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Revista Republicana Julho de 2016 | Página R EPUBLICANA Ano 6 - N o 33 - Julho de 2016 - Brasília (DF) - Distribuição gratuita Revista www.prp.org.br Veja também: Página 8 PRP: NOSSA MARCA, NOSSA IDENTIDADE! Confira as regras para a campanha Página 16 Nacional disponibiliza o Manual de Identidade Visual do partido para fortalecer a marca nas eleições 2016

Republicana Revista - PRP · naqueles anos turbulentos são, hoje, realidades estabelecidas ou ultra-passadas, ou, então, são peças de museu. Para a sociedade atual, os ... tem

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www.prp.org.br

Veja também:

Página 8

PRP: NOSSA MARCA, NOSSA IDENTIDADE!

Confira as regras para a campanha

Página 16

Nacional disponibiliza o Manual de Identidade Visual do partido para fortalecer a marca nas eleições 2016

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Lá se vão 85 anos desde que Veríssimo escreveu essas palavras, colocando-as na boca da personagem Olívia, em carta dirigida a Eugê-nio. Parece fazer tanto tempo. Aquele Brasil do início dos anos de 1930 parecia fadado a mudar. O presidente Washington Luís havia sido de-posto e Getúlio Vargas, tão gaúcho quanto Veríssimo (nascidos a 234 quilômetros de distância, em linha reta), prometia levar para o Brasil os ventos refor- mistas que a Nação implorava.

Veríssimo soube captar nas teclas de sua máquina de escrever o sentimento do povo brasileiro criando personagens brilhantes como a revolucionária Olívia e o candidato a burguês Eugênio e todas as contra-dições de sua época. Getúlio, por seu lado, soube catalisar a insatisfação política do País, invertendo o eixo do poder para derrubar uma oligar-quia que se revezava no poder com a liberdade de pirilampos.

Oito décadas depois e parece que nada mudou. Sabemos que mudou. O mundo mudou. A tecnologia avançou. Coisas impensáveis naqueles anos turbulentos são, hoje, realidades estabelecidas ou ultra-passadas, ou, então, são peças de museu. Para a sociedade atual, os parâmetros dos anos de 1930 são coisas de filmes antigos. A história soterrou as minúcias.

No campo da política poucas mudanças foram verificadas. O sis-tema político brasileiro pode ser comparado à metáfora utilizada pelo jornalista estadunidense Matt Taibbi para se referir ao banco de investi-mento Goldman Sachs: “Uma grande lula-vampiro com seus tentáculos ao redor do rosto da humanidade, sugando implacavelmente o sangue de qualquer coisa que cheire a dinheiro”.

Lula-vampiroNo caso da política brasileira poderíamos dizer que o sistema man-

tido pelos grandes partidos e as “300 Famílias” que dominam o País “é uma grande lula-vampiro com seus tentáculos ao redor da Nação, sugan-do insaciavelmente o sangue que qualquer coisa que cheire a voto e po-der.” É uma fome sem fim, é um pesadelo pantagruélico. Ah, em tempo, “lula-vampiro” (Vampyroteuthis infernalis) não tem nenhuma relação ou conotação ao presidente Lula.

O sistema político brasileiro é uma espécie em extinção, mas que requer vontade e tenacidade para que seja extinto. Avessos à violência das armas, os republicanos progressistas do PRP acreditam que as urnas ainda são o melhor caminho para extinguir este sistema exangue que, na ânsia de sobreviver, suga nosso sangue com a ferocidade de um vampiro faminto. A agressividade do sistema é tamanha que seus tentáculos engravatados desconhecem a fome, a miséria, a dor e o sofrimento do povo brasileiro.

Agora, bem recentemente, o governo federal liberou aumento de

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Alicerces para um novo BRASIL“Há na Terra um grande trabalho a realizar.

É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. Não podemos cruzar os braços

enquanto os aproveitadores sem escrúpulos engendram os monopólios ambiciosos, as guerras e as intrigas cruéis. Temos de fazer-lhes frente”

Trecho do livro “Olhai os Lírios do Campo”, de Érico Veríssimo, publicado em 1931

EXPEDIENTE

A Revista Republicana é de propriedade da Fundação Dirceu Gonçalves Resende, órgão de educação e doutrina do Partido Republi-cano Progressista (PRP).

Conselho Diretor da Fundação DGRPresidente: Ovasco Altimari ResendeVice-presidente: Bruno Altimari Resendede MattisDiretor Adm. financeiro: Marlene Machado CherulliConselho Curador:Presidente: José Roberto RamiresVice-presidente: Mirley Altimari ResendeSecretário: André Luiz Alves

Membros do Conselho CuradorJosé Roberto RamiresMirley Altimari ResendeMargareth D´Arc Altimari Resende de MattisKátia Emília Altimari ResendeOvasco Roma Altimari ResendeDervina Cumba RamiresMarlene Machado Cherulli Carla Machado Cherulli ResendeJosé Roberto Ramires JuniorLeandro Henrique BerselineLuzia Meires Altimari MacrianiAndré Luiz AlvesRosangela Cristina Ramires da SilvaAntonio Nassif MaklufJorcelino BragaRoberto BerselineRonaldo Martins Araújo Fernanda Cristina CaprioAdemir de Mattis JuniorSede: Rua Santo André, 534, sala 2, Jardim Europa, São José do Rio Preto – SPTel.: (17) 3224-2468

Escritório de Brasília (DF): Sig Sul - Qd. 1 - Lotes 495, 505, 515 - sala 124; Ed. Barão do Rio Branco | CEP: 70610-410Tel.: (61) 3326-0052

Jornalista Responsável: Rita Fernandjes [email protected] Fotógrafos desta edição: Rita Fernandjes, Lula Marques, Flávia Letícia de Souza

Colaboração: Marival Correa Foto de Capa: Rita Fernandjes

Impressão: Editora J.G. Rio PretoTiragem: 10 mil exemplares

Foto extraída do site 500px.com

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salário para os endinheirados do sistema. Enquanto o trabalhador tem como parâmetro um salário mínimo de R$ 880,00 o governo estabelece como teto salarial a quantia de R$ 36.813,00 (ou seja, 41 salários mínimos). Isso sem contar as benesses, as mor-domias e “bolsas isso e aquilo” e outros que tais dos ministros, deputados e senadores. São ajudas que nem sabemos para que servem, como auxílios para pagar aluguel, comprar ternos, via-jar de avião, engraxar sapa- tos.... Há algo de muito podre na República brasileira e este mau cheiro incomoda. Ou começa a incomodar.

Nova ConstituiçãoN e n h u m a m u d a n ç a começa de cima e o Brasil pre-cisa mudar a partir do seu alicerce. B a l d r a m e não basta;p r e c i s a fundação pro-funda. Mudan- ças que vem de cima são produzi-das pelo próprio sis-tema. O Brasil requer mudanças que brotam debaixo para cima, que ir-radia do povo para o governo e não o contrário.

Nossa atual Constituição veio de cima dizendo-se a mais democrática das constituições brasileiras. Entretanto, está longe de ser democrática, cidadã e generosa com o nosso povo. É uma constituição feita de encomenda para privilegiar a elite bra-sileira (aquele 1% de endinheirado que manda no País) e dar um abano a 20% da população: a considerada rica e a classe média alta. Ou seja, as ditas classes A e B. Os endinheirados do grupo do 1% são classe AAA: são brasileiros que passam seus finais de semana em Miami, New York, Paris, Monte Carlo e outros paraísos.

O PRP defende a convocação de uma Assembleia NacionalConstituinte, formada por constituintes eleitos única e exclusiva-mente para produzir uma nova Constituição. Constituintes que serão proibidos de disputar eleições para deputado federal e sena-dor nos dois pleitos consecutivos após a promulgação na nova Carta Magna. Somente uma Constituinte livre das amarras dos cargos ele-tivos poderá elaborar uma Constituição que repudie os privilégios dos governantes como reeleições sucessivas, benesses e auxílios

desnecessários que enriquecem parlamentares em detrimento dos brasileiros. É preciso que sejam levadas a efeito verdadeiras refor-mas política, fiscal, tributária e bancária; uma Constituinte que pro-teja a Nação, fortaleça o povo, minimize o poder do Estado e regule

a ação dos governos. Ao promulgar a nossa Constituição, Ulisses Gui-

marães a chamou de “Constituição Cidadã”. Ao completar 30 anos (daqui dois anos), a nos-

sa Carta Maior é uma colcha de retalhos cujas Leis Complementares previstas

jamais foram sequer debatidas. Essa Constituição fortaleceu o

Estado e o Governo enquanto o povo foi enfraquecido. Ela

criou enormes direitos e provocou a frouxidão dos

deveres. Hoje, cobramos com celeridade nossos direitos e esquecemos num canto os deveres a serem cumpridos.

Faz-se necessário concordar com o jor-nalista Fernão Lara Mesquita quando diz que a atual Constitu-ição “Não passa de um compêndio de exceções

ao império da lei e dos privilégios garantidos a

uns e negados a outros”. Diminuir o Estado e en-

colher o Governo são duas premissas que precisam ser

alçadas às esferas maiores das discussões políticas. Antes de

quaisquer reformas, urge reformar a Constituição por constituintes não

contaminados pelo modo operante dos políticos profissionais.

“Nós, o povo”Essa reforma começa aqui: nos Municípios. As eleições

municipais são o caminho mais curto e preferencial para reformar o Estado e os Governos. Cabe aos partidos políticos e à sociedade or-ganizada mostrarem ao povo que “nós, o povo” somos plenamente responsáveis pelas escolhas que fazemos. Se a Câmara Municipal vai mal, foi o povo que a escolheu. Se o prefeito é ruim, ladrão, corrupto e péssimo administrador, foi novamente o povo quem o escolheu. Diante disso, torna-se imprescindível que a Constituição estabe-leça meios para que quem elege possa cassar. Criar mecanismo de defesa do povo contra os populistas, os demagogos, os mentirosos, os cínicos e os ladrões que volta e meia se encastelam nos poderes públicos.

Promover e Democracia Direta/Participativa e Inclusiva é um dos mecanismos de aprimoramento e aperfeiçoamento das liber-dades coletiva e individual. É imperativo que aconteçam mudanças nos sistemas governamental e político no Brasil. Defenestrar os

cargos em comissões que no País são distribuí-dos aos milhares e impedir a proliferação cada vez mais de benesses e auxílios a políticos e seus auxiliares. Gastar com parcimônia e equidade o dinheiro público. E isso precisa começar com as Prefeituras e Câmaras Municipais. O jovem pre-feito de São Luís, Edvaldo Holanda, ao assumir a Prefeitura cortou 42 mil cargos em comissão; sofreu um verdadeiro linchamento político por parte de vereadores e seus acólitos.

Dispor de uma forma de avaliar os eleitos a cada dois anos e de meios para cassá-los caso não sejam aprovados. Quatro ou cinco anos é muito tempo para conviver com os erros. Os malefícios são irreparáveis. Uma das sugestões do PRP é que os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) promovam um curso intensivo de adminis- tração pública para todos aqueles que queiram ser candidatos a prefeito e a vereador. O mesmo valendo para deputados e governadores. O curso intensivo terá que ser obrigatório, condição sine qua non para registro de candidaturas.

Os municípios, os Estados e o País pagam

muito bem para seus políticos. Sem querer im-pedir ninguém de participar das eleições, nem querer elitizar o processo eleitoral, é necessário que os mandatários políticos tenham um míni-mo de conhecimento sobre administração públi-ca. É uma temeridade colocar uma cidade com milhares de vidas sob a responsabilidade de um político incompetente, ignorante das leis e sem percepção humana para governar. Uma vida perdida por incompetência administrativa é um crime contra a humanidade.

Cursos de FormaçãoMelhorar o nível intelectual, cultural e so-

cial dos políticos brasileiros é uma tarefa que o PRP vem realizando com seus quadros, com os seus militantes em todo o País. A Executiva Na-cional já promoveu cerca de 120 cursos de for-mação política e doutrina partidária para levar aos seus filiados e dirigentes conhecimento e esclarecimentos, pregando a necessidade de se conhecer o Estatuto, Programa e Manifesto do partido. Acreditamos que somente a Educação é

o caminho para o crescimento pessoal e político do cidadão.

Nosso objetivo é levar aos jovens o conhecimento necessário para que pos-sam amanhã governar o País com res- ponsabilidade e generosidade para com o povo brasileiro. Como acentuou Xi Jinping, presidente da China, em 9 de junho de 2014: “o futuro sempre pertence aos jo- vens. Um grupo grande de talentos jovens inovadores significa o vigor da inovação no país e também a esperança do desen-volvimento científico e tecnológico”. Mas vamos mais além, os jovens e as mulheres precisam se empoderar, precisam assumir sua responsabilidade pelo presente e pelo futuro do Brasil.

Sem a Educação como bandeira não temos sequer condições de discutir o fu-turo. Sabemos que o professor de hoje educa os governantes do futuro. Num partido não é diferente. Assim como uma sala de aula ou um time de futebol é pre-

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Pré-candidatos a prefeito e a

vereador em cidades da região Noroeste de

São Paulo participaram de curso de formação

política, organizado pelo PRP em São José do Rio Preto, em maio

Perrepistas que vão disputar as eleições deste ano em cidades do Ceará participaram de curso preparatório, realizado em Fortaleza, em julho

Foto: Agência Senado

Foto: Acervo PRP Nacional

Foto: Flávia Letícia de Souza

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lelé arantes ARTIGO

FARRA PARTIDÁRIA

A t r i b u i - s e essa frase a Lênin: “xingue-os do que você é, acuse-os do que você faz”. É uma falsa atribuição; eu não a encontrei em nenhum dos livros de sua autoria. A não ser que seus tradutores a tenham escondi-do muito bem. Todavia, ela cabe perfeita-mente à falácia do presidente interino Michel Temer sobre os pequenos partidos. Ao abordar a aplicação de uma cláusula de desempenho para por um fim à “farra partidária”, Temer falta com a verdade à Nação e procura desviar o foco dos holofotes para um bode expiatório. E esse bode expiatório são os partidos de pequena ou nenhuma bancada federal.

Em primeiro lugar, constitucionalmente não existe parti-do pequeno. Todos foram fundados de acordo com a legislação eleitoral vigente, portanto, dentro das normas constitucionais. É simplesmente canhestro da parte de um presidente da República, ainda que interino, referir-se aos partidos – sejam eles “grandes” ou “pequenos” – da forma como Temer se referiu. É desrespeito-so e antidemocrático.

O que está sob este véu? Está o Fundo Partidário e a perda de cadeiras na Câmara dos Deputados. É notório o crescimento dos partidos não tradicionais a cada eleição federal. Cada novo depu-tado eleito por um partido que não seja dos chamados “grandes partidos”, dominados e comandados pela velha oligarquia bra-sileira, é um nome das velhas famílias tradicionais que cai. Em alguns Estados brasileiros muitos candidatos novos desistem das candidaturas por meio de coações e ameaças.

O povo brasileiro não sabe que a cada voto outorgado a um deputado federal é uma fração do Fundo Partidário que vai para a conta dos partidos. Qual é o problema dos “grandes”: é ver que os “pequenos” estão tirando fatias cada vez maiores do Fundo Partidário. Com meia dúzia de partidos, o Fundo será grande para todos. Com 35, o Fundo obrigatoriamente será fatiado em 35. A verdade reside no fatiamento do Fundo Partidário.

Querem acabar com a farra partidária? É fácil. Suprimam a

existência do Fundo.

É mais fácil escolher um bode ex-

piatório, porém é preci-so antes fazer a pergunta

que ninguém ousa fazer: qual é a origem dos políticos que es-

tão presos pelas operações da Polícia Federal ou estão em suas mansões com

suas tornozeleiras de luxo? Nenhum deles é filiado aos chamados “nanicos” ou “pequenos”.

Todos vieram dos partidos tradicionais, prenhes de gordas biografias. Muitos são filhos, netos e bisnetos de grandes nomes de políticos brasileiros. Alguns ainda não estão presos porque se escon-dem debaixo das biografias familiares.

O interino Michel Temer, grande constitucionalista que é, sabe per-feitamente que está pegando os “pequenos” pela crista, porque são eles que abrem as portas para a chegada dos novos. Parlamentares novos, cabeças novas, pensamentos novos. Práticas novas. Os “grandes parti-dos” têm seus caciques que controlam com mão de ferro seus negócios políticos. Um candidato que possa ofuscar o brilho de um parente ou de um apaniguado não tem chance alguma no seu partido. Vivemos numa democracia de faz de conta.

Derrubar os partidos em crescimento com a criação de obstáculos cada vez mais intransponíveis, como a redução do horário de TV e im-pedimento de participação em debates, o fim das coligações e cláusulas de barreiras vorazes e intimidantes, são práticas fascistas colocadas em marcha por quem tem o poder e não quer perdê-lo de forma alguma. Já vimos esse filme quando os militares criaram a obscura figura do “sena-dor biônico”.

O que Temer e os “grandes partidos” ainda não perceberam é que a população brasileira está de olho neles. Não adianta adotarem medidas paliativas para proteção de seus interesses em detrimento dos interes- ses nacionais. O que queremos é uma reforma eleitoral justa, democráti-ca e responsável. Chega de protecionismo barato, precisamos dar um basta a esse jogo de cartas marcadas que são as reformas eleitorais e políticas de araque, feitas de encomenda para proteger uma dúzia de caciques, modernos coronéis travestidos de democratas.

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ciso pensar sempre no futuro com os pés no presente. Ou, como diz o conserva-dor Roger Scruton, da Universidade de Oxford: “Experimente localmente, pense nacionalmente”. Precisamos atuar local-mente para que possamos pensar em sal-var o País das garras dos maus políticos que tomaram o Brasil de assalto – ainda que essa tomada tenha sido feita por meio do voto, porém com imensa participaçãode dinheiro advindo da corrupção.

O AlicerceO poder legislativo municipal, com

certeza, é o alicerce da democracia. Por isso, e por estar perto do povo, é o que deveria sofrer maior fiscalização popular. Como o País carece de uma Democracia verdadeira, os próprios partidos políticos se tornam vítimas da indiferença política. Mesmo eleitos pelo método do quociente eleitoral, o mandatário parlamentar (mu-nicipal, estadual e federal, muitas vezes eleito com menos de 10% do quociente eleitoral) arvora-se em dono do seu man-dato. Ele não respeita seus suplentes, que contribuíram para a formação do quo-

ciente, não respeita seu partido que o elegeu e muito menos respeita o eleitor. Neste caso, o cidadão comum é “um nada” e seu partido é apenas uma porta que se abriu para que ele pu-desse adentrar ao espaço do poder.

Reconhecer que a arte da eleição é uma conjunção de forças já seria um princípio de mu-dança. Permitir que o espírito democrático pre-valeça nas relações políticas seria um primeiro passo: os partidos políticos, respeitando o ci-dadão comum para receber dele crédito e res-peito; os candidatos eleitos ou não, respeitando as regras da democracia e da honestidade, cui-dando da coisa pública com seriedade e respeita- bilidade, uma vez que, eleito, estará sendo bem pago para isso; e o cidadão comum, tendo vez e voz para denunciar abusos, desvios, atos de cor-rupção e falta de transparência.

Investir na formação de vereadores e prefeito, eleger pessoas comprometidas com a sociedade, com a cidade, o bairro. Pessoas que vejam seu mu-nicípio como o espaço geográfico do planeta que precisa da sua proteção, que necessita ser olhado com carinho. Como bem disse Lewis Munford: a cidade é uma mãe nutridora. Encarar seu espaço geográfico como o pedaço de chão que lhe dá a vida e lhe permite viver é um começo razoável.

O lado negroPrecisamos cuidar das nossas cidades para

que elas não sejam profanadas pela corrupção, pelos roubos e pela ganância de uma dúzia de pessoas. Na maioria dos municípios brasileiros são nove vereadores, um prefeito, um vice-pre-feito e dois ou três assessores mais próximos que são escolhidos para governar e administrar a ci-dade. Via de regra. Não passa de uma dúzia de pessoas e muitos desconhecem a transitoriedade do poder.

Governar e administrar não significa se apropriar do bem público. Ao contrário, significa cuidar, proteger, melhorar, envidar esforços para que todos sejam beneficiados de maneira igual. Não há outro caminho além desse. Qualquer ou-tro caminho resvala para o lado negro da política.

A grande preocupação do PRP é formar no-vos agentes políticos, para que os vereadores e prefeitos eleitos pela legenda sejam diferentes, sejam apontados como políticos que tem pro-jetos, que tem metas e que sabem respeitar a sua cidade, a sua população e o seu eleitor, con-tribuindo assim para que o Brasil comece a mu-dar para melhor, comece a mudar na sua base, comece a mudar reforçando o alicerce: o nosso lugar, o nosso espaço de viver.

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Grandes marcas são, sem dúvida, grandes negócios. Isso porque a marca é o DNA de uma empresa e é o que conecta o cliente ao produ-to. O mesmo vale para partidos políticos. Nos Estados Unidos, por exemplo, o Elefante é o símbolo do Partido Republicano, fundado em 1854. Já o Burro, simboliza o Partido Democra-

ta, fundado em 1792. “A marca representa o conjunto de valores pensados pelo grupo

político para dar identidade ao partido. E o PRP adotou o Sol como sím-bolo por entender que é necessário que um novo sol, forte e brilhan-te, surja no horizonte para secar as principais causas das doenças que atingem o Brasil: corrupção, privilégios, injustiças e mentiras”, afirma o presidente Nacional do partido, Ovasco Resende. Embora o sol sim-bolize o PRP desde a sua fundação, a logomarca foi reformulada há seis anos pelo publicitário José Roberto Della Líbera, e lançada pelo PRP em 15 de novembro de 2010, na comemoração do 120o aniversário da

Consolidação da marca é

fortalecimento do partido primeiro passo para

Proclamação da República do Brasil, em evento realizado em Curitiba. “Traçamos uma estratégia de marca para o crescimento do parti-

do, preservando a tradição do sol e as cores azul e amarelo puxado para o ouro. Entendemos que o partido político é um ser vivo, composto por ideais, por isso o sol está em movimento, lembrando um cataven-to”, afirma o publicitário, responsável pela agência DLM. “É importante lembrar que uma marca só existe quando ela tem a capacidade de mar-car a mente de um determinado número de pessoas. Caso contrário, não passa de um nome ou um desenho representando um produto ou serviço que não interessa a ninguém”, destaca.

Della Líbera explica que manteve o conceito da antiga logomarca - que representava um sol nascente de sete pontas sobre um céu azul, tornando-a mais moderna e jovial. “O sol foi estilizado, de forma a ganhar movimento e vida, mas mantendo o azul sobre o amarelo solar”, diz.

“É importante destacar que traçamos esta estratégia de marca para o crescimento do partido, que na época (2010) não tinha muita ex-pressão em nível nacional. A estratégia deu certo e hoje, seis anos após

Identidade visual

A determinação da Executiva Nacional é que o Manual de Identidade Visual seja respeitado. Só assim, a marca será gravada na mente

das pessoas e reconhecida pelos

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a definição da nova marca, o PRP está re-presentado nas câmaras das principais ca-pitais, Assembleias e também na Câmara dos Deputados, em Brasília. Ainda temos muito a crescer. Por isso, é fundamental que os perrepistas sigam o Manual de Iden-tidade Visual, que está disponível no site”, observa o presidente.

Manual de identidade Para que a imagem do partido possa

estar sempre bem representada, é impres- cindível que a marca seja utilizada e repro-duzida com responsabilidade e de modo absolutamente fiel aos padrões e critérios estabelecidos no Manual de Identidade Visual. O arquivo está disponível no site (www.prp.org.br), no ícone “Material Pu- blicitário. Ao acessar essa área, outros dois ícones estarão disponíveis ao internau-ta: “Logotipos” e “Manual de Identidade Visual.” Basta clicar para fazer o download gratuitamente do arquivo em formato PDF.

De acordo com o material, a marca é composta pelo símbolo (Sol), logotipo (PRP 44) e designação (Partido Republi-cano Progressista), com letras da família tipográfica “frutiger” e nas cores espe-cificadas: azul (pantones 300C e 287C), amarelo (pantone yellow C e pantone 130C) e preto (patone black).

“Nos textos em geral, deve-se evitar a utilização de estilos diferentes da família tipográfica “frutiger”, como extra conden-sado, extra bold. Porém, os títulos, sub-títulos, splashes ou em outros elementos gráficos, é possível a utilização de estilos variados ou mesmo de outras fontes, des-de que atendam a propósitos específicos e sejam utilizados com responsabilidade e bom-senso”, diz trecho do manual.

Para proteger a marca e garantir que a proporção seja respeitada em caso de am-pliações, o manual apresenta a malha cons- trutiva do logotipo nas versões horizontal e vertical. “Na impossibilidade de utilizar os arquivos digitais para reprodução da mar-ca, deve-se utilizar as malhas construtivas como referência visual. Nunca reconstrua a marca aleatoriamente, sem respeitar suas formas e proporções”, explica o manual. Outra importante orientação é referente à ampliação. De acordo com o publicitário, o símbolo (Sol) pode ser ampliado em 25%,

Identidade visual

Publicitário manteve o conceito da antiga logomarca (um sol nascente de sete

pontas sobre um céu azul), preservando o azul e amarelo. Este

logotipo deve ser totalmente descartado

A marca só existe quando ela tem a capacidade de

marcar a mente de um determinado

número de pessoas. Caso contrário, não passa de um nome ou desenho representando um produto ou serviço que não interessa

a ninguém

Exemplos de uso inadequado da logomarcaMalha construtiva para proporção em ampliações

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50% ou 100%. A redução máxima para as duas versões deve respeitar o limite de 13,6 milímetros, para garantir a leitura.

Utilização inadequada“Há seis anos o PRP investiu na reformulação da logomarca. Ou

seja, há seis anos o diretório nacional disponibiliza no site o Manual de Identidade Visual a todos os perrepistas, em especial aos presidentes regionais e municipais. Neste sentido, é inadimissível a confecção de material publicitário com o uso inadequado do logotipo e das cores do partido”, alerta Ovasco.

“Em campanhas anteriores, os membros da Executiva Nacional flagraram materiais em que o azul ou o amarelo foram substituídos por vermelho, verde, laranja e rosa, entre outras cores. A determinação da Executiva Nacional é que o Manual de Identidade Visual seja respeita-do. Só assim a marca será gravada na mente das pessoas e reconhecida pelos eleitores. Caso contrário, como bem disse o publicitário José Ro- berto Della Líbera, será apenas um desenho representando um produto

que não interessa a ninguém”, afirma o presidente. Ovasco cita como exemplo grandes marcas, como Coca-Cola e

Mercedes-Benz, que têm a logomarca preservada em qualquer país do mundo. Para que não ocorram erros, o manual escrito pela equipe de José Roberto Della Líbera cita exemplos do que deve ser evitado: cores rebaixadas, utilização de contornos, alterações de cores, inclinação ou distorção, mudança dos elementos, alteração das proporções ou elimi-nação de elementos.

Caso a reprodução seja sobre fundo escuro ou estampado, a recomendação do manual é a aplicação de uma caixa branca, corres- pondente às limitações da área de segurança (conforme especificado na malha construtiva). Em fundo de tom claro, a logomarca pode pode ser aplicada diretamente, desde que ela se sobreponha. “Deve-se evitar a utilização do box branco, procurando sempre que possível a utilização da logomarca em positivo sobre áreas bem claras”, diz trecho do ma- nual. Para evitar erros, também há especificações para reprodução em uma cor (escala de cinza e a traço) e reprodução em negativo.

O PRP adotou o Sol como símbolo por entender que é necessário que um novo sol surja no

horizonte para secar as

principais doenças que atingem o

Brasil: corrupção, privilégios, injustiças e mentiras

A logomarca sobre fundo branco é recomendada em casos de adesivação de veículos escuros (vermelho, preto, azul) ou em aplicação em camisetas coloridas. Os diretórios que desejam confeccionar cami-setas institucionais devem priorizar o modelo identificado no manual, ou seja, branca, com manga azul, gola amarela e o logotipo do partido.

PapelariaA padronização da papelaria é outro item importante. A

recomendação da Executiva Nacional é que os cartões de visita sejam feitos em papel couchet fosco 300g, com laminação fosca dos dois la-dos, no tamanho 9cm x 5cm. A frente do cartão deve ser branca, com uma tarja azul do lado esquerdo e a logomarca à direita. Na parte supe-rior, o nome, cargo e e-mail; abaixo, o endereço e telefone. No verso, o cartão é amarelo, com o endereço do site nacional (www.prp.org.br) em azul, e uma tarja azul à esquerda.

O mesmo padrão deve ser seguido no papel carta, envelopes pequeno, médio e grande, e rótulo de CD/DVD. Outros materiais ins-

titucionais, como pin, bottons, canetas e bonés também têm especifi-cações próprias.

Material de campanhaEmbora não seja obrigatória a padronização do material de

campanha, a Executiva Nacional do PRP recomenda aos presidentes e pré-candidatos que preservem o conceito apresentado pelo Manual de Identidade Visual. “A uniformidade do material de campanha em cidades do Norte ao Sul do País demonstra que o PRP é um partido organizado, além de fidelizar o eleitor”, explica Della Líbera.

O ideal é que o santinho seja em papel couchet 90g, com uma tarja azul na parte superior (com a bandeira do candidato) e inferior (com o nome do candidato). No centro, a foto aparece em primeiro plano, com o logotipo e o número (que deverá ser em preto, dentro de círculos amarelos). No verso, a parte superior deve ser azul, com as in-formações básicas da candidatura. O logotipo do partido segue abaixo, com fundo branco.

Logomarca foi reformulada e lançada em 15 de novembro

de 2010, no 120o aniversário da Proclamação da República

Identidade visual

Dicas de utilização da marca em fundos variados Modelo de cartão de visita, camista institucional e

santinhos para campanhas

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A Reforma Eleitoral 2015 estipulou novas regras para contratação de pessoal nas campanhas elei-torais. Nos termos do artigo 36, da Resolução 23.463/2015, que regula as regras de prestação de contas eleitorais, “a realização de gastos elei-torais para contratação direta ou terceirizada de pessoal para prestação de serviços referentes

à atividades de militância e mobilização de ruas nas campanhas” são gastos eleitorais, devem ser declarados na prestação de contas de cam-panha e devem seguir critérios quantitativos conforme o eleitorado de cada município.

A regra quantitativa enuncia que campanhas de prefeitos podem contratar 1% do eleitorado em municípios com até 30 mil eleitores. Em município com mais de 30 mil eleitores, além dos percentuais mencionados, pode-se contratar excedente de uma pessoa a cada mil eleitores. As campanhas de vereador poderão contar com metade das limitações previstas para campanhas de prefeito, observado o máximo de 28% do limite estabelecido para o município com o maior número de eleitores no Estado.

Cada município, portanto, tem quantidade específica de con-tratações, cálculos estes já realizados pela Justiça Eleitoral, podendo ser

consultados no site do TSE. O descumprimento dessa regra poderá gerar multas eleitorais. Mas

não é só. Dependendo da quantidade de contratações que extrapolarem o limite legal, pode-se entrar na esfera do abuso de poder econômico eleitoral. Esta última consequência pode levar, até, à futura condenação criminal e/ou inelegibilidade do candidato.

Neste cálculo, contudo, não serão incluídos militância não re-munerada, fiscais e delegados partidários, pessoal contratado para apoio administrativo e operacional e advogados de partidos, coli-gações ou candidatos.

A contratação de pessoas para apoio em campanhas exige clareza na prestação de contas, emissão de recibos eleitorais quando efetivados os pagamentos e assinatura de contratos, conforme modelos próprios para campanha eleitoral.

No entanto, a contratação não gera vínculo empregatício nem para partidos, nem para candidatos. Conforme artigo 100, parágrafo único, da Lei 9.504/97 (Lei das Eleições), não se aplica aos partidos (nem candida-tos) o artigo 15, da Lei 8.212/91, que trata da Securidade Social. No en-tanto, a ausência do vínculo empregatício não exige à pessoa contrata-da a obrigação de recolher sua própria previdência social (artigo 100, caput, da Lei 9.504/97 c.c. artigo 12, inciso V, alínea “h”, da Lei 8.21/91).

Fernanda Caprio, advogada eleitoral do Diretório Nacional do PRPARTIGO

Foto: Pedro Machado

Regras para contratação de militância remunerada

Ana Emília Iponema Brasil Sotero, presidente Nacional do PRP MulherARTIGO

As presidentes estaduais do PRP Mulher se reuniram em Brasília, nos dias 9 e 10 de julho, no 2o Encontro Na-cional das Presidentes Estad-uais. Na oportunidade, os seguintes temas foram trata-

dos: definição dos temas para a segunda edição do livro “Presença da Mulher - A Construção de um Brasil Republicano”; apresentação da “Plataforma Mais Mulheres do Poder: Eu assumo este compro-misso”, documento elaborado em conjunto com a Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) da Presidência a República, Conselho Nacional dos Di-reitos das Mulheres (CNDM), Secretaria da Mulher na Câmara dos Deputados e a Procuradoria da Mu-lher no Senado Federal.

Este documento contém as sugestões e de-cisões das três Conferências Nacio- nais de Políticas para Mulheres, com reivindicações das mulheres de todos os Estados. A partir deste documento, priorizamos e traçamos as diretrizes para as pré-candidatas a prefeitas e a vereadoras pelo PRP, subsidiando-as com informações que servirão de base para elaboração dos programas das candidatas nas eleições de 2016. O objetivo é proporcionar bons de-bates com suas bases eleitorais e, con-sequentemente, propostas de políti-cas a serem desenvolvidas durante os respectivos mandatos.

Além disso, elaboramos o docu- mento sobre a situação da mulher no Brasil na atualidade, que será en-

caminhado à Executiva Nacional do PRP e posteri-ormente ao Congresso Nacional e à Presidência da República. No documento “A situação da Mulher no Brasil na Atualidade”, enfatizamos a importância da presença e participação da mulher na construção de um País republicano, com a implementação de políticas públicas eficazes na formação de uma so-ciedade justa, livre e democrática, com igualdade de oportunidades.

Reafirmamos a necessidade de garantir as conquistas, e o nosso repúdio ao retrocesso no âmbito dos direitos humanos e políticas sociais, que foram conquistadas através de anos de lutas e do sacrifício de centenas de vidas femininas.

Além de sugerir que haja continuidade dos direitos conquistados, também apresentamos no-vos temas para elaboração de projetos e a poste-rior efetivação em políticas públicas. Os temas são:

educação como instrumento de empodera-mento e fortalecimento da mulher; as-sistência integral às gestantes adolescentes; fomentar a criação de leis que assegurem o parto humanizado, instituindo políticas públicas que garantam a manutenção e a continuidade desse tratamento; implemen-tação da Lei Maria da Penha nos municípi-os brasileiros e o fortalecimento da rede de proteção às mulheres vítimas da violência doméstica e através da educação integral, oportunizar a mudança de mentalidade e consequentemente do comportamento e quebra de paradigmas na família, na escola e na sociedade como um todo.

No dia 10, o jurista e ex-ministro do Tri-bunal Superior Eleitoral (TSE), Joelson Dias, falou sobre a importância da mulher na

política, e a advogada da Exe- cutiva Nacional do PRP, Fer-nanda Caprio, explanou sobre a legislação eleitoral vigente e esclareceu questões relaciona-das ao pleito de 2016.

Enfim, o 2o Encontro Na-cional foi profícuo, de uma importância ímpar e em nome das mulheres do PRP, agrade-cemos o comprometimentodo Presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, e de toda a equipe, que nos dá a oportunidade de desenvolver um trabalho para o fortaleci-mento e crescimento do par-tido nos Estados.Presidentes reunidas no 2o Encontro de Mulheres, em Brasília

fazemos a diferença

UNIDAS Fotos: Flávia Letícia de Souza

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Eleições 2016

Pelo menos 500 mil pessoas se

preparam para entrar na corrida eleitoral para vere-ador, prefeito ou vice-pre-feito em 5.568 cidades

brasileiras, e ganhar o voto dos 144.088.912 eleitores aptos para ir às urnas no próximo dia

2 de outubro, segundo estimativas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A largada desta acirrada disputa será em 16 de agosto, com o início da cam-

panha eleitoral. O presidente Nacional do PRP, Ovasco Resende, alerta aos perrepistas que

fiquem atentos às novas regras estabelecidas pela Reforma Eleitoral de 2015 (Lei no 13.165/2015), para evitar problemas que possam prejudicar a campanha. “Pela

primeira vez haverá a proibição da doação de pessoas jurídicas às campanhas elei- torais. Agora, essa prática apenas será permitida às pessoas físicas, mas com a proibição

da doação anônima”, destaca. O líder perrepista destaca que o objetivo do TSE, com as novas regras da propaganda elei-

toral, é coibir as práticas e os abusos que causam desequilíbrio na disputa. “Os candidatos devem ficar atentos com a prestação de contas, porque o TSE vai considerar como abuso a propaganda de

alta abrangência ou a utilização de material publicitário em qualidade e quantidade incompatíveis com os recursos apresentados na prestação de contas”, esclarece.

O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, afirmou que este ano haverá uma análise mais ri-wgorosa das contas. “Estamos nos preparando, e talvez nós estejamos até avançados, no sentido de concebermos uma análise mais rigorosa. O nosso esforço é para fazer com que a prestação de contas deixe de ser um faz de contas”, declarou o ministro ao ressaltar que há um grupo de inteligência forma-do por técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), Polícia Federal, Ministério Público, Banco Central e Receita Federal que irá acompanhar e fazer o

ACERTE NA PROPAGANDA PARA A SUA CANDIDATURA

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“Certamente haverá mais motivos para

impugnações, discussões sobre abuso de poder

econômico e tudo mais”Gilmar Mendes,

presidente do TSE

batimento de dados das prestações de con-tas de campanhas.

Gilmar Mendes disse que apesar desse esforço para intensificar a fiscalização das con-

tas eleitorais, a preocupação com relação ao novo modelo de financiamento não está reduzida. Ele

lembrou que o teto de gastos para 62% dos municípi-os brasileiros será de R$ 100 mil para prefeitos e R$ 10

mil para vereadores. Diante desse cenário, segundo o min-istro, “certamente haverá mais motivos para impugnações,

discussões sobre abuso de poder econômico e tudo mais”.

O que pode e o que não podeAlgumas ações publicitárias consideradas como “tradicionais” em

campanhas estão proibidas, como placas, faixas, estandartes, cavaletes, bonecos e inscrição a tinta em bens em que o uso dependa da cessão ou permissão do poder público. Já nos bens de uso comum, como postes de iluminação pública, sinalização de tráfego, viadutos, passarelas, pontes ou paradas de ônibus, entre outros equipamentos urbanos. A proibição também inclui árvores e jardins localizados em áreas públicas, muros, cercas e tapumes.

Os candidatos podem expor propaganda em bens particulares, des-de que o espaço seja cedido espontaneamente e gratuitamente. Além de estar proibido qualquer tipo de pagamento em troca do espaço, este tipo

de propaganda deverá ter, no máximo, meio metro quadrado, e feita em adesivo ou em papel”, alerta a advogada eleitoral do Diretório Nacional do PRP, Fernanda Caprio. A lei também proíbe a justaposição de adesivos ou de papel em que o tamanho supere meio metro quadrado, causan-do efeito visual de outdoor. “A Justiça Eleitoral proibiu qualquer tipo de outdoors, inclusive eletrônicos, podendo render pagamento de multa no valor de R$ 5 mil a R$ 15 mil”, orienta.

Também é proibida a distribuição de brindes, camisetas, chavei-ros, bonés, canetas, cestas básicas ou qualquer outro bem ou material que possa proporcionar vantagem ao eleitor. “Este ato, seja realizado pelo comitê ou candidato, pode caracterizar compra de voto, propagan-da vedada e abuso de poder. E todos eles são crimes eleitorais”, explica Fernanda Caprio.

Os folhetos, adesivos, volantes e outros impressos (editados sob a responsabilidade do partido, da coligação ou do candidato) devem conter o número do CNPJ ou do CPF do responsável pela confecção, bem como de quem a contratou, e a respectiva tiragem. “O infrator pode respon- der por uso de propaganda vedada e, dependendo do caso, por abuso de poder.” Outra regra importante com relação a propaganda impressa é a obrigatoriedade da identificação das legendas de todos os partidos que compõem a coligação na propaganda de prefeito e vice-prefeito. “O nome do candidato a vice-prefeito deve estar legível, ou seja, até 30% do nome do titular. Na propaganda para vereador, cada partido usará so-mente a sua legenda sob o nome da coligação”, diz.

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Candidatos podem conceder entrevistas e participar de programas e debates em TV, rádio ou internet, desde que o veículo

de comunicação dê tratamento isonômico

A propaganda em veículos deve ser feita

em adesivo microperfurado, até a extensão total do

para-brisa traseiro; em outras posições,

os adesivos devem tera dimensão máxima

de 50cm x 40cmAlto-falantes e

carros de som são permitidos das

8h às 22h, mas a uma distância

superior a 200m das sedes

dos Poderes Executivo,

Legislativo, Judiciário;

hospitais, escolas, igrejas e teatros

Comícios são permitidos das 8h às 24h, e showmícios são proibidos

É proibida a

distribuição de camisetas, chaveiros,

bonés, canetas, brindes, cestas básicas ou

outros bens ou materiais que possam proporcionar

vantagem ao eleitor e configurar crime eleitoral

Mesas para distribuição de material de campanha e utilização de bandeiras ao longo das vias públicas, das 6h às 22h, desde que

sejam móveis e não atrapalhem o trânsito

de pessoas e veículos

É proibida a propaganda em postes de iluminação pública, sinalização

de tráfego, viadutos, passarelas, pontes,

paradas de ônibus e outros equipamentos urbanos

É proibida a pintura de fachadas, muros ou paredes de bens

particulares

A propaganda em bens particulares deve ser espontânea e gratuita, em adesivo ou papel, no limite de 0,5m2

É proibida a propaganda

em outdoor, inclusive eletrônico, ou o conjunto de peças de propaganda

que justapostas causem o efeito visual de outdoor

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É crime, no dia da eleição, a

realizaçãode comício,

carreata, boca de urna,

uso de alto-falantes e

amplificadores de som, arregimentação de

eleitor e propaganda de partido ou candidato

Todo material impresso de campanha deverá

conter o número do CNPJ ou CPF do responsável

pela confecção, os dados de quem a

contratou e a tiragem

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A livre manifestação do pensamento será a grande vedete das campanhas eleitorais deste ano. Além de mostrar a verdadeira essência do candida-

to, é a ferramenta mais poderosa na arte de convencer o eleitor e combater os exorbi-tantes financiamentos de campanha.

O eleitor do século 21 está antenado e o candidato pode recorrer à internet para expor sua opinião e fomentar o debate sobre o que pensa e o que pretende para sua cidade. Assim como já passou o tempo de conquistar o eleitor com o “tapinha nas costas”, também fica para segundo plano os materiais publicitários, com fotos superproduzidas e impressos em papéis dos mais variados tipos e gramaturas que, em pouquís- simo tempo, se transformariam em lixo. Nesse sentido, o santinho de papel dá espaço ao santinho eletrônico, que pode ser postado e compartilhado pelas redes, como Face-book e WhatsApp.

A largada para a campanha eleitoral nos meios digitais, desde que não seja paga, será em 16 de agosto. Como é proibido pagar pela propaganda na internet, o candidato não pode promover impulsionamento de postagem no Facebook. “A divulgação de propaganda e de mensagens relativas ao processo eleitoral, inclusive quando provenientes de eleitor, não pode ser impulsionada por mecanismos ou serviços que, mediante remuneração paga aos provedores de serviços, potencializem o alcance e a divulgação da informação para atingir usuários que, normalmente, não teriam acesso ao seu conteúdo”, especifica o parágrafo 3o do artigo 23 da Re-solução do TSE sobre propaganda eleitoral.

Também não é permitida a propaganda, mesmo que gratuita, em sites de pessoas jurídicas, com ou sem fins lu-crativos, e em sites oficiais ou hospedados por órgãos ou por entidades da administração pública direta ou indireta da União, Estados, Distrito Federal e dos municípios. O des-cumprimento dessas regras pode render multa que varia de R$ 5 mil a R$ 30 mil.

Nesse sentido, a melhor alternativa é a livre manifes-tação do pensamento do candidato, desde que não seja anônima, ofensiva à honra de terceiros ou sobre fatos sabidamente inverídicos. A partir destas restrições, os candidatos têm em mãos um extenso leque, como redes sociais (Facebook, Twitter, Linkedin, WhatsApp e outros), blogs, sites e ferramen-tas de busca. O candidato pode manter um site específico para campanha ou utilizar o site do partido ou coligação. A mensagem eletrônica é outro recurso disponível, desde que a propagan-

Do Jogo

da não seja via telemarketing e o candidato tenha obtido gratuitamente a lista de endereços cadas-trados. Outra determinação do TSE é que as men-sagens enviadas contenham um mecanismo que permita ao destinatário se descadastrar. Neste caso, o destinatário (candidato, coligação ou par-tido) tem a obrigação de providenciar a retirada do nome em 48 horas. Cada mensagem encami- nhada após esse prazo pode render multa de R$ 100,00.

Direito de respostaEmbora seja livre a manifestação do pensa-

mento, o TSE proibe o anonimato na campanha eleitoral na internet. A lei assegura o direito de

resposta, inclusive por outros meios de comuni-cação interpessoal mediante mensagem eletrônica.

Sem prejuízo das sanções civis e criminais ao res- ponsável, a Justiça Eleitoral poderá determinar, por soli- citação do ofendido, a retirada de publicações que con-tenham agressões ou ataques a candidatos em sites da internet, incluindo redes sociais. Quem fizer propaganda eleitoral na internet, atribuindo de forma indevida sua au-toria a terceiro, inclusive candidato, partido ou coligação, será punido com multa de R$ 5 mil a R$ 30 mil, sem prejuízo das demais sanções legais cabíveis.

A Justiça Eleitoral também poderá determinar (aten-dendo a requerimento do Ministério Público, de candidato, partido ou coligação) a suspensão por 24 horas do acesso a todo conteúdo informativo dos sites que deixarem de cumprir as regras eleitorais. O tempo de suspensão será duplicado a cada reiteração desta conduta. Além disso, a lei estabelece que o no período de suspensão do acesso ao conteúdo informativo, o site deverá informar ao todos os usuários que tentarem acessar seus serviços, que a página encontra-se temporariamente inoperante por desobediên-cia à legislação eleitoral.

Para esta eleição, o TSE proibiu a propaganda via

telemarketing

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O bom senso reco- menda, e a ex-periência humana secular de erros e acertos confirma, que não se deve começar uma casa

(ou qualquer tipo de edificação) pela cober- tura. Primeiro se constroem os alicerces, as bases sólidas, para então se iniciar a obra desejada. Na vida pública, ou melhor, na administração pública, não é diferente. As obras de infraestrutura são essenciais para que se promova o desenvolvimento ordena-do e sólido de uma cidade. Pavimentação, saneamento, drenagem e toda sorte de re- quisitos imprescindíveis para que um deter-minado lugar reúna as condições necessári-as para uma habitação com um mínimo de qualidade e onde a cidadania possa ser exer- cida plenamente. Algo que o PRP tem cons- ciência, e que é confirmado em medidas ado tadas por gestões em todo o País.

O município mineiro de Rio Novo, por exemplo, ganhou recentemente obras importantes que beneficiam a to-dos, pedestres e motoristas. São obras de pavimentação, drenagem e esgota-mento sanitário de ruas do bairro Água Branca. De quebra, a população do bair-ro da Cerâmica ainda ganhou a pista de skate “Pedro Xavier Tostes”.

A prefeita de Rio Novo, Maria Virgínia Ferraz, inaugurou as melhorias, em ceri-mônia que contou com presença do depu- tado Braulio Braz. Um momento definido por ambos como de muita alegria e de grandes conquistas para toda população.

“Realizamos a pavimentação e o es-

Especial

CAMINHo

MELHoRAR A VIDA Do CIDADÃo

gotamento de duas ruas onde o esgoto era a céu aberto. Isso trouxe muita dignidade para os mora-dores da comunidade e melhoria de condições de vida para as famílias que moram nas ruas do bairro Água Branca”, disse Maria Virgínia, que também comentou que a pista de skate será mais uma área de lazer, esporte e entretenimento para os jovens. E, ao final das solenidades, agradeceu ao deputa-do Braulio Braz por viabilizar investimentos e re-cursos para Rio Novo, “o que tem deixado toda a cidade muito satisfeita”.

Casa própriaE o que dizer de um teto pra chamar de seu

e poder realizar o sonho da casa própria? Afinal, uma pessoa sem um lar não terá um dos requisi-tos basilares para ser um cidadão de fato e de di-reito. A tocantinense Araguaína possui o segundo maior programa habitacional da região Norte do Brasil. Ao todo, são 6.115 unidades, sendo 2.530 no Residencial Lago Azul. No Construindo Sonhos são 416 imóveis e no Costa Esmeralda 1.788 todas já entregues às famílias.

O vice-prefeito, o perrepista Fraudneis Fio-mare, tem forte atuação nesta área. E, no mês pas-sado, participou desse momento de emoção para mais 597 famílias inclusas no sorteio de endereços do Residencial Lago Azul já em sua expansão de número 4. As casas fazem parte dos programas Casa Para Quem Precisa e Minha Casa Minha Vida (MCMV), uma parceria da Prefeitura de Araguaí-na, por meio da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação, e Governo Federal, através da Caixa Econômica Federal (CEF).

Estiveram presentes no sorteio, além do vice-prefeito Fraudneis, também o secretário mu-nicipal da Assistência Social, Trabalho e Habitação, José da Guia e representantes da CEF.

A felicidade estava estampada no rosto da

aposentada Benedita Rodrigues de Oliveira, 69 anos. Ao lado do perrepista, ela contou que mora de favor e agora, vê o sonho da casa própria se concretizando. “Estou muito feliz. Não vejo a hora de já mudar para a casa”, disse.

A aposentada Ana Alves Santana, de 71 anos, é conhecida na cidade por estar todos dos dias pedindo esmola na rodoviária. “Ela é apo-sentada, mas vendia romances no local. Como forma de suprir a necessidade de estar no meio de pessoas, continua lá todos os dias. Agora, com a casa própria, estamos esperançosos que ela não vá mais para a rua”, contou a filha, Lindoelma Alves Santana.

Desde 2013, mais de 20 mil araguainenses foram beneficiados diretamente com os projetos de moradia no município, que busca estar em sin-tonia com as demandas da sociedade. Para isso, como destaca Fraudneis, a Prefeitura de Araguaí-na, por meio da Secretaria da Assistência Social, Trabalho e Habitação, promoveu no último dia 28 de junho a 3a Conferência Municipal das Cidades e 3o Seminário do Plano Local de Habitação de In-teresse Social (PLHIS). O tema desta edição foi a “Função Social da Cidade e da Propriedade”, que expressa a importância do interesse coletivo e cujo lema foi “Cidades Inclusivas, Participativas e Socialmente Justas” proclama o caráter igualitário. O objetivo foi difundir a compreensão do concei-to da função social da cidade e da propriedade, discutindo sobre os espaços públicos, habitação de interesse social, políticas de regularização fundiária urbana, as potencialidades econômicas da cidade, dentre outros. Algo que se vê na práti-ca, em Araguaína, no sorriso dos moradores que conquistaram o sonho da casa própria.

Educação e mais moradiasCaminhos sólidos para o exercício da cidada-

nia plena também vem construindo o município paulista de Presidente Alves. Administrado pelo perrepista Valdeir Alves, o Dê, o lugar tem a pre-ocupação de não se descuidar da melhoria de vida de seus habitantes. E vem assistindo, em pouco mais de três anos, uma revolução. Seja no cuidado com os pequenos, com a turma da terceira idade, com a economia local e, claro com a infraestrutura.

No mês de junho os alvenses receberam a visita do governador do Estado de São Paulo, Ger-aldo Alckmin, para a entrega do prédio da Creche Escola “Clementina Palumbo Grecca” e para for-malizar outras medidas com o prefeito Dê.

Na ocasião também foi assinado convênio para a construção de 99 unidades habitacionais no Município através da Companhia de Desenvolvi-mento Habitacional Urbano (CDHU); assinatura de convênio com o governador para regularização fundiária de lotes urbanos do Jardim Junqueira Meireles II, (45 lotes) e Núcleo Habitacional Osval-do Soares de Oliveira no Distrito de São Luiz do Guaricanga (80 lotes) e regularização fundiária de mais de 300 lotes do Distrito, através do Instituto de Terras do Estado de São Paulo (Itesp).

O prefeito Dê diz que esta preocupação com o bem-estar dos cidadãos é uma constante em seu governo. “Uma cidade bem cuidada, com benfei-torias e com desenvolvimento é respeitada por todos. A população fica unida e atende aos pedi-dos do poder público, porque governar deve ser para todos sem distinção”, diz o perrepista.

EscolasTerra de

padre Marcos de Araújo, que fundou ali o primei-

ro colégio do Piauí e tornou o município o berço da Educação no Estado, Jaicós faz jus ao título. A prefeita, a perrepista Waldelina Crisanto, vem en-tregando nos últimos tempos uma série de melho-rias na área educacional.

Recentemente, junto com o secretário municipal de Obras, Crisanto Neto, e com uma comitiva de vereadores, secretários e asses-sores municipais, realizou uma maratona de inaugurações de obras na cidade e em comuni-dades rurais do município.

As benfeitorias entregues à população foram realizadas com recursos próprios do município e se dividem nas áreas de educação. Na localidade Santana I, a prefeita inaugurou a reforma da Es-cola Municipal Dona Margarida, a primeira escola rural do município, que foi fundada na gestão de Alberto Bessa Luz, em 1950.

Há vários anos sem reforma, a escola estava em precárias condições. A escola foi submetida a ampla reforma, com instalação de forro tipo PVC em toda a escola e paredes pintadas. Outra im-portante melhoria foi realizada na cantina, que se tornou um local adequado para o trabalho dos funcionários e o manuseio dos alimentos da me- renda escolar.

Na Escola Municipal Pastor João Vasconce-los, situada na localidade Santana III, a Prefeitu-ra Municipal construiu um muro e cimentou toda a área interna, além de construir uma pequena quadra para a prática de atividades esportivas e

a realização de eventos e outras atividades da escola. Toda a escola recebeu novo piso

com cerâmica e áreas como a canti-na e banheiros foram revestidos de

cerâmica e forradas. As salas de aula também receberam forro.

Ainda estão em andamento obras de reforma e ampliação da

Policlínica Municipal Amélia Crisanto, um dos mais importantes centros de saúde do município. Na visita a Policlínica, a prefei-ta Waldelina foi homenageada com uma placa, em reconhecimento por ser sido a gestora que mais construiu e reformou prédios públicos da saúde no município nos últimos dez anos, no período de 2005 a 2015.

No percurso, a comitiva fez uma para-da na estrada que dá acesso à comunidade Capim, que foi recuperada, melhorando a trafegabilidade de veículos e o acesso às comuidades rurais. Em todo o município, segundo informou Crisanto, somam mais de 200 km de estradas vicinais melhoradas, beneficiando as localidades Morro da Fur-na, Capim, Gameleira, Morais, Jacu, Tan-quinho, Mulungo, Tiririca II, Saco da Serra, Baliza e Antônio Lopes.

Em seguida, a comitiva seguiu até a comunidade Capim, onde a Escola Munic-ipal José Pereira da Silva também recebeu melhorias. Foi construído refeitório com bancadas de granito no pátio, além de mel-horias no piso, forro, pintura, banheiros, cantina, construção de muro e piso cimen-tado em toda área interna.

A maratona encerrou na Escola Mu-nicipal Damásio Eugênio de Sousa, no povoado Esquisito. Na comunidade, foram inauguradas diversas melhorias implanta-das, dentre outras, a construção de seis novos banheiros masculinos e femininos e a reforma de toda a estrutura da escola. “O Esquisito agora tem uma escola de alto nível, um ambiente digno para alunos e professores”, disse o secretário municipal de Obras, Crisanto Neto.

PERREPISTA PARA

Na administração pública, obras de infraestrutura são essenciais para que se promova o

desenvolvimento ordenado e sólido de uma cidade

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Os impactos do de-s e n v o l v i m e n t o tecnológico no meio ambiente são claros e vêm se tornando cada vez mais explícitos, se-

gundo o professor da USP, Pedro Dallari. A degradação da fauna e da flora, a degene- ração da atmosfera e as mudanças climáti-cas são alguns dos sintomas do prejuízo que esse desenvolvimento causa.

Para o professor Dallari existe, no entanto, uma crescente consciência global sobre o desgaste que a atuação humana causa no meio ambiente, o que pode levar, inclusive, à inviabilização das condições de sobrevivência da espécie.

Tecnologia e meio ambiente, uM DESAFIo DE ToDoS

Dallari ressalta que esse tipo de pensamento é recente, já que um século atrás a natureza era vista como algo a ser superado ou até mesmo derrotado em nome do desenvolvimento hu-mano. Ele lembra que só na década de 1970 acentuou-se a percepção de que os avanços tecnológicos estavam fugindo de controle.

Os dados são preocupantes e impõe um de-safio a todos os setores públicos, do Executivo ao Legislativo, da União aos municípios; como conci- liar avanço tecnológico e preservação ambiental.

Segundo a União Internacional de Tele-comunicações (UTI), os recordes globais em telefonia móvel se superam a cada ano: já se-riam mais de 4 bilhões de celulares em todo o planeta. No Brasil, de acordo com último levantamento da Agência Nacional de Teleco-municações (Anatel), de abril deste ano, são

184,6 milhões de aparelhos, sendo 48 milhões apenas em São Paulo.

A cada segundo, dez computadores são vendido, A estimativa é de que haja mais de dois bilhões deles no mundo. No Brasil, segun-do levantamento divulgado em maio passado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), a média é de um para cada dois habitantes, o que repre-senta cerca de 90 milhões de aparelhos.

Diante de tantos números, é inegável que mundo está cada vez mais conectado. Mas, por trás da crescente inclusão digital, um grave problema ambiental continua negligenciado: a alta emissão de gases de efeito estufa produ- zidos pelo setor e a falta de descarte adequado do lixo eletrônico. Fica, portanto, este desafio aos que assumirão os cargos no Executivo e Legislativo a partir destas próximas eleições.

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