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DIÁRIO DE CUIABÁ 07/11/2010 Franceses investem no lobby ANNA RUTH DANTAS Da Agência Estado – Natal Enquanto o governo brasileiro não anuncia a compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira, os franceses investem no lobby e aproveitam um treinamento da Força Aérea Brasileira para fazer uma primeira apresentação do Rafale, o caça que poderá ser comercializado para a Força Aérea Brasileira. Ontem aterrissaram na Base Aérea de Natal quatro dessas aeronaves, que estão concorrendo à compra da FAB. Os caças Rafale estão participando pela primeira vez da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex), que acontece em Natal. Embora a França tenha participado de todas as cinco edições da Cruzex, que ocorre a cada dois anos, essa é a primeira vez que o governo francês traz também o Rafale. Nas edições anteriores, a participação era apenas do Mirage 2000, que também está atuando na operação. Ontem pela manhã aterrissaram em solo potiguar quatro caças Rafale e outros quatro Mirage. No total, 26 pilotos franceses atuarão na simulação de guerra, sendo 14 de Rafale e 12 de Mirage. O comandante do esquadrão francês, tenente coronel Michel Sebastián, desconhece que a participação dos Rafale na Cruzex esteja relacionada à compra dos caças por parte do governo brasileiro. "Eu sou piloto. Não posso falar por essa negociação", comentou o militar francês, enfatizando que a decisão de traz er o Rafale para a operação com os militares brasileiros foi da Força Aérea Francesa. "Essa é uma aeronave de muitas vantagens, com um ótimo desempenho e que faz longos treinamentos. Mas a decisão do Rafale estar aqui foi da Força Aérea Francesa", enfatizou Michel Sebastián, destacando a importância do treinamento de guerra como o que será realizado em Natal a partir de terça-feira. Porta-voz da Cruzex, o coronel da Força Aérea Brasileira Henry Munhoz destacou que a Força Aérea Brasileira não opina no tipo de aeronave que os demais países participantes devem trazer para a operação. "Esse é um exercício muito bom para todos da Força Aérea Brasileira. Importante para os pilotos que têm essa troca de experiência com outros países", comentou. No total, 3 mil pessoas estão participando da Cruzex. São 100 aeronaves vindas da Argentina, Chile, Estados Unidos, França e Uruguai, além do próprio Brasil.

Resenha de notícias 07 nov 2010

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DIÁRIO DE CUIABÁ – 07/11/2010

Franceses investem no lobby

ANNA RUTH DANTAS

Da Agência Estado – Natal

Enquanto o governo brasileiro não anuncia a compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira, os franceses

investem no lobby e aproveitam um treinamento da Força Aérea Brasileira para fazer uma primeira apresentação do Rafale, o caça que poderá ser comercializado para a Força Aérea Brasileira. Ontem aterrissaram na Base Aérea de Natal quatro dessas aeronaves, que estão concorrendo à compra da FAB. Os caças Rafale estão

participando pela primeira vez da Operação Cruzeiro do Sul (Cruzex), que acontece em Natal. Embora a França tenha participado de todas as cinco edições da Cruzex, que ocorre a cada dois anos, essa é a primeira vez que o governo francês traz também o Rafale. Nas edições anteriores, a participação era apenas do Mirage 2000, que também está atuando na operação.

Ontem pela manhã aterrissaram em solo potiguar quatro caças Rafale e outros quatro Mirage. No total, 26 pilotos franceses atuarão na simulação de guerra, sendo 14 de Rafale e 12 de Mirage. O comandante do esquadrão francês, tenente coronel Michel Sebastián, desconhece que a participação dos Rafale na Cruzex esteja

relacionada à compra dos caças por parte do governo brasileiro. "Eu sou piloto. Não posso falar por essa negociação", comentou o militar francês, enfatizando que a decisão de trazer o Rafale para a operação com os militares brasileiros foi da Força Aérea Francesa. "Essa é uma aeronave de muitas vantagens, com um ótimo

desempenho e que faz longos treinamentos. Mas a decisão do Rafale estar aqui foi da Força Aérea Francesa", enfatizou Michel Sebastián, destacando a importância do treinamento de guerra como o que será realizado em Natal a partir de terça-feira.

Porta-voz da Cruzex, o coronel da Força Aérea Brasileira Henry Munhoz destacou que a Força Aérea Brasileira

não opina no tipo de aeronave que os demais países participantes devem trazer para a operação. "Esse é um exercício muito bom para todos da Força Aérea Brasileira. Importante para os pilotos que têm essa troca de experiência com outros países", comentou.

No total, 3 mil pessoas estão participando da Cruzex. São 100 aeronaves vindas da Argentina, Chile, Estados Unidos, França e Uruguai, além do próprio Brasil.

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