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RESENHA CRITICA DO FILMEBILLY ELLIOT
VANESSA CAPISTRANO DOS SANTOS, 1141144.ARTES
São Paulo2014
RESENHA CRITICA DO FILME
BILLY ELLIOT
VANESSA CAPISTRANO DOS SANTOS, 1141144.ARTES
Trabalho apresentado ao Curso de Licenciatura em Artes 2014 do Centro Universitário Claretiano para a Disciplina de Atividades-Acadêmico-Cientifico-Culturais sob a orientação da Professora: Maria Alice Moreira Silva.
São Paulo2014
SUMÁRIOSUMÁRIO.....................................................................................3
1. INTRODUÇÃO..........................................................................4
2. A HISTÒRIA ...........................................................................4
3. CONCLUSÃO...........................................................................5
REFERÊNCIA................................................................................7
RELATÓRIO SOBRE O FILME: BILLY ELLIOT.
1. INTRODUÇÃO
O filme Billy Elliot é um ótimo filme para discutir questões como
diversidade e intolerância. O filme conta a história de um garoto de 11
anos que decide trocar as luvas de boxe pelas sapatilhas de balé e pelo
meio do caminho tem que lidar com os obstáculos.
2. A HISTÓRIA
A história se passa no Reino Unido, durante o governo da primeira
ministra Margaret Thatcher, tendo como pano de fundo a greve dos
mineiros, uma das mais sérias crises sociais. O pai de Billy, que é órfão de
mãe, associa a categoria, sendo um dos que mais incitaram o movimento
dos trabalhadores, juntamente com seu outro filho, irmão mais velho de
Billy. A família já limitada economicamente teve ainda mais dificuldade em
se manter com todo o conflito.
Billy cresceu em um ambiente totalmente masculinizado e machista,
este ponto fica bem claro em algumas falas e situações. A única presença
feminina que Billy tem, é de sua avó doente, que muitas vezes até
esquece que o garoto é seu neto, mesmo sendo ele o designado de cuidá-
la.
Mesmo tendo problemas com dinheiro o pai de Billy faz questão de
pagar as aulas de boxe do jovem todos os meses. Durante uma das aulas
o instrutor avisa que os garotos terão que dividir o ginásio com uma turma
de bailarinas, que a partir de então farão aulas ali. Billy se encanta ao er o
piano que é levado ao local, já que ele é reprimido pelo pai quando quer
tocar o instrumento que tem em casa.
Mas logo, sem esperar, Billy se apaixona pela dança, mesmo tendo
dito para uma amiga que balé era coisa de “bicha”. Um dia depois de
levar uma bronca do instrutor que o obriga a ficar treinando até mais
tarde, ele vai até a sala de dança entregar as chaves para a professora e
fica encantado com o que vê. A professora o desafia a trocar as botas do
boxe pela sapatilha e logo percebe o talento que o menino tem para a
dança. Assim, Billy ganhar sua primeira sapatilha e passa a fazer aulas
escondido de todos, já que é o único menino naquele ambiente. Mas
mesmo assim tendo que lidar com o preconceito.
No entanto, o garoto não é capaz de esconder a prática por muito
tempo. Fora as mudanças em seu comportamento, o pai descobre que as
aulas de boxe não estão sendo mais pagas. Seu pai ao chega no ginásio,
surpreende Billy envolvido em seus passos de balé clássico. O homem
arrasta o filho do local e discute com ele: “Balé é coisa pra bicha”. Além
disso, até seu ex instrutor de boxe lhe diz que é uma vergonha para “suas
luvas, para o pai e para a academia”. Billy tenta explicar para o pai que
muitos bailarinos são como atletas e que nem todos são homossexuais por
gostarem de dançar. Mas o homem não aceita. Não há conversa, apenas
intolerância. Para seu pai balé é algo “errado”, “frescura”. Pai e filho
praticamente entram em luta corporal e Billy é obrigado a abandonar as
aulas.
Mas com seu talento na arte o garoto não fica muito tempo longe do
balé. Sua professora o inscreve num concurso que seleciona alunos para o
Balé real e os dois passam a treinar escondidos. Logo o pai do garoto
descobre mas, sensibilizado com a oportunidade de uma vida melhor que
a dança pode trazer para a vida de seu filho, apoia a investida. Ele até
mesmo volta ao trabalho para poder conseguir dinheiro para a viagem.
E no fim tudo se realiza, Billy faz o exame com perfeição e consegue
uma das vagas na escola. O filme termina com ele já adulto numa
apresentação em que é o bailarino principal do “O lago dos cisnes”, tendo
seu pai, irmão e o amigo gay – amigo o qual vivenciou muitas cenas
engraçado durante o filme, e aqui totalmente feminino – na plateia.
3. CONCLUSÃO
Após assistir o filme conseguimos debater assuntos como, a que
ponto respeitamos o outro como ele é, com seus interesses, opiniões e
opções. Billy teve que lidar com o mundo machista que o rodeia, onde a
maioria acredita que garotos não dançam, pois se dança são
homossexual, “bicha” ou “maricas” – utilizando palavras ditas no filme.
Além disso, podemos ir além: A preocupação, no meio social
retratado no filme, não se restringe a um sentimento particular paterno,
ou familiar. O que mais incomoda é o fato de que os vizinhos, colegas, a
sociedade enfim vai comentar sobre a atitude de Billy, o que acabaria
desqualificando moralmente seus próprios parentes. Naquela época, numa
sociedade extremamente machista, na qual os homens da casa apelam
até para violência para conseguir seus direitos, é inadmissível que um
garoto tenha sua sensibilidade aflorada e voltada para as artes, seja piano
ou balé. Naquele ambiente árduo, duro, das minas de carvão, não há
espaço para isso. Meninos como Billy eram criados para seguir os passos
do pai. O macho, o forte. Nada da leveza dos movimentos do balé. E tudo
isso influi na opinião que os personagens têm da arte e do que consideram
adequado para um indivíduo do sexo masculino.
O debate então segue dois caminhos: O individuo que se relaciona
com pessoas do mesmo sexo e que deve ter seu interesse respeitado; e o
individuo que não segue o caminho que as tradições culturais impõe para
ele – o que se espera de um homem ou mulher, por exemplo – mas que
nem por isso deixa de ser heterossexual. Apesar de serem situações
diversas, a defesa resume-se no livre arbítrio de agirem da maneira como
quiserem. Não devemos julgar as pessoas que tenha opiniões, interesses
sexuais ou hábitos, costumes diversos dos nossos.
algo que chama atenção no filme é a falta de dialogo e comunicação. Em
certa parte ate o protagonista diz que bale é coisa de “bicha”, mas isso
porque ele cresceu ouvindo esses comentários machistas desse tipo. Ao
tomar conhecimento da dança, ele percebe que o homossexual pode ser
bailarino, mas nem todo bailarino é homossexual. E o mais importante:
Ambos os casos merecem respeito. Deste modo, pode-se concluir que o
melhor caminho para aceitar as diferenças é o conhecimento. É ele que
leva ao diálogo, ao debate, que vai gerar a tolerância e o respeito com a
diversidade.
Portanto o filme Billy Elliot é um bom estímulo para se discutir a
diversidade sexual, a diversidade de opiniões. Devemos lutar pela queda
dos rótulos, pois pessoas não se resumem a etiquetas e não podem ser
definidas e condenadas a partir de um gosto em particular.
Com o filme Billy Elliot tomei conhecimentos importantes sobre
opiniões que levarei para sala de aula. Como futura professora de artes
tenho que ter em mente como deixar meus alunos a vontade diante das
atividades que irei proporcionar, deixando distantes os preconceitos e
opiniões machistas, que sem duvida irá surgir de alguma forma.
REFERÊNCIA:
Ficha técnica
Titulo original: Billy Elliot
Lançamento: 2000, Inglaterra
Direção: Stephen Daldry
Atores: Julie Walters , Jamie Bell , Jamie Draven , Gary Lewis ,
Jean Heywood
Duração: 111 min
Gênero: Drama e Comédia
SITE:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Billy_Elliot acesso: 09/07/2014