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DETERMINISMO BIOLOGICO A respeito do determinismo biológico, erroneamente pensava-se que um indivíduo poderia ser determinado pela sua "raça", indicando assim traços de sua personalidade, como sendo de origem biológica. Mas, de acordo com Laraia: "Se transportarmos para o Brasil, logo após o seu nascimento, uma criança sueca e a colocarmos sob os cuidados de uma família sertaneja, ela crescerá como tal e não se diferenciará mentalmente em nada de seus irmãos de criação." Para os antropólogos o determinismo biológico não é determinante nas diferenças culturais. Em síntese os genes não interferem nos comportamentos humanos. Exemplificando a tese, tomamos como exemplo uma criança da Suécia transportada para o Brasil desde nascença. Ela terá os costumes da família que a criou. Falará a língua brasileira e terá o sotaque da região que mora. Resumindo as diferenças genéticas hereditárias não constituem um fator essencial para a formação cultural do individuo. DETERMINISMO GEOGRÁFICO Sobre o determinismo geográfico, erroneamente pensava-se que que o local onde o indíviduo se desenvolve o condiciona culturamente. Porém, Laraia nos traz que: "A partir de 1920, antropólogos como Boas, Wissler,Kroeber, entre outros, refutaram este tipo de determinismo e demonstraram que existe uma limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais. E mais: que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico. Um exemplo são os Esquimós e os Lapões. Eles vivem em condições climáticas semelhantes. Mas vivem, moram e se comportam de maneiras distintas. Portanto, não é possível admitir tal conceito. As diferenças não podem ser explicadas pela biologia e menos ainda pelo ambiente em que vivem. ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO CONCEITO DE CULTURA O autor recorre, à definição de cultura proposta por Edward Tylor como sendo o “complexo que inclui conhecimentos, crenças,

Resumo Dos 3 Primeiros Capítulos Do Livro - Cultura, Um Conceito Antropológico

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Antropologia

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Page 1: Resumo Dos 3 Primeiros Capítulos Do Livro - Cultura, Um Conceito Antropológico

DETERMINISMO BIOLOGICO

A respeito do determinismo biológico, erroneamente pensava-se que um indivíduo poderia ser determinado pela sua "raça", indicando assim traços de sua personalidade, como sendo de origem biológica. Mas, de acordo com Laraia: "Se transportarmos para o Brasil, logo após o seu nascimento, uma criança sueca e a colocarmos sob os cuidados de uma família sertaneja, ela crescerá como tal e não se diferenciará mentalmente em nada de seus irmãos de criação."

Para os antropólogos o determinismo biológico não é determinante nas diferenças culturais. Em síntese os genes não interferem nos comportamentos humanos. Exemplificando a tese, tomamos como exemplo uma criança da Suécia transportada para o Brasil desde nascença. Ela terá os costumes da família que a criou. Falará a língua brasileira e terá o sotaque da região que mora. Resumindo as diferenças genéticas hereditárias não constituem um fator essencial para a formação cultural do individuo.

DETERMINISMO GEOGRÁFICO

Sobre o determinismo geográfico, erroneamente pensava-se que que o local onde o indíviduo se desenvolve o condiciona culturamente. Porém, Laraia nos traz que: "A partir de 1920, antropólogos como Boas, Wissler,Kroeber, entre outros, refutaram este tipo de determinismo e demonstraram que existe uma limitação na influência geográfica sobre os fatores culturais. E mais: que é possível e comum existir uma grande diversidade cultural localizada em um mesmo tipo de ambiente físico.

Um exemplo são os Esquimós e os Lapões. Eles vivem em condições climáticas semelhantes. Mas vivem, moram e se comportam de maneiras distintas.

Portanto, não é possível admitir tal conceito. As diferenças não podem ser explicadas pela biologia e menos ainda pelo ambiente em que vivem.

ANTECEDENTES HISTÓRICOS DO CONCEITO DE CULTURA

O autor recorre, à definição de cultura proposta por Edward Tylor como sendo o “complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes e quaisquer outros hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade”, aludindo que tal conceito é uma síntese de vários pensamentos com a mesma linha ideológica, os quais se desenvolveram em vários estudos.

A idéia de cultura ganhou consistência, e com esse processo permanente de aprendizagem, conhecemos essa capacidade de endoculturação.

Para enfatizar e ampliar, Turgot afirma em sua obra, que o homem é capaz de assegurar suas ideias eruditas, comunicá-las a outros, e partilhar aos seus descendentes como uma herança sempre crescente.