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Resenha - Princípios da ADM Científica

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Page 1: Resenha - Princípios da ADM Científica

ETEC Guaracy Silveira

PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA

Gabriel Cardoso Silva, Nº 08, 1º ET-Z

São Paulo

2012

Page 2: Resenha - Princípios da ADM Científica

RESENHA

Sobre o livro: Introdução à Teoria Geral da Administração de Idalberto Chiavenato,

Ed. Makron Books, 4ª edição, São Paulo, 1993.

Neste capítulo do livro (“Princípios da Administração Científica”), são apresentados

os mais importantes princípios defendidos pelos diversos autores da Administração

Científica. Estes princípios foram criados no final do século XIX (em plena

Revolução Industrial), a partir do surgimento da preocupação em racionalizar,

padronizar e prescrever normas de conduta ao administrador. Eles poderiam ser

aplicados a todas as situações possíveis da empresa.

Dentre os princípios descritos estão os de Taylor, Emerson, Ford e o princípio da

exceção.

O capítulo está dividido em 5 seções. Cada seção explica e enumera os princípios

da Administração Científica propostos por cada um dos autores anteriormente

citados. Por entre as 6 páginas do capítulo, é possível ter uma visão ampla da

mentalidade presente neste novo tipo de administração, que a entendia como uma

ciência a ser estudada.

Na primeira seção, são apresentados os quatro princípios de Taylor (o principal

nome da Administração Científica). Segundo ele, a gerência adquiriu novas

atribuições e responsabilidades. O primeiro princípio é o de planejamento, que visa

substituir a improvisação pela ciência, por meio do planejamento do método. A

seguir, vem o princípio de preparo, que busca selecionar e preparar cientificamente

a mão-de-obra e as máquinas e equipamentos de produção. O terceiro princípio é o

de controle, que nada mais é do que controlar o trabalho para se ter certeza de que

o mesmo está sendo executado de acordo com as normas e os planos

estabelecidos. Finalmente, vem o princípio da execução, que busca distribuir

distintamente as tarefas e as responsabilidades.

A segunda seção fala de outros princípios implícitos, que foram mencionados

ocasionadamente por Taylor em sua obra. São eles: estudar o trabalho dos

operários e, depois de uma análise, eliminar ou reduzir movimentos inúteis e

aperfeiçoar movimentos úteis; estudar cada trabalho antes de decidir como este será

executado; separar as funções de preparação e as de execução; planejar a

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produção e estabelecer prêmios e incentivos quando os padrões forem atingidos;

padronizar os materiais, o maquinário, o equipamento e os métodos de trabalho;

dividir proporcionalmente as vantagens resultantes do aumento da produção;

classificar de forma prática e simples os equipamentos, os processos e os materiais

a serem empregados ou produzidos, para facilitar o seu trato e uso.

Na terceira seção, nos é apresentado Harrington Emerson (1853-1931). Ele foi um

dos principais auxiliares de Taylor e procurou simplificar os métodos de estudo e de

trabalho do seu mestre. A popularização da Administração Científica iniciou-se com

Emerson, que também foi o pioneiro de trabalhos sobre seleção e treinamento de

empregados. De acordo com o seu livro “The Twelve Principles of Efficiency” (Os

Doze Princípios da Eficiência), os princípios de rendimento são: traçar um plano

objetivo e bem definido; estabelecer o bom senso; manter orientação e supervisão

competentes, bem como a disciplina; manter justiça social no trabalho; fixar

remuneração proporcional ao trabalho; fixar normas padronizadas para o trabalho,

suas condições e operações; estabelecer instruções precisas; fixar incentivos ao

maior rendimento e à eficiência. Emerson já se antecipou à Administração por

Objetivos de Peter Drucker por volta da década de 60.

A quarta seção se dedica à Henry Ford (1863-1947), provavelmente o mais

conhecido da moderna Administração. Ele esteve sempre envolvido com a mecânica

e a engenharia, chegando a fundar, em 1899, a sua primeira fábrica de automóveis,

que, no entanto, foi logo fechada. Sem desanimar, conseguiu um financiamento e

fundou a Ford Motor Co., onde fabricava um modelo de carro a preços populares

com uma estratégia comercial revolucionária para aquela época. Em 1914, Ford

estabeleceu o salário mínimo de cinco dólares por dia e diminuiu a jornada de

trabalho para oito horas diárias. Foi ele o primeiro a produzir um carro em larga

escala. Formulou, também, diversas ideias e teorias próprias da Administração.

Com tudo isso, Ford fez uma das maiores fortunas do mundo. Por meio da

racionalização da produção, idealizou a linha de montagem, permitindo-lhe a

produção em série, isto é, fabricar grandes quantidades de um determinado produto

padronizado. Para isso, é necessária a capacidade de consumo em massa, seja real

ou potencial. A condição-chave da produção em massa é a simplicidade. Este

sistema é suportado por três aspectos: a progressão do produto é planejada,

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ordenada e contínua; o trabalho é entregue diretamente ao trabalhador; as

operações são analisadas em seus elementos constituintes. Ford adotou, ainda, três

princípios básicos: o de intensificação (rápida colocação do produto no mercado); o

de economicidade (reduzir ao mínimo o volume do estoque de matéria-prima em

transformação) e o de produtividade (aumentar a capacidade de produção no

mesmo período). Portanto, Ford introduziu a produção em série por meio da

padronização, e também utilizava incentivos não-salariais para seus empregados.

Finalmente, a última seção retrata o princípio da exceção, que foi adotado por

Taylor. Ele se baseava na verificação das exceções ou desvios dos padrões

normais, para corrigi-los adequadamente. O princípio da exceção é fundamentado

em relatórios resumidos que acusam apenas as ocorrências fora do normal ou do

previsto, tornando-as de fácil utilização e visualização.

Apesar do grande mérito que Taylor e seus seguidores possuem por serem os

pioneiros da então nascente Teoria da Administração, a sua obra está sujeita a

algumas críticas. A primeira é que a Administração Científica restringiu-se

basicamente às tarefas e aos fatores relacionados com o cargo e função do

operário. Portanto, o elemento humano foi simplesmente deixado de lado. Muitos

chegaram a denominá-la de “teoria da máquina”, pois concebia uma organização

rígida e estática, com uma visão mecanicista e lógica. Consequentemente, o

operário seria apenas uma engrenagem do sistema produtivo e não teria iniciativa

própria.

Outro aspecto que pode ser citado, é que a Administração Científica lida apenas

com aspectos formais e acaba se esquecendo dos conflitos que podem existir. Além

disso, as influências externas não são consideradas. É possível perceber que outras

Teorias da Administração, posteriores à Científica, mudam o seu enfoque. A Teoria

Clássica e a Teoria das Relações Humanas, por exemplo, enfatizam a estrutura e as

pessoas, respectivamente.

A leitura deste capítulo (“Princípios da Administração Científica”) é recomendável

para todos os estudantes e praticantes da área de Gestão, principalmente para os

que se interessam pela parte teórica da Administração. O texto é essencial para

estas pessoas, pois ele trata da primeira tentativa de racionalização da

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Administração. Portanto, foi a iniciação do atual modelo administrativo. O conteúdo

do texto pode muito bem ser aplicado nos seus estudos ou trabalho.

Idalberto Chiavenato, o autor da obra que apresenta o capítulo resenhado, nasceu

em 1936 no interior do estado de São Paulo. É graduado em Filosofia/Pedagogia

pela USP, em Direito pela Universidade Mackenzie e pós-graduado em

Administração de Empresas pela EAESP-FGV. Foi professor desta última

universidade e de outras estrangeiras. Seus livros da área de Administração de

Empresas e Recursos Humanos são considerados best-sellers. A extensa

bibliografia de Idalberto Chiavenato abrange mais de 40 livros, dentre eles estão:

“Administração para Administradores e Não-Administradores”; “Administração nos

Novos Tempos”; “Carreira - Você é aquilo que faz”; “Construção de Talentos” e, é

claro, “Introdução à Teoria Geral da Administração”. Esta última, segundo o autor,

pretende permitir uma tomada de contato com as diversas e complexas teorias da

Administração, suas características principais, seus aspectos positivos e negativos e

suas possibilidades de aplicação.

Gabriel Cardoso Silva, acadêmico do Curso Técnico de Administração da ETEC

Guaracy Silveira. Atividade realizada no decorrer da disciplina de Gestão

Empresarial 1.