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R E V I S T A ARARAQUARA & REGIÃO JUNHO DE 2015 | Nº 5 | ANO I

Revista Cidade - Junho 2015

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Araraquara cresceu muito. E agora? Sucessão: O futuro da cidade está em jogo. O fim da CTA: antes modelo empresa sai de cena este ano. Araraquara: A Capital das Artes. Festiara: O resgate das feiras beneficentes. Um lugar para se viajar no tempo e no esporte. Marinho: Reencontrando o campeão.

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R E V I S T A

A R A R A Q U A R A & R E G I Ã O J U N H O D E 2 0 1 5 | N º 5 | A N O I

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Lançando neste mês de junho sua 5ª edição, a Revista Cidade, Arara-quara e Região está a um passo de completar meio ano de vida, sempre pautada por assuntos do seu coti-diano, amigo leitor.

Consolidada no mercado editorial da região, a revista parte agora para novos desafios, tendo como objetivo principal fortalecer ainda mais os laços construídos nos últimos meses com você, e nossos parceiros.

É hora de crescer, olhar para fren-te, acreditar no sucesso de nossa gente e de agradecer a todos aque-les que estão lado a lado conosco desde o início.

Boa leitura e muito obrigado pela parceria.

Equipe Revista Cidade

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Araraquaracresceu muito.E agora?Sucessão:

O futuro da cidade está em jogo

O fim da CTA: antes modelo empresa sai de cena este ano

Araraquara:A Capital das Artes

Festiara:O resgate dasfeiras beneficentes

Um lugar para se viajar no tempo e no esporte

Marinho:Reencontrandoo campeão

SUMÁRIO EDITORIAL

ARARAQUARA E REGIÃO

Editor-chefeHamilton Mendes

MTb 53.088/SP

RedaçãoJosé Augusto Chrispim

Relações PúblicasValéria Cristina F. P. de Souza

CONRERP - 3669

AdministrativoIsa Pinto Mendes

Arte e diagramaçãoDamián Muñoz

ComercialWagner Carlos Luz

EndereçoAv. Anthero Rodrigues 87Centro – Araraquara/SP

Telefones(16) 3010-3882(16) 3010-4977

[email protected]

Revista Cidade Araraquara

Ano 1 Edição 5 - Tiragem: 7 mil exemplares

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Conheça o mais moderno conceito ememagrecimento e condicionamento físico do país

SAÚDE E BELEZA

Olipo Fitness,academia para quem não gosta de

academia, imagine para quem gosta.Comendador Alberto Dias, 111 - próximo ao Faveral

Telefone (16) 3331 1161

A primeira academia do mundo espe-cializada em emagrecimento e con-dicionamento físico com prática de modalidades esportivas. As aulas são monitoradas por profissionais altamen-te treinados, dinâmicas, motivadoras e utilizam fundamentos básicos de espor-tes como: futebol, vôlei, basquete, tê-nis, atletismo, patinação, boxe e outros. Sempre com foco no alto gasto ener-gético e satisfação dos alunos. Além do acompanhamento nutricional e avalia-ções detalhadas a cada três meses.O circuito foi desenvolvido no Labo-ratório de Fisiologia do Exercício com base em estudos científicos de gasto energético pelo Prof. Dr. Cássio Masca-renhas. Os treinos personalizados são determinados pelos resultados da ava-liação física, possibilitando que os exer-cícios sejam feitos por alunos de qual-quer nível de condicionamento físico, sexo ou idade. Em 45 minutos o aluno passa por 22 estações alternando exer-cícios aeróbicos e anaeróbicos (apare-lhos de força) com número limitado de alunos por aula. A academia ainda proporciona um am-biente diferenciado com iluminação e som de alta qualidade, estimulando dessa forma os alunos a se empenha-rem ainda mais no treino indicado. Como as aulas são dinâmicas e avan-çam de nível, conforme a evolução do aluno, o método não enjoa e tem resul-tados garantidos e comprovados.

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Por Valéria C. F. P. de SouzaSOCIAL

Lilian Marques e Julia Marques Borin

Leonardo e Cris Mello Ricardo Rolfsen, Maria da Graça Torres Fecchio, Ana Lucia e Valter Romão

Equipe ALPHAIS - Gustavo Lucarelli, Luciana Scalbello Volpe,Fernanda Chile Bernardes e Andréa Barelli Gracindo

A Campeã Mundial Roseli do Carmo Gustavo inspirandoo futuro do basquetebol araraquarense

André Gallucci e Daniele Santos

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CIDADE

Sucessão:o futuro da cidade está em jogoPartidos da base de apoio ao governo já começam a se mexer. Oposição aguarda

HM

A pouco menos de quatro meses para o encerramento do prazo de filiação para aqueles que preten-dem disputar às eleições munici-pais em 2016, o cenário político da cidade já dá frenéticos sinais de movimentos, o que deixa cla-ro aos analistas de plantão que a sucessão do prefeito Marcelo Bar-bieri será tudo, menos tranquila.

Embora não seja novidade al-guma nos bastidores políticos locais, o propalado ingresso da vereadora Edna Martins no

PSDB, de Roberto Massafera, es-cancara o desejo do deputado estadual de emplacar o parti-do tucano no 6º andar do Paço Municipal, o que, na prática, coroaria de sucesso sua carreira política à frente do partido que comanda o estado de São Paulo há mais de 20 anos.

E isso, porque embora esteja em seu 3º mandato e seja quase uma unanimidade entre alguns seto-res da sociedade araraquarense, Massafera – ao menos nos últi-mos 15 anos – só passou perto de ganhar a Prefeitura de Arara-

quara no ano de 2000, quando ele próprio disputou o pleito e Edinho Silva se elegeu pela pri-meira vez para o Executivo ara-raquarense. Massafera chegou atrás de Barbieri.

De lá para cá, o deputado par-ticipou ativamente dos pleitos locais, mas nunca mais como protagonista. Em 2004 apoiou Barbieri, em 2008 apostou no novo - lançando Pedro Tedde -, e em 2012, novamente subiu no palanque do atual prefeito.

Nesse período, embora rico da

política local, Araraquara viveu momentos críticos, escândalos se sucederam, alguns nomes fortes da vida pública araraqua-rense foram devorados pelo vendaval que se seguiu – a Polí-cia Federal, o Ministério Público e a Justiça agiram com energia -, e nada de novo surgiu no front. A única grande novidade foi a eleição da ex-vereadora Márcia Lia para deputada estadual. João Farias bateu na trave, e é suplen-te de federal.

O fim do ciclo de Barbieri à frente da Prefeitura de Araraquara será

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CIDADE

marcado pelas primeiras eleições da cidade em que nenhum dos caciques da política araraqua-rense estará na disputa, leia-se Edinho, Dimas, Massafera e o pró-prio Barbieri.

Sendo assim, o movimento de Massafera para atrair Edna para o seu PSDB deixa claro que ele não quer mais ver seu partido a rebo-que na cidade. Massafera quer fa-zer o sucessor de Barbieri, e para tanto aposta em uma chapa com a (atual) líder do PV local na ca-beça. Nos sonhos do deputado, o vice de Edna, seria o atual secretá-rio de Governo, o vereador Aloizio Brás, o Boi, do PMDB.

Atual presidente dos peemede-bistas de Araraquara, Boi, por sua vez, tem outros planos e re-centemente reuniu a Executiva do partido e fechou questão: o PMDB terá candidatura própria em 2016. Ou seja, a dele.

Caberá, portanto, aos líderes do

atual grupo que dirige os des-tinos da cidade entrar em cena para acomodar as coisas, e cons-truir um caminho que coloque todos do mesmo lado, evitando um racha nas eleições do ano que vem.

De outro lado, Márcia Lia, Do-nizete Simioni e João Farias, os principais nomes da oposição no momento com chances reais de entrar na disputa parecem, ainda, em compasso de espera, e aguar-dando os próximos movimentos

do tabuleiro político local. O mi-nistro de Dilma Rousseff, Edinho Silva, que muito pode alterar no quadro, também.

Muita água ainda vai rolar por baixo dessa ponte!

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As mais modernas técnicas de tratamento na área da Psicopedagogia, Psicologia, Pedagogia e Fisioterapia. Especializada nas áreas de

Biofeedback e Terapia Cognitivo Comportamental.

A síndrome que torna a leitura mais difícilO problema não está relacionado com a inteligênciaConfundida com a Dislexia, a Síndrome de Irlen (SI) é caracte-rizada pela falta de adaptação ao contraste e por distorções duran-te a leitura. Uma a cada seis crian-ças tem o distúrbio, que pode comprometer os primeiros anos de aprendizagem escolar. E para diagnosticar o problema é preci-so ter atenção a alguns detalhes:

Seu filho, ou filha:

- É inquieto durante as aulas; Es-frega os olhos com frequência; Faz inversão de palavras e letras; Apresenta cansaço após 10 a 15 minutos de leitura; Tem dores de estômago e fadiga; Sente enjoo quando locomovido em veículos;

Se dois ou mais itens puderem ser identificados, é hora de fazer uma avaliação sobre a chamada “Dislexia da Leitura”, denominada Síndrome de Irlen (SI)!

Afetando aproximadamente de 12 a 14% da população em geral, a Síndrome de Irlen (SI) é um distúrbiode aprendizagem relacionado a visão que se ca-racteriza por dificuldades de processamento cerebral das in-formações visuais, causadas pela hipersensibilidade a determina-do comprometimento de ondas de luz espectral visível ao olho humano não detectada em exa-mes clínicos oftalmológicos, mas é solicitado pela profissional para auxiliar a triagem.

Profissional qualificada para esta avaliação, a Terapeuta em Biofee-dback e Neurofeedback, Psicope-dagoga e Screeners da Síndrome de Irlen, Érica Giro, relata que a SI pode ter comorbidades como o TDAH, questões oftalmológicas (baixa visual/distrofia de cones, etc), transtornos comportamen-tais, Dislexia, Síndrome do Pâni-co, entre outras.

Érica explica ainda que a neutra-lização da SI é simples, e exige apenas o uso de Overleys (lâmi-

nas para leituras) selecionadas corretamente e individualmente, ou filtro, proporcionando confor-to, nitidez, estabilidade e fluência durante a leitura.

Contando com uma equipe alta-mente qualificada e preparada para realizar o processo de reabi-litação, Érica destaca os resulta-dos obtidos no tratamento da SI na Núcleo Bio, que vem obtendo sucesso não apenas com criança, mas também com adultos que se queixam de desconforto no mo-mento da leitura.

E como o conhecimento do pro-blema é o primeiro passo para a

solução dele, a Psicopedagoga Érica Giro, e sua equipe qualifi-cada de profissionais, ministram palestras em escolas, empresas e, ou, qualquer órgão ou entida-de interessada em neutralizar os efeitos da SI.

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Agregue conhecimento.Agende um horário para umaavaliação gratuita através do

telefone (16) 3010-0368,ou pelo e-mail

[email protected]

A psicopedagoga Érica Giro ministra palestras em escolas e empresas sobre o assunto

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Com 18 anos de tradição, o Celeiro se renova com a mesma qualidadeMantendo a mesma qualidade e fartura nos pratos, o novo Celeiro traz novidades para sua clientelaAgora sob nova direção o tradi-cional Restaurante e Choperia Celeiro inicia uma nova fase em sua história de 18 anos, perío-do em que o estabelecimento construiu uma sólida reputação no meio gastronômico de Ara-raquara e região.

Administrado pelo competente, e conhecido empresário André Assad, o Celeiro reedita a tra-dição de servir no almoço e no jantar os saborosos pratos pre-parados com a reconhecida, e tradicional, qualidade e fartura nos ingredientes.

Com larga história de sucesso, e bastante procurados pela clien-tela, os pratos de Filet Mignon, denominados “do Luiz”, “do Mo-raes” e “Do Joaquim”, completam 18 anos agora, em 2015, o que,

ao lado do saboroso “Rodizio de Filet Mignon”, servidos a Parme-ggiana, Grelhado, Acebolado e Molho Madeira, dentre outras iguarias, garante à Casa uma po-sição de destaque na gastrono-mia local.

Conhecida pela qualidade na ela-boração de seus pratos, a cozinha do Celeiro conta com as mesmas profissionais que lá atuam há mais de uma década. “Trabalha-mos todos os dias para garantir aos nossos amigos e clientes pra-tos fartos e saborosos, mantendo a tradição construída através dos tempos”, explica André.

Ele destaca ainda os pratos a La Carte, como a Picanha, a Baca-lhoada do Celeiro, os peixes e a família dos “Escondidinhos”, tudo regado aos mais saborosos vi-

nhos, drinques, chopp e bebidas diversas.

Outra tradição do Celeiro são os espetos de carne servidos direta-mente nas mesas, o que sempre foi um diferencial da Casa. Tudo isso, além dos deliciosos Caldos de sopa, que de terças às quin-tas-feiras fazem a alegria dos clientes.

Servindo o almoço todos os dias da semana e o jantar de terça à sábado, o Celeiro traz música ao vivo de sexta à domingo (no almoço) e uma deliciosa novi-dade: a tradicional feijoada ani-mada pelos melhores violeiros da região.

A experiência de seus profissio-nais, a qualidade e a fartura dos pratos servidos no Celeiro são,

sem dúvida, os grandes diferen-ciais da Casa.

“E tudo isso, claro, a preços justos e acessíveis”, destaca o empresário.

Confira de perto o que novo Celei-ro oferece para você e sua família. Apesar de sua tradição e do reco-nhecimento de seus clientes, cer-tamente você vai se surpreender!

Serviço:Restaurante e Choperia CeleiroRua Américo Brasiliense, 1130Fone: (16) 3336-7539Facebook:Celeiro Restaurante ChoperiaAlmoço: todos os diasdas 11h30 às 16 horasJantar: de terças aos sábadoa partir das 19 horasTodos os sábados, deliciosa Feijoada.

O empresário André Assad ao lado da competente equipe Celeiro

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MODELO

Jovem modelo conquista o BrasilO araraquarense Gustavo Vivêncio começou a carreira aos 8 anos de idadeConhecido por todo Brasil, e com trabalhos realizados em várias ci-dades o jovem modelo araraqua-rense, Gustavo Vivêncio, de 12 anos, vem fazendo muito sucesso no mundo da moda.

Realizando jobs para conceituadas lojas de roupas e acessórios teen e participando de vários eventos fashion pela agência Jô Models, Gustavo acabou conquistando bas-tante espaço no meio, e no último mês de abril foi capa da revista Ga-zeta Zona Norte, de Votuporanga.

No ano passado o garoto foi destaque em outra conceituada revista, a Vulgue, do estado de Pernambuco.

Iniciando sua carreira aos 8 anos de idade, após vencer o concurso “Baby Model”, Gustavo foi Mister Mercosul São Paulo Teen 2014 e Mister Mercosul Brasil Teen, tam-bém no ano de 2014.

Ainda antes disso o menino participou, e foi finalista de um concurso organizado pela rede Globo de televisão, que esco-lheria o ator mirim que viveria o personagem Marcos na novela Alto Astral, interpretado pelo ator Thiago Lacerda.

Os contatos com o modelo e ator Gustavo Vivêncio podem ser fei-tos através do email:[email protected]

Gustavo Vivêncio com a sua mãe Erica

As várias faces do modelo mirim Gustavo

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CIDADE

O fim da CTAHM

No ano em que deveria come-morar 57 anos de sua fundação a Companhia Troleibus de Araraqua-ra (CTA), até há poucos anos consi-derada modelo em transporte co-letivo para todo o País, agoniza em meio a muitas dívidas, inúmeras ações judiciais, e convive com uma frota sucateada e a cada dia menor.

Orgulho de Araraquara e dos ara-raquarenses por décadas, a em-presa, nascida em 1959 como a 1ª do interior brasileiro, e uma das primeiras das Américas a adotar o ônibus elétrico para o trans-porte coletivo, a CTA primou pela pontualidade, presteza no aten-dimento aos usuários, excelente condição de seus carros (sempre com a manutenção em dia), e in-vejável condição de trabalho aos seus funcionários.

Administrada com zelo e extrema competência, a CTA manteve por muitos anos uma grande área técnica onde coletivos chegaram a ser montados, outros reforma-dos por inteiros, e ainda outros passavam por manutenções, ou consertos, de toda a espécie.

Fruto da “modernização” das relações, da modernização do mercado, ou seja lá do que for a verdade é que a quebradeira que se abateu sobre a CTA tem muito a ver com o inchaço de sua es-trutura, e o gradativo abandono dos cuidados necessários ao bom funcionamento de setores funda-mentais da empresa. E diante dis-so, não há empresa que resista.

O resultado foi uma CTA que há anos acumula números verme-lhos em suas contas, o que só veio crescendo, até resvalar na absurda situação de sequer ter crédito para adquirir pneus. Ou, até mesmo, de, por ordem judi-cial, ter alguns carros disponibili-

zados em leilão para pagamento de dívidas.

O pior, no entanto, não é ver a CTA sucumbir e desaparecer (nos moldes em que todos estavam

acostumados a conhecê-la) dian-te de nossos olhos e com tama-nha velocidade. O pior é saber (e ver), que outras empresas (parti-culares) que operam na cidade e na região, ao contrário dela, tem

lucro, trabalham com carros no-vos e seguem crescendo e visua-lizando dias ainda melhores nos anos que se avizinham.

Por que será?

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A CTA e os Troleibus

Fruto da visão empreendedora do então prefeito mu-nicipal, Romulo Lupo, A CTA nasceu em 1959, no exato momento em que o País se industrializava e as cidades cresciam em importância. Decidido a implantar o ônibus elétrico como transporte coletivo na cidade – modelo que ele conheceu na Itália – o prefeito conseguiu autorização da Câmara e concedeu o serviço para a iniciativa privada em dezembro de 1958, através de uma lei que autorizava concessão por 50 anos à companhia araraquarense que se organizasse para a exploração do transporte coletivo urbano da cidade.

No dia 31 de agosto de 1959 se realizou a Assembleia Geral de Constituição da Companhia Tróleibus Araraquara onde os subscritores de ações da Sociedade Anônima se organizaram para atividade de transporte coletivo, e a CTA começou a operar em 27 de dezembro daquele ano, com os sete veículos nacionais Grassi/Villares, na versão mais curta.

Depois de mais de 30 anos operando na cidade, os ônibus elétricos saíram de circulação nos anos 90, em função do fim do subsídio à energia elétrica e ao alto custo das peças que eram feitas sob encomenda.

No ano de 1995, por exemplo, havia apenas 27 ônibus elétricos operando em três linhas e, no final de 1999, a operação do sistema foi suspensa. Uma das linhas foi re-ativada em março de 2000, mas acabou sendo suspensa definitivamente em novembro do mesmo ano. Todas as linhas foram substituídas por ônibus movidos a diesel.

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ARTIGO

O mito da segurança grátisPor Coronel de Polícia Otacilio Souza

Amigo leitor! Não seria novida-de dizer que o Brasil não tem conseguido sair do atoleiro do semi-desenvolvimento, visto o País continuar empacado na 69ª posição no ranking mundial do Índice de Desenvolvimento Hu-mano (IDH).

Também não seria novidade al-guma dizer que um dos termô-metros responsáveis para esse ‘sub, ou semi-desenvolvimento’ é a questão da “insegurança públi-ca”, cujos dados são alimentados por uma trágica, e galopante cri-minalidade, sendo ela mais vio-lenta a cada dia entre os crimino-sos das classes populares e mais corrupta e fraudulenta nos crimi-nosos das classes dominantes.

É perfeitamente compreensível, portanto, a ansiedade dos ges-tores públicos pela prestação de serviços eficientes no âmbito da segurança pública. O investi-mento logístico, a contratação de pessoal, o uso de tecnolo-gias no combate dinâmico ao crime são ações que merecem o reconhecimento de todos. No entanto, o que se vemos é uma repetição contínua do fenôme-no conhecido como “o Mito da Segurança Grátis”.

O que é isso? Devo dizer que, em linhas práticas, ele consiste na atuação daqueles indivíduos que prometem distribuir segu-rança e tranquilidade para to-dos com a mera edição de uma nova lei ou reforma penal, sem custos para ninguém.

Para reforçar o tema com núme-ros, li um estudo onde se dizia que o legislador brasileiro de 1940 a 2015 já promoveu 156 reformas penais, das quais, - 75% são leis mais duras-, e a criminali-dade nunca baixou.

Ao contrário, só tem aumentado: (1) em 1980, tínhamos 11 assassi-

natos para cada 100 mil pessoas e (2) fechamos no ano de 2014 com o recorde histórico de 29 ca-sos (segundo dados do Sistema de Vigilância em Saúde do Minis-tério da Saúde).

Vale ressaltar, que um índice para ser considerado “não epi-dêmico” pela Organização Mun-dial da Saúde teria que estar no patamar de 10 mortes para cada grupo de 100 mil habitan-tes. Em seu Mapa da Violência 2014, que compila dados des-de 2012, ao todo foram 56.337 mortes no país, o maior número desde 1980. O total supera o de vítimas no conflito da Chechê-nia que durou de 1994 a 1996.

“As ações conjuntas entre Esta-dos e a União para reduzir os ho-micídios são pontuais. Não existe um enfrentamento nacional, que abranja todas as esferas – muni-cipal, estadual e federal”, afirma Julio Jacobo Waiselfisz, coorde-nador do estudo.

Para ele, a redução na violência no país passa pela realização de reformas na estrutura da se-gurança pública, “inclusive com mudanças na policia, no código

penal e no sistema penitenciário”.

Verdade seja dita, o legislador não é o único, mas certamente seguindo seu ideal politizado é o grande responsável pela “venda” desse “mito da segurança grátis”, pois ao assumir sua cátedra pas-sa imediatamente a ostentar o papel daquele personagem que “acredita” na força (repressiva e preventiva) de uma “alteração legislativa” como “solução” para os graves problemas da “(in) se-gurança pública”. E em seu des-favor os resultados estão aí para comprovar a ineficácia dessa cos-tumeira política nefasta e infértil.

Existe muita coisa particularmen-te errada na formação histórica da sociedade brasileira, mas nada se compara com aqueles que são colocados para governa-la.

São sucessivas políticas públicas eivadas de interesses escusos e corruptos que colocaram o Bra-sil na 11º posição como ‘mais violento e inseguro do planeta’. E a lista vem encabeçada pelo Iraque, considerado o “país mais inseguro do mundo”.

Os considerados menos violen-

tos estão em sua maioria na Eu-ropa e na Ásia e, por lá, além de terem construído sociedades razoavelmente civilizadas e segu-ras, os gastos públicos são muito bem orientados e a “certeza do castigo” ainda impera como “um gigantesco pacto nacional”.

Novas leis para a ‘melhoria’ da Se-gurança Pública? Nem pensar... nem se fosse ‘gratis’”.

Coronel de Polícia Otacilio Souza, Mestre em Ciências Policiais de

Segurança e Ordem Pública, Consultor e Assessor Empresarial na Gestão de

Negócios de Segurança Privada.

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SOCIAL

A Relações Públicas da revista Cidade Valéria F. P. de Souza, levando aos nossos parceiros sempre o melhor para suas empresas

A vereadora Gabriela Palombo em visitaa redação da revista Cidade

O diretor do jornal O Imparcial José AC Silvaao lado da filha Daniela Simões

A beleza da psicopedagoga Erica Giro A talentosa jornalista Célia Piresdo tradicional jornal O Imparcial

A amazona Rebeca Felipe Pereira de Souza aolado de seu cavalo na Hípica da cidade

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Colaborou Rosana FurtadoSOCIAL

O evento “Entre Mulheres” marcou olançamento do Prêmio Sebrae Mulher deNegócios 2015 em Araraquara e região e reuniu cerca de cem empreendedoras de diversos segmen-tos de atuação, no dia 19 de maio, no Teatro do Sesc. Saiba mais sobre o prêmio: (16) 3332-3590.

Adriana Laurenti é analista do SEBRAE e foi a gestora doevento “Entre Mulheres”, recentemente, no Sesc

Gilberto Castanhari e Isabel Cristina Zacharias saborearam

a deliciosa feijoada promovida pela Maçonaria

Sylvana Ellero em bate-papo animado com a dupla do SEBRAE:Isley Napolitano e Daniel Palácio

Antenado nos eventos culturais, o amigo TheoBratfisch ao lado da “Dama 19”, óleo sobre tela do

artista plástico Hilton Grecco exposto no saguão do Teatro Municipal de Araraquara - Território da Arte

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SOCIAL

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ARTIGO

“Grande amigo Santo Antônio, tu que és o protetor dos namora-dos, olha para mim, para a minha vida, para os meus anseios. De-fende-me dos perigos, afasta de mim os fracassos, as desilusões, os desencantos. Fazei que eu seja realista, confiante, digno(a) e ale-gre. Que eu saiba caminhar para o futuro e para a vida a dois com a vocação sagrada para formar uma família. Que meu namoro seja feliz e meu amor sem me-didas. Que todos os namorados busquem a mútua compreensão, a comunhão de vida e o cresci-mento na fé. Assim Seja.”

Mês de junho se achega para mim, mês tão esperado e queri-do. O cheiro da cidade se trans-forma e é um transbordamento de vida e alegria, a quentura das Festas Juninas me alegra o cora-ção; acredito em reza e até São

João. Esbaldo-me nos festejos, no arrasta pé e no quentão. Pen-so em pé de moleque, o pastel da quermesse, na pipoca e no balão.

Araraquara é uma privilegiada nesse mês, além das i g r e j a s , até vizi-nhos ven-cem as de-savenças, se unem e confraterni-zam juntos; um faz bolo de fubá, ou traz paçoca, ou acende a foguei-ra, e as crianças prendem as bandeiras, em regra a pessoa mais velha da rua grita: NÃO ESQUECE O ESTANDARTE, TEM QUE TER SANTO ANTÔNIO, SÃO JOÃO E SÃO PEDRO, DO

CONTRÁRIO NÃO TEM FESTAN-ÇA. E então comemoram com comilança o grande momento de união e todos juntos pulam fo-gueiras e não mais soltam balão.

Mas não tem como

não se ater a linda e

t r a d i c i o -nal festa da Paró-

quia de Santo Antó-nio. Todos os

anos, meninas moças, senhori-

tas, senhoras, todas de saias, terço na mão

e fé no coração, faz a crença e anseia pelos primeiros 13 dias do mês de junho. A Festa per-manece durante 13 noites, se revezando entre músicas e re-

zas de dia e de noite.

Todas ansiando pelo par perfei-to. Aquele que te abraçara todas as noites do ano, te iluminará e te deixará mais bonita. Aquele par que dançará contigo ao luar e ofertará flores por onde pas-sar. E sempre na quermesse de Santo Antônio, todas as pesso-as que é crente ou não, faz sua prece, mesmo que silenciosa no dia 13 de junho, para que cada um tenha a sorte de um amor tranquilo, que nos acalmará em dias de turbulências e proferirá carinhos e cafunés simplesmen-te para nos agradar.

Qual cidade além da Morada do Sol zela tanto pelas suas festas tra-dicionais? Pelas lindas e cheirosas festas juninas? Isso é amor. Isso é vida. Viva Santo Antônio, São João e São Pedro e Viva o Amor.

O Amor e a CidadePor Fabiana Virgilio

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A obra “Acorda III”, exposta no saguão do Teatro Municipal, destaque no XIII Território da Arte, criação de Pietra Verbena, com o propósito de um chamamento para sair do comodismo, despertar, acordar para a vida.

É também um alerta para a correria do dia a dia,lembrando ser necessário dar um tempo para reflexão, para não se perder no mecanismo contemporâneo.

Tulio Pociotti e a esposa Isabel apreciando a criação de Pietra Verbena. Isabel é neta de Celso Martinez Correa, projetista da cama patente

Nayara e Patrícia em movimentado evento cultural Márcia Novaes e André Gattás esbanjando simpatia no ateliê Arte 220

Pietra Verbena e sua criação com a também artista plástica Wanda Cimelli na abertura do Território da Arte

Andrea (Clube 22 de Agosto) com o marido Marcio Alva-renga curtem momento “relax” noShopping Jaraguá

Colaborou Rosana FurtadoSOCIAL

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VIAGEM E TURISMO

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Araraquara cresceu muito. E agora?CIDADE

O impressionante desenvolvimento experimentado pela cidade nos últimos15 anos já apresenta sua conta. Será que perdemos o controle?Hamilton Mendes

O crescimento desordenado das cidades é o grande problema en-frentado pela humanidade desde o final do século XX. Normalmente passando ao largo dessas ques-tões, Araraquara começa a apre-sentar sinais de que sua realidade está mudando, e parece que em alguns aspectos para pior.

Passando atualmente por um im-pressionante processo de trans-formação e crescimento, fruto do também impressionante in-cremento de sua economia e do vertiginoso desenvolvimento por que passou nos últimos 15 anos, Araraquara já sofre com a preca-riedade no Pronto Atendimento na área da Saúde, falta de leitos nas UPAS e nos hospitais e falta de médicos.

É claro que o problema é nacio-nal, mas é importante ressal-tar que embora o País sempre tenha apresentado carências em todos os setores citados, Araraquara, por sua vez, se ca-raterizou através dos anos por manter a área da Saúde com ex-celência em atendimento. E isso vem mudando com uma veloci-dade galopante.Para se ter uma ideia, dos três hospitais da cidade, a saber,

Santa Casa, Beneficência e Hos-pital São Paulo, só o primeiro é público, e nem todos os seus lei-tos atendem ao SUS. Anos atrás, quando a cidade não tinha nem a metade da população atual, to-dos os três eram públicos e aten-diam a qualquer cidadão.

Já na área de Pronto Atendimento, Araraquara, por anos, manteve um Pronto Socorro em uma velha casa localizada na Avenida José Boni-fácio, entre as Ruas 4 e 5. Como as instalações no local eram bas-tante acanhadas, em meados dos

anos 70 o então prefeito munici-pal Waldemar De Santi construiu um outro PS, agora na esquina da mesma Avenida com a Rua 4. O prédio serviu aos araraquarenses com excelência em atendimento por mais de vinte anos.

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CIDADE

Com o crescimento da cidade e o aumento vertiginoso de nos-sa população, o ex-prefeito Edi-nho Silva (em meados dos anos 2000) construiu e entregou um novo e amplo Pronto Socorro no bairro do Melhado. Equipa-do com muitos leitos, salas de estabilização, equipamentos di-versos e tendo o atendimento infantil separado do adulto, o local funcionava como um mini hospital, garantindo os primei-ros socorros aos pacientes em situação mais séria.

Desativado, o PS do Melhado foi substituido na área de Pronto An-tendimento por duas UPAS, a do centro (localizada nas proximida-des do Cear), e outra na Vila Xa-vier. As duas juntas, porém, não oferecem a estrutura que o anti-go PS oferecia, nem em espaço, nem em equipamentos e muito menos em leitos.

Ou seja: Araraquara cresceu muito, mas nessa área encolheu.

Bulevard da rua 5 e Alameda Paulista. Qualidade de vida tem enfrentado problemas na cidade

Beneficência Portuguesa: a área da saúde não é mais a mesma. Novo aeroporto pode ser importante no futuro

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CIDADE

Crescimento e diversificação da economiaCom sua economia quase que to-talmente dependente da cana de açúcar e da laranja por décadas, Araraquara se manteve por mui-tos anos com seu orçamento anu-al sem grandes alterações. Tudo começou a mudar, no entanto, depois das ações do ex-prefeito Roberto Massafera (1992-1996), que iniciou o diversificação da economia da cidade, atraindo in-dústrias e novas empresas.

Incrementado por Edinho Silva nos seus dois mandatos, o pro-cesso continuou na pauta do mu-nicípio durante a atual gestão, do prefeito Marcelo Barbieri - que está no penúltimo ano de seu 2º mandato -, e Araraquara, então, deu um impressionante salto em seu desenvolvimento, atraindo muita gente para a cidade e ven-do sua população crescer vertigi-nosamente.

Apenas para que o leitor tenha uma ideia maior com o que se passou por aqui, basta que se olhe rapidamente para a evolu-ção do Orçamento Municipal de Araraquara nos últimos 15 anos. Se em 2001, primeiro ano do go-verno Edinho, a previsão era de R$134.871.000,00, no final de seu segundo mandato, em 2008, ele deixou a cidade com um orçamento previsto em R$353.444.056,00, para o ano se-guinte. A previsão para o ano de 2015, apesar de todas as dificul-dades enfrentadas pelo País, é de R$639.848.792,39. O salto é im-presionante.

Com tanto dinheiro circulando, a cidade cresceu, um grande Shopping (o Jaraguá) se instalou por aqui, e Araraquara exercita nos dias de hoje, e com bastante autoridade sua vocação de líder econômica regional. Apesar de ampliado recentemente e de ter ganhado uma grande e novíssi-ma área externa, é praticamente impossível encontrar uma vaga de estacionamento nos finais de semana no Shopping Jaraguá - o local é praticamente todo ele

tomado por veículos vindos de outras cidades da região.

Se por um lado isso é muito bom para a economia local, por outro é importante lembrar o quanto foi importante para a saúde do comércio da Rua 9 de Julho a construção do Boulevar da Rua 2 durante o primeiro mandato do governo Edinho. Muito criticado na época, se ele não existisse hoje o comércio da mais tradicional rua da cidade certamente estaria praticamente extinto, e o centro de Araraquara seria uma reedição das “bocas de lixo” existentes por tantos outros municípios brasi-leiros que não passaram por pro-cessos de revitalização.

Outras frentesO vertiginoso crescimento ex-perimentado pela cidade não afetou apenas nossa economia e nossa área da Saúde. Outros efei-tos colaterais também atingiram

em cheio a população de Arara-quara, que viu, em muito pouco tempo os índices de criminali-dade aumentados, a sensação de insegurança crescer, e nossas ruas ficarem pequenas para tan-tos carros.

Muitas coisa no nosso dia a dia também mudou, e Araraquara deixou de ser modelo em algumas áreas onde sempre foi destaque nacional, como no transporte cole-tivo, por exemplo, onde a Compa-nhia Troleibus de Araraquara (CTA) reinou absoluta por décadas, ago-ra, em 2015, está deixando a cena praticamente falida.

Também consequência do cres-cimento desenfreado dos últi-mos 15 anos, o nascimento de novos - e populosos bairros - exigirão muito do Poder Público nos próximos anos. Conhecidos como “Barbierão”, os novos bair-ros nascidos nos altos do Selmi

Dei não contam com escolas, Postos de Saúde, apresentam problemas com o transporte coletivo e não tem, sequer, uma só árvore plantada em toda sua extenção. E todos sabem que a ausência do Poder Público em locais como esses é um convite aos criminosos, que rapidamen-te tomam conta do lugar.

Teríamos muitas outras coisas para dizer aqui, mas é impor-tante ressaltar que a Araraquara que cresceu muito nos últimos anos, certamente vai crescer ainda mais nos próximos. O que se apresenta diante de nós, por-tanto, é o desafio de buscarmos uma receita para corrigir as dis-torções e os problemas que a cidade vem vivendo, econtran-do uma maneira de o município retomar sua vocação de crescer sempre de maneira ordenada, e planejada. Não podemos per-der o controle.

Prefeitura tem um grande desafio

Novo contorno acelerará o desenvolvimento local Arena da Fonte: símbolo da modernidade araraquarense

Bulevard da rua 2 salvou o comércio do Centro

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MEMÓRIA

A Capital das ArtesNos anos 40 e 50, Araraquara era reconhecida em todo o País pelo trabalho realizado na Escola de Belas Artes e no Conservatório Dramático e MusicalHamilton Mendes

Nos idos anos 40 e 50, Araraquara fervilhava no âmbito cultural, e o trabalho aqui realizado pela Es-cola de Belas Artes e pelo Conser-vatório Dramático e Musical, era reconhecido por todo o País, com a cidade ganhando o simpático apelido de “Capital das Artes”.Tudo começou na Sessão da Câ-mara Municipal realizada em 10 de fevereiro de 1926, quando, através do Projeto de Lei nº.37, de autoria de Bento de Abreu Sampaio Vidal, os vereadores autorizaram ao então prefeito, Plínio de Carvalho, conceder auxílio de “...até 10 contos de réis, mais o aluguel de um pré-dio....a associação que fundar...e manter...nesta cidade....uma Es-cola de Bellas Artes”.Nem tudo ocorreu como se espe-rava, no entanto, e somente em 1935, depois de nova iniciativa do Sr. Bento de Abreu Sampaio Vidal - seu fundador -, é que es-cola foi definitivamente fundada e instalada. Começava aí, uma das mais ricas histórias da cultura do estado de São Paulo e, conse-quentemente, do país.

Os primeiros tempos Primeiro diretor da Escola de Belas Artes de Araraquara, o

doutor José Campos de Almei-da, convidou o conhecido e res-peitado pintor italiano, Quirino Campofiorito, para organizá-la e fazer parte de seu corpo docente. Atuando ao lado sua esposa, D. Hilda, e do senhor Eduardo Be-vilacqua, Quirino lecionou com extrema competência pintura, desenho, modelagem, arte deco-rativa e outras formas de arte que fizeram, desde o início, a Escola de Belas ocupar lugar de desta-que no cenário nacional.As autoridades municipais, ten-do a frente o então Prefeito, José Maria Paixão, prestigiaram sobremaneira a iniciativa do-tando-a com uma verba de 36 contos anuais, na época, uma ajuda excepcional.Entusiasmado com o êxito ini-cial da iniciativa, Quirino Cam-pofiorito lançou, em 1936, o 1º Salão de Belas Artes de Arara-quara, acontecimento inédito em todo o estado de São Paulo. Ainda no mesmo ano era criada a Galeria de Belas Artes da ci-dade, e fundado, a 24 de outu-bro, o Núcleo de Belas Artes de Araraquara, sociedade dos alu-nos da Escola, que mais tarde, em virtude de tristes aconteci-mentos, tomou a responsabili-dade pelo funcionamento da própria Escola.

O fundador da Escola de Belas Artes de Araraquara,Bento de Abreu Sampaio Vidal

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MEMÓRIA

O Estado Novo e o Núcleo Com a implantação do Estado Novo, a 10 de novembro de 1937, os alicerces da política estadual e municipal ficaram definitivamen-te abalados. Caiu o Governador, subiu o Interventor. Nos municí-pios, os Prefeitos foram sumaria-mente substituídos.E um dos primeiros atos do novo chefe do Executivo de Araraqua-ra, foi cancelar a verba da Escola de Belas Artes. Logo depois, por absoluta falta de apoio, a escola fechou suas portas. Inconforma-dos com decisão das autorida-des, os integrantes do Núcleo tomaram a frente de tudo e deci-diram manter a Escola, tratando, porém, de adquirir seus direitos, com o registro dos Estatutos.O Grupo assumiu, também, a or-ganização dos “Salões”, iniciando sob sua administração o 3º deles, até sua oficialização. Manteve e ampliou a Galeria de Belas Artes e transformou os três objetivos em suas principais atividades.

A nova faseNo ano de 1941 entrou em suas fileiras, a senhora May Conceição de Souza Neves, entusiasta das artes plásticas. Em seguida, assu-miu a direção artística do Núcleo, o artista Mario Ybarra de Almei-da, pintor de extrema sensibilida-

de que passou a lecionar pintura e desenho aos alunos. No mesmo ano, contagiada pelo estupendo trabalho que ali se realizava, a Prefeitura resolveu restabelecer uma verba anual de 6 contos de réis para auxiliar a escola. Trinta contos a menos daquela que ha-via sido concedida alguns anos antes. Mas já era alguma coisa.

As dificuldades do Núcleo, po-rém, eram enormes. Maiores ainda, sua perseverança e abne-gação. Anos depois, em 1945, assume a Presidência do Núcleo o Comendador Helio Morgan-ti, mecenas araraquarense. Três

anos mais tarde, em 1948, resol-ve-se reorganizar a Escola, agora com moldes práticos, ou seja, a formação de professores de de-senho, uma falta que o mercado já cobrava, dado o incremento nos ginásios pelo interior do es-tado da matéria como parte cur-ricular.Aliás, foi a Escola de Belas Artes

de Araraquara, a precursora de tal iniciativa no estado de São Paulo, incluindo aí a capital. No período, o trabalho realizado em Araraquara alcançava reconheci-mento em todo o país e fora dele. A cidade, no campo das artes, era

assunto em todo o mundo.

UNESCO-IEm 1950, depois de um período de inspeção preliminar, o Gover-no do Estado finalmente conce-deu fiscalização permanente e a Escola passou a ser reconhecida através de uma Portaria datada de 4 de março e assinada pelo, então, Secretário dos Negócios do Governo.Dois anos depois, o Núcleo rece-beu da UNESCO, com sede em Paris, um convite para participar da organização de uma Socieda-de Internacional de Artistas Plás-ticos. Sem condições de enviar representante, a escola ofereceu sua contribuição através de su-gestões – mais tarde aceitas e incorporadas - de seus Estatutos.É importante ressaltar que, de todas as associações congê-neres brasileiras, a Escola de Belas Artes de Araraquara foi a única que respondeu ao ques-tionário e tomou a sério aque-le convite. No ano seguinte, em 1951, chegou a Araraqua-ra, vindo da Itália, o conheci-do pintor Domenico Lazarini. O artista se instalou em nossa cidade - atendendo convite do Comendador Helio Morganti -, para ministrar aulas de pintura na Escola de Belas Artes.

8 de maio de 1994. Coquetel de inauguração da Exposição Come-morativa do acervo da extinta Escola de Belas Artes de Araraquara

“Maestro Tescari”, de Mario Ybarra de Almeida, utilizando-se da técnica Crayon

Desenho em nanquim de Lafayette Carvalho de Toledo“Anteprojeto da reforma do Teatro Municipal de Araraquara”

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Paris e despejoOficializado no ano de 1952 pela Lei Municipal nº 205, promulgada pelo, en-tão, Prefeito, Dr. Antonio Pereira Lima, o Salão de Belas Artes de Araraquara, no entanto, continuou sem receber ajuda oficial. Um ano mais tarde, em 1953, o Núcleo, honrosamente, era convocado para um Congresso de Artes Plásticas, que seria realizado em duas fases, em Paris e Veneza.Por absoluta falta de recursos financeiros os artistas araraquarenses não puderam comparecer ao evento e acabaram por perder, definitivamente, como Escola, o contato direto com a UNESCO. O in-tercambio, entretanto, foi mantido aos professores e artistas araraquarenses por intermédio de uma Comissão formada para esta finalidade pelo Itamarati.Tempos depois, a Escola de Belas Ar-tes, que funcionava no prédio onde hoje está instalado o Museu Histórico e Pedagógico Voluntários da Pátria, foi despejado do local e, para não ter que fechar suas portas, mudou-se para o velho casarão da Rua Padre Duarte, próximo ao Colégio Progresso. Através de todos esses anos, o Núcleo, o “bravo” organismo dos abnegados araraqua-renses amantes das artes, foi respon-sável pela formação de centenas de alunos em suas várias turmas, dentre eles, alguns dos mais destacados artis-tas brasileiros em suas formas de arte.O último Salão de Belas Artes de Ara-raquara aconteceu em 1963, mesmo ano em que se formou a última turma de artistas da Escola. O ano de 1969, entretanto, é aquele que marca, defini-tivamente, o fim das atividades da Es-cola de Belas Artes de Araraquara. Sua extraordinária atuação, em que se pe-sem todas as dificuldades enfrentadas, fica, para sempre, na história cultural e artística da cidade, do estado e do país. E seu exemplo de abnegação e amor à arte, nunca deve ser esquecido.

MEMÓRIA

Retrato do Professor Mario Ybarra de Almeida pintadopelo artista araraquarense Francisco de Amendola

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Por Valéria C. F. P. de SouzaSOCIAL

As famílias curtindo o aconchego do Celeiro Restaurante em noite de Viola.Celeiro . Restaurante e Choperia

As crianças Gustavo Sualdine e Stefani Delgati

Humberto, Priscila e Lethycia Canicoba

Rosângela e Carlos Violante, Paulo Herique e Helena Sampaio

Ricardo Luis Parisi e Aline Tellaroli

Lilian, Cinira, Giovana, Cecilia e Berenice Canosa

Pedro Tarallo, Walquirio Cabral, Martinho Zanin e Fernanda Senhorini

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AUTOMOBILISMO

Reencontrando o campeãoMais de 50 anos depois de vencer o Circuito Automobilístico de Araraquara, um dos maiores pilotos da história do automobilismo nacional se reencontra com a cidade

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Hamilton Mendes

Contada pela Revista Cidade, em sua 2ª edição (Janeiro/feverei-ro), a história do I e do II Circuitos Automobilísticos de Araraquara, disputados nas Avenidas Bento de Abreu e 36 nos anos de 1962 e 1963, rendeu uma grande e agra-dabilíssima surpresa a todos nós, da redação. É que há poucos dias tivemos a alegria (e a honra) de re-ceber um e-mail, onde uma moça - que se identificou como Juliana - perguntava como poderia adquirir 10 exemplares da revista, porque nela havia uma matéria citando o “senhor Mário Cesar de Camar-go Filho, e ele gostaria de receber mais algumas”.

Foi um choque (de alegria). Má-rio Cesar de Camargo Filho é nada mais, nada menos, do que o maior piloto de fábrica da his-tória da DKW em todo o mundo, e “rasgou” autódromos e circuitos de rua pelo Brasil dos anos 60, ga-nhando quase tudo e construin-do uma reputação irretocável no meio automobilístico nacional. Radicado na cidade de Ourinhos, Marinho tinha recebido uma re-vista, e queria mais.

Amigo do lendário Rino Malzoni, de Matão, Marinho pilotou alguns dos mais conhecidos bólidos fabricados por ele, disputou em 1962 e 1963 os dois Circuitos Automobilísticos de Araraquara, e venceu nas duas oportunidades. O caso, é que o fez pilotando sua lendária DKW nº 10 com inscrições da revenda da mar-ca de Araraquara. Ou seja: para os araraquarenses de então, Marinho pilotou pela cidade – e venceu.

Companheiro de pista de uma geração brilhante de pilotos brasi-leiros, Marinho dividiu curvas com gente do porte de Emerson e Wilsi-nho Fittipaldi, José Carlos Pace, Bird Clemente (seu companheiro de equipe), Camilo Cristófaro, Jan Bal-der, dentre outros. E venceu a todos com muita regularidade.

Especialista em circuito de rua, Marinho também era osso duro de roer nos circuitos regulares da época, vencendo as mais impor-tantes provas brasileiras de en-tão, muitas delas disputadas no antigo traçado de Interlagos. Foi lá, inclusive, que o piloto escre-veu boa parte da história do au-tomobilismo nacional, pilotando, dentre outros, bolidos fabricados

pelos Malzoni, em Matão (os Mal-zoni chegaram a abrir uma ofici-na em Araraquara, onde também construíram um carro).

No final dos anos 60, ainda no auge da carreira, Marinho decidiu abandonar as pistas se instalan-do na cidade de Ourinhos, sul do estado, onde reside até os dias de hoje. O motivo: ele já estava casa-do, e com quatro filhos.

Ícone de uma geração de grandes pilotos brasileiros, Mário Cesar de Camargo Filho é reverenciado até hoje nos eventos que se realizam

pelo País com o intuito de resgatar a história do automobilismo brasileiro.

Em contato telefônico com Mari-nho e sua família, decidimos não enviar os 10 exemplares da edição nº 2 da revista Cidade para Ouri-nhos. Nós vamos até lá. Levaremos também tantos outros da edição nº 5, em uma singela homenagem ao piloto que emocionou Arara-quara há mais de 50 anos, ao ven-cer, carregando o nome da cidade, e por dois anos consecutivos as principais provas dos Circuitos Au-tomobilísticos disputados na Ben-to de Abreu e na Avenida 36.

Fazenda Malzoni

Largada, estilo Le Mans, de uma prova de 24 horas em Interlagos. Marinho é 3º no grid (da direita para a esquerda)

Paulo Gomes, Emerson Fittipaldi, Marinho e Ingo Hoffmann, assinando os moldes onde gravaram suas mãos mágicas para o Hall da

Fama do automobilismo brasileiro

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AUTOMOBILISMO

A fantástica história do automobilismo no Brasil

O começo de tudo. Das curvas do Circuito da Gávea, para Interlagos, Brasília, Piracicaba e Araraquara

(Fonte: Brasileiros na F1-1994)

A realização dos grandes eventos automobilísticos no país teve início no ano de 1933 com a inaugura-ção, no Rio de Janeiro, do Circuito

da Gávea. O trajeto, de rua, saía da Praia do Leblon, seguia pela Ave-nida Niemeyer, passava por uma gruta, subia e descia alguns mor-ros, inclusive onde, hoje, é a Favela da Rocinha, até voltar ao Leblon.

No total, eram 12 quilômetros e 50 curvas, algumas tão fechadas quanto se pode imaginar uma curva fechada. O piso era, literal-mente, misto: asfalto, concreto e paralelepípedos delimitados por trilhos de Bonde.

Parte do trajeto era coisa de maluco: uma das curvas tinha o nome de “Trampolim do Diabo”, e o trecho da Avenida Niemeyer, beirava um precipício de 30 me-tros rente ao mar. Os carros que já alcançavam, na época, absurdos 300 km/h nas retas, tinham um parco efeito aerodinâmico, sus-pensões primitivas e freios que dariam calafrios nos melhores pilotos dos tempos atuais.

O público, sempre entusiasmado, assistia as provas das calçadas. Não havia, sequer, um cordão de isolamento. O evento ficou tão importante, que pouco tempo depois passou a atrair alguns dos maiores pilotos europeus. Quatro anos depois, em 1937, as calçadas

do Leblon estavam abarrotadas de gente. Na pista, ou melhor, na rua, alguns dos maiores ases do mundo estavam alinhados para a largada.

No meio deles, ao volante de um dos Alfa, “gentilmente” cedidos pe-los italianos após generosa interfe-rência financeira do Presidente Ge-túlio Vargas, estava o italiano Carlo Pintacuda. Ao seu lado, no Grid, o Auto Union do alemão Hans Stuck, um dos maiores pilotos da época. Foi uma prova dramática.

Respeitadíssimo da Europa, Pin-tacuda já era conhecido no Bra-sil, e como corria com um carro “brasileiro”, tinha toda a torcida ao seu lado. Pouco mais de 279 quilômetros depois, percorridos em 3 horas e 22 minutos, Pinta-cuda cruzou a linha de chegada 8 segundos a frente de Stuck. Foi um delírio. A partir de então, “Pin-tacuda” passou a ser sinônimo de velocidade entre nós e, defi-nitivamente, as corridas de carro viraram febre no Brasil.

Largada IV Circuito da Gávea - Hans Stuck, Auto Union - as Alfa,de Antonio Brivio, Carlo Pintacuda, Carlo Arzani

Jan Balder e o jovem Emerson Fittipaldi (a direita), chegaram em 3º lugar nas mil milhasde Interlagos de 1966. Marinho em dupla com Eduardo Scuracchio chegaram em 2º

José Carlos Pace e Marivaldo Fernandes comemorando a vitória nasMil Milhas de Brasília, no início dos anos 60. Os dois morreram em

março de 1977 depois de deuxarem Araraquara em um pequeno avião

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AUTOMOBILISMO

Doze anos depois, no GP de Bari de 1949, na Itália, o Brasil entrou de uma vez por todas na mapa no automobilismo mundial. Tido como um marco na história do automobilismo de competição, o GP de Bari daquele ano trans-formou um brasileiro em lenda. Depois de uma atuação espeta-cular, Chico Landi, um dos mais promissores pilotos do período, obteve uma vitória inesquecível.

Landi pilotou uma Ferrari que trazia em seu chassi a nume-ração 0004. Foi a 1ª vitória de um carro totalmente projetado pelo comendador Enzo Ferra-ri na história. Também foi a 1ª vitória de um piloto brasileiro em uma prova internacional no exterior, e com um detalhe bas-tante significativo: se ela tivesse ocorrido poucos meses depois teria sido a primeira de um bra-sileiro na Formula-1, já que o 1º. Mundial da categoria foi dispu-tado, oficialmente, em 1950.

Uma prova especial

A imbatível DKW nº 10 de Marinho em exposição

DKW malzoni, 1966 Mecânicos reabastecem o DKW Malzone do EmersonFittipaldi nas Mil Milhas de Interlagos de 1966.

A segurança na época era coisa de louco

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MÚSICA

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AUTOMOBILISMO

Na primeira década da história da F-1, quatro foram os pilotos bra-sileiros que se aventuraram pela categoria. E sem qualquer respal-do financeiro, nenhum deles teve chance de vitória: Chico Landi, Hermano Silva Ramos, Gino Bian-co e Fritz D’Orey tiveram 20 parti-cipações da F1, no total.

D’Orey prometia muito, mas perdeu a vida em um acidente nas 24 de Lê Mans de 1960, o que foi um grande choque para os pilotos em atividade no Bra-sil e que, literalmente, construí-am o automobilismo de compe-tição no País. Na época – início da instalação da indústria automobilística bra-sileira -, os abnegados e apaixo-nados pela velocidade se uniram para viabilizar competições de alto nível no País. E tudo ficou mais fácil com o apoio de algu-mas das principais montadoras do período, mais notadamente da DW e da Willys, além, claro, do trabalho de geniais empresá-rios, como os Malzoni (de Matão)

Anos 50 e 60

-, que literalmente construíram carros de competição e saíram desbravando pistas (muitas de-

las de rua), pelo Brasil.No meio deles, Mário Cesar de Camargo Filho, o imbatível piloto

das DKWs nº 10. E o mais impor-tante tudo: Araraquara fez parte da história...

Marinho treinando e rasgando a Avenida Bento de Abreu no início dos anos 60. Ele correu (e venceu) com o nome da concessionária DKW de Araraquara. A direita, Jorge Lettry segurando a plaquinha

Da esquerda para a direita, Marinho, um fotógrafo (desconhecido) e Jorge Lettry

Marinho vencendo mais uma em Interlagos

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AUTOMOBILISMO

Anos 60. Corrida de Kart na Alameda Paulista.Araraquara sempre teve gasolina nas veias

Pilotos se enroscam no kartodromo de Araraquara no ano de 2014. A cidadenão perdeu o amor à velocidade

Grandes pegas movimentaram a Alameda Paulistae adjascências no final dos anos 60

Araraquarenses prestigiando o I Circuito Automobilístico de Araraquara, em 1962

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Padaria Bela Vista: 40 anos servindo a Vila XavierCom tradição e muita qualidade, a Padaria Bela Vista atravessa geraçõesInaugurada pela família Flório em meados dos anos 70, quando praticamente toda a região ainda nem era asfaltada, a Padaria Bela Vista completa agora, em 2015, 40 anos de tradição e qualidade em seus produtos.

Já há oito anos sob nova dire-ção, a mais tradicional padaria da Vila Xavier tem à frente de sua administração as amigas Gisely Cristina Geraldo, Silvia Teresa dos Santos Berto e Kelly Cristine de Siqueira Benedito, e elas fizeram questão de manter intacto um antigo costume das comunida-des de outrora: as cadernetas.

“Quando compramos a padaria no ano de 2008, dna Neide Flório nos passou um caderno onde estavam listados todos os clientes antigos dela, gente que desde os anos 70 compravam no estabelecimento através das cadernetas (pequenos cadernos que ficam de posse dos clientes onde a comerciante ano-tava as compras e os valores devi-dos), prática que ela ainda manti-nha”, explicou Gisely.

Foi uma grande surpresa, mas a empresária confessa que recebeu as informações, também com um misto e alegria e emoção. “Nós nem imaginávamos que essa prática ain-da existisse. O mundo cresceu muito, as sociedades mudaram conceitos e trabalhar com cadernetas passou a ser uma coisa arriscada e ficou do passado. Mas, aqui funcionava, e funcionava bem”, disse.

Por tudo isso, ela e as sócias de-cidiram manter intocada a tra-

dição. “Acho que somos o único estabelecimento de Araraquara que ainda trabalha com caderne-tas”, fala, orgulhosa e satisfeita.

Outra tradição mantida pelas empresárias foi o cuidado e a qualidade da elaboração dos mais diversos pães, roscas e do-ces produzidos no local, o que permite que há anos a Bela Vista seja fornecedora de variados mer-cadinhos e hamburgueiros espa-lhados pelos bairros da cidade. “As pessoas se acostumaram com nossa qualidade e confiam o bom andamento de seus negócios a nós. Isso é uma honra que vamos

levar para sempre conosco”, diz.

Ela lembra ainda outro forte setor onde a Padaria Bela Vista atua: o de festas e eventos. “Nós aceitamos en-comendas de bolos, pães especiais e outros produtos para festas, eventos e aniversários, lembra, destacando que o estabelecimento é fornecedor do Clube Náutico há muitos anos”.

Localizada no mesmo lugar há 40 anos - a poucas quadras da Alameda Paulista, única via que já era asfaltada na época de sua inauguração, nos anos 70 -, a Pa-daria Bela Vista está instalada à Avenida José de Alencar, nº 398.

ServiçoPadaria Bela Vista

Avenida José de Alencar, 398Telefones: (16) 3397-2490

(16) 3337-7097 - (16) [email protected]

Aceitamos encomendaspara festas e eventos.

Padaria fornece pães e outros produtos para mercados e hamburgueros de toda a cidade

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Por Valéria C. F. P. de SouzaSOCIAL

Rodrigo, Marcelo, Renato e Fábio, empresáriosresponsáveis pelo sucesso do Rock & Ribs

Beto Bordin e Flávia Giazzi

Antonieta com o marido Rui Ribeiro de Magalhães

Fernanda e Regina Dentillo na companhia de D.Julieta, 93 anos

SOFT OPENING DE INAUGURAÇÃO

Edna Monteiro, Cecília Soares e Deta Castanheira

Rock & Ribs é uma rede brasileira de “steakhouse” nos segui-

mentos de Fast Food, Bar e Restaurante com inspiração no con-

ceito de “casual dining”, música de primeira qualidade e chega à

Araraquara no Shopping Jaraguá pelos simpáticos empresários

Rodrigo Branco, Marcelo Castanheira e Fábio Dentillo.

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FESTIARA

Festiara: um novo modelo de feira estreia em agosto, no Cear

HM

Festiara terá entrada gratuita e expectativa de 50 mil pessoas em cinco dias Uma feira sem fins lucrativos e voltada a beneficiar diretamente 15 entidades assistenciais arara-quarenses que desenvolvem tra-balhos sociais, e atendem milha-res de pessoas por toda a cidade.

Esta é a identidade do Festival Social e Cultural das Entidades de Araraquara (Festiara), presidida pelo empresário Ricardo Merlos e que já recebeu apoio e adesão de importantes segmentos da sociedade.

Marcado para se realizar no complexo do CEAR, entre os dias 5 e 9 de agosto, o Festival terá entrada gratuita e expecta-

tiva de dez mil pessoas por dia. "Esperamos cerca de 50 mil pes-soas nos cinco dias do evento", ressaltou Ricardo na cerimônia de lançamento do evento, reali-zada no Shopping Jaraguá. O aspecto principal da organi-zação, no entanto, é que a feira foi pensada para dar uma opção

de lazer e cultura, não apenas para a população araraquaren-se, como também para os ar-tistas locais. Ou seja: a Festiara prestigiará os talentos da cida-de e da região, e não contratará artistas consagrados.

É cidade voltada para si mes-mo, ajudando o próximo e fo-

mentando a arte desenvolvida por aqui, com apresentações de dança, música, moda, feirado li-vro, doação de animais, além de atividades esportivas, parque de diversão e expositores da área comercial.

É um novo modelo de Facira vol-tando à cena.

Festiara foi lançada em grande evento realizada no Shopping Jaraguá

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O presidente da feira, o empresário Ricardo MerlosBastante prestigiado, evento reuniu empresários e autoridades

Fotos: Assessoria

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MUSEU DO ESPORTE

Um lugar para se viajarno tempo e no esporteO mais completo espaço de preservação da memória esportiva do interior brasileiro está aqui

Hamilton Mendes

Inaugurado em março de 2010 em uma sala localizada ao lado da entrada principal da Arena da FonteLuminosa, o Museu do Fu-tebol e Esportes de Araraquara é um dos únicos, e certamente um dos maiores espaços construi-dos no interior do Brasil destina-dos a preservação da memória esportiva.

Administrado com amor e abne-gação pelos monitores Gustavo Ferreira Luiz e Alessandro Bochi, o espaço conta com fotos, troféus, camisas e outros objetos relaciona-dos á história do futebol e de ou-tras modalidades praticadas atra-vés dos tempos em Araraquara.

O destaque, claro, são itens rela-cionados a Ferroviária, uma das mais tradicionais equipes do fu-tebol paulista e brasileiro e que agora, em 2015, conquistou o Campeonato Paulista da A2, ob-tendo o direito de disputar a Di-visão principal do Estado no ano que vem, retornando ao lugar que sempre foi seu.

O local disponibiliza para consul-ta cerca de 10 mil fotos, que ao lado de uniformes, bolas, trofeus, revistas e outros ítens contam de forma detalhada a rica história do esporte araraquarense.

Com tamanho acervo, os moni-tores trocam constantemente os materiais, criando exposições temporárias informais, garantin-do a variedade do material ex-posto e reservando interessantes

surpresas a aqueles que se acos-tumaram a frequentar o local.

O Museu conta ainda com uma grande biblioteca esportiva, onde os visitantes se deliciam com jornais, revistas e livros das mais variadas época, a maior par-te deles dedicados a capítulos vividos pelo esporte, e pelos es-portistas araraquarenses. Trata-se de uma maravilhosa viagem.

Engana-se, no entano, quem acredita que é quase só de fute-bol que vive o acervo do Museu. Lá, você pode encontrar a histó-ria da natação araraquarense, do

inesquecível Departamento de Educação Física (que nos anos 50 funcionava onde hoje está ins-talada a ETEC, antigo Industrial), do basquete (que formou atle-tas como o super campeão Rosa Branca, por exemplo), do maior ciclista brasileiro da história, Ané-sio Argentom, das corridas de moto, Kart e carros, dentre tantos outros.

Com novidades cuidadosamente planejadas pelos monitores em sua programação, o Museu traz atualmente a Exposição “A Ferri-nha voltou!” No local, os visitan-tes poderão ver de perto a Taça

conquistada pela equipe na cam-panha que culminou no acesso este ano, a bola do jogo onde a conquista se materializou, além de uniformes e outros ítens.

E no segundo semestre, de acor-do com os monitores Gustavo e Alessandro, muitas novidades estão por vir.“Estamos planejando grandes exposições para o restante do ano, como algumas das diversas corridas disputadas pelas ruas de Araraquara através dos tempos”, explicaram.E, olha, amigo leitor, que o mate-rial é rico. Muito rico!

A Exposição “A Ferrinha voltou!” é atração no Museu do Futebol e Esportes de Araraquara

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Interior e fachada do Museu do Futebol e Esportes da Arena da Fonte. Local é um dos mais bem equipados do interior do Brasil

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MUSEU DO ESPORTE

Bandeira do 2º acesso da Ferroviária, 1966

Da direita para esquerda: camisa de Elsias Pirola, do 1º acesso (1955-1956); Meio campo Bebeto (1972); ponta esquerda Bozó (1983)

Taça dos invictos (1971), 14 jogos de invencibilidade no Paulista; Taças da excursão de 1960; camisas e a Taça da Copa FPF (2006)

Corrida de Lambreta no antigo estádio da Ferroviária (1953)

Primeira equipe feminina de ciclismo de Araraquara, 1952

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MÚSICA

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ARTIGO Por Tiago Romano

O AdvogadoO advogado é o trabalhador que tem a sua profissão como indis-pensável à humanidade esculpi-da na Constituição Federal.A atividade da advocacia tem uma importância fundamental para a formação e o exercício pleno da cidadania, por meio da busca do direito e da justiça, tanto que, a advocacia, é a úni-ca habilitação profissional que, constitui pressuposto essencial à formação de um dos Poderes do Estado: o Poder Judiciário, e não apenas pressuposto, mas tam-bém efetivamente necessária ao seu funcionamento.

A Carta Constitucional relaciona que, o Brasil constitui-se em um Estado Democrático de Direito e tem, entre seus fundamentos, a dignidade humana. Não há dú-vida que, uma das principais fa-cetas da dignidade do homem é o respeito aos direitos fun-damentais inerentes a todos e, para tanto, seus titulares, muitas vezes, deverão se valer do advogado.

Ademais, no inciso I do arti-go 3º da Carta Constitucio-nal encontramos que, um dos objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil é construir uma socie-dade livre, justa e solidária, ob-jetivo este que não seria atingi-do sem a figura do advogado. O direito ao advogado, já frisamos, é garantia de todo cidadão, e por

meio do advogado, por meio de sua atuação profissional, é que as pessoas, na maioria das vezes, conseguem o estabelecimento ou restabelecimento de seus di-reitos, contribuindo essa ativida-de profissional, portanto, para a construção da sociedade livre e justa decantada pelo texto cons-titucional. A última esperança do homem é sempre o advogado seja este homem rico, pobre, prestigioso ou sem qualquer represen-tatividade perante a Sociedade, ao passo que, quan-do o homem e n c o n t r a - s e e n t r e g u e aos seus

medos e diante de suas aflições insolúveis a única criatura que o defende sem sequer se importar com a superstição de saber se o mesmo está certo ou errado an-tes de ser julgado é o advogado. E esse advogado sozinho deixa o seu escritório contando apenas com a sua beca e não teme autori-dade, cargo ou poder algum para garantir ao cidadão o seu direito de se defender, pois a garantia de defesa segundo o magistério do

saudoso Waldir Troncoso Pe-res é garantia do homem,

e em momento algum a Consti-

tuição Federal diz que o direito de defesa é garantia apenas do homem virtuoso.

Não é possível, portanto, no mundo em que, vivemos tão cheio de conflitos, tão recheado de injustiças e violações, atin-girmos o integral respeito ao homem, instaurando-se a plena dignidade com todos os seus predicados, enfim, construir-mos uma sociedade com liber-dade, igualdade e fraternidade, sem o advogado. Este profis-sional, com o seu conhecimen-to técnico, equilibra relações, estabelece a necessária igual-dade no embate com outras

partes, muitas vezes mais for-tes e mais preparadas, além do que, ele é o pórtico pelo qual as pretensões podem

ser deduzidas no Judiciário, invocando-se a necessária resposta jurisdicional aos conflitos existentes.

Em suma todos os trabalhado-res são importantes e dentre eles o advogado que é a baliza do Estado Democrático de Di-reito.

* Advogado militante, Diretor-Te-soureiro da 5ª Subseção da OAB, Secretário Estadual da Comissão da OAB Vai à Faculdade e professor da pós-graduação do Ensino à Dis-tância da Uniara. Email: [email protected]

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Colaborou Rosana FurtadoSOCIAL

Araraquara já estava com saudades de sua banda preferida, a Rod Hanna e prestigiou em peso obelíssimo e animado show no Bazuah Eventos, recentemente. Noite bonita, animada e mais que feliz!

O Banco do Brasil e a Associação Nipo de Araraquara oficializaram, na manhã de segunda-feira, 18 de

maio, durante um café da manhã na sede do Clube,a parceria para a realização da 20ª edição do“Tanabata Matsuri – Encontro das Estrelas”.

Na foto a Deputada Estadual Marcia Lia,articuladora do apoio, entre diretores do Banco do Brasil.

A tradicional e bela festa está garantida. Bom demais!

Ma Manu (Marcia Garcia) é aniversariante do mês de Maio e comemorou rodeada de amigos. Nada melhor que receber o ca-rinho da galera. Parabéns querida, tudo de muito bom para você!

Betinha Sorbo e Odete Solcia curtiram o super show do Rod Hanna, no Bazuah. A festa “abalou as estruturas” da cidade...

Júlio Furtado e Bel entre o casal Nora Hanna e Rodrigo Laguna.Só sorrisos no grande show da Rod Hanna. Demais!

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