Reposicao Hormonal Homem

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  • Reposio hormonal tambm coisa de homem

    Ondas de calor, suor intenso, sensao repentina de frio, nusea, palpitaes, irritabilidade, mudanas de humor. Os sintomas so de uma mulher na menopausa. Mas na verdade as vtimas so homens com mais de 40 anos em uma crise provocada por baixa de hormnios. Poucas pessoas sabem, mas muitos deles tambm precisam fazer reposio hormonal ou sofrero os males do distrbio andrognico do envelhecimento masculino (DAEM).

    Entre 30 e 40 anos, os homens comeam a ter uma perda de aproximadamente 1% da testosterona por ano, alm do aumento da protena SHBG, que inativa o hormnio masculino. A baixa leva muitos a apresentarem queixas. Os sintomas do DAEM aparecem em 8% dos homens de 40 a 49 anos, 12% dos entre 50 e 59 anos, 19% daqueles na faixa dos 60, 26% nos de 70 a 79 e 40% dos acima de 80 anos.

    - Quando o paciente vai ao consultrio fazer um check up prosttico, essencial que o mdico pergunte se ele est com perda de plos do corpo, diminuio da massa muscular, insnia e ansiedade. O sintoma que mais incomoda baixa de libido e dificuldade de ereo - explica o urologista Charles Rosenblatt, do hospital Albert Einstein. - A maioria no conhece o distrbio e o confunde com outras condies.

    Outros sintomas incluem tendncia anemia e osteoporose, pele ressecada, dificuldade de concentrao e raciocnio lento. O mal detectado com uma dosagem sangunea da testosterona. Se estiver em baixa e ele no tiver cncer, recomenda-se comear a reposio hormonal imediatamente.

    - O tumor se alimenta de testosterona, por isso o paciente no pode tomar a medicao. Quem tem histrico de cncer na famlia tem de ser acompanhado mais de perto - acrescenta Rosenblatt.

    Para os pacientes com cncer, indicada a ingesto de remdios fitoterpicos a base de extratos vegetais com a funo dos hormnios.

    Injeo

    Hoje em dia a reposio costuma ser feita com o medicamente undecilato de testosterona, uma injeo com ao de 90 dias. Inicialmente o paciente toma uma aplicao trimestral por um ano e avaliada a necessidade de continuar. Mas a maioria segue com a reposio por toda a vida, fazendo exames periodicamente.

    O tratamento tambm pode ser com um gel transdrmico, aplicado localmente todo dia. Sua eficcia controlada por exames peridicos. A pessoa apresenta uma melhora significativa depois de trs ou quatro semanas. H ainda uma injeo tomada duas vezes por ms, mas segundo os mdicos, a ao tem um pico e depois cai. As medicaes via oral tambm no so recomendadas, porque prejudicam o fgado.

    Estudos revelam que homens com fatores de risco, como doenas cardiovasculares e diabetes, tm trs vezes mais chances de manifestar a deficincia do hormnio. Quem tem vida sedentria, muita gordura abdominal, fuma, bebe e hipertenso tambm corre risco maior de ter DAEM. Carlos Augusto Bittencourt, 81 anos, fez a

    Clinica de Urologia Dr. Charles Rosenblatt Av. Albert Einstein 627, 12. andar, sala 1204-b, So Paulo SP. Tel.:(11) 3747-3204

  • reposio h alguns meses por ser diabtico.

    - Como j estou com muita idade, meu mdico achou que eu devia fazer a complementao - explica Bittencourt. - Mas tambm procuro ter vida ativa, fao esporte, me alimento e durmo bem.

    Antnio Pereira Bueno, urologista do Hospital Badim/Rede DOr, explica que a testosterona produzida a partir da idade fetal e relacionada ao desenvolvimento dos caracteres sexuais secundrios, como voz grossa e plos, e ao sistema reprodutivo. Da produo, 95% ocorre nos testculos e 5% nas glndulas acima dos rins.

    Segundo o mdico, o homem no tem andropausa, como muitos acreditam. O termo incorreto porque eles so frteis at a morte, diferente das mulheres, que no podem procriar na menopausa. O homem tem apenas menor produo de testosterona, enquanto a mulher pra de produzir estrognio.

    - Na pr-histria o homem no devia ter filhos com idade avanada porque era difcil defend-los e arrumar comida pra famlia. Assim, como para mulher houve a menopausa, o homem sofreu a reduo da fertilidade - justifica Bueno.

    Em alguns homens, a diminuio da testosterona maior e os sintomas aparecem com mais intensidade. Correm mais riscos os homens com algum grau de atrofia testicular, como uma inflamao no testculo que causa fibrose e diminui a massa testicular produtora de testosterona. A atrofia tambm pode acontecer quando a pessoa nasce com o testculo fora do local apropriado e faz uma cirurgia reparatria.

    Fonte: Jornal do Brasil - R

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  • Testosterona na medida

    Especialistas revelam quando repor a testosteronaA queda hormonal tambm um problema masculino, conhecido como andropausa, e que pode causar desde ganho de peso at disfuno ertil e depresso aps os 40 anos. Repor o hormnio masculino a soluo para alguns casos

    POR ADRIANO CATOZZI

    Os calores e as alteraes hormonais na mulher madura so amplamente discutidos e abordados - todo mundo conhece. Mas, do equivalente masculino, chamado popularmente de andropausa, pouco se ouve falar. E isso tambm culpa do prprio homem, que muitas vezes guarda para si os sintomas, em vez de buscar ajuda mdica. A verdade que o Distrbio Andrognico do Envelhecimento Masculino (DAEM) ou Hipogonadismo Masculino Tardio (estes, sim, os nomes corretos dessa diminuio dos nveis do hormnio masculino - a testosterona - que ocorre nesta fase) guarda semelhanas, mas tambm muitas diferenas em relao menopausa. E o mais importante: facilmente passvel de tratamento e soluo. Basta que os'maches' criem coragem para procurar ajuda especializada.

    Por se tratar de um distrbio hormonal, natural que os homens recorram a um endocrinologista. Mas, como eles s comeam a se preocupar quando o problema comea a atingir a esfera sexual (principalmente baixa da libido e dificuldades de ereo,

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  • diminuindo seu desempenho sexual), mais comum que acabem procurando pelo urologista, o que tambm no errado.

    "Este tipo de manifestao gera no paciente uma preocupao maior do que com outras reaes. E, como a masculinidade sempre esteve ligada ao perfeito desempenho sexual, essas alteraes podem desencadear processos psicolgicos de perda da autoestima at quadros depressivos", revela o urologista Geraldo Garcia, presidente do Departamento de Andrologia da Sociedade Brasileira de Urologia.

    O fato que vrios outros sintomas esto diretamente relacionados queda de testosterona no organismo e no devem ser desprezados: reduo da massa muscular, aumento do percentual de gordura corporal (principalmente a abdominal), diminuio da fora fsica e maior risco de osteoporose, para citar alguns aspectos fsicos; e depresso, irritabilidade, cansao, desnimo, distrbios do sono e at comprometimento da memria e raciocnio, entre os comportamentais.

    "Esse quadro predispe ao desenvolvimento da sndrome metablica, um conjunto de fatores de risco para as doenas cardiovasculares, incluindo hipertenso arterial e aumento do colesterol", adverte a mdica endocrinologista Ruth Clapauch, diretora da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. Uma prevalncia que, nos Estados Unidos, atinge at 44% dos homens entre 60 e 69 anos. Segundo a mdica, quem apresenta a sndrome metablica tem, por exemplo, um risco cinco vezes maior de desenvolver diabetes em relao a quem no tem.

    Reposio hormonal e cncer

    Os efeitos da reposio de testosterona sobre a prstata mereceram a ateno dos pesquisadores, por um temor da

    populao de que pudesse propiciar o aparecimento de cncer. Temor injustificado, segundo Ernani Rhoden, professor da

    Faculdade de Cincias Mdicas de Porto Alegre e autor de um trabalho sobre o assunto publicado noNew England Journal of Medicine. " improvvel que a testosterona, por si s, esteja

    relacionada a maior incidncia de cncer de prstata", afirma o urologista. De fato, a literatura cientfica atual mostra isso. O

    artigo do professor Ernani comparou 25 estudos desenvolvidos por vrias universidades internacionais sobre a relao entre os nveis de testosterona e o cncer de prstata, representando um

    universo de mais de dois mil homens. A concluso foi de que no houve maior incidncia da doena nos pacientes tratados com o hormnio, se comparados queles que no se trataram. Apenas 1% daqueles submetidos reposio desenvolveu a

    doena, cujo ndice muito semelhante ao encontrado na populao masculina em geral.

    A Sociedade Brasileira de Urologia estima que de 10% a 20% dos homens com mais de 50 anos apresentem queda da produo de testosterona, sendo que a diminuio mdia do hormnio seja de 1% ao ano, a partir dos 30 anos de idade. Assim, um em cada oito homens na faixa dos 50 anos - e um tero daqueles com mais de 60 - apresentam nveis baixos de testosterona no sangue. No h dados oficiais de sua incidncia no Brasil, mas nos Estados Unidos essa condio atinge de dois a quatro milhes de homens, nmeros que devem aumentar com o envelhecimento da populao.

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  • Quando procurar tratamento

    No existe uma idade certa para o homem buscar ajuda mdica. De acordo com o consenso da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) sobre o Distrbio Andrognico do Envelhecimento Masculino (DAEM), o diagnstico correto parte da presena de alguns sinais para que sejam indicados exames laboratoriais - e isso pode ser considerado j a partir dos 30 anos. "O diagnstico deve estar alicerado na constatao de nveis laboratoriais de testosterona inferiores normalidade, alm de sintomas caractersticos do problema", explica o urologista Geraldo Garcia. Eventualmente, podem ser solicitados exames de outros hormnios.

    Segundo a endocrinologista Ruth Clapauch, como existe uma oscilao natural nos nveis de testosterona durante o ano, somente fazer uma nica dosagem no suficiente. O diagnstico deve ser confirmado com uma segunda amostra. Ela explica que, durante o envelhecimento, os nveis de testosterona total podem estar ainda na faixa normal (at 400 pg/ml)*, porm a testosterona ativa, em baixa. Isto ocorre porque, com a idade, h uma elevao da protena ligadora dos esterides sexuais (SHBG) que imobiliza o hormnio masculino e no permite sua ao nos tecidos.

    Nos homens com mais de 40 anos, o ideal obter uma primeira dosagem da testosterona total; se estiver menor que 4000 pg/ml, na amostra confirmatria deve-se dosar tambm a SHBG para obter-se, ento, os nveis da testosterona livre calculada.

    A hora de repor os hormnios

    Se os nveis de testosterona esto comprovadamente abaixo do esperado, indicada a terapia de reposio hormonal. Esse tratamento feito principalmente por meio de injees intramusculares de enantato, cipionato e proprionato de testosterona aplicadas a cada duas ou trs semanas. Embora eficiente, estes compostos atingem pouca estabilidade nos nveis plasmticos, ou seja, alcanam "picos" logo que so administrados e caem a nveis abaixo do desejado ao final do intervalo. H ainda comprimidos de derivados de testosterona, mas que podem apresentar toxicidade heptica. Um novo tratamento, base de undecanoato de testosterona, acaba de chegar ao Brasil sem apresentar esses inconvenientes, sendo aplicado somente a cada trs meses. "O medicamento propicia uma liberao gradual do hormnio, mantendo nveis estveis de testosterona no sangue", explica a mdica Ruth Clapauch.

    Apesar da reverso dos sintomas provocados pela deficincia hormonal, a reposio de testosterona apresenta riscos: crescimento da prstata (por isso a contra-indicao para pacientes portadores ou com suspeita de cncer de prstata), disfuno do fgado, alteraes hematolgicas e do sistema cardiovascular e at apnia do sono - normalmente reversveis com a interrupo do tratamento. "Tudo depende da dose e de uma boa avaliao mdica antes do tratamento", ressalta a mdica endocrinologista Ruth Clapauch. "Estes parmetros devem ser reavaliados a cada trs meses no primeiro ano de reposio da testosterona e, depois, uma vez ao ano", acrescenta o urologista Geraldo Garcia.

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  • A queda hormonal ocorre de forma diferente em homens e mulheres

    ANDROPAUSA X MENOPAUSA

    A maior diferena entre a andropausa (masculina) e a menopausa (feminina) que, na mulher, existe uma pausa brusca da produo de estrognios, o que acarreta sintomas evidentes como ondas de calor, alteraes sexuais e psquicas, alm da falta da menstruao - geralmente por volta dos 45 a 55 anos.

    No homem, ao contrrio, no existe parada brusca da produo de testosterona

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  • e sim um decrscimo lento e progressivo de 1% ao ano, em geral a partir dos 40 anos. Tambm no so todos os homens que so acometidos pela andropausa: a queda ocorre em 20% dos homens entre 60 e 69 anos, 30% daqueles entre 70 e 79 anos e de 50% dos que esto com idade acima de 80 anos.

    Como a diminuio da produo de testosterona muito lenta, geralmente os sintomas no so identificados - o que um problema. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia, que escreveu as Diretrizes para Diagnstico e Tratamento desta condio, adotadas pela Associao Mdica Brasileira, recomenda o termo Hipogonadismo Masculino Tardio, pois se refere diminuio da funo gonadal masculina (testicular) no homem idoso

    Dr.Charles Rosenblatt, mdico urologista do Hospital Albert Einstein, especialista em reposio hormonal masculina e DAEM (antigamente chamada de Andropausa).

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