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ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE - NORBERTO BOBBIO - resumo de parte do capítulo III 5. Estado e Direito Os elementos constitutivos do Estado Deseja-se iniciar a reflexão e o fichamento desta parte do livro do ilustre filósofo político, historiador do pensamento político e senador vitalício italiano Norberto Bobbio, com o contraponto do pensamento de outro grande pensador, Pierre-Joseph Proudhon, marcando desde já uma postura de questionamento e crítica diante do estabelecido como certo, legal e normal. É verdade que o texto de Proudhon desconstrói o pensamento que ratifica o Estado e ou corrobora a idéia de Estado como um instrumento de organização e ordenamento da sociedade, mas é mister que se faça comparações para que assim as conclusões estejam mais subsidiadas e encorpadas num pensamento fundamentado numa visão plurilateral, dialética, e não unilateral, como sóe acontecer. PIERRE-JOSEPH PROUDHON: SER GOVERNADO É... “Ser governado é: ser guardado à vista, inspecionado, espionado, dirigido, legiferado, regulamentado, depositado, doutrinado, instituído, controlado, avaliado, apreciado, censurado, comandado por outros que não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude. Ser governado é: ser em cada operação, em cada transação, em cada movimento, notado, registrado, arrolado, tarifado,

Resumo Do CaP. 3 de BOBBIO

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ESTADO, GOVERNO E SOCIEDADE - NORBERTO BOBBIO - resumo de

parte do capítulo III

5. Estado e Direito

Os elementos constitutivos do Estado

Deseja-se iniciar a reflexão e o fichamento desta parte do livro do ilustre

filósofo político, historiador do pensamento político e senador vitalício

italiano Norberto Bobbio, com o contraponto do pensamento de outro

grande pensador, Pierre-Joseph Proudhon, marcando desde já uma

postura de questionamento e crítica diante do estabelecido como certo,

legal e normal. É verdade que o texto de Proudhon desconstrói o

pensamento que ratifica o Estado e ou corrobora a idéia de Estado como

um instrumento de organização e ordenamento da sociedade, mas é

mister que se faça comparações para que assim as conclusões estejam

mais subsidiadas e encorpadas num pensamento fundamentado numa

visão plurilateral, dialética, e não unilateral, como sóe acontecer.

PIERRE-JOSEPH PROUDHON: SER GOVERNADO É...

“Ser governado é: ser guardado à vista, inspecionado, espionado,

dirigido, legiferado, regulamentado, depositado, doutrinado, instituído,

controlado, avaliado, apreciado, censurado, comandado por outros que

não têm nem o título, nem a ciência, nem a virtude.

Ser governado é: ser em cada operação, em cada transação, em cada

movimento, notado, registrado, arrolado, tarifado, timbrado, medido,

taxado, patenteado, licenciado, autorizado, apostilado, admoestado,

estorvado, emendado, endireitado, corrigido.

É, sob pretexto de utilidade pública, e em nome do interesse geral: ser

pedido emprestado, adestrado, espoliado, explorado, monopolizado,

concussionado, pressionado, mistificado, roubado;

Depois, à menor resistência, à primeira palavra de queixa: reprimido,

corrigido, vilipendiado, vexado, perseguido, injuriado, espancado,

desarmado, estrangulado, aprisionado, fuzilado, metralhado, julgado,

condenado, deportado, sacrificado, vendido, traído e, para não faltar

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nada, ridicularizado, zombado, ultrajado, desonrado. Eis o governo, eis

sua justiça, eis sua moral!

E dizer que há entre nós democratas que pretendem que o governo

prevaleça; socialistas que sustentam esta ignomínia em nome da

liberdade, da igualdade e da fraternidade; proletários que admitem sua

candidatura à presidência! Hipocrisia!...”

PROUDHON, Pierre-Joseph. A propriedade é um roubo. L&PM Pocket.

Porto Alegre. 2001. 172p. (p. 114-115). [15 de março de 2006]

“Desde quando do problema do Estado passaram a tomar conta os

juristas, o Estado tem sido definido através de três elementos

constitutivos: o povo, o território e a soberania”. Bobbio cita MORTATI

(1969, p.23): o Estado é “um ordenamento jurídico destinado a exercer um

poder soberano sobre um dado território, ao qual estão necessariamente

subordinados os sujeitos a ele pertencentes”. Para Kelsen o poder

soberano”é o poder de criar e aplicar direito,” recorrendo inclusive à

força. O território é o espaço de atuação do Estado, em seus limites e

fronteiras dá-se o poder soberano. Para Weber

não é possível definir uma associação política — inclusive o "Estado" —

assinalando os fins da "ação da associação" [...] não existiu nenhum fim

que ocasionalmente não haja sido perseguido pelas associações

políticas; e não houve nenhum [...] que todas essas associações tenham

perseguido. Só se pode definir, por isso, o caráter político de uma

associação pelo meio [...] que sem ser-lhe exclusivo é certamente

específico e para a sua essência indispensável: a coação física.

Kelsen, com sua idéia de que o Estado é uma técnica de ordenamento

social encontra eco em Montesquieu, numa passagem clássica do

Espírito das leis, onde ele, engrandecendo a nação que tem por objetivo a

liberdade política, a Inglaterra, diz que “embora todos os Estados

possuam em geral o mesmo fim, que é o de se conservar, cada Estado é

levado a desejar um em particular” e exemplifica: “a expansão era o fim

de Roma; a guerra o dos espartanos; a religião, o das leis judaicas”...

Bobbio diz que a existência do Estado prescinde de um território sobre o

qual se tenha tomado tal poder que se possa estar ali sempre deliberando

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e comandando aqueles que, efetivamente, obedecem. E neste ponto

lembra-se Thoreau ( 1995, p. 20) quando diz

A maioria dos homens serve ao Estado dessa maneira, não como homens

de fato, mas como máquinas, com seus corpos . São o exército

permanente, os membros da milícia, os carcereiros, os policiais, os posse

comitatus1, etc. Na maioria dos casos, não há livre exercício nem do

raciocínio nem do senso moral; eles se colocam porém ao nível da árvore,

da terra, da pedra; talvez se possam manufaturar homens de madeira que

sirvam a tal propósito de modo igualmente satisfatório.

Há limites, porém. Kelsen vê que além do limite espacial (território) e

pessoal (povo) existe o limite de validade temporal e o de validade

material, ou seja , o primeiro diz respeito ao tempo de vigência da lei

desde sua emanação até sua ab-rogação e o segundo diz respeito

 a) “matérias não passíveis de serem submetidas a uma regulamentação

qualquer (...) e b) ”matérias que podem ser reconhecidas como

indisponíveis pelo próprio ordenamento, como acontece em todos

aqueles ordenamentos em que está garantida a proteção de alguns

espaços de liberdade, representados pelos direitos civis(...)(p.95)

Novamente aqui lembra-se o filósofo norte-americano, Thoreau, que

questiona: 

Deve o cidadão, mesmo por um momento, ou em caso extremo, abdicar

de sua consciência em favor do legislador? Então para que serve a

consciência do indivíduo? Penso que devemos ser homens, em primeiro

lugar, e só depois súditos. (p. 19)

O governo das leis

“É melhor o governo das leis ou o governo dos homens?” (p.93/4) Assim

se arrasta o problema da relação entre direito e poder desde a

Antiguidade Clássica, onde Platão e Aristóteles já colocavam o problema

onde a paixão – mister da alma humana, não deveria existir na lei e mais,

que os governantes deveriam ser súditos e escravos da lei e não ela

súdita dos governantes ou privada de sua autoridade, para que assim as

cidades pudessem prosperar na ordem. Essa idéia sobre a supremacia da

lei estar no fato de que ela não se curva às paixões (Aristóteles) vai

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conduzi-la no decorrer da história a uma identificação com a voz da razão,

associando sua frieza e imparcialidade à racionalidade. Durante o

feudalismo, imperava a idéia de subordinação do príncipe à lei e na

tradição jurídica inglesa o governo da lei é o fundamento do Estado de

Direito.

Impõe-se então outra questão: “Já que as leis são geralmente postas por

quem detém o poder, de onde vêm as leis a que deveria obedecer o

próprio governante?”(p.96). Dois caminhos foram abertos a partir das

respostas dadas, um diz respeito às leis naturais, derivadas da própria

natureza do homem vivendo em sociedade e/ou “as leis cuja força

vinculatória deriva do fato de estarem radicadas numa tradição”, leis “não

escritas”, como aquelas que obrigam Sócrates a não fugir da prisão para

escapar da morte, inclusive porque Sócrates acreditava que poderia

questionar as leis mas não deveria desobedecê-las. O outro caminho

indica um bom legislador, confeccionador da lei, “que deu a seu povo

uma constituição (...)” (p.97). Os dois caminhos se fizeram presentes ao

longo da história do pensamento político

Os dirigentes que, embora sendo os artífices das leis positivas, como as

leis naturais que na tradição do pensamento medieval são também as leis

de Deus (...) ou as leis do país, a common Law dos legistas ingleses, que

é considerada uma lei da razão, á qual os próprios soberanos estão

submetidos (p.97).

Rousseau é quem vai resgatar a idéia de grande legislador, “homem

extraordinário" cuja função é excepcional porque “nada tem em comum

com a autoridade humana”. Segundo Bobbio, todas as primeiras

constituições escritas (...) nascem sob o signo do reino da razão,

interpretando as leis da natureza e as transformando em lei positiva com

uma constituição saída (...) da mente dos sábios (p.97). Diferente de

Rousseau, Thoreau ( 1995, p. 45) diz:

(...) Há oradores, políticos e homens eloqüentes aos milhares; mas não

abriu ainda a boca para falar o relator que seja capaz de resolver as mui

debatidas questões do dia. Amamos a eloqüência pela eloqüência e não

por qualquer verdade que possa exprimir, ou qualquer heroísmo que

possa inspirar (...) Se fôssemos deixados inteiramente à mercê da

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palavrosa sabedoria dos legisladores do Congresso para guiar-nos, sem

que ela fosse corrigida pela oportuna experiência e pelas eficazes

reclamações do povo, os Estados Unidos não conseguiriam manter por

muito tempo o posto que ocupam entre as nações.

A julgar pela conduta dos nossos legisladores, pelos escândalos

contínuos do nosso Senado e Congresso como um todo e outros

escândalos internacionais, o pensador naturalista e ecologista, fundador

da desobediência civil, que influenciou Gandhi e Martin Luther King

estava, por assim dizer, mais com os pés no chão do que aquele que foi,

talvez, porventura, um dos seus mais diletos inspiradores intelectuais.

Verdadeiramente os considerados “sábios” muitas vezes são mesmo é

pseudo-sábios, legislando em causa própria, defendendo os interesses

das classes dominantes e embargando, protelando, adiando, anulando,

sucateando, vilipendiando sempre que podem os direitos do povo. No seu

texto AOS DOUTORES DA LEI, a professora Maria de Lourdes da Silva,

discente deste Curso de Direito e licenciada em Filosofia por esta

Instituição diz o seguinte:

Os doutores da Lei julgam-se os senhores do mundo, têm-se na conta de

sabidos sem, no entanto, serem sábios; julgam-se quiçá sacerdotes do

Direito e da Jurisprudência, mas trancafiam inocentes em celas imundas

e prisões bárbaras e desprezam os pobres enquanto protegem seus pares

muitas vezes corruptos e refestelam-se na luxúria e na soberba de suas

ações insanas e cruéis! Alimentam seus egos com a prepotência e a

presunção das mordomias que asseguraram a si mesmos, enquanto

humilham e subjugam os indefesos. Muitos são fascistas ou nazistas,

verdadeiros tiranos travestidos em roupagens democráticas, togados,

ostentando uma oratória repleta de artigos da Constituição... Lobos

vorazes em pele de cordeiro! Perseguidores implacáveis de seus

desafetos, poucos imaginam a fera que se esconde embaixo de ternos

caros e vestidos elegantes! Nemo censetur ignorare legem, “a ninguém é

permitido ignorar a lei” mas são os próprios doutos que a desconhecem

primeiro, cada vez que deixam nos presídios, cidadãos que, por

desespero da vida, cometeram pequenos delitos como roubar uma lata de

margarina ou pães de uma padaria, enquanto céleres libertam aqueles

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que se locupletam do erário público para construir suas mansões e seus

castelos, a troco de propinas e favores.2 

Os limites internos

A questão aqui se inicia com a discussão sobre o soberano estar sujeito a

quais leis, já que “ninguém pode dar leis a si mesmo”,(primeiro limite)

embora estejam submetidos a leis naturais e divinas, sem poder

transgredi-las para não tornar-se culpado de lesa-majestade divina .

Bobbio cita Bodin3 e outros autores absolutistas que disseram que os

reis não estão submetidos apenas às leis naturais e divinas, mas também

a leis positivas e consuetudinárias como a lei de sucessão do trono. “O

rei que viola as leis naturais e divinas torna-se um tirano ex parte

exercitii; o rei que viola as normas fundamentais é um usurpador, um

tirano ex defectu tituli”(p. 98) (segundo limite). Distinguir monarquia régia

de monarquia despótica é base para o terceiro limite, quando se percebe

que o poder do rei não pode invadir o âmbito do direito privado , salvo

motivada e justificada necessidade. 

Está posto então um debate entre fautores, promotores da monarquia

absoluta, como Bodin e Hobbes e os defensores da monarquia limitada

ou moderada, como os escritores franceses “que apóiam as resistências

dos estamentos contra o processo de concentração e centralização de

todo o poder estatal nas mãos do rei”; como os ingleses, defensores da

monarquia constitucional. 

Para uns e para outros o poder do rei deve ser limitado não apenas pela

existência de leis superiores que ninguém põe em discussão mas

também pela existência de centros de poder legítimos de que são

portadores as ordens ou os estados – o clero, a nobreza, as cidades -,

com seus órgãos colegiados que pretendem ter direito de deliberação em

determinadas matérias, como por exemplo a imposição fiscal.(p. 99)

Ao concluir sobre os limites internos, Bobbio faz menção ao

“constitucionalismo”, teoria e prática dos limites do poder. Ele diz que o

constitucionalismo encontra respaldo nas constituições que limitam

formal e materialmente ao poder político, reconhecendo e protegendo os

direitos fundamentais, erguerdo-se contra a pretensão e a presunção do

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rei de subjugar e submeter indivíduos e grupos à sua lei.

Marilena Chaui (2003, p 366) diz: “Os governados não podem depor nem

matar o tirano, mas podem resistir a ele, buscando instrumentos legais

que contestem sua autoridade, forçando-o a abdicar do poder. “ Segundo

ela quando o direito subjetivo natural é violado, o governo se torna

ilegítimo, o acordo de submissão deixa de ser válido e o rei deve abdicar

do poder.

Os limites externos

O caso da invasão do Afeganistão pelos EUA, o caso da invasão do

Iraque, com a prisão, “julgamento” e morte de seu governante Saddan

Hussein, o caso do bloqueio à Cuba pelos EUA, são exemplos,

compreende-se, em que houve limites externos colocados por outros

Estados, no caso o Estado imperialista mais rico do mundo, sobre países

comunistas ou “não-alinhados”, detentores de grande produção de

petróleo, um dos minérios mais importantes da história contemporânea.

“Nenhum Estado está só. Todo Estado existe ao lado de outros Estados

numa sociedade de Estados” (...) A soberania tem duas faces, uma

voltada para o interior, outra para o exterior. Correspondentemente vai ao

encontro de dois tipos de limites: os que derivam das relações entre

governantes e governados e os que derivam das relações entre os

Estados, e são os limites externos”(p.101)

Como nosso exemplo bem mostra, para Bobbio “quanto mais um Estado

é forte e portanto sem limites no interior, mais é forte e portanto com

menores limites no exterior”.(p.101) Se o Estado estiver vinculado a seus

súditos, mais independente estará de outros Estados.

Enquanto o processo de dissolução do império representa uma redução

de poder em favor de novos Estados, o processo de formação de um

Estado maior a partir da união de Estados pequenos representa um

reforço de poder do primeiro sobre os segundos: estes perdem em

independência interna aquilo que ganham em força no exterior unindo-se

a outros. (...) Somente através da união federativa a república, que

durante séculos após o fim da república romana foi considerada uma

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forma de governo adequada aos pequenos Estados, pode tornar-se a

forma de governo de um grande Estado como os Estados Unidos da

América. (p.103)

E os Estados Unidos da América são, no mundo, um dos grandes

Estados que impõem diuturnamente seus limites a todos os que possuem

riquezas e bens que são dos seus interesses. Como diz Annie

Leonard,em História das coisas:

“(...) Comecemos pelo governo. Meus amigos dizem que eu deveria usar

um tanque para simbolizar o governo (e isso é uma realidade em muitos

países) e cada vez também mais o nosso, afinal, mais de 50% dos nossos

impostos vão para os militares. (...) Aonde eu vivo, nos Estados Unidos,

resta-nos menos de 4% de nossa floresta original, 40% dos cursos de

água estão impróprios para consumo , o nosso problema não é apenas

estarmos usando demasiados recursos, mas o fato de estarmos

utilizando mais do que a nossa parte. Temos 5% da população mundial,

mas usamos 30% dos recursos mundiais. Se todos consumissem ao

ritmo dos Estados Unidos, precisaríamos de três a cinco planetas e sabe

uma coisa? Só temos um, então a resposta do meu país a essa limitação

é simplesmente ir tomar dos outros4

Para Bobbio se esta tendência continuar, de formação de Estados ou

constelações de Estados, como ALCA, União Européia, MERCOSUL,

aumentará o poder de países como Estados Unidos e Inglaterra, que

absorvirão Estados satélites e terão diminuídos seus limites esternos de

superestado. “No caso em que se chegasse à formação do Estado

universal, este teria apenas limites internos e não mais externos.

Pede-se licença concluir com palavras do próprio Bobbio em outro livro

IGUALDADE E LIBERDADE (1997, P. 94): 

A garantia dos Direitos do homem contra a violação perpetrada pelo

próprio Estado que deveria protegê-los é uma resposta, em nível mais

alto, à eterna pergunta: Quis custodiet custodia? (QUEM GUARDARÁ OS

GUARDIÕES? grifo nosso)Toda nova tentativa de resposta a esta

pergunta, ainda que imperfeita e incompleta, é – na medida em que

propõe novas formas de controle e de poder – uma resposta a uma

demanda de liberdade.

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Maria de Lourdes da Silva, Especialista e Política educacional, licenciada

em Filosofia e Acadêmica de Direito.

NOTAS

1 – Faculdade que a lei inglesa e norte americana concedia aos juízes de

paz e aos xerifes de recrutarem as pessoas que julgassem necessárias

para auxiliá-los na perseguição e aprisionamento de criminosos e

traidores.

2– O texto foi colocado como citação porque o pensamento não pertence

ao grupo, mas trata-se de um escrito publicado parcialmente no seguinte

endereço virtual: http://www.agorapindorama.blogspot.com/ da

acadêmica, que também é licenciada em Filosofia e especialista em

Política e Planejamento Educacionais, pelaUESC.

3 – ( nota nossa) http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Bodin acessado em 06

de novembro de 2009 - Jean Bodin (Angers, 1530 — Laon, 1596) foi um

jurista francês, membro do Parlamento de Paris e professor de Direito em

Toulouse. Ele é considerado por muitos o pai da Ciência Política devido a

sua teoria sobre soberania. Baseou-se nesta mesma teoria para afirmar a

legitimação do poder do homem sobre a mulher e da monarquia sobre a

gerontocracia.

Ele escreveu diversos livros, mas a Inquisição condenou a muitos deles

porque o autor demonstrou simpatia pelas teorias calvinistas. Estes

calvinistas, chamados Huguenotes na França, eram processados pela

Igreja católica assim como outras seitas protestantes ou reformadores

cristãos o eram em outros países católicos.

Seus livros dividiram opiniões: alguns escritores franceses os

admiravam, enquanto Francis Hutchinson foi seu detrator, criticando sua

metodologia. As obras escritas por Bodin faziam diversas alusões a

julgamentos de bruxos e o procedimento que deveria ser seguido, dando-

lhe a reputação de um homem sanguinário.

4 - Licenciado Creative Commons 3.0 Written by - Annie Leonard

Produced by - Free Range Studios Executive Producers - Christopher

Herrera, Tides Foundation, Funders Workgroup for Sustainable

Production and Consumption. Créditos da versão brasileira: Adaptação

Page 10: Resumo Do CaP. 3 de BOBBIO

do texto - Denise Zepter Locução - Nina Garcia Direção e edição - Fábio

Gavi Estúdios - Gavi New Track - SP 

5 –BOBBIO, Norberto. Liberdade e Igualdade. tradução Nelson Coutinho 2

ed.Rio de janeiro: Ediouro, 1997, 96p.

REFERÊNCIAS

BOBBIO, Norberto. Estado, governo, Sociedade; tradução Marco Aurélio

Nogueira. Brasília: Editora Paz e Terra, 7ª edição, 1995.

------------. Liberdade e Igualdade. tradução Nelson Coutinho 2 ed.Rio de

janeiro: Ediouro, 1997, 96p.

CHAUI, Marilena, Convite à Filosofia. 13 ed, São Paulo: editora Ática, 2003

424 p

http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Bodin

LEONARD, Annie, História das coisas video Licenciado Creative

Commons 3.0 Written by - Annie Leonard Produced by - Free Range

Studios Executive Producers - Christopher Herrera, Tides Foundation,

Funders Workgroup for Sustainable Production and Consumption.

Créditos da versão brasileira: Adaptação do texto - Denise Zepter

Locução - Nina Garcia Direção e edição - Fábio Gavi Estúdios - Gavi New

Track – SP

PROUDHON, Pierre-Joseph. A propriedade é um roubo. L&PM Pocket.

Porto Alegre. 2001. 172p. (p. 114-115). [15 de março de 2006]

SILVA, Maria de Lourdes da, http://www.agorapindorama.blogspot.com

THOREAU, Henry David. A desobediência Civil. Seleção, tradução,

prefácio e notas José Paulo Paes. São Paulo: Editora Cultrix, 130p