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Revista Comuna 72

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Eu Perdoo - Aprendendo com a história de vida de uma cristã perseguida. Palavra do Presidente - Assim como nós também perdoamos. Transformação - Não andem ansiosas. Rejeite a Apatia - Um futuro sustentável: como viver uma vida de consumo consciente.

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COMUNIDADE DA GRAÇA SEDE

RUA EPONINA, 390 - V. CARRÃO

( 1 1 ) 2090-1800

UMA IGREJA-FAMÍL IA

V IVENDO O AMOR DE CR ISTO

ALCANÇANDO O PRÓXIMO

E FORMANDO D ISC ÍPULOS

ACESSE O PORTAL COMUNA

WWW.COMUNA.COM.BR

E A Í , GOSTOU?

BLASFÊMIAA perseguição aos cristãos tem crescido tanto ao redor do mundo que já praticamente deixou de ser novidade. De fato, a organização interna-cional Portas Abertas, que atua em segredo fortalecendo os cristãos que habitam nos mais opressivos países do mundo, definiu 2015 como “o Ano do Medo”, pela grande quantidade de massacres que houve, e que levou ao terrível número estimativo de um cristão morto a cada cinco minutos.

Assim como há casos de violência extrema, há também histórias que bei-ram o absurdo, como a de Asia Bibi, que foi condenada à forca por beber um copo de água de um local proibido para cristãos. O mundo – cristão e laico – clama pela sua libertação e, enquanto espera, ela fez ouvir sua voz ao declarar que perdoava aqueles que a colocaram naquela situação.

A perseguição pode ter deixado o território da novidade, mas a manifes-tação do perdão ecoa forte num mundo que clama por transformação.

Também nesta edição comemoramos os 50 anos de casamento dos nos-sos amados pastores, Carlos Alberto e Suely Bezerra. Exemplos de amor e serviço que nos inspiram a continuar procurando ser mais parecidos com Jesus e lutar para que a visão uma igreja família, vivendo o amor de Cristo, alcançando o próximo e formando discípulos, alcance o mundo.

GUSTAVO ROSANEL IPELA EQUIPE ED ITORIAL

O QUE VOCÊ ACHOU DOS TEMAS E ASSUNTOS DA REVISTA? DESEJA FAZER ALGUM COMENTÁRIO? TEM SUGESTÕES?

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“A revista sobre avivamento foi fantástica. Quero sempre experimentar isso na minha vida.” Lourdes de Souza

“Concordo com a Pra. Suely. Devemos orar em todo tempo. A oração é o pulmão do cristão. Sem isso, não há respiração. E se não há oração, não há comunhão e nem há vida.” Angela Prado

DIREÇÃO GERAL : CARLOS ALBERTO DE QUADROS BEZERRA

CONSELHO GESTOR: CARLOS BEZERRA JR , SÉRGIO PAVARIN I , OSMAR D IAS , AGUINALDO FERNANDES , VALMIR VENTURA, LA IR DE MATOS , RENATO FOGAÇA, CÉZAR ROSANEL I , FERNANDO D IN IZ , GUSTAVO ROSANEL I , RONALDO BEZERRA

COORDENAÇÃO ED ITORIAL : CARLOS BEZERRA JR . E GUSTAVO ROSANEL I

COORDENAÇÃO DO PROJETO:GUSTAVO ROSANEL I

JORNAL ISTA RESPONSÁVEL : CÉSAR STAGNO - MTB 58740

REVISÃO:MAYRA BONDANÇA

COLABORADORES : MAYRA BONDANÇA, DAVI MART INS ,

D IREÇÃO DE ARTE E PROJETO GRÁF ICO :SALSA COMUNICAÇÃO

CIRCULAÇÃO:NO ESTADO DE SÃO PAULO: SÃO PAULO CAPITAL; ARUJÁ; ATIBAIA; BALSA; BRAGANÇA; CAMPINAS; CARAGUATATUBA; GUARULHOS; MAUÁ; MOGI DAS CRUZES; REGISTRO; SANTOS; SÃO BERNARDO DO CAMPO; SOCORRO; SOROCABA; TATUÍ ; TAUBATÉ; UBATUBA. RIO DE JANEIRO: MACAÉ.MINAS GERAIS: GOVERNADOR VALADARES; BELO HORIZONTE; SÃO SEBASTIÃO DE VARGEM ALEGRE; VISCONDE DO RÍO BRANCO. PARANÁ: CURIT IBA; FOZ DO IGUAÇU; LONDRINA; MARINGÁ; PARANAGUÁ; ROLÂNDIA. PERNAMBUCO: BARREIROS; CARUARU; CATENDE; ITAPISSUMA; JOÃO PESSOA; RECIFE; STA. MARIA DA BOA VISTA. BAHIA: SALVADOR; VITÓRIA DA CONQUISTA

IMPRESSÃO:GRÁF ICA COKTAIL

D ISTR IBUIÇÃO:12 .000 EXEMPLARES

#72 | FEVEREIRO | 2016

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CAPA | 18

RECOMENDO

UM FUTURO SUSTENTÁVEL

NÃO ANDEM ANSIOSAS

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GRAÇA IMENSURÁVEL

ACONTECEU

MICROCEFAL IA E Z IKA SÃO EMERGÊNCIA DE SAÚDE INTERNACIONAL

E V IVERAM FEL IZES PARA SEMPRE . . . #SQN

ASS IM COMO NÓS TAMBÉM PERDOAMOS

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MINHA FAMÍL IA RESTAURADA

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LEGADO ETERNO

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COMO EV ITAR A CULTURA DA CR ÍT ICA?

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PALAVRA DO PRES IDENTE CARLOS ALBERTO BEZERRA

UM CORAÇÃO SATISFEITO COM A MISERICÓRDIA DE DEUS ALEGRA-SE NO CANCELAMENTO DA PRÓPRIA DÍVIDA

ASSIM COMO NÓS TAMBÉM PERDOAMOS

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o mundo em que vivemos, a prática das injustiças é a tônica mais acentuada que testemunhamos no que diz respeito ao relacionamento entre os homens (Dt. 24.17; Sl. 82.2; Ec. 3.16; Mi. 2.9). Há experiências

muito desagradáveis pelas que muitos, por vezes, passa-mos: traições, separações, calúnias, ofensas, mentiras, abuso, abandono, desprezo, etc. A grande maioria dessas dores e ofensas surge dos relacionamentos quebrados com as pessoas mais próximas. Quanto mais íntima for a pessoa, maior a chance de nós, ou o outro, nos ferirmos. É aí que o perdão deve entrar em ação.

A palavra “perdão” no grego, aphiêmi, desde a antiguidade significa a “soltura voluntária de uma pessoa ou coisa sobre a qual alguém tem controle legal ou real”. Ou pode ser ain-da: deixar ir, soltar, deixar passar, deixar ir sem castigo, etc. Mas o aspecto mais importante a entender é que trata-se de um processo mental e espiritual de cessar o sentimento de ressentimento ou raiva contra outra pessoa ou contra si mesmo. É a firme decisão de absolver da condenação.

Perdoar é tão importante que, quando nos ensinou a orar, Jesus disse: “perdoa nossas ofensas, assim como nós per-doamos aos que nos ofendem” (Mt. 6.12). E foi Ele mesmo quem explicou a importância dessas palavras: “Porque, se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós; se, porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não perdoará as vossas ofensas” (Mt. 6.14-15).

Cada dia que passa, pecados pequenos e pecados grandes vão acumulando uma dívida que esmagaria qualquer espe-rança se não fosse o perdão de Deus. Só quando enxerga-mos o quanto devemos a Deus é que vamos entender como é pequena a dívida de nosso irmão para conosco. Para nos poupar da morte que o pecado traria, Jesus teve que morrer em nosso lugar. À medida que compreendemos o quanto Deus nos perdoou e o quanto Seu perdão custou, é que podemos perdoar quem pecou contra nós. Mas, o inverso também é verdade. Se não conseguimos perdoar o irmão é sinal de que ainda não compreendemos o quanto custou ao nosso Pai para que fôssemos perdoados.

O perdão flui de um coração satisfeito com a misericórdia de Deus e alegra-se no cancelamento da nossa própria dívi-da. No livro “O regresso do Filho Pródigo”, Henry Nouwen escreve: “O perdão de Deus é incondicional; brota de um coração que não reclama nada para si, de um coração com-pletamente vazio de egoísmo. É o seu divino perdão que te-nho de praticar na minha vida cotidiana. É um chamamento a passar por cima de todos os argumentos que dizem que o perdão é pouco prudente, pouco saudável e nada prático.”

É preciso entender que, quem não perdoa a quem lhe ofen-deu, sofre consequências:

• Suas orações ficam bloqueadas e o perdão dos seus próprios pecados também fica retido (Mt. 6.12-15);

• Atrai para si verdugos - espíritos atormentadores (Mt. 18.21-35; 1 Sm. 16.14-15; At. 5.16).

O projeto eterno de Deus é o de ter uma família com muitos filhos semelhantes a Jesus. Por isso esta família não pode viver de qualquer jeito, de modo que as pessoas se rela-cionem segundo os princípios que vigoram no mundo. O Senhor quer que a Sua glória, natureza e maneira de ser sejam vistas pelos homens através da maneira como nos relacionamos (Jo. 17.22-23), e a grande ênfase destes re-lacionamentos deve ser o amor (Jo. 13.35 e 1 Jo. 3.23), porque Deus é amor (1 Jo. 4.7-8).

O perdão é uma maneira prática de expressarmos o amor do Pai uns pelos outros (Ef. 5.1-2). A Bíblia nos ensina em Efésios 4.32: “Antes sede bondosos uns para com os outros, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus vos perdoou em Cristo”; e em Colossenses 3.13: “Suportando-vos e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra o outro; assim como o Senhor vos perdoou, assim fazei vos também.”

Aqui estamos nós diante do grande desafio da vida cristã: sermos parecidos com Jesus.

Em nós, humanamente falando, não há condição de expres-sar este estilo de vida. Mas agora, em Cristo, onde fomos colocados, em Sua morte e ressurreição, ganhamos a ca-pacidade de manifestar a justiça do Reino de Deus, para onde fomos transportados (2 Co. 5.14-15 e Fp. 2.13-15). Expressar a vida de Cristo é, portanto, mera consequência, pois “segundo Ele é, também somos nós neste mundo” (1 Jo. 4.17). Vamos juntos mostrar ao mundo o caminho do perdão, o caminho de Jesus.

CARLOS ALBERTO BEZERRA É FUNDADOR DA COMUNIDADE DA GRAÇA. UM HOMEM APAIXONADO POR PESSOAS. PASTOR HÁ 50 ANOS. CASADO COM SUELY HÁ 50. TÊM SEIS FILHOS E 16 NETOS. O AMOR, O SERVIÇO E A VALORIZAÇÃO DA FAMÍLIA SÃO SUAS ÊNFASES MINISTERIAIS. PREGADOR APAIXONADO, ESCRITOR INSPIRADOR.

MILHARES DE PESSOAS, NO BRASIL E NO EXTERIOR, TÊM SIDO INSPIRADAS E ALCANÇADAS PELA GRAÇA TRANSFORMADORA DE JESUS ATRAVÉS DE SUA VIDA E MINISTÉRIO AO LONGO DOS ANOS.

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TRANSFORMAÇÃO SUELY BEZERRA

AS PREOCUPAÇÕES DA VIDA PODEM NOS DESEQUILIBRAR, MAS A PALAVRA DE DEUS NOS MANTEM FIRMES

N Ã O A N D E M

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normal nos sentirmos nervosas e ansiosas quan-do vamos falar em público, quando estamos numa entrevista de emprego, no dia do nosso casamento. Existe uma expectativa tão grande e o nosso coração se anima com ela. Mas, muitas

vezes, a ansiedade toma conta de nós. E parece que ela não vem de uma expectativa boa ou alegre, ela se traduz em medo do futuro, medo do que pode acontecer. E ela pode até virar um dos tantos transtornos psicológicos que existem hoje em dia.

Talvez você já tenha passado por isso. Talvez, esteja pas-sando agora. Nossa vida corrida, os estresses que enfren-tamos, quando encaramos o mundo com os nossos olhos, a preocupação com os filhos e o marido, até a preocupa-ção com a roupa que vamos usar. Tudo isso pode ajudar a nos tirar dos eixos. E quando tira, parece que nada nunca deu certo pra nós e nem nunca vai dar.

Mas a Bíblia tem o antídoto perfeito pra nós. O Senhor conhece o nosso coração e cada uma das nossas necessi-dades. “Não andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplicas, e com ação de graças, apre-sentem seus pedidos a Deus”, disse o apóstolo Paulo em Filipenses 4.6. Temos motivos para descansar no Senhor e crer no Seu cuidado e amor. E aqui estão alguns deles:

É isso mesmo. Nós somos cuidadas. Não estamos abando-nadas neste mundo. E, por mais que saibamos disso, às ve-zes é bom nos lembrarmos. 1 Pedro 5.7 diz: “Lancem sobre ele toda a sua ansiedade, porque ele tem cuidado de vocês.”

Quando nos sentimos sozinhas e preocupadas, nos lembrar de que existe alguém, que é o Senhor de todas as coisas, o Rei dos reis, que cuida de nós, nos ajuda a olhar para o futuro e para as circunstâncias com mais fé e alegria.

A definição de fidelidade é permanecer firme e leal. Por isso, Deus é fiel em todos os momentos, em cada circuns-tância, e Ele nunca vai deixar de ser, nem por um segundo. Em Deuteronômio 7.9, a Bíblia fala: “Saibam, portanto, que o Senhor, o seu Deus, é Deus; ele é o Deus fiel, que mantém a aliança e a bondade por mil gerações daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos.”

Quando cremos nessa verdade, nos sentimos mais tran-quilas e confiantes para prosseguir e a ansiedade não toma conta de nós. Lembre-se de quem Deus é, da Sua fidelida-de, cuidado e amor.

A oração que o Senhor Jesus nos ensinou começa com “Pai nosso”. Não existe remédio melhor para a nossa ansiedade do que uma frase como essa. Temos um Pai que é fiel e cuida de nós, temos alguém a quem podemos nos voltar. E se Ele é ´nosso’ Pai, quer dizer que somos muitos. O corpo de Cristo trabalha em amor e unidade. Quando estamos ansiosas, sobrecarregadas e preocupa-das, podemos recorrer aos nossos irmãos, procurar nossas amigas, nossa discipuladora. As coisas ficam mais fáceis quando tem alguém para nos ajudar a carregar nossos pe-sos e para nos ouvir.

Se você tem se sentindo ansiosa e a preocupação tem do-minado os seus dias, confesse os seus sentimentos e a Pa-lavra de Deus. Se apoie naqueles que estão a sua volta e creia na fidelidade do Senhor. Lembre-se de que a Bíblia nos garante que “a paz de Deus, que excede todo o en-tendimento, guardará o coração e a mente de vocês em Cristo Jesus” (Fp. 4.7). Descanse no nosso Pai de amor e deixe que Ele cuide de você.

NÓS SOMOS CUIDADAS

NÃO ESTAMOS SOZINHAS

A BÍBLIA TEM O ANTÍDOTO

PERFEITO PARA NÓS. O

SENHOR CONHECE O NOSSO

CORAÇÃO E CADA UMA DAS

NOSSAS NECESSIDADES.

DEUS É SEMPRE FIELFUNDADORA E LÍDER DO MINISTÉRIO MULHERES INTERCESSORAS, SUELY BEZERRA TEM UMA VIDA MARCADA PELA ORAÇÃO E INTERCESSÃO. TEM MENTOREADO LÍDERES E PASTORAS AO REDOR DO PAÍS DURANTE TODA SUA VIDA. É ESPOSA DO PR. CARLOS ALBERTO BEZERRA. ELES ESTÃO JUNTOS HÁ 50 ANOS, TÊM SEIS FILHOS E 16 NETOS.

@SUELYBEZERRA_

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INSP IRAÇÃO CARLOS BEZERRA JR .

O MARAVILHOSO PRESENTE DE DEUS PARA VOCÊ

G R A Ç A I M E N S U R Á V E L

Graça é o favor imerecido que Deus concede a nós. Quando aceitamos Jesus como Senhor e Salvador, Deus derrama sobre nós a Sua graça. Não merecíamos a salvação, o perdão e o amor de Deus. Mas mesmo sem merecer, Deus nos dá incontáveis bênçãos.

No livro de Efésios 1.3 está escrito: “Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cris-to.” O apóstolo Paulo trata deste assunto descrevendo o

estado pecaminoso em que o ser humano se encontra, mas também trata deste assunto da graça de Deus sobre todos os homens. Podemos descrever a Graça de Deus como:

“Pois vocês são salvos pela graça, por meio da fé, e isto não vem de vocês, é dom de Deus; não por obras, para que ninguém se glorie.” Efésios 2.8-9

PASTORAL SAMUEL MENDONÇA

UM DOM GRATUITO QUE DEUS CONCEDEU A TODOS AQUELES QUE TÊM FÉ EM JESUS CRISTO, POIS DEUS NÃO FAZ ACEPÇÃO DE PESSOAS.

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Fomos presenteados e surpreendidos com o amor imensurá-vel do nosso Pai Celestial! Recebemos a graça porque Deus é bom e misericordioso! Em João 3.16 conseguimos ter uma ideia da dimensão deste amor: “Porque Deus amou o mundo de tal maneira, que deu seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna.”

“Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade.” João 1.14

“Porque a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens.” Tito 2.11

Uma vez que fomos alcançados pela graça, somos livres de toda condenação do pecado. Mas esta liberdade não é a permissão para fazer tudo que desejo, pelo contrário, tem a ver com o novo coração e a mudança que o Senhor fez em minha vida! Não há graça sem submissão! Sem Cristo o homem está condenado, é escravo do pecado, vive debaixo de um julgo pesado e mortal. Em Cristo, pela graça, somos livres da condenação, nos tornamos escravos da justiça e do amor, conforme está escrito no texto de Romanos 6.14-18: “Pois o pecado não os dominará, porque vocês não estão debaixo da Lei, mas debaixo da graça. E então? Vamos pecar porque não estamos debaixo da Lei, mas debaixo da graça? De maneira nenhuma! Não sabem que, quan-do vocês se oferecem a alguém para lhe obedecer como escravos, tornam-se escravos daquele a quem obedecem: escravos do pecado que leva à morte, ou da obediência que leva à justiça? Mas, graças a Deus, porque, embora vocês tenham sido escravos do pecado, passaram a obedecer de coração à forma de ensino que lhes foi transmitida. Vocês foram libertados do pecado e tornaram-se escravos da jus-tiça.” A Graça nos leva a nos submetermos totalmente ao Senhorio de Jesus Cristo!

A Graça de Deus transforma o caráter do homem e lhe dá uma nova identidade, pois a palavra afirma em Romanos 3.24 que fomos justificados gratuitamente por sua graça, por meio da redenção que há em Cristo Jesus.

“E, se é pela graça, já não é mais pelas obras; se fosse, a graça já não seria graça.” Romanos 11.6

Há pessoas que se julgam boas pelo fato de não terem um determinado vício ou também porque praticam boas obras, acreditam que isto é suficiente para serem aceitas por Deus. Algumas podem até afirmar que são pessoas boas pelo fato de frequentarem semanalmente os cultos. Constantemente abordo pessoas na rua e a primeira pergunta que faço é: “Você está firme com Jesus?” A maioria responde que não vá à igreja ou vá só aos domingos. Elas respondem desta maneira porque realmente não experimentaram da graça imensurável em Jesus Cristo. Posso ficar numa garagem o dia inteiro, mas isso não fará de mim um carro. O fato de ir à igreja não garante que eu seja um cristão!

A Palavra de Deus nos ensina que não somos bons o bas-tante para merecer esta graça maravilhosa e nem são as nossas obras as que nos fazem merecedores. Romanos 3 afirma que não há um justo sequer, e que todos pecaram e se distanciaram da glória de Deus. O caminho da salvação é Jesus, a manifestação da graça de Deus aos homens.

“Portanto, você, meu filho, fortifique-se na graça que há em Cristo Jesus.” 2 Timóteo 2.1

“Mas ele me disse: “Minha graça é suficiente a você, pois o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza”. Portanto, eu me gloriarei ainda mais alegremente em minhas fra-quezas, para que o poder de Cristo repouse em mim.” 2 Coríntios 12.9

A graça de Deus é suficiente! Onde abundou o pecado su-perabundou a graça! Não importa o quanto tentamos, ou o quanto achamos grande nosso pecado, Deus sempre tem mais graça do que você tem pecado! Quando nos arrepen-demos e nascemos de novo, Deus derrama Sua graça sobre nós. Através do seu poder somos fortalecidos e capacitados a cumprir Sua vontade!

Quando compreendemos e recebemos a graça, nós ganha-mos novas forças para viver a vida com confiança e espe-rança em Jesus. E conforme Efésios 4.7, Cristo sempre tem uma medida de graça para nós.

UM ATO SOBERANO DE DEUS AO HOMEM. ELA NOS JUSTIFICA NOS LIVRANDO DA CONDENAÇÃO ETERNA.

UM ATO INAFIANÇÁVEL, OU SEJA, NÃO TEM COMO PAGAR, SEJA POR OBRAS OU POR DOAÇÕES.

CAPACITA O CRISTÃO

SAMUEL MENDONÇA É PASTOR AUXILIAR DA CG GUARULHOS E LÍDER DO MAG GUARULHOS. ESTÁ CASADO COM A GABRIELA. ACABA DE LANÇAR UM NOVO TRABALHO COM A BANDA MAG: UNIDOS PELA REVOLUÇÃO. SAIBA MAIS ACESSANDO O SITE WWW.UNIDOSPELAREVOLUCAO.COM.BR

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SONHOSPOSS ÍVE IS PATRÍC IA BEZERRA

FAMÍLIAS IMPERFEITAS NÃO SIGNIFICAM FAMÍLIAS RUINS

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ão é de hoje que famílias mudam sua constitui-ção estrutural por consequência social. As com-posições familiares mudam ao longo do tempo, da história, das condições, das conjunturas, etc.

No entanto, percebo ganhar cada vez mais força essa tal exigência por famílias ideais. Quando falamos nesse as-sunto, devemos superar aquela concepção falsa de banco de imagens que estampam nossas revistas ou folhetos, com famílias “perfeitas” compostas por pai, mãe, um casal de filhos lindos, com dentes indefectíveis – a famosa família “Doriana”, sabe?

Temos que nos abrir para a realidade das famílias que têm de aprender a viver sobre outra lógica, lares em que a mu-lher é arrimo, casas em que o irmão mais velho tem de as-sumir o papel de pai, famílias que estão vivendo pela meta-de por conta do crime, pelo crack, pela exploração sexual. Essa é a realidade em que vivemos. E temos de parar de fingir que não vemos.

A realidade de boa parte das famílias brasileiras, bem diferente dessas tais “perfeitas”, tem mais a ver, por exemplo, com mães que acordam às 4 horas da manhã e pegam três conduções para ir trabalhar na casa de uma patroa que sequer diz “bom dia”, porque não considera o trabalhador doméstico gente. No final do dia, essas mes-mas mães voltam para casa, fazem o jantar dos filhos, la-vam, passam... E, não raro, ainda preparam alguma coisa especial porque o dia seguinte é sábado: dia de visitar o marido na prisão.

Quando Jesus disse “no mundo tereis aflições” (Jo. 16.33), Ele não estava entregando uma frase de efeito e nem se dirigindo àqueles que se comportam mal, como se de um castigo se tratasse - que coisa mais infantil! Ele disse isso porque, de fato, temos aflições na vida. E não são aflições de contos de fadas, em que, no final, o príncipe salva a princesa, os dois se casam, têm filhos e vivem felizes para sempre. “A vida é real e de viés”, escreveu um importante cantor e compositor da música brasileira. A vida é real, sim. Com pessoas e problemas reais.

Por vezes, a impressão que me dá é de que sequer a Igreja tem escapado da ditadura desse padrão de família “encan-tada”. Na verdade, parece que, em alguns casos, vive num tipo de “bolha”, alheia a vários dos dramas sociais da co-munidade em que está inserida. Isso faz com que se busque, incessantemente, um ideal de estilo de vida inatingível, que jamais foi prometido a nós por Jesus – a não ser quando Ele estiver entre nós, com Seu governo estabelecido.

O desejo de ter e de viver uma vida perfeita demonstra, claramente, o grau de infantilização das nossas relações, inclusive da que temos com Deus. Quanto mais maduros somos, mais temos consciência das contingências de vi-ver nesse mundo, das consequências das nossas decisões, da falência do nosso corpo, enfim, da nossa finitude. Isso tudo se traduz em imperfeição, não no contrário. Pessoas imperfeitas geram relações imperfeitas, logo, teremos fa-mílias imperfeitas, o que não significa – de forma alguma! – famílias ruins. Significa, sim, famílias reais, famílias que cometem falhas, pais que erram com os filhos e vice ver-sa, irmãos que falham entre si. Ou seja, relacionamentos cheios de humanidade e plenos de imperfeição. Contudo, carregados de amor e emoção.

Por isso, se faz necessário fazer a distinção entre imperfeição e falta de afeto. Não é porque não é perfeito, que o afeto não existe. Aliás, está escrito que “o amor encobre uma multidão de transgressões” (1 Pe. 4.8), ou seja, só o amor cobre as nossas falhas, as nossas faltas, as imperfeições das nossas relações. É por essa razão que famílias sobrevivem aos dramas sociais que mencionamos, porque o amor sobrepuja as condições.

Há que haver um amadurecimento de nossa parte quanto à forma de avaliar as nossas relações e também na forma de conceber o que é ser “uma família feliz”. Quanto mais sensíveis, maduros e generosos formos em relação às nos-sas próprias relações, mais o seremos em relação à nossa comunidade em geral, e até poderemos ser propositivos – como corpo de Cristo – para tratar das questões sociais que envolvem tudo isso, pois a Igreja não pode se calar diante da mãe com o filho no crack ou com o marido preso, não pode se calar diante das famílias em vulnerabilidade social extrema, sem direitos, etc.

Realidades como essa são mais do que corriqueiras, são co-tidianas e estão longe de serem contos de fadas. Príncipe e Cinderela? De jeito nenhum! Agora, sapo e gata borralheira tem de monte. O grande final? Pode ser feliz, sim! Como disse, tudo depende da nossa ótica, da maturidade, da expec-tativa, do afeto e do amor. Sendo assim, você escolhe o final.

@PATRICIABEZERRA_

PATRÍCIA BEZERRA, É PSICÓLOGA E VEREADORA DE SÃO PAULO. ÚNICA NOVA MULHER ELEITA PARA O CARGO DE VEREADORA NA CÂMARA MUNICIPAL NA ÚLTIMA ELEIÇÃO. É CASADA COM CARLOS BEZERRA JR. E MÃE DA GIOVANNA E GIULIANNA.

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COMO EVITAR A CULTURA DA CRÍTICA?

L IDERANÇA RELEVANT MAGAZINE

O AMOR CONSTRÓI E É A CHAVE DA TRANSFORMAÇÃO

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o mundo de hoje, você não precisa ir muito longe para encontrar pessoas criticando prati-camente qualquer coisa. É só percorrer o feed da sua rede social favorita, que você verá os

comentários mordazes e palavras destrutivas que as pes-soas deixam nos posts.

Todo dia há um “climão” rolando publicamente entre fa-miliares, amigos, inimigos, conhecidos, desconhecidos, com empresas, com jornais, com o governo, sobre eco-nomia, religião, spoilers, com memes, com fotos, com o que seja. Tudo pode ser uma pedra. Se Jesus repetisse as palavras: “se algum de vocês estiver livre de pecado, atire a primeira pedra” (Jo. 8.7), antes dele chegar na metade da frase, já teriam voado um monte de coisas sobre sua cabeça.

É verdade que as redes sociais tem favorecido esta cultura da crítica. Como Marcos Botelho descreve: “Hoje os al-goritmos das redes sociais favorecem a polêmica, o ódio, o radicalismo. Todos têm sempre uma opinião, e todos se portam como defensores do que é justo. Com isso se criou a corrente do mal, onde toda semana se cria um vilão, para gerar opiniões radicais, para rodar as redes sociais e venderem propagandas.” Mas a facilidade para a crítica destrutiva tem transcendido as telas. Está nas ruas, nas casas, nas igrejas, no trabalho, em nós.

A crítica é uma expressão de desaprovação. E isso pode ser uma ferramenta para a mudança. A chave é saber como e quando criticar.

A cultura contemporânea indica que quanto mais escanda-loso e público for o escárnio, mais curtidas, comentários e compartilhamentos terá. Tristemente, esse parece ser o in-dicador de sucesso moderno. Mas, a verdade é que deve-mos procurar o melhor momento e lugar para conversar-mos com a outra pessoa ou sobre o que desejamos mudar.

Jesus nos ensinou a confrontar “olho no olho”, em amor, com compaixão, sempre tentando conduzir ao próximo à reflexão. Ele fez isso com os religiosos que tentavam apedrejar a mulher (Jo. 8). Fez isso com a samaritana (Jo. 4). Fez isso comigo e com você. Porque a reflexão leva ao aprendizado. A crítica por si só destrói, e nós fomos chamados a edificar (Ef. 4.16 e 1 Ts. 5.11).

Não devemos cair na mentira das “indiretas do bem”. Não existe tal coisa! Aquele que ama o seu próximo o con-fronta em amor e com a Palavra de Deus. Isso é reflexo

de alguém que possui um coração quebrantado, humilde e disposto a ajudar.

Abraham Lincoln foi, provavelmente, um dos mais criti-cados presidentes dos Estados Unidos. Ele disse: “Aquele que tem um coração disposto a ajudar, tem o direito de criticar.” A crítica por si só é desagradável. É um sinal de preguiça. Mas quando está amarrada a um coração dispos-to a ajudar é útil, edifica, conduz ao caminho direto para mudar o mundo.

Talvez você veja quanto potencial essa pessoa, coisa, evento, organização ou relacionamento tem. Você sente isso. Então, ao invés de usar palavras, energia, pensamen-tos e emoções para se entregar à crítica, canalize tudo isso e o transforme em atitudes produtivas.

Como Marcos Botelho completou: “Temos sempre a op-ção da graça, da misericórdia, do amor, da moderação, do ponderar, do esperar a ira baixar para responder. Esse tipo de comportamento não gera tantas curtidas ou seguidores, mas gera uma corrente do bem. Talvez você não vai fazer um post que bata os recordes, mas fará o bem. Não deixe sua gana por reconhecimento moldar seu comportamen-to nas redes sociais, você pode estar sendo apenas mais um elo da corrente do mal sem perceber. “É melhor ter verduras na refeição onde há amor do que um boi gordo acompanhado de ódio” (Pv. 15.17).”

NÃO DEVEMOS CAIR NA MENTIRA DAS “INDIRETAS

DO BEM”. NÃO EXISTE TAL COISA! AQUELE QUE AMA O SEU PRÓXIMO O CONFRONTA EM AMOR E COM A PALAVRA DE

DEUS. ISSO É REFLEXO DE ALGUÉM QUE POSSUI UM

CORAÇÃO QUEBRANTADO, HUMILDE E DISPOSTO

A AJUDAR.

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CAPA REDAÇÃO

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“Aquele dia, 14 de junho de 2009, está impresso em minha memó-ria. Eu ainda posso ver cada detalhe. Acordei cedo de manhã, fui participar da colheita e trabalhei muito. Até que tive sede. Outra mulher estava junto comigo no poço. Após eu beber no copo de metal, ofereci a ela. Foi quando Musarat começou a gritar “ha-ram” – pecado. Ela disse: “Ouçam, todas vocês,

bebendo em nosso copo e mergulhando-o de volta várias ve-zes. Agora a água está impura e não podemos mais beber! Por causa dela!”

Era tão injusto que, pela primeira vez, decidi me defender e levan-tar minha voz. “Eu acho que

de Maomé”, afirmei. Musarat ficou furiosa. “Como você se atreve a falar do Profeta, seu animal imundo!” Outras três mulheres co-meçam a gritar ainda mais alto: “Isso mesmo, você é apenas uma

Você contaminou a nossa água e agora se atreve a falar o nome do Profeta! Cadela estúpida, seu Jesus não tinha sequer um bom pai, ele era filho de uma prostituta.”

Eu não sei quanto tempo me resta para viver. Toda vez que a porta da minha cela se abre, meu coração bate mais rápido. Minha vida está nas mãos de Deus e eu não sei o que vai acontecer comigo.”

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om essas palavras, Asia Bibi, uma cristã paquis-tanesa condenada à morte por blasfêmia, descre-ve seu calvário. Esta mãe de cinco filhos, tem passado os últimos sete anos numa cela fria e úmida, sem janelas, e que cheira a “morte e de-sespero”. Tão pequena que, descreve, “posso to-car seus muros com os dois braços estendidos”.

Seu relato tem conseguido atravessar os muros da prisão em Sheikhupura graças ao esforço do seu marido, Ashiq, e da jornalista francesa Anne-Isabelle Tollet, que escreveu o li-vro “Blasfêmia – Condenada a morte por um copo de água”, onde Asia conta sua história.

O artigo 295 do Código Penal do Paquistão determina pena de morte para quem blasfemar contra o profeta do Islã. O juiz, Naveed Iqbal, quem a condenou à forca, ofereceu-lhe a liberdade em troca de sua conversão ao Islamismo. Asia respondeu que preferiria morrer como cristã a sair da pri-são como uma mulçumana. E ainda disse a seu advogado: “Tenho sido julgada por ser cristã. Creio em Deus e em Seu enorme amor. Se o juiz me condenou à morte por amar a Deus, estarei orgulhosa de sacrificar minha vida por Ele”.

Desde que o caso tomou notoriedade, ela tem recebido apoio de diversos setores e a pressão internacional para que o gover-no paquistanês elimine a Lei de Blasfêmia tem aumentado. O Papa e a ex-secretária de estado dos Estados Unidos, Hillary Clinton, estão entre as personalidades que utilizaram o poder da mídia internacional para clamar pela liberação de Asia.

Consequentemente, a tensão com os grupos radicais islamis-tas também cresceu. Um mulá – teólogo islâmico – colocou um preço pela cabeça da mulher: 500.000 rúpias, o equiva-lente a mais de seis vezes o salário anual do país. Além disso, dois de seus defensores públicos, Salman Taseer, o muçul-mano governador do Estado de Punjab, e Shahbaz Bhatti, Ministro das Minorias, único cristão no governo paquista-nês, foram assassinados pelo Talibã.

Os muçulmanos consideram injusta a ideia de que o pecado de uma pessoa seja, de alguma maneira, atribuído a outra. O Alcorão ensina que “a responsabilidade de uma alma não pode ser transferida a outra” (Sura 6:164; 17:15; 35:18; 53:38). Mas, mesmo assim, seu marido e seus filhos não po-dem sair da casa onde moram sem proteção, porque pode-riam ser mortos.

Na prisão, Asia convive com suas fezes, porque as faxinei-ras foram proibidas de limpar sua cela. Prepara sua própria comida, por medo de morrer envenenada. Mas nada a leva a deixar de lutar: “As lágrimas são minhas companheiras de cela. Elas me dizem que não estou completamente aba-lada, me falam da injustiça da qual sou vítima, me dizem que sou inocente”, escreve.

Durante o feriado de Natal, recebeu a visita de seus fami-liares e afirmou que já perdoou as pessoas que a acusaram injustamente de um crime que ela não cometeu: “O Natal é a celebração da misericórdia de Deus. Eu perdoo meus perseguidores, aqueles que têm me acusado falsamente, e também espero pelo perdão deles. Hoje também é cele-brado o nascimento do Profeta Maomé. Que a paz esteja com ele neste dia. Honestamente, eu nunca poderia sequer pensar em desrespeitá-lo. Mas, apesar de eu ter passado sete anos na prisão, eu não odeio aqueles que erraram contra mim”.

Apesar da sua condenação e de todas as vexações às quais foi submetida, ela tem clamado pela paz no mundo, pen-sando em outras pessoas que são vítimas da intolerância religiosa. “Eu oro para que seguidores de Maomé tenham sabedoria e para que a paz possa continuar sendo construí-da ao redor do mundo. Eu oro para que Jesus Cristo conce-da a paz para o mundo inteiro”, afirmou.

O caso de Asia não é o único. Assim como ela escolheu não carregar o peso dos seus ofensores nas costas pelo resto da vida, em outubro passado, Cleonice Fonseca Leite perdoou e abraçou os criminosos que assassinaram seu filho num assalto em Cachoeira, na região Sul do Espírito Santo, ou Daisy Laurino Guerra que não só perdoou o homem que acabou com a vida do seu filho num roubo no litoral de São Paulo, como também ajudou a sua família financeiramente durante três anos.

Assim também a Bíblia nos ensina que Estêvão orou por aqueles que o estavam apedrejando (Rm. 8.59-60), ou o próprio Jesus, com suas últimas forças, pediu ao Pai: “per-doa-lhes pois não sabem o que fazem” (Lc. 23.34). O per-dão é uma decisão. Uma decisão que envolve liberdade, que envolve a escolha de não carregar uma mágoa que le-vará a trilhar uma vida de amargura. Asia sabe que o perdão é libertador e se decidiu. Qual será sua escolha?

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A decisão que abre as portas para vivermos uma vida plena e feliz

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etenta vezes sete. É esse o número de vezes que Jesus nos mandou perdoar nossos irmãos (Mt. 18.21-22). Quando contava Suas parábolas ao povo, Ele falava sobre o perdão diversas vezes, como na história do filho pródigo (Lc. 15.11-32), ou na do empregado que devia milhões a um rei e teve a sua dívida cancelada (Mt. 18.21-35). O

apóstolo Paulo também procurava instruir bastante as igre-jas sobre problemas nos relacionamentos. “Perdoem uns aos outros” é uma frase bem comum em suas cartas. Mas, por que será que esse era um assunto tão frequente? Afinal, o perdão é tão importante assim?

Diversos estudos ao redor de todo o mundo falam sobre os efeitos do perdão em nosso corpo. Quando perdoamos incondicionalmente – sem que a outra pessoa precise reco-nhecer o seu erro –, podemos viver mais, ficamos menos nervosos, nosso bem-estar e o nosso sono melhoram e, até mesmo, temos uma redução na nossa pressão arterial.

Mas, mais ainda, o perdão é uma parte importantíssima da nossa vida espiritual e em comunidade. Não conseguimos prosseguir e ter uma vida completamente feliz se estamos guardando rancor ou mágoa de alguém. Além disso, o per-dão é a base da nossa redenção. Quando morreu na cruz, em nosso lugar, Jesus carregou os nossos pecados e alcan-çou, diante de Deus, perdão para todos eles. Por isso, hoje, somos justos e dignos de ter um relacionamento com o Pai. A Bíblia nos garante isso: “Sou eu, eu mesmo, aquele que apaga as suas transgressões, por amor de mim, e que não se lembra mais de seus pecados” (Is. 43.25).

Como podemos nos perguntar se devemos perdoar alguém, sendo que somos perdoados diariamente?! Por causa do amor incondicional de Deus por nós, não importa o que fa-çamos, Ele sempre nos perdoa, e deseja que possamos agir da mesma forma. Mas, para que consigamos viver uma vida que não se deixa dominar por ofensas, precisamos crer nes-sa verdade. Quando temos a consciência de que os nossos pecados foram anulados através da obra de Jesus na cruz, conseguimos experimentar a graça de Deus. Graça que ama uma pessoa mesmo quando ela não merece. Se Deus faz isso por nós, precisamos fazer o mesmo pelos outros.

Isso tudo faz parte de uma decisão e de um processo. Pela nossa natureza humana, sempre vamos buscar justiça, sem-

pre vamos querer que as pessoas paguem pelo que quer que tenham feito. Quando deixamos que isso domine a nossa vida, criamos relações de peso e cobrança, jogamos a res-ponsabilidade dos nossos problemas em cima dos outros e não conseguimos prosseguir. Isso pode acabar com casa-mentos, destruir amizades e quebrar qualquer tipo de rela-cionamento, ou, até mesmo, prejudicar a criação de novos.

Quando cremos no perdão de Deus, podemos analisar o nosso coração e ser honestos com relação aos nossos sentimentos. Só assim alcançaremos a cura e poderemos perdoar verdadeiramente. Nos comprometemos em nunca mais falar sobre aquele assunto e nem usá-lo para acusar a pessoa que nos ofendeu, procuramos meios de fazer o bem àquele que perdoamos e nos recusamos a dar importância ao que aconteceu. Isso tudo traduz a vida de uma pessoa livre, que consegue estar sem peso na presença de Deus e que é feliz em seus relacionamentos.

Ore e peça ao Espírito Santo para te mostrar se há alguma coisa mal resolvida em seu coração, algo que você tenha guardado de outra pessoa, alguma palavra dita ou ofensa. Se houver, Ele, com certeza, vai te lembrar. Esse é o mo-mento de voltar atrás, crendo na obra de Jesus, admitindo os seus sentimentos e liberando perdão para quem quer que seja, pelo que quer que essa pessoa tenha feito contra você.

O perdão é um processo. E enquanto você passa por ele, fale com Deus o tempo todo. Talvez você não sinta vontade de orar, mas converse com Deus, diga a Ele como você se sente e se apoie nele, porque Ele se importa com você. Não se afaste dos seus irmãos e amigos. Uma comunidade forte vai te ajudar a lidar com essas questões do coração.

Nós já somos completamente perdoados, e a vontade de Deus é que, por causa disso, sejamos também completa e incondicionalmente perdoadores. Há uma vida de plena fe-licidade e satisfação para nós, mas é nossa decisão experi-mentá-la ou nos apegarmos às ofensas que sofremos. O que você vai escolher? Lembre-se de que “aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama” (Lc.7.47). O nosso compromisso é com o amor, foi isso que Jesus nos ensinou. Se, então, amar deve ser o nosso estilo de vida, precisamos também perdoar.

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rancor é cansativo. Desgastante. Suga força e energia. De tal forma que, no limite, pode le-var a sofrer doenças emocionais e físicas. Um estudo chamado “Perdão e Saúde”, realizado pela Universidade do Wisconsin, demonstrou que perdoar pode ajudar os indivíduos de meia-idade a evitar doenças cardíacas, outro,

levado a cabo na Universidade de Stanford, mostrou que o perdão pode promover também uma diminuição sig-nificativa de sintomas como insónias, náuseas, falta de apetite e dores de cabeça e de costas. Já o trabalho rea-lizado pela Universidade de Iowa com mulheres vítimas de abuso sexual na infância, provou que as pacientes que seguiram o caminho do perdão evitaram a ansiedade e a depressão severa.

A grande maioria das pessoas rejeita a prática do perdão porque acha – erradamente - que ele representa: humilha-ção, fraqueza, perpetuação da injustiça. Muitos até pensam que perdoar é abrir a porta a uma nova ofensa, é ser pa-lerma, bonzinho, ingênuo ou até ter falta de coragem e de determinação. Mas a verdade é que essa forma de pensar apenas sustenta e alimenta a raiva.

Contrário ao que o mundo ensina, Jesus explicou que o per-dão é um mandamento e que devemos coloca-lo em prática “setenta vezes sete” (Mt. 18.21-35), e utilizou a parábola do Servo Impiedoso para explicar isso a Pedro, e deixar claro para nós que devemos viver com plena consciência desta maravilhosa dádiva: fomos perdoados de uma dívida muito maior que todos os erros cometidos contra nós. O perdão nasce de uma consciência bíblica do quanto somos falhos e de como Deus nos perdoou em Cristo.

Perdoar não é fácil e, muitas vezes, pode não ser imedia-to. É um processo mental e espiritual que envolve a firme decisão de absolver alguém ou a si mesmo da condenação. Não há uma fórmula para perdoar, mas esses quatro passos podem ajudá-lo a seguir um caminho:

“Por meio de Cristo, que vive em nós, queremos e podemos perdoar, nos livramos de todo rancor, amamos ao que nos fez mal e bendizemos aos que nos maldizem. Mas precisamos de-cidir fazer isso.”, escreveu o pastor Jorge Imitian. Como Jesus nos ensinou em Marcos 11.25-26: “perdoai, para que vosso Pai celestial vos perdoe as vossas ofensas.” Portanto, se não perdoarmos, também não podemos experimentar o perdão de Deus. O Espírito Santo nos dá o poder para perdoar.

Você abdica de seu direito de fazer o outro pagar pelo que lhe fez. Você renuncia à vingança. A frase “eu perdoo você, desde que você admita que eu estou certo”, não reflete per-dão algum. O orgulho faz de nós pessoas obcecadas com ter razão. Por isso é tão difícil para alguém que não nasceu de novo colocar em prática o perdão. O Nobel de Literatu-ra, Albert Camus, escreveu: “A obsessão em ter razão é a marca suprema de uma inteligência grosseira.” Ou seja, é mais inteligente procurar ser feliz do que ter razão. Como o pastor Carlos Alberto sempre diz: “o amor é o que o amor faz”, e amar é também saber renunciar. O orgulho não tem amor, tem ímpeto. E a marca de um verdadeiro cristão está no amor ao próximo, na sua capacidade de renúncia.

Uma boa forma de realmente começar o processo de perdoar alguém é orar por ele. Se o seu ofensor é cristão, peça a Deus que o abençoe. Se não for, então ore pela sua salvação. Após fazer isso, você perceberá que sua atitude com essa pessoa co-meçará a mudar. Não é fácil, mas permite que a graça de Deus trabalhe em você e no outro. Olhe para Estêvão, que orou por aqueles que o estavam apedrejando (At. 7.58-60). Olhe para Paulo, que voltou a entrar na cidade onde tinha sido espancado e da qual tinha sido expulso (AT. 14.19-20). Olhe para Deus, que nos ama incondicionalmente (Rm. 5.9-9).

A ofensa prende as pessoas aos seus ofensores. Ao perdoar você liberta ao seu ofensor da dívida, mas você também é liberto emocionalmente dessa situação que o oprimia. Quem perdoa pode até se lembrar da situação que o levou a se sentir ofendido, mas o efeito destrutivo daquilo na alma não existe mais. A ferida cicatrizou! O perdão permite que você passe de uma vida centrada na dor para uma centrada em Deus e nos outros.

O perdão não faz mais do que enfraquecer o poder que os acontecimentos negativos têm de provocar raiva e amar-gura. Permite reescrever a história e renovar a memória. Como dizia Martin Luther King: “o perdão é um catalisa-dor para uma nova partida, para um recomeço.”

Não aceite mais o ressentimento. Lembre-se que a dor de Cris-to foi muito maior. Creia e experimente o perdão de Deus para você. Creia e confesse que o Cristo que habita em você tem poder de perdoar, e viva a vida plena de Deus (Ef. 3.19).

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ma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que os brasilei-ros dão média 8,8 para a importância do consumo consciente, em uma escala de um a 10. No entanto, apesar de reconhecerem a sua importância, apenas duas em cada 10 pessoas podem ser consideradas plenamente conscientes no Brasil.

Todo consumo causa impacto – positivo ou negativo – na economia, nas relações sociais, na natureza e em nós mes-

mos. Um consumidor consciente é aquele que leva em con-ta, ao escolher os produtos que compra, o meio ambiente, a saúde humana e animal e as relações justas de trabalho, além de questões como preço e marca.

Nós podemos viver uma vida que respeita os processos, o nosso planeta e as pessoas que vivem aqui conosco. Algu-mas ações no dia a dia podem nos ajudar nisso:

O Brasil é o quarto maior consumidor de água mineral engarrafada no mundo. A cada garrafa PET produzida,

REJE ITE A APAT IA

UM FUTUROSUSTENTÁVEL

COMO VIVER UMA VIDA DE CONSUMO CONSCIENTE,RESPEITANDO O MEIO AMBIENTE E AS OUTRAS PESSOAS?

MAS, O QUE, EXATAMENTE QUER DIZER CONSUMO CONSCIENTE? EVITE O CONSUMO DE ÁGUA MINERAL EM GARRAFAS

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são geradas 100g de CO2, o que contribui para o aque-cimento global. Além disso, ainda que sejamos um país com alto nível de reciclagem desse material, muitas em-balagens ainda vão parar nos oceanos, causando um fenô-meno chamado microplástico. Ele altera a composição do ecossistema marinho, mata animais e aumenta o risco de contaminação humana.

Atualmente, existe uma infinidade de filtros de torneira que são de qualidade e que oferecem um tratamento seguro da água. Além de ajudar o meio ambiente, também é uma boa maneira de economizar financeiramente.

Os cremes e sabonetes com esfoliantes são bem famosos, principalmente entre as mulheres. Mas, o que pouca gente sabe é que em alguns produtos as substâncias granulométricas – as responsáveis pela esfoliação – são microesferas de polie-tileno. Elas são altamente poluentes e contaminam as águas de mares, rios e lagos, por isso representam grande risco para os animais aquáticos e, consequentemente, para o ser humano.

Alguns outros produtos, como cosméticos, pastas de den-te e sabonetes, também possuem as microesferas em sua composição. Para identificar quais as marcas que fazem uso desse material, procure as palavras “polyethylene” ou “polypropylene” nos rótulos da embalagem. Receitas ca-seiras de esfoliantes também podem ser uma solução.

Atualmente, 27 milhões de pessoas vivem em situação de trabalho escravo ao redor do mundo. Muitas delas traba-lham produzindo roupas e outros produtos de marcas que conhecemos e temos o hábito de usar.

O deputado estadual Carlos Bezerra Jr. é autor da lei con-tra a escravidão moderna. Ela prevê que os trâmites legais que envolvem empresas acusadas de condições de trabalho análogas à escravidão sejam acelerados, reduzindo a média de duração dos processos de 20 para dois anos. E também o fechamento dessas empresas, com a cassação dos seus registros de funcionamento.

Mas, nós podemos fazer a nossa parte. É só nos informar-mos sobre as empresas que ainda utilizam mão de obra escrava e não mais comprar seus produtos. A internet dis-ponibiliza várias listas com as marcas. Há também um apli-cativo que mostra a situação de cada grife.

Mas, infelizmente, essa realidade não se limita à indústria da moda. A produção de chocolate também tem uma re-alidade amarga. Multinacionais famosíssimas financiam o trabalho forçado de crianças na África Ocidental, de onde vêm dois terços do cacau utilizado no mundo.

Por isso é bom se informar sobre a procedência de todos os produtos que compramos. Quando investimos em uma marca, acabamos concordando com suas políticas de pro-dução e tratamento de empregados. Saiba como se portam as empresas em que você confia.

Em um trajeto de quatro quilômetros, um carro zero li-bera 96 gramas de monóxido de carbono, 8,4 gramas de hidrocarbonetos e oito gramas de óxido de nitrogênio pelo escapamento. Isso é quatro a 10 vezes mais do que po-deria emitir um carro com equipamentos antipoluentes, como os que existem em outros países. Cerca de 90% da poluição nas grandes cidades brasileiras é responsabilida-de dos veículos.

Para tentar diminuir a produção desses gases tão críticos ao meio ambiente e, consequentemente, à saúde humana, as caronas são uma ótima opção. Ao invés de ir sozinho no seu carro para o trabalho, tente levar mais pessoas ou pegue carona com alguém. Você também pode tentar ir de bicicleta, que além de ajudar com a poluição, também é uma grande aliada de uma vida mais saudável.

Sustentabilidade vai muito além de não jogar lixo na rua. Uma vida que respeita o meio ambiente e as pessoas, é uma vida que respeita a criação de Deus em sua totalidade. Vale a pena pensar mais em nossos hábitos de consumo e inves-tir num futuro sustentável.

CUIDADO COM OS ESFOLIANTES

SAIBA DE ONDE VEM O QUE VOCÊ COMPRA

TENTE IR DE CARONA OU DE BICICLETA PARA O TRABALHO

USE O LEITOR DE QR CODE EM SEU CELULAR PARA BAIXAR O APP

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VOCÊ SABIA QUE?

MICROCEFALIA E ZIKA SÃO EMERGÊNCIA DE SAÚDE INTERNACIONAL

O PRINCIPAL MODO DE TRANSMISSÃO É POR MEIO DO MOSQUITO AEDES AEGYPTI, MESMO VETOR DA DENGUE

Comitê de Emergências da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o zika vírus, já presente em 24 países da América, uma emergência de saúde pública de importância internacional. O vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti — o mesmo da dengue e do chikungunya—, normalmente provoca uma infecção

leve, mas está sendo associado a casos de microcefalia em bebês de mães infectadas e a alguns casos da síndrome de Guillain-Barré. Foi essa relação que levou a OMS a conside-rá-lo uma ameaça “de proporções alarmantes”, como a defi-niu a diretora-geral da entidade, Margaret Chan.

Declarar uma emergência de saúde pública internacional, decisão adotada em 2009 com a gripe A e em 2014 com o ebola, significa colocar em vigor mecanismos para coor-denar a detecção, a prevenção e a vigilância do problema, bem como a possibilidade de mobilizar os especialistas da OMS e diferentes recursos financeiros e científicos.

O vírus foi descoberto na floresta de Zika, em Uganda, em 1947, em macacos monitorados cientificamente para o controle da febre amarela. Mas até 2007, quando hou-ve um surto na ilha de Yap e em outras ilhas próximas aos Estados Federados da Micronésia (acima da Austrá-lia), que afetou a mais de 8 mil pessoas, era relativamen-te desconhecido.

Identificado pela primeira vez no país em abril do ano pas-sado, o zika tem provocado intensa mobilização das au-toridades de saúde no país. Até o dia 11 de janeiro, 3.530 casos de microcefalia causados, provavelmente, pela do-ença foram registrados e 46 óbitos de bebês estão sendo investigados. Uma estimativa do Ministério da Saúde, afir-ma que o número de casos pode ter variado entre 497.593 e 1.482.701. Como o zika tem sintomas parecidos aos da dengue, muitos casos podem ter sido registrados de forma equivocada nos sistemas de saúde.

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ZIKA VÍRUS

PRINCIPAIS SINTOMAS DA FEBRE ZIKA

MEDIDAS PARA EVITAR A REPRODUÇÃO DO MOSQUITO

O principal modo de transmissão é por meio do mosquito Aedes aegypti, mesmo vetor da dengue. Mas há relatos de trans-missão sexual (ele permanece no esperma por mais tempo), perinatal (da mãe para o feto) e sanguínea. O vírus não é transmitido pela amamentação.

A grande maioria das pessoas infecta-das (estima-se que 80%) não manifestam a doença. Mas, quando os sintomas são presentes, eles se caracterizam por man-chas vermelhas na pele, febre intermitente, manchas nos olhos, dores musculares, nas articulações e de cabeça. Com menos fre-quência, foram registrados edema, dor de garganta, tosse, vômitos e presença de san-gue no esperma. Os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente entre três e sete dias. As dores nas articulações, porém, podem persistir por até um mês.

Não existe tratamento para a doença, apenas os sintomas podem ser controlados. Não há perspectiva no curto prazo de se obter uma vacina. O ministro da Saúde, Marcelo Cas-tro, reuniu-se com representantes do Insti-tuto Butantan para conversar sobre a cria-ção da mesma. Outros dois laboratórios, o Evandro Chagas e o Bio-Manguinhos, também estão em busca de parcerias para o desenvolvimento da vacina. No entanto, pode demorar ao menos dois anos para que ela esteja pronta. Por ora, o único meio de lutar contra a infecção é a prevenção: evitar que o mosquito pique e acabar com ele.

O Aedes aegypti se prolifera em água lim-pa parada, por isso é importante evitar que ela se acumule em pneus, vasos de plantas e qualquer outro recipiente aberto. Para evitar picadas, use repelentes e telas nas janelas e portas. Além disso, o Ministério da Saúde recomenda que as mulheres grávidas não só usem os métodos de proteção mencionados, mas que também evitem horários e lugares com a presença de mosquitos e usem roupas que protejam a maior parte do corpo.

COMO CONTER O ZIKA?

DORES DE CABEÇAE OLHOS VERMELHOS

DORES MUSCULARES

MANCHAS, ERUPÇÕES NA PELE E COCEIRA

DIARRÉIA

FEBRE BAIXA

PRATOS E VASOS DE PLANTAS DEVEM SER

PREENCHIDOS COM AREIA

LATAS, BALDES E POTES DEVEM SER GUARDADOS COM A BOCA PARA BAIXO

ENTULHOS OU SOBRAS DE OBRAS DEVEM SER

COBERTOS

PLANTAS QUE ACUMULAM ÁGUA DEVEM TER APENAS

A TERRA REGADA

PISCINAS DEVEM SER COBERTAS OU TRATADAS

COM CLORO

PNEUS DEVEM SER GUARDADOS EM LOCAIS

COBERTOS

O TRANSMISSORO MOSQUITO AEDES AEGYPTI, TRANSMISSOR DA DENGUE E DA CHIKUNGUNYA, TAMBÉM TRANSMITE O ZIKA VÍRUS

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eu nome é Márcia Ferreira e eu sou da Comunidade da Graça em Londrina. A minha história começa 20 anos atrás, quando meu pai deixou a minha mãe e colocou fim a um casamento de 27 anos. Foi muito

difícil aceitar isso e conseguir manter um relacionamento normal com ele.

No entanto, desde a minha conversão, há cerca de cinco anos, o Senhor tem trabalhado em diversas áreas da minha vida. Uma delas é o perdão. Honrar, respeitar e amar o meu pai foi um exercício de obediência e representou um grande desafio no começo. Eu lutava constantemente contra mim mesma e contra os meus sentimentos.

Depois que eu decidi liberar perdão, minha mente e meu coração seguiram essa decisão e eu consegui começar a passar mais tempo com o meu pai. Logo, já me vi orando e jejuando pela sua vida. Eu queria que ele se convertesse e aceitasse Jesus como o Senhor e Salvador da sua vida! Eu não imaginava que os propósitos do Senhor poderiam ir muito além desse meu desejo.

Meu pai é um homem simples, sem escolaridade, mas mui-to trabalhador. Na maioria das vezes, era grosseiro, ranzin-za e muito fechado. Sempre que eu tentava levar a Palavra para ele, já era censurada e ouvia que Deus não o amava. Percebi, então, que a única maneira de fazer com que ele conhecesse esse amor que eu conhecia era demonstrando com as minhas atitudes. Mesmo assim, por mais que eu tentasse, ainda era muito difícil quebrar aquela dureza.

Passou um tempo e ele acabou adoecendo, estava com uma hérnia de disco e ficou com suas habilidades profissionais

limitadas, já não conseguia mais trabalhar. Eu e meu ir-mão procuramos vários médicos, mas nada resolvia. Nos aproximamos mais ainda dele nesse período e decidimos convidá-lo para a festa de aniversário de 88 anos da nossa avó materna.

A festa foi linda e a família estava toda reunida. Meu pai pareceu muito à vontade e todos estavam felizes em vê-lo. No final do dia, quando voltamos para casa, vivi algo inédi-to em meus 40 anos de vida. Meu pai nos reuniu – eu, meu irmão e a nossa mãe – e nos pediu perdão. Disse que estava arrependido há muito tempo, mas que não tinha coragem de falar conosco. Ainda acrescentou que queria ser o pai que nunca foi para nós, que não podia viver o resto de sua vida sem o nosso perdão.

É impossível para mim descrever esse momento. Parecia um sonho! Pude experimentar exatamente o que está es-crito em 1 Coríntios 2.9: “O que ninguém nunca viu, nem ouviu, e o que jamais alguém pensou que podia acontecer, foi isso o que Deus preparou para aqueles que o amam.” Oramos juntos, nos abraçamos e choramos. Finalmente ele estava em paz! E quando Deus começa uma obra em nossa vida Ele é fiel para completá-la.

Aquele homem rude, grosseiro e sistemático, de repente se transformou numa pessoa amável, carinhosa e tran-quila. Eu louvo a Deus pelo Seu Santo Espírito que me fez enxergar coisas que jamais eu poderia ter compreen-dido. Louvo a Deus por esta igreja que é alimento para a minha alma e pelo Ministério Mulheres Intercessoras, que me ensinou a ser uma mulher obediente, perseveran-te e intercessora.

TESTEMUNHO

QUANDO DEUS COMEÇA UMA OBRA EM NOSSA VIDA, É FIEL PARA COMPLETÁ-LA

MINHA FAMÍLIA RESTAURADA

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SERVIÇO AO PRÓXIMORECOMENDO

L IVRO L IVRO

MUNDO CR ISTÃO

MUNDO CR ISTÃO MUNDO CR ISTÃO TRISTAR P ICTURES

AS C INCO L INGUAGENS DO PERDÃO GARY CHAPMAN – JENNIFER M. THOMAS

GUERREIRAS DE ORAÇÃO LIVRO DE ORAÇÕES STORMIE OMART IAN

PERDÃO TOTAL MAURÍC IO ZÁGARI

QUARTO DE GUERRA

O clássico filme romântico dos anos 70, “Love Story”, deixou uma frase marcada na mente de muitos: “Amar é nunca ter de pedir perdão.” Trata--se de uma inversão de valores, pois tomar a iniciativa de pedir perdão é demonstração de respeito, carinho, maturidade espiritual e psicológica. Neste livro, os experientes conselheiros Gary Chapman e Jennifer M. Thomas abordam com competência este delica-

do processo: o pedido de perdão. Eles analisam dezenas de casos e relatos, apontam as principais barreiras, identi-ficam as cinco áreas de maior sensibili-dade das pessoas e oferecem orientação prática para obter a cura pessoal e o res-tabelecimento dos relacionamentos.

Este livro tem duas finalidades bási-cas: levar paz a pessoas que se arre-penderam de seus pecados mas ainda se sentem perseguidas pelos erros do passado, e levar à reflexão cristãos que mantêm um olhar de reprovação sobre os pecadores.

A autora de best-sellers como “O po-der da esposa que ora” e “A Bíblia da mulher que ora” apresenta neste lança-mento 60 temas de intercessão, a fim de que você se torne uma verdadeira guerreira de oração

L IVRO

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Tony e Elizabeth vivem um duelo in-terminável, até que a senhora Clara, uma nova cliente de Elizabeth, a de-safia a guerrear pela sua família. Por meio da oração, ela permite que Deus batalhe por seu lar. Enquanto ela ini-cia seu quarto de guerra, Tony viven-cia lutas internas, confirmando o que diz a senhora Clara, que as vitórias não se conquistam ao acaso.

F I LME

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s pastores Carlos Alberto Quadros e Suely come-moram neste mês de fevereiro cinquenta anos de casamento, algo cada vez mais raro em nossos dias. Ao mesmo tempo em que celebram suas

bodas de ouro, festejam também cinquenta anos de consa-gração ao ministério pastoral. Desde 1956, os pastores têm atendido ao chamado de Jesus para ir a todas as nações e proclamar o Evangelho da Graça de Deus.

“Não rejeite os tímidos começos, eles também rumam aos finais”, compôs o poeta Jorge Camargo. Aos vinte anos de idade, Carlos Alberto deixou a cidade de Curitiba e veio para São Paulo, atendendo a uma direção de Deus que ardia em seu coração. “Há 37 anos, precisei tomar uma decisão fun-damental junto com minha família: organizar o ministério

chamado Comunidade da Graça. Foi um momento decisivo, uma época de transição que para mim foi muito difícil, mas o Senhor me deu graça. Tenho uma companheira muito es-pecial, ela é minha ajudadora idônea de fato. Ela tem sido o esteio do meu trabalho e o meu apoio ao longo de todos esses anos. Não poderia chegar onde tenho chegado se não tivesse a cooperação dela ao longo dos anos.”, ressalta o pastor.

Conhecida entre seus membros por “Comuna” ou “CG”, a Comunidade da Graça foi fundada oficialmente em 25 de fevereiro de 1979 pelo casal. Desde a época dos bancos de madeira na antiga fundição da Vila Carrão até hoje, manti-veram-se fiéis à missão de ter uma igreja-família, em que a herança de uma vida cristã plena fosse transmitida dos pais para os filhos.

HOMENAGEM

A MARAVILHOSA GRAÇA DO SENHOR TEM SE MANIFESTADO AO LONGO DOS 50 ANOS DE CASAMENTO DOS PASTORES CARLOS ALBERTO E SUELY BEZERRA

LEGADO ETERNO

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“Como família de Deus, nossa busca é esta: ver o pró-ximo alcançado e transformado em discípulo de Jesus. A célula, ou pequeno grupo, serve para isso: formar líderes. Cuidar das pessoas e prepara-las para pastore-ar os outros.”, comenta o fundador da Comunidade da Graça. Algumas das mais preciosas lições do casal não vieram de teorias ensinadas no púlpito, mas, sim, de uma escola que desbanca as melhores instituições ava-liadas pelo MEC: a faculdade do exemplo.

O legado construído ao longo de 50 anos de casamento e vida pastoral por este casal tem traspassado as quatro paredes da igreja. Os mais de 500 mil atendimentos anuais da Fundação Comunidade da Graça - criada pelo filho mais velho, o deputado estadual Carlos Be-zerra Jr e sua esposa, a vereadora Patrícia Bezerra - são uma amostra do que acontece quando alguém coloca a sua fé a serviço da transformação do mundo.

Assim também acontece com o Colégio da Comuni-dade, dirigido hoje pela pastora Alessandra Bezerra, que atende a mais de 700 alunos e tem duas unidades que oferecem um ensino diferenciado, através dos princípios da Palavra de Deus. E alcança também a música, com Ronaldo Bezerra, líder de um ministério que, historicamente, tem influenciado o caminho do hinário evangélico brasileiro.

“Servir e abençoar as pessoas, esse é o grande desejo de nossas vidas”, destacam os pastores Carlos Alber-to e Suely. E é esse o espírito que tem conduzido a vida deste casal, que tem marcado a vida de milhares de pessoas e tem levado a Comunidade da Graça a crescer e alcançar o mundo inteiro. Os mais de 50 mil membros, das mais de 300 Comunidades espalhadas pelo Brasil, Japão, Europa, Estados Unidos e Améri-ca do Sul, reconhecem o trabalho e a influência deste casal, algo extremamente incomum.

“Esta é a visão: uma igreja família, vivendo o amor de Cristo, alcançando próximo e formando discípu-los. Isso reproduz o ministério de Jesus. Ele ensinou seus discípulos a fazer assim. Ele disse: ide, pregai o Evangelho e fazei discípulos de todas as nações. Queremos ganhar as pessoas, mas também cuidar bem delas”, comenta o pastor Carlos Alberto.

Além da herança divina presente nos filhos e netos, o casal tem um legado cada vez maior e abençoado de vidas influenciadas, de vidas transformadas e de um testemunho irrepreensível. Que os frutos desse trabalho continuem perdurando “como o sol e como a lua, por todas as gerações” (Salmos 72.5).

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ACONTECEU

MAG, O RETORNOOs encontros do MAG na CG Sede voltaram a todo vapor aos sábados! A equipe liderada pelo Elton Cardoso inicia este ano com vários trabalhos e ações para a juventude, com o propósito de criar novos relacionamentos, capa-citar líderes e trabalhar a formação espiritual com muita Palavra de Deus. Todo segundo e quarto sábado do mês os jovens estarão reunidos para participar deste novo for-mato e trabalhar com força o evangelismo nas ruas. O culto da galera continuará aos domingos, às 20 horas.

OFICINA DE LIBRASCom a constante preocupação de atender melhor a todos os membros, a CG Ferrazópolis (SBC) organizou uma Oficina de Libras, a Língua Brasileira de Sinais. Os par-ticipantes receberam um certificado e já estão prontos para entrar em ação e servir aos surdo-mudos que visi-tem a Comunidade local.

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O VERÃO É MAG A CG Guarulhos organizou durante o mês de janeiro o MAG de Verão, que contou com a participação do pastor Flávio da CG São João, o André Aquino, produtor mu-sical formado pela WorshipU da Bethel (EUA), o pas-tor Vinicius Zulato, da Lagoinha, Fred Arrais, e o pastor Daniel Araújo, conhecido por interpretar o Paxtorzão nos vídeos de humor do canal de YouTube Porta Estreita.

JANEIRO QUENTE NA CG SEDE Durante o primeiro mês do ano, a Comunidade da Graça Sede recebeu visitas ilustres. Os pastores Flávio Valvassoura, da Igreja do Nazareno Central de Campi-nas, Pedro do Borel, reconhecido pelo trabalho desen-volvido nas comunidades carentes do Morro do Borel (RJ), Aguinaldo Fernandes, da CG Ermelino Matara-zzo, e Samuel Mendonça, da CG Guarulhos, que apre-sentou o novo CD lançado com a Banda MAG: “Uni-dos pela Revolução”.

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