Resumos 4º Teste

Embed Size (px)

DESCRIPTION

RESUMOS HISTÓRIA 12º ANO

Citation preview

PORTUGAL: DO AUTORITARISMO DEMOCRACIAImobilismo politico e crescimento econmico do ps-guerra a 1974Estagnao do mundo ruralDepois da 2GM, Portugal continuava um pas agrrio, pobre e com baixos nveis de produtividade que no atingiam sequer a metade da mdia europeia. Dificultava o desenvolvimento agricola, a profunda assimetria que o pas apresentava, bem como um tero da rea agricola em regime de arrendamento precrio.O segundo plano de fomento que apontava na mecanizao de exploraes de tamanho mdio, no foi posta em prtica por oposio dos latifundirios; as alteraes na estrutura fundiria, acabaram por no se fazer.Na dcada de 60, como o pas enveredou pela via industrializadora, a agricultura viu-se relegada para segundo plano. Assim, a dcada de 60, saldou-se por um decrscimo da taxa de crescimento do produto agricola nacional.

A emigrao em PortugalAs dcadas de 30 e 40, corresponderam a um crescimento demogrfico intenso, o que originou excesso de mo-de-obra. Na dcada de 60, a curva da emigrao registou um crescimento extraordinrio. Os principais pases de destino eram a Frana, a RFA, Venezuela, Canad e EUA. A atrao pelos altos salrios por um mundo industrializado e o recrutamento compulsivo para a guerra colonial de frica, explicaam o forte crescimento demogrfico dos anos 60.Grande parte da emigrao era clandestina, devido guerra colonial. O Estado procurou salvaguardar os interesses dos nossos emigrantes, pois as remessas dos emigrantes representavam um grande contributo para o equilibrio da nossa balana de pagamentos.

O surto industrialAt a 2GM, o setor industrial no era prioridade no regime de Salazar. Porm, a guerra e consequente escassez de produtos incentivou industrializao. Em 1945, o Estado Novo promulgou a lei do fomento e de reorganizao industrial, com vista substituio das importaes.Em 1948, Portugal integrou a OECE (organizao para a cooperao econmica europeia) beneficiando do auxilio financeiro do Plano Marshall. A partir de 1953, foram estabelecidos os planos de fomento para o desenvolvimento industrial. O primeiro plano d prioridade criao das infraestruturas e o segundo plano indsutria transformadora de base. Nos anos 60, Portugal passaria a integrar-se na Economia Europeia e Mundial, ao tornar-se um dos pases fundadores da EFTA (Associao Europeia de Comrcio Livre). A partir de meados de 1960, Portugal enfrenta uma nova politica econmica ao: defender uma produo industrial orientada para a exportao; ao dar prioridade industrializao em relao agricultura; e ao estimular a concentrao industrial.

A urbanizao o surto urbanoNos anos 50 e 60, Portugal conheceu um surto urbano intensivo. Contudo, a expanso das cidades no foi acompanhada da construo das respetivas infraestruturas como, saneamento bsico, habitaes e rede de transportes.

O fomento econmico nas colniasAps a 2 GM num contexto de descolonizao, Portugal tem cada vez mais dificuldades em justificar a manuteno das colnias perante a ONU, Europa e EUA. A forma de justificar a posse de um vasto imprio colonial era atravs do desenvolvimento econmico desses territrios. Assim, nos anos 50 e 60, o Estado Novo tomou as seguintes medidas: Criao de infraestruturas; Integrao dos gestos com as colnias nos planos de fomento; Incentivo ao investimento privado, nacional ou estrangeiro nas colnias; Desenvolvimento dos setores agricola, extrativo e industrial e afluxo de colnos brancos

A radicalizao das oposies e o sobressalto politico de 1958Sabendo que Salazar no estava empenhado em abrir o regime s transformaes democrticas que triunfavam na Europa, as foras polticas iniciam um processo de luta organizado contra o regime. Neste contexto, nasceu a MUD em Outubro de 1945. A oposio democrtica empreendida pela MUD, teve grande impacto na opinio pblica e as adeses ocorreram por todo o pas. O primeiro momento de grande contestao ao regime foi em 1949, ano de eleies presidenciais. Norton de Matos, face intensificao da represso e inevitabilidade de uma derrota, desisitiu, mas foi aberto o caminho para o grande sobressalto do regime. Em 1958, novas eleies presidenciais e oposio apresentou o candidato General Humberto Delgado (general sem medo). Humberto Delgado, levou a sua candidatura at s urnas, mas os resultados revelaram uma vitria esmagadora do candidato do regime. Mas a credibilidade/confiana do governo, ficou abalada.Apesar da derrota de Humberto Delgado (1958) a oposio intensifica a sua ao de contestao com destaque para as seguintes ocorrncias: a carta do bispo do Porto (D. Antnio Ferreira Gomes) que criticava de forma contundente a situao poltica, social e religiosa do pas. A consequncia foi o exilio; Exilio e assassinato de Humberto Delgado. A ao de Humberto Delgado de tal modo lesivel da imagem internacional do regime, que Salazar determinou a sua eliminao fisica; O assalto ao paquete Santa Maria, que instancias internacionais entenderam como espetacular ato de protesto legitimo; Desvio do avio da TAP, em 1961, que inunda Lisboa de propaganda anti-salazarista; Assalto dependencia do Banco de Portugal, na Figueira da Foz, com o objetivo de angariar fundos para posteriores aes de revolta.

A questo colonialAs solues realizadasA partir de 1945, torna-se dificil ao governo portugus, manter a politica colonial instituida pelo ato colonial de 1930.A legitimizao do direito manutno de colnias, baseou-se na tese de Gilberto Freire, que acentuava a rara faculdade de adaptao dos portugueses a outras culturas. A partir de 1951, em vez de colnias, falava-se em Provincias Ultramarinas, argumento que defendia que Portugal no tinha colnias, mas era um territrio uno que se estendia at Timor.Portugal apresentado como um estado pluricontinental e plurirracial. Com o inicio da guerra colonial (1961), confrontaram-se duas teses divergentes em relao ao colonialismo: A tese integracionista, que defendia o ultramar, plenamente integrado no estado portugus; A tese federalista, que propunha a concesso de uma autonomia progressiva.

A luta armada e o isolamento internacionalDurante 13 anos, Portugal viu-se envolvido em 3 duras frentes de batalha, com elevados custos humanos e materiais. A resistncia portuguesa, chegou mesmo a surpreender as instancias internacionais.A Assembleia Geral da ONU, a partir de 1955 condenou a atitude colonialista portuguesa e pressionou Portugal para a efetiva descolonizao. A partir do inicio dos anos 60, os EUA, condenaram o colonialismo portugus. Estes exemplos mostram que a politica colonial do regime salazarista conduziu ao isolamento internacional, a que Salazar respondia com a politica do orgulhosamente ss.

O movimento das Foras Armadas e a ecloso da RevoluoEm 1974, o problema da Guerra Colonial, continuava por se resolver. A Guin, tinha j declarado a independncia unilateral e em Angola e Moambique, a situao continuava num impasse.A esta conjuntura poltica, juntava-se o descontentamento plural contra o aumento do custo de vida; insastifao de um setor empresarial moderno, desejo de uma aproximao Europa e a intensificao da violncia. Em 1973, comea a organizar-se um movimento clandestino de militares, tendo em vista o derrube da ditadura e assim, criar condies resoluo politica da questo colonial. Cresce a contestao no meio militar, que quer por fim politica do Estado Novo. Nasce o MFA.Na madrugada de 25 de Abril de 1974, as foras armadas levam a cabo uma ao revolucionria (j programada) que ps fim ao regime da ditadura que vigorava desde 1926.O Golpe Militar, foi uma autntica revluo nacional que pelo seu carter pacifico, ficou conhecido por revoluo dos cravos.

O DESMANTELAMENTO DAS ESTRUTURAS DO ESTADO NOVOLogo aps a revoluo, deu-se inicio ao processo de desmantelamento do regime deposto. Foi nomeada Junta de Slavao Nacional, presidida por Antnio Spinola, que levou a cabo o processo de desmantelamento do regime, conforme o previsto no programa no MFA.

Medidas do processo do desmembramento do Estado Novo: Foram destituidos o presidente da Repblica, Amrico Toms, e o presidente do conselho, Marcello Caetano A PIDE-DGS, a Legio Portuguesa e as organizaes da juventude, foram extintas. Os presos polticos foram amnistiados e libertados Foi autorizada a formao de partidos politicos e de sindicatos livres.TENSES POLITICO-IDEOLGICAS NA SOCIEDADE E NO INTERIOR DO MOVIMENTO REVOLUCIONRIOAps a revoluo seguiram-se dois anos politicamente conturbados devido a profundas divergncias ideolgicas que conduziram a graves confrontaes sociais e politicas.Em confronto, duas foras polticas: uma mais moderada, liderada por Antnio de Spinola, e outra mais radical, representada pelo MFA e pelo Brigadeiro Vasco Gonalves, que orientava o regime segundo a ideologia socialismo-revolucionrio.Entretanto, agravam-se as divergncias entre o Presidente da Repblica e o MFA, sobre o processo de descolonizao e orientao politica do pas, pelo que, Antnio Spinola acabou por se demitir.Tendncia para o sistema politico em Portugal, infletir para o marxismo-leninismo. Em 11 de Maro de 1975, Spinola e militares afetos sua ideologia, atravs de um golpe de estado que fracassou, tentam contrariar a orientao esquerdista da revoluo. Em consequncia, o MFA, dominado pelo partido comunista, criou o conselho de revoluo em susbtituio da Junta de Salvao Nacional, que props uma remodelao de governo com o objetivo de afastar os elementos mais moderados.

AS ELEIES DE 1975 E A INVERSO DO PROCESSO REVOLUCIONRIOEm 25 de Abril de 1975, realizaram-se as eleies para a Assembleia Constituinte. Saiu vencedor o partido socialista que reclamava maior interveno na ao governativa. Vive-se o Vero Quente de 1975, em que esteve eminente o confronto entre partidos conservadores e partidos de esquerda. Tenso politico social atinge o seu auge. A fase conturbadora da revoluo terminou com a tentativa de golpe de estado de 25 de Novembro de 1975, devido: presso, nomeadamente dos grupos mais moderados do PS Ao fracasso do 25 de Novembro de 1975Era o fim da fase extremista do processo revolucionrio.POLITICA ECONMICA ANTIMONOPOLISTA E INTERVENO DO ESTADO NO DOMINIO ECONMICO-FINANCEIROAps a revoluo, a orientao econmica seguiu de perto as opes ideolgicas do conselho de revoluo, ou seja, o marxismo-leninismo. O programa do primeiro governo provisrio j referia a nacionalizao dos principais setores da economia, intenes concretizadas a partir de setembro de 1974. Alm disso, o Estado, pelo decreto-lei 600/74 aprova a nacionalizao de todas as instituies financeiras e das grandes empresas que no contribuissem para o desenvolvimento do pasNo rescaldo do 11 de Maro de 1975, o novo decreto aprova a nacionalizao das grandes empresas ligadas aos setores econmicos.No Sul, em Janeiro de 1975, registaram-se as primeiras ocupaes de terras pelos trabalhadores. Inicia-se assim, o processo de reforma agrrio, em que o governo avana com a expropriao das grandes herdades, que passam a constituir as unidades coletivizadas de produo. (UCP)Foi ainda aprovada legislao com vista proteo dos trabalhadores e dos grupos economicamente desfavorecidos.

A OPO CONSTITUCIONAL DE 1976Em 2 de Abril de 1976, foi promolgada a nova constituio que revelava um forte pendr (uma tendncia) revolucionria e socialista, conforme preambulo da constituio de 1976. Esta opo pela via revolucionria, justifica-se pelo clima de agitao social em que o texto constitucional foi redigido. Todavia, o texto constitucional consagra sem qualquer reserva o estado portugus como uma repblica democrtica e pluralista, ao garantir as liberdades individuais e alternncia democrtica, atravs de eleies livres e universais.