integrada de Desenvolvimento Econômico do pólo Petrolina-PE/Juazeiro-BA. Houve participações diretas ou indiretas em todas as atividades expositi-vas, apresentações culturais e de estudos afins, com foco na agricultura familiar e na fruticultura irrigada, bem como na junção dos turistas de diferentes partes do Brasil e de alguns países da Europa, que vieram participar da festa e conhecer a região.

Sr. Presidente, a Feira foi um sucesso. A grade de shows artísticos e culturais ocorreu na Área da Maçanzeira. Dois grandes palcos foram montados um ao lado do outro, com grandes atrações nacionais, re-gional e local, além de números folclóricos da cultura nordestina. Cito, entre eles, a conhecida Catraia do Cari, atração cultural do município. Os mais engraça-dos artistas anônimos da sociedade fazem o público delirar de alegria e emoção.

Na Feira de Artesanato e Gastronomia, os muni-cípios da região fizeram exposição dos seus potenciais culturais (dança, história e artesanato), econômicos, gastronômicos e das ações voltadas para o bem-estar de seus habitantes.

Para finalizar, solicito a divulgação de relatório com os dados desse evento que, sem dúvida, revo-lucionou o sertão de Pernambuco e a bela cidade de Santa Maria da Boa Vista.

Parabenizo todos os envolvidos na organização da 1ª Feira da Agricultura Familiar no Município de Santa Maria da Boa Vista, principalmente o Prefeito Leandro Duarte.

RELATÓRIO A QUE SE REFERE O ORA-DOR

RELATÓRIO DO EVENTO

I Feira de Agricultura Familiar de Santa Maria da Boa Vista / PE

Feira da Agricultura Familiar e Pequeno Produtor Rural

De 22 a 24 de fevereiro de 2008 – Santa Maria da Boa Vista/PE

Carta de Consolidação: I Feira de Agricultura Familiar de Santa Maria da Boa Vista/PE –Projeto Fulgêncio 20 anos.

Projeto executado pela Prefeitura Municipal de Santa Maria da Boa Vista/PE e ONG Maracatu Nação Matingueiros observando o compromisso em trans-formá-lo num propulsor econômico do Estado conso-lidando-se como a maior feira de agricultura familiar e do pequeno produtor rural do país.

Objetivos Atingidos: À primeira feira de Agricultura Familiar de Santa

Maria da Boa Vista foi um sucesso, conforme dados abaixo:

Realizada no período de 22 a 24 de fevereiro, na cidade de Santa Maria da Boa Vista-PE:

Público que passaram pelo Parque de Exposi-ções = 4.000 (1ª.noite) 6.000 (2ª noite) 2.000 (3ª noite) =>total: 12.000

Total de Expositores 23Total de estandes =32Estimativa de valores movimentados = 43 milhões

(despesas, vendas e captação de investimentos)Lançamentos de novos produtos = 04 (Tratores

de baixo custo, sistemas de irrigação por gotejamen-to, pulverizadores de tração animal, estufas agrícolas para fruticultura)

transmissão direta da TV Cultura e TV Grande Rio.

Patrocinadores/Apoiadores: Governo do Estado: ARPE e FUNDARPE; Governo Federal: Ministério da Ciência e Tecnologia, Banco do Nordeste, Petrobrás e Chesf

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Shows culturais apresentados: 02Shows artísticos apresentados: 05Municípios participantes da Feira: Lagoa Grande,

Petrolina, Santa Maria da Boa Vista, Cabrobó e Orocó.Produtores rurais/caravanas: 1.250 pessoasSeminário / Cursos / Visitas Técnicas = 09 even-

tos realizados e 600 participantesMão-de-obra empregada = 720 pessoas diretasHospedagem em Santa Maria da Boa VistaHotéis/Pousadas = 180 pessoasLocação de residências = 3 casas = 24 pessoasRegião beneficiada: Santa Maria da Boa Vista =

todas as pousadas (03) ocupadas (100%)Veículos locados: Vans = 19 canos ocupados

Ônibus = 30 ocupadosSegurança: 150 homens militares (polícia femini-

na, policial militar, polícia do turista e corpo de bombei-ros); 12 policiais civis e 63 seguranças particulares

Ocorrências: Nenhum incidente ou acidente foi verificado durante o evento.

Presenças especiais: Secretário de Estado da Agricultura de Santa Catarina; Deputado Federal: Gon-zaga Patriota; vereadores, políticos, empresários e au-toridades de empresas públicas e privadas.

21. Ações de Cidadania:Teste de DiabetesMedição de Pressão ArterialAtendimento e Concientização dos Problemas

da DengueDistribuição de MudasCorte de CabeloAtendimentos a População em GeralSecretarias: Saúde, Agricultura, Infraestrutura,

Social, Educação e Cultura22. Expositores especiais: Banco do Brasil; Ban-

co do Nordeste23. Compromissos assumidos:

a) Realizar em 2008 a II Feira de Agri-cultura Familiar de Santa Maria da Boa Vista/PE

b) Fortalecer o Agricultor Familiar da re-gião com mais tecnologia.

c) Procurar desenvolver os potenciais latentes da região, nas áreas de fruticultura, Agricultura e caprino ovino cultura.

Serviços contratados:

•Equipe de segurança contratada em es-calas a partir de 05 dias anteriores ao evento, até 03 dias após o evento.

•Equipe de dinâmicas

•Limpeza, contratados em escalas a partir da montagem e na manutenção dos espaços de circulação da feira, bem como dos serviços oferecidos durante evento.

•Eletricista, pedreiro, pintor, serralheiro e marceneiro.

•Pessoal de apoio•Brigadistas de incêndio•Porteiro•Carregadores, contratados em esca-

las na montagem, no evento e na desmon-tagem.

Mídia:

•Assessoria de imprensa Fornecida pela Prefeitura Municipal.

•Mídia refere-se a toda ação em veícu-los de rádio e jornais, para a propaganda do evento, bem como a produção de comercial, spot, folder, faixas, banner, catálogo oficial, cartazes e convites.

Local:

•Santa Maria da Boa Vista/PE

Período:

•De 22 a 24 de fevereiro de 2008•Das 08h00min às 24h00min•Entrada Franca

Público Alvo:

•Agricultores familiares•Pequenos Produtores Rurais•Público Convidado Direcionado \ Cara-

vanas dos demais pólos agrícolas do Estado•Público em Geral da Região

Outros Públicos:

•Técnicos visitantes

•Autoridades•Expositores

Projeção do Evento:

O Evento teve projeção regional e nacional, uma vez que se consagrou como a mais importante Feira da Agricultura Familiar e do Pequeno Produtor Rural do interior de Pernambuco, com participação além do Governo do Estado, de

Entidades não governamentais, empresas pri-vadas, Ministérios e autarquias federais e expositores de todo o País.

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O SR. JOSÉ CARLOS VIEIRA (DEM – SC. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, inicialmente pa-rabenizo todas as mulheres pelo Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. De acordo com o grande cientista político moderno Domenico di Masi, a humanidade perdeu muito por não ter aproveitado antes a inteligência da mulher.

Na oportunidade, registro a presença nesta Casa de Waldemar Schulz – Mazinho –, Presidente do Sin-dicato dos Comerciários de Joinville, que veio acom-panhar a votação da Medida Provisória nº 1.990. Ele preside também a UGT de Santa Catarina.

Sras. e Srs. Deputados, a violência no trânsito já assumiu a dimensão de calamidade pública. Embora as estatísticas a esse respeito não sejam precisas, tra-fegam hoje pelas ruas e estradas de nosso País cerca de 42 milhões de veículos. E o funcionamento muitas vezes descontrolado de tamanha frota resulta em um número aterrador de mortes por acidente, a ponto de situar o Brasil entre os 6 países com maior incidência dessa modalidade de sinistro. Aqui, tal ocorrência só perde para o homicídio, entre as maiores causas ex-ternas de mortalidade.

A cada 24 horas, cerca de 100 pessoas perdem a vida no trânsito e perto de 1 mil ficam com seqüelas permanentes. Isso resulta em uma média anual de 35 mil mortes, quase equivalente à registrada na Guerra do Iraque, de 37 mil.

Além desse custo em vidas humanas e em trau-mas familiares, impossível de contabilizar, a violência no trânsito gera outro, no plano econômico, para o con-junto da sociedade, da ordem de R$22 bilhões.

Infelizmente, é forçoso reconhecer que, nesse ter-rível contexto nacional, o meu Estado, Santa Catarina, destaca-se por apresentar uma das piores situações.

De acordo com os registros da Superintendência Regional da Polícia Rodoviária Federal, abrangendo as 7 BRs que cortam o Estado, houve crescimento da ordem de 8% na quantidade de acidentes, feridos e vítimas fatais, entre janeiro e novembro de 2006 e igual período de 2007. Ou, com maior detalhe: de 11.002 para 11.886 acidentes, de 7.195 para 7.720 feridos e de 470 para 509 mortos.

Quase que diariamente novos exemplos dessa enorme tragédia são estampados em manchetes dos jornais catarinenses.

Embora não seja das mais extensas, a malha ro-doviária federal do Estado apresenta uma quantidade brutal de desastres e de vítimas fatais. No feriado do último Natal, alcançou o desonroso segundo lugar de todo o Brasil em ocorrência de acidentes (297), além do terceiro em mortes (19). Durante o Carnaval, mesmo com o reforço na fiscalização e a entrada em vigor da

Medida Provisória nº 415, proibindo a venda de bebi-das alcoólicas às margens de estradas, ainda foram registrados 239 acidentes e 15 mortes.

Dessas 15 mortes, chamam a atenção as 4 de membros de uma mesma família, em uma colisão no trecho de pista simples da BR-101, na altura de São João do Sul. Completam essa desoladora contabilidade: 1 vítima no trecho duplicado da BR-101; 6 vítimas na BR-282; 3 vítimas na BR-280; e 1 vítima na BR-116, perto de Monte Castelo.

Segundo especialistas da Polícia Rodoviária Fe-deral, esse quadro lamentável tem relação com o ex-cesso de velocidade e a imprudência, em especial, nas ultrapassagens em lugares perigosos e proibidos. São atitudes reveladoras do completo desrespeito às leis e mesmo às regras básicas de civilidade, só passíveis de mudança por meio de intensas ações educativas e preventivas.

Nesse sentido, é de suma importância a iniciati-va do Grupo RBS de promover campanha institucional sobre a violência no trânsito.

A campanha está no ar desde o dia 19 de de-zembro, tendo como alvo principal o público jovem masculino. Esse alvo foi identificado em pesquisas que revelam concentrar-se entre os homens de 18 a 29 anos a maioria das vítimas dos acidentes.

Por essa razão, as peças publicitárias buscam provocar os jovens motoristas, com mensagens que repudiam quem desrespeita as leis de trânsito, anda em alta velocidade ou dirige grudado na traseira dos outros carros. Tais ações são relacionadas a imagens de movimentos de animais ou são ridicularizadas por conhecidas atrizes gaúchas.

Reforçando a mensagem visual, o slogan Correr é o fim! assina todas as peças. Já a frase Violência no Trânsito: Isso tem que ter fim! é utilizada no material editorial para rádio, TV, jornal e Internet.

Parabenizo, portanto, o Grupo RBS, grande em-presa de comunicação do sul do Brasil, pela oportuna iniciativa, visando contribuir para a solução de problema que aflige todos os brasileiros e que, entre os catari-nenses, já assumiu a proporção de tragédia.

Muito obrigado.O SR. BARBOSA NETO (Bloco/PDT – PR. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta tarde, registro minha admiração pelo trabalho desenvolvido pelo Grameen Bank, institui-ção bancária criada pelo bangladeshiano Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006.

Nos anos 70, Yunus foi o criador do conceito de microcrédito solidário no mundo. Esse sistema con-cede microempréstimos de U$140 (aproximadamente R$200) em média. Eles são pagos semanalmente e

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06524 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

têm possibilitado a criação de milhares de pequenos negócios em sociedades carentes de desenvolvimento e investimento. Inicialmente implantando em Bangla-desh, país com 130 milhões de habitantes, o micro-crédito foi responsável por uma revolução social em 30 anos. Em 1970, o país registrava que 80% de sua população vivia abaixo da linha de pobreza. Com os esforços combinados em educação, crédito e organi-zação da sociedade, esse percentual caiu para 35% em 30 anos.

O conceito implantado por Yunus visava erradicar a pobreza daquelas famílias que não conseguiam ob-ter créditos junto a instituições bancárias ou ao próprio governo. A idéia era fornecer algum recurso para que os próprios cidadãos pudessem gerar auto-empregos, fomentando atividades que gerassem rendas para os pobres ou para a construção de sua habitação, ao con-trário dos empréstimos destinados ao consumo. Yunus cita exemplo de mulheres que utilizaram o empréstimo na compra de aparelhos celulares e acabaram se tor-nando a central telefônica de suas aldeias.

Os serviços do Grameen Bank são bastante dire-cionados. A instituição os oferece nas portas das casas dos pobres, adotando o princípio de que as pessoas não devem ir ao banco, mas o banco é que deve ir às pessoas. É uma idéia inovadora. Ela nos faz refletir sobre o que é verdadeiramente responsabilidade so-cial. Enquanto a maioria dos bancos só pensa no lucro capitalista sem limites, procurando aumentá-lo a cada dia, com total desconsideração pelos pobres, o Gra-meen Bank adota conceito oposto e consegue colher resultados espantosos: a linha de crédito voltada ex-clusivamente para mendigos já fez com que mais de 10 mil deles abandonassem as ruas e se tornassem vendedores. Além disso, o banco já criou programas de estímulo não somente ao crédito, mas também à utilização de fontes de energia alternativa, como a energia solar e o biogás. Percebe-se que, por meio desse empreendimento, o crédito solidário não só ren-de benefícios sociais, mas também ajuda a melhorar o meio ambiente em Bangladesh.

Concluo, Sr. Presidente, utilizando as palavras de Yunus sobre o microcrédito e refletindo como seria proveitoso para o Brasil se idéias empreendedoras como essas fossem implantadas:

“O ‘ Grameencredt ’ (crédito do Banco Grameen) baseia-se na premissa de que os pobres têm habilidades profissionais não uti-lizadas, ou subutilizadas. Definitivamente não é a falta de habilidades que torna pobres as pessoas pobres. O Grameen Bank acredita que a pobreza não é criada pelos pobres, ela é criada pelas instituições e políticas que o

cercam. Para eliminar a pobreza, tudo o que temos de fazer é implementar as mudanças apropriadas nas instituições e políticas, e/ou criar novas instituições e políticas (...) o Gra-meen Bank criou uma metodologia e uma ins-tituição para atender às necessidades finan-ceiras dos pobres e criou condições razoáveis de acesso a crédito, capacitando os pobres a desenvolverem suas habilidades profissionais para obter uma renda maior a cada ciclo de empréstimos.”

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. ERNANDES AMORIM (PTB – RO. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, por ser Parlamentar da base governista, tenho compromisso com a governabilidade. Por isso, ocupo a tribuna para chamar a atenção do Governo para as decisões equivocadas tomadas pelos burocratas do Planalto.

Se não, vejamos: para combater o desmatamento na Região Norte, provocado pelos grandes plantado-res de soja, a solução encontrada pelos burocratas é ação da Polícia Federal e corte de créditos. Como nas outras oportunidades, essa medida somente atinge os pequenos produtores, pois para os grandes latifundi-ários jamais faltou credito; e não se tem notícias de prisão de algum deles.

Falta sensibilidade ou inteligência aos nossos burocratas, pois não se concebe uma medida dessa magnitude sem que seja dada ao pequeno produtor agrícola ou ao madeireiro uma alternativa de sobrevi-vência ou subsistência.

Sabemos todos que na Região Norte a agricul-tura familiar agrega um expressivo contingente de tra-balhadores rurais, que migraram para lá a convite do Governo Federal, com uma campanha em todo terri-tório nacional, via televisão, rádio e jornal.

A chamada de ordem era: “Integrar para não en-tregar”. Os assentados eram obrigados pelo Governo Federal, ao adentrar na gleba, a iniciar imediatamen-te a derrubada, sob pena de perder o seu lote caso isso não ocorresse. E contavam com financiamento do Banco do Brasil.

A campanha motivou-me a deixar a minha Bahia para tentar uma vida de trabalho em Rondônia. Recebi, inclusive, financiamento do Governo Federal naquela época para fazer o desmatamento. Hoje temos a Ope-ração Arco de Fogo, de combate ao desmatamento.

Assim como ocorreu comigo e com a minha famí-lia, para Rondônia se deslocaram milhares de famílias de agricultores. A agricultura é a sua única atividade de subsistência, pois não sabem fazer outra coisa a não ser o trabalho na terra.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06525

Pergunto aos nossos burocratas: que alternati-va de vida é dada aos nossos agricultores, que estão proibidos de desmatar, de retirar toras de madeiras e não têm créditos? Como vão continuar vivendo sem ajuda, sem produção, sem salários ou cestas básicas? Com essa decisão, somente lhes resta migrar para as periferias das cidades, aumentando as favelas. Sem rendimento algum, acabam sendo tragados pela mar-ginalidade e pelo crime.

Aliás, esse fato já é endêmico em nossas cidades. Os pequenos agricultores e garimpeiros sobrevivem nas favelas graças à solidariedade, que é uma carac-terística do nosso povo.

Faço um apelo dramático aos Ministros da área econômica no sentido de que seja formulada uma po-lítica especifica para minimizar os efeitos cruéis dessa tragédia anunciada, que já atinge um expressivo con-tingente da população rural do norte do País.

Por que não lançar na Amazônia um PAC para recuperação das nossas áreas degradadas? Haveria assim, de imediato, geração de emprego para milhares de trabalhadores. Recuperaríamos parte das nossas matas, principalmente as matas ciliares, e nossos rios, hoje totalmente assoreados.

Aliás, deixo registrado que apresentei emenda ao Orçamento no valor de 200 milhões de reais para recuperação de áreas degradadas em Rondônia. De forma arbitrária, não fomos contemplados. Nem sequer abriram uma pequena rubrica de 1 real para aquele Estado e o País serem beneficiados no Orçamento com um mínimo de recursos para atender o desejo do nosso povo de recuperar as áreas degradadas pelas grandes mineradoras.

A variável ambiental não pode ser considerada de forma unilateral. O homem precisa estar nesse contexto. A luta para preservar a Amazônia não pode ser um aval para lançar pais de família na sarjeta e na miséria.

Muito obrigado.O SR. RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB-

CE. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome completou, no dia 23 de janeiro próximo passado, 4 anos de existência. Sua importân-cia no processo de articulação das políticas sociais no Brasil e na manutenção do sistema de proteção e de promoção social é inegável.

A década de 90 foi marcada, no campo das po-líticas sociais, por um produtivo processo legislativo. Nesse contexto, foram aprovados importantes docu-mentos que deram respaldo legal à luta por direitos fundamentais: integração das pessoas portadoras de

deficiência, Estatuto da Criança e do Adolescente e Política Nacional do Idoso.

O MDS foi criado com o intuito de articular todas as políticas sociais no País e garantir a construção de uma nova política nacional de assistência social, fundamental para a formatação do Sistema Único de Assistência Social – SUAS, capaz de atuar de forma integrada com as demais políticas públicas.

Esses novos marcos regulatórios introduziram significativas contribuições no contexto das proteções sociais não contributivas e elevaram a assistência social ao patamar de política pública afiançadora de direitos.

O rompimento definitivo com as práticas assis-tencialistas e clientelistas ocorreu num amplo processo de debates, conflitos, impasses e conquistas, apoiadas no federalismo cooperativo, na gestão compartilhada entre União, Estados, Distrito Federal e municípios, no exercício do controle social democrático, por meio dos conselhos, em estreita articulação com a sociedade civil e a rede de entidades socioassistenciais.

Neste complexo cenário, o Ministério do Desen-volvimento Social e Combate à Fome – MDS tem es-tabelecido parcerias estratégicas e estruturantes de inclusão social, sem perder de vista a prática republi-cana de respeito à autonomia dos entes federados, a necessária continuidade dos serviços socioassisten-ciais e a garantia do acesso a todos os brasileiros e brasileiras que deles necessitarem.

Merece destaque, também, a aprovação da LO-SAN – Lei nº 11.346, de 15 de setembro de 2006 –, que cria o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Essa vitória envolveu partidos políticos, mo-vimentos sociais e organizações da sociedade civil.

A convergência de interesses permitiu que a nu-trição e o combate à fome assumissem o caráter de política perene no País. A alimentação foi elevada à condição de direito e de política de Estado.

O MDS, ao completar seus 4 anos de existência, tem à sua frente, porém, grandes desafios. Cito, entre eles, a regulamentação e implementação da LOSAN. Essa luta, todos sabemos, não depende só do Go-verno Federal. É fundamental o exercício do poder de pressão de toda a sociedade.

Ao implantarmos nesta Casa legislativa a Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social, objeti-vamos envolver os Deputados nos debates da assis-tência social, a fim de vencermos os enormes desafios que temos para transformar o MDS, que foi criado por decreto, em Ministério, com estrutura física, recursos humanos e tecnológicos, e, principalmente, integrá-lo, de forma legal, na estrutura do Governo Federal, com

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06526 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

a provisão de concurso público para seus técnicos e conseqüente carreira de cargos e salários.

A médio prazo, é importante adotar uma nova visão estratégica de implantação de serviços socioas-sistenciais que anteceda as demandas das populações pobres e de extrema pobreza, converter o enunciado político em política pública e universalizar os serviços de proteção social básica e especial, como já ocorre nas áreas da saúde e da educação.

Finalmente, nesta oportunidade, formulo, em meu nome pessoal e no de todos os integrantes da Frente Parlamentar em Defesa da Assistência Social, votos de pleno êxito ao Ministro Patrus Ananias e à sua va-lorosa equipe técnica.

Sr. Presidente, solicito a divulgação do meu pro-nunciamento no Jornal da Câmara.

Era o que tinha a dizer. O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, solicito a transcrição, nos Anais da Casa, da entrevista do professor de Direito Penal, Juiz Criminal e Promotor de Justiça Luiz Flávio Gomes publicada no jornal O Es-tado de S. Paulo, edição de domingo, com a seguinte manchete: Juiz não pode falar fora dos autos.

A proposta polêmica do Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. A Lei Orgânica da Magistratura – e diz aqui Luiz Flávio Gomes – proíbe prejulgamento em questões de mérito por parte de integrantes do Poder Judiciário.

Quando essa matéria for a julgamento, certamen-te o Ministro Marco Aurélio de Mello, que já adiantou o seu julgamento, deve considerar-se impedido de julgar o mérito.

Essa politização não é correta. Por isso chamo a atenção dos colegas para essa

entrevista do professor de Direito Penal Luiz Flávio Gomes.

MATÉRIA A QUE SE REFERE O ORA-DOR

NACIONALENTREVISTA – ‘Juiz não pode falar fora dos

autos’Fausto MacedoJurista considera que o ministro Marco Aurélio

Mello extrapolou e diz que o presidente Lula fez ‘o que qualquer político faz’

“O juiz realmente não pode falar fora dos autos’, alerta Luiz Flávio Gomes, jurista e pro-fessor de Direito Penal, ao comentar o bate-boca entre o Presidente Lula e o Presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSe), Marco Aurélio Mello. Segundo Gomes, está expres-

so na Lei Orgânica da Magistratura que juiz só deve se manifestar em processo sob sua responsabilidade.

Gomes, que foi juiz criminal por 15 anos, diz que a regra do silêncio vale para qualquer nível – juiz de primeiro grau, desembargador e ministros dos tribunais superiores. O emba-te entre Lula e Marco Aurélio ocorreu porque o DEM e o PSDB pediram no Supremo Tribu-nal Federal (STf) a suspensão do programa Territórios da Cidadania, lançado no início da semana, por considerá-lo eleitoreiro.

Na quinta-feira, em Aracaju, Lula disse que ‘seria bom que o Poder Judiciário metesse o nariz apenas nas coisas dele’, referindo-se, sem citar nomes, ao fato de que Marco Aurélio dois dias antes havia criticado o Território da Cidadania – para ele, um programa social em ano eleitoral, o que a lei proíbe _ e afirmado que a oposição poderia contestá-lo na Justiça. Para o presidente, as declarações teriam sido a senha para a oposição recorrer.

Na sexta-feira, Marco Aurélio reagiu. ‘Na nossa área jurídica há um fenômeno denomi-nado o direito de espernear. Aqueles que se mostrem inconformados por isso ou aquilo têm o direito de reclamar. Eu só estranhei a acidez do presidente’, afirmou. ‘Como ele estava no palanque, eu relevo. Ele estava num ambiente propenso e talvez tenha esquecido que não está em campanha.’

Para Gomes, essa troca de farpas cau-sou perplexidade. Mas o jurista acredita que ‘não existe uma crise institucional, isso é coi-sa boba”.

Juiz não pode falar?Está na Lei Orgânica e todos os magistrados, sem

exceção, a ela devem se submeter. Os juízes, de fato, devem ser mais cautelosos. A magnitude da função de ministro exige ponderação, equilíbrio.

Mas o presidente de um tribunal não tem o di-reito de falar?

O ministro Marco Aurélio não deveria ter decla-rado nada.

Por quê?Porque ele vai participar desse julgamento. Ainda

que não vote, é ele o Presidente do Tribunal Eleitoral.É ruim para o País um embate dessa natureza?É ruim, para a democracia, para o fortalecimen-

to das instituições. Queremos instituições fortes, não queremos instituições fracas, vulneráveis, que não assegurem a continuidade democrática. Melhor para

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06527

a democracia é que todos se respeitem e que não vio-lem regras de ética da profissão.

Fora do Brasil não é comum esse desentendi-mento?

É muito comum a celeuma entre políticos, mas é muito raro ministro falar sobre qualquer assunto. Jus-tamente para não criar polêmicas.

Ministro está impedido de se pronunciar mesmo quando não aborda o mérito de uma pendência?

Juridicamente, o magistrado não deve mesmo falar fora do processo. Prejudica o ambiente harmô-nico dos Poderes, traz desequilíbrio, prejudica até a economia em muitos casos. Sobretudo nesse caso, em que uma representação irá à corte, o ideal seria que o ministro não se pronunciasse.

Lula disse que o Judiciário não deve se meter em seus atos. Ele pode criticar e não ser criticado?

Quando diz que não se mete no Judiciário, quer dizer que não se intromete em decisões judiciais. Po-lítico está aí para isso. Temos que dar um desconto. Juiz é que não pode entrar em bate-boca. Tem que ter mais equilíbrio, mais ponderação.

O presidente da República pode atacar um chefe do Judiciário?

Normalmente, o presidente, por ser político, acaba extrapolando. O presidente fez o que qualquer político faz. Como eles têm mais liberdade para falar, podem falar o que quiserem. O presidente está dentro da margem natural.

E o ministro não está?Nesse episódio, o ministro não deveria ter dado

início à polêmica. Isso não está dentro dessa margem das funções de ministro. Melhor mesmo é que um mi-nistro não fale fora dos autos. É o melhor caminho.

Não seria mais sensato que o presidente também evitasse críticas?

Faz parte do bate-boca, é natural no mundo po-lítico dizer essas coisas. O que

não é natural é o ministro falar. A Lei Orgânica impõe que o magistrado se manifeste

apenas nos autos. Está expresso no texto.Há uma crise entre os Poderes?Não vejo isso como crise. Não chega a ser crise

institucional, apenas um incidente corriqueiro, bobo, que não terá maiores repercussões. Segunda-feira os dois já estarão conversando normalmente. Não foi um incidente sério, mas fica como advertência para o ministro.

Quem é: Luiz Flávio GomesFoi juiz criminal por 15 anos e promotor de Jus-

tiça por 3.É professor de Direito Penal e dirige o Instituto

LFG, preparatório para concursos.

O SR. NAZARENO FONTELES (PT – PI. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, na última sexta-feira, a convite da Vereadora Fátima Leite, estive em Fortaleza para participar de audiência pública na Câmara Municipal.

O evento teve boa assistência de pessoas de todas as idades, que prestigiaram a luta em defesa da vida, de acordo com a Campanha da Fraternidade. Também estiveram presentes Dom Edmilson e várias outras autoridades, além de Deputados Estaduais e Vereadores.

Agradeço aos representantes dos órgãos de im-prensa – especialmente os jornalistas e radialistas que me entrevistaram – a acolhida.

O debate que ali se travou foi franco, diversas posições foram apresentadas, mas sempre em defe-sa da vida.

A propósito, lembro que amanhã o STF julga-rá matéria relacionada à vida. Espero que, de fato, os Srs. Ministros sejam iluminados e reconheçam na cláusula pétrea do art. 5 da nossa Constituição que a vida é inviolável.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. JACKSON BARRETO (Bloco/PMDB – SE.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, na última semana, o Sr. Presidente da Re-pública, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve em Aracaju, onde não apenas inaugurou a obra mais moderna da cidade, um viaduto, mas assinou convênios que, sem dúvida alguma, levarão recursos para o PAC na Re-gião Nordeste.

Mais de 1.200 famílias serão beneficiadas com os 50 milhões de reais a serem investidos no projeto de reforma agrária em nosso Estado.

Era o que tinha a dizer. O SR. MANATO (Bloco/PDT – ES. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro os meus agradecimentos à Ministra do Turismo, Marta Suplicy, e aos funcionários comissionados e de carreira daquela Pasta pelo fato de termos realizado o melhor Carnaval do extremo sul do Estado do Espírito Santo, no Município de Irupi. Com a liberação de re-cursos pelo Ministério do Turismo, pudemos melhorar o Carnaval da cidade.

Agradeço ao Governo Lula, à Ministra Marta Suplicy, aos funcionários do Ministério do Turismo por conceder essa alegria aos munícipes de Irupi.

Obrigado. O SR. PINTO ITAMARATY (PSDB – MA. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Srs. De-putados, presto homenagem a todas as organizações que trabalham no combate à violência, em especial à Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, que

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06528 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

completou, no dia 12 de fevereiro, 29 anos de atuação no meu Estado. São entidades de extrema importância na luta pelos direitos dos menos favorecidos do País.

Diante da profunda crise do Estado brasileiro e do Governo, que tem origem em diferentes fatores e, principalmente, nos esforços de manutenção das es-truturas que configuram a sociedade brasileira como uma das mais desiguais do mundo, a atuação das sociedades que lutam em defesa dos direitos huma-nos é essencial para garantir os direitos fundamentais dos cidadãos.

A Sociedade Maranhense de Direitos Humanos é uma entidade da sociedade civil de natureza públi-ca e um espaço político de denúncia contra o arbítrio e a violência – fatos comuns durante o regime ditato-rial. Ela realiza um trabalho conjunto na zona rural e urbana, com enfoque para a estruturação de uma po-lítica de segurança pública e justiça e para a garantia dos direitos humanos econômicos, sociais, culturais e ambientais.

Registro minha admiração à Sociedade Mara-nhense de Direitos Humanos.

Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para re-gistrar também a realização de 2 importantes eventos no Maranhão: o V Encontro de Primeiras-Damas dos Estados e Municípios, na cidade de Caxias; e a Con-ferência Regional da Juventude, no Município de Icatu. São atividades que reúnem influentes e decisivos atores no destino do País: as mulheres e os jovens.

Na primeira reunião realizada este ano, as Pri-meiras-Damas discutiram a definição de políticas pú-blicas que irão servir de suporte para a administração do Estado e dos municípios. Entre os temas em de-bate, cito: Política de Assistência Social e Segurança Alimentar e Política de Enfrentamento a Discriminação Étnico-Racial.

A Conferência Regional da Juventude tem por ob-jetivo colher informações para a elaboração do Plano Estadual de Juventude, que deverá estar pronto até o final de abril do corrente ano. Além de Icatu, haverá reuniões nos municípios de Balsas, Paço do Lumiar, Porto Franco, Grajaú, Matinha e Bacabal. As conferên-cias são preparatórias para a Conferência Estadual, que ocorrerá em São Luís, Capital maranhense, no final do mês de março.

Tanto o Encontro das Primeiras-Damas quanto a Conferência da Juventude têm a preocupação de ga-rantir a discussão, a construção e o encaminhamento de soluções que garantam o cumprimento de políticas públicas nos municípios maranhenses, sempre levan-tando questões como o desenvolvimento regional sus-tentável e a geração de emprego e renda.

Tratarei de outro assunto.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Esta-do do Maranhão está preocupado com o meio am-biente.

Registro a realização da Conferência Metropo-litana de Meio Ambiente, que reuniu os 4 Municípios da grande ilha: São Luís, São José de Ribamar – ci-dade religiosa –, Raposa e Paço do Lumiar. Pesqui-sadores, sociedade civil, acadêmicos e profissionais do meio ambiente discutiram o tema O Maranhão e as Mudanças Climáticas.

Um diagnóstico sobre as condições climáticas do Estado foi apresentado nas várias reuniões organizadas para debater o assunto. Há desrespeito com a fauna e a flora. Além do cenário ambiental maranhense, foram apresentadas sugestões e propostas da sociedade para os principais problemas ambientais e a sua relação com a questão das mudanças climáticas.

Na Conferência Metropolitana de Meio Ambiente, foram discutidas questões referentes à qualidade am-biental e à urbanização na grande ilha, principalmente problemas de saneamento ambiental, resíduos sólidos, ocupação urbana, entre outros.

A atividade é de extrema importância não somen-te para o Maranhão, mas para todo o País. Há neces-sidade de debater o assunto e propor soluções para o problema ambiental enfrentado por todos. Sempre darei o meu apoio.

Obrigado. O SR. IRAN BARBOSA (PT – SE. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta tarde, registro, com muita satisfação, a presença do Presidente Lula em Sergipe. Além de S.Exa. par-ticipar das atividades já mencionadas pelo Deputado Jackson Barreto, tomou parte, pela primeira vez, do 6º Fórum de Governadores do Nordeste.

A Carta de Sergipe é o documento resultante desse encontro de Governadores realizado em Ara-caju, Capital do meu Estado, no dia 29 de fevereiro, com a presença do Presidente da República e de Mi-nistros de Estado. Considero o documento de extre-ma importância. Por isso, solicito que a ele seja dada ampla divulgação.

Na Carta enfatizam-se o apoio aos Governadores do Nordeste, as linhas de ação que estão sendo tra-balhadas pelo nosso Presidente no PAC, no Programa Territórios da Cidadania. Há também reivindicações para que os investimentos federais sejam ampliados em favor do povo do Nordeste.

Passo a abordar outro assunto.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Banco

do Estado de Sergipe reabre, depois de 15 anos, a Carteira de Crédito Imobiliário.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06529

Na noite do último dia 26 de fevereiro, em um evento que contou com a presença do Governador Marcelo Déda, de toda a Diretoria do banco, de em-presários da construção civil, bem como de outros setores da economia sergipana e de funcionários do banco, essa iniciativa voltou a fazer parte dos serviços prestados pelo nosso banco estadual.

Hoje o BANESE conta com 61 agências no Es-tado, atende 300 mil clientes e tem um faturamento anual de 240 milhões de reais.

A solenidade foi marcada por discursos que afir-mavam o bom momento dos negócios na parte financei-ra, organizacional e administrativa da instituição, apesar dos problemas herdados do Governo anterior.

Cabe-nos enaltecer o sucesso do banco e incen-tivar a proposta, pois um dos principais problemas do povo é a falta de moradia. Essa iniciativa veio como for-ma de minimizar o problema, pelo menos em parte.

Segundo a Diretoria do banco, a Carteira de Cré-dito Imobiliário tem disponíveis 50 milhões de reais para financiar a aquisição de imóveis novos e usados e a construção de novos empreendimentos habitacio-nais no Estado. E ainda há previsão de crescimento desse recurso. Com isso, o banco volta a incrementar o mercado da construção civil, gerando mais empre-go e renda.

Naquela ocasião, foi assinado um convênio entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Ad-ministração, e o BANESE, garantindo facilidades aos servidores públicos para financiarem a casa própria.

Podemos adiantar que a taxa de juros aplicados para servidores será em torno de 3 pontos percentuais menor que a dos juros praticados pelo mercado, além de garantir a agilidade operacional na concessão do crédito. Cinqüenta por cento dos recursos destinados ao crédito imobiliário estão voltados para o perfil do servidor público.

Em uma consulta realizada recentemente com 5.200 servidores, 4.800 dos entrevistados afirmaram não possuir imóvel residencial próprio. Daí a impor-tância desse projeto.

É nosso dever parabenizar a iniciativa e ressal-tar que essa é mais uma das ações que o Governo do nosso Estado está promovendo para melhorar a qualidade de vida do povo sergipano.

Tratarei de outro assunto.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, registro

a importância do Projeto Água Doce, de iniciativa da Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente.

Tal iniciativa visa ao estabelecimento de uma política pública permanente de acesso à água de boa qualidade para consumo humano, promovendo e dis-

ciplinando a implantação, a recuperação e a gestão de sistemas de dessalinização ambiental e socialmente sustentáveis, usando essa ou outras tecnologias al-ternativas para atender as populações de baixa renda residentes em localidades difusas, prioritariamente as do semi-árido brasileiro.

As localidades a serem beneficiadas com a im-plantação das unidades de dessalinização são sele-cionadas a partir de critérios mínimos – a forma de organização das comunidades é um deles. Em geral, busca-se priorizar os assentamentos da reforma agrá-ria no semi-árido por se apresentarem socialmente organizados.

Sr. Presidente, o Programa Água Doce é de fun-damental importância para o Estado de Sergipe. É um modelo de desenvolvimento sustentável. Ao eliminar a presença de sal na água para consumo humano e animal, contribui para a diminuição da sede no semi-árido.

No último dia 19, tive a honra de participar, junta-mente com o Governador Marcelo Déda, do lançamen-to do Programa Água Doce em Sergipe. Na ocasião, S.Exa. e o Secretário Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, o meu companheiro e ex-Deputado Federal Luciano Zica, assinaram o convênio.

O convênio será executado pelo Governo Fede-ral e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos – SEMARH. O programa vai investir 400 reais mil na instalação de 2 unidades de dessali-nização em Sergipe. Metade dos recursos será prove-niente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econô-mico e Social – BNDES; a outra metade, da Fundação Banco do Brasil, onde a princípio serão instaladas 2 unidades demonstrativas.

Tenho certeza de que tal projeto é de muita valia para Sergipe e o apoio integralmente.

Falarei agora de outro assunto.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o meu

Estado, Sergipe, tem a quarta cidade mais antiga do Brasil: São Cristóvão. Foi a primeira Capital sergipa-na. Se não bastasse essa importante referência, essa pequena, porém histórica, cidade pode vir a ter, este ano, um de seus espaços reconhecido como Patrimônio Histórico da Humanidade pela UNESCO, Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Trata-se da Praça São Francisco, que agrega um belíssimo conjunto arquitetônico, construído no sé-culo XVII. Reconhecemos que ele está pouco cuidado em uma parte, e em outra parte está havendo reforma, o que exige muito mais atenção das autoridades e ór-gãos competentes responsáveis pela preservação do nosso patrimônio histórico.

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06530 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O título que será emitido pela UNESCO está sen-do avaliado. O resultado sairá ainda este ano.

A beleza do sítio histórico, caros colegas Parla-mentares, composto pelo Convento de São Francis-co, pelo Palácio Provincial, pela Casa do Ouvidor e por todas as edificações em seu entorno é de beleza singular, encontrada em poucos lugares do mundo, do mesmo período. É de uma beleza realmente indiscu-tível. Mas, infelizmente, as obras de restauração ain-da não finalizadas estão comprometendo aquele belo cenário colonial. A restauração que aquele conjunto arquitetônico vem recebendo caminha de maneira len-ta, e deveria ter sido concluída no mês de setembro do ano passado.

Todos nós sabemos o peso que tem um título de Patrimônio Histórico da Humanidade, pois incentiva o turismo, fomenta o comércio, gera divisas e traz con-seqüente progresso para a cidade contemplada. São Cristóvão nivelará a primeira Capital dos sergipanos a outras grandes cidades do mundo que possuem se-melhante título. Mas também é certo que não basta apenas tombar um patrimônio histórico. É necessário, antes de qualquer coisa, zelar por sua preservação e manutenção para fazer jus a tão honroso título.

É preciso acelerar não só a reforma da Praça São Francisco, como também de várias construções históri-cas de São Cristóvão. Além disso, como bem sugerem moradores e guias turísticos locais, deve haver maior divulgação turística daquele conjunto arquitetônico; melhoramento geral na estrutura da cidade, de restau-rantes e de hotéis; e sinalização dos pontos turísticos para receber bem turistas e visitantes.

De acordo com informações que colhemos na im-prensa, a Secretaria de Cultura do município está com um trabalho de divulgação já pronto. E uma campanha publicitária, em parceria com a UNESCO e órgãos estaduais, será feita não só na cidade, mas também em âmbito nacional e internacional, para divulgar as potencialidades turísticas de São Cristóvão, o que é bastante bem-vindo.

O mais importante, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, é que a cidade sergipana de São Cris-tóvão, um rico conjunto arquitetônico com mais de 400 anos, merece destaque como Patrimônio Histórico da Humanidade. E que o seja a Praça São Francisco, o que deixará feliz não só o povo daquela cidade, caso o título se concretize, mas também todos os sergi-panos. Tal fato pode mudar sensivelmente a vida na-quele município. Apesar de toda a riqueza histórica e arquitetônica, ele padece de fraco desenvolvimento econômico e social. O turismo pode ajudar a mudar essa realidade.

Sr. Presidente, peço a V.Exa. que autorize a di-vulgação deste pronunciamento nos meios de comu-nicação da Casa.

Era o que tinha a dizer.

CARTA A QUE SE REFERE O ORA-DOR

Carta de SergipeOs governadores dos Estados Nordestinos, reu-

nidos em 29 de fevereiro de 2008 no município de Barra dos Coqueiros, Estado de Sergipe, com a hon-rosa presença do Exmo Senhor Luis Inácio Lula da Silva, Presidente da República, e dos Ministros Dilma Rousseff, da Casa Civil, Márcio Fortes, das Cidades, Geddel Vieira, da Integração Nacional, José Múcio, das Relações Federativas, Tarso Genro, da Justiça, e Guilherme Cassel, do Desenvolvimento Agrário, bem como de outras autoridades federais e regionais, ava-liam com grande otimismo a oportunidade histórica de ampliar a interlocução entre seus Estados e Governo Federal, estabelecendo, como propôs o Presidente da República, uma instância de coordenação política para o desenvolvimento regional.

O Nordeste que não é um problema para o Bra-sil, mas um ator indispensável à solução de problemas brasileiros. A região vive um momento de renovação e transformação que está em completa sintonia com o ciclo virtuoso em que se lança o Brasil, e o próprio Fórum dos Governadores do Nordeste é desse mo-mento um eloqüente exemplo.

Analisando temas de interesse nacional e regio-nal, os Governadores aprovaram, unanimemente, o encaminhamento das seguintes proposições:

1) Em relação ao PAC, os Governadores reconhecem o bom andamento do Plano de Investimentos em todo o Brasil, especialmente no Nordeste, e reivindicam a inclusão de ou-tros projetos estruturantes identificados pelos planos estaduais de desenvolvimento.

2) De igual forma, manifestam apoio ao programa Territórios da Cidadania, que tem como objetivo alcançar os pequenos municí-pios, nas áreas mais carentes e de menor de-senvolvimento humano, não alcançados pelo PAC. Destacam as características de valoriza-ção da cooperação entre as áreas do Governo Federal e deste com os demais entes federati-vos, de forma planejada e coordenada.

3) Na área da segurança pública, desta-cam a atual abordagem da questão, que exige integração das ações e das informações entre os vários entes federativos, compartilhando e fortalecendo algumas soluções já encontradas

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06531

neste campo. O Nordeste, como conseqüên-cia do processo de aproximação da ação dos Estados, já busca essa integração e coope-ração regional.

4) Quanto à política de desenvolvimento regional, em face da nova SUDENE, apontam a necessidade de uma clara e objetiva defini-ção das suas atribuições, competências e ca-pacidade de alocação de recursos financeiros, de forma que se constitua em efetivo instru-mento de promoção do desenvolvimento do Nordeste. Recomendam a realização de uma reunião urgente do Conselho Deliberativo, em coerência com proposta anteriormente aprova-da pelo Ministro Guida Mantega, da Fazenda, por ocasião do Fórum dos Governadores em Fortaleza.

5) Quanto à discussão da reforma tri-butária, os Governadores manifestam o en-tendimento de que a PEC encaminhada ao Congresso Nacional representa significativo avanço no aperfeiçoamento do Sistema Tribu-tário Nacional, ainda que necessite de alguns ajustes, dentre os quais se destacam:

O Princípio do Destino: nossa proposta é que a totalidade da receita do ICMS seja destinada ao Es-tado de consumo (destino puro). Essa sistemática de cobrança nas operações interestaduais deverá incidir também nas operações de vendas diretas ao consu-midor final, contribuinte ou não do ICMS (comércio eletrônico, venda por catálogos, mostruários, etc.).

Quanto aos benefícios fiscais, os Governadores enfatizam a necessidade de convalidar todos os be-nefícios fiscais concedidos na forma pactuada, unila-teralmente, pelos Estados envolvidos.

Sugerem a vedação da concessão de novos be-nefícios fiscais concomitante com a vigência e dispo-nibilização dos recursos do FNDR para os Estados.

Quanto à compensação de perdas, o atual texto da PEC apenas garante o ressarcimento decorrente do novo modelo do ICMS até o montante dos recursos percebidos a título de Fundo de Exportação (FPEX) e Lei Kandir (seguro-receita). Essa redação (art. 5º), enfatizam, deverá ser ajustada de forma a garantir a compensação integral das possíveis perdas.

Os valores de referência para o cálculo do seguro-receita deverão ser atualizados monetariamente.

Quanto ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Regional – FNDR, entendem que a distribuição dos recursos do Fundo deverá ser feita de forma inversa-mente proporcional ao IDH.

Conforme já previsto na Carta de Fortaleza, de 24 de maio de 2007, reitera-se que a alocação dos

recursos do FNDR corresponda a, no mínimo, 2% da receita administrada pela Receita Federal do Brasil – RFB (cerca de R$7,4 bilhões, em valores de 2006).

A distribuição dos recursos do Fundo deverá ser invertida em relação ao contido na PEC, de forma que 80% sejam destinados a transferências aos Es-tados para ações de desenvolvimento (investimentos estruturantes e subvenção a empresas), e 20% para investimentos estruturantes, conforme as diretrizes definidas pelas superintendências de desenvolvimen-to regional.

Os Governadores reforçam a necessidade de exa-me, pelo Governo Federal, de questões fiscais contidas nas “Cartas” dos Fóruns anteriores, ainda pendentes de solução, resultantes das reuniões de Governadores realizadas em Natal, João Pessoa, Fortaleza, Recife, Salvador e São Luís, especialmente.

Dessas pendências, destacam: a padronização dos conceitos e limites do Programa de Ajuste Fiscal mediante a utilização daqueles constantes na Lei de Responsabilidade Fiscal, a exemplo do endividamen-to e o cálculo da receita corrente líquida para fins de apuração dos limites da despesa com pessoal; e a revisão da LRF para responsabilizar diretamente os Poderes pelo descumprimento dos limites sobre gas-tos de pessoal.

Solicitam a revisão, pelo Governo Federal, do reduzido limite imposto para comprometimento da Receita Corrente dos Estados na fixação dos fundos garantidores das operações de PPP.

Pleiteiam a reorganização do programa de bio-diesel, de forma a garantir a sustentabilidade das suas operações.

Reafirmam o compromisso de fortalecer as ações de promoção dos direitos das crianças firmados no Pacto “Um Mundo para a Criança e Adolescente do Semi-Árido”.

Finalmente, os Governadores do Nordeste acres-cem à sua pauta de ações o compromisso de tra-balhar conjuntamente com as respectivas bancadas federais, para encontrar uma solução que resolva o grave problema do endividamento dos produtores ru-rais da região.

Barra dos Coqueiros, Sergipe, 29 de fevereiro de 2008. – Marcelo Déda Chagas, Governador do Estado de Sergipe – Teotônio Brandão Vilela Filho, Gover-nador do Estado de Alagoas – Jacques Wagner, Go-vernador do Estado da Bahia – Cid Ferreira Gomes, Governador do Estado do Ceará – Jackson Kepler Lago, Governador do Estado do Maranhão – Cássio Rodrigues Cunha Lima, Governador do Estado da Paraíba – Eduardo Henrique Acciolyn Campos, Go-vernador do Estado de Pernambuco – José Wellington

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06532 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Barroso De Araújo Dias, Governador do Estado do Piauí – Wilma Maria De Faria, Governadora do Esta-do do Rio Grande do Norte

O SR. EDINHO BEZ (Bloco/PMDB – SC. Pro-nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, segundo números da EPAGRI, este ano Santa Catarina terá safra de uva 14% maior e com mais qualidade. Isso quer dizer que a produção passará de 50,2 mil toneladas para 57,3 mil toneladas.

O aumento da safra 2006/2007 para a de 2007/2008 será de 3.570 para 3.850. Haverá cresci-mento também na área de plantio, de 4.091,4 hectares para 4.206,7 de hectares.

Com a expectativa de colher mais de 57 mil tone-ladas de uvas numa área de aproximadamente 4,2 mil hectares, os 126 viticultores catarinenses driblam as dificuldades e apresentam um produto de qualidade, proveniente da busca de alternativas de tecnologias para melhorar a cada ano a qualidade de um fruto que gera suco, vinho, derivados e, principalmente, renda para o fruticultor.

O Vale do Rio do Peixe é a principal região pro-dutora, com mais de 80% da área plantada e previsão de 30 mil toneladas de produção. A constância maior da temperatura, especialmente nos meses de junho e julho do ano passado, contribuiu para a dormência das plantas.

A uva colhida para as indústrias é de excelente qualidade. Dessa forma, houve redução da compra de uvas do Rio Grande do Sul. Espera-se que as condi-ções climáticas continuem favorecendo a qualidade dos frutos.

Este é o período em que a insolação desempe-nha relevante papel na qualidade das uvas. A ampli-tude térmica e a insolação no período de maturação são responsáveis pela pigmentação e pleno amadu-recimento dos frutos.

A Villa Francioni, na região serrana, por exem-plo, importante vinícola catarinense, inicia na próxima semana a colheita de 225 toneladas de uvas, o que deve resultar em 220 mil garrafas.

A Associação Catarinense dos Produtores de Vinhos Finos de Altitude (ACAVITIS) pretende colher mil toneladas para produzir 600 mil garrafas.

Haverá aumento de 50% na produção e de 20% no número de produtores, em relação ao ano passado.

O viticultor não está contente com os preços da uva a serem pagos pelos industriais; os industriais, por sua vez, continuam preocupados com as dificul-dades encontradas na venda dos vinhos pela alta carga tributária, já que o produto não foi incluído no Super-SIMPLES.

Cada vez mais os consumidores brasileiros têm buscando conhecer bons vinhos, entre eles os nacio-nais.

Novas marcas despontam nas prateleiras dos su-permercados e lojas especializadas. Elas não provêm apenas do Rio Grande do Sul, que ainda é o maior pro-dutor de vinhos do Brasil. Vinícolas brasileiros buscam constantemente novas tecnologias, desenvolvem estu-dos e estabelecem parcerias, entre outras ações, para que a produção e a qualidade cresçam juntas.

Em Santa Catarina saltam aos nossos olhos bons exemplos dessa evolução, lembrando que o Sul Cata-rinense continuará produzindo bons vinhos.

No passado, os produtos nacionais não eram valorizados. Hoje observamos o surgimento de novas regiões e evolução em qualidade. Por essa razão, para-benizo os produtores catarinenses que têm trabalhado na conquista de novos mercados e novos consumi-dores, popularizando o consumo de vinhos em Santa Catarina e no Brasil.

Era o que tinha a dizer. O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero registrar visitamos, nesta segunda-feira, ao Município do Vale do Paraíso, na Comunidade Santa Rosa, onde deba-temos o Programa Territórios da Cidadania, do Go-verno Lula.

Estiveram presentes quase 6 associações de pe-quenos produtores rurais, que, tomando conhecimento desse excelente programa de inclusão da população camponesa, demonstraram interesse de participar, de debater idéias e discutir a melhor maneira de aplicação dos recursos públicos.

Parabenizo, portanto, a Comunidade Santa Rosa, do Município do Vale do Paraíso.

Por último, quero registrar reunião que aconte-cerá na sexta-feira próxima com os Prefeitos do Arco do Desmatamento, no Estado de Rondônia, quando discutiremos as ações propositivas para estancar as causas que levaram aquelas regiões a serem incluí-das nas cidades que mais desmataram nos Estados da Amazônia e de Rondônia.

Além da ação que o IBAMA vem implementan-do, de proteção às unidades de conservação, é muito importante apresentar ações propositivas para atacar a causa do desmatamento.

O SR. WALDIR MARANHÃO (PP – MA. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, registro inicialmente que, no último dia 28 de fevereiro, o Diretório Regional do PT no Maranhão aprovou a indicação do meu nome e do Deputado Hélio Soares como pré-candidatos à Prefeitura Municipal de São Luís. Esse é um fato polí-

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tico da maior importância para nosso Estado e certa-mente vai permitir um bom debate.

Sr. Presidente, Srs. Líderes de partidos, Sras. e Srs. Deputados, recebi na semana passada um dossiê contando a história da implantação de um depósito de dejetos humanos, que está funcionando irregularmen-te na periferia do Município de Balsas, sul do Estado do Maranhão.

Mais do que uma denúncia dos moradores, a situação revela a irresponsabilidade dos Poderes Pú-blicos: da Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente; a Secretaria Estadual de Meio Am-biente; e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – IBAMA.

Há 2 anos os moradores reclamam que os deje-tos são largados em buracos comuns, abertos no meio do mato, sem qualquer sistema de proteção ambiental, conforme determina a legislação ambiental. Os dejetos já estão poluindo os córregos e lagos das proximida-des, e é bem provável que o lençol freático já esteja comprometido. Cerca de 30 a 40 cargas diárias chegam ao local, de acordo com os denunciantes.

Além disso, os dejetos largados a céu aberto pro-vocam a proliferação de insetos. Há casos de crianças e adultos que ficaram doentes por conta dessa situa-ção, que compromete também a saúde de alunos que freqüentam uma escola municipal que fica a menos de 400 metros do depósito irregular.

Apesar da gravidade da denúncia, a Secretaria Municipal de Meio Ambiente, a Secretaria Estadual de Meio Ambiente e o IBAMA não tomaram qualquer atitude para proibir que a empresa e a própria Prefei-tura de Balsas continuem a jogar o material poluente na área. O Ministério Público Estadual foi acionado e comprovou com laudos de vistoria que o problema é grave. Mas nada foi feito.

Devido a essa situação que se arrasta por qua-se 3 anos, resolvi encaminhar uma correspondência à Ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, solicitando a S.Exa. que acione os órgãos para verificar in loco o problema, que ninguém quer resolver.

Conto com a sensibilidade da Ministra para que, num curto espaço de tempo, o IBAMA, que se tem mantido à margem de qualquer atitude, assuma sua responsabilidade e o Ministério Público Estadual en-contre forças, retome sua função e acione na Justiça todos os responsáveis para que se restabeleça a nor-malidade.

Passo a abordar outro assunto.Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Ma-

ranhão é um dos Estados com o menor número de inadimplência frente à Caixa Econômica Federal, em relação ao financiamento de imóveis. Essa notícia foi

publicada hoje no jornal O Imparcial, da Capital São Luís. Mas há a advertência de que, apesar do quadro positivo, boa parte dos contratos imobiliários previstos para vencer nos próximos 4 anos corre o risco de ir a leilão, pois em muitos casos o resíduo da dívida ultra-passa o valor do imóvel.

Dos 5.984 contratos feitos no Estado, 36,05% apresentam atraso nas prestações abaixo da média nacional – 45,62%.

Desde 2001, 18.795 imóveis no Brasil foram le-vados a leilão. Entre eles, 1.584 no Maranhão. Desse total, 1.116 já foram vendidos.

Os mutuários não conseguem sanar a dívida den-tro do prazo estipulado, sobretudo em contratos firma-dos na década de 80 e 90, porque o aumento elevado nas prestações não acompanha o reajuste salarial.

Essa distorção é um exemplo da ausência de uma política definida para o sistema habitacional brasileiro, que tem prejudicado milhares de brasileiros – estes não conseguem comprar seu imóvel. São vítimas de um sistema perverso, que os obriga a ficar anos e anos – em alguns casos, o resto da vida – pagando aluguel.

Em 2003, o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva propôs, na abertura da 1ª Conferência Nacional das Cidades, a unificação dos programas habitacionais, hoje mantidos, separadamente, pelo Governo Federal, pelos Estados e pelos municípios. “Vamos instituir, em conjunto com os Estados e municípios, um sistema nacional de habitação para reorientar o uso desses recursos”, afirmou naquela ocasião o Presidente da República.

Infelizmente, avançamos muito pouco nessa área. Os progressos que ocorreram foram por conta de uma nova realidade econômica, que nem sempre beneficia o mais pobre.

Para zerar o déficit habitacional atual, estimado em 8 milhões de unidades, serão necessários inves-timentos de R$360 bilhões, ao custo de R$45 mil por imóvel. Paulo Simão, Presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção, sugere desonerar o setor e rever a carga tributária para estimular a construção de mais moradias. Cerca de 35% do custo de uma ha-bitação são formados por imposto, diz ele.

A expansão de prazos e de crédito para o mer-cado de imóveis resolve o que equivale entre 15% e 20% do déficit habitacional do País, na avaliação de especialistas. Para solucionar o problema de 80% do déficit habitacional, tem de haver política pública.

E, dentro dessa política pública, é preciso baixar os juros. Deve-se criar condições propícias para que a classe média baixa tenha acesso às linhas de finan-ciamentos com juros mais baratos.

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06534 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

A Caixa Econômica Federal anunciou em feverei-ro a redução na taxa de juros para financiamento de imóvel residencial com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo – SBPE. O benefício se destina aos mutuários que optarem por pagar o finan-ciamento em conta corrente, na Caixa, ou por meio de desconto em folha de pagamento.

A menor taxa efetiva em 2007 para financiamen-tos habitacionais de até R$130 mil foi de 9%. Em 2008 esse percentual pode ser de 8,4% para quem, além de optar pelo débito da prestação, possuir o pacote básico do banco, composto por conta corrente com cheque especial e cartão de crédito da Caixa.

De acordo com o banco, jovens com até 30 anos de idade encabeçaram o ranking dos financiamentos habitacionais. Cerca de 55% dos financiamentos feitos pelos jovens em 2007 foram de imóveis na planta; 15%, de imóveis novos; e 30%, de imóveis usados.

Os dados comprovam que o sonho da casa pró-pria é inerente a todas as classes sociais e faixa etária. Mas esse desejo inerente a qualquer homem e mulher do País ainda está muito longe de se tornar realidade para muitos brasileiros.

O Brasil vai precisar de 27,7 milhões de novas moradias até 2020 para dar conta de atender o cres-cimento das famílias, zerar o atual déficit habitacional e acabar com cortiços e favelas. É o que indica estudo da FGV Projetos, elaborado para o SINDUSCON-SP, que será apresentado nesta semana no Ministério das Cidades, durante as discussões do Plano Nacional de Habitação – PLANHAB.

Para chegar a esse número, a FGV considerou que, em 2020, o País terá 21,1 milhões de novas fa-mílias – no ano passado, eram 59,1 milhões de famí-lias.

Atualmente, cerca de 1,6 milhão de moradias são construídas por ano no Brasil. De acordo com os cálculos da FGV Projetos, esse número tem de subir para 2 milhões de unidades anuais para atender a demanda habitacional que está por vir e eliminar as moradias inadequadas.

Ao definir uma política pública para construção de novas moradias, é preciso priorizar os Estados que registram os menores índices de inadimplência. Assim, o Maranhão estará integrado a essa política que pre-cisa ser implementada.

Muito obrigado.O SR. CELSO MALDANER (Bloco/PMDB – SC.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero hoje, vindo a esta tribuna, comentar a iniciativa de alguns setores do setor pro-dutivo de Santa Catarina, sobretudo do agronegócio, que decidiram elaborar com o Governo do Estado um

código ambiental, de forma a organizar o conjunto de leis existentes e flexibilizar algumas das exigências em vigor. O projeto, entregue ontem à Assembléia Legislativa, traz entre as mudanças mais significati-vas a proposta para diminuir o tamanho das áreas de preservação permanente na proximidade de rios ou cursos d’água.

Apresentei dois projetos sobre assuntos relacio-nados, o Projeto de Lei nº 2.441, de 2007, que altera a Lei nº 11.428, de 2006, que dispõe sobre a utiliza-ção e a proteção da vegetação nativa do Bioma Mata Atlântica, e dá outras providências; e o Projeto de Lei nº 2.751, de 2008, que dá nova redação ao art. 25 da Lei nº 11.428, de 22 de dezembro de 2006.

Vou reproduzir, na integra, matéria de hoje do jornal Valor Econômico sobre esse tema.

“A resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), datada de 2002, estabelece mínimo de 30 metros de mata ciliar para cursos d’água com menos de 10 metros de largura. Já o código estadual propõe redu-ção para até 10 metros de mata para rios com largura inferior ou igual a 10 metros.

‘Hoje, está sendo aplicada a mesma le-gislação a todos, independentemente do tama-nho das propriedades. Não se pode comparar e aplicar as mesmas regras para propriedades do Mato Grosso do Sul (de grande porte) e de Santa Catarina’, diz Neivor Canton, presiden-te da organização das cooperativas de Santa Catarina (Ocesc).

Ele afirma que o código é mais com-patível com a realidade catarinense porque Estado abriga predominantemente pequenas propriedades rurais, que precisam de regras diferenciadas até para serem viáveis economi-camente. Em alguns casos, quando aplicada a regra federal, de acordo com ele, sobraria apenas uma parcela mínima para a produção, ficando metade da propriedade como área de preservação permanente.

Segundo a Ocesc, 85% dos estabeleci-mentos rurais de Santa Catarina possuem até 50 hectares, sendo a média de 25. As prin-cipais produções que se vêem prejudicadas pela regra federal são suínos, aves, pecuária de leite e arroz, cujos representantes, através de sindicatos empresariais, ajudaram na ela-boração do projeto estadual.

A proposta do setor produtivo leva em consideração o histórico do estabelecimento dessas propriedades. ‘Essas produções fo-ram implementadas há décadas, quando os

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órgãos ambientais eram menos ativos. Alguns problemas ambientais existiram por absoluto desconhecimento por parte do produtor, e hoje se exige adaptações por meio de Termos de Ajustamento de Conduta (TAc), que em alguns casos se tornam verdadeiras armadilhas para o produtor porque lhe custam abandonar a propriedade onde hoje produz para construir tudo de novo em outra, aí então adequada’, explica.

Para o setor leiteiro, o código é visto como de suma importância. Hoje, segundo o Sindileite-SC, 50% dos atuais produtores (cerca de 50 mil famílias) não estão em conformidade com a legislação federal e teriam dificuldades em se adaptar.

Mas apesar da iniciativa de proposição de um código ambiental estadual, produtores e governo reconhecem a dificuldade de apli-cação dessas regras, que em muitos casos continuarão sofrendo sobreposição da legisla-ção federal. Já se entende que o código pode-rá atuar mais em questões que não estariam detalhadas na legislação federal do que em sua totalidade.

Embora o setor produtivo evite dizer que o código irá se contrapor à legislação federal, Onofre Agostinho, secretário de desenvolvi-mento sustentável de SC, afirma que ‘o código iria afrontar o Conama’. ‘Não podemos ser re-gidos por lei federal porque somos um Estado com características específicas’.

O código, quando aprovado, substituirá uma coletânea de leis, que o setor produtivo chama de colcha de retalhos. Também está sendo articulado junto aos deputados fede-rais catarinenses que estes trabalhem em busca de autonomia do Estado para legislar nas questões ambientais para que o código estadual tenha valor.”

Muito obrigado. O SR. PROFESSOR RUY PAULETTI (PSDB –

RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, Caxias está comemorando com grande sucesso a sua Festa da Uva. o Tradicional evento iniciou-se em 1931. Flores da Cunha e Bento Gonçalves e outras cidades da região comemoram suas festas, o sucesso, o trabalho, a integração de diversas etnias, a criatividade e a religiosidade, sem esquecer as tradições herdadas dos imigrantes.

A região cresceu, sem a ajuda de governos. Lá não tem PAC. As dificuldades, a falta de infra-estrutura

são superadas comunitariamente. É a Prefeitura que faz os investimentos.

A região cresceu economicamente acima da mé-dia brasileira – 10%, 9% e 8% – nos principais municí-pios e região, com mais de 1 milhão de habitantes.

Vem agora, exatamente, neste momento de eu-foria e comemorações, a TAM suspender seus vôos para Caxias do Sul.

Sr. Ministro Jobim, cumpra sua promessa de ir a Caxias do Sul para analisar a situação do novo aero-porto para a região.

Sr. Presidente da ANAC, como simplesmente a empresa suspende os vôos praticamente sem co-municar? Este é o papel da agência reguladora, não tomar conhecimento, não se pronunciar, não dar nem satisfação para comunicar ao departamento aéreo portuário do Estado?

Parece que a Justificação dada é que não há demanda de passageiros. Mas os dados não confir-mam isso.

Vejamos: em janeiro, a TAM transportou 2,3 mil passageiros, com um vôo à tarde. A Gol transportou 7,9 mil passageiros, aumento de 44,9%. Portanto, existe demanda.

Os empresários, os executivos, as lideranças da região têm de iniciar sua jornada às 5h da manhã para ir a Porto Alegre.

Sr. Ministro, esta é uma denúncia do pouco caso para com nossa região. O Ministério ou a ANAC preci-sam intervir, para demonstrar no mínimo um pouco de consideração com a nossa região, que é progressista e desenvolvida por seus próprios méritos, pelo seu trabalho, pelo seu esforço.

O SR. LELO COIMBRA (Bloco/PMDB – ES. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Estado do Espírito Santo ocupa lugar de destaque na mídia nacional, desta vez pelo ineditismo de uma pesquisa realizada pelo IBOPE, em fevereiro, que mostra que o Governo Paulo Hartung tem aprovação de 88% dos capixabas.

Em 2006, concorrendo à reeleição, ele já fora o mais votado do País proporcionalmente, com 77,27% dos votos. Segundo nota divulgada na coluna Radar da revista Veja desta semana, Paulo Hartung é o Go-vernador mais popular do País.

Como integrante dessa jornada, diretamente no primeiro mandato, como Vice-Governador, Chefe da Casa Civil e Secretário Estadual de Educação, e hoje como Deputado Federal pelo Estado, cumpro meu pa-pel de Parlamentar fortalecendo e divulgando dados e o papel do Espírito Santo na economia brasileira.

Esses dados são resultado de investimentos nas diversas áreas de atuação do Estado, mas ressalto que

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06536 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

hoje o Espírito Santo ocupa o primeiro lugar em quali-dade de educação na Região Sudeste e ainda alcançou redução de 40% no índice de miséria extrema.

Parabéns ao Governador Paulo Hartung e a sua equipe e parabéns ao povo do Espírito Santo.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente.Obrigado. O SR. LINCOLN PORTELA (PR – MG. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente; Sras. e Srs. Deputados; pessoas que estão acessando a Internet, sintonizando a Rádio Câmara ou assistindo à TV Câ-mara em todo o Brasil – dirijo-me especialmente à população de Minas Gerais, que tenho o orgulho de representar nesta Casa; demais presentes: a Comis-são de Segurança Pública e Combate ao Crime Orga-nizado da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei sobre a instituição do Programa Bolsa-Formação, destinado a promover a qualificação profissional dos integrantes das carreiras das Polícias Militar e Civil, do Corpo de Bombeiros, dos agentes penitenciários, dos agentes carcerários e dos peritos nos Estados e no Distrito Federal.

A proposta atende a uma necessidade de me-lhoria na qualificação das carreiras. Tal necessidade é fruto da inegável relevância dos trabalhos desses profissionais para a segurança da sociedade. A evo-lução das práticas criminosas cria novos problemas a serem enfrentados pelas forças de segurança. Isso significa que o aperfeiçoamento profissional não é dos servidores, mas da sociedade.

O benefício se estende também aos policiais federais e aos policiais rodoviários. Tais funcionários exercem funções de extrema relevância para o bom an-damento dos trabalhos de seus departamentos, sendo, portanto, necessário que também sejam incentivados a ampliar sua qualificação profissional.

Além disso, foram aprovadas 2 outras emendas ao projeto. A primeira delas acrescenta a implantação de programas continuados de educação em direitos humanos ao rol de pré-requisitos para a concessão do benefício. A segunda estabelece que a quantidade de beneficiários seja proporcional ao número de efetivos de cada categoria.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, demais senhoras e senhores, parabenizo o Governo Fede-ral pela iniciativa de tão oportuna medida. Investir na qualificação profissional e na educação continuada dos servidores responsáveis pela segurança pública é fornecer os mecanismos necessários para a prestação de um bom serviço.

Muito obrigado. A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB –

AM. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, quero fa-

lar sobre uma preocupação que nos aflige no momento e, ao mesmo tempo, defender uma posição em relação à polêmica que estamos vivenciando em relação aos países vizinhos, por conta de uma atitude do Gover-no colombiano, certamente monitorado pelo Governo norte-americano, que invadiu o território equatoriano para prender e matar militantes das FARC.

Sr. Presidente, penso que, em hipótese alguma, nenhum de nós, qualquer posição que tenha, pode ad-mitir que algo como fez o Governo da Colômbia seja repetido. Isso é muito grave, é extremamente grave a invasão de território sob qualquer pretexto.

Então, Sr. Presidente, quero aqui deixar não só meus protestos, mas repudiar veementemente, espe-rando que os organismos internacionais dêem à Co-lômbia a punição que merece.

A evidente e confessa violação da soberania territorial do Equador pelo exército da Colômbia abriu uma crise político-diplomática na América Latina. O Presidente colombiano Álvaro Uribe já era um gover-nante isolado na extrema direita do espectro político do continente, com sua política interna militarista, de terrorismo de Estado. Com o assassinato de Raúl Reyes e 16 outros guerrilheiros das FARC em territó-rio equatoriano, passou também à agressão externa. Merece integral repúdio, dos governos amantes da paz e dos movimentos de massas. É justo e necessário, Srs. Parlamentares, que esse desrespeito à soberania equatoriana seja levado à Organização dos Estados Americanos, ao Grupo do Rio, que reúne os Chefes de Estado latino-americanos nesta sexta-feira em Santo Domingo, e à Comunidade Andina das Nações, a fim de que.

O rechaço a essa atitude arbitrária do Governo colombiano não se restringe ao bolivariano Hugo Chá-vez. Mesmo Michelle Bachelet exigiu que Uribe preste satisfações. A Colômbia está conflagrada por um con-flito armado há 60 anos, desde A Violência, deflagrada pelo assassinato de Jorge Gaitán em abril de 1948 – até as pedras dos Andes sabem disso. A continuidade da conflagração é uma anomalia e um anacronismo: a América Latina, pelo sim e pelo não, decidiu tratar as suas diferenças sem recorrer às armas e por esta via tem feito notáveis progressos. As FARC – organização revolucionária, antiimperialista e antioligárquica, com 40 anos e 18 mil guerrilheiros – foram empurradas para a luta armada. Nos anos 80, elas aceitaram um cessar-fogo e criaram um braço político institucional, a União Patriótica. Mas dois candidatos presidenciais da UP, assim como seu senador eleito, foram barbaramente assassinados. As FARC não se cansam de proclamar seu empenho na busca de uma solução negociada. O próprio Raúl Reyes, em sua última entrevista, voltou a

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defender ‘’saídas políticas para o conflito interno dos colombianos’’. A proposta do intercâmbio humanitário de prisioneiros e a libertação unilateral de alguns deles são outras evidências dessa disposição. É Álvaro Uribe Vélez que se obstina na solução militar, em nome de uma oligarquia sanguinária, tradicionalmente envolvi-da com o narcotráfico e o paramilitarismo. No entanto, 6 anos de Uribe na presidência provaram que essa é uma falácia. E não será a exportação da guerra suja uribiana que a tornará menos falsa. Pelo contrário, a invasão da madrugada deste sábado tende a apressar o momento em que a Colômbia, antes tarde do que nunca, se livrará desse abcesso purulento da ultradi-reita “fascistizante”, que inflama e atormenta todo um continente.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito a oportunidade para tratar de outro assunto.

Ressalto visita que fizemos a Cuba, no último dia 27 de fevereiro, juntamente com mais de 20 Parla-mentares, entre Deputados e Senadores, coordenada pelo Grupo Parlamentar Brasil-Cuba. Essa visita tinha como objetivo entregar uma carta de saudação ao povo cubano e ao ex-Presidente Fidel Castro.

A Revolução Cubana para nós é um exemplo, símbolo da resistência latina, a primeira a rebelar-se contra o imperialismo. O povo demonstrou que, quan-do há decisão e unidade na luta, uma nação recupera sua dignidade, enfrenta e derrota o imperialismo que a espoliava e humilhava. Para desagrado de empresá-rios e políticos mafiosos norte-americanos, o triunfo da revolução suprimiu o jogo, o tráfico de drogas, o con-trabando e a prostituição. Uma mancha que foi substi-tuída por ganhos sociais, principalmente nas áreas da educação, do esporte, da cultura e da saúde.

Depois de quase meio século na direção de seu país, seja como Primeiro-Ministro ou como Presidente do Conselho de Estado, sempre com massivo apoio popular, o comandante anuncia seu afastamento, mas não da luta, como ele próprio afirmou: ‘continuaremos o combate no campo das idéias’.

Com isso, Sr. Presidente, reafirmamos não só nosso apoio e solidariedade à Revolução Cubana, como também repudiamos veementemente a cruzada beligerante norte-americana contra a pequena Ilha do Caribe e o seu comandante máximo, Fidel Castro Ruz, uma das maiores lideranças e estadistas do mundo contemporâneo.

Votos de vida longa a Fidel e à luta do povo cubano.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – A Pre-

sidência informa que vai conceder 1 minuto ao Parla-mentar que desejar dar como lido o pronunciamento.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra ao Sr. Deputado Eugênio Rabelo.

O SR. EUGÊNIO RABELO (PP – CE. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, pretendo fazer aqui breve registro de uma iniciativa que, embora de pequeno porte, merece todo aplauso, pelo que representa em termos de combate à poluição ambiental.

Refiro-me ao Projeto Sacolas Ecológicas Tauá 2008, concebido pelos alunos do Curso de Ciências Bio-lógicas da Universidade do Estado do Ceará – UECE, que tem como principal objetivo a mudança gradativa no uso de sacolas plásticas convencionais que são distribuídas principalmente por supermercados e lojas, sendo essas trocadas por sacolas retornáveis.

O projeto está apenas começando, não tenho dele maiores detalhes, mas isso não me impede de transmitir, desta tribuna, aos jovens universitários que o desenvolvem, minhas congratulações por gesto tão importante de responsabilidade e de consciência eco-lógica.

Muito obrigado.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – A

Mesa Diretora acolhe o pronunciamento de V.Exa., nobre Deputado Eugênio Rabelo, e determina sua ampla divulgação.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra ao Sr. Deputado Carlos Abicalil.

O SR. CARLOS ABICALIL (PT – MT. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, assomo à tribuna para registrar, nova-mente, a celebração dos 80 anos de vida, dedicação a solidariedade, à caridade, à encarnação da palavra de Deus, na construção da justiça, de Padre Pedro Casaldáliga.

A melhor forma de cumprimentá-lo é divulgar nos veículos de comunicação oficias da Casa a carta enviada pelo combatente da fé libertadora, a partir do Araguaia.

Na carta, Casaldáliga demonstra sua mais deci-dida ocupação com temas relevantes para o mundo. De acordo com Casaldáliga, não podemos ficar estu-pefatos diante da iniqüidade estruturada, aceitando como fatalidade a desigualdade injusta entre pessoas e povos, a existência de um Primeiro Mundo que tem tudo e um Terceiro Mundo que morre de inanição. As estatísticas se multiplicam e vamos conhecendo mais números dramáticos, mais situações infra-humanas.

Jean Ziegler, relator das Nações Unidas para a Alimentação, afirma, carregado de experiência, que “a ordem mundial é assassina, pois hoje a fome não é mais uma fatalidade”. E afirma também que “destinar milhões de hectares para a produção de biocarburan-

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06538 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

tes é um crime contra a humanidade”. O biocombustí-vel não pode ser um festival de lucros irresponsáveis. A ONU vem alertando que o aquecimento global do planeta avança mais rapidamente do que se pensava e, a menos que se adotem medidas urgentes, provo-cará a desaparição de 30% das espécies animais e vegetais, milhões de pessoas serão privadas de água e proliferarão as secas, os incêndios, as enchentes. Pergunta angustiado quem irá adotar essas medidas urgentes.

O grande capital agrícola, com o agronegócio e cada vez mais o hidronegócio, avança sobre o cam-po, concentrando terra e renda, expulsando as famí-lias camponesas e jogando-as errantes, sem terra, acampadas, engrossando as periferias violentas das cidades.

Dom Erwin Kräutler, Bispo de Xingu e Presidente do CIMI, denuncia que “o desenvolvimento na Ama-zônia tornou-se sinônimo de desmatar, queimar, ar-rasar, matar”. Segundo Roberto Smeraldi, da Amigos da Terra, as políticas contraditórias do Banco Mundial por um lado prometem salvar as árvores e, por outro, ajudam a derrubar a Amazônia.

E a utopia continua. Como diria Bloch, somos criaturas esperançadas (e esperançadoras). A espe-rança segue, como uma sede e como um manancial. “Contra toda esperança, esperamos.”

Da esperança, fala, precisamente, a recente encí-clica de Bento XVI. Pena que o Papa, nessa encíclica, não cita nem uma vez o Concílio Vaticano II, que nos deu a Constituição Pastoral Gaudium et Spes – alegria e esperança. Seja dito de passagem, o Concílio Vatica-no II continua amado, acusado, silenciado, preterido... Quem tem medo do Vaticano II?

Frente ao descrédito da política, em quase todo o mundo, nossa Agenda Latinoamericana 2008 aposta por uma nova política; até pedimos, sonhando alto, que a política seja um exercício de amor. Um amor muito realista, militante, que subverta estruturas e instituições reacionárias, construídas com a fome e o sangue das maiorias pobres, ao serviço do condomínio mundial de uma minoria plutocrata.

Por sua parte, as entidades e os projetos alter-nativos reagem tentando criar consciência, provocar uma santa rebeldia. O FSM 2009 vai-se realizar, pre-cisamente, na Amazônia brasileira e terá a Amazônia como um dos seus temas centrais. E o XII Encontro Intereclesial das CEBs, em 2009, será celebrado tam-bém na Amazônia, em Porto Velho, Rondônia. Nossa militância política e nossa pastoral libertadora devem assumir cada vez mais esses desafios maiores que ameaçam nosso Planeta.

Escolhemos, pois, a vida, como reza o lema da Campanha da Fraternidade de 2008. O apóstolo Paulo, em sua Carta aos Romanos, lembra-nos que toda a criação geme e está com dores de parto (Rom.8,22). Os gritos de morte cruzam-se com os gritos de vida, neste parto universal.

É tempo de paradigmas. Creio que hoje se devem citar, como paradigmas maiores e mais urgentes, os direitos humanos básicos, a ecologia, o diálogo inter-cultural e inter-religioso e a convivência plural entre pessoas e povos. Esses 4 paradigmas nos afetam a todos, porque saem ao encontro das convulsões, ob-jetivos e programas que está vivendo a humanidade maltratada, mas esperançada ainda sempre.

Com tropeços e ambigüidades, nossa América se move para a esquerda; novos ventos sopram no Continente; estamos passando da resistência à ofen-siva. Os povos indígenas de Abya Yala têm saudado com alegria a Declaração da ONU sobre os Direitos dos Povos Indígenas, que afeta a mais de 370 milhões de pessoas em 70 países do mundo; e reivindicarão a execução real dessa declaração.

Nossa Igreja da América Latina e o Caribe, em Aparecida, se não foi aquele Pentecostes que quería-mos sonhar, foi uma profunda experiência de encon-tro entre bispos e povo; e confirmou os traços mais característicos da Igreja da Libertação: o seguimento de Jesus, a Bíblia na vida, a opção pelos pobres, o testemunho dos mártires, as comunidades, a missão inculturada, o compromisso político.

Irmãos e irmãs, que raios vamos quebrar em nos-sa vida diária? Como ajudaremos a bloquear a roda fatal? Teremos direito a cantar gregoriano? Sabere-mos incorporar em nossas vidas esses 4 paradigmas maiores traduzindo-os em prática diária?

Recebam um abraço entranhável na esperança subversiva e na comunhão fraterna do Evangelho do Reino. Vamos sempre para a vida.

Ao comemorar os 80 anos deste homem admi-rável, Bispo Emérito de São Félix do Araguaia, rico em sabedoria e esperança, rogo a Deus para que sua esperança no mundo continue a inspirar a luta pelas melhores causas humanas que são, seguramente, causas santas e de libertação histórica.

O SR. IVAN VALENTE (PSOL – SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, quero, desta tribuna, denunciar o terrorismo de Estado praticado pelo Governo da Colômbia em território equatoriano. A ação militar comandada por Álvaro Uribe, além de violar a soberania de um país vizinho, coloca em risco o acordo humanitário em curso na região, a libertação dos reféns e traz instabilidade para a América do Sul.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06539

No último sábado, o Governo da Colômbia reali-zou um ataque a um acampamento das FARC – Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia no Equador, que resultou no assassinato de cerca de 20 guerri-lheiros, incluindo Raúl Reyes, uma de suas principais lideranças. Pelas características dos acontecimentos, trata-se de uma ação orquestrada com o apoio dos Estados Unidos, que mantêm militares na Colômbia, além de todo o apoio logístico, de armamento e de recursos financeiros.

O ataque deixa claro que não interessa ao Go-verno de Uribe nenhuma tentativa de paz na Colôm-bia, que Uribe não aceita uma via pacifica que envolva participação de mediadores internacionais. O sucesso até aqui das negociações que resultaram na semana passada na libertação de 4 Parlamentares colombianos não foi bem digerido pela oligarquia colombiana, prin-cipalmente a influência de Hugo Chávez nas negocia-ções. Isso já havia ficado claro, com a decisão daquele Governo de não liberar temporariamente um território para que as trocas de reféns fossem efetuadas. Uribe sabotou todas as tentativas de libertação dos reféns. Suas atitudes deixam claro que não quer a libertação de Ingrid Betancourt, quando o próprio Governo francês chegou a declarar que Raúl Reyes era um dos melho-res interlocutores para uma solução pacífica.

Agora, com essa ação de força, Uribe demonstra que quer produzir mais carnificina, que é na violência do Estado, patrocinado pelos Estados Unidos, inclusive no seu manual de mentiras como aquelas usadas no Iraque, que se encontra a sua política para se perpe-tuar no poder na Colômbia.

Por outro lado, a ação tem uma clara tentativa de provocar o Governo legitimo do Equador de Rafael Correa, ou seja, de levar instabilidade para um governo que está em vias de promover importantes mudanças constitucionais naquele país.

As investigações até aqui realizadas pelas au-toridades equatorianas desmentem completamente a Justificação inicial do Governo colombiano de que a invasão de território seria no calor do combate, como respostas a ataques feitos por guerrilheiros das FARC. Pelo contrário, as imagens, testemunhos de morado-res da região e o depoimento de 3 guerrilheiras que sobreviveram aos ataques, demonstram que houve um massacre, sem oportunidade de defesa para os guerri-lheiros atacados ou mesmo que esses se rendessem. Com exceção de 3 guerrilheiros que estavam na vigi-lância do acampamento do destacamento das FARC, os corpos dos outros 18 mortos estavam vestidos com roupas de dormir, o que descarta qualquer versão de que foi uma perseguição imediata e em legítima defe-sa, contrariando a versão colombiana.

Conforme declarou o Presidente equatoriano Ra-fael Correa a órgãos de imprensa, “o Equador sofreu um ataque aéreo planejado e uma posterior incursão de tropas colombianas com plena consciência de que violavam nossa soberania. Não permitiremos que este fato caia na impunidade”. Ainda segundo declarações dadas por Correa, “os aviões ingressaram ao menos 10 quilômetros em nosso território para realizar o ata-que. Logo, chegaram tropas aerotransportadas em helicópteros, que culminaram a matança, inclusive se encontraram cadáveres com tiros nas costas”.

Sr. Presidente, queremos deixar claro que consi-deramos acertada a decisão do Governo de Equador de retirar o seu embaixador de Bogotá e expulsar de seu país o embaixador colombiano. O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez e Correa, de forma preventiva, também enviaram tropas para as regiões de fronteira com a Colômbia. Trata-se de atitude legitima, conside-rando que houve um ataque à soberania de Equador, o que coloca sob risco qualquer dos países que fazem fronteira com a Colômbia, inclusive o Brasil.

Entendemos que cabe ao Governo brasileiro condenar de forma clara e inequívoca o terrorismo de Estado praticado pelo Governo colombiano. Nos-so Governo não pode contemporizar com a invasão de território e as Justificaçãos mentirosas de Álvaro Uribe. Para que a soberania dos países latino-ameri-canos seja respeitada, torna-se necessário o repúdio às ações do Governo colombiano. Os Governos do Paraguai, Chile e Argentina condenaram a ação de Uribe. O Ministro das Relações Exteriores da França, Bernard Kouchner, lamentou os ataques e disse que isso não ajuda na libertação de reféns, em especial, de Ingrid Betancourt.

De modo contrário, como já era de se esperar, o Governo dos Estados Unidos, por intermédio de um porta-voz do seu departamento de Estado, declarou apoiou aos ataques do Governo colombiano no Equa-dor. “Consideramos que as FARC são uma organização terrorista. Apoiamos o Governo da Colômbia em seus esforços para responder àquela ameaça e desafio”. Foi a declaração de Tom Casey, Vice-Porta-Voz do Departamento do Estado dos EUA. É assim que o im-pério encara a soberania de um país livre. Não é à toa que em qualquer parte do mundo espalham o terror. Assim como apóiam a Colômbia, apóiam os ataques genocidas de Israel na Faixa de Gaza, que têm resul-tado em centenas de mortos palestinos. Sem falar da ocupação militar no Iraque.

Para tentar justificar a ação terrorista, o Governo colombiano, com o apoio das agências internacionais de notícias, tenta disseminar que os Governos de Hugo Chávez e Rafael Correa estariam envolvidos com as

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06540 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

FARC. Na verdade, trata-se de uma cortina de fuma-ça para justificar as versões mentirosas dadas sobre o massacre e a violação de território.

Pior ainda é a forma como setores da grande im-prensa brasileira tratam a crise: a tônica é responsabi-lizar Hugo Chávez, é dizer que o Governo venezuela-no é beligerante, tomou atitudes precipitadas e tenta capitalizar a crise para resolver problemas políticos internos. Pouco ou quase nada é falado de Uribe, de que este deseja disputar seu terceiro mandato e tem como promessa, para agradar o conservadorismo in-terno e os interesses dos EUA, acabar com as FARC, mesmo que para isso as vidas dos reféns sejam pos-tas em risco. Ou seja, a ação do Governo colombiano tem claramente o sentido de acabar com as negocia-ções, acabar com qualquer saída pacífica, tendo em vista que visaram um dirigente das FARC que estava à frente das negociações.

Sr. Presidente, não podemos aceitar que ações terroristas proliferem na América Latina, que os méto-dos de força do modelo Bush virem uma prática rotinei-ra em nossas fronteiras, que a violação da soberania de um país seja considerada algo normal. É preciso o repúdio internacional, não só dos governos soberana-mente constituídos, como do povo latino-americano.

O Governo brasileiro, pela importância política que tem no continente, precisa deixar claro a Uribe, e especialmente ao Governo americano, que não acei-tará a escalada de violência com a intenção de dividir povos irmãos.

Sras. e Srs. Deputados, esta Casa precisa mostrar de forma clara, sem deixar qualquer dúvida, que espera do Governo brasileiro a manifestação firme em defesa da democracia e da paz na América do Sul.

O SR. ELISEU PADILHA (Bloco/PMDB – RS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, entre os muitos motivos de orgulho que tenho pelo fato se ser gaúcho, ressalto o de per-tencer a um povo cujas raízes estão no cultivo da ter-ra para dela extrair o que tem de melhor em benefício da população, levando comida ao prato de milhões de brasileiros.

No início desta semana, no Município de Cachoei-rinha, Região Metropolitana de Porto Alegre, foi aberto o período de colheita do arroz, safra 2007/2008, cuja expectativa é de produção recorde. Segundo estimativa da Federação dos Produtores de Arroz do Rio Grande do Sul – e aqui vai a minha saudação ao Presidente Renato Rocha –, a safra deste ano alcançará um total de 7 milhões de toneladas.

Esse esplêndido resultado só será possível gra-ças aos grandes investimentos feitos ao longo dos anos pelos orizicultores gaúchos em tecnologia e na

modernização de suas lavouras em todas as etapas do processo, do plantio à colheita. O milagre da irri-gação possibilitou aos produtores do Rio Grande do Sul o aumento da produtividade a cada ano que pas-sa, mesmo diante de irregular regime de chuvas, o que, aliás, tem caracterizado os meses de verão em nosso Estado.

A boa safra vai permitir a geração de excedentes, que encontrarão no mercado internacional alternativa extremamente atraente e cada vez mais promissora, ainda mais se consideradas algumas quebras de sa-fra em importantes países produtores. Prova disso é o interesse do mercado norte-americano pela inclusão do arroz gaúcho na bolsa de futuros.

Quero, então, registrar minha homenagem aos homens e mulheres que não apenas tiram da terra o seu sustento, mas que, principalmente arrecadam di-visas importantes para o nosso País e são responsá-veis por empregar direta e indiretamente milhares de gaúchos em todas as regiões do Estado.

Não é por acaso que vem do agronegócio a maior parcela do PIB gaúcho, e, apesar da crise de seu setor público, o Rio Grande do Sul vem mostrando capaci-dade de reação típica do seu homem do campo.

A integração com a agroindústria viabiliza e for-talece a produção primária, fazendo nascer, na com-plexidade das cadeias produtivas, a simplicidade da solução sonhada: uma agricultura geradora de em-prego e de renda.

Com um pé nas suas tradições, mas com os olhos voltados para o futuro, os nossos orizicultores vão mostrando ao País que, longe de serem apenas um contingente de pessoas competentes, representam, antes de tudo, uma das mais importantes alternativas para o Brasil imediatamente viável: o investimento na agricultura e na agroindústria.

Muito obrigado a todos pela atenção. O SR. ALBANO FRANCO (PSDB – SE. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, atento ao que ocorre no meu Estado de Sergipe é que ocupo este espaço, aqui na Câmara dos Deputados, para fazer um registro que considero de grande importância.

Realizou-se, no último final de semana, no Mu-nicípio de Nossa Senhora do Socorro, em Sergipe, a 1ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência.

Esse encontro teve como objetivo “sensibilizar a sociedade socorrense para a inclusão dessas pesso-as portadoras de necessidades especiais e também demonstrar como atua o Conselho Municipal dos Di-reitos da Pessoa com Deficiência”.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06541

A sensibilidade para essa causa, demonstrada pelo Prefeito José Franco, e o apoio que sua adminis-tração vem dando às ações voltadas para esse seg-mento da população merecem destaque.

As cidades brasileiras precisam desenvolver pro-jetos que permitam ações concretas, objetivando não só maior acessibilidade aos portadores de deficiência, como também condições de emprego para os mesmos. Sabemos que barreiras arquitetônicas existem que im-pedem o direito de ir e vir desses nossos irmãos.

Leis existem, mas se os gestores públicos não adotarem providências administrativas, o processo de inclusão dessas pessoas na sociedade, na escola, no lazer e no trabalho vão se tornando mais difícil.

A Escola Venúzia Franco, em Nossa Senhora do Socorro, é um exemplo de instituição que presta rele-vante serviço a essa causa.

Espero que outros Municípios, principalmente no meu Estado, sigam este modelo e desenvolvam, em parceria com as APAEs e outras instituições similares, trabalhos dessa natureza.

Era o que tinha a dizer. O SR. VIGNATTI (PT – SC. Pronuncia o seguin-

te discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta semana em que muitas homenagens são presta-das às mulheres, chamo a atenção dos senhores e das senhoras para os avanços da política nacional desen-volvida pelo Governo Federal, articulada por meio da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres.

Tenho certeza de que temos muito a comemorar, contudo sabemos que os desafios estão postos – não podemos esmorecer. Para superá-los, é preciso investir no desenvolvimento de políticas que acelerem a redu-ção das desigualdades entre homens e mulheres.

Nesta quarta-feira, ao lançar o II Plano Nacio-nal de Políticas para as Mulheres, o Presidente Lula dá mais um passo e propõe outras áreas de atuação além daquelas que já estão sendo desenvolvidas pela Secretaria Especial, como a participação política das mulheres nos espaços de poder e uma cultura e comu-nicação não discriminatória, com o objetivo principal de levar mais cidadania para mais brasileiras.

Para a implementação desse plano, 17 Ministérios e Secretarias Especiais, de forma articulada, já obtive-ram importantes ações, dentre elas, a implementação da Política Nacional de Combate à Violência contra as Mulheres, que permitiu a ampliação, em todo o País, do número de Delegacias Especializadas no Atendi-mento à Mulher em Situação de Violência (DEAM), Casas Abrigos, Centros de Referência, Defensorias Públicas da Mulher e, mais recentemente, a criação dos Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher. Não podemos deixar de falar das conquistas

depois de um ano de implementação da Lei Maria da Penha, um marco na defesa dos direitos das mulheres e na criação da Central de Atendimento à Mulher 24 horas por dia, todos os dias da semana, que realizou em 2007 mais de 200 mil atendimentos. Ressaltamos aqui em especial o Programa de Documentação da Mulher Trabalhadora Rural, que beneficiou 275 mil tra-balhadoras rurais que conseguiram documentos, tais como certidões de nascimento e de trabalho.

Para transformar prioridade de governo em polí-tica pública de Estado, com implicações direta na vida das mulheres brasileiras, são necessários investimen-tos contínuos e estratégicos. Salientamos, aqui, que essa política é calcada na integração dos serviços nas áreas de saúde, segurança, educação, assistência so-cial, cultura e justiça, de forma a permitir às mulheres romperem com o ciclo da violência.

Na qualidade de Relator do Plano Plurianual de 2008 a 2011, que fixa as receitas e despesas do Go-verno Federal para os próximos 4 anos, foram acatadas as emendas da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Para além delas, houve um aumento de 300% nos recursos já previstos para implementação da Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as mulheres. Nos 4 anos do primeiro PPA (PPA 2000-2003), foram alocados recursos da ordem de R$14,4 milhões no programa de violência, e, finalmente, pela SPM, em 2003, a qual coube a execução financeira de R$4,04 milhões. Entre os anos de 2004 e 2006, com a implementação dos serviços da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, a execução or-çamentária alcançou, somente nos 3 primeiros anos do PPA vigente, R$23,6 milhões. Já no PPA 2004-2007, que se encontra em execução, essa média saltou para R$7,9 milhões por ano, um aumento de 46% na com-paração com o plano anterior.

Para os próximos 4 anos, estão previstos no PPA mais de 1 bilhão de reais. Esses recursos serão usa-dos, entre outras ações, para o enfrentamento da vio-lência, e serão executadas por diversos Ministérios e Secretarias Especiais, sob a coordenação da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres. Para este ano, o orçamento da Secretária é de R$117,4 milhões.

Sem dúvida, o PPA, da forma como foi estrutura-do até 2011, demonstra o crescimento de um entendi-mento de que as desigualdades de gênero e raça são fatores estruturantes da exclusão social e se concretiza no Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência.

Os investimentos previstos no PPA apontam para os principais desafios dessa política nos próximos 4 anos, que, além de consolidar a Política Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, atuará em diversas frentes.

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06542 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Dados da Organização Mundial de Saúde, de 2005, mostram que 1 em cada 6 mulheres no mundo sofre violência doméstica. Ainda segundo a pesquisa, até 60% dos casos que envolvem violência física foram cometidos por maridos ou companheiros.

Para a implementação dessa política, é funda-mental o envolvimento de toda a sociedade na busca de soluções para eliminar a violência contra as mu-lheres, integradas na agenda social juntamente com todos os Ministérios da área social, empresas e ban-cos públicos.

O esforço do Governo Federal, aliado à partici-pação da sociedade na implementação do plano terá, em 2011 os resultados almejados, cerca de R$74 mi-lhões com a construção, reforma e reaparelhamento de 764 serviços, incluindo Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), Centros de Refe-rência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, Defensorias Públicas da Mulher, Casas Abrigo e Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher.

Hoje, o País conta com 99 Centros de Referência de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência – espaços de acolhimento psicológico, social e jurídico, considerados elos dos demais serviços –, 65 Casas Abrigo, 15 Defensorias Públicas da Mulher. Até 2011, serão capacitados 200 mil profissionais que atuam nas áreas da assistência, prevenção e combate à violência contra as mulheres, com investimentos de R$10 mi-lhões. Serão utilizados, do total orçado para 2008, 2 milhões e 500 mil reais para a construção do Sistema Nacional de Informações sobre violência contra a mu-lher e consolidação do Observatório de Implementa-ção da Lei Maria da Penha. A ampliação da Central de Atendimento, criada em 2005, contará com 2 milhões e meio de reais. A Central começou recebendo 4 mil ligações até 2007; atendeu, em outubro de 2007, mais de 20 mil ligações. Com esses recursos, estará prepa-rada para atender um milhão de ligações em 2011. As mais de 10 mil mulheres presidiárias serão beneficia-das com reformas e construção de prisões.

Desse modo, entramos em consonância com um dos eixos do Plano Plurianual de fortalecimento da de-mocracia, com igualdade de gênero, raça e etnia, e a cidadania com transparência, diálogo social e garantia dos direitos humanos.

Obrigado. O SR. FRANCISCO RODRIGUES (DEM – RR.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, fazemos um alerta a toda a população brasileira sobre grave fato que ocorre em nosso Es-tado: a retirada à força de não-índios da Reserva In-dígena Raposa Serra do Sol. Essa ação contou com

a participação de mais de 300 policiais federais. A responsabilidade é do Presidente da República e do Ministro da Justiça.

Deixamos registrada a reivindicação do povo de Roraima no sentido de que seja suspensa a operação e se parta para a negociação do problema, a fim de evitar que haja uma marca negra na história do Go-verno Lula.

Muito obrigado. O SR. PAULO RENATO SOUZA (PSDB – SP.)

– Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, uso a tribuna para tratar de assunto que vem ocupando as páginas dos jornais da imprensa brasileira há pelo me-nos 2 meses com muito destaque, embora sem que os fatos sejam esclarecidos.

Trata-se de algo que reputo de grande importância para o País: a propalada fusão das Teles. Segundo se noticia, haveria a fusão da Oi/TELEMAR com a Brasil Telecom, criando uma grande empresa de telefonia fixa que abrangeria praticamente todo o território brasileiro, com a exceção de São Paulo.

Caminhar-se-ia, assim, para um verdadeiro mo-nopólio. O pior e o mais preocupante é que isso se faria ao arrepio da atual regulamentação do setor. De fato, noticia-se que haveria mudança na legislação, que teria de ser alterada por meio de decreto presidencial, ouvida a ANATEL.

Esse processo parece já estar em andamento, com debates internos, mas com muito pouca clareza para a sociedade brasileira sobre os reais interesses, objetivos e benefícios da eventual modificação no marco regulatório.

A razão para essa fusão, alega-se, seria a criação de um grande operador nacional para supostamente competir com os grandes operadores mundiais. É discu-tível. No País, ficariam apenas 2 operadores: Telefonica, em São Paulo, e a resultante dessa fusão, cujo papel não está claro, inclusive em relação à possibilidade de se inserir na competição internacional.

Sr. Presidente, que dúvidas me assaltam? Em primeiro lugar, o fato de se discutir uma operação so-cietária à margem da lei, precedendo à mudança na legislação. Isso, por si só, é estranho. O natural seria que houvesse a mudança no marco regulatório com an-terioridade a qualquer eventual alteração societária.

A segunda preocupação é referente à ausência de debate e transparência na análise do tema, para avaliar os argumentos de parte a parte e poder infe-rir os eventuais benefícios para a sociedade. Apenas temos as chamadas “plantações” na imprensa, insi-nuações aqui e ali, sem que se conheçam as fontes dessas notícias.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06543

Surge ainda uma terceira dúvida: qual a posição dos demais agentes que atuam na telefonia? Aparen-temente, segundo se noticia, a mudança na legislação também traria outros benefícios para eles, que, conse-qüentemente, não a estariam contestando. Que outros benefícios seriam esses? Que vantagens teria o País com essa mudança para beneficiar tantos interesses que competem no mercado entre si?

Finalmente, Sr. Presidente, o grande problema que se afigura é a utilização de recursos públicos para patrocinar essa fusão. Noticia-se que os proprietários das empresas originárias não têm os recursos sufi-cientes para arcar com os investimentos necessários e recorreriam ao BNDES, que, por meio de emprésti-mos ou aporte de capital, patrocinaria essa fusão com recursos públicos advindos do Fundo de Amparo ao Trabalhador.

Não há problema em se permitir fusões, espe-cialmente em telecomunicações. É algo que vem ocor-rendo não só no Brasil, pois existe tendência mundial no sentido da consolidação desse setor. O estranho e grave é o uso de recursos públicos para patrociná-las. Que haja concentração de oferta de serviços e entendimento entre empresas é natural. O estranho é o Governo patrocinar isso, querer mudar a legislação e ainda injetar recursos no negócio. Igualmente estra-nho é que um dos beneficiários seja uma operadora que, conforme noticiado há algum tempo, ajudou de maneira completamente anormal uma empresa do fi-lho do Presidente da República.

Portanto, a operação toda está cheia de mistérios, de dúvidas. Por isso, estaremos vigilantes para impedir que o interesse público seja maculado.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PAULO TEIXEIRA (PT – SP. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, venho à tribuna repudiar, por 2 motivos, a invasão do território equatoriano pelas Forças Arma-das colombianas.

Primeiro, porque as razões que levaram o Gover-no colombiano a bombardear o território equatoriano foram exatamente atingir as FARC. Não considero este o momento correto para isso, tendo em vista que, desde o ano passado, um diálogo intenso se desenrola entre os 2 países, resultando, inclusive, em libertação de re-féns no final do ano passado, início deste ano.

Durante momentos de diálogo, é desaconselhá-vel, é reprovável que se proceda a operações militares como essa do Presidente Álvaro Uribe.

O segundo motivo do meu repúdio é a ação co-lombiana de violação do território equatoriano, violação de um dos pilares do que se convencionou chamar Estado: o território, ao lado da soberania. O Governo

colombiano cometeu um crime inadmissível e que deve ser rechaçado por toda a comunidade internacional.

É, portanto, correto que os países americanos isolem a Colômbia e exijam do Presidente Uribe uma retratação. Não uma retratação meramente diploma-ticamente, mas um contundente pedido de desculpas ao Governo equatoriano.

Sr. Presidente, também se faz necessário que a Organização dos Estados Americanos – OEA seja mediadora desse conflito, tendo em vista que a Co-lômbia ensaia na América do Sul um comportamento muito parecido com o dos Estados Unidos na época do conflito no Golfo Pérsico, quando, sem nenhuma aquiescência da ONU, intervieram no território iraquia-no com seu exército, destruindo aquele país.

Sr. Presidente, este impasse ressalta o papel do Presidente Lula, que ontem dialogou com o Presidente do Equador e também com o Presidente da Colômbia, demonstrando ser a maior liderança da América La-tina. S.Exa. realmente pode ajudar na solução desse conflito.

Enfim, venho a esta tribuna dizer que é inaceitá-vel o que aconteceu no território equatoriano. Justa-mente num momento em que há diálogo, em que há sinalização de entrega de reféns, num momento em que se busca a mediação internacional para o pro-blema, o Governo colombiano, de maneira unilateral e violenta, lança esse ataque, que levou à morte um dos líderes das FARC, violou o território equatoriano, desrespeitando normas internacionais, e aprofundou uma crise.

Creio, Sr. Presidente, que a intervenção do Bra-sil, muito bem representada nas palavras do Ministro Celso Amorim, publicadas nos jornais de hoje, deve ser serena e focada na superação do atual estágio de conflito e beligerância. Que seja retomado o bom de-bate da paz e da cooperação e que sejam revistos os princípios que norteiam a política externa da Colôm-bia, hoje predominantemente vinculada aos Estados Unidos e afastada dos vizinhos sul-americanos.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. JOÃO CAMPOS (PSDB – GO. Sem revisão

do orador.) – Sr. Presidente, inicialmente eu gostaria de comunicar a V.Exa. e à Casa que na última quarta-feira, por unanimidade, fui eleito Presidente da Frente Parlamentar Evangélica do Congresso Nacional, para suceder ao ilustre Deputado Pastor Manoel Ferreira. Em assumindo, já realizamos um primeiro evento, na Jornada Nacional Evangélica em Defesa da Vida e da Família, na última sexta-feira, na Capital de Goiás, Goiânia: um seminário na Câmara de Vereadores no qual abordamos temas relevantes inerentes à família brasileira, como a descriminalização do aborto, o in-

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06544 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

fanticídio nas aldeias indígenas versus a posição da FUNAI e o projeto que criminaliza a homofobia.

Mas venho também a esta tribuna, Sr. Presidente, dizer que, com apoio da Presidência desta Casa e do representante do PSDB na sessão anterior, o Depu-tado Antonio Carlos Pannunzio, procuramos realizar um trabalho à altura desta instituição e da expectativa da sociedade brasileira na área da segurança públi-ca e do combate ao crime organizado, na condição de Presidente da respectiva Comissão Permanente. Além dos projetos já aprovados neste plenário, pude-mos assegurar também que a Comissão chegasse ao final do ano com 8 projetos prontos para deliberação, todos eles extremamente importantes para a política de segurança pública, para o enfrentamento do crime organizado, para a garantia de maior tranqüilidade e proteção às famílias brasileiras.

A título de exemplo, eu poderia citar um projeto que trata do grampo telefônico. A escuta telefônica, ou grampo telefônico, é questão já banalizada no Brasil, portanto o princípio da inviolabilidade das comunica-ções não vem sendo respeitado. A Comissão de Segu-rança Pública e a Comissão de Constituição e Justiça debateram diversos projetos relativos a essa matéria. Já temos um substitutivo pronto para a deliberação deste Plenário.

Outro projeto extremamente importante, e tam-bém pronto para a apreciação do Plenário, diz respeito a rastreamento eletrônico para o preso com trabalho externo, com autorização de saídas para visitar a fa-mília.

Eu poderia citar também a remissão da pena pelo estudo, pela educação, prevista num projeto do Governo e em outro de minha autoria também já apre-ciado pela Comissão e pronto para ser deliberado pelo Plenário.

O projeto de criação do Bolsa-Formação, que faz parte do PRONASCI e prevê investimentos significati-vos na qualificação dos policiais brasileiros, também já foi discutido e deliberado pela Comissão e está pronto para vir ao plenário em caráter de prioridade.

Outro projeto que eu ressaltaria é o que altera o Código Penal brasileiro para tipificar o crime de se-qüestro relâmpago, muito recorrente no País.

Sr. Presidente, realizamos um trabalho profícuo no Grupo de Trabalho que discutiu a legislação penal, constituído pelo Presidente Arlindo Chinaglia e coor-denado por mim. Além dos projetos já apreciados pelo Plenário, chegamos ao final de 2007 com 5 projetos prontos para deliberação, todos eles relevantes para a política de segurança pública.

Eu destacaria os 3 projetos remanescen-tes da reforma processual penal, de iniciativa

ainda do Presidente Fernando Henrique Car-doso, parados nesta Casa desde 2001. Gra-ças ao nosso trabalho no ano passado, 4 de um conjunto de 7 projetos que fazem parte da reforma processual penal foram preparados pelo Grupo de Trabalho e deliberados por este Plenário. As proposições estão agora no Sena-do, e os 3 remanescentes estão prontos para a devida Apreciação: um trata dos recursos; outro, do inquérito policial; o outro, de proce-dimentos. Todos eles têm seus textos devida-mente acordados pelos operadores do sistema de segurança pública e da Justiça.

Outro projeto de imensa relevância examinado pelo Grupo de Trabalho veio do Senado Federal, e a Comissão de Segurança Pública da Câmara já o pre-parou para discussão e deliberação deste Plenário, o que trata da indisponibilidade dos bens do investigado, do indiciado ou do acusado.

Há também um projeto que inverte o ônus da prova, facilitando o trabalho dos órgãos de segurança e da própria Justiça Criminal.

Portanto, Sr. Presidente, na área da segurança pública e da Justiça Criminal, nós temos hoje, prontos para pautar na Ordem do Dia, 13 projetos, todos eles relevantes para uma política de enfrentamento do crime organizado que proporcione maior segurança e maior tranqüilidade à sociedade brasileira. São 8 projetos da Comissão de Segurança Pública e outros 5 projetos do Grupo de Trabalho, que, a propósito, já reiniciou suas atividades. Assim, outros projetos estarão prontos nos próximos dias.

Com muito prazer faço esta comunicação.Agradeço a V.Exa. a deferência, Sr. Presidente.O SR. DOMINGOS DUTRA (PT – MA. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores que ocupam as galerias, colegas da imprensa, internautas, na semana passada, o Pre-sidente Lula lançou mais uma ação importante para diminuir a pobreza e minimizar a distância entre aque-les que tudo têm e a grande maioria que pouco possui. Refiro-me ao Programa Territórios da Cidadania.

A idéia é agregar em territórios os municípios com maior índice de pobreza nas principais regiões do País. Dessa forma, o Governo Federal poderá organi-zar ações variadas nas áreas da saúde e assistência social, bem como em programas como o Luz para To-dos. Enfim, o Governo racionaliza recursos, potencia-liza recursos humanos e congrega aqueles bolsões de miséria e de pobreza secularmente esquecidos pelo Poder Público.

O Territórios da Cidadania, somado a outras polí-ticas públicas veiculadas nos últimos 5 anos, com cer-

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teza contribuirá para que, nos próximos 3 anos, haja substancial diminuição da pobreza em nosso País.

Nos últimos 5 anos, o Governo Lula já tirou da miséria 20 milhões de brasileiros, por meio de uma sé-rie de ações. Promoveu, por exemplo, o acesso de 300 mil estudantes de escolas públicas, majoritariamente negros, deficientes físicos e índios, às universidades, o que representa um caminho seguro para o cresci-mento individual dos estudantes e para o desenvolvi-mento do País.

Lamentavelmente, Sr. Presidente, o PSDB e o DEM movem ação no Supremo Tribunal Federal, ques-tionando mais um programa do Governo voltado para a melhoria da qualidade de vida.

Teremos eleições, sim, mas o País não pode parar. O Brasil nunca parou em razão do processo eleitoral. Infelizmente, a cada programa do Governo Federal, o PSDB e o DEM buscam o Poder Judiciário para tentar impedir que a população mais pobre tenha acesso às políticas públicas.

No plenário do Senado, a CPMF foi derrotada, o que trouxe prejuízo para quem precisa da saúde pública e para aqueles que vivem do Bolsa-Família. Para muitos que vivem na Avenida Paulista e gastam 500 reais numa dose de uísque envelhecido, 90 reais podem ser esmola, mas para quem passa fome ou não tem emprego, 90, 100 reais é um adjutório que faz diferença.

Além do mais, o Programa Bolsa-Família não se resume a doação de recurso financeiro. A ele só tem acesso quem mantém os filhos na escola e os vacina. Portanto, é um programa que também promove a es-colarização e evita a proliferação de doenças.

Desta tribuna, então, fazemos um apelo ao PSDB e ao DEM no sentido de que esperem 2010, pois esta-mos reafirmando a democracia. Então, que disputem as eleições de 2010, ganhem e governem.

Não é admissível que, a cada ação do Governo Federal, sob a Justificação de que tem de fiscalizar, a Oposição tente atrapalhar, impedir e obstruir programas fundamentais para o desenvolvimento do País.

Sou do Estado do Maranhão que, assim como o restante do Nordeste, acumula um passivo secular. Mais de 70% da população do Maranhão sobrevive com menos de meio salário mínimo, e são as ações do Governo Federal que estão ajudando a combater a pobreza.

Os Estados pobres precisam do Governo Fede-ral, precisam das políticas públicas. Talvez os Estados mais ricos não precisem tanto, mas os do Nordeste, do Norte e boa parte dos que estão Centro-Oeste ne-cessitam desses programas para diminuir a pobreza,

a humilhação e a miséria a que estão sujeitas a sua população.

Dos 217 municípios do Estado do Maranhão, 55 estão incluídos no Programa Territórios da Cida-dania.

Dessa forma, Sr. Presidente, quero exaltar o Governo Lula e parabenizá-lo por mais uma ação em favor da população mais pobre deste País.

É evidente que o ex-Presidente Fernando Henri-que Cardoso não consegue dormir direito, tem insônia e pesadelos diante dos êxitos e dos resultados positi-vos obtidos por um torneiro mecânico, um retirante da seca que escapou de morrer na miséria do Nordeste, foi para o fundo de uma fábrica em São Paulo, perdeu um dos dedos e está dando uma demonstração de que é muito importante ter curso superior, é fundamental chegar à universidade, mas que essa não é condição indispensável para fazer um governo sério e compro-metido com os mais pobres.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. DR. TALMIR (PV – SP. Sem revisão do

orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em nome da minha esposa, Adriana, parabenizo todas as mulheres brasileiras pelo Dia Internacional da Mulher, que ocorrerá no dia 8 de março.

A conquista das mulheres ao assumir espaços no poder é muito importante. Há Vereadoras, Prefeitas, Deputadas Estaduais, Deputadas Federais, Senadoras, Governadoras e Presidentas em alguns países.

A minha esposa, mesmo acompanhando nossos 4 filhos, já trabalhou em 3 Prefeituras. Atualmente é assistente judiciário do Fórum de Presidente Pruden-te. Fundou a Associação do Rosário, na qual trabalha com pessoas com deficiência, e a Ação Familiar do Brasil, e é coordenadora do Instituto de Defesa da Vida e do projeto AMABE, que acompanha as mulhe-res grávidas.

Em seu nome saúdo todas as mulheres. E peço, em nome do Partido Verde, que pensemos na Senado-ra Ingrid Betancourt, do Partido Oxigênio Verde, presa pelas FARC, que necessita de apoio político interna-cional para sua liberação.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amanhã o STF apreciará processo referente às células-tronco. Eu diria que elas apenas poderiam ser aprovadas para pesquisa se houvesse a legalização do aborto no Brasil.

Isso é inconstitucional. O art. 5º da Constituição Federal estabelece que a vida humana é inviolável. Somente em países como França, Inglaterra e Esta-dos Unidos, onde existe a liberação do aborto, há a possibilidade de realização dessas pesquisas.

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06546 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

É importante que toda a população brasileira en-tenda que o ser humano, no seu primeiro estágio de vida, é morto deliberadamente. Ele é destruído nos seus primeiros dias de vida, independente de onde esteja: fora ou dentro do útero. Nenhuma eficácia no mundo científico existe com esse procedimento. A alternativa é usar células do cordão umbilical ou do ser humano adulto, que já demonstraram eficácia, sucesso sem o sacrifício deste. Dessa maneira, nenhum ser humano é sacrificado, destruído ou assassinado. Uma vez que somos pela vida não podemos ser pela morte.

O Supremo Tribunal Federal precisa entender que não pode ir na contramão da ciência que comprova: a vida do ser humano existe, sim, desde o primeiro mo-mento, com o seu DNA, com o seu cariótipo, com o seu genoma, e que não pode ser descartada ou destruída. E naquele primeiro momento de ser humano unicelular já é menino ou menina, inclusive com a coloração dos olhos que terá por toda a vida.

O Estado é laico, sim, mas não pode ser anti-científico, haja vista que a ciência confirma que o ser humano, desde o seu estágio unicelular até a fase adulta, com 4 quatrilhões de células, é o mesmo e precisa somente de um local, alimento, água, oxigênio e relacionamento para sobreviver.

Por que investir milhões nessa técnica ineficaz, recurso que poderia inclusive salvar vidas, salvar nos-sas Santas Casas e o próprio SUS, que é falido?

Investir, sim, em células-tronco adultas e não em-brionárias. Se em outros países existem as pesquisas, repito, é porque lá existe a legalização do aborto, ao contrário do que ocorre no Brasil. A sua possível libe-ração fará com que não haja a criminalização, não haja uma pena, no entanto, continuará a ser um crime. Não caiamos, então, em “pegadinhas”, Srs. Ministros.

Por fim, na semana passada, estive em Roma para participar do Congresso Academia para a Vida, que contou com a presença de profissionais, médicos, cientistas e juristas de 40 países. Na oportunidade, mais uma vez, foi afirmado que o ser humano, desde o seu primeiro minuto de vida, merece ser respeitado.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.Obrigado. O SR. ZONTA (PP – SC. Sem revisão do orador.)

– Sr. Presidente, nobres colegas Parlamentares, fun-cionários e funcionárias da Casa, visitantes, abordarei hoje 2 assuntos que dizem respeito ao meu Estado.

O primeiro assunto trata do Partido Progressis-ta, hoje o mais forte partido em Santa Catarina. Sob a bandeira de novos tempos, representado na Assem-bléia Legislativa por 6 Srs. Parlamentares, em ação conjunta, o partido dará oportunidade para 8 Suplentes assumirem o mandato, fato inédito.

Neste momento, assume o mandato por 75 dias o primeiro Parlamentar SUPLENTE da minha terra, o Município de Seara, Flávio Ragagnin, 3 vezes Prefei-to, homem honrado, líder autêntico da comunidade, do municipalismo, defensor emérito da agricultura, da pecuária, da pequena e microempresa. Tenho certe-za de que S.Exa. marcará sua história, de sua famí-lia, da comunidade e de toda a região do Alto Uruguai Catarinense.

Cumprimento, portanto, os edis Parlamentares do Partido Progressista da Assembléia Legislativa de Santa Catarina por essa iniciativa, que há também de ser editado em outros Parlamentos deste País e, quem sabe, também no Congresso Nacional.

Gostaria ainda de tratar da necessidade de obras em estratégicos aeroportos de Santa Catarina: Flo-rianópolis e Chapecó. O aeroporto da Capital, Hercí-lio Luz, possui o maior fluxo de turistas oriundos da América do Sul, com mais de 800 vôos charters em todo o início de veraneio, com intensa movimentação de passageiros.

Por diversas vezes foi prometida a construção de uma nova pista, principalmente de uma nova estação de passageiros, com fingers e demais equipamentos, mas até agora a INFRAERO tem protelado demasia-damente. Sequer tomou qualquer ação para cumprir essa promessa.

Assim sendo, encaminhamos requerimento ao Sr. Ministro da Defesa, para que, por intermédio da INFRAERO, essas obras sejam agilizadas e também informe a esta Casa sobre os próximos passos a se-rem dados.

A mesma cobrança fazemos em relação ao Ae-roporto Serafim Bertazzo, em Chapecó, que recebe fluxo muito grande de passageiros não só do oeste de Santa Catarina, como do norte do Rio Grande do Sul e do sudoeste do Paraná. Esse aeroporto precisa urgentemente de novos equipamentos e de uma nova estação de passageiros. Cabe, portanto, à INFRAE-RO administrar esses investimentos em parceria com o Município de Chapecó e com o Governo de Santa Catarina.

Faço um apelo desta tribuna ao Sr. Ministro da Defesa e à INFRAERO, para que dêem especial aten-ção não só a esses dois fundamentais investimentos em Santa Catarina, como também à concretização do Aeroporto Correia Pinto, em Jaguaruna, no sul do Estado. Efetivamente, a infra-estrutura aeroportuária é uma necessidade em todos os Estados. Precisamos propiciar qualidade para os passageiros, aumentar a versatilidade do turismo e fortalecer a economia de Santa Catarina, que é calcada na agropecuária, na agroindústria e na diversificação desse setor.

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Sr. Presidente, este é o nosso depoimento nes-ta tarde.

Agradeço a V.Exa. e aos colegas a atenção.O SR. JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS

(PR – MG. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Pre-sidente, Sras. e Srs. Deputados, prestar homenagem ao ex-Deputado Estadual José Bonifácio Tamm de Andrada simboliza revigorar em nossa memória o em-penho de um político vocacionado e que tanto honrou as tradições mineiras.

Advogado e fazendeiro, nasceu em Belo Horizonte em 26 de junho de 1935 e iniciou sua notável carreira política como Vereador, em Barbacena, na década de 60. Suas múltiplas qualidades credenciaram-no para o exercício de 6 mandatos consecutivos na Assembléia Legislativa de Minas Gerais, no período de 1975 a 1998. E, naquela importante Casa de Leis, tantas vezes de-monstrou singular dedicação a temáticas essenciais para o desenvolvimento socioeconômico da região.

Entusiástico defensor do Estado de Minas Gerais e em especial de sua terra natal, transformou sua lide-rança em verdadeiro instrumental para que a vontade da população tivesse ampla representatividade no Po-der Legislativo local. Nesse intento, como membro das Comissões de Serviço Público, de Redação, de Saúde e Ação Social, de Fiscalização Financeira e Tomada de Contas, empreendeu ações primordiais.

Além disso, na Presidência da Comissão de As-suntos Municipais e Planejamentos Regionais, na su-plência de outras Comissões, nos cargos ocupados em lideranças partidárias, ou ainda como 1º Secretário da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa, evidenciou o quanto a prática política, exercida de forma vocacio-nada, pode ser transformadora.

O ex-Deputado Estadual José Bonifácio Tamm de Andrada muito nos ensinou. Com inquebrantável esperança, honrou as realizações de sua família, re-pleta de respeitáveis homens públicos. De seu pai, o célebre Parlamentar José Bonifácio e ex-Presidente da Câmara dos Deputados, herdou, entre múltiplas qua-lidades, a lealdade ao interesse público maior e que conduz os grandes líderes, qualidade compartilhada pelos demais membros da família Andrada, também conhecedores da vida pública mineira e que continuam a engrandecer o serviço público.

Sras. e Srs. Deputados, mais do que saudade, nosso homenageado deixa o exemplo de equilíbrio e, ao enaltecermos sua trajetória, torna-se possível re-alçar o testemunho de amor à vida pública e de devo-tamento à instituição parlamentar.

E, se a dor causada pela saudade de José Bo-nifácio Tamm de Andrada é inquestionável, revela-se da mesma forma incontroverso seu pró-ativo trabalho,

seja apresentando proposições significativas, seja pro-movendo debates relevantes em prol de um País mais justo na esfera social e com inarredável crescimento na dimensão econômica.

Consigno, ainda, especial abraço a toda a família Andrada, e de forma mais específica ao seu irmão e também possuidor de brilhante carreira política, o nobre Deputado Federal Bonifácio de Andrada, tendo a firme convicção de que a esperança encontrada em práxis transformadoras torne-se finalmente realidade.

Passo a abordar outro assunto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados. Passados alguns anos da re-democratização do País, vemos hoje que a democracia é um privilégio que se usufrui com trabalho ingente e continuado. Com efeito, faz-se mister estar atento aos detratores do regime, esses saudosistas da época de exceção que se aproveitam de pretensos desvios do ideal democrático para contra ele batalhar. Entretanto, a esta altura, o cidadão brasileiro está convicto de que só a democracia nos convém, em que pesem suas fali-bilidades e o ônus imposto por seu exercício. E, nesse constante trabalho de consolidação democrática, seria injusto não destacar o papel de relevo que a imprensa vem desempenhando, na qualidade de olhos e ouvidos da sociedade brasileira.

A queda da ditadura coincidiu auspiciosamente com a abolição da censura aos canais de comunica-ção. A partir daí, nossa mídia vem atuando de forma sempre mais dinâmica e responsável, como geradora de informação e como formadora de opiniões. Nossos jornais, revistas, emissoras de rádio e de televisão e demais órgãos afins a cada dia mais se aprimoram no contribuir para que a transparência seja a norma e para que as liberdades não se deixem empanar por movimentos autocráticos. Pois é nesse contexto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que o jornal Esta-do de Minas, autêntico ícone e símbolo do sentimento mineiro, está comemorando 80 anos de fundação. E é em tal contexto que nós, representantes de Minas Gerais neste egrégio Parlamento, ocupamos a tribuna para parabenizar o aniversariante pela efeméride.

Foi no distante ano de 1927, naquela Belo Hori-zonte que mal começava sua metamorfose de Capital provinciana para metrópole cosmopolita, que alguns homens de valor, os Srs. Augusto de Lima Júnior, Pe-dro Aleixo, Mendes Pimentel, Juscelino Barbosa, Milton Campos, Abílio Machado, Orozimbo Nonato da Silva, Daniel de Carvalho e Clemente de Faria, reuniram-se para fundar o jornal Diário da Manhã, o qual, com esse nome, funcionou por cerca de um ano. Já no dia 7 de março do ano seguinte, veio ele a circular com o título de O Estado de Minas, denominação que, sem o artigo definido, conserva até hoje.

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06548 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O objetivo de seus fundadores era o de trazer in-formação segura e ter serenidade no julgamento das questões, narrando os acontecimentos com isenção, coragem e responsabilidade. Em seu primeiro edito-rial, a linha de conduta se definia: seria um jornal fiel à verdade, íntimo dos fatos e sinônimo de trilha segura para os que procurassem se informar com segurança. Por isso, sempre se manteve distante do ódio, que não constrói, e do aplauso fácil, que não soma. Essa linha vemos hoje que o Estado de Minas vem bravamente mantendo durante 8 décadas de trabalho admirável!

Quando funcionava já há 2 anos, nosso jornal chamou a atenção do gênio de Assis Chateaubriand, àquela altura empenhado em consolidar sua obra maior, os Diários e Emissoras Associados. Após negociação, o jornal passou para o controle dos Associados, no ano de 1930, e Chateaubriand chamou, para parti-ciparem daquele esforço de idéias, alguns dos mais brilhantes talentos da mineiridade: eram eles Milton Campos, Tancredo Neves, Pedro Aleixo, Dario de Al-meida Magalhães e José Maria Alkmin. Com um time desse gabarito, o Estado de Minas assumiu a lideran-ça na imprensa mineira, posto que mantém até hoje, e hoje mais que nunca faz jus ao título de O Grande Jornal dos Mineiros.

Depois vieram os continuadores de uma tradição de verdadeira escola de jornalistas de Minas, com al-guns atuando até hoje: Hermenegildo Chaves, Odair de Oliveira, Geraldo Magalhães, Gonçalo Coelho dos Santos, Roberto Elísio de Castro e Silva, Ney Otaviano Bernes, Teódolo Pereira, Antônio Tibúrcio Henriques, Hélio Adami de Carvalho e Virgílio de Castro Veado. Há também saudosos colunistas, como Wilson Frade e Eduardo Cury, hoje substituídos pelos também com-petentes Mário Fontana e Helvécio Carlos.

Pessoalmente tivemos, ao longo desses anos, o privilégio de desfrutar do convívio e da amizade de alguns dos dirigentes do Estado de Minas. Entre eles citaríamos Geraldo Teixeira da Costa, o nosso Gegê, que ingressou no jornal em 1935, e contribuiu para engrandecê-lo durante 30 anos. Não nos esqueçamos também do caro Pedro Agnaldo Fulgêncio e do nosso dileto amigo Camilo Teixeira da Costa, primeiro Diretor-Executivo e depois Diretor-Geral, este felizmente ainda entre nós. Estão também sempre conosco, e ainda hoje na ativa, os grandes amigos Édison Zenóbio e Álva-ro Teixeira da Costa, o qual é também Presidente do Correio Braziliense e vem fazendo um extraordinário trabalho à frente dos Associados.

Nos dias que correm, o Estado de Minas é coman-dado por um grupo de executivos que nada fica a dever aos que os precederam. São eles Britaldo Silveira Soa-res, Diretor-Presidente; Édison Zenóbio, Diretor-Geral;

Álvaro Teixeira da Costa, Diretor-Executivo; Geraldo Teixeira da Costa Neto, Diretor de Gestão; Josemar Gi-menez de Resende, Diretor de Redação; Hélio Amoni, Diretor de Finanças; Guilherme Machado, Diretor de Tecnologia; Luiz Antônio Mendes, Diretor-Administra-tivo; Mário Neves, Diretor de Publicidade; Joaquim de Freitas, Diretor Jurídico; João Bosco Martins Salles, Editor-Geral; e Caio Braga Netto, Superintendente de Circulação. O Conselho Editorial é composto pelos prestigiosos nomes de Cyro Siqueira, Fábio Proença Doyle e Dídimo Paiva. A todos eles, nossos cumpri-mentos mais calorosos, extensivos a cada um daque-les gabaritados jornalistas, técnicos, administradores e demais componentes de seu quadro de pessoal. Nossa mensagem, estamos requerendo seja inserida nos Anais deste Parlamento e comunicada oficialmente aos homenageados.

Falar de o Estado de Minas é falar de grandes nomes. Assim é que, ao longo dos 80 anos, muitos luminares da intelectualidade mineira e brasileira co-laboraram com nosso homenageado. Entre eles citarí-amos aleatoriamente os nomes de Carlos Drummond de Andrade, Guimarães Rosa, Rubem Braga, Pedro Nava, Fernando Sabino, Roberto Drummond, Djalma de Andrade e Alberto Deodato. Cada um deles, com o fulgor de sua inteligência, contribuiu para que o jornal mantivesse aquela posição libertária e tão mineira que o fez defender os liberais da Revolução de 1930 e os constitucionalistas de 1932, para citar 2 episódios.

Atualmente, o Estado de Minas dá emprego di-reto a 1.300 funcionários e é, como dissemos, líder de cobertura em Minas Gerais. Conta com mais de 65 mil assinantes, e seu cadastro de clientes/anunciantes contabiliza 75 mil nomes. Em sua área de penetração e influência, contam-se 582 cidades no Estado de Mi-nas Gerais, as Capitais de São Paulo e do Rio de Ja-neiro, e a orla litorânea dos Estados do Rio, Espírito Santo e Bahia.

Sempre criando novos cadernos e editorias, mo-dernizando a cobertura jornalística, respeitando os princípios de segmentação em informações especia-lizadas, formando novos talentos, o Estado de Minas impressiona pelas dimensões e conteúdo. Com a atual formatação, tem ele nada menos que 9 editorias: Pri-meira Página, Política, Nacional, Opinião, Economia, Internacional, Gerais, Esportes e Em Cultura. Já os cadernos semanais são em número de 13: Feminino e Masculino, Veículos, Informática, Pensar, Turismo, Bem Viver, Empregos, Imóveis, Direito e Justiça, Agrope-cuário, D+, Guia de Negócios, Gurilândia, Divirta-se, Prazer em Ajudar e Hora Livre.

Faremos aqui referência especial à editoria de política. Consta em seu quadro um número significativo

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de competentes e sérios jornalistas, responsáveis pela cobertura das questões políticas no País e no Estado, e que trabalham com foco na investigação e na vigilân-cia a que já aludimos. A constante busca da verdade dos fatos, o acompanhamento isento das atividades da classe política e o fornecimento de subsídios aos homens públicos sobre os assuntos de interesse da população constituem as linhas mestras desse trabalho exemplar, comandado pelo ilustre jornalista Baptista Chagas de Almeida.

Discorrer sobre o Estado de Minas sem men-cionar os Diários Associados seria tarefa incompleta. De fato, o grupo integrado por nosso homenageado abrange vários outros importantes jornais regionais, tais como o Correio Braziliense, em Brasília, o Diário de Pernambuco, de Recife (o mais antigo em circula-ção na América Latina), e o Jornal do Commercio, do Rio de Janeiro (outro dos que fazem parte da histó-ria da imprensa brasileira). O conglomerado abrange ainda emissoras de televisão, como a TV Alterosa, de Belo Horizonte, e emissoras de rádio como a Tupi AM, além da Agência de Notícias Meridional, de provedores de acesso à Internet e de produtoras de vídeo, entre outros. É a obra de Assis Chateaubriand que aí está, viva e atual, a serviço dos brasileiros.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, poderia parecer que alguns de nossos companheiros Parlamen-tares se ressentem da intensa e constante exposição a que está sujeito, por parte da mídia, o Poder Legislativo brasileiro. No dia-a-dia, com efeito, poucas das insti-tuições nacionais são enfocadas com tanta freqüência e com aspecto tão crítico, como o Senado, a Câmara dos Deputados, as Assembléias Estaduais. Somos questionados pelo que fazemos e pelo que deixamos de fazer, somos analisados pelo que pensamos e pelas idéias que não abraçamos, somos acompanhados nas iniciativas e apontados nas omissões. Tal exposição – sem dúvida árdua para os expostos – é, no entanto, extremamente motivadora para aqueles cujo ideal, ao adentrar o Parlamento, consiste em servir ao povo. É esse mesmo povo, aliás, quem nos ensina que “nada tem a temer quem não tem culpa no cartório”. Assim pensando, consideramos sempre bem-vindo esse tra-balho jornalístico, que encaramos com o respeito que ele faz por merecer. E repetimos que ele é de valor inestimável para que tenhamos um Brasil transparen-te, justo, eqüitativo e digno dos brasileiros.

Portanto, ao homenagear o Estado de Minas pe-los seus 80 anos de fundação, estamos homenage-ando todos aqueles órgãos e todos aqueles homens empenhados no nobre e difícil ofício jornalístico, em todos os rincões do Brasil. Estamos certos de que, tal como o Estado de Minas, preocupam-se eles em

bem informar e, mais que tudo, em ser o mais idôneo formador de opiniões.

Parabéns ao Estado de Minas, esse jovem de 80 anos que soube modernizar-se, atualizar-se, prestar sempre os melhores serviços. E parabéns aos brasilei-ros, em especial os mineiros, que se orgulham de contar com um jornal de seu nível e de sua qualidade!

Muito obrigado.O SR. NELSON BORNIER (Bloco/PMDB – RJ.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a destinação a ser dada ao lixo é algo que preocupa a humanidade, que, até agora, não encontrou um local adequado para tanto, e o repro-cessamento pleno desse lixo continua e continuará por muito tempo sendo fator de inquietação entre os que cuidam da preservação do meio ambiente.

Todos os dias uma carga de mais de 125 mil to-neladas de rejeitos orgânicos e de material reciclável é despejada na natureza, pondo em risco a saúde das populações. Esse volume vai parar nos lixões, onde apenas 20% são destinados adequadamente aos aterros sanitários. Tão grave é a situação, que em boa hora começa a crescer no Congresso Nacional a idéia de criação de uma política para disciplinar o assunto e tirar o Brasil do atraso em que se encontra no que diz respeito ao tema. Sem falar, naturalmente, na ra-dioatividade transmitida por componentes eletrônicos jogados aleatoriamente, nos entulhos sem o menor cuidado com os riscos que podem transmitir.

Estudo da Secretaria de Desenvolvimento Urba-no da Presidência da República mostra que os lixões, os locais em que esses resíduos são lançados a céu aberto, são mais comuns nos municípios com menos de 100 mil habitantes. Nas grandes cidades, o uso de lixões é mais freqüente no Nordeste, enquanto no Su-deste esse índice não passaria de 15%.

Mas, Sr. Presidente, há de se levar em conside-ração que o debate sobre o fim dos lixões não envolve apenas preocupações ambientais. Milhares de famílias sobrevivem do que encontram no lixo. Estima-se que o Brasil tenha uma população de 55 mil catadores de lixo, dos quais 18 mil são crianças e adolescentes. E essa gente vive exclusivamente dos produtos ditos recicláveis, como o plástico e outros componente que a tecnologia brasileira ainda não se preocupou em reaproveitar.

Não faz muito, Sr. Presidente, a televisão exibiu, sem nenhuma cerimônia, gente dividindo restos do lixo com os urubus, num banquete macabro que afronta a dignidade de qualquer povo civilizado. Se bem que, em países como o Japão, o lixo é reaproveitado em sua quase totalidade, proporcionando emprego à po-pulação de baixa renda e permitindo que volte ao uso

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06550 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

comum muito daquilo que entre nós já não teria ne-nhum valor.

Lixo é coisa séria, Sras. e Srs. Deputados, e não pode ficar sendo manipulado aleatoriamente. Portanto, o assunto precisa ser melhor estudado, para que não venhamos a ter problemas futuros.

Era o que a tinha a dizer. A SRA. REBECCA GARCIA (PP – AM. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a continentalidade física de nosso País nos faz ser uma nação soberana em recursos naturais, água abundante e espaços capazes de eclodir a maior capacidade agrícola mundial, tornando-nos um país de excelentes capacidades para investimento externo e, principalmente, com a garantia permanente de ofertar alimentos a todas outras nações.

Entretanto, este vasto território ainda enfrenta pro-blemas de delimitações na regulamentação fundiária. Apenas 4% do território da Amazônia Legal é regula-rizado. Assim, são ignorados os donos de 1,58 milhão de quilômetros quadrados, área equivalente à da Ale-manha, Espanha, França, Hungria e República Tcheca. Quase um terço das terras da Amazônia Legal está em situação irregular ou indefinida. Por outro lado, apenas 4% da área é composta por propriedades particulares devidamente regularizadas pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRa).

Em recentes estudos, constatou-se que 31% do território da Amazônia é supostamente privado, sem validação de cadastro, o que, na prática, significa que ainda não se sabe a quem pertence e a que se presta. Nesse índice estão incluídos os posseiros (7,6% da Amazônia Legal ou cerca de 400 mil quilômetros qua-drados), os processos em trâmite e sem informação (10,7% ou 560 mil quilômetros quadrados) e aqueles arquivados por falta de validação do documento (3,9% ou 206 mil quilômetros quadrados).

Sr. Presidente, neste contexto, urge inferir um oportuno questionamento: quem é o dono da Ama-zônia?

As incertezas sobre a propriedade da terra são um dos motores que impulsionam atividades ilegais nos setores de extração de madeira e na produção agropecuária, pois estimulam a impunidade. Em re-conhecimento ao problema, o Governo Federal cha-mou, em janeiro, os proprietários dos 36 Municípios amazônicos que mais desmataram em 2007 para se recadastrarem no INCRA.

Evidentemente, os problemas remetem ao gover-no militar, que sob o lema Integrar para não entregar promoveu a interiorização, com a promessa de gran-des extensões de terras para imigrantes, sem, contu-do, regularizar a situação. Desde então, sucessivas

administrações públicas passaram sem que a questão fosse atacada de fato.

Sr. Presidente, talvez esse seja o pior problema da Amazônia; o resto é conseqüência. Quando se puxa o novelo, a questão fundiária sempre aparece. De vez em quando esbarramos até em sesmaria. Todo tipo de fraude fundiária existe aqui. Trata-se de uma área muito grande que não recebeu a devida atenção.

É claro para nós, Parlamentares, que hoje o IN-CRA não tem capacidade de levar adiante o trabalho a partir do recadastramento. O órgão está sucateado, faltam profissionais qualificados, servidores em todas as regiões da Federação e material técnico para traba-lho. Entre unidades de conservação e terras indígenas, elas chegam a 41% da Amazônia Legal, ou 1,58 milhão de quilômetros quadrados. Na visão de especialistas, entre 70 mil e 100 mil quilômetros quadrados depen-dem de regularização.

Sr. Presidente, torna-se portanto transparente neste momento a necessidade de um enorme esforço por parte do Executivo e de seus órgãos competentes de identificar quem são os donos dessas terras, desse espaço que corta nossas florestas, fazendas, rincões mais distantes. A estrutura fundiária brasileira nasceu sob o signo da grande propriedade, o latifúndio. Não podemos mais esperar 500 anos para podermos sair do papel para a ação concreta.

Sr. Presidente, solicito que este discurso seja di-vulgado pelo programa A Voz do Brasil e pelos demais órgãos de comunicação da Casa.

Muito obrigada.O SR. PEDRO CHAVES (Bloco/PMDB – GO. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, como defensor intransigente do muni-cipalismo, em dezenas de oportunidades já manifestei nesta tribuna a importância do trabalho realizado pelos Prefeitos em defesa das localidades que administram. Afinal de contas, são eles os legítimos representantes dos verdadeiros anseios da população e por isso mere-cem de nós, Parlamentares, o mais profundo respeito e parceria na obtenção de recursos que propiciem o desenvolvimento de seus Municípios.

No que diz respeito ao meu Estado de Goiás, cabe aqui ressaltar um aspecto de grande relevância para os administradores municipais: a união da bancada goiana no Congresso Nacional, independentemente de questões partidárias, para a aprovação de emen-das orçamentárias que possibilitam investimentos em dezenas de Municípios, a cada ano.

O trabalho conjunto de Deputados e Senadores assegurou a inclusão de recursos para investimentos em grandes obras no Estado, entre as quais podemos destacar os viadutos na Grande Goiânia, moradia,

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saneamento básico, água tratada na Capital, além da conservação e duplicação das rodovias federais que cortam o território goiano.

Lá se foi o tempo em que divergências políticas inviabilizavam a tramitação de emendas orçamentárias ou mesmo emperravam liberação de recursos. Qual Parlamentar, em sã consciência, poderia posicionar-se contra investimentos em manutenção e ampliação de hospitais e centros de reabilitação e readaptação de pessoas portadores de deficiência física?

E se a maior parte dos recursos foi destinada para grandes obras, localizadas nos Municípios de contingente populacional superior a 200 mil habitan-tes, a emenda individual ao Orçamento 2008 permitiu-me atender pleitos não menos importantes de outras cidades goianas. Distribuídos de forma equilibrada, os recursos vão proporcionar a construção de casas populares, postos de saúde, centros comunitários e a realização de outras dezenas de obras de infra-estrutura urbana.

Os meus companheiros de bancada nesta Casa, independentemente de sigla partidária, também rea-lizaram o mesmo procedimento em dezenas de Mu-nicípios goianos. Trata-se, a meu ver, de uma justa e transparente divisão de verbas para que um número maior de cidadãos, de todas as regiões do Estado de Goiás, possa receber benfeitorias que representam qualidade de vida.

Não poderia deixar de registrar em plenário esse importante sinal de maturidade política experimentado em meu Estado. Governistas e oposicionistas pude-ram atender suas bases políticas e ao mesmo tempo uniram-se em torno dos projetos de maior dimensão para os goianos.

Devido ao trabalho dos 17 Deputados Federais e dos 3 Senadores, o Estado de Goiás poderá receber, até 2010, final do Governo Lula, investimentos totais da ordem de 9,3 bilhões de reais de recursos do Progra-ma de Aceleração do Crescimento – PAC, do Governo Federal. A liberação dos recursos já está ocorrendo, principalmente para obras de saneamento básico (ser-viços de água tratada e esgoto sanitário) e habitação, mas a soma maior de recursos deverá ser liberada este ano em obras de logística, como a construção do trecho goiano da Ferrovia Norte–Sul e a duplicação e pavimentação de rodovias federais no Estado.

Em todo o Centro-Oeste, a meta é consolidar in-vestimentos totais de 24,1 bilhões de reais. O PAC foi anunciado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em agosto do ano passado e, de lá para cá, muitas frentes de obras já foram iniciadas com recursos do programa.

Em Goiás, por enquanto, os benefícios se con-centram principalmente em saneamento básico e cons-trução de moradias. Estão em execução frentes de trabalho em Goiânia (diversos bairros), Anápolis, Cris-talina, Santo Antônio do Descoberto e Novo Gama. São obras de instalação, ampliação ou modernização de sistemas de abastecimento de água, bem como captação e tratamento de esgoto sanitário. Somente na área de saneamento, os recursos já liberados so-mam 182 milhões de reais. Globalmente, a previsão é investir 420 milhões de reais em saneamento no Estado de Goiás.

Até 2010, Goiás poderá receber 9,3 bilhões de reais em obras do PAC. Maior soma de recursos será para obras como ferrovia, alcoolduto e rodovias, mas saneamento e habitação também são prioridades.

Na primeira etapa, os investimentos do PAC para Goiás totalizam 619,4 milhões de reais, somente para obras de saneamento e habitação. Desse total, o Esta-do entra com contrapartida de 63,1 milhões de reais e os Municípios com recursos de 27,7 milhões de reais. Todos os demais recursos, num total de 528,6 milhões de reais, são provenientes do Governo Federal.

Uma das obras mais importantes a serem cons-truídas é o Sistema de Abastecimento de Corumbá Sul, que beneficiará 4 cidades do Entorno do Distrito Federal, com água tratada, e tem valor estimado de 160 milhões de reais.

No campo da habitação popular, estão em anda-mento construção de casas nos Municípios de Goiânia, Anápolis, Cidade Ocidental, Luziânia, Formosa, Pla-naltina, Santo Antônio do Descoberto, Águas Lindas de Goiás, Novo Gama e Valparaíso. Os investimentos incluem também obras de melhorias urbanas. A meta do PAC para Goiás é construir 50 mil moradias para pessoas de baixa renda até 2010.

O maior volume de recursos do PAC para Goiás deverá ter como destino o setor de infra-estrutura eco-nômica, como transportes e energia elétrica. Um dos maiores investimentos no Estado é a Ferrovia Norte–Sul, que, quando estiver completamente pronta, vai ligar Anápolis ao Porto de Itaqui, no Maranhão, após integrar-se à Ferrovia Carajás, no Maranhão.

Em Goiás, somente de Anápolis a Uruaçu, são 280 quilômetros, trecho arrematado em leilão de sub-concessão pela Companhia Vale do Rio Doce, que deverá investir 900 milhões de reais para a sua cons-trução, obra que deverá ser concluída no fim de 2009. A terraplanagem deve começar este ano e serão aber-tas 5 frentes de trabalho, conforme explicou o Presi-dente da VALEC, José Francisco das Neves. Outros investimentos serão realizados de Uruaçu até a divisa com o Tocantins, num total de aproximadamente 150

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quilômetros, o que deverá exigir recursos próximos de 500 milhões de reais.

O setor rodoviário também contará com grande soma de recursos a serem liberados pelo PAC. Entre eles está a conclusão da duplicação da BR-153, entre Goiânia e Itumbiara, a duplicação de alguns trechos da BR-060 (Goiânia/Santa Rita do Araguaia) e pavi-mentação de trechos de rodovias federais que cortam Goiás, como a BR-414, a BR-070, a BR-080 e parte da BR-020, que será duplicada até Formosa. Embora esse trecho esteja quase que integralmente em terri-tório do Distrito Federal, vai beneficiar principalmente o Município de Formosa e as demais cidades do Nor-deste goiano. Somente para obras de duplicação de rodovias, Goiás deverá receber até 2010 cerca de 1 bilhão de reais.

Ainda na infra-estrutura logística, outro grande investimento do PAC em Goiás é na construção do aeroporto de Goiânia. No momento, as obras estão paralisadas devido a irregularidades constatadas pelo Tribunal de Contas da União. Contudo, a expectativa é de que o impasse seja resolvido logo e as obras pos-sam ser retomadas. Os investimentos totais no novo aeroporto somam mais de 200 milhões de reais.

A PETROBRAS planeja investir 4,1 bilhões de reais na construção do alcoolduto que ligará Senador Canedo a São Sebastião, em São Paulo. A obra tem como objetivo ampliar a competitividade do Estado na oferta e exportação de álcool. O alcoolduto, além da maior segurança que oferece, reduz os custos de transporte. Outros recursos do PAC serão aplicados em projetos de geração de energia elétrica e outras fontes de energias renováveis, por meio de parcerias com a iniciativa privada.

O Estado de Goiás deverá receber, nos próximos 4 anos, um total de 2,1 bilhões de reais para aplica-ção em serviços de saúde. A previsão está contida no Programa de Aceleração do Crescimento – PAC, do Governo Federal. O anúncio oficial dos recursos foi feito Pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no último dia 5 de dezembro, em solenidade realizada no Palácio do Planalto, em Brasília. No Centro-Oeste serão investidos 5,2 bilhões de reais.

Assim é que se faz política. Assim é que se di-namiza uma atuação parlamentar. Assim é que se faz, na prática, a democracia que tanto defendemos para o dia-a-dia de nossas vidas.

Muito obrigado.A SRA. RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, com tristeza dirijo-me a esta Casa, para manifestar meu pesar pelo falecimento do Monsenhor Rômulo Neves Balestrero, no dia 25 de fevereiro, em

Cariacica, Espírito Santo, depois de lutar bravamente por 1 ano contra o câncer. Faço isso como católica, Parlamentar, cidadã, em nome também de toda a mi-nha família e, estou certa, de milhares de capixabas. Envio meu abraço fraterno a seus familiares e à comu-nidade de Campo Grande, que sem dúvida se sente órfã neste momento.

Considero fundamental registrar nos Anais da Câmara dos Deputados um pouco das ações des-se homem, exemplo de ser humano e cristão. Padre Rômulo, como era chamado por seu fiéis, atuou em Viana, Jucutuquara e, por 30 anos, na Paróquia do Bom Pastor, bairro de Campo Grande, em Cariacica. Mesmo depois de aposentar-se, continuou em sua missão social e religiosa, pregando o amor ao próxi-mo, a honestidade e a caridade para com os “amados de Deus”, como ele dizia, os mais pobres.

Tive a honra e o prazer de colaborar com Padre Rômulo no seu trabalho de criação do Recanto de Atendimento ao Menor – REAME, em Campo Gran-de, destinando recursos por meio de emenda parla-mentar para a construção do ginásio de esportes, e compartilhei de sua alegria quando da inauguração, tendo em vista que o local onde funciona o REAME tem um suporte social pequeno e precário. As ações de Padre Rômulo na área de esporte e cultura foram valorosas para preservar crianças e adolescentes da perversidade das ruas.

Seu legado também chega às famílias da comu-nidade por meio das pastorais sociais. Esse cristão exemplar fundou ainda o Centro de Lavradores Uni-dos para o Progresso, em Viana, sua cidade natal, e foi capelão do orfanato Cristo Rei.

Poderia falar horas sobre Padre Rômulo, seu trabalho, sua importância para as comunidades onde plantou muitas sementes e colheu bons frutos, mas creio que suas obras falam por ele mais do que as palavras, e sua lembrança será uma constante nos corações de todos que com ele conviveram.

Fica então nosso agradecimento a Monsenhor Rômulo, nossa saudade e a certeza de que ele, onde estiver, continuará a rogar por nós.

O SR. GLADSON CAMELI (PP – AC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, nesta Semana Internacional da Mulher cabe celebrar conquistas que vieram consolidar a posição da mãe, da mulher, da companheira, da dona de casa, da profissional e da cidadã que, através dos anos, vem ocupando merecido espaço numa sociedade plural e democrática.

Felizmente, a brasileira hoje não é apenas lem-brada por seus dotes físicos e sua sensualidade ina-ta de mulher tropical. É também – e acima de tudo

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– lembrada por seus esforços em partilhar o sustento da casa, educar a prole e dividir com o parceiro as preocupações do dia-a-dia.

Aliás, a mulher sempre teve uma participação vital em momentos críticos e definitivos, sem, muitas vezes, ter reconhecida a importância de seu papel. Basta lembrar a própria Independência e a participa-ção decisiva de Leopoldina, mulher de Dom Pedro I, em convencer o marido que chegara a hora de dar um basta na submissão a Portugal.

Joana Angélica, Ana Nery e Anita Garibaldi fo-ram brasileiras que enfrentaram até mesmo campos de batalha sem demonstrar medo e fazendo valer seus esforços perante a tropa. Verdadeiras lendas da His-tória brasileira, foram mulheres à frente de seu tempo sem esquecer de sua feminilidade.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a história recente está repleta de exemplos heróicos de mulheres conscientes de sua importância no contexto social de sua época. E o caso de Bertha Lutz e sua luta vitoriosa pelo voto feminino na era Vargas. A despeito de todas as lutas e esforços, apenas na década de 60, por in-termédio do Estatuto da Mulher Casada, a brasileira ganhou a condição de plenamente capaz em nível ju-rídico, saindo assim do julgo masculino.

Felizmente, a Constituição Cidadã de 1988 veio consolidar uma tendência emancipacionista e acabou com a figura do chefe de família, dividindo igualmente entre o casal a responsabilidade pela família.

É inconcebível, portanto, que, em plena alvorada de um século carregado de vitórias e conquistas para a mulher, o fantasma da violência, sobretudo doméstica, ainda ronde os lares brasileiros. A chaga da soberba e da covardia machista é uma mácula que precisa ser extirpada da convivência cordial e pacífica que uma família requer. Por isso mesmo, a Lei Maria da Penha veio em socorro de mulheres que precisam da ação do Estado como o derradeiro defensor do direito à vida e da preservação do próprio corpo.

A aparente fragilidade física da mulher não pode nem deve ser desculpa ou senha para agressão ou sub-missão disfarçada. A liberdade é um bem inalienável que deve ser preservado a qualquer custo. Cabe ao Estado e a seu aparato legal o dever original de agir e oferecer soluções rápidas e eficazes para qualquer ameaça.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em parti-cular, ressalto o Estado que represento, o Acre, como autêntico pioneiro em conceder à mulher honrarias pú-blicas e cargos de chefia nos 3 Poderes constituídos. É do Acre a segunda Senadora da República, Laélia Alcântara, uma obstetra negra que ajudou a trazer ao mundo milhares de rio-branquenses que hoje prateiam

sua morte, ocorrida no dia 26 de fevereiro passado. É acreana a primeira mulher a chegar ao Governo de Estado, Iolanda Lima, cuja carreira política deixou marcas na história acreana.

A magistratura, a Defensoria e o Ministério Pú-blico acreanos, por seu lado, estão recheados de mu-lheres de destaque, como juízas, desembargadoras, promotoras e procuradoras de Justiça. E não é por menos que um dos Ministérios de maior visibilidade em qualquer Governo, o do Meio Ambiente, é ocupa-do por Marina Silva, uma seringueira acreana cuja luta em prol da ecologia e do equilíbrio ambiental lhe deu projeção internacional.

Dessa forma, Sr. Presidente, em nome do meu Estado, destaco a importância da mulher em todas as áreas da atividade humana e reafirmo a certeza de que consolidar sua posição é vital à sociedade contemporânea.

Muito obrigado.O SR. NATAN DONADON (Bloco/PMDB – RO.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nesta oportunidade, quero mencio-nar alguns recursos que direcionei para Rondônia, meu Estado de origem. Esse benefício é mais preci-samente para o Município de Colorado do Oeste, um dos principais pólos regionais rondonienses e um dos Municípios que passa por um rápido crescimento de-mográfico.

Na última semana, estive naquele Município, mais precisamente no estádio municipal, quando entreguei à competente Prefeita Mirian Donadon nota de empenho no valor de 240 mil reais, para melhorias no estádio municipal. Esse é mais um benefício conquistado para a região do cone sul de Rondônia. Priorizei esse recur-so visando fortalecer o setor esportivo e dar condições aos amantes do futebol para que eles possam assistir aos jogos promovidos naquele estádio.

Quero agradecer a dedicação a algumas autori-dades municipais que são os principais incentivadores do progresso de Colorado do Oeste, como a Prefei-ta Municipal Mirian Donadon, o Vice-Prefeito Márcio Donadon, o Diretor de Esportes do Município, Robson Tadeu, entre outros. Agradeço também ao Ministro do Esporte, Orlando Silva, a disposição em atender o meu pleito.

Sr. Presidente, fico grato por saber que as ben-feitorias para as quais aloquei recursos farão muitas famílias de Colorado do Oeste felizes. Sei que os problemas do nosso Estado são grandes, mas, com esforço e trabalho, estamos conseguindo melhorar a infra-estrutura da nossa comunidade.

Muito obrigado.

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O SR. JOVAIR ARANTES (PTB – GO. Pronun-cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero destacar alguns aspectos relevantes do Projeto de Lei nº 2.847, de 2008, de minha autoria, apresentado no Plenário desta Casa de Leis, no último dia 19 de fevereiro de 2008, que “altera o art. nº 20 da Lei nº 8.742, de 07 de dezembro de 1993, para dispor sobre ampliação e regras de concessão de benefício assistencial de prestação continuada”.

Esse projeto de lei prevê a concessão de um abono mensal para os responsáveis pela pessoa de-ficiente que faz jus ao benefício assistencial no valor de um salário mínimo mensal.

A iniciativa visa beneficiar os responsáveis, na maioria dos casos, a mãe, de forma a que eles possam se dedicar integralmente aos cuidados domiciliares de estimulação contínua da pessoa deficiente.

A aprovação dessa proposta representará avanço nas conquistas alcançadas pelas pessoas com defici-ência, permitindo aos seus responsáveis o atendimen-to, em tempo integral, às necessidades especiais de seus dependentes.

Portanto, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o teor da proposição converge para o entendimento legislativo obtido a partir da Constituição Federal de 1988, da defesa da inclusão social das pessoas com deficiência, visando garantir-lhes o exercício pleno da cidadania e a conquista de uma vida independente.

Nesse sentido, tendo em vista a relevância da matéria, conto com o apoio dos ilustres pares para a aprovação da referida proposição.

Muito obrigado.O SR. GEORGE HILTON (PP – MG. Pronuncia

o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, taquígrafos e demais funcionários presen-tes, compareço a esta tribuna para fazer um apelo no sentido de que todos nós – homens e mulheres – nos unamos em prol de uma causa que é de toda a hu-manidade. Afinal, a participação das mulheres é não só um objetivo em si próprio, mas também condição indispensável para melhorar a vida de todos os habi-tantes do planeta.

Ninguém pode contestar as provas disso, nin-guém pode negar os resultados da Cúpula Mundial de 2005, na qual dirigentes mundiais reafirmaram que a igualdade de gênero e o respeito aos direitos humanos são imprescindíveis para o desenvolvimento, a paz e a segurança. No entanto, ainda estamos muito longe de traduzir essa concepção numa prática universal.

Em quase todos os países, as mulheres estão sub-representadas em cargos que implicam tomada de decisões. O trabalho das mulheres continua a ser subvalorizado, insuficientemente remunerado ou mes-

mo a não ser sequer remunerado. As meninas consti-tuem a maioria dos mais de 100 milhões de crianças que não freqüentam a escola. Conseqüentemente, as mulheres representam a maioria dos 800 milhões de adultos analfabetos.

O pior de tudo é que a violência contra as mulhe-res perdura, sem que haja uma redução, em todos os continentes, todos os países e todas as culturas, com efeitos devastadores na vida delas, de suas famílias e da sociedade no seu conjunto. A maioria das socieda-des proíbe essa violência, mas a realidade é que ela é freqüentemente encoberta ou tacitamente tolerada.

Por isso o Dia Internacional da Mulher é tão im-portante. E, mais do que em outras datas, devemos dizer claramente que é nossa responsabilidade traba-lhar para conseguir duradoura mudança de valores e de atitudes.

O transcurso desse dia é um apelo para trabalhar-mos em parceria com governos, organizações interna-cionais, sociedade civil e setor privado. Exorta-nos a atuar no sentido de transformar as relações entre mu-lheres e homens, em todos os níveis da sociedade.

Atualmente, a política de combate à violência doméstica contra a mulher produz, nas vítimas, ge-neralizada sensação de injustiça e, nos agressores, certeza de impunidade. Mostram os dados que 70% dos casos apreciados pelos Juizados Especiais Crimi-nais são referentes à violência doméstica. No entanto, pesquisa realizada no Rio de Janeiro de 1991 a 1995 acusou que somente em 6% dos casos de lesões cor-porais contra mulheres encaminhados à Justiça houve a condenação dos agressores.

Nobres pares, é notório que, além de ser uma forma de violação dos direitos humanos, a violência contra a mulher é um grave problema de saúde pública. Essa violência doméstica ultrapassa a esfera privada e adquire dimensões públicas cada vez maiores.

Ora, não podemos nos esquecer que, mediante compromissos internacionais firmados pelo Brasil em convenções internacionais, assumimos a responsabili-dade pela luta contra tal modalidade de violência.

Em 2001, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA publicou relatório no qual estabe-leceu recomendações ao Brasil pelo descumprimen-to da Convenção de Belém do Pará e da Convenção Americana de Direitos Humanos. Recomendou-se o prosseguimento e a intensificação de processo de reforma que evite a tolerância estatal e o tratamento discriminatório no que diz respeito à violência domés-tica contra a mulher brasileira.

Devemos nos conscientizar de que as desigual-dades de gênero entre homens e mulheres advêm de construção sociocultural que não encontra respaldo nas

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diferenças biológicas entre ambos. São desigualdades socialmente construídas. A lógica da hierarquia de po-der em nossa sociedade não privilegia as mulheres, segmento historicamente discriminado. Não podemos deixar que isso se torne um processo natural, apto a fomentar mais atos de discriminação e violência.

A naturalização da violência e a sua incorporação ao cotidiano de milhões de brasileiras gera complacên-cia e permite a perpetuação da impunidade. A mulher não pode ser culpada pela violência sofrida apenas pelo fato de ser mulher.

Por tal razão, devemos nos preocupar com a correção dessas desigualdades e com a promoção de inclusão social por meio de políticas públicas es-pecíficas que compensem as desvantagens sociais oriundas da situação de discriminação e exclusão a que muitas brasileiras são expostas. A fim de prestigiar o principio da igualdade, devemos erradicar de nosso meio as relações sociais marcadas pela desigualdade e pela hierarquia.

Nobres Deputados, envidemos nossos esforços em prol da intensificação da defesa dos direitos huma-nos das mulheres, de modo a erradicar as desigualda-des que hoje permeiam as relações de gênero. Que trabalhemos com mais empenho no sentido de garantir proteção e dignidade às vítimas de violência doméstica. Que permitamos, com nossas ações, com os instru-mentos que o povo e, em especial, as mulheres brasi-leiras colocaram em nossas mãos, o estabelecimento da igualdade real entre homens e mulheres.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. INOCÊNCIO OLIVEIRA (PR – PE. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero chamar a atenção desta Casa para os estudos que o IPEA vem realizando, nos úl-timos anos, sobre o fenômeno de envelhecimento da população brasileira e, em particular, sobre as pes-quisas da Sra. Ana Amélia Camarano, da Diretoria de Estudos Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Há constatação de que nas 2 últimas déca-das o idoso brasileiro teve sua expectativa de sobre-vida aumentada e reduzido o seu grau de deficiência física e mental.

Hoje, como podemos constatar, as aposentadorias desempenham um papel muito importante na renda dos idosos, e essa importância cresce com a idade. Na atualidade, a provisão de rendas por parte do Estado faz parte do orçamento individual de muitos cidadãos brasileiros; e os idosos são, cada vez mais, chefes de família, principalmente no Nordeste do Brasil.

Os encontros anuais da Associação Brasileira de Estudos Populacionais (ABEP) têm servido para discutir sobre esse papel dos idosos no comando da

unidade familiar e, simultaneamente, sobre a utiliza-ção pela terceira idade dos serviços públicos de saú-de (SUS) e sua influência no aumento dos custos da Previdência. Volta-se a discutir, nesses foros, a idade mínima para aposentadoria, com uma permanência mais longa nos postos de trabalho, em todos os níveis, públicos e privados.

Outro aspecto que preocupa os analistas demo-gráficos – e também os políticos – é a “feminização” da velhice. Crescentemente, mulheres viúvas e que vivem sós aparecem nas bioestatísticas; e não exis-tem, ainda, políticas públicas abrangentes para esse segmento populacional. Destaca a especialista Ana Amélia Camarano: “A perspectiva dos gerontólogos é mais otimista quando afirmam que, para as idosas de hoje, a velhice e a viuvez podem representar um mo-mento de independência e realização”.

Com a crescente presença de idosos, pessoas acima de 60 anos, no mercado de trabalho, e de apo-sentados acima dos 65 anos de idade que voltam a trabalhar, inverte-se a equação de que o idoso con-some mais do que produz. E já começa a existir uma classificação, dentro da chamada “terceira idade”, de “idosos jovens” e “mais idosos”, com o intervalo, entre um e outro segmento, de 30 anos.

É de se esperar que, em 2020, a “feminização” da velhice avance mais ainda, podendo o percentual de mulheres idosas alcançar cerca de 16% da po-pulação brasileira e o dos homens, cerca de 12,5%. Nesse quadro etário, as mulheres idosas apresentam “uma tendência maior do que a dos homens de viver sozinhas”. Mas o crescente contingente de idosos nas atividades econômicas se vem relacionando, perigo-samente, com riscos de acidentes de trabalho e tam-bém com atropelamentos ocorridos no trajeto casa/trabalho/casa.

Além da redução da mortalidade, em todos os grupos etários, o Brasil se vem destacando pelo au-mento da expectativa de sobrevida nas idades mais avançadas, aproximando-se dos índices prevalentes nos países mais desenvolvidos. No capítulo da dis-tribuição dos óbitos da população idosa, nota-se a alta incidência de doenças do aparelho circulatório e, também, do aparelho respiratório e de neoplasias. Apesar disso, constata-se que os idosos brasileiros estão vivendo em melhores condições de saúde – os homens em melhor situação do que as mulheres, o que foi observado também na França, segundo estudos da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Todas essas análises e aproximações estatísticas, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, servem para constatar que o envelhecimento da população brasi-leira merece a mais atenta preocupação desta Casa,

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no acompanhamento das políticas governamentais e, também, no aperfeiçoamento da legislação de proteção aos grupos idosos, dando-lhes condições de inserção na sociedade e oportunidades para o seu aproveita-mento em atividades econômicas produtivas.

Muito obrigado.O SR. SANDES JÚNIOR (PP – GO. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, a instalação de uma CPI mista do Congres-so Nacional destinada a averiguar o uso irregular de cartões corporativos por parte de integrantes do Poder Executivo está na pauta das negociações entre Go-verno e Oposição. Discutem eles, em especial, quem ficará com a relatoria e a presidência da Comissão, esta exigida pela Oposição.

Entre negociações e interpretações regimentais, e até que se instale a CPI, cabe a cada um de nós, membros desta Casa, a reflexão a respeito de como é possível contribuir para o exame do caso e para o lento e acidentado processo de moralização da coisa pública no Brasil.

O cartão corporativo, como é de amplo conhe-cimento, foi criado há 7 anos, como instrumento a ser usado por funcionários do alto escalão do Governo, para facilitar as compras das repartições públicas que dispensem licitação e fazer frente a despesas impre-vistas decorrentes do exercício do cargo.

Muito embora as possibilidades legais de utiliza-ção, mesmo assim resumidas, sejam evidentemente claras, a cultura brasileira de promiscuidade entre o dinheiro público e os interesses privados parece ter prevalecido também dessa vez. A Ministra da Igualdade Racial, os Ministros da Pesca, do Esporte e do Desen-volvimento Agrário, bem como o assessor especial do Gabinete da Presidência da República foram acusados de utilizar indevidamente os cartões, cobrindo gastos estritamente pessoais, no caso dos Ministros, e, no caso do assessor, extrapolando os limites da razoabi-lidade no abastecimento do Palácio da Alvorada e da Granja do Torto.

Vindos à tona – e logo apontados como o mais novo escândalo da República –, os fatos mostraram-se inaceitáveis. Os fornecedores da Presidência são es-colhidos entre os mais caros da Capital, sem nenhum critério de contenção de despesas. Ministros pagam altas contas de restaurantes, bares e aluguel de car-ros, ao mesmo tempo em que fazem pequenos gastos até em tapiocarias – no caso, exatos 8 reais. Diante do disparate, evidencia-se a total confusão entre os gastos concernentes à pessoa física e aqueles decorrentes do exercício do cargo, o que, por sua vez, se insere no hábito secular de assalto ao Erário, segundo a con-

cepção de que recursos públicos pertencem a quem primeiro lhes botar a mão.

Esse é, aliás, Sr. Presidente, o vício de base que esgota quaisquer vantagens que pudessem advir do uso dos cartões corporativos, criados, como frisado anteriormente, para facilitar o pagamento de despesas da repartição ou da autoridade enquanto tal. No en-tanto, rapidamente, o uso do cartão se disseminou de forma incontrolável, tornando-se ferramenta corriqueira de malversações. Basta dizer que, segundo apurado pela revista Veja, o número de funcionários portadores de cartão que, em 2004, era de 3.167, atualmente, já chega a 11.510.

O mais grave é que, até hoje, não se explicou o critério que preside a distribuição desses cartões, não se apontou a existência de um teto para gastos, nem se conheceu nenhum mecanismo de controle estabelecido pelo Governo Federal. A alegação de que os cartões servem ao princípio da transparência, uma vez que as respectivas faturas são de fácil identificação, não resiste à primeira verificação, pois eles podem ser utilizados para saques em dinheiro nos caixas eletrônicos.

O resultado é que todos os gastos apurados até hoje, suficientes para a instalação da CPMI dos Cartões, dizem respeito a apenas 25% dos 78 milhões de reais, total dos gastos referentes somente ao ano passado. Os 75% restantes continuam sem explicação.

Por todas essas razões, Sr. Presidente, nobres colegas, a instalação da CPMI tem caráter imperati-vo, pois ensejará o esclarecimento dos fatos, a distri-buição de responsabilidades e as punições, além de estimular, em seus limites de atuação, o estabeleci-mento de nova mentalidade em relação aos recursos públicos no País.

Aproveito ainda a ocasião para reiterar, em todos os termos, o compromisso do Partido Progressista com as práticas democráticas, o que inclui a transparência, a moralidade no trato da coisa pública, a prevalência do interesse coletivo e o respeito irrestrito à legisla-ção. E serão esses os valores preconizados pelo par-tido no âmbito da CPMI dos cartões, assim como em todas as atividades envolvidas no exercício do Poder Legislativo.

Muito obrigado.O SR. MÁRIO DE OLIVEIRA (Bloco/PSC-MG.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o investimento na educação dos jo-vens é elemento essencial para assegurar as condições necessárias ao crescimento de qualquer país.

Apontam as estatísticas disponíveis o sucesso de diversos programas distributivos de renda orienta-dos para a preparação das crianças e adolescentes para o ingresso em um mercado de trabalho cada vez

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mais competitivo. E as avaliações de programas como o Bolsa-Escola e o Bolsa-Família mostram que os in-vestimentos feitos, com certeza, gerarão frutos muito benéficos para o aumento e a redistribuição de renda das famílias mais pobres.

No entanto, ainda persiste grave problema que coloca em risco o sucesso dos programas governa-mentais voltados para as crianças e adolescentes: a questão da criminalidade.

É notório o uso de crianças e adolescentes para a prática de ilícitos. Jovens são seduzidos por promes-sas de acesso a bens de consumo ou notoriedade e poder feitas por criminosos. Iludidos com as pretensas vantagens, muitos acabam por acreditar que a vida bandida é uma alternativa à falta de perspectiva que vivenciam, em especial aqueles que não possuem fa-mília constituída e estão abandonados na rua.

Em conseqüência, são imprescindíveis a criação de oportunidades e o oferecimento de abrigo seguro para esses jovens, de modo a que eles possam ser colocados a salvo de investidas desse tipo.

Nesse sentido, as Forças Armadas brasileiras, com notória e reconhecida capacidade de formar cida-dãos, seria o local mais adequado para o desenvolvi-mento de um programa de acolhimento de crianças e adolescentes abandonados, em especial aqueles com histórico de conflito com a lei. Assim, além da garantia de ensino profissionalizante, haveria a transmissão de valores e de amor à pátria, o que asseguraria a esses jovens pleno desenvolvimento como ser humano.

Muito obrigado, Sr. Presidente.O SR. CHICO LOPES (Bloco/PCdoB – CE. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o dia 4 de março de 2008, hoje, mar-ca os 90 anos de morte do maior expoente da litera-tura de cordel no Brasil, Leandro Gomes de Barros. Paraibano nascido em 19 de novembro de 1865, na Fazenda da Melancia, no Município de Pombal, hoje Município de Paulista, Paraíba, Leandro é considerado o rei dos poetas populares e o pioneiro na publicação de folhetos rimados.

Ainda criança mudou-se para a Vila do Teixei-ra, considerada o berço dos fundadores da Literatura Popular nordestina, onde permaneceu até os 15 anos de idade, tendo conhecido vários cantadores e poetas ilustres. Depois foi para Pernambuco e fixou residência em Vitória de Santo Antão, depois Jaboatão e, a partir de 1907, no Recife, onde viveu de aluguel em vários endereços, imprimindo a maior parte de sua obra po-ética no próprio prelo ou em diversas tipografias.

Entre sua obras mais destacadas estão os folhetos O Cavalo que Defecava Dinheiro e O Testamento do

Cachorro, que serviram de inspiração para que Ariano Suassuna escrevesse O Auto da Compadecida.

Portador de grande verve humorística e satírica, Leandro foi impiedoso com as classes dominantes, ten-do sido crítico mordaz da República Velha, dos ingleses, dos impostos, dos vícios do clero e dos abusos pratica-dos pelos senhores de engenho da Zona da Mata. Foi um dos poucos populares a viver unicamente de suas histórias rimadas, que foram centenas. Leandro verse-jou sobre todos os temas, sempre com muito senso de humor. Começou a escrever seus folhetos em 1889, conforme ele mesmo conta nesta sextilha de A Mulher Roubada, publicada no Recife em 1907:

“Leitores peço-lhes desculpa se a obra não for de agrado Sou um poeta sem forçao tempo me tem estragado, escrevo há 18 anosTenho razão de estar cansado”.

Na crônica intitulada Leandro, o Poeta, publicada no Jornal do Brasil em 9 de setembro de 1976, Carlos Drummond de Andrade o chamou de “Príncipe dos Poetas” e assinalou: “Não foi príncipe dos poetas do asfalto, mas foi, no julgamento do povo, rei da poesia do sertão, e do Brasil em estado puro”.

E diz mais:

“Leandro foi o grande consolador e ani-mador de seus compatrícios, aos quais servia sonho e sátira, passando em revista aconteci-mentos fabulosos e cenas do dia-a-dia, falan-do-lhes tanto do boi misterioso, filho da vaca feiticeira, que não era outro senão o demo, como do real e presente Antônio Silvino, êmu-lo de Lampião”.

Após o seu falecimento, em 4 de março de 1918, no Recife, o poeta e editor João Martins de Athayde, em seu folheto A Pranteada Morte de Leandro Gomes de Barros, escreveu:

“Poeta como LeandroInda o Brasil não criouPor ser um dos escritores Que mais livros registrouCanções não se sabe quantasForam seiscentas e tantaAs obras que publicou”.

Ao registrar esta data, quero homenagear a cultu-ra de nosso povo, a cultura nordestina e a luta de nosso povo, o povo brasileiro, contra as seculares injustiças sociais que marcam a história do Brasil.

Para concluir, leio o poema O Povo na Cruz, de autoria de Leandro Gomes de Barros:

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06558 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

“Alerta, Brasil, alerta!Desperta o sono pesado,Abre os olhos que verásTeu povo sacrificadoEntre peste, fome e guerraDe tudo sobressaltado.O brasileiro hoje em diaLuta até para morrer,Porque depois dele mortoTudo nele quer roer,De forma que até a terraNão acha mais que comer.A fome come-lhe a carneO trabalho gasta o braçoDepois o governo pega-oHá de o partir a compassoEstado, alfândega, intendência.Cada um tira um pedaço.O médico cobra a receitaO boticário a meizinha,O juiz confisca logoAlguns bens, se acaso tinha,Inda ficando uma parteDiz a Intendência: – É minha!Assim morre o brasileiroComo bode exposto à chuva,Tem por direito o impostoE a palmatória por luvaFamília só herda deleNome de órfão e viúva.Morrendo um pobre diaboSe acaso deixar dinheiro,Ainda deixando um filhoEste não é seu herdeiroSó herda dele o juiz,O escrivão e o coveiro.E o governo bem vêNossos martírios cruéisSó faz é nos botar seloDa cabeça até os pésDiz: – De manhã morre umAo meio-dia nascem dez.E grita: – Viva o imposto,Morra quem estiver doente,Morrem cem, nascem dez mil,O Brasil tem muita genteO tempo está muito bomToca o banquete pra frente!O governo estraga o pãoDizendo: – Não custou nada,Dinheiro nasce no matoAcha-se em qualquer estrada, Vendo o mendigo morrer

Como fosse ao pé da escada.Porque o pobre infelizA quem a fome deu caboDiz o prefeito morreuPode levar o diaboDiz o coveiro: – De graçaA sepultura eu não abro.São estas as garantiasQue competem ao brasileiro,Tem fome em cima do pãoSer pobre tendo dinheiroSer mandando pelos servosIsto causa destempero!Como vive o brasileiroCom três impostos a pagar?Um corpo com três feridasComo assim pode escapar?Um ser escravo de trêsSe acaba de trabalhar.São tantas perseguiçõesDos impostos que se pagaQue um fiscal pra naçãoNão pode haver maior pragaÉ como bala de rifleOnde vai fura ou esmaga.Não há mesmo quem resistaEsses impostos de agoraDiz o governo o que temQue morra tudo em u’hora?Quando o Nordeste acabarEu jogo o bagaço fora.E se não houver invernoComo o povo todo espera,De Pernambuco não ficaNem os esteios da taperaParaíba fica em nadaRio Grande desespera.O Rio de Janeiro hojeParece um grande condado,Ri-se o rico, chora o pobre,Lamentando o seu estadoDiz o governo: – Eu vou bemTudo vai do meu agrado.São Paulo, para o governo,É um primor da criação,Eu acho até parecidoCom o Sítio da MaldiçãoAquele que Judas comprouCom o ouro da traição.Filho de chefe políticoInda bem não é geradoDiz o pai: – Minha mulherJá tem no ventre um soldado,

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Mas antes de sentar praçaEu o quero reformado!Assim antes de ser casaJá podia ser taperaOu caju, que antes da fruta,A semente já prospera,Ou é raça de pescada,Que antes de ser, já era.Nosso Pernambuco velhoHá anos anda caipora,Vendo-se a hora e o instanteQue a capital vai emboraO governo está marcandoEm botar-lhe o bagaço fora.Paraíba, coitadinha,Já perdeu toda a esperança É mesmo que uma bonecaNas unhas de uma criança,Faz toda súplica ao governoMas suplica e nada alcança. Em que hoje está tornadoO país da Santa Cruz! Está igual a mariposa No calor do fogo ou luzO brasileiro é um vermeO estrangeiro é mastruz.O Brasil hoje só prestaPara inglês, padre e soldado,Médicos, feiticeiros e brabosO mais vive acabrunhado,De forma que fica o mundoPor só estes situado.O rico matando um pobreNem se recolhe a prisãoDiz logo o advogadoMatou com muita razãoSe passa um mês na cadeiraRecebe indenização”.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.

Muito obrigado.O SR. ANTONIO BULHÕES (Bloco/PMDB – SP.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, no dia 19 de dezembro de 2007, com-pletou-se 1 ano da promulgação da Lei nº 11.419, de 2006, que dispõe sobre a informatização do processo judicial e introduz, por conseguinte, importante inovação no Código de Processo Civil (Lei nº 5.869/73).

Embora a lei só tenha entrado em vigor em mar-ço, vários tribunais de justiça, varas cíveis e criminais já aderiram ao Processo Judicial Digital – PROJUDI, fato que significa um grande avanço rumo à solução mais célere dos conflitos.

Cumpre, realmente, celebrar os resultados já al-cançados com o uso do meio eletrônico nos processos judiciais. A medida resulta em melhoras significativas no trabalho da Justiça, em termos de precisão, rapidez e economicidade, proporcionando seguros benefícios para o cidadão.

Segundo estimativa do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, a nova prática reduz em até 70% o tempo de tramitação de uma ação até a sentença final. Outros cálculos indicam que o custo de cada processo tradicional varia entre 20 reais, no mínimo, e 40 reais, referentes a papel, tinta, grampos, etiquetas e demais insumos e procedimentos. O CNJ, que responde pela coordenação do PROJUDI, aponta, além de custos menores, outras vantagens, como a economia de es-paço, a liberação de centenas de servidores hoje en-volvidos em questões mais burocráticas e a facilitação e ampliação dos meios de acesso à Justiça.

Não há dúvidas sobre as vantagens da inova-ção, agilizando a Justiça, inclusive no que se refere ao recurso extraordinário eletrônico, para os imensos processos que admitem recursos para o Supremo Tri-bunal Federal.

O PROJUDI permite até que os advogados façam as petições sem sair de casa. Também os despachos e sentenças do juiz são feitos de forma eletrônica. A certificação digital é o sistema escolhido para a troca de dados no processo virtual. Equivale dizer que a autenticidade dos documentos é garantida pela assi-natura eletrônica, que é intransferível. Todas as peças do processo ficam à disposição das partes. Assim, a presença do advogado no fórum só será necessária em audiências.

A experiência de 6 meses em uma das unidades que adotaram o processo virtual, o Juizado Especial Cível de Natal, Rio Grande do Norte, comprova que a nova sistemática assegura a conclusão do processo em um quarto do tempo normal.

Em 4 anos, no máximo, todas as ações que derem entrada na Justiça do País tramitarão no procedimento eletrônico e não mais em papel. Isso, evidentemente, vai assegurar muito mais agilidade e transparência aos processos.

Como observa o Juiz Sérgio Tejada, Secretário-Geral do Conselho Nacional de Justiça, a solução ele-trônica é infinitamente mais segura do que contar folha por folha para saber se um processo de mil páginas voltou ao tribunal sem alterações. O sistema eletrônico aponta se foi alterado e por quem.

Hoje, a tecnologia da informação, a certificação digital e o processo virtual constituem uma realidade irreversível para os operadores de Justiça, uma reali-dade que passará ainda pelas adaptações necessárias

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em cada Estado, visando a homogeneidade entre os sistemas, para os dados transitarem entre os tribunais. Obviamente, há necessidade também de mais investi-mentos em TI, mais recursos para colocar à disposição dos tribunais os equipamentos e serviços destinados à implementação do sistema virtual, compreendendo scanners, desenvolvimento de softwares, soluções para armazenamento, ferramentas de transferência de dados, treinamento de servidores e contratação de técnicos.

Por fim, resta apenas reiterar o justificado rego-zijo diante do pioneirismo do Brasil no processo virtual e dos resultados positivos já observados em função da Lei nº 11.419, de 19 de dezembro de 2006, ressal-tando o papel desempenhado pelo Senado Federal, Câmara dos Deputados, Conselho Nacional de Justi-ça, Advocacia-Geral da União e Casa Civil da Presi-dência, por meio do Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, que trata de certificação digital. Assim, completado 1 ano da promulgação da referida lei, podemos, desde já, constatar e comemorar o êxi-to da medida, o efetivo valor da contribuição prestada pela informatização, pelo uso do meio eletrônico nos processos judiciais, em benefício da celeridade na solução dos conflitos, da eficiência e da qualidade na prestação do serviço da Justiça.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado.O SR. EDUARDO LOPES (Bloco/PSB – RJ. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Presidente Luiz Inácio Lula da Sil-va lançou o programa batizado de Territórios da Ci-dadania, com o objetivo de combater a pobreza rural dentro do território brasileiro. Serão 135 ações de 15 Ministérios, direcionadas a 958 municípios de todos os Estados brasileiros.

Nesse programa, deve ser aplicado o valor de 11,3 bilhões de reais neste ano. Os municípios a se-rem atendidos fazem parte de 60 territórios criados pelo Governo Federal, com base nos baixos Índices de Desenvolvimento Humano – IDH e nas maiores concentrações de assentados da reforma agrária, be-neficiários do Bolsa-Família e agricultores familiares. Nas áreas rurais desses territórios, vivem cerca de 7,8 milhões de pessoas, que serão o alvo principal do programa, idealizado pelo Ministério do Desenvolvi-mento Agrário.

O Território da Cidadania do Norte, Rio de Janeiro, com 9.755,10 quilômetros quadrados, é formado pe-los Municípios de Campos dos Goytacazes, Carape-bus, Cardoso Moreira, Conceição de Macabu, Macaé, Quissamã, São Fidélis, São Francisco de Itabapoana e São João da Barra, onde 698.783 habitantes, dos quais 104.070 (14,89%) vivem na área rural. O IDH

médio do território é de 0,75. São 12.809 agricultores familiares, 2.083 famílias assentadas, 3.754 pescadores e 5 comunidades quilombolas. O montante para esse território é de R$116.551.010,83. Serão formalizadas 48 ações para essa região. Esse conjunto de ações será realizado pelo Governo Federal nesse território ao longo de 2008.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados.

O SR. MARCELO SERAFIM (Bloco/PSB – AM. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, povo do Estado do Amazonas, ocupo a tribuna para destacar, desta tribuna, a viagem que fiz ao Município de Tapauá, no Estado do Amazonas. Foi a primeira vez que estive na cidade.

Em Tapauá, fizemos uma importante reunião, seguida de um grande almoço, com várias lideranças comunitárias, com pré-candidatos a Vereador. Junto com o Vereador Francisco Brandão, visitamos o Pre-feito Almino Albuquerque.

Sr. Presidente, em seguida, falei à Rádio Educa-tiva FM Tapauá, onde concedi entrevista ao radialista José Carlos, mais conhecido na cidade como Nenê.

Sras. e Srs. Deputados, aproveitei o período de descanso parlamentar para trabalhar, e muito. Resol-vi, nesse período, viajar pelo interior do meu Estado, prestando contas das minhas atividades e ouvindo as diversas comunidades.

Sras. e Srs. Parlamentares, todos sabem que o Amazonas possui dimensões continentais, o que difi-culta sobremaneira os nossos trabalhos, diferentemen-te do que ocorre em outros Estados em que as bases são visitadas de carro. Lá, só chegamos aos locais de barco ou avião.

Sr. Presidente, se, por um lado, é muito cansa-tivo, por outro, é muito compensador estar perto de nossa gente.

Caros colegas Parlamentares, tive a oportunida-de de visitar 12 municípios. Posso afirmar que viajar pelo interior do Amazonas é uma oportunidade única de aprender muito sobre a nossa imensa região ama-zônica, de aprender sobre política e, mais que isso, de se tornar perito em humanidade.

Feito esse registro, Sr. Presidente, quero agrade-cer aos amigos de Tapauá as conversas e os enten-dimentos que realizamos durante a minha passagem pela cidade.

Era o que tinha a dizer.Muito obrigado.O SR. FELIPE BORNIER (PHS – RJ. Pronun-

cia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, assomo hoje a esta tribuna para reafirmar a importância dos jovens eleitores para o nosso País. Como este ano de 2008 teremos eleições municipais,

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06561

é natural que ressurja então a discussão sobre o voto facultativo para maiores de 16 anos e menores de 18 anos.

Em parceria com a Rede Globo de Televisão, o Tribunal Regional Eleitoral do Rio lançou a seguinte campanha: Eleitor jovem, vamos mudar o mundo. Esta campanha é para estimular os adolescentes a tirarem o Título de Eleitor.

Sr. Presidente, não posso deixar de aplaudir esta iniciativa, e outras também, com vídeos educativos. Já que estamos falando do ingresso dos jovens na ci-dadania, cito aqui o diretor carioca de Podecrer!, um curta de Arthur Fontes, que cobra mais filmes para adolescentes.

O Rio de Janeiro é o segundo Estado da Fede-ração com menos eleitores jovens atualmente. O Rio tem 19.854 eleitores com 16 anos e 64.620 com 17. Temos de ganhar a confiança desses jovens. Como jovem que sou, tenho a obrigação de cobrar do Con-gresso Nacional e dos 3 níveis de Governo Federal, Estadual e Municipal, ações públicas que estimulem essa parcela da população brasileira a se interessar pelo processo político, pelo exercício da cidadania por intermédio da prática democrática.

Acredito que nosso País possa mudar com a contribuição valorosa do voto desses jovens. Portan-to, temos a obrigação de trabalhar intensamente com essa juventude. Quando digo trabalhar com os jovens, é necessário afirmar que a juventude precisa ter aces-so à educação gratuita de boa qualidade, à formação técnica e ao mercado de trabalho.

Falo isso, Sr. Presidente, porque sei que nossa população ainda está descrente, pairam dúvidas se vamos conseguir mudar ou não este País. Tenho ab-soluta certeza de que existem Deputados nesta Casa comprometidos com as mudanças exigidas pela so-ciedade.

Finalizo agora deixando claro para esses jovens, Sr. Presidente, que cumpram com seu papel de cidadão. Mostrem que nosso Brasil pode contar com vocês.

Era o que tinha a dizer.A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB –

AC. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não há mais dúvidas, o Go-verno do Sr. Álvaro Uribe, Presidente da Colômbia, atentou contra a soberania nacional do Equador. Essa confessa violação da integridade territorial equatoriana deve ser condenada por todos os países e povos da América Latina. Inclusive, esta Casa deve condenar o Governo de Uribe pela invasão e o ato de terrorismo na região.

Devemos também nos solidarizar, nobres colegas, com o rompimento imediato das relações diplomáticas com o país invasor realizado pelo Presidente do Equa-

dor, Sr. Rafael Correa. Ele está totalmente correto, seu território foi invadido, não poderia fazer menos. Menos seria comprometer a segurança da nação.

A postura de Hugo Chávez, apesar de não ser o centro do debate diplomático, é um ato de solidarie-dade, completamente compreensível, devido aos fatos notoriamente agressivos, não somente aos equatoria-nos, mas também a todos da América Latina.

Uribe já é um Presidente isolado politicamente no continente, pois emprega uma política interna mi-litarista, repressora, violenta, repudiada por todos. O massacre contra Raúl Reyes e 16 outros guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia – FARC, em território equatoriano, tornou-o também agressor externo.

Não queremos trazer para a América Latina o clima de ódio e mortes que ocorre no Oriente Médio. O Governo brasileiro deve agir no sentido de baixar a temperatura na região e negociar um pedido de descul-pas oficiais e formais de Uribe ao povo equatoriano.

A Colômbia está conflagrada por um conflito arma-do há 60 anos. Até as pedras dos Andes sabem disso. As FARC davam sinais de que buscavam uma saída pacífica para o conflito. Não se cansam de proclamar seu empenho na busca de uma solução negociada.

O próprio Raúl Reyes, assassinado quando dor-mia, em sua última entrevista voltou a defender “saídas políticas para o conflito interno dos colombianos”. A proposta do “intercâmbio humanitário” de prisioneiros e a recente libertação unilateral de alguns deles são outras evidências dessa disposição.

O Presidente Uribe vai na contramão da história e das tentativas de paz. Nossa região sempre buscou resolver os conflitos e as diferenças de forma diplo-mática, particularmente com respeito à soberania das nações. A Colômbia somente se pacificará com um acordo político. Violência gera violência.

Houve um rompimento unilateral por Uribe, algo totalmente condenável, dessa linha pacífica da Améri-ca Latina. O Congresso Nacional brasileiro, em defesa da soberania dos povos e nações, deve repudiar essa atitude que desestabiliza a região.

Muito obrigada.O SR. VITOR PENIDO (DEM – MG. Pronuncia o

seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, venho a esta tribuna, mais uma vez, para dar voz àqueles que não conseguem se fazer ouvir nas instâncias decisórias.

Desta vez, meu apelo se volta para o Banco do Brasil, na pessoa do Presidente dessa conceituada instituição, Sr. Antônio Francisco de Lima Neto, que – tenho certeza – se sensibilizará e atenderá o pleito que apresento neste momento.

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06562 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Todos sabemos, Sr. Presidente, que, para viabi-lizar o desenvolvimento, é necessário agilizar as tran-sações comerciais, facilitar o acesso ao crédito, enfim, criar canais de fomento à economia.

Lamentavelmente, o Município de Felixlândia encontra-se à margem desse fluxo, apesar de ser con-siderada uma próspera região, com grande potencial para se desenvolver ainda mais.

A agência do Banco do Brasil que atendia aos moradores locais foi fechada há 13 anos. Obviamen-te, a ausência de uma instituição bancária desenca-deia uma série de transtornos e obriga a população a percorrer grandes distâncias para realizar operações simples, como pagar contas.

A falta desse canal de movimentação financeira desestimula os investimentos locais e até mesmo es-panta novos investidores.

Vou mais longe: afronta até mesmo a auto-estima dos cidadãos, que não possuem conta bancária para poupanças, aplicações, solicitação de empréstimos, enfim.

Essa situação contrasta com o que se vem veri-ficando em relação ao crescimento da economia dos municípios do interior, quanto ao PIB nos últimos anos, fenômeno que é fruto da descentralização de nossa economia.

Segundo o IBGE, os municípios que não perten-cem às regiões metropolitanas das grandes Capitais viram sua participação no PIB aumentar de 46% em 1999 para 49,4% em 2004. Enquanto isso, a parti-cipação das Capitais caiu de 31,9% para 27,9% no mesmo período.

Isso posto, quero comunicar ao povo do meu Estado, particularmente ao povo de Felixlândia, que estou encaminhando ofício ao Presidente do Banco do Brasil, Antônio Francisco de Lima Neto, em que solicito a instalação de uma agência no município, com esses argumentos que acabo de apresentar.

Não posso deixar de citar que esse pedido foi encaminhado pelas autoridades do Poder Executivo e do Legislativo local, em especial pelo Vereador Alfredo Frutuoso de Almeida.

Tenho certeza de que seremos ouvidos, pois o atendimento desse pleito trará benefícios para ambos os lados: banco e municípios.

Obrigado.O SR. EUNÍCIO OLIVEIRA (Bloco/PMDB – CE.

Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupando área superior a 1,5 milhão de quilômetros quadrados, abrangendo 9 Estados, o Nordeste setentrional brasileiro tem sido, secularmente, uma região marcada por adversidades, de conseqü-ências nefastas para sua economia, numa sucessão cíclica de grandes secas.

Apesar do vulto e da gravidade das calamidades, o flagelo secular foi tratado, quase sempre, com simples medidas emergenciais, a cada ocorrência.

Inconformado com o intolerável descaso do Go-verno Federal, o Presidente do Estado do Ceará, Pedro Augusto Borges, em 12 de julho de 1900, dirigiu ao Pre-sidente da República, Campos Salles, indignado protesto em nome do governo e do povo do Ceará, clamando por medidas de maior alcance, concretas e definitivas.

Enfatizou o Presidente Augusto Borges:

“Sem adotar um plano de serviços está-veis levados à execução com perseverança, com a dotação de verbas possíveis nos orça-mentos anuais para seu custeio até se com-plementar o conjunto de medidas tendentes a neutralizar os efeitos das calamidades, em qualquer tempo ou período, em que ela venha a renovar-se, ter-se-á apenas atacado o mal, quando surge, para abandoná-lo quando cesse sem se cuidar do futuro.

Penso que é tempo de resgatar esse erro e sinto não ter recursos para remediá-lo por conta do Estado. A União poderá fazê-lo na medida das suas forças, prestando-nos eficaz auxílio em tão difícil emergência”.

O Presidente Augusto Borges foi mais além, soli-citando, de imediato, ao Governo Federal que liberasse recursos para a construção do reservatório do Boquei-rão de Lavras, que, já estudado e com despesas pre-vistas e orçadas, permitiria a irrigação de uma extensa e fértil área agrícola, abrangendo 257 quilômetros, o equivalente a todo o Vale do Jaguaribe, beneficiando mais de 200 mil habitantes, e o prolongamento da es-trada de ferro de Baturité até o Vale do Cariri, abrindo condições para um mais fácil abastecimento às comu-nidades atingidas por futuras calamidades.

A esse apelo o Presidente Campos Salles nada respondeu, mantendo-se em silêncio, preocupado tão-somente em dar execução ao seu projeto de sanea-mento das finanças da União.

O pior aconteceu ao final do ano de 1900, com o agravamento da seca no Ceará. O Presidente, ao solicitar ao Congresso crédito extraordinário para as-sistir aos milhares de flagelados cearenses, sugeriu à sua bancada no Senado Federal que o projeto fosse acrescido de um dispositivo que consignasse recursos para o custeio da remoção da população flagelada no Ceará para Estados do sul do País. A proposição do Presidente provocou indignados protestos das banca-das cearenses na Câmara dos Deputados e no Senado da República.

As entidades de classe do Estado dirigiram ao Presidente indignado protesto: “Sr. Presidente, imitai

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outros chefes de nações que, por ocasião de flage-los, estão no meio do povo. Despovoar o Ceará não é socorrê-lo, é matá-lo”.

Diante do vulto dos protestos, o Presidente Cam-pos Salles desistiu de sua proposição. Mas as medidas de maior impacto regional somente foram adotadas muitos anos depois, com a criação de organismos vol-tados para o desenvolvimento do Nordeste, sobretudo no Governo do Presidente Juscelino Kubitschek, nos anos 50, quando, com mais objetividade, o secular problema de empobrecimento do Nordeste foi enfren-tado com a criação da Superintendência de Desenvol-vimento do Nordeste – SUDENE, com a aprovação da Lei n° 3.692, de 1959.

Assumiu o comando da SUDENE o economista e professor Celso Furtado, de reconhecida projeção acadêmica internacional. A ele coube a iniciativa de pôr em execução o primeiro Plano Diretor da SU-DENE (1961/1963), contemplando investimentos em infra-estrutura de transportes/energia elétrica, portos, estudos de hidrologia e hidrogeologia, aproveitamento das bacias dos açudes existentes, modernização da pesca, investimentos em saúde pública e educação de base, levantamentos cartográficos e colonização do noroeste do Estado do Maranhão.

Com a criação do Banco do Nordeste do Brasil – BNB e da SUDENE, houve avanços significativos na sistemática de apoio ao semi-árido do Nordeste brasi-leiro, visando, sobretudo, reduzir os seus bolsões de pobreza sistemática.

Mas, em 31 de março de 1964, com o golpe militar que resultou na deposição do Presidente João Goulart, o economista Celso Furtado, apesar de sua notória competência e probidade, foi sumariamente afastado da Superintendência da SUDENE, tendo seus direitos políticos suspensos.

Decorridos alguns anos, a SUDENE, sob o foco de sucessivos desvios operacionais e de graves de-núncias de corrupção, foi extinta.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, entre outros programas de resultados significativos, merece destaque o Programa Microcrédito Produtivo Orientado, mais co-nhecido por Crediamigo, criado pelo BNB há 10 anos.

O Crediamigo já realizou mais de 4 milhões de ope-rações de microcrédito, atendendo 7.666,5 mil clientes.

Em 2007, foram aplicados 794,2 milhões, com 824,7 mil microempréstimos. Considerando-se o tem-po da atual gestão, iniciada em janeiro de 2003, os números sobem para R$2,7 bilhões e 3 milhões de empréstimos, respectivamente, na posição de dezem-bro de 2007.

O programa oferece serviços financeiros e asses-soria empresarial, utilizando metodologia de conces-são do crédito baseada no aval solidário, contribuindo

para o desenvolvimento do setor micro-empresarial, assegurando novas oportunidades de ocupação e renda, de forma sustentável, oportuna, adequada e de fácil acesso.

O Crediamigo tem hoje 300 mil clientes ativos, com meta de atingir 1 milhão de pequenos empreen-dedores em 2011, contemplando 1.850 municípios. Atualmente, os empréstimos vêm sendo concedidos em 1.450 municípios.

Mais da metade (60,8%) dos clientes do Programa de Microcrédito Produtivo Orientado do Banco do Nor-deste (BNb), Crediamigo, saíram da linha da pobreza e condição de miserabilidade. É esta uma das conclusões da pesquisa elaborada pelo chefe do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (IBRE/FGV), Marcelo Neri.

No último final de semana, no Rio de Janeiro, o Presidente do BNB, Roberto Smith, e o Coordenador do Crediamigo, Marcelo Azevedo, participaram do lançamento oficial do estudo do economista Marcelo Neri. A pesquisa aponta o microcrédito como uma das soluções para a redução da pobreza na região.

O estudo descreve e analisa quantitativamente a atuação do Programa Crediamigo, a partir de uma base de dados composta pelas pesquisas da Econo-mia Informal Urbana (ECINf) entre os anos de 1997 e 2003, utilizando regressões logísticas e o método de diferenças em diferenças.

Os resultados alcançados no primeiro decênio do Crediamigo já são suficientes, segundo os estudos do Centro de Políticas Sociais do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas, para justificar a sua continuidade, aprimorando-o e ampliando-o.

Ressalta o economista Marcelo Neri, da FGV, que o Bolsa-Família tem sido positivo na luta contra a pobreza, mas, no seu entendimento, os nordestinos mais pobres querem, sobretudo, ganhar dinheiro, com o seu próprio trabalho, por considerarem essa a melhor forma de afirmação pessoal.

Igual procedimento tem sido observado também no Programa Agricultura Familiar, agricultura solidária, notadamente com o incentivo à cultura do algodão or-gânico. A sua produção tem crescido de forma cons-tante e significativa.

O Brasil já dispõe de experiência de quase 15 anos na produção, processamento e comercialização do algodão ecológico. O Ceará foi o pioneiro desse pro-cesso no País. A experiência teve início no Município de Tauá, ao norte do Estado. Em dezembro de 2007, o Ceará representava 64% da produção nacional com uma área de 218 hectares de plantio e colheita de 20 toneladas de algodão agroecológico em rama.

O Ceará é o único caso em que a organização de agricultores familiares possui descaroçadeira própria, de

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pequeno porte, o que tem permitido vender o algodão em pluma por preços mais elevados para duas cadeias do comércio justo. Uma delas foi estabelecida pela em-presa francesa Veja Fair Trade e a outra pela Rede da Justa Trama, da qual faz parte a ADEC, uma associação de sindicatos de trabalhadores rurais dos municípios cearenses de Quixadá, Choró e Massapê.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, os pro-gramas postos em prática, nos últimos anos, no semi-árido do Nordeste brasileiro, vêm procurando atender, principalmente, aos princípios preconizados na Decla-ração Universal dos Direitos Humanos e na Carta das Nações Unidas, aprovada na cidade de São Francisco, Estados Unidos, em 26 de junho de 1945, da qual o Brasil foi subscritor.

Preceitua a Declaração Universal dos Direitos Humanos:

“Todo homem tem direito a um padrão de vida capaz de assegurar a si e a sua famí-lia, saúde e bem-estar, inclusive alimentação, vestuário, habitação, cuidados médicos e os serviços sociais indispensáveis, e direito à segurança em caso de desemprego, doença, invalidez, velhice e outros casos de perda dos meios de subsistência em circunstâncias fora de controle”.

É amparado nesse princípio universal que o Nor-deste está procurando assegurar às suas comunidades o direito à plena cidadania, com justiça social, uma forma concreta de redução dos bolsões de pobreza ainda predominantes nos seus áridos sertões.

O SR. BETO FARO (PT – PA. Pronuncia o seguin-te discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ao longo do meu mandato, protocolei nesta Casa pelo menos 5 projetos de lei objetivando o direcionamento de instrumentos econômicos para o estímulo a ativida-des produtivas ambientalmente sustentáveis.

Esse empenho tem sido motivado pela convicção da necessidade absoluta de consagrarmos os propósi-tos da preservação do meio ambiente enquanto elemen-to transversal das políticas em geral e principalmente das políticas econômicas. Penso que esse desafio se inclui entre os maiores desafios contemporâneos, visto que envolve os interesses das próprias condições de vida futura no planeta.

Como propósito subjacente, Sr. Presidente, in-tentamos lograr, em algumas dessas proposições, a inclusão da categoria de bens e serviços ambientais no ordenamento jurídico do País. Neste caso, não ape-nas por impulso da militância ambiental, mas também e fortemente pelos interesses comerciais efetivos do Brasil na seara do comércio internacional.

Mais uma vez, chamo a atenção desta Casa para a necessidade de consagração dessa categoria na legislação brasileira com vistas a dar respaldo às posições da delegação brasileira nas negociações que se processam na OMC, em Genebra, pela quebra ou redução de barreiras ao comércio dos assim denomi-nados bens e serviços ambientais.

Entendo que sem esse respaldo legal, resulta a fragilidade das condições negociadoras do Brasil nesse tema.

Sr. Presidente, aproveito para anunciar que pro-tocolei mais um projeto de lei nesta Casa com as fina-lidades acima. Refiro-me à proposição que denomino de ITR Ecológico.

Por meio desse projeto, oferecemos uma proposta de manejo desse tributo para as finalidades da gestão ambiental – ITR Ecológico.

Em resumo, a proposta inclui entre os casos de isenção da incidência do ITR, já previstos em lei, imó-veis rurais cujas explorações atendam os objetivos da preservação do meio ambiente.

É sabido que, conceitualmente, a execução do ITR deve mobilizar a dimensão fiscal do tributo para o alcance de propósitos da preservação ambiental e da democratização da terra.

A proposição em tela está focalizada para o incentivo e a premiação de imóveis rurais cujas explorações contri-buam para uma atividade agrícola ambientalmente mais amigável. A despeito do pequeno alcance da renúncia fiscal, o projeto, ademais de educativo para a adoção de uma nova política ambiental que transcenda os seus limites convencionais de comando e controle, mostra-se compatí-vel com os esforços requeridos para o enfrentamento das previsões do processo de aquecimento global.

Pelo projeto, passam a ser isentos do ITR:

1) os imóveis rurais dedicados à agricul-tura agroecológica, nos termos da definição da Lei nº 10.831, de 23 de dezembro de 2003. Com essa medida pretende-se incentivar não apenas sistemas de produção com nula ou re-sidual utilização de insumos químicos, o que favorece a preservação ambiental, mas tam-bém o consumo de alimentos mais saudáveis pela população;

2) as médias propriedades exploradas através da diversidade de culturas e criatórios. Em vez de punir os monocultivos, a opção do projeto é a de premiar os imóveis explorados de forma mais ajustadas aos imperativos da preservação da biodiversidade; e

3) todos os imóveis rurais adquiridos em áreas já desflorestadas da Amazônia Legal, cujas explorações venham a atender aos re-quisitos da função social da propriedade. En-

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fatizando o benefício apenas para aqueles que adquiriram imóveis já devastados (não inclui os que devastaram).

Neste caso, trata-se de contribuir, ainda que mo-destamente, para a preservação de uma região nevrál-gica para as finalidades da reversão das ameaças do aquecimento global.

Assim, Sr. Presidente, aproveito a oportunidade para reivindicar o apoio desta Casa para a aprovação do projeto.

O SR. VANDER LOUBET (PT – MS. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, nobres colegas, chamo a atenção desta Casa para um problema grave que continua aconte-cendo no País.

Mais uma vez, a sociedade brasileira foi surpre-endida por noticiários de novos crimes contra a saúde pública. Desta vez, não foi a adulteração do leite, mas adulteração do frango. Novamente, houve falsificação e adulteração de alimentos que colocam em risco a vida dos brasileiros.

Empresários paulistas estavam comprando fran-go com data de validade vencida e reembalando o ali-mento para adulterar a data de validade.

O frango velho e já em início de putrefação era mascarado com produtos químicos e água para ser novamente embalado e vendido aos supermercados.

Sete toneladas e meia de frango estragado foram apreendidas pela vigilância sanitária e a fábrica que usava a marca floresta foi interditada. Nenhum dos proprietários está preso.

Quero alertar que a ingestão de comidas estra-gadas pode levar à morte, o que torna urgente e ne-cessária a aprovação do Projeto de Lei nº 2.604, de 2007, de minha autoria, que se encontra na Comissão de Constituição e Justiça desta Casa.

A intenção do projeto é transformar em crime he-diondo a adulteração e a falsificação de alimentos.

Temos de defender as famílias brasileiras do ata-que de empresários inescrupulosos que só pensam no lucro acima de tudo. Nesse caso, a vítima, que é a sociedade brasileira, não tem como se defender.

A dona de casa, o chefe de família vai ao super-mercado, compra um produto aparentemente saudável, mas na verdade está colocando na mesa o perigo de uma intoxicação alimentar que pode levar à morte.

Temos de defender a população e votar imedia-tamente esse projeto e impedir que empresários crimi-nosos continuem soltos, agindo sem punição.

Muito obrigado. O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS – DF. Pro-

nuncia o seguinte discurso.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o aparelhamento da máquina do

Estado é, entre outros defeitos, a característica mais destacada do atual Governo. São milhares e milhares de cargos comissionados, parecendo que, ainda assim, são insuficientes para matar a edacidade não apenas dos petistas, mas de todos aqueles que compõem essa proteica base de apoio ao Governo.

Não estou entre os que entendem que todos os petistas são incapazes, como incapazes seriam aqueles que, votando em bloco com o Governo, se foram, por isso mesmo, apossando dessa ou daquela capitania que, ao que vemos, querem tornar hereditá-rias. Mas também não posso aceitar que apenas uma carteirinha de filiação partidária conceda a qualquer cidadão aquele “notório saber”, exigido pela legislação pertinente, mas que, ao fim e ao cabo e em especial nos dias hoje, nada mais é senão motivo de derrisão e deboche.

Preferimos – e o fazemos com dados colhidos nos fatos cotidianos – concluir que esse aparelha-mento, ou seja lá o nome que tenha, está pondo em risco entidades de relevo em nossa história social e econômica. É a conclusão a que cheguei depois de ver publicados os resultados obtidos pelo Banco do Brasil no exercício passado.

É que as informações levadas aos meios de co-municação e ainda todas as peças publicitárias são tão festivas quanto ilusórias. Alardeia-se um lucro de 5 bilhões, o que é magnífico, se considerado isolada-mente. Mas essa grandeza se esvai quando já na pri-meira linha do demonstrativo de resultados vamos ver que, em 2006, o lucro passou de 6 bilhões de reais. Sejam, pois, quais forem os propósitos dessa divulga-ção pirotécnica, um dado é preocupante: de um ano para outro, os lucros caíram em quase 20%, um dado acachapante, quando vemos que os maiores bancos privados do País, o Itaú e o BRADESCO, tiveram es-ses lucros aumentados em quase 100%.

Dentro da estrutura da empresa, e transforma-do em exclusivo feudo petista, um excrescente Banco Popular segue apresentando prejuízos, nada obstante às promessas de seus dirigentes quanto a lucros já no próximo exercício, promessas que se repetem, aliás, desde sua criação.

O banco, por outro lado, esteve diretamente en-volvido no escândalo do mensalão, quando sua área publicitária financiou empresas lideradas pelo notório Marcos Valério, razão que, aliás, incluiu o diretor da área entre os 40 denunciados pela Procuradoria-Geral da República. Havia, ainda, um diretor do banco ar-rolado entre aqueles que o próprio Lula apelidou de “aloprados”. Poderia até mesmo ir buscando outros exemplos, mas creio que nada exemplifica melhor as preocupações – que não são apenas minhas – que o resultado desastroso, e pior sinalizador de outros, con-

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seguido no ano passado. Ele apenas é a prova cabal de que os destinos da maior empresa financeira do País foram atirados nessa autêntica tavolagem que é a disputa por cargos em qualquer que seja o escalão governamental, já que o importante não é progredir, mas defender interesses menores, inteiramente des-compromissados frente a uma história – a do Banco do Brasil é o exemplo – que vai completando 200 anos.

Grato pela atenção. O SR. ANTONIO CARLOS MENDES THAME

(PSDB – SP. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Pre-sidente, Sras. e Srs. Deputados, instituições e Parla-mentos de nações democráticas e pluralistas têm-se esforçado no sentido de elaborar uma série de normas legais, com o intuito de salvaguardar o interesse das minorias e dos oprimidos. No entanto, em que pesem esses esforços, há ainda muito que se fazer, notada-mente em relação a um novo preconceito que parece começar a tomar corpo entre as nações européias: “Brasileiras não são bem-vindas”.

Não se trata de mero detalhe estatístico, pois já começou a tomar contornos de crise diplomática, de-pois que milhares de brasileiros começam a ser de-portados ou terem sua entrada impedida em países com os quais mantemos relações cordiais.

Só a Espanha deportou, no último ano, mais de 3 mil brasileiros, entre eles estudantes, turistas, empresá-rios, os quais, submetidos a sérios constrangimentos, ficaram detidos no aeroporto, passando fome, dormindo no chão, em salas apertadas, junto com dezenas de outros “suspeitos”, antes de serem enviados de volta ao Brasil, sem qualquer explicação.

Está na hora de o Itamaraty, por intermédio das nossas embaixadas e consulados na Europa, começar a agir e a cobrar mais respeito aos viajantes brasileiros.

A doutoranda em física brasileira Patrícia Ca-margo Magalhães viajou para participar, em Lisboa, de conferência internacional na área de sua atuação profissional, com escala em Madri, por razões de con-veniência orçamentária. Afinal, recebera recursos da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e viajar pela companhia de bandeira espanhola Ibéria fazia todo sentido, pois a tarifa era mais baixa e a conexão imediata.

Ou seja, o Brasil envia uma cidadã em viagem a trabalho no exterior, a escala de conexão é feita em um país tradicional e historicamente ligado ao Brasil por la-ços políticos, econômicos e sociais seculares, e essa brasileira é confinada em condições precariíssimas por mais de 53 horas, como se fosse uma sin papeles, uma imigrante clandestina, por um mero capricho de um fun-cionário da alfândega. Em meio a sua via-crúcis, essa brasileira procura fazer contato com as autoridades

consulares brasileiras, sem êxito. Amigos e colegas dela procuram fazer o mesmo, também sem resultados.

Inegavelmente, o tráfico de mulheres e o turis-mo sexual vêm sendo denunciados há muito tempo, porém, generalizar e colocar as turistas brasileiras na condição de potenciais contraventoras, além de des-respeito ao Brasil, como nação, é medida preconcei-tuosa e discriminatória.

A situação se agrava ainda mais no Reino Unido, pois entre os anos de 2005 e 2006, os britânicos impe-diram a entrada e permanência de 10.180 brasileiros, um recorde entre todas as demais nacionalidades. As autoridades inglesas alegam que o número de brasi-leiros em situação irregular no país é muito alto.

Embora as mulheres brasileiras sejam o alvo prin-cipal das autoridades européias, os homens brasileiros também estão sendo vítimas de discriminação. É o caso do músico Daniel Peixoto, de 23 anos, vocalista da ban-da Montage, que iria fazer uma apresentação na capital inglesa, passou 35 horas detido no aeroporto de Hea-throw, em Londres, antes de ter negada oficialmente a sua entrada no Reino Unido e ser obrigado a embarcar num vôo de volta para o Brasil. Nesse período, ele diz ter sido interrogado por 9 horas, dormido no chão, en-quanto aguardava numa minúscula sala com mais 10 pessoas. As autoridades da imigração inglesa chegaram a perguntar-lhe se o real motivo de sua permanência em Londres não seria para se prostituir.

Segundo foi denunciado na imprensa brasileira, o Governo britânico tem pressionado as autoridades diplomáticas do Brasil a permitir a ação de funcioná-rios de seu país ainda em solo brasileiro, selecionando, nos nossos aeroportos, quem pode e quem não pode embarcar para o Reino Unido.

O Itamaraty tem rejeitado, até o momento, a idéia de pré-seleção dos viajantes, alegando tratar-se de ingerência das autoridades britânicas em assuntos de competência das autoridades brasileiras. Em função dessa postura, os britânicos têm ameaçado retaliar com a ameaça de exigir visto de turista para os brasileiros.

Caso isso aconteça, o Brasil precisa aplicar a po-lítica de reciprocidade, exigindo também o visto para turistas britânicos.

Os Estados Unidos também não ficam atrás. Se algum brasileiro quiser sentir na pele o que é ser tratado como cidadão de segunda classe, basta passar pelo dissabor de ter que renovar o visto norte-americano em seu passaporte. Mesmo que já tenha ido e voltado dos Estados Unidos inúmeras vezes, será preliminar-mente tratado na condição de um potencial imigrante ilegal ou terrorista.

Esse ritual começa com a cobrança antecipada de salgadas taxas. Depois é marcada a entrevista e o interessado deve comparecer ao consulado ou à em-

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baixada americana munido de um vasto rol de docu-mentos que consigam comprovar que ele irá retornar ao Brasil dentro do prazo estabelecido. Ter um bom emprego ou possuir uma empresa, ter bens imóveis e automóveis, fazer parte de entidades públicas e pri-vadas ajudam nessa maratona, mas não garantem o visto. Se for mulher, solteira e com baixa escolaridade, suas chances são reduzidas.

No local e hora previamente marcados, todos são conduzidos a um local confinado, com centenas de outros brasileiros, onde, durante horas, percorrem uma seqüência de chicanas, onde funcionários es-tressados conferem preliminarmente a autenticidade dos documentos que serão apresentados, verificam a legitimidade dos passaportes, tiram as impressões digitais e finalmente procedem à entrevista.

Se essas medidas abusivas estão sendo impostas a um país tão acolhedor e amigo dos Estados Unidos como o Brasil, é fácil imaginar como são as exigências para se conceder um visto para turistas de países sus-peitos de abrigar grupos antiamericanos.

No caso das brasileiras, como a física Patrícia Magalhães, impedidas de desembarcar na Espanha, é bom lembrar que o Brasil e a Espanha são signatá-rios de atos internacionais que asseguram a dignidade humana, direitos de livre circulação e de cooperação científico-tecnológica e cultural. São partes na Confe-rência Ibero-Americana que, desde 1991, reconhece a existência de uma comunidade, de um espaço comum ibero-americano, o que evidentemente é desmentido pelos eventos recentes.

Brasil e Espanha também são signatários de um acordo de cooperação técnica, científica e tecnológica, de 1992, que, evidentemente, é ignorado pelas autori-dades portuárias espanholas em Madri.

Em vista disso tudo, fomos signatários de re-querimento de audiência pública, para ouvirmos dos Srs. Ministros das Relações Exteriores, da Ciência e Tecnologia, do Diretor-Geral da Polícia Federal, entre outras autoridades e personalidades da comunidade científica brasileira, esclarecimentos sobre como estão funcionando nossas relações diplomáticas, culturais e econômicas com a Espanha e outros países da Europa. Podemos até avançar na discussão sobre medidas de reciprocidade ou ações retaliatórias que começam a fazer sentido em casos como esses.

Nesse Dia Internacional da Mulher, este Parla-mento não pode ficar alheio a essas arbitrariedades que vêm sendo cometidas contra as brasileiras que tentam viajar para o exterior.

Já é hora de o Presidente Lula exigir que os em-baixadores brasileiros passem a dedicar mais tempo para acompanhar os departamentos de imigração de estrangeiros.

Afinal, o Itamaraty tem total conhecimento dos obstáculos à livre circulação de brasileiros na Europa. Enquanto isso, fiéis a nossa tradição de hospitalidade e de relações abertas com todos os povos e todas as nações amigas, tradição que possui raízes ibéricas, acolhemos e nos orgulhamos dos milhares de imi-grantes que aqui encontraram sua segunda pátria, construíram família e fizeram novos amigos e vínculos, participaram e contribuíram para nossas realizações na história recente.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Pas-sa-se ao

V – GRANDE EXPEDIENTE

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Nelson Mar-quezelli.

O SR. NELSON MARQUEZELLI (PTB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, agradeço aos nossos colegas, em especial ao Deputado Antonio Carlos Pannunzio, por me permitir usar rapidamente a tribuna neste momento.

Em primeiro lugar, abordarei tema relativo à área da agricultura. Houve agora o embate na exportação de carne. Lamentavelmente, mais uma vez, o País er-rou. Ministros de governos anteriores sequer tiveram competência ou boa vontade de, no momento de exigir do Brasil a qualificação da carne, por meio da triagem e da seleção de gado, para se fazer os abates, falar da necessidade de o País ter condições melhores de exportar a melhor carne do mundo.

Hoje, sem dúvida alguma, somos detentores do melhor rebanho do mundo, sem falar dos nossos frigorífi-cos, nos quais é feito acompanhamento de alto nível por veterinários capacitados do Ministério da Agricultura.

Por essa razão, com um rebanho, como se diz, verde, com pastagem de alta qualidade, com uma linha-gem selecionada de nelore, tida no mundo como um dos primeiros exemplares bovinos mundiais, só pode-ríamos ter um resultado: a melhor carne do mundo.

Sabemos perfeitamente que a pressão feita pelo Mercado Comum Europeu teve como objetivo barrar a entrada da carne brasileira, para que eles possam vender sua carne de segunda, muitas vezes estocadas nos frigoríficos por mais de 1 ano. Viram a oportunidade de desovar sua carne sem qualidade, que, em hipótese alguma, pode competir com a brasileira.

O Brasil também é campeão na produção de carne suína e avícola. Começamos a dominar também essa área, com custo bem mais barato, qualidade superior, entregas programadas, capacidade frigorífica e acei-tação em todos os mercados do Primeiro Mundo. Ou seja, competimos com qualidade exemplar.

Aliás, restaurantes na Alemanha, Itália, Inglater-ra, Suíça, Canadá e Estados Unidos já ostentam em

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sua entrada “Temos carne brasileira”. Quer dizer, não só nossas churrascarias, nossa especialidade, nosso famoso churrasco, como também a qualidade in natura da carne brasileira ganha mercado internacional.

O Sr. Mauro Benevides – V.Exa. me permite um aparte, nobre Deputado Nelson Marquezelli?

O SR. NELSON MARQUEZELLI – Com muita honra, Deputado Mauro Benevides.

O Sr. Mauro Benevides – Quero apenas me soli-darizar com V.Exa. no momento em que exalta a qua-lidade do rebanho brasileiro e, sobretudo, condena a discriminação que sofremos há poucos dias. Esse realmente foi um fato constrangedor. Acredito que a essa altura já se tenha superado o impasse que sur-giu. A presença de V.Exa. na tribuna da tarde de hoje, com esses esclarecimentos, garante, sem dúvida, que restabeleçamos, em menor espaço de tempo, a tranqüilidade na exportação da carne brasileira. Cum-primento V.Exa. pela iniciativa que adotou na tarde de hoje neste oportuno pronunciamento.

O SR. NELSON MARQUEZELLI – Obrigado, meu eterno Presidente. Ao entregar outra medida hoje à Presidência da Comissão de Trabalho, de Adminis-tração e Serviço Público, fomos surpreendidos com a recomendação de aprovação da Convenção nº 151 da OIT, pela simples razão de que não seria possível fazer com que este Congresso a aprovasse.

A Constituição brasileira é clara em seus precei-tos. Deixo registrado um pedido do Partido Trabalhista Brasileiro a fim de que a Comissão de Administração e Serviço Público examine a citada convenção da OIT com muito cuidado, tendo em vista que aquela legis-lação, ao propiciar no seu bojo greves de funcionários públicos da área militar, da área de segurança nacional e de outros vários segmentos, afronta a Constituição brasileira. Este Congresso Nacional não poderá ratificá-la, a exemplo do que ocorreu com centenas de países, que também não o fizeram.

Sr. Presidente, esse era o nosso pronunciamen-to e a nossa manifestação na tarde de hoje aqui no Congresso Nacional.

O SR. MAURO BENEVIDES – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MAURO BENEVIDES (Bloco/PMDB – CE. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, há uma natural expectativa da opinião pública brasileira quanto à votação do Orça-mento do corrente ano, cuja elaboração foi concluída na última quinta-feira, na Comissão presidida pelo Se-nador José Maranhão, funcionando na qualidade de Relator-Geral o alusivo colega José Pimentel.

Agora, apresta-se o Congresso para decidir, so-berana e conclusivamente, sobre a importante pro-posição, a qual balizará os respectivos encargos no exercício iniciado a 1º de janeiro passado.

A demora ocorrida deveu-se ao ajustamento dos números então previstos à realidade financeira emer-gente, decorrente da recusa do Senado aos 40 bilhões destinados à CPMF.

O transtorno da rejeição motivou o retardamento registrado, em face da necessidade de processar-se a readequação da Receita e os cortes inevitáveis, o que ocorreu graças a uma competente articulação dos membros daquele Colegiado.

Aguarda-se, agora, que não se registrem prote-lações no andamento da matéria, a fim de que, sem mais delongas, possamos assistir a respectiva san-ção por parte do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

A elaboração do Orçamento sempre significou a mais relevante das tarefas de que somos incumbidos na condição de membros do Parlamento nacional.

Daí a necessidade de garantir-se a aprovação de suas consignações, normalizando-se os procedimentos da Administração Pública Federal.

Por isso, Sr. Presidente, apelo à Mesa e às Lide-ranças para que amanhã, afinal, seja votado o Orça-mento da República, a fim de garantirmos o quorum para a votação, logo mais, da medida provisória que contém matéria de interesse do Corpo de Bombeiros e da Polícia Militar do Distrito Federal.

Portanto, é o apelo que faço no sentido de cum-prirmos o roteiro da nossa Ordem do Dia.

Muito obrigado. O SR. DANIEL ALMEIDA – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. DANIEL ALMEIDA (Bloco/PCdoB – BA. Pela

ordem.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, exata-mente após 40 dias da primeira comemoração nacional do Dia de Combate à Intolerância Religiosa no Brasil, projeto de minha autoria, promulgado pelo Presidente Lula no início deste ano, tive o desprazer de presenciar, por meio da imprensa baiana, uma triste comprovação de racismo institucional e intolerância religiosa, promo-vidos pela Prefeitura Municipal de Salvador.

Na manhã da última quarta-feira, dia 27, técnicos da Superintendência de Controle do Solo – SUCOM, órgão ligado à Secretaria de Planejamento do Muni-cípio de Salvador, iniciou o processo de demolição do terreiro Oyá Onipó Neto, localizado no bairro do Imbuí, área de amplo interesse imobiliário.

Erguido há 28 anos, o templo da nação angola está situado em uma área ao lado de um shopping. A

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06569

Justificação da Prefeitura para a ação foi que o terreiro estaria instalado em área pública, de maneira ilegal. Contraditoriamente, o terreiro foi mapeado pela pró-pria Prefeitura, por meio do projeto Mapeamento de Terreiros, e está entre os que aguardam regularização fundiária, e receberia recursos para reforma de suas estruturas.

No momento da ação, por volta das 8h30min, fi-lhos e filhas de santo se encontravam no local. Durante a ação dos técnicos, além dos ambientes reservados para as cerimônias religiosas, os assentamentos dos orixás, vestimentas e instrumentos sagrados foram completamente danificados.

O caso imediatamente alcançou a imprensa e mobilizou a opinião pública da Capital baiana, cidade conclamada por poetas, artistas e religiosos como a “Cidade de Oxum”. O fato já está sendo investigado pelo Coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate à Discriminação no Ministério Público, Pro-motor Almiro Sena.

Após a repercussão negativa da ação, a Prefei-tura, por meio das Secretarias de Reparação, Planeja-mento, Habitação e Governo e da Companhia de De-senvolvimento Urbano de Salvador – DESAL, assumiu o erro e comprometeu-se em reparar todos os danos materiais, assim como criar uma equipe técnica para ver como resolver a pendência fundiária do terreno. Dois dias depois, o Prefeito João Henrique afastou a Secretária Kátia Carmello, que assumia o cargo de Superintendente da SUCOM e autorizou a ação.

Mesmo com essas decisões, considero inadmissí-vel que uma Prefeitura de participação popular – assim ela se denomina – haja dessa forma, desrespeitando uma das premissas básicas da Constituição, que é o tratamento com igualdade e eqüidade.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aprofun-dando um pouco mais o ocorrido, percebemos que ele revela, em suas entrelinhas, o perfil perverso e contra-ditório do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – PDDU de Salvador, que, por um lado, libera a am-pliação imobiliária da cidade e, por outro, desconsidera critérios culturais e geográficos da cidade.

Sr. Presidente, em nome do meu partido, quero prestar solidariedade à mãe Rosalice do Amor Divino, sacerdotisa responsável pelo terreiro, e informar que vou, tão logo retome os trabalhos das Comissões, pro-por a realização de uma audiência pública para discutir a regularização fundiária dos terreiros da religião de matriz africana e a questão da preservação ambiental dos terreiros desse segmento, momento em que tam-bém faremos uma reflexão sobre os tantos fatos de intolerância religiosa que vitimam especialmente as religiões afro-brasileiras diariamente, não apenas em Salvador, mas em todo o País.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, passo agora a abordar outro assunto. Ontem o Governo Lula lançou mais um importante programa de ações de desenvolvimento regional e de garantia de direitos sociais, com o objetivo de reduzir a pobreza no meio rural. O Programa Territórios da Cidadania reunirá, de forma integrada, 135 ações de 19 Ministérios. A pre-visão é de que invista, neste ano, mais de 11 bilhões e beneficie 958 municípios.

A princípio, o programa contemplará as regiões do País com menor Índice de Desenvolvimento Huma-no – IDH. Ou seja, a escolha dos territórios levará em conta as regiões de menor IDH, maior concentração de agricultores familiares e assentamentos da reforma agrária, maior concentração de população quilombo-la e indígena, maior número de beneficiários do Bol-sa-Família, maior organização social e, pelo menos, 1 território por Estado da Federação.

Os recursos serão investidos em ações de apoio a atividades produtivas, de cidadania e desenvolvimento so-cial e à infra-estrutura. As ações de assistência técnica e infra-estrutura de assentamentos rurais, para agricultores e pescadores, serão ampliadas, bem como programas como o PRONAF, Bolsa-Família, Saúde da Família, Luz para Todos, Brasil Sorridente e Farmácia Popular.

A Região Nordeste deverá ser contemplada com 29 territórios, englobando 499 municípios de 9 Esta-dos. No total, a região receberá 5,4 bilhões de reais do Territórios da Cidadania, o maior volume de recursos destinado a uma região.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a Bahia também será contemplada com esse importante pro-grama e com a criação de 4 Territórios da Cidadania: o território da Chapada Diamantina, que contará com uma dotação de 181,3 milhões de reais; o do Sisal, com 238,4 milhões de reais; o do Sul, com 362,2 milhões de reais; e o do Velho Chico, com 220 milhões de reais.

A nossa expectativa é de que esse programa ve-nha contribuir para superar os graves problemas sociais que o nosso Estado e o nosso País, infelizmente, ainda ostentam, sobretudo nos territórios rurais.

Quero, portanto, saudar o Governo Lula por mais essa importante iniciativa de inclusão social.

Era o que eu tinha a dizer.Muito obrigado. O SR. ZÉ GERALDO – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. ZÉ GERALDO (PT – PA. Pela ordem. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. Deputadas e Srs. Deputados, inicia-se com a reforma tributária um im-portante processo de desenvolvimento sustentável que será caracterizado por um novo momento de crescimento

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06570 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

econômico, mais vigoroso e equânime, para o Brasil. O projeto de reforma tributária enviado ao Congresso Na-cional é resultado de um amplo debate, ocorrido ao longo do último ano, com Estados, municípios, trabalhadores e empresários, e seu principal objetivo é racionalizar nosso sistema tributário e ampliar a capacidade de crescimento do País, beneficiando a população.

Sras. Deputadas e Srs. Deputados, o Brasil está se desenvolvendo e se fortalecendo ainda mais, e é na base deste crescimento que a reforma tributária trará como marca um avanço na consolidação da es-tabilidade macroeconômica que será viabilizado por uma política fiscal que garanta a redução consistente da dívida pública, pela inflação baixa e estável e pelo robustecimento das contas externas, que é resultado de um forte crescimento das exportações e de um ní-vel de reserves internacionais recordes.

Senhoras e senhores, é de conhecimento dos diversos segmentos da sociedade a necessidade de uma ampla revisão no complexo sistema tributário brasileiro. A reforma tributária eliminará os históricos obstáculos para uma produção mais eficiente e me-nos custosa, reduzirá a carga fiscal que incide sobre produtores e consumidores, estimulará a formalização e permitirá o desenvolvimento mais equilibrado de Es-tados e municípios.

Significa dizer, Sras. e Srs. Parlamentares, que estamos diante da oportunidade de implementar uma política tributária mais justa que pode propiciar um cír-culo virtuoso que começa com a cobrança de menos imposto e leva ao incentivo à produção, ao surgimento de empresas, à geração de empregos, melhores salá-rios, mais consumo e mais renda.

Podemos acrescentar, ainda, o desejo da bancada do PT de apresentar emendas para que o Congresso Nacional avalie a possibilidade de introdução de um imposto sobre grandes fortunas, que representará uma ação de justiça social.

Sr. Presidente, nosso desafio não é o de nos acomodarmos com os resultados obtidos, e sim o de caminharmos em direção às condições para que se consolidem os avanços e se ampliem, ainda mais, o crescimento econômico e a redução das desigualda-des sociais e regionais. Espero com otimismo que a Câmara e o Senado votem, ainda este ano, a refor-ma tributária que vai, entre outras coisas, fortalecer e ampliar a distribuição de renda para a população mais carente de nosso País.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, elogio o Presidente Lula por tomar a iniciativa de realizar a re-forma tributária neste País, porque só com a reforma tributária teremos justiça tributária no Brasil.

Parabéns ao Presidente Lula por essa iniciativa!Era o que tinha a dizer.

Obrigado. O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO – Sr.

Presidente, peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB

– SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Parlamentares, inicialmente quero ressaltar que esta é a Casa do povo, é neste plenário que se estabelecem as convergências, quando pos-sível, e, sobretudo, em nome da democracia, o con-traditório. É isso que venho fazer nesta tribuna, até porque ouvi discursos e breves intervenções de ilus-tres Parlamentares do PT e do PCdoB – condenando em primeiro plano a atitude do Governo da Colômbia e ressaltando virtudes, a meu ver imaginárias, das FARC, movimento narcoguerrilheiro que faz do crime organizado instrumento de ação e de financiamento para atingir seus objetivos.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, não sei se tais objetivos guardam alguma relação com o ideal daqueles que fundaram o movimento, há mais de 40 anos. Hoje, ao que parece, o movimento acomodou-se no crime organizado, de onde retiram os recursos de que precisam para seu sustento e gáudio e para o deleite daqueles que vêem na ação desses terroristas um movimento de libertação, tal qual uma força com-batente internacionalmente reconhecida lutando por causas nobres em seu território. Nada disso é o que hoje move as FARC.

Não só não estou defendendo o direito de interven-ção em outro país, como entendo que o Governo brasileiro deve posicionar-se contrariamente à ação empreendida pelo Governo colombiano. Os que aqui condenaram a ação da Colômbia não devem esquecer, contudo, que as primeiras forças que invadiram o território equatoriano, fazendo daquela região que dista não mais de 1 quilô-metro da fronteira o seu santuário, foram justamente as FARC, para lá ficarem imunes à perseguição das forças da lei colombianas. Contra isso ninguém protesta.

Os terroristas e os narcotraficantes devem ter, na opinião desses Parlamentares e simpatizantes do movimento, toda a liberdade possível; já as forças da lei, aquelas que são pela manutenção da ordem legal em um Estado Democrático de Direito, no caso a Co-lômbia, essas têm que ser combatidas.

Sr. Presidente, esse tipo de raciocínio tem que ser denunciado. Não é adequado, não é normal que se aceitem como verdadeiras essas teses que censuram a ação de que quem está do lado da lei, pois quem deve ser combatido é o marginal, é quem usa o terro-rismo, o seqüestro, a violência aos direitos humanos. Mas esses estão sendo incensados.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06571

São inaceitáveis os termos utilizados pelo Pre-sidente da Venezuela, o Coronel Chávez, ao referir-se ao país vizinho, a Colômbia, país que ele deveria tratar como amigo: cachorros do império. Inaceitável, igualmente, é o tratamento dispensado ao Presidente da Colômbia, a quem Chávez chamou de assassino. Uribe não tem em sua ilustre biografia nada que per-mita esse tipo de ilação, particularmente essa lingua-gem que o denigre.

O Presidente Chávez, se é que merece algum reconhecimento internacional, é conhecido por ser um falastrão ou um parlapatão, alguém que abusa da retórica, alguém que não tem consciência das respon-sabilidades do cargo que ocupa, sobretudo do povo que representa.

Fez muito bem, em dado momento, o Rei de Es-panha, Juan Carlos, ao proferir esta célebre frase: “¿Por qué no te callas?”. Era isso exatamente que o mundo civilizado deveria fazer com relação às intervenções descabidas do Presidente Hugo Chávez.

O Brasil tem um papel a cumprir, mas esse papel é de mediação, para evitar o recrudescimento das ten-sões. Deve haver uma distensão, e o Brasil tem compe-tência e desfruta do respeito dos países da América do Sul para desincumbir-se desse papel. Evidentemente, não podemos entrar nesse debate, nessas questões, com um primeiro pensamento dominado pela simpatia ideológica, que não é a do Itamaraty, mas é ou pode ser de alguns ilustres próceres do atual Governo.

Vamos fazer justiça, e a justiça impede uma con-denação unilateral da Colômbia.

Era o que eu tinha a dizer, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Esta

Presidência cumprimenta os integrantes da Polícia Mi-litar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil do Distrito Federal presentes nas galerias, que aqui estão certamente para acompanhar o primeiro item da Ordem do Dia, a votação da Medida Provisória nº 401, de 2007, que interessa a essas corporações.

Sejam muito bem-vindos à Câmara dos Depu-tados!

O SR. MENDONÇA PRADO – Sr. Presidente, peço a palavra para apresentar uma questão de or-dem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MENDONÇA PRADO (DEM – SE. Questão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, desde as 14h estou aqui sentado. Estou inscrito para falar no Pequeno Expediente por 5 minutos. Meu nome é Mendonça Prado. V.Exa. pode observar que o meu nome está registrado na lista de inscritos. Todavia,

estou aqui aguardando silente o seu chamado. Ouvi V.Exa., por diversas vezes, convidar para fazer uso da palavra outros Deputados que não estavam inscritos, até alterando o Regimento Interno, dando oportunida-de a oradores do Grande Expediente de fazer uso da palavra. E eu não fui convidado.

Quero apenas lamentar esse fato. Eu também sou integrante de Comissão. V.Exa. substituiu oradores e não me chamou para fazer uso da palavra. Quero lamentar a postura de V.Exa. e espero que esse fato não se repita mais. V.Exa. é tão Deputado como eu. Não mereço esse tratamento de V.Exa. nem de nenhum outro Deputado, porque todos aqui são iguais. V.Exa. está na condição de Presidente, votado pelos seus pares, e não pode tratar de forma diferenciada seus colegas.

Fica o meu registro. Lamento a postura de V.Exa.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Quero esclarecer a V.Exa. que sua manifestação não proce-de. Regimentalmente, estão inscritos para o Pequeno Expediente...

O SR. MENDONÇA PRADO – V.Exa. substituiu oradores por outros que não estavam inscritos. V.Exa. não tem Justificação.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Escla-reço ao ilustre Deputado Mendonça Prado e ao Plenário que não houve nenhuma substituição que não fosse re-gimental. Quando 2 oradores inscritos estão no plenário e resolvem trocar sua vez, ambos têm regimentalmen-te o direito de fazê-lo. A única troca que houve aqui foi entre o Deputado Lobbe Neto e o Deputado Antonio Carlos Pannunzio. Os 2 estavam no plenário. Lamento que V.Exa. não conheça o Regimento da Casa.

O SR. MENDONÇA PRADO – Lamento profun-damente.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – A única substituição neste plenário, e com apoio regimental, foi a que alcançou o Deputado Antonio Carlos Pannunzio e o Deputado Lobbe Neto, que estava em plenário e abriu mão de sua vez em favor do referido Deputado.

Chamamos o ilustre Deputado Nelson Marquezelli, inscrito para o Grande Expediente, e S.Exa. apenas pe-diu para, em vez de usar os 20 minutos a que tem direito nesse período, utilizar apenas 5 minutos e destinar o restante de seu tempo ao Pequeno Expediente.

Regimentalmente, somos a favor de maior apro-veitamento de tempo, para que os demais Parlamen-tares tenham oportunidade de usar a tribuna.

O próximo inscrito do Grande Expediente é o ilustre Deputado Walter Brito Neto.

Regimentalmente, não ferimos norma alguma da Casa e cumprimos, com rigor, o chamamento dos oradores que estavam inscritos.

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06572 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Conce-do a palavra ao próximo orador do Grande Expediente de hoje, ilustre Deputado Walter Brito Neto.

O SR. WALTER BRITO NETO (Bloco/PRB – PB. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, senhoras e senhores que nos visitam nesta tarde, amigos da imprensa, este é mais um dia de luta e de trabalho que Deus nos propiciou.

Inicialmente, gostaria de refletir um pouco sobre o Brasil que estamos vivendo e o Brasil que nós que-remos. Dados publicados em toda a imprensa nacio-nal recentemente demonstraram que não somos mais devedores externos, e sim credores.

Todos nós, brasileiros, já nascíamos devendo ao mundo. Isso é página virada da história do nosso País, graças à política econômica que vem sendo implan-tada pelo Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os investimentos chegaram a 35 bilhões de dó-lares, em 2007, em nosso País, cuja política é ir atrás do investidor, não ficar à espera para que as coisas aconteçam.

Sr. Presidente, o Brasil avançou em relação ao seu IDH. Hoje, temos um Índice de Desenvolvimento Humano muito melhor do que o de há bem pouco tem-po, devido a uma política de igualdade social e de re-distribuição de renda, por meio dos programas sociais que o Governo vem conseguindo implantar.

Mas tudo isso, do meu ponto de vista, ainda é muito pouco. O Brasil é um país que tem potencial maior do que aquele que até mesmo nós imaginamos. Queremos um país desenvolvido, um país da ordem e do progresso, efetivamente. Queremos uma carga tributária mais baixa, para que se abram mais oportu-nidades para as futuras gerações do nosso País. Não é mais possível admitirmos 40% de impostos sobre o cidadão brasileiro e milhões de jovens, homens e mu-lheres, desempregados.

Sr. Presidente, queremos que a reforma tributá-ria seja votada com urgência urgentíssima. Não que-remos apenas essa reforma tributária que está sendo apresentada ao Congresso, uma reforma tributária modesta, que quase não reduz impostos, que unifica o sistema, mas que, no total, não realiza uma drástica redução dos impostos.

Avançamos, vencemos a guerra fiscal dos Esta-dos em busca de atrativos de investimentos.

Ouço o aparte do Deputado Mauro Benevides.O Sr. Mauro Benevides – Quero saudá-lo pela

sua presença na tribuna e dizer que a tese que V.Exa. defende – o Congresso deve posicionar-se com a maior celeridade possível para a aprovação da refor-ma tributária – passou a ser uma exigência da própria conjuntura nacional. O Presidente da República, ao mandar a sua mensagem à Casa, disse explicitamen-

te que enviaria a reforma tributária e o fez num prazo razoável. Então, agora cabe a nós, Deputados, e aos integrantes da outra Casa dar-lhe uma tramitação mais célere, que permita a concretização de um projeto, de maneira que, corrigidas as normais imperfeições que ele deve trazer em seu bojo, esse projeto possa realmente acabar com essa guerra fiscal entre os Estados. Que, com a unificação da legislação do ICMS, acabemos efetivamente com essa guerra e possamos ver as nos-sas unidades federadas trabalharem infatigavelmen-te para o crescimento do País! Cumprimento V.Exa., como todos nós, pela defesa de maior celeridade na aprovação da reforma tributária. Muito obrigado.

O SR. WALTER BRITO NETO – Agradeço a V.Exa. o aparte.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, precisamos ter a sensatez e o discernimento de que chegou o mo-mento de inaugurarmos um novo tempo no Brasil. Não é possível comprarmos um automóvel e pagarmos por ele 3 vezes mais. Nós pagamos, de impostos, o equivalente a mais um automóvel e, de juros, a outro ainda. O bra-sileiro, na maioria das vezes, compra carro financiado. Nos países desenvolvidos, o preço de um automóvel é mais baixo e não tem toda essa carga tributária.

É necessário que aprovemos essa reforma tributá-ria, mesmo considerando que ela não é ainda a reforma tributária ideal para o Brasil que queremos, um país mais justo, mais solidário, mais democrático. Queremos uma reforma tributária mais ampla. Mas, como já disse, já está sendo um avanço a proposta para o fim da guerra fiscal entre os Estados, o fim dessa luta para atrair investimen-tos, em que os Estados tentam comprar empregos para conseguir investimentos na área da indústria. O Governo avançou, mas ainda temos muito o que avançar.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, neste mo-mento, gostaria de fazer um apelo ao Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Recentemente, o Tribunal Regional Federal do Estado do Rio Grande do Sul exigiu que fos-sem incluídos na lista do SUS procedimentos cirúrgicos de transgenitalização – cirurgia para mudança de sexo. Ora, como pode o Governo ser obrigado a financiar mu-dança de sexo ou, podemos dizer, mutilação de órgãos no Brasil? Respeito o direito das minorias, daqueles que optam pelo outro sexo, mas o Governo não pode financiar a mutilação de órgãos genitais, procedimento defendido pelo Tribunal Regional Federal do Rio Grande do Sul. Não podemos aceitar. Nós, cristãos, que preser-vamos os princípios da natureza, temos que defender o humanismo no País. Não podemos permitir ato tão desumano e feroz, e que muitos vêm defendendo.

Esta Casa precisa dar mais celeridade às suas ativi-dades e votar as matérias que devem ser votadas. Há mais de 1.200 projetos de lei prontos para entrar em pauta.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06573

Sr. Presidente, graças a Deus, na condição de Parla-mentar paraibano, consegui apresentar um número recor-de de projetos nesta Casa. Confesso que vivo a angústia de não saber quando eles entrarão em pauta, porque a Câmara dos Deputados se tem resumido a votar apenas as medidas provisórias do Governo Federal.

Solicitei ao Presidente do meu partido que o PRB apresente na Justiça ação de inconstitucionalidade contra a decisão dos Governadores do Rio de Janeiro e da Paraíba de aprovar, no caso de homossexuais, a concessão de benefícios previdenciários ao compa-nheiro ou à companheira. Sabemos que o Código Civil e a nossa Constituição Federal ainda não prevêem a união estável entre homossexuais. Portanto, podemos dizer que essa é uma lei inconstitucional.

Já estamos apresentando uma ação de inconsti-tucionalidade, por meio do PRB – para que esse des-mando que vem ocorrendo seja interrompido. Já não basta a crise previdenciária em todos os Estados e na União? Agora querem, sem nenhuma regulamentação específica, aprovar um direito que não é verdadeiro, constituído ou legítimo.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero tam-bém dizer ao povo paraibano que vem acompanhando uma disputa política pequena e mesquinha, local, na cidade na qual fui Vereador, no Estado que represento hoje na condição de Deputado Federal, que hoje à noi-te o TSE julgará processo de infidelidade partidária no qual estou incluso. Apenas manifesto um pouco da mi-nha indignação, a indignação de muitos Parlamentares que tentaram unir-se em defesa da autonomia do Poder Legislativo, e não conseguiram efetivar tal conquista.

Fui perseguido perversamente por um dos homens politicamente mais poderosos deste País, o 1º Secretário e Senador da República Efraim Morais. Fui cerceado, Sr. Presidente, durante o processo eleitoral. O partido ficou apenas à disposição dos seus familiares.

Na condição de SUPLENTE de Deputado Federal, após incluir o meu nome em uma disputa desigual, como foi a eleição em 2006, inseri o meu nome na disputa para a Prefeitura da cidade de Campina Grande. E a resposta, Sr. Presidente, foi esta: aquele Senador fechou a sede do partido em Campina Grande e disse que o partido seria comandado pelo Governador da Paraíba, estranho aos quadros do Democratas no Estado.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o pior di-reito que podemos infringir é o direito à liberdade. Se a Paraíba escolheu-me para ser Deputado Federal, tam-bém deu-me o direito de fazer escolhas e de não aceitar imposições antidemocráticas. Mudei de partido ainda na condição de Vereador de Campina Grande e de suplente de Deputado Federal. Quem é suplente não tem mandato eletivo e atribuições. Mesmo assim, a Procuradoria-Geral Eleitoral não entendeu nada do que defendemos, não

aceitou nada do que apresentamos, ignorou o direito do cidadão de ser livre e de escolher o seu futuro.

Sr. Presidente, peço aos nobres Deputados des-ta Casa, aos Parlamentares deste País e a todos os irmãos em Cristo solidariedade, no sentido de que intercedam, senão nas hostes humanas, nas hostes celestiais, para que possamos vencer – creio que vencerei, assim como cri quando aqui cheguei – e ser vitoriosos, pela mão poderosa e pela graça do Nosso Senhor Jesus Cristo.

Venceremos hoje à noite aquele gigante, que fi-cará pequeno, o Senador Efraim Morais.

Creio que amanhã retornarei a esta Casa com a vitória nas mãos.

Muito obrigado, Sr. Presidente. A SRA. RITA CAMATA – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra.A SRA. RITA CAMATA (Bloco/PMDB – ES. Pela

ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, ocupo hoje a tribuna para manifes-tar algumas considerações sobre matéria publicada no jornal Folha de S.Paulo, em sua edição do último dia 25, intitulada Contrabando no Orçamento dedica R$534 milhões a emendas.

Segundo a matéria, a Comissão Mista de Or-çamento “fez uma série de manobras para inserir no Orçamento da União para 2008 um anexo inteiro de metas e prioridades”. Informa ainda que esses recur-sos seriam para obras nas “bases eleitorais dos parla-mentares” e entrariam no projeto do Orçamento como emendas do Relator-Geral, mas na verdade “têm como ‘pais’ 96 deputados e senadores”.

Causou-me grande estranheza meu nome constar da lista apresentada pelo jornal entre os Parlamentares autores de emendas ao PPA incorporadas de forma “contrabandeada” pelo Relator-Geral do Orçamento com vistas a atender “bases eleitorais”.

Nem sequer sou membro da Comissão Mista de Orçamento, nunca usei de ardis, de subterfúgios escusos, via recursos orçamentários para obter vantagens políticas. Não preciso disso. Minha atuação coerente e responsável – estou exercendo meu quinto mandato nesta Casa – é que me credencia perante o povo do Espírito Santo.

Em toda minha trajetória, sempre fiz questão de ter como marca o respeito à legalidade, à defesa in-transigente do interesse público, à luta por transparên-cia na aplicação dos recursos orçamentários em todos os níveis.

As emendas por mim apresentadas aos proje-tos da LDO e do PPA confirmam minhas ações nesse sentido, confirmam minha preocupação de cada vez mais promover a prestação de contas dos gastos e

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06574 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

investimentos federais para a sociedade, garantindo o acesso a essas informações. E mais: as emendas foram apresentadas por solicitação de entidades re-presentativas da sociedade civil, de organizações go-vernamentais e não governamentais que trabalham na perspectiva do fortalecimento das políticas públi-cas para os setores mais carentes da população e da transparência nos gastos públicos. Inclusive solicito à Mesa que as emendas por mim apresentadas a essas 2 proposições sejam incorporadas ao meu pronuncia-mento, até mesmo as rejeitadas.

Ao contrário do afirmado na matéria da Folha, as ações e os programas contemplados pelas emendas são de abrangência nacional, como Atenção à Saúde da População Negra, Desenvolvimento Sustentável da Pes-ca, Prevenção e Combate à Violência contra a Mulher, Estruturação da Rede de Serviços de Atenção Básica de Saúde, etc. A presença desses programas e dessas ações, ampliação de suas metas na LDO e recursos para atendê-las no PPA e no Orçamento da União atendem a demandas identificadas com os interesses de setores representativos da sociedade em todo o Brasil.

As emendas individuais apresentadas ao projeto do Orçamento para 2008, dentro do estrito limite legal, essas sim regionalizadas, também seguem uma linha de atendimento às necessidades sociais das comuni-dades do meu Estado.

Registro meu pesar pelo viés superficial e equi-vocado da matéria da Folha de S.Paulo, pois a im-prensa deve esclarecer a sociedade e não nublar-lhe o entendimento.

Ao tomar conhecimento da matéria, fiz contato com o autor, jornalista Rubens Valente, para o qual coloquei minhas emendas à LDO e ao PPA à disposi-ção. Também procurei informações na Comissão Mis-ta de Orçamento e tive acesso às explicações que o Relator-Geral prestou à Presidência da Comissão. Fui esclarecida de que o Anexo de Metas e Prioridades foi inserido no projeto de lei da LDO que o Executivo enviou ao Congresso em abril passado, porque o Go-verno não o fez, e o Legislativo não poderia deixar de fazê-lo, já que a Constituição Federal em seu art. 165, § 2º, determina que “A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administra-ção pública federal (...)”. Se o Congresso Nacional não determinasse na LDO as metas e prioridades, estaria incorrendo em inconstitucionalidade por omissão.

A lei orçamentária anual tem que obedecer à LDO e ao PPA, e o Relator-Geral do Orçamento para 2008 incorporou ao seu parecer todas as ações relativas às metas e prioridades incluídas pelo Congresso Nacional na LDO e também no PPA. Isso porque programas e ações que tiveram emendas de caráter nacional apro-vadas pelo Relator no PPA 2008/2011, com início de

execução em 2008 e integrantes das prioridades da

LDO, estavam ausentes do projeto de lei do Orçamen-

to para 2008. A necessidade da inclusão, segundo as

informações que obtive, foi para que não houvesse

prejuízo na execução dos programas em 2008.

Fiquei muito desconfortável com a forma equivo-

cada pela qual a imprensa fez essa matéria. Relacionou

o nome de 96 Parlamentares que teriam contribuído

com esse contrabando e disse que se tratava de emen-

das paroquiais. Todas as emendas são de caráter na-

cional e foram recepcionadas pelo Orçamento porque

o PPA não foi aprovado em tempo.

Feitos esses esclarecimentos, eu me sinto mais à

vontade e digna na caminhada ética e na postura séria com

que sempre deve ser exercida a representação popular.

Por fim, caros colegas, Sr. Presidente, feitas es-

sas observações, só me resta reafirmar o compromisso

que sempre tive, de manter sólido o princípio de que

a todo detentor de mandato eleitoral, ou de qualquer

cargo público, compete respeitar a legalidade e atuar

de forma decente, digna do seu País e do seu povo.

Assim continuarei a agir!

Muito obrigada.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Depu-

tada, o Brasil inteiro conhece a trajetória de V.Exa. Pode

ter certeza de que essa questão está sendo devidamente

passada a limpo, porque há uma deformação na visão da

montagem do Orçamento Geral da União. Precisamos

aprender a combater a forma perniciosa com que a mí-

dia vem tratando um trabalho absolutamente essencial

para o aprimoramento da peça orçamentária.

V.Exa. tem a nossa solidariedade, até porque

ficou muito claro nessa divulgação o desvirtuamento

com que a imprensa tratou a questão.

Nós, que conhecemos V.Exa., sabemos da lisu-

ra com que conduz o seu mandato e a representação

política que o povo capixaba e o Brasil inteiro lhe con-

fiam no Parlamento da República.

DOCUMENTOS A QUE SE REFERE A

ORADORA

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06575

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06576 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06577

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06578 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06579

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06580 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06581

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06582 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06583

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06584 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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06586 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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06588 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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06590 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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06592 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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06594 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06595

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06596 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06597

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06598 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06599

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06600 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06601

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06602 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06603

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06604 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06605

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06606 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06607

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06608 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06609

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06610 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06611

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06612 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06613

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra, pela ordem – ao ilustre Deputado Sil-vio Torres.

O SR. SILVIO TORRES (PSDB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Supremo Tribunal Federal decidirá ama-nhã sobre uma questão que está causando grande polêmica na vida nacional e que coloca, de um lado, a comunidade científica de modo geral e, de outro, os religiosos, especialmente da Igreja Católica. Refiro-me à polêmica que envolve a utilização ou não de células-tronco de embrião para fins terapêuticos.

Esse assunto realmente não é novo nem foram pou-cas as vezes em que o discutimos em nosso plenário.

Quando, em 2005, a Lei de Biossegurança foi aqui discutida, instalou-se polêmica de igual dimensão e foi decidido, pela maioria dos Deputados e Senado-res, que seria permitida a utilização desses embriões para fins medicinais, especialmente em pesquisa para tratamento de doenças atualmente consideradas in-curáveis, desde que se utilizassem embriões já invia-bilizados ou armazenados há mais de 3 anos. Essa decisão passaria a vigorar como lei se não tivesse sido contestada recentemente, inclusive pelo próprio Procurador-Geral da República, que questionou no Supremo Tribunal Federal a validade, a constituciona-lidade dessa decisão.

Mas, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não se trata apenas de questão religiosa. O Estado é laico, e não podemos tomar uma decisão que poderia aten-der legitimamente aos anseios e sentimentos dos reli-giosos, dos católicos. Ao mesmo tempo, não podemos envolver o Estado numa discussão dessa natureza. Não é possível que imaginemos que o Congresso Nacio-nal, amplo, marcado por várias tendências religiosas e tendências ideológicas de toda natureza, decida-se apenas por um segmento da sociedade, ainda que seja tão expressivo como a comunidade católica.

Amanhã, o Supremo Tribunal Federal tem que decidir pela sociedade brasileira, por todos os que esperam dele uma palavra final.

Da minha parte, que sou católico, antecipo que sou contra o aborto, mas não vejo como proibir a uti-lização desses embriões que nem sequer têm onde ser descartados. Esses embriões, que não serão uti-lizados para nada, podem salvar não sei quantas vi-das – milhares, centenas, dezenas – de pessoas que dependem deles hoje e das que dependerão no futuro, especialmente se as pesquisas científicas puderem ser feitas.

Dessa forma, Sr. Presidente, quero deixar regis-trada a minha posição e a grande expectativa de todo o Brasil com relação à decisão de amanhã, que deverá ser fria, pensando naquilo que mais interessa ao povo brasileiro: avançar na ciência e na pesquisa.

O SR. DARCÍSIO PERONDI – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. DARCÍSIO PERONDI (Bloco/PMDB – RS. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, esta Casa, 3 anos atrás, votou a Lei de Biossegurança, deu marco legal à biotecnologia agríco-la, alimentos funcionais, e de medicamentos, na área da transgenia e, por meio do art. 5º da Lei, da qual fui Relator na Câmara dos Deputados – o Deputado Aldo Rebelo foi o primeiro Relator, eu fui o último – e o Senador Ney Suassuna no Senado Federal, libertou os cientistas para trabalhar nas pesquisas com células-tronco embrionárias. Inúmeros países estão pesquisando, e o Brasil começou a realizar pesquisas. Dos 410 Deputados que votaram, 40 foram contrários e quase 370, favoráveis.

No Senado Federal, a votação foi unânime. O Congresso Nacional, que faz as leis, definiu que o cientista poderia trabalhar com células-troncos em-brionárias, mas amanhã o Supremo Tribunal Federal decidirá sobre uma ADIN com base na qual se quer parar as pesquisas.

Tenho plena certeza de que a sabedoria, a inte-ligência e o equilíbrio dos Ministros do Supremo irão manter a decisão do Congresso Nacional. Nós, aqui, representamos o povo. E, esta semana, as pesquisas feitas pelo IBOPE e pelo jornal Folha de S.Paulo mos-tram que a população quer que elas continuem.

A célula-tronco adulta, que produz 5, 6 tecidos humanos, estará no receituário dos hospitais e dos médicos daqui a 4 ou 5 anos, mas a célula-tronco embrionária, que reproduz todos os tecidos humanos, só estará no receituário dos médicos e dos hospitais daqui a 15 ou 20 anos.

Nós permitimos a esperança. Milhares e milha-res de brasileiros que estão lesionados na cama por acidentes e que sofrem de doenças degenerativas – Parkinson, Alzheimer – e de doenças degenerativas crônicas – câncer, cardiopatias – poderão ter esperança de cura num futuro distante: 15, 20, 25 anos. O SUS não pode mandar brasileiros, daqui a 20 anos, para o exterior a fim de serem tratados com células-tronco embrionárias. Essas células-tronco embrionárias só servem mesmo para pesquisa em laboratório. Elas não podem ser implantadas no útero. Em hipótese alguma dá para se pensar que é algum processo abortivo. O cientista trabalha para dar às pessoas uma esperança de vida daqui a 15 ou 20 anos.

Faço um apelo a todos os Líderes de partido para que hoje se manifestem, rememorando a votação me-morável e gloriosa que ocorreu há 3 anos, libertando a ciência e dando esperança a muitos brasileiros.

Muito obrigado.

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06614 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O SR. MIRO TEIXEIRA Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ. Ques-tão de ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presiden-te, está havendo eleição nas Comissões. Estamos a caminho de atingir o quorum para o início da Ordem do Dia. O primeiro item é a Medida Provisória nº 401, sobre a qual, ao que entendo, há acordo. Dá para vo-tar até simbolicamente. Há, porém, há a incerteza do horário. Seria melhor suspender os trabalhos das Co-missões e votar logo a MP nº 401 ou marcar a Ordem do Dia para as 17h. Assim, poderíamos participar do trabalho lá e cá. Submeto essa questão a V.Exa., que terá como fazer as consultas necessárias para delibe-rar. Apenas quero colaborar.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – V.Exa. colabora muito, nobre Deputado. A sugestão de V.Exa. nos alerta para a necessidade de convocar os Parla-mentares que estão em seus gabinetes ou em outras dependências da Casa, para que venham marcar pre-sença no Plenário e possamos ter o quorum necessá-rio para o início da Ordem do Dia, previsto para daqui a 9 minutos, às 16h.

Fazemos um alerta nesse sentido e pedimos à Mesa que comunique aos Parlamentares que estive-rem nas Comissões que venham ao plenário marcar presença, para que tenhamos o quorum necessário para iniciar a Ordem do Dia.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Entra outra questão: anunciada a Ordem do Dia, surge a nulidade das de-cisões. Como se trata de eleição das Mesas, acho que é necessário conciliar esses horários, senão atrasará em uma semana o trabalho da Câmara dos Deputa-dos, especialmente das Comissões.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Agra-deço ao Líder Miro Teixeira, que nos oferece essa sugestão oportuníssima. Comunicarei ao Presidente essa proposta. Em breve nos manifestaremos sobre o procedimento que adotaremos para preservar a eleição das Mesas das Comissões, que é da maior importância para dar rotina também à Casa, e a ne-cessidade de implementarmos as votações previstas para a tarde de hoje.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra, pela ordem – ao Sr. Deputado Dr. Ro-sinha.

O SR. DR. ROSINHA (PT – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, fico feliz de saber que o Presidente da República é o Lula, porque o que ocorre na América do Sul é algo muito grave e sério, e a política externa brasileira tem sido eficiente na busca de resultados.

Ontem, ouvi o pronunciamento do Senador José Sarney, ex-Presidente da República. S.Exa., em vez de criticar o país agressor, pedir moderação e solicitar que a diplomacia entre em campo para negociar, de imedia-to condenou a Venezuela. Aliás, a Venezuela teve o seu território invadido, em dezembro de 2004, quando as for-ças do serviço secreto de Uribe, auxiliado pelo serviço secreto americano, seqüestraram Gandra, o porta-voz das FARC, dentro de um hotel na Venezuela. Agora, o Equador é vítima por ter seu soberano território invadido por forças militares da Colômbia. Circula a notícia de os Estados Unidos informaram o local correto onde a invasão ocorreu, qual seja onde se encontravam as FARC.

Isso é bastante grave. No dia 28 de janeiro passa-do, estava marcado na Colômbia um encontro de Pre-sidentes, quando seria assinado o Tratado Constitutivo da União das Nações Sul-Americanas, a UNASUL. A reunião seria em Cartagena das Índias. Por atrito entre a Colômbia e a Venezuela, foi adiada para março. Agora, às vésperas dessa reunião extremamente importante para a América do Sul, porque envolve um processo de integração de todos os países, ocorre essa invasão de território orquestrada e com o dedo norte-americano, conforme as informações que circulam no momento.

Se há um país com interesse em conflitos na Améri-ca do Sul este são justamente os Estados Unidos. Todos sabem que, nos últimos 5 anos, os Estados Unidos têm perdido capacidade de intervenção política na América Latina, principalmente na América do Sul, que se tem constituído com independência política, capacidade de inserção política em âmbito mundial e com respeito. As-sim, os Estados Unidos perdem espaço político quando há independência da América do Sul. Se for viabilizada a UNASUL, mais espaço perderão.

Hoje, qualquer conflito interessa aos Estados Unidos. Sabemos que há um acordo entre Colômbia e Estados Unidos, segundo o qual as forças militares americanas atuam naquele país.

Sr. Presidente, o Brasil é importante para a di-plomacia na América.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Con-cedo a palavra, pela ordem – à ilustre Deputada Per-pétua Almeida.

A SRA. PERPÉTUA ALMEIDA (Bloco/PCdoB – AC. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Pre-sidente, reforço o que ocorreu hoje de manhã nesta Casa. Primeiramente, agradeço ao Presidente e ao Colégio de Líderes da Casa a decisão de acatar nos-so requerimento para realizar a Comissão Geral para debater questões relativas à mulher.

Em outras épocas, nas sessões solenes, os Par-lamentares falavam, e os convidados apenas assis-tiam. A bancada feminina, sob a Presidência da com-panheira Deputada Sandra Rosado, desta vez inovou.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06615

A Comissão Geral debateu diversos temas que dizem respeito à mulher.

Sr. Presidente, o que mais foi enfocado hoje aqui pela maioria das Parlamentares e convidadas – o que de certa forma é um apelo da bancada feminina à Casa – foi a necessidade de a Mesa Diretora decidir sobre vaga feminina naquele foro. Decidimos encam-par essa campanha.

A partir da próxima eleição, a bancada feminina não aceitará que se realizem eleições nesta Casa sem promovermos o debate aberto e democrático. Compre-endemos que a vaga para mulheres na Mesa Diretora está além dos partidos políticos, da divisão entre parti-dos. Essa vaga deve ser destinada à bancada feminina, claro, à escolhida, eleita pelo Plenário.

Discutíamos hoje aqui, Sr. Presidente, a falta de moral das Deputadas Federais. Exigimos que as insti-tuições públicas federais garantam espaço às mulheres, insistimos no debate da participação da mulher nas di-versas esferas do poder, quando nem sequer conquista-mos, nos 20 anos da Constituição brasileira, uma vaga para as mulheres na Mesa Diretora desta Casa.

Acho que essa decisão vem com atraso. Que-remos aproveitar o mês de março para levantar esse debate, mas esperamos que o Presidente da Casa, da Mesa Diretora e do Colégio de Líderes assumam o compromisso com a bancada feminina em defesa da presença de uma mulher na Mesa Diretora da Casa.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Conte com nossa solidariedade.

No momento, nós quase temos as mulheres em situação majoritária no plenário. Seria o ideal.

A SRA. ÍRIS DE ARAÚJO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem V.Exa. a palavra.

A SRA. ÍRIS DE ARAÚJO (Bloco/PMDB – GO. Pela ordem. Pronuncia o seguinte discurso.) – Sr. Pre-sidente, Sras. e Srs. Deputados, acompanhamos com preocupação e perplexidade os acontecimentos, que podem desembocar numa surpreendente guerra em plena América do Sul.

Somos um continente vocacionado para a paz. Há mais de um século não vivemos conflitos graves. Mas a personalidade de determinados líderes pode nos conduzir a um ambiente de tensões e mortes.

No epicentro da crise está outra vez o Presidente venezuelano Hugo Chávez. Numa reação indevida e desproporcional aos fatos, ele mobilizou tropas e tan-ques rumo à fronteira, em apoio ao Equador, após a ofensiva da Colômbia contra rebeldes das FARC em território equatoriano.

O Equador também retirou o seu embaixador de Bogotá, ao considerar como transgressão o ataque colombiano que matou em seu território 17 guerrilhei-

ros das FARC, incluindo o número 2 do grupo, Raúl Reyes. O Governo da Colômbia, por sua vez, revela que documentos mostram evidências de que Chávez destinou 300 milhões de dólares aos guerrilheiros. E o que é pior: a guerrilha estaria negociando material radioativo para gerar armas sujas de destruição e ter-rorismo. Essa notícia está em todos os jornais.

É em tudo inaceitável, Sr. Presidente, que essas nações fabriquem um conflito armado, quando deveriam zelar pela integridade de seus povos. São países que nem sequer conseguiram vencer a vergonha da pobreza e da miséria de milhões. E ainda falam em investida bélica que poderia arruinar ainda mais as suas economias.

Deveriam, isto sim, mobilizar os seus exércitos no combate ao narcotráfico e a todas as formas de vio-lência. Ao invés disso, ensaiam um espetáculo no todo deprimente e digno da mais veemente condenação.

Aqui desta tribuna alertei a todos para o fato de que a Venezuela já teria hoje a supremacia bélica so-bre todos os países da região, inclusive o Brasil. Como disse ontem o experiente Senador e ex-Presidente José Sarney, a Venezuela como potência militar é um perigo. E a sedução da força nunca levou nem nunca levará a bons resultados.

Não é hora de levantar armas, Sr. Presidente. Que o Governo brasileiro dedique o melhor de seus esforços para impedir essa que seria mais uma guer-ra absurda, infame, injustificável. E que a reunião de hoje da OEA possa apontar um caminho diplomático para o conflito.

Pela paz e pela convivência harmoniosa entre as nações!

Era o que tinha a dizer. O SR. NILSON MOURÃO – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra. O SR. NILSON MOURÃO (PT – AC. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero igualmente manifestar meu repúdio e minha estranheza à ação de militares colombianos que invadiram o território do Equador, numa ação cla-ramente desrespeitosa ao princípio da autonomia e da soberania dos povos.

Ao invadir literalmente o Equador e lá executar uma ação militar, o Governo do Sr. Uribe estreme-ce a relação entre os povos sul-americanos. Nossa convivência é a do respeito aos povos, à soberania e autonomia dos povos, baseada ao mesmo tempo no princípio da não-intervenção.

Não é a primeira vez que o Sr. Uribe passa por cima dessas regras e invade o território soberano de outras nações. Já invadiu a Venezuela e agora repete o seu ato contra o Equador.

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06616 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Está certo o Presidente do Equador ao tirar seu embaixador da Colômbia e deslocar militares para a fronteira. Devo dizer que, numa ação preventiva, tam-bém está correto o que fez o Presidente Chávez, cujo país tem fronteira com a Colômbia e que nos últimos tempos tem mediado alguns conflitos entre a Colôm-bia e as FARC, principalmente no que diz respeito ao resgate de alguns reféns.

As disputas internas entre os países devem ser resolvidas internamente. Os problemas internos da Co-lômbia e as contradições entre o Governo Uribe e as forças insurgentes devem ser resolvidos na Colômbia. Não pode haver ingerência externa de ninguém, mas ninguém autoriza o Presidente colombiano a invadir o território de outros povos.

Daqui, do plenário da Câmara dos Deputados, como um Deputado que milita na Comissão de Rela-ções Exteriores e luta pela construção da paz no mun-do, não podemos admitir que seja iniciada em nossa região uma escalada militarista, uma escalada de vio-lência que poderá envolver várias nações.

A posição do Presidente Lula tem sido clara: a de repudiar essa ação, de pedir ao Presidente Uribe que peça desculpas aos outros povos, num ato de reco-nhecimento ao seu erro, e que, a partir daí, se desen-cadeie uma série de ações diplomáticas que busque a cooperação e a paz entre os povos sul-americanos.

Muito obrigado, Sr. Presidente. A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN – Sr. Presiden-

te, peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Narcio Rodrigues) – Tem

V.Exa. a palavra. A SRA. VANESSA GRAZZIOTIN (Bloco/PCdoB

– AM. Pela ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Pre-sidente, Sras. e Srs. Deputados, companheiras e com-panheiros, fiz questão de dar como lido, no Pequeno Expediente, um pronunciamento acerca do conflito vivi-do por países vizinhos do Brasil, mais especificamente no Equador e na Colômbia, conflito esse a respeito do qual não apenas o Presidente da Venezuela, mas o Presidente do Brasil também se pronunciou.

Como não poderia deixar de ser, o Presidente Lula condenou a atitude do Governo colombiano de invadir o Equador, a pretexto de atacar os guerrilheiros das FARC ou de dele se defender.

Sr. Presidente, podem existir muitos pretextos de quaisquer dos lados: seja do daqueles que fazem, seja daqueles que combatem a guerrilha; seja do lado daqueles que acobertam o narcotráfico, seja daqueles que lutam contra ele.

Precisamos entender, Sr. Presidente, que, sob qualquer pretexto, jamais, um país deve invadir a fron-teira do país vizinho ou de qualquer outro.

O Governo brasileiro está correto em solicitar um pedido de desculpas formal por parte do Governo co-

lombiano. Entretanto, entendo que essa atitude deve ir além disso. A condenação da Colômbia deve ser extre-mamente rigorosa, e não só porque somos um País que faz fronteira com esse país. Vivo num Estado de fronteira e ando muito nos Municípios do Amazonas que fazem fronteira com a Colômbia. E, se ontem ocorreu essa in-vasão do Equador, amanhã pode ocorrer a da Brasil.

Novamente repudio a atitude do Governo colom-biano, que, aliás, busca o ataque como a melhor arma de defesa, alegando que há dinheiro e provas do en-volvimento dos Governos equatoriano e venezuelano com a guerrilha das FARC. Isso para tentar mudar a opinião pública, que, toda ela, com exceção da dos Estados Unidos, condena essa atitude levada a cabo pelo Governo colombiano.

Penso que o Congresso brasileiro também não pode deixar que isso passe em branco. Precisamos aprovar essa condenação.

Muito obrigada, Sr. Presidente.

O Sr. Narcio Rodrigues, 1º Vice-Pre-sidente, deixa a cadeira da presidência, que é ocupada pelo Sr. Arlindo Chinaglia, Presidente.

O SR. ZÉ GERALDO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ZÉ GERALDO (PT – PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. De-putados, todos os que me ouvem neste momento, na quinta-feira próxima passada estive, junto a Comissão Parlamentar desta Casa e a Comissão da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, no Município de Tailândia, mais precisamente na rodovia estadual PA-150, denomi-nada Paulo Fonteles, a 200 quilômetros de Belém.

V.Exas. viram pelos jornais e televisão o episó-dio em que houve confronto entre os praticantes de atividade madeireira irregular naquele município e o Governo do Estado, que agiu, por determinação do Governo Federal, para ordenar, organizar e legalizar a atividade florestal na Amazônia.

Ocorre, Sras. e Srs. Deputados, que o Estado do Pará, principalmente nos últimos 30 anos, tem sofrido exploração dos seus recursos naturais de forma total-mente predatória. Para lá foram muitos investimentos de outros Estados do Brasil que há 30, 40, 50 anos já eliminaram seus próprios recursos.

Há necessidade de buscar o desenvolvimento sustentável através do melhor aproveitamento da Flo-resta Amazônica, do que resta ainda de floresta na-tiva neste País, mas as pessoas que atuam na mais completa ilegalidade tentam reagir.

Para se ter uma idéia da total irregularidade, há em torno de 140 madeireiras cadastradas no Estado,

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06617

mas, na verdade, o próprio setor madeireiro, em audi-ência pública, disse que só há 40 empresas atuando. Portanto, 100 são fantasmas.

Pude verificar de perto que a ação dos Governos Estadual e Federal precisa ser perseverante no sen-tido de coibir a atividade desordenada, fraudulenta, ilegal, amparando todos os que querem trabalhar na legalidade. E precisa realizar o mais rápido possível a transição do modelo econômico errado, em vigor há muitos anos, para o modelo correto.

É claro que o Ministério do Meio Ambiente, o INCRA, a Secretaria Estadual do Meio Ambiente, o Instituto de Terras do Pará e a Secretaria de Cultura têm a responsabilidade de implementar, o mais rápi-do possível, naquele município e naquela região um modelo de desenvolvimento que permita ao Pará de-senvolver uma economia sustentável, que garanta a geração de empregos.

Era o que tinha a registrar nesta tarde. O SR. MIGUEL MARTINI – Sr. Presidente, peço

a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. MIGUEL MARTINI (PHS – MG. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, amanhã, o Supremo Tribunal Federal irá decidir sobre grave questão que afetará decisivamente a vida de milhares ou, quem sabe, de milhões de seres humanos, independentemente de eles terem 1, 3, 10, 30 ou 100 anos.

O que se está apresentando hoje, principalmente na mídia, são fatos e informações que não correspon-dem à verdade. Em uma entrevista, ouvi dizerem que a temática célula-tronco foi amplamente discutida aqui no plenário do Congresso Nacional, e isso não é verdade. A grande discussão ocorreu em torno dos transgênicos, da soja, do projeto de biossegurança e, de maneira a ferir o Regimento, apresentaram a chamada “emenda Frankenstein”, querendo com isso dizer que semente de ser humano – se é que podemos assim dizer – é igual à semente de soja, que o ser humano é igual a uma coisa, é igual a um vegetal, é igual a um ser que não tem sentimento, que não tem emoção, que não tem espírito. Isso passou.

A ciência mostra que o argumento defendido pelos “abortistas” é mentiroso, não tem fundamento. Comprovou-se o contrário, que a célula-tronco adulta produz resultados positivos, refaz tecidos e órgãos e resolve o problema de deficientes. Há apenas a hipótese de a célula embrionária vir a dar algum resultado, mas não há, em todo o mundo, nenhum dado que sustente tal tese.

Os Ministros do Supremo Tribunal Federal estão conscientes do seu dever de guardiões da Constitui-ção Federal, que prevê que a vida deve ser defendida

e protegida e que há vida desde a concepção. Assim também estabelece a jurisprudência internacional.

Portanto, temos certeza de que S.Exas. irão con-siderar inconstitucional essa emenda Frankenstein e garantir milhares, possivelmente milhões de novas vi-das que serão geradas. A mentira não prevalecerá; a verdade e a ciência, essas sim, prevalecerão, para o bem do povo e de toda a sociedade.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-

cedo a palavra à nobre Deputada Luciana Genro, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSOL.

A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Como Lí-der. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, senhoras e senhores que assistem a esta sessão, hoje de manhã, cerca de 900 mulheres da Via Campesina ocuparam a Fa-zenda Tarumã, em Rosário do Sul, Rio Grande do Sul.

Essa ocupação traz à tona debate extremamente importante sobre a soberania nacional. A fazenda ocu-pada foi comprada ilegalmente pela multinacional de origem finlandesa Stora Enso, que, por ser estrangei-ra, não pode adquirir terras na faixa de fronteira sem autorização do Conselho de Defesa Nacional.

Ao não conseguir o registro nos cartórios, exa-tamente por não ter autorização, a multinacional criou uma empresa de fachada, encabeçada por seus 2 prin-cipais executivos, para colocar as terras no nome dessa empresa laranja, que posteriormente será absorvida pela subsidiária da Stora Enso no Brasil.

Este é um caso absolutamente claro de logro: sob os olhos das instituições da República do Brasil, uma empresa estrangeira está burlando a lei brasileira que determina a proteção de 150 quilômetros de nos-sa faixa de fronteira, que não pode ficar nas mãos de estrangeiros, a não ser com autorização do Conselho de Defesa Nacional.

O Deputado Adão Pretto já havia oficiado sobre a questão ao Ministério da Justiça e ao Ministério Pú-blico Federal, que instaurou inquérito para investigar a situação. Agora, diante da ocupação das mulheres da Via Campesina, sistematicamente atacadas por todos os meios de comunicação, absolutamente ninguém levanta a voz para criticar a empresa que comprou ilegalmente aquelas terras.

É verdade, há debate sobre a mudança da legis-lação que ordena a ocupação de terra na faixa de fron-teira, mudança à qual sou contrária, porque não quero que essas terras se tornem área de deserto verde, de latifúndio de plantação de árvores que só servem para a produção de papel, que causam enormes danos ao meio ambiente. É esse o objetivo por trás dessa alteração.

Ocorre que essa lei ainda não foi modificada, mes-mo que a maioria assim queira, e as terras ocupadas pelas mulheres da Via Campesina foram compradas ilegalmente pela Stora Enso, que tem a cara de pau

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de admitir em público que criou empresa em nome de seus executivos para que, após a mudança da legis-lação sobre a faixa de fronteira, possa incorporar a empresa laranja e, dessa maneira, ter definitivamente registradas as terras compradas de forma ilegal.

Queremos que as instituições da República do Brasil observem esse verdadeiro atentado contra a soberania nacional e não permitam que essa empresa estrangeira adquira ilegalmente terras na nossa faixa de fronteira. Queremos que a Polícia Federal, os Ministérios

da Justiça e da Defesa e a Presidência da República tomem atitudes em relação a essas ilegalidades e não fiquem ameaçando com ação policial, violência e despe-jo as mulheres da Via Campesina. Ao contrário, que as autoridades tomem uma atitude contra os verdadeiros violadores da lei, essas empresas que compram ilegal-mente nossas terras na faixa de fronteira.

Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Apre-

sentação de proposições.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06621

VI – ORDEM DO DIA

PRESENTES OS SEGUINTES SRS. DE-PUTADOS:

RORAIMA

Angela Portela PT Edio Lopes PMDB PmdbPscPtcMaria Helena PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbNeudo Campos PP Total de Roraima: 4

AMAPÁ

Dalva Figueiredo PT Davi Alcolumbre DEM Fátima Pelaes PMDB PmdbPscPtcJurandil Juarez PMDB PmdbPscPtcLucenira Pimentel PR Sebastião Bala Rocha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Amapá: 6

PARÁ

Asdrubal Bentes PMDB PmdbPscPtcElcione Barbalho PMDB PmdbPscPtcGiovanni Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbLira Maia DEM Lúcio Vale PR Nilson Pinto PSDB Paulo Rocha PT Zé Geraldo PT Zenaldo Coutinho PSDB Zequinha Marinho PMDB PmdbPscPtcTotal de Pará: 10

AMAZONAS

Átila Lins PMDB PmdbPscPtcFrancisco Praciano PT Rebecca Garcia PP

Vanessa Grazziotin PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Amazonas: 4

RONDÔNIA

Anselmo de Jesus PT Eduardo Valverde PT Ernandes Amorim PTB Lindomar Garçon PV Marinha Raupp PMDB PmdbPscPtcMoreira Mendes PPS Natan Donadon PMDB PmdbPscPtcTotal de Rondônia: 7

ACRE

Gladson Cameli PP Nilson Mourão PT Perpétua Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Acre: 3

TOCANTINS

Laurez Moreira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMoises Avelino PMDB PmdbPscPtcNIlmar Ruiz DEM Osvaldo Reis PMDB PmdbPscPtcVicentinho Alves PR Total de Tocantins: 5

MARANHÃO

Gastão Vieira PMDB PmdbPscPtcPedro Fernandes PTB Pinto Itamaraty PSDB Sarney Filho PV Waldir Maranhão PP Total de Maranhão: 5

CEARÁ

Aníbal Gomes PMDB PmdbPscPtcChico Lopes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrb

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06622 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Eudes Xavier PT Eugênio Rabelo PP Flávio Bezerra PMDB PmdbPscPtcJosé Airton Cirilo PT José Guimarães PT José Linhares PP José Pimentel PT Manoel Salviano PSDB Mauro Benevides PMDB PmdbPscPtcRaimundo Gomes de Matos PSDB Total de Ceará: 12

PIAUÍ

Átila Lira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbB. Sá PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJúlio Cesar DEM Mussa Demes DEM Nazareno Fonteles PT Total de Piauí: 5

RIO GRANDE DO NORTE

Fátima Bezerra PT Henrique Eduardo Alves PMDB PmdbPscPtcJoão Maia PR Rogério Marinho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Rio Grande do norte:4

PARAÍBA

Armando Abílio PTB Damião Feliciano PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbLuiz Couto PT Manoel Junior PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbVital do Rêgo Filho PMDB PmdbPscPtcWalter Brito Neto PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbWilson Braga PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraíba: 7

PERNAMBUCO

Ana Arraes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbAndré de Paula DEM Bruno Rodrigues PSDB Edgar Moury PMDB PmdbPscPtcFernando Coelho Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbGonzaga Patriota PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJosé Chaves PTB José Mendonça Bezerra DEM Marcos Antonio PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbPaulo Rubem Santiago PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbRoberto Magalhães DEM Silvio Costa PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Pernambuco: 12

ALAGOAS

Carlos Alberto Canuto PMDB PmdbPscPtc

Joaquim Beltrão PMDB PmdbPscPtcTotal de Alagoas: 2

SERGIPE

Albano Franco PSDB Iran Barbosa PT Jackson Barreto PMDB PmdbPscPtcJerônimo Reis DEM José Carlos Machado DEM Mendonça Prado DEM Valadares Filho PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Sergipe: 7

BAHIA

Alice Portugal PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbAntonio Carlos Magalhães Neto DEM Claudio Cajado DEM Colbert Martins PMDB PmdbPscPtcDaniel Almeida PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdson Duarte PV Fábio Souto DEM Guilherme Menezes PT João Leão PP Jorge Khoury DEM José Carlos Araújo PR José Rocha PR Joseph Bandeira PT Jutahy Junior PSDB Lídice da Mata PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbLuiz Carreira DEM Mário Negromonte PP Paulo Magalhães DEM Roberto Britto PP Sérgio Barradas Carneiro PT Sérgio Brito PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTonha Magalhães PR Veloso PMDB PmdbPscPtcTotal de Bahia: 23

MINAS GERAIS

Ademir Camilo PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbAelton Freitas PR Antônio Andrade PMDB PmdbPscPtcAracely de Paula PR Carlos Willian PTC PmdbPscPtcEduardo Barbosa PSDB Fábio Ramalho PV George Hilton PP Gilmar Machado PT Jaime Martins PR Jairo Ataide DEM Jô Moraes PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbJoão Magalhães PMDB PmdbPscPtcJosé Santana de Vasconcellos PR

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06623

Júlio Delgado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbJuvenil PRTB Lael Varella DEM Leonardo Monteiro PT Leonardo Quintão PMDB PmdbPscPtcLincoln Portela PR Márcio Reinaldo Moreira PP Marcos Montes DEM Mário Heringer PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbMauro Lopes PMDB PmdbPscPtcMiguel Corrêa Jr. PT Miguel Martini PHS Narcio Rodrigues PSDB Odair Cunha PT Paulo Piau PMDB PmdbPscPtcSaraiva Felipe PMDB PmdbPscPtcTotal de Minas Gerais: 30

ESPÍRITO SANTO

Camilo Cola PMDB PmdbPscPtcJurandy Loureiro PSC PmdbPscPtcLelo Coimbra PMDB PmdbPscPtcLuiz Paulo Vellozo Lucas PSDB Manato PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbNeucimar Fraga PR Rita Camata PMDB PmdbPscPtcTotal de Espírito Santo: 7

RIO DE JANEIRO

Antonio Carlos Biscaia PT Arnaldo Vianna PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbAyrton Xerez DEM Carlos Santana PT Dr. Adilson Soares PR Edson Ezequiel PMDB PmdbPscPtcEduardo Cunha PMDB PmdbPscPtcGeraldo Pudim PMDB PmdbPscPtcHugo Leal PSC PmdbPscPtcIndio da Costa DEM Jair Bolsonaro PP Marcelo Itagiba PMDB PmdbPscPtcMiro Teixeira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbNeilton Mulim PR Nelson Bornier PMDB PmdbPscPtcSimão Sessim PP Solange Almeida PMDB PmdbPscPtcTotal de Rio de Janeiro: 17

SÃO PAULO

Aldo Rebelo PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbAntonio Bulhões PMDB PmdbPscPtcAntonio Carlos Pannunzio PSDB Arlindo Chinaglia PT Arnaldo Madeira PSDB

Carlos Sampaio PSDB Devanir Ribeiro PT Dr. Talmir PV Duarte Nogueira PSDB Emanuel Fernandes PSDB Francisco Rossi PMDB PmdbPscPtcFrank Aguiar PTB Janete Rocha Pietá PT José Aníbal PSDB José Genoíno PT Lobbe Neto PSDB Luciana Costa PR Luiza Erundina PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMichel Temer PMDB PmdbPscPtcNelson Marquezelli PTB Paulo Renato Souza PSDB Paulo Teixeira PT Renato Amary PSDB Ricardo Izar PTB Ricardo Tripoli PSDB Roberto Santiago PV Silvinho Peccioli DEM Silvio Torres PSDB Valdemar Costa Neto PR Vanderlei Macris PSDB Vicentinho PT Walter Ihoshi DEM Total de São Paulo: 32

MATO GROSSO

Carlos Abicalil PT Homero Pereira PR Thelma de Oliveira PSDB Total de Mato Grosso: 3

DISTRITO FEDERAL

Jofran Frejat PR Laerte Bessa PMDB PmdbPscPtcMagela PT Tadeu Filippelli PMDB PmdbPscPtcTotal de Distrito Federal: 4

GOIÁS

Carlos Alberto Leréia PSDB Íris de Araújo PMDB PmdbPscPtcJoão Campos PSDB Jovair Arantes PTB Marcelo Melo PMDB PmdbPscPtcPedro Chaves PMDB PmdbPscPtcPedro Wilson PT Ronaldo Caiado DEM Sandro Mabel PR Tatico PTB Total de Goiás: 10

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06624 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

MATO GROSSO DO SUL

Geraldo Resende PMDB PmdbPscPtcVander Loubet PT Waldir Neves PSDB Total de Mato Grosso do Sul: 3

PARANÁ

Abelardo Lupion DEM Affonso Camargo PSDB Airton Roveda PR Alex Canziani PTB Alfredo Kaefer PSDB Assis do Couto PT Barbosa Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbDilceu Sperafico PP Dr. Rosinha PT Gustavo Fruet PSDB Hermes Parcianello PMDB PmdbPscPtcLuciano Pizzatto DEM Luiz Carlos Setim DEM Moacir Micheletto PMDB PmdbPscPtcNelson Meurer PP Odílio Balbinotti PMDB PmdbPscPtcRicardo Barros PP Total de Paraná: 17

SANTA CATARINA

Carlito Merss PT Celso Maldaner PMDB PmdbPscPtcDécio Lima PT Edinho Bez PMDB PmdbPscPtcFernando Coruja PPS João Pizzolatti PP Paulo Bornhausen DEM Vignatti PT Zonta PP Total de Santa Catarina: 9

RIO GRANDE DO SUL

Claudio Diaz PSDB Darcísio Perondi PMDB PmdbPscPtcEliseu Padilha PMDB PmdbPscPtcGermano Bonow DEM Manuela DÁvila PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbMarco Maia PT Maria do Rosário PT Mendes Ribeiro Filho PMDB PmdbPscPtcOnyx Lorenzoni DEM Paulo Pimenta PT Professor Ruy Pauletti PSDB Sérgio Moraes PTB Tarcísio Zimmermann PT Vieira da Cunha PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Rio Grande do Sul: 14

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A lista de presença registra o comparecimento de 262 Senho-ras Deputadas e Senhores Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Passa-se à apreciação da matéria que está sobre a mesa e da constante da Ordem do Dia.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Item 1.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 401, DE 2007 (Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 401, de 2007, que altera as Leis nºs 11.134, de 15 de julho de 2005, e 11.361, de 19 de outubro de 2006, dispõe sobre a remuneração devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e sobre os sub-sídios das carreiras de Delegado de Polí-cia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 27-11-07

PRAZO NA CÂMARA: 11-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 10-2-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 24-4-08

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre a mesa requerimento no seguinte teor:

“Sr. Presidente, requeiro, nos termos dos arts. 117, VI, combinado com o 101, I, ‘a’, 1, e 83, parágrafo único, II, ‘c’, do Regimento In-terno da Câmara dos Deputados, a retirada de pauta da Ordem do Dia da Medida Provi-sória nº 401.

Sala das Sessões, 4 de março de 2008. – Deputado Miro Teixeira, Vice-Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB”.

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, retiro o requerimento.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Reti-rado o requerimento do Dep. Miro Teixeira.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra, para oferecer parecer à medida provi-sória e às emendas a ela apresentadas, pela Comis-são Mista, ao Sr. Deputado Laerte Bessa.

O SR. LAERTE BESSA (Bloco/PMDB – DF. Para emitir parecer. Sem revisão do orador.) – Sr. Presi-dente, Sras. e Srs. Parlamentares, inicialmente, quero cumprimentar as galerias, hoje ocupadas por servido-res da Polícia Militar do Distrito Federal, do Corpo de

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Bombeiros Militar do Distrito Federal e da Polícia Civil do Distrito Federal.

Aproveito a oportunidade para desejar a todas as mulheres policiais e bombeiras aqui presentes um feliz Dia Internacional da Mulher, que será comemorado no próximo dia 8. Que continuem ocupando espaço em nossa sociedade.

MEDIDA PROVISÓRIA Nº 401, DE 2007, ORIUNDA DA MENSAGEM Nº 840, DE 2007.

Com base no art. 62, combinado com o § 3º do art. 167 da Constituição Federal, o Presidente da República encaminhou ao Congresso Nacional, por intermédio da Mensagem nº 840, de 13 de novembro de 2007, a Medida Provisória nº 401, de mesma data, que “altera as Leis nºs 11.134, de 15 de julho de 2005, e 11.361, de 19 de outubro de 2006, que dispõem sobre a remuneração devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Fe-deral e sobre os subsídios das carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal”.

Voto da admissibilidadeConforme determinam o § 5º do art. 62 da Cons-

tituição Federal e o art. 5º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional, que dispõe sobre a apreciação das medidas provisórias, cabe ao Congresso Nacio-nal, no que toca a medidas provisórias, deliberar so-bre o atendimento dos pressupostos constitucionais, nos quais se incluem a relevância e a urgência, bem como sobre a adequação orçamentária e financeira e o mérito.

O art. 62 da Constituição Federal dispõe que, em caso de relevância e urgência, o Presidente da Repú-blica poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congres-so Nacional. O § 1º do art. 2º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional, determina que, na data da publicação da medida provisória no Diário Oficial da União, será enviado ao Congresso Nacional o seu texto, acompanhado da respectiva mensagem e de documentos que revelem a motivação do ato.

A admissibilidade depende, dessa forma, da obe-diência aos pressupostos constitucionais de relevância e urgência, bem como do atendimento ao menciona-do dispositivo do Regimento Comum do Congresso Nacional.

A Exposição de Motivos nº 236, de 2 de outubro de 2007, alinhou consistentemente as razões de Jus-

tificação para a adoção da Medida Provisória nº 401, de 2007.

Da urgência e relevânciaSobre a urgência e relevância, estas se encontram

configuradas, entre outras, nos termos da exposição de motivos, pela “necessidade de reforço das ações governamentais na área de segurança pública, como previsto no Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), cujo sucesso depende em parte da atuação profissional dos integrantes da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros Militar e da Polícia Civil do Distrito Federal. Urgente, portanto, estipular suas remunerações em um patamar atrativo, que promova a retenção de bons profissionais nas respectivas insti-tuições e possibilite o recrutamento de novos militares e servidores bem capacitados e com alto potencial de desenvolvimento”.

Portanto, sob esse viés, nos termos do que pre-ceitua o art. 62 da Constituição Federal e porque sa-tisfeito o § 1º do art. 2º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional, que manda que o texto da medida provisória, no dia de sua publicação no Diá-rio Oficial da União, seja enviado ao Congresso Na-cional, acompanhado da respectiva mensagem e de documento expondo a motivação do ato, somos pela admissibilidade da medida provisória no que tange à urgência e à relevância.

Da constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa

No que tange aos aspectos ligados à constitucio-nalidade, à juridicidade e à técnica legislativa, a ma-téria contida na medida provisória não se insere entre aquelas de competência exclusiva do Congresso Na-cional (art. 49 da Constituição Federal) ou de qualquer de suas Casas (arts. 51 e 52 da Constituição Federal), da mesma forma que não se contrapõe aos temas cujo tratamento é vedado por intermédio desse instrumento normativo (art. 62, § 1º, da Constituição Federal).

Dessa forma, a medida provisória em tela se coaduna com o ordenamento jurídico vigente e foi re-digida atendendo a todas as normas relativas à boa técnica legislativa, possuindo clareza, precisão e or-dem lógica, em conformidade com a Lei Complemen-tar nº 95, de 1998, alterada pela Lei Complementar nº 107, de 2001.

A única ressalva que fazemos é a atinente ao art. 1º da Medida Provisória nº 401, de 2007, que acres-centa o art. 1º-A à Lei nº 11.134, de 2005, diante do fato de que entendemos, com a máxima vênia, que a redação carece de pequena adequação no sentido de apurar a técnica legislativa do citado dispositivo. Nesse diapasão, renovando vênia, acreditamos ser

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necessário trazer à colação a correta nomenclatura atribuída à Polícia Militar do Distrito Federal quando da criação do mencionado art. 1º-A da Lei nº 11.134, de 15 de julho de 2005, pela norma em questão, da mesma forma que se refere ao Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal. Da mesma sorte, se esta-belecidos os servidores atingidos diretamente pelo dispositivo, despiciendo dispor que a norma os atinge em caráter privativo.

Há que se considerar ainda que, nos termos do inciso XIV do art. 21 da Carta Magna, compete à União organizar e manter a Polícia Civil do Distrito Federal, a Polícia Militar do Distrito Federal e o Corpo de Bom-beiros Militar do Distrito Federal e, em conseqüência, ter a iniciativa de editar os atos legais daí decorrentes, incluídos os que se referem a qualquer tipo de reajuste remuneratório.

Sobre as 6 emendas apresentadas, as de nºs 1, 2, 3 e 6, se aprovadas, acarretarão aumento de despe-sas com pessoal; a Emenda de nº 4 trata de servidor público da União e da organização administrativa deste; e, por último, a Emenda nº 5, além de acarretar despe-sas com pessoal, também trata de servidor público da União e de sua organização administrativa.

É consabido que, nos termos do que preceitua a Carta Magna, são de iniciativa privativa do Presidente da República as leis que disponham sobre servidores públicos da União e Territórios, seu regime jurídico, pro-vimento de cargos, estabilidade, aposentadoria e sua organização administrativa. Da mesma forma, também é de iniciativa privativa do Chefe do Poder Executivo Federal a legislação que trate da remuneração dos militares do Distrito Federal, porque a eles se aplicam, nos termos do § 1º do art. 42 da Constituição Federal, as disposições do art. 142, §§ 2º e 3º, que dizem res-peito aos militares das Forças Armadas.

Em assim sendo, os preceitos constitucionais insculpidos no art. 61, inciso I, alíneas “a”, “b” e “c”, não nos deixam dúvidas quanto à intransponível in-constitucionalidade das emendas de nºs 1 a 6, ora ofertadas.

Por outro lado, é oportuno afirmarmos que, aten-tos à nobre preocupação dos Deputados autores das citadas emendas, causam-nos enorme pesar os insa-náveis vícios de constitucionalidade que ferem de morte as tentativas de modificação desta medida provisória. A longa experiência policial nos demonstra que a re-muneração justa e digna daquele servidor que diutur-namente combate o crime é fator preponderante para uma segurança pública bem prestada.

Portanto, corroboro plenamente com o mérito conti-do nas Justificaçãos dos nobres Parlamentares que ofertaram as mencionadas emendas, mas o dever de nos vergarmos frente à norma constitucional se torna, repetimos, uma barreira intransponível para

essas demandas, eis que o vício de iniciativa as fere de morte.

No caso dos policiais militares e bombeiros mili-tares inativos ou seus pensionistas do antigo Distrito Federal, é oportuno salientar que a seara legal que rege a situação desses indivíduos é extensa.

É certo que a profusão de normas e os obscuros critérios de subordinação criaram situações a tal ponto iníquas que necessário se faz que o Poder Executivo adote providências no sentido de trazer um pouco mais de tranqüilidade aos militares do antigo Distrito Fede-ral, já em idade avançada e com relevantes serviços prestados ao Estado.

Essa crítica situação atinge, hoje, quase 17 mil beneficiários, todos contando mais de 70 anos de ida-de. Consta que, em razão dos inúmeros atos legais de que foram alvo, alguns de caráter autoritário, muitos desses servidores e pensionistas vivem em situação de pobreza e até de indigência, subsumindo essa questão ao nível de um problema social, por resvalar para a indignidade.

A idade avançada desses beneficiários, a pouca capacidade de pressão que têm as suas entidades re-presentativas e a distância em que vivem podem ser sintomas que justificam seu abandono.

Deve o Estado olhar para esses gloriosos indiví-duos e adotar para com eles atenção mais humanitária, deixando de invocar o eventual pretexto de que perten-cem a um quadro em extinção, uma vez que justamen-te essa condição (de efetivo em processo inexorável e natural de redução paulatina), eis que essa própria condição, por si só, implica crescente diminuição das demandas e dos custos para a administração.

Urge, portanto, que o Poder Executivo e as de-mais autoridades públicas envolvidas no atendimento das demandas desses sofridos “velhinhos” contribuam com um pouco de seu esforço no sentido de conceder-lhes um pouco mais de dignidade.

Afirmamos com veemência que a não-contempla-ção, pela medida provisória em comento, dos citados policiais, sejam eles dos ex-Territórios ou do ex-Distrito Federal, não nos parece justa, mas é com enorme pe-sar que somos forçados a dizer que as mencionadas emendas ofertadas esbarram na intransponível barreira atinente à prerrogativa de iniciativa legiferante, como já dito, determinada pela Constituição Federal em seu

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art. 61, § 1º, II, “a”, “b” e “c”, condição essa que exige a iniciativa do Poder Executivo, vedada a proposição do Parlamentar.

Em assim sendo, ainda que endossemos, no mé-rito, a iniciativa dos nobres e conscientes autores das demandas ofertadas, não há como fazê-las prosperar, haja vista que, repetimos, viciadas por inconstituciona-lidade quanto à iniciativa, além de não trazerem indi-cações em termos do impacto orçamentário-financeiro que elas acarretariam.

Diante disso, votamos pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da Medida Pro-visória nº 401, de 2007, com pequena adequação le-gislativa na forma do projeto de lei de conversão em anexo, pela inconstitucionalidade das emendas nºs 1 a 6 apresentadas e pela constitucionalidade da Emenda nº 1, do Deputado Indio da Costa.

Da adequação financeira e orçamentáriaA análise da adequação financeira e orçamentária

da Medida Provisória nº 401, de 2007, deve seguir as disposições da Resolução nº 1, de 2002, do Congres-so Nacional. O § 1º do art. 5º dessa resolução define que o exame de compatibilidade e adequação orça-mentária e financeira das medidas provisória abrange a análise da repercussão sobre a receita ou sobre a despesa pública da União e da implicação quanto ao atendimento das normas orçamentárias e financei-ras vigentes, em especial a conformidade com a Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000, a Lei do Plano Plurianual, a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei Orçamentária da União.

Nesse sentido, a própria exposição de motivos informa que:

“- em relação aos militares da Polícia Mili-tar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, as medidas propostas produzem efeitos financeiros a partir de 1º de setembro de 2007, alcançando em seus efeitos 28.207 (vinte e oito mil, duzentos e sete) militares da ativa, aposen-tados e pensionistas, com acréscimo de despe-sa da ordem de R$69.697.595,00 em 2007, e de R$181.641.026,00 em 2008 e 2009;

- a proposta de alteração dos subsídios dos integrantes das Carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e Polícia Civil do Distrito Federal será concedida em 3 etapas, a partir de 1º de setembro de 2007, de 1º de fevereiro de 2008 e de 1º de fevereiro de 2009, alcançando em seus efeitos 7.886 (sete mil, oitocentos e oitenta e seis) servidores ativos, aposentados e pensionistas, com acréscimo

de despesa da ordem de R$30.572.174,00 em 2007, de R$199.893.868,00 em 2008, de R$242.721.999,00 em 2009 e de R$245.458.890,00 em 2010; e

- o impacto total decorrente da implementa-ção das propostas é da ordem R$100.269.769,00 em 2007, de R$381.534.894,00 em 2008, de R$424.363.025,00 em 2009 e de R$427.099.916,00 em 2010”.

Do méritoConsideramos que as alterações previstas na me-

dida provisória em análise, alterando a Lei nº 11.134, de 15 de julho de 2005, no tocante aos valores da Van-tagem Pecuniária Especial – VPE devida aos militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, e a Lei nº 11.361, de 19 de outubro de 2006, relativa aos subsídios das carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal, atendem às atuais limitações orçamentárias, adequando a remuneração por eles percebida aos parâmetros estabelecidos no art. 42 da Carta Magna, fixando os padrões de venci-mento ao grau de responsabilidade e à complexidade dos cargos das carreiras de militares, delegados e policiais civis do Distrito Federal.

ConclusãoEm síntese, cabe afirmar que a medida provisó-

ria sob análise assegura a continuidade da política de valorização dos militares e civis dos órgãos de segu-rança pública do Distrito Federal, como parte de um conjunto de medidas que busca promover o reajuste das tabelas salariais, em consonância com as diretrizes do Governo Federal, e tem seus impactos orçamentários devidamente previstos no Orçamento da União.

Por conseguinte, voto pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa, pelo atendimen-to dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência, pela adequação orçamentária e financeira, e, no mérito, pela aprovação da Medida Provisória nº 401, de 2007, com emenda de redação, nos termos do projeto de lei de conversão em anexo, e pela rejeição das Emendas nºs 2, 3, 4, 5 e 6, de 2007.

É o parecer. Sr. Presidente, para encerrar, digo a todos os Par-

lamentares presentes que o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, a Polícia Militar do Distrito Federal e a Polícia Civil do Distrito Federal são hoje reconhecidas como as melhores instituições da segurança pública de nosso País. (Palmas nas galerias.)

PARECER ESCRITO ENCAMINHADO À MESA

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O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Inicial-mente, dou as boas-vindas a todos os que se encon-tram nas galerias e, ao mesmo tempo, esclareço que o Regimento Interno da Casa não permite manifestações. É fácil entender. Quando o vento está a favor, tudo é alegria; agora, imaginem o contrário.

Por isso, peço aos presentes que, apesar das emoções, não se manifestem.

Obrigado.O SR. LAERTE BESSA – Sr. Presidente, trata-

se de um desabafo de nossos policiais.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – De-

putado Laerte Bessa, o Deputado Eduardo Valverde deseja fazer um pedido de esclarecimento a V.Exa.

O SR. LAERTE BESSA – Sr. Presidente, assim que eu concluir minha fala, passarei a palavra, com pra-zer, ao nosso colega Deputado Eduardo Valverde.

É bom esclarecer que as conquistas de melhor Polícia e Corpo de Bombeiros de nosso País foi à custa do competente trabalho dos nossos servidores, princi-palmente de todos os policiais do Corpo de Bombeiros que se fazem presentes. Tal conquista mostra o alto profissionalismo desses policiais, que, temos certeza, pela primária conquista desses policiais, ainda atingi-remos importantes momentos nesse cenário.

E esse fator foi conquistado graças a uma forte Corregedoria de Polícia, que expurga os maus ser-vidores de nossas instituições, que exige a capaci-tação de nossos policiais de acordo com os critérios de competência e com o número de investigações e fiscalizações ostensivas.

A melhoria salarial também foi primordial para ob-termos essa conquista. Os policiais vivem de suas remu-nerações, sem fazer os famosos bicos e também sem a famosa corrupção que tanto atinge outros países.

As Polícias Civil e Federal, organizadas pelo antigo Departamento Federal de Segurança Pública, são irmãs univitelinas e são regidas pelo mesmo es-tatuto, a Lei nº 4.878, de 1965, em vigor para ambas as instituições.

Somos também a favor de que se alastre por todo o Brasil o posicionamento do Distrito Federal. Há algum tempo temos lutado por melhores salários nos Estados. Estivemos no Conselho Nacional de Segu-rança Pública e, como membros, também no Conselho Nacional dos Chefes de Polícia Civil. Tentamos acor-dar com nossos Governadores aumento digno para os salários dos servidores policiais de todos os Estados, mas não conseguimos.

Mas um dia seremos vitoriosos, pois estamos conscientes de que precisamos melhorar a seguran-ça pública no nosso País. Continuaremos a lutar pela categoria.

Ao concluir, Sr. Presidente, cumprimento o Deputa-do Miro Teixeira, cuja emenda foi plenamente atendida. É o reconhecimento do valor dos policiais do antigo Distrito Federal, responsáveis hoje pela belíssima corporação da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros.

Peço desculpas aos demais companheiros por não ter acatado as emendas, tendo em vista o impedi-mento constante no art. 61, § 1º, inciso II, alíneas “a”, “b” e “c”, da Constituição Federal.

Temos certeza de que no momento oportuno os policiais dos antigos territórios e do antigo Distrito Fe-deral serão agraciados com nova medida provisória ou novo projeto para corrigir a injustiça cometida na Medida Provisória nº 401, de 2008.

Muito obrigado. O SR. EDUARDO VALVERDE – Sr. Presidente,

peço a palavra pela ordem – para um esclarecimen-to.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra, nobre Deputado Eduardo Valverde, que já estava inscrito para pedir um esclarecimento.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, peço um esclarecimento ao nobre Relator, antes cumprimen-tando-o pelo brilhantismo do relatório e pela tentativa de contemplar diversas situações similares.

Na verdade, o status quo e a situação jurídica tanto dos policiais militares dos ex-Territórios quanto dos policiais do antigo Distrito Federal não são diferen-tes da situação jurídica dos atuais policiais militares e civis do Distrito Federal.

Porém, devo dizer que, ao se retirar do texto a palavra “privativo”, apesar da intenção de contemplar a situação de diversidade, estaremos, na verdade, transferindo a discussão que deveríamos ter aqui, neste momento, ao Poder Judiciário.

Não estamos resolvendo o problema, mas apenas transferindo a nossa responsabilidade para o Poder Ju-diciário, o qual, ao interpretar esse dispositivo legal, de maneira forçosa, estenderá a gratificação de que trata a medida aos demais policiais com igual status jurídico.

Como a Constituição Federal garante àqueles em igual situação jurídica o mesmo tratamento, os policiais militares, assim como os civis dos ex-Territórios e, tam-bém, os policiais do antigo Distrito Federal encontram-se em situação similar. Portanto, apesar de entender as limi-tações, ao tratá-los de forma diferente, neste momento, V.Exa. estaria cometendo uma inconstitucionalidade.

Por essa razão, pediria a V.Exa. que admitisse o destaque, em observância ao princípio constitucional da igualdade jurídica. Dessa forma, poderíamos enfrentar o debate nesta Casa. Se assim não procedermos, tão-somente estaremos transferindo ao Poder Judiciário a

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interpretação do referido dispositivo legal. Certamente, milhares, milhares e milhares de ações judiciais irão sobrecarregar a Justiça, e a decisão judicial vai ter o mesmo efeito jurídico. Então, por que não enfrentá-la neste momento?

O SR. LAERTE BESSA (Bloco/PMDB – DF. Sem revisão do orador.) – Deputado Eduardo Valverde, apenas para esclarecer a dúvida levantada por V.Exa., infelizmente, a rejeição não atingiu o mérito da Medi-da Provisória nº 401, mas a inconstitucionalidade dos artigos nela propostos, principalmente os arts. 1º e 2º. Mas quero dizer que a preocupação de V.Exa. foi contemplada por emenda de nossa autoria, trabalhada também pelo Deputado Miro Teixeira.

Vou ler como ficou o art. 1º-A da Medida Provisória nº 401, do qual foi retirada a palavra “privativo”:

“Art. 1º-A. A Gratificação de Condição Especial de Função Militar – GCEF, instituída pelo art. 2º da Lei nº 10.874, de 1º de junho de 2004, é devida mensal e regularmente aos mi-litares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, no valor de R$351,49 (trezentos e cinqüenta e um reais e quarenta e nove centavos).”

O SR. EDUARDO VALVERDE – Deputado, enten-di a intenção de V.Exa. – muito inteligente, aliás –, mas não estamos tratando dessa questão no momento.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – De-putado Eduardo Valverde, V.Exa. já fez a indagação, e o Relator a respondeu. V.Exa. pode concordar ou não. A seguir, virão os debates, a discussão e o enca-minhamento, quando todos terão a oportunidade de expressar sua opinião.

O SR. EDUARDO VALVERDE – Sr. Presidente, da mesma forma que o Relator acolheu a sugestão de um Parlamentar – solução que não resolverá na essência o problema, porque apenas transferiremos o debate para o Judiciário –, por que não acolhermos o destaque a que me refiro e fazermos aqui o debate e a disputa política?

O SR. LAERTE BESSA – Não posso acatar o destaque porque é inconstitucional.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Ilustre Relator, a não ser que V.Exa. vá alterar a resposta já dada, sugiro que, quando descer da tribuna, caso alguns Par-lamentares queiram fazer sugestões, V.Exa. as receba, reflita e, se for mudar o parecer, ficaremos sabendo.

Aqui estamos tratando apenas de esclarecimen-tos e não de debates.

O SR. LAERTE BESSA – Sr. Presidente, quero esclarecer ao Deputado Eduardo Valverde que, pelo fato

de a emenda ser inconstitucional, não podemos aceitar o destaque. O nosso estatuto não permite, Deputado.

O SR. MIRO TEIXEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Re-lator acolheu como sugestão matéria que encaminhei à Mesa como destaque supressivo. Portanto, dou-me por satisfeito, cumprimentando S.Exa. Não resolve exponencialmente todos os nossos problemas, mas retira do texto a exclusão, que seria odiosa.

A questão relativa aos Policiais Militares e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, à época em que o Distrito Federal era no Rio de Janeiro, passa a ser uma discussão de caráter administrativo.

Portanto, desapareceu a vedação contida no texto da lei, pelo que cumprimento o Relator, agradecendo a S.Exa. a disposição. Retiro da Mesa todos os reque-rimentos por mim subscritos, a fim de que votemos a matéria por acordo.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Estão retirados os seguintes: requerimentos:

“Senhor Presidente, requeiro nos termos do art. 117, inciso XII c/c 101, I, a, 3 do Re-gimento Interno da Câmara dos Deputados, que a votação da Medida Provisória nº 401, de 2007 seja feita pelo processo de votação nominal – art. 186, inciso II.

Sala das Sessões, 4 de março de 2008. – Miro Teixeira, Vice-Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB”.

“Senhor Presidente, requeiro nos termos dos arts. 117, IX c/c 161, inciso V e § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, destaque para votação em separado da ex-pressão: ‘... em caráter privativo,’ do art. 1º-A, contido no artigo 1º da Medida Provisória nº 401, de 2007.

Sala das Sessões, 4 de março de 2008. – Miro Teixeira, Vice-Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Quero anunciar a presença, na Câmara dos Deputados, do Deputado Estadual por São Paulo Vinícius Camarinha, Líder do PSB na Assembléia Legislativa paulista. Bem-vindo, Deputado. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em discussão.

Concedo a palavra ao Sr. Deputado Jair Bolso-naro, que falará contra a matéria.

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06648 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O SR. JAIR BOLSONARO (PP – RJ. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, pela complexidade da matéria, eu pediria mais 2 minutos a V.Exa. até porque, para falar contra essa proposta, com a galeria repleta, eu tenho que me fazer compreender por ela.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Está bem.

O SR. JAIR BOLSONARO – Eu não quero aplau-so nem vaia, apenas a compreensão dos presentes. Jamais fui ou serei contra qualquer instituição fardada. Caso a matéria venha a plenário, em votação nominal, eu honrarei a minha instituição e votarei contrário.

Sou do Rio de Janeiro e devo dizer que a medida provisória é inconstitucional porque é discriminatória. Ela exclui quase 40 mil policiais e bombeiros militares do antigo Distrito Federal, colegas de vocês, pais e avôs de vocês. Então, não posso ser favorável a uma matéria discriminatória, ainda mais sendo militar – assim como vocês. Não se pode deixar de fora PMs e Bombeiros dos ex-Territórios de Roraima, Rondônia e Amapá.

É inconstitucional apresentarmos emendas que criem despesas, mas também são inconstitucionais as que discriminam. Até V.Sas., há pouco tempo, em plenária, decidiram que o aumento deveria ser linear, e não sobre gratificação, pois excluiria os inativos. Pa-rabéns a vocês.

Mais ainda – e até gostaria que a TV Câmara veiculasse uma imagem das galerias –, quero cumpri-mentá-los pela consciência de se fazerem presentes nesta Casa, atitude que o meu pessoal da Marinha, da Aeronáutica e do Exército não tem, ou porque estão sob jugo ou porque não têm coragem suficiente para brigar pelo bem-estar de suas famílias, já que abriram mão de muita coisa para si.

Esta MP é discriminatória, porque faltam 50% para os senhores chegarem ao patamar salarial da Polícia Civil de Brasília.

Sr. Presidente, a exposição de motivos de auto-ria do nosso companheiro Paulo Bernardo, Ministro do Planejamento, é um tapa na cara dos integrantes da Marinha, da Aeronáutica e do Exército quando argu-menta que esse reajuste é bem-vindo e tem por obje-tivo tornar a carreira mais atrativa, conter evasões e estimular o recrutamento de bons profissionais. Ora, é notória e patente a evasão nas Forças Armadas. Nos últimos 2 anos, 389 oficiais de carreira pediram demis-são, assim como mais de 1.200 praças e sargentos. A evasão existe, sim, é galopante em nosso meio e revela o descaso com a Marinha, a Aeronáutica e o Exército. É discriminação, é revanchismo.

O texto ainda estende a pensionistas e inativos tal gratificação. Correto. Agora, dentro do Ministério da

Defesa, temos informações de que pretendem separar inativos e pensionistas das Forças Armadas.

Argumenta-se, ainda, que esse aumento não cria despesa. Ora, se não cria despesa, por que não o estendem à PM e aos Bombeiros do antigo Distrito Federal, assim como aos funcionários dos ex-Territórios e às Forças Armadas?

Lembra ainda o Ministro Paulo Bernardo, mos-trando-se, pelo que assinou, completamente alienado – se é que viu o que assinou –, que compete à União organizar e manter a Polícia Civil, a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros do DF.

E a quem compete organizar e manter as Forças Armadas? Eu não vou baixar o nível da discussão, mas pergunto: a quem compete? Ao Chapolin Colo-rado, por acaso?

O Ministro Nelson Jobim tem dito, em alguns pro-nunciamentos, que não é afeto a comparações. Mas o aumento dos policiais busca a isonomia entre a Polícia Civil e a Polícia Militar, que, por sua vez, busca a iso-nomia com a Polícia Federal. Ora, raios! O que falta ao Ministro Jobim para dar atenção de homem às Forças Armadas do Brasil?

Um tenente-coronel da polícia tem um bom salário. Não critico, mas ele ganha mais do que um general de Exército. Um primeiro tenente da polícia ganha mais do que um general-de-brigada; um cadete da polícia ga-nha 5 vezes mais que um cadete da AMAN; um antigo soldado da polícia ganha mais do que um subtenente das Forças Armadas; um agente penitenciário ganha muito mais do que um coronel da polícia e mais do que um general-de-exército. Qualquer delegado de polícia ganha muito mais que um general-de-exército. É um quadro vexatório. Ou todos somos iguais perante a lei ou não somos.

Deputado Arlindo Chinaglia, temos uma medida provisória que está completando 8 anos sem ser vota-da. O meu pessoal deveria ter a consciência que tem a PM e os Bombeiros, mas vivem sob a chibata e contam com a incompreensão de muitos Parlamentares.

Desculpe-me, Deputado Arlindo Chinaglia, mas V.Exa. tem que se posicionar, juntamente com o Pre-sidente do Senado, para colocar em votação esta me-dida provisória, que simplesmente tirou toda a moti-vação dos militares da Marinha, da Aeronáutica e do Exército para a carreira. Não queremos modificá-la. Queremos que ela seja revogada. E chega, Sr. Presi-dente – V.Exa. é do partido do Governo – de perseguir as Forças Armadas.

Por que não fazer uma medida provisória tam-bém para as Forças Armadas? Nós não merecemos? Somos diferentes? Não somos. Essa é uma situação vexatória, cuja bomba estoura no colo dos comandan-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06649

tes militares. A solução para esse problema está nas mãos do Ministro Nelson Jobim.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A Mesa teve tolerância por compreender que há uma lista de pelos menos 20 inscritos para discutir favora-velmente, sendo que apenas 3 se inscreveram para falar contrariamente à matéria. O contraditório é útil e democrático. A Mesa, naturalmente, não pode fa-zer isso sempre, no entanto, neste caso, conta com a compreensão do Plenário.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado William Woo, que falará favoravelmente à matéria. (Pausa).

Concedo a palavra, para discutir favoravelmente à matéria, ao nobre Deputado Eduardo Valverde.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, aproveito a opor-tunidade para, em homenagem ao dia 8 de março, manifestar meu apoio à luta das mulheres para que as pesquisas com as células-tronco possam desenvolver novas drogas contra os males do corpo.

Sr. Presidente, inscrevi-me para falar favoravelmen-te à medida provisória por entendê-la correta. É urgente e relevante garantir que a segurança pública brasileira seja aprimorada, remunerando melhor seus profissionais. Obviamente, o Distrito Federal, por ser a Capital do País, precisa de uma polícia atuante, articulada, inteligente, cuja remuneração seja compatível com seu trabalho, impedin-do que seja capturada pelo crime organizado.

No entanto, em igual situação encontram-se, neste momento, policiais militares, civis e do Corpo de Bombeiros dos ex-territórios de Roraima, do Amapá, de Rondônia e também do antigo Distrito Federal. O que fazem esses policiais de diferente? O que fazem esses policiais para não serem considerados em igual situação jurídica?

Todos são pagos pelo cofre da União. Todos exer-cem o mesmo serviço, com a mesma qualidade, nas mesmas condições. Por que será que temos de tratar os iguais de maneira diferente? Vamos tratar os dife-rentes de maneira diferente, mas, nesse contexto, os iguais devem ter tratamento igualitário para poderem se nivelar. Esse é um princípio de justiça.

Quando apresentei a Emenda nº 3, que trata da extensão do benefício a esses policiais, eu tinha claro que a Constituição Federal ampara o tratamento isonômico, apesar da limitação do Poder Legislativo de apresentar um aumento de despesas ao Poder Executivo. Entretanto, o Relator, ao acatar uma mudança no texto no tocante ao pagamento, não resolveu esse problema. Estamos apenas transferindo o debate para o Poder Judiciário. É óbvio que os policiais dos ex-territórios de Roraima, Amapá e Rondônia e do Distrito Federal vão recorrer à

Justiça. Por mandado de segurança, essa gratificação será estendida, porque eles exercem o mesmo trabalho, em igual condição jurídica e igual condição material.

Então, por que não, neste momento, compreen-dendo essa condição de igualdade, acolhermos essa emenda ou qualquer outra com o mesmo sentido, fa-zermos aqui o debate e abrirmos negociações para resolver definitivamente essa desigualdade?

Sou favorável à medida provisória, com exceção da parte que não acolhe, por razões já expostas, mas quero contraditar essas razões. O Congresso Nacio-nal não pode permitir que perdurem situações de de-sigualdade e de injustiça.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para discutir contrariamente à matéria, concedo a palavra ao Deputado Ayrton Xerez. (Pausa.)

Para discutir contrariamente à matéria, concedo a palavra ao Deputado Marcelo Itagiba.

O SR. MARCELO ITAGIBA (Bloco/PMDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputa-dos, senhores que hoje me ouvem, ninguém pode ou deve ser contra qualquer aumento concedido a qualquer cate-goria da segurança pública nacional. Mas não podemos concordar que isso seja feito de forma diferenciada. Não podemos concordar que sejam esquecidos aqueles que deram origem à briosa e gloriosa Polícia Militar do País, polícia essa que nasceu e foi constituída na cidade do Rio de Janeiro. Ninguém pode concordar que o aumento seja dado não no vencimento básico, mas em cima de uma gratificação, como forma de mascarar a possibili-dade de aumento para aqueles coirmãos que trabalham no dia-a-dia do combate à criminalidade em todo o País. Ninguém pode concordar que seja dado aumento dessa forma e que ele não seja concedido àqueles que também garantem a segurança nacional: os nossos militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica.

Acho, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, que deveríamos, talvez, trabalhar para o Governador Arruda se tornar o Ministro da Defesa deste País. O atual Ministro da Defesa não conseguiu o mesmo que o Governador Arruda: uma gratificação especial para aqueles que combatem a criminalidade.

Temos, neste País, não apenas a Polícia Militar e a Polícia Civil, mas as Polícias Militar e Civil de todos os Estados da Federação. Também não podemos permitir que esse aumento seja dado de forma diferenciada. Por que a Polícia Militar tem um tipo de vencimento e a Po-lícia Civil tem outro? Por que o salário do civil tem que ser maior que o do militar, se todos estamos ombreados na mesma luta de combate à criminalidade?

Por isso, senhoras e senhores, eu me posiciono, neste momento, não contra o aumento, mas contra a forma como ele vem sendo concedido, criando subter-

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06650 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

fúgios para que o soldo verdadeiramente não aumente, para que seja criada uma gratificação excludente dos demais policiais do País.

Acredito que a norma deveria ser essa. Se temos as Polícias Militares, constitucionalmente, como forças auxiliares às Forças Armadas, o mesmo aumento deveria ser estendido à Marinha, ao Exército e à Aeronáutica. E o mesmo aumento deveria ser concedido aos coirmãos dos outros Estados, assim como o da Polícia Civil deveria ser dado aos policiais militares do Distrito Federal.

Por isso, Sr. Presidente, posiciono-me contra a forma, jamais contra o aumento para a Polícia, devido à missão de colocar em risco a própria vida em defe-sa da sociedade.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

pode haver alguém que tenha chegado depois do meu aviso, vou repeti-lo e espero não ter de fazê-lo mais uma vez: não é possível fazer manifestações de galeria.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para discutir favoravelmente à matéria, concedo a palavra ao Deputado Vicentinho.

O SR. VICENTINHO (PT – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, com a sua permissão, gostaria de dar boas-vindas aos cidadãos que hoje ocupam as galerias. Amanhã, teremos a presença dos represen-tantes dos trabalhadores, que querem ver esta Casa aprovar o reconhecimento das centrais sindicais.

Como dirigente sindical, vivi muitos conflitos tra-balhistas e tive a decepção de muitas vezes ver as corporações militares, civis e policiais serem usadas por governantes déspotas.

Venho aqui para defender a honrada categoria dos bombeiros, que cuidam da nossa segurança. Com seu trabalho heróico, têm salvado vidas e por isso têm tanta simpatia do povo brasileiro. Venho aqui para defender a dignidade dos policiais militares. Com a nova geração, enquadram-se no Programa Nacional de Segurança com Cidadania e são capazes de discernir, educar e compreender que a sociedade deve ter a melhor rela-ção possível com a Polícia deste País.

Sr. Presidente, em que pese a estarem de fora os policiais aposentados e os da ativa do Estado de Roraima e os do ex-distrito do Rio de Janeiro – e eles vão lutar judi-cialmente pelos seus direitos – chamo a atenção para os outros Estados. O meu Estado de São Paulo, que conta com a maior Polícia Militar do Brasil, paga o penúltimo sa-lário, comparado aos demais. Isso é inaceitável. Por isso, esses servidores precisam fazer tanto bico e até há casos de corrupção, embora em percentual pequeno.

Estamos aqui, Sr. Presidente, para defender a apro-vação desta medida provisória. Um pai de família vai para o trabalho satisfeito quando é bem remunerado. E os policiais

são servidores públicos como quaisquer outros. São pais e mães de família que merecem o nosso respeito. Por essa razão, estamos aqui para defender a matéria e pedir aos nobres Deputados que aprovem esta medida provisória, que será positiva para os profissionais do Distrito Federal. Essa aprovação surtirá efeito positivo em mais de 28 mil seres humanos, o que refletirá em todos os profissionais do Brasil, inclusive os do Estado de São Paulo.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para discutir favoravelmente à matéria, concedo a palavra ao Deputado Dr. Ubiali.

O SR. DR. UBIALI (Bloco/PSB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não há dúvida de que esta medida provisória atende a uma demanda importante. E estou aqui para defen-der essa demanda.

Reconheço que as palavras dos Deputados Jair Bolsonaro e Marcelo Itagiba, que lembram que outros segmentos têm de ser atendidos, fazem sentido e têm justeza. Porém, neste momento, o que podemos fazer é aprovar esta medida provisória.

Gostaríamos de ver reconhecida aqui a necessi-dade da Polícia Civil e da Polícia Militar do Estado de São Paulo, onde, realmente, como citou o companheiro Deputado Vicentinho, é uma vergonha nacional o que se paga a esses policiais. Diz-se que é o possível, mas com certeza não é o necessário. Necessário seria o reconhecimento da especificidade do trabalho desses homens e mulheres, desses cidadãos brasileiros que no dia-a-dia nos dão segurança e nos protegem. E aí incluo a Força Aérea, a Marinha, a Aeronáutica, o Exército, todos esses homens que, nos seus respec-tivos papéis, têm que ser reconhecidos.

Quando havia maior necessidade de recursos para a própria manutenção do Estado, fez-se uma opressão dos salários. É justo agora, neste momento que atravessa o País, de progresso, de empregabilidade, de desenvolvi-mento, que façamos uma correção rápida desses salários. Agora estamos defendendo a correção que esta medida provisória traz, mas não podemos esquecer todos esses outros que foram em algum momento esquecidos, para que possam, de fato, vir a receber o tratamento que me-recem, um salário digno para todos.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

discutir favoravelmente, concedo a palavra ao Depu-tado Virgílio Guimarães. (Pausa.)

Com a palavra o nobre Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.)

Com a palavra o nobre Deputado Tarcísio Zim-mermann. (Pausa.)

Com a palavra o nobre Deputado Colbert Mar-tins. (Pausa.)

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06651

Com a palavra o nobre Deputado Waldir Mara-nhão. (Pausa.)

Com a palavra o nobre Deputado Ricardo Bar-ros. (Pausa.)

Com a palavra o nobre Deputado Rodrigo Rol-lemberg.

O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, prezados amigos da Polícia Militar, da Polícia Civil e do Corpo de Bombeiros presentes nesta sessão, conclamamos o Plenário da Câmara dos Deputados a aprovar esta medida provisória da maior importância para o Distrito Federal.

Esta medida provisória demonstra, mais uma vez, o compromisso do Presidente Lula com o Distrito Federal ao perceber a importância de a Polícia Militar, a Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros do Distrito Fe-deral receberem remuneração digna, adequada aos órgãos de segurança da Capital da República, uma Unidade da Federação que tem suas especificidades, pois abriga as representações estrangeiras, além de autoridades de todo o País.

Portanto, nosso Bloco apóia esta medida provi-sória e reconhece, mais uma vez, o esforço do Pre-sidente Lula. Conclamamos todos os Parlamentares a fazerem esse reconhecimento, o que, sem dúvida, tornará mais atraente – como consta na Justificação da medida provisória – a atuação da Polícia Militar, do Corpo de Bombeiros e da Polícia Civil.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Sobre

a mesa requerimento no seguinte teor:

“Sr. Presidente, requeremos, nos termos dos artigos 117, inciso XI, e 157, § 3º, do Re-gimento Interno da Câmara dos Deputados, o encerramento da discussão.

Sala das Sessões, – Ricardo Barros, Vice-Líder do Governo; Jô Moraes, Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB; Lincoln Portela, Vice-Líder do PR; Benedito de Lira, 1º Vice-Líder do PP; Vicentinho, Vice-Líder do PT; Tadeu Filippelli, Vice-Líder do Bloco PMDB/PSC/PTC”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o requerimento.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que forem favoráveis ao encerramen-to da discussão permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – DE-

CLARO ENCERRADA A DISCUSSÃO.

Passa-se à votação da matéria. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Concedo

a palavra ao Sr. Relator, para correção do seu parecer.O SR. LAERTE BESSA (Bloco/PMDB – DF. Sem

revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Par-lamentares, farei uma pequena retificação aqui, para que possamos aludir às Emendas de nºs 1 a 6.

Diante disso, votamos pela constitucionalidade, juridicidade e boa técnica legislativa da Medida Pro-visória nº 401, de 2007, com pequena adequação le-gislativa, na forma do projeto de lei de conversão em anexo, e pela inconstitucionalidade das Emendas de nºs 1 a 6 apresentadas.

Havíamos aprovado a Emenda nº 1, mas não é a realidade.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Leonar-do Vilela, que falará contra a matéria. (Pausa.) S.Exa. abre mão da palavra.

Com a palavra o Deputado José Aníbal. (Pausa.)Com a palavra o Deputado Ayrton Xerez. (Pausa.)Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado

William Woo, que falará a favor da matéria. (Pausa.)Com a palavra o Deputado Vicentinho.O SR. VICENTINHO – Sr. Presidente, gostaria

de ceder minha oportunidade de falar ao nosso com-panheiro Magela.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Então, por permuta, concedo a palavra ao Deputado Magela.

O SR. MAGELA (PT – DF. Sem revisão do ora-dor.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, em pri-meiro lugar, quero parabenizar pelo relatório o nobre Deputado Laerte Bessa, do PMDB do Distrito Federal, e, em segundo lugar, agradecer ao Deputado Vicenti-nho por me ceder a palavra.

Sr. Presidente, quero encaminhar favoravelmente por uma razão muito simples: os trabalhadores da segu-rança pública têm de ser bem remunerados, têm de ter um salário condizente com a sua função, um salário digno. Esses trabalhadores da segurança do DF são pagos pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal, criado graças ao esforço de inúmeros Deputados Federais e Senadores que aqui apresentam projetos para a sua criação.

Ressalto que um dos itens que possibilita os au-mentos concedidos a esses servidores teve origem num projeto que nós apresentamos. Refiro-me ao item que estabelece que a correção do Fundo Constitucional do Distrito Federal deve ser feita de acordo com a varia-ção líquida da receita da União. Isso possibilita que o Fundo Constitucional tenha um reajuste anual acima da inflação e, conseqüentemente, que esse reajuste seja repassado aos trabalhadores da segurança, assim

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06652 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

como da educação e da saúde, também mantidos pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal.

Deixo registrados os meus cumprimentos àque-les que fizeram o acordo para que esta medida provi-sória pudesse ser votada de forma consensual. Todos os Parlamentares que buscaram o acordo merecem o nosso reconhecimento.

Por fim, parabenizo os trabalhadores e trabalha-doras da segurança, da educação e da saúde, que são atendidos pelo Fundo Constitucional do Distrito Federal, especialmente aos da Polícia Militar, do Cor-po de Bombeiros e da Polícia Civil, e merecem nosso reconhecimento e aplauso.

Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Dr. Ubia-li, que falará a favor da matéria. (Pausa.) S.Exa. abre mão.

Com a palavra o Deputado Luiz Carlos Hauly. (Pausa.)

Com a palavra o Deputado Tarcísio Zimmermann. (Pausa.) S.Exa. abre mão.

Com a palavra o Deputado Colbert Martins. (Pau-sa.)

Com a palavra o Deputado Rodrigo Rollemberg. (Pausa.) S.Exa. abre mão, a pedidos.

Com a palavra o Deputado Zé Geraldo. (Pausa.) S.Exa. abre mão.

Com a palavra o Deputado Ribamar Alves. (Pau-sa.) S.Exa. abre mão.

Com a palavra o Deputado João Campos.O SR. JOÃO CAMPOS (PSDB – GO. Sem revi-

são do orador.) – Sr. Presidente, vou ousar discordar momentaneamente do entendimento esposado pelo meu partido.

Sou favorável à admissibilidade desta medida provisória. Por quê? Porque não se trata apenas de dis-cussão salarial. No setor de segurança pública, salário significa política de segurança pública, o que neste País é algo urgente, relevante, prioritário, necessário. Daí, pois, minha compreensão de que a medida provisória atende aos requisitos de relevância e de urgência.

Um policial bem remunerado, motivado, que sente segurança para o exercício da sua missão e sabe que o Governo, inclusive por meio de uma política salarial justa, oferece também segurança à sua família, tem condições de promover e de realizar seu trabalho com muito maior capacidade de resultado, no que se refere à proteger vidas, dar tranqüilidade às pessoas, proteger sua integridade física e garantir a elas liberdade.

Por isso, encaminho favoravelmente, Sr. Presi-dente.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o parecer do Relator na parte em que ma-nifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgên-cia e de sua adequação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Moreira Mendes, que falará contra a matéria.

O SR. MOREIRA MENDES (PPS – RO. Sem re-visão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Depu-tados, inicialmente, quero dizer, para que fique bem claro, que não sou contra o mérito dessa medida pro-visória. Absolutamente. O PPS tem mantido a linha de ser contra a admissibilidade. Embora seja relevante, essa matéria não tem nada de urgente. Ela poderia, até para prestigiar esta Casa, os Parlamentares, ser discutida por meio de projeto de lei, mas, lamentavel-mente, este Governo só sabe tratar o Congresso Na-cional com medidas provisórias. Então, o PPS é contra a admissibilidade, mas não com relação ao mérito.

Quanto ao mérito, Sr. Presidente, parabenizo os po-liciais militares e os policiais civis presentes pela grande conquista. Parabéns a todos vocês. Só lamento profun-damente que os seus colegas policiais militares dos ex-Territórios de Rondônia, Amapá e Roraima não tenham merecido do Governo Federal a mesma consideração que está sendo dispensada aos policiais militares, aos bombeiros e aos policiais civis do Distrito Federal.

Uso uma expressão chã, para todos entenderem: o patrão de cada um de vocês é também o empregador dos policiais militares de Rondônia, de Roraima e do Amapá. Eles prestam o mesmo serviço, talvez até com mais dificuldade, porque não têm os mesmos equipa-mentos e benefícios. Rodando em estrada de terra, com malária ou leishmaniose, eles estão lá, firmes, traba-lhando. E são tão bons quanto os daqui, tão honrados quanto os daqui, mas não têm o aumento.

Lembro aqui, Sr. Presidente, o que estabelece a Lei nº 10.486, de 2002, que em seu art. 65 diz claramente que os policiais militares, os policiais civis e os bombei-ros dos ex-Territórios de Roraima, Amapá e Rondônia têm como base salarial a mesma da do Distrito Federal. Por que o Governo só lembra dos policiais do Distrito Federal? Não que não mereçam; todos eles merecem. Os de Rondônia, Amapá, Roraima e Rio de Janeiro também devem merecer, assim como os integrantes das Forças Armadas Brasileiras – Exército, Marinha e Aeronáutica –, há 12 anos sem nenhum aumento. Por que essa discriminação? Isso nos revolta. Não consigo entender por que o Governo age dessa forma. Alguém poderá dizer que isso ocorre por conta do Fundo Cons-

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titucional. É verdade, mas quantas vezes rasgamos a Constituição nesta Casa? Por que não rasgar uma vez mais, já que é usual aqui, e estender o benefício aos policiais de Rondônia, Roraima e Amapá?

O Governo, ao encaminhar a mensagem, deveria se lembrar de que ele também é o patrão, o emprega-dor dos policiais civis e militares e dos bombeiros dos ex-Territórios de Rondônia, Amapá e Roraima.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Marcelo Itagiba, que falará a favor matéria.

O SR. MARCELO ITAGIBA (Bloco/PMDB – RJ. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não há menor dúvida neste País de que a população deseja e quer segurança. Não há quem pos-sa provê-la ao cidadão que não sejam as instituições policiais do nosso Brasil: a Polícia Civil, a Polícia Militar ou o Corpo de Bombeiros. Todos estão irmanados com o mesmo objetivo de dar segurança ao cidadão, mas como fazer isso se esses policiais não têm condições de dar segurança econômica às suas famílias? Como prover segurança aos outros se não há condições de prover sustento a seus familiares? Não há nada mais urgente e relevante do que essa matéria relativa ao aumento dos policiais do nosso País.

A forma de fazer esse encaminhamento é por medida provisória. Se depender das negociações e do encaminhamento das Lideranças, talvez não te-nhamos a celeridade necessária. Lamento apenas que a mesma importância não tenha sido dada aos policiais do antigo Distrito Federal e aos militares das Forças Armadas. Lamento que não tenha chegado a esta Casa uma medida provisória que garanta que os oficiais e praças do Exército, Marinha e Aeronáutica percebam também valores justos para o sustento e a mantença de suas famílias.

Sr. Presidente, sou favorável ao encaminhamento desta medida provisória na forma como chegou, pois é relevante e urgente. A fome tem pressa!

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao nobre Deputado Antonio Carlos Pannunzio, que falará contrariamente à admissibilidade.

O SR. ANTONIO CARLOS PANNUNZIO (PSDB – SP. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, a questão aqui não é a respeito da urgência e relevância da matéria, mas sobre a impre-visibilidade, como afirma o Governo.

O fato de o Governo considerar que as pessoas en-volvidas com segurança pública, sejam policiais militares, policiais civis, sejam bombeiros, carcereiros, quem quer que seja, têm de ganhar bem é um avanço, é um ganho, mas por que não fazer isso por projeto de lei, com ur-

gência, fixando o prazo de vigência da mesma? Ou seja, não haveria perda alguma, mas o Governo viciou-se ao usurpar a competência dos Parlamentares e do Parla-mento, legislando por meio de medidas provisórias. Que-ro protestar e dizer que exatamente por isso estou neste momento encaminhando contra a admissibilidade.

Pelo fato de os salários terem um excelente rea-juste, só cabe cumprimentá-los. Se o Governo entende que pode, faz muito bem de pagar bem. Só lamento que o mesmo Governo, que tem responsabilidade ainda maior com as Forças Armadas – afinal, o Presidente da República é seu Comandante-em-Chefe –, não pense da mesma forma com relação a elas.

Sabem muito bem os senhores policiais que es-tão nas galerias, assim como certamente alguns dos Parlamentares aqui presentes, que o salário de um recruta das Forças Armadas é de 207 reais, ou seja, menos da metade do salário mínimo. Quero lembrar que o recruta não pede para servir; ele é convocado, e a ele não se paga sequer o salário mínimo. Nisso se deve pensar, como também em alguns equívocos que, a meu ver, o Relator abrigou.

Por mais relevantes que sejam todas as profis-sões, não vejo como um agente penitenciário em final de carreira ganhe mais do que um general de Exército. Isso é um insulto às Forças Armadas. Evidentemente, a culpa não é dos senhores, mas do Presidente da Re-pública, que não tem sensibilidade para ver isso.

Nosso País precisa de que seus agentes e fun-cionários ligados à segurança pública tenham excelen-te remuneração. Contudo, o nosso País, mais do que nunca, precisa reconhecer o valor e a importância das Forças Armadas. Não será mantendo à míngua, com salários miseráveis, todos os integrantes das Forças Armadas que será feita justiça.

Gostaria que o Presidente da República levasse a sério, pensasse um pouco mais sobre o gravíssimo problema por que passam hoje as Forças Armadas do Brasil – Exército, Marinha e Aeronáutica.

Era o que tinha a dizer. Muito obrigado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

encaminhar favoravelmente, concedo a palavra à Sra. Deputada Luciana Genro.

A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Sem re-visão da oradora.) – Sr. Presidente, senhoras e senho-res presentes, policiais militares, servidores públicos do Distrito Federal, consideramos muito importante a apresentação desse projeto de lei e o resgate do acor-do firmado com essas categorias que hoje estão aqui e representam, em termos de segurança pública, não só do Distrito Federal como também do nosso País, um segmento extremamente importante. Deixo o nos-

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so apoio a eles. Com esse apoio, a nossa cobrança ao Governo em relação a 28 outras categorias do Serviço Público Federal com as quais também firmou acordos de reajuste salarial que não estão sendo cumpridos.

Os argumentos apresentados pelo Governo para não cumprir o acordo com as demais categorias são absolutamente insustentáveis. Alega que, com o fim da CPMF, não mais poderá cumpri-lo.

O fim da CPMF está servindo para o Governo ale-gar várias coisas: desde o descumprimento do acordo com os servidores públicos federais até a diminuição de verbas para a saúde, quando os números demonstram uma arrecadação recorde no mês passado, mesmo depois do final daquela contribuição.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, aproveito a oportunidade para falar sobre a greve dos advogados e defensores públicos da União.

No momento em que se vota o reajuste na remu-neração dos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal e dos subsídios das carreiras de Delegado de Polícia e da Polícia Ci-vil do Distrito Federal, atendendo a acordos firmados por essas categorias com o Governo Federal, temos o dever de chamar a atenção dos Parlamentares e da sociedade brasileira para a delicada situação dos ad-vogados e defensores públicos federais.

Essa categoria cumpriu todos os pré-requisitos para entrar em greve, requisitos esses que constam da legislação, mas mesmo assim o Dr. Toffoli argumenta que a greve é ilegal, inconstitucional.

Também aqui o direito de greve está em jogo, assim como a palavra honrada do Governo com o conjunto de categorias do Serviço Público Federal que está sendo desrespeitado, porque muitos dos acordos firmados são fruto de greves e paralisações de outras categorias, inclusive nas universidades.

Essas categorias reúnem cerca de 6 mil servido-res ativos, que atuam como advogados da União, pro-curadores federais, procuradores da fazenda nacional e defensores públicos da União.

Decretaram greve como meio de combater a quebra de compromisso do Governo Federal em atu-alizar os seus salários. Esse acordo foi formalmente assinado por meio de um termo de compromisso entre representantes das categorias e o Governo Federal, na data de 1º de novembro de 2007.

Essa ruptura do Governo Federal com o acordo firmado representa a fragilidade na condução da polí-tica salarial dos servidores públicos. Os advogados e defensores públicos se encontram em greve há 45 dias, sem que o nosso Parlamento e a Imprensa Nacional tenham dedicado a devida atenção a essa questão.

Essa situação é extremamente grave, não só por uma quebra de compromisso inaceitável, mas princi-palmente por simbolizar um retrocesso do Governo Federal no processo de valorização do serviço e dos servidores públicos.

Há o temor de que o Governo Federal venha a ado-tar uma política de redução do poder de compra dos ser-vidores públicos, esvaziando a já escassa dotação orça-mentária destinada ao resgate da dignidade da categoria. Essas medidas tendem a agravar a qualidade de vida de diversos setores do serviço público, que vem acumulando a deterioração contínua dos salários deles.

A greve dos advogados e defensores públicos simboliza uma resistência importante para fazer frear o processo de sucateamento da administração públi-ca brasileira. Esses setores do funcionalismo ocupam hoje a vanguarda desta luta em defesa da valorização do serviço público.

O PSOL defende o movimento encabeçado pelo Fórum Nacional da Advocacia Pública Federal pois percebe sua importância estratégica na retomada da consciência dos servidores públicos brasileiros. Existe uma ameaça no ar. Essa ameaça é uma tentativa de impedir a greve no serviço público. Temos de comba-ter as forças que querem acabar com a liberdade do movimento sindical no interior dos serviços públicos. O STF tem a responsabilidade de garantir esses direi-tos básicos de cidadania, que é o direito de greve com responsabilidade social, como é o caso do movimento grevista dos advogados e defensores públicos.

Esse movimento dos servidores públicos é essen-cial para que possamos fazer a mudança fundamental no atual modelo de Estado e de sociedade. Esse mo-delo prioriza a elevação do superávit primário, trans-ferindo maciçamente o esforço fiscal e a arrecadação do Estado para o pagamento dos juros e dos serviços da dívida pública. Daí a razão de faltar recursos para a modernização e valorização do serviço público.

Parabéns aos policiais militares e civis do Distri-to Federal. Vamos trabalhar para que o Serviço Públi-co Federal seja valorizado, da mesma forma que os senhores estão tendo seus valores reconhecidos no dia de hoje.

Muito obrigada, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em

votação o parecer na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para orientar a bancada, concedo a palavra ao nobre De-putado Abelardo Lupion.

O SR. ABELARDO LUPION (DEM – PR. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras.

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e Srs. Deputados, é óbvio que nós, democratas, não vamos, sob hipótese nenhuma, ser contra a consu-mação desse acordo. Isso é uma questão de respon-sabilidade.

Aproveito a oportunidade para parabenizar o Governador José Roberto Arruda por ter consegui-do para a sua força militar e Corpo de Bombeiros um reajuste salarial. Só fico penalizado quando vejo nos demais Estados brasileiros as Forças Armadas terem um salário de fome. Um segundo-tenente das Forças Armadas ganha o mesmo que um tenente-coronel da Polícia Militar. E a Polícia Militar merece. Gostaríamos de nivelar todos por cima.

Mais uma vez, parabenizo o Governador Arruda e digo aos demais Governadores que sigam o mesmo exemplo: respeitem suas polícias e seus bombeiros.

Portanto, orientamos o voto “sim”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PP?O SR. JAIR BOLSONARO (PP – RJ. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, quero dei-xar bem claro ao Deputado Abelardo Lupion que não é o Governo Arruda quem paga os salários dos PMs e bombeiros daqui. Se o fosse, com toda a certeza, teria uma postura diferente, como a têm os demais Governadores do Brasil.

Há poucos dias, participei de passeata dos bom-beiros em Copacabana, no Leblon e em outros bair-ros. Quero dizer ao Governador Sérgio Cabral que os policiais e bombeiros que aqui estão não quebram a hierarquia nem são indisciplinados, mas apenas lutam por um justo direito de ver sua remuneração majorada, diferentemente do que ocorre em meu Estado, onde os policiais são perseguidos. O Governador envia pro-jetos à ALERJ para diminuir o tempo de permanência no posto de graduação e colocar na reserva os mais antigos, que organizam esse movimento.

Parabéns aos policiais do Distrito Federal. É uma pena que essa benesse não seja estendida aos PMs e bombeiros do Rio de Janeiro.

O PP vota “sim”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o Bloco Parlamentar PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB?

O SR. RODRIGO ROLLEMBERG (Bloco/PSB – DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Pre-sidente, o Bloco encaminha o voto “sim”. Reconhece que a responsabilidade pelo aumento dos policiais civis e militares e bombeiros do DF é do Governo Federal. Isso tem de ser dito.

É por isso que essa medida provisória está sendo votada pela Câmara dos Deputados. Se fosse respon-

sabilidade apenas do Governo do Distrito Federal, não seria necessário passar pelo Plenário desta Casa.

Mais uma vez, parabenizamos o Presidente Lula pelo tratamento decente, correto e digno que tem dado ao Distrito Federal.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PPS?

O SR. AUGUSTO CARVALHO (PPS – DF. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, temos sistematicamente questionado aqui a medida provisória como instrumento pelo qual o Governo toma decisões. Mas, nesse caso específico, votamos favoravelmente à medida provisória, achando justa essa reivindicação de longa data.

Lamento que outras forças de segurança do Rio de Janeiro, dos Estados e inclusive as Forças Armadas brasileiras não tenham tido até agora do Presidente Lula, como foi dito há pouco tempo, essa sensibilidade para fazer uma adequação dos salários das nossas Forças Armadas.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PSDB?

O SR. BONIFÁCIO DE ANDRADA (PSDB – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PSDB é favorável a esse projeto, ao aumento dos militares do Distrito Federal e acha que o assunto deveria ser levado a outros setores das Forças Armadas brasileiras.

No entanto, quanto à admissibilidade, o PSDB abre a questão, porque para alguns colegas de ban-cada não há urgência enquanto para outros sim.

Pessoalmente, voto a favor da admissibilidade.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O

PSDB abre a orientação.Como vota o PTB?O SR. ARMANDO ABÍLIO (PTB – PB. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, para o PTB o pedido é justo, a causa é nobre. Um dos problemas principais da Nação é exatamente com a segurança. E dentro desse conceito, o PTB vota “sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PT?

O SR. VICENTINHO (PT – SP. Pela ordem. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, lembro aos nobres pares que a medida provisória faz parte do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania. Vamos discutir em breve esse tema na Medida Provisória nº 417.

Atenção, Governadores do Brasil! Preparem-se, porque os senhores têm de participar de um projeto que visa melhorar a condição de vida dos servidores públicos, defensores da paz e da tranqüilidade em nosso País!

O PT vota favoravelmente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PR?

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06656 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

O SR. LINCOLN PORTELA (PR – MG. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Partido da República tinha um destaque em cima da Emenda nº 3, do Deputado Eduardo Valverde, que de-veria contemplar os ex-Territórios do Amapá, Roraima e Rondônia. Acabamos aceitando o acordo e também a atitude do Relator na forma do PLV apresentado. Pa-rabenizamos S.Exa. pela sensatez e sensibilidade em ter retirado do texto dessa medida a expressão que li-mitaria o reajuste das Polícias Civil e Militar e também do Corpo de Bombeiros.

Dessa forma, com a atitude do Relator, percebe-mos que fica assegurada a possibilidade de se esten-der esses benefícios aos ex-Territórios e também ao ex-Distrito Federal.

O Partido da República encaminha o voto “sim”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PHS?O SR. MIGUEL MARTINI (PHS – MG. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PHS também encaminha o voto favorável.

Ainda que haja grande distorção quanto aos ven-cimentos dos militares das 3 Forças Armadas, e que esses devam ser recuperados, no momento, é possível fazer esse reajuste para os servidores da segurança pública e investir no ser humano, na segurança da fa-mília, daquele que a provê. A segurança é fundamen-tal, e para que o servidor tenha tranqüilidade é preciso que tenha justa remuneração.

Por isso, o PHS encaminha “sim”.O SR. ROBERTO SANTIAGO (Pv – SP. Pela or-

dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Par-tido Verde encaminha o voto “sim”, por entender que, por trás da segurança pública, existe um ente funda-mental: o ser humano. Se o ser humano não tiver a retaguarda suficiente para se manter e manter sua fa-mília, com certeza absoluta, a segurança pública não vai andar como deve. Também entende que o fato de os policiais do Distrito Federal terem uma remuneração digna serve de referência para alertar os Governado-res, porque, realmente, Polícias Civil e Militar têm que ser bem remuneradas para, verdadeiramente, cuidar da nossa segurança pública.

Portanto, o PV encaminha o voto “sim”.O SR. TADEU FILIPPELLI (Bloco/PMDB – DF.

Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o PMDB encaminha voto favorável à matéria. Neste momento, também parabeniza o Relator, Deputado Laerte Bessa, que entende profundamente a questão, por ser da categoria; o Deputado Miro Teixeira, pelo entendimento, sensibilidade e justiça com que conduziu a emenda no plenário; e, ao mesmo tempo, registra a gratidão de todos os moradores e representantes do

Distrito Federal, sem desmerecer as demais Unidades da Federação, às Polícias Militar e Civil e ao Corpo de Bombeiros, que honram a Capital Federal.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para

orientar, concedo a palavra à Minoria.O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA. Pela

ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Oposição entende, verdadeiramente, que a medida provisória tem o caráter da urgência e relevância. Ali-ás, quem dera que a maioria das medidas provisórias tivessem o caráter da urgência e relevância como essa que aborda a segurança pública, a valorização do ho-mem e da tropa.

Obviamente, somos favoráveis em consideração, primeiro, ao caráter constitucional da admissibilidade e, no mérito, também seremos porque entendemos ser a valorização da tropa fundamental para o êxito da segurança pública.

Contudo, não se pode deixar de fazer referência às Forças Armadas. Ao atender apenas à Polícia Militar e ao Corpo de Bombeiros Militar, responsáveis pelos sinistros e resgates, o atual Governo Federal se es-quece da Marinha, da Aeronáutica e do Exército, que também precisam de remuneração digna.

Infelizmente, o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI não tem chegado ao cidadão. Ou seja, estamos vivendo momentos de pro-funda insegurança, violência e criminalidade no País.

Esperamos que iniciativas como essa proliferem no Parlamento para que a população tenha dias mais tranqüilos.

Votamos “sim”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como

vota o PSOL?A SRA. LUCIANA GENRO (PSOL – RS. Pela

ordem. Sem revisão da oradora.) – Sr. Presidente, o PSOL encaminha o voto “sim”.

De fato, é urgente e relevante o reajuste das ca-tegorias da segurança pública. Mas é também urgente e relevante que o Governo encaminhe projetos de lei e medidas provisórias que cumpram os acordos feitos com as demais categorias do serviço público que não têm sido honrados.

Estamos pleiteando, por meio de emenda, a ex-tensão desse reajuste aos policiais militares dos ex-Territórios e aos servidores inativos do Rio Janeiro, que também já foram policiais da Capital do nosso País quando ela se encontrava naquela cidade.

Portanto, a urgência e a relevância dessa maté-ria estende-se também a esses demais segmentos. Queremos que o Governo honre os acordos e cumpra com sua obrigação.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06657

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota a Liderança do Governo?

O SR. WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na verdade, a edição dessa medida provisória corrige uma injustiça com determinadas categorias da segu-rança pública do Governo do Distrito Federal.

Todos sabemos, e é bom que fique bem claro, que os efeitos da medida provisória não chegaram a outras categorias porque estamos tratando de recursos do Fun-do Constitucional do GDF, que não poDEM – portanto, ser extensivos a outros órgãos de segurança pública.

No entanto, o Governo está preocupado, tanto que já tomou várias decisões para o fortalecimento da segurança pública de todo o País. Logicamente, o Governo precisa do apoio e da solidariedade dos Es-tados da Federação porque eles têm autonomia para legislar sobre esse tema.

O Governo, quanto a essa matéria, encaminha o voto “sim”, porque entende e reconhece que a seguran-ça pública do GDF precisa, sim, ser fortalecida, assim como a dos outros Estados da Federação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que forem favoráveis ao parecer do Relator na parte em que manifesta opinião favorável quanto ao aten-dimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em

votação o parecer do Relator na parte em que mani-festa opinião pelo não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua ade-quação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional. (Inconstitucionalidade das Emendas de nºs 1 a 6).

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para falar contra, concedo a palavra ao Sr. Deputado Mo-reira Mendes. (Pausa.)

Enquanto o Deputado Moreira Mendes vem à tribuna, informo à Casa que amanhã, às 19h, haverá sessão conjunta do Congresso Nacional para discussão e votação da lei orçamentária da União; na quinta-feira, pela manhã, haverá sessão do Congresso Nacional destinada à apreciação dos vetos, segundo uma lista; na quinta-feira à tarde, haverá sessão deliberativa.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Para encaminhar, concedo a palavra ao Deputado Moreira Mendes, que falará contra a matéria.

O SR. MOREIRA MENDES (PPS – RO. Sem revi-são do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, mais uma vez, quero dizer que não sou contra o mérito

dessa medida provisória. O resultado é extremamente saudável, mas apenas para a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros Militar e a Polícia Civil do Distrito Federal. Faltam ainda serem aquinhoadas com a boa vontade do Governo Federal as Forças Armadas. Deixo claro que o PPS defende, claramente, a revisão salarial do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

Pelos vários exemplos dados, vê-se que se trata de discriminação sem cabimento, sem precedente. Não é pos-sível tratar iguais de forma diferente, como vemos aqui.

Atenho-me agora, especificamente, aos ex-Territórios – aliás, falo por Roraima, pelo Amapá, por Rondônia, e pelo Rio de Janeiro, que também têm policiais na inatividade. Quando esses territórios foram criados, o quadro das po-lícias militares passou a ser composto por um quadro em extinção dos ex-Territórios Federais de Roraima, Rondô-nia e Amapá, pagos pelo Governo Federal. Por isso, disse tratar-se do mesmo patrão, do mesmo empregador.

Não me venham com essa história de que o fundo constitucional presta atendimento somente aos policiais do Distrito Federal. Isso é verdade, mas compete ao Governo Federal tratar os iguais de forma igual, espe-cialmente, os dos ex-Territórios.

Explico: os policiais de Rondônia, do Amapá e de Roraima não têm a quem reclamar, a quem pedir aumento, nem como encaminhar suas reivindicações. O Governo Federal não deveria ter virado as costas para esses territórios, como fez mais uma vez.

Lá, estamos vivendo a história do arco de fogo: é peia no povo de Rondônia; é peia no povo do Pará. Agora, mais uma vez, o Governo Federal, nessa medida provisó-ria, vira as costas para os policiais dos ex-Territórios.

Portanto, apelo às Lideranças do Governo presen-tes para que se sensibilizem com essa injustiça que se pratica contra esses servidores militares, que têm os mesmos direitos dos servidores do Distrito Federal.

O SR. MIGUEL MARTINI – Sr. Presidente, peço a palavra para uma Comunicação de Liderança.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Antes quero fazer uma ponderação ao Plenário e vou expli-car o porquê.

Fui informado – não cabe declinar a fonte –, de que, após a votação dessa matéria, é provável que haja obstrução da pauta. Havia a intenção, pelo me-nos de minha parte, de que votássemos 3 medidas provisórias, a fim de que amanhã pudesse ser votada aquela referente às centrais sindicais. Recebi, hoje à tarde, vários dirigentes sindicais. Acabei de informar aos Deputados Roberto Santiago, que está em plenário e é presidente de uma delas, Paulo Pereira da Silva e Vicentinho que iríamos votá-la.

Como fui informado de que haverá obstrução dos trabalhos, peço, então, às Lideranças da Situação e

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06658 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Oposição que verifiquem se ela realmente ocorrerá. Em caso positivo, votaremos apenas essa medida provisória e encerraremos a sessão às 19h. Em vez de tentarmos trabalhar com obstrução, é melhor ganharmos tempo para a negociação.

Por isso, apelo a todos os Líderes para que votemos essa medida provisória com a maior rapidez possível.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Miguel Martini, para uma Comunicação de Liderança, pelo PSH.

O SR. MIGUEL MARTINI (PHS – MG. Como Lí-der. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o Brasil vive momento político e eco-nômico interessante e bom. Por outro lado, percebemos com tristeza a cultura de morte que se tenta implan-tar a todo custo no País. E não desistem aqueles que querem implantá-la.

Não bastam os 50 mil assassinatos por arma de fogo por ano. Não bastam as quase 80 mil vítimas fa-tais em acidentes de trânsito.

(O Sr. Presidente faz soar as campainhas.)O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Peço aos

Deputados que abaixem essa faixa. Devo alertá-los de que não é permitido pelo Regimento da Casa a exibição de faixa no plenário. Além disso, há um orador na tribuna.

Peço a V.Exas. que não façam exposição de faixa aqui. Fiz o mesmo pedido a alguns Parlamentares que vieram aqui em cima com flores e camisetas. Naquele mo-mento não falei publicamente porque não foi necessário.

Agradeço a compreensão a V.Exas.O SR. MIGUEL MARTINI – Prossigo, Sr. Presi-

dente. Se não bastassem as quase 80 mil pessoas assassinadas na guerra do trânsito, nas clínicas obs-tétricas ricas abortos clandestinos são praticados. E nada é feito. Só agora o Congresso Nacional começa a trabalhar na criação de uma CPI para investigar toda essa violência cometida contra o feto.

Amanhã, o Supremo Tribunal Federal decidirá quan-do de fato a vida tem início. A jurisprudência internacional já aceita que se inicia na concepção. Mas aqueles que são a favor da cultura da morte, da liberação do aborto no País alegam que a utilização de células embrionárias pode representar um avanço para a ciência. Em nenhuma parte do mundo a ciência sustenta esse argumento. Ao contrário, ela está a nosso favor, ao garantir, por meio de experiências já realizadas, que as células adultas produ-zem resultados altamente positivos.

Temos certeza de que amanhã o Supremo deci-dirá fundamentado na ética, na filosofia e na própria ciência que a célula embrionária é uma vida. Se é uma vida, deve ser protegida. Para nós, não vale mais uma vida que tem 10, 20, 50 anos ou 1 dia. Quando come-ça, na concepção, tem o mesmo valor. A diferença é que apenas precisa desenvolver-se. E não cabe ao

homem decidir sobre ela. Ele não consegue construir a vida, portanto, não pode destruí-la.

Chega de assassinatos no País. O que se quer, sob o engodo de que a célula embrionária resolverá o problema das pessoas deficientes, é mentira, porque não há nada que possa garantir essa afirmação.

E quem pode assegurar que o comércio não ocorrerá, como nos Estados Unidos, onde um óvulo fecundado custa 400 dólares? Quanto custará no Bra-sil? Quanto custará um de 10 dias? E um de 50 dias? Quem terá o controle sobre isso?

Apelamos à sociedade brasileira para que esteja atenta e acompanhe essa questão, não se deixando levar pela mentira daqueles que dizem que esse tema foi amplamente debatido no Congresso Nacional. Não foi. Foi apresentada e aprovada uma emenda “frankens-tein” ao projeto de biossegurança, que tratava dos transgênicos, da soja. Determinaram que uma vida humana deve ser considerada sob a mesma ótica de uma semente de soja transgênica.

Não nos podemos calar diante de uma aberração como essa. Esperamos, com toda a sinceridade, que os Ministros do Supremo Tribunal Federal tomem a decisão acertada e reconheçam aquilo que já é uma verdade: a vida começa na concepção. Somos responsáveis por pro-tegê-la, porque ela não tem condições de se defender.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. JOVAIR ARANTES – Sr. Presidente, peço

a palavra pela Liderança do PTB.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou

fazer um apelo novamente e ser bastante explícito. Outros Líderes já pediram a palavra – têm todo o di-reito de fazê-lo. Assim não vamos votar a medida pro-visória que concede reajuste para a Polícia do Distrito Federal. Quero fazer um apelo ao Plenário para que terminemos esta votação.

Em seguida vou dar a palavra a V.Exa., Deputado.O SR. JOVAIR ARANTES – O.k., Sr. Presidente.O SR. MAURÍCIO RANDS – De acordo, Sr. Pre-

sidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Antes,

porém, vou conceder a palavra ao Deputado Zenaldo Coutinho.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Sr. Presidente, estamos de acordo, desde que V.Exa. assegure a palavra aos Líderes, porque também quero manifestar-me.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vejam, como vai haver obstrução, às 19h vou encerrar a ses-são. Por isso, quero votar a matéria agora.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Sr. Presidente, então quero, de antemão, pedir a V.Exa. que me inscreva para falar como Líder.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06659

O SR. WILSON SANTIAGO – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB – PB. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, inicialmente V.Exa. fez um apelo a todos os Líderes das bancadas com assento na Casa para que tentás-semos votar pelo menos mais uma medida provisória, pelo menos a que concede crédito extraordinário. Não há discordância com relação a ela, no mérito, pelo que entendi, até por parte da própria Oposição. Por isso, gostaria que V.Exa. novamente fizesse um apelo a to-dos os Líderes e partidos para que tentássemos votar pelo menos mais essa medida que concede crédito extraordinário, com o compromisso de retomarmos amanhã uma discussão mais ampla com a Oposição sobre a MP dos Correios.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A Lide-rança do Governo fez um apelo, e tenho informações de que ele não será atendido. Haverá obstrução.

O Líder Antonio Carlos Magalhães Neto disse que aceita que continue a votação, desde que depois a palavra seja garantida aos Líderes. Como pretendo encerrar a sessão às 19h, vou dar a palavra aos Líde-res agora e encerrarei a sessão às 19h.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Zenaldo Coutinho, para uma Comunicação de Liderança, pela Minoria.

O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, inicial-mente é bom registrar que a Oposição deseja votar esta medida provisória, até por concordar com a admissibi-lidade e com o mérito, contudo não queremos votar as demais matérias. Se o Presidente achar conveniente convocar sessões extraordinárias, a Oposição estará aqui, acompanhando as sessões mas cumprindo seu papel de obstruir as votações.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, o assun-to que me traz hoje à tribuna é de domínio não ape-nas nacional, certamente interessa a toda a América do Sul e hoje está nos noticiários em todo o mundo. Refiro-me ao recente episódio que envolveu Colôm-bia e Equador.

Aliás, é um acontecimento com antecedente gravís-simo: a atuação das FARC, consideradas pelas nações civilizadas do mundo como um movimento terrorista. Com-provou-se recentemente, em depoimentos de ex-reféns dessa facção, o verdadeiro inferno a que são submetidas pessoas inocentes, não envolvidas no conflito, tomadas de repente como reféns e sujeitas, na selva, às agruras, às dificuldades, aos horrores do terrorismo.

O recente acontecimento que envolveu a Colôm-bia, que entrou no território do Equador para combater

os militantes das FARC, gerou, obviamente, um inciden-te diplomático. Errou o Equador quando admitiu em seu território esses guerrilheiros terroristas, e errou a Colôm-bia quando invadiu o território soberano de outro país. E, pior, quando esperávamos uma atuação pacificadora dos demais países, o caudilho, o arremedo de Presidente da Venezuela, que anda numa guerra armamentista, prepa-rando-se belicamente para tentar transformar a América do Sul em uma região conflituosa, esse ditador envia suas tropas para a fronteira com a Colômbia, anunciando sua condenação ao Presidente colombiano e sua pretensão de iniciar uma guerra em favor do Equador.

Ora, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, não pode o Parlamento brasileiro silenciar nesta hora. A nos-sa América do Sul é reconhecida como região de paz. Precisa o Presidente brasileiro, a diplomacia brasileira agir positivamente nesta hora, em busca da pacificação e não a favor deste ou daquele país. Com a nossa lide-rança natural na América do Sul, temos de contribuir para a pacificação desse conflito, mas sem esquecer do combate ao terrorismo, sem abrir mão da defesa dos direitos humanos e rechaçando esse arremedo de presidente, esse intrometido que é o Presidente Hugo Chávez, que, porque sofre agora a redução dos seus índices de popularidade, decide contribuir para o acir-ramento das tensões na América do Sul. Na qualidade de Líder da Minoria, rechaçamos essa atitude.

Sr. Presidente, requeremos uma atitude positiva do Governo brasileiro, que não pode ficar tímido nesta hora, envolto em devaneios de unicidade de aparen-tes esquerdas que se juntam em busca de defender o Equador. Nada disso. Nem a defesa de um nem a de outro, nem crítica a um nem a outro, e sim a cons-trução da unidade da América do Sul. Acho que essa é a atitude correta a ser tomada pela diplomacia bra-sileira, que tem de ser orientada pelo Governo a agir dessa forma.

Tenho informações as mais graves de intenções do Presidente venezuelano, que estaria contribuindo até financeiramente com a guerrilha, com o terroris-mo das FARC.

Temos de lutar pela democracia. Nossa região sofreu muito para recuperar o clima democrático em todos os países, e não será agora, por interesse de apenas um Presidente, que faremos da América do Sul uma região de guerra.

Nós, Parlamentares brasileiros, temos nesta hora a obrigação de levantar a nossa voz em defesa do Brasil. Num conflito armado entre vizinhos nossos, sabe Deus o que poderá acontecer se houver envol-vimento do Brasil.

Nós, que temos amor à paz, amor à unidade da região, haveremos de lutar contra esses caudilhos e contra a tendência de omissão deste País, para que o

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06660 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Brasil seja propositivo e positivo na ação de combate à violência e na busca da unidade regional.

Muito obrigado, Sr. Presidente. O SR. JOSÉ ANÍBAL – Sr. Presidente, peço a

palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra.O SR. JOSÉ ANÍBAL (PSDB – SP. Pela ordem.

Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, na qualidade de Líder do PSDB – a quem cabe a indicação do Líder da Minoria, reconfirmo o nome do Deputado Zenaldo Coutinho como Líder da Minoria. (Palmas.)

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A Mesa cumprimenta o Deputado Zenaldo Coutinho pela recon-dução à Liderança da Minoria, desejando-lhe sucesso nessa empreitada. Parabéns!

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao Deputado Jovair Arantes, para uma Comunicação de Liderança, pelo PTB.

O SR. JOVAIR ARANTES (PTB – GO. Como Lí-der. Sem revisão do orador.) Sr. Presidente, na condição de Líder do PTB – comunico a eleição do Deputado Pedro Fernandes para a Presidência da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público, impor-tantíssimo órgão desta Casa, no qual são operadas todas as discussões que dizem respeito ao trabalho e à Administração Pública.

Historicamente, a Comissão de Trabalho tem tido excelente desempenho nesta Casa. E, pela maioria ab-soluta dos seus Deputados, o PTB indicou para presidi-la o Deputado Pedro Fernandes, que sabe trabalhar e, com certeza, dignificará a Câmara dos Deputados no cumprimento da função.

Comunico igualmente à Casa – agora também em nome da bancada de Goiás, de seus 17 Deputados e 3 Senadores – que, na segunda-feira próxima, o De-putado Arlindo Chinaglia estará na cidade de Anápolis para ministrar a aula inaugural da Faculdade de Medi-cina de Anápolis, um sonho de todos os goianos que agora se concretiza. A presença de S.Exa. no evento será de grande importância.

Sr. Presidente, essa faculdade foi muito esperada pelo povo de Goiás. Afinal, somente agora, em 2008, o Estado terá a sua terceira escola de Medicina. Goiás sem-pre foi muito prejudicado no que diz respeito à autorização para implantação de faculdades. É claro que é preciso pôr um freio na multiplicação de cursos universitários de Medicina, Odontologia e Direito – há um exagero, e V.Exa. comunga dessa tese –, mas a escola de Anápolis é muito importante para todos nós, goianos.

Por fim, Sr. Presidente, também em nome da ban-cada goiana, saúdo os 58 anos da Rádio Brasil Central AM e os 35 anos da Rádio Brasil Central FM de Goiás, modelo de rádio e de televisão públicas que têm dado

certo na história do Brasil e prestam serviços da mais alta relevância ao povo de Goiás.

Sras. e Srs. Deputados, ao longo dos últimos anos, comemoramos a consolidação dessas emissoras como veículos que pugnam pela ética e pelo respeito ao ci-dadão e à natureza e que se pautam pelo interesse público. Podemos dizer que essas rádios são a cara de Goiás, por realizarem programações que promovem e enaltecem os valores materiais, políticos, culturais, artísticos e históricos de Estado.

Dessa forma, lembro alguns fatos que certificam a importância dessas emissoras para Goiás e para o País.

A Rádio Brasil Central AM, emissora de alcance nacional e internacional pelas suas ondas médias, curtas e tropicais, foi fundada em 1950. Constituiu ela o grande canal de apoio para a construção de Brasília, divulgando para o Brasil as notícias da nova Capital Federal. Contri-buiu, assim, para a interiorização do desenvolvimento no País, a grande meta do Presidente Juscelino Kubitschek ao transferir a Capital para o planalto goiano.

A RBC-AM foi uma das mais importantes emisso-ras na composição da cadeia da legalidade, que pugnou pela manutenção do Governo civil de João Goulart.

Depois do acidente do césio 137, em Goiânia, em setembro de 1987, foi o veículo que realizou uma campanha junto a emissoras de todo o Brasil para es-clarecimento e sensibilização dos ouvintes quanto à real situação e em defesa da dignidade da população goiana, que passou a sofrer forte discriminação devido às informações truncadas a respeito do caso e à igno-rância de grande parte das pessoas sobre o tema.

Foi a Rádio Brasil Central AM também o grande canal de mobilização da opinião pública em defesa da aprovação e construção da Ferrovia Norte–Sul, tão importante para o desenvolvimento econômico do Centro-Oeste e do Norte do País.

Na década de 80, por ocasião da campanha das Diretas Já, a Rádio Brasil Central AM esteve na linha de frente na divulgação dos fatos, contribuindo para a informação e o esclarecimento da sociedade, que almejava a volta à democracia plena.

Pratica essa rádio um jornalismo atuante e res-ponsável, voltado para a informação de qualidade e para a prestação de serviços. A Brasil Central AM con-tinua sendo a emissora de integração dos municípios goianos e é da maior importância para a integração do Centro-Oeste e interior do País.

A RBC-FM, por sua vez, tem se colocado na van-guarda como veículo fomentador da cultura, da arte e do resgate da cidadania em Goiânia e em Goiás. Veicula uma programação que privilegia a música brasileira, contemplando de maneira especial a música feita em Goiás, nos seus mais diversos estilos.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06661

Com programação musical, artística e jornalísti-ca voltada para o interesse público, as Rádios Brasil Central AM e FM contribuem para a edificação do ci-dadão e prestam serviço de qualidade a seus ouvintes, destacando-se como emissoras comprometidas com a construção de um mundo melhor e de uma sociedade eficientemente informada.

Por tudo isso, cumprimento seus locutores, jorna-listas, técnicos, enfim, todos os funcionários, diretores e, principalmente, os seus ouvintes, os grandes bene-ficiários da programação de altíssima qualidade que essas emissoras colocam no ar todos os dias.

Era o que tinha a dizer, Sr. Presidente.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-

cedo a palavra ao Deputado Antonio Carlos Maga-lhães Neto, para uma Comunicação de Liderança, pelo Democratas.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO (DEM – BA. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Sras. e Srs. Parlamentares, é evidente e le-gítimo que todo cidadão sul-americano se sinta no dever de emitir opinião sobre o ocorrido no último fim de se-mana envolvendo o Equador, a Colômbia e a Venezuela, diante desse clima de conflito potencial que se instalou numa das regiões mais tranqüilas do planeta.

Nenhum de nós aqui vai defender a invasão de um território soberano por outro país, qualquer que seja a circunstância. Nenhum de nós aqui vai assumir a con-dição de advogado da invasão de um território vizinho, de um território que não pertence à nação invasora.

Contudo, Sr. Presidente, parece que o mais gra-ve em todo esse conflito instalado, e que nos obriga a fazer uma reflexão de alto nível, dialogando com o cidadão brasileiro e chamando a atenção para os ris-cos do futuro, é a posição destemperada, irresponsá-vel, anti-republicana, antidemocrática e autoritária do Sr. Presidente Hugo Chávez.

Ninguém tem dúvida de que o Presidente Hugo Chávez nutre um projeto geopolítico armamentista. Ele correu para aproximar as relações da Venezuela com o Irã, correu para comprar armamentos da Rússia, já gastou algo em torno de 3 bilhões de dólares para ar-mar seu país e vem dando demonstrações diárias de que quer, sim, dar prosseguimento a projetos imperia-listas na nossa região.

Recentemente, na Comissão de Constituição e Justiça desta Casa, tivemos a oportunidade de travar importante debate que mostrou o risco que o Sr. Hugo Chávez representa para a América do Sul. Por isso mes-mo, deixamos clara a posição do Democratas contra a entrada da Venezuela em nosso mercado comum.

Agora, Sr. Presidente, fica mais inequívoco ainda que o Sr. Hugo Chávez ultrapassou todos os limites do que é razoável. Por que, por exemplo, ele não se queda

e reconhece que o Equador, muitas vezes, vem dando guarida para ações terroristas? O Presidente Hugo Chá-vez tem relações de amizade pessoal com as FARC e as patrocina. O Presidente da Venezuela virou patrocinador das FARC, uma guerrilha terrorista que não difere de nenhum outro movimento terrorista mundo afora.

Precisamos chamar atenção para isso e para o fato de que o Equador, por provas já constatadas, vem abrindo espaço – e é claro que esse espaço não é aberto sem o conhecimento do Presidente do país – para a exploração do seu território pelas FARC, que ali procuram esconderijos.

Ora, se por um lado não defendemos a invasão realizada pela Colômbia, por outro, rechaçamos, com ainda mais veemência e preocupação, a posição que vem sendo adotada pelo Equador e, especialmente, pela Venezuela.

Aí, Sr. Presidente, em alto e bom som, temos de fazer um apelo para o Governo brasileiro no sentido de que adote outro tipo de reação diante desses fatos. O Governo brasileiro não pode assistir passivamente ao que está acontecendo.

Somos a maior Nação e o País economicamen-te mais desenvolvido da América do Sul. Temos, por-tanto, de mostrar que nosso potencial econômico e populacional deve determinar os eixos das relações geopolíticas sul-americanas.

Por isso mesmo, o Brasil precisa reagir – e não apenas com discursos moderados. O Brasil precisa defender a paz e a democracia, mostrando claramen-te que não será conivente com o terrorismo e, muito menos, com o patrocínio de presidentes ou de nações a ações terroristas.

Sr. Presidente, concluo dizendo que esse não é um debate que deve dividir ideologicamente os parti-dos políticos; pelo contrário, devemos todos nos unir. Por quê? Porque todos somos responsáveis pela ga-rantia da paz e da tranqüilidade na América do Sul e porque o que está acontecendo hoje na Venezuela, na Colômbia e no Equador, amanhã, infelizmente, pode chegar ao Brasil – podem invadir nosso território. E é claro que nenhum de nós quer dormir com o peso na consciência de que não agiu devida e rigorosamente para evitar que a intranqüilidade e a insegurança pros-perem na América do Sul.

Clamo, portanto, Sras. e Srs. Deputados, por uma reação do Congresso Nacional e do Governo brasileiro na defesa da soberania das nações, mas, sobretudo, da paz e da tranqüilidade na nossa América.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Faço um apelo ao Plenário. Temos 4 inscritos para falar a favor. Pergunto, então: já que é a favor, não poderí-amos fazer uma economia processual e votarmos a medida provisória?

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06662 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

A melhor contribuição será a de ninguém falar a favor. Assim, consulto os inscritos para encaminhar a favor da matéria sobre se abririam mão de fazer uso da palavra.

Deputado Maurício Quintella Lessa. (Pausa.)Deputado Ribamar Alves. (Pausa.) S.Exa. abre

mão.Deputado Marcelo Itagiba. (Pausa.) S.Exa. abre

mão.Deputada Luciana Genro. (Pausa.) S.Exa. abre

mão.Agradeço muito a todos a compreensão.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em

votação o parecer do Relator na parte em que mani-festa opinião pelo não-atendimento dos pressupostos constitucionais de relevância e urgência e de sua ade-quação financeira e orçamentária, nos termos do art. 8º da Resolução nº 1, de 2002, do Congresso Nacional.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como votam os Srs. Líderes?

O SR. DAVI ALCOLUMBRE (DEM – AP. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nossa posição é contrária à decisão do Governo porque essa medida provisória não dá aos policiais militares dos ex-Territórios Federais, Amapá, Rondônia e Roraima, e aos do Rio de Janeiro – que acha que foi contemplado por uma alteração na redação, mas não foi – o mesmo tratamento concedido aos policiais do Distrito Federal. É um jogo do Governo, uma vez que os policiais dos ex-Territórios, além de serem um quadro em extinção, são pagos pela União.

Sr. Presidente, solicito do Governo Federal, que se diz popular e defensor da minoria, mais interesse para com essa região tão distante do Brasil e para com os policiais dos Estados do Amapá, Rondônia e Rorai-ma. Seus policiais prestam serviços ao povo brasileiro, especialmente ao povo mais carente, e são discrimi-nados pelo Governo – e não apenas neste momento. Desde que esses Territórios foram transformados em Estados, não recebem tratamento igual ao que é dado aos demais Estados da Federação.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, para o PSOL – estender a Gratificação de Condição Especial de Trabalho Militar a pensionistas e aposentados do antigo Distrito Federal era uma questão elementar de justiça e algo compatível com as possibilidades da União.

Infelizmente, a emenda apresentada por vários Deputados, entre os quais me incluo, com senso de jus-tiça para com os servidores da Polícia Militar da antiga Capital, aposentados e pensionistas do Rio de Janeiro, não foi admitida pelo Relator, fato que lamentamos.

Votamos a favor da medida provisória, mas ela po-deria ser muito mais justa, ampla e correta, valorizando essa categoria profissional pelos serviços já prestados.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como vota o PR?

O SR. JOSÉ CARLOS ARAÚJO (PR – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nesse caso específico, somos contra o parecer do Relator. O nosso desejo era o de que as emendas fossem apro-vadas, principalmente a Emenda nº 3.

Por isso, votamos “não”.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – PR

– “não”. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em

votação. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO

– Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem

V.Exa. a palavra. O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO

(DEM – BA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, apenas para esclarecer: no caso do pa-recer do Relator, a votação é pela inadequação das emendas?

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Aqui diz respeito ao não-atendimento dos pressupostos constitucionais. Inadequação constitucional.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Das emendas?

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Das emendas.

O SR. ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO – Encaminhamos a favor do mérito da matéria, Sr. Presi-dente. Queremos a aprovação da medida provisória.

O SR. CHICO ALENCAR (PSOL – RJ. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, só para esclarecer: rejeitamos a posição do Relator pela não-admissibilidade das emendas.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Então, o voto é “não”.

Como vota o Governo?O SR. WILSON SANTIAGO (Bloco/PMDB – PB.

Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, o Governo vota “não”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – O Go-verno vota “não”?

O SR. WILSON SANTIAGO – Desculpe, Sr. Pre-sidente. O Governo vota “sim”, pelo mérito, pelo pare-cer do Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Pelo parecer do Relator. Então, vota “sim”.

Como vota a Minoria?

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06663

O SR. ZENALDO COUTINHO (PSDB – PA. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Mi-noria vota “sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – A Mi-noria vota ”sim”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Espe-ro que as bancadas correspondentes do Governo e da Minoria se sintam contempladas com as orientações dos dois Líderes do Governo e da Minoria, respeitando as orientações do Democratas, do PR e do PSOL.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o parecer do Relator.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que aprovam o parecer do Relator per-maneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADO.O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em

conseqüência, as Emendas de nºs 1 a 6 deixam de ser submetidas a voto, quanto ao mérito, nos termos do § 6º do artigo 189 do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há sobre a Mesa os seguintes requerimentos de destaques:

“Senhor Presidente, requeremos a Vos-sa Excelência, nos termos do art. 161, e § 2º, do Regimento Interno, destaque para votação em separado da emenda nº 01, apresentada à MP 401/07.

Salas das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – Fernando de Fabinho, Vice-Líder do DEM”.

“Senhor Presidente, requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 186, II do Re-gimento Interno da Câmara dos Deputados, que a votação do Destaque nº – da Bancada do PR – apresentado à MP nº 401 de 2007, seja realizada pelo sistema nominal. (DVS p/ Emenda nº 03).

Sala das Sessões, de março de 2008. – Luciano Castro, Líder do PR”.

“Senhor Presidente, requeremos a Vossa Excelência, nos termos do art. 161, inciso II c/c seu § 2º, do Regimento Interno da Câma-ra dos Deputados, destaque para a votação em separado da Emenda nº 03, de autoria do Dep. Eduardo Valverde (PT/RO), apresentada à MP nº 401, de 2007.

Sala das Sessões, 26 de fevereiro de 2008. – Luciano Castro, Líder do PR”.

“Senhor Presidente, requeiro nos termos dos arts. 117, IX c/c 161, inciso II e § 2º do Regimento Interno da Câmara dos Deputados,

destaque para votação em separado da emen-da nº 05, apresentada à MP 401/07.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – Renildo Calheiros, Líder do Bloco PSB/PDT/PCdoB/PMN/PRB”.

“Senhor Presidente, requeremos a Vos-sa Excelência, nos termos do art. 161, e § 2º, do Regimento Interno, destaque para votação em separado da emenda nº 06 apresentada à MP 401/07.

Salas das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – Fernando de Fabinho, Vice-Líder do DEM”.

“Senhor Presidente, requeiro, nos termos do art. 161, II e § 2º, combinado com o art. 117, IX, do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, DESTAQUE PARA VOTAÇÃO EM SEPARADO DA EMENDA Nº 06, de autoria do Deputado Jair Bolsonaro, à MP 401/2007.

Sala das Sessões, 27 de fevereiro de 2008. – Mário Negromonte, Líder do PP”.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Em votação o projeto de lei de conversão oferecido pelo Re-lator da Comissão Mista, ressalvados os destaques.

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO

Altera as Leis nºs 11.134, de 15 de ju-lho de 2005, e 11.361, de 19 de outubro de 2006, que dispõem sobre a remuneração devida aos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Fe-deral e sobre os subsídios das carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º A Lei nº 11.134, de 15 de julho de 2005,

passa a vigorar acrescida do seguinte dispositivo:

“Art. 1°-A. A Gratificação de Condição Especial de Função Militar – GCEF, instituída pelo art. 2º da Lei nº 10.874, de 1º de junho de 2004, é devida mensal e regularmente aos mi-litares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal, no valor de R$ 351,49 (trezentos e cinqüenta e um reais e quarenta e nove centavos).

Parágrafo único. A GCEF integra os pro-ventos na inatividade remunerada dos militares da Polícia Militar do Distrito Federal e Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.” (NR)

Art. 2° O Anexo I da Lei n° 11.134, de 15 de ju-lho de 2005, passa a vigorar nos termos do Anexo I desta Lei.

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06664 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Art. 3° Os Anexos I e II da Lei n° 11.361, de 19 de outubro de 2006, passam a vigorar na forma dos Anexos II e III desta Lei.

Art. 4° As despesas decorrentes da aplicação desta Lei correrão à conta do Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF, criado pela Lei n° 10.633, de 27 de dezembro de 2002.

Art. 5° Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos financeiros:

I – quanto à remuneração dos militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal: a partir de 1° de setembro de 2007; e

II – quanto à remuneração dos policiais civis do Distrito Federal: nos termos da nova redação dos Anexos I e II da Lei n° 11.361, de 15 de julho de 2006.

Art. 6° Ficam revogados:

I – a Lei n° 10.874, de 1° de junho de 2004;

II – a Lei n° 11.360, de 19 de outubro de 2006; e

III – o Anexo III da Lei n° 11.361, de 19 de outubro de 2006.

Sala da Comissão, em de de 2008 – De-putado Laerte Bessa, Relator .

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06665

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que o aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa)

APROVADO.Prejudicados todos os destaques. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Há

sobre a mesa e vou submeter a votos a seguinte

REDAÇÃO FINAL MEDIDA PROVISÓRIA Nº 401-A, DE 2007

PROJETO DE LEI DE CONVERSÃO Nº 4, DE 2008

Altera as Leis nos 11.134, de 15 de ju-lho de 2005, que dispõe sobre a remunera-ção devida aos militares da Polícia Militar do Distrito Fe deral e do Corpo de Bombei-ros Mi litar do Distrito Federal, e 11.361, de 19 de outubro de 2006, que dispõe sobre os subsídios das carreiras de Delegado de Polícia do Distrito Federal e de Polícia Civil do Distrito Federal; e revo ga as Leis nos 10.874, de 1º de junho de 2004, e 11.360, de 19 de outubro de 2006.

O Congresso Nacional Decreta:Art. 1º A Lei nº 11.134, de 15 de julho de 2005,

passa a vigorar acrescida do seguinte art. 1º-A:

“Art. 1º-A. A Gratificação de Condição Especial de Função Militar – GCEF, instituída

pelo art. 2º da Lei nº 10.874, de 1º de junho de 2004, é devida mensal e regularmente aos milita res da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Fede-ral, no valor de R$351,49 (trezentos e cinqüenta e um reais e quarenta e nove centavos).

Parágrafo único. A GCEF integra os pro-ventos na inatividade remunerada dos militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal.”

Art. 2º O Anexo I da Lei nº 11.134, de 15 de ju-lho de 2005, passa a vigorar nos termos do Anexo I desta Lei.

Art. 3º Os Anexos I e II da Lei nº 11.361, de 19 de outubro de 2006, passam a vigorar na forma dos Anexos II e III desta Lei.

Art. 4º As despesas decorrentes da aplicação des ta Lei correrão à conta do Fundo Constitucional do Distrito Federal – FCDF, criado pela Lei nº 10.633, de 27 de dezem bro de 2002.

Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, produzindo efeitos financeiros:

I – quanto à remuneração dos militares da Polícia Militar do Distrito Federal e do Cor-po de Bombeiros Militar do Distrito Federal: a partir de 1º de setembro de 2007; e

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06666 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

II – quanto à remuneração dos policiais civis do Distrito Federal: nos termos da nova redação dada por esta Lei aos Anexos I e II da Lei nº 11.361, de 19 de outubro de 2006.

Art. 6º Ficam revogados:

I – a Lei nº 10.874, de 1º de junho de 2004;

II – a Lei nº 11.360, de 19 de outubro

de 2006; e

III – o Anexo III da Lei nº 11.361, de 19

de ou tubro de 2006.

Sala das Sessões, 4 de março de 2008. – Depu-

tado Laerte Bessa, Relator.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06667

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Os Srs. Deputados que a aprovam permaneçam como se encontram. (Pausa.)

APROVADA.A matéria vai ao Senado Federal, incluindo o

processado. O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Esta

Presidência informa a todos os nobres Líderes que será dada a palavra a todos, desde que encerremos a sessão às 19h.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Maurício Rands, para uma Comunicação de Liderança, pelo PT.

O SR. MAURÍCIO RANDS (PT – PE. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, nobre Depu-tado Arlindo Chinaglia, nobres pares, o País ficou sur-preso e alarmado ao ouvir as declarações do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Sr. Marco Aurélio Mendes de Farias Mello. O Poder Executivo, em muito boa hora, acabara de anunciar o Programa Territórios da Cidada-nia. Um programa que traz novo conceito de gerência de projetos do Poder Público, destinando 11,8 bilhões de reais para 956 municípios mais pobres da Federação, articulando iniciativas nas áreas de crédito, assistência social, assistência técnica, acesso à eletricidade. E, para

surpresa, o Ministro Marco Aurélio, quase que sinalizando setores da Oposição que querem judicializar a discus-são das políticas públicas, antecipou o que deveria ser seu pronunciamento nos autos do processo.

Nobres pares, a exorbitância de funções do Poder Judiciário, intrometendo-se nas atribuições constitucio-nalmente asseguradas ao Executivo e ao Legislativo, não é fenômeno de hoje nem diz respeito à Constitui-ção brasileira.

Em 1861, no seu discurso inaugural, o Presidente Abraham Lincoln advertia que se as políticas públicas fossem formuladas pelo Poder Judiciário, o povo estaria abdicando do seu poder soberano de se autogovernar por meio dos seus representantes.

O modelo constitucional americano, em outro momento histórico, que também suscitou pronuncia-mentos de outros grandes Presidentes americanos, como Theodore Roosevelt e Franklin Delano Roosevelt, que foi atacado pela Suprema Corte quando fazia o programa New Deal, pela primeira vez, introduziu uma legislação social nos Estados Unidos.

Pois bem, em pleno século XXI, mais de dois séculos de consolidação do constitucionalismo repu-blicano, vem o Ministro Marco Aurélio se pronunciar numa matéria, que já se sabia, chegaria ao Supremo

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06668 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Tribunal Federal e para a qual ele deveria ser chamado a se pronunciar nos autos.

Aliás, em desrespeito à Lei Orgânica da Magistratu-ra Nacional, que no seu art. 36, nas vedações ao Magis-trado, para que ele cumpra bem a sua função judicante, diz textualmente: “É vedado ao Magistrado manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre pro-cesso pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre despachos, votos ou sentenças de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos autos e em obras técnicas ou no exercício do Magistério.”

Este Parlamento tem sido testemunha de prejul-gamentos outros do Ministro Marco Aurélio, tem sido testemunha de exorbitância dos poderes constitucio-nais de zelar pela Constituição e pelas leis. É deste Parlamento a responsabilidade pelo respeito às suas atribuições. E nos cabe, nobres Deputadas e Deputa-dos, o papel de formular as políticas públicas e ajudar o Poder Executivo a executá-las.

Portanto, caberia tão-somente ao Judiciário, res-peitando a vontade do povo expressa por intermédio do Presidente e do Congresso, examinar se há qualquer violação à Constituição e à lei.

Logo, o Programa Territórios da Cidadania será submetido ao julgamento do Supremo Tribunal Fede-ral, e não poderia um dos membros daquela Corte pronunciar-se antecipadamente, antes de examinar as razões de um e de outro lado, fazendo política, quando deveria se ater aos autos, tal como determina o art. 36 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional.

Cabe a nós, Deputados, independentemente de par-tido, representantes do povo nesta Câmara dos Deputados, zelar pelo equilíbrio e harmonia entre os Poderes. Temos de evitar que ocorram manifestações como essa, que exor-bitam das funções judicantes do Poder Judiciário.

Todos nesta Casa recebemos manifestações de todo o Brasil, grande parte delas do Poder Judiciário, da Magistratura Nacional, que não quer exorbitar dos pode-res, que não quer o desrespeito à Lei Orgânica da Ma-gistratura Nacional. Todos desejam que o Judiciário con-tinue respeitando a Constituição, julgando e controlando a constitucionalidade das leis votadas pelo Congresso.

Portanto, espero que o Ministro Marco Aurélio não participe do julgamento dessa ação direta de in-constitucionalidade, mesmo porque, nobres Deputa-dos e Deputadas, S.Exa. já se pronunciou, violando o artigo 36 da Lei Orgânica da Magistratura Nacional, prejulgando questão que ainda será levada ao Supre-mo Tribunal Federal.

Pela independência e harmonia entre os Pode-res!

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Con-cedo a palavra ao nobre Deputado Fernando Coruja, para uma Comunicação de Liderança, pelo PPS.

O SR. FERNANDO CORUJA (PPS – SC. Como Líder. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, Srs. Parlamentares, tenho sido um duro crítico do Governo em muitas ocasiões, mas procuro evitar críticas diretas ao Presidente Lula, porque, evidentemente, a pessoa do Presidente da República muitas vezes deve ser poupada do debate político.

Ocorreu, porém, nesta semana, fato inusitado no Brasil, algo a que se referia o Deputado Maurício Rands, que é exatamente essa polêmica entre o Pre-sidente da República e um Ministro do Supremo Tri-bunal Federal, atual Presidente do Tribunal Superior Eleitoral. E os raciocínios são vários. O próprio Depu-tado Maurício Rands alega que o Ministro descumpriu a Lei Orgânica da Magistratura.

Ora, não queremos juízes no Brasil comportando-se como os do século XIX, que se debruçavam sobre os papéis e não acompanhavam a realidade, não par-ticipavam da vida social do País. É evidente que isso mudou. Precisamos, sim, de juízes que participem, que sejam presentes, que discutam e acompanhem a realidade social.

Além disso, o Presidente da República está sendo tratado como alguém acima da lei, que pode dizer o que bem quiser, sem respeitar a Constituição.

O povo elegeu Lula Presidente da República com enorme votação, mas não pode ele fazer o programa que bem entender ou dizer o que bem quiser. Em pri-meiro lugar, Lula foi eleito para cumprir a Constituição brasileira. Se está em discussão determinado progra-ma social – e todos desejamos que seja implantado –, deve ele ter uma forma que obedeça à lei.

Estamos estudando e avaliando o programa social do Presidente Lula e percebemos que ele descumpre, sim, a legislação, a exemplo da legislação eleitoral, que prevê que novos programas sociais não podem ser implementados em ano de eleição. Portanto, todos precisam cumprir a lei.

Os juízes atuais não podem ser como os juí-zes do século XVII, mudos, presos aos papéis e sem compreender o que acontece no País. Os juízes, sim, devem se manifestar.

A manifestação do Ministro Marco Aurélio não teve por objetivo julgar o caso antecipadamente, mas sim alertar para o descumprimento da lei, no sentido de que não se pode implementar programas sociais de forma ilegal. Quando do julgamento, ao examinar os autos, o Ministro, evidentemente, votará a favor ou contra.

Precisamos trabalhar para ter neste País homens públicos, neste Congresso Nacional ou na Presidência da República, que respeitem a Constituição. Se todos respeitarem a Constituição, os debates e as polêmicas terão menor importância.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06669

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ – Sr. Presiden-te, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. ARNALDO FARIA DE SÁ (PTB – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, os funcionários aposentados da velha VARIG, nova VA-RIG, da VARIGLOG, todos ligados ao fundo de pensão Aerus, estão em situação difícil e aguardam decisão do Supremo Tribunal Federal. Muitos deles, já no final da vida, estão desesperados.

Sugerimos que representem junto ao Conselho Nacional de Justiça, em razão de toda aquela celeuma que aconteceu na Vara de Recuperação de Empresas do Rio de Janeiro, o que certamente nos deixou pre-ocupados.

Os funcionários da antiga VASP, ligados ao fundo de pensão Aeros, estão em idêntica situação. Portanto, temos de encontrar uma solução para o problema.

A Secretaria de Previdência Complementar – SPC precisa esclarecer o que fez até agora com o Aerus e com o Aeros, com todos os que estão abandonados e largados à própria sorte.

Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, quero re-gistrar ainda, minha preocupação com o andamento das negociações salariais entre os médicos peritos da Previdência e o Governo. Amanhã, 5 de março, terá início a etapa conclusiva e ainda não há uma proposta formal da parte do Governo.

É consenso que a carreira implantada há 4 anos é um sucesso, tendo evitado a sangria de 5 bilhões de reais entre setembro de 2005 e setembro de 2007, ao corrigir distorções históricas na concessão de au-xílios-doença do INSS. É preciso que não se perca o momento que é de fortalecer essa carreira tão incom-preendida.

A perícia combate fraudes, coíbe desperdícios do dinheiro público e já perdeu dois médicos em um ano e meio na luta contra quadrilhas e fraudadores. Entretanto, ao ser uma carreira médico-legal, contraria interesses e causa desgastes políticos. Por isso, seus resultados excepcionais são comemorados interna-mente e desprezados publicamente.

É bom lembrar que o próprio Presidente Lula teceu rasgados elogios à perícia em seu discurso em São Paulo dia 14 de dezembro de 2007, quando eu próprio estava presente à inauguração da agência do Glicério, a maior do Brasil. É importante que as pala-vras do Presidente tenham eco nas negociações e que o Governo revalorize a perícia médica da Previdência da mesma forma como valoriza os auditores fiscais, delegados e peritos da Polícia Federal.

Muito obrigado.

O SR. EDUARDO VALVERDE – Sr. Presidente, peço a palavra pela ordem.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. EDUARDO VALVERDE (PT – RO. Pela or-dem. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, comuni-co aos nossos amigos e companheiros o falecimento, no dia de hoje, da mãe do Prefeito Roberto Sobrinho, do Partido dos Trabalhadores.

O povo de Porto Velho e os companheiros do Partido dos Trabalhadores estão consternados com o falecimento súbito da mãe do competente Prefeito da cidade de Porto Velho.

O SR. JOSÉ GENOÍNO – Sr. Presidente, peço a palavra para uma questão de ordem.

O SR. REGIS DE OLIVEIRA – Uma reclamação, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Peço a gentileza de V.Exas. Faltam 3 minutos para encerrar a sessão.

O SR. JOSÉ GENOÍNO – Peço a palavra para fazer uma questão de ordem – Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Peço que V.Exa. o faça até as 19h porque, talvez, a falta de tempo me impeça de respondê-la. Às 19h vou encer-rar a sessão.

O SR. JOSÉ GENOÍNO (PT – SP. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Então, vou formular a questão de ordem amanhã, até em consideração ao Deputado Miro Teixeira, que será citado, à Mesa e à Comissão de Constituição e Justiça.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Agra-deço a V.Exa. a compreensão.

O SR. MIRO TEIXEIRA (Bloco/PDT – RJ. Pela ordem. Sem revisão do orador.) – Não vamos reve-lar o que é para deixar todo mundo muito curioso, Sr. Presidente.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Eu já estou.

O SR. REGIS DE OLIVEIRA – Sr. Presidente, peço a palavra para fazer uma reclamação.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Tem V.Exa. a palavra.

O SR. REGIS DE OLIVEIRA (Bloco/PSC-SP. Re-clamação. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, faço um apelo a V.Exa. Todos estão dispostos a ficar até mais tarde. Vamos fazer um esforço para limpar a pauta. Ficamos angustiados por não poder apreciar as medidas importantes.

Portanto, faço um apelo a V.Exa. para prorrogar a sessão a fim de que discutamos as demais medidas provisórias.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Como V.Exa. chegou agora ao Plenário, não sabe que já in-

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06670 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

formei do que se trata. Creio que vou contribuir para uma reflexão coletiva ao informar que, como haverá obstrução, se eu prorrogar a sessão, simplesmente não vamos produzir nada. É por isso, então, que estou dizendo que encerrarei a sessão às 19h.

Sei que V.Exa. não tinha conhecimento disso e, por isso, estou prestando essa informação.

O SR. REGIS DE OLIVEIRA – Não é por isso. É porque toda semana os trabalhos estão se encerrando às 19h. Por isso faço esse apelo.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Vou dar outra explicação a V.Exa. Incomoda-me muito pror-rogar a sessão, apenas para termos discussão muitas vezes enfadonha que acabam em obstrução, porque isso custa caro à Câmara dos Deputados. Penso que aqui temos de preservar a política e também a parte administrativa.

Está feita a reclamação, está dada a resposta.

VII – ENCERRAMENTO

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Nada mais havendo a tratar, vou encerrar a sessão, lembrando que amanhã, quarta-feira, dia 5 de março, às 19h, ha-verá sessão conjunta do Congresso Nacional destinada à apreciação do Projeto de Lei do Congresso Nacional nº 30, de 2007, que estima a receita e fixa a despesa da União para o exercício financeiro de 2008.

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) –

COMPARECEM MAIS À SESSÃO OS SRS.:

RORAIMA

Francisco Rodrigues DEM Marcio Junqueira DEM Total de Roraima: 2

AMAPÁ

Evandro Milhomen PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbJanete Capiberibe PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Amapá: 2

PARÁ

Bel Mesquita PMDB PmdbPscPtcBeto Faro PT Vic Pires Franco DEM Wandenkolk Gonçalves PSDB Wladimir Costa PMDB PmdbPscPtcTotal de Pará: 5

AMAZONAS

Carlos Souza PP Marcelo Serafim PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Amazonas: 2

RONDÔNIA

Mauro Nazif PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Rondônia: 1

ACRE

Henrique Afonso PT Ilderlei Cordeiro PPS Sergio Petecão PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Acre: 3

TOCANTINS

Eduardo Gomes PSDB João Oliveira DEM Lázaro Botelho PP Total de Tocantins: 3

MARANHÃO

Cleber Verde PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbClóvis Fecury DEM Davi Alves Silva Júnior PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbDomingos Dutra PT Flávio Dino PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbPedro Novais PMDB PmdbPscPtcProfessor Setimo PMDB PmdbPscPtcRibamar Alves PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Maranhão: 8

CEARÁ

Ariosto Holanda PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbArnon Bezerra PTB Eunício Oliveira PMDB PmdbPscPtcLeo Alcântara PR Marcelo Teixeira PR Paulo Henrique Lustosa PMDB PmdbPscPtcVicente Arruda PR Zé Gerardo PMDB PmdbPscPtcTotal de Ceará: 8

PIAUÍ

Marcelo Castro PMDB PmdbPscPtcOsmar Júnior PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbPaes Landim PTB Total de Piauí: 3

RIO GRANDE DO NORTE

Betinho Rosado DEM Fábio Faria PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbSandra Rosado PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Rio Grande do Norte: 3

PARAÍBA

Marcondes Gadelha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbWellington Roberto PR Wilson Santiago PMDB PmdbPscPtcTotal de Paraíba: 3

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06671

PERNAMBUCO

Armando Monteiro PTB Bruno Araújo PSDB Carlos Eduardo Cadoca PSC PmdbPscPtcCarlos Wilson PT Eduardo da Fonte PP Fernando Ferro PT Inocêncio Oliveira PR Maurício Rands PT Pedro Eugênio PT Raul Jungmann PPS Renildo Calheiros PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbWolney Queiroz PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Pernambuco: 12

ALAGOAS

Augusto Farias PTB Benedito de Lira PP Francisco Tenorio PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbGivaldo Carimbão PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMaurício Quintella Lessa PR Total de Alagoas: 5

SERGIPE

Eduardo Amorim PSC PmdbPscPtcTotal de Sergipe: 1

BAHIA

Edigar Mão Branca PV Félix Mendonça DEM Fernando de Fabinho DEM João Almeida PSDB José Carlos Aleluia DEM Luiz Bassuma PT Marcelo Guimarães Filho PMDB PmdbPscPtcMaurício Trindade PR Nelson Pellegrino PT Severiano Alves PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbUldurico Pinto PMN PsbPdtPCdoBPmnPrbWalter Pinheiro PT Zezéu Ribeiro PT Total de Bahia: 13

MINAS GERAIS

Alexandre Silveira PPS Bilac Pinto PR Bonifácio de Andrada PSDB Carlos Melles DEM Ciro Pedrosa PV Elismar Prado PT Fernando Diniz PMDB PmdbPscPtcGeraldo Thadeu PPS Humberto Souto PPS João Bittar DEM José Fernando Aparecido de Oliveira PV

Luiz Fernando Faria PP Mário de Oliveira PSC PmdbPscPtcPaulo Abi-Ackel PSDB Rafael Guerra PSDB Reginaldo Lopes PT Rodrigo de Castro PSDB Virgílio Guimarães PT Vitor Penido DEM Total de Minas Gerais: 19

ESPÍRITO SANTO

Iriny Lopes PT Rose de Freitas PMDB PmdbPscPtcSueli Vidigal PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Espírito Santo: 3

RIO DE JANEIRO

Alexandre Santos PMDB PmdbPscPtcAndreia Zito PSDB Bernardo Ariston PMDB PmdbPscPtcBrizola Neto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbChico Alencar PSOL Chico DAngelo PT Cida Diogo PT Deley PSC PmdbPscPtcEdmilson Valentim PCdoB PsbPdtPCdoBPmnPrbEduardo Lopes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbFelipe Bornier PHS Fernando Gabeira PV Fernando Lopes PMDB PmdbPscPtcFilipe Pereira PSC PmdbPscPtcJorge Bittar PT Léo Vivas PRB PsbPdtPCdoBPmnPrbLeonardo Picciani PMDB PmdbPscPtcLuiz Sérgio PT Marina Maggessi PPS Otavio Leite PSDB Pastor Manoel Ferreira PTB Rodrigo Maia DEM Sandro Matos PR Silvio Lopes PSDB Solange Amaral DEM Vinicius Carvalho PTdoB Total de Rio de Janeiro: 26

SÃO PAULO

Abelardo Camarinha PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbAline Corrêa PP Antonio Carlos Mendes Thame PSDB Arnaldo Faria de Sá PTB Arnaldo Jardim PPS Cândido Vaccarezza PT Carlos Zarattini PT Celso Russomanno PP Cláudio Magrão PPS Clodovil Hernandes PR

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06672 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Dr. Nechar PV Dr. Pinotti DEM Dr. Ubiali PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbEdson Aparecido PSDB Fernando Chucre PSDB Guilherme Campos DEM Ivan Valente PSOL Jilmar Tatto PT João Dado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbJoão Paulo Cunha PT Jorge Tadeu Mudalen DEM Jorginho Maluly DEM José Eduardo Cardozo PT José Paulo Tóffano PV Julio Semeghini PSDB Marcelo Ortiz PV Márcio França PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbMilton Monti PR Paulo Pereira da Silva PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbRegis de Oliveira PSC PmdbPscPtcReinaldo Nogueira PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de São Paulo: 31

MATO GROSSO

Carlos Bezerra PMDB PmdbPscPtcEliene Lima PP Pedro Henry PP Valtenir Pereira PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbWellington Fagundes PR Total de Mato Grosso: 5

DISTRITO FEDERAL

Augusto Carvalho PPS Osório Adriano DEM Rodovalho DEM Rodrigo Rollemberg PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Distrito Federal: 4

GOIÁS

Chico Abreu PR Leandro Vilela PMDB PmdbPscPtcLeonardo Vilela PSDB Luiz Bittencourt PMDB PmdbPscPtcRubens Otoni PT Sandes Júnior PP Total de Goiás: 6

MATO GROSSO DO SUL

Antônio Carlos Biffi PT Antonio Cruz PP Nelson Trad PMDB PmdbPscPtcTotal de Mato Grosso do Sul:3

PARANÁ

Angelo Vanhoni PT

Cezar Silvestri PPS Chico da Princesa PR Eduardo Sciarra DEM Giacobo PR Luiz Carlos Hauly PSDB Marcelo Almeida PMDB PmdbPscPtcOsmar Serraglio PMDB PmdbPscPtcRodrigo Rocha Loures PMDB PmdbPscPtcTakayama PSC PmdbPscPtcTotal de Paraná: 10

SANTA CATARINA

Angela Amin PP Djalma Berger PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbGervásio Silva PSDB João Matos PMDB PmdbPscPtcJosé Carlos Vieira DEM Nelson Goetten PR Valdir Colatto PMDB PmdbPscPtcTotal de Santa Catarina: 7

RIO GRANDE DO SUL

Adão Pretto PT Afonso Hamm PP Cezar Schirmer PMDB PmdbPscPtcEnio Bacci PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbHenrique Fontana PT Ibsen Pinheiro PMDB PmdbPscPtcJosé Otávio Germano PP Luciana Genro PSOL Luis Carlos Heinze PP Luiz Carlos Busato PTB Paulo Roberto PTB Pepe Vargas PT Pompeo de Mattos PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbRenato Molling PP Vilson Covatti PP Total de Rio Grande do Sul: 15

DEIXAM DE COMPARECER À SESSÃO OS SRS.:

RORAIMA

Luciano Castro PR Urzeni Rocha PSDB Total de Roraima: 2

PARÁ

Gerson Peres PP Jader Barbalho PMDB PmdbPscPtcTotal de Pará: 2

AMAZONAS

Sabino Castelo Branco PTB Silas Câmara PSC PmdbPscPtcTotal de Amazonas: 2

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06673

ACRE

Fernando Melo PT Flaviano Melo PMDB PmdbPscPtcTotal de Acre: 2

MARANHÃO

Carlos Brandão PSDB Julião Amin PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbNice Lobão DEM Roberto Rocha PSDB Sebastião Madeira PSDB Total de Maranhão: 5

CEARÁ

Ciro Gomes PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbGorete Pereira PR Total de Ceará :2

PIAUÍ

Alberto Silva PMDB PmdbPscPtcCiro Nogueira PP Total de Piauí: 2

RIO GRANDE DO NORTE

Felipe Maia DEM Total de Rio Grande do Norte: 1PARAÍBAEfraim Filho DEM Total de Paraíba: 1

PERNAMBUCO

Raul Henry PMDB PmdbPscPtcTotal de Pernambuco: 1

ALAGOAS

Cristiano Matheus PMDB PmdbPscPtcOlavo Calheiros PMDB PmdbPscPtcTotal de Alagoas: 2

BAHIA

João Carlos Bacelar PR Jusmari Oliveira PR Marcos Medrado PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbTotal de Bahia: 3MINAS GERAISAntônio Roberto PV Edmar Moreira DEM Maria do Carmo Lara PT Maria Lúcia Cardoso PMDB PmdbPscPtcTotal de Minas Gerais 4

RIO DE JANEIRO

Leandro Sampaio PPS Rogerio Lisboa DEM Suely PR Total de Rio de Janeiro: 3

SÃO PAULO

Antonio Palocci PT Beto Mansur PP José Mentor PT Paulo Maluf PP Ricardo Berzoini PT Vadão Gomes PP William Woo PSDB Total de São Paulo: 7

GOIÁS

Professora Raquel Teixeira PSDB Total de Goiás: 1

MATO GROSSO DO SUL

Dagoberto PDT PsbPdtPCdoBPmnPrbWaldemir Moka PMDB PmdbPscPtcTotal de Mato Grosso do Sul: 2PARANÁAndre Vargas PT Max Rosenmann PMDB PmdbPscPtcRatinho Junior PSC PmdbPscPtcTotal de Paraná: 3

RIO GRANDE DO SUL

Beto Albuquerque PSB PsbPdtPCdoBPmnPrbNelson Proença PPS Total de Rio Grande do Sul: 2

O SR. PRESIDENTE (Arlindo Chinaglia) – Encerro a sessão, designando para amanhã, quarta-feira, dia 5 de março, às 14h, a seguinte

ORDEM DO DIA

URGÊNCIA (Art. 62, § 6º da Constituição Federal)

Discussão

1 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 402, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 402, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 1.646.339.765,00, para os fins que espe-cifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 9-12-07PRAZO NA CÂMARA: 23-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 22/02/08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 6-5-08

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06674 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

2 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 403, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 403, de 2007, que dispõe sobre o exercício da atividade de franquia postal e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 10-12-07

PRAZO NA CÂMARA: 24-12-07SOBRESTA A PAUTA EM: 23-2-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 7-5-08

URGÊNCIA (Artigo 64, §§ 2º e 3º da Constituição Federal c/c art.

155, do Regimento Interno)

Discussão

3 PROJETO DE LEI Nº 1.990-B, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, das Emendas do Senado Federal ao Projeto de Lei nº 1.990-A, de 2007, que dispõe sobre o reconhecimento formal das centrais sindicais para os fins que especifica, altera a Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras pro-vidências. Pendente de pareceres das Comis-sões: de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Finanças e Tributação; e de Cons-tituição e Justiça e de Cidadania.

SOBRESTA A PAUTA EM: 23-12-07 (11º dia)

URGÊNCIA (Artigo 64, § 2º da Constituição Federal c/c art. 155,

do Regimento Interno)

Discussão

4 PROJETO DE LEI Nº 1.179, DE 2007

(Do Sr. Rodovalho)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.179, de 2007, que dispõe sobre a criação do Regime Especial de Tributação dos Microimportadores (Remicro) e dá nova redação ao art. 11, parágrafo único, inciso I, do Decreto-Lei nº 37, de 1966. Pendente

de pareceres das Comissões: de Desenvol-vimento Econômico, Indústria e Comércio; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

Tendo apensado o PL nº 2.105/07, ao qual foi atribuída urgência constitucional.

SOBRESTA A PAUTA EM: 10-11-07 (46º dia)

URGÊNCIA (Artigo 64, § 2º da Constituição

Federal c/c art. 204, I, do Regimento Interno)

Discussão

5 PROJETO DE LEI Nº 1.650, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, do Projeto de Lei nº 1.650, de 2007, que dispõe sobre a apuração do imposto de renda na fonte inci-dente sobre rendimentos de prestação de ser-viços de transporte rodoviário internacional de carga, auferidos por transportador autônomo pessoa física, residente na República do Pa-raguai, considerado como sociedade unipes-soal nesse País. Pendente de pareceres das Comissões: de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

SOBRESTA A PAUTA EM: 9-12-07 (46º dia)

URGÊNCIA (Art. 62, da Constituição Federal)

Discussão

6 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 404, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 404, de 2007, que altera o art. 41-A da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, modificando a data de pagamento dos benefícios da previdência social. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 6-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 20-2-08SOBRESTA A PAUTA EM: 9-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 22-5-08

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06675

7 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 405, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 405, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor da Justiça Eleitoral e de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 5.455.677.660,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 12-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 26-2-08SOBRESTA A PAUTA EM: 15-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 28-5-08

8 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 406, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 406, de 2007, que abre crédi-to extraordinário, em favor de diversos ór-gãos do Poder Executivo, no valor global de R$1.250.733.499,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comis-são Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 15-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 29-2-08SOBRESTA A PAUTA EM: 18-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 31-5-08

9 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 407, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 407, de 2007, que autoriza, em caráter excepcional, a prorrogação de contratos temporários no âmbito de proje-tos de cooperação com prazo determinado, implementados mediante acordos com or-ganismos internacionais, altera as Leis nºs 10.480, de 2 de julho de 2002, prorrogando o prazo de recebimento de gratificações pelos servidores ou empregados requisita-dos pela Advocacia-Geral da União, 11.171, de 2 de setembro de 2005, e 11.233, de 22

de dezembro de 2005, prorrogando o pra-zo de manutenção de Funções Comissio-nadas Técnicas no DNIT e no Ministério da Cultura, respectivamente, e 11.539, de 8 de novembro de 2007, no tocante à Carreira de Analista de Infra-Estrutura. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

10 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 408, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 408, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 3.015.446.182,00, para os fins que espe-cifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

11 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 409, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 409, de 2007, que abre crédito extraordinário, em favor de diversos órgãos do Poder Executivo, no valor global de R$ 750.465.000,00, para os fins que especifica. Pendente de parecer da Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fisca-lização.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

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06676 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

12 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 410, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 410, de 2007, que acrescenta artigo à Lei nº 5.889, de 8 de junho de 1973, criando o contrato de trabalhador rural por pe-queno prazo, estabelece normas transitórias sobre a aposentadoria do trabalhador rural e prorroga o prazo de contratação de finan-ciamentos rurais de que trata o § 6º do art. 1º da Lei nº 11.524, de 24 de setembro de 2007. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

13 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 411, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 411, de 2007, que dispõe sobre o Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem, instituído pela Lei nº 11.129, de 30 de junho de 2005, altera a Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e dá ou-tras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

14 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 412, DE 2007

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 412, de 2007, que dispõe sobre a prorrogação do Regime Tributário para Incentivo à Modernização e à Amplia-ção da Estrutura Portuária – REPORTO, instituído pela Lei nº 11.033, de 21 de de-zembro de 2004. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

15 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 413, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 413, de 2008, que dispõe sobre medidas tributárias destinadas a estimular os investimentos e a modernização do setor de turismo, a reforçar o sistema de proteção tarifária brasileiro, a estabelecer a incidência de forma concentrada da Contribuição para o PIS/PASEP e da Contribuição para o Finan-ciamento da Seguridade Social – COFINS na produção e comercialização de álcool, altera o art. 3º da Lei nº 7.689, de 15 de dezembro de 1988, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

16 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 414, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 414, de 2008, que constitui fonte de recursos adicional para ampliação de limi-tes operacionais do Banco Nacional de De-senvolvimento Econômico e Social – BNDES. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

17 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 415, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 415, de 2008, que proíbe a comercialização de bebidas alcoólicas em rodovias federais e acresce dispositivo à Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06677

18 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 416, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medida Provisória nº 416, de 2008, que altera a Lei nº 11.530, de 24 de outubro de 2007, que institui o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania – PRONASCI, e dá outras providências. Pendente de parecer da Comissão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

19 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 417, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 417, de 2008, que altera e acresce dispositivos à Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre re-gistro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Na-cional de Armas – Sinarm e define crimes. Pendente de parecer da Comissão Mista. O PL 2.674/07 tramita sob forma de emenda a esta MPV – nos termos do § 2º, do art. 4º da Resolução nº 1, de 2002-CN.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 19-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 4-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 22-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 4-6-08

20 MEDIDA PROVISÓRIA Nº 418, DE 2008

(Do Poder Executivo)

Discussão, em turno único, da Medi-da Provisória nº 418, de 2008, que altera as Leis nos 11.508, de 20 de julho de 2007, que dispõe sobre o regime tributário, cam-bial e administrativo das Zonas de Proces-samento de Exportação, e 8.256, de 25 de novembro de 1991, que cria áreas de livre comércio nos municípios de Pacaraima e Bonfim, no Estado de Roraima, e dá outras providências. Pendente de parecer da Co-missão Mista.

PRAZO NA COMISSÃO MISTA: 28-2-08

PRAZO NA CÂMARA: 13-3-08SOBRESTA A PAUTA EM: 31-3-08 (46º

DIa)PERDA DE EFICÁCIA: 13-6-08

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS OU RECURSOS

I – EMENDAS

II – RECURSOS

3. CONTRA DECLARAÇÃO DE PREJUDICIALIDA-DE – ART. 164, § 2º, DO RICD

(SUJEITO A DELIBERAÇÃO DO PLENÁRIO, APÓS OUVIDA A CCJC, NOS TERMOS DO ART. 164, §§ 2º e 3º DO RICd)

Prazo para apresentação de recurso: 5 sessões (Art. 164, § 2º, do RICD).

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 8/2007 (Senado Federal-Heráclito Fortes) – Dis-ciplina as relações jurídicas decorrentes da Medida Provisória nº 320, de 24 de agosto de 2006.ÚLTIMA SESSÃO: 5-3-08

PROJETO DE LEI

Nº 7452/2006 (Cezar Schirmer) – Dispõe sobre a isenção de taxas para registro e porte de armas pelos transportadores individuais de passageiros na catego-ria de aluguel (táxi), e pelos motoristas de empresas e transportadores autônomos de cargas.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

Nº 61/2007 (Eduardo Sciarra) – Altera o anexo da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, que dispõe sobre o registro, posse e comercialização de armas de fogo e munição, sobre o Sistema Nacional de Armas – Sinarm, define crimes e dá outras providências.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

Nº 868/2007 (Ilderlei Cordeiro) – Estabelece prazo para registro de propriedade de armas e dá outras providências.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

4. DEVOLVIDO(S) AO(S) AUTOR(ES)

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – RCP: art. 35, §§ 1º e 2º, do RICD.

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06678 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

INTERPOSIÇÃO DE RECURSO – DEMAIS PROPO-SIÇÕES: art. 137, § 1º, do RICD.

PRAZO PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSO: 5 sessões.

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO

Nº 473/2008 (Arnaldo Jardim) – Susta a Instrução Nor-mativa RFB – Receita Federal do Brasil – nº 802, de 27 de dezembro de 2007, que dispõe sobre a prestação de informações de que trata o art. 5º da Lei Comple-mentar nº 105, de 10 de janeiro de 2001.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO

Nº 222/2008 (Pedro Chaves) – Acresce artigo ao Ato das Disposições Constitucionais Transitórias.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

PROJETO DE LEI

Nº 2740/2008 (Dr. Ubiali) – Altera a Lei nº 9.296, de 24 de julho de 1996.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

Nº 2803/2008 (Silas Câmara) – Acrescenta parágrafo único ao art. 1.603 do Código Civil – Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

Nº 2863/2008 (Indio da Costa) – Proíbe o saque em espécie das contas dos cartões corporativos no âmbito de todos os Poderes.DECURSO: 1a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 11/03/2008

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR

Nº 268/2008 (Gerson Peres) – Regula o uso dos car-tões de pagamento de suprimento de fundos também denominados cartões corporativos dos três Poderes.DECURSO: 3a. SESSÃOÚLTIMA SESSÃO: 7-3-08

ARQUIVE-SE, nos termos do § 4º do artigo 164 do RICD, a seguinte proposição:

PROJETO DE LEI:

Nº 2609/2007 (Pepe Vargas) − Acresce Seção I-A e altera os arts. 156 e 157 da Lei no 8.069, de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

ORADORES SORTEADOS PARA O GRANDE EXPE-DIENTE DO MÊS DE MARÇO DE 2008

Dia 5, 4ª-feira

15:00 LUIZ COUTO (PT – Pb)15:25 EDUARDO LOPES (PSB – Rj)

Dia 6, 5ª-feira

15:00 ENIO BACCI (PDT – RS)15:25 MÁRCIO FRANÇA (PSB – SP)

Dia 7, 6ª-feira

10:00 LUIZ CARLOS HAULY (PSDB – PR)10:25 ANGELA PORTELA (PT – RR)10:50 JOSÉ EDUARDO CARDOZO (PT – SP)11:15 BRUNO ARAÚJO (PSDB – Pe)11:40 IRAN BARBOSA (PT – Se)

Dia 10, 2ª-feira

15:00 PEPE VARGAS (PT – RS)15:25 JOSÉ AIRTON CIRILO (PT – Ce)15:50 ELCIONE BARBALHO (PMDB – Pa)16:15 RAIMUNDO GOMES DE MATOS (PSDB – Ce)16:40 HOMERO PEREIRA (PR – MT)

Dia 11, 3ª-feira

15:00 DOMINGOS DUTRA (PT – Ma)15:25 JOSÉ CARLOS VIEIRA (DEM – Sc)

Dia 12, 4ª-feira

15:00 IRINY LOPES (PT – ES)15:25 JOSÉ CHAVES (PTB – Pe)

Dia 13, 5ª-feira

15:00 GUILHERME CAMPOS (DEM – SP)15:25 ANDRÉ DE PAULA (DEM – Pe)

Dia 14, 6ª-feira

10:00 MAGELA (PT – Df)10:25 JORGE TADEU MUDALEN (DEM – SP)10:50 PERPÉTUA ALMEIDA (PCdoB – Ac)11:15 BRIZOLA NETO (PDT – Rj)11:40 EUDES XAVIER (PT – Ce)

Dia 17, 2ª-feira

15:00 VALADARES FILHO (PSB – Se)15:25 DEVANIR RIBEIRO (PT – SP)15:50 JOSEPH BANDEIRA (PT – Ba)16:15 GORETE PEREIRA (PR – Ce)16:40 DAVI ALVES SILVA JÚNIOR (PDT – Ma)

Dia 18, 3ª-feira

15:00 LIRA MAIA (DEM – Pa)15:25 FRANCISCO ROSSI (PMDB – SP)

Dia 19, 4ª-feira

15:00 PAULO PEREIRA DA SILVA (PDT – SP)15:25 OTAVIO LEITE (PSDB – Rj)

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06679

Dia 24, 2ª-feira

15:00 ASDRUBAL BENTES (PMDB – Pa)15:25 NATAN DONADON (PMDB – RO)15:50 CELSO MALDANER (PMDB – Sc)16:15 MILTON MONTI (PR – SP)16:40 ROBERTO SANTIAGO (PV – SP)

Dia 25, 3ª-feira

15:00 CEZAR SILVESTRI (PPS – PR)15:25 LEO ALCÂNTARA (PR – Ce)

Dia 26, 4ª-feira

15:00 PAULO TEIXEIRA (PT – SP)15:25 LUCIANO CASTRO (PR – RR)

Dia 27, 5ª-feira

15:00 ANA ARRAES (PSB – Pe)15:25 EDMILSON VALENTIM (PCdoB – Rj)

Dia 28, 6ª-feira

10:00 RAUL JUNGMANN (PPS – Pe)10:25 MOREIRA MENDES (PPS – RO)10:50 CHICO LOPES (PCdoB – Ce)11:15 NELSON MEURER (PP – PR)11:40 RITA CAMATA (PMDB – ES)

Dia 31, 2ª-feira

15:00 SUELI VIDIGAL (PDT – ES)15:25 PROFESSOR RUY PAULETTI (PSDB – RS)15:50 CARLOS SOUZA (PP – AM)16:15 JOSÉ SANTANA DE VASCONCELLOS (PR – Mg)16:40 RODRIGO ROCHA LOURES (PMDB – PR)

ORDEM DO DIA DAS COMISSÕES

I – COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA, ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

LOCAL: Plenário 06 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 220/08 Do Sr. Wandenkolk Gon-çalves – que “requer junto a Comissão de Agricultura, a realização de Audiência Pública conjunta, entre as Comissões de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural – CAPADR, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável – CMADS e Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional – CAINDR, para debater a grave crise existente na Região Amazônica, em virtude da divulgação do alto índice de desmatamento ocorrido em 36 Municípios dos Estados do Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso”.

REQUERIMENTO Nº 218/08 Do Sr. Beto Faro – que “requer o convite ao Sr. Ministro da Agricultura, Pecu-ária e Abastecimento para prestar esclarecimentos so-bre as condições técnicas e operacionais do sistema de rastreabilidade de bovinos e bubalinos no Brasil e sobre as causas e as repercussões, para o Brasil, da atual suspensão, pela União Européia, das importa-ções brasileiras de carne bovina”.

REQUERIMENTO Nº 222/08 Do Sr. Waldir Neves – que “solicita que seja convidado Excelentíssimo Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento o senhor Reinholds Stephanes, a comparecer a esta casa, para em audiência pública, nominar os Frigoríficos Expor-tadores de Carne Bovina que realizaram operações de venda de carne para a Comunidade Européia, nos últimos 05 (cinco) anos, sem a devida certificação de rastreabilidade dos animais abatidos, bem como para informar a atuação do MAPA sobre o ocorrido e deta-lhar os instrumentos de fiscalização e controle que o ministério vem utilizando para monitorar a qualidade das exportações brasileiras de carne bovina”.

REQUERIMENTO Nº 223/08 Do Sr. Ronaldo Caiado – que “requer seja realizada reunião de audiência pú-blica, para discutir as questões relativas à legislação sobre identificação de animais e a sistema de rastre-abilidade bovina”.

REQUERIMENTO Nº 221/08 Do Sr. Ronaldo Caiado – que “requer seja convocado o Ministro da Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento, para discutir o embar-go da União Européia à importação de carne bovina brasileira”.

REQUERIMENTO Nº 219/08 Do Sr. Beto Faro – que “requer o convite ao Sr. Ministro de Estado das Rela-ções Exteriores para prestar esclarecimentos sobre os impasses na Rodada Doha da OMC e sobre temas correlatos”.

REQUERIMENTO Nº 224/08 Do Sr. Paulo Piau – que “requer a realização de encontro da Comissão de Agricultura no município de Patos de Minas/MG, em maio, por ocasião dos 50 anos da Festa Nacional do Milho – Fenamilho com a presença de integrantes da cadeia produtiva do milho,”

REQUERIMENTO Nº 225/08 Do Sr. Paulo Piau – que “requer a realização de encontro da Comissão de Agricultura no município de Uberaba, Minas Gerais, no mês de maio, por ocasião da 74ª Exposição da Pecuária de Gado Zebuíno – ExpoZebu 2008, com a presença de convidados integrantes da cadeia produ-tiva da carne bovina”.

REQUERIMENTO Nº 227/08 Do Sr. Marcos Montes – que “requer, nos termos regimentais, a realização de

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encontro desta Comissão e da Comissão de Agricul-tura do Senado Federal em Uberaba-MG”.

REQUERIMENTO Nº 226/08 Do Sr. Beto Faro – que “requer a realização de audiência pública para debater os pareceres de mérito e de competência institucional da ANVISA e do Ibama acerca do processo de libe-ração da produção e da comercialização, no Brasil, das variedades de milho geneticamente modificadas, Liberty e MON810”.

REQUERIMENTO Nº 228/08 Dos Srs. Zonta e Valdir Colatto – que “solicita sejam convocados os Ministros da Fazenda, da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e o do Desenvolvimento Agrário, a comparecerem a esta Comissão para debater sobre o acordo de saneamento das dívidas rurais e parecer final do impasse”.

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NA-CIONAL E DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL

LOCAL: Plenário 15 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 303/08 Da Sra. Vanessa Gra-zziotin – que “requer a realização de audiência públi-ca, nesta Comissão, para debater as conseqüências causadas ao meio ambiente e à biodiversidade em fase do aumento excessivo do desmatamento, com as presenças da senhora Ministra do Meio Ambiente, Se-nhor Ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e do senhor Diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE”.

REQUERIMENTO Nº 304/08 Do Sr. Marcelo Serafim – que “requer urgente realização de audiência públi-ca com a presença dos Ministros do Meio Ambiente e da Agricultura, Marina Silva e Reinhold Stephanes, respectivamente, e o Presidente do IBAMA, Bazileu Margarido, para discutir o aumento do desmatamento em toda Região Amazônica”.

REQUERIMENTO Nº 305/08 Do Sr. Carlos Souza – que “requer a realização de audiência pública com a finalida-de de coligir informações das autoridades competentes sobre as diretrizes e políticas governamentais concer-nentes à navegação fluvial na Região Amazônica, bem como sobre as providências relativas aos constantes acidentes e naufrágios que vêm ocorrendo”.

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMU-NICAÇÃO E INFORMÁTICA

LOCAL: Plenário 13, Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 100/08 Da Sra. Luiza Erundi-na – (PL 1337/2003) – que “requer a realização de Audiência Pública para debater o PL nº 1.337/03 que “Acrescenta parágrafo único ao art. 7º da Lei nº 6.615, de 16 de dezembro de 1978, que “dispõe sobre a re-gulamentação da profissão de Radialista e dá outras providências”, a fim de proibir a concessão de registro provisório””.

REQUERIMENTO Nº 101/08 Da Sra. Luiza Erundina – que “requer a realização de Audiência Pública para avaliar o desempenho do Conselho Consultivo da ANA-TEL e do Conselho de Comunicação Social”.

REQUERIMENTO Nº 102/08 Dos Srs. Leandro Sampaio e Arnaldo Jardim – que “solicita a realização de audiên-cia pública, para discutir a atuação da Agência Nacional de Telecomunicações – ANATEL na eventual compra de empresa Brasil Telecom pela empresa Oi”.

REQUERIMENTO Nº 103/08 Do Sr. Arnaldo Jardim – que “solicita a realização de audiência pública, para debater as propostas da Agência Nacional de Teleco-municações – ANATEL para alteração do Plano Geral de Outorgas”.

B – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões:

PRAZO CONSTITUCIONAL

TVR Nº 157/07 – do Poder Executivo – (MSC 395/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 502, de 13 de setembro de 2006, que outorga permissão à RÁDIO ESTREITO DO URUGUAI LTDA. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão sonora em frequência modulada, no município de Cacique Doble, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: Deputado BETO MANSUR. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 164/07 – do Poder Executivo – (MSC 449/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 723, de 23 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação de Rá-dio Comunitária Cristo Rei – ARCREI para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Várzea Grande, Estado do Mato Grosso”.

RELATORA: Deputada MARIA DO CARMO LARA. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 169/07 – do Poder Executivo – (MSC 436/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 751, de 24 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Cultu-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06681

ral Rádio Comunitária FM de Quilombo para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Quilombo, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: Deputado SANDES JÚNIOR. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 170/07 – do Poder Executivo – (MSC 437/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 956, de 20 de novembro de 2006, que outorga permissão à RÁDIO FM SER-TANEJA LTDA para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no município de Nos-sa Senhora da Glória , Estado de Sergipe”. RELATOR: Deputado RATINHO JUNIOR. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 185/07 – do Poder Executivo – (MSC 480/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 789, de 25 de outubro de 2006, que outorga autorização à Sociedade Comu-nitária Navegantes para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodi-fusão comunitária no município de Ronda Alta, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: Deputado SABINO CASTELO BRANCO. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 189/07 – do Poder Executivo – (MSC 484/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 808, de 25 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Benefi-cente Ideal para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comu-nitária no município de Fortaleza, Estado do Ceará”. RELATOR: Deputado ULDURICO PINTO. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 196/07 – do Poder Executivo – (MSC 491/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 428, de 12 de setembro de 2006, que outorga permissão à Magno’s Comunicações e Serviços Ltda para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, na cidade de Água Comprida, Estado de Minas Gerais”. RELATOR: Deputado EDSON DUARTE. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 208/07 – do Poder Executivo – (MSC 532/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 614, de 21 de setem-bro de 2006, que outorga permissão à SPC – Sistema Paraense de Comunicações Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, ser-

viço de radiodifusão sonora em frequência modulada, no município de Rio Maria , Estado do Pará”. RELATOR: Deputado SABINO CASTELO BRANCO. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 212/07 – do Poder Executivo – (MSC 529/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 93, de 16 de março de 2006, que outorga autorização à Associação Cultural, Comunitária Recreativa e Esportiva Collaziol Scottá para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Canoas, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: Deputado SABINO CASTELO BRANCO. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 213/07 – do Poder Executivo – (MSC 541/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 862, de 27 de outubro de 2006, que renova, por dez anos, a partir de 29 de abri de 2000, a permissão outorgada à RÁDIO CAFÉ LONDRINA LTDA. para explorar, sem direito de ex-clusividade, serviço de radiodifusão sonora em fre-quência modulada no município de Londrina, Estado do Paraná”. RELATOR: Deputado JOSÉ ROCHA. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 220/07 – do Poder Executivo – (MSC 543/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 275, de 14 de junho de 2005, que outorga permissão à RÁDIO SERRA DA ESPERANÇA LTDA. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radio-difusão sonora em frequência modulada, no município de Inácio Martins, Estado do Paraná”. RELATOR: Deputado CRISTIANO MATHEUS. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 225/07 – do Poder Executivo – (MSC 561/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 790, de 25 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Cul-tural Santa Rita Comunitária para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária no município de Nova Santa Rita, Estado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: Deputado SABINO CASTELO BRANCO. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 249/07 – do Poder Executivo – (MSC 607/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 676, de 23 de outubro de 2006, que outorga autorização à Associação Casa-novense de Radiodifusão Comunitária para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade,

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06682 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

serviço de radiodifusão comunitária no município de Casa Nova, Estado da Bahia”.

RELATORA: Deputada MARIA DO CARMO LARA. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 252/07 – do Poder Executivo – (MSC 610/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 172, de 16 de abril de 2004, que outorga autorização à Associação de Difusão Comunitária Barraconense para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão comunitária na cidade de Barracão, Es-tado do Rio Grande do Sul”. RELATOR: Deputado RATINHO JUNIOR. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 257/07 – do Poder Executivo – (MSC 631/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 192, de 04 de junho de 2003, que outorga permissão à Rádio Difusora Colí-der LTDA. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão so-nora em frequência modulada, na cidade de Poconé, Estado do Mato Grosso”. RELATORA: Deputada MARIA DO CARMO LARA. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 260/07 – do Poder Executivo – (MSC 638/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacio-nal o ato constante da Portaria nº 372, de 12 de ju-lho de 2007, que outorga permissão à FUNDAÇÃO SEMEADOR para executar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em frequência modulada, com fins exclusiva-mente educativos, no município de Santana, Estado do Amapá”. RELATOR: Deputado SABINO CASTELO BRANCO. PARECER: pela aprovação.

TVR Nº 262/07 – do Poder Executivo – (MSC 640/2007) – que “submete à apreciação do Congresso Nacional o ato constante da Portaria nº 2.810, de 11 de dezembro de 2002, que outorga permissão à MS Um Comunica-ções e Exploração de Serviços de Radiodifusão Ltda. para explorar, pelo prazo de dez anos, sem direito de exclusividade, serviço de radiodifusão sonora em fre-quência modulada, no município de Siderópolis, Estado de Santa Catarina”. RELATOR: Deputado SANDES JÚNIOR. PARECER: pela aprovação.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

LOCAL: Plenário 01 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 32/07 Do Sr. Carlos Willian – que “requer a realização de Audiência Pública em conjunto com a Comissão de Finanças e Tributação, convidando os Srs.(as) Raquel Branquinho – Procuradora da PRDF, Roberto Rabello – Presidente da ABLE, Antônio Carlos Alpino – Presidente da ANPR – Maria Paula Magalhães -Psicóloga USP, Senador Magno Malta, , Antônio Carlos Biscaia – Secretario Nacional de Segurança Publica, Deputado Federal Moreira Franco – Vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias da CEF, Paulo Ricar-do de Souza – Secretario-Adjunto da Receita Federal para discussão do Projeto de Lei Nº 472 de 2007 e o Projeto de Lei Nº 232 de 2003 e os apensados Projeto de Lei Nº 3.293 de 2004, Projeto de Lei Nº 1.012 de 2007 e Projeto de Lei Nº 294 de 2007”.

B – Redação Final:

PROJETO DE LEI Nº 6.778/02 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – que “dispõe sobre a transfor-mação e criação de funções comissionadas no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 12a. Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM.

PROJETO DE LEI Nº 4.858/05 – TRIBUNAL SUPE-RIOR DO TRABALHO – (OF 74/2005) – que “dispõe sobre a transformação de Funções Comissionadas no Quadro de Pessoal do Tribunal Regional do Trabalho da 5ª Região e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM.

PROJETO DE LEI Nº 919/07 – do Poder Executivo – que “altera dispositivos da Lei nº 9.394, de 20 de de-zembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional e dá outras providências”. RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM.

C – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plená-rio:

URGÊNCIA ART. 155 RICD

PROJETO DE LEI Nº 4.974/05 – do Senado Federal – Lauro Campos – (PLS 54/2002) – que “altera o art. 4º da Lei nº 7.998, de 11 de janeiro de 1990, de forma a conceder ao trabalhador desempregado por um período máximo variável de 4 (quatro) a 6 (seis) meses de forma continuada ou alternada, a cada período aquisitivo, cuja duração será definida pelo Codefat”. (Apensados: PL 3879/1993 (Apensados: PL 182/1999 (Apensados: PL 452/2007 e PL 1317/2007), PL 656/1995, PL 1004/1995, PL 1041/1999, PL 1136/1999, PL 1445/1996, PL 2017/1996, PL 2094/1996, PL 2287/1996, PL 2502/1996, PL 2681/2000, PL 2688/2000, PL 2732/2000 (Apensa-do: PL 698/2003), PL 3132/2000, PL 3550/2000, PL 3941/1997, PL 4488/1998, PL 4900/2001, PL 6858/2002

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06683

e PL 1648/2003 (Apensados: PL 1813/2003 e PL 5836/2005)) e PL 6823/2006) RELATOR: Deputado EDMAR MOREIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa deste, com emendas, do PL 6823/2006, do PL 452/2007, do PL 1317/2007, com substitutivo, do PL 698/2003, do PL 656/1995, com emendas, do PL 1004/1995, com emendas, do PL 1445/1996, com emendas, do PL 2094/1996, com substitutivo, do PL 2287/1996, com emendas, do PL 2502/1996, com emendas, do PL 3941/1997, com emendas, do PL 4488/1998, com emendas, do PL 182/1999, com emendas, do PL 1041/1999, do PL 1136/1999, com emenda, do PL 2681/2000, com emendas, do PL 2688/2000, com emenda, do PL 2732/2000, do PL 3132/2000, do PL 4900/2001, do PL 6858/2002, do PL 1648/2003, do PL 1813/2003, com emendas, do PL 5836/2005 e do PL 3879/1993, com substi-tutivo, apensados; pela inconstitucionalidade do PL 2017/1996, apensado; e pela injuridicidade do PL 3550/2000, apensado.

(Avulso Nº 26)

PRIORIDADE

PROJETO DE LEI Nº 6.405/02 – do Senado Federal – que “regula a profissão de árbitro de futebol e dá outras providências”. (Apensado: PL 6212/2005) RELATOR: Deputado GERALDO PUDIM. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste; e pela inconstitucionalidade da Emenda da Comissão de Educação e Cultura e do PL 6212/2005, apensado.

Vista conjunta aos Deputados Arnaldo Faria de Sá, Maurício Quintella Lessa e Silvinho Peccioli, em 19/12/2007.

Aprovado por maioria requerimento de adiamento da votação, por 5 sessões, apresentado pelo Deputado Indio da Costa, em 04/03/2008.

PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 63/03 – da Comissão de Legislação Participativa – (SUG 11/2003) – que “estabelece prestação de contas pelo Banco Central do Brasil perante o Poder Legislativo”. RELATOR: Deputado JOSÉ PIMENTEL. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa deste e das Emendas da Comissão de Finanças e Tributação, com emendas.

Vista conjunta aos Deputados Regis de Oliveira, Sérgio Barradas Carneiro e Vicente Arruda, em 26/06/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 03/07/2007.

(Avulso Nº 28)

ESPECIAL

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 422/01 – do Sr. Dr. Rosinha – que “acrescenta o § 8º ao art. 53 e altera o § 1º do art. 27 e inciso VIII do art. 29, todos da Constituição Federal”. RELATOR: Deputado ANTONIO CARLOS MAGA-LHÃES NETO. PARECER: pela inadmissibilidade.

Vista conjunta aos Deputados Fernando Coruja, Ge-raldo Pudim, Mendes Ribeiro Filho, Regis de Oliveira e Sérgio Barradas Carneiro, em 22/05/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 29/05/2007.

Discutiram a matéria os Deputados Régis de Oliveira, José Genoíno, Mendes Ribeiro Filho e Flávio Dino, em 29/05/2007.

PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 523/06 – do Sr. Silvio Torres e outros – que “dá nova redação ao artigo 29 da Constituição Federal, alterando o sis-tema eleitoral nos Municípios com mais de duzentos mil eleitores”. RELATOR: Deputado BRUNO ARAÚJO. PARECER: pela admissibilidade.

Vista conjunta aos Deputados Antonio Carlos Maga-lhães Neto, Felipe Maia, Flávio Dino, Matteo Chiarelli e Sérgio Barradas Carneiro, em 21/08/2007.

(Avulso Nº 30)

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 2.233/02 – do Sr. Sarney Filho – que “susta a aplicação do De-creto nº 3.363, de 11 de fevereiro de 2000”. RELATOR: Deputado MARCELO ORTIZ. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação.

Aprovado requerimento de adiamento da discussão, por 10 sessões, apresentado pelo Deputado Marcelo Ortiz, em 04/03/2008.

PROJETO DE LEI Nº 4.069/98 – JOSE PINOTTI – que “altera a Lei nº 9.434, de 4 de fevereiro de 1997, que dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para fins de transplante e tratamento e dá outras providências”. (Apensados: PL 1225/1999, PL 4092/1998, PL 4123/1998, PL 4125/1998, PL 4239/1998, PL 4241/1998, PL 4322/1998, PL 4394/2004, PL 4535/2004 (Apensados: PL 7178/2006 e PL 2050/2007) e PL 4582/2004)

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06684 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e má técnica legislativa deste, do PL 4092/1998, do PL 4123/1998, do PL 4125/1998, do PL 4239/1998, do PL 4241/1998, do PL 4322/1998 e do PL 1225/1999, apen-sados; pela inconstitucionalidade, injuridicidade e má técnica legislativa do PL 4394/2004, do PL 4535/2004 e do PL 7178/2006, apensados; pela constitucionalida-de, juridicidade e técnica legislativa do PL 4582/2004, apensado; e inconstitucionalidade, injuridicidade e técnica legislativa do PL 2050/2007, apensado, e, no mérito, pela rejeição de todas as proposições.

Vista conjunta aos Deputados Edmar Moreira e Gerson Peres, em 18/12/2007.

PROJETO DE LEI Nº 2.729/03 – do Sr. Leonardo Pic-ciani – que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal; do Decre-to-Lei nº 3.689, de 3 de outubro de 1941 – Código de Processo Penal; da Lei nº 9.279, de 1996 – Código de Propriedade Industrial; da Lei nº 9.610, de 1998 – Lei de Direitos Autorais e Lei nº 9.609, de 1998 – Lei de Proteção da Propriedade Intelectual de Programa de Computador”. (Apensado: PL 1807/2007) RELATOR: Deputado EDMILSON VALENTIM. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, com substitutivo, e pela rejeição do PL 1807/2007, apensado.

Vista conjunta aos Deputados Bruno Araújo, Paulo Maluf e Regis de Oliveira, em 11/12/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 07/02/2008.

PROJETO DE LEI Nº 3.670/04 – do Sr. Paulo Rubem Santiago – que “altera a Lei nº 8.137, de 27 de dezem-bro de 1990, e revoga o art. 34 da Lei nº 9.249, de 26 de dezembro de 1995, e o art. 83 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996”. (Apensado: PL 1606/2007) RELATOR: Deputado NELSON TRAD. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e do PL 1606/2007, apensado, com substitutivo.

PROJETO DE LEI Nº 3.923/04 – do Sr. Luiz Bittencourt – que “introduz art. 281-A ao Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940)”. RELATOR DO VENCEDOR: Deputado GERALDO PUDIM. PARECER VENCEDOR: a proferir.

Vista conjunta aos Deputados Bruno Araújo e Geraldo Pudim, em 24/10/2007. Rejeitado o parecer do Deputa-do Fernando Coruja, pela constitucionalidade, juridici-

dade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo, em 04/03/2008.

PROJETO DE LEI Nº 4.100/04 – do Sr. Edson Duar-te – que “altera a Lei nº 6.453 de 17 de outubro de 1977, que trata de atividades nucleares”. (Apensado: PL 7063/2006) RELATOR: Deputado MARCELO ORTIZ. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, com substitutivo, e do PL 7063/2006, apensado, com substitutivo.

PROJETO DE LEI Nº 4.285/04 – do Sr. Carlos Eduardo Cadoca – que “dispõe sobre a destinação de recursos estrangeiros para fins de pesquisa e preservação da biodiversidade”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa deste, com substitutivo, e da Emenda da Comissão de Educação e Cultura.

Vista ao Deputado Flávio Dino, em 18/12/2007.

PROJETO DE LEI Nº 4.915/05 – da Sra. Mariânge-la Duarte – que “define o crime de violação de direi-tos e de prerrogativas do advogado”. (Apensados: PL 5083/2005, PL 5282/2005, PL 5383/2005, PL 5476/2005, PL 5753/2005 e PL 5762/2005) RELATOR: Deputado MARCELO ORTIZ. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, má técnica legislativa e, no mérito, pela rejeição deste, do PL 5083/2005, do PL 5282/2005, do PL 5383/2005, do PL 5476/2005, e do PL 5753/2005, apensados; e pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação do PL 5762/2005, apensado.

Vista conjunta aos Deputados Marcelo Itagiba, Regis de Oliveira e Sérgio Barradas Carneiro, em 12/12/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 01/02/2008.

PROJETO DE LEI Nº 6.385/05 – do Sr. Takayama – que “dá nova redação ao inciso II, do art. 12 da Lei nº 8.137, de 27 de dezembro de 1990, que define os cri-mes contra a ordem tributária, econômica e contra as relações de consumo”. RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela rejeição.

Vista ao Deputado Odair Cunha, em 24/10/2007.

PROJETO DE LEI Nº 186/07 – do Sr. Carlos Alberto Leréia – que “altera a Lei nº 8.072, de 25 de julho de 1990, que dispõe sobre os crimes hediondos, acres-centando inciso VIII em seu art. 1º”. RELATORA: Deputada FÁTIMA BEZERRA.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06685

PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com subs-titutivo.

Vista conjunta aos Deputados José Eduardo Cardozo, José Genoíno e Nelson Pellegrino, em 02/10/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 06/11/2007.

Adiada a discussão, por 5 sessões, a requerimento de Deputado Antonio Carlos Magalhães Neto, em 24/10/2007.

PROJETO DE LEI Nº 406/07 – do Senado Federal – Alvaro Dias – (PLS 2/2005) – que “altera a Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, para prever a suspensão do prazo prescricional até a satisfação da composição dos danos pelo réu e o restabelecimento do direito de ação em caso de descumprimento”. RELATOR: Deputado BENEDITO DE LIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda.

PROJETO DE LEI Nº 583/07 – da Sra. Alice Portugal – que “dispõe sobre a proibição de revista íntima de funcionárias nos locais de trabalho”. RELATOR: Deputado PINTO ITAMARATY. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, nos termos do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

PROJETO DE LEI Nº 743/07 – do Sr. Vital do Rêgo Filho – que “altera a Lei nº 9.503, de 1997, que institui o Código de Trânsito Brasileiro, para enquadrar a ultra-passagem em faixa continua como crime de trânsito, nas situações que especifica” RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação.

Vista ao Deputado Maurício Quintella Lessa, em 09/10/2007.

Discutiu a matéria o Deputado Antonio Carlos Maga-lhães Neto, em 17/10/2007.

PROJETO DE LEI Nº 938/07 – do Sr. Márcio França – que “altera o Decreto-Lei nº. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal – para estabelecer a obriga-toriedade de consideração dos antecedentes infra-cionais do agente, quando da fixação da pena-base, disciplinada no art. 59 do Código Penal”. (Apensado: PL 1905/2007) RELATOR: Deputado ROBERTO MAGALHÃES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste, com emenda, e do PL 1905/2007, apensado.

Vista ao Deputado José Genoíno, em 04/03/2008.

D – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões:

PRIORIDADE

PROJETO DE LEI Nº 3.706/00 – do Senado Federal – Lúcio Alcântara – (PLS 140/1999) – que “altera a redação do § 9º do art. 789 do Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 – Consolidação das Leis do Trabalho, para estender aos Presidentes das Varas do Trabalho e aos juízes de direito a faculdade de conce-der o benefício da justiça gratuita, nas hipóteses que especifica”. RELATOR: Deputado VICENTE ARRUDA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.

PROJETO DE LEI Nº 2.641/03 – do Senado Federal – Ney Suassuna – que “altera o Decreto-Lei nº 73, de 21 de novembro de 1996, atribuindo privilégio especial aos credores por restituição de prêmio de seguro”. RELATOR: Deputado JOSÉ PIMENTEL. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.

PROJETO DE LEI Nº 4.291/04 – do Senado Federal – Eduardo Suplicy – (PLS 189/2003) – que “define os objetivos, métodos e modalidades da participação do governo brasileiro em negociações comerciais multi-laterais, regionais ou bilaterais”. RELATOR: Deputado JOSÉ EDUARDO CARDOZO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste; e pela inconstitucionalida-de das Emendas 1/2006 e 3/2006 e pela má técnica legislativa das Emendas nºs 2/2006 e 4/2006 todas apresentadas na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional.

Vista conjunta aos Deputados Colbert Martins, Mar-celo Itagiba, Regis de Oliveira e Silvinho Peccioli, em 18/12/2007.

Os Deputados Regis de Oliveira e Marcelo Itagiba apresentaram votos em separado.

PROJETO DE LEI Nº 5.886/05 – do Senado Federal – Sérgio Cabral – (PLS 483/2003) – que “dispõe sobre o bloqueio do pagamento de benefício da previdência social e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PASTOR MANOEL FERREIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.

PROJETO DE LEI Nº 6.102/05 – do Senado Federal – Delcídio Amaral – (PLS 157/2003) – que “altera a Lei nº 4.829, de 5 de novembro de 1965, e a Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, com o objetivo de incluir como beneficiários de crédito rural especial e diferenciado os agricultores provenientes de assentamentos criados

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06686 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

em virtude da implementação de empreendimentos de utilidade pública e interesse social”. RELATOR: Deputado CIRO GOMES. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.

PROJETO DE LEI Nº 6.588/06 – do Senado Federal – Rodolpho Tourinho – (PLS 11/2004) – que “altera o art. 41 da Lei nº 7.210, de 11 de julho de 1984 – Lei de Execução Penal, para prever a interceptação de correspondência de presos condenados ou provisó-rios para fins de investigação criminal ou de instrução processual penal”. RELATOR: Deputado NELSON TRAD. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e da Emenda Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado, com substitutivo.

Vista conjunta aos Deputados Nelson Pellegrino, Odair Cunha, Regis de Oliveira e Renato Amary, em 05/07/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 10/07/2007.

Concedido prazo ao relator, nos termos do art. 57, in-ciso XI, do Regimento Interno, em 24/10/2007.

PROJETO DE LEI Nº 7.100/06 – do Senado Federal-Sérgio Zambiasi – (PLS 341/2005) – que “altera os arts. 48 e 103 da Lei nº 8.171, de 17 de janeiro de 1991, com a finalidade de instituir, dentre os objetivos do crédito rural, o estímulo à substituição da cultura do tabaco por atividades alternativas, e de conceder, pelo Poder Público, incentivos especiais ao proprietário rural que substituir a cultura do tabaco por atividades alternativas”. RELATOR: Deputado PASTOR MANOEL FERREIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, com emenda de redação, e do Substitutivo da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural.

PROJETO DE LEI Nº 7.376/06 – do Senado Federal – Rodolpho Tourinho – (PLS 62/2004) – que “disciplina o direito a alimentos gravídicos, a forma como ele será exercido e dá outras providências”. RELATOR: Deputado PASTOR MANOEL FERREIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação.

Vista conjunta aos Deputados Edmar Moreira, José Eduardo Cardozo, Marcelo Itagiba, Regis de Olivei-ra, Sandra Rosado e Sérgio Barradas Carneiro, em 18/12/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em sepa-rado em 07/02/2008. Discutiram a matéria os Deputados Marcelo Itagiba e Regis de Oliveira, em 18/-2-08.

(Avulso Nº 50)

PROJETO DE LEI Nº 7.378/06 – do Senado Federal – Paulo Paim – (PLS 170/2005) – que “modifica o art. 193 da Consolidação das Leis do Trabalho, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, con-cedendo adicional de periculosidade aos eletricitários”. (Apensado: PL 7384/2006) RELATOR: Deputado PASTOR MANOEL FERREIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa deste e do PL 7384/2006, apensado.

Vista ao Deputado Valtenir Pereira, em 04/03/2008.

PROJETO DE LEI Nº 7.409/06 – do Senado Federal-Cristovam Buarque – (PLS 6/2006) – que “altera o inciso II do art. 4º e o inciso VI do art. 10 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, para assegurar o acesso de todos os interessados ao ensino médio público”. RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 3.244/00 – do Sr. Osmar Serra-glio – que “dá nova redação ao inciso VIII e ao § 7º do art. 73 da Lei nº 9.504, de 30 de setembro de 1997, que “estabelece normas para as eleições””. RELATOR: Deputado MENDES RIBEIRO FILHO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda, e, no mérito, pela aprovação.

PROJETO DE LEI Nº 5.139/01 – do Sr. Osmar Serra-glio – que “altera os artigos 12 e 21 da Lei nº 8.429, de 02 de junho de 1992 – Lei de Improbidade Admi-nistrativa”. RELATOR: Deputado NELSON TRAD. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa.

Vista conjunta aos Deputados Marcelo Itagiba, Regis de Oliveira, Renato Amary e Sérgio Barradas Carnei-ro, em 03/10/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 09/10/2007.

PROJETO DE LEI Nº 5.288/01 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “regulamenta anúncios vinculados aos meios de comunicação, sobre a venda de automóveis usados”. RELATORA: Deputada SANDRA ROSADO.

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06687

PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa deste, da Emenda e do Substitutivo da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática.

PROJETO DE LEI Nº 2.374/03 – do Sr. Sandro Mabel – que “dispõe sobre o dever de notificação em caso de necessidade de ações preventivas, de socorro, as-sistenciais ou recuperativas na área de defesa civil e dá outras providências”. RELATOR: Deputado NEUCIMAR FRAGA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda.

PROJETO DE LEI Nº 2.591/03 – do Sr. Max Rosen-mann – que “altera a Lei nº 10.147, de 21 de dezem-bro de 2000, que dispõe sobre a incidência da contri-buição para o PIS/PASEP e da Cofins, nas operações de venda dos produtos que especifica”. (Apensado: PL 3714/2004) RELATOR: Deputado JOSÉ PIMENTEL. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa deste, do Substitutivo da Comissão de Finanças e Tributação e do PL 3714/2004, apensado.

PROJETO DE LEI Nº 4.325/04 – da Sra. Iriny Lopes – que “altera dispositivos do Decreto-Lei nº 3.689, de 03 de Outubro de 1941 – Código de Processo Penal, relativos à perícia ad hoc”. RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emenda.

Vista conjunta aos Deputados Colbert Martins, Edmar Moreira, Marcelo Itagiba, Regis de Oliveira e William Woo, em 04/09/2007.

Os Deputados Regis de Oliveira e Marcelo Itagiba apresentaram votos em separado.

PROJETO DE LEI Nº 5.077/05 – do Sr. Nelson Bornier – que “obriga todas as praças de pedágio a criarem guichês específicos para o atendimento à veículos ciclo-motores, motos, motocicletas, motonetas e triciclos”. RELATOR: Deputado CARLOS WILLIAN. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Viação e Transportes, com emenda.

Vista conjunta aos Deputados Antonio Carlos Maga-lhães Neto, Maurício Quintella Lessa, Regis de Oliveira e Sérgio Barradas Carneiro, em 12/09/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 18/09/2007.

(Avulso Nº 58)

PROJETO DE LEI Nº 6.112/05 – do Sr. André de Pau-la – que “altera a redação do inciso X do art. 6º da Lei nº 10.826, de 22 de dezembro de 2003, autorizando o porte de arma para os Auditores Fiscais das Recei-tas Estaduais”. RELATOR: Deputado FRANCISCO TENORIO. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com emenda.

Vista conjunta aos Deputados Colbert Martins, Fe-lipe Maia, Regis de Oliveira e Renato Amary, em 11/12/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 07/02/2008.

Discutiram a matéria os Deputados João Dado, Flávio Dino e Gerson Peres, em 11/12/2007.

PROJETO DE LEI Nº 6.246/05 – da Sra. Sandra Rosa-do – que “proíbe a cobrança de taxas, pelas empresas privadas, para fins de preenchimento de vagas em seu quadro de pessoal”. RELATOR: Deputado COLBERT MARTINS. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e téc-nica legislativa deste e do Substitutivo da Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público.

Vista ao Deputado Regis de Oliveira, em 18/12/2007.

O Deputado Regis de Oliveira apresentou voto em se-parado em 07/02/2008.

Discutiram a matéria os Deputados José Eduardo Car-dozo e Edmar Moreira, em 18/12/2007.

PROJETO DE LEI Nº 6.303/05 – do Sr. Celso Russo-manno – que “altera a ementa do Decreto-Lei nº 4.657, de 4 de setembro de 1942”. RELATOR: Deputado FERNANDO CORUJA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com emendas.

PROJETO DE LEI Nº 6.492/06 – da Sra. Sandra Ro-sado – que “dispõe sobre a dispensação de medica-mentos contendo antimicrobianos”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade e técnica legislativa, com substitutivo.

Vista ao Deputado Gerson Peres, em 12/12/2007.

PROJETO DE LEI Nº 6.854/06 – do Sr. Raul Jungmann – que “altera o art. 1º da Lei nº 8.906, de 04 de julho de 1994, que “dispõe sobre o Estatuto da Advocacia e a Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.”” RELATOR: Deputado MARCELO ORTIZ. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, técnica legislativa e, no mérito, pela aprovação, com substitutivo.

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06688 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

Vista conjunta aos Deputados Edmar Moreira e Gerson Peres, em 11/12/2007.

PROJETO DE LEI Nº 6.898/06 – do Sr. Sandes Júnior – que “altera o art. 236 da Lei nº 5.869, de 11 de janei-ro de 1973 – Código de Processo Civil”. RELATOR: Deputado BONIFÁCIO DE ANDRADA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação.

Vista ao Deputado Geraldo Pudim, em 23/10/2007.

PROJETO DE LEI Nº 1.691/07 – do Sr. Carlos Bezerra – que “dispõe sobre a contagem do prazo prescricional na hipótese de protesto extrajudicial”. RELATOR: Deputado REGIS DE OLIVEIRA. PARECER: pela constitucionalidade, juridicidade, téc-nica legislativa e, no mérito, pela aprovação deste e da Emenda apresentada nesta Comissão.

Vista ao Deputado Vicente Arruda, em 12/12/2007.

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS (5 SESSÕES)

DECURSO: 2ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 10-03-08

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 2.330/03 – do Sr. Lincoln Por-tela – que “altera o art. 206 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 – Código Civil, para estabelecer o prazo prescricional de vinte anos para ação de respon-sabilidade civil decorrente de moléstias profissionais contraídas por trabalhadores em decorrência de ativi-dades insalubres, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MAURÍCIO QUINTELLA LESSA.

PROJETO DE LEI Nº 1.801/07 – do Sr. Cláudio Ma-grão – que “dá nova redação aos arts. 40, 57 e 110, caput, da Lei nº 6.015, de 31 de dezembro de 1973, que dispõe sobre os Registros Públicos e dá outras providências”. RELATOR: Deputado MARCELO ITAGIBA.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridici-dade (art. 54, I):

PROJETO DE LEI Nº 3.628/97 – do Sr. Vic Pires Fran-co – que “altera a alínea “j” do inciso III do art. 302 da

Lei nº 7.565, de 19 de dezembro de 1986, que dispõe sobre o Código Brasileiro de Aeronáutica”. RELATOR: Deputado MENDES RIBEIRO FILHO.

PROJETO DE LEI Nº 2.192/03 – do Sr. Carlos Sam-paio – que “dispõe sobre a jornada de trabalho do Fo-noaudiólogo”. (Apensado: PL 2688/2003) RELATOR: Deputado MENDES RIBEIRO FILHO. DECURSO: 3ª SESSÃO ÚLTIMA SESSÃO: 07-03-08

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 2.171/07 – do Sr. Jorge Tadeu Mudalen – que “torna obrigatória a assistência de ad-vogado em transações imobiliárias”. RELATOR: Deputado PAULO MAGALHÃES.

B – Da Análise da Constitucionalidade e Juridicidade (art. 54, i):

PROJETO DE LEI Nº 4.621/04 – do Sr. Pompeo de Mattos – que “garante o direito de livre plantio da cul-tura do fumo (Nicotiana tabacum) em todo o território da Região Sul do país”. RELATOR: Deputado VILSON COVATTI.

PROJETO DE LEI Nº 99/07 – do Sr. Tarcísio Zimmer-mann – que “dispõe sobre o exercício da profissão de Motorista”. RELATOR: Deputado ARNALDO FARIA DE SÁ.

PROJETO DE LEI Nº 547/07 – do Sr. Lobbe Neto – que “dá nova redação ao inciso II do art. 20 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional”. RELATOR: Deputado VILSON COVATTI.

Substitutivo (Art. 119, II e §1º)

AS PROPOSIÇÕES ABAIXO SOMENTE RECEBE-RÃO EMENDAS APRESENTADAS POR MEMBROS DESTA COMISSÃO

A – Da Análise da Constitucionalidade, Juridicida-de e Mérito:

PROJETO DE LEI Nº 1.535/07 – do Sr. Flávio Dino – que “acrescenta o § 8º ao art. 543-A da Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil”. RELATOR: Deputado JOSÉ GENOÍNO.

PROJETO DE LEI Nº 2.181/07 – do Sr. Rogerio Lis-boa – que “altera dispositivos da Lei n° 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, possibilitando ao assistido da Defensoria Pública de posse de documento particular elaborado por De-

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06689

fensor Público a realização de inventário, partilha, separação consensual e divórcio consensual por via administrativa”. RELATOR: Deputado EFRAIM FILHO.

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

LOCAL: Plenário 08 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Proposições Sujeitas à Apreciação do Plená-rio:

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 377/07 – dos Srs. Sérgio Mora-es e William Woo – que “obriga a criação e manuten-ção de cadastro de usuários e o imediato bloqueio, pelos prestadores de serviços de telecomunicações, de aparelhos celulares, em caso de comunicação de roubo, furto ou extravio; proíbe a utilização de dispo-sitivo que bloqueia o identificador de chamada, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado VINICIUS CARVALHO. PARECER: pela aprovação, com substitutivo.

Vista ao Deputado José Carlos Araújo, em 21/11/2007.

B – Proposições Sujeitas à Apreciação Conclusiva pelas Comissões:

TRAMITAÇÃO ORDINÁRIA

PROJETO DE LEI Nº 5.848/05 – do Sr. Edson Duarte – que “dispõe sobre a obrigatoriedade de informação nas embalagens e rótulos de produtos que contenham organismos geneticamente modificados em sua com-posição”. RELATOR: Deputado BARBOSA NETO. PARECER: pela rejeição deste.

Vista ao Deputado Luiz Bassuma, em 19/12/2007.

PROJETO DE LEI Nº 979/07 – do Sr. Chico Alencar – que “acrescenta artigo à Lei nº 8.078, de 11 de se-tembro de 1990, para obrigar os fornecedores que ofertam ou comercializam produtos ou serviços pela rede mundial de computadores a informarem seu en-dereço para fins de citação, bem como o número de telefone e endereço eletrônico utilizáveis para atendi-mento de reclamações de consumidores”. (Apensado: PL 1176/2007) RELATOR: Deputado CHICO LOPES. PARECER: pela aprovação deste, e do PL 1176/2007, apensado, com substitutivo.

PROJETO DE LEI Nº 1.103/07 – do Sr. Leandro Sam-paio – que “dispõe sobre a desvinculação nas faturas

de energia elétrica, dos valores relativos ao consumo mensal de energia e à contribuição de iluminação pú-blica, e dá outras providências”. RELATOR: Deputado JÚLIO DELGADO. PARECER: pela rejeição.

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA

LOCAL: Plenário 10 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

AVISOS

PROPOSIÇÕES EM FASE DE RECEBIMENTO DE EMENDAS A PARTIR DE AMANHÃ (DIA 6-3-08)

Projetos de Lei (Art. 119, I e §1º)

PROJETO DE LEI Nº 4.336/04 – da Sra. Luciana Genro – que “institui a Contribuição para o Desenvolvimento da Educação Superior Pública – CODESUP”. RELATORA: Deputada ALICE PORTUGAL.

PROJETO DE LEI Nº 6.275/05 – do Sr. Ricardo Barros – que “institui o Dia Nacional de Luta contra o Câncer de Mama”. (Apensado: PL 7234/2006) RELATORA: Deputada ALICE PORTUGAL.

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL

LOCAL: Plenário 03 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 50/07 Dos Srs. Átila Lins e Rebecca Garcia – que “ requer a realização de uma visita nas áreas de fronteira do Brasil com a Bolívia, de integrantes desta Comissão, em conjunto com par-lamentares da Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional – CAINDR, com a presença de representantes dos Ministérios da Defesa e de Relações Exteriores, para avaliar a extensão dos movimentos separatistas do país vi-zinho e suas repercussões em território brasileiro, especialmente nas populações residentes na área de fronteira”.

REQUERIMENTO Nº 63/07 Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “requer a convocação do Mi-nistro de Estado de Minas e Energia e do Presiden-te da Empresa de Pesquisa Energética (EPe) para participarem de Audiência Pública, em conjunto com a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, para prestarem esclarecimentos sobre

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06690 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

os resultados do 1º Leilão de Fontes Alternativas de Energia”.

REQUERIMENTO Nº 133/08 Do Sr. Raul Jungmann – que “requer sejam convidados o Ministro da Defesa e o Ministro Extraordinário de Assuntos Estratégicos, para debaterem, em audiência pública nesta Comissão, os objetivos e os resultados alcançados na viagem em-preendida por ambos à Rússia e à França, entre os dia 25 de janeiro e 07 de fevereiro do corrente ano, com a finalidade de firmarem acordos na área de defesa entre o Brasil e aqueles países”.

REQUERIMENTO Nº 134/08 Do Sr. Raul Jungmann – que “requer a realização de audiência pública, em conjunto com a Comissão de Minas e Energia, para debater o furto de dados estratégicos da Pe-trobras”.

REQUERIMENTO Nº 135/08 Do Sr. Luiz Carlos Hauly – que “requer a realização de audiência pública para tratar acerca da questão do “furto de materiais reser-vados da Petrobrás em um conteiner” “.

REQUERIMENTO Nº 136/08 Do Sr. Antonio Carlos Mendes Thame – que “requer a realização de Audiên-cia Pública com autoridades que nomeia, para debater o incidente envolvendo brasileira em trânsito no aero-porto de Madri, ali detida e deportada, sendo por isto impedida de comparecer a Congresso Internacional de Física, em Lisboa”.

REQUERIMENTO Nº 137/08 Dos Srs. Ivan Valente e Vieira da Cunha – que “requerem a realização de au-diência pública na Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional para discutir as denúncias de práticas de preconceito, maus tratos, sexismo e arro-gância contra brasileiras e brasileiros que pretendem entrar na Espanha e em outros países”.

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AO CRIME ORGANIZADO

LOCAL: Plenário 6, Anexo II HORÁRIO: 14h

REUNIÃO ORDINÁRIA

Instalação e Eleição do Presidente.

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIA

LOCAL: Plenário 07 do Anexo II HORÁRIO: 09h30min REUNIÃO EXTRAORDINÁRIA * Discussão de roteiro de trabalho

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 152/08 Dos Srs. Ribamar Alves e Rafael Guerra – que “solicita realização de Audiência Pública, no âmbito desta Comissão de Seguridade So-cial e Família, para debater questões sobre a situação da saúde no Brasil”.

REQUERIMENTO Nº 153/08 Do Sr. Raimundo Gomes de Matos – que “solicita sejam convidadas autoridades do Conselho Nacional de Assistência Social-CNAS, Ministério do Desenvolvimento Social e Combate a Fome-MDS, Ministério da Previdência Social-MPS, Mi-nistério Público Federal-MPF e da Conferência Nacio-nal dos Bispos do Brasil-CNBB, para fins de debater a Certificação de Entidades Beneficentes de Assistência Social, concedida pelo CNAS”.

REQUERIMENTO Nº 154/08 Do Sr. Raimundo Gomes de Matos – que “solicita que seja realizada Audiência Pública para debater a necessidade urgente de rea-lização de concurso público para reestruturação do Serviço Social no INSS com respaldo no art.88 da Lei 8.213/91 e em atendimento ao Decreto 6.214 de 26 de setembro de 2007”

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO E SERVIÇO PÚBLICO

LOCAL: Plenário 12 do Anexo II HORÁRIO: 10h REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 149/08 Do Sr. Paulo Rocha – que “requeremos na forma do artigo 29, I, do Regimento Interno da Casa, a constituição de uma Subcomissão Permanente para debater políticas de combate ao ‘Tra-balho Escravo, Degradante e Infantil’”.

REQUERIMENTO Nº 150/08 Do Sr. Eudes Xavier – que “requer realização de audiência pública para debater o resultado de pesquisa sobre juventude sul-americana, realizada pelo Ibase e Instituto Pólis”.

REQUERIMENTO Nº 151/08 Do Sr. Eudes Xavier – que “requer realização de audiência pública para debater o modelo energético adotado no Brasil em 1997, e que tem apresentado problemas no que tange à prestação de serviços e às relações trabalhistas no interior das empresas de energia”.

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTO

LOCAL: Plenário 5 – Anexo II HORÁRIO: 14h30min

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06691

REUNIÃO ORDINÁRIA

A – Requerimentos:

REQUERIMENTO Nº 83/08 Do Sr. Albano Franco – que “requer realização de Audiência Pública nesta Comissão com o Mnistro dos Esportes Dr. ORLAN-DO SILVA JÚNIOR com o objetivo de conhecer e debater os Planos e Programas do Ministério para o ano de 2008”

REQUERIMENTO Nº 84/08 Do Sr. Albano Franco – que “requer realização de Audiência Pública com a Exma Sra. Ministra do Turismo Dra. MARTA SUPLICY com o objetivo de conhecer e debater os Planos e Programa do Mnistério para o ano de 2008”

II – COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER AO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO FEDERAL,

QUE “DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E O APROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRAS INDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS

ARTS. 176, PARÁGRAFO PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO,

DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL”

LOCAL: Plenário 4 do Anexo II HORÁRIO: 14h30min

REUNIÃO ORDINÁRIA

Apreciação do seguinte requerimento:

REQUERIMENTO Nº 29/08 Do Sr. Edio Lopes – (PL 1610/1996) – que “solicita sejam convidados os Srs. Jayro Luiz Lessa e José Altino Machado, Diretor-Presidente e Diretor de Energia e Minera-ção do Grupo VDL, respectivamente, objetivando trazer a esta Comissão subsídios técnicos relacio-nados ao tema”.

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM A FINALIDADE DE INVESTIGAR ESCUTAS

TELEFÔNICAS CLANDESTINAS/ILEGAIS, CONFORME DENÚNCIA PUBLICADA NA

REVISTA “VEJA”, EDIÇÃO 2022, Nº 33, DE 22 DE AGOSTO DE 2007

LOCAL: Plenário 11 do Anexo II HORÁRIO: 14h30min

REUNIÃO ORDINÁRIA

AUDIÊNCIA PÚBLICA

A – Audiência Pública:

Expositores:

Dr. MOZART VALADARES PIRES – Presidente da As-sociação dos Magistrados Brasileiros – AMB;Dr. WALTER NUNES DA SILVA JÚNIOR – Presidente da Associação dos Juízes Federais do Brasil – AJUFE;Dr. ANTÔNIO CARLOS ALPINO BIGONHA – Presi-dente da Associação Nacional dos Procuradores da República – ANPR; e,Dr. JOSÉ CARLOS COSENZO – Presidente da As-sociação Nacional dos Membros do Ministério Públi-co – CONAMP.

GRUPO DE TRABALHO QUE “GRUPO DE TRABALHO

PARA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS.”

LOCAL: Plenário 10 – Anexo II HORÁRIO: 14h REUNIÃO ORDINÁRIAAUDIÊNCIA PÚBLICA

A – Audiência Pública:

Debater legislação do setor elétrico, tema sob respon-sabilidade do Deputado Arnaldo Jardim para elabora-ção de Projeto de Lei de Consolidação.

EXPOSITORES:

1) Luiz Antônio Veras – Assessor Jurídico da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);2) Braz Russo – Diretor Jurídico da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEe);3) Luiz Antônio Sanches – Diretor Jurídico da Asso-ciação Brasileira de Concessionárias de Energia Elé-trica (ABCe).

ENTIDADES QUE CONFIRMARAM PRESENÇA:

1) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS PRODUTORES INDEPENDENTES DE ENERGIA ELÉTRICA – API-NE;2) AGÊNCIA NACIONAL DE ENERGIA ELÉTRICA – ANEEL;3) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS GRANDES EM-PRESAS GERADORAS DE ENERGIA ELÉTRICA – ABRAGE;

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06692 Quarta-feira 5 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Março de 2008

4) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE DISTRIBUIDORES DE ENERGIA ELÉTRICA – ABRADEE;5) CÂMARA DE COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA – CCEE (EX MERCADO ATACADISTA DE ENERGIA ELÉTRICA – MAe);6) MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME;7) OPERADOR NACIONAL DO SISTEMA ELÉTRI-CO – ONS;8) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CONCESSIONÁ-RIAS DE ENERGIA ELÉTRICA – ABCE;9) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PEQUENOS E MÉDIOS PRODUTORES DE ENERGIA ELÉTRICA – APMPE;10) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GRANDES CON-SUMIDORES INDUSTRIAIS DE ENERGIA E DE CON-SUMIDORES LIVRES – ABRACE;11) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS GRANDES EM-PRESAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRI-CA – ABRATE;12) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE GERADORAS TERMELÉTRICAS – ABRAGET;13) ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DOS AGENTES COMERCIALIZADORES DE ENERGIA ELÉTRICA – ABRACEEL.

III – COMISSÕES MISTAS

COMISSÃO MISTA DE PLANOS, ORÇAMENTOS PÚBLICOS E FISCALIZAÇÃO

REUNIÃO ORDINÁRIALocal: Plenário 2, Anexo IIHorário: 14h30PAUTA

A – Relatórios

AVISO Nº 39/2007-CN, que “encaminha ao Congresso Nacional, em cumprimento ao disposto no § 4º do art. 71 da Constituição Federal, o RELATÓRIO DAS ATI-VIDADES do Tribunal de Contas da União, referente ao 3º trimestre do exercício de 2007”. RELATOR: Senador JAYME CAMPOS.VOTO: Pelo arquivamento da matéria, propondo ao Congresso Nacional que estude a possibilidade de compor grupos de trabalho para aperfeiçoamento da legislação sobre controle de obras públicas e controle de despesas de pessoal.

B – Requerimentos

REQUERIMENTO Nº 22/2007-CMO, do Sr. Humberto Souto, que “requer o envio para a Comissão de Consti-tuição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados

do Projeto de Decreto Legislativo nº 01/2007 e de seu substitutivo, para que aquela Comissão dê parecer quanto aos aspectos constitucional, legal, jurídica e de técnica legislativa, especialmente no tocante aos artigos 4º, 6º, 12, 15, 16, e 22”.

IV – COORDENAÇÃO DE COMISSÕES PERMA-NENTES

ENCAMINHAMENTO DE MATÉRIA ÀS COMISSÕES

EM 04/03/2008:

Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional: PROJETO DE LEI Nº 2.812/2008

Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática: PROJETO DE LEI Nº 2.807/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.809/2008

Comissão de Constituição e Justiça e de Cidada-nia: PROJETO DE DECRETO LEGISLATIVO Nº 478/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.774/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.790/2008 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 221/2008 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 224/2008 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 228/2008 PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 233/2008 RECURSO Nº 149/2008

Comissão de Desenvolvimento Econômico, Indús-tria e Comércio: PROJETO DE LEI Nº 2.814/2008 Comissão de Educação e Cultura: PROJETO DE LEI Nº 2.757/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.763/2008

Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Na-cional: PROJETO DE LEI Nº 2.817/2008

Comissão de Seguridade Social e Família: PROJETO DE LEI Nº 2.754/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.776/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.778/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.782/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.783/2008

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Março de 2008 DIÁRIO DA CÂMARA DOS DEPUTADOS Quarta-feira 5 06693

PROJETO DE LEI Nº 2.785/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.796/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.804/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.810/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.816/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.821/2008

Comissão de Viação e Transportes: PROJETO DE LEI Nº 2.755/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.762/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.769/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.771/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.772/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.787/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.788/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.795/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.808/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.815/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.822/2008

PROJETO DE LEI Nº 2.856/2008 PROJETO DE LEI Nº 2.873/2008

(Encerra-se a sessão às 18 horas e 58 minutos.)

DECISÃO DO PRESIDENTE

Arquive-se, nos termos do § 4º do art. 164 do RICD, a seguinte proposição:

PROJETO DE LEI:

Nº 2.609/2007 (Pepe Vargas) – Acresce Seção I-A e altera os arts. 156 e 157 da Lei nº 8.069, de 1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

Brasília, 4 de março de 2008. – Arlindo China-glia, Presidente

SEÇÃO II

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MESA DIRETORAPresidente:ARLINDO CHINAGLIA - PT - SP1º Vice-Presidente:NARCIO RODRIGUES - PSDB - MG2º Vice-Presidente:INOCÊNCIO OLIVEIRA - PR - PE1º Secretário:OSMAR SERRAGLIO - PMDB - PR2º Secretário:CIRO NOGUEIRA - PP - PI3º Secretário:WALDEMIR MOKA - PMDB - MS4º Secretário:JOSÉ CARLOS MACHADO - DEM - SE1º Suplente de Secretário:MANATO - PDT - ES2º Suplente de Secretário:ARNON BEZERRA - PTB - CE3º Suplente de Secretário:ALEXANDRE SILVEIRA - PPS - MG4º Suplente de Secretário:DELEY - PSC - RJ

LÍDERES E VICE-LÍDERES

Bloco PMDB, PSC, PTCLíder: HENRIQUE EDUARDO ALVES

Vice-Líderes:Edinho Bez, Elcione Barbalho, Fátima Pelaes, Lelo Coimbra,Leonardo Quintão, Maria Lúcia Cardoso, Natan Donadon, TadeuFilippelli, Vital do Rêgo Filho, Bernardo Ariston, Colbert Martins,Edson Ezequiel, Cezar Schirmer, Celso Maldaner, Filipe Pereira,Hugo Leal, Francisco Rossi, Rita Camata, Marcelo GuimarãesFilho, Darcísio Perondi, Mauro Benevides, Pedro Novais, MendesRibeiro Filho, Eunício Oliveira e Rodrigo Rocha Loures.

PTLíder: MAURÍCIO RANDS

Vice-Líderes:Andre Vargas, Anselmo de Jesus, Carlos Zarattini, DalvaFigueiredo, Décio Lima, Domingos Dutra, Elismar Prado, EudesXavier, Magela, Iriny Lopes, José Eduardo Cardozo, JosephBandeira, Leonardo Monteiro, Marco Maia, Nazareno Fonteles,Nelson Pellegrino, Reginaldo Lopes, Vicentinho, TarcísioZimmermann e Devanir Ribeiro.

Bloco PSB, PDT, PCdoB, PMN, PRBLíder: RENILDO CALHEIROS

Vice-Líderes:Márcio França (1º Vice), Rodrigo Rollemberg, Dr. Ubiali, ManoelJunior, Rogério Marinho, Ribamar Alves, Marcelo Serafim, CiroGomes, Silvio Costa, Reinaldo Nogueira, Miro Teixeira, BrizolaNeto, Barbosa Neto, Mário Heringer, Marcos Medrado, FlávioDino e Perpétua Almeida.

DEMLíder: ANTONIO CARLOS MAGALHÃES NETO

Vice-Líderes:Ronaldo Caiado (1º Vice), José Carlos Aleluia, Abelardo Lupion,Roberto Magalhães, Claudio Cajado, Marcio Junqueira, PauloBornhausen, Indio da Costa, Eduardo Sciarra, Solange Amaral,Davi Alcolumbre, João Bittar, Lira Maia, Silvinho Peccioli eGuilherme Campos.

PSDBLíder: JOSÉ ANÍBAL

Vice-Líderes:Bruno Araújo (1º Vice), Bruno Rodrigues, Gustavo Fruet, Lobbe

Neto, Raimundo Gomes de Matos, Andreia Zito, Bonifácio deAndrada, Duarte Nogueira, João Almeida, Paulo Abi-ackel,Professor Ruy Pauletti, Renato Amary e Wandenkolk Gonçalves.

PRLíder: LUCIANO CASTRO

Vice-Líderes:José Carlos Araújo (1º Vice), Aelton Freitas, Gorete Pereira,Sandro Mabel, Vicentinho Alves, José Rocha, Lincoln Portela, LeoAlcântara, Lucenira Pimentel, Maurício Quintella Lessa e Dr.Adilson Soares.

PPLíder: MÁRIO NEGROMONTE

Vice-Líderes:Benedito de Lira (1º Vice), Antonio Cruz, José Linhares, LuizFernando Faria, Pedro Henry, Rebecca Garcia, Ricardo Barros,Roberto Balestra (Licenciado), Simão Sessim, Vadão Gomes eVilson Covatti.

PTBLíder: JOVAIR ARANTES

Vice-Líderes:Sérgio Moraes (1º Vice), Arnaldo Faria de Sá, Pastor ManoelFerreira, Armando Abílio e Paes Landim.

PVLíder: SARNEY FILHO

Vice-Líderes:Edson Duarte, Roberto Santiago, Antônio Roberto e José PauloTóffano.

PPSLíder: FERNANDO CORUJA

Vice-Líderes:Arnaldo Jardim (1º Vice), Moreira Mendes, Geraldo Thadeu eRaul Jungmann.

Parágrafo 4º, Artigo 9º do RICD

PSOLRepr.:

PHSRepr.: MIGUEL MARTINI

PTdoBRepr.: VINICIUS CARVALHO

PRTBRepr.: JUVENIL

Liderança do GovernoLíder: HENRIQUE FONTANA

Vice-Líderes:Beto Albuquerque, Wilson Santiago, Milton Monti e RicardoBarros.

Liderança da MinoriaLíder: ZENALDO COUTINHO

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DEPUTADOS EM EXERCÍCIO

RoraimaAngela Portela - PTEdio Lopes - PMDBFrancisco Rodrigues - DEMLuciano Castro - PRMarcio Junqueira - DEMMaria Helena - PSBNeudo Campos - PPUrzeni Rocha - PSDB

AmapáDalva Figueiredo - PTDavi Alcolumbre - DEMEvandro Milhomen - PCdoBFátima Pelaes - PMDBJanete Capiberibe - PSBJurandil Juarez - PMDBLucenira Pimentel - PRSebastião Bala Rocha - PDT

ParáAsdrubal Bentes - PMDBBel Mesquita - PMDBBeto Faro - PTElcione Barbalho - PMDBGerson Peres - PPGiovanni Queiroz - PDTJader Barbalho - PMDBLira Maia - DEMLúcio Vale - PRNilson Pinto - PSDBPaulo Rocha - PTVic Pires Franco - DEMWandenkolk Gonçalves - PSDBWladimir Costa - PMDBZé Geraldo - PTZenaldo Coutinho - PSDBZequinha Marinho - PMDB

AmazonasÁtila Lins - PMDBCarlos Souza - PPMarcelo Serafim - PSBPraciano - PTRebecca Garcia - PPSabino Castelo Branco - PTBSilas Câmara - PSCVanessa Grazziotin - PCdoB

RondôniaAnselmo de Jesus - PTEduardo Valverde - PTErnandes Amorim - PTBLindomar Garçon - PVMarinha Raupp - PMDBMauro Nazif - PSBMoreira Mendes - PPSNatan Donadon - PMDB

AcreFernando Melo - PTFlaviano Melo - PMDBGladson Cameli - PPHenrique Afonso - PTIlderlei Cordeiro - PPSNilson Mourão - PTPerpétua Almeida - PCdoBSergio Petecão - PMN

TocantinsEduardo Gomes - PSDBJoão Oliveira - DEMLaurez Moreira - PSBLázaro Botelho - PP

Moises Avelino - PMDBNilmar Ruiz - DEMOsvaldo Reis - PMDBVicentinho Alves - PR

MaranhãoCarlos Brandão - PSDBCleber Verde - PRBClóvis Fecury - DEMDavi Alves Silva Júnior - PDTDomingos Dutra - PTFlávio Dino - PCdoBGastão Vieira - PMDBJulião Amin - PDTNice Lobão - DEMPedro Fernandes - PTBPedro Novais - PMDBPinto Itamaraty - PSDBProfessor Setimo - PMDBRibamar Alves - PSBRoberto Rocha - PSDBSarney Filho - PVSebastião Madeira - PSDBWaldir Maranhão - PP

CearáAníbal Gomes - PMDBAriosto Holanda - PSBArnon Bezerra - PTBChico Lopes - PCdoBCiro Gomes - PSBEudes Xavier - PTEugênio Rabelo - PPEunício Oliveira - PMDBFlávio Bezerra - PMDBGorete Pereira - PRJosé Airton Cirilo - PTJosé Guimarães - PTJosé Linhares - PPJosé Pimentel - PTLeo Alcântara - PRManoel Salviano - PSDBMarcelo Teixeira - PRMauro Benevides - PMDBPaulo Henrique Lustosa - PMDBRaimundo Gomes de Matos - PSDBVicente Arruda - PRZé Gerardo - PMDB

PiauíAlberto Silva - PMDBÁtila Lira - PSBB. Sá - PSBCiro Nogueira - PPJúlio Cesar - DEMMarcelo Castro - PMDBMussa Demes - DEMNazareno Fonteles - PTOsmar Júnior - PCdoBPaes Landim - PTB

Rio Grande do NorteBetinho Rosado - DEMFábio Faria - PMNFátima Bezerra - PTFelipe Maia - DEMHenrique Eduardo Alves - PMDBJoão Maia - PRRogério Marinho - PSBSandra Rosado - PSB

ParaíbaArmando Abílio - PTBDamião Feliciano - PDTEfraim Filho - DEM

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Luiz Couto - PTManoel Junior - PSBMarcondes Gadelha - PSBVital do Rêgo Filho - PMDBWalter Brito Neto - PRBWellington Roberto - PRWilson Braga - PMDBWilson Santiago - PMDB

PernambucoAna Arraes - PSBAndré de Paula - DEMArmando Monteiro - PTBBruno Araújo - PSDBBruno Rodrigues - PSDBCarlos Eduardo Cadoca - PSCCarlos Wilson - PTEdgar Moury - PMDBEduardo da Fonte - PPFernando Coelho Filho - PSBFernando Ferro - PTGonzaga Patriota - PSBInocêncio Oliveira - PRJosé Chaves - PTBJosé Mendonça Bezerra - DEMMarcos Antonio - PRBMaurício Rands - PTPaulo Rubem Santiago - PDTPedro Eugênio - PTRaul Henry - PMDBRaul Jungmann - PPSRenildo Calheiros - PCdoBRoberto Magalhães - DEMSilvio Costa - PMNWolney Queiroz - PDT

AlagoasAugusto Farias - PTBBenedito de Lira - PPCarlos Alberto Canuto - PMDBCristiano Matheus - PMDBFrancisco Tenorio - PMNGivaldo Carimbão - PSBJoaquim Beltrão - PMDBMaurício Quintella Lessa - PROlavo Calheiros - PMDB

SergipeAlbano Franco - PSDBEduardo Amorim - PSCIran Barbosa - PTJackson Barreto - PMDBJerônimo Reis - DEMJosé Carlos Machado - DEMMendonça Prado - DEMValadares Filho - PSB

BahiaAlice Portugal - PCdoBAntonio Carlos Magalhães Neto - DEMClaudio Cajado - DEMColbert Martins - PMDBDaniel Almeida - PCdoBEdigar Mão Branca - PVEdson Duarte - PVFábio Souto - DEMFélix Mendonça - DEMFernando de Fabinho - DEMGuilherme Menezes - PTJoão Almeida - PSDBJoão Carlos Bacelar - PRJoão Leão - PPJorge Khoury - DEMJosé Carlos Aleluia - DEM

José Carlos Araújo - PRJosé Rocha - PRJoseph Bandeira - PTJusmari Oliveira - PRJutahy Junior - PSDBLídice da Mata - PSBLuiz Bassuma - PTLuiz Carreira - DEMMarcelo Guimarães Filho - PMDBMarcos Medrado - PDTMário Negromonte - PPMaurício Trindade - PRNelson Pellegrino - PTPaulo Magalhães - DEMRoberto Britto - PPSérgio Barradas Carneiro - PTSérgio Brito - PDTSeveriano Alves - PDTTonha Magalhães - PRUldurico Pinto - PMNVeloso - PMDBWalter Pinheiro - PTZezéu Ribeiro - PT

Minas GeraisAdemir Camilo - PDTAelton Freitas - PRAlexandre Silveira - PPSAntônio Andrade - PMDBAntônio Roberto - PVAracely de Paula - PRBilac Pinto - PRBonifácio de Andrada - PSDBCarlos Melles - DEMCarlos Willian - PTCCiro Pedrosa - PVEdmar Moreira - DEMEduardo Barbosa - PSDBElismar Prado - PTFábio Ramalho - PVFernando Diniz - PMDBGeorge Hilton - PPGeraldo Thadeu - PPSGilmar Machado - PTHumberto Souto - PPSJaime Martins - PRJairo Ataide - DEMJô Moraes - PCdoBJoão Bittar - DEMJoão Magalhães - PMDBJosé Fernando Aparecido de Oliveira - PVJosé Santana de Vasconcellos - PRJúlio Delgado - PSBJuvenil - PRTBLael Varella - DEMLeonardo Monteiro - PTLeonardo Quintão - PMDBLincoln Portela - PRLuiz Fernando Faria - PPMárcio Reinaldo Moreira - PPMarcos Montes - DEMMaria do Carmo Lara - PTMaria Lúcia Cardoso - PMDBMário de Oliveira - PSCMário Heringer - PDTMauro Lopes - PMDBMiguel Corrêa Jr. - PTMiguel Martini - PHSNarcio Rodrigues - PSDBOdair Cunha - PTPaulo Abi-ackel - PSDB

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Paulo Piau - PMDBRafael Guerra - PSDBReginaldo Lopes - PTRodrigo de Castro - PSDBSaraiva Felipe - PMDBVirgílio Guimarães - PTVitor Penido - DEM

Espírito SantoCamilo Cola - PMDBIriny Lopes - PTJurandy Loureiro - PSCLelo Coimbra - PMDBLuiz Paulo Vellozo Lucas - PSDBManato - PDTNeucimar Fraga - PRRita Camata - PMDBRose de Freitas - PMDBSueli Vidigal - PDT

Rio de JaneiroAlexandre Santos - PMDBAndreia Zito - PSDBAntonio Carlos Biscaia - PTArnaldo Vianna - PDTAyrton Xerez - DEMBernardo Ariston - PMDBBrizola Neto - PDTCarlos Santana - PTChico Alencar - PSOLChico D'angelo - PTCida Diogo - PTDeley - PSCDr. Adilson Soares - PREdmilson Valentim - PCdoBEdson Ezequiel - PMDBEduardo Cunha - PMDBEduardo Lopes - PSBFelipe Bornier - PHSFernando Gabeira - PVFernando Lopes - PMDBFilipe Pereira - PSCGeraldo Pudim - PMDBHugo Leal - PSCIndio da Costa - DEMJair Bolsonaro - PPJorge Bittar - PTLeandro Sampaio - PPSLéo Vivas - PRBLeonardo Picciani - PMDBLuiz Sérgio - PTMarcelo Itagiba - PMDBMarina Maggessi - PPSMiro Teixeira - PDTNeilton Mulim - PRNelson Bornier - PMDBOtavio Leite - PSDBPastor Manoel Ferreira - PTBRodrigo Maia - DEMRogerio Lisboa - DEMSandro Matos - PRSilvio Lopes - PSDBSimão Sessim - PPSolange Almeida - PMDBSolange Amaral - DEMSuely - PRVinicius Carvalho - PTdoB

São PauloAbelardo Camarinha - PSBAldo Rebelo - PCdoBAline Corrêa - PPAntonio Bulhões - PMDB

Antonio Carlos Mendes Thame - PSDBAntonio Carlos Pannunzio - PSDBAntonio Palocci - PTArlindo Chinaglia - PTArnaldo Faria de Sá - PTBArnaldo Jardim - PPSArnaldo Madeira - PSDBBeto Mansur - PPCândido Vaccarezza - PTCarlos Sampaio - PSDBCarlos Zarattini - PTCelso Russomanno - PPCláudio Magrão - PPSClodovil Hernandes - PRDevanir Ribeiro - PTDr. Nechar - PVDr. Pinotti - DEMDr. Talmir - PVDr. Ubiali - PSBDuarte Nogueira - PSDBEdson Aparecido - PSDBEmanuel Fernandes - PSDBFernando Chucre - PSDBFrancisco Rossi - PMDBFrank Aguiar - PTBGuilherme Campos - DEMIvan Valente - PSOLJanete Rocha Pietá - PTJilmar Tatto - PTJoão Dado - PDTJoão Paulo Cunha - PTJorge Tadeu Mudalen - DEMJorginho Maluly - DEMJosé Aníbal - PSDBJosé Eduardo Cardozo - PTJosé Genoíno - PTJosé Mentor - PTJosé Paulo Tóffano - PVJulio Semeghini - PSDBLobbe Neto - PSDBLuciana Costa - PRLuiza Erundina - PSBMarcelo Ortiz - PVMárcio França - PSBMichel Temer - PMDBMilton Monti - PRNelson Marquezelli - PTBPaulo Maluf - PPPaulo Pereira da Silva - PDTPaulo Renato Souza - PSDBPaulo Teixeira - PTRegis de Oliveira - PSCReinaldo Nogueira - PDTRenato Amary - PSDBRicardo Berzoini - PTRicardo Izar - PTBRicardo Tripoli - PSDBRoberto Santiago - PVSilvinho Peccioli - DEMSilvio Torres - PSDBVadão Gomes - PPValdemar Costa Neto - PRVanderlei Macris - PSDBVicentinho - PTWalter Ihoshi - DEMWilliam Woo - PSDB

Mato GrossoCarlos Abicalil - PTCarlos Bezerra - PMDBEliene Lima - PP

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Homero Pereira - PRPedro Henry - PPThelma de Oliveira - PSDBValtenir Pereira - PSBWellington Fagundes - PR

Distrito FederalAugusto Carvalho - PPSJofran Frejat - PRLaerte Bessa - PMDBMagela - PTOsório Adriano - DEMRodovalho - DEMRodrigo Rollemberg - PSBTadeu Filippelli - PMDB

GoiásCarlos Alberto Leréia - PSDBChico Abreu - PRÍris de Araújo - PMDBJoão Campos - PSDBJovair Arantes - PTBLeandro Vilela - PMDBLeonardo Vilela - PSDBLuiz Bittencourt - PMDBMarcelo Melo - PMDBPedro Chaves - PMDBPedro Wilson - PTProfessora Raquel Teixeira - PSDBRonaldo Caiado - DEMRubens Otoni - PTSandes Júnior - PPSandro Mabel - PRTatico - PTB

Mato Grosso do SulAntônio Carlos Biffi - PTAntonio Cruz - PPDagoberto - PDTGeraldo Resende - PMDBNelson Trad - PMDBVander Loubet - PTWaldemir Moka - PMDBWaldir Neves - PSDB

ParanáAbelardo Lupion - DEMAffonso Camargo - PSDBAirton Roveda - PRAlex Canziani - PTBAlfredo Kaefer - PSDBAndre Vargas - PTAngelo Vanhoni - PTAssis do Couto - PTBarbosa Neto - PDTCezar Silvestri - PPSChico da Princesa - PRDilceu Sperafico - PPDr. Rosinha - PTEduardo Sciarra - DEMGiacobo - PRGustavo Fruet - PSDBHermes Parcianello - PMDBLuciano Pizzatto - DEMLuiz Carlos Hauly - PSDBLuiz Carlos Setim - DEMMarcelo Almeida - PMDBMax Rosenmann - PMDBMoacir Micheletto - PMDBNelson Meurer - PPOdílio Balbinotti - PMDBOsmar Serraglio - PMDBRatinho Junior - PSCRicardo Barros - PP

Rodrigo Rocha Loures - PMDBTakayama - PSC

Santa CatarinaAngela Amin - PPCarlito Merss - PTCelso Maldaner - PMDBDécio Lima - PTDjalma Berger - PSBEdinho Bez - PMDBFernando Coruja - PPSGervásio Silva - PSDBJoão Matos - PMDBJoão Pizzolatti - PPJosé Carlos Vieira - DEMNelson Goetten - PRPaulo Bornhausen - DEMValdir Colatto - PMDBVignatti - PTZonta - PP

Rio Grande do SulAdão Pretto - PTAfonso Hamm - PPBeto Albuquerque - PSBCezar Schirmer - PMDBClaudio Diaz - PSDBDarcísio Perondi - PMDBEliseu Padilha - PMDBEnio Bacci - PDTGermano Bonow - DEMHenrique Fontana - PTIbsen Pinheiro - PMDBJosé Otávio Germano - PPLuciana Genro - PSOLLuis Carlos Heinze - PPLuiz Carlos Busato - PTBManuela D'ávila - PCdoBMarco Maia - PTMaria do Rosário - PTMendes Ribeiro Filho - PMDBNelson Proença - PPSOnyx Lorenzoni - DEMPaulo Pimenta - PTPaulo Roberto - PTBPepe Vargas - PTPompeo de Mattos - PDTProfessor Ruy Pauletti - PSDBRenato Molling - PPSérgio Moraes - PTBTarcísio Zimmermann - PTVieira da Cunha - PDTVilson Covatti - PP

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COMISSÕES PERMANENTES

COMISSÃO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA,ABASTECIMENTO E DESENVOLVIMENTO RURAL

Presidente: Onyx Lorenzoni (DEM)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Airton RovedaAfonso Hamm Armando Abílio vaga do PV

Anselmo de Jesus Benedito de LiraAntônio Andrade Ernandes AmorimAssis do Couto José GuimarãesBeto Faro Lázaro BotelhoCelso Maldaner Marcelo MeloDilceu Sperafico Nelson MeurerDomingos Dutra Nilson MourãoFernando Melo Paulo PimentaFlávio Bezerra vaga do PSDB/DEM/PPS Rose de FreitasHomero Pereira Sérgio MoraesJusmari Oliveira SuelyLeandro Vilela vaga do PV Vadão GomesLuis Carlos Heinze Vander LoubetMoacir Micheletto VelosoOdílio Balbinotti VignattiPaulo Piau 5 vagasPedro ChavesTaticoValdir ColattoZé GerardoZonta

PSDB/DEM/PPSAbelardo Lupion Alfredo KaeferCezar Silvestri Arnaldo JardimDavi Alcolumbre Betinho Rosado vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Duarte Nogueira Carlos MellesHumberto Souto Claudio Diaz

Jairo AtaideEduardo Sciarra vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Jerônimo Reis Félix MendonçaLeonardo Vilela Lael Varella vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Luiz Carlos Setim vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN Lira Maia

Onyx Lorenzoni Marcos MontesVitor Penido vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN Moreira MendesWaldir Neves Ronaldo CaiadoWandenkolk Gonçalves Silvio Lopes(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Thelma de Oliveira

1 vagaPSB/PDT/PCdoB/PMN

B. Sá Giovanni QueirozDagoberto Mário HeringerFernando Coelho Filho Sandra Rosado

Osmar Júnior(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Moizes Lobo da CunhaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 36Telefones: 3216-6403/6404/6406

FAX: 3216-6415

COMISSÃO DA AMAZÔNIA, INTEGRAÇÃO NACIONAL E DEDESENVOLVIMENTO REGIONAL

Presidente: Janete Capiberibe (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAsdrubal Bentes Átila Lins

Carlos SouzaElcione

BarbalhoDalva Figueiredo Gladson CameliLuciano Castro Lúcio ValeMarcelo Castro Paulo RochaMarinha Raupp Zé GeraldoNatan Donadon 5 vagasNeudo CamposPraciano(Dep. do PV ocupa a vaga)1 vaga

PSDB/DEM/PPS(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) Lira Maia

5 vagasMarcio

JunqueiraMoreira Mendes

Urzeni Rocha2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Janete CapiberibeGiovanniQueiroz

Marcelo Serafim vaga do PSDB/DEM/PPS PerpétuaAlmeida

Maria HelenaVanessa

GrazziotinSergio Petecão

PVLindomar Garçon vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Secretário(a): Iara Araújo Alencar AiresLocal: Anexo II - Sala T- 59Telefones: 3216-6432FAX: 3216-6440

COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, COMUNICAÇÃO EINFORMÁTICA

Presidente: Walter Pinheiro (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBeto Mansur Angela AminBilac Pinto Angelo VanhoniCristiano Matheus vaga do PSDB/DEM/PPS Cida DiogoDr. Adilson Soares Colbert MartinsEduardo Amorim Fernando FerroElismar Prado Gerson PeresIriny Lopes Ibsen PinheiroJader Barbalho Jilmar TattoJorge Bittar José Carlos AraújoJosé Chaves Joseph BandeiraJosé Rocha Luiz Carlos BusatoMaria do Carmo Lara Nazareno FontelesNelson Meurer Paulo PiauPaulo Henrique Lustosa Rebecca GarciaPaulo Roberto Roberto Britto vaga do PSDB/DEM/PPS

Ratinho Junior Sabino Castelo BrancoSandes Júnior Tadeu FilippelliSilas Câmara Veloso

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Walter Pinheiro Waldir Maranhão

Wladimir Costa(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN

ocupa a vaga)Zequinha Marinho 2 vagas1 vaga

PSDB/DEM/PPSEmanuel Fernandes Arnaldo JardimGustavo Fruet Carlos BrandãoJorge Tadeu Mudalen Clóvis FecuryJorginho Maluly Davi AlcolumbreJosé Mendonça Bezerra Júlio CesarJulio Semeghini Lobbe NetoManoel Salviano Professora Raquel TeixeiraNelson Proença Rafael GuerraNilson Pinto Raul Jungmann

Paulo Bornhausen(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Vic Pires Franco 2 vagas(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo Camarinha Ana ArraesAriosto Holanda Barbosa NetoEnio Bacci Djalma Berger

Luiza ErundinaRenildo Calheiros vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Miro Teixeira Sérgio BritoRodrigo Rollemberg Uldurico Pinto

(Dep. do PRB ocupa a vaga)PV

Edigar Mão Branca Edson DuartePRB

Walter Brito Neto vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Myriam Gonçalves Teixeira de OliveiraLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala 49Telefones: 3216-6452 A 6458FAX: 3216-6465

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIAPresidente: Eduardo Cunha (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Carlos Biscaia Antônio Carlos BiffiBenedito de Lira Aracely de PaulaCândido Vaccarezza Arnaldo Faria de SáCezar Schirmer Carlos AbicalilColbert Martins Carlos BezerraEduardo Cunha Carlos WillianGeraldo Pudim Dilceu SperaficoGerson Peres Domingos DutraIbsen Pinheiro Eduardo ValverdeJoão Paulo Cunha Fátima BezerraJosé Eduardo Cardozo George HiltonJosé Genoíno Hugo LealJosé Mentor Jaime Martins vaga do PSOL

Joseph Bandeira João MagalhãesLeonardo Picciani José PimentelMagela Laerte BessaMarcelo Guimarães Filho Leo AlcântaraMarcelo Itagiba Luiz CoutoMaurício Quintella Lessa Maria do RosárioMauro Benevides Mauro LopesMichel Temer Mendes Ribeiro FilhoNelson Pellegrino Pastor Manoel Ferreira

Nelson Trad Ricardo BarrosNeucimar Fraga Ricardo IzarOdair Cunha Rubens OtoniPaes Landim Sandes JúniorPaulo Maluf Sandro MabelRegis de Oliveira Sérgio Barradas CarneiroVicente Arruda Tadeu FilippelliVilson Covatti vaga do PSDB/DEM/PPS Vital do Rêgo FilhoWilson Santiago 3 vagas(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)1 vaga

PSDB/DEM/PPSAyrton Xerez Alexandre Silveira

Bonifácio de AndradaAntonio Carlos Magalhães

NetoBruno Araújo Antonio Carlos PannunzioBruno Rodrigues Carlos Alberto LeréiaEdmar Moreira Fernando CorujaEdson Aparecido Humberto SoutoEfraim Filho Jorginho MalulyFelipe Maia Luciano PizzattoIndio da Costa vaga do PSOL Mussa DemesJoão Campos Pinto ItamaratyJosé Carlos Aleluia vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Ricardo Tripoli

Jutahy Junior RodovalhoMendonça Prado Vic Pires FrancoMoreira Mendes 5 vagasPaulo MagalhãesRoberto MagalhãesSilvinho PeccioliSolange AmaralUrzeni Rocha(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro Gomes Beto AlbuquerqueFlávio Dino Chico LopesFrancisco Tenorio Edmilson ValentimGonzaga Patriota Eduardo LopesSandra Rosado Márcio FrançaSérgio Brito Marcondes GadelhaValtenir Pereira Pompeo de MattosWolney Queiroz Severiano Alves

PVFábio Ramalho Roberto SantiagoMarcelo Ortiz Sarney Filho

PSOL

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PT

C/PTdoB ocupa a vaga)Secretário(a): Rejane Salete MarquesLocal: Anexo II,Térreo, Ala A, sala 21Telefones: 3216-6494FAX: 3216-6499

COMISSÃO DE DEFESA DO CONSUMIDORPresidente: Vital do Rêgo Filho (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio Cruz Eduardo da FonteCelso Russomanno Fernando Melo

José Carlos AraújoJosé Eduardo

CardozoLeo Alcântara Leandro Vilela

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Luciana CostaMarcelo Guimarães

Filho

Luiz BassumaMaria do Carmo

LaraLuiz Bittencourt Neudo CamposRicardo Izar 4 vagasVadão Gomes vaga do PSDB/DEM/PPS

Vinicius CarvalhoVital do Rêgo Filho1 vaga

PSDB/DEM/PPSWalter Ihoshi Carlos Sampaio(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa avaga)

Efraim Filho

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Leandro Sampaio

3 vagas Nilmar RuizPaulo Abi-ackel

1 vagaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Ana ArraesAbelardo

CamarinhaBarbosa Neto Marcos MedradoChico Lopes vaga do PSDB/DEM/PPS Wolney QueirozJúlio Delgado

PVDr. Nechar 1 vagaSecretário(a): Lilian de Cássia Albuquerque SantosLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 152Telefones: 3216-6920 A 6922FAX: 3216-6925

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO,INDÚSTRIA E COMÉRCIO

Presidente: Jilmar Tatto (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBBernardo Ariston Aelton FreitasEdson Ezequiel Aline CorrêaFernando Lopes vaga do PSDB/DEM/PPS Antônio AndradeJilmar Tatto Armando MonteiroJoão Maia Assis do CoutoJosé Guimarães PracianoJurandil Juarez Reginaldo Lopes

Miguel Corrêa Jr.(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)Nelson Goetten 2 vagasRenato MollingSérgio Moraes

PSDB/DEM/PPSFernando de Fabinho Emanuel FernandesOsório Adriano Guilherme Campos(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Jairo Ataide

2 vagas Leandro SampaioLuiz Paulo Vellozo Lucas

Moreira Mendes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Fernando Coelho FilhoLaurez Moreira Rogério Marinho

PHS1 vaga 1 vagaSecretário(a): Lin Israel Costa dos SantosLocal: Anexo II, Térreo, Ala A, sala T33

Telefones: 3216-6601 A 6609FAX: 3216-6610

COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO URBANOPresidente: Angela Amin (PP)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Cezar SchirmerChico Abreu Paulo RobertoEunício Oliveira Paulo TeixeiraFlaviano Melo vaga do PSDB/DEM/PPS Pedro HenryJackson Barreto Ricardo BerzoiniJosé Airton Cirilo VicentinhoLázaro Botelho vaga do PSDB/DEM/PPS (Dep. do PV ocupa a vaga)Luiz Carlos Busato 3 vagasMarcelo MeloRaul HenryZezéu Ribeiro(Dep. do PV ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSCarlos Brandão Arnaldo JardimFernando Chucre Francisco Rodrigues(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Gustavo Fruet

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Renato Amary

1 vaga Rogerio LisboaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Ademir Camilo Flávio DinoEvandro Milhomen Silvio CostaUldurico Pinto (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PVJosé Paulo Tóffano vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBRoberto Santiago vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PRBMarcos Antonio vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Romulo de Sousa MesquitaLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala C, Sala 188Telefones: 3216-6551/ 6554FAX: 3216-6560

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIASPresidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBGuilherme Menezes Adão Pretto

Janete Rocha PietáHenrique

AfonsoLucenira Pimentel Iriny LopesLuiz Couto José Linhares

Pastor Manoel FerreiraJusmariOliveira

Pedro Wilson 4 vagasSuelyVeloso(Dep. do PV ocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPS

Geraldo ThadeuAffonso

Camargo(Dep. do PSOL ocupa a vaga) 4 vagas(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga)2 vagas

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PSB/PDT/PCdoB/PMN

Pompeo de MattosJanete

CapiberibeSebastião Bala Rocha 1 vagaSueli Vidigal vaga do PSDB/DEM/PPS

PHS1 vaga 1 vaga

PRB1 vaga 1 vaga

PVAntônio Roberto vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSOLChico Alencar vaga do PSDB/DEM/PPS

Secretário(a): Márcio Marques de AraújoLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 185Telefones: 3216-6571FAX: 3216-6580

COMISSÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURAPresidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani vaga do PSDB/DEM/PPS Angela PortelaAngelo Vanhoni Antonio BulhõesAntônio Carlos Biffi Dalva FigueiredoCarlos Abicalil Elismar PradoFátima Bezerra Gilmar MachadoFrank Aguiar José Linhares

Gastão VieiraMárcio Reinaldo

MoreiraIran Barbosa Mauro BenevidesJoão Matos Milton MontiJoaquim Beltrão Pedro WilsonLelo Coimbra Renato MollingMaria do Rosário vaga do PV Rodrigo Rocha LouresNeilton Mulim Saraiva FelipeOsvaldo Reis 4 vagasProfessor SetimoReginaldo LopesWaldir Maranhão2 vagas

PSDB/DEM/PPSClóvis Fecury Eduardo GomesLira Maia João OliveiraLobbe Neto Jorginho MalulyNice Lobão Paulo MagalhãesNilmar Ruiz Paulo Renato SouzaPinto Itamaraty Professor Ruy Pauletti

Professora Raquel TeixeiraRaimundo Gomes de

Matos(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

(Dep. do PV ocupa avaga)

(Dep. do PSOL ocupa a vaga) 2 vagas1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNAlice Portugal Ariosto HolandaÁtila Lira Dr. UbialiRogério Marinho Lídice da MataSeveriano Alves Luiza Erundina

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Dr. Talmir vaga do PSDB/DEM/PPS

Marcelo OrtizPSOL

Ivan Valente vaga do PSDB/DEM/PPS

Secretário(a): Iracema MarquesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 170Telefones: 3216-6622/6625/6627/6628FAX: 3216-6635

COMISSÃO DE FINANÇAS E TRIBUTAÇÃOPresidente: Pedro Eugênio (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAelton Freitas Andre VargasAntonio Palocci Carlos SouzaArmando Monteiro Devanir RibeiroCarlito Merss Eduardo CunhaEdio Lopes João Paulo CunhaFilipe Pereira MagelaJoão Leão Marcelo AlmeidaJoão Magalhães Maurício Quintella LessaJosé Pimentel Nelson BornierMax Rosenmann Nelson MarquezelliPedro Eugênio Paulo MalufPedro Novais Tarcísio ZimmermannPepe Vargas Tonha MagalhãesRicardo Berzoini vaga do PV Vilson Covatti vaga do PSDB/DEM/PPS

Rodrigo Rocha Loures Wilson SantiagoVignatti Zonta

Virgílio Guimarães(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Arnaldo Jardim

Arnaldo Madeira Duarte NogueiraCarlos Melles João BittarFélix Mendonça Jorge KhouryFernando Coruja Julio SemeghiniGuilherme Campos vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMNNelson Proença vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Júlio Cesar Osório AdrianoLuiz Carlos Hauly Otavio Leite

Luiz Carreira(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Mussa Demes 2 vagasPaulo Renato SouzaSilvio Torres

PSB/PDT/PCdoB/PMNJoão Dado Ciro GomesManoel Junior DagobertoSilvio Costa Julião Amin(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

Osmar Júnior

PV(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Fábio Ramalho

PSOLLuciana Genro 1 vagaSecretário(a): Marcelle R C CavalcantiLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 136Telefones: 3216-6654/6655/6652FAX: 3216-6660

COMISSÃO DE FISCALIZAÇÃO FINANCEIRA E CONTROLEPresidente: Dr. Pinotti (DEM)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:

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3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAníbal Gomes Augusto FariasCarlos Willian Cândido VaccarezzaFernando Diniz Celso RussomannoJoão Pizzolatti Eugênio RabeloLeonardo Quintão Eunício OliveiraMárcio Reinaldo Moreira Henrique FontanaPaulo Pimenta José Genoíno4 vagas José Mentor

Maria Lúcia CardosoWellington Roberto

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Dr. Pinotti Ayrton XerezJoão Oliveira Humberto Souto4 vagas Manoel Salviano

Moreira Mendes vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

3 vagasPSB/PDT/PCdoB/PMN

Damião Feliciano B. SáManato João Dado

(Dep. do PRB ocupa a vaga)(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a

vaga)PRB

Léo Vivas vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Maria Linda MagalhãesLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 161Telefones: 3216-6671 A 6675FAX: 3216-6676

COMISSÃO DE LEGISLAÇÃO PARTICIPATIVAPresidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Fernando FerroFátima Bezerra Iran BarbosaJurandil Juarez Leonardo MonteiroJurandy Loureiro 7 vagasPedro WilsonSuely4 vagas

PSDB/DEM/PPS5 vagas 5 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNLuiza Erundina Paulo Pereira da Silva(Dep. do PRB ocupa a vaga) 1 vaga

PVDr. Talmir 1 vaga

PRBWalter Brito Neto vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Miriam Cristina Gonçalves QuintasLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Ala A, salas 121/122Telefones: 3216-6692 / 6693FAX: 3216-6700

COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTOSUSTENTÁVEL

Presidente: André de Paula (DEM)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBLeonardo Monteiro Antonio PalocciMarcelo Almeida Beto Faro

Mário de Oliveira Homero PereiraPaulo Teixeira Iran BarbosaRebecca Garcia (Dep. do PV ocupa a vaga)

(Dep. do PV ocupa a vaga)(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

2 vagas

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupaa vaga)

PSDB/DEM/PPSAndré de Paula Arnaldo Jardim vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Antonio Carlos Mendes Thame Augusto CarvalhoGervásio Silva vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCezar Silvestri vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Jorge Khoury Fábio SoutoLuciano Pizzatto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBGermano Bonow vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Marcos Montes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBLuiz Carreira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Marina MaggessiMoreira Mendes vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Ricardo Tripoli Nilson PintoRodovalho vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Silvinho Peccioli

Wandenkolk GonçalvesPSB/PDT/PCdoB/PMN

Givaldo Carimbão(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)

Reinaldo Nogueira(Dep. do PSDB/DEM/PPS

ocupa a vaga)PV

Edson Duarte vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Roberto vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Sarney Filho Fernando GabeiraSecretário(a): Aurenilton Araruna de AlmeidaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala C, sala 142Telefones: 3216-6521 A 6526FAX: 3216-6535

COMISSÃO DE MINAS E ENERGIAPresidente: Luiz Fernando Faria (PP)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlexandre Santos Beto MansurAndre Vargas Chico D'angeloBel Mesquita Edinho BezCarlos Alberto Canuto Eliene Lima vaga do PSDB/DEM/PPS

Eduardo da Fonte Eliseu PadilhaEduardo Valverde Jorge BittarErnandes Amorim Luiz SérgioFernando Ferro Nelson MeurerJosé Otávio Germano Odair CunhaJosé Santana de Vasconcellos Tadeu FilippelliLuiz Fernando Faria TaticoRose de Freitas Vicentinho AlvesSimão Sessim Virgílio GuimarãesVander Loubet 4 vagasZé Geraldo(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Edson AparecidoBetinho Rosado Felipe Maia

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Eduardo Gomes João AlmeidaEduardo Sciarra José Carlos AleluiaLuiz Paulo Vellozo Lucas Nilson PintoMarcio Junqueira Rodrigo de CastroPaulo Abi-ackel Vitor Penido

Rogerio Lisboa(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Silvio Lopes 1 vagaWilliam Woo vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PSB/PDT/PCdoB/PMNArnaldo Vianna Átila LiraEdmilson Valentim Brizola NetoJulião Amin Daniel AlmeidaMarcos Medrado Davi Alves Silva Júnior

PVJosé Fernando Aparecido deOliveira

Ciro Pedrosa

Secretário(a): Damaci Pires de MirandaLocal: Anexo II, Térreo, Ala C, sala 56Telefones: 3216-6711 / 6713FAX: 3216-6720

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESANACIONAL

Presidente: Marcondes Gadelha (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBÁtila Lins Arnon Bezerra vaga do PSDB/DEM/PPS

Clodovil Hernandes Carlito MerssDécio Lima Carlos WilsonDr. Rosinha Carlos ZarattiniGeorge Hilton Edio LopesHenrique Fontana Leonardo MonteiroÍris de Araújo Luciana CostaJair Bolsonaro Luis Carlos HeinzeLuiz Sérgio Paes LandimMaria Lúcia Cardoso Pedro EugênioNilson Mourão Pedro Novais

Sabino Castelo Branco(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa

a vaga)Takayama 5 vagas(Dep. do PSDB/DEM/PPSocupa a vaga)2 vagas

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Magalhães Neto Antonio Carlos Mendes ThameAntonio Carlos Pannunzio Arnaldo Madeira

Augusto CarvalhoAyrton Xerez vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Claudio Cajado Bruno RodriguesFrancisco Rodrigues Luiz Carlos HaulyProfessor Ruy Pauletti Marina MaggessiRaul Jungmann vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB Nelson Proença

Renato Amary Walter Ihoshi

Sebastião Madeira(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga 1 vagaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Aldo Rebelo Júlio DelgadoEduardo Lopes Marcelo SerafimMarcondes Gadelha Rodrigo Rollemberg1 vaga Vieira da Cunha

PV

Fernando GabeiraJosé Fernando Aparecido de

OliveiraSecretário(a): Ana Cristina Silva de OliveiraLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 125Telefones: 3216-6739 / 6738 / 6737FAX: 3216-6745

COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA E COMBATE AOCRIME ORGANIZADO

Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Fátima PelaesFernando Melo Iriny Lopes

Laerte BessaJosé Eduardo

CardozoLincoln Portela José GenoínoMauro Lopes Neilton MulimPaulo Pimenta 5 vagas(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)3 vagas

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB William WooCarlos Sampaio 4 vagasEdmar MoreiraGuilherme CamposJoão CamposMarina Maggessi vaga do PV

Raul JungmannPSB/PDT/PCdoB/PMN

Francisco Tenorio Ademir CamiloGivaldo Carimbão Enio Bacci

PV

(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a vaga)(Dep. do PSOLocupa a vaga)

PSOLLuciana Genro vaga do PV

Secretário(a): Kátia da Consolação dos Santos VianaLocal: Anexo II, Pavimento Superior - Sala 166-CTelefones: 3216-6761 / 6762FAX: 3216-6770

COMISSÃO DE SEGURIDADE SOCIAL E FAMÍLIAPresidente: Jofran Frejat (PR)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAline Corrêa Antonio CruzAngela Portela Clodovil HernandesAntonio Bulhões vaga do PSDB/DEM/PPS Dr. RosinhaArmando Abílio vaga do PSDB/DEM/PPS Guilherme MenezesArnaldo Faria de Sá Íris de AraújoChico D'angelo Janete Rocha PietáCida Diogo Lelo CoimbraDarcísio Perondi Luiz BassumaGeraldo Resende Neilton MulimHenrique Afonso Pepe VargasJofran Frejat Simão Sessim

José Linhares(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa

a vaga)Maurício Trindade 5 vagasNazareno FontelesRita CamataRoberto BrittoSaraiva Felipe

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Solange AlmeidaTonha Magalhães vaga do PSOL

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Eduardo Barbosa Andreia ZitoGermano Bonow Dr. PinottiJoão Bittar Geraldo ThadeuLeandro Sampaio Indio da CostaRafael Guerra João CamposRaimundo Gomes de Matos Jorge Tadeu Mudalen

Rodrigo MaiaJosé Carlos Vieira vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

Ronaldo Caiado Leonardo Vilela(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Nice Lobão

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

Thelma de Oliveira

1 vagaPSB/PDT/PCdoB/PMN

Mário Heringer Jô MoraesMauro Nazif ManatoPaulo Rubem Santiago Valtenir PereiraRibamar Alves (Dep. do PRB ocupa a vaga)

PVDr. Talmir Dr. Nechar

PSOL(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

1 vaga

PRBCleber Verde vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Wagner Soares PadilhaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 145Telefones: 3216-6787 / 6781 A 6786FAX: 3216-6790

COMISSÃO DE TRABALHO, DE ADMINISTRAÇÃO ESERVIÇO PÚBLICO

Presidente: Pedro Fernandes (PTB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBEdgar Moury Carlos Alberto CanutoElcione Barbalho Carlos SantanaEudes Xavier José Otávio GermanoGorete Pereira vaga do PSDB/DEM/PPS Marcelo ItagibaMarco Maia Nelson PellegrinoNelson Marquezelli Tadeu FilippelliPaulo Rocha Walter PinheiroPedro Fernandes 6 vagasPedro HenrySandro MabelTarcísio ZimmermannVicentinho vaga do PSDB/DEM/PPS

Wilson Braga2 vagas

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Carlos Alberto LeréiaCláudio Magrão Eduardo Barbosa

José Carlos Vieira(Dep. do

PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

Thelma de Oliveira 5 vagas(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)2 vagas

PSB/PDT/PCdoB/PMNDaniel Almeida Alice Portugal

Paulo Pereira da SilvaManuela D'ávila vaga do

PSDB/DEM/PPS

Vanessa Grazziotin Maria HelenaMauro Nazif

PVRoberto Santiago Edigar Mão BrancaSecretário(a): Anamélia Ribeiro Correia de AraújoLocal: Anexo II, Sala T 50Telefones: 3216-6805 / 6806 / 6807FAX: 3216-6815

COMISSÃO DE TURISMO E DESPORTOPresidente: Albano Franco (PSDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnon Bezerra Afonso HammAugusto Farias Alex Canziani

Carlos Eduardo Cadoca vaga do PSDB/DEM/PPS AsdrubalBentes

Carlos Wilson Deley

Edinho BezEduardoAmorim

Eugênio Rabelo Eudes Xavier

Francisco RossiFernando

LopesGilmar Machado José Chaves

Hermes ParcianelloMiguel Corrêa

Jr.Marcelo Teixeira 1 vagaSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSAlbano Franco Andreia ZitoFábio Souto Jerônimo Reis

Otavio LeiteLuiz Carlos

Setim(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa avaga)

MoreiraMendes

(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga) Silvio Torres1 vaga 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNBrizola Neto Fábio FariaLídice da Mata vaga do PSDB/DEM/PPS Laurez MoreiraManuela D'ávila Sueli VidigalValadares FilhoSecretário(a): James Lewis Gorman JuniorLocal: Anexo II, Ala A , Sala 5,TérreoTelefones: 3216-6831 / 6832 / 6833FAX: 3216-6835

COMISSÃO DE VIAÇÃO E TRANSPORTESPresidente: Carlos Alberto Leréia (PSDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlberto Silva Aline CorrêaCamilo Cola Anselmo de JesusCarlos Santana Décio LimaCarlos Zarattini João Leão

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Chico da Princesa João MagalhãesDevanir Ribeiro José Airton Cirilo

Eliseu PadilhaJosé Santana de Vasconcellos

vaga do PSB/PDT/PCdoB/PMN

Fátima Pelaes Jurandy LoureiroGladson Cameli Marco MaiaHugo Leal Marinha RauppMauro Lopes Pedro FernandesMoises Avelino Rita CamataNelson Bornier Zezéu RibeiroOlavo Calheiros 4 vagasRicardo BarrosSandro Matos vaga do PSDB/DEM/PPS

Tadeu FilippelliWellington Roberto vaga do PSDB/DEM/PPS

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Affonso CamargoCarlos Alberto Leréia Arnaldo JardimClaudio Diaz Claudio CajadoIlderlei Cordeiro Fernando ChucreLael Varella Geraldo ThadeuRoberto Rocha Julio SemeghiniVanderlei Macris Paulo Bornhausen(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

2 vagas

(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PSB/PDT/PCdoB/PMNBeto Albuquerque Damião FelicianoDavi Alves Silva Júnior Evandro MilhomenDjalma Berger Gonzaga Patriota

Giovanni Queiroz(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB ocupa a vaga)

PVCiro Pedrosa José Paulo TóffanoSecretário(a): Ruy Omar Prudencio da SilvaLocal: Anexo II, Pav. Superior, Ala A, sala 175Telefones: 3216-6853 A 6856FAX: 3216-6860

COMISSÕES TEMPORÁRIAS

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 98-A, DE2007, DO SENHOR OTÁVIO LEITE, QUE "ACRESCENTA AALÍNEA (E) AO INCISO VI DO ART. 150 DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL", INSTITUINDO IMUNIDADE TRIBUTÁRIA SOBRE

OS FONOGRAMAS E VIDEOFONOGRAMAS MUSICAISPRODUZIDOS NO BRASIL, CONTENDO OBRAS MUSICAISOU LÍTERO-MUSICAIS DE AUTORES BRASILEIROS, E/OU

OBRAS EM GERAL INTERPRETADAS POR ARTISTASBRASILEIROS, BEM COMO OS SUPORTES MATERIAIS OU

ARQUIVOS DIGITAIS QUE OS CONTENHAM.Presidente: Décio Lima (PT)1º Vice-Presidente: Arnaldo Jardim (PPS)2º Vice-Presidente: Marcelo Serafim (PSB)3º Vice-Presidente: Chico Alencar (PSOL)Relator: José Otávio Germano (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Andrade Fernando FerroBilac Pinto Lincoln PortelaDécio Lima Mendes Ribeiro FilhoElismar Prado Sabino Castelo BrancoFrank Aguiar 5 vagasHenrique FontanaJosé Otávio Germano

Luiz BittencourtNelson Trad

PSDB/DEM/PPSAlbano Franco Leandro SampaioArnaldo Jardim Professora Raquel TeixeiraMarcos Montes 3 vagasOtavio Leite1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMarcelo Serafim João DadoVanessa Grazziotin 1 vaga

PVEdigar Mão Branca 1 vaga

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6218 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 22-A, DE

1999, DO SENHOR ENIO BACCI, QUE "AUTORIZA ODIVÓRCIO APÓS 1 (UM) ANO DE SEPARAÇÃO DE FATO OUDE DIREITO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS", ALTERANDO O

DISPOSTO NO ARTIGO 226, § 6º, DA CONSTITUIÇÃOFEDERAL.

Presidente: José Carlos Araújo (PR)1º Vice-Presidente: Cândido Vaccarezza (PT)2º Vice-Presidente: Geraldo Pudim (PMDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)Relator: Joseph Bandeira (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angela PortelaCândido Vaccarezza Carlos ZarattiniGeraldo Pudim Luciano CastroJosé Carlos Araújo Mendes Ribeiro FilhoJoseph Bandeira Reginaldo LopesMarcelo Guimarães Filho Roberto BrittoMaria Lúcia Cardoso 3 vagasRebecca GarciaSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSBruno Araújo Bonifácio de AndradaFernando Coruja Otavio LeiteJutahy Junior 3 vagasMendonça PradoRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNValadares Filho 2 vagasWolney Queiroz

PVRoberto Santiago 1 vaga

PSOLLuciana Genro Chico AlencarSecretário(a): José Maria Aguiar de CastroLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 308-A, DE

2004, DO SR. NEUTON LIMA, QUE "ALTERA OS ARTS. 21, 32E 144, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, CRIANDO AS POLÍCIAS

PENITENCIÁRIAS FEDERAL E ESTADUAIS".Presidente: Nelson Pellegrino (PT)1º Vice-Presidente: Neucimar Fraga (PR)2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: Mendonça Prado (DEM)

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Relator: Arnaldo Faria de Sá (PTB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnon BezerraArnaldo Faria de Sá Eduardo ValverdeFernando Melo Fernando FerroIriny Lopes Francisco RossiLaerte Bessa José GuimarãesMarcelo Itagiba Leonardo PiccianiNelson Pellegrino Lincoln PortelaNeucimar Fraga 2 vagasVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSJairo Ataide Alexandre SilveiraMendonça Prado Ayrton XerezRaul Jungmann Edson AparecidoRodrigo de Castro Pinto ItamaratyWilliam Woo 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Sueli VidigalJoão Dado 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PSOLChico Alencar 1 vagaSecretário(a): Mário Dráusio Oliveira de A. CoutinhoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6203 / 3216-6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 471-A, DE

2005, DO SR. JOÃO CAMPOS, QUE "DÁ NOVA REDAÇÃO AOPARÁGRAFO 3º DO ARTIGO 236 DA CONSTITUIÇÃO

FEDERAL", ESTABELECENDO A EFETIVAÇÃO PARA OSATUAIS RESPONSÁVEIS E SUBSTITUTOS PELOS SERVIÇOS

NOTARIAIS, INVESTIDOS NA FORMA DA LEI.Presidente: Sandro Mabel (PR)1º Vice-Presidente: Waldir Neves (PSDB)2º Vice-Presidente: Roberto Balestra (PP)3º Vice-Presidente: Tarcísio Zimmermann (PT)Relator: João Matos (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Dr. RosinhaJoão Matos João Carlos BacelarJosé Genoíno Luiz BassumaLeonardo Quintão Moacir MichelettoNelson Bornier Nelson MeurerRoberto Balestra (Licenciado) Nelson TradSandro Mabel Odair CunhaTarcísio Zimmermann Regis de Oliveira

PSDB/DEM/PPSGervásio Silva Carlos Alberto LeréiaHumberto Souto Raul JungmannJoão Campos Zenaldo CoutinhoJorge Tadeu Mudalen 2 vagasWaldir Neves

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto Djalma BergerGonzaga Patriota Valadares Filho

PVMarcelo Ortiz Ciro Pedrosa

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6207/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 483-A, DE2005, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 89 DO

ATO DAS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAISTRANSITÓRIAS", INCLUINDO OS SERVIDORES PÚBLICOS,CIVIS E MILITARES, CUSTEADOS PELA UNIÃO ATÉ 31 DE

DEZEMBRO DE 1991, NO QUADRO EM EXTINÇÃO DAADMINISTRAÇÃO FEDERAL DO EX - TERRITÓRIO FEDERAL

DE RONDÔNIA.Presidente: Mauro Nazif (PSB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAnselmo de Jesus Lucenira PimentelEduardo Valverde Marcelo MeloErnandes Amorim Sabino Castelo BrancoFátima Pelaes Valdir ColattoGorete Pereira Zequinha MarinhoMarinha Raupp 4 vagasNatan DonadonRebecca Garcia1 vaga

PSDB/DEM/PPSAndreia Zito Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo BarbosaMoreira Mendes Ilderlei CordeiroUrzeni Rocha 2 vagas1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena Sebastião Bala RochaMauro Nazif 1 vaga

PVLindomar Garçon Antônio Roberto

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Maria de Fátima MoreiraLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6204/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 511-A, DE2006, DO SENADO FEDERAL, QUE "ALTERA O ART. 62 DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL PARA DISCIPLINAR A EDIÇÃO DEMEDIDAS PROVISÓRIAS", ESTABELECENDO QUE A

MEDIDA PROVISÓRIA SÓ TERÁ FORÇA DE LEI DEPOIS DEAPROVADA A SUA ADMISSIBILIDADE PELO CONGRESSO

NACIONAL, SENDO O INÍCIO DA APRECIAÇÃO ALTERNADOENTRE A CÂMARA E O SENADO.

Presidente: Cândido Vaccarezza (PT)1º Vice-Presidente: Regis de Oliveira (PSC)2º Vice-Presidente: Fernando Coruja (PPS)3º Vice-Presidente: Bruno Araújo (PSDB)Relator: Leonardo Picciani (PMDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBCândido Vaccarezza Augusto FariasGerson Peres Fernando FerroJosé Eduardo Cardozo Ibsen PinheiroJosé Genoíno José MentorLeonardo Picciani Lúcio ValeMendes Ribeiro Filho Rubens OtoniPaes Landim 3 vagasRegis de OliveiraVicente Arruda

PSDB/DEM/PPS

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Bruno Araújo Bonifácio de AndradaFernando Coruja Edson AparecidoJoão Almeida Fernando de FabinhoJosé Carlos Aleluia Humberto SoutoRoberto Magalhães João Oliveira

PSB/PDT/PCdoB/PMNDr. Ubiali Flávio DinoWolney Queiroz 1 vaga

PVMarcelo Ortiz Roberto Santiago

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Aparecida de Moura AndradeLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6207FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERÀ PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO Nº 549-A, DE2006, DO SR. ARNALDO FARIA DE SÁ, QUE "ACRESCENTAPRECEITO ÀS DISPOSIÇÕES CONSTITUCIONAIS GERAIS,

DISPONDO SOBRE O REGIME CONSTITUCIONAL PECULIARDAS CARREIRAS POLICIAIS QUE INDICA".

Presidente: Vander Loubet (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)2º Vice-Presidente: William Woo (PSDB)3º Vice-Presidente: José Mentor (PT)Relator: Regis de Oliveira (PSC)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Angelo VanhoniDécio Lima Eliene LimaJair Bolsonaro José Otávio GermanoJosé Mentor Marcelo MeloLaerte Bessa Marinha RauppMarcelo Itagiba Paes LandimNeilton Mulim Sandro MabelRegis de Oliveira Valdir ColattoVander Loubet 1 vaga

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira Abelardo LupionJoão Campos Carlos SampaioJorginho Maluly Pinto ItamaratyRogerio Lisboa 2 vagasWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Flávio DinoVieira da Cunha João Dado

PVMarcelo Ortiz Dr. Talmir

PRBLéo Vivas Cleber VerdeSecretário(a): Valdivino Tolentino FilhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1 DE 2007, DO PODER EXECUTIVO,

QUE "DISPÕE SOBRE O VALOR DO SALÁRIO MÍNIMO APARTIR DE 2007 E ESTABELECE DIRETRIZES PARA A SUA

POLÍTICA DE VALORIZAÇÃO DE 2008 A 2023".Presidente: Júlio Delgado (PSB)1º Vice-Presidente: Paulo Pereira da Silva (PDT)2º Vice-Presidente: Íris de Araújo (PMDB)3º Vice-Presidente: Felipe Maia (DEM)Relator: Roberto Santiago (PV)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Aline Corrêa

Edgar MouryCarlos Alberto

CanutoGeraldo Resende vaga do PSDB/DEM/PPS Dr. Adilson SoaresÍris de Araújo Eudes XavierMarco Maia José GuimarãesPedro Eugênio Nelson PellegrinoPedro Henry 3 vagasReinhold Stephanes (Licenciado)Sandro MabelTarcísio Zimmermann

PSDB/DEM/PPSFelipe Maia Andreia ZitoFrancisco Rodrigues Efraim FilhoJosé Aníbal Fernando Chucre

Paulo Renato SouzaFernando de

Fabinho(Dep. doPMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNJúlio Delgado Daniel AlmeidaPaulo Pereira da Silva Sergio Petecão

PVRoberto Santiago Lindomar Garçon

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Valdivino Tolentino Filho

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 1610, DE 1996, DO SENADO

FEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A EXPLORAÇÃO E OAPROVEITAMENTO DE RECURSOS MINERAIS EM TERRASINDÍGENAS, DE QUE TRATAM OS ARTS. 176, PARÁGRAFO

PRIMEIRO, E 231, PARÁGRAFO TERCEIRO, DACONSTITUIÇÃO FEDERAL".

Presidente: Edio Lopes (PMDB)1º Vice-Presidente: Bel Mesquita (PMDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Eduardo Valverde (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAdão Pretto Celso MaldanerBel Mesquita Colbert MartinsDalva Figueiredo Fernando FerroEdio Lopes Homero PereiraEduardo Valverde Jurandil JuarezErnandes Amorim Paulo RobertoJosé Otávio Germano Paulo RochaLúcio Vale Simão SessimMendes Ribeiro Filho Vignatti

PSDB/DEM/PPSJoão Almeida Arnaldo JardimMarcio Junqueira Paulo Abi-ackelMoreira Mendes Pinto ItamaratyUrzeni Rocha Waldir NevesVitor Penido 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNMaria Helena João DadoPerpétua Almeida 1 vaga

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier Miguel MartiniSecretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6215FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECER

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AO PROJETO DE LEI Nº 1921, DE 1999, DO SENADOFEDERAL, QUE INSTITUI A TARIFA SOCIAL DE ENERGIA

ELÉTRICA PARA CONSUMIDORES DE BAIXA RENDA E DÁOUTRAS PROVIDÊNCIAS.

Presidente: Leandro Sampaio (PPS)1º Vice-Presidente: Luiz Carlos Hauly (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: João Pizzolatti (PP)Relator: Carlos Zarattini (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlexandre Santos Adão PrettoCarlos Zarattini Carlos Alberto CanutoErnandes Amorim Neudo CamposFernando Ferro Nilson MourãoJackson Barreto Pedro FernandesJoão Pizzolatti Tonha MagalhãesMoises Avelino 3 vagasPedro WilsonVicentinho Alves

PSDB/DEM/PPSEdson Aparecido Arnaldo JardimJosé Carlos Aleluia Augusto CarvalhoLeandro Sampaio Bruno AraújoLuiz Carlos Hauly Fábio SoutoSilvinho Peccioli Fernando de Fabinho

PSB/PDT/PCdoB/PMNAna Arraes Chico LopesSueli Vidigal Dagoberto

PVFábio Ramalho Roberto Santiago

PRBLéo Vivas 1 vagaSecretário(a): Ana Lúcia Ribeiro MarquesLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6214FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3057, DE 2000, DO SENHOR BISPO

WANDERVAL, QUE "INCLUI § 2º NO ART. 41, DA LEI Nº 6.766,DE 19 DE DEZEMBRO DE 1979, NUMERANDO-SE COMO

PARÁGRAFO 1º O ATUAL PARÁGRAFO ÚNICO",ESTABELECENDO QUE PARA O REGISTRO DE

LOTEAMENTO SUBURBANO DE PEQUENO VALORIMPLANTADO IRREGULARMENTE ATÉ 31 DE DEZEMBRO DE

1999 E REGULARIZADO POR LEI MUNICIPAL, NÃO HÁNECESSIDADE DE APROVAÇÃO DA DOCUMENTAÇÃO POR

OUTRO ÓRGÃO.Presidente: Maria do Carmo Lara (PT)1º Vice-Presidente: Marcelo Melo (PMDB)2º Vice-Presidente: Angela Amin (PP)3º Vice-Presidente: Jorge Khoury (DEM)Relator: Renato Amary (PSDB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Alex CanzianiCarlos Eduardo Cadoca Beto MansurJosé Eduardo Cardozo Celso MaldanerJosé Guimarães Celso RussomannoLuiz Bittencourt Edson Santos (Licenciado)Luiz Carlos Busato Homero PereiraMarcelo Melo José Airton CiriloMaria do Carmo Lara Joseph BandeiraRicardo Izar Zezéu Ribeiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Bruno AraújoAyrton Xerez Cezar SilvestriFernando Chucre Eduardo SciarraJorge Khoury Gervásio Silva

Renato Amary Ricardo Tripoli vaga do PSOL

Solange AmaralPSB/PDT/PCdoB/PMN

Arnaldo Vianna Chico Lopes1 vaga Gonzaga Patriota

PVJosé Paulo Tóffano Sarney Filho

PSOL

Ivan Valente(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa a

vaga)Secretário(a): Leila Machado CamposLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216.6212FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 334, DE 2007, DO SENADOFEDERAL, QUE "DISPÕE SOBRE A IMPORTAÇÃO,EXPORTAÇÃO, PROCESSAMENTO, TRANSPORTE,ARMAZENAGEM, LIQUEFAÇÃO, REGASEIFICAÇÃO,

DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE GÁS NATURAL",ALTERANDO A LEI Nº 9.478, DE 1997, NO QUE DIZRESPEITO AO GÁS NATURAL, INCLUINDO O GÁS

CANALIZADO.Presidente: Max Rosenmann (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: João Maia (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAlex Canziani Arnaldo Faria de SáAndre Vargas Beto MansurBel Mesquita Carlos ZarattiniFernando Ferro Dalva FigueiredoJoão Maia Dr. RosinhaMarcelo Guimarães Filho Geraldo PudimMax Rosenmann João Carlos BacelarNelson Meurer Marinha RauppVander Loubet Paes Landim

PSDB/DEM/PPSArnaldo Jardim Edson AparecidoArnaldo Madeira João AlmeidaEduardo Sciarra Jorge KhouryJosé Carlos Aleluia Leandro SampaioLuiz Paulo Vellozo Lucas Luiz Carreira

PSB/PDT/PCdoB/PMNBrizola Neto Edmilson ValentimRodrigo Rollemberg Francisco Tenorio

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira Ciro Pedrosa

PSOLIvan Valente 1 vagaSecretário(a): Fernando Maia LeãoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216-6205FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 3937, DE 2004, DO SR. CARLOS

EDUARDO CADOCA, QUE "ALTERA A LEI Nº 8.884, DE 11 DEJUNHO DE 1994, QUE TRANSFORMA O CONSELHO

ADMINISTRATIVO DE DEFESA ECONÔMICA (CADE) EMAUTARQUIA, DISPÕE SOBRE A PREVENÇÃO E AREPRESSÃO ÀS INFRAÇÕES CONTRA A ORDEM

ECONÔMICA E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente: Vignatti (PT)1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB)2º Vice-Presidente: Eduardo da Fonte (PP)3º Vice-Presidente: Silvinho Peccioli (DEM)

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Relator: Ciro Gomes (PSB)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAugusto Farias João MaiaCarlos Eduardo Cadoca Marcelo Guimarães FilhoCezar Schirmer Paes LandimEduardo da Fonte Ricardo BarrosEduardo Valverde Vadão GomesJoão Magalhães 4 vagasMiguel Corrêa Jr.Sandro MabelVignatti

PSDB/DEM/PPSAntonio Carlos Mendes Thame Fernando de FabinhoCezar Silvestri Luiz Paulo Vellozo LucasEfraim Filho Waldir NevesLuiz Carlos Hauly Walter IhoshiSilvinho Peccioli 1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro Gomes Evandro MilhomenDr. Ubiali Fernando Coelho Filho

PVAntônio Roberto Dr. Nechar

PHSMiguel Martini Felipe BornierSecretário(a): Heloisa Pedrosa Diniz.Local: Anexo II - Pavimento Superior - Sala 170-ATelefones: 3216.6201FAX: 3216.6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 694, DE 1995, QUE "INSTITUI ASDIRETRIZES NACIONAIS DO TRANSPORTE COLETIVO

URBANO E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".Presidente:1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAngela Amin Aline CorrêaChico da Princesa Carlito MerssJackson Barreto Edinho BezJosé Airton Cirilo Gilmar MachadoMauro Lopes Jurandy LoureiroPedro Chaves Jusmari OliveiraPedro Eugênio Paulo TeixeiraPedro Fernandes Ratinho JuniorPraciano 1 vaga

PSDB/DEM/PPSAffonso Camargo Claudio DiazArnaldo Jardim Fernando ChucreCarlos Sampaio Geraldo ThadeuEduardo Sciarra Nilmar RuizJosé Carlos Vieira Vitor Penido

PSB/PDT/PCdoB/PMNChico Lopes Julião Amin1 vaga Silvio Costa

PVJosé Fernando Aparecido de Oliveira 1 vaga

PSOL1 vaga 1 vagaSecretário(a): -

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A PROFERIR PARECERAO PROJETO DE LEI Nº 7.709, DE 2007, DO PODER

EXECUTIVO, QUE "ALTERA DISPOSITIVOS DA LEI Nº 8.666,DE 21 DE JUNHO DE 1993, QUE REGULAMENTA O ART. 37,INCISO XXI, DA CONSTITUIÇÃO, INSTITUI NORMAS PARA

LICITAÇÕES E CONTRATOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA,E DÁ OUTRAS PROVIDÊNCIAS".

Presidente: Tadeu Filippelli (PMDB)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: Márcio Reinaldo Moreira (PP)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBJosé EduardoCardozo

Hugo Leal

Márcio ReinaldoMoreira

José Santana de Vasconcellos

Milton Monti Lelo CoimbraPaes Landim Leo Alcântara vaga do PSOL

Paulo Teixeira Luiz CoutoPedro Chaves Maurício RandsPepe Vargas Pedro EugênioRita Camata Renato MollingTadeu Filippelli Vital do Rêgo Filho

1 vagaPSDB/DEM/PPS

Arnaldo Madeira Arnaldo JardimHumberto Souto Bruno AraújoJorge Khoury Carlos Alberto LeréiaJorginho Maluly Eduardo SciarraLuiz Carlos Hauly Marcos Montes

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio Osmar JúniorJulião Amin Valtenir Pereira

PVDr. Talmir Roberto Santiago

PSOL

Luciana Genro(Dep. do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBocupa a vaga)

Secretário(a): Maria Terezinha DonatiLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6215FAX: 3216-6225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINA A PROFERIR PARECER AOPROJETO DE LEI COMPLEMENTAR Nº 1, DE 2007, DO

PODER EXECUTIVO, QUE "ACRESCE DISPOSITIVO À LEICOMPLEMENTAR Nº 101, DE 4 DE MAIO DE 2000".

(PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO - PAC)Presidente: Nelson Meurer (PP)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Relator: José Pimentel (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArmando Monteiro Fátima BezerraEduardo Valverde Gorete PereiraFlaviano Melo Luiz Fernando FariaJosé Pimentel Paes LandimLeonardo Quintão Rodrigo Rocha LouresLúcio Vale 4 vagasMauro BenevidesNelson Meurer(Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMNocupa a vaga)

PSDB/DEM/PPSAlfredo Kaefer Claudio DiazAugusto Carvalho Silvio LopesMussa Demes 3 vagasZenaldo Coutinho1 vaga

PSB/PDT/PCdoB/PMN

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Alice Portugal Pompeo de Mattos

Arnaldo Vianna(Dep. do PRB ocupa a

vaga)Paulo Rubem Santiago vaga do

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

PVFernando Gabeira Edson Duarte

PHSFelipe Bornier Miguel Martini

PRBMarcos Antonio vaga do

PSB/PDT/PCdoB/PMN

Secretário(a): Angélica FialhoLocal: Anexo II - Pavimento Superior - sala 170-ATelefones: 3216-6218FAX: 32166225

COMISSÃO ESPECIAL DESTINADA A APRECIAR ASSOLICITAÇÕES DE ACESSO A INFORMAÇÕES SIGILOSAS

PRODUZIDAS OU RECEBIDAS PELA CÂMARA DOSDEPUTADOS NO EXERCÍCIO DE SUAS FUNÇÕES

PARLAMENTARES E ADMINISTRATIVAS, ASSIM COMOSOBRE O CANCELAMENTO OU REDUÇÃO DE PRAZOS DE

SIGILO E OUTRAS ATRIBUIÇÕES PREVISTAS NARESOLUÇÃO N º 29, DE 1993.

Presidente: Paulo Teixeira (PT)1º Vice-Presidente:2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente:Titulares Suplentes

PMDBColbert Martins

PTPaulo Teixeira

PSDBPaulo Abi-ackelSecretário(a): Eugênia Kimie Suda Camacho PestanaLocal: Anexo II, CEDI, 1º PisoTelefones: 3216-5600FAX: 3216-5605

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM AFINALIDADE DE INVESTIGAR A REALIDADE DO SISTEMA

CARCERÁRIO BRASILEIRO, COM DESTAQUE PARA ASUPERLOTAÇÃO DOS PRESÍDIOS, CUSTOS SOCIAIS E

ECONÔMICOS DESSES ESTABELECIMENTOS, APERMANÊNCIA DE ENCARCERADOS QUE JÁ CUMPRIRAM

PENA, A VIOLÊNCIA DENTRO DAS INSTITUIÇÕES DOSISTEMA CARCERÁRIO, A CORRUPÇÃO, O CRIME

ORGANIZADO E SUAS RAMIFICAÇÕES NOS PRESÍDIOS EBUSCAR SOLUÇÕES PARA O EFETIVO CUMPRIMENTO DA

LEI DE EXECUÇÕES PENAIS.Presidente: Neucimar Fraga (PR)1º Vice-Presidente: Bruno Rodrigues (PSDB)2º Vice-Presidente:3º Vice-Presidente: Luiz Carlos Busato (PTB)Relator: Domingos Dutra (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAfonso Hamm Arnaldo Faria de SáCida Diogo José LinharesDomingos Dutra Lincoln PortelaIriny Lopes Luiz CoutoJosé OtávioGermano

Mauro Lopes

Jusmari Oliveira Pedro EugênioLuciana Costa (Dep. do PSB/PDT/PCdoB/PMN ocupa a vaga)Luiz CarlosBusato

5 vagas

Marcelo ItagibaMaria do CarmoLaraNeucimar FragaRose de Freitas

PSDB/DEM/PPSAyrton Xerez Alexandre SilveiraBrunoRodrigues

Carlos Sampaio

Jorginho Maluly João CamposPaulo Abi-ackel José Carlos VieiraPinto Itamaraty Roberto RochaRaul Jungmann 2 vagasWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardoCamarinha

Paulo Rubem Santiago vaga do PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoB

FranciscoTenorio

Valtenir Pereira

Pompeo deMattos

2 vagas

PVDr. Talmir Fernando Gabeira

PHSFelipe Bornier 1 vagaSecretário(a): Sílvio Sousa da SilvaLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: (0xx61) 3216-6267/6252FAX: (0xx61) 3216-6285

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO DESTINADA AINVESTIGAR AS CAUSAS, AS CONSEQÜÊNCIAS E OS

RESPONSÁVEIS PELA MORTE DE CRIANÇAS INDÍGENASPOR SUBNUTRIÇÃO DE 2005 A 2007.

Presidente: Vital do Rêgo Filho (PMDB)1º Vice-Presidente: João Magalhães (PMDB)2º Vice-Presidente: Urzeni Rocha (PSDB)3º Vice-Presidente: Davi Alcolumbre (DEM)Relator: Vicentinho Alves (PR)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntônio Carlos Biffi Aníbal GomesCarlos Souza Bernardo AristonDr. Rosinha Henrique AfonsoEdio Lopes Joaquim BeltrãoGeraldo Resende Jusmari OliveiraJanete Rocha Pietá Luiz CoutoJoão Magalhães 6 vagasJosé GuimarãesPastor Manoel FerreiraRebecca GarciaVicentinho AlvesVital do Rêgo Filho

PSDB/DEM/PPSDavi Alcolumbre Antonio Carlos Mendes ThameFrancisco Rodrigues Bruno AraújoIlderlei Cordeiro Vanderlei MacrisMarcio Junqueira 4 vagasSebastião MadeiraUrzeni RochaWaldir Neves

PSB/PDT/PCdoB/PMNDagoberto 3 vagasOsmar Júnior1 vaga

PVEdson Duarte Edigar Mão Branca

PRBCleber Verde 1 vagaSecretário(a): Manoel Alvim

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Local: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: (0xx61) 3216-6210FAX: (0xx61) 3216-6285

COMISSÃO PARLAMENTAR DE INQUÉRITO COM AFINALIDADE DE INVESTIGAR ESCUTAS TELEFÔNICAS

CLANDESTINAS/ILEGAIS, CONFORME DENÚNCIAPUBLICADA NA REVISTA "VEJA", EDIÇÃO 2022, Nº 33, DE 22

DE AGOSTO DE 2007.Presidente: Marcelo Itagiba (PMDB)1º Vice-Presidente: Hugo Leal (PSC)2º Vice-Presidente: Paulo Abi-ackel (PSDB)3º Vice-Presidente: Alexandre Silveira (PPS)Relator: Nelson Pellegrino (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de Sá Carlos WillianColbert Martins Joseph BandeiraHugo Leal Laerte BessaIriny Lopes Luiz Carlos BusatoLincoln Portela Marcelo MeloLuiz Couto Maurício Quintella LessaMarcelo Guimarães Filho Nelson BornierMarcelo Itagiba Simão SessimNelson Meurer 4 vagasNelson PellegrinoPaulo PimentaRicardo Barros

PSDB/DEM/PPSAlexandre Silveira vaga do PSOL Andreia ZitoJoão Campos Fernando de FabinhoJorge Khoury Francisco RodriguesJorginho Maluly Mendonça PradoMarcio Junqueira Raul JungmannMarina Maggessi Renato AmaryPaulo Abi-ackel 1 vagaWilliam Woo

PSB/PDT/PCdoB/PMNFrancisco Tenorio 3 vagasMarcos Medrado1 vaga

PVSarney Filho Edson Duarte

PSOL(Dep. do PSDB/DEM/PPS ocupa avaga)

1 vaga

Secretário(a): Saulo Augusto PereiraLocal: Serviço de CPIs - Anexo II, Sala 151-BTelefones: (0xx61) 3216-6276FAX: (0xx61) 3216-6285

COMISSÃO EXTERNA PARA ACOMPANHAR A APURAÇÃODAS DENÚNCIAS DE ABUSOS SEXUAIS SOFRIDOS PELAADOLESCENTE MANTIDA EM CELA COM 20 HOMENS, NO

MUNICÍPIO DE ABAETETUBA/PA.Coordenador: Luiza Erundina (PSB)Titulares Suplentes

PMDBBel MesquitaElcione Barbalho

PTCida DiogoLuiz CoutoMaria do RosárioZé Geraldo

DEMLira Maia

PSDBZenaldo Coutinho

PR

Jusmari OliveiraPSB

Luiza ErundinaSecretário(a): Valdivino TolentinoLocal: Anexo II, Pavimento Superior, Sala 170-ATelefones: 3216-6206/6232FAX: 3216-6225

GRUPO DE TRABALHO PARA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS.Coordenador: Cândido Vaccarezza (PT)Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBAntonio PalocciAsdrubal BentesCândido VaccarezzaJosé MentorMauro BenevidesNelson MarquezelliPaulo MalufRegis de OliveiraRita CamataSandro MabelSérgio Barradas Carneiro

PSDB/DEM/PPSArnaldo JardimBruno AraújoBruno RodriguesJosé Carlos AleluiaLuciano PizzattoRicardo Tripoli

PSB/PDT/PCdoB/PMNCiro GomesFlávio DinoMiro Teixeira

PVMarcelo OrtizSecretário(a): Luiz Claudio Alves dos SantosLocal: Anexo II, Ala A, sala 153Telefones: 3215-8652/8FAX: 3215-8657

GRUPO DE TRABALHO PARA EFETUAR ESTUDO EMRELAÇÃO À EVENTUAL INCLUSÃO EM ORDEM DO DIA DEPROJETOS EM TRAMITAÇÃO NA CASA, SOBRE DIREITOPENAL E PROCESSO PENAL, SOB A COORDENAÇÃO DO

SENHOR DEPUTADO JOÃO CAMPOS.Titulares Suplentes

PMDB/PT/PP/PR/PTB/PSC/PTC/PTdoBArnaldo Faria de SáJosé Eduardo CardozoMarcelo ItagibaNeucimar FragaVinicius Carvalho

PSDB/DEM/PPSJoão CamposRaul JungmannRoberto Magalhães

PSB/PDT/PCdoB/PMNAbelardo CamarinhaFlávio DinoVieira da CunhaSecretário(a): .

GRUPO DE TRABALHO DESTINADO A ESTUDAR OREMANEJAMENTO DO ESPAÇO FÍSICO DAS LIDERANÇAS

PARTIDÁRIAS.Coordenador: Hugo Leal (PSC)Titulares Suplentes

PMDBOsmar Serraglio

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Vital do Rêgo FilhoPT

Walter PinheiroPSDB

Sebastião MadeiraPR

Luciano CastroPP

Nelson MeurerPDT

Mário HeringerPSC

Hugo LealPMN

Silvio CostaSecretário(a): .

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PODER LEGISLATIVO SENADO FEDERAL SERVIÇO DE ADMINISTRAÇÃO ECONÔMICO-FINANCEIRA

DIÁRIO DO CONGRESSO NACIONAL

PREÇO DE ASSINATURA

SEMESTRAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 58,00 Porte do Correio R$ 488,40 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 546,40

ANUAL

Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – s/o porte (cada) R$ 116,00 Porte do Correio R$ 976,80 Diário do Senado Federal ou Diário da Câmara dos Deputados – c/o porte (cada) R$ 1.092,80

NÚMEROS AVULSOS

Valor do Número Avulso R$ 0,50 Porte Avulso R$ 3,70

ORDEM BANCÁRIA

UG – 020055 GESTÃO – 00001

Os pedidos deverão ser acompanhados de Nota de empenho, a favor do

FUNSEEP ou fotocópia da Guia de Recolhimento da União-GRU, que poderá ser retirada no SITE: http://consulta.tesouro.fazenda.gov.br/gru/gru–simples.asp Código de Recolhimento apropriado e o número de referência: 20815-9 e 00002 e o código da Unidade Favorecida – UG/GESTÃO: 020055/00001 preenchida e quitada no valor correspondente à quantidade de assinaturas pretendidas e enviar a esta Secretaria. OBS: NÃO SERÁ ACEITO CHEQUE VIA CARTA PARA EFETIVAR ASSINATURA DOS DCN’S.

Maiores informações pelo telefone (0XX–61) 3311-3803, FAX: 3311-1053, Serviço de Administração Econômica Financeira/Controle de Assinaturas, falar com, Mourão ou Solange. Contato internet: 3311-4107

SECRETARIA ESPECIAL DE EDITORAÇÃO E PUBLICAÇÕES PRAÇA DOS TRÊS PODERES, AV. N/2, S/Nº – BRASÍLIA–DF

CNPJ: 00.530.279/0005–49 CEP 70 165–900

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