Resumos do Manual Prático da Lidel (capitulo 6)

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    Resumos do manual prtico da Lidel Gesto de Recursos Humanos Mtodos e Prticas

    Captulo 6

    O conceito de carreira

    O conceito de carreira tem sido abordado por vrios autores, observando-se diferentes

    sentidos atribudos a este termo.Carreira como uma

    sequncia de

    trabalhos/funes ao

    longo da vida este

    significado centra-se

    na histria ou

    percurso profissional

    do individuo;

    Carreira como uma

    sequncia de

    experiencias

    profissionais ao longo

    da vida este

    significado

    compreende as

    aspiraes,

    concees e atitudes

    dos indivduos face

    sua vida profissional;

    Carreira como

    desenvolvimento

    profissional o que

    corresponde a uma

    sequencia de

    promoes no

    contexto de trabalho,

    ao longo da atividade

    profissional do

    individuo, sem que se

    torne necessrio a

    sua permanncia

    numa s organizao

    ou ocupao;

    Carreira como

    ocupao

    profissional o que

    se traduz em

    atividades que

    pressupem um

    conjunto de

    movimentos

    ascendentes ao longo

    do tempo de

    trabalho,

    independentemente

    da organizao em

    que tm lugar;

    O conceito foca-se sobretudo no individuo e nas suas necessidades. No entanto, ele no pode

    centra-se apenas na perspetiva individual, devendo implicar uma anlise dinmica decorrente

    da relao entre a organizao e o individuo. Da que se considere mais pertinente e

    abrangente utilizar o termo de desenvolvimento de carreiras ao invs de gesto de carreiras.

    O desenvolvimento de carreiras um processo de avaliao, alinhamento e conciliao entre

    as necessidades, oportunidades e mudanas organizacionais e individuais, atravs do recurso a

    mltiplas abordagens e metodologias.

    Objetivos do Desenvolvimento de Carreiras

    Genericamente este desenvolvimento permite que:

    O prprio

    colaborador e a

    organizao

    possam

    conhecer

    melhor as

    Exista um

    melhor

    conhecimento

    sobre as opes

    e carreira do

    colaborador

    Se faa um

    planeamento

    especifico e

    concreto da

    ao;

    Se desenvolvam

    as competncias

    dos indivduos;

    Se concretize

    uma gesto do

    mercado interno

    em consonncia

    com as

    necessidades da

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    caractersticas

    do colaborador

    e os seus

    interesses

    organizao e

    com a cultura

    organizacional;

    Considerando a importncia quer do individuo quer da organizao, torna-se pertinente

    identificar que benefcios podem existir para uns e para outros, com a implementao de um

    sistema de desenvolvimento de carreiras. Estes sistemas so uma oportunidade para

    aumentar as sinergias interdepartamentais e a responsabilidade das chefias e colaboradores

    em relao sua carreira.

    Na Perspetiva das Chefias Na Perspetiva dos

    Colaboradores

    Na Perspetiva da Organizao

    Aumento da capacidade para

    gerir a prpria carreira.

    Ajuda nas decises de

    carreira e de mudana.

    Melhor uso das capacidades

    e conhecimentos dos seus

    colaboradores.

    Capacidade para manter os

    melhores colaboradores.

    Enriquecimento da atual

    funo e aumento da

    satisfao no trabalho.

    Aumento da lealdade.

    Melhor comunicao entre a

    chefia e o colaborador.

    Melhor comunicao entre o

    colaborador e a chefia.

    Alargar a informao a todos

    os nveis da organizao.

    Capacidade para estabelecer

    o plano de desenvolvimento.

    Objetivos e expetativas mais

    realistas.

    Melhor comunicao (na

    organizao como um todo)

    Avaliao da produtividade e

    do desempenho.

    Informao sobre a

    organizao atual e

    tendncias futuras.

    Aumentar a sua reputao ao

    nvel das preocupaes com

    os seus empregados.

    Aumento da compreenso da

    prpria organizao.

    Aumento da

    responsabilidade na gesto

    da sua prpria carreira.

    Aumento da eficcia dos

    sistemas e procedimentos

    relativamente aos recursos

    humanos.

    Melhor colocao das

    pessoas em eventuais

    projetos.

    Clarificao dos objetivos

    organizacionais.

    Melhor correspondncia

    entre os objetivos individuais

    e organizacionais.

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    Algumas abordagens em termos de carreiras

    Estdios de Carreira

    A fase de

    explorao,

    onde se faz a

    transio da

    escola para o

    mundo do

    trabalho. Esta ,

    na maior parte

    dos casos, uma

    fase crtica, pois

    nela que se

    fazem muitas

    opes que mais

    tarde iro

    influenciar o

    itinerrio

    profissional dosindividuo. Nesta

    fase existem

    influncias que

    derivam dos

    conselhos e

    exemplos.

    Surgem aqui as

    primeiras

    escolhas;

    A fase do

    estabelecimento

    Onde,

    normalmente, se

    inicia uma

    procura do

    primeiro

    emprego. A

    entrada efetiva

    no mundo do

    trabalho que

    caraterizada por

    realizar uma

    escolha real

    aceitar ou no o

    primeiro

    emprego.Porm, outras

    escolhas se

    sucedem;

    A fase do

    desenvolvimento

    Onde ocorrem

    normalmente

    situaes de

    transferncia,

    promoes. Este

    pode ser um

    perodo de

    grande

    produtividade,

    com

    desempenhos de

    excelncia que

    podem conduzir

    a novas ambies

    profissionais.Porm, tambm

    poder ocorrer o

    oposto,

    possivelmente

    devido

    natureza das

    feitas

    anteriormente;

    A fase de

    maturao

    Onde o

    individuo passa

    a desempenhar

    papis de

    coacher/mentor.

    O processo de

    transferncia de

    conhecimento

    tcito e tambm

    explicito passa a

    ser fulcral nesta

    fase, podendo

    assumir-se como

    uma fonte de

    satisfao para oindividuo;

    Na fase de

    declnio

    Verifica-se uma

    preparao

    formal para a

    reforma. O

    individuo passa

    a ter uma vida

    menos

    estruturada em

    funo das

    atividades

    profissionais,

    tendo agora

    disponibilidade

    para assumir

    outro tipo depapis na

    comunidade.

    Esta teoria v a carreira como um processo evolutivo que deve ser analisado ao longo da vida

    do individuo considerando as interaes do trabalho e famlia, o trabalho e o

    autodesenvolvimento.

    Carreira interna

    Engloba as motivaes, os valores, as

    Carreira Externa

    Engloba as exigncias, os requisitos e as

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    capacidades e os constrangimentos

    decorrentes da personalidade do individuo

    oportunidades de uma organizao.

    Explorando melhor a noo de carreira interna podemos referir a abordagem de Schein sobre

    as ncoras na carreira.

    O autor considera que atravs de sucessivas experincias profissionais que o individuo

    desenvolve um autoconceito sobre os seus talentos (o que sabe que faz bem),motivaes e

    necessidades (o que importante como objetivos: salrio, estatuto social e viagens) e atitudes

    e valores (em que organizao que o individuo se sente confortvel em trabalhar). Este

    autoconceito profissional influencia as ncoras de carreira e determina as escolhas a fazer.

    Atualmente diferentes perspetivas tm vindo a ganhar espao na aceo de carreira.

    Desligando-se de um sector especfico de atividades composto por estruturas hierrquicas

    fixas, onde o individuo vai progredindo ao longo da vida, a carreira passou a ser vista como

    uma trajetria profissional, onde pressupe-se a acumulao de atividades e experincias de

    trabalho individuais, sendo aqui o sentido de trabalho amplo, incluindo a forma como o

    individuo se relaciona com outros indivduos, organizaes e sociedade.

    A ltima perspetiva de carreira concebe-a como uma sequncia de experincias profissionais

    ao longo da vida, a diferena entre esta e a antecedente deve-se ao fato de que a primeira

    foca-se no exterior do individuo, na sua trajetria profissional global de trabalho, a nfase agora colocada nas suas percees e interpretaes relativas s suas experincias

    profissionais.

    O mbito pessoal na perspetiva de carreira e a descoberta do eu interior, leva o individuo a

    desenvolver o seu auto conceito ocupacional, permitindo-o identificar a sua ncora de

    carreira.

    O autor Edgar Schein define ncora de carreira como um padro de talentos, motivos e valores

    percebidos que guiam, limitam e estabilizam a carreira do individuo. Estas ncoras so

    constitudas por trs componentes: Os talentos e habilidades percebidas, que o individuo

    aprende a conhecer com base nas primeiras experincias de trabalho, que o levam a identificar

    o que sabe fazer e os seus talentos. Os motivos e necessidades percebidas pelo individuo

    atravs do feedback de terceiros e auto avaliao. As atitudes e valores percebidos, que

    adquire quando confrontado pelos valores e normas da organizao.

    Schein identifica cinco ncoras de carreira, tendo posteriormente alargado essa tipologia para

    oito.

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    ncora Objetivo ou preocupao

    principal

    Padro ou comportamento

    Competncia

    tcnica/funcional

    Desenvolver o contedo do

    trabalho.

    Prossecuo de carreira na

    rea da sua competncia

    Competncia de gesto geral

    Integrar os esforos do

    conjunto dos colaboradores e

    responsabilizar-se pelos

    resultados.

    Desenvolvimento de

    atividades de gesto geral.

    Autonomia/ independncia

    Desenvolver uma carreira em

    que possa decidir quando,

    como e em que trabalhar

    Preservao da autonomia

    como algo mais importante

    do que qualquer promoo.

    Segurana/estabilidade

    Obter a estabilidade a longo

    prazo e um trabalho estvel e

    previsvel

    Permanncia na mesma

    organizao, ou no mesmo

    setor ou na mesma

    localidade

    Servio ou dedicao a uma

    causa

    Contribuir para ajudar

    terceiros

    Ligao a organizaes de

    solidariedade ou de

    economia social

    Desafio puroProcurar grandes desafios, anovidade e a variedade

    Trabalho ou organizao queproporcione a satisfao

    destes objetivos.

    Integrao e estilo de vida

    Equilibrar de forma

    harmoniosa as diversas

    vertentes da vida

    Trabalho ou organizao que

    proporcione a satisfao

    destes objetivos

    Criatividade empreendedora

    Criar algo de novo,

    assumindo riscos

    Envolvimento em trabalho

    que permite a liberdade de

    construir um projeto

    A carreira externa tem trs componentes importantes: a cultura organizacional, as

    oportunidades de carreira e as opes para o desenvolvimento de carreiras.

    A cultura organizacional tem um papel decisivo nas carreiras na medida em que influi na forma

    como o individuo perceciona determinadas ocupaes. Para alm disso, permite que o

    individuo confronte a sua aspirao de carreira individual com a cultura organizacional

    dominante.

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    As oportunidades de carreira colocam-se tanto no interior como no exterior da organizao.

    Um movimento de carreira deve ser realizado no momento mais adequado da carreira e da

    vida pessoal do individuo, procurando uma adequao entre o seu estdio de carreira e as

    oportunidades organizacionais.

    Movimentaes de carreira

    A carreira do individuo num contexto organizacional pode ser analisada segundo trs

    dimenses. Estas podem corresponder aos movimentos possveis dentro de uma organizao:

    movimentos horizontais, movimentos verticais e movimentos internos.

    Os movimentos horizontais

    assentam em conceitos como

    a polivalncia e a rotao de

    postos de trabalho. Existem

    alteraes ao nvel do

    contedo e dos processos de

    trabalho, sendo,

    normalmente, aumentada a

    complexidade das tarefas e

    das competncias

    necessrias para as realizar;

    Os movimentos verticais

    implicam uma progresso e,

    mais do que isso, promoo

    na carreira, assente num

    sistema de nveis

    hierrquicos;

    Os movimentos internos

    esto assentes em processos

    informais de obteno de

    influncia e poder. A

    pertena ou proximidade ao

    ncleo de poder e influncia

    da organizao, conduz

    normalmente, a movimentos

    verticais.

    Modelos de carreiras

    A literatura apresente a careira tradicional, a carreira ilimitada e a carreira protean.

    A carreira tradicional aquela carreira que se desenvolve no contexto de uma ou duas

    organizaes. Por sua vez, a carreira ilimitada consiste na sequncia de oportunidade que

    transcendem os limites de uma nica organizao (emprego). Por ltimo, a carreira protean

    a carreira dirigida pelo individuo, no pela organizao, e que pode ser reinventada pelo

    prprio medida que a pessoa ou o ambiente mudam.

    As caractersticas da carreira protean para alguns, o modelo de carreira do sculo XXI so:

    A focalizao no sucesso psicolgico em vez do sucesso vertical;

    A contnua mudana e contnua aprendizagem;

    A idade cronolgica no relevante, sendo relevante a antiguidade;

    A segurana no emprego substituda pelo objetivo da empregabilidade;

    O novo contrato no consiste num pacto com a organizao, antes num acordo do individuo

    consigo mesmo;

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    A aprendizagem centra-se na aprendizagem de como aprender (desenvolvimento de

    autoconhecimento e adaptabilidade);

    A interao com os outros muito importante;

    Tradicional Protean

    Limites Uma ou duas organizaes Mltiplas organizaes

    Identidade Dependente do empregador Independente do

    empregador

    Relaes Segurana no emprego Empregabilidade para

    performance e flexibilidade

    Competncias Especificas organizao Transferveis

    Medida do sucesso pela/o Remunerao, promoo,

    estatuto

    Trabalho psicologicamente

    significativo

    Responsabilidade pela

    gesto de carreiras

    Organizao Individual

    Atitudes-chave Compromisso/ envolvimento

    organizacional

    Satisfao no trabalho e

    compromisso/envolvimento

    profissional

    O Papel dos Recursos HumanosA gesto de recursos humanos poder assumir diferentes alinhamentos na conceo,

    implementao e manuteno de um sistema de desenvolvimento de carreiras:

    Um papel mais estratgico; ou um papel que d relevncia formalizao, assumindo-se

    meramente como gesto administrativa.

    Neste ltimo caso, imperam as promoes automticas que esto, normalmente, definidas

    nos contratos coletivos de trabalho, com base na antiguidade do colaborador na empresa.

    Caso assuma um papel mais estratgico, pretende-se:

    Alinhas as expetativas dos colaboradores com a estratgia da empresa ao construir planos de

    carreiras, o departamento de recursos humanos fica mais habilitado a otimizar os recursos

    humanos de forma a suportar a estratgia da empresa;

    Desenvolver os colaboradores com vista sua promoo ajuda a desenvolver colaboradores

    que ficam em linha de sucesso/substituio em caso de sadas da empresa (demisses,

    reformas);

    Diminuir os nveis de turnover o interesse da empresa sobre as carreiras individuais dos

    colaboradores, de acordo com os objetivos especficos de carreira, tendo em vista um maior

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    desenvolvimento/crescimento a nvel profissional, fato que pode aumentar a motivao e

    melhorar o desempenho nos cargos atuais;

    Promover a mobilidade interna permite ter uma noo das qualificaes, competncias e

    potencialidades dos colaboradores, levando a uma distribuio mais estratgica dos indivduos

    pela empresa;

    Promover a mobilidade internacional auxilia a identificar ou a preparar a colocao de

    colaboradores em cargos no estrangeiro.

    As metodologias

    Existem um conjunto de atividades ou mtodos em termos de desenvolvimento de carreiras. A

    sua escolha implica uma deciso a vrios nveis:

    Quais so os objetivos do desenvolvimento de carreiras da organizao e, a partir da, escolher

    as intervenes que mais se adequam cultura da organizao;

    Quais so os objetivos dos colaboradores.

    As atividades ou mtodos podem variar em abordagem

    Formal vs. Informal no primeiro caso possvel identificar os centros de desenvolvimento e

    de workshops em termos de carreira, enquanto no segundo caso, o encorajamento

    autogesto individual das carreiras;

    Centralizao vs. Descentralizao de igual forma, encontram-se mtodos como os planos de

    sucesso que so organizados centralmente, enquanto outros, como coaching so

    organizados, sobretudo, ao nvel mais local;

    Perfil dos colaboradores algumas organizaes decidem que os programas de

    desenvolvimento de carreiras devem aplicar-se a todos os colaboradores enquanto outras

    escolhem apenas um segmento deste grupo, caso dos quadros superiores ou dos

    colaboradores com um vnculo efetivo organizao.

    Planos de

    Sucesso

    Aconselhamento

    e Coaching Mentoring

    Centros de

    avaliao e

    centros de

    desenvolvimento

    Plano de

    desenvolvimentopessoal

    A Implementao de um Sistema de Desenvolvimento de Carreiras

    Importa ainda apresentar algumas ideias sobre a implementao de um sistema de

    desenvolvimento de carreiras. Este pode ser estruturado em vrias etapas e respetivas

    atividades. Esta implementao tem 7 etapas

    1 Etapa: Diagnstico da situao atual

    2Etapa: Estabelecimento de objetivos

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    3Etapa: Escolha das metodologias

    4Etapa: Integrao com outras prticas

    5Etapa: Plano de ao

    6Etapa: Experimentao

    7Etapa: Divulgao e implementao

    Relao entre Desenvolvimento de Carreiras e as outras Prticas de Gesto de Recursos

    Humanos

    O desenvolvimento de carreiras deve estar integrado com a poltica de recursos humanos

    definida pela organizao. Mais precisamente, deve ser concebido de forma a contribuir para o

    sucesso organizacional (integrao vertical) e suportar outras atividades (integrao

    horizontal). Caso contrrio, as vrias atividades/prticas podem ser contraditrias e criar

    obstculos organizao.

    Vejamos alguns exemplos:

    Deve existir uma integrao com o planeamento de recursos humanos, tendo em vista

    delinear uma melhor gesto das competncias: ao nvel do recrutamento interno face a uma

    possvel promoo, transferncia, reconverso, planos de sucesses, e ao nvel do

    recrutamento externo pela promoo de opes de mobilidade profissional;

    Deve existir uma forte ligao prpria gesto de competncias, atravs da definio das

    competncias potenciais o que permite definir evolues possveis na carreira tendo em conta

    o itinerrio profissional do colaborador ou pela mudana/reconverso para uma outra

    carreira, seja esta similar ou no anterior;

    O desenvolvimento de carreiras deve ter um papel muito importante na definio de planos de

    formao, tendo em conta as capacidades e aspiraes das pessoas que integram a empresa e

    sempre considerando as possibilidade de mobilidade profissional, bem como as necessidades

    presentes e futuras da organizao;

    A integrao com a avaliao de desempenho deve existir e fundamental, permitindo que,

    mediante os resultados, exista uma reorientao para os objetivos individuais e

    organizacionais. Uma anlise de desempenho bem desenhada e gerida torna-se um meio

    fundamental para a efetivao de um plano de carreira.

    Anexos retirados do meu trabalho de grupo

    Planos de Sucesso

    O plano de sucesso um plano que diz respeito substituio estratgica dos colaboradores

    na organizao. Tem como objetivo aproveitar ao mximo o potencial do colaborador

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    colocando-o a desempenhar a funo em que melhor se enquadra. Procura a sustentabilidade

    das funes.

    Para executar este mtodo necessrio definir o perfil do cargo, para se encontrar o perfil do

    colaborador que melhor se adapta ao cargo vago. Esta ocupao feita por motivos de

    promoo, reforma ou transferncia do anterior ocupante do cargo.

    As ferramentas utilizadas na Seleo e recrutamento so as, normalmente, utilizadas para a

    definio do perfil do cargo e a manuteno do mtodo em causa.

    Para a escolha do ocupante da funo feita o Gestor ir fazer uma avaliao de desempenho

    do colaborador, obtendo tambm informaes sobre as aspiraes individuais e desta forma

    recomendar-lhe-, mtodos (ou formaes), como alguns dos que sero em seguida indicados,

    tendo em vista o desenvolvimento das competncias deste colaborador

    importante referir que o planeamento de carreira existe, de forma embrionria ou sofistica,

    na generalidade das empresas (Camara, Guerra, & Rodrigues, 2007). No se encontram

    empresas na fase inicial a disporem de planos de sucesso, pelo menos para os gestores de

    topo e altos cargos, este processo desenvolve-se com tempo sendo necessria a identificao

    e preparao dos sucessores que podem vir a assumir essas responsabilidades.

    Estes planos pretendem operacionalizar o princpio da prioridade do recrutamento interno,

    cada vez mais as empresas procuram diminuir custos, os custos associados ao recrutamento e

    seleo so elevados. A principal vantagem deste plano a viso que proporciona aos

    colaboradores de elevado potencial. Estes passam a ter uma viso de mdio prazo acerca do

    seu emprego e oportunidades de desenvolvimento dentro da Empresa, reforando assim o seu

    compromisso com a mesma.

    Isto uma forma de assegurar uma melhor taxa de reteno das pessoas chave na organizao

    (Camara, Guerra, & Rodrigues, 2007).

    Coaching

    O Coaching uma prtica de desenvolvimento pessoa e profissional, trata-se de uma ao

    sistematicamente programa para provocar mudanas vlidas nas pessoas, com um grau de

    permanncia. Essas mudanas incidem nos conhecimentos, na compreenso, nas

    competncias, nos desempenhos, e na qualidade de vida e bem-estar. Estas aes so

    preparadas por profissionais que t, algum tipo de reconhecimento ou certificao (Pereira,

    2007).

    O aconselhamento Coaching, como o prprio nome indica um mtodo que fornece ao

    Conselheiro, neste caso um gestor ou especialista em recursos humanos as ferramentasnecessrias para auxiliar o colaborador na identificao e explorao das suas opes de

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    carreira, ajudando-os a seleciona-las de forma prudente, esta prtica parte do principio que o

    colaborador tem todos os recursos que precisa para gerir a sua carreira, neste caso o seu papel

    ajuda-lo a atingir os seu objetivos num espao de tempo determinado que vai dos trs aos

    seis meses, no dizendo-lhe o que tem que fazer mas trabalhando juntos para acelerar o

    pensamento de como fazer e quais as alternativas possveis.

    Neste processo interagem dois lados o coachee e o coach. O principal objetivo desenvolver o

    potencial intrnseco do coachee de forma a melhorar o seu desempenho e contribuir para o

    desenvolvimento daqueles que com ele interagem.

    Este processo de aprendizagem comea numa aprendizagem individual e passa para uma

    aprendizagem coletiva, esta aprendizagem traz um valor ilimitado para a empresa a longo

    prazo, transportando flexibilidade e desenvolvimento pessoal aos colaboradores.

    Em suma o Coaching uma metodologia que troca uma cultura de poder sobre as pessoas

    por outra onde se desencadeia o poder dentro das pessoas (Pereira, 2007). Proporciona um

    veculo que conduz ocorrncia do aprendizado organizacional e busca ativa dos interesses

    legtimos de todos.Mencionando o caso prtico de Korn Ferry o Coaching foi uma experincia marcante na vida

    organizacional, que permitiu aos colaboradores evolurem a nvel pessoal e na atividade

    profissional (Chiuzi, 2009).

    Mentoring

    Ao contrrio do Coaching onde no existe uma indicao direta do caminho a seguir, o

    mentoring um processo que consiste na indicao de o que fazer, isto , consiste num

    ensino mais pratico dado normalmente pelo colaborador mais antigo na empresa que vai

    mostrar ao novo colaborador a melhor o que este deve fazer no desempenho das suas funes

    para obter melhores resultados.

    A metodologia do mentoring pode ser associada a um processo de discipulado, em que um

    Mestre transmite conhecimentos aos seus discpulos, desde a Antiguidade assiste-se a este

    estilo de ensino. A origem do conceito de mentoring, vem do nome de um personagem

    homrico o Mentor. Na sua obra-prima Odisseia, Homero criou uma personagem que

    cuidava do palcio e famlia de Odisseu, este homem chamava-se Mentor. O mentoring

    concebe uma relao entre protetor e protegido. Um vnculo prolongado no qual o protegido

    usa as suas potencialidades graas proteo e ajuda de um mentor/protetor (Chiavenato,

    2002) Muitas empresas de consultoria utilizam o mentoring na preparao e nomonitoramento dos seus consultores iniciantes. Uma das principais vantagens desta

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    metodologia so o fato da liderana envolver-se na criao continua de talentos e na

    construo sem fim de competncias para a organizao (Chiavenato, 2002).

    Diferentemente do Coaching, o processo de mentoring no tem um prazo estipulado,

    terminado quando o colaborador mais novo apreende a sua funo e j no mostra

    necessidade de suporte pessoal.

    Centros de avaliao e centros de desenvolvimento

    uma metodologia de avaliao de competncias que recria situaes profissionais de modo a

    criar analogias com situaes tpicas com que os avaliados so confrontados no desempenho

    da funo (Ceitil, 2006).

    O termo assessment center em portugus centro de avaliao diz respeito, no a um espao,

    mas a uma ferramenta que tem como objetivo a realizao de um conjunto de exerccios

    prticos para avaliar as caractersticas pessoais dos indivduos normalmente utilizado na

    Seleo e recrutamento.

    Estes exerccios combinados com teste psicomtricos e entrevistas so utilizados para a

    avaliao de competncias e neste sentido que o Assessment Center culmina com o

    Developement Center.

    Numa perspetiva de desenvolvimento de carreira o centro de desenvolvimento vai utilizar as

    competncias diagnosticadas no centro de avaliao e criar planos para o desenvolvimento

    pessoal dos colaboradores, descobrindo assim as suas foras e fraquezas para a criao de

    tcnicas para o seu desenvolvimento. A metodologia dos centros de desenvolvimento foca-se

    na identificao de potencial e no desenvolvimento de competncias, costuma ser aplicada

    por organizaes que pretendem identificar necessidades de formao.

    Assiste-se neste caso a um plano de formao interligado com os objetivos estratgicos da

    empresa, explorando as necessidades individuais de reforo de competncias e dando uma

    resposta ao plano de carreiras da organizao (Ceitil, 2006).

    Adequao e evoluo so conceitos chave para ilustrar esta metodologia, a gesto de

    recursos humanos procura alinhar e desenvolver as competncias dos colaboradores com as

    necessidades da organizao, proporcionando um clima de desenvolvimento e aprendizagens

    continuas para responder s crescentes necessidades da organizao.

    Planos de desenvolvimento pessoal

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    Este plano, normalmente utilizado nos development centers ou no processo de avaliao de

    desempenho, um plano que consiste no desenvolvimento competncias e conhecimentos do

    colaborador com base nas suas necessidades, interesses e aspiraes. Este tem de responder a

    preguntas que o faro refletir sobre as suas perspetivas de desenvolvimento a curto medio e

    longo prazo.

    Os principais objetivos do desenvolvimento passam por facilitar o conhecimento do

    colaborador e dos seus interesses, por parte da empresa e do prprio colaborador; melhorar o

    conhecimento do sobre as opes e a carreira do colaborador e se elabore um plano mais

    concreto da sua ao; desenvolver as competncias pessoais e a realizao de uma gesto do

    mercado interno de acordo com as necessidades da organizao e com a sua cultura.

    Vantagens da Gesto de Carreiras

    A gesto de carreiras traz vrias vantagens s organizaes. O desenvolvimento pessoal dos

    colaboradores gera motivao intrnseca, a noo de que podem progredir na carreira e de

    que os seus potenciais so utilizados ao mximo motiva os colaboradores intrinsecamente,

    sentido prazer naquilo que fazem. tambm uma oportunidade para a cooperao entre os

    departamentos e de responsabilizao, da chefia e dos colaboradores, pela sua carreira.

    Peter Drucker comparou as empresas a orquestras sinfnicas. Esta metfora torna-se

    pertinente na elaborao deste trabalho, uma vez que de forma sucinta permite relacionar

    vrios temas da matria abordada em aula, estabelecendo uma ponte entre teoria e prticas

    no interior da organizao.

    A sinfonia da mudana guia cada instrumento, cada maestro, cada msico a encaixar os seus

    talentos para produzir um som de qualidade superior, a mudana organizacional, criada pelos

    lderes, colaboradores e ferramentas associadas no funcionamento do projeto.

    A excelncia e a qualidade so trunfos essenciais numa organizao competitiva. Competncia

    tcnica, motivao intrnseca e capacidade de trabalho em grupo so alguns dos fatores

    necessrios para adquirir estes trunfos, estas so tambm as caractersticas utilizadas pelas

    orquestras sinfnicas para alcanar o sucesso (Martinez, 2008).

    As orquestras so constitudas por maestros que dirigem os msicos a tocarem as notas num

    timing certo, cada instrumentista tem tempos especficos para tocar as suas notas, e estas

    encaixam-se de forma perfeita nas melodias dos outros msicos. Notamos aqui o trabalho em

    equipa, coordenado por um lder flexvel que tem em ateno a pauta mas abre excees paraacrscimos criativos no decorrer de um concerto.

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    O mesmo nas organizaes, compostas por departamentos com lderes individuais, tm prazos

    especficos para desempenhar o trabalho que os leva a alcanar objetivos que permitem

    organizao gerar o produto ou servio final. O trabalho em equipa essencial, para uma

    organizao funcionar no tempo adequado, esta caracterstica foi um dos impactos produzidos

    pela ferramenta nesta organizao. O talento individual ou o chamado so importantes no

    contexto organizacional, mas torna-se necessrio afin-los no mesmo objetivo. O msico no

    produz a msica inteira, mas sim uma parte, nenhum colaborador ou departamento especfico

    criam o resultado final do projeto, todos juntos em equipa produzem o valor acrescentado, o

    servio de qualidade que contribui para o alcance das transformaes sociais.

    Outra lio que se pode retirar desta metfora o facto de entendermos que os nmeros no

    so importantes, este projeto no se destaca pelo seu elevado nmero de colaboradores.

    Algumas orquestras sinfnicas so compostas por cerca de 30 msicos. O segredo do seu

    sucesso passa pela colocao ideal dos colaboradores. Colocar as pessoas certas no lugar

    certo, de forma a estas produzirem mais. Referimos o chamado como uma caracterstica

    produtora de talento e dedicao no local de trabalho, algo causado por esta ferramenta no

    ambiente organizacional e que se torna um fator necessrio na composio das orquestras.

    Qualquer msico ou compositor sente que aquele o seu chamado e talento inato, o talento

    fundamental, mas quando acompanhado de esforo, dedicao ou paixo por aquilo que

    fazemos (Faria, 2010).

    O talento por si s tem que estar alinhado com o chamado, quando isto ocorre o resultado

    final inquestionvel. A partir destas caractersticas ligadas noo de chamado, todas as

    tarefas da organizao dotaram-se de qualidade. O trabalho realizado em qualquer rea pode

    ser comparado ao trabalho de um msico. Este pensa em melhores formas de improvisao no

    trabalho, maior preciso, afinao, interpretao e melhores instrumentos, a vida profissional

    dos msicos passa pelo treinamento, aperfeioamento e aprendizagem constantes.

    A liderana, como os maestros, tem um papel fundamental na conduo dos resultados do

    grupo de trabalho. A boa relao entre o lder e os colaboradores, caraterizada pela boa

    comunicao, vontade, espirito participativo e acima de tudo pelo trato pessoal, onde os

    colaboradores so tratados pelo nome e ouvidos, permite equipa alcanar elevados nveis de

    produtividade.

    As orquestras criam sinfonias magnficas no pelos instrumentos, mas pela genialidade dos

    seus msicos.

    Todas as caractersticas e comportamentos acima referidos nascem na viso comum, esta

    permitiu liderana e aos liderados caminharem em direo sua vocao. Nas orquestras aproduo musical depende da viso comum, se nos msicos no houver sintonia o som no o

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    mesmo, o feedback do maestro e o treinamento devem ser uma constante. Neste projeto o

    feedback, a sintonia e a participao traduziram-se na polivalncia dos colaboradores e na

    flexibilidade funcional da estrutura.

    O estudo da msica e do funcionamento das orquestras ilustra vrias realidades

    organizacionais, na aprendizagem de qualquer instrumento musical, o individuo d ateno a

    pequenos detalhes por longos perodos de tempo, desenvolve o sistema nervoso, o domnio

    prprio e os reflexos melhora o tempo de reao em relao a imprevistos.

    No contexto organizacional vrias lies podem ser retiradas destes princpios, o primeiro seria

    a aprendizagem continua dentro das atividades profissionais, saber mais e melhor, porque

    nunca ningum sabe tudo. A capacidade de resilincia das organizaes deveria ser

    desenvolvida, ensinando os colaboradores a adaptarem-se a qualquer situao adversa,

    podendo ultrapassar obstculos e dar uma resposta rpida ao imprevisto. Pequenos detalhes

    como a forma de liderar, a criatividade, o planeamento e a disciplina, pensados a longo prazo

    expandem os resultados individuais e coletivos da organizao.

    Nesta comparao vrias metodologias aplicadas gesto de carreiras surgem, como o

    desenvolvimento pessoal, a sucesso dentro da organizao, o mentoring e o Coaching.

    Coaching e Mentoring Instrumentos na gesto da carreira

    Muitas organizaes no contexto empresarial observam as organizaes como mquinas de

    fazer dinheiro, as pessoas nesta perspetiva so pensadas como empregados, recursos

    disposio, nmeros que geram nmeros, concebidos de forma a funcionar de uma forma

    perfeita sem erros. As mquinas no aprendem (Bilhim J. , 2011)

    A vantagem competitiva da empresa cria-se atravs da boa gesto dos recursos humanos.

    Este capital humano traduz-se em pessoas qualificadas que trabalham juntas dentro de uma

    estrutura organizacional comportando-se conforme a cultura organizacional.

    Os mtodos de gesto de carreira criam na organizao um clima favorvel aprendizagem

    continua, criao de conhecimento e realizao pessoal. Este ambiente propicio ao

    desenvolvimento dos colaboradores e dirigentes.

    O Coaching e o mentoring so instrumentos estratgicos na criao deste ambiente

    organizacional repleto de sinfonias positivas como a inovao ou o crescimento.

    A sua execuo revela-se mais barata e gera resultados imediatos. So investimentos que

    exigem uma maior dedicao do executivo principal da empresa na criao de mentores e

    Coaches de forma estratgica e contnua.

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    Esta metodologia contribui para a sustentabilidade da empresa no sentido em potenciar os

    colaboradores de uma forma constante.

    Segundo Idalberto Chiavenato (Chiavenato, 2002) existem caractersticas bsicas que uma

    empresa dever ter, consequente da aplicao destes mtodos:

    As empresas tero que ser democrticas e participativas, nota-se nestas organizaes um

    espirito de cooperao e colaborao, h uma autonomia a nvel dos colaboradores, cada um

    acrescenta as suas qualificaes de forma autnoma no processo produtivo. Esta autonomia

    dota as organizaes de ordem e desordem. Para alm da estabilidade, ocorrem situaes de

    adaptabilidade e mudana interna. A gesto do conhecimento o foco primordial, uns dos

    objetivos do mentoring e Coaching procurar a aplicao rentvel deste conhecimento, graas

    a mecanismos internos e externos de aprendizagem organizacional. Todas estas caractersticas

    s so possveis graas ao capital humano envolvido.

    A Implementao de um Sistema de Desenvolvimento de Carreiras

    As organizaes utilizam a ferramenta da implementao dos sistemas de desenvolvimento de

    carreiras, pois possibilita aos gestores conhecerem a dinmica da empresa.

    Baseados no manual tcnico da Lidel (Sousa, Duarte, Sanches, & Gomes, 2006)expomos de

    forma sucinta como se desenrola este processo.

    O Sistema de desenvolvimento de carreiras um processo de desenvolvimento organizacional,

    que permite aos gestores planear as carreiras dos colaboradores dentro das organizaes em

    que se encontram inseridos.

    A utilizao deste mtodo possibilita aos gestores diagnosticar, compreender e planejar

    carreiras dos seus colaboradores, deste modo contribuem para o progresso da empresa e

    realizao pessoal dos seus colaboradores.

    A conceo de um sistema de carreira relaciona-se com as exigncias e necessidades da

    organizao, permitindo desta forma ajudar os gestores de recursos humanos a detetar os

    problemas e ultrapassa-los da melhor maneira.

    Para implementar um plano de desenvolvimento de carreiras necessrio ter em

    considerao vrios processos tais como, os fatores humanos, as aspiraes profissionais de

    cada colaborador para o futuro, o desempenho, motivao e a atribuio de trabalho. Um bom

    plano para ser eficaz a organizao e os seus colaboradores tem de estar em sintonia.

    Existem sete etapas de implementao de um sistema de desenvolvimento de carreiras que

    so, diagnstico da situao atual, estabelecimento de objetivos, escolha das metodologias,

    integrao com outras prticas, plano de ao, experimentao, e divulgao eimplementao.

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    Na primeira etapa diagnostica-se a realidade organizacional, atravs de uma anlise das

    funes existentes na empresa. A anlise deve incluir um levantamento das competncias e

    potencialidades de cada colaborador e as suas respetivas funes.

    Para gestor de recursos humanos dar continuidade ao seu trabalho necessria ter acesso a

    um conjunto de informaes, em relao organizao e aos seus colaboradores.

    A organizao deve ter um plano estratgico onde o gestor possa retirar toda a informao de

    que precise para exercer melhor o seu trabalho. Esse plano deve conter as competncias dos

    colaboradores, funes exercidas na empresa, o tipo de estratgia utilizada na empresa,

    informaes gerais dos colaboradores (gnero, antiguidade, localizao, categoria). Em relao

    ao trabalhador o gestor tem de ter um porteflio onde contenham os dados pessoais dos

    colaboradores, registo de formao que o colaborador tenha participado, a sua avaliao de

    desempenho. O diagnstico inicial permite alertar a organizao para o facto de haver

    colaboradores perto da idade da reforma que necessitam de ser substitudos.

    Feita o diagnstico estabelecem-se objetivos para desenvolver as competncia e as

    capacidades de cada individuo tendo como finalidade o alcance de melhores resultados para

    fazer face ao mercado externo.

    A organizao deve escolher qual o mtodo mais eficaz, para aumentar o crescimento da

    empresa.

    Para a escolha das metodologias necessrio ter em considerao a dimenso da organizao

    e os recursos disponveis, pois a utilizao deste mtodo requer custos elevados. Nesta etapa

    necessrio analisar a adequabilidade do mtodo escolhido em conformidades com as prticas

    j existentes na organizao.

    Nesta fase elabora-se de um plano de ao que deve abranger, as metodologias propostas, os

    resultados esperados, as prioridades dentro da lista de aes, as fases de implementao do

    Projecto e suporte necessrio para a realizao formao e sistema de recompensa.

    A etapa da implementao consiste em adaptar um Projeto-piloto dentro da organizao,

    num espao de tempo para ver a sua aceitabilidade na organizao. Apos a implementao do

    programa analisa-se os pros e contra, elabora-se um relatrio com os resultados reportando a

    informao aos recursos humanos.

    Feita a anlise da implementao do programa o modelo ento implementado na

    organizao.