73
FACULDADE DE MEDICINA DE LISBOA Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência Revisão científica sobre a relação entre a ingestão crónica de café e o risco de arritmias cardíacas e hipertensão arterial Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa para a Associação Industrial e Comercial do Café Prof. Doutor António Vaz Carneiro Prof. Doutor João Costa Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência Faculdade de Medicina de Lisboa Av. Prof. Egas Moniz 1649-028 LISBOA Tel.: (351) 217 940 424 / 217 985 135 Fax: (351) 217 940 424 Internet: http://www.cembe.org e-mail: [email protected] 2010

Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

  • Upload
    others

  • View
    0

  • Download
    0

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

FACULDADE DE MEDICINA DE LISBOA

Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência

Revisão  científica  sobre  a relação  entre  a  ingestão crónica  de  café  e  o  risco  de arritmias  cardíacas  e hipertensão arterial  

Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa

para a

Associação Industrial e Comercial do Café

Prof. Doutor António Vaz Carneiro

Prof. Doutor João Costa

Centro de Estudos de Medicina Baseada na Evidência Faculdade de Medicina de Lisboa Av. Prof. Egas Moniz 1649-028 LISBOA Tel.: (351) 217 940 424 / 217 985 135 Fax: (351) 217 940 424 Internet: http://www.cembe.org e-mail: [email protected]

 

 

2010 

Page 2: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

DATA E ASSINATURA 

Lisboa, 30 de Dezembro de 2010 

 

Prof. Doutor António Vaz Carneiro 

Director, CEMBE da FML 

Page 3: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

ÍNDICE 

 

DATA E ASSINATURA .......................................................................................................................... 2 

ÍNDICE ............................................................................................................................................... 3 

INTRODUÇÃO ..................................................................................................................................... 5 

QUESTÃO CLÍNICA .............................................................................................................................. 6 

ESTRATÉGIA DE PESQUISA E CRITÉRIOS DE SELECÇÃO DA EVIDÊNCIA CIENTÍFICA ................................ 7 

RESULTADOS DA PESQUISA DA LITERATURA ....................................................................................... 9 

CAFÉ E HIPERTENSÃO ARTERIAL ‐ ESTUDOS SELECCIONADOS PARA INCLUSÃO FINAL ......................... 10 

CAFÉ E HIPERTENSÃO ARTERIAL ‐ ANÁLISE INDIVIDUAL DOS ESTUDOS SELECCIONADOS .................... 12 

CAFÉ E HIPERTENSÃO ARTERIAL ‐ ANÁLISE DOS ESTUDOS REJEITADOS .............................................. 25 

CAFÉ E HIPERTENSÃO ARTERIAL ‐ COMENTÁRIOS .............................................................................. 58 

CAFÉ E ARRITMIAS ‐ ESTUDOS SELECCIONADOS PARA INCLUSÃO FINAL ............................................. 60 

CAFÉ E ARRITMIAS ‐ ANÁLISE INDIVIDUAL DOS ESTUDOS SELECCIONADOS ........................................ 61 

CAFÉ E ARRITMIAS ‐ ANÁLISE DOS ESTUDOS REJEITADOS .................................................................. 65 

CAFÉ E ARRITMIAS CARDÍACAS ‐ COMENTÁRIOS ................................................................................ 70 

CONCLUSÕES FINAIS ......................................................................................................................... 72 

  

 

Page 4: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

Abreviaturas  

CV  Cardiovascular AVC  Acidente vascular cerebral DC  Doença coronária EAM  Enfarte agudo do miocárdio TAS  Tensão arterial sistólica TAD  Tensão arterial diastólica FR  Factor de risco TA  Tensão arterial RAA  Renina‐angiotensina‐aldosterona RR  Risco relativo OR  Odds ratio IC  Intervalo de confiança HR  Hazard ratio FA  Fibrilhação auricular IMC  Índice de massa corporal FL  Flutter auricular 

   

Page 5: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

INTRODUÇÃO 

O café constitui um dos componentes da alimentação mais frequentemente ingeridos 

no  mundo  inteiro,  sendo  a  cafeína  a  substância  farmacologicamente  activa  mais 

utilizada universalmente.  

O  café  tem  uma  constituição  complexa  ‐  mistura  de  milhares  de  componentes 

químicos,  incluindo  carbohidratos,  compostos  nitrogenados,  lípidos,  minerais, 

vitaminas, alcalóides e compostos fenólicos ‐ sendo a cafeína (que pertence ao grupo 

das metilxantinas) o principal componente e a sua substância activa. 

Devido  ao  seu  consumo  generalizado,  o  café  encontra‐se  na  primeira  linha  das 

preocupações do sistema de saúde e dos consumidores, assim como das  instituições 

reguladoras  dos  produtos  alimentares.  O  café  tem  sido  estudado  em  diversos 

contextos,  tendo  sido provado que o  seu  consumo pode prevenir – pelo menos em 

parte ‐ doenças como a diabetes mellitus tipo 2, a demência ou certas hepatopatias.  

A maior parte da investigação sobre os efeitos do café é epidemiológica, apresentando 

estes estudos sobretudo dois problemas principais: em primeiro lugar, a quantificação 

da ingestão de café – feita através de inquéritos sobre o nº de chávenas ingeridas por 

dia  ‐ é muito variável,  já que quer a capacidade das chávenas quer o teor de cafeína 

por chávena é dificilmente reprodutível de inquérito para inquérito (mesmo quando se 

assume  que  uma  chávena  poderá  ter  85‐100  mg  de  cafeína,  este  teor  pode  ser 

alterado por diversas  formas de moer e  filtrar o café). Em  segundo  lugar, existe um 

conjunto de factores de confundimento que podem, quando não ajustados, influenciar 

a  relação  entre  o  café  e  os  outcomes  clínicos:  tabagismo,  idade,  nível  económico, 

exercício físico, estado de saúde basal, etc.  

Apesar destes problemas metodológicos, a investigação sobre o café possui excelente 

qualidade e os dados apresentam duma maneira geral grande consistência de estudo 

para estudo. 

Page 6: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

QUESTÃO CLÍNICA 

O café tem constituído nos últimos anos uma área de particular interesse por parte da 

comunidade  científica  internacional.  Na  verdade,  nos  últimos  30  anos  foram 

publicados mais de 37.000 documentos  técnicos e estudos  clínicos num universo de 

5.000 revistas científicas. 

Tendo  a  Associação  Industrial  e  Comercial  do  Café  (AICC)  constatado  que  a 

generalidade dos  técnicos de  saúde em Portugal adoptam uma postura de  restrição 

face  ao  consumo  de  café,  considerou  importante  realizar  uma  campanha  de 

informação  junto destes profissionais, uma vez que os pressupostos que subsistem a 

esta atitude frequentemente não têm fundamentação científica. 

No sentido de concretizar esta campanha de informação sobre os efeitos do café para 

a  saúde,  foi  recentemente  efectuado pela AICC um  estudo  sobre  as  convicções dos 

consumidores  sobre  o  café,  com  questionário  de  identificação  das  fontes  de 

informação em que fundamentam a sua conduta perante este produto. Os resultados 

desta campanha  foram analisados por uma equipa de consultores que, em conjunto 

com a equipa da AICC, definiu várias questões clínicas relevantes. Para além da equipa 

interna da AICC e da equipa de consultores, foi identificada também a necessidade da 

existência de um Centro Universitário independente que acompanhe do ponto de vista 

técnico‐científico os trabalhos do grupo, tendo sido seleccionado o CEMBE da FML. 

O CEMBE da  FML emitiu  já quatro  relatórios periciais  sobre  a  ingestão de  café, um 

sobre o risco da diabetes mellitus tipo 2, outro sobre o risco de demência (Alzheimer 

ou outra), um terceiro sobre o risco da doença de Parkinson e outro sobre o cancro do 

fígado (hepatoma). 

A questão presente em que é pedida ao CEMBE uma fundamentação científica e clínica 

é a seguinte: 

“A ingestão crónica e regular de café pode aumentar o risco de 

hipertensão arterial e de arritmias cardíacas em indivíduos normais?” 

Page 7: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

ESTRATÉGIA DE PESQUISA E CRITÉRIOS DE SELECÇÃO DA EVIDÊNCIA CIENTÍFICA 

De  forma  a  identificar  e  selecionar  a  literatura  relevante,  isto  é,  estudos  científicos 

sobre a avaliação da associação e causalidade entre um factor de risco (neste caso, o 

consumo  de  café/cafeína)  e  o  desenvolvimento  de  uma  determinada  condição 

patológica  ou  doença  (no  presente  caso,  hipertensão  arterial  e  arritmias  cardíacas) 

procedemos  à  pesquisa  de  estudos  comparativos  do  tipo  coorte  ou  seccionais 

cruzados, de ensaios clínicos e de meta‐análises na base de dados Medline (PubMed) 

até  Junho de 2010. Foram ainda pesquisadas as  listagens de referências dos estudos 

incluídos para análise. 

As  equações  de  pesquisa  electrónica  realizada  foram,  respectivamente  para  a 

hipertensão arterial e as arritmias: 

1. ("Hypertension"[Mesh] OR  “Blood Pressure”  [Mesh]) AND  ("Caffea"[Mesh] OR 

"Coffee"[Mesh]  OR  "Caffeine"[Mesh])  AND  (“Cohort  Studies”[MeSH]  OR 

“Comparative  Study”[PT]  OR  “Prospective  Studies”[MeSH]  OR  “Follow‐Up 

Studies”[MeSH]  OR  “Cross‐Sectional  Studies”[MeSH]  OR  “Review”[PT]  OR 

“Meta‐Analysis”[PT] OR “Risk Factors”[MeSH] OR “Risk Assessment”[MeSH] OR 

“Risk  Reduction  Behavior”[MeSH]  OR  “Regression  Analysis”[MeSH]  OR 

“Multivariate Analysis”[MeSH] OR “Proportional Hazards Models”[MeSH]) 

2. (“Arrhythmias,  Cardiac”  [MeSH]  OR  Dysrhythmi*  OR  Arrythmi*)  AND 

("Caffea"[Mesh]  OR  "Coffee"[Mesh]  OR  "Caffeine"[Mesh])  AND  (“Cohort 

Studies”[MeSH] OR  “Comparative  Study”[PT] OR  “Prospective  Studies”[MeSH] 

OR  “Follow‐Up  Studies”[MeSH]  OR  “Cross‐Sectional  Studies”[MeSH]  OR 

“Review”[PT]  OR  “Meta‐Analysis”[PT]  OR  “Risk  Factors”[MeSH]  OR  “Risk 

Assessment”[MeSH]  OR  “Risk  Reduction  Behavior”[MeSH]  OR  “Regression 

Analysis”[MeSH] OR  “Multivariate Analysis”[MeSH] OR  “Proportional Hazards 

Models”[MeSH]) 

O conjunto das referências obtidas com esta estratégia de pesquisa foi avaliado pelos 2 

autores deste  relatório  (António Vaz Carneiro e  João Costa) de  forma  independente. 

Page 8: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

Os  autores  consideraram  para  análise  os  estudos  que  cumprissem  os  seguintes 

critérios de inclusão: 

1. Revisões sistemáticas da literatura 

2. Estudos  de  coorte  prospectivos,  caso‐controlo  ou  estudos  transversais 

(seccionais cruzados), assim como ensaios clínicos 

3. Exposição a café/cafeína durante um período de tempo adequado 

4. Avaliação do aparecimento de hipertensão arterial e arritmias cardíacas 

5. Estudos com publicação integral. 

Os autores extraíram de  forma  independente para cada estudo, de acordo com uma 

folha de recolha de dados sistemática, os seguintes dados: 

Publicação 

Desenho, metodologia e duração do estudo 

Possíveis  factores  de  enviesamento  dos  estudos,  como  estudos  não 

prospectivos, métodos  inadequados  de  avaliação  da  exposição  ao  factor  de 

risco  ou  avaliação  das  variáveis  clínicas  e  a  taxa  de  perdas  durante  o 

seguimento 

Características  (tempo,  quantificação)  da  exposição  ao  factor  de  risco 

(café/cafeína) 

Análise  de  resultados  (variáveis  consideradas  e  estimativas  das  associações 

encontradas). 

Foram  consideradas  como  força de evidência mais  forte  as  revisões  sistemáticas da 

literatura  que  incluiam  ensaios  clínicos,  estudos  de  coorte  e  de  caso‐controlo 

relacionando a ingestão de café com a hipertensão e as arritmias.  

Deste  modo,  não  foram  analisados  todos  os  estudos  individuais  já  incluídos  nas 

revisões sistemáticas, apenas os que eventualmente tenham sido publicados em data 

posterior àquelas ou que pelas  suas características  (por ex. dimensão da amostra) o 

justificassem. 

Page 9: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

RESULTADOS DA PESQUISA DA LITERATURA 

Após  um  screening  prévio  de  um  nº muito  elevado  de  estudos,  obtiveram‐se  251 

referências de acordo com a estratégia de pesquisa referida para a hipertensão e 41 

para as arritmias, tendo sido seleccionados para análise 13 estudos para a hipertensão 

e 4 para as arritmias, de acordo com os critérios de inclusão e exclusão explicitados e a 

selecção da força de evidência de base. 

No  sentido  do  estabelecimento  de  uma  seriação  do  grau  de  evidência  para 

hierarquizar a  força de recomendação  ‐ como se procede no caso de uma Norma de 

Orientação  Clínica  (Guideline)  ‐  foram  analisadas  em  primeiro  lugar  as  revisões 

sistemáticas  da  literatura  e  só  depois,  caso  não  estivessem  incluídos  naquelas,  os 

estudos  individuais  de  coorte  prospectivos,  caso‐controlo,  estudos  transversais 

(seccionais cruzados) e ensaios clínicos. 

Seguem‐se: 

1. a listagem dos artigos incluídos na análise final 

2. a  descrição  individual  de  cada  artigo  incluído,  com  as  secções  respectivas 

tabuladas  (variáveis conforme o  tipo de estudo) e resumo dos  factos e dados 

mais importantes nelas encontradas 

3. a  listagem  dos  artigos  seleccionados  mas  não  incluídos  e  que  não  foram 

tabulados, mas com a justificação para a sua não inclusão. 

   

Page 10: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

10 

CAFÉ  E  HIPERTENSÃO  ARTERIAL  ‐  ESTUDOS SELECCIONADOS PARA INCLUSÃO FINAL 

1. Lang T, Degoulet P, Aime F, Fouriaud C,  Jacquinet‐Salord MC, Laprugne  J, Main  J, 

Oeconomos  J, Phalente  J, Prades A. Relation between  coffee drinking and blood 

pressure: analysis of 6,321 subjects in the Paris region. Am J Cardiol 1983;52:1238‐

42. 

2. Shirlow  MJ,  Berry  G,  Stokes  G.  Caffeine  consumption  and  blood  pressure:  an 

epidemiological study. Int J Epidemiol 1988;17:90‐7. 

3. Sharp DS, Benowitz NL. Pharmacoepidemiology of the effect of caffeine on blood 

pressure Clin Pharmacol Ther 1990;47:57‐60. 

4. Salvaggio A, Periti M, Quaglia G, Marzorati D, Tavanelli M. The independent effect 

of habitual cigarette and coffee consumption on blood pressure. Eur  J Epidemiol 

1992;8:776‐82. 

5. Stamler J, Caggiula AW, Grandits GA. Relation of body mass and alcohol, nutrient, 

fiber, and caffeine  intakes to blood pressure  in the special  intervention and usual 

care groups in the Multiple Risk Factor Intervention Trial. Am J Clin Nutr 1997;65(1 

Suppl):338S‐365S. 

6. Wakabayashi K, Kono S, Shinchi K, Honjo S, Todoroki I, Sakurai Y, Umeda T, Imanishi 

K, Yoshizawa N. Habitual coffee consumption and blood pressure: A study of self‐

defense officials in Japan. Eur J Epidemiol 1998;14:669‐73. 

7. Nurminen ML,  Niittynen  L,  Korpela  R,  Vapaatalo  H.  Coffee,  caffeine  and  blood 

pressure: a critical review. Eur J Clin Nutr 1999;53:831‐9. 

8. Jee SH, He J, Whelton PK, Suh  I, Klag MJ. The effect of chronic coffee drinking on 

blood  pressure:  a  meta‐analysis  of  controlled  clinical  trials.  Hypertension 

1999;33:647‐52. 

9. Klag MJ, Wang NY, Meoni LA, Brancati FL, Cooper LA, Liang KY, Young JH, Ford DE. 

Coffee  intake and  risk of hypertension:  the  Johns Hopkins precursors study. Arch 

Intern Med 2002;162:657‐62. 

Page 11: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

11 

10. Winkelmayer WC,  Stampfer MJ, Willett WC, Curhan GC. Habitual  caffeine  intake 

and the risk of hypertension in women. JAMA 2005;294:2330‐5. 

11. Noordzij M,  Uiterwaal  CS,  Arends  LR,  Kok  FJ,  Grobbee  DE,  Geleijnse  JM.  Blood 

pressure  response  to  chronic  intake  of  coffee  and  caffeine:  a meta‐analysis  of 

randomized controlled trials. J Hypertens 2005;23:921‐8. 

12. Palatini P, Dorigatti F, Santonastaso M, Cozzio S, Biasion T, Garavelli G, Pessina AC, 

Mos  L.  Association  between  coffee  consumption  and  risk  of  hypertension.  Ann 

Med 2007;39:545‐53. 

13. Uiterwaal  CS,  Verschuren  WM,  Bueno‐de‐Mesquita  HB,  Ocké  M,  Geleijnse  JM, 

Boshuizen HC, Peeters PH, Feskens EJ, Grobbee DE. Coffee intake and incidence of 

hypertension. Am J Clin Nutr 2007;85:718‐23. 

 

Page 12: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

12 

CAFÉ E HIPERTENSÃO ARTERIAL  ‐ Análise  individual dos estudos seleccionados 

 

Lang  T, Degoulet  P, Aime  F,  Fouriaud  C,  Jacquinet‐Salord MC,  Laprugne  J, Main  J, Oeconomos  J,  Phalente  J,  Prades  A.  Relation  between  coffee  drinking  and  blood pressure: analysis of 6,321 subjects in the Paris region. Am J Cardiol 1983;52:1238‐42 

Questão  Qual  é  associação  entre  a  ingestão  de  café e  a  tensão  arterial  (TA),  tendo  em consideração  o  tabagismo,  o  grupo  etário,  o  peso  e  a  ingestão  de  álcool  de  cada paciente? 

Métodos  Estudo epidemiológico  seccional  cruzado em 6.321  adultos  (3.704 homens e 2.617 mulheres) vivendo em Paris, com uma média de idades de 39.9±11.5 anos. 

Inquéritos  foram efectuados procurando dados sobre os hábitos  tabágicos, o grupo etário, o peso e a ingestão de álcool de cada paciente, assim como a actividade física. A TA foi medida em cada doente na linha de base e depois regularmente. 

Dentro  da  amostra,  5.430  sujeitos  auto  designaram‐se  como  abstémios  e,  nos bebedores,  a  ingestão  de  café  foi  classificada  como  leve  (1‐2  chávenas/dia), moderada (3‐4/dia) e alta (>5/dia). 

Resultados  A correlação entre ingestão de café, quando controlada para todos os outros factores já indicados, está representada no quadro. A TA foi mais elevada nos bebedores mais frequentes do que nos moderados ou leves. 

 

Ingestão  de  café (chávenas/dia) 

n TA sistólica(mmHg) 

TA diastólica(mmHg) 

0  891 125.6±15 79.8±10.5 1‐2 3.275 127.9±15.8 80.4±10.1 3‐4 1.530 129.2±15.1 80.9±10 >5 625 130.3±16 81.8±10.4 Total  6.321 128.1±15.6 80.6±10.2 P  <0.001 <0.002 

 

 

Conclusões  A  ingestão  de  cafeína  associa‐se  a  uma variação  significativa  mas  moderada da tensão arterial. 

Comentários  Excelente estudo de base populacional, com  identificação de potenciais  factores de risco para variação da TA normal. 

Após controlo para os hábitos tabágicos, o grupo etário, o peso e a ingestão de álcool e a actividade física de cada paciente, a ingestão frequente de café associou‐se a uma subida da TA. Esta subida, no entanto, foi de modestas dimensões. 

 

   

Page 13: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

13 

Shirlow  MJ,  Berry  G,  Stokes  G.  Caffeine  consumption  and  blood  pressure:  an epidemiological study. Int J Epidemiol 1988;17:90‐7 

Questão  Qual  é  associação  entre  a  ingestão  de  café  e  a  hipertensão  arterial  em  adultos saudáveis? 

Métodos  Estudo  epidemiológico  seccional  cruzado  em  5.147  adultos  australianos  (2.921 homens e 2.226 mulheres), com idades compreendidas entre 20‐70 anos. 

Os pacientes responderam a um  inquérito com dados sobre os hábitos tabágicos, o grupo etário, o peso e a altura, nível de colesterol, tomada de anticonceptivos orais e a ingestão de álcool. A ingestão de cafeína foi medida através de mg por semana (27‐71 mg/semana). 

A TA foi medida em cada doente regularmente, normalizada para cada medidor e a relação entre o café e a HTA foi analisada através de técnicas de regressão logística. 

Resultados  O quadro mostra os níveis de TA em relação com o consumo de café, ajustado para todos os outros factores de risco potenciais. 

Não  foi  detectada  nenhuma  alteração  da  TA  com  ingestão  de  café (independentemente da quantidade). 

 

  Sexo masculino Sexo feminino 

  TA sistólica TA diastólica TA sistólica  TA diastólicaIngestão  de  cafeína nas últimas 3 horas 

 

Não 126.4*** 80.2**** 119.9***  75.2****Sim 128.7 81.6 123.0  77.2 Consumo  de  cafeína (mg/dia) 

 

0‐150  128.2* 81.1* 123.6*  77.2* 151‐250  128.8** 81.5 123.2  76.5 >251   127.3 81.0 120.9  76.5 

*=ns, **p<0.05, ***p<0.01, ****p<0.001 

 

Conclusões  A  ingestão  de  cafeína  não  se  associou  a  nenhuma  alteração  da  TA  em  adultos normais. 

Comentários  Estudo  de boa  dimensão, não  demonstrando  qualquer  relação  entre  a  tomada  de café e alterações na TA de indivíduos normais. 

A questão entre a  ingestão crónica de café – ao contrário da aguda – poder  induzir um estado de  tolerância cardiovascular à cafeína  (ou outros componentes do café) não foi aqui estudado. 

 

   

Page 14: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

14 

Sharp DS,  Benowitz NL.  Pharmacoepidemiology  of  the  effect  of  caffeine  on  blood pressure Clin Pharmacol Ther 1990;47:57‐60 

Questão  Qual é a relação entre o consumo de cafeína (café e bebidas cafeinadas) e a tensão arterial?  

Métodos  Estudo seccional cruzado de 821 condutores de autocarro da cidade de San Francisco.

Os  pacientes  eram  todos  normotensos,  e  as  suas  características  demográficas,  os seus  hábitos  tabágicos,  de  dieta  e  exercício  físico  foram  colhidos  através  de questionários auto‐aplicados. Foram registadas as ingestões regulares de café, chá e colas. 

A TA foi medida a intervalos regulares, tendo ainda sido obtidas colheitas de sangue para medição da cafeína circulante. 

Resultados  Verificou‐se uma relação inversa entre a ingestão de cafeína e os níveis de TA, isto é, os bebedores  tinham uma TA média  inferior aos abstémios  (ou bebedores  fracos). (quadro). 

 

  Abstémios Bebedores regulares 

  Média DP Média DP TAS (mm Hg)  127.5 16.2 123.2 11.8 TAD (mm Hg)  82.2 10.1 80 8.15 

 

 

Conclusões  O consumo de cafeína associou‐se a uma baixa do nível sa tensão arterial. 

Comentários  Estudo  seccional  cruzado  relacionando  a  ingestão de  cafeína  com níveis  tensionais em bebedores de café. 

Verificou‐se uma relação inversa entre a cafeína e o café.  

Amostra de dimensões algo modestas. 

 

   

Page 15: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

15 

Salvaggio A, Periti M, Quaglia G, Marzorati D, Tavanelli M. The independent effect of habitual  cigarette  and  coffee  consumption  on  blood  pressure.  Eur  J  Epidemiol 1992;8:776‐82 

Questão  Qual  é  associação  entre  a  ingestão  de  café  (e  tabagismo)  e  níveis  tensionais emindivíduos normais? 

Métodos  Estudo epidemiológico de base populacional em 9.601  indivíduos  (7.506 homens e 2.095 mulheres), com idades compreendidas entre 18‐65 anos (média de idades nos homens de 43.8±9 e nas mulheres de 38.7±10.6), examinados entre 1986‐88. 

Foram usados questionários procurando dados sobre os hábitos  tabágicos, o grupo etário, o peso e a ingestão de álcool de cada paciente, assim como a actividade física. 

A TA foi medida em cada doente na  linha de base e depois regularmente durante o estudo. 

Resultados  A  ingestão de café teve uma relação  inversa com a TA, mais acentuada em homens que nas mulheres (quadro). 

 

  TA homens (mm Hg) TA mulheres (mm Hg) 

Nº de chávenas café/dia TAS TAD TAS TAD 0  131.3 83.5 121.4 77.9 1‐3 130.7 83.3 121.3 77.3 4‐5 128.4 82.6 120.0 77.2 >5 127.2 81.8 120.5 78.2 

 

 

Conclusões  A ingestão de cafeína associa‐se a um menor risco de subida tensional. 

Comentários  Estudo relacionando a ingestão de café e o tabagismo com a TA. 

A principal  conclusão é que o efeito deletério do  café  só  se verifica nos  indivíduos fumadores e que a ingestão do café é benéfica em relação à HTA. 

 

   

Page 16: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

16 

Stamler  J, Caggiula AW, Grandits GA. Relation of body mass and alcohol, nutrient, fiber,  and  caffeine  intakes  to blood pressure  in  the  special  intervention  and usual care groups  in the Multiple Risk Factor  Intervention Trial. Am J Clin Nutr 1997;65(1 Suppl):338S‐365S 

Questão  Existe associação entre um conjunto de factores de risco CV (IMC, ingestão alcoólica, dieta, e cafeína) e o risco de HTA? 

Métodos  Análise  sectorial do estudo MRFIT, que analisou a  relação entre o  IMC,  a  ingestão alcoólica, dieta e o café. 

A amostra foi de 12.785 indivíduos seguidos por 6 anos e em que foram colhido um nº  elevado  de  características  demográficas  e  dados  sobre  factores  de  risco  (FR) mencionados. As análises da relação do café com a TA foram controladas para todos os outros FR. 

Foram utilizados inquéritos auto‐aplicados na elucidação dos FR e a TA foi medida no início (linha de base) e regularmente durante 6 anos. 

Resultados  Verificou‐se  uma  relação  inversa  entre  a  ingestão  de  café  e  o  risco  de  HTA  (com descida  da  TAS  ou  TAD)  na  amostra  global,  assim  como  em  homens  a  fazer terapêutica anti‐hipertensiva. 

Os  resultados  foram  apresentados  em  termos  de  coeficientes  de  regressão  linear, pelo que não é possível representar os OR/RR. 

Conclusões  A ingestão de cafeína associa‐se a um menor risco de HTA.

Comentários  Estudo  com  amostra  e  grandes  dimensões,  analisando  um  enorme  nº  de  FR  para doença CV, entre os quais o café. 

Os  resultados  parecem  consistentes  entre  si,  em  subgrupos  de  risco,  em  grupos etários variados e globalmente. 

Não foi desenhado expressamente para estabelecer correlações entre a  ingestão de café e a incidência de HTA.  

 

   

Page 17: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

17 

Wakabayashi K, Kono S, Shinchi K, Honjo S, Todoroki I, Sakurai Y, Umeda T, Imanishi K, Yoshizawa N. Habitual  coffee  consumption and blood pressure: A  study of  self‐defense officials in Japan. Eur J Epidemiol 1998;14:669‐73 

Questão  Qual é associação entre a ingestão de café e o risco de HTA? 

Métodos  Estudo seccional cruzado realizado entre 1986 e 1992, em 3.336 militares com média de idades entre 48‐56 anos. 

Inquéritos  foram  efectuados  procurando  dados  sobre  o  grupo  etário,  os  hábitos tabágicos, o peso e a  ingestão de álcool de cada paciente, assim como a actividade física.  

A  TA  foi  medida  inicialmente  e  depois  regularmente  por  enfermeiros  em  cada doente. 

Resultados  Verificou‐se uma relação inversa entre a ingestão de café e os valores médios de TA, com  ou  sem  ajustamento  para  tabagismo,  ingestão  alcoólica,  IMC,  intolerância  à glicose e ingestão de chá verde (que não provocou alterações). 

As diferenças médias ajustadas por chávena de café diária foram: 

TAS: ‐ 0.6 mm Hg (IC 95% = ‐ 0.9 a ‐0.3, p=0.0001) 

TAD: ‐ 0.4 mm Hg (IC 95% = ‐0.5 a ‐0.2, p=0.0002) 

Os bebedores regulares de café apresentaram uma TA mais baixa que os abstémios, em todos os estratos de tabagismo, obesidade e intolerância à glicose. 

Conclusões  A ingestão de café associa‐se a um menor risco de HTA.

Comentários  Estudo  de  prevalência de  ingestão  de  café,  demonstrando  ausência  de  efeito hipertensivo da cafeína. 

O  estudo  tem  as  limitações  de  ser  seccional  cruzado  (e  portanto  ser  de  limitada utilidade na perspectiva temporal), ter escasso nº de medições da TA e depender de auto‐avaliações da ingestão média de café. 

Os resultados no entanto são consistentes através das subpopulações.  

 

   

Page 18: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

18 

Nurminen  ML,  Niittynen  L,  Korpela  R,  Vapaatalo  H.  Coffee,  caffeine  and  blood pressure: a critical review. Eur J Clin Nutr 1999;53:831‐9 

Questão  Quais são os efeitos da ingestão de café ou cafeína na tensão arterial?  

Métodos  Revisão  sistemática  da  literatura  de  1966‐1999,  pesquisando  as  bases  de  dados Medline  e  Current  Contents.  O  filtro  de  pesquisa  incluiu  as  palavras  “coffee  or caffeine” e “blood pressure or hypertension”. 

Os critérios de inclusão foram no caso dos ensaios clínicos o estudo ser controlado e aleatorizado  e  nos  estudos  epidemiológicos  haver  dados  relevantes  entre  sobre  a relação entre o café e a TA. 

Foram ainda considerados estudos animais como base de explicação dos efeitos do café na TA. 

Resultados  Foram  incluídos para análise  final 46 ensaios  clínicos e 16 estudos epidemiológicos relacionando o café com a TA. 

A ingestão aguda de café (em doses de 2‐3 chávenas) aumenta a TAS em 3‐14 mm Hg e a TAD em 3‐14 mm Hg em indivíduos normais. A resposta hipertensiva é maior nos doentes com HTA prévia. 

A ingestão crónica de café não parece manter a resposta da ingestão aguda, com uma fase  de  tolerância  com  a  ingestão  repetida  de  cafeína  de maneira  a  que  o  efeito hipertensor se atenua consideravelmente. Este efeito verifica‐se também nas bebidas descafeinadas. 

Conclusões  A ingestão de cafeína associa‐se a um maior risco de HTA em indivíduos susceptíveis a virem desenvolver HTA. 

Na maior  parte  dos  casos,  a  ingestão  crónica  afecta muito  ligeiramente  os  níveis tensionais em indivíduos normais. 

Comentários  Boa  revisão  sistemática  da  literatura,  incluindo  dados  observacionais  e experimentais. 

Confirma‐se  a  ideia  que  a  ingestão  aguda  induz  subida  da  TA, mas  a  crónica  não afecta  significativamente os níveis  tensionais. A população em maior  risco é  a dos indivíduos com tendências hipertensivas prévias à tomada do café. 

O número de pacientes estudados é muito elevado nos estudos observacionais, mas muito reduzido nos ensaios clínicos. 

 

   

Page 19: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

19 

Jee SH, He  J, Whelton PK, Suh  I, Klag MJ. The effect of  chronic  coffee drinking on blood  pressure:  a  meta‐analysis  of  controlled  clinical  trials.  Hypertension 1999;33:647‐52 

Questão  Qual é o efeito da ingestão crónica de café na incidência de HTA?  

Métodos  Revisão  sistemática  da  literatura  de  1966‐1997,  pesquisando  a  Medline  e  as bibliografias  de  ensaios  clínicos  (RCTs)  relevantes  (e  apenas  estes).  O  filtro  de pesquisa incluiu as palavras “caffeine”, “blood pressure” e “coffee”. 

Os  critérios  de  inclusão  foram o  estudo  ser baseado  em  experimentação humana, incluir  intervenção  activa  com  café,  ajustamento  de  factores  de  confundimento, indicação da TA antes e depois da intervenção e ter uma duração superior a 24 horas. 

Obtiveram‐se  dados  individuais  sobre:  idade,  sexo,  técnica  de  medição  da  TA, presença de HTA e de terapêutica anti‐hipertensiva, valores da TA de base e deltas, dimensão amostral, desenho do estudo, tipo do controlo,  ingestão de café (método de preparação e quantidade ingerida) e definição de um período de run‐in. 

Resultados  Foram  incluídos 11 RCTs. A  ingestão  individual média de café variava entre 4,5 e 6 chávenas diárias. 

Comparados  com  os  controlos,  os  doentes  bebedores  de  café  apresentaram  uma variação média nos valores da TAS de ‐2.1 a 6.1 mm Hg e na TAD de ‐0.9 a 3‐1 mm Hg. As estimativas combinadas do efeito da  ingestão de café foram +2.4 mm Hg (IC 95%=1.0 a 3.7, p=0.005) para a TAS e +1.2 mm Hg para a TAD (IC 95% CI=0.4 a 2.1, p=0.015) (figura). 

 

 

Conclusões  A ingestão de cafeína associa‐se a um maior risco de HTA

Comentários  Boa revisão sistemática, padecendo dos problemas dos estudos individuais: amostras de dimensões relativamente modestas. 

Dado  que  se  tratava  de  estudos  experimentais  com  períodos  de  seguimento relativamente  curtos,  não  foi  captado  conhecido  o  efeito  de  tolerância  à  ingestão crónica de café nos níveis tensionais. 

 

   

Page 20: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

20 

Klag MJ, Wang NY, Meoni LA, Brancati FL, Cooper LA, Liang KY, Young JH, Ford DE. Coffee  intake  and  risk  of  hypertension:  the  Johns Hopkins  precursors  study. Arch Intern Med 2002;162:657‐62 

Questão  Qual é associação entre a ingestão de café e o desenvolvimento de HTA? 

Métodos  Estudo observacional, prospectivo, epidemiológico e de base populacional, com uma amostra  constituída  por  1.017  estudantes  de  raça  branca  (The  Johns  Hopkins Precursors Study), seguidos prospectivamente por 33 anos. 

A ingestão de café – medida 11 vezes durante o período do estudo (na escola médica, de 5 em 5 anos até 1984, em 1978, 1986, 1989 e 1993) –  foi determinada usando questionários. Foi ainda colhida informação sobre dados médicos, história familiar de HTA, hábitos de saúde, actividade física, ingestão de álcool e tabagismo. 

Os dados do EO incluíram a TA, pulso, e BMI. 

Resultados  A média de  idades  foi de 26 anos e a  relação entre a  ingestão de café e a TA está descrita no quadro 

 

Chávenas de café por dia Risco relativo ajustado (IC 95%) 

0  1.00

1‐2  1.24 (0.87‐1.77) 

3‐4  1.49 (1.01‐2.20) 

>5  1.07 (0.67‐1.69) 

P para tendência  0.48

 

A incidência de HTA em relação à tomada continuada de café está na figura. 

 

Conclusões  A  ingestão de  cafeína  associa‐se  a um  risco  leve de  aumento da TA, mas  com um contributo mínimo para HTA. 

Comentários  Estudo de coorte prospectivo, de seguimento com grandes dimensões, num grupo de pacientes bem caracterizado. 

O estudo é  forte, porque determina  a  ingestão de  café  antes do  aparecimento da HTA, tem uma taxa muito elevada de respostas, validação das auto‐medições da HTA, e  um  seguimento  notavelmente  longo  (33  anos!).  Os  outros  factores  de confundimento – tabagismo, ingestão de álcool, exercício físico, história familiar, etc. – foram controlados no cálculo do RR da cafeína na incidência e risco de HTA. 

   

Page 21: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

21 

Winkelmayer WC, Stampfer MJ, Willett WC, Curhan GC. Habitual caffeine intake and the risk of hypertension in women. JAMA 2005;294:2330‐5 

Questão  A  ingestão de café ou de bebidas cafeinadas está associada a uma maior  incidência de HTA em mulheres? 

Métodos  Estudo  epidemiológico prospectivo  com  2  coortes  (Nurses’ Health  Studies  I  and  II) estudadas durante as décadas de 70 a 90 e com amostras de 121.700 (idades 30‐50 anos)  e  116.671  (idades  25‐42  anos) mulheres,  respectivamente.  Destas,  155.594 mulheres  normotensas  constituíram  a  amostra  estudada. O  seguimento  foi  de  12 anos. 

A  ingestão  de  café  foi  determinada  usando  questionários  auto‐administrados.  Foi ainda colhida  informação sobre dados médicos, história familiar de HTA, hábitos de saúde, actividade física,  ingestão de álcool, tabagismo e medicações  (incluindo anti‐conceptivos orais, analgésicos e AINEs). 

Resultados  Durante  o  seguimento  verificaram‐se  19.541  novos  casos  de  HTA  no  NHS  I  e  de 13.536 no NHS II. 

Os  RRs  multivariados  para  HTA  segundo  os  quintiles  de  ingestão  de  café  estão representados no quadro. 

 

Quintiles  1  2  3  4  5 P para 

tendência 

Nurses’ Health Study I (1990‐2002)Nº de casos  3.402 3.893 3.934 4.147 4.165   RR multivariado (IC 95%) 

1.00 1.13 (1.08‐1.19) 

1.13 (1.08‐1.18) 

1.08 (1.03‐1.13) 

1.04 (0.99‐1.09) 

0.29 

Nurses’ Health Study II (1991‐2003)Nº de casos  2.472 2.687 2.848 2.785 2.744   RR multivariado (IC 95%) 

1.00 1.05 (0.99‐1.11) 

1.12 (1.06‐1.18) 

1.06 (1.00‐1.12) 

1.01 (0.95‐1.07) 

0.53 

 

 

Conclusões  Não  se detectou qualquer associação entre a  ingestão de cafeína e a  incidência de HTA. 

Comentários  Excelente estudo com amostras de grandes dimensões, com a característica positiva de incidir em mulheres. 

Alguns  pontos  fracos  incluem  a  dificuldade  de  determinar  a  ingestão  exacta  de cafeína, o facto da HTA ser auto‐reportada e ter sido realizado apenas em mulheres de raça caucasiana. 

Globalmente, resultados consistentes com outros estudos. 

 

   

Page 22: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

22 

Noordzij  M,  Uiterwaal  CS,  Arends  LR,  Kok  FJ,  Grobbee  DE,  Geleijnse  JM.  Blood pressure  response  to  chronic  intake  of  coffee  and  caffeine:  a  meta‐analysis  of randomized controlled trials. J Hypertens 2005;23:921‐8 

Questão  Qual é o efeito da ingestão crónica de café e cafeína na TA?

Métodos  Revisão sistemática da literatura de ensaios clínicos (RCTs), pesquisando várias bases de  dados  (Medline,  Embase,  Lilacs  and  Current  Contents),  de  Janeiro  de  1966  a Janeiro de 2003, assim como listas bibliográficas relevantes. 

Os filtros de pesquisa incluíram as text words ‘coffee or caffeine’, ‘blood pressure or hypertension’  e  ‘trial  or  intervention  or  random  or  study’,  sendo  incluídos  apenas estudos em inglês. 

Os  critérios  de  inclusão  foram:  estudos  em  doentes  e  alocação  aleatorizada  das intervenções. 

Incluíram‐se 16 RCTs  (fornecendo para  análise 18 estratos de  café e 7 estratos de cafeína), analisados em termos de dimensão da amostra, características da população (idade,  sexo,  TA,  frequência  cardíaca,  ingestão  de  café/cafeína,  uso  de medicação anti‐hipertensiva),  metodologia  dos  estudos  individuais  (paralelos,  cruzados, ocultação, tipo/duração da intervenção e do controlo) e alterações da TA e FC.  

Resultados  Os resultados  indicam um efeito global da  ingestão de café/cafeína de 2.04 mm Hg (IC 95% CI = 1.10‐2.99) para TAS e 0.73 mm Hg (IC 95% CI = 0.14–1.31) para a TAD. Após exclusão de 9 RCTs com desenho aberto as estimativas foram: TAS 2.81 mm Hg (1.08‐4.53) e TAD 1.17 mm Hg (0.54–1.81). 

Verificou‐se um aumento não‐significativo da FC de 0.15 pp/mn (‐0.52‐0.83). 

A figura demonstra o efeito do café na TAS. 

 

 

Conclusões  A ingestão de cafeína associa‐se a um aumento da TA, mas este efeito é modesto.

Comentários  Boa revisão sistemática envolvendo um nº muito significativo de ensaios clínicos. 

A força desta revisão é o seu desenho e dimensão. O efeito parece ser algo modesto e a ingestão crónica acaba por dissipar os efeitos hipertensivos da cafeína. 

   

Page 23: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

23 

Palatini P, Dorigatti F, Santonastaso M, Cozzio S, Biasion T, Garavelli G, Pessina AC, Mos L. Association between coffee consumption and risk of hypertension. Ann Med 2007;39:545‐53 

Questão  Qual é o risco de hipertensão arterial (HTA) mantida em relação à ingestão crónica de café? 

Métodos  Estudo  prospectivo  longitudinal  de  1.107  participantes  do  estudo  HARVEST (Hypertension and Ambulatory Recording VEnetia Study), com um seguimento médio de 6.4 anos. 

A  ingestão de café  foi  calculada  com base em questionários e a TA  foi medida em cada  paciente  na  linha  de  base,  3  e  6 meses mais  tarde.  73%  dos  sujeitos  eram bebedores de café. 

O outcome principal foi a incidência de HTA. 

Resultados  Durante  a  duração  do  estudo,  561  pacientes  apareceram  com  HTA,  tendo  os bebedores de café desenvolvido mais frequentemente HTA que os abstémios (53.1% vs. 43.9% p=0.007), sem diferenças entre a quantidade ingerida por dia.  

A análise de Kaplan‐Meier confirmou a  incidência de HTA sustida em bebedores de café (figura). 

 

O  risco  relativo  ajustado  foi  superior em bebedores de  café do que em  abstémios (HR, IC 95%=1.24, 1.06–1.44). 

Conclusões  A ingestão de cafeína associa‐se a um maior risco de incidência de HTA. 

Comentários  Excelente  estudo  prospectivo  demonstrando  uma  associação  positiva  entre  a incidência de HTA e a tomada de café. 

O  efeito  é modesto, mas  real  e  verifica‐se  em  pessoas  que  bebem  álcool  ou  que fumam. 

 

   

Page 24: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

24 

Uiterwaal  CS,  Verschuren  WM,  Bueno‐de‐Mesquita  HB,  Ocké  M,  Geleijnse  JM, Boshuizen HC, Peeters PH, Feskens EJ, Grobbee DE. Coffee  intake and  incidence of hypertension. Am J Clin Nutr 2007;85:718‐23 

Questão  Em pacientes normotensos, a ingestão de café associa‐se a incidência aumentada de HTA?  

Métodos  Estudo longitudinal com 6.368 pacientes (2.985 homens e 3.383 mulheres), em que a ingestão de café foi identificada através de questionários individuais na linha de base, 3 e 6 meses mais tarde. 

A ingestão de café foi estratificada em 0, 0‐3, 3‐6 e >6 e a HTA foi definida como uma TAS  >140 mm  Hg  e  TAD  ≥90 mmHg  (segundo  o  7th  Report  of  the  Joint National Committee of the National Heart, Lung, and Blood Institute).  

O outcome principal foi a incidência de HTA, num seguimento médio de 11 anos. 

Resultados  O RR para HTA está representado no quadro.

 

Nº chávenas/dia  Total coorte Normotensos Hipertensos  OR ajustado (IC 95%) 

0  231 214 17 0.54  (0.31‐0.92) 

0‐3 1173 970 203  1 3‐6 2737 2203 534  0.93  

(0.76‐1.12) >6 1048 846 202  0.83  

(0.65‐1.07) 

 

 

Conclusões  A ingestão leve de café associa‐se a um maior risco de HTA.

Comentários  Estudo observacional de grandes dimensões em que a relação entre o café e a HTA é variável. 

Os subgrupos de maior risco são as mulheres e globalmente os resultados são pouco significativos. 

Nas mulheres existe uma relação em U e nas idades mais avançadas não se verificou esta relação. 

 

   

Page 25: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

25 

CAFÉ E HIPERTENSÃO ARTERIAL ‐ ANÁLISE DOS ESTUDOS REJEITADOS 

1. Harris RA, Nishiyama SK, Wray DW, Richardson RS. Ultrasound assessment of flow‐

mediated dilation. Hypertension 2010;55:1075‐85. 

Estudo imagiológico. 

2. Dworzański W, Opielak G, Burdan F. Side effects of caffeine. Pol Merkur Lekarski 

2009;27:357‐61. 

Estudo em polaco. 

3. Endo  M.  Calcium‐induced  calcium  release  in  skeletal  muscle.  Physiol  Rev 

2009;89:1153‐76. 

Estudo fisiológico. 

4. van Dieren S, Uiterwaal CS, van der Schouw YT, van der A DL, Boer JM, Spijkerman 

A,  Grobbee  DE,  Beulens  JW.  Coffee  and  tea  consumption  and  risk  of  type  2 

diabetes. Diabetologia 2009;52:2561‐9. 

Estudo relacionando o café com a diabetes mellitus tipo 2. 

5. Kokaze A,  Ishikawa M, Matsunaga N, Karita K, Yoshida M, Ohtsu T,  Shirasawa T, 

Sekii  H,  Ito  T,  Kawamoto  T,  Takashima  Y.  NADH  dehydrogenase  subunit‐2  237 

Leu/Met polymorphism modulates the effects of coffee consumption on the risk of 

hypertension in middle‐aged Japanese men. J Epidemiol 2009;19:231‐6. 

Estudo fisiológico. 

6. Husemoen  LL,  Linneberg  A,  Fenger  M,  Thuesen  BH,  Jørgensen  T.  Changes  in 

lifestyle, biological risk factors and total homocysteine in relation to MTHFR C677T 

genotype: a 5‐year follow‐up study. Eur J Clin Nutr 2009;63:1233‐40.  

Estudo genético. 

Page 26: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

26 

7. Natale  F, Cirillo C, Di Marco GM, di Vetta  LS, Aronne  L,  Siciliano A, Mocerino R, 

Tedesco MA, Golino P, Calabrò R. When chewing gum is more than just a bad habit. 

Lancet 2009;373:1918. 

Estudo não relacionado com o tema. 

8. Edgar KS, Woodside JV, Skidmore P, Cardwell C, Farelll K, McKinley MC, Young  IS, 

Whitehead AS, Gey  KF,  Yarnell  JW,  Evans A.  Thiol  and  cardiovascular  risk  factor 

status in a male northern Irish population. Int J Vitam Nutr Res 2008;78:208‐16. 

Estudo não relacionado com o tema. 

9. Steinke L, Lanfear DE, Dhanapal V, Kalus JS. Effect of "energy drink" consumption 

on hemodynamic and electrocardiographic parameters in healthy young adults. 11. 

Ann Pharmacother 2009 Apr;43(4):596‐602.  

Amostra de dimensão reduzida. 

10. Zhang WL, Lopez‐Garcia E, Li TY, Hu FB, van Dam RM. Coffee consumption and risk 

of  cardiovascular  events  and  all‐cause  mortality  among  women  with  type  2 

diabetes. Diabetologia. 2009;52:810‐7 

Estudo em doentes diabéticos. 

11. Geleijnse JM. Habitual coffee consumption and blood pressure: an epidemiological 

perspective. 13. Vasc Health Risk Manag 2008;4:963‐70. 

Artigo de revisão. 

12. Forman JP, Choi H, Curhan GC. Fructose and vitamin C intake do not influence risk 

for developing hypertension. J Am Soc Nephrol 2009;20:863‐71.  

Estudo não relevante para a questão café‐HTA. 

13. Al Lawati NM, Patel SR, Ayas NT. Epidemiology, risk factors, and consequences of 

obstructive  sleep  apnea  and  short  sleep  duration.  Prog  Cardiovasc  Dis 

2009;51:285‐93. 

Artigo de revisão. 

Page 27: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

27 

14. Riksen  NP,  Rongen  GA,  Smits  P.  Acute  and  long‐term  cardiovascular  effects  of 

coffee: implications for coronary heart disease. Pharmacol Ther 2009;121:185‐91.  

Artigo de revisão. 

15. Ozkan B, Yüksel N, Anik Y, Altintas O, Demirci A, Cağlar Y. The effect of caffeine on 

retrobulbar hemodynamics. Curr Eye Res 2008;33:804‐9. 

Estudo oftalmológico. 

16. Catalano D, Trovato GM, Spadaro D, Martines GF, Garufi G, Tonzuso A, Grasso D, 

Sciacchitano SG.  Insulin  resistance  in postmenopausal women: concurrent effects 

of hormone replacement therapy and coffee. Climacteric 2008;11:373‐82. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

17. Driessen MT, Koppes LL, Veldhuis L, Samoocha D, Twisk JW. Coffee consumption is 

not  related  to  the metabolic  syndrome  at  the  age  of  36  years:  the  Amsterdam 

Growth and Health Longitudinal Study. Eur J Clin Nutr 2009;63:536‐42. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

18. Mort  JR,  Kruse  HR.  Timing  of  blood  pressure measurement  related  to  caffeine 

consumption. Ann Pharmacother 2008;42:105‐10.  

Estudo não relevante para a questão clínica. 

19. Cornelis MC, El‐Sohemy A. Coffee, caffeine, and coronary heart disease. Curr Opin 

Clin Nutr Metab Care 2007;10:745‐51. 

Artigo de revisão. 

20. Astorino  TA,  Rohmann  RL,  Firth  K,  Kelly  S.  Caffeine‐induced  changes  in 

cardiovascular  function  during  resistance  training.  Int  J  Sport  Nutr  Exerc Metab 

2007;17:468‐77. 

Estudo fisiológico. 

21. Hu  G,  Jousilahti  P,  Nissinen  A,  Bidel  S,  Antikainen  R,  Tuomilehto  J.  Coffee 

consumption and the incidence of antihypertensive drug treatment in Finnish men 

and women. Am J Clin Nutr 2007;86:457‐64. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 28: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

28 

22. Dhingra  R,  Sullivan  L,  Jacques  PF,  Wang  TJ,  Fox  CS,  Meigs  JB,  D'Agostino  RB, 

Gaziano  JM,  Vasan  RS.  Soft  drink  consumption  and  risk  of  developing 

cardiometabolic risk factors and the metabolic syndrome  in middle‐aged adults  in 

the community. Circulation 2007;116:480‐8.  

Estudo não relevante para a questão clínica. 

23. Blank  MD,  Kleykamp  BA,  Jennings  JM,  Eissenberg  T.  Caffeine's  influence  on 

nicotine's effects in nonsmokers. Am J Health Behav 2007;31:473‐83. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

24. Bonita JS, Mandarano M, Shuta D, Vinson J. Coffee and cardiovascular disease:  in 

vitro, cellular, animal, and human studies. Pharmacol Res 2007;55:187‐98.  

Estudo não relevante para a questão clínica. 

25. Maki  KC,  Rains  TM,  Kaden  VN,  Raneri  KR,  Davidson MH.  Effects  of  a  reduced‐

glycemic‐load diet on body weight, body composition, and cardiovascular disease 

risk markers in overweight and obese adults. Am J Clin Nutr 2007;85:724‐34. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

26. Greenberg  JA, Dunbar CC,  Schnoll R,  Kokolis R,  Kokolis  S, Kassotis  J. Caffeinated 

beverage intake and the risk of heart disease mortality in the elderly: a prospective 

analysis. Am J Clin Nutr 2007;85:392‐8. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

27. Hamer M, Williams ED, Vuononvirta R, Gibson EL, Steptoe A. Association between 

coffee  consumption  and  markers  of  inflammation  and  cardiovascular  function 

during mental stress. J Hypertens 2006;24:2191‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

28. Ng GA. Treating patients with ventricular ectopic beats. Heart 2006;92:1707‐12. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

29. Cohen DL, Townsend RR. Does consumption of high‐caffeine energy drinks affect 

blood pressure? J Clin Hypertens 2006;8:744‐5. 

Editorial. 

Page 29: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

29 

30. Greenberg JA, Boozer CN, Geliebter A. Coffee, diabetes, and weight control. Am J 

Clin Nutr 2006;84:682‐93. 

Artigo de revisão. 

31. Stendel R, Irnich B, al Hassan AA, Heidenreich J, Pietilae T. The influence of ethanol 

on  blood  flow  velocity  in major  cerebral  vessels.  A  prospective  and  controlled 

study. Alcohol 2006;38:139‐46.  

Estudo fisiológico. 

32. Salamé E, Mallat S, Kassab R, Berbari A. Diet and arterial hypertension. J Med Liban 

2005;53:220‐8. 

Artigo de revisão. 

33. Palatini P. Caffeine and incident hypertension in women. JAMA 2006;295:2136 

Carta ao editor. 

34. Tsioufis C, Dimitriadis K, Vasiliadou C, Taxiarchou E, Vezali E, Tsiamis E, Stefanadis 

C,  Kallikazaros  I.  Heavy  coffee  consumption  in  conjunction  with  smoking  is 

accompanied  by  increased  inflammatory  processes  and  impaired 

thrombosis/fibrinolysis system in essential hypertensive subjects. J Hum Hypertens 

2006;20:470‐2. 

Estudo fisiológico. 

35. Hackman RM, Havel PJ, Schwartz HJ, Rutledge JC, Watnik MR, Noceti EM, Stohs SJ, 

Stern  JS,  Keen  CL.  Multinutrient  supplement  containing  ephedra  and  caffeine 

causes  weight  loss  and  improves  metabolic  risk  factors  in  obese  women:  a 

randomized controlled trial. Int J Obes 2006;30:1545‐56.  

Estudo não relevante para a questão clínica. 

36. Rempher KJ. Cardiovascular sequelae of tobacco smoking. Crit Care Nurs Clin North 

Am 2006;18:13‐20. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 30: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

30 

37. Notarius  CF,  Morris  BL,  Floras  JS.  Caffeine  attenuates  early  post‐exercise 

hypotension in middle‐aged subjects. Am J Hypertens 2006;19:184‐8. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

38. Yamaguchi  J, Hozawa A, Ohkubo  T,  Kikuya M, Ugajin  T, Ohmori  K, Hashimoto  J, 

Hoshi H,  Satoh H, Tsuji  I,  Imai Y.  Factors  affecting home‐measured  resting heart 

rate in the general population: the Ohasama study. Am J Hypertens 2005;18:1218‐

25. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

39. Patja K, Jousilahti P, Hu G, Valle T, Qiao Q, Tuomilehto J. Effects of smoking, obesity 

and physical activity on the risk of type 2 diabetes in middle‐aged Finnish men and 

women. J Intern Med 2005;258:356‐62. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

40. Wierema  TK, Houben  AJ,  Kroon  AA,  Postma  CT,  Koster D,  van  Engelshoven  JM, 

Smits P, de Leeuw PW. Mechanisms of adenosine‐induced renal vasodilatation  in 

hypertensive patients. J Hypertens 2005;23:1731‐6. 

Estudo de fisiologia humana. 

41. Riksen NP, Oyen WJ, Ramakers BP, Van den Broek PH, Engbersen R, Boerman OC, 

Smits  P,  Rongen GA. Oral  therapy with  dipyridamole  limits  ischemia‐reperfusion 

injury in humans. Clin Pharmacol Ther 2005;78:52‐9. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

42. Vlachopoulos C, Panagiotakos D, Ioakeimidis N, Dima I, Stefanadis C. Chronic coffee 

consumption has a detrimental effect on aortic stiffness and wave reflections. Am J 

Clin Nutr 2005;81:1307‐12. 

Estudo de fisiologia humana. 

43. Richardson  T,  Thomas  P,  Ryder  J,  Kerr D.  Influence  of  caffeine  on  frequency  of 

hypoglycemia  detected  by  continuous  interstitial  glucose  monitoring  system  in 

patients with long‐standing type 1 diabetes. Diabetes Care 2005;28:1316‐20. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 31: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

31 

44. Sudano  I,  Binggeli  C,  Spieker  L,  Lüscher  TF,  Ruschitzka  F,  Noll  G,  Corti  R. 

Cardiovascular  effects  of  coffee:  is  it  a  risk  factor?  Prog  Cardiovasc  Nurs 

2005;20:65‐9. 

Artigo de revisão. 

45. Diakoumopoulou  E,  Tentolouris  N,  Kirlaki  E,  Perrea  D,  Kitsou  E,  Psallas  M, 

Doulgerakis D, Katsilambros N. Plasma homocysteine levels in patients with type 2 

diabetes in a Mediterranean population: relation with nutritional and other factors. 

Nutr Metab Cardiovasc Dis 2005;15:109‐17. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

46. Stisen  AB,  Lambrechtsen  J,  Puggaard  L.  The  effect  of  caffeine  on  hypertension. 

Ugeskr Laeger 2005;167:1264‐8. 

Artigo em dinamarquês. 

47. Papaioannou TG, Karatzi K, Karatzis E, Papamichael C, Lekakis JP. Acute effects of 

caffeine on arterial  stiffness, wave  reflections, and central aortic pressures. Am  J 

Hypertens 2005;18:129‐36. 

Estudo fisiológico humano. 

48. Vlachopoulos  C,  Kosmopoulou  F,  Panagiotakos D,  Ioakeimidis N,  Alexopoulos N, 

Pitsavos C, Stefanadis C. Smoking and caffeine have a synergistic detrimental effect 

on aortic stiffness and wave reflections. J Am Coll Cardiol 2004;44:1911‐7. 

Estudo fisiológico humano. 

49. Mukamal  KJ,  Maclure  M,  Muller  JE,  Sherwood  JB,  Mittleman  MA.  Caffeinated 

coffee  consumption  and mortality  after  acute myocardial  infarction. Am Heart  J 

2004;147:999‐1004. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

50. Dhote  R,  Thiounn  N,  Debré  B,  Vidal‐Trecan  G.  Risk  factors  for  adult  renal  cell 

carcinoma. Urol Clin North Am 2004;31:237‐47. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 32: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

32 

51. Richardson  T,  Rozkovec  A,  Thomas  P,  Ryder  J, Meckes  C,  Kerr  D.  Influence  of 

caffeine  on  heart  rate  variability  in  patients with  long‐standing  type  1  diabetes. 

Diabetes Care 2004;27:1127‐31. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

52. Jazbec A, Simić D, Corović N, Duraković Z, Pavlović M.  Impact of coffee and other 

selected factors on general mortality and mortality due to cardiovascular disease in 

Croatia. J Health Popul Nutr 2003;21:332‐40. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

53. James JE. Critical review of dietary caffeine and blood pressure: a relationship that 

should be taken more seriously. Psychosom Med 2004;66:63‐71. 

Artigo de revisão. 

54. Panagiotakos DB, Pitsavos C, Chrysohoou C, Kokkinos P, Toutouzas P, Stefanadis C. 

The J‐shaped effect of coffee consumption on the risk of developing acute coronary 

syndromes: the CARDIO2000 case‐control study. J Nutr 2003;133:3228‐32. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

55. Zimmerman E, Wylie‐Rosett  J. Nutrition  therapy  for hypertension. Curr Diab Rep 

2003;3:404‐11. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

56. Berry NM, Rickards CA, Newman DG. The effect of caffeine on the cardiovascular 

responses to head‐up tilt. Aviat Space Environ Med 2003;74:725‐30. 

Estudo de fisiologia humana. 

57. Yoshida M, Ishikawa M, Kokaze A, Sekine Y, Matsunaga N, Uchida Y, Takashima Y. 

Association  of  life‐style  with  intraocular  pressure  in  middle‐aged  and  older 

Japanese residents. Jpn J Ophthalmol 2003;47:191‐8. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

58. Alagiakrishnan K, Juby A, Hanley D, Tymchak W, Sclater A.  Role of vascular factors 

in osteoporosis. J Gerontol A Biol Sci Med Sci 2003;58:362‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 33: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

33 

59. Cameron  J, Grassi G. Effects of caffeine on arterial  function and haemodynamics: 

implications for cardiovascular risk. J Hypertens 2003;21:491‐3. 

Artigo de revisão. 

60. Botella P, Parra A. Coffee increases state anxiety in males but not in females. Hum 

Psychopharmacol 2003;18:141‐3. 

Estudo de fisiologia humana. 

61. Rust J. The impact of coffee drinking. Arch Intern Med 2003;163:370‐1 

Artigo de revisão. 

62. Bigal ME, Sheftell FD, Rapoport AM, Tepper SJ, Lipton RB. Chronic daily headache: 

identification of  factors  associated with  induction  and  transformation. Headache 

2002;42:575‐81. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

63. Basile  J.  Coffee  intake  over  33  years  is  not  associated  with  developing 

hypertension. J Clin Hypertens 2002;4:434. 

Carta ao director. 

64. Keogh  E,  Chaloner  N.  The moderating  effect  of  anxiety  sensitivity  on  caffeine‐

induced hypoalgesia in healthy women. Psychopharmacology 2002;164:429‐31. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

65. Sondermeijer HP,  van Marle AG, Kamen P, Krum H. Acute effects of  caffeine on 

heart rate variability. Am J Cardiol 2002;90:906‐7. 

Estudo fisiológico. 

66. Keogh E, Witt G. Hypoalgesic effect of caffeine  in normotensive men and women. 

Psychophysiology 2001;38:886‐95. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 34: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

34 

67. Lane  JD,  Pieper  CF,  Phillips‐Bute  BG,  Bryant  JE,  Kuhn  CM.  Caffeine  affects 

cardiovascular and neuroendocrine activation at work and home. Psychosom Med 

2002;64:595‐603. 

Estudo fisiológico. 

68. Isaksen  J,  Egge  A,  Waterloo  K,  Romner  B,  Ingebrigtsen  T.  Risk  factors  for 

aneurysmal  subarachnoid  haemorrhage:  the  Tromsø  study.  J  Neurol  Neurosurg 

Psychiatry 2002;73:185‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

69. Ciocoiu M, Azoicăi D, Bădescu M, Ivan A, Colev V. Occupational stress‐‐risk factor in 

essential arterial hypertension. Rev Med Chir Soc Med Nat Iasi 2000;104:113‐7. 

Artigo em romeno. 

70. Brody S, Preut R. Cannabis,  tobacco, and caffeine use modify  the blood pressure 

reactivity protection of ascorbic acid. Pharmacol Biochem Behav 2002;72:811‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

71. Boozer  CN,  Daly  PA,  Homel  P,  Solomon  JL,  Blanchard  D,  Nasser  JA,  Strauss  R, 

Meredith T. Herbal ephedra/caffeine for weight loss: a 6‐month randomized safety 

and efficacy trial. Int J Obes Relat Metab Disord 2002;26:593‐604. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

72. Nash  JM, Holroyd  KA, Rokicki  LA, Kvaal  S,  Penzien DB.  The  influence  of  placebo 

awareness on stimulant drug response in a double‐blind trial. Psychopharmacology 

2002;161:213‐21.  

Estudo não relevante para a questão clínica. 

73. Ueland PM, Nygård O, Vollset SE, Refsum H. The Hordaland Homocysteine Studies. 

Lipids 2001;36 Suppl:S33‐9. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 35: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

35 

74. Hartley  TR,  Lovallo WR, Whitsett  TL,  Sung  BH, Wilson MF.  Caffeine  and  stress: 

implications  for  risk,  assessment,  and  management  of  hypertension.  J  Clin 

Hypertens 2001;3:354‐61. 

Estudo de revisão. 

75. Moser M.  Obesity  and  hypertension  in  children;  caffeine,  stress,  and  elevated 

blood pressure; resistant hypertension; and  is  it  lowering of blood pressure alone 

that accounts for reduction in cardiovascular events? J Clin Hypertens 2001;3:343‐

5. 

Editorial. 

76. Paganini‐Hill A. Risk factors for parkinson's disease: the leisure world cohort study. 

Neuroepidemiology 2001;20:118‐24. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

77. Jacques PF, Bostom AG, Wilson PW, Rich S, Rosenberg  IH, Selhub J. Determinants 

of plasma total homocysteine concentration  in the Framingham Offspring cohort. 

Am J Clin Nutr 2001;73:613‐21. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

78. Rasmussen LB, Ovesen L, Bülow I, Knudsen N, Laurberg P, Perrild H. Folate intake, 

lifestyle  factors, and homocysteine  concentrations  in  younger and older women. 

Am J Clin Nutr 2000;72:1156‐63. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

79. Minami  J, Matsuoka H. Effect of caffeine and other drinks containing caffeine on 

blood pressure. Nippon Rinsho 2000;58 Suppl 1:685‐9. 

Estudo em japonês. 

80. Dhôte R, Pellicer‐Coeuret M, Thiounn N, Debré B, Vidal‐Trecan G. Risk  factors  for 

adult  renal  cell  carcinoma:  a  systematic  review  and  implications  for  prevention. 

BJU Int 2000;86:20‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 36: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

36 

81. El‐Khairy  L,  Ueland  PM,  Nygård  O,  Refsum  H,  Vollset  SE.  Lifestyle  and 

cardiovascular disease risk factors as determinants of total cysteine in plasma: the 

Hordaland Homocysteine Study. Am J Clin Nutr 1999;70:1016‐24. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

82. Klein BE, Klein R, Lee KE, Bruskewitz RC. Correlates of urinary symptom scores  in 

men. Am J Public Health 1999;89:1745‐8. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

83. Greenway  FL, Ryan DH, Bray GA, Rood  JC, Tucker EW,  Smith  SR. Pharmaceutical 

cost savings of treating obesity with weight loss medications. Obes Res 1999;7:523‐

31. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

84. Sauer LA, France CR. Caffeine attenuates vasovagal  reactions  in  female  first‐time 

blood donors. Health Psychol 1999;18:403‐9. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

85. Sesso HD, Gaziano JM, Buring JE, Hennekens CH. Coffee and tea intake and the risk 

of myocardial infarction. Am J Epidemiol 1999;149:162‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

86. Arciero PJ, Gardner AW, Poehlman ET. Relationship of blood pressure, heart  rate 

and behavioral mood  state  to norepinephrine kinetics  in younger and older men 

following caffeine ingestion. Eur J Clin Nutr 1998;52:805‐12. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

87. Madore F, Stampfer MJ, Willett WC, Speizer FE, Curhan GC. Nephrolithiasis and risk 

of hypertension in women. Am J Kidney Dis 1998;32:802‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

88. Jordan  J,  Shannon  JR, Biaggioni  I, Norman R, Black BK, Robertson D. Contrasting 

actions of pressor agents in severe autonomic failure. Am J Med 1998;105:116‐24. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 37: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

37 

89. al'Absi M, Lovallo WR, McKey B, Sung BH, Whitsett TL, Wilson MF. Hypothalamic‐

pituitary‐adrenocortical  responses  to psychological  stress  and  caffeine  in men  at 

high and low risk for hypertension. Psychosom Med 1998;60:521‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

90. Hakim AA, Ross GW, Curb JD, Rodriguez BL, Burchfiel CM, Sharp DS, Yano K, Abbott 

RD.Coffee  consumption  in hypertensive men  in older middle‐age  and  the  risk of 

stroke: the Honolulu Heart Program. J Clin Epidemiol 1998;51:487‐94. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

91. Flaten  MA.  Caffeine‐induced  arousal  modulates  somatomotor  and  autonomic 

differential classical conditioning in humans. Psychopharmacology 1998;135:82‐92. 

Estudo fisiológico. 

92. Poikolainen K, Vartiainen E. Determinants of gamma‐glutamyltransferase: positive 

interaction with alcohol and body mass index, negative association with coffee. Am 

J Epidemiol 1997;146:1019‐24. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

93. Hart  C,  Smith  GD.  Coffee  consumption  and  coronary  heart  disease mortality  in 

Scottish  men:  a  21  year  follow  up  study.  J  Epidemiol  Community  Health 

1997;51:461‐2. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

94. James JE.  Is habitual caffeine use a preventable cardiovascular risk  factor? Lancet 

1997;349:279‐81. 

Editorial. 

95. Lovallo  WR,  Al'Absi  M,  Blick  K,  Whitsett  TL,  Wilson  MF.  Stress‐like 

adrenocorticotropin  responses  to  caffeine  in  young  healthy  men.  Pharmacol 

Biochem Behav 996;55(3):365‐9. 

Estudo de fisiologia humana. 

Page 38: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

38 

96. Maish  WA,  Hampton  EM,  Whitsett  TL,  Shepard  JD,  Lovallo  WR.  Influence  of 

grapefruit  juice  on  caffeine  pharmacokinetics  and  pharmacodynamics. 

Pharmacotherapy 1996;16:1046‐52. 

Estudo farmacológico. 

97. Palatini P, Canali C, Graniero GR, Rossi G, de Toni R, Santonastaso M, dal Follo M, 

Zanata G, Ferrarese E, Mormino P, Pessina AC. Relationship of plasma renin activity 

with  caffeine  intake  and  physical  training  in  mild  hypertensive  men.  HARVEST 

Study Group. Eur J Epidemiol 1996;12:485‐91. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

98. Suadicani  P,  Hein  HO,  Gyntelberg  F.  Adverse  effects  on  risk  of  ischaemic  heart 

disease of adding sugar to hot beverages in hypertensives using diuretics. A six year 

follow‐up in the Copenhagen Male Study. Blood Press 1996;5:91‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

99. Riedel  W,  Hogervorst  E,  Leboux  R,  Verhey  F,  van  Praag  H,  Jolles  J.  Caffeine 

attenuates  scopolamine‐induced  memory  impairment  in  humans. 

Psychopharmacology 1995;122:158‐68. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

100. Palatini P, Pessina AC, Graniero GR, Canali C, Mormino P, Dorigatti F, Accurso V, 

Michieletto M, Ferrarese E, Vriz O, et al. The relationship between overweight, life 

style and casual and 24‐hour pressures  in a population of male subjects with mild 

hypertension. The results of the HARVEST study. G Ital Cardiol 1995;25:977‐89. 

Estudo em italiano. 

101. Palmer JR, Rosenberg L, Rao RS, Shapiro S. Coffee consumption and myocardial 

infarction in women. Am J Epidemiol 1995;141:724‐31. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 39: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

39 

102. Rongen GA,  Smits  P,  Ver Donck  K, Willemsen  JJ, De  Abreu  RA,  Van  Belle H, 

Thien  T. Hemodynamic  and  neurohumoral  effects  of  various  grades  of  selective 

adenosine  transport  inhibition  in  humans.  Implications  for  its  future  role  in 

cardioprotection. J Clin Invest 1995;95:658‐68. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

103. Myers  MG.  Effect  of  caffeine  on  ambulatory  blood  pressure.  Am  J  Cardiol 

1995;75:318‐9. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

104. Freestone S, Yeo WW, Ramsay LE. Effect of coffee and cigarette smoking on the 

blood  pressure  of  patients  with  accelerated  (malignant)  hypertension.  J  Hum 

Hypertens 1995;9:89‐91. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

105. Komarov  FI,  Ol'binskaia  LI,  Khapaev  BA.  Effects  of  smoking  and  coffee 

consumption  on  indicators  of  arterial  pressure  in  24‐hour monitoring  Klin Med 

1995;73(4):46‐8. 

Estudo de fisiologia humana. 

106. Cleophas AJ, Kauw FH. Paradoxical blood pressure  increases during  increased 

sympathetic activity with  the administration of non‐beta 1‐specific beta blockers 

Ned Tijdschr Geneeskd 1994;138:2337‐40. 

Estudo em holandês. 

107. Klag MJ, Mead LA, LaCroix AZ, Wang NY, Coresh J, Liang KY, Pearson TA, Levine 

DM. Coffee intake and coronary heart disease. Ann Epidemiol 1994;4:425‐33. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

108. King AC, Parsons OA, Bernardy NC,  Lovallo WR. Drinking history  is  related  to 

persistent blood pressure dysregulation  in postwithdrawal alcoholics. Alcohol Clin 

Exp Res 1994;18:1172‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 40: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

40 

109. Lancaster T, Muir  J, Silagy C. The effects of coffee on  serum  lipids and blood 

pressure in a UK population. J R Soc Med 1994;87:506‐7. 

Carta ao editor. 

110. Sung  BH,  Whitsett  TL,  Lovallo  WR,  al'Absi  M,  Pincomb  GA,  Wilson  MF. 

Prolonged  increase  in  blood  pressure  by  a  single  oral  dose  of  caffeine  in mildly 

hypertensive men. Am J Hypertens 1994;7:755‐8. 

Estudo de fisiologia humana. 

111. Nilssen O,  Førde OH.  Seven‐year  longitudinal  population  study  of  change  in 

gamma‐glutamyltransferase: the Tromsø Study. Am J Epidemiol 1994;139:787‐92. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

112. Smith  A, Maben  A,  Brockman  P.  Effects  of  evening  meals  and  caffeine  on 

cognitive performance, mood and cardiovascular functioning. Appetite 1994;22:57‐

65. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

113. Breum  L,  Pedersen  JK,  Ahlstrøm  F,  Frimodt‐Møller  J.  Comparison  of  an 

ephedrine/caffeine combination and dexfenfluramine  in the treatment of obesity. 

A double‐blind multi‐centre trial in general practice. Int J Obes Relat Metab Disord 

1994;18:99‐103. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

114. Kupari  M,  Virolainen  J,  Koskinen  P,  Tikkanen  MJ.  Short‐term  heart  rate 

variability and factors modifying the risk of coronary artery disease in a population 

sample. Am J Cardiol 1993;72:897‐903. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

115. Suter PM, Vetter W. Coffee and caffeine. Various selected aspects for everyday 

practice. Schweiz Rundsch Med Prax 1993;82:1122‐8. 

Artigo em alemão. 

Page 41: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

41 

116. Hedberg GE, Jacobsson KA, Janlert U, Langendoen S. Risk indicators of ischemic 

heart disease among male professional drivers  in Sweden. Scand  J Work Environ 

Health 1993;19:326‐33. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

117. Smits P, Temme L, Thien T. The cardiovascular interaction between caffeine and 

nicotine in humans. Clin Pharmacol Ther 1993;54:194‐204. 

Estudo de fisiologia humana. 

118. Casiglia E, Spolaore P, Ginocchio G, Ambrosio GB. Unexpected effects of coffee 

consumption on liver enzymes. Eur J Epidemiol 1993;9:293‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

119. Casiglia E, Spolaore P, Ginocchio G, Ambrosio GB. Unexpected effects of coffee 

consumption on liver enzymes. Eur J Epidemiol 1993;9:293‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

120. Vogt MT, Cauley  JA, Kuller  LH, Hulley  SB. Prevalence and  correlates of  lower 

extremity arterial disease in elderly women. Am J Epidemiol 1993;137:559‐68. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

121. Grender  JM,  Johnson  WD.  Analysis  of  crossover  designs  with  multivariate 

response. Stat Med 1993;12:69‐89. 

Estudo de metodologia estatística. 

122. Bättig K. Cardiovascular effects of everyday coffee consumption. Schweiz Med 

Wochenschr 1992;122:1536‐43. 

Estudo em alemão. 

123. Siegler  IC,  Peterson  BL,  Barefoot  JC,  Williams  RB.  Hostility  during  late 

adolescence  predicts  coronary  risk  factors  at  mid‐life.  Am  J  Epidemiol 

1992;136:146‐54. 

Estudo de metodologia estatística. 

Page 42: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

42 

124. Hata  Y, Mizukawa  S.  Life  guidance  to  essential  hypertension. Nippon  Rinsho 

1992;50 Suppl:178‐83. 

Artigo em japonês. 

125. Hirota  Y. Dietary  components,  coffee or  caffeine  and  essential hypertension. 

Nippon Rinsho 1992;50 Suppl:488‐93. 

Artigo em japonês. 

126. Astrup A, Breum  L,  Toubro  S, Hein P, Quaade  F.  The effect  and  safety of  an 

ephedrine/caffeine  compound  compared  to  ephedrine,  caffeine  and  placebo  in 

obese subjects on an energy restricted diet. A double blind  trial.  Int  J Obes Relat 

Metab Disord 1992;16:269‐77. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

127. Siegel D, Benowitz N,  Ernster VL, Grady DG, Hauck WW.  Smokeless  tobacco, 

cardiovascular risk factors, and nicotine and cotinine levels in professional baseball 

players. Am J Public Health 1992;82:417‐21. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

128. Hirvonen L. Coffee and health. Duodecim 1992;108:1667‐73. 

Artigo de revisão. 

129. MacDonald TM, Sharpe K, Fowler G, Lyons D, Freestone S, Lovell HG, Webster J, 

Petrie JC. Caffeine restriction: effect on mild hypertension. BMJ 1991;303:1235‐8. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

130. Lotfi K, Grunwald JE. The effect of caffeine on the human macular circulation. 

Invest Ophthalmol Vis Sci 1991;32:3028‐32. 

Artigo oftalmológico. 

131. Pincomb GA, Wilson MF, Sung BH, Passey RB, Lovallo WR. Effects of caffeine on 

pressor  regulation  during  rest  and  exercise  in men  at  risk  for  hypertension. Am 

Heart J 1991;122:1107‐15. 

Estudo fisiológico. 

Page 43: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

43 

132. Williams  RR, Hunt  SC, Hasstedt  SJ, Hopkins  PN, Wu  LL,  Berry  TD,  Stults  BM, 

Barlow GK, Schumacher MC, Lifton RP, et al. Are  there  interactions and  relations 

between genetic and environmental  factors predisposing to high blood pressure? 

Hypertension 1991;18(3 Suppl):I29‐37. 

Artigo de revisão. 

133. Kaplan  NM.  Long‐term  effectiveness  of  nonpharmacological  treatment  of 

hypertension. Hypertension 1991;18(3 Suppl):I153‐60. 

Artigo de revisão. 

134. Eliasson M, Lundblad D, Hägg E. Cardiovascular risk factors in young snuff‐users 

and cigarette smokers. J Intern Med 1991;230:17‐22. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

135. Lee  DJ,  Markides  KS.  Health  behaviors,  risk  factors,  and  health  indicators 

associated  with  cigarette  use  in Mexican  Americans:  results  from  the  Hispanic 

HANES. Am J Public Health 1991;81:859‐64. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

136. Kohno M, Murakawa K, Horio  T,  Yokokawa K,  Yasunari K,  Fukui  T,  Takeda  T. 

Plasma  immunoreactive  endothelin‐1  in  experimental  malignant  hypertension. 

Hypertension 1991;18:93‐100. 

Estudo animal. 

137. Nüssel E. Nutrition‐related risk factors in the elderly. Zentralbl Hyg Umweltmed 

1991;191:333‐46. 

Estudo em alemão. 

138. Lovallo  WR,  Pincomb  GA,  Sung  BH,  Everson  SA,  Passey  RB,  Wilson  MF. 

Hypertension  risk  and  caffeine's  effect  on  cardiovascular  activity  during mental 

stress in young men. Health Psychol 1991;10:236‐43. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 44: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

44 

139. Casiglia E, Mormino P, Spolaore P, Maschio O, Cernetti C, Costa F, Colangeli G, 

Ambrosio  GB.  Cardiovascular  effects  of  coffee  consumption  in  the  aged:  the 

CASTEL epidemiologic study. Cardiologia 1990;35:827‐32. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

140. Klatsky  AL,  Friedman  GD,  Armstrong  MA.  Coffee  use  prior  to  myocardial 

infarction  restudied:  heavier  intake  may  increase  the  risk.  Am  J  Epidemiol 

1990;132:479‐88. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

141. Sharp DS, Benowitz NL, Osterloh JD, Becker CE, Smith AH, Syme SL. Influence of 

race,  tobacco use, and  caffeine use on  the  relation between blood pressure and 

blood lead concentration. Am J Epidemiol 1990;131:845‐54. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

142. Tverdal  A,  Stensvold  I,  Solvoll  K,  Foss OP,  Lund‐Larsen  P,  Bjartveit  K.  Coffee 

consumption  and  death  from  coronary  heart  disease  in middle  aged Norwegian 

men and women. BMJ 1990;300:566‐9. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

143. Cameron OG, Modell JG, Hariharan M. Caffeine and human cerebral blood flow: 

a positron emission tomography study. Life Sci 1990;47:1141‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

144. Bak AA, Grobbee DE. Abstinence from coffee leads to a fall in blood pressure. J 

Hypertens Suppl 1989;7:S260‐1. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

145. Rosmarin PC. Coffee and coronary heart disease: a review. Prog Cardiovasc Dis 

1989;32:239‐45. 

Artigo de revisão. 

146. La Vecchia C, Gentile A, Negri E, Parazzini F, Franceschi S. Coffee consumption 

and myocardial infarction in women. Am J Epidemiol 1989;130:481‐5. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 45: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

45 

147. Lapidus  L,  Bengtsson  C,  Hällström  T,  Björntorp  P.  Obesity,  adipose  tissue 

distribution and health in women‐‐results from a population study in Gothenburg, 

Sweden. Appetite 1989;13:25‐35. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

148. Lovallo WR, Pincomb GA, Sung BH, Passey RB, Sausen KP, Wilson MF. Caffeine 

may  potentiate  adrenocortical  stress  responses  in  hypertension‐prone  men. 

Hypertension 1989;14:170‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

149. Salvador  HS,  Koos  BJ.  Effects  of  regular  and  decaffeinated  coffee  on  fetal 

breathing and heart rate. Am J Obstet Gynecol 1989;160:1043‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

150. Wilson  PW,  Garrison  RJ,  Kannel  WB,  McGee  DL,  Castelli  WP.  Is  coffee 

consumption  a  contributor  to  cardiovascular  disease?  Insights  from  the 

Framingham Study. Arch Intern Med 1989;149:1169‐72. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

151. Higginbotham EJ, Kilimanjaro HA, Wilensky JT, Batenhorst RL, Hermann D. The 

effect  of  caffeine  on  intraocular  pressure  in  glaucoma  patients.  Ophthalmology 

1989;96:624‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

152. France C, Ditto B. Cardiovascular responses to occupational stress and caffeine 

in telemarketing employees. Psychosom Med 1989;51:145‐51. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

153. Gimeno Ortiz A, Jiménez Romano R.  Influence of some ambient  factors  in the 

epidemiology of essential hypertension. Rev Clin Esp 1989;184:135‐8. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 46: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

46 

154. Winkleby MA, Ragland DR, Syme SL, Fisher JM. Heightened risk of hypertension 

among  black  males:  the  masking  effects  of  covariables.  Am  J  Epidemiol 

1988;128:1075‐83. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

155. Davis BR, Curb JD, Borhani NO, Prineas RJ, Molteni A. Coffee consumption and 

serum  cholesterol  in  the  hypertension  detection  and  follow‐up  program.  Am  J 

Epidemiol 1988;128:124‐36. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

156. Myers  MG.  Effects  of  caffeine  on  blood  pressure.  Arch  Intern  Med 

1988;148:1189‐93. 

Artigo de revisão. 

157. Pincomb GA,  Lovallo WR,  Passey RB, Wilson MF.  Effect of  behavior  state  on 

caffeine's ability to alter blood pressure. Am J Cardiol 1988;61:798‐802. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

158. Greenstadt  L,  Yang  L,  Shapiro  D.  Caffeine,  mental  stress,  and  risk  for 

hypertension: a cross‐cultural replication. Psychosom Med 1988;50:15‐22. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

159. Prakash R, Kaushik VS. Acute effect of decaffeinated coffee on heart rate, blood 

pressure,  and  exercise  performance  in  healthy  subjects.  J  Natl  Med  Assoc 

1988;80:71‐4. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

160. Thelle  DS.  Coffee,  alcohol  and  coronary  risk  factors.  Soz  Praventivmed 

1988;33):223‐5. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

161. Schmieder RE, Garavaglia G, Ruddel H, Messerli FH. Risks in the development of 

hypertension. Medicina 1988;48:303‐10. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 47: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

47 

162. LeGrady D, Dyer AR, Shekelle RB, Stamler  J, Liu K, Paul O, Lepper M, Shryock 

AM. Coffee consumption and mortality  in  the Chicago Western Electric Company 

Study. Am J Epidemiol 1987;126:803‐12. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

163. de Leeuw PW. Coffee: an unknown risk factor? Neth J Med 1987;31:1‐2. 

Editorial. 

164. Smits P, Thien T, van  't Laar A. Coffee and  the human cardiovascular  system. 

Neth J Med 1987;31:36‐45. 

Editorial. 

165. Herd  JA,  Falkner  B,  Anderson  DE,  Costa  PD  Jr,  Dembroski  TM,  Hendrix  GH, 

Henry JP, Kaplan JR, Light KC, Schneiderman N, et al. Psychophysiologic factors  in 

hypertension. Circulation 1987;76:I89‐94. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

166. Myers MG,  Harris  L,  Leenen  FH,  Grant  DM.  Caffeine  as  a  possible  cause  of 

ventricular  arrhythmias  during  the  healing  phase  of  acute myocardial  infarction. 

Am J Cardiol 19871;59:1024‐8. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

167. Campese VM. Management of essential hypertension. Whom, when and how 

to treat. Contrib Nephrol 1987;54:38‐53. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

168. LaCroix AZ, Mead  LA,  Liang KY, Thomas CB, Pearson TA. Coffee  consumption 

and the incidence of coronary heart disease. N Engl J Med 1986;315:977‐82. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

169. Smits P, Pieters G, Thien T. The role of epinephrine in the circulatory effects of 

coffee. Clin Pharmacol Ther 1986;40:431‐7. 

Estudo fisiológico. 

Page 48: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

48 

170. Hoeldtke RD, O'Dorisio TM, Boden G. Treatment of autonomic neuropathy with 

a somatostatin analogue SMS‐201‐995. Lancet 1986;2:602‐5. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

171. Heyden  S,  Martin  JB.  Coffee‐‐cholesterol‐‐myocardial  infarction.  Dtsch  Med 

Wochenschr 1986;111:1289‐91. 

Artigo em alemão. 

172. Yu  MC,  Mack  TM,  Hanisch  R,  Cicioni  C,  Henderson  BE.  Cigarette  smoking, 

obesity,  diuretic  use,  and  coffee  consumption  as  risk  factors  for  renal  cell 

carcinoma. J Natl Cancer Inst 1986;77:351‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

173. Green  MS,  Jucha  E,  Luz  Y.  Blood  pressure  in  smokers  and  nonsmokers: 

epidemiologic findings. Am Heart J 1986;111:932‐40. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

174. Nonpharmacological  approaches  to  the  control  of  high  blood  pressure.  Final 

report  of  the  Subcommittee  on  Nonpharmacological  Therapy  of  the  1984  Joint 

National  Committee  on  Detection,  Evaluation,  and  Treatment  of  High  Blood 

Pressure. Hypertension 1986;8:444‐67. 

Norma de Orientação Clínica. 

175. Curb JD, Reed DM, Kautz JA, Yano K. Coffee, caffeine, and serum cholesterol in 

Japanese men in Hawaii. Am J Epidemiol 1986;123:648‐55. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

176. Vandenbroucke JP, Kok FJ, van  't Bosch G, van den Dungen PJ, van der Heide‐

Wessel C, van der Heide RM. Coffee drinking and mortality in a 25‐year follow up. 

Am J Epidemiol 1986;123:359‐61. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

177. Schmieder RE, Messerli  FH, Ruddel H. Risks  for  arterial hypertension. Cardiol 

Clin 1986;4:57‐66. 

Artigo de revisão. 

Page 49: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

49 

178. Krzesinski  JM,  Rorive  GL.  The  non‐medicinal  therapeutic  arsenal  in  essential 

arterial hypertension Rev Med Liege 1985;40:485‐97. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

179. Grajek S, Cieślicka T, Wysocki M, Szmydt W, Adamski M, Paradowski S, Ochotny 

R,  Blok  W,  Konieczko  Z.  Angina  pectoris,  smoking  and  coffee  consumption  in 

patients with mild arterial hypertension (data based on the examination of a male 

population aged 40‐59 years). Pol Tyg Lek 1985;40:293‐7. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

180. Charney DS, Heninger GR, Jatlow PI. Increased anxiogenic effects of caffeine in 

panic disorders. Arch Gen Psychiatry 1985;42:233‐43. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

181. Glynn RJ, Campion  EW, Bouchard GR,  Silbert  JE.  The development of benign 

prostatic  hyperplasia  among  volunteers  in  the  Normative  Aging  Study.  Am  J 

Epidemiol. 1985 Jan;121(1):78‐90. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

182. Huttunen JK, Pietinen P, Nissinen A, Puska P. Dietary factors and hypertension. 

Acta Med Scand Suppl 1985;701:72‐82. 

Artigo de revisão. 

183. Wells  SJ.  Caffeine:  implications  of  recent  research  for  clinical  practice.  Am  J 

Orthopsychiatry 1984;54:375‐89. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

184. Kannel WB, Doyle  JT, Ostfeld AM,  Jenkins CD, Kuller  L, Podell RN,  Stamler  J. 

Optimal  resources  for  primary  prevention  of  atherosclerotic  diseases. 

Atherosclerosis Study Group. Circulation 1984;70:155A‐205A. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 50: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

50 

185. Hammond  IW,  Lee  ET, Davis  AW,  Booze  CF  Jr.  Prognostic  factors  related  to 

survival  and  complication‐free  times  in  airmen medically  certified  after  coronary 

surgery. Aviat Space Environ Med 1984;55:321‐31. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

186. Ernster VL. Epidemiologic studies of caffeine and human health. Prog Clin Biol 

Res 1984;158:377‐400. 

Artigo de revisão. 

187. Kannel WB, Schatzkin A. Risk factor analysis. Prog Cardiovasc Dis 1984;26:309‐

32. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

188. Mathew  RJ,  Barr  DL, Weinman ML.  Caffeine  and  cerebral  blood  flow.  Br  J 

Psychiatry 1983;143:604‐8. 

Estudo fisiológico. 

189. Friedman GD,  Klatsky  AL,  Siegelaub  AB.  Alcohol,  tobacco,  and  hypertension. 

Hypertension 1982;4:III143‐50. 

Artigo de revisão. 

190. Kannel WB, Thomas HE Jr. Sudden coronary death: the Framingham Study. Ann 

N Y Acad Sci 1982;382:3‐21. 

Artigo de revisão. 

191. Altschuler S, Conte A, Sebok M, Marlin RL, Winick C. Three controlled trials of 

weight loss with phenylpropanolamine. Int J Obes 1982;6:549‐56. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

192. Pleuss  J,  Kochar MS.  Dietary  considerations  in  hypertension.  Postgrad Med 

1981;69:34‐43. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 51: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

51 

193. Zahorska‐Markiewicz  B.  The  thermic  effect  of  caffeinated  and  decaffeinated 

coffee ingested with breakfast. Acta Physiol Pol 1980;31:17‐20. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

194. Wenger R. Hypertension and nutrition. Wien Med Wochenschr 1979;129:439‐

42. 

Artigo em alemão. 

195. Godin G. Epidemiology of coronary disease. Union Med Can 1979;108:1028‐32. 

Artigo em francês. 

196. Koppe  JG,  de  Bruijne  JI,  de  Boer  P.  Apneic  spells  and  transcutaneous  PO2: 

treatment  with  caffeine,  19‐year  follow‐up.  Birth  Defects  Orig  Artic  Ser 

1979;15:437‐45. 

Artigo pediátrico em francês. 

197. Bengtsson  U.  Prevention  of  renal  disease.  Proc  Eur  Dial  Transplant  Assoc 

1979;16:466‐74. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

198. Wilhelmsen  L,  Tibblin G,  Elmfeldt D, Wedel H, Werkö  L. Coffee  consumption 

and  coronary  heart  disease  in  middle‐aged  Swedish  men.  Acta  Med  Scand 

1977;201:547‐52. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

199. Hennekens CH, Drolette ME, Jesse MJ, Davies JE, Hutchison GB. Coffee drinking 

and death due to coronary heart disease. N Engl J Med 1976;294):633‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

200. Furlong FW. Possible psychiatric significance of excessive coffee consumption. 

Can Psychiatr Assoc J 1975;20:577‐83. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 52: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

52 

201. Kannel  WB,  Wolf  PA,  Dawber  TR.  An  evaluation  of  the  epidemiology  of 

atherothrombotic brain  infarction. Milbank Mem Fund Q Health Soc 1975;53:405‐

48. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

202. Dawber  TR,  Kannel  WB,  Gordon  T.  Coffee  and  cardiovascular  disease. 

Observations from the framingham study. N Engl J Med 1974;291:871‐4. 

Artigo de revisão. 

203. Paffenbarger  RS  Jr,  Wing  AL,  Hyde  RT.  Chronic  disease  in  former  college 

students; 13. Early precursors of peptic ulcer Am J Epidemiol 1974;100:307‐15. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

204. Mulli  JC,  Weber  I,  Fabre  J.  Epidemiology  of  hypertension.  Schweiz  Med 

Wochenschr 1973;103:1663‐70. 

Estudo em francês. 

205. Heyden S, Escher M. Coffee‐drinking  from  the medical point of view. Schweiz 

Med Wochenschr 1973;103:1509‐11. 

Estudo em alemão. 

206. Brunk SF, Ferguson RK, Toubes DB, Leaverton PE, Nordschow CD, Wilson WR. A 

teaching  format  in  clinical  pharmacology.  Comparison  of  two  xanthines  and  a 

placebo. J Clin Pharmacol New Drugs 1973;13:121‐6. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

207. Blumstein  CG.  Drug  treatment  in  bronchial  asthma.  Semin  Drug  Treat 

1973;2:385‐401. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

208. Winnie  AP.  Chemical  respirogenesis:  a  comparative  study.  Acta  Anaesthesiol 

Scand Suppl 1973;51:1‐32. 

Estudo fisiológico. 

Page 53: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

53 

209. Little JA. Fats in adult nutrition. Can J Public Health 1971;62:27‐35. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

210. Ambrozi L, Birkmayer W. Possibility  for assay of psychopharmacological drugs 

in  the  example  of  caffeine  and  caffeine‐free  coffee.  Int  Z  Klin  Pharmakol  Ther 

Toxikol 1970;3:167‐73. 

Artigo em alemão. 

211. Brown J, Bourke GJ, Gearty GF, Finnegan A et al. Nutritional and epidemiologic 

factors related to heart disease. World Rev Nutr Diet 1970;12:1‐42. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

212. Kamel D, Vaissman I, Veloso E, Rotman F, Manhães H. Artherosclerotic ischemic 

coronary  disease.  Etiopathogenic  considerations.  Arq  Bras  Endocrinol  Metabol 

1969;18:163‐84. 

Artigo de revisão. 

213. Clark VA, Chapman  JM, Coulson AH. Effects of various  factors on systolic and 

diastolic blood pressure in the Los Angeles heart study. J Chronic Dis 1967;20:571‐

81. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

214. Palatini P, Ceolotto G, Ragazzo  F, Dorigatti  F,  Saladini  F, Papparella  I, Mos  L, 

Zanata  G,  Santonastaso M.  CYP1A2  genotype modifies  the  association  between 

coffee intake and the risk of hypertension. J Hypertens. 2009 Aug;27(8):1594‐601. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

215. Rogers PJ,  Smith  JE, Heatherley  SV, Pleydell‐Pearce CW. Time  for  tea: mood, 

blood  pressure  and  cognitive  performance  effects  of  caffeine  and  theanine 

administered alone and together. Psychopharmacology 2008;195:569‐77. 

Estudo fisiológico. 

216. Haller CA, Jacob P 3rd, Benowitz NL. Enhanced stimulant and metabolic effects 

of combined ephedrine and caffeine Clin Pharmacol Ther 2004;75:259‐73. 

Estudo fisiológico. 

Page 54: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

54 

217. Strickland TL, Myers HF, Lahey BB. Cardiovascular  reactivity with caffeine and 

stress in black and white normotensive females. Psychosom Med 1989;51:381‐9. 

Estudo fisiológico. 

218. Lake  CR,  Zaloga G,  Bray  J,  Rosenberg D,  Chernow  B.  Transient  hypertension 

after  two  phenylpropanolamine  diet  aids  and  the  effects  of  caffeine:  a placebo‐

controlled follow‐up study. Am J Med 1989;86:427‐32. 

Estudo fisiológico. 

219. van Nguyen P, Myers MG. Cardiovascular effects of caffeine and nifedipine. Clin 

Pharmacol Ther 1988;44:315‐9. 

Estudo de ingestão aguda de café. 

220. Davis BR, Curb JD, Borhani NO, Prineas RJ, Molteni A. Coffee consumption and 

serum  cholesterol  in  the  hypertension  detection  and  follow‐up  program.  Am  J 

Epidemiol 1988;128:124‐36. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

221. Martin JB, Annegers JF, Curb JD, Heyden S, Howson C, Lee ES, Lee M. Mortality 

patterns  among  hypertensives  by  reported  level  of  caffeine  consumption.  Prev 

Med 1988;17:310‐20. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

222. Stensvold  I, Tverdal A, Foss OP. The effect of coffee on blood  lipids and blood 

pressure. Results from a Norwegian cross‐sectional study, men and women, 40‐42 

years. J Clin Epidemiol 1989;42:877‐84 

Dados insuficientes para obtenção de conclusões. 

223. Superko HR, Myll  J, DiRicco  C, Williams  PT,  Bortz WM, Wood  PD.  Effects  of 

cessation  of  caffeinated‐coffee  consumption  on  ambulatory  and  resting  blood 

pressure in men. Am J Cardiol 1994;73:780‐4 

Estudo de ingestão semi‐aguda de café. 

Page 55: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

55 

224. Arciero PJ, Ormsbee MJ. Relationship of blood pressure, behavioral mood state, 

and physical activity following caffeine ingestion in younger and older women. Appl 

Physiol Nutr Metab 2009;34:754‐62 

Estudo de ingestão aguda de café. 

225. Greenberg  JA,  Chow  G,  Ziegelstein  RC.  Caffeinated  coffee  consumption, 

cardiovascular  disease,  and  heart  valve  disease  in  the  elderly  (from  the 

Framingham Study). Am J Cardiol 2008;102:1502‐8 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

226. Savoca  MR,  MacKey  ML,  Evans  CD,  Wilson  M,  Ludwig  DA,  Harshfield  GA. 

Association of ambulatory blood pressure and dietary caffeine in adolescents. Am J 

Hypertens 2005;18:116‐20 

Estudo de ingestão aguda de cafeína. 

227. Hartley TR, Lovallo WR, Whitsett TL. Cardiovascular effects of caffeine  in men 

and women. Am J Cardiol 2004;93:1022‐6 

Estudo de ingestão aguda de cafeína. 

228. Corti R, Binggeli C, Sudano  I, Spieker L, Hänseler E, Ruschitzka F, Chaplin WF, 

Lüscher TF, Noll G. Coffee acutely  increases sympathetic nerve activity and blood 

pressure  independently  of  caffeine  content:  role  of  habitual  versus  nonhabitual 

drinking. Circulation 2002;106:2935‐40 

Estudo de ingestão aguda de cafeína. 

229. Shepard  JD,  al'Absi M, Whitsett  TL,  Passey  RB,  Lovallo WR.  Additive  pressor 

effects of caffeine and stress in male medical students at risk for hypertension. Am 

J Hypertens 2000;13:475‐81 

Estudo de ingestão aguda de cafeína. 

230. Rosmarin  PC,  Applegate  WB,  Somes  GW.  Coffee  consumption  and  blood 

pressure: a randomized, crossover clinical trial. J Gen Intern Med 1990;5:211‐3. 

Estudo de ingestão aguda de cafeína. 

Page 56: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

56 

231. Keil U,  Chambless  L,  Filipiak  B, Härtel U. Alcohol  and  blood  pressure  and  its 

interaction  with  smoking  and  other  behavioural  variables:  results  from  the 

MONICA Augsburg Survey 1984‐1985. J Hypertens 1991;9:491‐8 

Estudo relacionando tabagismo com HTA. 

232. Myers HF, Shapiro D, McClure F, Daims R. Impact of caffeine and psychological 

stress on blood pressure in black and white men. Health Psychol 1989;8:597‐612 

Estudo de ingestão aguda de café. 

233. Jeong DU, Dimsdale  JE. The effects of caffeine on blood pressure  in  the work 

environment. Am J Hypertens 1990;3:749‐53 

Estudo de ingestão aguda de café. 

234. Lewis  CE,  Caan  B  et  al..  Inconsistent  associations  of  caffeine‐containing 

beverages with blood pressure and with lipoproteins. The CARDIA Study. Coronary 

Artery Risk Development in Young Adults. Am J Epidemiol 1993;138:502‐7 

Estudo com seguimento demasiado curto (2 anos). 

235. Narkiewicz K, Maraglino G, Biasion T, Rossi G, Sanzuol F, Palatini P. Interactive 

effect of cigarettes and coffee on daytime systolic blood pressure  in patients with 

mild  essential  hypertension.  HARVEST  Study  Group  (Italy).  Hypertension 

Ambulatory Recording VEnetia STudy. J Hypertens 1995;13:965‐70 

Estudo em doentes hipertensos. 

236. Stensvold  I, Tverdal A. The relationship of coffee consumption to various self‐

reported cardiovascular events in middle‐aged Norwegian men and women. Scand 

J Soc Med 1995;23:103‐9 

Estudo relacionando o café com a doença coronária. 

237. Reddy  JG,  Ebbert  JO,  Klesges  LM,  Enders  FT,  Klesges  RC,  Lanctot  JQ, 

McClanahan  BS.  The  relationship  between  caffeine  and  blood  pressure  in 

preadolescent African American girls. Ethn Dis 2008;18:283‐8 

Estudo em população pediátrica. 

Page 57: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

57 

238. Arciero PJ, Ormsbee MJ. Relationship of blood pressure, behavioral mood state, 

and physical activity following caffeine ingestion in younger and older women. Appl 

Physiol Nutr Metab 2009;34:754‐62 

Estudo fisiológico de ingestão aguda de café. 

   

Page 58: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

58 

CAFÉ E HIPERTENSÃO ARTERIAL ‐ COMENTÁRIOS 

A hipertensão arterial constitui um factor de risco major para a doença CV, sendo 

responsável por uma maior incidência de AVC e de DC 

No estudo INTERHEART, realizado em 52 países, a HTA foi responsável por 18% do 

risco atribuível para um 1º EAM  (Lancet 2004;364:937‐52) 

A TAS é  tão  importante como a TAD, especialmente nos doentes  idosos, em que 

constitui um FR importante para AVC 

Em grupos etários entre os 40‐69 anos, uma diferença de 20 mm Hg na TAS ou 10 

mm Hg na TAD reflecte‐se numa mortalidade dupla no AVC 

A cafeína é um derivado da metilxantina e é habitualmente consumido no café, chá 

e refrigerantes variados (colas). É absorvida oralmente, atinge a sua concentração 

máxima  no  soro  em menos  de  uma  hora,  tem  uma  semi‐vida  de  ±5  horas,  é 

metabolizada no fígado e excretada na urina 

A  cafeína,  como  metilxantina,  é  sujeita  a  vários  mecanismos  moleculares  que 

podem explicar os seus efeitos cardiovasculares (Eur J Clinl Nutr 1999;53:831‐839): 

Facilitação da libertação de norepinefrina no sistema simpático 

Estimulação da medula adrenal 

Inibição  da  fosfodiesterase,  com  aumento  de  cAMP  e  acção  inotrópica 

positiva no miocárdio 

Antagonismo dos  receptores de adenosina, com diminuição do  seu efeito 

inotrópico negativo 

Aumento da concentração intracelular e da resposta ao cálcio 

Efeitos  renais  (aumento  da  diurese,  natriurese  e  estimulação  do  sistema 

RAA) 

Tem‐se demonstrado que a administração aguda de café aumenta a TA (mais em 

hipertensos) mas a adaptação/tolerância aos efeitos CV ocorre rapidamente (JAMA 

2005;294:2330‐2335) 

O modo  de  confeccionar  o  café  também  tem  alguma  importância, mas  só  no 

impacto  no  perfil  lipídico,  em  que  o  café  filtrado  é  melhor  que  o  expresso 

(filtragem dos terpenos) 

Page 59: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

59 

As  revisões  sistemáticas  de  Nurminen  et  al.,  de  Noordzij  et  al.  e  Jee  et  al. 

demonstram uma correlação entre a ingestão crónica de café e uma subida da TA, 

mas o efeito foi relativamente pequeno 

Os estudos de Lang et al., Klag et al., Palatini et al. E Uiterwaal et al. detectaram 

uma subida da TA com o café, mas também de pequenas dimensões 

Os estudos de Shirlow et al. e Winkelmayer et al. não detectaram quaisquer efeitos 

pressores da cafeína em indivíduos normais, isto é, a correlação entre o FR café e a 

TA foi nula 

Os  estudos  de  Sharp  et  al.,  Salvagio  et  al.,  Stamler  et  al.  E Wakabayashi  et  al. 

identificaram até um efeito protector da ingestão de café, com baixa da TA. 

A análise dos estudos publicados neste relatório permite identificar um panorama 

que é pouco claro entre a ingestão crónica (durante muitos anos) e o risco de HTA. 

Em  alguns  estudos  existe  um  efeito  negativo  de  elevação  da  TA,  ainda  que  a 

dimensão dessa  subida  seja modesta. Outros, no entanto, demonstram ausência 

de efeito da ingestão de café na TA ou mesmo uma baixa desta 

 

Baseado nestes achados, é possível afirmar: 

“A ingestão crónica de café não aumenta significativamente o risco de 

hipertensão arterial em indivíduos normais. No entanto, os que têm 

tendência para hipertensão podem ter uma resposta hipertensiva 

modesta à ingestão de café.” 

 

 

 

 

 

Page 60: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

60 

CAFÉ  E  ARRITMIAS  ‐  ESTUDOS  SELECCIONADOS  PARA INCLUSÃO FINAL 

1. Myers MG. Caffeine and cardiac arrhythmias. Ann Intern Med 1991;114:147‐50. 

2. Mattioli  AV,  Bonatti  S,  Zennaro  M,  Mattioli  G.  The  relationship  between 

personality,  socio‐economic  factors,  acute  life  stress  and  the  development, 

spontaneous conversion and recurrences of acute  lone atrial fibrillation. Europace 

2005;7:211‐20. 

3. Frost L, Vestergaard P. Caffeine and risk of atrial  fibrillation or  flutter: the Danish 

Diet, Cancer, and Health Study. Am J Clin Nutr 2005;81:578‐82. 

4. Mattioli  AV,  Bonatti  S,  Zennaro  M,  Melotti  R,  Mattioli  G.  Effect  of  coffee 

consumption, lifestyle and acute life stress in the development of acute lone atrial 

fibrillation. J Cardiovasc Med 2008;9:794‐8. 

 

 

 

Page 61: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

61 

CAFÉ E ARRITMIAS ‐ ANÁLISE INDIVIDUAL DOS ESTUDOS SELECCIONADOS 

 

Myers MG. Caffeine and cardiac arrhythmias. Ann Intern Med 1991;114:147‐50 

Questão  Qual é associação entre a ingestão de café e a incidência de arritmias cardíacas? 

Métodos  Revisão  sistemática  da  literatura  de  estudos  relacionando  a  ingestão  de  café  com arritmias cardíacas. 

A  pesquisa  incluiu  estudos  publicados  entre  1982‐1991,  pesquisados  nas  bases  de dados Medline, Toxline e a Chemical Abstracts, assim como  revisão de bibliografias de artigos de revisão sobre o assunto. 

Os  estudos  seleccionados  incluíram  estudos  clínicos  relacionando  o  café  com arritmias, assim como estudos animais fisiológicos. 

Cada estudo foi criticamente avaliado pelos autor. 

Resultados  Em  5  ensaios  clínicos  controlados  pelo  placebo,  a  ingestão  de  café  (5‐6  chávenas diárias – 500 mg de cafeína) não aumentou a frequência ou a gravidade de arritmias ventriculares.  

Num  estudo  epidemiológico  de  base  populacional,  os  indivíduos  que  bebiam  ≥9 chávenas/dia apresentaram um aumento significativo de arritmias ventriculares.  

Conclusões   A  ingestão moderada de cafeína não se associa a um risco aumentado de arritmias em pessoas sem doença cardiovascular. 

Comentários  Revisão  sistemática da  literatura demonstrando ausência de  relação entre  ingestão moderada de cafeína e as arritmias ventriculares.  

Nesta RS o efeito arritmogénico da cafeína verifica‐se apenas com as ingestões mais elevadas (>9 chávenas diárias). 

    

Page 62: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

62 

 

Mattioli AV, Bonatti S, Zennaro M, Mattioli G. The relationship between personality, socio‐economic  factors,  acute  life  stress  and  the  development,  spontaneous conversion and recurrences of acute lone atrial fibrillation. Europace 2005;7:211‐20 

Questão  Qual  é  associação  entre  factores  de  personalidade,  socioeconómicos  e  de  stress agudo na  incidência, cardioversão espontânea e recorrência da  fibrilhação auricular isolada (FA)? 

Métodos  Foram incluídos 116 doentes internados com FA de novo, sem doença cardiovascular conhecida ou a fazer terapêutica anti‐arrítimica. 

As variáveis estudadas incluíram: ingestão de café, personalidade tipo A, stress, IMC, alcoolismo, status socioeconómico, educação e tabagismo. 

Resultados  No que  concerne  à  ingestão de  café,  verificou‐se que o  consumo mais  elevado  se relacionava com um aumento de prevalência de FAI  (nos estratos mais elevados de consumo), menor probabilidade de conversão espontânea a ritmo sinusal (quadro) e maior taxa de recurrências arrítimicas. 

 

Ingestão  de café (chávenas) 

FA presente  FA ausente  OR (IC 95%)  P 

0  13%  23% 0.59

(‐0.199 to 0.01) 0.070 

1‐3 / dia  27%  43% 0.64

(‐0.283 to 0.037) 0.016 

>3 / dia  58%*  33%* 1.74

(0.061 to 0.319) 0.006 

 Com conversão espontânea 

Sem conversão espontânea 

   

>3 / dia  48 %  75% 0.3  

(0.11‐0.49) 0.008 

*Diferença significativa 

 

Conclusões   A  ingestão  de  cafeína  associa‐se  a  um  risco moderado na  incidência,  cardioversão espontânea e recorrência da fibrilhação auricular isolada 

Comentários  Excelente estudo, procurando correlacionar – com um nested case‐control inserido –um  conjunto  de  FR  prevalentes  com  uma  das  arritmias  mais  frequentes  (a  da fibrilhação  auricular  isolada),  demonstrando  um  efeito  desfavorável moderado  da ingestão de café com esta arritmia. 

Este efeito verifica‐se apenas com as ingestões mais elevadas (>3 chávenas diárias). 

 

   

Page 63: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

63 

Frost  L, Vestergaard P. Caffeine  and  risk of  atrial  fibrillation or  flutter:  the Danish Diet, Cancer, and Health Study. Am J Clin Nutr 2005;81:578‐82 

Questão  Qual é associação entre a ingestão de café e a incidência de arritmias cardíacas? 

Métodos  Foram  incluídos  57.053  homens  e  mulheres (275.136  pessoas‐ano),  com  idades compreendidas entre 50‐64 anos, fazendo parte do estudo The Danish Diet, Cancer, and Health Study, um estudo de coorte realizado entre Dezembro de 1993 e Maio de 1997. Foram utilizados para este estudo vários Registos de Doentes. 

As  variáveis  estudadas  incluíram:  ingestão  de  café  (por  quintiles  crescentes  –  ver abaixo),  IMC,  tensão  arterial,  colesterol,  ingestão  de  álcool  e  co‐morbilidades cardíacas (critério de exclusão).  

Os  outcomes  foram  a  incidência  de  novo  de  fibrilhação  auricular  (FA)  e  flutter auricular (FL). 

Resultados  Durante o estudo, 373 homens (1.7%) e 182 (0.7%) mulheres apresentaram um novo episódio de FA ou FL. 

No quadro podem ver‐se os resultados do risco de arritmias auriculares com ingestão crescente de café. 

 

 Quintile 

1 Quintile 

2 Quintile 

3 Quintile 

4 Quintile 

P para tendênci

Nº 9585 9577 9611 9585 9591   Consumo  de cafeína (mg/dia) 

248±91  475±67  584±58  769±17  997±144   

Risco ajustado (IC 95%) 

1.0 1.12 (0.87 a 1.44) 

0.85 (0.65 a 1.12) 

0.92 (0.71 a 1.20) 

0.91 (0.70 a 1.19) 

0.35 

 

 

Conclusões   A  ingestão  de  cafeína  não  se  associa  a  risco  aumentado  de  fibrilhação  ou  flutterauriculares. 

Comentários  Excelente  estudo,  de  grandes  dimensões  e  com metodologia muito  rigorosa,  que analisou um conjunto de factores potencialmente indutores de arritmias cardíacas.  

Este  estudo  teve  várias  vantagens:  um  conjunto  de  registos  de  doentes  muito detalhados,  um  nº  elevado  de  novos  casos  de  arritmias,  ser  de  base populacional/nacional, e ter uma definição de outcomes muito rigorosa. 

No  que  ao  café  concerne,  não  se  detectou  aumento  de  risco  com  ingestão progressivamente maior de cafeína, após ajuste para outros factores relacionados. 

 

   

Page 64: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

64 

Mattioli  AV,  Bonatti  S,  Zennaro  M,  Melotti  R,  Mattioli  G.  Effect  of  coffee consumption,  lifestyle and acute  life stress  in the development of acute  lone atrial fibrillation. J Cardiovasc Med 2008;9:794‐8 

Questão  Qual é associação entre estilos de vida, stress agudo e ingestão de café na incidênciada fibrilhação auricular (FA)? 

Métodos  Foram  incluídos 400 doentes  (205 homens, média de  idades 54±11  anos)  com um episódio  inaugural  de  FA,  comparados  com  um  grupo  semelhantes  de  doentes  de controlo (equiparados em termos de idade e género). 

As variáveis estudadas  incluíram  ingestão de café,  resultados de  testes psicológicos de stress agudo, dieta, ingestão de álcool, tabagismo e obesidade.  

Os outcomes foram a incidência de novo de fibrilhação auricular (FA). 

Resultados  O  stress  agudo  induziu  uma  incidência  mais  elevada  de  FA,  mas  também  uma ingestão mais marcada de café. Estes doentes apresentaram uma taxa mais favorável de conversão espontânea da arritmia.  

Nos  doentes  obesos  também  se  verificou  uma  maior  taxa  de  incidência  de  FA (OR=0.88; IC 95% 0.84 a 1.20; P < 0.01). 

Nos pacientes com maior consumo de café expresso verificou‐se um maior risco de incidência  de  FA  (OR=0.86;  IC  95%  0.49  a  1.21;  P  <  0.01)  sendo  este  efeito particularmente marcado  nos  doentes  que  não  bebem  habitualmente  (OR=4.1;  IC 95% 1.98 a 4.56; P < 0.001). 

Conclusões   A  ingestão de  cafeína  associa‐se  a um  risco moderado na  incidência da  fibrilhação auricular isolada. 

Comentários  Estudo  de  pequenas  dimensões,  analisando  vários  factores  potencialmente arritmogénicos. 

A  ingestão progressiva de café aumentou o rico de FA, especialmente nos pacientes abstémicos, mas o efeito é moderado. 

 

Page 65: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

65 

CAFÉ E ARRITMIAS ‐ ANÁLISE DOS ESTUDOS REJEITADOS 

1. Moriette G, Lescure S, El Ayoubi M, Lopez E. Apnea of prematurity: what's new? 

Arch Pediatr 2010;17:186‐90 

Estudo não analisando o café como factor de risco cardiovascular. 

2. Natale F, Cirillo C, Di Marco GM e tal. When chewing gum is more than just a bad 

habit. Lancet 2009;373:1918. 

Estudo não analisando o café como factor de risco cardiovascular. 

3. Fujiyoshi N, Yoshioka T, Morimoto F et al. Case of caffeine poisoning survived by 

percutaneous cardio‐pulmonary support Chudoku Kenkyu 2008;21:69‐73. 

Caso clínico de tratamento de intoxicação aguda com cafeína. 

4. Lehtihet M, Sundh UB, Andersson DE. Energy drinks‐‐dangerous or not? Cases with 

severe  symptoms with  possible  connection  to  energy  drinks‐‐more  case  reports 

wanted. Lakartidningen 2006;103:2738‐41. 

Artigo de revisão sobre séries de casos de  ingestão de cafeína (em café e noutras 

bebidas). 

5. Ng GA. Treating patients with ventricular ectopic beats. Heart 2006;92:1707‐12. 

Artigo de revisão de tratamento de arritmias cardíacas. 

6. Rempher KJ. Cardiovascular sequelae of tobacco smoking. Crit Care Nurs Clin North 

Am 2006;18:13‐20. 

Artigo de enfermagem sobre os efeitos cardiovasculares do tabagismo. 

7. Vermeylen D, Franco P, Hennequin Y et al.Laryngeal oedema  in neonatal apnoea 

and bradycardia syndrome (a pilot study). Early Hum Dev 2005;81:361‐7.  

Artigo numa população pediátrica. 

8. Katan MB, Schouten E. Caffeine and arrhythmia. Am J Clin Nutr 2005;81:539‐40. 

Artigo de revisão. 

Page 66: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

66 

9. Aizaki T, Osaka M, Hara H e tal. Hypokalemia with syncope caused by drinking of 

oolong tea. Intern Med 1999;38:252‐6. 

Caso clínico de ingestão de chá em grandes quantidades e seus efeitos no potássio 

sérico. 

10. Tobias JD, Burd RS, Helikson MA. Apnea following spinal anaesthesia in two former 

pre‐term infants. Can J Anaesth 1998;45:985‐9. 

Estudo em população pediátrica. 

11. Mehta  A,  Jain  AC,  Mehta  MC,  Billie  M.  Caffeine  and  cardiac  arrhythmias.  An 

experimental study in dogs with review of literature. Acta CardioL 1997;52:273‐83. 

Estudo animal. 

12. Ishide  N.  Intracellular  calcium  modulators  for  cardiac  muscle  in  pathological 

conditions. Jpn Heart J 1996;37:1‐17. 

Artigo de revisão. 

13. Duc  G,  Bucher  HU.  Aminophylline  versus  caffeine  citrate.  Acta  Paediatr 

1995;84:1210. 

Estudo em população pediátrica. 

14. Larsen PB, Brendstrup L, Skov L, Flachs H. Aminophylline versus caffeine citrate for 

apnea  and  bradycardia  prophylaxis  in  premature  neonates.  Acta  Paediatr 

1995;84:360‐4. 

Estudo em população pediátrica. 

15. Roewer N, Greim C, Rumberger E,  Schulte  am Esch  J. Abnormal  action potential 

responses  to  halothane  in  heart muscle  isolated  from malignant  hyperthermia‐

susceptible pigs. Anesthesiology 1995;82:947‐53. 

Estudo animal. 

Page 67: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

67 

16. Welborn LG, Greenspun JC. Anesthesia and apnea. Perioperative considerations in 

the former preterm infant. Pediatr Clin North Am 1994;41:181‐98. 

Estudo em população pediátrica. 

17. Suter  PM, Vetter W.  Coffee  and  caffeine. Various  selected  aspects  for  everyday 

practice. Schweiz Rundsch Med Prax 1993;82:1122‐8. 

Artigo de revisão. 

18. Zenk KE,  Lloyd WC. Comparison of  five  inservicing methods  in  an  intensive  care 

nursery. J Pharm Technol 1993;9:94‐6. 

Artigo de revisão discutindo aspectos organizacionais. 

19. Chou  T.  Wake  up  and  smell  the  coffee.  Caffeine,  coffee,  and  the  medical 

consequences. West J Med 1992;157:544‐53. 

Artigo de revisão. 

20. Lynn  LA,  Kissinger  JF.  Coronary  precautions:  should  caffeine  be  restricted  in 

patients after myocardial infarction? Heart Lung 1992;21:365‐71. 

Artigo de revisão. 

21. Beamish RE. Coffee, caffeine, cholesterol, cardiologists and confusion. Can J Cardiol 

1990;6:93‐4. 

Editorial. 

22. Rosmarin  PC.  Coffee  and  coronary  heart  disease:  a  review.  Prog  Cardiovasc  Dis 

1989;32:239‐45. 

Artigo de revisão. 

23. Fuglsang G, Nielsen K, Kjaer Nielsen L et al. The effect of caffeine compared with 

theophylline  in  the  treatment  of  idiopathic  apnea  in  premature  infants.  Acta 

Paediatr Scand 1989;78:786‐8. 

Estudo em população pediátrica. 

Page 68: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

68 

24. Welborn  LG,  Hannallah  RS,  Fink  R  et  al.  High‐dose  caffeine  suppresses 

postoperative apnea in former preterm infants. Anesthesiology 1989;71:347‐9. 

Estudo em população pediátrica. 

25. Brouard  C, Moriette G, Murat  I  et  al.  Comparative  efficacy  of  theophylline  and 

caffeine  in the treatment of  idiopathic apnea  in premature  infants. Am J Dis Child 

1985;139:698‐700. 

Estudo em população pediátrica. 

26. Haley  TJ. Metabolism  and pharmacokinetics of  theophylline  in human neonates, 

children, and adults. Drug Metab Rev 1983;14:295‐335. 

Artigo de revisão. 

27. Kannel WB, Thomas HE Jr. Sudden coronary death: the Framingham Study. Ann N Y 

Acad Sci 1982;382:3‐21. 

Artigo de revisão sobre risco coronário. 

28. Shirkey HC. Treatment of petroleum distillate ingestion. Mod Treat 1971;8:580‐92. 

Artigo de revisão sobre toxicologia. 

29. Richardson  T,  Baker  J,  Thomas  PW, Meckes  C,  Rozkovec A,  Kerr D.  Randomized 

control trial investigating the influence of coffee on heart rate variability in patients 

with ST‐segment elevation myocardial infarction. QJM 2009;102:555‐61 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

30. Mukamal KJ, Hallqvist J, Hammar N, Ljung R, Gémes K, Ahlbom A, Ahnve S, Janszky 

I.  Coffee  consumption  and  mortality  after  acute  myocardial  infarction:  the 

Stockholm Heart Epidemiology Program. Am Heart J 2009;157:495‐501. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

31. Marchlinski  FE,  Deely  MP,  Zado  ES.  Sex‐specific  triggers  for  right  ventricular 

outflow tract tachycardia. Am Heart J 2000;139:1009‐13. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

Page 69: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

69 

32. Newby DE, Neilson JM, Jarvie DR, Boon NA. Caffeine restriction has no role  in the 

management of patients with symptomatic idiopathic ventricular premature beats. 

Heart 1996;76:355‐7. 

Estudo de restrição de café. 

33. Myers MG, Harris L. High dose caffeine and ventricular arrhythmias. Can J Cardiol 

1990;6:95‐8. 

Estudo experimental. 

34. Rigou DG, Pichel G,  Fasah  L. Ventricular arrhythmia  in  young university  students 

without evidence of heart disease. Medicina (B Aires) 1990;50:47‐51. 

Estudo não relevante para a questão clínica. 

35. Myers  MG,  Harris  L,  Leenen  FH,  Grant  DM.  Caffeine  as  a  possible  cause  of 

ventricular  arrhythmias  during  the  healing  phase  of  acute myocardial  infarction. 

Am J Cardiol 1987;59:1024‐8. 

  Estudo não relevante para a questão clínica. 

36. Mukamal KJ, Alert M, Maclure M, Muller JE, Mittleman MA. Tea consumption and 

infarct‐related ventricular arrhythmias:  the determinants of myocardial  infarction 

onset study. J Am Coll Nutr 2006;25:472‐9. 

  Estudo não relevante para a questão clínica. 

37. Graboys TB, Blatt CM, Lown B. The effect of caffeine on ventricular ectopic activity 

in patients with malignant ventricular arrhythmia. Arch Intern Med 1989;149:637‐

9. 

  Estudo não relevante para a questão clínica. 

 

 

Page 70: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

70 

CAFÉ E ARRITMIAS CARDÍACAS ‐ COMENTÁRIOS 

As  arritmias  cardíacas  –  por  exemplo  a  fibrilhação  auricular  (FA)  e  o  flutter 

auricular  (FL)  –  raramente  ocorrem  sem  doença  estrutural  do  coração, 

normalmente provocada por doença coronária, valvular ou miocardiopática 

A prevalência das arritmias  (nomeadamente ventriculares) constitui um  factor de 

risco cardiovascular  importante, especialmente em doentes pós‐enfarte agudo do 

miocárdio  em  que  é  uma  das  principais  causas  de  morte.  Neste  contexto,  as 

arritmias  supraventriculares  –  a  FA  e  o  FL  –  são menos  perigosas, mas mesmo 

assim podem induzir palpitações, falência cardíaca e síncope 

Por  outro  lado,  os  episódios  paroxísticos  de  FA/FL  podem  provocar  fenómenos 

tromboembólicos,  para  além  dos  outros  sintomas  já  descritos,  pelo  que  a 

abordagem  terapêutica  é  em  nº  elevado  de  casos  urgente,  quer  através  da 

cardioversão quer farmacologicamente 

Se  um  componente  da  dieta  como  o  café  aumentasse  o  risco  de  arritmias  em 

pessoas  saudáveis  (isto  é,  sem  doença  cardiovascular),  então  estas  pessoas 

deveriam  ser aconselhadas a não  tomar qualquer bebida com cafeína  (café, chá, 

refrigerantes, guaraná, etc.), pelas razões  já expostas – embora um dos melhores 

ensaios publicados com esta abordagem não tenha identificado qualquer benefício 

(Heart 1996;76:355‐357) 

Existem mecanismos fisiológicos descritos que suportam a potencial característica 

arritmogénica  do  café  em  certos  pacientes,  com  destaque  para  o  aumento  da 

síntese  de  catecolaminas  séricas  pelas  catequinas  e  o  aumento  da  corrente  de 

cálcio através das membranas celulares (J Am Coll Nutr 2006;25:472–479) 

Na presente análise verificámos que, dos quatro estudos relacionando a  ingestão 

de café com arritmias supra‐ventriculares, dois  identificaram uma relação positiva 

e outros dois foram negativos.  

Os dois primeiros eram de pequenas dimensões e o  impacto foi modesto. Os dois 

estudos mais  importantes – uma revisão sistemática da  literatura e um estudo de 

base populacional de grandes dimensões – não identificaram qualquer aumento de 

Page 71: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

71 

risco de arritmias com  ingestão de café  (independentemente da  ingestão diária), 

pelo que se pode concluir que a  ingestão crónica de café não parece aumentar o 

risco de arritmias supraventriculares em doentes sem doença cardíaca. 

 

Baseado nestes achados, é possível afirmar: 

“A ingestão crónica de café não aumenta o risco de arritmias em 

indivíduos normais.” 

 

 

Page 72: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

72 

CONCLUSÕES FINAIS 

O café é uma das bebidas mais consumidas a nível mundial – mais de 90% das pessoas 

consome café diariamente  ‐ e  tem  sido estudado extensivamente em  relação com o 

risco que sua ingestão provoca nas doenças cardiovasculares, endócrinas, oncológicas, 

músculo‐esqueléticas e psiquiátricas.  

O  café  tem  na  sua  constituição  uma  complexa  mistura  de  produtos  químicos 

fisiologicamente  activos  ‐ os mais  importantes dos quais  são  a  cafeína, o  cafestol  e 

kahweol,  o  ácido  clorogénico  e  vários micronutrientes  ‐  cuja  composição  depende 

(pelo menos em parte) de factores agrícolas, de manufactura (torrefacção), da mistura 

e do modo de confecção (filtragem, fervura, etc.). 

O consumo individual de cafeína é normalmente de longa duração, para toda a vida da 

maior parte dos consumidores, variando substancialmente de país para país, com os 

países nórdicos nos lugares cimeiros (figura). 

 

Nesta  revisão  procurou‐se  estudar  e  identificar  eventuais  relações  (benéficas  ou 

prejudiciais) entre a  ingestão regular de café ou de bebidas contendo cafeína e duas 

condições: a hipertensão arterial e as arritmias cardíacas. 

 

Page 73: Revisão sobre a relação entre a de café e o risco decafeesaude.com/wp-content/uploads/2012/01/Arritmias-e... · 2012-02-01 · Revisão científica sobre a relação entre a ingestão

A. Vaz Carneiro e CEMBE da FML ‐ Relatório sobre café, hipertensão arterial e arritmias 

73 

Baseada nesta revisão científica, a resposta às perguntas inicialmente colocadas é: 

“A ingestão crónica de café não aumenta o risco de hipertensão arterial 

nem de arritmias em indivíduos normais. Os pacientes que têm 

tendência para hipertensão podem ter uma resposta hipertensiva 

modesta à ingestão de café."