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Revista do Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro • Ano XXXVII - nº 01 - Janeiro/Fevereiro de 2020

Revista do Conselho Regional de Odontologia do Rio de … JANEIRO...Revista Naval de Odontologia: a contribuição científica aliada à significância e à originalidade Páginas

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Revista do Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro • Ano XXXVII - nº 01 - Janeiro/Fevereiro de 2020

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Janeiro/Fevereiro de 2020 3www.cro-rj.org.br

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Janeiro/Fevereiro de 2020 - Número 1

SumárioPágina 3 - Sumário/Errata

Página 4 - Expediente

Página 5 - EditorialSaúde - Estamos em Crise!

Páginas 6 a 8 - CRO-RJO que o CRO-RJ faz por você

Página 8 - Licenciamento Sanitário 2020Renovação do Licenciamento Sanitário

Páginas 10 a 11 - Cooperação do CRO-RJCooperação do CRO-RJ com projeto Acelerandoa Escolaridade da Defensoria Pública/RJ

Páginas 12 a 16 - COI/UFRJGarantindo a Saúde Bucal para alunos da rede pú-blica: o caso COI/UFRJ

Páginas 18 a 19 - CapaO impacto da Odontologia nas descobertas preco-ces da Saúde

Páginas 20 a 21 - Turma do BemDentistas do Bem: Odontologia Mudando Vidas

Página 22 - Crise na saúde Crise na saúde do Rio

Páginas 24 a 25 - Congresso SBOESucesso absoluto no 25º Congresso Internacional daSBOE

Páginas 26 a 27 - CFO - Fórum Nacional deFiscalizaçãoCFO retoma Fórum Nacional de Fiscalizaçãocom programa nacional por macrorregião

Página 29 - Agenda de Cursos

Páginas 30 a 31 - Revista Naval de OdontologiaRevista Naval de Odontologia: a contribuiçãocientífica aliada à significância e à originalidade

Páginas 32 e 33 - CRO Presente

Página 34 - AORJAcademia de Odontologia do Estado do Rio de Ja-neiro completa 24 anos, elege novos Acadêmicos ePatronos e premia Remidos

Página 35 - Clube de VantagensO Conselho Regional de Odontologia do Rio de JaneiroCRO-RJ, lança o Clube de Vantagens com benefíciosexclusivos para os seus jurisdicionados e funcionários

Página 36 - Protocolo ClínicoProtocolo clínico para o uso dos Adesivos Universais

Na edição anterior da Revista do CRO-RJ, AnoXXXVI, número 06, Novembro e Dezembro de 2019,página 20, colocamos no depoimento do Profes-sor Israel Rosenthal, a frase: “Alistei-me na FEBcomo voluntário, como músico, e voltei com apatente de 2º tenente.”

Em verdade, o Professor Rosenthal alistou-sena Força Expedicionária Brasileira, como volun-tário à 2ª Guerra Mundial, já graduado em Odon-tologia (1943), tendo atuado como cirurgião-dentista no período em que esteve vinculado àFEB. Retornou ao Brasil em 1945, com a patentede 2º tenente, que lhe foi concedida pelos rele-vantes serviços prestados.

ERRATA

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Janeiro/Fevereiro de 2020 4www.cro-rj.org.br

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• Conselho Regional de Odontologia do Rio de JaneiroRua Araújo Porto Alegre, 70, 3º (Biblioteca), 4º e 5º andares, Centro, Rio de Janeiro-RJ - Cep 20030-015 • TeI. (21) 3505-7600.Site: www.cro-rj.org.br • E-mail: [email protected] - Atendimento: 2a a 6a, das 9h às 17h.• Sub-sede Barra da TijucaAv. Armando Lombardi 350, loja 222, Shopping Barra Point - TeI. (21) 3153-0101. Atendimento: 2a a 6a, das 10h às 18h.

• As matérias aqui publicadas podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte. • O CRO-RJ não se responsabiliza pelas opiniões emitidas em artigos assinados, bem comopelas publicidades veiculadas por este periódico. • O conteúdo dos anúncios veículados nesta publicação (CRO-RJ Notícias) é de inteira responsabilidade dos anunciantes.

Presidente: Altair Dantas de AndradeSecretário: Ricardo Guimarães FischerTesoureiro: Outair Bastazini FilhoConselheiros: Felipe Melo de Araujo, Igor Bastos Barbosa, Juarez D´Avila Rocha Bastos, LeonardoAlcântara Cunha Lima, Marcelo Guerino Pereira Couto, Maria Cynesia Medeiros de Barros e SávioAugusto Bezerra de MoraesAssessor de Diretoria/ Coordenador das ComissõesDr. Outair BastaziniAssessor da PresidênciaCasimiro Abreu Possante de AlmeidaComissão EditorialCoordenador: Ricardo Guimarães FischerMembros: Altair Dantas de Andrade; Casimiro Abreu Possante de Almeida; Outair Bastazini Filhoe Ricardo Petereit de Paola GonçalvesComissão de Apoio aos Cursos e Serviços de OdontologiaCoordenador: Carlos Alberto Alves DantasMembros: Altamiro da Silva Lima Filho; Luiz Roberto da Silva Chagas e Marcelo Guerino Pereira CoutoComissão de Educação Permanente e ContinuadaPresidente: Outair Bastazini FilhoCoordenador dos cursos on-lineAltair Dantas de AndradeCoordenador dos cursos presenciais aos sábados (Barra da Tijuca)Luiz Carlos MoreiraCoordenador dos cursos presenciais (Centro / Barra da Tijuca)Almiro Reis GonçalvesCoordenador dos cursos presenciais NiteróiJosé Magalhães Muniz FilhoMembros da Comissão: Ana Paula Nunes Morais, Carolina Pinheiro da Rocha, Leandro de OliveiraBassili, Marcello Roter Marins dos Santos; Michele Dias Nunes Tameirão, Outair Bastazini; PatriciaSantos Bastazini; Rafael Casadonte Heringer, Rafael Meira Pimentel e Ricardo HidalgoCoordenador dos cursos presenciais no InteriorCarlos DantasComissão de Saúde SuplementarPresidente: Marcos Henrique da Silva SantosMembros: Ana Paula Nunes Morais; Cirlete Campos Damasceno e Izabel Cristina Monção GomesComissão de Odontologia HospitalarCoordenador: Luiz Carlos MoreiraMembros: Altamiro da Silva Lima Filho; Marcelo Ventura de Andrade; Rodrigo Figueiredo de BritoResende; Sergio Pinto Chaves Júnior; Vania do Carmo Rodrigues e Ricardo Petereit de PaolaGonçalves - AdvogadoComissão CRO-RJ MulherCoordenadora: Maria Cynésia Medeiros de BarrosMembros: Giselle Soares Almeida, Lilian Terezinha Vieira Lima, Tatiana Kelly da Silva Fidalgo,Vera Lígia Vieira Mendes Soviero e Michelle Mikhael AmmariComissão de Saúde PúblicaCoordenadora: Maria Cynésia Medeiros de BarrosMembros: Ana Luiza Machado Pinto, Altair Dantas de Andrade; Mara Cristina Demier Freire Ribeiro;Rafael Arouca Hofke Costa; Ricardo Demétrio Ferreira Pimentel e Paulo André de Almeida JúniorComissão CRO JovemCoordenador: Igor Bastos BarbosaMembros: Carolina Siqueira Costa; Guilherme Antonio Monteiro Miguel; Louise Moza RodriguesChavadian e Vanessa Dutra PennaComissão Gerencial do CRO-RJCoordenador: Marcelo Guerino Pereira CoutoMembros: Carlos Alberto Alves Dantas; Outair Bastazini Filho e Ricardo Petereit de Paola GonçalvesComissão de Estética Oro-FacialCoordenadora: Simone Sattler PinheiroMembros: Carolina Pinheiro da Rocha; Leonardo Drumond da Silva; Luciane Ferreira Negrão;Lucieni Galaxe de Barros Bereta; Pamela de Souza Storrodumof; Sandra Figueiredo Rodrigues eTais Fernandes TeixeiraComissão de Cirurgia e Traumatologia Buco-Maxilo-FacialCoordenador: Leonardo da Silva MoraesMembros: Adriano Silveira Rodrigues, Marcello Roter Marins dos Santos, Cícero Luiz SouzaBraga, Rafael Meira Pimentel e Alexandre Maurity de Paula AfonsoComissão de Odontologia em Pacientes com Necessidades EspeciaisCoordenador: José Magalhães Muniz FilhoMembros: Lilian Machado de Sousa Almeida

Comissão de Políticas PúblicasCoordenadora: Maria Isabel de Castro de SouzaMembro: João Marcos Borges MattosComissão de Práticas ComplementaresCoordenadora: Maria Cristina Braga GottliebComissão de Técnicos e Auxiliares de Saúde BucalCoordenador: Diego Michelini Carvalho Ribeiro (CD)Membro: Samara dos Santos de Oliveira Ramos (TSB/ASB)Comissão Técnica de RadiologiaCoordenador: Rubens Raymundo JuniorMembros: Aurelino Machado Lima Guedes; Flávia Queiroz Fortes Bustamante e MelissaVasconcellos RaymundoComissão Técnica de Sedação em OdontologiaCoordenadora: Robertha Tulio da Silva Maciel Braun dos SantosMembros: Carla Gonçalves Gamba, Luiz Alberto Ferraz de Caldas e Adriano Linhares MottaComissão das Academias OdontológicasAntonio Ubaldo Ventura Neves da Costa - Presidente da Academia Brasileira de Odontologia Militar;Mario Groisman - Presidente da Academia Brasileira de Odontologia;Mauro Althoff - Presidente da Academia de Odontologia do Estado Rio de Janeiro.

Delegacias RegionaisCabo Frio: Rua José Watz Filho nº 58, sala 206, Centro. Tel. (22) 2644-6022 • Atendimento: 9h às12h e 13h às 17hCampo Grande: Rua Barcelos Domingos, nº 32, sala 610.Tel. (21) 2412-9786. Atendimento: 2aa 6a, das 9h às 17h.Campos: Praça S. Salvador 21/23, sala 304, Tel. (22) 2722-7838 • Atendimento: 9h às 12h e 13h às 17h.Duque de Caxias: Rua Professor José de Souza Herdy 1.160 Jardim Vinte Cinco de Agosto (Dentrodo Campus da Unigranrio) • Atendimento: terças de 9h às 12h e 13h às 17h.Itaperuna: Av. Cardoso Moreira, 841 sala 205 - centro Tel. (22) 3822-6822 • Atendimento: Segundaa Sexta-feira de 9h às 12h e de 13h às 17h.Macaé: Avenida Rui Barbosa, 698, sala 304. Tel. (22)2762-0385 • Atendimento: 9h às 12h e 13h às 17h.Niterói: Avenida Amaral Peixoto 55, Sl 607, Centro • Atendimento: segunda, quarta e sexta 9hàs 12h e 13h às 17hNova Friburgo: R. GaI. Osório, 4, cob. 2. Tel. (22) 2523-5032 • Atendimento: 9h às 12h e 13h às 17h.Nova Iguaçu: Av. Amaral Peixoto, 236 sala 303 Tel. 2767-8080 • Atendimento: 11h30 às 18h.Petrópolis: Rua 16 de Março, 155 Ed. Gelli, Sala 804 - Centro TeI. (24) 2237-4064 • Atendimento:9h às 12h e 13h às 17hSão Gonçalo: R. Feliciano Sodré, 214/202 Tel. 2605-4875 (9 às 12h/13às 17h) • Atendimento:terça e quinta de 9h às 12h e 13h às 17hTeresópolis: Rua Heitor de Moura Estevão 229 sala 501 - Várzea , TeI. (21) 2743-6432 •Atendimento:9h às 12h e 13h às 17h.Valença: R. Padre Luna, 99slj. 23 TeI.(24) 2453-3014 • Atendimento: 9h às 11h e 13h às 18hVolta Redonda: Largo 9 de Abril, 27/706 TeI. (24) 3342-4098. • Atendimento: 9h às 12h e 13h às 17h.

REPRESENTAÇÃO DO CRO-RJ - SEDE DA BARRA DA TIJUCAAndrea Damas Tedesco e Rafael Casadonte Heringer

REPRESENTANTES REGIONAISSumidouro: Janine Wermelinger dos Santos CarielloRio das Ostras: Germana Medeiros Freitas D’AssunçãoRio Claro: Cassius Marcellus Baesso CardosoResende: Flávio Monteiro de Barros de CarvalhoQuissamã: Mateus de Souza LimaPinheiral: Jair GomesParacambi: Osvaldo Luiz Lima GonçalvesMagé: Arianne da Silva MendesMacuco: Shirle Campos FalcesItaboraí: Vanessa Vieira Ferreira Demier Carvalho

CRO-RJ - Notícias - Informativo doConselho Regional de Odontologia do Rio de JaneiroE-mail: [email protected] Responsável: Sonia FassiniReg. Prof. MTB - RJ 12.648Design Gráfico: Cláudio SantanaPublicidade: Tel.: (21) 3505-7606 - E-mail: [email protected]: bimestralTiragem: 30 mil exemplares

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Janeiro/Fevereiro de 2020 5www.cro-rj.org.br

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EDITORIAL

“A saúde é direito de todos e de-ver do Estado, garantido mediantepolíticas sociais e econômicas quevisem à redução do risco de doençae de outros agravos e ao acesso uni-versal e igualitário às ações e servi-ços para sua promoção, proteção erecuperação.” Assim nos apresentao artigo 196 da nossa ConstituiçãoFederal de 1988. A partir da nossaCarta Magna e das legislações refe-rentes ao Sistema Único de Saúde donosso país, desenvolveram-se polí-ticas para o melhor cumprimento doque foi estabelecido.

Atualmente temos a Política Na-cional de Atenção Básica (PNAB),também chamada de Atenção Primá-ria, que é a principal porta de entra-da de um cidadão no SUS, coordena-dora do cuidado e ordenadora dasações e serviços disponibilizados emuma Rede de Atenção à Saúde. Caberessaltar que a Estratégia de Saúdeda Família é a estratégia prioritáriada referida PNAB.

A Política Nacional de Saúde Bu-cal acompanha essas propostas edestaca o conceito do cuidado na re-organização da atenção em saúdebucal em todos os níveis de atenção,tendo como alguns de seus propósi-tos: a qualificação da atenção básicapara garantir qualidade e resolutivi-dade das ações, a entrada da Saúdeda Família como importante estra-tégia na reorganização da atençãobásica, que deve estar articuladacom toda uma rede de serviços.

Atualmente, no município do Riode Janeiro, a crise da saúde pública

SAÚDE- ESTAMOS EM CRISE!é fato amplamente divulgado namídia e sentido pela população cari-oca e pelos profissionais da rede pú-blica de saúde.

Segundo dados do Ministério daSaúde, considerando apenas a Es-tratégia de Saúde da Família, houveuma redução no número de Equipesde Saúde Bucal do município, de 440equipes em janeiro de 2017 para 335em outubro de 2019, perfazendouma perda de 105 equipes. Lem-brando que, como teoricamente, épreconizado que cada Equipe de Saú-de da Família realize uma coberturade 4.000 usuários, um mínimo de420.000 cidadãos afetados por essasmudanças, apenas em relação àAtenção Primaria. Tal redução acar-retou em uma sobrecarga de traba-lho para os profissionais que perma-neceram na rede municipal, pois pre-cisaram absorver uma quantidadede usuários além da capacidade re-solutiva preconizada pelo próprioMinistério. Ressaltamos também oimpacto sobre a saúde dos própriosprofissionais, com o adoecimento ea insegurança em relação ao futuro.

Não há área programática (AP)que não tenha sido atingida por cor-tes e mudanças que afetem direta-mente a qualidade e quantidade deserviços de saúde. As alterações noscontratos com as organizações soci-ais criaram uma precarização nas re-lações de trabalho e em consequên-cia, um comprometimento do cuida-do em saúde e adoecimento das pes-soas, trabalhadores da saúde e usu-ários. Lembrando que o Código deÉtica Odontológico, em seu artigo 2º,aponta que “a Odontologia é umaprofissão que se exerce em benefício

da saúde do ser humano, da coleti-vidade e do meio ambiente, sem dis-criminação de qualquer forma oupretexto”.

A reorganização de uma rede deatenção à saúde necessita previa-mente de profundo estudo e análisede dados para avaliar o impacto dasações e minimizar os danos à saúdedas pessoas. Não é o que a popula-ção carioca e os profissionais estãovivenciando atualmente no Rio deJaneiro. Estamos em crise!

REFERÊNCIAS:BRASIL. Presidência da República.

Casa Civil. Subchefia para AssuntosJurídicos. Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil de 1988. Brasí-lia, Distrito Federal, 1988. Disponívelem: http://www.planalto.gov.br/cci-v i l _ 0 3 / c o n s t i t u i c a o /constituicaocompilado.htm

BRASIL. Ministério da Saúde. Ga-binete do Ministro. Portaria nº 2.436,de 21 de setembro de 2017. Aprova aPolítica Nacional de Atenção Básica,estabelecendo a revisão de diretri-zes para a organização da AtençãoBásica, no âmbito do Sistema Únicode Saúde (SUS). Brasília: Ministério daSaúde, 2017. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2017/prt2436_22_09_2017.html

BRASIL. Ministério da Saúde. Se-cretaria de Atenção à Saúde. Depar-tamento de Atenção Básica. Coorde-nação Nacional de Saúde Bucal. Di-retrizes da Política Nacional de Saú-de Bucal. Brasília: Ministério da Saú-de, 2004. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_brasil_sorridente.pdf

Maria Cynesia Medeiros de Barros

Conselheira - CRO-RJ

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CRO-RJCRO-RJCRO-RJCRO-RJCRO-RJ

O que o CRO-RPara atender à classe odontológica, o CRO-RJ atua em muitas frentes, sempre amparado na Lei 4.

essencialmente: fiscalizar o exercício da profissão, em harmonia com os órgãos sanitários competpenalidades; dirimir dúvidas relativas à competência e âmbito das atividades profissionais, com rec

ao seu alcance o perfeito desempenho técnico e moral de Odontologia, da profissão e dos que a exerçalei lhes sejam atribuídos. Entretanto, para desenvolver as obrigações que lhe são atribuídas, que vão m

tarefas, que transcendem a de cobrar anuidades ou gerar multas. Para dar uma ideia mínima da eadministrativos e coletou dados dos serviços que são prestados à classe odontológica. Os

Setor de FiscalizaçãoSão atribuições da Fiscalização fiscalizar o exercício de ci-

rurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos, clínicas e consultórios,estágio em Odontologia, entidades filantrópicas, dentais e qual-quer outra entidade que pertença ao ramo odontológico, alémde atuar contra o exercício ilegal da profissão.

Até novembro de 2019 foram realizadas 20 ações de exercí-cio ilegal. Essas ações foram recebidas sob a forma de denún-cia pelo disque-denúncia da Fiscalização, telefone 3505-7676 evariam desde os apelidados de “falsos dentistas” até auxiliarese técnicos que extrapolam suas atribuições legais.

Além disso, a Fiscalização também inspeciona a propagan-da odontológica, seja por meio físico ou digital, que deve estarde acordo com os artigos 43 e 44 do Código de Ética Odontoló-gica e leis adjacentes à Odontologia.

A Fiscalização do CRO-RJ também realiza atividades emconjunto com à Vigilância Sanitária Municipal e fiscalizações apedido do Ministério Público. Também é responsável por rece-ber solicitações pelo aplicativo Visita Única e administrar o sitede Classificados do CRO-RJ no que tange às ofertas de profissi-onais e às oportunidades de emprego e também gerenciar ocanal de Fiscalização de Mídias.

Por fim, durante todo o ano de 2019 a Fiscalização minis-trou palestras sobre Ética Odontológica em Universidades Pú-blicas e Privadas de todo o Rio de Janeiro a fim de conscienti-zar os futuros cirurgiões-dentistas sobre a importância demanter-se ético.• Fiscalizações de Rotina (quando não há infração ética)2.581• Fiscalizações de Constatação (quando há infração ética) .. 865• Exercício Ilegal da Profissão ............................................. 20

Total 3.485• Atendimentos presenciais ................................................ 135• Atendimentos telefônicos ............................................... 1.764• Liberação de classificados no site do CRO-RJ (relacionados àoferta de profissionais e oportunidade emprego) ........... 4.020

Setor de Inscrição e CadastroÉ de responsabilidade deste setor conferir, preparar relató-

rios, colaborar com a comunicação entre setores e com asDelegacias, viabilizar medidas que proporcionem um melhordesenvolvimento das atividades específicas, que incluem o re-cebimento e resposta de e-mails , comunicação com as Entida-des de cursos de especialização através de recebimento de ofí-cios e a comunicação com sistema de Gestão de cursos do CFO,além das atividades inerentes ao setor:• Registro da inscrição de Auxiliar de Consultório Dentário• Registro da inscrição de Auxiliar de Prótese Dentária• Registro da inscrição de Técnico em Saúde Bucal• Registro da inscrição de Técnico em Prótese Dentária• Registro da inscrição de Cirurgião-Dentista Provisório• Registro da inscrição de Cirurgião-Dentista Principal• Registro da inscrição de Cirurgião-Dentista Estrangeiro• Registro da inscrição de Pessoa Jurídica• Registro da inscrição por Transferência de CD –TPD – TSB – ASB – APD• Registro da inscrição Secundária de CD – TPD – TSB – ASB – APD• Registro da inscrição de Especialidades• Registro da inscrição de Habilitação em Práticas Integrativasda Odontologia• Registro de inscrição Pessoa Jurídica: EPAO-EPO-LB• Confecção de 2a via de Cédula• Registro Apostilamento de nome• Solicitação de RecadastramentoEm dezembro de 2019 o registro numérico dessas ativida-des acusou os seguintes números:• Cirurgião-dentista ............................................................ 40• TPD – Técnico em prótese dentária .................................. 20• TSB- Técnico em Saúde Bucal .......................................... 30• ASB -Auxiliar de Saúde Bucal ........................................... 92• APD – Auxiliar de Prótese Dentária .................................. 05• EPAO -Entidades Prestadora de Assistência Odontológica .. 44• LB – Laboratório de Prótese Dentária .............................. 02• EPO – Empresa de Produtos Odontológicos ................... 03• Profissionais desativados por transferência, desativação deinscrição ou falecimento ..................................................... 98

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Janeiro/Fevereiro de 2020 7www.cro-rj.org.br

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Comissão de ÉticaA Comissão de Ética do CRO-RJ é o órgão responsável pela

instrução do processo ético disciplinar, respondendo pela co-lheita de provas e encaminhamento dos autos para julgamen-to pelo Plenário do CRO-RJ.

À frente da Comissão de Ética está como presidente o Con-selheiro Felipe Melo de Araújo.

Existem também as Câmaras de Instrução, que são quatroe destinam-se a realização de Audiências, onde as partes po-dem conversar e até chegar a uma conciliação.

Um processo ético se inicia com uma representação oudenúncia feita contra um profissional da Odontologia.• Representações/denúncias .............................................. 159• Processos:• Processos éticos. ................................................................ 95• Processos administrativos. ............................................... 43• Processos indeferida por motivos variados ..................... 21Total de processos julgados .................................... 130Total de Pautas para Audiência ................................ 35OBS: Dados computados a partir do mês de março até novem-bro de 2019. Anteriormente não eram computados.

Departamento JurídicoEm cumprimento das determinações da Presidência, o De-

partamento Jurídico se manifesta, através de pareceres, emtodos os processos administrativos de inscrição/registro depessoas jurídicas, atua em todos os processos judiciais da Au-tarquia, atende e presta consultoria a todos os inscritos quebuscam orientação jurídica no CRO-RJ, assiste a todos os de-mais departamentos da instituição, participa de todas as audi-ências éticas, oferece suporte ao Plenário quanto a questõesjurídicas, se manifesta em todos os processos de licitação, as-sim como intervém em qualquer demanda que envolva ques-tões de legalidade.• Pareceres diversos ............................................................ 1664• Expedição de ofícios/certidões/e-mail ............................ 359• Comissão de ética ............................................................. 837• Assessoria nas audiências da comissão de ética e julgamento 49• Audiências/julgamentos/manifestações em processosjudiciais/ diligência a fórum fora da capital ..................... 18• Consultas presenciais ....................................................... 159• Ligações recebidas para o setor ...................................... 1183• Ligações recebidas para outros setores .......................... 1103

• Total 5372Setor de Alvará• Alvarás Emitidos ............................................................... 247• Atendimentos Presenciais ................................................ 693• Atendimentos – Telefone/Virtuais ................................... 8.295• LicenciamentoSanitário ................................................... 413• Outros Requerimentos ...................................................... 28• Baixa/Paralisação ............................................................ 138OBS: Em 2019, foram emitidos 46 certificados de despacho indeferidos.Processos junto ao Corpo de BombeirosLaudos de exigências ........................................................... 18Certificados de aprovação .................................................. 07Outros requerimentos ......................................................... 16Certificados de despachos indeferidos ................................ 46CNES – Pessoa física/ JurídicaJulho a Dezembro .............................................................. 95OBS: o serviço de cadastro no CNES foi implementado a partirdo mês de julho de 2019

Setor de TelefoniaO setor possui duas telefonistas, uma para cada tur-

no (manhã e tarde) que atendem a uma média diária deligações, de acordo com o dia da semana ou do mês emcurso.

Assim, por média, os telefonemas recebidos seriam:

Dia Mês Ano

Manhã

Tarde

Total

De 35 a 45por dia

De 55 a 70

Média: 170por mês

Média 325por mês

De 1.500a 2.300

De 2.100 a 3.900

Mínimo de90

Mínimo de495

Minimo de 3.600

RJ faz por você324, de 14 de abril de 1964, que criou os Conselhos. Suas atribuições, como constam na Lei, seriamentes; deliberar sobre assuntos atinentes à ética profissional, impondo a seus infratores as devidas

curso suspensivo para o Conselho Federal; expedir carteiras profissionais; promover por todos os meiosam designar um representante em cada município de sua jurisdição; exercer os atos de jurisdição que poruito além da fiscalização profissional, a quantidade de serviços inerentes que presta envolve múltiplasestrutura do Conselho, o CRO Notícias fez uma visita à maioria dos setores de cursos gratuitos aos

s dados aqui revelados referem-se ao somatório dos meses de janeiro a novembro de 2019

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Janeiro/Fevereiro de 2020 8www.cro-rj.org.br

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1) Atividades científicas presenciais:De abril a novembro de 2019, foram realizados 31

(trinta e um) eventos presencias científicos, sendo15 (quinze) no auditório do Centro e 16 (dezesseis)no auditório da Barra. Participaram desses eventos,94 (noventa e quatro) ministradores (as).

2) Comunicação :Produção e edição de 05 (cinco) “Protocolos clí-

nicos”, inseridos na última capa das revistas nº 01,02, 03, 04, 05 e 06, ano XXXVI, do CRO-RJ ( perfazendoum total de 104 matérias publicadas, ininterrupta-mente, desde Jun /2010).

2.1) Convite e Apresentação de 06 (seis) ministra-dores dos cursos “on line”, no auditório do CRO-RJ(Barra da Tijuca).

2.2) Coordenação e apresentação da Homena-gem de Honra ao Mérito à 06 (seis) CD’s durante o 24ºCIORJ, em julho/2019

2.3) Coordenação e apresentação da sessão sole-ne do 55º aniversário de criação do “Dia do Cirur-

Além dos serviços inerentes às funções do CRO-RJ, existem várias Comissõesintegradas por Conselheiros e cirurgiões-dentistas voluntários que também

prestam relevantes serviços à classe odontológica através do CRO-RJ

gião-Dentista”, realizada no dia 25 de outubro, noSalão Nobre da Câmara Municipal do Rio de Janei-ro, onde 28 personalidades que se destacaram emprol da Odontologia, receberam o Diploma de Honraao Mérito e a Medalha Professor Dr. Paulo Pinho deMedeiros.

2.4) Coordenação e participação na visita do CRO-RJ ao Hospital Federal dos Servidores do Estado, quedeu origem a reportagem publicada na revista nº 05/2019, do CRO-RJ.

2.5) Coordenação e realização da reunião com osresponsáveis pelas atividades do Projeto “Discutin-do e esclarecendo dúvidas”, na sede do CRO-RJ (Cen-tro), em 08/07/2019, em que participaram os 03 fun-cionários da Administração/ Comunicação (Cláudio,Patrick e Peneda) e 08 Professores (Sekito, SergioGonçalves e Thiago Almada- representando o Prof.Roberto Prado, Abel Cardoso, Sonia Groisman, Fer-nando Almeida, Sergio Kahn (representado por duasassistentes) e Eduardo Cardoso.

Conheça um dos mais importantes : Coordenação de Cursos PresenciaisCentro e Barra da Tijuca - Responsável : Prof. Almiro Reis Gonçalves

LICENCIAMENTLICENCIAMENTLICENCIAMENTLICENCIAMENTLICENCIAMENTO SANITO SANITO SANITO SANITO SANITÁRIO 2020ÁRIO 2020ÁRIO 2020ÁRIO 2020ÁRIO 2020

O CRO-RJ informa aos cirurgiões-dentistas que oprazo para requerimento da renovação da LicençaSanitária para 2020 deverá ser feito até o dia 30 deabril, tanto para profissionais autônomos quantopara pessoas jurídicas.

A renovação deve ser requerida pelo portalCARIOCA DIGITAL e o requerimento será deferido me-diante pagamento da Taxa de Licenciamento Sani-tário (TLS) anual.

O Setor de Alvará do Conselho está à disposiçãodos jurisdicionados para auxiliar com a renovaçãoda licença.

Lembramos que o decurso do prazo para requeri-mento da Licença enseja multa e interdição do con-sultório e/ou clínica.

Renovação do Licenciamento Sanitário 2020

Contato do Setor de Alvará - Tels: .3505-7624 /35057621 - E-mail:[email protected]

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COOPERAÇÃO DO CRO-RJ

Cooperação do CRO-RJ ca Escolaridade da De

O presidente do CRO-RJ, Altair Dantas de Andrade, tendo ao lado o 1º Subdefensor Geral, Dr. Marcelo Leão Alves e o Dr. Augusto Bessa CD(à esquerda) e o Defensor-Geral, Dr. Rodrigo Baptista Pacheco (à direita).

Um contato promovido pelo CRO-RJ junto à dire-ção da Faculdade de Odontologia da UERJ, atravésdo seu Diretor, Professor Roberto Fischer, vem pro-porcionando atendimento odontológico a pessoasem situação de vulnerabilidade. Através do projetoAcelerando a Escolaridade, a Defensoria Pública doEstado do Rio de Janeiro adotou esta iniciativa e vemdando oportunidade de recuperação social a mora-dores de rua e ex-adictos.

No último dia 12 de dezembro, para comemorar aformatura da 3ª turma de alunos do projeto, durantecerimônia que aconteceu no auditório da Defenso-ria Pública, o CRO-RJ foi homenageado por ser o res-ponsável do tratamento odontológico dos alunos,através da Faculdade de Odontologia da UERJ.

O projeto Acelerando a Escolaridade teve inícioem 2017, para atender moradores em situação de rua.Por iniciativa da Defensora Pública, Dra.Sara Quimas,

que levou o projeto à Fundação Escola Superior daDefensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (FE-SUDEPERJ), sendo acolhida prontamente pelo órgão.

Desde o início, o projeto é coordenado por Maris-tela da Paz Barbosa, atualmente atende a 35 pesso-as com aulas de Português, Matemática, Geografia,História e rodas de conversa sobre Literatura e No-ções de Direitos Socias (Cidadania).

“Acredito no sucesso dessa iniciativa, pela acei-tação da sociedade. Este ano estamos comemoran-do a adesão de várias parcerias, como o Colégio Pe-dro II, que absorveu dez dos nossos alunos. Em trocaa Defensoria disponibilizou dez estágios para alunosdaquela instituição”, comemora.

“O Conselho de Odontologia do Rio de Janeiro éoutro parceiro valioso, que está cuidando da auto-estima dos nossos alunos, com tratamentos odonto-lógicos realizados na Faculdade de Odontologia da

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com projeto Acelerandoefensoria Pública/RJ

UERJ, cujo Diretor, Professor Ricardo Fischer, aco-lhe nossas demandas com muita atenção”.

Essas demandas são agendadas pela Coordena-ção, através da Fundação Escola Superior da Defen-soria Pública do estado do Rio de Janeiro) e encami-nhadas, institucionalmente, para o atendimento naFO-UERJ.

“Os resultados têm sido fantásticos. O sorrisomelhorou a aparência e devolveu a autoestima. Mui-tos já conseguiram emprego, além de melhorarem aescolaridade. Vários até já saíram a situação de rua”,comemora Maristela.

Essa parceria se tornou possível graças a inter-mediação do Dr. Augusto Bessa, cirurgião-dentistana Defensoria, que modestamente afirma que “fezapenas o link com o CRO, para conseguir o atendi-mento gratuito aos alunos”.

Arteterapia foi pioneira no ProjetoA artista plástica Cristina Daher, que também é

cirurgiã-dentista, foi uma das primeiras parceriasconquistadas pelo projeto.

“Acolhi os alunos no ateliê de estamparia em Ni-terói. Deu tão certo que, num segundo momento, nosunimos ao JUCA (Juntando Cacos com Arte) que pas-sou a contar a história dos moradores de rua atravésda arteterapia. São 3 oficinas com 10 alunos em cadauma, por um período de 3 meses.

Alguns talentos já se revelaram, e hoje já estãopraticamente vivendo de arte. Um desses alunos, Ge-orge William, é hoje instrutor do Projeto”.

Atualmente, o projeto está procurando um espa-ço próprio no centro do Rio de Janeiro, “para quepossa atrair e atender mais pessoas em situação devulnerabilidade”, finaliza.

As conquistas dos alunosDaniella Del Ossi é uma dessas alunas que se tor-

nou praticamente independente depois que desco-briu o Acelerando a Escolaridade.

Depois de aprender as técnicas de estamparia emosaico, já conseguiu alugar o seu cantinho e agora

exibe um sorriso feliz, que se esconde atrás de umatimidez, que não a impede de descrever como se sen-te. “Foi um resgate da minha dignidade. Moradorade rua a artesã foi um grande passo na minha vida”.

Com ensino médio completo vai tentar o vestibu-lar para Direito. Agora quer um trabalho fixo, quejulga como “necessário para que eu possa me esta-bilizar e continuar estudando”.

George Willian é outro talento artístico que sedescobriu no Acelerando a Escolaridade. Ex-adicto,quando em tratamento no CAPs conheceu o JUCAatravés de um colega que o apresentou à fundadorado projeto, Vânia Rosa.

“Desde 2016 vivo do meu trabalho com mosaico”,revela. “Antes fiz cursos de padeiro, cozinheiro e játrabalhei com auxiliar de polimento de joias.

Já conhecia o mosaico antes do projeto, masachava que não tinha habilidade. Quando entrei parao curso, minha primeira peça foi uma borboleta, quedei para minha filha, todo orgulhoso. Hoje vejo quea peça é muito feia, mas na época achava linda. Fuificando, insistindo,hoje sobrevivo da arte”.

Além de instrutor na oficina de mosaico, GeorgeWilliam, que recebeu seu diploma de 1º grau, fezENEM, tem planos de continuar estudando Arte.

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COI/UFRJ

Garantindo saúde bucal para alunos Estudos populacionais indicam uma tendência mundial de diminuição da prevalência das d

condição de saúde mais prevalente no mundo. No Brasil, problemas na boca estão entre as tré uma das doenças que mais acometem crianças e adolescentes, espec

Contexto e primeiros passosAtuar na promoção de saúde bucal é um meca-

nismo mais simples, barato e inteligente de controledas doenças bucais. Neste processo, é essencial mo-tivar a criação de hábitos de higiene bucal pelas cri-anças o mais cedo possível, assim que elas tiveremdesenvolvimento adequado da coordenação moto-ra. A escola representa um ambiente educacional esocial propício para trabalhar conhecimentos e mu-danças de comportamento.

A Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ),de acordo com seu estatuto, é uma instituição deEnsino, Pesquisa e Extensão. Visando o bom desen-volvimento das atividades de Extensão, estabeleceuum convênio de cooperação técnica com a Prefeitu-ra da Cidade do Rio de Janeiro (Secretaria de Educa-ção e Secretaria de Saúde). Tal convênio tem sidorenovado periodicamente em função da avaliaçãopositiva pelas partes envolvidas em relação aos re-sultados alcançados pelo trabalho realizado. O Pro-jeto se intitula “Consultórios Odontológicos Itineran-tes e Programa Saúde Na Escola: Uma Estratégia deAtenção à Saúde Bucal com Integralidade, Multidis-ciplinaridade, Ação Social e Cidadania”. O mesmo éconhecido simplesmente pela sigla COI.

O Projeto conta com uma ampla equipe de traba-lho constituída por docentes, funcionários e alunosde graduação e pós-graduação. As ações do COI ocor-rem tanto nas escolas municipais do ensino funda-mental do entorno da Cidade Universitária da UFRJquanto em uma clínica com dois consultórios odon-tológicos localizada na prefeitura da Cidade Univer-sitária. Além das ações coletivas de educação emsaúde realizadas nas escolas e na sala de espera daclínica do COI, o Projeto oferece atendimento inte-gral para solução de necessidades de tratamentoodontológico.

Inicialmente, o Projeto desenvolveu materiaiseducativos para crianças, adolescentes, responsá-veis e professores sobre saúde bucal e saúde geral. O

foco era trazer informações sobre a prevenção deagravos importantes à saúde, usando uma lingua-gem adequada para cada público, a fim de contri-buir para a melhoria da qualidade de vida dessa po-pulação. A atuação prática do COI teve início na Es-cola Municipal CIEP Henfil, na comunidade do Caju.Foram implementadas atividades de prevenção epromoção de saúde, além do tratamento de lesõesde cárie, através da realização de mutirões semes-trais de TRA (Tratamento Restaurador Atraumático)

A partir de março de 2017, o COI passou a contarcom uma unidade de atendimento clínico compostapor dois consultórios odontológicos instalados em umcontentor, doado pelos Ministérios da Saúde e da Edu-cação para a Faculdade de Odontologia. Situado naPraça da Prefeitura da Cidade Universitária da UFRJ,a clínica tem servido de base para o trabalho da equi-pe do COI e permitido a ampliação da abrangência doProjeto. Neste espaço é possível a realização de aten-dimento odontológico de baixa e média complexida-de a escolares, bem como atividades de Promoção deSaúde por parte dos alunos de extensão, na sala deespera da clínica.

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A implantação da clínica do COI permitiu a inclu-são de novas escolas municipais no Projeto. Foramincluídas, em ordem cronológica, as escolas munici-pais: (i) Tenente Antônio João (EMTAJ), localizada naIlha do Fundão, (ii) Medalhista Olímpico Lucas Saa-tkamp (EMMOLS), localizada na comunidade Salsa eMerengue na Favela da Maré, (iii) Tenente Pedro deLima Mendes (EDI Tijolinho) e (iv) Alberto de Oliveira(EMAO), ambas localizadas na Ilha do Governador.

O Modelo de atenção1. Seleção das escolas: As escolas participantes

são selecionadas a partir de conversas entre repre-sentantes da equipe do COI e das Secretarias de Edu-cação e de Saúde. Atualmente, os critérios de sele-ção das escolas incluem: (a) ser escola pública per-tencente ao município do Rio de Janeiro, (b) ter alu-nos com necessidades odontológicas significativas,(c) estar relativamente próxima ao campus universi-tário, (d) ter uma gestão e uma comunidade escolarinteressada em apoiar um projeto de promoção desaúde bucal, e (e) ser de acesso relativamente fácil eseguro para profissionais e alunos da equipe do COI.

2. Aproximação com as escolas: Antes de se to-mar uma decisão final sobre incluir uma nova escola

Interior do contentor com dois consultórios completos e vista parcialda recepção.

no Projeto, a equipe do COI faz uma visita à escolapara conversar com as gestoras. É explicado como oProjeto funciona e sobre a necessidade de compro-metimento da comunidade escolar para que o tra-balho produza bons resultados. Com o compromissoassegurado por parte da gestão, o passo seguinteinclui conversas com os professores e responsáveis.Além de esclarecer os detalhes da dinâmica do Pro-jeto, aproveita-se esses encontros para sensibiliza-ção sobre o papel essencial que responsáveis e pro-fessores têm em estimular hábitos saudáveis nas cri-anças e adolescentes. Faz-se uso desses espaços paraconversar também sobre os principais fatores deter-minantes do processo de saúde-doença bucal. Bus-ca-se sempre também esclarecer as dúvidas que pro-fessores e responsáveis possuem tanto sobre sua pró-pria saúde bucal quanto a de seus filhos/alunos. De-pendendo da disponibilidade das escolas, são agen-dados até dois encontros por ano com pais e respon-sáveis para tratar de questões relevantes sobre saú-de bucal, quando a equipe COI, faz uma apresenta-ção oral sobre o tema.

3. Levantamento inicial: Para apoiar o planeja-mento das ações nas escolas e definir a demanda portratamento na clínica do COI, são realizados levan-tamentos epidemiológicos anuais nas escolas. Nes-sas oportunidades são realizados os índices de pre-valência (CPOD e ceod) e de severidade (PUFA e pufa)de cárie em todas as crianças da escola. Antes dolevantamento, as crianças e adolescentes passampor sessão de instrução de higiene oral, e recebemum kit de saúde bucal (escova e pasta de dente).

“Além de esclarecer os detalhes dadinâmica do Projeto, aproveita-se esses

encontros (com as escolas) parasensibilização sobre o papel essencial

que responsáveis e professores têm emestimular hábitos saudáveis nas crianças

e adolescentes. Faz-se uso dessesespaços para conversar também sobreos principais fatores determinantes do

processo de saúde-doença bucal”.

da rede pública: O caso do COI/UFRJdoenças bucais. No entanto, a cárie dentária não tratada ainda segue sendo considerada arês razões mais citadas pelas pessoas para procurarem serviços de saúde. Além disso, a cáriecialmente as que se encontram em condição de vulnerabilidade social.

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4. Mutirão de TRA: O levantamento epidemioló-gico serve também para determinar a existência deum número significativo de crianças com lesões decárie, que podem receber TRA na própria escola.Quando este é o caso, são organizados dias específicos para a realização de mutirões para fazer o TRAnas crianças e adolescentes elegíveis. Além da equi-pe do COI, em muitos casos, são mobilizados profes-sores, odontólogos e alunos de graduação e pós-gra-duação da Faculdade de Odontologia que não fa-zem parte da equipe fixa do Projeto. A Figura 3 ilus-tra mutirão realizado em uma das escolas atendidaspelo COI.

5. Agendamento para a clínica do COI: O levanta-mento epidemiológico serve também para definir osalunos que necessitam de tratamento cirúrgico e/ourestaurador mais complexos. Esses alunos são refe-ridos para atendimento na clínica do COI. Várias es-tratégias de abordagem dos responsáveis para mar-cação de consulta são realizadas incluindo envio debilhete através da escola, telefonema e envio de men-sagem de texto via WhatsApp. A abordagem de aten-dimento das crianças é feita de forma a realizar otratamento no mínimo de consultas possível, prefe-rencialmente por quadrante. Como parte do proces-so de atendimento na clínica do COI, as crianças eseus responsáveis recebem orientações sobre manu-tenção da saúde bucal em todas as consultas, tantona sala de espera quanto no atendimento clínico.

6. Educação em saúde para escolares: Sob orien-tação de professores, alunos de graduação desen-volvem materiais e dinâmicas para a realização deações de promoção de saúde bucal junto a criançase adolescentes. Visitas específicas são agendadaspara aplicação dos materiais e dinâmicas em cadaescola, pelo menos duas vezes por ano. A Figura 4ilustra uma atividade lúdica realizada em uma dasescolas cobertas pelo Projeto.

Mutirão de TRA em escola municipal.

7. Levantamentos epidemiológicos anuais: A cadainício de ano, são realizados levantamentos epidemi-ológicos nas escolas parceiras do Projeto. Os levanta-mentos servem a vários propósitos: (i) identificar asnecessidades de tratamento odontológico para serematendidos na clínica do COI, (ii) acompanhar a evolu-ção e resultados do trabalho realizado, e (iii) realizarações de promoção de saúde bucal junto às criançase adolescentes nas escolas.

8. Informatização dos levantamentos e resulta-dos: Os dados dos levantamentos realizados nas es-colas e os do atendimento clínico nos consultóriosdo COI, são armazenados diariamente em planilhaseletrônicas específicas. Tais planilhas possibilitama análise estatística do trabalho realizado.

Resultados dos levantamentos desaúde bucal

Enquanto não havia a clínica do COI funcionan-do, eram realizados com frequência, mutirões de TRAnas escolas. A partir de meados de 2017, passou-se arealizar nas escolas somente os levantamentos epi-demiológicos, referenciando as crianças com neces-sidades de tratamento para atendimento na clínicado COI. Como exemplo ilustrativo, apresentou-se osresultados dos levantamentos epidemiológicos rea-lizados nos anos de 2018 e 2019.

No ano de 2018 foi realizado levantamento epide-miológico e avaliação das condições de saúde bucaldas crianças e adolescentes das escolas EDI Tijoli-nho, EMMOLS e EMTAJ. Os escolares receberam ins-trução de higiene oral, realizaram escovação super-visionada e foram orientados a multiplicarem o co-nhecimento adquirido em sua esfera social por dis-centes de graduação. A avaliação clínica foi realiza-

Atividade de educação em saúde bucal na biblioteca da escolamunicipal.

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da por odontólogos da FO/UFRJ e por cirurgiões-dentis-tas da Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro,integrantes das clínicas da família das CAPs 1.0 e 3.1.

A escola EDI Tijolinho apresentava 15 turmas comuma média de 22,1 crianças por turma. Foram avali-adas 281 crianças de um universo de 332 escolares,representando um total de 84,6% de participação.Receberam alta no mutirão de saúde 101 crianças e189 apresentaram necessidade de tratamento odon-tológico e foram encaminhadas para o COI.

Na escola EMTAJ foram avaliadas 248 crianças e/ou adolescentes de um total de 301 escolares matricu-lados, distribuídos em 10 turmas com uma média de30 alunos por cada turma. Quarenta e sete indivíduosreceberam alta no mutirão de saúde e 116 apresenta-ram necessidade de tratamento odontológico e foramencaminhadas para o COI. Desses, apenas 27 aderi-ram ao tratamento, sendorealizados 130 procedi-mentos odontológicos denível primário e secundá-rio. O percentual de nãoadesão ao tratamentoodontológico foi alto(57,4%), demonstrando anecessidade de novasações de promoção e edu-cação em saúde.

No primeiro semestrede 2019 foram realizadoslevantamentos das condi-ções de saúde bucal dos alunos das escolas EMTAJ eEDI Tijolinho. Todas as crianças examinadas parti-ciparam de uma ação de escovação supervisionadaseguida pelo exame odontológico. Dos 290 estudan-tes matriculados na EMTAJ em 2019, 211 foram exa-minados, 91 não apresentaram necessidade de tra-tamento e 120 foram encaminhados para o tratamen-to nos consultórios do COI. Na EDI Tijolinho, dos 341estudantes matriculados em 2019, 265 foram exami-nados, 143 não apresentaram necessidade de trata-mento e 122 foram encaminhados para o tratamentonos consultórios do COI.

Na escola EMMOLS, devido as situações de violên-cias ocorridas no Complexo da Maré onde a escola selocaliza, não foi possível realizar o levantamento noambiente escolar. Tanto em 2018 quanto em 2019, olevantamento e atividades de educação em saúde fo-

ram realizados na clínica do COI e em dependênciasdo Centro de Referência da Mulher da Maré (CRM). OCRM, localizado também na Praça da Prefeitura daUFRJ, ofereceu sua infraestrutura para as atividadescoletivas (auditório, datashow e salas). A direção daEMMOLS fez o convite aos alunos e seus responsáveispara participarem do levantamento.

Foram vários encontros que incluíram palestrasde promoção de saúde bucal para os escolares, seuspais e professores, além de escovação supervisiona-da seguida pelo exame odontológico. Em 2018, dos354 alunos matriculados, distribuídos em 12 turmas,foram avaliadas 73 crianças. Dessa, 29 receberamalta no mutirão de saúde. Foram atendidos no COI 49crianças com necessidade de tratamento e realiza-dos 199 procedimentos odontológicos. Em 2019, das301 crianças matriculadas, apenas 29 comparece-

ram. Onze receberam altae 18 foram encaminhadaspara o tratamento odon-tológico. O baixo compa-recimento dos alunos epais foi discutido com adireção da escola que in-dicou problemas de vio-lência e dificuldade de lo-comoção das famíliascomo principais causasdessa situação.

Na Escola MunicipalAlberto de Oliveira

(EMAO), escola que passou a receber as ações do pro-jeto a partir do segundo semestre de 2019, dos 378estudantes matriculados, 333 foram examinados, 91tiveram alta e 239 foram encaminhados para o trata-mento nos consultórios do COI.

Resultados do atendimento clínicoNos consultórios do COI são realizados procedi-

mentos clínicos de nível primário e secundário queenglobam desde a orientação em saúde e em higienebucal e aplicação tópica de flúor até restauraçõesdentárias, exodontias e tratamentos de canal.

No ano de 2018 foram avaliados 602 escolares,realizou-se 331 procedimentos clínicos nos consul-tórios odontológicos do COI e obteve-se 185 altas.Em 2019, foram avaliados 838 escolares, realizados1536 procedimentos clínicos e 336 altas nos consul-

No ano de 2018 foram avaliados 602escolares, realizou-se 331

procedimentos clínicos nosconsultórios odontológicos do COI

e obteve-se 185 altas. Em 2019,foram avaliados 838 escolares,realizados 1536 procedimentos

clínicos e 336 altas nos consultóriosodontológicos do COI.

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AprendizagensAnalisando metas e resultados, pode-se perceber

onde houveram falhas e foram traçadas estratégiaspara contorná-las e, assim, chegar aos objetivos deforma plena. Umas das falhas era o número de faltasno atendimento clínico. Analisando o que poderiaser feito para superar esse problema, identificou-seque a sensibilização dos dirigentes e professores dasescolas, assim como dos responsáveis e suas crian-ças precisava ser melhorada. Desta forma, passou-se a intensificar a realização de palestras educativasenvolvendo toda a comunidade escolar. Além disso,um telefone celular foi disponibilizado para realiza-ção de marcações e confirmações de consultas viaWhatsApp. Verificou-se uma adesão maior dos res-ponsáveis aos horários agendados. Essas ações se-rão mantidas permanentemente, para que os envol-vidos estejam constantemente sensibilizados quan-to à importância da rotina do acompanhamentoodontológico para saúde bucal de suas crianças. Osresultados ainda não são satisfatórios, apesar de te-rem melhorado.

Outro importante objetivo do Projeto COI diz res-peito a formação e educação continuada de profissi-onais que atuam na promoção de saúde e atendi-mento a pacientes infantis. O Projeto oferece, desdeagosto de 2017, o curso “Aperfeiçoamento em Odon-

tórios odontológicos do COI. O Gráfico abaixo ilus-tra o número de alunos atendidos pelo COI e que re-ceberam alta no biênio 2018 e 2019.

topediatria no Âmbito da Saúde Pública”, priorizan-do odontólogos da rede pública do município, espe-cialmente os que atuam na Estratégia de Saúde daFamília. Recentemente, teve início, de forma experi-mental, um curso de treinamento teórico-práticopara Auxiliares de Saúde Bucal da Prefeitura do Riode Janeiro. Até o momento, 14 odontólogas e duasASBs participaram dessa formação. Além disso, o COIjá recebeu dezenas de alunos de graduação da Fa-culdade de Odontologia, bolsistas de extensão e nãobolsistas, que têm tido a oportunidade de comple-mentar sua formação, principalmente na promoçãode saúde bucal junto a crianças e adolescentes e nagestão da informação e funcionamento de clínicasodontológicas.

Concluí-se ser possível afirmar que o COI tem con-tribuído para a melhoria da saúde da comunidade,através de ações de promoção de saúde e atendi-mento odontopediátrico especializado. Colaboratambém para a formação profissional diferenciadados recursos humanos de Odontologia ao oferecer aoportunidade de qualificação profissional centradano indivíduo-família-comunidade-sociedade, e emconsonância com as políticas públicas inclusivas.

EQUIPE DO COI• Ivete Pomarico Ribeiro de SouzaProfessora Titular – Odontopediatria-FO.UFRJDocente Responsável pelo Convênio junto a Pre-feitura do Município

• Fernanda Barja Fidalgo Silva de Andrade• Thomaz Kauark Chianca**Odontopediatria-FO.UFRJ; Coordenadores do Pro-jeto COI

• Ana Lucia Vollú da Silva• Christiane Vasconcellos Cruz*• Rafael de Lima Pedro*Odontopediatras UFRJ:

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CAPA

O impacto da Odontologia nas dA contribuição da Odontologia na saúde geral das pessoas é cientificamesse fato parece ainda não alcançar o patamar que precisa ser alcança

O papel do cirurgião-dentista (CD) na Atenção Primária,incluindo as equipes de saúde bucal na Estratégia Saúde daFamília (ESF) transcende em muito suas habilidades e com-petências em restaurar dentes ou sorrisos. Estamos falandodo impacto da atuação do cirurgião-dentista em melhorara saúde geral do indivíduo, além de minimizar danos quepodem advir de doenças sistêmicas como: Diabetes Mellitus(DM), Doenças Cardiovasculares (DCV), Doença Renal Crôni-ca (DRC), Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica, cânceres, etantas outras. As doenças crônicas não transmissíveis sãoconsideradas, atualmente, principal causa de mortalidadeno mundo, e correspondem a aproximadamente 58,5% detodas as mortes, constituindo um sério problema de saúdepública para todos os países do mundo (BRASIL, 2011).

O envelhecimento populacional, o aumento da expecta-tiva de vida, a urbanização, o estilo de vida, a alimentação,o sedentarismo, correspondem aos principais fatores parao aumento da prevalência de várias doenças crônicas noBrasil e no mundo.

Aproximadamente 10% da população adulta no Brasilapresenta Diabetes Mellitus, sendo esse valor estimado emtorno de 7,8 milhões de adultos. Várias ações promotoras desaúde podem ser realizadas no âmbito da Estratégia Saúdeda Família envolvendo o CD, a começar pelo diagnóstico pre-coce da DM. Muitas vezes esse diagnóstico pode ter início numaanamnese e/ou exame clínico bucal, através de alteraçõescomo: redução do fluxo salivar, aumento de glândulas paró-tidas, xerostomia, ressecamento da mucosa oral, presençade periodontite, múltiplos abscessos, aumento edematoso dagengiva, aceleração da destruição do osso alveolar do supor-te dentário, dificuldades na cicatrização tecidual, etc..

Diagnósticos precocesO cirurgião-dentista, muitas vezes, é o primeiro a “sus-

peitar” que o paciente apresente a DM e solicitar examescomplementares para confirmar o diagnóstico. Este diag-nóstico precoce pode reduzir os danos frequentemente as-sociados à essa condição, tais como: retinopatia que podeevoluir para cegueira; necrose de extremidades que podelevar à amputação de membros inferiores; insuficiência re-nal crônica, que pode evoluir para necessidade de hemodi-álise; periodontite, que geralmente leva a perdas dentárias;dentre tantas outras comorbidades.

Além do diagnóstico precoce, sabemos também que otratamento periodontal, realizado pelo cirurgião-dentistapode reduzir os níveis glicêmicos contribuindo para um

melhor controle do Diabetes Mellitus. Podemos assim, afir-mar que a relação da DM com a Periodontite é uma via demão dupla, ou seja, a DM é um fator modulador (fator derisco) importante da Periodontite, assim como, a Periodon-tite agrava o quadro da DM. Existem trabalhos que demons-tram que a terapia periodontal básica (instrução de higienebucal, raspagem supra e subgengival e alisamento radicu-lar) tem a capacidade de reduzir em torno de 04% os níveisde hemoglobina glicosilada, podendo diminuir a mortalida-de da população em aproximadamente 10%! O impactodessa intervenção pode salvar vidas e pode ainda minimi-zar os custos indiretos oriundos das complicações decor-rentes da evolução da DM para os serviços de saúde.

Para nós, cirurgiões-dentistas, este conhecimento está bemconsolidado, entretanto, a população em geral, em sua gran-de maioria, desconhece essa relação entre DM e Periodontite.

Doenças sistêmicasQuando consideramos as doenças cardiovasculares

(DCV): doenças coronarianas, infarto agudo do miocárdio,acidente vascular cerebral (AVC), entre outros, e seus índicesde mortalidade e comorbidades, percebemos o quanto po-demos, como profissionais de saúde, atuar em sua preven-ção. Estima-se que 17,7 milhões de pessoas morreram porDCV em 2015, representando 31% de todas as mortes emnível global. Desses óbitos, estima-se que 7,4 milhões ocorre-ram devido às formas agudas de DCV e 6,7 milhões de AVC.As causas são variadas, incluindo, dietas inadequadas, se-

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dentarismo, tabagismo, uso nocivo do álcool, obesidade,Diabetes Mellitus, e estado inflamatório crônico.

A Doença Periodontal é causada por um reservatório debactérias que ao interagir com o hospedeiro libera uma sériede mediadores inflamatórios que contribuem para um qua-dro de inflamação sistêmico.

As evidências da associação entre as DCV e as doençasperiodontais se baseiam principalmente em achados indire-tos: presença de patógenos periodontais em placas ateroscle-róticas aumentando a inflamação e instabilidade local; au-mento de citocinas pró-inflamatórias produzidas localmenteque induzem a resposta de fase aguda, no fígado, contribuin-do para a aterogênese; aumento da agregação plaquetária etrombose; e aumento da proteína C reativa (PCR) como im-portante marcador de estado inflamatório sistêmico. Níveiselevados de PCR estão associados ao risco aumentado deinfarto do miocárdio.. Tal proteína também está elevada napresença de doença periodontal avançada. Entretanto, o efeitodo tratamento periodontal em marcadores inflamatórios estábem estabelecido na literatura, demonstrando a importânciada intervenção do cirurgião-dentista na prevenção e trata-mento destas condições associadas.

A maioria das DCVs pode ser prevenida por meio da abor-dagem de fatores “comportamentais” de risco – como a cessa-ção do uso de tabaco, dietas não saudáveis e obesidade, ativi-dade física e uso nocivo do álcool, tratamento básico perio-dontal, utilizando estratégias para a população em geral.

A Doença Periodontal é um problema de saúde públicaporque tem impacto sobre a vida das pessoas em termos desofrimento, incapacidade, morbidade e custos ao sistemade saúde e a sociedade. E existe disponibilidade de meios deprevenção e tratamento.

Em relação à Doença Renal Crônica (DRC) encontramosachados também importantes e relevantes sobre a reduçãode danos e utilização de recursos públicos para sua preven-ção e controle. A DRC é caracterizada por reações inflama-tórias e imunológicas e compartilha com a DP alguns fato-res de risco, como o diabetes mellitus e o tabagismo.

A literatura apresenta vários trabalhos demonstrandoque a Doença Periodontal destrutiva parece estar associadaao aumento de PCR. Também sabemos que vários estudoscorrelacionam positivamente a presença e quantidade decálculo dental com a DRC. Os pacientes renais crônicos apre-sentavam maior destruição periodontal do que indivíduossem doença periodontal.

Ações preventivasA importância das ações preventivas desenvolvidas pelo

cirurgião-dentista, bem como, as intervenções clínicas odonto-

lógicas perfazem um papel nessa rede de causalidade indiretaque não existem dúvidas quanto à sua relevância no controledos danos, e aplicação racional de recursos públicos.

A maioria dos fatores de risco é passível de estratégiasde mudanças comportamentais, principalmente, quandoestão relacionados ao estilo de vida dos indivíduos.

A Equipe de Saúde da Família tem um papel fundamen-tal no cuidado à saúde dos indivíduos com doenças crôni-cas na medida em que pode atuar em nível individual ecoletivo, através de programas de prevenção e controle dodiabetes, da hipertensão arterial, etc... enfatizando ativida-des educativas, além da assistência com realização do di-agnóstico precoce, intensificação do tratamento e cuida-dos especiais para as complicações crônicas. O vínculo cri-ado entre os profissionais da Estratégia Saúde da Família eos usuários pode ser considerado um fator que facilita oadequado manejo das doenças crônicas mencionadas.

E hoje vemos a cidade do Rio de Janeiro, que estava nosúltimos anos ampliando sua cobertura de saúde bucal naESF (9,54% - out 2010 para 21,74% - out 2016) e teve umaqueda de 253.575 habitantes na estimativa de populaçãocoberta (1.407.773 hab - out 2016, para 1.154.198 - out 2019),diminuindo a capacidade de intervir precocemente nos usu-ários que procuram assistência odontológica (Ministério daSaúde/e-Gestor).

Para que o impacto da atuação do CD na melhoria dasaúde bucal e geral do indivíduo se efetive, a saúde públicadeve ser prioridade nos entes, tendo como norte os princípi-os do Sistema Único de Saúde, e ampliação da cobertura desaúde bucal na ESF.

Autores: Maria Cynésia Medeiros de Barros (ConselheiraSuplente do CRO-RJ), Mara Cristina Demier Freire Ribeiro(Comissão de Saúde Pública CRO-RJ), Ricardo GuimarãesFischer (Secretário do CRO-RJ), Rafael Arouca (Comissão deSaúde Pública do CRO-RJ)

descobertas precoces da Saúdemente comprovada, entretanto, para muitos fora do âmbito da profissão,ado e reconhecido em outras esferas, principalmente, na esfera política.

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Dentistas do Bem: Odontol DENTISTAS DO BEM

Existe há 17 anos no Brasil uma proposta que ganhou reconhecimento como oTrata-se do atendimento odontológico gratuito feito por cirurgiões- denti

A Turma do Bem, ou TdB, foi fundada em 2002 nacidade de São Paulo, pelo cirurgião-dentista FábioBibancos. É hoje uma rede com 17 mil cirurgiões-den-tistas, que se estende por toda a América Latina e Por-tugal, sendo 15 mil profissionais só no Brasil. Em 2019,atendeu mais de 73 mil jovens em toda a sua rede.

A TdB atua em forma de projetos. Um deles sedestina ao atendimento de crianças e jovens, com osserviços sendo prestados nos consultórios dos pró-prios CDs voluntários e o encaminhamento e seleçãorealizados pela Turma do Bem.

A propósito, o coordenador da entidade no Rio deJaneiro, Dr.Armando Piva (CD), destaca que “no mer-cado de trabalho há muito preconceito contra pes-soas que não possuem o sorriso completo. E a Odon-tologia desempenha um papel muito importante navida desses jovens”.

Recentemente a revista Veja publicou a históriado cirurgião-dentista Gustavo Aquino, um “ex-cli-ente” da Turma do Bem, que vencendo as dificulda-des tornou-se ASB e agora é também um voluntário.“Fechamos um ciclo, onde um beneficiado se formouem Odontologia para realizar depois aquilo que ha-via recebido”, destaca o Dr.Piva.

“A possibilidade de se livrarem do preconceito, do bulling porestarem privados do sorriso e a elevação da auto-estima, tornam-se importantes fatores de inclusão social”.

Até 2007, era um rapaz extremamente tímido, so-fria bullying e mal sorria por causa dos dentes tortos.Hoje com o sorriso de galã, sua vida mudou: em ju-nho formou-se cirurgião-dentista .”Chegou a hora deretribuir”, afirmou

Inspiração na história da padroeirada Odontologia

Outra grande frente de trabalho da organização éo programa Apolônias do Bem. Lançado em 2012,trata integral e gratuitamente, de mulheres vítimasde violência, que tiveram a dentição afetada comoconsequência de maus-tratos.

Esse projeto já garantiu atendimento a mais de mil mu-lheres em todo o Brasil, principalmente no Rio de S. Paulo.

O projeto se inspirou em Santa Apolônia, padroeirados cirurgiões-dentistas, que teve seus dentes violenta-mente extraídos, por ser cristã na cidade de Alexandria,Egito. Por conta de sua grande representatividade, esseprojeto recebe apoio institucional da ONU Mulheres.

Gustavo Aquino( foto Veja)

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Condições de atendimentoComo condição para ser atendida, é necessário

que a mulher tenha denunciado o agressor e se man-tenha afastada dele por mais de 3 meses.

Será então encaminhada para receber tratamen-to médico e psicológico, em instituições públicas,além do odontológico.

O objetivo do projeto é também o resgate da auto-estima. “Mais até do que a auto-estima é resgatar afelicidade dessa mulher, que fica travada no seu in-terior, porque não pode sorrir”, destaca. “Esse res-gate se reflete tanto no trabalho quanto no convíviosocial”, enfatiza o Dr.Armando Piva .

Várias mulheres, quando terminam o tratamentorevelam o imediato desejo de passar um baton, “poisacompanha o sorriso” segundo Ana Claudia Rocha.

“Antes de fazer todo esse tratamento, eu não ti-nha mais confiança em mim. Eu não sorria mais...Passei 20 anos sem sorrir. E depois de tudo isso, meuencontro com a TdB, a ajuda deles... comecei a sor-rir, e agora sorrio o tempo todo! Porque a vida é lin-da, então eu tenho que sorrir”, comemora.

Incapazes de trabalhar, sorrir, essas mulheresencontram dificuldades para até mesmo se alimen-tar corretamente.

Ana Claudia Rocha, vítima de violência conjugal desde os 15 anos,recuperou o seu sorriso aos 39. ( foto Isto É)

Evento : Exposição de Fotografiasdas Apolônias / S. Paulo

Quem são os mantenedores.A Oscip Turma do Bem não recebe verba públi-

ca, é mantida exclusivamente por doações e porempresas mantenedoras como a Dental Line do Pa-raná, ACQIO- cartões de crédito, a Morelli Ortodon-tia e outras.

Reconhecimentos importantes quea Turma do Bem já recebeu :• Prêmio de Melhor Iniciativa de Ação Social da Fun-dación MAPFRE(prêmio recebido diretamente das mãos da RainhaSofia, da Espanha);• Prêmio UBS Visionaris ao Empreendedor Social;• Epic Foundation como “organização de alto impac-to social com enfoque em crianças e adolescentes”;• Prêmio da Fundação Schwab para Empreendedo-res Sociais; entre outras condecorações.

• Silvana Vasconcelos dos Santos • Fotógrafa: Carolina Antoniazzi

ANTES DEPOIS

Se você quer se juntar a esta turma queadotou o lema Odontologia mudando VidasBusque se inscrever no site www.tdb.org.br

logia Mudando Vidaso 5º projeto de maior impacto social e a maior rede de especialistas do mundo.istas voluntários a jovens de 11 a 17 anos e mulheres vítimas de violência.

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CRISE NA SAÚDE

Crise na Saúde do Rio atingesegmentos da classe odontológica

No último dia 10 de janeiro, o presidente do CRO-RJ rece-beu cerca de 80 profissionais da Odontologia que prestam deserviços nas Organizações Sociais (OS) contratadas pela Pre-feitura do Rio, para atendimento nas unidades de saúde domunicípio. Foram convocados pelo Coletivo de Saúde Bucal.

Altair Andrade respondeu às questões dos profissionais,explicou quais as possibilidades de ajuda que o Conselho podeoferecer e enfatizou “que as questões trabalhistas devem serencaminhadas ao Sindicato da categoria, pois o Conselho éum autarquia federal, e tem impedimentos legais”.

Informou sobre o que foi adotado junto ao Ministério Públicodo Trabalho em setembro/2019, como providência às inúmerasdenúncias levadas ao conhecimento da Diretoria do Conselho.

Esta ação resultou na determinação do MPT para a rea-lização de Audiência no próximo 24 de março, quando se-rão ouvidos cinco dos profissionais da Odontologia que de-nunciaram as irregularidades ao Conselho.

O Presidente do CRO-RJ destacou ainda, que “a classeprecisa estar unida para se fortalecer. Somente com a uniãodos profissionais, a categoria ganhará força para levar aoPoder Público as suas justas reivindicações”.

E alertou que as categorias mais fortalecidas em suasreivindicações são “aquelas que elegem seus representan-

tes aos Parlamentos ou que contam com o apoio de mem-bros do Legislativo que, por terem sido eleitos, têm maispossibilidade de acesso ao poder Executivo.”

Finalizando, manteve o auditório do CRO-RJ “à disposi-ção da classe para as reuniões, além do apoio que for possí-vel ao Conselho oferecer”. Crise

Desde dezembro de 2019, um grupo de profissionais doColetivo de Saúde Bucal vêm se reunindo no auditório doCRO-RJ, para discutir ações para o encaminhamento de suasreivindicações ao Poder Executivo carioca, entre elas:• a recontratação de profissionais com diferença de salári-os para a mesma categoria;• o não-pagamento de gratificação por funções extras (porexemplo) preceptor de estágio, deslocamento de distância);• edital de contratação em que não constam valor do salá-rio e carga horária;• prestação de serviço, com entrega de documentos, massem a assinatura do contrato e da carteira de trabalho. Com a extinção do contrato com as OS, determinado re-centemente pela Prefeitura, centenas de profissionais dasaúde ainda não tiveram definição sobre como ficará o aten-dimento à saúde da população.

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CONGRESSO DO SBOECONGRESSO DO SBOECONGRESSO DO SBOECONGRESSO DO SBOECONGRESSO DO SBOE

Sucesso absoluto no 25ºCongresso Internacional da SBOE

Ocasião marcou o 25º aniversário de criação da SociedadeBrasileira de Odontologia Estética

Um evento brasileiro que já se tornou referênciamundial pela qualidade, aconteceu no Rio de Ja-neiro no período de 12 a 16 de novembro. Especi-alistas de várias partes do mundo, sendo 38 brasi-leiros e 17 estrelas internacionais marcaram pre-sença no 25º Congresso Internacional da SociedadeBrasileira de Odontologia Estética – SBOE. Os qua-tro dias de evento, foram movimentados com pa-lestras, atividades práticas, hands on, networkinge exposição comercial.

Nesta edição, que teve como tema ‘Longevidade,25 anos à frente do tempo’, o congresso contou comrepresentantes de 10 países, além do Brasil, compar-tilhando conhecimentos e técnicas com o público,tais como procedimentos complexos e dicas sobreos temas e técnicas de networking. Destaque especi-al para as Técnicas de Harmonização Orofacial.

IntegraçãoEntre os palestrantes um tema foi reiteradamente

abordado. A união e o trabalho conjunto foram de-

fendidos como essenciais para o incentivo ao desen-volvimento da Odontologia Estética no Brasil.

Para o presidente do CRO-RJ, Altair Andrade,“com as entidades se empenhando juntas, se tor-nará possível alcançar o sucesso nas atuaçõesodontológicas. Assim como, atender as expectati-vas de bons resultados de todos os profissionais queatuam nesta área.”

Palavra do presidente do CongressoMarcelo Fonseca, fundador e presidente da

SBOE, afirmou que “esta foi uma edição especialdo Congresso. Quase impossível descrever o que éestar presidindo esse evento. Jamais imaginaria,quando fundamos a SBOE, que chegaríamos aos25 anos com essa força. A bem da verdade, o Con-gresso deste ano foi preparado com muito cuidadoe carinho. Mais especialmente porque este é o anoem que comemoramos as bodas de prata da SBOE.Então, temos que comemorar. E este é um ano quenós vamos celebrar bastante!”

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Eventos sociaisA solenidade aconteceu em

espaço para 2 mil pessoas, naBarra da Tijuca.

O evento apresentou umaprogramação de shows, comartistas nacionais.

Uma apresentação de ilusi-onismo, com Klaus Durães eHenry Vargas, foi a primeiraatração social, enquanto umshow da cantora Preta Gil abriuas apresentações musicais. Nosegundo dia foi a vez da bandaDoc’n Roll, Toni Garrido apre-sentou-se no terceiro dia, final-mente o cantor e guitarristaFrejat, encerrou com chave deouro, apresentando-se em show no Morro da Urca.

ParceriasO CRO-RJ atuou no evento como uma das enti-

dades parceiras. Entre as demais apoiadores desta-

Dr. Claudio Leonardo Milione Dutra. 51 anosGraduado em Odontologia

pela Faculdade de Odontologiada Universidade Federal do Riode Janeiro em 1993, concluiuresidência em 1995 na área decirurgia buco maxilo facial daUniversidade do Estado do Rio deJaneiro – Hospital UniversitárioPedro Ernesto.

Atuava em clinica privada eera cirurgião buco maxilo facialdo Serviço de Cirurgia Crânio-Maxilo-Facial do INTO.“Umgrande amigo , que vai deixarsaudade para todos que tiveramo prazer de conviver com eletanto no seu lado pessoal quantono lado profissional!!

“Descanse em paz !!!

Na abertura, o presidente Altair Andrade, ladeado pelo presidente da SBOE, Marcelo Fonseca (paletó claro),pelo presidente da Sociedade Internacional de Odontologia Estética, Dr. Seok-Hoon Ko e outros convidados.

cam-se : Ivoclair Vivadent, CVDentus, FGM, KavoKerr, Sally Sit Happy, Ultradent, Ultra Light Op-tics, Zeiss, Colgate, Barra Laudo Odontologia Di-agnóstica, Expert Meeting e 3M. Napoleão Edito-ra, Holi Coats, IFED.

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CFO - FÓRUM NACIONAL DE FISCALIZAÇÃO

CFO retoma Fórum Nacom programa nacion

Análises por macrorregiõesRegião Nordeste, o Presidente do CRO-PI, Leonardo

Sá dos Guimarães Gonçalves, ressaltou a importânciado Fórum para a atual conjuntura da Odontologia naci-onal: “A maior necessidade identificada atualmente édesenvolvimento do trabalho em parceria nas regiõesde divisa entre estados. “Tenho certeza que esse traba-lho padrão que prevê otimizar as atividades do sistemaconselhos trará muitos benefícios, bem como resultaráem melhorias à segurança e saúde da população”.

Centro-Oeste: representada por Christianny deSouza Carvalho, Presidente da Comissão de Ética doCRO-MT, compartilhou a experiência com o trabalhofocado em orientar os cirurgiões-dentistas, acerca dapublicação de conteúdo nas redes sociais. “Estamostodos aprendendo e evoluindo juntos nesse processode construção coletiva. Com base na Resolução CFO196/2019, que autoriza a divulgação de autorretratos(selfie) e de imagens relativas ao diagnóstico e ao re-sultado final de tratamentos odontológicos, criamosuma ouvidoria para esse trabalho de orientação pré-via aos Cirurgiões-Dentistas que desejam divulgar otrabalho nas mídias digitais. É importante que a lin-guagem seja única para que reflita na linha de traba-lho”, pontuou.

Região Sul: Para Júlio Cesar Sanfelice, Presidenteda Comissão de Fiscalização do CRO-RS, a própria pre-paração para compilação de dados ao Fórum Nacionalpermitiu compreensão aprofundada acerca do cená-rio estadual do trabalho realizado.

Região Sudeste: o Coordenador do Setor de Fisca-lização do CRO-ES, Vanderson Luiz Costa, apresentoua parametrização das informações que fomentam otrabalho fiscalizatório. “Nós temos um aplicativo com

Após 17 anos, desde a sua última edição, o Conselho Federal de Odontologia retomou do Sistema Conselhos participaram do encontro, reunindo Diretores do CFO, Conselheir

e fiscais. O panorama nacional de fiscalização foi então contextualizado, de formadados,índice de irregularidades, mapa de riscos, diligências existentes, fragilid

atualização em tempo real que interliga o setor de fisca-lização, funcionários de outros setores, a exemplo deRecursos Humanos, e gestores do Conselho Regional.

A ferramenta possibilita visualizar os profissionaisjá visitados, bem como os pendentes de visita. Além depermitir cadastrar uma denúncia para visualização co-letiva imediata”, explicou.

Região Norte: Dalmir Tobias Viana, da Comissão deÉtica do CRO-TO, destacou todo o cenário atípico geo-graficamente da região norte, no âmbito do desloca-mento via transporte fluvial frente ao trabalho de fis-calização.

“Em Tocantins, a estratégia se baseia na economici-dade e eficiência. A prioridade é a luta contra o exercí-cio ilegal da profissão e o exercício irregular, com cro-nograma específico. As maiores dificuldades atualmen-te são: a insuficiência de recursos humanos, do acessode dados e de capacitações periódicas. Frente a nossalimitação geográfica, precisamos pensar em um termode cooperação para facilitar a fiscalização, a exemplode contrato entre conselhos na questão territorial”,completou.

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Conclusão: fortalecimento dediretrizes de trabalho em defesa dasaúde da população

Após dois dias de debate, o Fórum alinhou diretri-zes aplicáveis à atividade fiscalizatória nos estados, queé a principal missão do Sistema Conselhos, para exe-cução em 2020.

Para os Conselheiros Federais e membros da Coor-denação do Fórum, Tessa Botelho e Élio Silva Lucas, odiálogo no Fórum permitiu, juntamente com os dadoscoletados pela Comissão Especial de Projetos, Parceri-as e Convênios do Sistema CFO/CRO’s, analisar, plane-jar, criar processos e procedimentos, bem como pa-dronizar ações de fiscalização para o sistema CFO/CROs.

Ato NormativoApós a consolidação das sugestões colhidas neste fó-

rum, o Conselho Federal de Odontologia vai editar umato normativo com a criação do “setor de fiscalização”em cada Conselho Regional. O objetivo é estabelecer itens

Tessa Botelho e Elio Silva Lucas, Conselheiros Federais e membrosda Coordenação do Fórum

indispensáveis como: planejamento, padronização, atri-buições e metas. Dessa forma, o cumprimento da funçãoprecípua dos Conselhos Regionais, que é a fiscalização doexercício profissional e proteção da sociedade será inten-sificada”, explicou o vice-presidente Emersson Luiz

Ele também destacou o importante momento derealização do encontro para a Odontologia nacional.“A troca de experiências, por macrorregião, fundamen-tou a construção coletiva para nivelar procedimentosfiscalizatórios e, sobretudo, elaborar ato normativopara fortalecer a missão precípua dos Conselhos deOdontologia. Juntos, escrevemos a partir de agora umanova história de protagonismo na atuação fiscalizató-ria e de proteção da sociedade”, enfatizou.

A realização do Fórum Nacional de Fiscalização do Exer-cício Profissional pretende ser um ‘start’ para construçãode novo modelo de fiscalização para todos os ConselhosRegionais, com critérios obrigatórios. Ou seja: organiza-ção, normatização, tecnologia e gestão pública”.

“Isto somente será possível com o devido acom-panhamento das ações e avaliações dos resultadosperiódicos. Dessa forma, o compromisso prioritário doFórum fundamenta a importância de sua realizaçãoanual rumo à valorização profissional e a proteção dasociedade”, finalizou o Vice-Presidente do CFO.

Fonte : ASCOM/ CFO

acional de Fiscalizaçãonal por macrorregião

o Fórum Nacional de Fiscalização do Exercício Profissional. Cerca de 90 representantesros Federais, Presidentes de CROs, Coordenadores de Comissões de Ética e Fiscalizaçãoa participativa por macrorregiões, viabilizando a identificação da disparidades dedades no processo, particularidades de cada região, entre outras informações.

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Auditório do CRO-RJ (Centro), situado na Rua Araújo Porto Alegre nº 70, 5º andar - Informações: 3505-7633 ou www.cro-rj.org.br

Entrada franca, sem necessidade de inscrição prévia, limitada à lotação máxima de 120 pessoas

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA PRESENCIAL - CRO-RJ (CENTRO)

PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA PRESENCIAL CRO-RJ (BARRA) Local: Av. Armando Lombardi 350, loja 222, Shopping Barra Point - Barra da Tijuca - Informações: (21) 3153-0101 ou www.cro-rj.org.br

Entrada franca, sem necessidade de inscrição prévia, limitada à lotação máxima de 70 pessoas

DATA HORÁRIO MINISTRADOR (A)/TEMA

Meeting de Harmonização Orofacial (HOF)

01/04/20(quarta-feira

Das 18h às 18h:30“Visagismo aplicado à Harmonização Orofacial”

Profa. Andreia Perlingeiro: Mestranda em Healthcare Management – Miami College (EUA); Diretora Cien-tífica da Associação Brasileira de Medicina Orofacial - ABMOF e Coordenadora do Comitê científico e cultu-ral International Forun for aesthetic and antiaging – IFAA Brazil 2019/2020.

Das 18:30 às 19:00 hs.“Bioestimuladores”

Profa. Andréa Tedesco: Mestre e Doutora em Clínica Odontológica com ênfase em Dentística (UERJ).;Professora Adjunta de Clínica Integrada (UFRJ). e Autora do livro “Harmonização Facial – A nova face daOdontologia”.Das 19h às 19h30

“FullFace com ácido hialurônico em planejamento key of beauty”.Profa. Simone Sattler: Diretora da SBTI; Capacitada em Lifting Facial pelo Nicholson Center Hospital – FI(EUA).e Presidente da Comissão de Harmonização Orofacial do CRO-RJ.

Das 19:30 às 20:00 hs. “Abordagem cirúrgica na Harmonização Orofacial”.

Prof. Marcus Vinicius Sodré: Especialista em Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial.; Professor da Espe-cialização em Harmonização Orofacial do Instituto Andréa Tedesco/FAIPE.e Membro do CBCTBMF e SBTI.

Das 20h às 21hDISCUSSÃO COM OS MINISTRADORES, ATIVADORES e a PLATÉIA.

Ativadores: Prof. Álvaro Linhares; Prof. Ângelo Ferrari; Profª Daniela Camanho; Prof. Hernando Valentin;Profª Lucieni Galaxe e Profª Roberta Cardoso.

18h às 21h

DATA HORÁRIO MINISTRADOR (A)/TEMA

“Odontologia Simplificada: Tributo ao Prof. Eduardo Vargas”

Prof. Paulo Ricardo Campos Especialista e Mestre em Dentística.Professor da UFRJ e Prof. da Pós Graduação em Dentística da UNIGRANRIO.Prof. Terumitsu Sekito Junior.Especialista em Prótese Dental – UFRJ.Mestre em Dentística – UERJ.

26/03/20(quinta-feira) 18h30

“Meeting de Oclusão”

16/04/20(quinta-feira) 18h30

“Desmistificando a Oclusão: Dicas para o Clínico”Tópicos: 1. A relação entre má Oclusão e DTM e ortodontia: como atuar e o que fazer?; 2. Quando realizaro ajuste oclusal?; 3. Reabilitação oral / tratamento restaurador sem perda de dimensão vertical: comoproceder? e 4. Reabilitação oral / tratamento restaurador com perda de dimensão vertical: o que fazer?

Prof. Francisco J. Pereira Jr: Doutor e Mestre pela Universidade de Lund – Suécia.;; Especialista em DTM e Dor Oro-facial pelo Conselho Federal de Odontologia (CFO). e Acadêmico Titular da Academia Brasileira de Odontologia.

Prof. Alexandre Cardoso: Especialista em Prótese pela UERJ.; Mestrando em Prótese - São Leopoldo Man-dic, e Membro da Academia de Odontologia do Rio de Janeiro,

Das 20h às 21hDISCUSSÃO COM OS MINISTRADORES, ATIVADORES e a PLATÉIA.

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REVISTREVISTREVISTREVISTREVISTA NAA NAA NAA NAA NAVVVVVAL DE ODONTAL DE ODONTAL DE ODONTAL DE ODONTAL DE ODONTOLOLOLOLOLOGIAOGIAOGIAOGIAOGIA

Revista Naval de Odontcientífica aliada à significânc

A Marinha do Brasil vem publicando desde 1953, a Revis-ta Naval de Odontologia, editada sob a responsabilidadeda Odontoclínica Central da Marinha. Foi criada com a mis-são de “promover e divulgar a produção intelectual, geradatanto no meio civil quanto militar, na área de Odontologia, pro-porcionando um canal formal de comunicação à comunida-de científica nacional e internacional, contribuindo, desta for-ma, para o avanço do conhecimento”.

Ao identificar nesses princípios aqueles que o ConselhoRegional de Odontologia do Rio de Janeiro defende, compensamento na evolução da Odontologia e dos profissio-nais que a exercem, vem com muita honra, levar ao conhe-cimento da classe em nosso estado, a existência de umapublicação de excelência, produzida por uma instituição deigual excelência, que é a Odontoclínica da Marinha.

Assim buscamos a Direção da entidade, Capitão de Mar eGuerra CD Alexandre Guimarães Gonçalves , que apresentou aeditora da revista - que desde 2018 é editada on line - a Capitã-de-Corveta Daniela Cia Penone CD, com quem a reportagem darevista do CRO-RJ manteve a conversa que se segue.

Qual sua missão, seu escopo e seu público-alvo?Nesse sentido, é necessário que a comunidade odontoló-gica distinga com maior clareza os modelos de periódi-cos mais voltados para a academia ou para a comunida-de clínica. Periódicos científicos de alto impacto não sãoos únicos, nem os indispensáveis, para melhorar a aten-ção à saúde bucal da população brasileira, quer no servi-ço público, quer no privado.Boas revistas com enfoque clínico, com conteúdo atuali-zado, publicadotambém no idio-ma oficial donosso país, pro-piciam a divul-gação da ciênciad i r e t a m e n t epara a práticaclínica. Esses ti-pos de periódi-cos são ferra-mentas adequa-das para manteruma classeodontológicainstruída, capazde compreenderinformações que

têm impacto direto no atendimento diário. Aqui se identi-fica a Revista Naval de Odontologia (RNO).Isso é reflexo da visão que a Marinha do Brasil tem sobrea área de Saúde, além do seu o vínculo com outras insti-tuições, que também buscam a capacitação contínua deseus profissionais, aproveitamento das tecnologias gera-das e a implementação de novos conhecimentos.”

Como surgiu a ideia de de instituir uma revista científicano âmbito da Odontologia da Marinha do Brasil?

“No contexto da Marinha do Brasil, uma revista científi-ca é a concretização de um projeto estratégico da Insti-tuição, a qual contribui para a geração de novos co-nhecimentos nas diferentes áreas do saber. Nacional einternacionalmente, as Forças Armadas contribuempara o desenvolvimento científico e sustentável da soci-edade. Temos exemplos de periódicos da área de Saú-de editados há vários anos por organizações militaresde outros países, como o Journal of the Royal Army Medi-cal Corps (desde 1903) e o Military Medicine (desde 1940).A Revista Naval de Odontologia teve o seu primeiro vo-lume em 1953, e continua a promover e divulgar a pro-dução intelectual, gerada tanto no meio civil quantomilitar, sendo um canal formal de comunicação com aclasse odontológica e, desta forma, contribuindo parao avanço do conhecimento”.

E seu processo produtivo, como se desenvolve?“A submissão de artigos é feita pela plataforma online,através do seguinte endereço eletrônico:

www.revistanavaldeodontologia.com.br/revista. Etambém pelo Portal dePeriódicos CAPES.Primeiramente, avalia-mos se o manuscrito estádentro do escopo da re-vista. Todos os trabalhosenviados à Revista Navalde Odontologia são sub-metidos à avaliação pe-los pares (peer review)por, pelo menos, dois re-visores. O processo deavaliação por pares é osistema de blind review,procedimento sigilosoquanto à identidade tan-to dos autores quanto

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dos revisores. O nome dos autores é, propositalmente,omitido para que a análise do trabalho não sofra qual-quer influência e, da mesma forma, os autores, emborainformados sobre o método em vigor, não fiquem cientessobre quem são os responsáveis pelo exame de sua obra.Os revisores fazem comentários gerais sobre o trabalhoe emitem um parecer com três possibilidades: a) aceita-ção integral; b) aceitação com modificações; c) recusaintegral. Em quaisquer desses casos, o autor é comuni-cado e recebe os comentários individualizados dos revi-sores. Em caso de discrepâncias entre os avaliadores,pode ser solicitada uma nova opinião para melhor jul-gamento. Em casos excepcionais, quando o assunto domanuscrito assim o exigir, o editor poderá solicitar acolaboração de um profissional que não conste da rela-ção do Conselho Editorial para fazer a avaliação. O edi-tor toma a decisão final. A aceitação é feita com basena originalidade, significância e contribuição científica.

Como os interessados poderão se habilitar a terem seusartigos publicados?

Civis e militares, e mesmo pessoas que não sejam cirur-giões-dentistas, podem escrever artigos para a revista,desde que estes estejam dentro do seu escopo, que épromover o intercâmbio de informações na área daOdontologia. Temos artigos de autores que são Técni-cos em Saúde Bucal, médicos, psicólogos, enfermeiros,e outros profissionais que trouxeram assuntos muitointeressantes com aplicação direta na prática clínica.São avaliados e publicados artigos originais de pesqui-sa, relatos de caso e revisões de literatura relacionadosà Odontologia ou disciplinas correlatas. Há autores queenviam seus artigos em versão completa em portuguêse inglês, o que aumenta a visibilidade e proporciona ummaior alcance internacional do trabalho.Estamos indexados nas seguintes bases: Portal de Periódi-cos CAPES, Sumarios.org, Latindex (Sistema Regional deInformación en Línea para Revistas Científicas de AméricaLatina, el Caribe, España y Portugal) e Portal de RevistasCientíficas em Saúde - Biblioteca virtual em Saúde (BVS).Na página da revista, há também todas as informaçõessobre o corpo editorial, bem como normas de confecçãode artigos e acesso a edições anteriores. A Revista Navalde Odontologia não cobra taxa de processamento deartigo. Os artigos publicados recebem o digital object iden-tifier (DOI) e são disponibilizados de forma gratuita atra-vés da plataforma Open Journal System (OJS).

A senhora acredita que a publicação on line estimulauma maior produção científica?

Sem dúvida! O advento da internet e o acúmulo de no-

vos conheci-mentos fez comque o volumede material ge-rado aumen-tasse de talmodo que pro-vocou a “ex-plosão da in-formação”,principalmen-te a científicae tecnológica.As publica-ções periódi-cas constitu-em um dosmais eficientes meios de registro e divulgação de pesqui-sas, estudos originais e outros tipos de trabalho intelectu-al. Assim, a Revista Naval de Odontologia, publicada hámais de 65 anos, acompanhou as tendências atuais, sen-do “repaginada”, inserida no mundo digital, em plata-forma de livre acesso online, facilitando a disseminação ea comunicação do conhecimento, a leitura e o aprimo-ramento profissional dos cirurgiões-dentistas.

A produção científica em Odontologia no estado do Rio deJaneiro está em evolução? Pode ser considerada referência?

Vamos começar pelo Brasil. Um relatório do grupo Webof Science, preparado para a CAPES, revelou que, somen-te em 2018, pesquisadores brasileiros publicaram maisde 50.000 artigos. Em relação às Ciências da Saúde, osdocumentos publicados desde 2015 tiveram um impac-to acima da média de citação no mundo.A Odontologia brasileira foi alçada a um lugar de des-taque no cenário internacional, representando cerca de7% de toda a produção científica nos últimos anos. Per-cebe-se que importantes iniciativas vêm sendo desen-volvidas para promover a aproximação do conhecimen-to produzido nas universidades, institutos e centros depesquisas com a aplicação na prática clínica do cirur-gião-dentista, assim como o interesse destes em buscaras informações fundamentadas cientificamente.Desse modo, os canais de comunicação, como periódi-cos, desenvolvem importantes papéis para essa aproxi-mação. O Rio de Janeiro é sede de excelentes periódi-cos, como a Revista Científica do CRO, Revista Brasileirade Odontologia, Ciência & Saúde Coletiva, Cadernos deSaúde Pública, Revista Fluminense de Odontologia, Re-vista Hospital Universitário Pedro Ernesto, dentre ou-tras. Certamente isso faz de nosso estado um referencialnacional na área.

tologia: a contribuiçãoia e à originalidade

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CRO PRESENTE

A Diretoria do Conselho esteve presente em diversos eventos, tanto como parte de suas

Aconteceu no último dia 14 de dezembro o II En-contro de Serviços de CTBMF do RJ: Simpósio deComplicações e Controvérsias. Conduzido pelos Pro-fessores Dr. Jonathan Ribeiro e Dr. Ricardo Mattos,ambos Coordenadores do CAP VII do CBCTBMF.

O presidente do CRO-RJ Altair Dantas Andrade es-teve presente ao evento, que aconteceu no Auditóriodo Hospital S.Francisco na Providência, na Tijuca .

CRO-RJ parceiro do ColégioBrasileiro de Cirurgiões emevento sobre Traumatologia

O Presidente do CRO-RJ entre organizadores e palestrantes doEncontro

Cerca de 520 pessoas estiveram reunidas nos doisdias do Congresso, com o objetivo de “celebrar todasas conquistas e as lutas, para solidificar a HOF comoespecialidade”. Contou com a presença de diverasentidaddes da Odontologia e do presidente do Con-selho, Altair Dantas de Andrade e Prof. Outair Basta-zini, ex-presidente e atual Coordenador das Comis-sões do CRO-RJ

3º Congresso deHarmonização Orofacial

Formatura emImplantodontia na

Odontoclínica AlbertoSantos Dumont, daAeronáutica (OASD)

O presidente Altair Dantas de Andrade representou o CRO-RJ naformatura dos novos CDs especialistas em Implantodontia daAeronáutica

Estiveram em visita a UNIG de Itape-runa, o Dr. Outair Bastazini, Coordena-dor das Comissões do Conselho e o Dr.Altamiro Lima, pela Comissão de Odon-tologia Hospitalar, em comemoração aoDia do CD. Foram recebidos pelo Coor-denador do Curso de Odontologia, Prof.Elias Darvis Assad Neto. Presentes dosdelegados do CRO Dr. Bruno da SilvaInácio (que organizou o evento) e do Dr.Gabriel Fernandes Teixeira

Dia do CD em Itaperuna

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CRO-RJ visita a UNIFESO

Cumprindo a missão de estar presente junto àsinstituições de ensino para levar a presença do CRO-RJ, a Comissão de Apoio aos Cursos e Serviços deOdontologia do Conselho esteve em visita à Facul-dade de Odontologia da Fundação Educacional Ser-ra dos Órgãos (FESO), em Teresópolis, no último dia30 de novembro.

Os representantes do Conselho, Dr. Carlos Dan-tas, presidente da Comissão de Apoio aos Cursos doCRO-RJ, acompanhado pelo membro da Comissão,Dr. Luiz Carlos Chagas, foram recebidos pelo Coorde-nador do Curso de Odontologia, Prof. Alexandre Su-arez e vários acadêmicos de Odontologia.

Na oportunidade, foi feita uma visita à Delegaciado CRO em Teresópolis.

57ª Jornada Fluminense deOdontologia “ ProfessorCoelho e Souza” – UFF

Presidente do CRO-RJ participou da Abertura do evento em 12/10

Organizada por acadêmicos da FOUFF,desde 1963,

foi criada em homenagem ao centenário do Prof.

Augusto Coelho e Souza, considerado o Patrono da

Odontologia brasileira. Por ser ininterrupta durante

todo este tempo, tornou-se uma das mais antigas

Jornadas Odontológicas do Brasil. Tem o apoio do

corpo docente e tem com objetivo de proporcionar a

atualização e o intercâmbio do conhecimento.

Posse da nova Diretoria da OCEXCRO presente à posse, no último dia 15 de outu-

bro do novo Diretor da Odontoclínica Central doExército (OCEX), o Cel. Dentista Renato Alves daRocha Almeida, entre o presidente do CRO-RJ, Al-tair Andrade; do Cel. CD André Luiz Machado Soa-res, Diretor da Odontoclínica Santos Dumont, daForça Aérea Brasileira e do Cel. Bombeiro Alexan-dre Barbosa de Lemos, representante do DiretorGeral do CBMERJ, Cel..Luís Henrique Schwartz

funções ou a convite das entidades promotoras. Conheça algumas dessas participações

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AORJ

Academia de Odontologia do Estado do Riode Janeiro completa 24 anos, elege novosAcadêmicos e Patronos e premia Remidos

A Academia de Odontologia do Rio de Janeiro realizoucerimônia solene pela comemoração do 24º aniversário daentidade e posse de novos Acadêmicos Titulares, Patronos eRemidos, que aconteceu no dia 30 de novembro último, noRio de Janeiro.

No evento foram entregues, também os títulos de Cida-dãos Honrários da Cidade do Rio de Janeiro aos Acadêmi-cos Sandra Sueli Santos Barbosa e Elias Kalume Filho.

Com a Medalha de Honra ao Mérito Pedro Ernesto, daCâmara de Veradores do Rio, foi agraciada a AcadêmicaRosângela Pontes Palermo Eiras

“Saindo para ao mundo “

Em seu discurso de agradecimento, o presidente da AORJ,Dr. Mauro Althoff afirmou que a “Academia de Odontologiado Estado do Rio de Janeiro está cada vez mais saindo parao mundo, derrubando os muros e deixando-se consolidarcomo instituição científico - cultural na área da Odontolo-

gia de qualidade, mantendo seus objetivos pioneiros de con-tribuir para a pesquisa, discussão e o aperfeiçoamento daspráticas odontológicas, na saúde pública e ciências afins”.

Na atual gestão, a AORJ incrementou o Centro de Estu-dos, “segmento voltado para divulgação da ciência odonto-lógica para cirurgiões-dentistas e acadêmicos de odontolo-gia, constando atualmente com 427 membros inscritos. Nes-te ano foram realizadas 29 palestras, 02(dois) cursos de pe-quena duração; simpósio para discussão das resoluções doCFO e posicionamento da Entidade perante elas.

Seguindo a modernização levamos nossos pensamen-tos críticos às mídias sociais e a primeira transmissão aovivo pelas redes sociais, sobre o Simpósio “Implantes Dentá-rios Imediatos na Região Estética.”

Outra conquista lembrada pelo Dr. Mauro Althoff foi a uniãocom as demais Academias - AcBO e ABOMI. “Respeitando nos-sas identidades e voltadas para o bem comum da Odontolo-gia, criamos no CRO/RJ a Comissão das Academias, local ondesão levadas as posições em conjunto das três instituições”.

A primeira realização desta união, com a presença dastrês Academias, “aconteceu no 24º CIORJ, unidas e com oapoio de patrocinadores, juntamos os stands doados pelacomissão organizadora do 24º CIORJ; criando um local dedivulgação da ciência e de confraternização dos Acadêmi-cos, e alcançando um sucesso absoluto!”, exultou.

Conheça os novos membros da AORJMembros TitularesMarcus Heleno Borges Ribeiro - cadeira 05Rachel Lima Ribeiro Tinoco - cadeira 13Alexandre Perez Marques – cadeira 14Tatiana Paiva Moreira Franco – cadeira 24Leandro Rago de Souza - cadeira 28Monique da Costa Sandin Bartole – cadeira 35Rodrigo Oliveira Burlamaqui Rezende - cadeira 36Rudá França Moreira – cadeira 50Sandra Vicente de Oliveira – cadeira 55Cledson Lima de Azevedo – cadeira 60

Agraciados - Membros PatronosAlvaro Linhares das Fonseca e Campos - cadeira 09Gilberto Ronchini – cadeira 38Luiz Henrique Shwartz Tavares – cadeira 42Sydney de Castro Alves Mandarino – cadeira 51Sandra Regina Albuquerque - cadeira 52

Membros RemidosPaulo Murilo Oliveira Fontoura - cadeira 13Teresinha Figueiredo Rodrigues – cadeira 50Celio da Costa Mattos – cadeira 55Abraão Israel Fich - cadeira 60

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CLUBE DE VANTAGENS

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Ano XXXVII - nº 01

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Coordenador: Almiro Reis Gonçalves - CDCoordenador: Almiro Reis Gonçalves - CDCoordenador: Almiro Reis Gonçalves - CDCoordenador: Almiro Reis Gonçalves - CDCoordenador: Almiro Reis Gonçalves - CD

Protocolo clínico para o usodos Adesivos Universais

Os Adesivos Universais são adesivos versáteis, com indicação de uso com condiciona-mento total de esmalte e dentina, com o condicionamento seletivo do esmalte (uso do ácidofosfórico somente em esmalte) ou como autocondicionantes (sem o uso do ácido fosfórico).

A vantagem do uso dos Adesivos Universais é a simplificação da técnica, o controle dasensibilidade (principalmente em cavidades profundas) e da quantidade de materiais utiliza-dos para adesão a diferentes substratos, com resultados semelhantes à técnica com adesivosconvencionais.

Esta simplificação minimiza a possibilidade de erros do Cirurgião Dentista na técnicaoperatória, tornando o procedimento mais previsível e controlado. Algumas empresas infor-mam que seus Adesivos Universais também funcionam como um substituto do silano, pararestaurações em cerâmicas vítreas (ex: Feldspáticas e Dissilicato de Lítio) e como substitutode primers, para metais e cerâmicas policristalinas (ex: Zircônia e Alumina). PORÉM, aindafaltam estudos que comprovem sua eficácia como um substituto com qualidade eefetividade similar ou melhor, que os já existentes no mercado.A técnica com os melhores resultados de longevidade, descrita na literatura, é a que envolve ocondicionamento seletivo do esmalte e seu passo a passo clínico é assim descrito:

1) Isolamento absoluto do campo operatório - etapa fundamental para a longevidade de restaurações adesivas.2) Condicionamento seletivo do esmalte com ácido fosfórico por 30 segundos - mesmo sendo um adesivo autocondicionante, o condicionamento com ácido fosfórico em esmalte ainda é a escolha com melhores resultados.3) Lavagem abundante do dente (esmalte e dentina) por 1 minuto.4) Secar com jato de ar o dente e todo o campo operatório - evita a umidade durante o processo restaurador.5) Aplicar ativamente o Adesivo Universal durante 20 segundos - a aplicação ativa facilita a penetração e o espalhamento do adesivo (não precisa fazer força).6) Evaporar, com jato de ar, o solvente do Adesivo Universal até que não haja uma movimen- tação do adesivo dentro da cavidade.7) Aplicar, ativamente, uma segunda camada do Adesivo Universal, durante 20 segundos - para uma cavidade muito pequena (ex: Classe I, rasa, de um pré-molar) não há necessidade da segunda aplicação.8) Evaporar, com jato de ar, o solvente do Adesivo Universal até que não haja uma movimen tação do adesivo dentro da cavidade.9) Fotopolimerizar (de preferência com um bom LED) por, no mínimo, 20 segundos com o aparelho fotoativador, o mais próximo possível da cavidade.10) Iniciar a inserção da resina composta ou a cimentação de uma restauração Indireta - para o caso de cimentação, se possível, combine um cimento que tenha o mesmo monômero que o Adesivo Universal (o mais comum é o 10-MDP) para a potencialização dessa união.

Cauli Lima Capillé (CRO-RJ: 39.920).• Mestre em Dentística UFF.• Professor Substituto de Dentística UFRJ.• Professor de Dentística UNIGRANRIO.E-mail: [email protected]