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Revista Atua - Junho 2012

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Edição de Junho da Revista Atua

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A produção da revista é movida por desafios constantes e esta é uma edição mais do que especial, pois muito nos mobilizou a trazer as melhores informações para você. A expectativa foi constante, pois buscamos alcançar a excelência no resulta-do e, para isso, conto com uma equipe maravilhosa que me deixa bem confiante.

São 4 mil exemplares de uma publicação que, como você poderá ver, está reche-ada de assuntos interessantes, com textos reflexivos e ao mesmo tempo curiosos, de escritores que voluntariamente nos prestigiam. Além dos assuntos sempre pro-curados como moda, beleza, saúde e os anúncios diversificados e produzidos com muita criatividade. Nossa primeira etapa foram os editoriais de moda, montados com muito carinho na maravilhosa e esplendorosa Fazenda Solar Capituva, clicadas com a inspiração do fotógrafo Fabiano Barbosa. As fotos ficaram maravilhosas!

Também está muito bacana e empreendedora a entrevista com Alencar Burti, empresário e presidente do Sebrae/SP. Burti é um dos homens mais influentes na esfera empresarial do Estado de São Paulo e, sem dúvida, é um grande ponto de referência para todos os empreendedores. E, por fim, a inovação da capa. Trazer nela um Ford Modelo A 1929 – um dos veículos mais antigos que existe hoje em nossa região, e o jovem sanjoanense Vinicius Santos Luz, que, apesar de não ser um modelo profissional, se porta como tal e fez com que a capa desse um “up” diferente no trabalho.

Espero que goste, afinal, a Revista Atua é feita para você! Aliás, para ficar por dentro do que acontece em nossas edições, siga nossos perfis nas mídias sociais, onde você poderá comentar, dar sugestões e criticar à vontade, pois para conseguirmos montar uma revista com a sua cara, precisamos da sua opinião!

Ângela Loup PessanhaEditora Chefe

’editorial

A Revista Atua (ano 4, número 19, Junho de 2012) é uma publicação sem fins lucrativos da ACE - Associação Comercial e Empresarial - Rua São João, 237, Centro - São João da Boa Vista-SP. Tel. 19 3634-4300. Sua distribuição é gratuita e dirigida, não po-dendo ser comercializada. Colaborações e matérias assinadas são de responsabilidade exclusiva dos seus respectivos autores, não representando necessariamente a opinião dessa publicação. Tiragem: 4 mil exemplares

Editora-chefeÂngela Loup Pessanha | [email protected]

Jornalista responsávelLuiz Gustavo Gasparino - MTb. 47.333 | [email protected]

RevisãoJoão Sérgio Januzelli de Souza | [email protected]

Projeto gráficoMateus Ferrari Ananias | [email protected]

Venda de espaços publicitáriosPatricia Maria Rehder Coelho | [email protected]

PublicidadesAlexandre Pelegrino | [email protected] Ferrari Ananias | [email protected]

Fotos publicitáriasFabiano Barbosa - 35 9134-8176

Fotos sociaisDavis Carvalho - 19 8210-9499

CapaModelo: Vinicius LuzCabelo, maquiagem e foto: Fabiano BarbosaVeste: Entre Parent’s (EPA) - 19 3633-3879Agradecimentos: Raphael Medeiros, Paulo Galeano, Karisma Fotos e equipe do Brás Restaura Car.

ImpressãoGráfica Ideal (Campinas/SP) - 19 3729-3030

Siga a Revista Atua nas principais redes sociais:

Atua Revista

facebook.com/atuarevista

@atuarevista

Ops... erramos!

Em matéria publicada na última edição, “A justiça e o consenso” (Pág. 58), no box “Descrença da sociedade”, Eliana Calmon foi erroneamente citada como presidente do CNJ - Conselho Nacional de Justiça. Na verdade, Eliana é a corregedora geral. O presidente é o ministro Cesar Peluso (foto abaixo).

Foto: Marcello Casal Jr/ABr

Homeostase Quântica116

SOPA e PIPA108

Ovinos e caprinos96

Imposto de renda94

Reter talentos na empresa90

Hepatite86

DST’s82

Maçonaria122

A era do gelo 4128

O sobrinho de Rameau130

Brasília132

Superação134

Família Assad78

Perdas36

Paintball28

Problemas do salto alto22

Visagismo20

Tintura masculina18

Botas16

Meias-calça14

Individualidade na relação38

Legalização dos pássaros42

Monte Verde44

Entrevista: Alencar Burti48

Viagem de avião58

O bispo e as enxadas60

Direitos x Deveres64Moda plus size12

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’cartas

“Parabéns a todos! A Revista Atua de Mar-ço ficou muito boni-ta. Tinha certeza que a Ângela, a Patrícia e a equipe de comuni-cação da ACE dariam conta do recado”Ana Cláudia Carvalho

Você já viu?

No blog As Vitaminadas, você encontra várias dicas sobre alimentação saudável, receitas rá-pidas, fáceis e nutritivas para seu dia-dia, além de quais alimentos devemos evitar para ter uma vida plena e feliz.

Criado pela nutricionista san-joanense Giulia Rodrigues de Souza, o blog permite que todas as pessoas conheçam um pouco sobre alimentação saudável, o valor nutritivo dos alimentos e como eles agem no organismo melhorando a saúde.

Olhe lá depois:asvitaminadas.wordpress.com

Foto: Reprodução

Cartas para esta seção

Podem ser enviadas para o [email protected], para o fax 19 3634-4306 ou para a rua São João, 237, Centro, São João da Boa Vista - SP. Por motivo de espaço, as cartas selecionadas para publicação poderão sofrer cortes.

Entrevista

Primeiramente quero parabenizar a todos pela revista. São João merecia há tempos um trabalho como este. Qualidade gráfica muito boa, matérias e artigos muito bem redigidos e bem diversificados. Um trabalho de muito bom gosto e digno de ser reconhecido. Quero também agradecer a opor-tunidade de ter participado da mais recente edição. Cumprimentos em especial ao amigo jornalista Luiz Gusta-vo, intermediador e executor de minha entrevista. Sucesso a todos da revista e também aos amigos da ACE São João.

Thiago Moraes

Elogios

Parabéns

Meus parabéns e admiração pela excelente qualidade da revista em to-dos os aspectos. Isso prova que, além da competência que demonstraram ao produzi-la, temos em São João muitas pessoas e coisas que podem e devem ser exploradas. Agradeço mais uma vez a lembrança de meu nome e estou à disposição para o que quiserem e estiver ao meu alcan-ce. Abraços.

Maria José Moreira

Não posso deixar de elogiar o trabalho feito pela equipe nesta edição de Mar-ço/2012. A revista ficou ‘show de bola’. Os que já estão à frente há mais tempo, elogiar já é ‘chover no molhado’, mas quero ressaltar e dar o parabéns especial para a Ângela, que assumiu a revista recentemente e vem fazendo um trabalho sério e muito legal; ao Alexandre, que chegou agora e começou bem, e à Patrícia, a qual tive a honra de poder acompanhar em alguns associados, fazendo a venda. Há de se dizer que ela ‘manda muito bem’. Muitas destas fotos foram ideias que ela sugeriu aos anunciantes (Dom Caneco e Ótica Especializada são apenas dois exem-plos), juntando o seu conhecimento e a pesquisa em outras revistas e anúncios, ficou ‘muito bom’. Hoje, sou um humilde leitor, mas um trabalho assim tem que ser elogiado... essa equipe ainda vai longe. Parabéns! Deus abençoe a todos!

José Batista de Oliveira Neto

Sugestão

Vocês poderiam realizar uma edição especial com fotos antigas de nossa cidade. Assim essa memória fotografica não se perderia.

Edjalma dos Santos

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’radar

Gran Natto Café

As casas de café surgiram no final do século XV, na região de Meca (Etiópia), e expandiram para a Europa no afã de cultivar reuniões entre pessoas em torno desta inspiradora e inquisitiva bebida, que era tratada assemelhada ao vinho. Com o passar do tempo, as cafeterias continuam conceituadas como locais para reuniões, com o diferencial de conotar conforto e dirigido por um ‘barista’, profis-sional este responsável e especializado na confecção deste néctar negro que “é o ouro do homem comum. E como o ouro, traz a toda pessoa o sentimento de luxo e nobreza” (Abd al-Qadir). Neste contexto, a Gran Natto Café trouxe para São João e região a qualidade do café sul mineiro-mogiano, em um ambiente de requinte e sofisticação. Venha conferir! A Gran Natto Café está localizado á Rua Getúlio Vargas, 123-A, Centro. O telefone é (19) 3056-1515.

Espaço Neka Costa

O Espaço Neka Costa está com uma novidade, é a mais nova sensação entre as melhores clínicas de estética de todo o país, é o Hertix Terapia. A flacidez e a celulite são as maiores vilãs das mulheres do mundo inteiro e os efeitos do tempo, principalmente em alguns tipos de pele, acabam por demonstrar mais idade do que realmente possui. Pensando nisso, foi lança-do o Hertix, que tem como objetivo desencadear uma sequência de reaçõees fisiológicas, que induz a vasodilatação local, estimulando a formação de novo colágeno através da indução de calor nos tecidos dérmicos (procedimento indolor e não invasivo). Pode ser realizado em qualquer época do ano sem alterar a rotina diária. Recomendado para todos os tipos de pele. Em poucas sessões os resultados já são visíveis e são Indicados para tratamentos faciais e corporais com aderências, celulites, fibroses, flacidez de pele e rugas. Venha conhecer o Hertix Terapia - beleza à flor da pele. Modele e enrijeça. O Espaço Neka Costa está localizado à Rua Rubens Grespan, 95, no Parque das Nações. O telefone é (19) 3633-4784.

Salão Marlene Luz

O Salão Marlene Luz está apresentando uma novidade em tratamento de luxo para os cabelos. São os produtos Tratto Capillare da divisão de cosméticos profissionais da Cosmezi – Itália, especializada em tratamento e nutrição capilar. A Cosmezi apresenta uma fórmula exclusiva, preparada com uma das matérias--primas mais preciosas que existe: o Extrato Puro de Caviar Europeu. Conhe-cido em toda Europa como fonte de beleza, o extrato é um dos mais eficazes antioxidantes que protege o fio como antienvelhecimento e ainda recupera e regenera a fibra capilar. Outra novidade é a linha Mutari, com uma extensa lista de produtos profissionais, entre eles o famoso Óleo de Argan. Além disso, o sa-lão também conta com manicure e depilação, com Verinha. O Salão Marlene Luz está localizado à rua Prudente de Morais, 123, no Centro. O telefone é (19) 3623-1759.

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Durante muito tempo, as grifes e as fábricas de roupas igno-

raram as gordinhas. Quem estava acima do peso devia se con-

tentar em procurar uma costureira ou um alfaiate que fizesse

as peças. Ou então, procurar muito por uma loja que ven-

desse roupas em tamanho maior. De fato, a moda, encarada

como ambiente de tendências, sempre exigiu um padrão de

beleza distante da realidade de grande parte da população.

Indústria da moda

Venda de roupas plus-sizeestão em alta no mercadoLojas contam com modelos específicos para este público, que cresce a cada dia

’moda

Modelos adequados - Aposte

em blusas transpassadas. Elas marcam

a cintura e deixam a parte de baixo

mais solta. Também invista nas que

destaquem os ombros. Outra opção

são as peças compridas, ótimas para

ajudar a disfarçar os ‘pneuzinhos’. Use

casacos com modelagem sempre reta

e comprimento na altura dos joelhos

Quem disse que mulheres acima do peso

não podem se vestir bem e na moda sem

ter que usar preto? Atualmente, é muito fá-

cil a mulher se sentir linda e glamourosa,

disfarçando os quilinhos e escondendo as

‘gordurinhas’ extras com elegância e estilo.

“A moda conhecida como plus size cresce

cada vez mais no mercado”. Quem garante

essa informação é a empresária Adriana

Frazão do Nascimento, que comercializa

em sua loja peças para homens e mulhe-

res. “A sociedade impõe que pessoas acima

do peso não se vistam bem. Essa moda surgiu

para desmistificar isso e todos estão assumin-

do o peso que têm e com elegância na hora

de se vestir”, garante.

Adriana conta que, antigamente, as

roupas para este tipo de público o dei-

xavam envelhecido, não o deixando na

moda. “De dois anos para cá, o mercado

nessa área evoluiu e variou muito. Hoje, as

roupas plus size acompanham a moda das

peças comuns”, explica a empresária.

Ela ainda conta que o público que

compra este tipo de roupa é bastante fiel,

principalmente o feminino. “A mulher que

compra plus size quer se sentir moderna, con-

temporânea e bem vestida, tanto para traba-

lhar, passear ou sair na noite com os amigos

ou família”, destaca.

Dicas – Seguem algumas dicas para a mu-

lher utilizar certas roupas da melhor ma-

neira possível. “Nos dias de hoje, a moda plus

size agrega cores e cortes que valorizam o

corpo. O importante é esconder o que é preci-

so e mostrar o que há de mais bonito”, diz Adria-

na.Contudo, o mais importante é estar sempre

de bem consigo mesma. Use aquilo que a faça

sentir-se confortável e não ligue para a opi-

nião alheia. Sinta-se bem e feliz, pois roupa e

aparência são só consequências.

A mulher que está acima do peso precisa

aceitar seu corpo como ele está no momento

e estudá-lo. Assim, conhecerá seus pontos

positivos para explorá-los e saberá como

disfarçar o que a incomoda”, conclui.

Foto: Reprodução Internet

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A meia-calça valoriza as pernas e evi-

dencia a feminilidade e a elegância.

Porém, só ficará bem se usar do jeito

correto, com as roupas e os calçados

certos. E, no inverno, ela aparece ainda

mais no conjunto das peças.

Segundo informações do site Mu-

lher Digital, a meia-calça deve, prefe-

rencialmente, combinar com o sapato

e, nos dias de hoje, até com a sandália.

Entre os tipos de sapatos que vão bem

com ela estão: botas, sapatinhas, scar-

pins e peep toes.

As meias de tom preto são as mais

democráticas, pois permitem que

você brinque com as cores de roupas,

podendo combinar com sapatos de

Saiba o que usar nas pernasExistem meias calça de todos os tipos, mas há modelos diferentes na hora de vestí-la

’moda

outras cores – exceto branco. Se vai

usar a transparente (fina/nude), que

seja no tom mais próximo de sua pele.

Para quem tem pernas grossas, evi-

te as meias calças detalhadas (renda-

das, mescladas, com desenhos geomé-

tricos, entre outras) e também as claras.

Caso tenha essa vontade, escolha as

com “riscas de giz”, porque, segundo

especialistas, “alongam as pernas”. A

preferência são para meias opacas, mas

se quiser usar coloridas, opte por cores

mais escuras, como vinho, azul mari-

nho, verde-musgo e marrom.

Já para as pernas finas, as mulheres

podem usar e abusar de meias com

detalhes em texturas, especialmente

os geométricos, além das cores “ber-

rantes”. Isso dará a impressão de pernas

mais grossas. Se as pernas forem longas,

ou a mulher for muito alta, devem ser

evitadas as meias com riscas verticais.

Agora, jamais use meias com tex-

tura com aquelas roupas super estam-

padas. Monte um look mais uniforme

em termos de cores. Em caso de dú-

vida na composição da roupa com a

meia-calça e o sapato, sempre siga

um visual mais uniforme e neutro. Mas

caso queira montar uma composição

contendo xadrez, fique à vontade

para abusar das meias-calça.

Procuradas – Simone Carla Petinardi

é proprietária de uma loja especializa-

da em meias e garante que, mesmo

no inverno, tanto as meias-calça finas

como as grossas são vendidas na mes-

ma proporção. “Hoje, o frio não dá mais

o tom de qual meia se vai usar. Tudo de-

pende do conjunto entre roupa e sapa-

tos, ou botas, ou ainda sandálias. Mais

que esquentar, atualmente a meia faz

parte da moda”, relata a comerciante.

Apesar disso, Simone garante que

as lisas ainda são as mais procuradas,

principalmente pelo público jovem

feminino. “Pouca gente quer detalhes

nas meias calças, mas sempre tem algu-

ma mulher que gosta de mais estilo”.

O importante em tudo isso é pres-

tar atenção aos detalhes na hora de

montar o conjunto. Meia-calça é char-

me, elegância e sensualidade, mas,

para se ter isso, é necessário ótimo

bom gosto e acertar no modelo. AFotos: Reprodução Internet

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Botas para todos os gostosInúmeras são as variedades, desde canos curtos, médios e longos, além dos coturnos

’beleza

As botas são as principais peças do vestuário feminino nes-

ses meses de muito frio. Além de ajudarem a aquecer pés e

pernas, diversos modelos ajudam a compor looks arrojados

e diferenciados, que chegaram para esbanjar muito estilo.

Entretanto, sempre surge a dúvida na hora de escolher

aquele par de botas com o qual vai sair de casa. Então, sai-

ba que a grande tendência das botas de inverno 2012 é

a mescla de materiais, um toque de elegância acima de

tudo, com saltos altíssimos; casualidade em cano alto com

solados rasteiros que garantem o conforto; couros aca-

murçados, graxos e estampados; e riqueza em detalhes.

A empresária Graziela Tapis Bertoloto trabalha há

seis anos neste ramo e garante que, a cada inverno, a

variedade de modelos não muda tanto. “O que sempre

é alterado são os estilos, as novas cores, os tamanhos dos

saltos e o modismo. Mas a maioria delas não sai do tradi-

cional”, explica a comerciante.

Ela mantém durante todo o ano uma quantidade de

botas em sua loja, mas destaca que é nos dias de frio que

as vendas “bombam”. “Mantenho um bom número de peças,

pois vários de meus clientes viajam e encontram o inverno em

outras regiões, principalmente no exterior”.

Graziela garante que a mais procurada continua sendo

a do tipo Montaria. “Ela reúne conforto e elegância”, destaca.

Uma das inovações deste ano são os modelos em Cotur-

no, que fazem parte da moda inverno.

Mas o motivo principal para o aquecimento das ven-

das, além do tempo gelado, são as festas regionais, princi-

palmente os shows e o rodeio. “No mês de abril começam

as festas de peão em toda a região e, ao mesmo tempo, au-

mentam as vendas. Principalmente antes da EAPIC, que é o

período mais bacana para a loja”, salienta Graziela.

Dicas – Selecionamos alguns modelos que foram desta-

que nas passarelas das principais semanas de moda e de-

vem fazer sucesso na temporada de inverno 2012:

• Cano curto: Os estilos e os materiais das botas de cano

curto variaram, mas promete ser um dos mais usados para

acompanhar saias na altura do joelho e calças cropped.

Geralmente costumam ser bastante sensuais e ousadas.

• Cano médio: Ainda que esta tendência já não esteja tão

em alta quanto nos últimos anos, pode-se dizer que é váli-

do usá-la em algumas ocasiões específicas.

• Cano alto: Chegaram com tudo, sendo as mais procu-

radas do inverno. Bastante próximas dos joelhos, elas têm

diferentes tipos de materiais e estilos. Ótima para se usar

com vestidos e saias um pouco mais curtos.

• Cano longo: Perfeitas para serem usadas com vestidos e

saias, têm um apelo sensual muito maior do que outras botas.

• Coturnos: Possui algo mais rock n’roll, perfeito para criar

looks urbanos e mais despojados, numa infinidade de

combinações, desde o clássico jeans sequinho aos vesti-

dos mais delicados com rendas e laços.

Foto: Reprodução Internet

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Tintura em cabelo masculino?Os fios brancos envelhecem ou deixam o homem mais experiente? Pode escolher...

’beleza

Por mais que alguns homens queiram

resistir, o tingimento para cabelo mas-

culino é uma realidade. A ida de ho-

mens em salão de beleza para pintar os

cabelos cresce cada vez mais. Os moti-

vos são diversos, mas a vaidade mascu-

lina anda bem presente no século XXI.

Para Antonio Luis Rosa, cabeleirei-

ro masculino há 20 anos, três em cada

dez homens que têm cabelos brancos

não gostam da aparência e acabam

por tingir as madeixas. “Eles acreditam

que os fios brancos os deixam envelheci-

dos. Mas outros acostumam e até gos-

tam, pois mostram experiência”, relata.

A indústria de cosméticos compre-

endeu a nova necessidade do mercado

e observou a demanda de compradores

do sexo masculino crescer. Desde então,

tem investido bastante no setor através

de novas marcas e formas de pintar os

fios voltados ao cabelo masculino. “Exis-

te até shampoo que garante escurecer os

cabelos brancos”, garante Rosa.

Apesar de cabelo ser cabelo sem-

pre, deve-se entender que o homem

passa menos tempo no salão se com-

parado à maioria das mulheres; seu

tempo gasto com banho é bem me-

nor e o uso de shampoo e condicio-

nador específicos, exigindo um maior

enxágue para a manutenção da cor,

pode ser ignorado.

O uso de produtos termoativos, ou

seja, ativados apenas com uma escova

ou chapinha, também não é comum

entre os homens. “O que percebo dos

meus clientes que pintam o cabelo é

que a situação acaba ficando viciante.

Quem tinge os cabelos não consegue

mais ficar sem”, ressalta o cabeleireiro.

Sendo homem ou mulher, deve-

-se lembrar da manutenção dos fios.

Os cabelos com tintura ficarão mais

fracos com o tempo, porque não es-

tão obedecendo à ordem natural de

crescimento e morte, então ficam

quebradiços. Os produtos químicos

nas tinturas ajudam a enfraquecer os

fios, então deve-se hidratá-los ao me-

nos quinzenalmente.

Apesar da quantidade de regras

existentes para as tinturas dos ho-

mens, no mercado há boas opções

para compra. Confira:

• Tintas com corantes metálicos: ideal

para uso nos cabelos grisalhos, pois a

ação é gradual. Na primeira aplicação, a

pintura ficará visível, mas fica mais forte

com a frequência do uso. Existem mui-

tas tintas em base de shampoos totali-

zantes, podendo ser aplicadas em casa

apenas com a lavagem e deixando agir

por cerca de 20 minutos.

• Normal: A aplicação deve ser feita com

ajuda apenas do fator higiene. É bem

complicado aplicar em todo cabelo sem

deixar manchas na pele, toalhas e roupas.

Portanto, peça ajuda de um amigo ou

parente caso não queira ir ao cabeleireiro.

• Tintas Temporárias: Para os homens

que querem apenas ter os fios de ou-

tra cor, por que não optar por uma

cor apenas por alguns dias? Existem

produtos com pouca durabilidade,

saindo gradativamente após o banho.

Geralmente são aplicados em forma

de shampoo e agem bem rápidos, em

menos de 10 minutos, e saem total-

mente em até sete dias.

Foto: Reprodução Internet

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A arte do visagismoCom harmonia, estudo aponta criar o melhor corte de cabelo para determinada pessoa

’beleza

por Patrícia Rehder

Antes de escolher um corte de cabe-

lo, coloração, design das sobrancelhas

e até mesmo a maquiagem, é preciso

analisar o tipo físico, levando em conta

o formato do rosto, as feições, a cor da

pele e, por incrível que pareça, considerar

a personalidade, a profissão e os gostos

pessoais.

Esta técnica utilizada por cabeleireiros

e designers da beleza é conhecida como

“visagismo”. O termo tem sua origem na

palavra visage, que em francês significa

rosto, ou seja, o estudo do rosto. Contudo,

vai muito além disso.

O visagismo é a arte de criar uma ima-

gem pessoal personalizada, baseada no

princípio de que o rosto deve expressar

quem a pessoa é, com harmonia e esté-

tica, além de revelar suas qualidades. Uti-

lizar cosméticos, tintura e diferentes tipos

de cortes fazem parte da mudança base-

ada no estudo. Para o idealizador do con-

ceito no Brasil, Philip Halawell, “visagismo

é um conceito, e não uma técnica. É uma

arte aplicada, derivada das artes plásticas e

do conhecimento físico do rosto humano”.

A ideia é trabalhar com o belo, a estética

e, principalmente, a harmonia.

Será que você está precisando mudar

o corte para evidenciar melhor a sua be-

leza? Confira dicas dos melhores estilos

para o seu tipo de rosto:

• Rosto Oval: Aceita diversos tipos de

cortes, que podem variar desde os cur-

tos até os longos. A franja também é op-

cional para este tipo de formato de rosto.

Para dar um toque extra, entre na moda

e evite desenhos retos para os fios. Um

corte mais desfiado ou desconectado

pode render charme extra a este visual.

• Rosto Redondo: É importante não

abusar no volume dos fios em sua

extensão. Deixe a parte de cima mais

carregada e as laterais desfiadas. As

franjas e o comprimento um pouco

abaixo do ombro são recomendados

e podem ser tanto assimétricos quan-

to retos. Rabo de cavalo pode não fi-

car bom para esse formato de rosto.

• Rosto Quadrado: Cortes de compri-

mentos variados são indicados. Caso

queira um look mais curto, o chanel é

uma boa aposta. Cortes mais longos

também são corretos. A franja reta

deve ser evitada, mas se for em cama-

das mais longas, pode cair bem.

• Rosto Triangular: Os cabelos desconec-

tados são ótimas indicações. Seja o corte

longo, médio ou curto, os fios assimétricos

rendem charme e equilibram o formato

da face. Especialmente se o cabelo for ca-

cheado ou crespo, evite os fios retos. A

Foto: Reprodução internet

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Os “problemas” do salto altoProcurar calçados bonitos e que não fazem mal a saúde é sua meta

’saúde

por Karina Santaella fisioterapeuta

Você é do tipo que não dispensa um

salto alto e não se incomoda em ter os

dedos espremidos em um bico fino?

Não posso negar que os saltos dei-

xam as pernas lindas e que chamam

muito a atenção (inclusive a mascu-

lina), principalmente se combinados

com uma bela saia. Também não pre-

tendo levantar uma bandeira “abaixo

o salto alto”. Porém, sinto a obrigação

de alertar quanto a alguns aspectos

negativos deste hábito.

Diversas pesquisas foram feitas e

apontam alguns malefícios em longo

prazo pelo uso contínuo de saltos altos.

Além do cansaço, calosidades, dores

nos pés, pernas e joelhos, os bicos mui-

to apertados favorecem a formação do

joanete., além de prejudicar sua coluna.

Faça um teste: tire os sapatos e

fique de pé. Feche os olhos e repare

de que maneira o peso de seu corpo

está distribuído. Em seguida, ainda de

olhos fechados, tente colocar metade

do peso na parte da frente e metade

na parte de trás dos pés, mantendo o

dedão apoiado no chão e o peso do

calcanhar distribuído igualmente.

Como se sentiu? Perdeu o equilí-

brio? Tinha muito mais peso na frente

do que atrás? Ou será que já não conse-

gue ficar descalça porque os pés doem

muito e até seu chinelinho tem salto.

Será que não está na hora de colocar

um pouco de equilíbrio em sua vida?

Escute seu corpo. A dor é um sinal

de alerta. Portanto, se está doendo, é

porque alguma coisa não vai bem:

• Analise qual será sua atividade. Se

vai caminhar ou ficar em pé, escolha

calçados que dão mais firmeza e con-

forto. Não use o mesmo todos os dias.

• Se você chegou à conclusão que o

uso do salto é inevitável, faça alguma

coisa para compensar os excessos.

Vale levar um calçado confortável na

bolsa para a hora de ir para casa, fazer

alongamentos dos músculos da pan-

turrilha e massagear a planta do pé

com uma bolinha de tênis.

• Seu corpo precisa de uma boa base

para manter-se equilibrado. Seus joe-

lhos, coluna e cabeça precisam ajustar-

-se para que você fique de pé sobre os

saltos. Fazer este esforço todos os dias

pode gerar grandes tensões nos múscu-

los, o que pode acarretar muitas dores.

Procurar um especialista para infor-

mar possíveis dores pode ser mais ba-

rato do que imagina, evitando gastos

e desconfortos no futuro. Certamente

você conseguirá encontrar um calçado

bonito e que não faça mal a sua saúde.

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24

’moda

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Carteira - Lina Bolsas e Calçados

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rutilado - Tuca Semi Joias

Vestido de paetê Mararro -Boutique Navarro

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’agito

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27 www.havaianas.com.br

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28

A hora e a vez do PaintballEsporte já tem mais de um milhão de praticantes, e São João possui seu time

’esporte

O paintball é um esporte que tem cresci-

do no mundo nos últimos anos, toman-

do proporções gigantescas. Atualmente,

tem seu Campeonato Mundial transmi-

tido ao vivo pela ESPN norte-americana.

E, em São João, existe uma equipe

acompanhando este crescimento.

Formada há quatro anos, após

uma brincadeira entre amigos, a Drei

Helden Scs já realiza vários jogos con-

tra times do Estado de São Paulo. Par-

ticipa do CPRA (Circuito Paulista Real

Action) e do maior evento de paint-

ball da América Latina, o “Mega Jogo”,

que, neste ano, ultrapassará 1.200

participantes e acontece no mês de

agosto, em Analândia/SP.

São João também é uma das sedes

da Diretoria Regional da FPESP (Fede-

ração de Paintball do Estado de São

Paulo), criada em 20 de janeiro último.

Entre os diretores, há dois sanjoanen-

ses: Rodrigo Aparecido Nogueira, ou

‘Taberna’ – Diretor Regional, e Rodrigo

Silveira – Diretor Jurídico e Conselheiro.

“A diretoria não surgiu somente pelo

crescimento do esporte no estado e na

região, mas também pela representati-

vidade do nosso time no cenário nacio-

nal”, explica Taberna.

Treinamentos – Em anos passados,

o time sanjoanense treinava em uma

pequena mata próxima à rodovia São

João-Aguaí. Porém, não era permitido

realizar qualquer alteração no local,

tornando-o inadequado e compro-

metendo o treinamento.

Depois de muita procura e pedi-

dos, a equipe conseguiu um excelen-

te local, que ainda demanda muito

trabalho para adequá-lo, mas, para Ta-

berna, já é uma grande vitória. “Agra-

decemos profundamente a Elfusa – Gru-

po Curimbaba, a qual nos estendeu a

mão e compreendeu a necessidade de

apoiar o esporte como um todo, e não

somente os esportes tidos como con-

vencionais”, fala Taberna.

Apesar desse apoio, o time ainda

continua correndo atrás de outros pa-

trocínios. “Fizemos diversos pedidos para

a Prefeitura Municipal – o que ocorre em

diversas cidades do Estado – e também

nas redes sociais, mas não obtivemos êxi-

to. Várias pessoas ainda quiseram obter

vantagens financeiras conosco”, desaba-

fa. “O apoio, por menor que seja, é muito

importante para o time, pois temos joga-

dores que não possuem condições finan-

ceiras de arcar com os custos do esporte.

Somente conseguem representar nossa

História - O paintball (paint = tinta e ball

= bola) é um esporte de combate, individual

ou em equipes, usando marcador de ar com-

primido ou CO² que atira bolas com tinta

colorida. O objetivo é atingir o oponente,

marcando suas roupas, sem causar-lhe dano

ou lesão corporal. A partir daí podem ence-

nar vários tipos diferentes de disputa: um

contra um, grupo contra grupo, contagem

de pontos, captura de líder, defesa de territó-

rio, captura de bandeira, como em qualquer

outro jogo de simulação de combate.

Foto: Divulgação

>

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30

cidade com a ajuda de outros atletas”.

Entre os participantes, existem

profissionais liberais, empresários, mi-

litares e estudantes que, agora com o

novo campo, realizam dois treinos se-

manais, sendo um noturno, durante a

semana, e um diurno aos domingos.

A equipe está aberta a todos que

queiram conhecer e ter contato com

o esporte, mas se alguém se interessar

em levar adiante a prática, terá que ser

submetida a um estágio probatório,

onde será levada em consideração

sua aplicação na observância das nor-

mas de segurança, fair play e dedica-

ção à equipe. “Os interessados podem

me contatar pelo telefone 3633-8714,

em horário comercial”, cita Taberna.

O nome Drei Helden Scs é uma homenagem aos soldados

brasileiros Arlindo Lúcio da Silva, Geraldo Baêta da Cruz e

Geraldo Rodrigues de Souza, que morreram como herois

em Montese, na Itália, palco de uma das mais sangrentas

batalhas da II Guerra Mundial, travada e vencida pela Força

Expedicionária Brasileira (FEB).

Em missão de patrulha, ao se depararem com uma Compa-

nhia do Exército Alemão com cerca de 100 homens, tendo

recebido ordem para se renderem, atiraram-se ao chão e abri-

ram fogo contra o inimigo até o último cartucho. Não satisfei-

tos, armaram suas baionetas e avançaram contra os nazistas,

perecendo face à superioridade numérica do inimigo.

Devido a sua coragem, em vez da vala comum, o comando

alemão ordenou que recebessem honras especiais. Sua vala

foi ainda marcada com uma cruz e com uma placa com a

inscrição Drei Brasilianischen Helden (Três Heróis Brasileiros).

Posteriormente, o município de Montese, liberto e agradeci-

do às tropas brasileiras, as homenageou batizando uma de

suas maiores praças com o nome Piazza Brasile.

A origem do nome

Montese- A conquista de Montese repercutiu

favoravelmente nos altos escalões do Exército Aliado

e rendeu elogios do Comando Americano, pela

bravura e coragem com que a FEB encarou o desafio.

Essa vitória teve grande importância na ruptura da

Linha Gótica, um complexo de fortificações alemãs

que era julgado intransponível. Essa façanha militar

colaborou significativamente para a rendição

alemã, menos de um mês mais tarde

Foto: Reprodução Internet

Foto: Divulgação

A

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Bolsa Victor Hugo - Lina Bolsas e Calçados

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agito

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’psicologia

por Ângela Maineri Corvellopsicóloga e psicoterapeuta

Quando falamos em perda, a primeira coisa que nos vem

à mente é a morte das pessoas que amamos e o medo

que temos de que isto aconteça. Mas o assunto é muito

mais vasto. Você já parou para pensar com quantas perdas

lidamos todos os dias, desde que acordamos até a hora

em que vamos dormir e mesmo enquanto dormimos?

Ao longo da vida, passamos por muitas perdas, algu-

mas tão dolorosas que não entendemos como consegui-

mos não sucumbir a elas; outras, nem tanto; outras, ainda

quase nada; outras, nada mesmo. Tudo depende da im-

portância que tem para nós o que estamos perdendo.

Perdemos por abandonar e por sermos abandonados;

por mudar e deixar as coisas para trás para seguir nosso

caminho; perdemos sonhos, expectativas de realização,

ilusões de liberdade e poder, de segurança; nosso corpo

jovem que pretendemos, imune às rugas...

O mundo em que vivemos implica nesta dialética

constante prazer/desprazer, ganhos/perdas, alegria/tris-

teza, bom/mau, vida/morte... Vale também lembrar que

estes pólos não se confundem, não se anulam, nem se

compensam. Eles coexistem numa sucessão infindável

que se faz necessária à renovação, ao nosso crescimento

e desenvolvimento de habilidades, força e competência.

O que fazer então? Uma possibilidade que muitos

tentam é driblar o sofrimento partindo para tentati-

vas mambembes de controle de si, do outro e das cir-

cunstâncias, num delírio de poder (e onipotência), ele-

gendo fugas: comer, beber, comprar, jogo, sexo, uso

e abuso de drogas, medicamentos, cirurgias plásticas,

Como lidar com as perdasAo longo da vida, passamos por perdas muito dolorosas. O que fazer para evitar essa dor?

Foto: Reprodução Internet

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distanciamento afetivo, individualismo, fumo, redes

sociais (a lista é enorme)...

Algumas das coisas que citei como fuga, e outras ain-

da, são também recursos importantes para nossa vida e

fontes de prazer e alegria. A questão pode não estar na

coisa em si, mas no uso que fazemos dela. Temer a morte

e o sofrimento é normal, não é ruim. Pelo contrário, pois

também nos ajuda a preservar a vida.

Outra possibilidade diante do sofrimento é enfrentá-

-lo. Só assim poderemos nos tornar seres humanos plena-

mente desenvolvidos. Aprendi ainda que nossos ganhos

estão também diretamente ligados à maneira como en-

frentamos estas perdas, e que, muitas vezes, tentando não

perder, diminuindo ou perdendo a chance de ganhar.

Viver plenamente implica risco, e isto exige cora-

gem. Do mesmo modo, penso que força e competência

não estão na capacidade de evitar o sofrimento, mas

em conseguir enfrentá-lo, suportá-lo e atravessá-lo sem

sucumbir. Isto é possível. Sempre saímos de uma expe-

riência como esta mais fortalecidos.

Saber da própria história, dos nossos desejos, medos,

clamores internos, paixões, nossa força, fragilidade e do ser

que somos é fundamental. Essa consciência nos permite

enfrentar as perdas relativas ao confronto, com as limita-

ções do nosso poder e potencial, encarando as necessá-

rias renúncias aos sonhos ideais em favor da nossa realida-

de humana e de todo nosso potencial criativo. Assim, não

ficamos presos e congelados no passado.

Por isso, amplie na sua vida o espaço para o prazer e

para a alegria. Cuide de sua saúde, faça uma atividade fí-

sica, pois ela ajuda o organismo a produzir os hormônios

reguladores de humor; tenha uma ocupação que lhe traga

realização e gratificação; curta os amigos, sorria, ame...

Enfim, volte sua atenção para as oportunidades de fe-

licidade, pois elas estão sempre ali, esperando que você

as note, mesmo quando tudo parece escuro. Siga com a

vida, porque ela segue, apesar de você.

Finalizo com uma citação de Carlos Drummond

de Andrade: “A cada dia que vivo, mais me convenço

de que o desperdício da vida está no amor que não da-

mos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta

que nada arrisca, e que, esquivando-nos do sofrimento,

perdemos também a felicidade. A dor é inevitável, o so-

frimento é opcional”.

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A individualidade narelação amorosaO que um casal precisa desenvolver para ter uma relação saudável e prazerosa

’psicologia

por Ivana Carla Moraes Aielo psicóloga clínica - CRP 06/48248-8

Quando pensamos em relacionamen-

tos que envolvam duas ou mais pessoas,

o desenvolvimento do vínculo afetivo é

inevitável, instintivo em nossa condição

de ser humano. É daí que surge o amor,

seja ele parental, fraternal, carnal ou filial.

O tipo de vinculação afetiva mais

discutida nos dias atuais é, sem dúvida,

o amor entre dois gêneros (seja heteros-

sexual, homossexual ou bissexual).

Quando falamos desse amor, fica

implícito que ele acompanhe sentimen-

tos e comportamentos diferenciados,

principalmente no início, no qual o casal

acaba dando preferência a ficar a sós,

afastando-se mais dos amigos e família,

por exemplo.

Algumas vezes, até se abandona um

hobby para não desagradar o ser ama-

do, ou para ter mais tempo ao seu lado,

e passa-se a “gostar do que o outro gos-

ta” e a pensar como o outro.

É uma fase em que o desejo sexual

e a conquista pelo amor do outro são

tão importantes para os amantes que a

dedicação exclusiva e a anulação de ou-

tros desejos em prol do ser amado não

são percebidas ou não têm tanto valor.

De frente à reciprocidade dessas

emoções, com o passar do tempo, com

desejos e conquistas mais atendidos e

tranquilizados, é importante que o ca-

sal vá resgatando outras convivências,

até como forma de manter o vínculo,

conhecer mais profundamente o outro

e criar a admiração e aceitação do par-

ceiro, de frente à manutenção da indivi-

dualidade de cada um.

Exagero – Mas quando o amor se exce-

de no início para um ou para os dois par-

ceiros, ou ainda não supera os exageros

dessa fase, um dos dois pode-se sentir

sufocado. Outras vezes, isto pode levar

a um amor sem limites, de forma obses-

siva, com ciúmes e insegurança exage-

rados. Tais condições podem minar esse

sentimento tão nobre, assustando e/ou

repelindo o ser amado.

Assim, analise como se olhasse de

fora, de forma neutra, a sua forma de se

relacionar amorosamente e tente equili-

brar o amor que sente pelo outro e por

você mesmo. O respeito pelos desejos,

o jeito de ser do outro e pelos seus pró-

prios desejos e sua própria forma de ser.

Analise também as suas ideias e va-

lores a respeito de namoro, casamento,

sexo, religião etc., e o peso que eles po-

dem ter no seu comportamento dentro

de um relacionamento. Perceba as ex-

pectativas e as projeções inadequadas

que você pode estar lançando sobre a

pessoa amada. Desta forma, a individu-

alidade de ambos será preservada e o

relacionamento também.

Por fim, não tente mudar ninguém.

Cada um deverá mudar por si, perce-

bendo a necessidade e não desejando a

perda do ser amado. Tente se colocar no

lugar do outro, dialogue mais e flexibilize

mais seus valores, equilibrando o que lhe

deixa feliz e o que faz o outro feliz. Você

não precisa gostar do que outro gosta,

mas precisa aprender a respeitar aquilo

que faz o outro feliz.

Se ficar difícil, procure ajuda profis-

sional para o casal. Conhecendo me-

lhor a si mesmo e ao seu parceiro, terá

mais equilíbrio para amar e ser amado.

Foto: Reprodução internet

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’opinião

Chattanooga,Manhattan, PeixotinhoMomentos de “Antenor” nos vários pontos e trechos nostálgicos de Sanja

por Lauro Augusto Bittencourt Borges

Era o começo dos anos 80. A discoteque estava saindo das

paradas de sucesso. A Chattanooga fechou as portas e Ante-

nor perdeu o emprego de porteiro. Juntou o dinheiro da in-

denização trabalhista com algumas economias e, por suges-

tão de amigos, foi para os Estados Unidos recomeçar a vida.

Quem conhece Antenor sabe que sua ida para a Amé-

rica foi decidida em razão das notas verdinhas, embora ele

goste de trombetear que o seu exílio voluntário fora moti-

vado por perseguições políticas de militares tiranos. Ante-

nor sempre gostou de dar um caráter épico aos seus atos.

Nos primeiros anos nos States, Antenor perambulou

por todo tipo de emprego em Nova York e cercanias. La-

vou pratos, carros e cadáveres. Entregou pizza, flores e jor-

nais. Foi michê em bares GLS e figurante em filmes pornô.

Achou um rumo seguro quando começou a pintar

casas. Trabalhava nas residências da fechada comu-

nidade judaica. Fez um gordo pé-de-meia e montou

uma empresa de pintura.

Há uns dois meses, com as burras transbordando de

dólares, Antenor resolveu tomar o caminho de volta.

Comprou uma chácara com piscina, churrasqueira e

pomar – como sempre sonhara – nas imediações do

Foto: Silvia Ferrante

Page 41: Revista Atua - Junho 2012

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Bairro Alegre e trouxe consigo, além do caminhão de

dinheiro, Dolores, sua esposa porto-riquenha e Ante-

nor Júnior, um rebento norte-americano, mas com san-

gue hispano-brasileiro correndo nas veias.

Sábado destes, fim de tarde, encontrei Antenor beben-

do caipirinha no bar do Peixotinho. Ele contemplava o belo

crepúsculo sanjoanense com nostalgia. Tinha a saudade

estampada no olhar. Perguntei sobre o reencontro com as

raízes e Antenor desabou em choro e reminiscências.

Queria cerveja no Canecão, bauru no bar do Formiga,

filmes no Cine Avenida, viagens no Expressinho São João,

porres no Passaredo, pipoca do seu Mancini e futebol no

Palmeirinha. Queria fotos 3x4 no 5 Minutos, consertar bi-

cicletas no Orestinho, tecidos da Casa Tupi, barba e cabe-

lo com o seu Delmiro do Salão Bozzano, consultas com

o doutor Maringolo. Queria Merthiolate da Drogamé-

rica e doutor Davi Arrigucci para curar os esfolados de

Antenor Júnior. Queria carnaval com São Lázaro, Luiz

Gama e Kaska Fora Ki é Rolo. Queria o frango com po-

lenta e o pudim de pão da mãe já falecida.

Depois de várias caipirinhas era visível a embriaguez

de Antenor. Num rasgo de insanidade etílica, meu amigo

saudosista me chamou pra correr. Recusei, mais por falta de

preparo físico do que de vontade. Antenor pagou a conta e

saiu em disparada pelas ruas do Pratinha. Corria, corria mui-

to, corria atrás de uma São João que já não existe mais.

Nota do autor - A imagem que ilustra o texto, obra-

-prima da natureza magistralmente capturada pelas len-

tes da amiga Silvia Ferranti, é uma das causas da volta de

Antenor às macaúbas. E uma das causas dele não querer

voltar para os braços do Tio Sam. Ainda não inventaram

o progresso que nos prive dos nossos crepúsculos tão

estupidamente maravilhosos.

Page 42: Revista Atua - Junho 2012

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Legalização dospássaros domésticosNão são todos os tipos de pássaros que podem ser criados por amadoristas

’seu pet

Desde a descoberta do Brasil, o povo brasileiro tem o há-

bito de criar pássaros canoros silvestres como animais de

estimação. Este costume, por muitos anos feito sem con-

trole, causou enorme prejuízo à fauna brasileira.

Essa mentalidade gerou a situação atual, onde quase

não vemos pássaros silvestres voando em nossas fazendas,

chácaras e áreas protegidas. Um exemplo é a situação do

Bicudo (oryzoborus maximiliani), pássaro brasileiro que existe

em maior quantidade preso em gaiolas do que na natureza.

Para minimizar esta situação, em 1996, o Ibama (Insti-

tuto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

Renováveis) publicou a Portaria nº 57, criando a figura do

criador amadorista de passeriformes.

A partir daquele ano, todas as pessoas que tinham

pássaros silvestres marcaram suas aves com anilhas aber-

tas e só poderiam transacionar pássaros nascidos em cati-

veiro e com anilhas fechadas. Assim, a captura na natureza

ficou impossibilitada.

Em 2001, através da IN 05/01, a atividade de criação

amadorista de passeriformes passou a ser controlada dire-

tamente pelo Ibama, podendo optar o criador a se filiar

ou não a uma Federação.

Hoje, os pássaros domésticos estão cada vez mais

presentes em locais seguros de vendas, como enor-

mes pets shops espalhados por todo o país, o que ga-

rante o controle de natalidade na listagem do Ibama.

Como legalizar – Se você gosta de ouvir o canto de

um canário-da-terra, um pássaro-preto ou um curió

e gostaria de ter um desses pássaros em sua casa

de maneira legal, uma das opções é registrar-se.

Para obter a licença de criador amadorista de

passeriformes, o interessado deve realizar seu ca-

dastro pela Internet, no site www.ibama.gov.br/

sispass. É muito importante que a IN 01/03 (norma

vigente) seja lida antes de realizar o cadastro, assim

como o Manual de Utilização do SISPASS (também dispo-

nível no site citado).

Somente os pássaros silvestres canoros brasileiros são os

que podem ser criados pelos amadoristas. Alguns exemplos

de silvestres precisam do registro, mas a população os cria

como se fossem domésticos. Entre eles, estão: sabiá, sanhaço,

tico-tico, canário-da-terra, coleirinho, bigodinho, caboclinho,

galo-de-campina, trinca-ferro, azulão, corrupião e pintassilgo.

Verifique - Não adquira pássaros de

criadouros ilegais ou sem anilha, pois eles não

poderão ser registrados no Ibama. Antes de

adquirir qualquer pássaro de um criador ama-

dorista, é obrigatório o registro no Sispassww

Foto: Reprodução Internet

A

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Frio europeu em Monte VerdeNo inverno, cidade mineira cresce de turistas que procuram belezas naturais, além do frio

’check in

A estância climática Monte Verde, cidade do sul de Minas

Gerais, atrai turistas em todas as estações do ano. A natu-

reza presente é muito rica, devido a sua localização no alto

da Serra da Mantiqueira, e proporciona temperaturas que

variam de 28°C no verão e a -10°C no inverno.

No calor, é possível aproveitar o clima agradável du-

rante o dia, com roupas mais leves, e curtir banhos de

sol e as piscinas dos hotéis e pousadas. À noite, o clima

é levemente frio, mas muita gente bonita se diverte

nos barzinhos e nas lojas do Centro.

Lá, se encontra deliciosos pratos, desde comida minei-

ra, trutas, vinhos e até o famoso ‘fondue’ de chocolate e

queijo. Há também muitas lembrancinhas para se levar

à família e aos amigos, como artesanatos em madeira,

malhas, lã, couro, sabonetes e muito mais.

No inverno, os casais podem se aquecer ao calor das

lareiras que os hotéis oferecem, tomando um delicioso

chocolate quente. Ao acordar, pela manhã, a vista da

cidade toda coberta de gelo é maravilhosa.

O charme de Monte Verde é encontrado no estilo

europeu de sua arquitetura, pelas culinárias mineira e

alemã e na variedade de produtos que se encontra no

comércio. A natureza é rica em florestas de araucárias

e pinheiros, e na variedade de flores exóticas, riachos

e cachoeiras, que podem ser apreciadas nos passeios a

cavalo, de motos e em caminhadas.

A paisagem é deslumbrante do alto da montanha,

onde existem várias trilhas pelas quais você poderá visitar

diversos locais. Vale a pena viver essa sensação.

História – Os pioneiros de Monte Verde foram Verner

Grinberg (falecido aos 96 anos, em 13 de agosto de

2006) e sua esposa Emília – também falecida. Foi o so-

brenome da família que deu o nome à cidade (“grin” –

verde – e “berg” – monte).

Foto: Paloma Perez

>

Belezas naturais - A natureza presente da cidade

sulmineira de Monte Verde é muito rica, devido a sua

localização no alto da Serra da Mantiqueira. Além da

paisagem deslumbrante, existem várias trilhas pelas

quais pode se visitar diversos locais

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A família Grinberg chegou ao

Brasil em 1913, junto a outros tan-

tos imigrantes da Letônia. Em 1921,

foi morar na então recém-fundada

“Colônia Varpa”, próxima à cidade de

Paraguaçu Paulista/SP e formada por

seus patrícios letões.

Lá, ao se casar com dona Emília

Leismeir, Verner resolveu passar sua

lua de mel em Campos do Jordão/SP,

região parecida com sua terra natal. O

jovem casal se empolgou com o clima

de montanha e com as paisagens da

Serra da Mantiqueira.

Em 1936, eles ouviram falar dos

“Campos do Jaguari”, município

de Camanducaia, hoje Monte Ver-

de – lugar de clima e paisagens

semelhantes a Campos do Jordão.

Imbuído de um espírito empreen-

dedor, Grinberg subiu até o pé da

Serra da Mantiqueira no lombo de

um burro, abrindo trechos no meio

do mato. Em 1938, adquiriu ali al-

gumas terras e iniciou a formação

de uma fazenda.

Com o passar do tempo, muitos

de seus amigos e conhecidos come-

çaram a sentir atração pelo lugar. Ge-

ralmente europeus e adeptos de sua

religião, a Batista, eles recebiam terre-

nos gratuitamente para que construís-

sem casas e fossem lá morar. A

Principais roteiros em Monte Verde

Trilha do Pinheiro Velho: passeio que começa próximo a um posto de gasolina, que leva até ao aeroporto, a 1.560 metros de altitude. Essa trilha pode ser percorrida em 15 minutos e, no percurso, encontram-se árvores nativas e centenárias, riozinhos à beira do caminho, flores diferenciadas e o mais antigo pinheiro de Monte Verde, que possui mais de 500 anos. Lá em cima está o Mirante, que oferece vista panorâmica para a cidade, com as montanhas como pano de fundo.

Rafting: é realizado no Rio Jaquari (km 13, na rodovia que liga Monte Verde à Camanducaia, no bairro do Quilom-bo). O local está entre os cinco melhores do Brasil para a prática desse esporte, com corredeiras e cachoeiras que podem chegar a 8 metros de altura.

Quadriciclo: para adultos, os passeios são quase sempre em gru-pos, com guias. Para as crianças, há os quadriciclos infantis, com pista própria e instrutores.

Patinação no Gelo: Monte Verde oferece uma grande pista de patinação (foto ao lado). Quem deseja aprender, há instrutores de apoio. E quem não gosta, pode somente assistir ao show, ou às cacetadas e gargalhadas, fora da pista.

Mega Tirolesa: são duas, sendo uma de 450 metros e outra de 475 metros, totalizando 925 metros de emoção e adrenalina.

Foto: Divulgação

Foto: Reprodução Internet

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“Acredito no ato de empreender como forma de realização” Presidente do Sebrae, Alencar Burti, fala sobre o atual momento brasileiro

’entrevista

Foto: Patrícia Cruz/Agência Luz

por Mateus Ferrari Ananias

Alencar Burti, 81 anos, é uma das maiores e mais influen-

tes lideranças empresariais do Brasil. Sempre engajado em

lutas em favor empresas brasileiras, Alencar é hoje presi-

dente do Sebrae/SP, entidade que apóia as micro e peque-

nas empresas no estado de São Paulo. Empresário do setor

automobilístico, ele também já esteve a frente da Associa-

ção Comercial de São Paulo (ACSP), onde foi presidente.

Com toda essa experiência, ele é enfático ao afirmar

que burocracia estatal é uma das principais causadoras de

danos à nossa economia. “ chega para alugar [o local para

a empresa] tem meio ambiente, prefeitura, bombeiro. A pes-

soa abre e não pode funcionar. Fica com pouco capital, tendo

despesa sem receita”, afirma.

Ele é crítico também ao “achismo” dos empresários em

um mundo de inovações que atinge o mercado todos os

dias. “O mundo, cada vez mais interconectado, exige dos em-

preendedores novas formas de atuação. Capacitar-se cons-

tantemente, buscar orientação em sua entidade de classe e

informar-se constantemente é uma ótima alternativa para os

que desejam perpetuar seus negócios”, explica.

Alencar Burti concedeu uma entrevista exclusiva a Re-

vista Atua, que você confere a seguir.

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>

Como o senhor enxerga o atual pe-ríodo que o Brasil vem passando? A competitividade empresarial está

profundamente ligada a políticas pú-

blicas de apoio às diversas atividades

econômicas, independente do porte.

Por isso, credito como válidas as inicia-

tivas governamentais de melhorar o

ambiente para que micros, pequenos,

médios e grandes empreendimentos

consigam melhorar sua performance.

Entretanto, não podemos perder de

vista o fato de que os programas de

apoio precisam estar lastreados no

mundo global, interconectado, que

muda diariamente a uma velocidade

incrível. As empresas precisam se ade-

quar a esta nova realidade, e nossos

formuladores e executores de políti-

cas públicas também. É preciso que

os representantes dos 28 partidos po-

líticos brasileiros deem uma resposta à

altura e em consonância com as aspi-

rações da sociedade e do empresaria-

do, construindo desta forma uma na-

ção forte, e não apenas alguns setores.

O senhor vê diferença entre o em-preendedor da Capital e o do inte-rior? O ser humano é o mesmo. Ele

só precisa se ajustar às necessidades

dos clientes, aos desejos do mercado.

A atuação integrada é que nos traz in-

formações valiosas sobre as realidades

diferenciadas. E se você não partir da

base, começa agindo errado. São Pau-

lo tem hoje um perfil econômico bem

diferenciado, concentrando na Capital

grande número de empreendimentos

de serviços (nossas projeções indicam

que, em 2015, o setor de serviços vai

ultrapassar o de comércio em número

de estabelecimentos) e no interior, mi-

cro e pequenas empresas do comér-

cio, do agronegócio e da indústria que

evoluem rapidamente.

Como o Sebrae trabalha para ofe-recer soluções a esse público do in-terior? Sabemos que o Estado de São

Paulo é gigante. Para levar aos empre-

sários e futuros empreendedores o que

há de melhor em orientação e capa-

citação em gestão empresarial, temos

uma rede com 33 escritórios regionais,

90 pontos de atendimento (em parce-

ria com diversas entidades, em especial

associações comerciais) e 15 pontos iti-

nerantes. Além disto, temos inúmeras

parcerias com associações, sindicatos,

prefeituras, que cedem espaços (como

as Salas do Empreendedor) para que

possamos orientar os donos de peque-

nos negócios. Também investimos no

atendimento e na capacitação remota,

disponibilizando profissionais especia-

lizados em administração, marketing,

legislação, inovação, recursos huma-

nos, tecnologia, entre outros.

Um fenômeno que é corriqueiro no interior é o jovem assumir os negó-cios da família, tendo o pai como “padrão de empresário”. O senhor considera isso um dos grandes vi-lões que tem levado cada vez mais ao colapso as empresas familiares? Um dos grandes vilões, em qualquer

organização, é não estar com olhos

atentos para as inovações que o mer-

cado traz todos os dias. O mundo,

cada vez mais interconectado, exige

dos empreendedores novas formas de

atuação. Capacitar-se constantemente,

investir numa rede de contatos bem

diversa, buscar orientação em sua en-

tidade de classe e informar-se constan-

temente são ótimas alternativas para

os que desejam perpetuar seus negó-

cios por inúmeras gerações.

Como andam os indicadores de fa-lências das micro e pequenas em-

presas? Os números nos trazem previsões otimistas ou não? Segun-

do estudo do Sebrae-SP, de cada 100

empresas abertas hoje, 29 não conse-

guirão completar um ano de atividade;

em cinco anos, 58% terão sucumbido

ao longo do caminho. Ainda é uma

taxa assustadora, que gera um impacto

social bem elevado (em um ano, mais

de 300 mil postos de trabalho deixam

de existir e quase R$ 20 bilhões deixam

de circular no mercado), mas bem dife-

rentes de quase 15 anos atrás: em 1998,

de cada 100 empresas abertas naque-

le ano, 35 sucumbiam e 71 não che-

gavam ao 5° ano de atividade. Ainda

podemos atribuir boa parte disto à bu-

rocracia e à carga tributária elevadas e

à legislação trabalhista que não acom-

panha o novo momento corporativo.

Certa vez o senhor citou em uma entrevista que “não há mais espaço para o ‘achismo’ no mundo empre-sarial”. Como o Sebrae trabalha essa questão em um mundo em que a tecnologia passa por rápidas trans-formações, assim como o mercado?

Como falei anteriormente, o mundo

está numa fase em que a mudança é

feita por minuto e não mais por anos

e décadas. Estar preparado para isto,

antecipar-se aos fatos, é a melhor forma

de atuação empresarial. O Sebrae-SP

tem uma equipe de especialistas em

gestão que conhecem e estudam os

impactos destas mudanças, bem como

oferecem soluções que ajudam o em-

presário a profissionalizar sua gestão.

Ainda tocando na questão do “achismo”, qual a importância de estimular políticas públicas e o em-preendedorismo nos municípios? A cidadania empresarial plena passa

pelo tratamento diferenciado a que

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os pequenos negócios têm garanti-

do pela Constituição Federal. E tratar

os desiguais de forma desigual é uma

das funções dos poderes públicos,

em especial o Executivo e Legislativo.

Ao tirar as amarras dos excessos de

burocracia, tributos e das exigências

creditícias, o governante e o legislador

estão dinamizando o desenvolvimen-

to socioeconômico de sua localidade,

uma vez que as micro e pequenas

empresas são as maiores geradoras

de empregos e distribuidoras de ren-

da. Somente com políticas públicas

adequadas teremos o verdadeiro ciclo

virtuoso do crescimento.

Que iniciativas o Sebrae tem para essa área? O Sebrae-SP atua em duas

frentes: a orientação e a capacitação

das micro e pequenas empresas em

assuntos de gestão empresarial, ga-

rantindo maior grau de competitivi-

dade frente a mercados cada vez mais

diferenciados e no fornecimento de

subsídios para formulação de políticas

públicas que garantam o ambiente

propício para a criação, o fortaleci-

mento e a consolidação dos empre-

endimentos de pequeno porte. Estão

entre nossas metas a regulamentação

e a implantação da Lei Geral das Micro

e Pequenas Empresas nos 645 municí-

pios paulistas. Hoje, já são mais de 350

cidades, beneficiando cerca de 70%

do total de 2 milhões de MPEs paulis-

tas no que diz respeito ao tratamento

tributário diferenciado, desburocra-

tização de processos para abertura e

continuidade do empreendimento,

facilidade de acesso ao crédito e à

tecnologia, inserção no mercado de

compras governamentais, entre ou-

tros pontos. Também em 2012 todo

sistema Sebrae trabalhará de forma

integrada para garantir a plena adesão

de MPEs ao sistema tributário simplifi-

cado (Simples Nacional) e à moderni-

zação da legislação trabalhista.

O senhor fez um comentário mui-to interessante, em uma entrevista cedida ao programa Provocações da TV Cultura, sobre a relação em-pregado/patrão, afirmando que “ela é um resquício do século XVIII”. Não é contraditório um empresário ter uma visão dessas? Pois o pró-prio princípio do lucro não exige a exploração do empregado? Eu

não acredito na relação em que só

uma parte ganha: ou só o empresário

ou só o empregado. Não acredito na

exploração como melhor forma de

lucrar. Minha crença é na parceria, na

relação em que ambos – empresário

e colaborador – são co-responsáveis

pelo sucesso e ganham, sendo que o

colaborador oferece seu conhecimen-

to, sua competência, e o empresário

paga o justo por isso.

A pergunta anterior nos leva de forma inerente à seguinte: co-mandar ou liderar? A maioria opta

por comandar, que é a via mais fácil.

Liderar é estar a serviço dos que lhe

elegeram como líder, sem abrir mão

dos princípios de ética e responsabi-

lidade, que são alienáveis.

O “complexo de vira-latas”, citado por Nelson Rodrigues, e o medo de falhar seriam um entrave a ideias talentosas e originais nos negócios? Ser empreendedor é ter a capacidade, a

vontade e a coragem de assumir riscos

planejados. E o brasileiro é um empre-

endedor por natureza. De acordo com

a pesquisa Global Entrepreneurship

Monitor (GEM), realizada em mais de 59

países, a Taxa de Atividade Empresarial

do Brasil é de 17,5%, maior entre os pa-

íses do G20 e dos integrantes do bloco

BRIC. O que ainda impede ideias talen-

tosas de virarem negócios de sucesso

são o ambiente hostil, com os excessos

O que é o Sebrae?

O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) é uma entidade privada sem fins lucrativos criada em 1972. Tem por missão promover a competitividade e o desenvolvimento sustentável dos empreendimentos de micro e pequeno porte. Ele faz parte do Sistema S (Senac, Senai, Sesc, Sesi, etc).Por meio de parcerias com os setores público e privado, o Sebrae promove pro-gramas de capacitação, estímulo ao associativismo, desenvolvimento territorial e acesso a mercados. Trabalha pela redução da carga tributária e da burocracia para facilitar a abertura de mercados e ampliação de acesso ao crédito, à tecnologia e à inovação das micro e pequenas empresas.

Parte deste esforço ganhou visibilidade com a aprovação da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa (Lei Complementar 123/06). A lei estabeleceu um ambiente que favorece o crescimento dos pequenos negócios. A legislação contabiliza avanços especialmente no Simples Nacional (Supersimples) e no incentivo à formalização do Empreendedor Individual (Lei Complementar 128/08).

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que já citei anteriormente, a falta de pre-

paro do empresário para gerenciar seu

empreendimento e a não aceitação do

insucesso, que também faz parte do dia

a dia empresarial (não existem 100% de

sucesso ou de insucesso). O importante

é preparar-se para diminuir os impactos

de um ou outro insucesso e fazer disto

um trampolim para um próximo em-

preendimento bem sucedido.

Qual sua opinião sobre a desindus-trialização do Brasil? É um fato, não

adianta negar. O que precisa é que não

se torne grave. Há uma sensibilidade, o

governo federal está atuando na área

de crédito, facilitando o custo. Agora,

é preciso que o pequeno e o médio

empresário haja uma simplificação dos

procedimentos burocráticos, que são

mais pesados que a carga tributária,

depois da Lei da microempresa e do

MEI. Você aprova uma empresa, o CNPJ,

e quando chega para alugar, tem meio

ambiente, prefeitura, bombeiro. A pes-

soa abre a empresa e ele não pode

funcionar. Fica com pouco capital, ten-

do despesa sem receita. Isso precisa

mudar. A burocracia, que é uma das

principais causadoras de danos à nossa

economia, precisa se ajustar à realidade

das empresas, em especial à das micro

e pequenas; e não o contrário, os em-

presários estarem a serviço dela.

O senhor esteve à frente da ACSP durante vários anos. Qual a grande lição que tirou dessa experiência? Para se ter uma economia competiti-

va, é preciso que grandes e pequenos

empresários convivam de uma forma

mais próxima, um aprendendo com o

outro, formando uma rede sólida. O pe-

queno pode oferecer ao grande a agi-

lidade, o pronto atendimento, a rápida

incorporação de novas tecnologias, a

solução (seja produto ou serviço) que

vai garantir maior lucratividade e pro-

dutividade ao pequeno. O grande tem

a possibilidade de formar uma cadeia

de fornecedores de excelência.

Em 1989, a ACSP gerou duas can-didaturas a presidente: Guilherme

Affif e Paulo Maluf. Após esse pe-ríodo, a ACSP mudou seu foco de atuação, preferindo os bastidores à política propriamente dita? O Brasil

precisa de políticos, independente de

sua origem, e partidos políticos que

defendam a bandeira do empreen-

dedorismo e da livre iniciativa, forças

vitais para o verdadeiro ciclo virtuoso

do desenvolvimento. Desta forma, to-

dos sairão ganhando.

O que o senhor destacaria como grande aprendizado que tirou de todos esses anos dedicados à ati-vidade empresarial e na luta pelo fortalecimento das empresas? Sou

um adepto do óbvio. Acredito ser fun-

damental aprendermos também com

a obviedade (e não somente com o

inusitado). O dia a dia é um grande

mestre e está à disposição daqueles

que querem evoluir.

Qual sua opinião sobre os sindica-tos. Eles representam mesmo a clas-se trabalhadora? Existe empregado >

Foto: Patrícia Cruz/Agência Luz

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sem empresa? E vice-versa? A partir

desta constatação óbvia, mas que al-

guns ainda insistem em não enxergar,

as discussões entre representantes das

classes empresarial e trabalhadora pre-

cisam acontecer em outro patamar. O

mundo muda a cada 24 horas e estas

mudanças, ao contrário do que acon-

tecia no passado, têm impacto real e

imediato em cada um. Precisamos evo-

luir, sempre tendo em mente a forte

ligação entre ambas as partes.

O governo reduziu o orçamento da saúde e educação. O senhor acha plausível uma medida dessas em um país que vislumbra assumir a lideran-ça dos países emergentes? O dia em

que alguém me explicar – e convencer

– como cidadãos de um país podem

viver sem educação e saúde e, mesmo

assim, disputar posições de destaque

no cenário mundial, vou passar a acredi-

tar nesta possibilidade. De nada adianta

investirmos para tratar os desiguais de

forma desigual nos campos tributário,

burocrático, creditício e legal se a base

educacional dos empreendedores, e

da maioria dos cidadãos brasileiros, está

muito aquém do que vemos no cenário

internacional. O Programa Internacional

de Avaliação dos Alunos (Pisa), da OCDE,

mede, a cada três anos, o conhecimento

dos alunos em matemática, ciências e

leitura. Em 2009, o Brasil ocupava apenas

o 53º lugar entre 65 países participantes,

mesmo sendo um dos três países que

mais progrediu na avaliação, ante a edi-

ção anterior. Para se ter ideia do impac-

to deste dado, basta comparar com os

indicadores da Coreia do Sul, país que

deu um salto fantástico, saindo de PIB

per capita de US$ 67, em 1950, para US$

28.715, em 2010, investindo em educa-

ção e inovação. Na mesma avaliação, os

estudantes sul coreanos ficaram em 6º

lugar, mesmo o País tendo investindo

menos recursos em educação que o Bra-

sil (4,2% do PIB investido em educação,

contra 5,2% do Brasil). Tais resultados são

decorrentes de inúmeros programas de

crescimento econômico implantados

no país que não foram descontinuados

e tiveram seu alicerce calçado no tripé

educação, empresas privadas e institutos

independentes. Ao optar por investir em

sua principal “matéria-prima”, as pessoas,

a Coreia firmou-se como uma economia

do conhecimento. E eles já estão se pre-

parando para os próximos 50 anos, ten-

do a ciência como base. Investem 3,2%

do PIB em pesquisa e desenvolvimento

(contra 1,1% do Brasil) e promoveram

em 2008 a integração dos ministérios da

educação, ciência e tecnologia. Alguma

dúvida que chegarão lá? A

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’galera

Como você se define? Uma coisa que sempre digo é que “quem se define, se limita”.O que mais gosta de fazer? Assistir a seriados (sou viciada), brincar com minha filha e nosso cachorrinho.Perfume: Egeo Dolce.Música: Só os loucos sabem (Charlie Brown Jr.).

Filme: Sempre ao seu lado – toda vez eu choro. (risos)Livro: Bem perto de Léo.Comida: Pizza.Medo: Ficar sozinha, sem as pessoas que tanto amo.Viagem dos sonhos: EUA.Hobby: Os passeios com o marido e a filha.Ídolo: Minha mãe.Não vive sem: Minha filhota.O que precisa para lhe conquistar: Sinceridade e um sorriso encantador, mas o marido já conquistou. (risos)Um sonho: Poder ajudar crianças que estão em casas de apoio e fazer a vida delas um pouco mais doce. Como pensa estar daqui a 10 anos? Além de tranquila financeiramente, ainda mais feliz do que sou hoje.

Camila Sant’Angelo Bernardo 23 anos - auxiliar administrativo

Como você se define? Sincera, amiga e feliz.O que mais gosta de fazer? Tudo, menos ficar em casa. (risos)Perfume: Egeo Dolce – O Boticário.Música: Without You – David Guetta.

Filme: suspense e comédia.Comida: lasanha.Medo: perder as pessoas que amo.Viagem dos sonhos: Las VegasHobby: Facebook. (risos)Ídolo: Jensen Ackles.Não vive sem: família e amigos.O que precisa para lhe conquistar:ter simplicidade, sinceridade e bom humor.Um sonho: segredo. (risos)Como pensa estar daqui a 10 anos?Com meus objetivos realizados e feliz.

Clivia Brumann18 anos - estudante

Como você se define?Uma pessoa apaixonada pela vida.O que mais gosta de fazer? Estar na companhia de pessoas que me fazem bem.Perfume: Hypnôse – Lancôme.Música: Baby I Love Your Way, na voz de Emmerson Nogueira.

Filme: Patch Adams - O Amor é Contagioso.Livro: A Cabana.Comida: frutos do mar.Medo: perder as pessoas que amo.Viagem dos sonhos: Bora Bora – Polinésia Francesa.Hobby: malhar, ler e viajar.Ídolo: Deus.Não vive sem: minha família, meus amigos, meu namorado e meus bichos de estimação.O que precisa para lhe conquistar: bom humor, educação e caráter.Um sonho: viajar o mundo.Como pensa estar daqui a 10 anos? Realizada e com muita saúde.

Marystela Gomes Nogueira20 anos - estudante

Como você se define?Feliz, sincera e ciumenta. (risos)O que mais gosta de fazer? Viajar, ver filmes, comprar e estar com quem eu gosto.Perfume: Glamour Secrets.Música: Open Your Eyes - Snow Patrol.

Filme: romance.Livro: vários.Comida: strogonoff.Medo: perder minha família e meus amigos.Viagem dos sonhos: lua de mel em Paris.Hobby: ver blogs de moda e customizar roupas.Ídolo: Anne Hathaway.Não vive sem: meus amigos, maquiagem, celular e computador.O que precisa para lhe conquistar: bom humor, inteligência e beleza.Um sonho: ter a minha própria loja de roupas.Como pensa estar daqui a 10 anos? Realizada pessoal e profissionalmente.

Rafaela Pedrilo18 anos - estudante

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Como você se define?Tímido, sincero e amigo.O que mais gosta de fazer? Viajar, tomar uma cervejinha com os amigos e balada.Perfume: Fahrenheit.Música: tudo.Filme: O curioso caso de Benjamin Button.Livro: Propaganda de A a Z.

Gusthavo Amaral21 anos - estudante

Comida: strogonoff e massas. Medo: perder meus familiares.Viagem dos sonhos: mochilão pela EuropaHobby: academia.Ídolo: Ronaldo.Não vive sem: família e amigos.O que precisa para lhe conquistar: ser sincera, atenciosa e muito parceira. Um sonho: realizar todos os meus objetivos.Como pensa estar daqui a 10 anos? Realizado profissional e financeiramente na áreaem que escolhi.

Como você se define?Uma pessoa alto astral, de bem com a vida e grato por tudo que Deus me deu.O que mais gosta de fazer? Viajar, conhecer lugares, pessoas e comidas novas.Perfume: Zaad.Música: Vamos Fugir – Skank.Filme: À Procura da Felicidade.Livro: Na Natureza Selvagem.

José Carlos Meira Filho27 anos - executivo de vendas

Comida: feijoada.Medo: não tenho;Viagem dos sonhos: Machu Picchu – Peru.Hobby: viajar e me reunir com os amigos.Ídolo: Chico Xavier.Não vive sem: Minha família, namorada e amigos.O que precisa para lhe conquistar: sinceridade, humil-dade e simpatia.Um sonho: aposentar-me cedo e ser voluntário em alguma ONG.Como pensa estar daqui a 10 anos? Diretor de uma empresa representativa e confortável financeiramente.

Como você se define? Uma pessoa emotiva e sincera.O que mais gosta de fazer? Jogar futebol e dançar.Perfume: Natura HomemMúsica: Balada Boa - Gusttavo Lima.Filme: O Código da Vinci.Livro: O Código da Vinci.Comida: pizza.

Thales Henrique M. Cavalari19 anos - vendedor Medo: perder meus pais.

Viagem dos sonhos: HawaiiHobby: jogar bola.Ídolo: Eminem.Não vive sem: meus pais.O que precisa para lhe conquistar: ter um olhar atraente.Um sonho: Ir para o Hawaii.Como pensa estar daqui a 10 anos? Quero estar com saúde e, se Deus quiser, ter uma família ótima e um bom emprego.

Como você se define? Alegre.O que mais gosta de fazer? Balada com os amigos.Perfume: doce.Música: pagode e sertanejo.Filme: Zohan - Um agente bom de corte.Livro: A Cabana.Comida: da minha mãe.Medo: voar de avião.

Wendreo Luciano Fernandes18 anos - estudante

Viagem dos sonhos: Miami Beach.Hobby: musculação.Ídolo: Michael Jackson.Não vive sem: internet.O que precisa para lhe conquistar: romantismo, sinceridade e carinho.Um sonho: Ser um empresário de sucesso.Como pensa estar daqui a 10 anos? Noivo, talvez com um filho(a) e bem sucedido.

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Viagem de avião: a primeira vez...“Estreantes” que trabalham ou passeiam com esse meio de transporte cresce a cada dia

’viagem

Nos últimos anos, cresce a cada dia o

número de brasileiros que viajam de

avião, muitos deles pela primeira vez.

Impulsionados por uma situação eco-

nômica estável, facilidades no financia-

mento das passagens e promoções irre-

cusáveis oferecidas pelas companhias,

muitos ainda irão debutar nas viagens

aéreas em seus próximos passeios.

Em 2010, segundo pesquisas da

ANTT (Agência Nacional de Transpor-

tes Terrestres) e da ANAC (Agência Na-

cional de Aviação Civil), o número de

embarques registrados – para viagens

dentro do país - no transporte aéreo

(65,9 milhões) quase ultrapassou o

número de passagens compradas

para viagens de ônibus (66,7 milhões)

– algo inédito na história do Brasil.

Você que ainda não teve essa expe-

riência, precisa ter cuidados para não

passar dificuldades, tanto na chegada

ao aeroporto como no desembarque.

Por isso, algumas dicas são importantes:

Compra – Tente comprar sua passa-

gem com antecedência, o que pode

assegurar um bom desconto. Mas te-

nha certeza de que será possível viajar

na data marcada. O passageiro perde

o desconto se tiver que remarcar a via-

gem em cima da hora.

Relógio – Chegue sempre ao aero-

porto, no mínimo, uma hora antes

da estipulada na passagem aérea.

Tal adiantamento evita filas na hora

de despachar a bagagem e, caso o

check-in não tenha sido feito via in-

ternet, possibilita que você escolha

os assentos mais confortáveis da ae-

ronave. A atitude pontual também

deve ser adotada na hora de se diri-

gir ao portão de embarque.

Malas – Segundo a ANAC, em voos

nacionais feitos por aviões com mais

de 31 assentos, o peso da bagagem

despachada por cada passageiro não

Foto: Reprodução Internet

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pode exceder a 23 kg (caso exceda,

aplica-se multa). É recomendável que

o passageiro tente colocar nessa ba-

gagem alguma identificação visual

chamativa. O esforço para identificá-

-la na esteira da sala de desembarque

será bem menor.

Tumultos – Lembre-se de sempre

respeitar a fila de embarque no avião,

geralmente ordenada de acordo

com o número do assento indicado

na passagem. O procedimento evita

tumultos na hora de entrar na aero-

nave. Uma das horas mais caóticas

de qualquer voo é o momento em

que todos os passageiros estão en-

trando na aeronave. Saiba, portanto,

qual é exatamente o seu assento,

coloque sua bagagem de mão o

mais rápido possível no seu com-

partimento e libere o corredor.

Crianças – A experiência de voar pode

ser extremamente tediosa e desgastan-

te para os adultos, mas pode afetar prin-

cipalmente as crianças. Choros estriden-

tes, principalmente em viagens longas,

são comuns quando os pequenos já

não têm mais o que comer ou fazer. Por-

tanto, sempre leve em sua bagagem de

mão algo que os entretenha por mais

tempo e os faça esquecer que estão no

espaço confinado do avião. Isso tam-

bém dará aos pais – e aos outros passa-

geiros – uma viagem mais tranquila.

Janelas – As paisagens (principalmen-

te na decolagem e aterrissagem) vistas

das janelas dos aviões são lindas e, a 10

mil metros de altura, a visão que se tem

das nuvens é poética. Mas cuidado para

não atrapalhar a pessoa que está ao seu

lado, pois o sol muitas vezes entra com

tudo e pode incomodar o vizinho.

Assentos – Geralmente, o espaço

entre os assentos nas aeronaves é

mínimo e, ao se sentar, o primeiro

impulso que o passageiros têm é de

incliná-los. Mas lembre-se de que,

assim como você, existe alguém

espremido no banco de trás. Faça o

esforço de endireitar a cadeira, pelo

menos na hora das refeições, para

que seu companheiro de voo possa

comer sem se irritar.

Conversas – Com voos frequentemen-

te lotados, casais, amigos e familiares

nem sempre conseguem se sentar jun-

tos nas aeronaves. Caso a multidão de

passageiros separe você da sua pessoa

querida, uma dica: evite se levantar do

seu assento e ficar em pé, no meio do

corredor, conversando com ela. Tal ati-

tude pode ajudar a passar o tempo, mas

atrapalha a circulação das pessoas. A

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O bispo e as enxadasPassagem da história da cidade conta missa com trabalhadores rurais e o bispo da época

’história

por Francisco Artenpresidente da Academia de Letras e professor universitário

Em 1° de maio de 1962, a Igreja Catedral estava lotada por

uns católicos diferentes: trabalhadores rurais, todos eles

com enxadas nas mãos, batendo os cabos no piso, fazen-

do um barulho assustador para a elite da cidade. Era a mis-

sa em comemoração ao Dia do Trabalhador.

Naqueles anos de Guerra Fria, do mundo dividido entre

capitalistas e comunistas, de radicalização política, comemorar

um 1° de maio desta maneira poderia ser considerado como

uma manifestação de esquerda; e as enxadas batendo no piso,

um incentivo para a violência do proletariado. E foi assim mes-

mo que a elite da cidade passou a desconfiar

que o Bispo, Dom David Picão, era um

“infiltrado de Moscou”.

A instalação do Bispado

em São João aconteceu em 21 de julho de 1960, sendo

uma das festas mais concorridas. A cidade disputou com vá-

rias outras a honra de ser sede do Bispado. Uma vitória que

teve como seu principal articulador o padre Antonio David.

E para conseguir trazer para sua cidade a Sede do Bispado,

contou com a ajuda dos poderosos fazendeiros de então.

Entre outras coisas, conseguiu a doação do palacete, bem

no centro da cidade, de muitas janelas e muitos quartos, que

pertencia à família de Christiano Osório de Oliveira. Ali funcio-

nou a sede do Banco de Cristhiano Osório, que garantiu à fa-

mília um dos patrimônios mais sólidos do Estado de São Paulo.

E não foi só a ostentosa sede do Bispado. Várias outras

doações aconteceram. Entre elas, a Fazenda Cachoeira, de

400 alqueires. Local histórico, instalado pelo patrono da

cidade, Joaquim José de Oliveira, e que, desde então, per-

tencia à família. Também sob influência do padre Antonio

David, levantou-se um fundo de 2,8 milhões de cruzeiros,

conseguido junto aos católicos da cidade.

Chegada – O Bispo chegou assim, com muitas expecta-

tivas e bastante festejado. Foi recebido na entrada da ci-

dade pelos religiosos e autoridades. Havia fogos, banda

Foto: Reprodução internet

O bispo “comunista”

Filho de Joaquim Ramos Picão e Maria da Piedade Picão, Dom David Picão estudou nos Seminários de Campinas e Central do Ipiranga. Em 1947, em Roma, terminou Teologia e estudou Direito Canônico na Pontifícia Universidade Gregoriana, rece-bendo o Sacramento da Ordem, em 1948.

Na Arquidiocese de Ribeirão Preto, para onde retornou em 1950, exerceu os cargos de Professor e Diretor Espiritual do Seminário Diocesano. Em 1960, foi no-meado Bispo da nova Diocese de São João da Boa Vista, sendo ordenado no dia 31 de julho, na Catedral de Ribeirão Preto. Em 1963, foi transferido para Santos como Bispo Coadjutor, podendo ser sucedido, tomando posse em 22 de junho.

Tendo Dom Idílio José Soares renunciado à Diocese, Dom David assumiu como Quarto Bispo Diocesano de Santos, em dezembro de 1966. Dom David Picão fale-ceu no dia 30 de abril de 2009, em Santos.

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musical e uma multidão que se acoto-

velava desde a entrada da cidade até

a Avenida Dona Gertrudes, por onde o

bispo passaria.

Dom David Picão sabia fazer res-

peitar sua autoridade, deslumbrando

o povo com suas vestimentas impecá-

veis e largo chapéu, que evidenciavam

seu poder. Circulava pelas ruas, em suas

breves aparições públicas, num auto-

móvel luxuoso, único na cidade, de tal

ordem que chamava para si todas as

atenções. Ao vê-lo pelas ruas, o povo

interrompia as conversas para apreciá-

-lo. Lá ia o Bispo. Lá estava o poder.

Mas Dom David Picão não tinha o

perfil esperado pelos poderosos fazen-

deiros, patrocinadores de sua vinda.

Logo começou a palpitar sobre a pobre-

za dos moradores da zona rural e as pre-

cárias condições sociais em que viviam.

Enviou freiras para todos os can-

tos da cidade, orientando os pobres,

ajudando os miseráveis, cobrando um

amparo maior dos patrões. O Bispo

era jovem, com pouca experiência e

combativo em seus pontos de vista.

Logo começou a circular o boato de

que ele era comunista, ou seja, contra os

fazendeiros. Todas as suas ações faziam

crer que estava alinhado com a esquerda.

Cresceram assim as reclamações contra

o primeiro bispo de São João e pedidos

para que fosse transferido da cidade.

Talvez por isso tenha ficado tão pou-

co em São João, transferido que foi para

Santos, onde exerceu função de Bispo

até sua morte. Irônico que lá, Dom David

tenha sido acusado por militantes de es-

querda como bispo muito conservador.

O que era a guerra fria?

A guerra fria é a designação dada ao conflito político-ideológico entre os Estados Unidos (EUA), defensores do capitalismo, e a União Soviética (URSS), defensora de uma forma de socialismo. É chamada de “fria” porque não houve qualquer combate físico, embora o mundo todo temesse a vinda de um novo combate mundial, por se tratarem de duas potências com grande arsenal de armas nucleares. Norte-americanos e soviéticos travaram uma luta ideológica, política e econômica durante esse período.

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’agito

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Direito x deveresO sistema jurídico também pune o abuso do exercício do direito

’direito

Ética e cidadaniaA ética e a cidadania estão intrinsicamente ligadas à questão dos direitos e deveres de cada um. Hoje, são questões fundamentais, quer na educação, quer na família ou entidades, para o aper-feiçoamento da vida em sociedade. Não basta termos um grande desenvolvimento tecnológico e científico para que a vida fique melhor. É preciso uma boa e razoável convivência na comu-nidade, para que os gestos e ações de cidadania possam estabelecer um viver harmônico, mais justo e menos sofredor. Devemos nos lembrar que ninguém nasce cidadão, mas torna-se cidadão pela edu-cação, pois ela atualiza a inclinação potencial e natural dos homens à vida comunitária ou social. Cidadania é, nesse sentido, um processo. Processo que começou nos primórdios da humanidade e que se efe-tiva através do conhecimento e conquista dos direitos humanos, não como algo pronto, acabado, mas como aquilo que se constrói.

por Heitor Siqueira Pinheiro Juiz de Direito da 2ª Vara Judicial

É comum ouvir-se a expressão: “mas

eu tenho direito”. E, de fato, numa so-

ciedade tão complexa e tão carente

como a nossa, onde muitos têm e ou-

tros nada possuem, costumeiramen-

te direitos são desrespeitados, não

raramente pelo império do mais forte

ou do mais provido economicamente

contra aquele mais fraco ou em des-

favor do mais pobre.

Contudo, veja se, na busca ou na

realização da ideia de um direito que

acredita ter, na verdade, você não

está ocupando o espaço de garantia

de outra pessoa.

Nesta linha, não é incomum a vin-

da ao Fórum de pessoa que sustenta

uma verdade absoluta (como se ela

fosse sua, por exclusividade). Porém,

ao final de um processo judicial (onde

há lugar para a oitiva da outra parte, o

chamado contraditório) se vê surpre-

endida pelo decreto de improcedên-

cia de sua ação.

Há a máxima: “o meu direito termi-

na onde começa o seu”. Não há como

perder: o sistema jurídico também

pune o abuso do exercício do direito

(Código Civil, Artigo 187).

Opções - Pondera-se: entre outras

aparentes contraposições de regras,

se há o direito de imprensa e de in-

formação, também há o dever de res-

peitar a intimidade; se há o direito de

propriedade, existem as regras do di-

reito de vizinhança; se há a liberdade

de expressão, há o dever de assegurar

à tranquilidade de outrem; se há o di-

reito do consumidor, igualmente há o

dever de pagar o preço das compras

que se faz no comércio.

Se muito reclamam das deficiên-

cias do Estado, é relevante analisar se

as pessoas não têm deliberadamente

sonegado os impostos que devem;

se reclamam dos políticos, quiçá lhes

tenham faltado uma melhor reflexão

no momento do voto. Ora, as ações

ou omissões têm consequências, por

vezes não esperadas ou não queridas

(mas elas acontecem...). Para ter a hon-

ra respeitada, você tem que ser uma

pessoa honrada.

Portanto, para todos, talvez se

faça oportuno a construção de um

inventário pessoal. Refletir como

trata sua família, o vizinho, o empre-

gado, o patrão (...); enfim, como tem

auxiliado o seu próximo.

Sabe-se: o mundo pode ser bem

melhor a partir de nós mesmos. Logo,

antes de dizer que foi afrontado por

alguém, analise – e isto previamente –

se você não quebrou certas regras de

convivência. Vamos, pois, nos respeitar.

Foto: Reprodução internet

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66Bruna veste vestido de renda branco, casaqueto preto de Tafetá - Marilene MartinsSapato Punk Glan Glitter e bolsa casual estruturado - Arezzo

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PEÇACHAVE

Queridinho das fashionistas, o inverno mostra sua versa-tilidade e brilho, cheio de atitude em todas as ocasiões.

Moda feminina: Marilene Martins | 3056.3695

Calçados femininos: Arezzo | 3623.3503

Modelo:Bruna Zanetti

Produção de moda: Fabiano Barbosa e Patricia RehderCabelo e maquiagem: Alexandre dos SantosFotos: Fabiano BarbosaLocação: Fazenda Solar CapituvaAgradecimentos: Luiz Antonio e José Guilherme Berardo.

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68Bruna veste saia lápis preta shantung, camisa algodão branca , blazer cinza de lã, lenço seda pura – Marilne MartinsScapin de salto fino de metal e bolsa estruturado – Arezzo

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69Bruna veste terno branco de linho, camisa de seda preta – Marilene MartinsColar, cinto de couro, guarda-chuva, bolsa casual estruturado – Arezzo

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70Bruna veste cachequeur azul de malha de lã com blazer de lã e sobreposição de pele – Marilene MartinsColar, chapeu, óculos, luva e bolsa estruturada efeito cobra - Arezzo

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71Bruna veste calça legging com blazer de lã e sobreposição de pele com cachequeur de malha de lã – Marilene MartinsBolsa estruturada efeito cobra, luva de couro, chapéu de lã marrom, óculos, Bota cano curto com biqueira de metal e colar – Arezzo

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por Débora Barbeitos Zampolo (Dom Caneco)’culinária

Polenta mole comfunghi e alho poróIngredientes• 1,5 litros de água• 100 gramas de funghi seco• 01 alho poró• 200 ml de azeite• 01 colher de sopa de manteiga• 01 colher de sopa de farinha de trigo• 04 dentes de alho amassados• 01 tablete de caldo de galinha• 150 gramas de fubá• Sal a gosto

Modo de preparoHidrate o funghi seco em 500 ml de água fervente por 20 minutos. Escorra a água e reserve meio copo dela. Corte o funghi hidratado e refogue com a manteiga e dois dentes

de alho. Acrescente a farinha e, em seguida, meio copo da água do funghi. Coloque sal a gosto e reserve.Lave o alho poró, corte ao meio e em finas tiras no sentido vertical. Aqueça o azeite em uma frigideira e frite o alho poró até começar a dourar. Escorra em papel toalha e acres-cente uma pitada de sal.Ferva 1 litro de água com o caldo de galinha, dois dentes de alho amassados e uma pitada de sal. Acrescente o fubá dis-solvido em um pouco de água fria e mexa até engrossar. Em um prato fundo, coloque a polenta mole. Distribua em cima da polenta o funghi e o alho poró. Rende duas porções.

Fique de olho!O nome funghi significa fungo ou simplesmente cogumelo. Normalmente, o que compramos como funghi é o cogume-lho shitake chileno desidratado.

Foto: Fabiano Barbosa

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por Maria Cristina Nascimento (Felice Gourmet) ’culinária

Cheesecake de amoraIngredientes• 02 xícaras de chá de farinha de trigo• 03 colheres de sopa de açúcar• 02 colheres de sopa de manteiga• 01 xícara de chá de leite• 01 ovo• 01 colher de chá de fermento em pó• 01 ricota• 01 lata de leite condensado• 01 vidro de geleia de amora

Modo de preparoMisture a farinha, a manteiga, o açúcar, o fermento em pó, o leite e o ovo, formando uma massa homogênea. Forre as formas com a massa e leve para assar em forno pré-aqueci-do. Para o recheio, bata a ricota com o leite condensado no

liquidificador. Recheie as tortas e volte ao forno por mais cinco minutos. Decore com geleia de amora.

Fique de olho!Relatos históricos dão conta de que o cheesecake foi servi-do na Grécia antiga durante os Jogos Olímpicos na Ilha de Delos, em 776 a.C. Dá para imaginar um “atleta” comendo um pedação de cheesecake de framboesa antes da prova dos 100 metros?

Com a conquista da Grécia pelos romanos, o segredo desta iguaria mudou de mãos. Diz-se que eles ofereciam che-esecake aos seus Deuses para acalmá-los. E assim foi se espa-lhando até chegar aos cadernos de receitas de nossas avós. O ingrediente essêncial do cheesecake é, obviamente, o queijo. Porém, vários são os tipos encontrados em receitas através dos tempos. Do queijo cremoso até o creamcheese.

Foto: Fabiano Barbosa

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’agito

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De 27 a 31 de julho, I Semana Assad recebe grandes nomes da cultura brasileira

Família Assad recebehomenagem com evento

’música

por Hélyda Gomes

Reuniões familiares acontecem todos

os dias. Mas quando a Família Assad

se reúne nos palcos, o show de boa

música é garantido. E quando fala-

mos em qualidade artística, São João

da Boa Vista, berço desta família, tem

muito do que se orgulhar.

E pensando nisso, a Amite – Asso-

ciação dos Amigos do Theatro Munici-

pal – está finalizando os preparativos

para a realização da 1ª Semana Assad,

programada para ocorrer entre os dias

27 e 31 de julho. O evento foi aprovado

através de Projeto enviado ao Ministé-

rio da Cultura, por meio da Lei Rouanet,

e pela Secretaria de Estado da Cultura,

através de recursos estipulados pelo

Proac – Programa de Ação Cultural.

Além de shows com artistas de

renome internacional, estão progra-

madas aulas abertas gratuitas para

estudantes de música, onde os par-

ticipantes terão a oportunidade de

demonstrar sua técnica, repertório e

interpretação, submetendo-as à ava-

liação do profissional orientador.

A Semana visa valorizar e resgatar

as raízes musicais da Família Assad,

além de homenagear esta família de

artistas reconhecida internacionalmen-

te pelo talento no cenário musical.

A presidente da Amite, Vânia No-

ronha, fez questão de destacar a par-

ticipação de alguns empresários que,

sem os quais, a realização da Semana

não seria possível: “Toda a diretoria da

Amite se empenhou muito para que esse

evento fosse possível, mas sem dúvida o

apoio de alguns empresários foi funda-

mental para que a Semana Assad se tor-

nasse uma realidade”, relatou.

São parceiros as empresas: Autocam,

Big B Salgadinhos, Imprensa Oficial, Mi-

neração Curimbaba, Têxtil São João e

Soufer. A Semana está aberta a novas

parcerias e os empresários que se inte-

ressarem em patrocinar o evento ainda

podem entrar em contato com a Amite.

A diretora de eventos, Flávia Noro-

nha, destacou a qualidade dos artistas

convidados. “São músicos com históri-

cos artísticos inquestionáveis. Incrível a

importância de cada um deles no cená-

rio artístico brasileiro”, contou.

Anfitriões – Sanjoanense, Badi Assad

comentou sobre a Semana: “a ideia

Badi Assad - Cantora, compositora e

multi-instrumentista que, durante 20 anos de

carreira, se destacou como criadora de um es-

tilo peculiar com sua voz e violão, Badi Assad

faz a abertura do evento, no dia 27 de julho, a

partir das 20 horas. O show terá participação

especial da dupla “Duo Assad”.

Foto: Divulgação

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da Semana já pairava pelo ar fazia um

tempo, mas foi a Amite quem teve a

ousadia de dar o primeiro passo. Nos

sentimos muito felizes pelo reconhe-

cimento, pois temos consciência de

quanto andamos por este mundo divul-

gando a música brasileira, sempre con-

tamos com muito orgulho sobre nossa

procedência do interior paulista”, disse.

Considerado o Melhor Duo de Vio-

Fotos: Divulgação

>

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lão da História, Sérgio Assad também

fez questão de falar sobre a participa-

ção no evento: “ficamos felizes em ver o

esforço do nosso querido pai ser reconhe-

cido. Ele não poupou esforços em nos dar

toda oportunidade possível de trilhar o

caminho musical”, finalizou.

A Família – A história da família As-

sad teve início em Mococa/SP, onde

moravam, na década de 1950, Seu

Jorge e Dona Angelina.

Bandolinista autodidata, Seu Jorge

passou para os filhos Sérgio (nascido

em 1952) e Odair (em 1956) a paixão

pela música. Intérprete amadora e

amante das serestas de antigamente,

Dona Angelina, sempre que podia,

acompanhava os homens da família.

Em 1968, Seu Jorge se mudou com a

família para o Rio de Janeiro, já disposto

a investir no talento musical dos filhos.

No final da década de 1970, come-

çaram a investir na carreira internacio-

nal, ganhando o prêmio máximo em

Bratislava (Eslováquia). Depois viaja-

ram para os Estados Unidos e, a partir

de 1983, radicaram-se na Europa.

Ao ver assegurada a carreira de Sér-

gio e Odair, Jorge e Angelina voltam

para a formação da filha mais nova,

Badi. Estimulada por seus pais e inspi-

rada por seus irmãos famosos, começa

a estudar violão aos 14 anos. A caçula,

entretanto, desenvolveu estilo próprio.

Ainda jovem, gravou discos na Euro-

pa e nos Estados Unidos, conquistando

uma promissora carreira internacional. Em

1994, esteve entre os 100 melhores artis-

tas selecionados pela revista Guitar Player.

Em 1998, viu seu disco Chameleon

ser considerado pela imprensa alemã

o melhor trabalho de World Music

do ano. E, na edição de aniversário

da revista americana Acoustic Guitar,

figurou entre os 30 artistas de maior

expressão dos últimos 10 anos.

O ano de 2004 foi marcado pela re-

alização de um antigo sonho dos músi-

cos Sérgio, Odair e Badi Assad: reunir em

concerto todos os talentos de sua extra-

ordinária família. A ideia se concretizou

com o espetáculo Família Assad – Um

Songbook Brasileiro, que estreou em São

Paulo em janeiro daquele ano e seguiu

em turnê pela Europa e Estados Unidos.

Sucesso de público e de crítica, o

evento reuniu Sérgio, Odair, Badi, Ca-

rolina e Camille (filhas de Odair), Cla-

rice e Rodrigo (filhos do Sérgio), Dona

Angelina e Seu Jorge (os patriarcas da

família), e deu origem a um CD e a um

DVD homônimos, gravados em outu-

bro (também 2004) no Palácio de Be-

las Artes de Bruxelas. Foi lançado em

2007 no Brasil, pela Rob Digital.

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Os perigos das doençassexualmente transmissíveisAs principais causas e tipos, o tratamento e os riscos da automedicação

’saúde

As doenças sexualmente transmissí-

veis (DSTs), conhecidas por doenças

venéreas, são transmitidas essencial-

mente pelo contato direto, mantido

através de relações sexuais (onde

o parceiro ou parceira necessaria-

mente porta a doença), ou indireto

por meio de compartilhamento de

utensílios pessoais mal higienizados

(roupas íntimas), ou manipulação

indevida de objetos contaminados

(lâminas e seringas).

Essas doenças acometem princi-

palmente o público jovem, tanto de

países em desenvolvimento como

industrializados, consequência de

vários fatores de relevância familiar e

governamental: o descuido individual

com a saúde e a carência, ou mesmo a

falta de programas educativos.

No Brasil, as estimativas atuais

(Dados de 2003, segundo site do

Programa Nacional de DST e AIDS do

Ministério da Saúde) de transmissão

sexual na população sexualmente

ativa são: Clamídia (1.967.200), Gonor-

réia (1.541.800), Sífilis (937.000), HPV

(685.400) e Herpes Genital (640.000).

Dados da mesma fonte infor-

mam que já foram identificados

no Brasil cerca de 433.000 casos de

AIDS do ano de 1980, quando foi

diagnosticado o primeiro caso, até

a metade de 2006.

As mulheres são mais susceptíveis

a infecção e desenvolvem complica-

ções com maior frequência do que

os homens. O recomendável é que

antes ou depois da primeira atividade

sexual, independente da idade, as mu-

lheres iniciem seu acompanhamento

ginecológico, o qual deverá ser, no mí-

nimo, anual e pelo resto da vida.

Tratamento – Na condução do trata-

mento de uma DST, é importante o

controle de cura, isto é, a reavaliação

clínica e laboratorial após o término >

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do tratamento. Algumas doenças po-

dem persistir apesar da sensação de

melhora relatada pelo paciente. Este

é também um dos riscos da autome-

dicação, pois o controle de cura ade-

quado deve ser feito por médico com

vivência na área.

Automedicação - Além dos riscos de

ingerir algo inadequado e sem conhe-

cimento dos potenciais efeitos cola-

terais, corre-se o risco de camuflar ou

mascarar a doença. O medicamento,

por alguma de suas ações, promove

apenas uma melhora dos sintomas,

sem determinar sua cura definitiva.

Os principais agentes patogênicos

são os vírus, as bactérias e os fungos.

De modo geral, o uso de preservativo,

associado a alguns cuidados, impede

o contágio e disseminação.

Contudo, se não forem diag-

nosticadas e tratadas corretamente,

além do processo infeccioso, podem

levar à infertilidade, gravidez, surgi-

mento de outras doenças oportunis-

tas e até a morte.

Os programas de controle das DSTs

têm características comuns e visam: à

modificação do comportamento de

risco; promover o uso de preservativos;

tratamento dos casos sintomáticos, de-

tecção das infecções assintomáticas e

investigação dos contatos sexuais das

pessoas infectadas.

Prevenção - A forma mais eficiente de

prevenção a AIDS e outras doenças sexualmente

transmissíveis é o uso da camisinha em todas

as relações sexuais. Se utilizado corretamente,

o risco de transmissão cai para 5%. Isso porque

algumas doenças podem causar feridas em

regiões não cobertas pelo preservativo.

A

• Sífilis: Transmitida pela bactéria Treponema pallidum, é uma doença com evolução crônica (lenta) com

surgimento de um cancro duro (lesão) nos órgãos genitais. Quando generalizada, causa complicações cardio-

vasculares e nervosas, desencadeando nas mulheres o aborto ou o parto prematuro.

• Gonorréia: O contágio pela bactéria Neisseria gonorrheae provoca a inflamação da uretra (canal urinário) e

pode alastrar-se para outros órgãos, causando complicações.

• Clamídia: O contágio pela bactéria Chlamydia trachomatis provoca inflamação dos canais genitais e uriná-

rios. Pode ocasionar infertilidade em homens e mulheres.

• AIDS: Síndrome da imunodeficiência humana (HIV) transmitida por um retrovírus que destrói as células de

defesa (linfócito T), resultando na baixa imunidade do organismo que fica suscetível a outras infecções.

As principais doenças sexualmente transmissíveis (DSTs)

Foto: Reprodução Internet

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Hepatite: uma epidemiagrave e silenciosaCaracterizada pela inflamação no fígado, hepatite é considerada uma pandemia mundial

’saúde

por Ben-Hur Ferraz Neto cirurgião do aparelho digestivo e transplantes

Considerada a grande pandemia mundial da atualida-

de, a Hepatite é uma doença caracterizada pela inflama-

ção do fígado e que pode resultar desde uma simples

alteração laboratorial (portador crônico que descobre

por acaso a sorologia positiva), até doença fulminante e

fatal (mais frequente nas formas agudas).

A maioria das Hepatites agudas não apresentam sinto-

mas ou levam a alguns incaracterísticos como febre, mal

estar, desânimo e dores musculares. As mais severas po-

dem levar a sintomas mais específicos, entre eles a chama-

da icterícia, conhecida popularmente no Brasil por “tiriça”

ou “amarelão” e que caracteriza-se pela coloração amarelo-

-dourada da pele e conjuntivas.

As mais graves podem causar insuficiência hepática e

culminar com a encefalopatia hepática e óbito. Hepatites

crônicas (com duração superior a seis meses) geralmente

não apresentam sintomas e podem progredir para cirrose.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS),

cerca de um terço da população mundial – ou dois bilhões

de pessoas – está infectada com o vírus da Hepatite. No Brasil,

a Hepatite C é a principal causa de transplantes de fígado e,

de acordo com estimativas oficiais do Ministério da Saúde, o

Brasil sofre, hoje, de uma endemia intermediária da doença.

Estima-se que, no mínimo, 2,5% da população brasileira >

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esteja infectada. E o pior é que a maior

parte destes indivíduos não sabe que

porta o vírus. Este cenário aumenta

imensamente o risco de transmissão e

potencializa a situação endêmica.

Tipos – Entre os principais tipos de

Hepatite estão o A, o B, o C e o auto-

-imune. Cada tipo tem causas dis-

tintas, apesar de os sintomas serem

similares. Dor de cabeça e no corpo,

cansaço, fraqueza, perda de apetite,

febre, urina escura, fezes claras e cor

amarelada na pele e na mucosa são al-

guns dos principais sinais da doença.

No tipo A, a contaminação ocorre

pela via fecal-oral, ou seja, alimentos

mal lavados e condições sanitárias

insatisfatórias são os principais canais

para o contágio. Mesmo quando al-

guns sintomas são manifestados, es-

ses costumam ser leves.

A Hepatite A nunca evolui para

doença crônica, podendo permane-

cer no organismo por até dois meses

e raramente se transformar em pro-

blemas agudos ou graves que neces-

sitam de transplante de fígado. Não

existe tratamento específico e, em ge-

ral, recomenda-se repouso e, quando

necessário, o uso de medicamentos

para controlar desconfortos como en-

joos, dor de cabeça e febre.

A transmissão de Hepatite B ocor-

re por meio de transfusão de san-

gue, compartilhamento de seringas

e agulhas entre usuários de drogas e

relações sexuais sem preservativo. Em

casos de gravidez, a gestante pode

passar a doença para o bebê na hora

do parto e, por causa disso, o diagnós-

tico precoce e o acompanhamento

médico são fundamentais.

Os sintomas podem persistir por

até seis meses, tempo que o organismo

leva para criar anticorpos contra o vírus

ou para que o problema se torne crô-

nico. A ingestão de bebidas alcoólicas

durante esse quadro clínico é proibida.

Na Hepatite C, tanto a transfusão de

sangue como a injeção de drogas ilíci-

tas fazem parte das principais vias de

contaminação, sendo a transmissão se-

xual incomum. Existem medicamentos

antivirais que podem levar à eliminação

do vírus em até 65% dos casos. Pode

levar à cirrose, por exemplo, e causar

sérios riscos ao funcionamento do fíga-

do. Em casos graves, o transplante de

órgão pode ser a única solução.

Na Hepatite Auto-Imune, não se

sabe a causa exata. Sabe-se, porém,

que o corpo produz anticorpos con-

tra o próprio fígado. A pessoa já nasce

com essa predisposição e desenvolve

os sintomas ao longo da vida. O trata-

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mento é feito com uso de corticoides,

associados ou não a outros medica-

mentos, para impedir que o sistema

de defesa entenda o fígado como ini-

migo e produza anticorpos contra ele.

Para finalizar, existe um grande nú-

mero de medicamentos que são he-

patotóxicos, ou seja, lesam diretamen-

te o hepatócito. Tais remédios podem,

portanto, causar a Hepatite.

O medicamento antidiabetes

troglitazona, por exemplo, foi retira-

do do mercado em 2000 por causar

Hepatite. O acetaminofeno (Parace-

tamol), substância analgésica muito

utilizada por crianças e adultos, é

considerado altamente hepatotóxi-

co, quando em doses elevadas.

Prevenção – O ideal é realizar a preven-

ção e evitar que a doença se manifeste.

O tipo A pode ser evitado com sanea-

mento básico e higienização correta dos

alimentos. Para se evitar o B e o C, deve-

-se usar agulhas e seringas descartáveis,

buscar transfusão de sangue em bancos

com controle de qualidade e utilizar pre-

servativos nas relações sexuais.

Para as Hepatites dos tipos A e B

existem vacinas que devem ser admi-

nistradas inclusive no recém-nascido.

A dose perde o efeito com o tempo e,

dessa forma, vale incluir nos exames

Atualmente, existem vacinas para a prevenção das hepatites A e B. O

Ministério da Saúde oferece vacina contra a hepatite B nos postos de

saúde do SUS e contra a hepatite A nos Centros de Referência de Imu-

nobiológicos Especiais (CRIE). Não existe vacina contra a hepatite C.

Vacinas contra hepatite

periódicos testes para verificar a imu-

nidade ao vírus da doença. Caso seja

necessário, repete-se a vacina, princi-

palmente em profissionais da saúdeo.

Para a Auto-Imune não há forma de

prevenção. Porém, quando a doença

é diagnosticada, medicamentos que

diminuem a imunidade são indicados

para evitar sua evolução. O transplan-

te de fígado é uma alternativa para

casos avançados da doença. A

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Reter talentos na empresa’emprego

O que os líderes devem fazer para manter seus bons colaboradores no trabalho

por Gabriela Lourenço palestrante e consultora

Antes de se falar sobre retenção de ta-

lentos, é importante que o empresário

saiba, primeiramente, identificar um co-

laborador talentoso em potencial, que

já está pronto no mercado ou pode ser

formado na própria organização.

Mas é aí que está um ponto a ser

discutido: algumas empresas não es-

tão conseguindo segurar nem mesmo

as pessoas em formação. Portanto,

reter talentos virou palavra de ordem

absoluta nas empresas e, ao mesmo

tempo, extremamente difícil de ser

colocada em prática.

A retenção de talentos nada mais é

do que fazer com que os colaboradores

permaneçam na empresa pelo máxi-

mo de tempo que for interessante para

ambos. Porém, o que se vê com frequ-

ência são colaboradores destratados,

humilhados e muito mal remunerados,

principalmente em cidades do interior.

E, dessa forma, nenhum deles fi-

cará na organização, seja ela qual for.

Percebe-se o quanto os colaboradores

são demitidos ao primeiro erro come-

tido, sem uma assistência, sem um di-

álogo e, principalmente, sem informa-

ções corretas. E optar pelas demissões

muitas vezes é um mal da – e para a

própria – empresa, que dificilmente

sobrevive bem, já que troca de cola-

boradores em grande velocidade.

Mas, se a ordem é reter talentos,

como fazer isso? Essa questão é delicada

e complexa, já que existem colaborado-

res com inúmeros perfis, assim como

também existem inúmeras empresas.

Primeiramente é necessário descobrir

(de forma discreta) aonde o colaborador

pretende chegar, quais os seus sonhos,

desejos e anseios. Depois, analisar se a

empresa poderá proporcionar-lhe ao

menos parte desses objetivos.

É necessário verificar se a remune-

ração paga condiz com a realidade de

mercado ou da cidade, pois ninguém

aceita ganhar pouco nos dias de hoje

em troca de um trabalho mais elabo-

rado e eficaz. E, por último, é bom via-

bilizar um pacote de benefícios para

os colaboradores, somados a treina-

mentos, passeios, premiações etc.

Mas é primordial salientar que se

alguém for um daqueles gestores sem

nenhuma educação, que trata colabo-

radores com grosserias e que não sabe

nem mesmo conversar de forma civili-

zada, pode esquecer tudo que foi dito

sobre retenção de talentos, pois a reten-

ção começa exatamente nesse ponto.

Nenhum colaborador gosta de

trabalhar sob um clima tenso, com

falta de respeito constante, gritarias

e demais exageros cometidos pelos

“pseudolíderes”. Gerir pessoas é uma

arte e é também saber que existem

empresas onde todos sonham traba-

lhar, não pela magnitude, mas talvez

pela forma como são tratados.

Portanto, é assim que se come-

ça a receber currículos interessantes

em uma organização. O sucesso dela

quem faz é o empresário, o gestor, o

líder. Mas, claro, sempre com a ajuda

de seus colaboradores.

Foto: Reprodução internet

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por Clineida Jacomini

Aprendi e repito sempre a frase: “São

precisas sete gerações para se fazer um

lorde”. Realmente, educar é muito di-

fícil; é um caminho sem volta, com

atitudes irreversíveis.

E o que estamos vendo e viven-

ciando, hoje em dia, é uma coisa de

embasbacar qualquer um de mais

de 50 anos. Sou da década de 40, de

uma educação rígida, apesar de muito

amada por meus pais, quando crian-

ça não tinha vez; não interrompia os

adultos, não falava à mesa...

Acertada e meio exageradamen-

te, sou da geração do peito da ga-

linha: quando era pequena, o peito

era de meu pai; quando me casei, era

de meu marido e depois, com a vin-

da dos filhos, era deles! Quer dizer, o

mundo me pulou! Help!

Mas o meu grande espanto, para

não dizer revolta, indignação e tristeza

é assistir à novela Avenida Brasil. Quan-

do fui ao Rio de Janeiro pela primeira

vez, meninota, em 1957, eu e minha

mãe ficamos decepcionadas com

a entrada da bela e famosa capital

federal de então: uma avenida toda

cheia de armazéns mal cheirosos e

sujos, qualquer coisa ligada aos de-

pósitos de gás. Será que o panorama

mudou desde então?

O cenário físico talvez, mas o que

decepciona e espanta o meu lado de

eterna professora (classe de pessoas

que não conversam: explicam!) é a par-

te sócio-cultural de seus moradores.

Dirão os leitores que isso é na no-

vela; e eu replico: “a arte imita a vida” e

esta não é muito diferente do encena-

do; senão, não convence. Somos um

país de Terceiro Mundo, emergente

com um monte de gente rica também

Classes A, B, C... ZOs homens não usam mais calça, camisas e sapatos; só bermudão, chinelo de dedo e boné

’opinião

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pra lá de emergente; de meus tempos

de francês no colégio, diria melhor:

nouveau riche, ou seja, novo rico, que

tem, mas não é; compra tudo, mas não

adquire o mais importante: a fineza!

É um tal de gritar à mesa, com to-

dos falando ao mesmo tempo, uma

ignorância total sobre os assuntos

mais corriqueiros e banais! Numa

mansão, fica bem claro onde dinheiro

não falta, mas sem a mínima civilidade

e compostura (eta palavrinha antiga!).

Não diria, para não parecer pre-

conceituosa que, assumidamente às

vezes sou, que é preciso ser um lord

ou uma lady requintados e finos; há

valores mais importantes que saber

se portar à mesa, ter um vocabulá-

rio rico e erudito; falar baixinho, não

gargalhar, não xingar...

Em nossa cidade mesmo, há famí-

lias sabidamente educadas; considero

que, mais que isso, é preciso ser ho-

nesto, justo, humilde, humano, cristão,

enfim. Mas onde iremos parar com

tanta falta de educação?

Os homens – leia-se jovens – não

usam mais calça, camisa e sapatos; só

bermudão, chinelo de dedo, camiseta e

boné. As saias nunca estiveram tão cur-

tas, a qualquer hora deixando aparecer

as partes ditas pudentas, que já nem sei

se são assim consideradas; nem a Mary

Quant as ditava tão curtas e, na década

de 60, foi o escândalo da hora!

Será que verei os homens deste sé-

culo voltarem à folha de parreira, ou pior,

sem ela? Já estamos vivendo como bi-

chos, porque não andarmos como eles?

Em pêlos? Mas com tanto dinheiro rolan-

do e mudando de mão mais que rapida-

mente e sem lógica, nem legitimidade,

que o pêlo seja de vison: dá mais status!

Foto: Reprodução internet

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A tabela do imposto de renda e a cidadania ofendidaO cidadão tem, cada vez mais, parte maior de sua renda levada pelo “imposto do leão”

’economia

por Gilberto Brandão Marconeconomista

Entra ano e termina, entra governo, sai

governo, e desde o Plano Real os que

se alternam como situação e oposição

continuam a cometer contra o cidadão

brasileiro um atentado à justiça tributá-

ria, cuja explicação deve estar na falta de

efetiva mobilização da sociedade brasi-

leira, misturada a uma efetiva desinfor-

mação em relação a uma questão que

envolve a rejeitada matemática, deno-

minada em economia como indexação.

Ora, o que é indexação? É um con-

ceito associado diretamente à ideia de

correção monetária, que foi adotada

no Brasil nos anos de 1960 como meio

de se ter por aqui um mercado de ca-

pitais. Ela tem como função repor a

inflação passada ou, dito de outra for-

ma, restaurar o valor real do dinheiro,

já que ele sofreu desvalorização, ou

seja, a mesma quantidade de dinheiro

passou a comprar menos.

Assim, ela foi pensada primeira-

mente para as aplicações financeiras

que passavam a pagar a correção

monetária e mais a taxa de juros. Isto

significa que o único ganho efetivo é

justamente essa taxa de juros, já que a

correção é só reposição.

Dessa forma, se o aplicador receber

a correção monetária, ele unicamente

restaurou o que tinha no dia em que

aplicou; se receber menos que a corre-

ção, receberá menos do que aplicou, e

essa perda será um ganho, neste caso,

para quem deixou de pagá-la.

Nos anos de 1970, 1980 e até

meados de 1990, com o intenso pro-

cesso inflacionário, todos os agentes

da economia passaram a adotar a

correção monetária de seus preços

baseados em índices estatísticos de

mensuração de inflação, daí a deno-

minação ‘indexação’.

O sucesso do Plano Real está asso-

ciado justamente à medida com que

se combateu a indexação da econo-

mia. A tal moeda forte passava a sen-

sação de não haver inflação, mas havia

e acumulou-se continuamente.

Tanto os políticos têm essa noção

Definição - O Imposto de Renda é um tributo direto, no

qual o cidadão repassa parte de sua renda média anual para

o Estado. Acredita-se que o mesmo tenha se originado na

Inglaterra, quando o governo inglês necessitava de recursos

extras para custear a guerra contra a França de Napoleão

Bonaparte. No Brasil, as primeiras tentativas de implementa-

ção do tributo ocorreram em 1843. No entanto, as pressões

exercidas por empresários levaram o Imposto de Renda a ser

instituído somente em 1922, por meio da Lei 317.

Reprodução: Silvino/DP

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que basta ver o recente aumento que

deram aos próprios salários. Bem, e daí?

Daí que a maioria da população brasi-

leira conseguiu no máximo (isso quan-

do conseguiu) o reajuste da inflação.

Por essa razão, embora você te-

nha mantido o seu consumo ou até o

cortado em parte, o valor dos serviços

públicos passou a levar cada vez uma

parte percentual maior do seu orça-

mento, o mesmo ocorrendo com mui-

tos produtos de preços controlados.

Concluindo, ao receber reajuste in-

ferior ao que se reajustou dos preços,

passou-se a transferir maior parte da

renda para aqueles que conseguiram

o reajuste acima da inflação.

E então vem o pior: a atitude do

governo em relação à tabela do im-

posto de renda. Ora, a tabela tem fai-

xas salariais e alíquotas conforme sua

renda, e como foi dito, houve inflação.

Assim, para que o contribuinte

continuasse a pagar a mesma quanti-

dade de imposto, suas faixas salariais

deveriam receber, no mínimo, o rea-

juste da inflação. Se o governo fizesse

como fez com os serviços públicos e

preços controlados, ajustando-os aci-

ma da inflação, os contribuintes esta-

riam pagando menos impostos.

Mas aqui a ideia de justiça é ca-

penga e se reajustou a tabela abaixo

da inflação, ou seja, aqueles que con-

seguiram apenas a inflação estão pa-

gando imposto a mais. Além de pagar

preços mais elevados por aquilo que o

governo é responsável, o cidadão tem

cada vez parte maior de sua renda le-

vada pelo citado imposto.

A taxa nominal fica fixa, mas as di-

ferenças na indexação fazem o milagre.

Uma genial produção de maquiavelis-

mo econômico-político: uma vergonha.

Pois bem, o atual governo reco-

nhece a inflação de 6,5% pelo INPC do

IBGE para 2011, mas reajustou a tabela

do IRPF para 2012 em 4,5%. Conclu-

são simples: quem teve aumento de

4,5% continuará pagando com a de-

fasagem já existente; acima de 4,5%

aumentará ainda mais a defasagem e

pagará mais imposto.

Segundo o UNAFISCO – Sindicato

Nacional dos Auditores Fiscais – no

Brasil o acumulado não é pouco: entre

1996 a 2011, algo em torno de 64,30%

(71,50% entre 1995 a 2011) é que falta

de reajuste na tabela.

Enfim, uma injustiça que pode ser

quantificada e que mostra bem a con-

sideração que nós cidadãos temos dos

nossos gestores. Para isto, faltam pala-

vras educadas, e, assim, o melhor a di-

zer (e para ficar no popular) é: se correr

o bicho pega, se ficar o bicho come!

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’opinião

Criação de ovinos e caprinosNúmero de criadores dessas raças cresce a cada ano em São João da Boa Vista

por João Sérgio Januzelli de Souza

“Do boi se aproveita até o berro”, diz

ainda um ditado popular. E, no pas-

sado, pecuaristas do município de

São João da Boa Vista aproveitaram

muito de seus rebanhos bovinos e

conquistaram destaque na produ-

ção de leite. Elevaram o município,

“com muito trabalho e arrojo”, à ca-

tegoria da “maior bacia leiteira do

estado de São Paulo”.

No entanto, diante da crescente e

natural urbanização notável também

no município sanjoanense, seus no-

vos e empreendedores pecuaristas

buscam possibilidades de customi-

zarem suas propriedades, em sua

maioria, sítios e chácaras. Uma delas

é a criação de ovinos e caprinos.

Entre alguns pecuaristas que in-

vestem na ovinocaprinocultura da-

qui, merece destaque Isaías Valim.

Ele há oito anos é criador. Trouxe

algumas ovelhas da raça Santa Inês

para o Sítio Picadão, de sua proprie-

dade. Valim, entusiasta e empreen-

dedor, afirma que está animado com

tal atividade pecuária e luta para que

aumente o número de criadores em

São João e região. Prova disto está no

I Workshop de Ovinos e Caprinos da

região de São João da Boa Vista, re-

alizado em 12 de julho de 2011, no

Espaço ACE, nas dependências do

Recinto de Exposições. O evento foi

organizado pela Secretaria da Agri-

cultura, contando com palestras do

produtor e criador Silvio Dória Ribei-

ro e da zootecnista da USP, Camila

Raineri. Nele, estiveram presentes

mais de 80 pessoas, entre criadores

e entusiastasopinião, que debate-

ram o presente e as tendências fu-

turas desse promissor mercado.

Foto: Reprodução Internet

>

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Curso – Outra mão especial e especializada para a ovi-

nocaprinocultura daqui e do Brasil vem do curso: “Pro-

dução e Reprodução de Ovinos e Caprinos”, do Unifeob.

O curso começou em 2005 e, de acordo com o coor-

denador, professor e pecuarista, Silvio Dória, o objetivo

maior é capacitar o aluno para avaliar, projetar e condu-

zir uma criação de ovinos e/ou de caprinos dentro de

perspectivas técnicas e econômicas.

O curso é dividido em seis módulos, sendo cada mó-

dulo com quatro encontros, sempre ao final de cada mês

(sexta-feira e sábado). E tem atraído pessoas de rincões

distantes, como Sobral/CE e Marabá/PA.

O coordenador afirma que a especialização nesta

área é importante, principalmente para o público técni-

co, para um aprofundamento, reciclagem e atualização

de conhecimentos. Para o não técnico, vale a aquisi-

ção de informações. Para quem cria ou quer investir na

atividade, é a chance de aumentar também a rede de

relacionamentos e aprender mais.

Crescimento – A fomentação deste rebanho se justifica

por vários aspectos, entre eles: os animais são de fácil

adaptação, ocupam menos espaços que outras raças,

como as bovinas; produzem carne e leite muito aceitos

no mercado, devido à baixa caloria, alta produtividade

e baixo investimento.

As carnes de ovinos e caprinos são consumidas em

forma de embutidos, como linguiça e defumados, além

de kafta, kibe, hambúrgueres e outros alimentos. E as

lãs e couros dos animais são muito utilizados para a

produção de peças de vestuários e acessórios, como

jaquetas, botas, cintos e carteiras.

Então, se no passado, do boi, na região de São João,

aproveitava-se até o berro, em tempos de terras magras,

pode-se investir em ovinocaprinocultura, pois um cordei-

ro pode ser aproveitado até para combater insônia.

Afinal, quem nunca pelo menos tentou contar car-

neirinhos para tentar dormir em paz? E, talvez, com

empreendedorismo, determinação, coragem, apoio

público e privado e conhecimentos técnicos, a criação

de ovinos e caprinos não combata a insônia de alguns

pecuaristas de São João e região?

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Dos temposde antigamente...

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Roupas e sapatos: Selaria São José | 3622.3414

Modelos: Maquiel Inocêncio, Thassila Rafaela Marques e Patrícia Andreani de AlmeidaProdução de moda: Fabiano Barbosa e Patricia RehderCabelo e maquiagem: Alexandre dos SantosFotos: Fabiano BarbosaLocação: Fazenda Solar CapituvaAgradecimentos: Luiz Antonio e José Guilherme Berardo.

Já vai bem longe este tempo, bem sei

Tão longe que até penso que eu sonhei

Que lindo quando a gente ouvia distante

O som daquele triste berrante

E um boiadeiro a gritar.

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102Patrícia veste camisa Poggio, jaqueta 8 Segundos e chapéu Resistol 10X - Selaria São José

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Maquiel veste calça Wrangler, camiseta Austin Western, bota Classic, cinto Selaria São José, fivela Master e chapéu Pralana.Patrícia veste calça Tassa, camisa Austin Western, bota Rosa Ribeiro, cinto importado e chapéu Resistol 16X - Selaria São José

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Maquiel veste calça 20X, camisa Austin Western, colete 8 Segundos, bota Durango e chapéu Resistol 20XPatricia veste calça 20X, camisa Austin Western, colete 8 Segundos, bota Rosa Ribeiro e chapéu Resistol 10X - Selaria São José

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105Maquiel veste calça 20x, camisa Smith Brothers, colete Austin Western, bota Durango e chapéu Resistol 20xPatrícia veste calça Wragler, camisa Poggio, jaqueta 8 Segundos, cinto importado, bota Rosa Ribeiro e chapéu Resistol 10X - Selaria São José

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’agito

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tecnologia

Uma SOPA sem temperoe uma PIPA que não planaSociedade brasileira e mundial lutam pela “liberdade” na Internet

por Alexandre Pelegrino

Os Estados Unidos querem determinar o que pode e o que

não pode ser veiculado na internet. No Congresso norte-

-americano, tramitavam dois projetos de lei, que provoca-

ram manifestações e suspensões de serviços de importan-

tes sites. Os dois tendem combater a pirataria na internet.

Para entender um pouco sobre o que são e o que

eles podem afetar, principalmente quem possui sites de

compartilhamento de arquivos e de comercialização de

produtos falsificados, o Stop Online Piracy Act (SOPA) e o

Protect Intellectual Property Act (PIPA – ato para proteção da

propriedade intelectual) são projetos de lei que circulam

com normas mais rigorosas na luta contra a pirataria on

line. Para a maioria dos internautas e grande parte das cor-

porações, restringem a liberdade na internet.

Se aprovada da forma como foram redigidas, as nor-

mas irão obrigar os sites a encontrarem um meio técnico

de impedir a distribuição do conteúdo, sob pena de fecha-

mento ou até cinco anos de prisão para os organizadores

do portal ou rede social.

No começo do ano – para ser exato, dia 18 de janei-

ro de 2012 –, grandes sites como o Google, Wikipédia,

Reddit, blogs e redes sociais aderiram a hashtag #SOPA-

BlackoutBR. Alguns deles chegaram a retirar suas pági-

Reações - Inspirados pela graphic novel de Alan Moore,

V de Vingança, diversos grupos de hackers promoveram

retaliações a sites institucionais e governamentais. A

principal alegação é que o governo estaria iniciando um

processo de censura à Internet.

Foto: Reprodução Internet

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nas do ar como forma de protesto. A estratégia pareceu

ter funcionado temporariamente.

A finalidade da hashtag foi mostrar às autoridades

mundiais e às grandes corporações a posição da socieda-

de em geral, com relação ao “SOPA” e ao “PIPA”, às práticas,

normas, medidas judiciais e leis que ameaçam a liberdade

na Internet no mundo, e também no Brasil. Os dois proje-

tos foram arquivados depois deste grande protesto.

O resultado não demorou. Pelo menos 18 senadores

americanos já retiraram seu apoio ao projeto. O presidente

dos Estados Unidos, Barack Obama, disse que não irá assinar

nenhuma lei que implique em criar censura na internet.

Opiniões – Em mensagem divulgada em seu blog, a Casa

Branca declarou que não pode apoiar “um projeto de lei que

reduz a liberdade de expressão, amplia os riscos de segurança

na computação ou prejudica o dinamismo e a inovação da

internet global”.

Os projetos têm apoio de grandes marcas como Disney,

Universal, Paramount, Sonyx e Warner Bros, que se sentem

prejudicadas com a livre distribuição de filmes e músicas na

rede, principalmente em servidores internacionais.

“Faltou apoio dos politicos, pois acreditam ainda que os

projetos têm um problema de imagem”, afirmou o ex-sena-

dor norte-americano Cris Dodd, em nota publicada pelo

site The Verge. Segundo ele, o próximo passo é manter

uma comunicação junto à indústria da internet para modi-

ficar e melhorar as leis e conquistar a aprovação. Mas, com

muitas críticas e sem apoio, os projetos podem até mesmo

serem dissolvidos no Congresso e no Senado americano.

Grandes nomes da mídia, seja eles de empresas ou de

artistas famosos, só não podem se esquecer de que mui-

tos de seus filmes, músicas, serviços e produtos só obtive-

ram créditos e repercussão através de compartilhamento

de seus trabalhos na rede.

O SOPA, apesar de ser um projeto de lei americano, não

afetará apenas os Estados Unidos, pois o país concentra

quase todos os serviços e sites que utilizamos diariamente,

e que podem ser afetados tais como Youtube, Facebook,

WordPress, Google, Gmail, Twiiter, e muitos outros.

Temos de lembrar também que muitos sites são hospe-

dados nos EUA, mesmo sem ter TLD americano, e outros fora

dos EUA com TLD americano (como .com, .net, .org). Em am-

bos os casos, o site estará debaixo da legislação americana.

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INVERNOA CAMINHOA temporada chega com uma cartela de cores mais densa, em tons de marrom, castalho, vermelho e roxo

Moda feminina: Doroti Moda e Acessórios | 3623.4343

Moda masculina: Loja Patydu | 3642.2157

Calçados femininos: Arezzo | 3623.3503

Modelos: Maquiel Inocêncio, Thassila Rafaela Marques e Patrícia Andreani de AlmeidaProdução de moda: Fabiano Barbosa e Patricia RehderCabelo e maquiagem: Alexandre dos SantosFotos: Fabiano BarbosaLocação: Fazenda Solar CapituvaAgradecimentos: Luiz Antonio e José Guilherme Berardo.

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111Thassila veste vestido Moda Minas Alpharrabyo com blazer de veludo Infini – Doroti Moda e AcessóriosBolsa casual tiracolo, bota de cano baixo com amarração trazeira – ArezzoMaquiel veste calça jeans Martt , camiseta básica Burg com camisa xadrez Aquarius - Patydu

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112Maquiel veste blazer de sarja Umen e moleton Kauai, calça jeans Martt - Patydu

Page 113: Revista Atua - Junho 2012

113Thassila veste vestido de cobra Porão - Doroti Moda e AcessóriosBota montaria Matalassê, bolsa casula estruturada – Arezzo

Page 114: Revista Atua - Junho 2012

114Patrícia veste calça jeans K2B, blusa vermelha Anenone, colete Pelo Quebela, camisa branca Serema – Doroti Moda e AcessóriosCinto de couro, bolsa tiracolo efeito cobra dourado, bota cano curto efeito cobra – Arezzo

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115Maquiel veste calça jeans Martt modelo skinny, sobreposição blazer de moleton Umen, camisa Aquarius – Patydu

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Homeostase quântica da essênciaTrabalho gerado com ondas de energia vem levantando adeptos em São João

por Sérgio Roberto Ceccato Filho

A Física Quântica é a área da física que

estuda a interação do microcosmo,

que são as menores partículas. Ela é

definida como a física das possibilida-

des ou probabilidades.

Na união deste estudo com a es-

piritualidade, entramos na parte da

consciência, ou seja, das possibili-

dades geradas pelo consciente, que

determina a essência. Tudo que existe

parte da informação, sendo que esse

conjunto de informações faz você ge-

rar sua realidade.

Aprendendo a acessar e alterar in-

formações que vêm de seu consciente,

torna-se cada vez mais capaz de mudar

a própria realidade, seja ela física, men-

tal, emocional ou externa, nos ambien-

tes profissional, familiar, entre outros.

Usando emissão de ondas na fre-

quência correta, você consegue aces-

sar sua própria consciência e lá alterar a

informação que quiser. Alterando essas

informações, muda a manifestação.

Neste processo, conhecido como

Homeostase Quântica da Essência,

são três as simplificações: 1 - não é

preciso acreditar, basta querer e prati-

car; 2 - não existe um ritual específico.

Pode praticar a qualquer instante, só

basta emitir a onda. A partir do mo-

mento que você passar a informação

na frequência certa, sua consciência

a capta e a processa; 3 - o foco não é

bloquear, mas sim monitorar. A pessoa

pensa e sente o que quiser. O que o

bloqueia não é gerar informações ne-

gativas, mas deixá-las armazenadas no

inconsciente. Se a pessoa gera, mas

elimina, resolve o problema.

Sintonia – Pela Física Quântica, sabe-

mos que cada grupo de informações

gera frequências específicas. Na Ho-

meostase Quântica da Essência, usa-se

a matéria para gerar ondas de energia,

que vira informação. Com isso, torna-

mos-nos capazes de alterar informa-

ções, gerando um campo de energia e

construindo uma nova realidade.

Atualmente, são nove códigos tra-

balhados, mas os dois principais são:

’curioso

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“alma” (para o emocional) e “espírito”

(para a mente). Pouco mais de 99%

das pessoas podem usar esses códi-

gos, mas para o restante é preciso des-

cobrir qual código gera frequência em

seu emocional, que por algum motivo

bloqueia os padrões.

Esse trabalho é realizado de forma

integrada com médicos, psicólogos e

psiquiatras, ajudando a resolver pro-

blemas de doenças físicas, emocio-

nais e homeopáticas. Além disso, há

treinamentos em empresas e escolas

que fazem mudar a realidade em gru-

po, levando a equipe a atingir metas

que não conseguia atingir.

Princípios básicos – 1 - todas as realida-

des são possíveis. Não há limite; 2 - tudo

que visualizamos tende a virar realida-

de. Temos que aprender a sempre ob-

servar o que queremos. Quando esta-

mos inconscientes, a escolha é por

probabilidade, e é por isso que não

mudamos a realidade; 3 - atraímos

o que emanamos. Alterando minha

consciência, altero também as pro-

babilidades.

A maior dificuldade é a pessoa

adquirir e desenvolver a prática,

localizando informações em seu

consciente. Algumas acham com

facilidade, pois são traumas mais

recentes; ou mais difíceis, como

algo escondido no inconsciente e

que demora mais para localizar. O

resultado depende da disciplina e

do acesso às informações.

A Homeostase Quântica da Es-

sência é uma ferramenta que faz

a pessoa conseguir autocontrole

e autossuficiência. Conseguindo

manter uma consciência constante

e eliminando todas as interferências,

não tem porque a pessoa adoecer ou

ser infeliz. Muito pelo contrário.

A ciência é cética sobre este e diversos outros assuntos seme-

lhantes, classificando-os como pseudociências, pois elas falham

ao não adaptar os critérios da ciência em geral (incluindo o

método científico). Uma ótima referência é o livro O mundo

assombrado pelos demônios, de Carl Sagan.

Nesse livro, Carl demonstra o quanto nossas vidas são influencia-

das por crendices sem nenhum fundamento. Mostra o quanto o

universo é mais simples e mais compreensível do que se pensa.

Critérios - Ele afirma que sempre o interlocutor deve ser

cético quanto às informações que lhe são transmitidas, pois

ao contrario é ingenuinamente enganando e ludibriando. Carl

colocava que a razão para o sucesso da ciência é seu mecanis-

mo de correção de erros. Segundo ele, quando criticamos algo

ou testamos nossas ideias fazemos ciências e quando somos

submissos ou pouco críticos confundimos esperança e fatos,

escorregando assim para pseudociência e superstição. Um dos

grandes mandamentos das ciências é: desconfie dos argumen-

tos de autoridade.

Física quântica - Mas então, o que é realmente a física quântica?

Na verdade, o nome correto é mecânica quântica, e nada mais é

do que a teoria que obtém sucesso em explicar sistemas físicos

cujas dimensões são próximas ou abaixo da escala atômica, tais

como moléculas, átomos, elétrons, prótons e de outras partícu-

las subatômicas. A teoria quântica forneceu descrições precisas

para muitos fenômenos previamente inexplicados. Apesar de,

na maioria dos casos, a mecânica

quântica ser relevante para des-

crever sistemas microscópicos, os

seus efeitos específicos não são so-

mente perceptíveis em tal escala.

O que a ciência diz disso tudo

Livro - Carl Sagan foi cientista e

astrônomo, uma das mentes mais

brilhantes que o mundo conheceu.

Recebeu diversos prêmios e homena-

gens de centros de pesquisas cientí-

ficas e esteve envolvido em projetos

como o Apollo e o SETI - o programa

de busca por vida alienígena.Foto: Reprodução

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Neste mês a Revista trás para você ótimas dicas de CDs, DVDs e livros. No campo musical, temos ótimas opções, que vão do sertanejo universitário até o samba e pagode. Trouxemos também uma dica especial de site para quem é fã de video-games relembrar um pouco de sua infância. Destaque também para as nossas duas sugestões de leitura – polêmicas por sinal.

por Hélinho Fonseca’dicas

Ivete - Gil - Caetano

Música - CD

Para os entusiastas de vídeo-games

O Title Scream é uma maravilhosa coleção de arte das telas de apresentação e abertura dos videogames dos consoles Mega Drive e Super Nintendo. A ideia do criador, Cameron Askin, foi mesmo a de preservar e celebrar a arte dos jogos dessa época.

Vale a visita:www.titlescream.com

A Privataria Tucana traz a dura realidade do assalto ao patrimônio público. Faz uma denúncia vigorosa do que foi a chamada “Era das Priva-tizações”, instaurada pelo governo de Fernando Henrique Cardoso e por seu então Ministro do Planeja-mento, José Serra.

Os porões dasprivatizações

AMAURY RIBEIRO JR. Editora Geração - 344 Págs.

Paula Fernandes - Meus Encantos

Roberto Carlos em Jerusalém - DVD Duplo

Filme / Música - DVD

Participação EspecialSertanejo Universitário

No Quinta do Zeca - Zeca Pagodinho

O delegado do DOPS, Cláudio Guerra, contou tudo o que viu, num relato considerado chocante. O livro revela os bastidores de uma parte do trabalho

de destruição da esquerda brasileira durante os anos 1970 e início de 1980.

Os horrores de uma guera secreta

ROGÉRIO MEDEIROS e MARCELO NETTOTopbooks - 291 Págs.

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A história por trás da OrdemA sociedade secreta já não é mais tão secreta – mas continua a mais influente

’curioso

No Brasil e no mundo, a Franco Ma-

çonaria se tornou um dos temas

preferidos de debates e discussões,

sempre envolvendo rituais sinis-

tros, assassinatos e até conspirações

mundiais. E, de fato, é uma rede glo-

bal, hoje composta por cerca de 6

milhões de integrantes espalhados

pelos cinco continentes.

Os rituais variam muito de um

país para outro. Lojas usam a bíblia

em suas reuniões, outras, a tora ou

o alcorão. Cada loja tem sua auto-

nomia, mesmo que pertença a uma

federação nacional ou continental.

Talvez o que suscite tanta polê-

mica seja sua história tortuosa, ou o

fato de se tratar de uma sociedade

discreta. Mas espere aí: você pode

pensar, “a Maçonaria não é uma so-

ciedade secreta?”

A resposta para essa pergunta se-

ria “não”. Não existe segredo algum

sobre quem são seus membros ou o

objetivo de suas reuniões. O que exis-

te são encontros reservados, onde

tratam de assuntos filosóficos, filan-

trópicos e progressistas. Tampouco a

Maçonaria é uma religião, embora isso

seja amplamente difundido.

A Ordem admite e tolera todas as

religiões e crenças. Inclusive é neces-

sário que o candidato interessado em

fazer parte dela acredite em Deus,

seja qual ele for. Tudo parece muito

confuso, não? Você começará a en-

tender melhor quando conhecer um

pouco sobre os preceitos básicos da

Ordem e sobre sua história.

Origem – O nome da ordem vem do

francês maçonnerie, que tem signifi-

cado relacionado a pedreiros. Essa li-

gação, segundo historiadores, sugere

que possui ligação com as guildas (as

Graus - A imagem ilustra os graus do

rito escocês e do rito de york. A quanti-

dade de graus e seus respectivos nomes

variam de rito para rito. No escocês, são 33

graus. O número 33 aparece com frequen-

cia em várias situações dentro da Ordem

Foto: Reprodução internet

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sociações) de pedreiros da idade mé-

dia, que tinham como ofício a arte de

construção dos castelos e muralhas.

Esses verdadeiros “engenheiros”

se reuniam para transmitir conheci-

mentos secretos sobre sua profissão,

que eram guardados com incomen-

surável zelo, pois eram a garantia de

melhores salários.

Alguns atribuem sua descen-

dência direta da Ordem Templária.

Outros, que a Maçonaria seria mais

antiga, tendo surgido há 3 mil anos,

durante a construção do Templo de

Salomão e o assassinato de Hiram

Abiff. E, até mesmos para os maçons,

as suas origens são duvidosas.

Templários – O fato que pode ser

comprovado com elementos históri-

cos é que os Templários tiveram forte

influência sobre o Rito Escocês Antigo

e Aceito, que é uma espécie de códice

de regras que são seguidas pela ma-

çonaria durante suas reuniões.

Os Pobres Cavaleiros de Cristo – ou

simplesmente Cavaleiros Templários –

foram a mais poderosa e rica ordem

militar da Idade Média. Composta por

monges guerreiros, essa fanática or-

dem militar ajudou as tropas cristãs a

tomar Jerusalém durante as cruzadas

e, em 1307, encontrou seu fim em

meio a acusações de heresia.

Mas, mesmo com membros sendo

queimados e torturados pela Inquisi-

ção, a maior parte dos cavaleiros fugiu,

recebendo abrigo de outras ordens

militares, como os Hospitalários, Teu-

tônicos e a recém “criada” Ordem de

Cristo, além da Maçonaria escocesa.

É muito provável que os templários

tenham transmitido muito de suas tra-

dições e conhecimentos, codificando

eles entre os 33 graus da ordem.

Heresia – Em 1717, algumas lojas

(como são chamados os templos

maçônicos) de Londres se uniram

e, alguns anos mais tarde, James

Anderson compilou toda a tradição

oral da Ordem em uma constitui-

ção, que tinha como base a ciência,

justiça e trabalho.

Quem não gostou nada disso foi a

Igreja Católica, que se sentindo amea-

çada por uma entidade poderosa, ex-

comungou todos os maçons, alegan-

do comportamento herético. Até hoje,

a Santa Sé continua no encalço da Ma-

çonaria, porém de forma mais branda.

Códigos secretos – Essa história de

perseguições explica por que a Ma-

çonaria criou códigos secretos para

que seus membros pudessem se re-

conhecer. Também em seus textos, os

maçons abreviam as palavras usando

três pontos em forma de delta, como

Ir.’. e Loj.’., que significam, respectiva-

mente, Irmão e Loja.

Hoje, muitos desses códigos já são

Entender a quantidade de lendas que envolvem o surgimento da Maçonaria não é fácil, pois elas sempre

devem ser sempre analisadas de forma simbólica, nunca literal. A de Hiram não é diferente.

Hiram Abiff é uma figura alegórica (que pode ser Hiram de Tiro, citado em II Samuel 5:11 e em I Reis 5:15-32),

especialista na forja de ferro e bronze. O Rei Salomão o teria convocado para embelezar o grande tempo

(ilustração ao lado) que acabara de construir. Durante o trabalho, ele teria sido assassinado por três maus

aprendizes com golpes desferidos com

instrumentos de trabalho, como régua,

esquadro e compasso. Lenda é um relato

fantasioso que parte de um fato verídico:

Hiram, o arquiteto, existiu; a história dos

Hebreus o refere e ele foi assassinado por

três construtores, pois era o único que sa-

bia decifrar as escrituras do templo de Sa-

lomão, que eles tanto cobiçavam.

A chave para Hiram

Foto: Reprodução --Internet

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de conhecimento público. A prova

disso é que uma rápida busca no Goo-

gle pela palavra Maçonaria resulta em

3.690.000 resultados.

O que deve ser compreendido

é que o seu grande segredo reside

não em seus códigos, mas nas cha-

ves para interpretação das lendas e

conhecimentos transmitidos aos ini-

ciados a cada grau.

Influência – Por ter personagens e

posições chave da sociedade, a Ma-

çonaria continua sendo uma das mais

influentes ordens mundiais, tanto em

questões políticas como sociais, gra-

ças a políticos, presidentes de associa-

ções, juízes, desembargadores etc.

Mas ela é taxativa sobre isso: sua

meta não é dominar ou influenciar

ações de governos. Seu principal

objetivo é o aperfeiçoamento ético

do homem, libertando de dogmas

e preconceitos.

A influência decisiva da Maçonaria na Independência do Brasil é um assunto pouco comentado fora dos círculos

maçônicos e, apesar da ampla documentação existente a esse respeito, é difícil encontrar entre os leigos aque-

les que conhecem um mínimo sobre este assunto.

Certamente, a Independência foi o produto dos esforços de diversos setores da sociedade, mas muitos dos pro-

tagonistas deste evento eram maçons ilustres, entre eles José Bonifácio de Andrada de Silva, ministro do Reino

que, é, sem dúvida, uma figura de grande importância.

O Patriarca da Independência foi responsável por diversos fatos determinantes. Foi o primeiro Grão Mestre

do Grande Oriente, fundado no início de 1822 no Rio de Janeiro e que reunia as lojas então existentes.

Meses mais tarde, em julho do mesmo ano, influenciou diretamente a iniciação do próprio Dom Pedro I, e

sua imediata elevação ao grau de Mestre Maçom.

Joaquim Ledo vinha sendo o mais enérgico incentivador da Independência. Por diversas vezes encaminhou

manifestos e exortações a Dom Pedro I, ressaltando os pontos positivos da conquista da soberania brasileira.

Tanto é assim que o dia 20 de agosto, data da reunião que exigia a Independência, é celebrado como o dia do

maçom brasileiro. A cópia da ata desta reunião memorável seguiu às mãos do Imperador, que leu seu conteú-

do às margens do Ipiranga naquela tarde de 7 de setembro de 1822 e, diretamente influenciado por ela e pela

inteligência de Bonifácio e Joaquim Ledo, proclamou a Independência do Brasil.

A influência maçônica na Independência do Brasil

Independência- A declaração

da Independência do Brasil é um

dos vários eventos históricos que a

Maçonaria cita como exemplo de

suas ações. Outros exemplos famosos

que a Ordem alega ter tomado parte é

a Revolução Francesa.

Foto: Reprodução Internet

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’cinema

por Franco Junior

Após três anos longe das telonas, a saga “A era do gelo”

está de volta em sua quarta edição. Com a promessa de

ser o melhor filme da série, a animação traz de volta ao

cinema o mamute Manny, o preguiça Sid, o tigre dentes

de sabre Diego e o engraçado esquilo Scrat, personagens

que encantam os fãs desde 2002.

Produzido pela Blue Sky Studios e com distribuição da

20th Century Fox, “A era do gelo 4” (EUA, 2012) chega aos

cinemas no final deste mês de junho.

Com o título em inglês Ice age: Continental Drift, a ani-

mação é sucesso desde o primeiro. O filme revolucionou o

cenário dos desenhos no cinema mundial unindo humor,

amizade e amor a um fascinante cenário pré-histórico.

Além disso, a preocupação em mostrar os problemas atu-

ais do meio ambiente, como o derretimento das geleiras

e o efeito estufa, diferencia o filme dos demais do gênero.

Outro fator que prende cada vez mais a atenção do pú-

blico são as divertidas aventuras do esquilo Scrat, em busca

de proteger sua amada noz dos demais predadores. Mas

o esquilo pré-histórico não tem boa sorte: a noz insiste em

se afastar dele, tornando-se quase uma maldição. Com isso,

ele sempre acaba caindo em confusões hilárias.

O faminto esquilo Scrat provoca a separação dos con-

tinentes devido a sua fixação pela noz. Enquanto isso, os

amigos Manny, Diego e Sid estão em alto mar e usam ice-

bergs como embarcações. Em meio a isso tudo, eles terão

de lutar contra terríveis piratas, determinados a impedir

que o grupo encontre o caminho de casa.

Desta vez, Carlos Saldanha não faz parte da direção do

desenho, pois o diretor se dedica inteiramente a uma pos-

sível sequência do filme “Rio”. Mas, ainda assim, o Brasil se

sentirá presente em “A era do gelo 4”. Isso porque o brasi-

leiro Renato Falcão é o responsável pela direção do visual

e será ele quem aprovará os “cenários” da animação.

Os brasileiros terão o privilégio de serem os primeiros

a conferir “A era do gelo 4”. A expectativa para a estreia

da animação é grande e o filme promete ter um público

maior do que o anterior, que foi de 9,3 milhões.

Agora é contar os segundos e esperar para conferir o

que essa nova aventura reserva para os cinéfilos de plantão.

A volta da “Era do gelo”Quarta edição promete ser o melhor filme da série, que teve início em 2002

Foto: Reprodução Internet

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O sobrinho de RameauNeste livro, o autor Denis Diderot disseca a sociedade do seu tempo

’cultura

por Francisco de Assis Martins Bezerraproprietário da Livraria Papyrus

Denis Diderot foi o maior dos filóso-

fos iluministas e dirigiu a produção

da Enciclopédia francesa, compos-

ta de 36 volumes, com a colabora-

ção dos chamados enciclopedistas,

como Rousseau, Dumarsais, Mallet e

D’Alembert, entre outros.

Exceção entre os iluministas, que

de um modo geral não deram gran-

des contribuições à dialética, Dide-

rot é também autor de uma obra de

grande importância para a concepção

dialética do mundo, e, entre outras,

citamos uma das mais famosas, O so-

brinho de Rameau, que foi considerada

por Marx e Engels um primor de dialé-

tica. É esta obra que iremos analisar e

mostrar toda a sua atualidade.

Nela é relatada uma conversa

entre o filósofo e um boêmio, viga-

rista, mas que entendia de música

e arte, sobrinho de um grande mú-

sico da época, Jean-Philippe Rame-

au. É um diálogo filosófico sobre a

música e a arte em geral.

Neste diálogo, Diderot assume o

papel do filósofo com suas concep-

ções conservadoras, mas atribui ao jo-

vem vigarista a possibilidade de ver a

sociedade sob outro prisma, mostran-

do o seu lado cínico e fútil, em uma for-

ma de diálogo fascinante, como uma

sátira à sociedade burguesa da época.

O sobrinho de Rameau faz a defesa

da vigarice, da malandragem, do uso

dos mais variados expedientes para

sobreviver, obviamente sem necessi-

dade de trabalhar, mas graças apenas

à benevolência dos amigos. Retrata

um aspecto da sociedade, expõe sua

fragilidade e abala seus fundamentos.

Já Diderot se coloca em uma po-

sição moderada, criando uma interlo-

cução rica e perturbadora,

pois entendia que o indi-

víduo era condicionado

pelas mudanças da socie-

dade em que vive, inserido

que está em uma totalida-

de mais ampla e cheia de

contradições. “Sou como

sou porque foi preciso que

eu me tornasse assim. Se

mudarem o todo, necessa-

riamente eu também serei

modificado”, dizia Diderot.

Como cenários deste diálogo são

discutidos diversos aspectos da arte

musical, ópera, balé e outras expres-

sões artísticas. Analisa o papel da arte,

sua relação com o homem, sobre arte

e natureza, sobre o bom gosto e o

belo, os choques entre as leis da na-

tureza e as leis dos homens, enfim, o

uso que o homem faz dos dons que

a natureza lhe oferece.

Os problemas sociais da época tam-

bém são analisados, integrados com a

discussão da arte, embora nem tudo se

resuma nela, e sim na vida, com todas

as suas dificuldades e contradições.

A mensagem “oculta” que nos pas-

História - O Sobrinho de Rameau é um diálogo

filosófico imaginado por Denis Diderot com Jean-

-François Rameau. Os temas recorrentes na discussão

são a educação das crianças, o gênio e o dinheiro. A

conversa muda de assunto a cada instante e trata

também de personagens da época.

Foto: Reprodução Internet

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sa é a da sociedade em permanente transformação e o

alerta para que estejamos atentos às suas mudanças quali-

tativas, às suas polaridades e oposições, sem esquecer que

tudo é parte de um único contexto, o da sociedade em

que vivemos e das influências a que somos submetidos.

Tudo se relaciona e nada está isolado. A vida é dinâmi-

ca e tudo está em constante transformação. É inevitável.

Como disse certa vez o poeta Bertolt Brecht: “O que é, exa-

tamente por ser tal como é, não vai ficar tal como está”.

Devemos sempre ver os dois lados dos acontecimen-

tos que analisamos, quando um deles se sobrepõe ao ou-

tro, pois continuam sendo partes de uma mesma unidade,

“cara” e “coroa” da mesma moeda.

O uso político da arte e sua instrumentalização em fa-

vor do poder econômico precisam ser analisados e enten-

didos dentro de um contexto mais amplo, quais são suas

reais conexões e consequências para a produção cultural

e para a liberdade de criação.

Diderot, ao dissecar a sociedade do seu tempo, mos-

trando sua hipocrisia e fragilidades, ao nos revelar seus

desafetos e adversários no campo filosófico, ora atacando-

-os, ora ironizando-os, ao criticar os partidários da música

tradicional francesa que se opunham à invasão da música

italiana, nos revela que tudo isto é do homem, próprio da

vida, onde tudo se finaliza, onde tudo se encerra.

Por isso, Diderot termina o livro citando o conhecido

provérbio: “Ri melhor quem ri por último”.

O que é a dialética?

A dialética é um método de diálogo cujo foco é a contraposi-ção e contradição de ideias que leva a outras ideias e que tem sido um tema central na filosofia ocidental e oriental desde os tempos antigos. A tradução literal de dialética significa “caminho entre as idéias”.

Por muito tempo a dialética foi relegada a um segundo plano, sendo substituída na lógica pela matemática. No entanto, no século XIX, um pensador alemão, Hegel, retomando o pensa-mento de Heráclito e Platão, conferiu uma nova compreensão sobre dialética. O real é racional e o racional é real, diria Hegel, ao estabelecer as noções de tese, antítese e síntese como o próprio movimento do pensamento humano.

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por Marcos Silva professor de geografia e sociologia

Ao que parece, 1956 foi um ano ardido: depois de longas delongas,

Marrocos e Tunísia ganhavam independência da França (embora

a Argélia arderia muito mais nas unhas dos herdeiros de Asterix).

Aliás, nesse mesmo ano falecia o famigerado “dono” do Marrocos,

Tahmi El Glaoui; e, por uma dessas irônicas tacadas do Olimpo,

nasciam Eike Batista e Ahmadinejad. Ainda em 56, Grande Sertão:

Veredas, fabuloso livro de Guimarães Rosa, apresentava os últimos

testemunhos de uma realidade que estava com os dias contados:

o Cerrado, que desapareceria para dar lugar ao progresso material.

Em 1956, concretizando a velha ideia de transferir a capital

para o interior do Brasil, nascia Brasília, metáfora (nem Juan Ramon

Jimenez, nobel da literatura desse ano, produziria tamanha elabo-

ração metafórica) da ordem e do progresso; cidade modernista

por excelência, mas também capital da geopolítica: pioneiramen-

te, o crítico de arte, Mário Pedrosa, chamou a atenção para a curio-

sa militarização da cidade, levando-nos a refletir sobre o moder-

nismo conservador contido em sua edificação. Mais

tarde, o geógrafo José Willian Vesentini produziria uma

tese a respeito da condição estratégica da cidade para

abrigar a ditadura militar, que tomou o poder em 1964.

Cada qual à sua maneira, toda cidade carrega

consigo um projeto incrustrado na psiquê de sua

gente – certamente a busca da felicidade é o sen-

timento que enfeixa a relação cidadão/espaço. Os

nomes dos cinco bairros de Alexandria, por exem-

plo, começavam por Alfa, Beta, Gama, Delta, Epsilon

– as cinco primeiras letras do alfabeto grego.

A filósofa Olgária Matos diz que “a cidade da

Brasília: a utopia nacidade modernistaLigações e momentos marcantes da Capital brasileira, de 1956 até os dias atuais

’opinião

biblioteca dava-se a ler como um abecedário onde um eru-

dito identificou uma mensagem: Alexandros Basileus Genos

Dios Ektisen (polinamiméton), ou, o Rei Alexandre, da raça

de Zeus, fundou (uma cidade inimitável)”.

A partir do projeto de um Brasil grande nasceu Brasília:

afastar a capital do litoral, aberto à influência e ameaça es-

trangeiras e transferi-la para o interior inabitado à espera do

progresso material, como mandava o lema republicano.

Assim, a nova capital começava a ser edificada no Pla-

nalto Central; a nação desenvolvida, indutrializada e mo-

derna, que uma parcela do país (ainda que diminuta) es-

perava para si, materializava-se na cidade modernista.

Confome Marshall Berman, o “signo distintivo do urbanis-

mo oitocentista foi o bulevar, uma maneira de reunir explosivas

forças materiais e humanas; o traço marcante do urbanismo

do século XX tem sido a rodovia, uma forma de manter separa-

das essas mesmas forças”.

Desse modo, se Brasília propugna uma ordem, não é de se

estranhar que seu traçado seja pensado para o automóvel, signo

Constrastes - A Belém - Brasília surgiu

como uma das rotas para o futuro. Porém,

assim como na nova capital, os constrastes

estavam escancarados

Foto: Revista Manchete / Acervo da Biblioteca Central da UnB

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tão distintivo. Essa realidade é tão mais sig-

nificativa em um país que, em meados da

década de 1950, situava-se muito mais na

periferia do capitalismo que hoje.

Portanto, essa máquina era um

dos principais – talvez o maior – ob-

jeto de desejo das ascendentes clas-

ses urbanas naquele momento (hoje,

provavelmente uma obsessão! Sobre-

tudo os carrões importados – símbolo

do novoriquismo brasileiro).

Outra máquina de transporte cara à

utopia brasiliense é o avião: ágil meio de

transporte, apto a integrar o imenso ter-

ritório brasileiro. Assim, outra impactante

metáfora da modernidade firma-se no

Brasil central, materializando-se na forma

de um avião que corta as imensidões de

um dos cinco maiores países do planeta.

Todavia, se a cidade se estrutura

com a utilização das mais novas tec-

nologias da engenharia e construção

civil e assume formas de meios de

transporte modernos, sua arquitetura

flagra as formas do Brasil profundo.

A fachada do palácio do Planalto nos

remete aos veleiros do litoral, fato que

se evidencia na sua reflexão no espelho

d’água à frente do edifício; as formas arre-

dondadas que o concreto assume tantas

vezes, remete-nos ao relevo esculpido

pelos agentes modeladores de um país

tropical: temperatura, chuva e vento.

O escritor David Underwood diz

que as “levíssimas estruturas dos palácios

do governo projetadas por Niemeyer, que

vemos apenas tocar o solo, como se fos-

sem aves, devem ser encaradas como me-

táforas da modernidade como meio para

elevação espiritual da humanidade”.

De lá para cá, pouco tempo transcor-

reu, mas correu muita água debaixo des-

sa ponte. Utopias não envolvem tempos

históricos ou geológicos, porém cósmicos.

A cidade de Deus, de Santo Agostinho, é

atemporal, posto que platônica. A perfei-

ção demanda tempo e paciência: graças

aos meios de comunicação e transportes,

Brasília não é tão distante geograficamen-

te como nos tempos bicudos dos militares

(1964-1985); e o Brasil possui um papel me-

nos periférico nas relações internacionais.

Amadurecmos politicamente: ele-

gemos recentemente um professor,

um metalúrgico e, ineditamente, uma

mulher; mas falta algo, sem dúvida,

pois, se naquela época não constituía-

mos propriamente um povo, hoje fal-

ta-nos certificarmo-nos de que somos

realmente um povo, e daí renovarmos

os ares utópicos que nos é de direito.

PS: Em tempos de eleições municipais,

nada mais oportuno que exigirmos a

cidade dos sonhos... que reinventar-

mos nossa cidade!

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“Não julgue o embrulhopelo pacote”, diz PriscillaPsicóloga comportamental conta da sua vida agitada, mesmo na cadeira de rodas

’superação

“Nunca deixe que alguém determine

seus limites, pois a única pessoa que

pode determinar isso é você”. Esta fala é

de Priscilla Ferreira de Souza, 36 anos,

psicóloga comportamental e admi-

nistradora da loja de presentes e ma-

teriais eletrônicos dos pais.

Sua deficiência é de nascença,

conhecida como “amiotrofia muscu-

lar progressiva” – uma limitação na

condução neural para os músculos. “É

como se fosse o sistema elétrico. O inter-

ruptor é o músculo e a luz é o cérebro. O

problema está no fio. Por isso meus mo-

vimentos são limitados”, explica.

Com três meses de idade, os pais

de Priscilla começaram a perceber

que havia algo errado na sua evolu-

ção, que não era a mesma que a de

qualquer bebê. “Eu não sentava, ficava

muito molinha. Na época, não existia

ultra som ou exames. Minha mãe pas-

sou muito mal na gravidez, mas com

aqueles problemas normais, como en-

joo e mal estar. Nada de muito diferente

que pudesse dizer que alguma coisa es-

tava errada”, lembra.

Com um ano e meio, Priscilla não

tinha ação. Foi quando os pais come-

çaram a ficar preocupados e iniciou-

-se a peregrinação médica. Foram vá-

rios especialistas visitados até chegar

a um diagnóstico verdadeiro.

Numa dessas visitas, a psicóloga

conta a primeira situação desnecessá-

ria que sua família passou – ela com

3 anos – e que só não foi pior graças

a teimosia da mãe. “Uma médica para

minha mãe não me colocar na esco-

la. Era para arrumar um quarto muito

confortável e que tivesse uma excelente

infraestrutura, porque eu não ia poder

sair de casa. E se ela fizesse muita ques-

tão que eu aprendesse a ler e escrever,

era para contratar uma professora par-

ticular, pois não valeria a pena me por

numa escola”. A mãe voltou para casa

e a primeira coisa que fez foi matricu-

lar Priscilla na escolinha.

O diagnóstico verdadeiro da do-

ença veio pela USP, com Mayana Zatz,

uma das primeiras médicas que ini-

ciou as primeiras pesquisas sobre dis-

trofia no Brasil. De tempos em tempos,

a psicóloga vai até São Paulo colher

sangue e fazer estudos para que os

cientistas estudem o processo, além

de fisioterapia e drenagem linfática.

Crescimento – Priscilla relata que sua

infância foi muito tranquila, mas foi na

adolescência em que ela começou a

sentir limitações maiores do que a físi-

ca. “Além de já estar maior e começar a >

Foto: Luiz Gustavo Gasparino

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perceber as dificuldades de acesso, você

começa a notar os olhares dos outros

com relação à deficiência. É o senso crítico

começando a se desenvolver”, destaca.

Com 13 anos, a jovem conhece a

psicologia. A terapia feita até o início da

faculdade despertou seu interesse pela

profissão. Com 17 anos, prestou vesti-

bular em universidade pública (Unesp)

e mudou-se para Bauru acompanhada

da avó, que ficou só no primeiro ano.

Depois, contratou uma empregada,

que ficou com ela até se formar.

Mesmo na fase adulta, Priscilla

passou por momentos que nunca

imaginou passar. Entre os casos, o de

uma psicóloga que se negou a des-

cer escadas para dar entrevista a seu

grupo de trabalho, o que causou a ira

de seus colegas de sala, e um estágio

que causou muito ciúmes e confusões

com sua concorrente direta. “Sempre

vai ter aquela coisa que te dá uma tapa

na cara, que faz pensar: Meu Deus, que

mundo a gente vive”.

Apesar das dificuldades, a psicólo-

ga conta que o tempo de faculdade

foi muito bom, e com muita farra. “Eu

morava com três meninas, elas dirigiam

meu carro e nós íamos para a ‘bagunça’

sempre. Nunca deixei os estudos caírem,

mas participei de muita coisa. Foi uma

fase muito gostosa, conheci muita gen-

te e fui para muitos lugares. Os namoros

foram poucos, mas as paqueras foram

muitas”, lembra.

Exemplos – Viver com algum tipo de de-

ficiência pode ser muito simples, desde

que exista o mais importante: o apoio

da família. Para Priscilla, se não tiver es-

tímulo e o ‘empurrão’ dos familiares, “fica

para trás”. Além disso, as amizades que

se faz no decorrer dos anos ajuda muito.

Outro aprendizado da vida, na opi-

nião da psicóloga, são seus próprios

clientes. “Eles acham que não, mas

aprendemos muito com os pacientes.

Nessas quatro paredes todo mundo é

muito verdadeiro. Caem as máscaras,

as hipocrisias”. Devido a isso, Priscilla

faz um questionamento todos os dias:

“Quem é o deficiente? Sou eu a precisar

de uma cadeira de rodas motorizadas

para me movimentar, ou é uma pessoa

de 18 anos que não sai de casa e que

não consegue conversar com pessoas

ao vivo? Ou outra de 35 anos que não

consegue arrumar emprego e ter vida

pessoal?”, salienta.

É isso que a psicologia proporciona

para Priscilla. “Consigo facilitar o convívio,

a driblar situações difíceis e a me pergun-

tar se sou deficiente mesmo. Ou se é ape-

nas uma limitação física? As que o social

impõe são muito maiores”, conclui. A

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’empresas

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Água VivaAv. João Osório, 543 – Jd. Bela VistaAv. 13 de Maio, 125 – Jd. Santa Edwirges Fone/fax 19 3631 1329 / 19 3631 0474Site www.piscinasaguaviva.com.br

Armazém das CoresRua 14 de Julho, 1213 – Vila GomesFone 19 3631 5734

Art ErvasRua Cel. Ernesto de Oliveira, 99 – CentroFone 19 3623 4112Site www.artervas.com.br

Artesanatos DonniPraça Cel. José Pires, 28 – CentroFone 19 3623 3109

Auto BetiRod. SP-342 – São João / Águas da Prata, Fone 19 3622 3811Site www.autobeti.com.br

Bar do RussoRua Quatorze de Julho, 741Vila ConradoFone 19 3623 2107

Big BomAv. Brasilia, 1950 – Vila ZanettiFone 19 3638 1000

Body Nutri StorePraça Cel. José Pires, 49 B – CentroFone 19 3631 1016

Buffet CristalRua João Pessoa, 222 – Vila OrientalFone 19 3631 5534

Café GranattoPraça Roque Fiori, 123 A – CentroFone 19 3056 1515

Center LuzAv. Durval Nicolau, 523 – Jd. N. São JoãoFone 19 3633 7978

Cia do EsporteAv. Dona Gertrudes, 66 – CentroFone 19 3623 4238Rua Saldanha Marinho, 465 – CentroFone 19 3633 1660Site: www.ciadoesporte.com.br

Cia do Esporte KidsAv. Dona Gertrudes, 114 – CentroFone 19 3635 2036

Comercial São JoãoRua Julio Michelazzo, 15 – N. Sra. FátimaFone 19 3622 3489

Dent SystemRua Carolina Malheiros, 385

Vila ConradoFone 19 3633 1826Site www.dentsystem.com.br

Depósito VanzelaRua Henrique Martarello, 761 – Vila BrasilFone 19 3633 3022Site www.depositovanzela.com.br

Digitally MadeAv. Dr. Durval Nicolau, 523 – Sala 3Fone 19 3631 6668Site www. digitallymade.com.br

Dom CanecoRua Benedito Araujo, 95 – CentroFone 19 3631 7479

Doroti Moda e AcessóriosRua Quatorze de Julho, 555 - V. ConradoFone 19 3623 4343

Dr. Flávio MorattiAv. Dr. Oscar P. Martins, 121 – São LázaroFone 19 3623 2273

Dr. Luiz Ramos JuniorRua Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade, 308 – Sala 44Fone 19 3623 5021

Dr. Rovilson Ferreira dos SantosRua Dr. Octavio da Silva Bastos, 3458Riviera de S. JoãoFone 19 3631 8211

Dra. Fernanda CarreraRua Carlos Gomes, 4 1 – CentroFone 19 3056 3456

Eagle MotosRua Ademar de Barros, 660 – CentroFone 19 3631 3233

Felice GourmetRua General Osório, 163 – CentroFone 19 3635 2268

ForguaçuAv. Sen. Marcos Freire, 730 – Vila BrasilFone 19 3633 1848Site www.forguacu.com.br

Germinari SegurosRua Pereira Machado, 337 – CentroFone 19 3623 5432

HavaianasAv Dona Gertrudes, 327 – CentroFone 19 3623 1985

Junqueira Consultoria eNegócios ImobiliáriosAv. Durval Nicolau, 765 – Jd. N. São JoãoFone 19 3631 0052

Kalesch Moda MasculinaRua Dr. Teófilo Ribeiro de Andrade, 566Fone 19 3622 3716

Ki-Barato CalçadosRua Henrique C. Vasconcellos, 1598 – Jd. São NicolauFone 19 3633 6000

Loja PatyduRua Cel. Ernesto de Oliveira, 153Águas da PrataFone 19 3642 2157

Mais Saúde Santa CasaRua Cons. Antonio Prado, 301 – CentroFone 19 3634 4444

Mariazinha CalçadosRua Saldanha Marinho, 541 – CentroFone 19 3631 3695

Marilene MartinsRua Getúlio Vargas, 738 – CentroFone 19 3631 8836

Marlene Luz CabeleireirosRua Prudente de Moraes, 123 – CentroFone 19 3623 1759

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Mínimo DetalheRua Prudente de Moraes, 28 – CentroFone 19 3633 4612

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Pet Empório da SerraAv. Durval Nicolau, 956 – Jd SantarémFone 19 3631 5515

Piccola SocietáRua Campos Sales, 398 – CentroFone 19 3631 6873

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Regina PresentesPraça Governador Armando S. Oliveira, 65 Fone 19 3623 3631

Saúde dos PésRua Cap. Vitor Dias, 64 – CentroFone 19 3633 6372

Selaria São JoséAv. Dona Gertrudes, 441 - CentroFone 19 3622 3414

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SenacRua São João, 204 – CentroFone 19 3366 1100Site www.sp.senac.br/saojoaodaboavista

Sequóia EmpreendimentosImobiliáriosAv. João Batista Bernardes, 1150 – Jd. Boa VistaFone 19 3633 3197Site www.sequoia.imb.br

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Slice TennisRua Gabriel Ferreira, 35 – CentroFone 19 3631 5987

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UniodontoRua General Osório, 132, Sala 2 – CentroFone 19 3631 8751

UnivaciAv. Oscar Pirajá Martins, 951 – Santo AndréFone 19 3633 1122

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