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Enfermaria do Hospital de Arles. Pintura de Vincent van Gogh, 1889. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) Conselho Regional de Medicina do Paraná / Biblioteca Revista do Médico Residente / Conselho Regional de Medicina do Paraná ; Comissão Estadual de Residência Médica. - v. 11, n1 (jan./mar. 2009). - Curitiba: CRMPR, 1999- p. 1-40 : il., 28cm Trimestral ISSN 1679-6209 1. Medicina. I. Título. CDD 610 CDU 61 Conselho Regional de Medicina do Paraná Rua Victório Viezzer 84 - Vista Alegre 80810-340 Curitiba - PR Telefone: (41) 3240-4049 e-mail: [email protected] www.crmpr.org.br Associação dos Médicos Residentes do Paraná AMEREPAR Presidente: Luisa Moreira Hopker e-mail: [email protected] Conselho Regional de Medicina do Paraná Presidente Vice-Presidente Secretária-Geral 1.º Secretário 2.º Secretário 1.ª Tesoureira 2.º Tesoureiro Corregedor-Geral 1.ª Corregedora 2.º Corregedor Diretoria outubro de 2008 a maio de 2010 Miguel Ibraim Abboud Hanna Sobrinho Carlos Roberto Goytacaz Rocha Marília Cristina Milano Campos José Clemente Linhares Sérgio Maciel Molteni Roseni Teresinha Florencio Lutero Marques de Oliveira Alexandre Gustavo Bley Raquele Rotta Burkiewicz Alceu Fontana Pacheco Júnior Comissão Estadual de Residência Médica do Paraná Presidente Vice-Presidente 1º Secretária 2º Secretário 3º Secretário 1º Tesoureiro Diretor Científico-Cultural Conselho Fiscal: (CERMEPAR) 2008 - 2010 João Carlos Simões Allan Cezar Faria Araujo (UNIOESTE - Cascavel) Paola Andrea Galbiatti Pedruzzi (Hospital Erasto Gaertner - Curitiba) Mauro Porcu (UEM - Maringá) Alvo Orlando Vizzotto Júnior (Hospital Santa Rita - Maringá) Adriano Keijiro Maeda (Hospital Cajuru - Curitiba) Hélio Teive (Hospital de Clínicas da UFPR) Luiz Sallim Emed Joel T. Totsugui

REVISTA DO MÉDICO RESIDENTE · A Revista do Médico Residente analisa para publicação os seguintes tipos de artigos: editoriais, artigos originais, artigos de revisão, relatos

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Page 1: REVISTA DO MÉDICO RESIDENTE · A Revista do Médico Residente analisa para publicação os seguintes tipos de artigos: editoriais, artigos originais, artigos de revisão, relatos

Enfermaria do Hospital de Arles. Pintura de Vincent van Gogh, 1889.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)Conselho Regional de Medicina do Paraná / Biblioteca

Revista do Médico Residente / Conselho Regional de Medicina do Paraná ; Comissão Estadual de Residência Médica. - v. 11, n1 (jan./mar. 2009). - Curitiba: CRMPR, 1999- p. 1-40 : il., 28cm

TrimestralISSN 1679-6209

1. Medicina. I. Título.

CDD 610CDU 61

Conselho Regional de Medicina do ParanáRua Victório Viezzer 84 - Vista Alegre 80810-340 Curitiba - PRTelefone: (41) 3240-4049

e-mail: [email protected]

Associação dos Médicos Residentes do ParanáAMEREPARPresidente: Luisa Moreira Hopkere-mail: [email protected]

Conselho Regional de Medicina do Paraná

Presidente

Vice-Presidente

Secretária-Geral

1.º Secretário

2.º Secretário

1.ª Tesoureira

2.º Tesoureiro

Corregedor-Geral

1.ª Corregedora

2.º Corregedor

Diretoria outubro de 2008 a maio de 2010

Miguel Ibraim Abboud Hanna Sobrinho

Carlos Roberto Goytacaz Rocha

Marília Cristina Milano Campos

José Clemente Linhares

Sérgio Maciel Molteni

Roseni Teresinha Florencio

Lutero Marques de Oliveira

Alexandre Gustavo Bley

Raquele Rotta Burkiewicz

Alceu Fontana Pacheco Júnior

Comissão Estadual de Residência Médica do Paraná

Presidente

Vice-Presidente

1º Secretária

2º Secretário

3º Secretário

1º Tesoureiro

Diretor Científico-Cultural

Conselho Fiscal:

(CERMEPAR) 2008 - 2010

João Carlos Simões

Allan Cezar Faria Araujo (UNIOESTE - Cascavel)

Paola Andrea Galbiatti Pedruzzi (Hospital Erasto Gaertner - Curitiba)

Mauro Porcu (UEM - Maringá)

Alvo Orlando Vizzotto Júnior (Hospital Santa Rita - Maringá)

Adriano Keijiro Maeda (Hospital Cajuru - Curitiba)

Hélio Teive (Hospital de Clínicas da UFPR)

Luiz Sallim EmedJoel T. Totsugui

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REVISTA DO MÉDICO RESIDENTEVolume 11 Nº 1 JAN/MAR 2009

ISSN 1679-6209

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE

BLBLBLBLBLOQOQOQOQOQUEIO INTERPLEURAL PUEIO INTERPLEURAL PUEIO INTERPLEURAL PUEIO INTERPLEURAL PUEIO INTERPLEURAL PARA ARA ARA ARA ARA ANANANANANALALALALALGESIA EM PGESIA EM PGESIA EM PGESIA EM PGESIA EM PAAAAACIENTES SUBMETIDCIENTES SUBMETIDCIENTES SUBMETIDCIENTES SUBMETIDCIENTES SUBMETIDAAAAAS À CIRS À CIRS À CIRS À CIRS À CIRUUUUURRRRRGIAGIAGIAGIAGIADE CÂNCER DE MAMADE CÂNCER DE MAMADE CÂNCER DE MAMADE CÂNCER DE MAMADE CÂNCER DE MAMAInterpleural block associated with general anesthesia in patients submitted to mastectomyTaylor Brandão Schnaider, Antônio Mauro Vieira, Daniela Vânia Dorighello, Juliano Cruz TamiassoAntônio Carlos Aguiar Brandão .................................................................................................................................................. 8PREVPREVPREVPREVPREVALÊNCIA DE CÂNCER DE PELE EM PALÊNCIA DE CÂNCER DE PELE EM PALÊNCIA DE CÂNCER DE PELE EM PALÊNCIA DE CÂNCER DE PELE EM PALÊNCIA DE CÂNCER DE PELE EM PAAAAACIENTES SUBMETIDOS À EXÉRESE DE NEVCIENTES SUBMETIDOS À EXÉRESE DE NEVCIENTES SUBMETIDOS À EXÉRESE DE NEVCIENTES SUBMETIDOS À EXÉRESE DE NEVCIENTES SUBMETIDOS À EXÉRESE DE NEVO NOO NOO NOO NOO NOAMBAMBAMBAMBAMBULAULAULAULAULATÓRIO DO HRSJ- HOMERTÓRIO DO HRSJ- HOMERTÓRIO DO HRSJ- HOMERTÓRIO DO HRSJ- HOMERTÓRIO DO HRSJ- HOMERO DE MIRANDO DE MIRANDO DE MIRANDO DE MIRANDO DE MIRANDA GOMESA GOMESA GOMESA GOMESA GOMESSkin cancer prevalence in patients submitted to nevi excision in the HRJS - Homerode Miranda Gomes ambulatory.Leonardo Machado de Carvalho, Nicolau Fernandes Kruel .................................................................................................... 14

ARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLEARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLEARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLEARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLEARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLE

EXPRESSÕES MÉDICAS:EXPRESSÕES MÉDICAS:EXPRESSÕES MÉDICAS:EXPRESSÕES MÉDICAS:EXPRESSÕES MÉDICAS: F F F F FALHAS E ALHAS E ALHAS E ALHAS E ALHAS E AAAAACERCERCERCERCERTTTTTOSOSOSOSOSMedical expression: failures and hitsSimônides Bacelar, Carmem Cecília Galvão, Elaine Alves, Paulo Tubino ............................................................................... 18

RELATO DE CASO / CASE REPORT

AAAAAVULSÃO DE VULSÃO DE VULSÃO DE VULSÃO DE VULSÃO DE VEIA RENVEIA RENVEIA RENVEIA RENVEIA RENAL ESQAL ESQAL ESQAL ESQAL ESQUERDUERDUERDUERDUERDA EM A EM A EM A EM A EM TRATRATRATRATRAUMA UMA UMA UMA UMA ABDOMINABDOMINABDOMINABDOMINABDOMINAL FECHADOAL FECHADOAL FECHADOAL FECHADOAL FECHADOLeft renal vein avulsion in blunt abdominal traumaAna Cristina Isa, Pámela Conceição Figueiredo, Carla Martinez Menini Stalhschmidt,Rosana Hapsi Isa, Luiz Carlos Von Bahten .............................................................................................................................. 29CARCARCARCARCARCINOMA RENCINOMA RENCINOMA RENCINOMA RENCINOMA RENAL PAL PAL PAL PAL PAPILAR EM RIM NAPILAR EM RIM NAPILAR EM RIM NAPILAR EM RIM NAPILAR EM RIM NAAAAATIVTIVTIVTIVTIVO PÓS O PÓS O PÓS O PÓS O PÓS TRANSPLANTE RENTRANSPLANTE RENTRANSPLANTE RENTRANSPLANTE RENTRANSPLANTE RENAL.AL.AL.AL.AL. RELA RELA RELA RELA RELATTTTTO DE CASO EO DE CASO EO DE CASO EO DE CASO EO DE CASO EREVISÃO DE LITERAREVISÃO DE LITERAREVISÃO DE LITERAREVISÃO DE LITERAREVISÃO DE LITERATURATURATURATURATURARenal Carcinoma papillary in native kidney post renal transplant. Case report and literature reviewLuis Alberto Batista Peres, Sérgio Luiz Bader, Everaldo Roberto de Araújo Junior, Alexandre Galvão Bueno .................... 32

CERMEPCERMEPCERMEPCERMEPCERMEPAR - COREMES do PAR - COREMES do PAR - COREMES do PAR - COREMES do PAR - COREMES do Parararararaná / CERMEPaná / CERMEPaná / CERMEPaná / CERMEPaná / CERMEPAR / COREMES OF PAR / COREMES OF PAR / COREMES OF PAR / COREMES OF PAR / COREMES OF PARANARANARANARANARANAAAAA

Instituições com residência médica no Paraná – Sistema CNRM/MEC .................................................................................. 36

ÍNDICE DE ASSUNTOS DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE ASSUNTOS DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE ASSUNTOS DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE ASSUNTOS DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE ASSUNTOS DO VOLUME 10 / 2008

Subject Iindex to volume 10 / 2008 ........................................................................................................................................ 39

ÍNDICE DE AUTORES DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE AUTORES DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE AUTORES DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE AUTORES DO VOLUME 10 / 2008ÍNDICE DE AUTORES DO VOLUME 10 / 2008Author index for volume 10 / 2008 ......................................................................................................................................... 40

MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA / MEDICINE HISTORY MUSEUMMUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA / MEDICINE HISTORY MUSEUMMUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA / MEDICINE HISTORY MUSEUMMUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA / MEDICINE HISTORY MUSEUMMUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA / MEDICINE HISTORY MUSEUM

History Museum of MedicineEhrenfried Othmar Wittig .................................................................................................................................................. 3ª capa

SumárioINSTRUÇÕES AOS AUTORES / AUTHORS INSTRUCTIONS ................................................................................... 3

EDITORIAL / EDITORIAL

RESIDÊNCIA MÉDICA:RESIDÊNCIA MÉDICA:RESIDÊNCIA MÉDICA:RESIDÊNCIA MÉDICA:RESIDÊNCIA MÉDICA: APRENDER FAPRENDER FAPRENDER FAPRENDER FAPRENDER FAZENDOAZENDOAZENDOAZENDOAZENDOMedical Residency: On-the-job learningJoão Carlos Simões ...................................................................................................................................................................... 4B IOÉT ICAB IOÉT ICAB IOÉT ICAB IOÉT ICAB IOÉT ICABioeticJoão Gualber to de Sá Scheffer .................................................................................................................................................... 5QUANDO O ENCANTO SUPERA O CONHECIMENTOQUANDO O ENCANTO SUPERA O CONHECIMENTOQUANDO O ENCANTO SUPERA O CONHECIMENTOQUANDO O ENCANTO SUPERA O CONHECIMENTOQUANDO O ENCANTO SUPERA O CONHECIMENTOWhen the enchantment surpasses knowledgeLuiz Sallim Emed ........................................................................................................................................................................ 7

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REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 2009

Revisão Língua InglesaRevisão Língua InglesaRevisão Língua InglesaRevisão Língua InglesaRevisão Língua InglesaRober to SmolkaNormalização Bibl iográf icaNormalização Bibl iográf icaNormalização Bibl iográf icaNormalização Bibl iográf icaNormalização Bibl iográf icaMaria Isabel Schiavon Kinsz (CRB9-626)Gisele T. Liegel Glock (CRB9-626)Jornal ista ResponsávelJornal ista ResponsávelJornal ista ResponsávelJornal ista ResponsávelJornal ista ResponsávelHernani Vieira (MTE 993/06/98v - Sindijor 816)

A Revista do Médico Residente (ISSN 1679-6209) é uma publicação trimestral do Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná, com apoio da Comissão Estadual de ResidênciaMédica do Paraná. Car tas e ar tigos devem ser enviados para: Revista do Médico Residente - Rua Victório Viezzer, 84 - Vista Alegre - Curitiba (PR) - CEP 80810-340 - Fone(41) 3240-4049/ Fax: (41) 3240- 4001 - E-mail: [email protected] ou [email protected] .

A REVISTA DO MÉDICO RESIDENTE ESTÁ EM PROCESSO DE INDEXAÇÃO NA BASE DE DADOS DO LILACS.A REVISTA DO MÉDICO RESIDENTE ESTÁ EM PROCESSO DE INDEXAÇÃO NA BASE DE DADOS DO LILACS.A REVISTA DO MÉDICO RESIDENTE ESTÁ EM PROCESSO DE INDEXAÇÃO NA BASE DE DADOS DO LILACS.A REVISTA DO MÉDICO RESIDENTE ESTÁ EM PROCESSO DE INDEXAÇÃO NA BASE DE DADOS DO LILACS.A REVISTA DO MÉDICO RESIDENTE ESTÁ EM PROCESSO DE INDEXAÇÃO NA BASE DE DADOS DO LILACS. É enviada trimestralmente aos Médicos Residentes, É enviada trimestralmente aos Médicos Residentes, É enviada trimestralmente aos Médicos Residentes, É enviada trimestralmente aos Médicos Residentes, É enviada trimestralmente aos Médicos Residentes,Comissões de Residências Médicas, Entidades Médicas, Bibliotecas, Centros de Estudos e Publicações com as quais mantém permuta.Comissões de Residências Médicas, Entidades Médicas, Bibliotecas, Centros de Estudos e Publicações com as quais mantém permuta.Comissões de Residências Médicas, Entidades Médicas, Bibliotecas, Centros de Estudos e Publicações com as quais mantém permuta.Comissões de Residências Médicas, Entidades Médicas, Bibliotecas, Centros de Estudos e Publicações com as quais mantém permuta.Comissões de Residências Médicas, Entidades Médicas, Bibliotecas, Centros de Estudos e Publicações com as quais mantém permuta.

Fundador e Editor Cientí f icoFundador e Editor Cientí f icoFundador e Editor Cientí f icoFundador e Editor Cientí f icoFundador e Editor Cientí f icoJoão Carlos Simões - Curitiba (PR)

Editores AssociadosEditores AssociadosEditores AssociadosEditores AssociadosEditores AssociadosAlcino Lázaro da Silva (UFMG) Belo Horizonte (MG)Edevard José de Araújo (CFM) São Paulo (SP)Zacarias Alves de Souza Filho (CRMPR) Curitiba (PR)

Conselho de RevisoresConselho de RevisoresConselho de RevisoresConselho de RevisoresConselho de RevisoresAntonio Sérgio Brenner (UFPR) Curitiba (PR)César Alfredo Pusch Kubiak (UNICENP) Curitiba (PR)Elias Kallas (UNIVAS) Pouso Alegre (MG)Flávio Daniel Tomasich (UFPR) Curitiba (PR)Gilmar Amorim de Sousa (HC da UFRN) Natal (RN)Gustavo Cardoso Guimarães (Hosp. AC Camargo) São Paulo (SP)Hamilton Petry de Souza (PUC) Por to Alegre (RS)Hêmerson Paul Viera Marques (Hosp. Mater Dei) Belo Horizonte (MG)Humber to Oliveira Serra (HUUFMA) São Luis (MA)Ione Maria Ribeiro Soares Lopes (UFPR) Teresina (PI)Jean Alexandre Fur tado Correa Francisco (FEPAR) Curitiba (PR)Joel Takashi Totsugui (PUC) Curitiba (PR)José Carlos de Souza Lima (HU Pedro Ernesto) Rio de Janeiro (RJ)José Eduardo Aguilar do Nascimento (UFMT) Cuiabá (MT)José Ivan Albuquerque Aguiar (HU M.A. Pedrossian UFMS) C. Grande (MS)Jurandir Marcondes Ribas Filho (FEPAR) Curitiba (PR)Juarez Antonio de Souza (Hospital Materno Infantil) Goiânia (GO)Luiz Alber to Batista Peres (UNIOESTE ) Cascavel (PR)Luiz Carlos Von Bahten (PUC ) Curitiba (PR)Luiz Paulo Kowalski (Hosp. AC Camargo) São Paulo (SP)Manoel R M Trindade (UFRGS) Por to Alegre (RS)

Marcelo Thiele (UNICAMP) Campinas (SP)Mário Jorge Jucá (Hospital Universitário UFAL ) Maceió (AL)Mar tha Helena Zappalá Borges (Hospital de Base) Brasília (DF)Neila Falcone da Silva Bomfim (HU Adriano Jorge) Manaus (AM)Nilton Ghiotti de Siqueira (UFAC) Rio Branco (AC)Orlando Costa e Silva Jr (FMRP) Ribeirão Preto (SP)Paola Andrea G. Pedruzzi (Hosp. Erasto Gaertner ) Curitiba (PR)Paulo Kotze (PUC) Curitiba (PR)Paulo Rober to Dutra Leão (HUJM) Cuiabá (MT)Ricardo Antônio Rosado Maia (UFPB) João Pessoa (PB)Ricardo Lemos (UNIVILE) Joinville (SC)Ricardo Ribeiro Gama (FEPAR) Curitiba (PR)Robson Freitas de Moura (Escola Baiana de Medicina) Salvador (BA)Rogério Saad Hossne (UNESP) Botucatu (SP)Salustiano Gomes de Pinho Pessoa ( UFC) For taleza (CE)Sérgio Adam Mendonça (U. Estadual de Blumenau) Blumenau (SC)Simone Maria de Oliveira (UFSER) Aracaju (SE)Thelma Larocca Skare (FEPAR) Curitiba (PR)Valdecira Lilioso de Lucena (FCM) Recife (PE)

AAAAAutorizada a rutorizada a rutorizada a rutorizada a rutorizada a reeeeepubpubpubpubpubl icação de arl icação de arl icação de arl icação de arl icação de ar t igt igt igt igt igos com a citação da fos com a citação da fos com a citação da fos com a citação da fos com a citação da fonteonteonteonteonte

Expediente: Tiragem: 3.000 exemplares – Distribuição dirigida – Diagramação: Artes & Textos (41) 3352-6670.

Consultores InternacionaisConsultores InternacionaisConsultores InternacionaisConsultores InternacionaisConsultores InternacionaisJatin P. Shah Memorial Hospital – NY EUAJúlio César Fernandes Montreal CanadáMilena Braga Baltimore EUARicardo Lopez FAESS ArgentinaRoger H. Kallal Nor th Wewstern Memorial – Chicago EUALuiz Alencar Borba Universidade de Arkansas EUA

Conselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialConselho EditorialAdemar Lopes (Hosp. AC Camargo) São Paulo (SP)Allan Cezar Faria Araújo (UNIOESTE) Cascavel (PR)Andy Petroainu (UFMG) Belo Horizonte (MG)Antonio Carlos Lopes (UNIFESP) São Paulo (SP)Antonio Nocchi Kalil (Santa Casa) Por to Alegre (RS)Armando d’Acampora (UFSC) Florianópolis (SC)Carlos Edmundo Rodrigues Fontes (UEM) Maringá (PR)Carlos Teixeira Brandt (UFPE) Recife (PE)Ivan Tramujas da Costa e Silva (UFAM) Manaus (AM)Ivo Pitanguy (UFRJ) Rio de Janeiro (RJ)João Gualber to Scheffer (Academia Paranaense de Medicina) Curitiba (PR)José Eduardo de Siqueira (UEL) Londrina (PR)Luiz Alber to Sobral Vieira Jr(HUCAMoraes – UFES) Vitória (ES)

Fábio Biscegli Jatene (USP) São Paulo (SP)Marcos Desidério Ricci (USP) São Paulo (SP)Marcus Vinicius Henriques Brito (UEPA) Belém (PA)Maria do Patrocínio Tenório Nunes( USP) São Paulo (SP)Miguel Ibraim A. Hanna Sobrinho ( UFPR) Curitiba (PR)Nicolau Kruel (UFSC) Florianópolis (SC)Olavo Franco Ferreira Filho (UEL) Londrina (PR)Orlando Mar tins Torres (UFMA) São Luis (MA)Reginaldo Ceneviva (USP) Ribeirão Preto (SP)Roberto Gomes (Sociedade Bras. Cancerologia ) Vitória (ES)Saul Goldemberg (UNIFESP) São Paulo (SP)William Saad Hossne (UNESP) Botucatu (SP)

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REV. MED. RES.VOL. 11 - Nº JAN/MAR 2009

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NORMAS PNORMAS PNORMAS PNORMAS PNORMAS PARA PUBLICAÇÃOARA PUBLICAÇÃOARA PUBLICAÇÃOARA PUBLICAÇÃOARA PUBLICAÇÃOOs originais devem ser apresentados em papel e em meio reversível, escrito em português,espaço duplo, folhas A4, em páginas separadas, devidamente numeradas, digitadas noprograma Word for Windows 6.0 ou o mais recente, corpo de letra Arial ou Times New Romantamanho 12.O(s) autor(es) deverá(ão) enviar duas cópias do trabalho (inclusive das ilustrações) aoEditor responsável pela Revista acompanhado de car ta assinada pelo autor, em nome dosco-autores se houver, responsabilizando-se pelo conteúdo e originalidade do trabalho eautorizando a publicação para:

REVISTA DO MÉDICO RESIDENTEREVISTA DO MÉDICO RESIDENTEREVISTA DO MÉDICO RESIDENTEREVISTA DO MÉDICO RESIDENTEREVISTA DO MÉDICO RESIDENTEConselho Regional de Medicina do Estado do ParanáConselho Regional de Medicina do Estado do ParanáConselho Regional de Medicina do Estado do ParanáConselho Regional de Medicina do Estado do ParanáConselho Regional de Medicina do Estado do ParanáRua Victório Viezzer 84 - Vista AlegreRua Victório Viezzer 84 - Vista AlegreRua Victório Viezzer 84 - Vista AlegreRua Victório Viezzer 84 - Vista AlegreRua Victório Viezzer 84 - Vista Alegre80810-340 - Curit iba – PR80810-340 - Curit iba – PR80810-340 - Curit iba – PR80810-340 - Curit iba – PR80810-340 - Curit iba – PRFone/Fax: (41) 3240-4049Fone/Fax: (41) 3240-4049Fone/Fax: (41) 3240-4049Fone/Fax: (41) 3240-4049Fone/Fax: (41) 3240-4049e-mai l :e-mai l :e-mai l :e-mai l :e-mai l : drdrdrdrdr [email protected]@[email protected]@[email protected] / / / / / cercercercercer mememememepar@crpar@crpar@crpar@[email protected] ggggg.br.br.br.br.br

Incluir também:Incluir também:Incluir também:Incluir também:Incluir também:1. Declaração de conf l i to de interesse (de acordo com1. Declaração de conf l i to de interesse (de acordo com1. Declaração de conf l i to de interesse (de acordo com1. Declaração de conf l i to de interesse (de acordo com1. Declaração de conf l i to de interesse (de acordo com

resolução do CFM nº 1595/2000)resolução do CFM nº 1595/2000)resolução do CFM nº 1595/2000)resolução do CFM nº 1595/2000)resolução do CFM nº 1595/2000)2.2.2.2.2. Indicar f Indicar f Indicar f Indicar f Indicar fontes de fontes de fontes de fontes de fontes de f inanciamento do trinanciamento do trinanciamento do trinanciamento do trinanciamento do tr aaaaabalhobalhobalhobalhobalho,,,,, se houv se houv se houv se houv se houvererererer,,,,, e e e e e

o nº do processo.o nº do processo.o nº do processo.o nº do processo.o nº do processo.3. Of íc io da aprovação do trabalho pela Comissão de Ética3. Of íc io da aprovação do trabalho pela Comissão de Ética3. Of íc io da aprovação do trabalho pela Comissão de Ética3. Of íc io da aprovação do trabalho pela Comissão de Ética3. Of íc io da aprovação do trabalho pela Comissão de Ética

em Pesquisa da Inst i tuição.em Pesquisa da Inst i tuição.em Pesquisa da Inst i tuição.em Pesquisa da Inst i tuição.em Pesquisa da Inst i tuição.

Somente serão enviados ao Conselho Redatorial os trabalhosSomente serão enviados ao Conselho Redatorial os trabalhosSomente serão enviados ao Conselho Redatorial os trabalhosSomente serão enviados ao Conselho Redatorial os trabalhosSomente serão enviados ao Conselho Redatorial os trabalhosque est iverem dentro das Normas de Publ icação.que est iverem dentro das Normas de Publ icação.que est iverem dentro das Normas de Publ icação.que est iverem dentro das Normas de Publ icação.que est iverem dentro das Normas de Publ icação.

A Revista do Médico Residente analisa para publicação os seguintes tipos de ar tigos:editoriais, artigos originais, artigos de revisão, relatos de casos, artigos de história, artigosespeciais, notas prévias e cartas ao editor.Editorial:Editorial:Editorial:Editorial:Editorial: é o artigo inicial da revista. Geralmente escrito pelo editor principal ou solicitadopor ele para algum editor ou nome de relevância na área da saúde.ArArArArAr tigtigtigtigtigo original:o original:o original:o original:o original: é o resultado completo de um trabalho clínico ou experimental,prospectivo ou retrospectivo, randomizado e às vezes duplo cego, constituído de resumo,introdução, métodos, resultados, discussão, conclusão, abstract e referências. As referênciasdevem ser limitadas a cerca de trinta (30), citando todos os autores até 6.ArArArArAr tigtigtigtigtigos de ros de ros de ros de ros de reeeeevisão:visão:visão:visão:visão: o estilo é livre, devendo ser conciso, completo e atual, acompanhadode uma análise crítica do autor. É necessário resumo e abstract. As referências são limitadasa cinqüenta (50).Relato de caso:Relato de caso:Relato de caso:Relato de caso:Relato de caso: descrição de casos clínicos peculiares, geralmente raros e de interesse.Necessita resumo e abstract não estruturado. Número de autores, até seis (6).ArArArArAr tigtigtigtigtigos de história:os de história:os de história:os de história:os de história: constituem relatos históricos sobre instituições, pessoas ilustres,técnicas e fatos da Medicina e da área da Saúde. Necessita resumo e abstract. Só é permitido1 (um) autor.ArArArArAr tigtigtigtigtigo especial:o especial:o especial:o especial:o especial: são conferências, análises críticas. Discursos escritos ou discussãode temas especiais dirigidos para a área da saúde e da residência médica. Necessitaresumo e abstract.Nota prévia:Nota prévia:Nota prévia:Nota prévia:Nota prévia: representa uma contribuição original clínica ou técnica apresentada demaneira resumida, não excedendo quinhentas (500) palavras e no máximo cinco (5)referências.CarCarCarCarCar ta ao editorta ao editorta ao editorta ao editorta ao editor ::::: são comentários sobre temas ou ar tigos publicados na Revista doMédico Residente, podendo ou não conter referências.ORGANIZAÇÃO DOS ARTIGOS ORIGINAISORGANIZAÇÃO DOS ARTIGOS ORIGINAISORGANIZAÇÃO DOS ARTIGOS ORIGINAISORGANIZAÇÃO DOS ARTIGOS ORIGINAISORGANIZAÇÃO DOS ARTIGOS ORIGINAISPágina de rPágina de rPágina de rPágina de rPágina de rosto:osto:osto:osto:osto: o t í tulo do ar o t í tulo do ar o t í tulo do ar o t í tulo do ar o t í tulo do ar t igt igt igt igt igo deo deo deo deo devvvvve ser conciso e ee ser conciso e ee ser conciso e ee ser conciso e ee ser conciso e expl icaxpl icaxpl icaxpl icaxpl ica t it it it it i vvvvvooooorrrrreeeeeprprprprpresentando o conteúdo do aresentando o conteúdo do aresentando o conteúdo do aresentando o conteúdo do aresentando o conteúdo do ar t igt igt igt igt igo e ro e ro e ro e ro e r edigido em poredigido em poredigido em poredigido em poredigido em por tuguês e emtuguês e emtuguês e emtuguês e emtuguês e eminglês. Nome completo do(s) autor(es) e seus t í tulos prof issionais einglês. Nome completo do(s) autor(es) e seus t í tulos prof issionais einglês. Nome completo do(s) autor(es) e seus t í tulos prof issionais einglês. Nome completo do(s) autor(es) e seus t í tulos prof issionais einglês. Nome completo do(s) autor(es) e seus t í tulos prof issionais enome da inst i tuição onde o trnome da inst i tuição onde o trnome da inst i tuição onde o trnome da inst i tuição onde o trnome da inst i tuição onde o tr aaaaabalho fbalho fbalho fbalho fbalho foi roi roi roi roi r eal izadoeal izadoeal izadoeal izadoeal izado..... Inc Inc Inc Inc Inc lu irlu irlu irlu irlu ir,,,,, a inda, ainda, ainda, ainda, ainda, o o o o oendereço completo do autor responsável.endereço completo do autor responsável.endereço completo do autor responsável.endereço completo do autor responsável.endereço completo do autor responsável.Resumo: deve ser estruturado e não exceder 350 palavras, com limite de outras 100 para

Relato de Caso e Nota Prévia. Deve conter ainda o objetivo, com justificativa e propósito dotrabalho.Métodos: descrição do material, dos pacientes ou animais, descrição dos procedimentos.Resultado: descrição das observações com dados estatísticos e sua significância.Conclusão: resposta da pergunta ou objetivo inicial.Descritores (antes unitermos): utilizar até cinco (5), recomendados pelos Descritores emCiências da Saúde (DeCS): http://decs.bvs.br

PREPPREPPREPPREPPREPARAÇÃO DO ARAÇÃO DO ARAÇÃO DO ARAÇÃO DO ARAÇÃO DO TEXTTEXTTEXTTEXTTEXTOOOOOTítuloTítuloTítuloTítuloTítulo::::: deve ser preciso e explicativo representando o conteúdo do ar tigo.Introdução:Introdução:Introdução:Introdução:Introdução: deve salientar o motivo do trabalho e a hipótese formulada com citaçãopertinente porém sem fazer revisão extensa da literatura. No final da introdução deve serreferido o(s) objetivo(s) do trabalho. Referir o nome da Instituição onde foi realizado otrabalho e os títulos acadêmicos de todos os autores (negrito) por ordemÉticaÉticaÉticaÉticaÉtica::::: toda matéria relacionada à investigação humana e à pesquisa animal deve teraprovação prévia da Comissão de Ética da Instituição onde o trabalho foi realizado, cumprindoresolução n. 196/96 do CNS e os preceitos do Colégio Brasileiro de Experimentação Animal(COBEA).MétodosMétodosMétodosMétodosMétodos::::: Identificar a amostragem, aparelhos, material, as drogas e substâncias químicasutilizadas. Inclusive os nomes genéricos, dosagens e formas de administração. Não utilizarnomes comerciais ou de empresas. Não usar nomes dos pacientes, iniciais ou registros dehospital. Explicar qual método estatístico foi empregado e o grau de significância.ResultadosResultadosResultadosResultadosResultados::::: devem ser apresentados em seqüência e de maneira concisa, semcomentários e fazendo quando per tinente, referências às tabelas e ou figuras. Utilizarabreviaturas aprovadas e padronizadas. As figuras devem ser as referidas no texto enumeradas consecutivamente em algarismos arábicos e colocadas dentro de um envelope.As legendas devem ser colocadas abaixo das figuras, descritas em folha separada ecolocadas após as referências e tabelas. Quando se tratar de tabelas e gráficos, as legendasficarão acima delas. Deve ser identificada no verso, através de etiqueta, com o nome doautor, número e orientação espacial com setas. Os números das fotos para artigos originaisdevem ser limitados a seis (6) e para relato de caso a quatro (4). Exceções serão julgadaspelo Editor Científico.DiscussãoDiscussãoDiscussãoDiscussãoDiscussão::::: deve comparar os principais achados e significados com os anteriormentepublicados na literatura. Salientar os novos e interessantes aspectos do estudo. Não repetiros dados dos resultados.ConclusãoConclusãoConclusãoConclusãoConclusão::::: deve ser clara e precisa e responder aos objetivos do estudo. Evitarinformações que não sejam baseadas em seus próprios resultados.Abstract:Abstract:Abstract:Abstract:Abstract: deve conter até 350 palavras e ser estruturado como no resumo: Background,Methods, Results, Conclusion and Key Words.RRRRRefefefefeferênciaserênciaserênciaserênciaserências::::: a revista segue, como já referido, as normas de Vancouver. As referênciasdevem ser restritas aos últimos cinco anos e numeradas consecutivamente na ordem emque foram mencionadas pela primeira vez no texto.Até 6 autores, todos devem ser referidos. Acima de 6 autores, referem-Até 6 autores, todos devem ser referidos. Acima de 6 autores, referem-Até 6 autores, todos devem ser referidos. Acima de 6 autores, referem-Até 6 autores, todos devem ser referidos. Acima de 6 autores, referem-Até 6 autores, todos devem ser referidos. Acima de 6 autores, referem-se os 6 primeiros e a expressão et. al .se os 6 primeiros e a expressão et. al .se os 6 primeiros e a expressão et. al .se os 6 primeiros e a expressão et. al .se os 6 primeiros e a expressão et. al .Abreviaturas dos títulos dos periódicos devem ser conforme àquelas usadas no Index Medicus.Endereço para correspondênciaEndereço para correspondênciaEndereço para correspondênciaEndereço para correspondênciaEndereço para correspondência: Informar o endereço completo e eventual e-maildo autor principal ou chefe do serviço.EXEMPLOS DE REFERÊNCIASEXEMPLOS DE REFERÊNCIASEXEMPLOS DE REFERÊNCIASEXEMPLOS DE REFERÊNCIASEXEMPLOS DE REFERÊNCIASRRRRReeeeevista:vista:vista:vista:vista: Daniel RK, Farkas LG. Rhinoplasty: image and reality. Clin Plast Surg 1988;151:1-10Livro:Livro:Livro:Livro:Livro: Simões JC. Câncer: estadiamento e tratamento. Curitiba. NETSUL; 1997.CaCaCaCaCapítulo de Lipítulo de Lipítulo de Lipítulo de Lipítulo de Livrvrvrvrvro:o:o:o:o: Módena JLP, Pereira LCC. Carcinoma gástrico precoce: In: SOBED,Endoscopia Digestiva. Ed. Rio de Janeiro: MEDSI:2000. p. 402-27.TTTTTese e Monoese e Monoese e Monoese e Monoese e Monogggggrrrrrafafafafafia:ia:ia:ia:ia: Wu FC. Estudo da ação de aderências sobre anastomose cólica:trabalho experimental em ratos (Dissertação – Mestrado) Faculdade de Ciências Médicasda UNICAMP; 2000.Em Material Eletrônico:Em Material Eletrônico:Em Material Eletrônico:Em Material Eletrônico:Em Material Eletrônico: Dickering K, SCherer R, Lefebvre C. Systematic Reviews:Identifying relevant studies for systematic reviews. BMJ [serial online] 1994, 309:1286-91. (cited 2002 Apr20); Available from: http://bmj.com/cgi/content/full/309/6964/1286

INSTRUÇÕES AOS AUTORESINSTRUÇÕES AOS AUTORESINSTRUÇÕES AOS AUTORESINSTRUÇÕES AOS AUTORESINSTRUÇÕES AOS AUTORESAuthors InstructionsAuthors InstructionsAuthors InstructionsAuthors InstructionsAuthors Instructions ISSN 1679-6209ISSN 1679-6209ISSN 1679-6209ISSN 1679-6209ISSN 1679-6209

A Revista do Médico Residente (ISSN 1679-6209), órgão oficial do Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná e com o apoio da Comissão Estadual de ResidênciaMédica do Paraná, é publicada trimestralmente e tem por finalidade a divulgação de artigos científicos das áreas biomédicas que contribuam para o ensino e desenvolvimento da ResidênciaMédica do Paraná e do Brasil.

A Revista do Médico Residente segue o “Uniform Requirementes for Manuscripts Submitted do Biomedical Periodical Journals”, elaborado pelo Comitê Internacional de Editoresde Revistas Médicas (www.icmje.org), conhecido como “Convenção de Vancouver”.

A RA RA RA RA Reeeeevista do Médico Rvista do Médico Rvista do Médico Rvista do Médico Rvista do Médico Residente tem os aresidente tem os aresidente tem os aresidente tem os aresidente tem os ar tigtigtigtigtigos aos aos aos aos avvvvvaliados pelos paraliados pelos paraliados pelos paraliados pelos paraliados pelos pares (“peeres (“peeres (“peeres (“peeres (“peer-r-r-r-r-reeeeevievievievieview”).w”).w”).w”).w”). Os ar Os ar Os ar Os ar Os ar tigtigtigtigtigos anônimos são encaminhados paros anônimos são encaminhados paros anônimos são encaminhados paros anônimos são encaminhados paros anônimos são encaminhados para dois membra dois membra dois membra dois membra dois membrososososostambém anônimos do Conselho dos Revisores quetambém anônimos do Conselho dos Revisores quetambém anônimos do Conselho dos Revisores quetambém anônimos do Conselho dos Revisores quetambém anônimos do Conselho dos Revisores que,,,,, por meio de um roteiro de análise por meio de um roteiro de análise por meio de um roteiro de análise por meio de um roteiro de análise por meio de um roteiro de análise,,,,, procedem a aprovação ou não. A critério do Editor Científico, poderá procedem a aprovação ou não. A critério do Editor Científico, poderá procedem a aprovação ou não. A critério do Editor Científico, poderá procedem a aprovação ou não. A critério do Editor Científico, poderá procedem a aprovação ou não. A critério do Editor Científico, poderáo aro aro aro aro ar tigtigtigtigtigo ser submetido a ro ser submetido a ro ser submetido a ro ser submetido a ro ser submetido a reeeeevisorvisorvisorvisorvisores ees ees ees ees exterxterxterxterxternosnosnosnosnos..... ArArArArAr tigtigtigtigtigos ros ros ros ros rejeitados serão deejeitados serão deejeitados serão deejeitados serão deejeitados serão devvvvvolvidos aos autorolvidos aos autorolvidos aos autorolvidos aos autorolvidos aos autores anees anees anees anees anexados com as sugxados com as sugxados com as sugxados com as sugxados com as sugestões dos restões dos restões dos restões dos restões dos reeeeevisorvisorvisorvisorvisoreseseseses.....

Revista do Médico RESIDENTE

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REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 2009

1 - Editor Científico da Revista do Médico Residente.

EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL1:4

RESIDÊNCIA MÉDICA: APRENDER FAZENDOMedical Residency: On-the-job learning

João Carlos Simões1

“É fazendo que se aprende a fazer“É fazendo que se aprende a fazer“É fazendo que se aprende a fazer“É fazendo que se aprende a fazer“É fazendo que se aprende a fazeraquilo que se deve aprender a fazer”aquilo que se deve aprender a fazer”aquilo que se deve aprender a fazer”aquilo que se deve aprender a fazer”aquilo que se deve aprender a fazer”

(Ar i s tó te les)(Ar i s tó te les)(Ar i s tó te les)(Ar i s tó te les)(Ar i s tó te les)

Um dos pilares da residência médica é aprender fazendo. Isto está baseado na evidência de que oconhecimento se produz da prática para a teoria.

O processo de mesclar a teoria aprendida nos livros e aulas com a experiência da prática clínica (aíincluído o precioso relacionamento ético médico-paciente) produz o profissional na residência médica.

É na prática que se alicerça a experiência clínica e é na aprendizagem em serviço que o residenteconstrói, parcialmente, também a ética de suas relações com a família, o doente, com outros colegas, baseadono exemplo dos seus preceptores.

Hoje em dia, formar profissionais na residência médica com perfil adequado às necessidades sociais,implica propiciar capacidade de aprender a aprender, trabalhar em equipe, comunicar-se com simpatia eadequadamente, saber tomar decisões com rapidez e segurança em casos de urgência, ter conhecimento daética e cultivá-la, estudar continuadamente (o médico é um eter(o médico é um eter(o médico é um eter(o médico é um eter(o médico é um eterno rno rno rno rno residente)esidente)esidente)esidente)esidente), não perder a capacidadede se emocionar com o sofrimento humano, não se conformar com a indigência do financiamento do sistemade saúde do País e contribuir com a sua construção política.

São características todas, obviamente, de lugar comum, retóricas. Porém, é preciso repeti-las à exaustãoe impregnar todos os responsáveis pela residência médica: coordenadores, supervisores, chefes de serviço epreceptores, para uma mudança de paradigma no programa e na qualidade da residência médica, e confiar nacoragem e capacidade crítica dos nossos residentes na avaliação dos programas e dos preceptores, porque éo futuro profissional deles que está sendo construído.

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EDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIALEDITORIAL1:5

BIOÉTICA

BioeticJJJJJoão Gualberoão Gualberoão Gualberoão Gualberoão Gualber to de Sá Scto de Sá Scto de Sá Scto de Sá Scto de Sá Schefhefhefhefhef fffffererererer11111

Um dos temas sempre presentes no exercícioda atividade médica é a bioética. Bioética é umneologismo oriundo das palavras gregas bios (vida) eética (conduta humana). Ressalta-se, inicialmente, quea profissão médica é a mais importante na história dahumanidade, pois trata da obra maior do Criador, queé o ser humano.

O conhecimento e a análise da história e daevolução da Medicina traz ensinamentos para oexercício, principalmente no aspecto ético e humanista.Humanismo hoje esquecido com o advento epredomínio do tecnicismo.

Não é demais lembrar que a distância entre ocusto da assistência à saúde e a remuneração médicavem aumentando, pois a primeira cresce em um ritmoexponencial e a remuneração decresceprogressivamente.

Essa constatação é, no mínimo, inquietante. AMedicina deve ser entendida como forma de afeição e amorà vida e, assim sendo, desejo fazer uma exegese entre osversos de São Francisco de Assis e a atividade médica.

Diz São Francisco: “O homem que executa seutrabalho com as mãos é um trabalhador. O homemque trabalha com as mãos e o cérebro é um artesão.O homem que trabalha com as mãos, o cérebro e ocoração é um artista”.

Aí está a arte de ser médico: a mão no exameclínico e no ato cirúrgico, o cérebro no estudo e naatualização constante da matéria médica e o coraçãono atendimento e compreensão do sofrimento do serhumano.

A alma do médico é o altar, onde vai ajoelhar-se e rezar a dor dos que sofrem e procuram soluçãopara seus problemas físicos e mentais.

O amor é intrínseco ao ato médico, sendoinadmissível uma Medicina baseada na falta de amorao próximo.

O paciente, ao procurar o médico, não querapenas a cura, quer também amparo e compreensão,pois, sem ajuda, sem uma orientação segura, Medicinasó de aparelho é coisa de animal.

É fácil constatar que uma das características

atuais, não obstante os progressos materiais, é aincapacidade de solucionar humanisticamente osproblemas do dia-a-dia. Passamos de uma Medicinamenos científica e mais humana para uma maiscientífica e menos humana.

Miguel Couto afirmava: “O homem humaniza“O homem humaniza“O homem humaniza“O homem humaniza“O homem humanizaa ciência ou a ciência desumaniza o homem”a ciência ou a ciência desumaniza o homem”a ciência ou a ciência desumaniza o homem”a ciência ou a ciência desumaniza o homem”a ciência ou a ciência desumaniza o homem”.

Asseverava ainda Miguel Couto: “““““A MedicinaA MedicinaA MedicinaA MedicinaA Medicinaquando não cura deve consolar”quando não cura deve consolar”quando não cura deve consolar”quando não cura deve consolar”quando não cura deve consolar”.

O médico humano é o amigo e conselheiro, queouve e examina atentamente o doente.

Wilson Sanvito afirma que “estamos entr“estamos entr“estamos entr“estamos entr“estamos entrandoandoandoandoandona erna erna erna erna era do médico-tecnotrônicoa do médico-tecnotrônicoa do médico-tecnotrônicoa do médico-tecnotrônicoa do médico-tecnotrônico,,,,, que inter que inter que inter que inter que interpõepõepõepõepõeentre ele o paciente um complexo deentre ele o paciente um complexo deentre ele o paciente um complexo deentre ele o paciente um complexo deentre ele o paciente um complexo deapare lhos”apare lhos”apare lhos”apare lhos”apare lhos”.

Willian Osler afirmava que “o mais impor“o mais impor“o mais impor“o mais impor“o mais impor tantetantetantetantetantedo que saber que a doença tem o doente, édo que saber que a doença tem o doente, édo que saber que a doença tem o doente, édo que saber que a doença tem o doente, édo que saber que a doença tem o doente, éque doente tem uma doença”que doente tem uma doença”que doente tem uma doença”que doente tem uma doença”que doente tem uma doença”.

Tratamos doentes e não doenças, ensinamentoque deve estar sempre presente e que vem de nossosantepassados.

Hipócrates enfatizava a “obser vação”. Astécnicas podem mudar, podem morrer, mas aobservação permanece para sempre.

Cabe ao médico corrigir impressões distorcidaschegando a um diagnóstico que pode levar à tristezae decepção, mas que, formulado em termos comuns,favorece a empatia ao tratamento.

Não assistimos mais hoje as centenas deapendicectomias como antigamente, e o eminente Prof.Dr. Simão Kossobudski citava, em artigo publicado naRevista da Associação Médica de 1932, que em cercade 25% dos apêndices retirados não havia lesõesmacroscópicas, o que faz pensar da possibilidade quecerto número de cirurgias não eram necessárias.

Ressalte-se, no entanto, que era o únicoprocedimento correto na época, já que os métodosdiagnósticos e a terapêutica eram pobres.

Da mesma forma, as amigdalectomias foramsendo suprimidas, pois com o advento dos antibióticoso tratamento clínico solucionou o problema na grandemaioria dos casos.

1 - Membro Titular da Academia Paranaense de Medicina

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REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 20091:6

O fundamento da clínica continua sendoO fundamento da clínica continua sendoO fundamento da clínica continua sendoO fundamento da clínica continua sendoO fundamento da clínica continua sendoa anamnese e o exame físico do paciente. Aa anamnese e o exame físico do paciente. Aa anamnese e o exame físico do paciente. Aa anamnese e o exame físico do paciente. Aa anamnese e o exame físico do paciente. Afalta desta descaracteriza o “ato médico”,falta desta descaracteriza o “ato médico”,falta desta descaracteriza o “ato médico”,falta desta descaracteriza o “ato médico”,falta desta descaracteriza o “ato médico”,impede a relação médico-paciente e encareceimpede a relação médico-paciente e encareceimpede a relação médico-paciente e encareceimpede a relação médico-paciente e encareceimpede a relação médico-paciente e encarecea consulta pelo número de exames inúteis,a consulta pelo número de exames inúteis,a consulta pelo número de exames inúteis,a consulta pelo número de exames inúteis,a consulta pelo número de exames inúteis,não pernão pernão pernão pernão per mitindo a carmitindo a carmitindo a carmitindo a carmitindo a caracterização dos pacientesacterização dos pacientesacterização dos pacientesacterização dos pacientesacterização dos pacientessem doença orgânica.sem doença orgânica.sem doença orgânica.sem doença orgânica.sem doença orgânica.

Após estabelecido o diagnóstico, manda a éticaque o médico deve transmiti-Io ao paciente ou seusfamiliares de forma adequada, sem exageros, seja nanecessidade de revisão periódica, seja na gravidadedo caso.

Há alguns médicos, se assim podem serchamados, que têm a tendência de exagerar agravidade do caso, o que pode visar finalidademercantilista ou reduzir a insatisfação do paciente, emcaso de insucesso, ou no afã de magnificar o sucessopor ventura obtido.

A doença cria uma reação especial, provoca umaangústia que é a preocupação para a qual ainda nãovislumbramos solução. A cer teza, por má que seja,não gera angústia, talvez tristeza e decepção.

A grande fábrica de angústias é a incerteza e adúvida.

A doença torna o futuro incer to, reservando

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insegurança, ansiedade e medo. E ao médico cabecorrigir impressões distorcidas e o diagnóstico visacolocar a doença dentro de uma estrutura conhecida,apresentando-a em termos comuns para o médico eo paciente.

Devemos compreender o paciente e procurarter consciência como ele é agredido nesse momento.

Lembremo-nos que Homero afirmava que o“médico é o padrão dos homens”“médico é o padrão dos homens”“médico é o padrão dos homens”“médico é o padrão dos homens”“médico é o padrão dos homens”.

É impor tante também que o médico tenhaconhecimento suficiente para enfrentar a ingratidão eperseverança para continuar estudando, semprebuscando o aperfeiçoamento já que o progresso daMedicina é incessante. Nunca é demais destacar quetemos que estar junto do paciente no momento maisimportante, que é a morte, respeitando-a e não lançarmão de procedimentos desesperados que tentamnegar a realidade.

E se assim procedermos, atendendo aosditames da bioética, poderemos um dia ao fim dessajornada afirmar diante de Deus: “Senhor“Senhor“Senhor“Senhor“Senhor,,,,, eis aqui eis aqui eis aqui eis aqui eis aquio o o o o VVVVVosso serosso serosso serosso serosso ser vvvvvo que ro que ro que ro que ro que retoretoretoretoretorna ao na ao na ao na ao na ao VVVVVosso seioosso seioosso seioosso seioosso seio,,,,, cer cer cer cer cer tototototoque, com as forças que me deste, cumpri comque, com as forças que me deste, cumpri comque, com as forças que me deste, cumpri comque, com as forças que me deste, cumpri comque, com as forças que me deste, cumpri coma missão que me foi confiada, esperando agoraa missão que me foi confiada, esperando agoraa missão que me foi confiada, esperando agoraa missão que me foi confiada, esperando agoraa missão que me foi confiada, esperando agorapoder usufrpoder usufrpoder usufrpoder usufrpoder usufr uir da uir da uir da uir da uir da VVVVVossa prossa prossa prossa prossa presença eteresença eteresença eteresença eteresença eter na”na”na”na”na”.

Nova diretoria da Associação dosMédicos Residentes prioriza diálogo

O diálogo é o pilar do trabalho desenvolvido pela nova diretoria da Associação dos Médicos Residentes doParaná (AMEREPAR), eleita em novembro do ano passado, durante o Fórum Paranaense de ResidênciaMédica. A instituição recebe reclamações dos residentes de diversas instituições do Estado e atua, emconjunto com a Coreme, propondo soluções para os problemas enfrentados no ambiente hospitalar.

“Conversamos com preceptores e residentes e estamos conseguindo resolver as principais divergências”,afirma a presidente da Associação, a residente em Oftalmologia do Hospital das Clínicas da UFPR LuisaMoreira Hopker, enfatizando que é mais fácil lutar por melhorias para o médico residente quando se fazpar te da categoria.

Entre os problemas mais recorrentes, a presidente da AMEREPAR cita o excesso de carga horária,estipulada em 60 horas semanais pela Lei nº 6.932/81, a falta de estrutura, supervisão e assistência emambulatórios. O valor da bolsa paga aos residentes é outro ponto debatido pela Associação. Além damédica Luisa Moreira Hopker (presidente), compõem a nova diretoria os pares Murilo Minoru Murata(vice-presidente), Bruno Sbrissia (tesoureiro) e André Bacelar (secretário- geral). O mandato é de umano, conforme estabelece o estatuto da AMEREPAR. O presidente na gestão anterior tinha sido HugoManoel Paz Morales.

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Durante mais de 30 anos em atividade acadêmica nalide com estudantes, e também nas atividades profissionais eadministrativas, aprendi que por maior esforço que se possafazer, tenho muitas dificuldades em modificar o foco do alunoou de profissionais. E, como escrevo para médicos residentes,mesmo com todo perigo da generalização, eles estão incluídosnesse grupo.

É um permanente desafio aos comunicadoresapresentar as vantagens na venda de produtos. Se esta questãonão é fácil, demonstrar a importância de valores e dos conceitosde solidariedade é extremamente mais desafiador. E é comeste desafio que tento, mais uma vez, atingir mais alguém.Estou seguro que muitos podem ter interrompido a leituradeste artigo já no parágrafo anterior; considerando que ointeresse pode ser outro, pois a busca é pelo conhecimentocientífico puro e exclusivo.

Assim, em respeito a você que continua a ler, vamoscompletar a nossa ideia. Todos aceitam que Medicina é ciênciae arte. No entanto, durante o período da formação da residênciamédica, conseguir a participação dos médicos residentes, nosentido de consolidar a arte da Medicina, é uma grandedificuldade. Melhor dizendo, é difícil atraí-los para atividadesdiferentes daquelas que fazem parte das atividades técnicas.

Sempre foi um desafio encontrar meios de conseguir aparticipação dos médicos residentes em atividades voltadas àdiscussão de assuntos relacionados à ética, aos valores dasociedade e para outras atividades artísticas e culturais. Muitasestratégias já foram utilizadas, todas sem sucesso no que serefere ao número de participantes. Considero atividade de riscoconvidar palestrantes, mesmo aqueles de notório saber, pois apossibilidade de constrangimento pela pouca presença doscolegas é muito grande. Durante todos esses anos aceiteidiferentes estratégias para conseguir a presença dos colegas,nenhuma delas satisfatória.

O fulcro do artigo é reiterar aos médicos residentesque, para ser bom médico, não basta ter apenas conhecimento;é preciso muito mais. É indispensável ter boa relação médico-

QUANDO O ENCANTO SUPERA O CONHECIMENTO

When the enchantment surpasses knowledge.Luiz Sall im EmedLuiz Sall im EmedLuiz Sall im EmedLuiz Sall im EmedLuiz Sall im Emed11111

1 - Conselheiro, ex-presidente do CRMPR, fundador e ex-presidente da Comissão Estadual de Residência Médica (Cermepar).

paciente, ter postura e atitude frente ao paciente e familiares,ter a empatia nos momentos de sofrimento e compreender asangústias, as fantasias e mudanças de humor que a doençaimpõe. Explicar - mesmo mais de uma vez - até a completacompreensão e a clareza de todas as dúvidas. Dê ouvidos àssugestões. Se totalmente descabidas, tenha criatividade paraexplicar de forma elegante que a melhor maneira não seriaaquela que foi proposta e, sim, a outra já comprovada e aceitapela literatura..

Não menospreze os conceitos leigos, pois estãoconsolidados na crença popular e alguma verdade deve existir.A sua vestimenta deve estar impecável e compatível com aatividade médica. A maneira de se apresentar e relacionar como paciente é tão importante quanto a competência técnica domédico. Em comparação com os produtos, algumas vezes aimagem fica mais evidente que a marca. O grande exemplo é aimagem do cachorro que propagandeou os amortecedores.

Em outra comparação, quando você vai a um hospital oque chama atenção é a limpeza, luminosidade, a organização,a recepção, a maneira de como se é recebido. Enfim, valoriza-se o “periférico” e não os indicadores de boas práticas, comoexemplo a taxa de infecção hospitalar, a prevalência decomplicações cirúrgicas para aquele ato ou o resultado dotrabalho daquele cirurgião. Felizmente, mudanças ainda quetímidas demonstram que indivíduos melhor informados buscaminformações, como se o médico é especialista, quais seus títulose a experiência profissional comprovada. Fazem contato comos Conselhos de Medicina para saber a respeito de denúnciasde má-prática e do perfil ético. A competência técnica e opreparo científico são indispensáveis, mas não são o bastante.

Neste final proponho a transgressão. Como o conflitopode ser benéfico e a crise uma oportunidade, sugiro que osresidentes transgridam para o bem, rompam com o conceitoapenas do saber científico, mas acreditem no encantamentocomo um saber. É preciso arte e sabedoria na maravilhosaexperiência de encantar a pessoa. Assim o encanto supera oconhecimento.

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Daniela Vânia DorighelloDaniela Vânia DorighelloDaniela Vânia DorighelloDaniela Vânia DorighelloDaniela Vânia Dorighello33333

JJJJJuliano Cruliano Cruliano Cruliano Cruliano Cr uz uz uz uz uz TTTTTamiasso amiasso amiasso amiasso amiasso 44444

Antônio CarAntônio CarAntônio CarAntônio CarAntônio Car los los los los los Aguiar BrAguiar BrAguiar BrAguiar BrAguiar Brandãoandãoandãoandãoandão55555

Schnaider TB, Vieira AM, Dorighello DV, Tamiasso JC, Brandão ACA. Bloqueio interpleural para analgesia empacientes submetidas à cirugia de câncer de mama. Rev. Méd. Res. 2009;11(1): 8-13.

BLOQUEIO INTERPLEURAL PARA ANALGESIA EM PACIENTES SUBMETIDAS ÀCIRURGIA DE CÂNCER DE MAMAInterpleural block associated with general anesthesia in patients submitted to mastectomy

RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMOObjetiObjetiObjetiObjetiObjetivvvvvo:o:o:o:o: Os objetivos dessa pesquisa foram observar a presença de dor pós-operatória, o requerimento deanalgésicos e o tempo de permanência hospitalar. Métodos:Métodos:Métodos:Métodos:Métodos: Após aprovação pelo Comitê de Ética em Pesquisa,participaram do estudo clínico, randomizado e prospectivo, 20 pacientes do gênero feminino, com idade variandode 25 a 55 anos, peso entre 50 e 100 kg, estado físico ASA I e II, submetidas à mastectomia ou quadrantectomiacom axilectomia, sob bloqueio interpleural associado à anestesia geral. O bloqueio interpleural foi executado noquinto espaço intercostal (EIC5), linha axilar média, com agulha de Tuohy 17G, sendo administradas: levobupivacaína0,5% (100mg) com adrenalina 1:200000 (5ìg.mL-1), morfina (3mg) e clonidina (3µg.kg-1) no Grupo Levobupivacaína-Morfina-Clonidina (LMC), em 10 pacientes; ropivacaína 0,75% (150mg), morfina (3mg) e clonidina (3µg.kg-1) noGrupo Ropivacaína-Morfina-Clonidina (RMC), em 10 pacientes; A indução da anestesia geral, em ambos osGrupos, foi realizada com a injeção de etomidato (0,2mg.kg-1), alfentanil (30ìg.kg-1) e rocurônio (0,6mg.kg-1) e amanutenção com oxigênio e isoflurano (0,5vol% a 3,0vol%). A analgesia, analisada pela Escala Verbal Analógicade Dor, foi observada às 6h, 12h, 18h e 24h após o término do ato operatório. RRRRResultados:esultados:esultados:esultados:esultados: Quatro pacientesapresentaram dor pós-operatória leve, sendo uma entre 6 e 12h, uma entre 12 e 18h e duas no intervalo entre18 e 24h, tendo sido necessário administrar somente dipirona para tratamento da mesma, tanto no Grupo LMCquanto no Grupo RMC. Utilizando-se o teste Exato de Fisher observou-se diferença estatística significante entreos períodos de 6-12 horas e 18-24 horas, nos dois Grupos avaliados. ConcConcConcConcConclusão:lusão:lusão:lusão:lusão: As pacientes, em ambos osGrupos, que apresentaram dor pós-operatória, necessitaram somente de analgésico comum (dipirona), sendoque todas tiveram alta hospitalar com 24 horas de pós-operatório.Descritores: AnalgesiaDescritores: AnalgesiaDescritores: AnalgesiaDescritores: AnalgesiaDescritores: Analgesia; Anestesia; Dor pós-operatória; Neoplasias da mama; Anestesia; Dor pós-operatória; Neoplasias da mama; Anestesia; Dor pós-operatória; Neoplasias da mama; Anestesia; Dor pós-operatória; Neoplasias da mama; Anestesia; Dor pós-operatória; Neoplasias da mama.....

TRABALHO REALIZADO NO CENTRO DE ENSINO E TREINAMENTO DO SERVIÇO DE ANESTESIOLOGIA DO HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA UNIVERSIDADEDO VALE DO SAPUCAÍ – MG.1 - Professor Titular Doutor do Departamento de Clínica Cirúrgica. Responsável pelas Disciplinas de Anestesiologia e Metodologia Científica da

Faculdade de Medicina da Universidade do Vale do Sapucaí.2 - Professor Titular Doutor do Departamento de Fisiologia, Morfologia e Patologia. Responsável pela Disciplina de Farmacologia da Faculdade

de Medicina da Universidade do Vale do Sapucaí. Co-responsável pelo CET/SBA de Pouso Alegre-MG.3 - Residente (ME3) do Centro de Ensino e Treinamento do Serviço de Anestesiologia do Hospital das Clínicas da Universidade do Vale do

Sapucaí-MG.4 - Residente (ME2) do Centro de Ensino e Treinamento do Serviço de Anestesiologia do Hospital das Clínicas da Universidade do Vale do

Sapucaí-MG.5 - Professor Titular Doutor do Departamento de Fisiologia, Morfologia e Patologia. Responsável pela Disciplina de Biofísica da Faculdade de

Medicina da Universidade do Vale do Sapucaí. Responsável pelo CET/SBA de Pouso Alegre-MG.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOTem sido observado que, ao realizarmos um

bloqueio interpleural, a solução de anestésico localse difunde no sentido da parede torácica, produzindo

um bloqueio de múltiplos nervos intercostais, da cadeiasimpática cranial, do pescoço e da extremidadesuperior, do plexo braquial, dos nervos esplâncnicos,

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dos nervos frênicos, do plexo celíaco e gânglios. Comoo anestésico local se difunde através de ambas ascamadas da pleura, por seu efeito local direto nodiafragma, pulmão, pericárdio e peritônio, podecontribuir com atividade analgésica1.

A ativação dos receptores a2-adrenérgicosacarreta intensa resposta analgésica, peloenvolvimento dos receptores supra-espinhal e,principalmente, espinhal, incluindo a ativação dosreceptores a2 pós-sinápticos das vias descendentesnoradrenérgicas, dos neurônios colinérgicos e daliberação de óxido nítrico e de encefalinas2.

Estudos recentes têm demonstrado que osagonistas a

2-adrenérgicos também apresentam papel

importante na modulação da dor, inibindo a conduçãonervosa por meio das fibras Ad e C 3.

Uma das propriedades dos agonistas a2-

adrenérgicos é a capacidade de reduzir a necessidadede anestésicos halogenados durante a anestesia. Como advento dos fármacos superseletivos, como é o casoda dexmedetomidina, a redução chega a ser em tornode 95%, se o halogenado utilizado for o halotano4.

A cetamina atua em vários receptores, incluindo:os muscarínicos e nicotínicos; os opióides mu, delta ecapa; os monoaminérgicos e os canais de cálciovoltagem-dependente; como antagonista nãocompetitivo no sítio fenciclidina do complexo canal-receptor N-metil-D-aspar tato (NMDA). Bloqueiatambém os canais de sódio nos sistemas nervosocentral e periférico5.

A molécula de cetamina contém quirilidade queproduz dois isômeros ópticos. O isômero S(+) dacetamina (levógiro), por sua maior estereoafinidadepelo receptor fenciclidina no canal NMDA inibindo demaneira não competitiva a ativação do canal peloglutamato, possui propriedades analgésicas eanestésicas mais potentes, apesar de exibir perfisfarmacocinético e farmacodinâmico semelhantes aoisômero R(-) da cetamina (dextrógiro) e à cetaminaracêmica 6-8.

A morfina, um opióide hidrofílico, produzanalgesia espinhal por sua ação nos receptoresopióides mu2, capa1 e delta1, assim como supra-espinhal por sua ação nos receptores opióides mu

1,

capa3 e delta2 9. Há evidências que sugerem que a

perda de efetividade da morfina administrada no pós-operatório seja decorrente da ativação dos receptoresNMDA10.

A ropivacaína é um anestésico local de longa

duração, quimicamente homóloga à mepivacaína e àbupivacaína. Estudos pré-clínicos demonstraram quea ropivacaína apresenta menos toxidade para ossistemas cardiovascular e nervoso central, quandocomparada à bupivacaína11.

Esse estudo teve como objetivos observar apresença de dor pós-operatória, o requerimento deanalgésicos e o tempo de permanência hospitalar empacientes submetidas a ressecções mamárias comaxilectomia, sob anestesia interpleural associada àgeral.

MÉTODOSMÉTODOSMÉTODOSMÉTODOSMÉTODOSApós análise e aprovação da pesquisa pelo

Comitê de Ética em Pesquisa em Seres Humanos daUniversidade do Vale do Sapucaí, todas as pacientespar ticipantes assinaram o Termo de ConsentimentoLivre e Esclarecido, após explanação minuciosa relativaaos procedimentos a que seriam submetidas.Par ticiparam deste estudo clínico, prospectivo erandomizado, 20 pacientes do gênero feminino, na faixaetária de 25 a 55 anos, peso entre 50 e 100 kg, estadofísico ASA I e II, submetidas a ressecções mamáriascom linfodenectomia axilar, sob anestesia geralassociada à interpleural.

Todas as pacientes receberam diazepam (10mg)na véspera e midazolam (15mg) 40 minutos antes doato operatório, ambos administrados por via oral. Nasala de operação foram monitorizadas comeletrocardioscopia, pressão ar terial não-invasiva,oximetria de pulso e analisador de gases ins eexpirados. Depois de realizada a punção venosa comcânula 18G foi administrada solução contendomidazolam (5mg), fentanil (50µg) e metoclopramida(10mg).

A anestesia interpleural foi realizada com apaciente na posição supina, no espaço EIC5, com agulhaTuohy 17G, sendo administrados, aleatoriamente, 20mlde levobupivacaína a 0,5% (100mg) com adrenalina1:200000 associados a 3ml de morfina e a Clonidina(3µg.kg-1 ) no Grupo Levobupivacaína-Morfina-Clonidina(GLMC, n=10) ou 20ml de ropivacaína a 0,75% (150mg)associados a 3ml de morfina (3mg) e a clonidina(3µg.kg-1 ) no Grupo Ropivacaína-Morfina-Clonidina(GRMC, n=10). Todas as pacientes receberam umvolume das combinações de fármacos no espaçointerpleural, na velocidade de 1ml.s-1.

A indução anestésica foi realizada com etomidato(0,2mg.kg-1), alfentanil (30µg.kg-1) e rocurônio

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(0,6mg.kg-1), sendo a manutenção obtida pelaadministração de isoflurano (0,5vol% a 3,0vol%). Seocorressem sinais clínicos ou respostashemodinâmicas que sugerissem níveis inadequadosde anestesia (sudorese, lacrimejamento, hipertensãoar terial e taquicardia) seria administrado alfentanil(500µg), em doses intermitentes, por via venosa.

A ventilação controlada foi realizada em sistemade anestesia com baixo fluxo, possibilitandoumidificação e aquecimento dos gases inspirados. Ovolume corrente foi de 8 a 10ml.kg-1 e a freqüênciarespiratória suficiente para manter a pressão expiradade dióxido de carbono (PETCO2) entre 30mmHg e35mmHg.

Os dados da pressão ar terial, freqüênciacardíaca, saturação periférica da hemoglobina pelooxigênio (SpO

2), gás carbônico expirado (P

ETCO

2) e

concentração inspirada de isoflurano foram registradosapós a monitorização, a intubação oro-traqueal , arealização da anestesia interpleural e, a seguir, de 15em 15 minutos até o término do ato operatório.Terminado o procedimento, as pacientes foramencaminhadas à Sala de Recuperação Pós-Anestésica(SRPA).

A analgesia intra-operatória foi observada pormeio dos sinais clínicos e a concentração inspirada doagente inalatório por meio do analisador de gases inse expirados, durante o ato cirúrgico. Aumentos nafrequência cardíaca e/ou pressão ar terial sistólicaacima dos níveis pré-bloqueio foram tratados comelevação da concentração inspirada de isoflurano (até3,0vol%) e, se os parâmetros analisados não atingissemos níveis desejados, seria injetado alfentanil (500µg),por via venosa, em bolus e repetido quantas vezes sefizessem necessárias; queda da pressão sistólicasistêmica abaixo de 30% dos níveis pré-bloqueio ouinferior a 90mmHg seria corrigida com administraçãode amina simpaticomimética de ação mista (efedrina),por via venosa; queda acentuada na freqüênciacardíaca, menor que 50 bat.min-1, ocasionando baixodébito, seria tratada com administração de antagonistamuscarínico (atropina), por via venosa.

Em relação à analgesia pós-operatória, quesignifica perda ou ausência de sensibilidade à dor, aintensidade da dor pós-operatória foi analisada pela EscalaVerbal Analógica de Dor, sendo o extremo zerocorrespondente à ausência de dor, variando até dez,correspondente à pior dor imaginável. Neste experimento,foi adotado como referência o escore zero desta escala.

A análise estatística relativa aos dadosantropométricos das pacientes foi efetuada utilizando-se a Análise de Variância com a prova de Scheffé; aanálise estatística do tempo de duração do atooperatório foi feita por meio do teste t de Student; aanálise estatística das quedas da pressão sistólicasistêmica e da frequência cardíaca foram realizadasusando-se a prova exata de Fisher ; a análise daanalgesia foi efetuada utilizando-se os testes do Qui-quadrado e Exato de Fisher. A análise da sedação foirealizada usando-se o teste do Qui-quadrado. Valoresde p<0,05 foram considerados significantes.

RESULRESULRESULRESULRESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOSNo que se refere ao peso e à idade dos pacientes

incluídos no estudo, utilizando-se a Análise de Variânciacom a prova de Scheffé, não foram encontradasdiferenças estatísticas significantes entre os grupos(Tabela 1).

TABELA 1 – DADOS ANTROPOMÉTRICOS DOS PACIENTESINCLUÍDOS NO ESTUDO (Média ± DP)

IDADE (anos) PESO (kg)GRUPO LMC (n=10) 48,00 ± 6,32 62,90 ± 9,70GRUPO RMC (n=10) 48,27 ± 8,59 58,45± 10,77Sem significância estatística, prova de Scheffé, p> 0,05LMC – levobupivacaína - morfina – clonidinaRMC – ropivacaína - morfina - clonidina

Quanto ao tempo de duração do ato operatório,utilizando-se o teste t de Student, não foram encontradasdiferenças estatísticas significantes entre os grupos(Tabela 2).

TABELA 2 – TEMPO DE DURAÇÃO DO ATO OPERATÓRIO(Média ± DP)

DURAÇÃO (minutos)

GRUPO LMC (n=10) 77,00 ± 18,88GRUPO RMC (n=10) 79,09 ± 24,78

Sem significância estatística, teste t de Student, p>0,05LMC – levobupivacaína - morfina – clonidinaRMC – ropivacaína - morfina - clonidina

Foi verificada queda da pressão arterial sistólicaabaixo de 30% dos níveis pré-bloqueio ou inferior a90mmHg em um paciente do Grupo LMC e doispacientes do Grupo RMC. Utilizando-se a prova exatade Fisher, não foi obser vada diferença estatísticasignificante entre os Grupos (Tabela 3).

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Não ocor reu diminuição acentuada dafrequência cardíaca, menor que 50 bat.min-1, em ambosos Grupos.

TABELA 3 – EFEITOS DOS FÁRMACOS NA PRESSÃO ARTERIALSISTÓLICA (PAS) E FREQUÊNCIA CAREDÍACA (FC)

GRUPOS

Efeitos LMC (n=10) RMC (n=10)↓ ↓ ↓ ↓ ↓ PAS 12↓ ↓ ↓ ↓ ↓ FC 0 0

Sem significância estatística, teste Exato de Fisher, p> 0,05, entreos GruposLMC – levobupivacaína - morfina – clonidinaRMC – ropivacaína - morfina - clonidina

Com relação à analgesia intra-operatória, todosos pacientes, tanto do Grupo LMC quanto do GrupoRMC, necessitaram de concentração inspirada deisoflurano inferior a 3 vol%, não sendo necessárioadministrar alfentanil.

Em ambos os Grupos, LMC e RMC, uma pacienteapresentou dor pós-operatória leve e necessitou decomplementação analgésica no período de observaçãoentre 6 e 12 horas, uma paciente apresentou dor pós-operatória leve e necessitou de complementaçãoanalgésica no período de observação entre 12 e 18horas e duas pacientes apresentaram dor pós-operatória leve e necessitaram de complementaçãoanalgésica no período de observação entre 18 e 24horas. (Tabela 4).

TABELA 4 – PRESENÇA DE DOR (Escore da Escala Analógicade dor)

GRUPOSDor LMC (n=10) RMC (n=10)Até 6h 0* 0*Entre 6h e 12h 1 1Entre 12h e 18h +1=2 +1=2Entre 18h e 24h +2=4* +2=4*

Total 4 4***** Com significância estatística, teste Exato de Fisher, p<0,05, nosGrupos LMC e RMC, entre o período até 6h e o período 18 - 24h.LMC – levobupivacaína - morfina – clonidinaRMC – ropivacaína - morfina - clonidina

Complementação analgésica nos dois gruposavaliados (Tabela 5)

TABELA 5 – COMPLEMENTAÇÃO ANALGÉSICA

Pacientes GRUPO LMC (n=10) GRUPO RMC (n=10)1 - Dipirona2 Dipirona -3 - -4 - Dipirona5 Dipirona -6 - Dipirona7 Dipirona -8 - -9 - Dipirona10 Dipirona -

LMC – levobupivacaína - morfina – clonidinaRMC – ropivacaína - morfina – clonidina

DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃOO advento de novas vias de administração

utilizando associação de fármacos possibilitouanestesias mais seguras, com menor ocorrência deefeitos adversos.

No presente estudo, as pacientes foramsubmetidas à analgesia multimodal por via interpleuralcombinada à anestesia geral. Associando-se agentese técnicas, ocor re interação medicamentosa,necessitando-se doses menores dos fármacos a seremadministrados, com menor aparecimento de efeitosadversos.

A analgesia e a sedação pós-operatóriasadequadas, em pacientes por tadoras de neoplasiase submetidas a cirurgias mutilantes, mesmo que noprimeiro momento, são de fundamental impor tânciapara a auto-estima e a qualidade de vida.

Estudo em pacientes submetidas a cirurgiaspara tratamento de câncer de mama, realizandobloqueio interpleural antes da indução da anestesiageral, observou que a associação das técnicas reduziusignificantemente o requerimento de opióide no intra-operatório, menor incidência de efeitos colaterais,prolongado período pós-operatório sem dor e, acimade tudo, uma melhor qualidade de recuperação pós-operatória12.

A doença residual das neoplasias da mamaresulta em metástases clínicas, dependente deinúmeros fatores, incluindo imunidade mediada porcélulas anti-tumorais, angiogênese e sinais decrescimento residual. Pelo menos três fatores intra-operatórios influenciam de modo adverso: a respostaneuroendócrina ao estresse operatório, os

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anestésicos voláteis e os opióides. Estudos emanimais indicam que a anestesia regional e umaótima analgesia pós-operatória, de modoindependente, reduzem o aparecimento demetástases em animais inoculados com células deadenocarcinoma de mama. Estudos retrospectivos emseres humanos sugerem que a anestesia regionalcombinada com sedação ou a anestesia geral emque foram administrados agentes voláteis associadaà analgesia pós-operatória com opióides, reduzemo risco de recorrência local ou metastática, apóscirurgia de câncer de mama, durante os anos iniciaisde seguimento13,14 .

Nessa pesquisa foi real izado o bloqueiointerpleural, no EIC5, na linha axilar média, com opaciente em posição supina com céfalo-declive de20o, a f im de se obter bloqueio das cadeiassimpáticas cervical e torácica superior, podendo obloqueio sensitivo atingir T1-. O bloqueio interpleuralfoi realizado com a associação de um anestésicolocal do tipo amida (levobupivacaína ou ropivacaína),um opióide hidrossolúvel (morfina) e um agonistaa

2-adrenérgico (clonidina). Durante o intra-

operatório foi administrado isoflurano em dosessuperiores a 0,5% e inferiores a 3%. Com a

ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTBacBacBacBacBackgkgkgkgkgrrrrround:ound:ound:ound:ound: The goal of this study was to evaluate the presence of postoperative pain, the need for pain killersand the time patients stay in the hospital after undergoing breast cancer surgery with interpleural block. Methods:Methods:Methods:Methods:Methods:After the approval by the Committee of Ethics in Research, twenty female patients aged 25 to 55, weighting 50to 100 kilos, ASA I and II underwent mastectomy or quadrantectomy with axillary lymphadenectomy underinterpleural block associated with general anesthesia. The interpleural block was done in the 5th intercostalspace at the medium axillary line with a 17 G Tuohy needle. The 20 patients were divided into two groups of 10patients each. The Levobupivacaine-morphine-Clonidine(LMC) group received 100 mg of 0.5% levobupivacainewith (5ìg.mL-1) of 1:200000 adrenaline, 3 mg of morphine and 3µg.kg-1 of Clonidine. The Ropivacaine-morphine-Clonidine(RMC) group received 150mg of 0,75% Ropivacaine, 3mg of morphine and 3mg.kg -1 of Clonidine.General anesthesia in both groups was obtained with the injection of 0,2mg.kg-1 of Etomidato, 30ìg.kg-1 ofAlfetanil and 0,6mg.kg-1 of Rocuronio. The maintenance of anesthesia was done with oxygen and 0.5 vol% to 3.0vol% of Isoflurano. After surgery, analgesia was evaluated through the analogical verbal pain scale at 6, 12, 18and 24 hours. R R R R Results:esults:esults:esults:esults: Four patients repor ted mild post-op pain. One patient repor ted it between 6 and 12hours, another between 12 and 18 hours and the other two between 18 and 24 hours. For both groups ( LMC andRMC) only Dipirona was needed for pain control. When using the Fisher test, a relevant difference in statistics wasnoticed in both groups between the periods of 6-12 hours and 18-24 hours. ConcConcConcConcConclusion:lusion:lusion:lusion:lusion: In conclusion, thepatients, who presented postoperative pain in both groups, needed only a common pain killer (Dipirona) andwere all discharged within a 24 hour postoperative.Key words: Analgesia; Anesthesia; Pain; Postoperative; Breast neoplasms.Key words: Analgesia; Anesthesia; Pain; Postoperative; Breast neoplasms.Key words: Analgesia; Anesthesia; Pain; Postoperative; Breast neoplasms.Key words: Analgesia; Anesthesia; Pain; Postoperative; Breast neoplasms.Key words: Analgesia; Anesthesia; Pain; Postoperative; Breast neoplasms.

associação das técnicas anestésicas utilizadas, aspacientes que se queixaram de dor levenecessitaram somente de analgésico comum, sendoque todas apresentaram melhor qual idade derecuperação pós-operatória e receberam altahospitalar com 24 horas após o término doprocedimento cirúrgico.

Na literatura pesquisada, foram encontradospoucos trabalhos para tratamento cirúrgico deneoplasias de mama com a associação das técnicasutilizadas nesse estudo, mesmo sendo o bloqueiointerpleural de fácil execução e trazendo os benefíciosdescritos na literatura ao se utilizar as anestesiasregionais, tais como o bloqueio paravertebral15,16 e aanestesia peridural torácica17,18.

CONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOAs pacientes, em ambos os grupos, que

apresentaram dor pós-operatória (10% no intervaloentre 6 e 12h, 10% no intervalo entre 12 e 18h e 20%no intervalo entre 18 e 24h) necessitaram somentede analgésico comum (dipirona), sendo que todastiveram alta hospitalar com 24 horas de pós-operatório.

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Recebido em: 01/12/2008Aprovado em: 06/02/2009Conflito de interesses: nenhumFonte de financiamento: nenhuma

EnderEnderEnderEnderEndereço pareço pareço pareço pareço para cora cora cora cora cor rrrrr espondência:espondência:espondência:espondência:espondência:Taylor Brandão SchnaiderAv. Francisca R. de Paula, 28937550-000 - Pouso Alegre - MGe-mail: [email protected]

Confira o calendário de transmissões das Telepatologias em 2009Médicos Residentes interessados em par ticipar do

programa de Telepatologias, realizado pelo CRMPR por meio devideoconferência, devem ficar atentos ao calendário de atividadespara os próximos meses. As datas foram fixadas pelo Conselho e astransmissões estão sendo realizadas sempre na última terça-feirade cada mês (exceções em julho e dezembro, período em que asinstituições de ensino entram em férias).

A próxima edição da discussão anatomoclínica ocorreráem 26 de maio, a partir das 9h, e será transmitida gratuitamentepara os auditórios das sedes do Conselho de Medicina em Curitibae Maringá, e para a Santa Casa de Londrina. As demais transmissõesocorrerão, a partir das 9h, em 30 de junho, 25 de agosto, 29 desetembro, 27 de outubro e 24 de novembro. Os participantestambém poderão acompanhar as Telepatologisa pela internet, por

videostreaming. A modalidade necessita somente de computadorcom recursos de multimídia (placa e caixa de som) e acesso àinternet banda-larga. Porém, o número de vagas é limitado e sãopriorizadas as inscrições por ordem cronológica.

A atividade faz parte de um convênio celebrado há sete anosentre a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)e o CRMPR com o intuito de promover educação médica continuada.Endereços e contatos:Endereços e contatos:Endereços e contatos:Endereços e contatos:Endereços e contatos:CURITIBCURITIBCURITIBCURITIBCURITIBA A A A A - Auditório do CRMPR: Rua Victório Viezzer, 84, pavimentoS1 - Vista Alegre. Inf.: (41) 3240-4049.MARINGÁMARINGÁMARINGÁMARINGÁMARINGÁ - Auditório Wadir Rúpollo da Regional do CRMPR: Ruadas Azaléias, 209 - Zona 5. Inf.: (44) 3224-4329.LONDRINALONDRINALONDRINALONDRINALONDRINA - Auditório da Santa Casa de Londrina: Rua EspíritoSanto, 523 – Centro. Inf.: (43) 3374-2500.

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RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMOObjetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo: Objetivo: Os objetivos do presente trabalho são conhecer o perfil epidemiológicos dos pacientes encaminhadospara exérese de nevos no Ambulatório do HRSJ-HMG bem como medir a prevalência de câncer de pele nestespacientes. Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: Métodos: Foi realizado um estudo prospectivo analítico, onde 35 pacientes submetidos à exéresede nevo no Ambulatório de HRSJ-HMG no período de fevereiro a novembro de 2008, responderam um questionáriopré-estabelecido. O cirurgião responsável pelo procedimento descreveu a lesão e sua impressão clínica quantoao caráter de malignidade da mesma. Estas lesões foram todas encaminhadas para exame anatomopatológicoe posteriormente os dados foram comparados e analisados estatisticamente. RRRRResultados:esultados:esultados:esultados:esultados: A prevalência decâncer de pele na população estudada foi de 32,4 %%; sendo que destes aproximadamente 83% na formaCCNM e 17% na forma de Melanoma. O perfil epidemiológico dos pacientes em questão teve predomínio maciçode brancos (31 brancos/3 pardos/ 1 negro), com uma taxa baixa de uso regular de protetor solar regularmente.A história familiar de câncer de pele esteve presente em aproximadamente 32% de todos os pacientes. Sendoque naqueles com diagnóstico de câncer de pele apareceu em 40%. Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: Conclusão: O estudo demonstrou altaprevalência de câncer de pele na população em questão. Fato este que mostra a importância da orientação equalificação dos profissionais de saúde para realizarem exame físico a procura de lesões sugestivas de malignidade.E uma vez diagnosticadas estas lesões os pacientes devem ser encaminhados para a exérese das mesmas.Descritores: Melanoma; Neoplasias cutâneas.Descritores: Melanoma; Neoplasias cutâneas.Descritores: Melanoma; Neoplasias cutâneas.Descritores: Melanoma; Neoplasias cutâneas.Descritores: Melanoma; Neoplasias cutâneas.

PREVALÊNCIA DE CÂNCER DE PELE EM PACIENTES SUBMETIDOS À EXÉRESE DENEVO NO AMBULATÓRIO DO HRSJ- HOMERO DE MIRANDA GOMESSkin cancer prevalence in patients submitted to nevi excision in the HRJS-Homero de Miranda Gomes ambulatory.

LeonarLeonarLeonarLeonarLeonardo Macdo Macdo Macdo Macdo Machado de Carhado de Carhado de Carhado de Carhado de Car vvvvvalhoalhoalhoalhoalho11111

Nicolau FNicolau FNicolau FNicolau FNicolau Fererererer nandes Krnandes Krnandes Krnandes Krnandes Kruelueluelueluel22222

Carvalho LM, Kruel. NF. Prevalência de câncer de pele em pacientes submetidos à exérese de nevo no ambulatóriodo HRSJ - Homero de Miranda Gomes. Rev. Med. Res. 2009;11(1): 14-17.

TRABTRABTRABTRABTRABALHO REALIZADO NO ALHO REALIZADO NO ALHO REALIZADO NO ALHO REALIZADO NO ALHO REALIZADO NO AMBAMBAMBAMBAMBULAULAULAULAULATÓRIO DO HRSJ - HOMERTÓRIO DO HRSJ - HOMERTÓRIO DO HRSJ - HOMERTÓRIO DO HRSJ - HOMERTÓRIO DO HRSJ - HOMERO DE MIRANDO DE MIRANDO DE MIRANDO DE MIRANDO DE MIRANDA GOMES - FA GOMES - FA GOMES - FA GOMES - FA GOMES - Florianópolis/SClorianópolis/SClorianópolis/SClorianópolis/SClorianópolis/SC.....1 - Residente em cirurgia geral do Hospital Regional de São José - Homero de Miranda Gomes - Florianópolis/SC.2 - Chefe do serviço de Cirurgia do Hospital Regional de São José - Homero de Miranda Gomes - Florianópolis/SC.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOO câncer de pele e um dos tipos de câncer mais

freqüente no mundo. Sua incidência vem aumentandocom o passar dos anos. Acredita-se que vai exceder ade câncer de pulmão, mama, cólon, reto, próstata ebexiga, assim como de todos os linfomas combinados.Sua magnitude provavelmente será similar ao total detodas as neoplasias não-cutâneas.

As principais formas de câncer de pele são ocâncer cutâneo não melanocítico (CCNM), representadopelos carcinomas basocelular e espinocelular, e omelanoma cutâneo (MC). O CCNM apresenta umaagressividade menor, principalmente quando se tratado carcinoma basocelular, e crescimento mais lento.Já o MC tem alta malignidade com crescimentoacelerado.

No Brasil, em semelhança a outros países, a

incidência de câncer de pele também aumenta.Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca),na região sul do Brasil, a incidência de melanomaprevista para 2008 é de 2.950 novos casos em homese 2.970 em mulheres. Quanto ao câncer cutâneo nãomelanocítico, a taxa de incidência prevista é de 55.890casos novos em homens e de 59.120 nas mulheres.1

Nos Estados Unidos da América, o câncer depele é a causa mais frequente de neoplasia, atingindocerca de 840.000 casos ao ano. As formas não-melanomas são responsáveis por aproximadamente90% desses casos, tendo sua incidência maior do queas incidências somadas dos carcinomas de pulmão,de colo, de mama, de reto, de próstata e de todos oslinfomas. 2 O CCNM apresenta baixa mortalidade, sendo,porém, responsável por impor tantes sequelas.4

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O diagnóstico precoce do MC e do CCNM, bemcomo de seus precursores (respectivamente, o nevodisplásico e as ceratoses actínicas), diminui osinvestimentos e os custos dos serviços de saúde. 1

O presente trabalho visa definir o perfilepidemiológico dos pacientes submetidos à exéresede nevo no ambulatório do HRSJ-HMG, bem como medira prevalência de câncer de pele nos mesmos.

MÉTODOSMÉTODOSMÉTODOSMÉTODOSMÉTODOSFoi realizado um estudo prospectivo, analítico,

no ambulatório de pequenas Cirurgias do Hospitalregional de São José – Homero de Miranda Gomes,durante o período de fevereiro a novembro de 2008,onde todo o paciente encaminhado para exérese denevo pelo próprio hospital ou pela rede de atençãoprimaria à saúde, era enquadrado no presente estudo.

Estes pacientes eram submetidos a umquestionário onde respondiam dados de identificaçãoprópria bem como cor da pele, cidade de origem ehistória familiar de câncer de pele. Também eraindagado sobre alterações desta lesão nos últimosmeses e uso regular, ou não, de protetor solar.

O cirurgião responsável pelo procedimentodescrevia a lesão levando em conta o tamanho, a core as bordas. E, também, registrava sua impressãoclínica quanto ao grau de malignidade da lesão.

Todas as lesões extirpadas foramencaminhadas para exame anatomopatológico nomesmo laboratório. E o resultado deste exame foianexado à ficha-inquérito.

Estes questionários juntamente com o resultadodo exame anatomopatológico foram posteriormenteanalisados estatisticamente pelo teste de Qui-Quadrado.

RESULRESULRESULRESULRESULTTTTTADOSADOSADOSADOSADOSOs pacientes do presente estudo foram na

maioria mulheres (21x14) com a idade entre 41 a 60anos (Tabela 1) e de cor branca (aproximadamente94%).

TABELA 1 - DISTRIBUIÇÃO DOS PACIENTES POR FAIXAETÁRIAIdade QuantidadeAté 20 anos 121-40 anos 541-60 anos 15Acima de 60 anos 13

Dos 35 pacientes, 12 tinham história familiar decâncer de pele. Apenas dois pacientes não relataramqualquer alteração da lesão nos últimos meses, nosdemais as alterações mais frequentes foram aumentoda lesão e prurido. De todos os entrevistados, somentenove relataram o uso regular de protetor solar e, destes,todos eram mulheres (Tabela 2).

TABELA 2 - PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTESESTUDADOS

HOMENS MULHERESCOR DA PELEbranca 12 -parda 1 19negra 1 2HISTÓRIA FAMILIARSim 7 5Não 7 16PROTETOR SOLARSim - 9Não 14 12

Os cirurgiões responsáveis pelo procedimentosuspeitaram clinicamente de lesão maligna em11casos, sendo que todos estes se confirmaram. Alemdestes, ainda houve um caso de malignidade que aimpressão diagnóstica foi benigna (Tabela3). Dos 35pacientes, dez tiveram diagnóstico patológico de CCNMe dois de melanoma cutâneo

TABELA 3 - RELAÇÃO ENTRE IMPRESSÃO CLÍNICA EDIAGNÓSTICO PATOLÓGICO

EXAME MÉDICO POSITIVO NEGATIVOPatologia positiva 11 1Patologia negativa 0 23TOTAL 11 24

Dos dez indivíduos com diagnostico de CCNMtrês tinham carcinomas espinocelular e setecarcinomas basocelular. Seis deles encontravam-segrupo etário de 40-60 anos e quatro tinham mais de60 anos. Somente três destes pacientes tinham históriafamiliar de câncer de pele. Quatro eram mulheres.

Nos dois casos de melanoma, os pacientes eramhomens de pele branca com história familiar de câncerde pele; um tinha 70 anos e o outro 46. Ambosapresentavam a lesão no tórax.

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Nos três casos de carcinoma espinocelular aslesões encontravam-se na face. Dos sete pacientes comdiagnóstico de carcinoma basocelular, dois tinhamlesão na face e os demais na região dorsal do tórax.

A prevalência de lesões malignas no presenteestudo foi estimada em 34,2%. Foram encontrados cincocasos de lesões precursoras de malignidade (ceratoseactínica)

Dos 12 pacientes com diagnóstico de câncer depele, aproximadamente 40% tinham história familiarpara lesões malignas de pele.

DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃOO presente estudo possibilitou traçar o perfil

epidemiológico dos pacientes encaminhados para oambulatório de pequenas cirurgias do HRSJ-HMG.Mostrou um predomínio maior de mulheres da raçabranca, e a média de idade variou entre 40 e 60 anos,sendo que mais de 60% dos pacientes tinham mais de40 anos.

Não podemos ignorar o baixo índice depacientes que fazem uso regular de protetor solar (novedentre os trinta e cinco entrevistados), e todos essesdo sexo feminino. Fato que aler ta para a falta deconscientização da população, principalmentemasculina, quanto à importância de proteger-se.3

No estudo foram diagnosticados 12 casos decâncer de pele distribuídos na proporção aproximadade 83% de CCNM e 17% de melanoma, valores estes

muito semelhantes à literatura.1, 4

Todos os pacientes que participaram do estudotinham passado por consulta médica prévia eapresentavam alguma indicação para exérese da lesãoem questão. Sabendo que isto coloca estes indivíduosno grupo seleto de portadores de lesão sugestiva demalignidade ao exame clínico; a prevalência de 34,2%de câncer de pele, nestes indivíduos, está dentro doslimites encontrados na literatura.

Outro dado interessante foi a especificidade altado diagnóstico clínico realizado pelos cirurgiões queparticiparam do estudo (100%), dado que não podeser comparado com a literatura por inexistência detrabalhos semelhantes. A sensibilidade do exameclínico não pode ser avaliada pela amostra pequenaque compôs o trabalho.

CONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOEstes achados percentuais não podem ser

estratificados para população em geral, pois estaamostragem é seleta e representa uma parcela restritacom alta suspeição para câncer de pele.

O câncer de pele, de acordo com a literatura,tem prevalência elevada em nosso meio e o diagnósticoprecoce aumenta significativamente a sobrevida ediminui a morbi-mor talidade. O exame físico temimportante papel no diagnóstico dessas lesões e deveser orientado e estimulado através de campanhaseducativas.

ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTBacBacBacBacBackgkgkgkgkgrrrrround:ound:ound:ound:ound: The objectives of this study consist in identifying the epidemiological profile of patients referredfor nevi excision at the HRSJ-HMG Ambulatory as well as measuring the prevalence of malignant skin cancer inthese patients. Methods:Methods:Methods:Methods:Methods: This was a prospective and analytical study. We included 35 patients submitted toexcision of nevi in the Clinic of HRSJ-HMG between February to November 2008. They answered a questionnaireand the designed surgeon in charge described the aspect of the injury and his clinical impression about thepossibility of malignancy. The excised material was sent for pathological examination and then the data werecompared and analyzed statistically. R R R R Results:esults:esults:esults:esults: The prevalence of skin cancer among the study population was32.4%, while approximately 83% was CCNM and 17% in the form of melanoma. The epidemiological profile of thepatients in question had massive predominance of whites (31 white / 3 brown / 1 black), with a low rate ofregular use of sunscreen. A family history of skin cancer was present in approximately 32% of all patients, andfor those diagnosed with skin cancer appeared in 40%. Conclusion:Conclusion:Conclusion:Conclusion:Conclusion: The study showed high prevalence of skincancer in the population in question. A fact that shows the importance of guidance and skills of health professionalsto conduct physical examination to search for lesions suggestive of malignancy. Once these lesions are diagnosed,patients should be referred to its excision.Key words: Melanoma; Skin neoplasms.Key words: Melanoma; Skin neoplasms.Key words: Melanoma; Skin neoplasms.Key words: Melanoma; Skin neoplasms.Key words: Melanoma; Skin neoplasms.

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REFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIAS1 - Ministério da Saúde. Instituto Nacional de Câncer. Estimativa da

incidência por câncer no Brasil. [homepage na Internet]. Brasília(DF): INCA; 2008. [acesso em 2009 mar 24]. Disponívelem: http://www.inca.gov.br/estimativa/2008/

2 - Rocha FP, Menezes AMB, Almeida Jr HL, Tomasi E. Especificidadee sensibilidade de rastreamento para lesões cutâneas pré-malignas e malignas. Rev. Saúde Publica. 2002 fev;36(1): 101-106.

3 - Okida F, Madalosso G, Souza TL, Pouza CET, Scaff A, Romiti N.Estudo da prevalência de casos de câncer da pele e análise daeficácia da proteção solar na prevenção de lesões causadaspor radiação ultravioleta em uma amostra da população. Anbras Dermatol. 2001 jul./ago; 76(4):403-412

4 - Sampaio RNR,Cardoso NA. Câncer de pele no Distrito Federal:Resultado da Campanha de 1999. Brasília Med. 2000;37(3/4):81-86.

5 - Feldman SR, Fleischer AB Jr. Skin examinations and skin cancerprevention counseling by US physicans: a long way to go. J AmAcad Dermatol. 2000 Aug;43(2 Pt 1):234-7.

6 - Freedberg KA, Geller AC, Miller DR, Lew R, Koh HK. Screening formalignant melanoma: a cost-effectiveness analysis. J Am AcadDermatol. 1999 Nov;41(5 Pt 1):738-45.

Recebido em: 30/01/2009Aprovado em: 20/02/2009Conflito de interesses: nenhumFonte de financiamento: nenhuma

EnderEnderEnderEnderEndereço pareço pareço pareço pareço para cora cora cora cora cor rrrrr espondência:espondência:espondência:espondência:espondência:Leonardo Machado de CarvvalhoRua Gentil Sandins, 380 - Bloco 2 - Ap 4Praia Comprida88100-001 São José - SC

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Bacelar S, Galvão CC, Alves E, Tubino P. Expressões médicas: falhas e acertos. Rev. Med. Res. 2009;11(1):18-28.

RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMOBons linguistas afirmam com razão que todas as formas existentes na linguagem são patrimônio do idioma.A língua serve para a comunicação. O rigorismo gramatical é assunto para profissionais das letras; nãopoderia ser aceito e aplicável de forma geral. Os médicos dispõem de excelente cultura geral, adquiridadesde os cursos escolares e universitários. Contudo, muitas vezes somos questionados por certos usos e àsvezes de modo incômodo e em situações inoportunas. Com o objetivo de evitar essas objeções, entre outrospropósitos, nosso trabalho foi feito para oferecer opções de usos não questionáveis no auxílio daqueles quese põem diante de tarefas como elaboração de teses, dissertações, artigos científicos, textos de livros ediscursos formais.DescritorDescritorDescritorDescritorDescritores:es:es:es:es: Lingua Lingua Lingua Lingua Linguagggggem;em;em;em;em; Com Com Com Com Comunicação;unicação;unicação;unicação;unicação; Disser Disser Disser Disser Disser tações acadêmicastações acadêmicastações acadêmicastações acadêmicastações acadêmicas.....

EXPRESSÕES MÉDICAS: FALHAS E ACERTOSMedical expression: failures and hits

Simônides BacelarSimônides BacelarSimônides BacelarSimônides BacelarSimônides Bacelar11111

CarCarCarCarCarmem Cecília Galvãomem Cecília Galvãomem Cecília Galvãomem Cecília Galvãomem Cecília Galvão22222

Elaine AlvesElaine AlvesElaine AlvesElaine AlvesElaine Alves33333

PPPPPauloauloauloauloaulo TTTTTubinoubinoubinoubinoubino44444

“Para o homem de ciência, tão exato e preciso deve ser o raciocínio quanto exata“Para o homem de ciência, tão exato e preciso deve ser o raciocínio quanto exata“Para o homem de ciência, tão exato e preciso deve ser o raciocínio quanto exata“Para o homem de ciência, tão exato e preciso deve ser o raciocínio quanto exata“Para o homem de ciência, tão exato e preciso deve ser o raciocínio quanto exatae precisa a expressão falada ou escrita em que ele se exterioriza; o descuidado,e precisa a expressão falada ou escrita em que ele se exterioriza; o descuidado,e precisa a expressão falada ou escrita em que ele se exterioriza; o descuidado,e precisa a expressão falada ou escrita em que ele se exterioriza; o descuidado,e precisa a expressão falada ou escrita em que ele se exterioriza; o descuidado,o confuso e o impróprio signifo confuso e o impróprio signifo confuso e o impróprio signifo confuso e o impróprio signifo confuso e o impróprio signif icam o desconcericam o desconcericam o desconcericam o desconcericam o desconcer to e a confusão do pensamentoto e a confusão do pensamentoto e a confusão do pensamentoto e a confusão do pensamentoto e a confusão do pensamento.....”””””

(Plácido Barbosa, dicionarista e médico).(Plácido Barbosa, dicionarista e médico).(Plácido Barbosa, dicionarista e médico).(Plácido Barbosa, dicionarista e médico).(Plácido Barbosa, dicionarista e médico).

TRABALHO REALIZADO NA UNB – FACULDADE DE MEDICINA – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DA UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA – CENTRO DEPEDIATRIA CIRÚRGICA1 - Médico Assistente, Professor Voluntário, Centro de Pediatria Cirúrgica do Hospital Universitário da Universidade de Brasília.2 - Bacharel em Língua Portuguesa e Mestre em Linguística pela Universidade de Brasília.3 - Professora Adjunta de Cirurgia Pediátrica, Universidade de Brasília.4 - Professor Titular de Cirurgia Pediátrica, Universidade de Brasília.

Bons linguistas afirmam com razão que todasas formas existentes na linguagem são patrimônio doidioma. A língua serve para a comunicação. O rigorismogramatical é assunto para profissionais das letras; nãopoderia ser aceito e aplicável de forma geral. É precisoser flexível, visto como o idioma apresenta constantesmutações ao longo do tempo. Se olharmos os textosclássicos, por exemplo, de Machado de Assis, ou textosde revistas antigas veremos que muito do que foiescrito não mais é usado atualmente.

A imposição do registro culto normativo comoforma única válida e existente é, por lógica, muitoinjusta tendo em vista a realidade da existência dasformas populares de linguagem. Quem de fato formauma língua é o povo. No entanto, são os profissionaisde letras quem se incumbem de sua organização

normativa com base na forma culta do idioma, ou seja,a usada pela elite culta da comunidade.

Os médicos dispõem de excelente cultura geral,adquirida desde os cursos escolares e universitários.Contudo, muitas vezes somos questionados por certosusos e às vezes de modo incômodo e em situaçõesinoportunas. Com o objetivo de evitar essas objeções,entre outros propósitos, nosso trabalho foi feito paraoferecer opções de usos não questionáveis no auxíliodaqueles que se põem diante de tarefas comoelaboração de teses, dissertações, ar tigos científicos,textos de livros e discursos formais. É apenas outraforma de contemplar e aliviar o problema.

Apesar de tudo o que existe no idioma constituirfatos da língua e, nesse contexto, não cabe aclassificação de cer to e er rado, sabe-se que a

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linguagem médica apresenta, de fato, muitasimperfeições, que requerem especial esforço parareconhecer e evitar. Usar a linguagem com propriedadee destreza pode ser uma qualidade profissional,porquanto a língua é mais que um simples elementode comunicação. É também um instrumento depersuasão. Além do mais, como estímulo ao estudo eà aplicação das normas do padrão culto, acrescenta-se que organização e disciplina são valoresamplamente tomados como sinônimos de sucesso, eo contrário habitualmente é indicador de falibilidade edeclínio. Desse modo, um relato gramaticalmente bemfeito inspira crédito e bom exemplo.

Esquadrinhar o idioma à busca de questões eesclarecê-las é um favor à expansão da linguagem.Muitos termos são rejeitados injustamente ou por haverdúvidas sobre seu uso.

As obras sobre metodologia científica poderiamdispor de um extenso capítulo destinadoexclusivamente à orientação sobre linguagemvernácula, especialmente em seu padrão cultonormativo aplicado à linguagem científica e à linguagemprofissional, o que inclui a terminologia específica, –tendo em vista que as distorções de entendimentos econseqüentes interpretações desfavoráveis dosenunciados decorrem, por sua vez, do uso ruim dalinguagem.

Os livros sobre metodologia científica poderiamdispor de um extenso capítulo destinadoexclusivamente à orientação sobre linguagemvernácula, especialmente em seu padrão cultonormativo aplicado à linguagem científica e à linguagemprofissional o que inclui a terminologia específica, tendoem vista que as distorções de entendimentos econsequentes más interpretações dos enunciadosdecorrem, por sua vez, do mau uso da linguagem. Oslivros médicos didáticos também poderiam conter umtópico sobre terminologia médica a respeito dasdoenças em que este calhasse, ao lado de histórico,etiologia, epidemiologia e outros tópicos descritivosdas doenças. Os artigos científicos também poderiamdispor desse tópico de acordo com sua indicação.

As normas de instruções para autores nosperiódicos médicos poderiam dispor de um cur toparágrafo com recomendações simples como evitar:a) escrever nome de doenças, sinais, sintoma esubstâncias com iniciais maiúsculas; b) estrangeirismosdesnecessários; c) termos desgastados como devidoa, entretanto, no sentido de, faixa etária, fazer com

que, principalmente, paciente nega, paciente refere esimilares; d) uso repetido de nomes como após,gerúndios, metáforas e outros exemplos. Pela ausênciade interesses profissionais e por sua intensa, séria eamorosa dedicação ao assunto como um fim, não comoum meio de vida, podem os diletantes produzirpensamentos e ações originais que representemsubstancial e impor tante acréscimo aodesenvolvimento do objeto de estudos (Schopenhauer,2005, p. 23). Assim, a dedicação do profissional médicoa respeito de sua linguagem, movido pela paixão demelhorá-la, pode ser legítima e poderia sercontemplada com receptividade e atenção pelosmeritórios profissionais da área de letras.

Nas apresentações de ar tigos médicos feitaspor acadêmicos de Medicina no Centro de PediatriaCirúrgica do Hospital Universitário, Universidade deBrasília, os comentários dos membros docentes deCirurgia Pediátrica sobre os temas relatados tambémabrangem atitudes inadequadas na apresentação edefeitos de linguagem médica. Como forma de apoio,foram elaboradas apostilas sobre esses itens. Umapequena lista de expressões médicas errôneas foiorganizada inicialmente. Anotações subsequentesdemonstraram que expressões er rôneas, nalinguagem médica, constituem vastíssimo capítulo daMedicina, embora pobremente conhecido e divulgado.Por serem motivos de obscuridades, ambiguidades ede outros problemas de linguagem que dificultam acompreensão dos relatos, é recomendável conhecere corrigir esses desalinhos. Denominar de errado oucer to, determinados usos linguísticos costuma serobjeto de controvérsias. Todavia, é de bom senso aescolha de nomes que não sejam criticáveis e é esta aprincipal proposta dos autores. Diante de váriasdenominações para indicar uma só coisa, pode-seescolher a que suscite menos ou nenhuma crítica dosleitores ou ouvintes.

Frequentemente, acha-se estranha a formaculta e adequada de cer tos termos e prefere-se aforma “popular”. Unha encravada por onicocriptose,berne por miíase furunculóide, fecalito por coprólito,raio X por radiografia. É preciso que as formas eruditassejam conhecidas e usadas pelos melhoresprofissionais – atitude construtiva – uma vez que asformas populares são amiúde defeituosas e élamentável que sejam ou se tornem as mais usadasem linguagem científica.

As considerações sobre os casos apresentados

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neste relato apoiam-se no que recomenda a maioriados conhecedores da língua por tuguesa e daterminologia médica. De acordo com essesestudiosos e especialistas em letras sãoaconselháveis, dentre outros, os seguintes princípios:

1 - em linguagem, não há o cer to nem oer rado, visto que existem distintos níveis delinguagem; há o adequado e o inadequado para cadaum desses níveis;

2 - em linguagem, é de bom senso adotar aflexibilidade;

3 - a linguagem científica deve ser: exata, paranão propiciar equívocos; simples, para que seja bemcompreendida; concisa, para economizar tempo deleitura e de espaço nas publicações. O cientista temobrigação de se fazer bem entendido;

4 - a gramática normativa, por sua formaçãobaseada no padrão culto da língua, é a adequada àlinguagem científica formal;

5 - é recomendável evitar termos criticadospor bons linguistas e usar equivalentes nãocondenados;

6 - em ciência, é conveniente que haja um sónome para cada coisa;

7 - em geral, seguir regras, isto é, procederde acordo com a maioria dos usos, é preferível àsexceções;

8 - gírias médicas devem ser evitadas emrelatos formais;

9 - estrangeirismos são bem-vindos quandonecessários e se não houver termos equivalentesem português;

10 - expressões telegráficas ou sintéticas, emque vários termos ficam subentendidos, sãofrequentemente anticientíficas, por possibilitaremequívocos;

11 - palavras inventadas (neologismos)desnecessariamente e inexistentes nos dicionáriosdevem ser desconsideradas.

Além de consultar o Aurélio, o Houaiss, oMichaelis e outros dicionários, em caso de dúvidas,é indispensável que o relator de trabalhos científicostambém consulte: (1) o Vocabulário Or tográfico daLíngua Por tuguesa (VOLP), em que se registra aortografia oficial do Brasil (com fulcro na Circular de05.07.1946), elaborado pela Academia Brasileira deLetras, de acordo com a Lei n.o 5.765 de 18 dedezembro de 1971, disponível no endereço eletrônicohttp://www.academia.org.br/or togra.htm; (2) a

Terminologia Anatômica, elaborada pela SociedadeBrasileira de Anatomia com base na NominaAnatomica, publicação internacional editada em latim,em que se registram nomes das estruturas anatômicashumanas. Os epônimos estão ausentes nessanomenclatura, mas seu uso também deve serestimulado, como forma de justas homenagens; (3)os cadernos da Associação Brasileira de NormasTécnicas (ABNT) e do Instituto Nacional de Metrologia(Inmetro) – entidades oficiais, isto é, amparadas porlei – para aferição de medidas, símbolos, abreviações,bibliografias, normatização de publicações; e (4),sobretudo, revisores de redação, profissionais da áreade letras, antes de divulgar publicações médicas oude fazer apresentações nos encontros científicos.

Antes de divulgar textos de natureza médica oua ela relacionada (leis, normas, códigos, ar tigoscientíficos, teses, monografias, dissertações de mestrado,comunicações oficiais ou formais de toda ordem),constituiria atitude sadia e construtiva consulta préviaaos profissionais especialistas em letras, especialmenteos estudiosos de em terminologia médica. ODepartamento de Linguistica da Universidade de Brasília(UnB) mantém o Serviço de Atendimento ao Leitor (SAL)para desfazer dúvidas de linguagem. Atende pelostelefones (061) 3340 61 62 e (061) 3307 27 41 ou pelosítio http://www.unb.br/il/utilidade.htm

É necessário treino e dedicação para aprendera expressar-se em linguagem-padrão. Configura-secomo assimilar outra língua. Mas, adquirida essahabilidade, tal linguagem torna-se mais acessível eprática. Há vantagens compensadoras. A inobservânciaàs regras elementares gramaticais e de estilo podemobstar a publicação de um relato científico. Comoveículo de expressão científica, o padrão culto permite:(1) enunciados claros, sem ambiguidades,obscuridades, equívocos; (2) concisão ao texto,enuncia-se mais com menos palavras e em menosespaço de publicação, porquanto não há prolixidades,ou seja, divagações, muitas palavras longas, termosdispensáveis; (3) entendimento fácil de um relato entrelusófonos de todo canto, porque habitualmente nãotraz gírias, regionalismos, modismos, estrangeirismossupérfluos, termos rebuscados, desordens sintáticas,palavras inventadas e neologismos desnecessários; (4)fácil tradução para outras línguas, visto que seustermos estão registrados em dicionários e gramáticasde uso corriqueiro; (5) aprendizado metódico, umavez que é linguagem formada dentro de preceitos

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organizados por profissionais e estudiosos de valor.A linguagem é livre, pois o essencial é a

comunicação. Certo e errado são conceitos rejeitadospor bons linguistas, e o que consta são faixas delinguagem – popular e culta.

Em linguagem científica e na linguagem oficial,convém adotar o padrão culto gramatical normativopor sua disciplina, por sua estrutura, organizada porestudiosos profissionais ao longo de séculos.

As imperfeições da linguagem médica nãopoderiam ser consideradas apenas “curiosidadesmédicas”. Por amor à disciplina e à seriedade científicaé muito importante desfazê-las. Configura bom gostoe sensatez desatender o desconhecimento e assistira qualidade. Quando são usados elementos delinguagem nos quais não incidem objeções, está-sediante de elementos de primeira qualidade. Háprofissionais esquivos ao esmero da linguagem, mas,em um mundo de intensas competições, é precisolembrar que nas olimpíadas a diferença entre oprimeiro lugar e o segundo ou mesmo o últimocomumente é de milímetros, de centésimos desegundo, de milésimos de ponto em uma nota, de umsingelo gesto a mais ou a menos.

Em sequência, alguns casos de defeitos habituaisde linguagem médica e sugestões de correção:

A nível de.A nível de.A nível de.A nível de.A nível de. É das expressões mais condenadaspor muitos estudiosos da língua portuguesa, designadacomo espanholismo, francesismo, modismo, cacoete,tragédia linguística e outras más qualificações. Érecomendável não usá-la. Amiúde, é expressão inútil.Por exemplo, em lugar de “dor a nível de hipocôndriodireito”, pode-se dizer: dor no hipocôndrio direito.

Abcesso – aAbcesso – aAbcesso – aAbcesso – aAbcesso – abscessobscessobscessobscessobscesso..... Ambos são nomescorretos e abonados pela ortografia oficial (Academia,2004). Segundo L. Victoria (1956), abcesso é a formacorreta. Em consideração, porém, à etimologia e àpreferência atual na comunidade médica, érecomendável abscesso (Rezende, 1998). Do latimabscessus, “matéria que se afasta do organismo”(Machado, 1977), particípio de abscedere, afastar-se,abandonar, de ab, afastamento, e cedere, andar, irembora (Ferreira, 1996). No Vocabulário Ortográficoda Academia de Ciências de Lisboa, consta ab(s)cesso,que significa uso facultativo o uso do s (Oliveira, 1949).No dígrafo sc, a supressão do s justifica-se pelainutilidade fonética dessa letra (Barbosa, 1917), e foi

a simplif icação fator proeminente nas reformasor tográficas já ocorridas, de modo que a escritaabcesso encontra-se averbada por excelentesvocabularistas como Cândido de Figueiredo, J. I.Roquete, Domingos Vieira, Silveira Bueno e Pedro Pinto,além de ser encontrada na literatura médica atual:“Outros dois com abcesso pélvico foram submetidos adrenagem” (Ars Curandi, v. 30, p. 66, abr. 1997). Emmuitos casos, por não ter pronúncia em nosso falar, os da forma latina desapareceu na forma vernácula.Ex.: scientia > ciência; exscribere > escrever; exsultare> exultar ; exstirpare > extirpar ; exstinguire >extinguir; exsistire > existir. Mas o grupo sc, no interiordo nome, em quase todos os casos, permaneceu aténossos dias: fascia > fáscia; fascinare > fascinar;conscientia > consciência; conscius > cônscio. ODicionário da Academia das Ciências de Lisboa (2001)averba as duas formas, mas, em abscesso, dá remissãopara abcesso, o que mostra preferência por esta últimaforma. Convém frisar que os lusitanos pronunciamdiferentemente os dois nomes, isto é, abxesso emrelação à grafia abscesso e, em relação a abcesso, adicção é semelhante à brasileira. Por todo o exposto,ambas as formas são legítimas e usáveis. Mas,nacionalmente, a preferência está em abscesso.

Abcissa – aAbcissa – aAbcissa – aAbcissa – aAbcissa – abscissa.bscissa.bscissa.bscissa.bscissa. Abcissa é forma nãopreferencial de abscissa, com sc. Ambos são nomespresentes no VOLP (2004), mas abcissa está ausenteem bons dicionários como o Houaiss (2001), oMichaelis (1998), o Aulete (1980) e em outros. O Aurélio(2004) dá abcissa com remissão para abscissa. Naliteratura médica, abcissa é encontrável em frasescomo: “Na ordenada, o volume de ar respirado emcada minuto e na abcissa o tempo...”, “...indicando naordenada energia e na abcissa tempo de reação.”, “aabcissa é medida em anos, visto que tratamos de umvírus”. Abscissa, forma preferencial, está amplamentedicionarizada e dispõe-se em conformidade com oétimo latino abscissa, particípio passado feminino deabscidere, cortar (Academia, 2001), de abs, junto, ecaedere cortar (Ferreira, 1996). Ou do adjetivo femininolatino abscissus, a, um, separada em dois (Houaiss,2001), talvez em referência ao seu cruzamento (corte)com a coordenada.O antepositivo latino ab ou abs sãolídimos e indicam afastamento, distanciamento. Mas,em latim, o prefixo abs é usado antes de c, p e t(Ferreira, ob. cit.). Assim, a forma abcissa não estábem formada. Se for procedente de ab + caedere,

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deveria ser abs + caedere; se oriunda de ab +scindere, também o s deve estar presente. Desse modo,abcissa é formação censurável. A elisão do s conforma-se à tendência de bons linguístas em eliminar letrasinúteis nas grafias, como ocorre com abcesso eabscesso, em que, na primeira forma, elimina-se o santes do c. Contudo, não é tendência geral, o quedeixa críticas à forma elíptica. Pelo exposto, indica-seabscissa como forma não criticável e, desse modo, arecomendável para uso em relatos científicos formais.

AborAborAborAborAbor to – ato – ato – ato – ato – aborborborborbor tamentotamentotamentotamentotamento – AborAborAborAborAbor tar otar otar otar otar otrtrtrtrtraaaaabalho de parbalho de parbalho de parbalho de parbalho de par tototototo..... Em bons dicionários, abor to eabor tamento são sinônimos. Mas em medicina asinonimia pode dar confusão. A frase “Fazer um aborto”pode ter dois significados: causar morte ao conceptoou retirar o concepto morto (ou mesmo vivo) do útero.Abor tamento é a produção do abor to, ou seja aexpulsão do feto ou do embrião ou de qualquer produtode gestação até a vigésima semana de gestação (Rey,2003). Após esse período, par to prematuro é adenominação usada, uma vez que, a par tir daí, épossível o feto sobreviver (Folha, 2001). Abortamentoé o ato de abortar ou a interrupção da gestação (Rey,ob. cit.). Aborto é o produto do abortamento (Gonçalves,s.d.) e em questões jurídicas, considera-se aborto aperda do concepto em qualquer período (Folha, ob.cit.). Do latim abor târe, nascer antes do tempo; deabor-or, morrer, extinguir (Ferreira, 1996), de ab,afastamento, e oriori, nascer, originar-se. Desse modo,a etimologia indica que abortus refere-se ao conceptonão nascido, no sentido de vir à luz na ocasião normal..Apenas nesse sentido aborto é também definido porFaria (1849). Aborto legal é questionável; aborto é oproduto do abortamento. Portanto, abortamento legal.Moraes Silva (Silva, 1813) registra abor to nos doissentidos: “par to ou feto lançado antes de suamadurez”. Lacerda (1878) consigna esta definição:par to antes do tempo, expulsão do feto que não éviável”. Abor tar tem valor figurativo de malograr,interromper algo antes do período habitual de duração(Rey, ob. cit.). Abortus é particípio de aborior (Ferreira,ob. cit.). De ab, afastamento, de or tus, nascimento,literalmente significa “afastamento do nascimento” ouseja, não nascimento (Pinto, 1958). Em tradução fiel eliteral, abor tus daria abor tado em por tuguês, quelogicamente se refere ao produto do aborto. Em casode hesitação, pode-se fazer substituições. Ex.:interromper (melhor que abortar) o trabalho de parto.

Em linguagem coloquial diz-se “fazer curetagem”, emlugar de fazer abor tamento. Contudo, o uso popularconsagrou aborto no sentido do ato de abortar e issoestá registrado nos dicionários apesar daimpropriedade e, assim, existe há séculos como fatoda língua e daí, ser de uso legítimo. Mas é de bomestilo científico empregar as palavras em seu sentidoexato (Barbosa, 1917; Rapoport, 1997). Abortamentolegal (não aborto legal), abortamento provocado (nãoaborto induzido, tradução criticável do inglês inducedabortion). Tendo em vista o exposto, não é errado usaraborto em referência à expulsão do concepto em faseprecoce ou em alusão ao próprio concepto. Contudo,para que se evitem ambiguidades e críticas, e porapreço a uma linguagem científica acurada,recomenda-se usar abor tamento em referência àmorte do concepto e à sua expulsão do útero, e abortoem referência ao concepto morto. Nesse último caso,é mais comum referir-se ao feto (feto morto) ou aoembrião, o que é aconselhável usar por motivo declareza. Ex.: O abor tamento foi feito hoje. O abor to(melhor: o feto ou o embrião – a depender da idadegestacional) estava em estado de decomposiçãoadiantada.

Acidente – incidente – achado incidentalAcidente – incidente – achado incidentalAcidente – incidente – achado incidentalAcidente – incidente – achado incidentalAcidente – incidente – achado incidental– achado acidental.– achado acidental.– achado acidental.– achado acidental.– achado acidental. Recomendável: achadoincidental. Melhor dizer: Cisto renal pode ser achadoincidental (e não acidental) num exame ecográficoabdominal. Opção: achado inadver tido. Muitosdicionários dão acidental e incidental como sinônimos,mas dão acidente e incidente com significados própriosdiferentes, o que mostra incoerência. Acidente temconcepção de desastre, de grandes perdas ou deferimentos graves, alguma ocorrência infeliz (Cegalla,1996). Exs.: acidente de trânsito, acidente de arma defogo, acidente de queda, acidente ofídico. Incidentesignifica acontecimento desagradável, mas de menorimpor tância, que aparece no decorrer de umprocedimento paralelo (Cegalla, ob. cit.), fatosecundário que sobrevém no decurso de um fatoprincipal (Larousse, 1992) equivale a circunstânciascasuais. Exs.: discussões inesperadas numaconferência; achados radiográficos inesperados;sangramento brusco que dificulta uma operaçãocirúrgica, perfuração uterina pela instalação dedispositivo intrauterino e análogos. É irregular dizer“descober ta de lesões incidentais”, quando se querdizer descober ta incidental de lesões. Em lugar de

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“lesão descober ta acidentalmente”, pode-se dizer :lesão descober ta incidentalmente. Também équestionável dizer: “O diagnóstico do tumor, numaradiografia de rotina, foi acidental (incidental)”. Emcasos de dúvidas sobre como classificaradequadamente um fato, pode-se dizer evento. Ex.:evento vascular cerebral. Frequentemente, pode-seusar o termo substituto não intencional: injeçãointravenosa não intencional. Achado acidental em lugarde achado incidental é expressão comum nalinguagem médica, o que lhe dá legitimidade de uso.Alguns dicionários e outro tanto de usos na linguagemmédica dão incidental como sinônimo de acidental.Contudo, em rigor, as conceituações supracitadasmostram que há diferenças. Para evitardesentendimentos, sobretudo em textos formaiscientíficos, e se a qualidade de expressão forconsiderada, convém usar incidente e acidenteconforme seus sentidos próprios acima relacionados.

Adrenalina – epinefrina. Adrenalina – epinefrina. Adrenalina – epinefrina. Adrenalina – epinefrina. Adrenalina – epinefrina. Ambos sãoconstantes na linguagem médica. Adrenalina pareceser o nome de predileção nacional a julgar por suafrequência na literatura médica, como se pode verificarnas páginas de busca da internet. Adrenalina édesignação inglesa da epinefrina, em que Adrenalin énome comercial da epinefrina (Duncan, 1995; Taber,2000), afirmação que também consta no Houaiss(2001), com acréscimo de que “no plano científicointernacional, o vocábulo (epinefrina), substituiadrenalina, marca registrada”. Adrenalin é marcacomercial registrada do Laboratório Parke-DavisCompany de produto com epinefrina (Haubrich, 1977).Bons dicionários dão adrenalina com remissão paraepinefrina ou apresentam verbete principal referentea esta, como o Dorland (1999), o Andrei (Duncan, ob.cit.), o Rey (2003), o Stedman (1996) e outros. Tambémse diz adnefrina, supra-renina. Além de glândulaadrenal (que deu adrenalina) – supra-renal, epinefrose paranefros são nomes também usados para designara glândula (Stedman, ob. cit.). De epinefros (do gregoepí, sobre, em cima de, e nephrós, rim), procedeepinefrina. Essa substância foi isolada por John J. Abel,professor da Johns Hopkins University e por JokishiTakamine, consultor da Parke-Davis,independentemente e simultaneamente. O Prof. Abeldeu-lhe o nome de epinefrina em 1899. O nomeadrenalina foi cunhado por Dr. Takamine em 1901(Haubrich, ob.cit.). Tendo em vista essas considerações,

embora por seu uso amplamente aceito na comunidademédica, adrenalina seja nome lídimo e de bom uso,convém usar epinefrina como nome preferencial emrelatos científicos formais.

Advérbios estranhos.Advérbios estranhos.Advérbios estranhos.Advérbios estranhos.Advérbios estranhos. São neologismos cor-rentios no jargão profissional que devem ser evitadosem textos formais (Spector, 1997, p. 62). Em lugar de“paciente serologicamente positivo”, pode-se dizer:paciente com positividade sérica. Outros exemploscolhidos da literatura médica: “O diagnóstico foi feitoclínica e laboratorialmente.”. “A dosagem foi feita en-zimaticamente.”. “A peça foi examinada histologica-mente.”. “Pacientes seguidos ambulatorialmente.”.“Investigar molecularmente a substância.”. “Lesõesdetectadas mamograficamente.”. “Avaliou-se a ano-malia fenotipicamente”, “hemodinamicamente está-vel”, “operar videotoracoscopicamente”, “avaliar ultras-sonograficamente”, “examinar o paciente pré-opera-toriamente”, “tratar operatoriamente”, “amostras ca-racterizadas isoenzimaticamente”, “dreno colocadotransdiafragmaticamente”, “lesões cutâneas pigmen-tadas dermatoscopicamente benignas”, “materiais sin-téticos depositados intraluninalmente”. Em seu livroRéplica, p. 55, Rui Barbosa comenta que “é muito danossa língua evitar largos advérbios em mente, subs-tituindo-os pelos adjetivos adverbialmente emprega-dos: Fácil se vê, longo se discutiu, péssimo arrazoou.”(Torres, 1973, p. 211).

Afônico – disfônicoAfônico – disfônicoAfônico – disfônicoAfônico – disfônicoAfônico – disfônico..... Afônico significa sem vozou desentoado; do grego phoné, som, voz. Disfônico,voz alterada (rouquidão, por exemplo). Pessoa comvoz rouca está disfônica, e não afônica. Disfasia énominação usada para se referir a distúrbios da falapor lesão cerebral; do grego dys, distúrbio, e phasis,fala. Disfemia é dificuldade de pronunciar palavras (dephemi, eu falo). Embora os dicionários tragam afoniacomo perda total ou parcial da voz, em rigor, a ausênciada voz harmoniza-se mais com o significado de a-,prefixo de origem grega, que quer dizer privação. Afoniavocal pode ser denominação mais exata, uma vez queo paciente pode emitir som gutural em forma desussurro sem voz.

AlterAlterAlterAlterAlternananananatititititivvvvvasasasasas..... Em rigor, significa opção entreduas coisas apenas. Embora aceitas por bons linguistas,muitos autores de nota, inclusive médicos, questionamexpressões do tipo: “Há várias alternativas.”. “Procurar

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outras alternativas.”. “Testes de cinco alternativas.”.Só há uma alternativa. Alternar significa mudar entreduas opções. Em latim, alter significa o outro, comoem alter ego (o outro eu), por exemplo. Em razão daimperiosa Lei do Uso, o termo alternativas tem sidousado como sinônimo de opções e assim estáregistrado na última edição do Aurélio (2004). Apesarde não ser er ro, configura desvio semânticodesnecessário. Em lugar de alternativas, pode-se dizer,em dependência do contexto, opções, escolhas, recursos, possibilidades, saídas, maneiras, meios,expedientes, formas, modos, ar tifícios, métodos,optações, condutas, diversificações, indicações,predileções, preferências, procedimentos, variações,variáveis, variantes e similares

AlvAlvAlvAlvAlveolarizaçãoeolarizaçãoeolarizaçãoeolarizaçãoeolarização..... Neologismo desnecessário.Têm ocorrido na linguagem médica lanços como“inibição do processo de alveolarização”, “alteraçãono período de alveolarização”, “A inflamação prejudicaa alveolarização” e semelhantes. De alvéolo, pode-seformar alveolizar como se vê no Houaiss (2001) ealveolização, nome existente no VOLP (Academia, 1999)e na literatura médica. Alveolar é um adjetivo e seuderivado verbal – alveolarização é formação um tantoforçada, porquanto do nome básico alvéolo pode-seformar o verbo já dicionarizado e deste um substantivoque exprima formação de alvéolos, fato comum nalinguagem. A passagem por um adjetivo (alveolar) édesnecessária e parece tecnicamente imperfeita noprocesso de formação vocabular. Notem-se as seguintesformações regulares: alveolado, alveolectomia,alveoliforme, alveolismo, alveólise, alveolite, alveolito,alveoloplastia, alveolizável em que na composiçãoajunta-se harmoniosamente a palavra básica alvéolopor meio de seu radical (alveol-) ou tema (alveolo-)com o sufixo adequado à significação do nome formado.Por essa óptica, alveolização é melhor nome quealveolarização e cujo uso é o recomendável nos relatoscientíficos e formais.

AmbAmbAmbAmbAmbu.u.u.u.u. Mais formalmente adequado é dizerreanimador manual ou ventilador manual, que consistenum balão de borracha e máscara com dispositivovalvular. Ambu é marca registrada (Dic. méd. enciclop.Taber, 2000) de produtos médico-hospitalares. Podeser escrita, por tanto, com maiúsculas ou inicialmaiúscula (AMBUâ ou Ambu). Pode ser sigla de airwaymantainance breathig unit, como afirmam alguns

autores. Da empresa dinamarquesa AmbuInternational A/S, fundada pelo engenheiro alemãoHolger Hesse em Copenhague. O reanimador manualfoi inventado pelo anestesista dinamaquês HenningRuben, sócio de Hesse, em 1953. Em 1956, o primeiroreanimador manual autoinflável, não-elétrico foiproduzido pela companhia, que ainda o produz emmuitas variedades de formas e tamanhos. Ambusartem sido usado na linguagem oral: Paciente foiambusado até chegar à UTI. É errônea a grafia ambú,já que só se acentua a letra u final tônica quandoprecedida de vogal e não formam ditongo: jaú, teiú,Ipiaú. É discutível a expressão ressuscitador manual,uma vez que, em rigor, parada cardiorrespiratória nãoindica morte, e ressuscitar significa trazer um ser damor te à vida, voltar à vida. Reanimador manual énominação mais adequada. Em inglês: bag-valve-maskventilation (BVM). Se Ambu designa todo o aparelhode ventilação, deve-se evitar dizer “ambu commáscara”.

Amniótico – âmnicoAmniótico – âmnicoAmniótico – âmnicoAmniótico – âmnicoAmniótico – âmnico..... De âmnio o adjetivomais adequado seria âmnico, mais cur to, maisexpressivo, mas inexistente nos dicionários em geral,apesar das notificações de bons terminologista médicoscomo Ramiz Galvão (Galvão,1909) e Pedro Pinto (Pinto,1958). Mas está presente no VOLP (Voc. Ort..., 2004),o que autoriza seu uso oficialmente. Em inglês, háamnic e em francês há amnique ao lado de amniotic eamniotique respectivamente. Amniótico procede dotermo francês correspondente (Houaiss, 2001). Emmedicina, existem adjetivos como acidótico, alcalótico,hipnótico, mitótico, antibiótico, clorótico, estenótico,diagnóstico, nefrótico, neurótico, amaurótico, cianótico,cujo sufixo -ótico é dado como contração de ose comico (Houaiss, 2001), o que não cabe a nomes comoâmnio. A par tícula -tico tem conexão com termosgregos com essa terminação -tiko, como eksotikós(exótico), phonetikós (fonético), grammatikós(gramático) e outros, o que dá a amnióticoconfiguração vernácula. Contudo, existem usos deâmnico na linguagem médica, o que lhe dá legitimidadee até escolha de uso: redução acentuada do fluidoâmnico; índice de líquido âmnico; diminuição do volumeâmnico; sistema âmnico; volume âmnico normal;citologia do líquido âmnico; estudo dos anticorpos anti-Rh no líquido âmnico. Talvez seja um exemplo de boainfluência do inglês amnic.

Anátomo-paAnátomo-paAnátomo-paAnátomo-paAnátomo-patológicotológicotológicotológicotológico..... Escreve-se

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anatomopatológico, sem hífen, de acordo com aortografia oficial, publicada no Vocabulário Ortográficoda Academia Brasileira de Letras (VOLP), que tem forçade lei.

Ano-rAno-rAno-rAno-rAno-retal – anoretal – anoretal – anoretal – anoretal – anor rrrrretal – anoretal – anoretal – anoretal – anoretal – anoretal.etal.etal.etal.etal. No VOLP(Academia, 2004), todas as palavras com prefixo anoaparecem não-hifenizadas, incluindo-se anorretal eanorrectal. Anoretal é forma, não raramente, copiadado termo em inglês anorectal. Também se escrevemanor retoplastia, anor retomiotomia (nãoanoretomiotomia), anovestibular. Assim, a melhorforma é anorretal. É a única forma que está registradaem bons dicionários como o Aurélio, o Houaiss, oMichaelis e é a que está na or tografia oficial(Academia, ob. cit.). São bem poucos os adjetivos nosverbetes dos dicionários médicos, mas encontra-seanorretal no Stedman (1996). A tendência da ortografiaoficial é de eliminação do hífen nos termos compostos,como ocorre no castelhano. Muitos lingüistas ensinamque se o termo existe na linguagem torna-sepatrimônio do idioma. Desse modo, ano-retal eanorretal podem ser usados, já que existem nalinguagem. Mas pode-se afirmar que a norma culta éum padrão disciplinado e mais adequado para usarem situações formais e na linguagem científica. Nessecaso, anorretal é a forma recomendável.

AntibióticoAntibióticoAntibióticoAntibióticoAntibiótico..... Nome criticável. Do grego anti,contra, e biotos, meios de vida (Haubrich, 1997),literalmente significa “contra a vida” e nada indicaacerca da especificidade de seu uso, ao contrário deantimicrobiano, antibacteriano, antiviral, antifúngico,anti-helmíntico, antiparasitário, microbicida entreoutros termos mais ajustados. Assim, sempre quepossível, é recomendável usar antimicrobiano ou agenteantimicrobiano, por serem nominações mais precisas.

AntrAntrAntrAntrAntropônimos (aopônimos (aopônimos (aopônimos (aopônimos (aporporporporpor tuguesamento de).tuguesamento de).tuguesamento de).tuguesamento de).tuguesamento de).Apor tuguesar nomes estranhos ao nosso idioma, àsvezes, traz usos não convencionais. Em registroshospitalares, são encontráveis nomes como AllanDeron, Lindo Johnson, Ewler, Eric Dioson, Djohanes,Jhonathas, Makesoell, Higo, Djhenyfer Felix, MaikonDouglas, Maico Jakson, Maicon, Ingred, Jonh, Jhorrany,Jhony, Rhuan, Ruan, Uóxito, Daivid, Junio Augusto Filho,Ketlen, que merecem nosso respeito em grafia epronúncia, mas parece recomendável que pediatras,clínicos, obstetras e outros profissionais que cuidam

de gestantes e de recém-nascidos incluam tambémem seus cuidados a orientação na escolha de nomespara as crianças. Não raramente, nomes própriosestrangeiros são escritos e pronunciados de modoirregular nos relatos médicos. É necessário sempreverificar, em fontes credíveis, a grafia e a pronúnciacorretas. Em citações de vultos históricos nos informescientíficos, convém padronizar as citações com o nomeusual do citado com data de nascimento e mor te. Ébom evitar uso de um dos sobrenomes apenas naprimeira referência. Podem ser pronunciadoscorretamente na própria língua estrangeira ouapor tuguesados. Mas o apor tuguesamento deve sercompleto e não de uma parte da palavra. Em caso dehesitações, é aconselhável referir-se a “estes autores”em vez de pronunciar seus nomes erroneamente ouempregar apor tuguesamentos cômicos. Infelizmente,não há uniformização dos critérios doapor tuguesamento de nomes próprios de outrosidiomas. A língua por tuguesa carece de vários dosfonemas estrangeiros e, em geral, parece lógicoaportuguesá-los conforme o que está escrito. Segue-se uma lista de nomes próprios estrangeiros paraconferência: abaixamento de colo à Duhamel (deBernard Duhamel, cirurgião francês, pronuncia-sediamél, não dur ramel); balão de Sengstaken-Blakemore (não, Sangstaken Blakemore); cateter deTenckhof f; (não, Tenkoff ou Tenckof), célula deNiemann-Pick; célula de Reed-Sternberg (nãoStenberg); cisto de Baker (não, Backer); dermatiteherpetiforme de Duhring Brocq (não, During Brocq),doença de Crohn (não Chron ou Crhon); doença deHirschsprung; doença de Menière; doença deRecklinghausen (não doença de Von ou VonRecklinghausen: von significa de, o que dá redundânciaem “de von”); dreno de Penrose (não, penrose, PenRose ou Pen-rose); dreno de Kehr (não, Kerh); esôfagode Barrett (não, Barret ou Barett; de Norma Barrett,médica inglêsa); gastrostomia à Stamm (não Stam ouStan); hérnia de Morgagni; incisão de Pfannenstiel;neobexiga ileal de Bricker (não, Briker); operação deDenis Browne; operação de Kasai (não, Kassai);operação de Lich-Gregoir; operação de Ombredanne(não, Ombredane); operação de Wertheim-Meigs; pinçade Halsted (não Halstead); piloroplastia de Heineke-Mikulicz; piloromiotomia extramucosa de Ramstedt-Fredet; posição (radiografia) de Daudet; posição(radiografia) de Wangensteen-Rice; posição deTrendelenburg (não Trendelemburg); síndrome de

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ARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃO1:26

Klippel-Trenaunay (pronuncia-se clipél-trenoné, porserem ambos franceses, ou clípel-trenoné, por Klippelser nome germânico); sonda ou cateter uretral de Foley(não, Folley); técnica de Anderson-Hynes; técnica deByars (não, Biers); técnica de Livadittis; técnica dePolitano-Leadbetter; uretroplastia de Duckett. Não háunanimidade entre os estudiosos de linguagem quanto

à passagem de nomes próprios estrangeiros para aforma vernácula, mas parece ser de bom senso orespeito pelos nomes próprios de pessoas, nomes defamília, em suas grafias e pronúncias originais. Porisso, dizemos: Nova York, Nova Jersey (melhores nomesque Nova Iorque, Nova Jérsei).

ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTGood linguists say, with good reasons, that all existing forms in language belong to that language’s heritage.Language is used for communication. Grammar rigor is a subject for the professionals of the literary world, itcould never be adequate and accepted in more general terms. Doctors enjoy excellent general culture, usuallyacquired at school and university courses; we are , however, many times questioned for certain language uses,sometimes in embarrassing or awkward situations. Aiming to prevent these objections, among other things, thispaper offers options of non-questionable uses, in an attempt to help people who have to write theses, dissertations,scientific ar ticles, book texts and formal speeches.KKKKKeeeeey wy wy wy wy wororororords - Languads - Languads - Languads - Languads - Languaggggge;e;e;e;e; Comm Comm Comm Comm Communicaunicaunicaunicaunication;tion;tion;tion;tion; Academic disserAcademic disserAcademic disserAcademic disserAcademic disser tatatatatationstionstionstionstions.....

REFERÊNC IASREFERÊNC IASREFERÊNC IASREFERÊNC IASREFERÊNC IAS

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ARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃO1:27

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Recebido em: 1/7/2008Aprovado em: 23/8/2008Fonte de financiamento: nenhumaConflito de interesse: nenhum

EnderEnderEnderEnderEndereço pareço pareço pareço pareço para cora cora cora cora cor rrrrrespondência:espondência:espondência:espondência:espondência:Simonides BacelarSQN 308 - Bloco F - Ap 50370747-050 Brasília - DF(61) [email protected]

Nota do EditorNota do EditorNota do EditorNota do EditorNota do EditorNos próximos números da Revista do Médico Residente, publicaremos outras

expressões médicas, por ordem alfabética, numa sessão especial.

ARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃOARTIGO DE REVISÃO1:28

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RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMONo trauma abdominal contuso, a avulsão da veia renal esquerda pode ser fatal. Em mais de 60% dos casosestão presentes lesões associadas, incluindo instabilidade do anel pélvico, o que ocasiona em uma difícil questão:fixação pélvica ou laparotomia exploradora como primeira conduta? Nós apresentamos esse relato de casocom o objetivo de discutir não apenas a abordagem, mas também a melhor conduta terapêutica para aumentara taxa de sobrevivência.DescritorDescritorDescritorDescritorDescritores:es:es:es:es: AAAAAvulsão da vvulsão da vvulsão da vvulsão da vvulsão da veia reia reia reia reia renal;enal;enal;enal;enal; TTTTTrrrrrauma aauma aauma aauma aauma abdominal.bdominal.bdominal.bdominal.bdominal.

AVULSÃO DE VEIA RENAL ESQUERDA EM TRAUMA ABDOMINAL FECHADOLeft renal vein avulsion in blunt abdominal trauma

Ana Cristina IsaAna Cristina IsaAna Cristina IsaAna Cristina IsaAna Cristina Isa11111

Pámela Conceição FigueiredoPámela Conceição FigueiredoPámela Conceição FigueiredoPámela Conceição FigueiredoPámela Conceição Figueiredo11111

CarCarCarCarCar la Marla Marla Marla Marla Mar tinetinetinetinetinez Menini Stalhscz Menini Stalhscz Menini Stalhscz Menini Stalhscz Menini Stalhschmidthmidthmidthmidthmidt22222

Rosana Hapsi IsaRosana Hapsi IsaRosana Hapsi IsaRosana Hapsi IsaRosana Hapsi Isa33333

Luiz CarLuiz CarLuiz CarLuiz CarLuiz Car los los los los los VVVVVon Bahtenon Bahtenon Bahtenon Bahtenon Bahten44444

TRABTRABTRABTRABTRABALHO REALIZADO NO SERALHO REALIZADO NO SERALHO REALIZADO NO SERALHO REALIZADO NO SERALHO REALIZADO NO SERVIÇO DE CIRVIÇO DE CIRVIÇO DE CIRVIÇO DE CIRVIÇO DE CIRURURURURURGIA GERAL – HOSPITGIA GERAL – HOSPITGIA GERAL – HOSPITGIA GERAL – HOSPITGIA GERAL – HOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURU – PUCPRU – PUCPRU – PUCPRU – PUCPRU – PUCPR

1 - Médicas residentes em Cirurgia Geral do Hospital Universitário Cajuru. Membro Aspirante do Colégio Brasileiro de Cirurgiões.2 - Cirurgiã do Serviço de Cirurgia Geral – Trauma do Hospital Universitário Cajuru, Curitiba – PR; Instrutora do ATLS.3 - Acadêmica de Medicina da Pontifícia Universidade Católica do Paraná.4 - Professor Titular de Clínica Cirúrgica PUCPR. Professor Adjunto Departamento de Cirurgia UFPR. Coordenador da Pós – Graduação em

Clínica Cirúrgica PUCPR. Chefe do Serviço de Cirurgia Geral Hospital Universitário Cajuru. TCBC.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOReconhecida como sendo um dos problemas

de saúde do mundo moderno, a doença traumacaracteriza-se por uma série de peculiaridades quepodem transformá-la em um desafio diagnóstico etratamento.

As lesões viscerais traumáticas podem sercomplexas e provocar profunda agressão àhomeostase.

O trauma fechado é o principal responsável porlesões renais, atingindo mais comumente oparênquima e raramente o pedículo renal. Relatamoso caso de um paciente vítima de trauma contuso, comavulsão de veia renal esquerda e múltiplas lesõesassociadas.

RELARELARELARELARELATTTTTO DO CASOO DO CASOO DO CASOO DO CASOO DO CASOPaciente mascul ino, 73 anos, v í t ima de

atropelamento por caminhão. Na admissãoencontrava-se em choque grau III, apresentandopelve instável, fratura de fêmur esquerdo e sangueno meato uretral. Foi iniciada reposição volêmicana sala de emergência, sendo infundidos 3.000 mlSF, 3.000 ml SG e 3 U de concentrado de hemácias,

não sendo obt ida estabi l idade hemodinâmica.Devido ao quadro, não foram realizados examesde imagem para avaliar lesões intra-abdominais.O paciente foi encaminhado ao Centro Cirúrgico esubmetido primariamente à fixação da pelve pelaor topedia, na sequência, realizada laparotomiaexploradora.

No intra-operatório, havia grande quantidadede sangue na cavidade (aproximadamente 3.000ml), hematoma de retroperitônio abrangendo zonasI, II e III, lesão da veia renal esquerda em sua junçãocom a veia cava inferior, lesão grau II hepática eavulsão de mesentério com descolamento domesocólon ascendente. Optou-se por damagecontrol; realizada nefrectomia esquerda, sutura daveia cava e deixadas 10 compressas na cavidade.Realizada cistostomia devido à lesão de uretra.Foram infundidas 8U de concentrado de hemácias,6U de plasma fresco, 6U de crioprecipitados e 6Ude plaquetas.

O paciente evoluiu com parada cardiorres-piratória, tendo o óbito ocorrido 3 horas após o pro-cedimento.

RELARELARELARELARELATTTTTO DE CASOO DE CASOO DE CASOO DE CASOO DE CASO

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REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 20091:30

DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃOA etiologia do trauma renal é classificada de

acordo com o mecanismo de lesão: fechado oupenetrante. Em 80-90% das lesões renais omecanismo é fechado, geralmente em quedas eacidentes automobilísticos1. A desaceleração rápidaque ocorre é responsável por lesar o rim em seuspontos fixos, o pedículo vascular e a junçãoureteropélvica2. Nesses casos, há grande dissipaçãode energia, responsável por outras lesõesconcomitantes em 90% dos casos, como fratura depelve, extremidades ou outras lesões intra-abdominais3, 4.

Lesões da ar téria e veia renais principais sãoincomuns, porém responsáveis por sangramentoimportante e eventualmente letal. Mais da metade dospacientes com lesão renovascular apresenta-se emchoque, com uma taxa de mortalidade entre 10-50% 1, 5.

Analisando 94 pacientes e 96 lesõesrenovasculares, Turner et al observaram que em 95%dos casos há lesão associada. Lesão isolada da veiarenal foi encontrada em 45 pacientes, destes, 28 (62%)foram submetidos a reparo (venorrafia lateral), 2 (4%)à ligadura da veia renal , 13 (29%) à nefrectomia e 2(4%) à observação. Em 51% desses pacientes observou-se rim funcionante no pós-operatório. O prognóstico daslesões arteriais submetidas à reparo foi pior, devido àisquemia quente à qual foi submetido o rim6.

Em revisão de literatura, Tezval et al concluíramque as lesões grau V (Tabela 1) apresentam péssimoprognóstico para a função renal se tentado reparo dalesão, apesar de as lesões venosas terem mostradomelhor resultado que as ar teriais4.

Baseados em dados semelhantes obtidos emrevisão ampla de literatura, Santucci et al propuseramem 2005 um algoritmo para tratamento de lesõesrenovasculares. Nos casos de avulsão de veia renal,em paciente com dois rins, a primeira opção é anefrectomia imediata, sem tentativa de reparo dalesão7. Tal conduta diminui o tempo cirúrgico e permite,assim, minimizar as consequências de umprocedimento cirúrgico muito prolongado em umpaciente politraumatizado.

O sangramento vultoso que ocorre em lesõesrenovasculares sugere que a laparotomia deva ser aprimeira conduta no manejo desses pacientes. Deve-se lembrar que há alta frequência (95%) de lesõesassociadas e que isso demanda outros procedimentos.Em muitos casos uma lesão grau V acompanha-se de

instabilidade pélvica.Analisando casos de lesões abdominais

associadas à fratura de pelve, Parreira et al8

observaram que a maioria destas fraturas é leve eque o prognóstico está mais relacionado às lesõesassociadas que à própria fratura. A mortalidade nessespacientes ocor re em 30% dos casos devido àhemorragia, a qual é secundária em 66% das vezes alesões intra-abdominais. Os autores concluíram que osangramento da pelve é responsável por uma pequenaporcentagem dos óbitos nesses pacientes, e propõemque na presença de instabilidade hemodinâmica aprioridade seja de avaliação de foco hemorrágicoabdominal por LPD ou FAST, seguida de laparotomiaexploradora, fixação externa da fratura e angiografiase necessário. Sugerem, ainda, que a princípio algummétodo incruento de fixação da fratura seja empregado.

TTTTTABELA 1ABELA 1ABELA 1ABELA 1ABELA 1CLASSIFICAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE CLASSIFICAÇÃO DE TRATRATRATRATRAUMAUMAUMAUMAUMATISMOS RENTISMOS RENTISMOS RENTISMOS RENTISMOS RENAIS DAIS DAIS DAIS DAIS DAAAAAAAST (American AAST (American AAST (American AAST (American AAST (American AssociaAssociaAssociaAssociaAssociation ftion ftion ftion ftion for Suror Suror Suror Suror Surgggggererererer y ofy ofy ofy ofy ofTTTTTrrrrr auma)auma)auma)auma)auma)

GRAU I: Contusão ou hematoma subcapsular nãoexpansivo. Sem laceração parenquimatosa.

GRAU II: Hematoma perir renal não expansivo.Laceração do cortex renal com profundidadeinferior a 1 cm. Sem extravasamento urinário.

GRAU III: Laceração parenquimatosa superior a 1 cm(estende-se até à medula renal). Sem roturado sistema coletor ou extravasamentourinário

GRAU IV: Laceração atinge cortex, medula e sistemacoletor. Lesão da ar téria ou veia renalsegmentares, com hemorragia contida.

GRAU V: Várias lacerações de grau 4. Rimcompletamente fragmentado. Avulsão dopedículo com desvascularização renal.

CONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOApesar de rara, a avulsão da veia renal existe e

pode ser causa impor tante de lesão renal e choquehipovolêmico em pacientes vítimas de traumaabdominal contuso, principalmente quando associadosà trauma de pelve.

O seu conhecimento é importante por parte detodos os médicos, principalmente nos que trabalhamem serviço de emergência, visto ser o trauma aprincipal doença da modernidade.

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ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTLeft renal vein avulsion is a potentially fatal fatal consequence of blunt abdominal trauma. Associated lesions arepresent in more than 60% of cases, including pelvic ring instability, which relates to a difficult question: pelvicfixation or laparotomy and retroperitoneal approach as first surgical measure? We present this case report inorder to discuss not only this approach but also therapeutic measures to optimize survival rates.Key words: Renal veins; Abdominal injuries.Key words: Renal veins; Abdominal injuries.Key words: Renal veins; Abdominal injuries.Key words: Renal veins; Abdominal injuries.Key words: Renal veins; Abdominal injuries.

REFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIASREFERÊNCIAS1 - Meng MV, Brandes SB, McAninch JW. Renal trauma: indications

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Recebido em: 30/12/2008Aprovado em: 4/02/2009Conflito de interesses: nenhumFonte de financiamento: nenhuma

EnderEnderEnderEnderEndereço pareço pareço pareço pareço para cora cora cora cora cor rrrrr espondência:espondência:espondência:espondência:espondência:Ana Cristina IsaAvenida República Argentina, 3292, apto. 04 –Por tão80610-260 – Curitiba – PR.(41) 3345-1739/ 9166-4276E-mail: [email protected]

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Sede do Conselho Regional de Medicina do Paraná (A Casa do Médico)Rua Victório Viezzer 84 - Vista Alegre - Curitiba - PR

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REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 20091:32

RESUMORESUMORESUMORESUMORESUMOReceptores de transplante renal apresentam aumento no risco de desenvolvimento de malignidades secomparados com a população geral. A principal complicação associada com a imunossupressão após longoprazo é o aparecimento de lesões malignas. Um paciente masculino de 42 anos, branco, apresentouglomerulonefrite crônica evoluindo para estágio final de doença renal crônica. Foi tratado com hemodiálise porquatro meses quando foi submetido a transplante renal com doador vivo relacionado 13 anos atrás. Aimunossupressão usada inicialmente foi ciclosporina, azatioprina e prednisona sendo que atualmente está emuso de micofenolato mofetil e prednisona. Durante exame ultrassonográfico de rotina, encontramos massa de2,6cm de diâmetro no rim nativo direito. Tratado com nefrectomia via videolaparoscópica. O estudoanatomopatológico evidenciou diagnóstico histológico de carcinoma renal papilar. Relatamos um carcinomapapilar renal em rim nativo diagnosticado incidentalmente.DescritorDescritorDescritorDescritorDescritores:es:es:es:es: CarCarCarCarCarcinoma de Células Rcinoma de Células Rcinoma de Células Rcinoma de Células Rcinoma de Células Renais;enais;enais;enais;enais; TTTTTrrrrransplante de Rim.ansplante de Rim.ansplante de Rim.ansplante de Rim.ansplante de Rim.

CARCINOMA RENAL PAPILAR EM RIM NATIVO PÓS TRANSPLANTE RENAL.RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURARenal Carcinoma papillary in native kidney post renal transplant. Case report and literature review

Luis Luis Luis Luis Luis AlberAlberAlberAlberAlber to Bato Bato Bato Bato Batista Ptista Ptista Ptista Ptista Pererererereseseseses11111

Sérgio Luiz BaderSérgio Luiz BaderSérgio Luiz BaderSérgio Luiz BaderSérgio Luiz Bader22222

EvEvEvEvEverererereraldo Raldo Raldo Raldo Raldo Roberoberoberoberober to de to de to de to de to de ArArArArAraújo Jaújo Jaújo Jaújo Jaújo Junioruniorunioruniorunior33333

Alexandre Galvão BuenoAlexandre Galvão BuenoAlexandre Galvão BuenoAlexandre Galvão BuenoAlexandre Galvão Bueno44444

TRABALHO REALIZADO NA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO OESTE DO PARANÁ – UNIOESTE1 - Professor Adjunto da disciplina de Nefrologia da UNIOESTE2 - Professor Assistente da disciplina de Urologia da UNIOESTE3 - Acadêmico do Curso de Medicina da UNIOESTE4 – Patologista do ANATOM- Laboratório de Anatomia Patológica.

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOINTRODUÇÃOO transplante renal evoluiu tecnicamente e com

o advento de novas drogas imunossupressoras asobrevida do enxer to a cur to prazo melhorouconsideravelmente nos últimos anos. Complicações alongo prazo incluem as malignidades, que podemlimitar a sobrevida do enxer to e do paciente1. Aincidência de câncer em receptores de transplanterenal varia na literatura de 2,3 a 31%. O risco demalignidades de novo no pós-transplante apresentaum risco relativo 3 a 5 vezes maior que o da populaçãogeral2. A incidência de malignidades tem sido estimadaem 20% após 10 anos de imunossupressão crônica3.Sítio em rim nativo apresenta um aumento naincidência de 13 vezes em relação à população geral4.

Com as modificações nos esquemas imunos-supressores, devido a disponibilidade de novas drogas,é possível individualizar a imunossupressão de acordocom os fatores de risco de cada paciente. Redução naincidência de malignidades tem sido observada com ouso de sirolimus5.

Cânceres de pele são os mais comuns,geralmente não sendo fatais, enquanto os de órgãossólidos são mais raros, porém apresentam piorprognóstico6. Outras malignidades encontradas sãoas desordens linfoproliferativas, sarcoma de Kaposi,câncer uterino, carcinoma renal de rim nativo, câncerde mama, estômago, pâncreas e bexiga, dentreoutros7.

Relatamos a seguir um caso de carcinoma decélulas renais do tipo papilar em rim nativodiagnosticado 13 anos após o transplante renal.

RELARELARELARELARELATTTTTO DO CASOO DO CASOO DO CASOO DO CASOO DO CASOHomem branco, 45 anos, admitido no serviço

de Nefrologia em maio de 1994, com história deedema, hiper tensão e aumento de creatinina.Realizado biópsia renal em junho de 1994, onde foiconstatada glomerulonefrite crônica. Começouhemodiálise em novembro de 1994, permanecendopor quatro meses, sendo submetido a transplante

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renal com doador vivo haploidêntico. Imunossuprimidocom ciclosporina, azatioprina e prednisona por 18meses. Quatro anos após, foi retirada a azatioprinadevido à hepatotoxicidade, permanecendo comciclosporina e prednisona por mais dois anos, sendo aciclosporina substituída por micofenolado mofetil devidoa nefrotoxicidade por ciclosporina. Após a suspensãoda ciclosporina a creatinina que havia chegado a 1,80mg/dL, caiu para 1,25, mantendo-se estável até omomento. Apresentou hematúria microscópicapersistente desde o início do transplante. Foramrealizadas ultrassonografias renais de controleanualmente. Em abril de 2008, após investigação derotina, foi encontrada massa com conteúdo denso eheterogêneo, medindo 2,6cm de diâmetro emultrassonografia de abdome superior em rim direitonativo e rim transplantado normal. Realizadatomografia computadorizada helicoidal “multislice” 64cortes, de abdome total, demonstrado rins primitivosatróficos bilateralmente e foi confirmada imagemnodular, sólida, com coeficiente de atenuação de partesmoles, contornos regulares, medindo 2,7cm dediâmetro médio, com moderado realce de padrãoheterogêneo pelo meio de contraste, localizada emparênquima da face anterior do polo superior do rim

direito (Figura 1). Foi realizada nefrectomia do rimprimitivo direito por videolaparoscopia em maio de2008. O anatomopatológico revelou neoplasia compostapor estruturas papilares complexas, justapostas,revestidas por células cúbicas arredondadas, comnúcleos ar redondados, pleomórficos e cariotecairregular, citoplasma acidófilo e finamente granularcompatível com o diagnóstico de carcinoma de célulasrenais do tipo papilar (Figura 2).

DISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃODISCUSSÃORelatamos um caso de carcinoma renal

cromófilo em rim nativo 13 anos após o transplanterenal em paciente do sexo masculino diagnosticadoincidentalmente em ultrassonografia de rotina.

O risco de desenvolvimento de neoplasiasmalignas em receptores de transplante éaproximadamente 100 vezes maior que o da populaçãogeral8. Malignidades após o transplante renal sãocomplicações relativamente frequentes a longo prazo.É possível que óbitos causados por malignidadessuperem a causa cardiovascular 10 a 20 anos após otransplante9. A incidência de tumores malignos emreceptores de enxer tos renais após 10 anos dotransplante pode chegar a 20%, sendo 10 vezes

RELARELARELARELARELATTTTTO DE CASOO DE CASOO DE CASOO DE CASOO DE CASO

FIGURA 2FIGURA 2FIGURA 2FIGURA 2FIGURA 2: Hematoxilina-eosina: aumento de 400vezes. Papilas com centros vascularizados recobertospor fileira única de células neoplásicas. Presença depapilas preenchidas por macrófagos xantomizadoscaracterísticos do carcinoma papilar renal (seta).

FIGURA 1FIGURA 1FIGURA 1FIGURA 1FIGURA 1: Tomografia computadorizada helicoidalmultislice 64 cortes, de abdome total, demonstra rinsprimitivos atróficos bilateralmente e imagem nodular,sólida, com coeficiente de atenuação de partes moles,contornos regulares, medindo 2,7cm de diâmetromédio, com moderado realce de padrão heterogêneopelo meio de contraste, localizada em parênquima daface anterior do polo superior do rim direito (seta).

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RELARELARELARELARELATTTTTO DE CASOO DE CASOO DE CASOO DE CASOO DE CASO1:34

superior à da população geral10.Stefoni e colaboradores7, em uma série de 1137

receptores de transplante renal, observaram 3,9% demalignidades, sendo que dentre elas 9,6% foramcausadas por carcinoma renal de rim nativo. Em nossaexperiência com 260 transplantes renais realizados,observamos malignidades em 5% dos receptores,sendo a pele o sítio mais frequentemente acometidocom nove pacientes (2,7%), e o rim com dois pacientes(0,8%), sendo um caso em enxerto renal, publicadopreviamente11 e um caso em rim nativo, aqui descrito.

Shaaban e colaboradores12 revisaram aincidência de malignidades em 792 receptores detransplante renal, onde foram diagnosticados 56 casosem 54 pacientes, com uma incidência de 6,8%, nãosendo observado nenhum caso em rim nativo.

Ianhez e colaboradores13 revisaram 1.375transplantes renais, que apresentavam rim funcionantepor mais de um ano, sendo observados 11 casos detumores renais em 10 pacientes, com 90% deles norim nativo e 10% no enxer to. Todos os tumores emrins nativos foram diagnosticados incidentalmente.Quanto ao tipo histológico, seis foram carcinomas decélulas claras, quatro papilares e um cromófobo.

Moudouni e colaboradores14 descreveram umasérie de 373 pacientes examinados, sendo encontrados12 tumores em rim nativo em 10 indivíduos. A mediade idade do transplante e de diagnóstico do tumorrenal foram respectivamente de 33 e 45,8 anos. Amaioria das malignidades foi descober taincidentalmente. O tamanho médio dos tumores foi deaproximadamente 21mm. Nefrectomia foi realizada emtodos os casos. Dentre os 12 tumores renais malignos,foram identificados cinco carcinomas de células clarase sete carcinomas papilares. A metade de todos os

tumores era lesões Furhman classe III, e pT1aN0M0. Amaioria (80%) não teve evidências de metástases noseguimento. Em nosso caso, identificamos a presençade estadiamento patológico pT1a N2 Mx.

Em outra série de 933 pacientes receptores detransplante renal, 12 malignidades em rim nativo foramobservadas em 11 indivíduos. A média de idade nomomento do transplante foi de 42,5 anos e dodiagnóstico do tumor foi de 49,1 anos. O diagnósticofoi incidental em 10 casos. A média de tamanho dotumor foi de 37mm. Nefrectomia foi realizada em 10casos. Quanto ao tipo histológico, o papilar foiencontrado em três (25%). Metade dos tumores eraFurhman grau III e pT1aN0M0. Após um seguimentomédio de 39 meses a sobrevida dos pacientes foi de82%15.

Os tumores renais malignos são maisagressivos no transplantado do que na população gerale na população em diálise, principalmente devido àimunossupressão. Hoshida e colaboradores16 relataramque a ciclosporina promove o crescimento do tumor.Numa série de 1.754 transplantes renais, malignidadesocorreram em 2,6% dos casos, sendo que o tempomédio de intervalo entre o início da imunossupressãoe o diagnóstico do tumor foi menor nos pacientes emuso de ciclosporina (42,5 x 95,5 meses).

CONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOCONCLUSÃOReportamos um caso de carcinoma papilar renal

em rim nativo diagnosticado incidentalmente 13 anosapós o transplante renal. Salientamos a impor tânciade exame ecográfico de rotina anualmente pararastreamento de tumores renais no enxer to ou nosrins nativos. O diagnóstico precoce é de fundamentalimportância no prognóstico desses pacientes.

ABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTABSTRACTRenal transplant recipients have increased risk of malignancy. The major complication associated withimmunosuppression in the long term is the appearance of malignant lesions. A 42-year-old white male who hadchronic glomerulonephriris developed end-stage renal disease. Treated with hemodialysis during four months,he was transplanted from related living donor thirteen years ago. Immunosuppression used initially was cyclosporin,azathioprine and prednisone and actually is mycophenolate mofetil and prednisone. During ultrasound we noticedmass of 2.6 cm diameter in right native kidney. Treated with nephrectomy through video–laparoscopic. Inhistopatological study, papillary renal carcinoma was found. We repor t a papillary renal carcinoma of nativekidney diagnosed accidentally.KKKKKeeeeey wy wy wy wy wororororords:ds:ds:ds:ds: CarCarCarCarCarcinoma,cinoma,cinoma,cinoma,cinoma, R R R R Renal Cell;enal Cell;enal Cell;enal Cell;enal Cell; Kidne Kidne Kidne Kidne Kidney y y y y TTTTTrrrrr ansplantaansplantaansplantaansplantaansplantation.tion.tion.tion.tion.

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Recebido em: 30/12/2008Aprovado em: 30/02/2009Conflito de interesses: nenhumFonte de financiamento: nenhuma

EnderEnderEnderEnderEndereço pareço pareço pareço pareço para cora cora cora cora cor rrrrr espondência:espondência:espondência:espondência:espondência:Luis Alberto Batista Peres,Rua São Paulo 769, ap 901, Centro85801-020 – Cascavel - PRe-mail: peres@cer tto.com.br

Comunicação e Interatividade

Para aprimorar o canal de comunicação com residentes de todo Paraná, a diretoria da Associaçãoplaneja colocar no ar o seu site institucional. A página eletrônica estará concluída em breve e contarácom conteúdo informativo sobre legislação da Residência Médica, cadastro de Comissões e Associaçõesde Residência Médica, divulgação de eventos científicos organizados ou apoiados pela AMEREPAR, alémde um espaço dedicado à interatividade, onde o internauta poderá esclarecer dúvidas e participar dedebates. Para entrar em contato com a AMEREPAR envie e-mail para [email protected].

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REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 2009

CLÍNICA MÉDICA NOSSA SENHORA DA SALETECLÍNICA MÉDICA NOSSA SENHORA DA SALETECLÍNICA MÉDICA NOSSA SENHORA DA SALETECLÍNICA MÉDICA NOSSA SENHORA DA SALETECLÍNICA MÉDICA NOSSA SENHORA DA SALETERua Carlos de Carvalho, 4191 – Centro85810-080 – Cascavel – PRFone: (45) 3219-4500 Fax: (45) 3222-1464E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Eduardo Frederico BorsariniFelipeRepresentante dos Médicos Residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL DAL DAL DAL DAL DA CRA CRA CRA CRA CRUZ UZ UZ UZ UZ VERMELHAVERMELHAVERMELHAVERMELHAVERMELHAAvenida Vicente Machado, 131080420-011 – Curitiba – PR.Fone: (41) 3016-6622 Fax: (41) 3017-5301E-mail: [email protected] da COREME: Dr. James SkinovskiRepresentante dos Médicos Residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL DO CÂNCER DE CASCAAL DO CÂNCER DE CASCAAL DO CÂNCER DE CASCAAL DO CÂNCER DE CASCAAL DO CÂNCER DE CASCAVEL – UOPECCANVEL – UOPECCANVEL – UOPECCANVEL – UOPECCANVEL – UOPECCANRua Itaquatiaras, 769 – Santo Onofre85806-300 - Cascavel - PR

Fone: (45) 2101-7000 Fax: (45) 2101-7005e-mail: administraçã[email protected] da COREME: Dr. Luis César BredtRepresentante dos Médicos Residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL JOÃO DE FREITAL JOÃO DE FREITAL JOÃO DE FREITAL JOÃO DE FREITAL JOÃO DE FREITASASASASASEndereço: Rodovia PR 218 Km 01 – Jd. Universitário86702-670 – Arapongas - PrFone: (43) 3275 0200 Fax: (43) 3275 0212E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Roberto Frederico KochRepresentante dos Médicos Residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL SANTAL SANTAL SANTAL SANTAL SANTA RITA RITA RITA RITA RITAAAAAPraça Sete de Setembro, 285,87015-290 - Maringá - PRTelefones: (44) 3220-600/3220-6285Fax: (44) 3220-6209E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Alvo Orlando Vizzotto JúniorRepresentante dos médicos residentes: Rubens de OliveiraBrito

CERMEPAR - COREMES do ParanáInstituições com Residência Médica no Paraná – Sistema CNRM/MECInstituições com Residência Médica no Paraná – Sistema CNRM/MECInstituições com Residência Médica no Paraná – Sistema CNRM/MECInstituições com Residência Médica no Paraná – Sistema CNRM/MECInstituições com Residência Médica no Paraná – Sistema CNRM/MEC

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL CARDIOLÓGICO COSTAL CARDIOLÓGICO COSTAL CARDIOLÓGICO COSTAL CARDIOLÓGICO COSTAL CARDIOLÓGICO COSTANTINIANTINIANTINIANTINIANTINIRua Pedro Collere, 992, Vila Isabel,80320-320 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3013-9267 Fax: (41) 3244-7093E-mail: fundacao@fundacaofcostantini.org.brwww.fundacaofcostantini.org.brCoordenador da COREME: Dr. José Rocha Faria NetoRepresentante dos médicos residentes: Agenor C. CorrêaNeto

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL DE OLHOS DE LAL DE OLHOS DE LAL DE OLHOS DE LAL DE OLHOS DE LAL DE OLHOS DE LONDRINONDRINONDRINONDRINONDRINAAAAARua Senador Souza Naves, 648-A - Centro86010-170 - Londrina – PRTelefone: (43) 3356-6000 Fax: (43) 3322-0433E-mail: [email protected] da COREME: Drª Érika HoyamaRepresentante dos médicos residentes: Tiago Clivati deMarchi

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL BOM JESUSAL BOM JESUSAL BOM JESUSAL BOM JESUSAL BOM JESUSRua D. Pedro II, 181, Nova Rússia84053-000 - Ponta Grossa - PRTelefone e Fax: (42) 3220-5000e-mail: [email protected] da COREME: Dr. Carlos Henrique FerreiraCamargoRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

SANTSANTSANTSANTSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBA CASA DE MISERICÓRDIA DE CURITIBAAAAAPraça Rui Barbosa, 694, Centro80010-030 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3320-3558 Fax: (41) 3222-1071E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Sérgio Fonseca TarléRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL DAL DAL DAL DAL DAS CLÍNICAS DAS CLÍNICAS DAS CLÍNICAS DAS CLÍNICAS DAS CLÍNICAS DA UFPRA UFPRA UFPRA UFPRA UFPRRua General Carneiro, 181, Centro80900- 900 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3360-1839 Fax: (41) 3362-2841E-mail: gcl@ufprbrCoordenador da COREME: Dr. Angelo Luiz TesserRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

1:36

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HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL DE FRAAL DE FRAAL DE FRAAL DE FRAAL DE FRATURAS NOTURAS NOTURAS NOTURAS NOTURAS NOVVVVVO MUNDOO MUNDOO MUNDOO MUNDOO MUNDOAv. República Argentina, 4650, Novo Mundo81050-001 Curitiba - PRTelefone: (41) 3018-8115 Fax: (41) 3018-8074Email: [email protected] da COREME:Dr. Nelson Ravaglia de OliveiraRepresentante dos médicos residentes: Guilherme CamposBarroso

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL DO AL DO AL DO AL DO AL DO TRABTRABTRABTRABTRABALHADOR - FUNPALHADOR - FUNPALHADOR - FUNPALHADOR - FUNPALHADOR - FUNPARARARARARAv.República Argentina, 4406, Novo Mundo81050-000 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3212-5710 Fax: (41) 3212-5709Email: [email protected] da COREME:Dr. Ivan Augusto CollaçoRepresentante dos médicos residentes: Carla Elisa Salturi

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL E MAAL E MAAL E MAAL E MAAL E MATERNIDTERNIDTERNIDTERNIDTERNIDADE ADE ADE ADE ADE ANGELINANGELINANGELINANGELINANGELINA CARA CARA CARA CARA CARONONONONONRodovia do Caqui, 1150, Araçatuba83430-000 - Campina Grande do Sul - PRFone: (41) 3679-8288 Fax: (41) 3679-8288E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Pedro Ernesto CaronRepresentante dos médicos residentes: Alan Nolla

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL E MAAL E MAAL E MAAL E MAAL E MATERNIDTERNIDTERNIDTERNIDTERNIDADE SANTADE SANTADE SANTADE SANTADE SANTA BRÍGIDA BRÍGIDA BRÍGIDA BRÍGIDA BRÍGIDAAAAARua Guilherme Pugsley, 1705, Água Verde80620-000 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3016-2200 Fax: (41) 3342-5694Email: [email protected] da COREME: a confirmarRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL EVAL EVAL EVAL EVAL EVANGÉLICO DE LANGÉLICO DE LANGÉLICO DE LANGÉLICO DE LANGÉLICO DE LONDRINONDRINONDRINONDRINONDRINAAAAAAv. Bandeirantes, 618, Jardim Ipiranga86015-900 - Londrina - PRTelefone: (43) 3378-1800 Fax: (43) 3324-2161Email: [email protected] da COREME: Dr. Abel Esteves SoaresRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL INFAL INFAL INFAL INFAL INFANTIL PEQANTIL PEQANTIL PEQANTIL PEQANTIL PEQUENO PRÍNCIPEUENO PRÍNCIPEUENO PRÍNCIPEUENO PRÍNCIPEUENO PRÍNCIPERua Des. Motta, 1070, Rebouças80250-060 - Curitiba - PRTelefones: (41) 3310-1202/1203 Fax: (41) 3225-2291Email: [email protected] da COREME:Dr. Antonio Ernesto da SilveiraRepresentante dos médicos residentes:Cilmara Cristina Kuwahara

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL NOSSA SENHORA DAL NOSSA SENHORA DAL NOSSA SENHORA DAL NOSSA SENHORA DAL NOSSA SENHORA DAS GRAÇASAS GRAÇASAS GRAÇASAS GRAÇASAS GRAÇASRua Alcides Munhoz, 433, Mercês80810-040 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3240-6501 Fax: (41) 3240-6500Email: [email protected] da COREME: Dr. Paulo Cesar AndriguettoRepresentante dos médicos residentes: Juliano DuqueScheffer

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL PSIQAL PSIQAL PSIQAL PSIQAL PSIQUIÁTRICO NOSSA SENHORA DUIÁTRICO NOSSA SENHORA DUIÁTRICO NOSSA SENHORA DUIÁTRICO NOSSA SENHORA DUIÁTRICO NOSSA SENHORA DA LA LA LA LA LUZUZUZUZUZAv. Mar Floriano Peixoto, 2509, Prado Velho80220-000 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3320-3558 Fax: (41) 3222-1071Email: [email protected] da COREME: Dr. Marcos Rainer GüntherRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL SÃO AL SÃO AL SÃO AL SÃO AL SÃO VICENTEVICENTEVICENTEVICENTEVICENTEAv. Vicente Machado, 401, Centro80420-010 Curitiba - PRTelefone: (41) 3111-3000 / 3111-3009E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Carlos Alberto Miguez deSenna MottaRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURAL UNIVERSITÁRIO CAJURUUUUUAvenida São José, 300, Cristo Rei80350-350 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3271-3009 Fax: (41) 3262-1012E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Adriano Keijiro MaedaRepresentante dos médicos residentes: Fernando MartinsPiratelo

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PAL UNIVERSITÁRIO DO OESTE DO PARANÁARANÁARANÁARANÁARANÁAv. Tancredo Neves, 3224, Santo Onofre85804-260 - Cascavel - PRTelefone: (45) 3326-3752 Fax: (45) 3326-3752Email: [email protected] da COREME: Dr. Allan Cezar Faria AraujoRepresentante dos médicos residentes: Ediberto Yuzo Ueda

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL UNIVERSITÁRIO EVAL UNIVERSITÁRIO EVAL UNIVERSITÁRIO EVAL UNIVERSITÁRIO EVAL UNIVERSITÁRIO EVANGÉLICO DEANGÉLICO DEANGÉLICO DEANGÉLICO DEANGÉLICO DECUR IT IBACUR IT IBACUR IT IBACUR IT IBACUR IT IBARua Des. Otávio do Amaral, 337, Bigorrilho80730-400 - Curitiba - PRTelefone: (41) 3240-5486 Fax: (41) 3335-7172E-mail: [email protected]

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REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 20091:38

Coordenador da COREME: Dr. Jean Alexandre F. CorreiaFranciscoRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL UNIVERSITÁRIO REGIONAL DO NORAL DO NORAL DO NORAL DO NORAL DO NORTETETETETEDO PRDO PRDO PRDO PRDO PRAvenida Robert Koch, 6086038-350 - Londrina - PRTelefone/Fax: (43) 3371-2278E-mail: [email protected]/residenciaCoordenador da COREME: Dr. Marcos Cesar B. de AlmeidaCamargoRepresentante dos médicos residentes: Carlos EduardoDuarte

INSTITUTO DO CÂNCER DE LONDRINAINSTITUTO DO CÂNCER DE LONDRINAINSTITUTO DO CÂNCER DE LONDRINAINSTITUTO DO CÂNCER DE LONDRINAINSTITUTO DO CÂNCER DE LONDRINARua Lucilla Ballalai, 212, Jardim Petrópolis86015-520 - Londrina - PRTelefones: (43) 3379-2613 Fax: (43) 3379-2696E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Cássio José de AbreuRepresentante dos médicos residentes: a confirmar

INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE CURITIBA (INC)INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE CURITIBA (INC)INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE CURITIBA (INC)INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE CURITIBA (INC)INSTITUTO DE NEUROLOGIA DE CURITIBA (INC)Rua Jeremias Maciel Perretto, 300 Campo Comprido81210-310 - Curitiba - PRTelefone/Fax: (41) 3028-8580e-mail: [email protected] da COREME: Dr. Ricardo RaminaRepresentante dos médicos residentes: Erasmo Barros daSilva Júnior

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL ERASTAL ERASTAL ERASTAL ERASTAL ERASTO GAERO GAERO GAERO GAERO GAERTNERTNERTNERTNERTNERRua Dr. Ovande do Amaral, 201, Jardim das Américas81060-060 - Curitiba/PRTelefone: (41) 3361-5123 Fax: (41) 3361-5166E-mail: [email protected]; [email protected] da COREME: Drª Paola Andrea Galbiatti PedruzziRepresentante dos médicos residentes: Murilo de Almeida Luz

SANTSANTSANTSANTSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE MARINGÁA CASA DE MISERICÓRDIA DE MARINGÁA CASA DE MISERICÓRDIA DE MARINGÁA CASA DE MISERICÓRDIA DE MARINGÁA CASA DE MISERICÓRDIA DE MARINGÁRua Santos Dumont, 555, Vila Operária87050-100 - Maringá - PRTelefone: (44) 3027-5605 Fax: (44) 3027-5799E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Cesar Orlando PeraltaBandeiraRepresentante dos médicos residentes: Luciano Bornia Ortega

SANTSANTSANTSANTSANTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PONTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PONTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PONTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PONTA CASA DE MISERICÓRDIA DE PONTA GRA GRA GRA GRA GROSSAOSSAOSSAOSSAOSSAAv. Dr. Francisco Burzio, 774, Centro84010200 Ponta Grossa - PRTelefone/Fax: (42) 3026-8000E-mail: [email protected] da COREME: Dr. Rafael P. RochaRepresentante dos médicos residentes: Fabíola MichelinMachado

HOSPITHOSPITHOSPITHOSPITHOSPITAL REGIONAL REGIONAL REGIONAL REGIONAL REGIONAL DE MARINGÁAL DE MARINGÁAL DE MARINGÁAL DE MARINGÁAL DE MARINGÁAv. Mandacarú, 1590, Jardim Canadá87080-000 - Maringá - PRTelefones: (44) 2101-9119/2101-9423e-mail: [email protected] da COREME: Dr. Mauro PorcuRepresentante dos médicos residentes: Mário Henrique daRocha Alves da Silva

CLÍNICA HEIDELBERGCLÍNICA HEIDELBERGCLÍNICA HEIDELBERGCLÍNICA HEIDELBERGCLÍNICA HEIDELBERGRua Padre Agostinho, 687, Bigorrilho80435-050 – Curitiba – PRTelefone: (41) 3223-2342 Fax: (41) 3223-0080e-mail: [email protected] da COREME:Dr. Roberto RatzkeRepresentante dos médicos residentes: Mariana Favaro

(*) As instituições devem promover a atualização(*) As instituições devem promover a atualização(*) As instituições devem promover a atualização(*) As instituições devem promover a atualização(*) As instituições devem promover a atualizaçãocadastral enviando e-mail paracadastral enviando e-mail paracadastral enviando e-mail paracadastral enviando e-mail paracadastral enviando e-mail paracercercercercer mememememepar@crpar@crpar@crpar@crpar@cr mprmprmprmprmpr.or.or.or.or.or ggggg.br.br.br.br.br

O editor científico da Revista do Médico Residente agradeceos seguintes revisores dos artigos publciados em 2008:

Ademar Lopes (SP), Alcino Lázaro da Silva (MG), Antonio Sérgio Brenner (PR),Hamilton Petry de Souza (RGS), Maria Lúcia Jorge (PR), Nicolau Kruel (SC), eOrlando Martins Torres (MA).

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REV. MED. RES.VOL. 11 - Nº JAN/MAR 2009

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Abdominal Pain,Abdominal Pain,Abdominal Pain,Abdominal Pain,Abdominal Pain, n.4, 168A c a d ê m i c o sA c a d ê m i c o sA c a d ê m i c o sA c a d ê m i c o sA c a d ê m i c o s

de medicina, n.4, 154Acidente CerAcidente CerAcidente CerAcidente CerAcidente Cereeeeebrbrbrbrbrooooovvvvv ascularascularascularascularascular,,,,, n.2, 80Adenomatous Polyposis Col i , Adenomatous Polyposis Col i , Adenomatous Polyposis Col i , Adenomatous Polyposis Col i , Adenomatous Polyposis Col i , n.1, 34Aging,Aging,Aging,Aging,Aging, n.4, 159Alcalose Metaból icaAlcalose Metaból icaAlcalose Metaból icaAlcalose Metaból icaAlcalose Metaból ica, n.4, 164Al imentação,Al imentação,Al imentação,Al imentação,Al imentação, n.2, 58 A n a l g e s i aA n a l g e s i aA n a l g e s i aA n a l g e s i aA n a l g e s i a

Methods, n.2, 67métodos, n.2, 67

A n e s t e s i aA n e s t e s i aA n e s t e s i aA n e s t e s i aA n e s t e s i aepidural, n.2, 67geral, n.2, 67métodos, n.2, 67

A n e s t h e s i aA n e s t h e s i aA n e s t h e s i aA n e s t h e s i aA n e s t h e s i aepidural, n.2, 67general, n.2, 67Methods, n.2, 67

Ant ibodies Ant inuclear , Ant ibodies Ant inuclear , Ant ibodies Ant inuclear , Ant ibodies Ant inuclear , Ant ibodies Ant inuclear , n.1, 8Ant ibodies Ant iphosphol ip id, Ant ibodies Ant iphosphol ip id, Ant ibodies Ant iphosphol ip id, Ant ibodies Ant iphosphol ip id, Ant ibodies Ant iphosphol ip id, n.3, 109Ant icoagulantes,Ant icoagulantes,Ant icoagulantes,Ant icoagulantes,Ant icoagulantes, n.2, 76Ant icoagulants,Ant icoagulants,Ant icoagulants,Ant icoagulants,Ant icoagulants, n.2, 76Ant icorpos Ant i fosfol ípedes,Ant icorpos Ant i fosfol ípedes,Ant icorpos Ant i fosfol ípedes,Ant icorpos Ant i fosfol ípedes,Ant icorpos Ant i fosfol ípedes, n.3, 109Ant icorpos Ant inuclearesAnt icorpos Ant inuclearesAnt icorpos Ant inuclearesAnt icorpos Ant inuclearesAnt icorpos Ant inucleares , n.1, 8Asci te,Asci te,Asci te,Asci te,Asci te, n.2, 83Asites, Asi tes, Asi tes, Asi tes, Asi tes, n.2, 83Assistência Integral à SaúdeAssistência Integral à SaúdeAssistência Integral à SaúdeAssistência Integral à SaúdeAssistência Integral à Saúde, n.3, 117Associações Prof iss ionaisAssociações Prof iss ionaisAssociações Prof iss ionaisAssociações Prof iss ionaisAssociações Prof iss ionais

AMEREPAR, n.3, 98Auto- imunidade, Auto- imunidade, Auto- imunidade, Auto- imunidade, Auto- imunidade, n.1, 8AAAAAutoimmutoimmutoimmutoimmutoimmunityunityunityunityunity,,,,, n.1, 8Aval iação Nutr ic ional ,Aval iação Nutr ic ional ,Aval iação Nutr ic ional ,Aval iação Nutr ic ional ,Aval iação Nutr ic ional , n.2, 58 BarBarBarBarBar tter’t ter’t ter’t ter’t ter’s Syndrs Syndrs Syndrs Syndrs Syndromeomeomeomeome, n.4, 164Bi l iary F istu la, Bi l iary F istu la, Bi l iary F istu la, Bi l iary F istu la, Bi l iary F istu la, n.3, 127Bioensaios, Bioensaios, Bioensaios, Bioensaios, Bioensaios, n.2, 58Bio loBio loBio loBio loBio logica l g ica l g ica l g ica l g ica l AssaAssaAssaAssaAssayyyyy,,,,, n.2, 58 Blood Glucose Feeding,Blood Glucose Feeding,Blood Glucose Feeding,Blood Glucose Feeding,Blood Glucose Feeding, n.2, 58 Bloqueio NerBloqueio NerBloqueio NerBloqueio NerBloqueio Ner vvvvvosoosoosoosooso

métodos, n.2, 67 Cabeça e PescoçoCabeça e PescoçoCabeça e PescoçoCabeça e PescoçoCabeça e Pescoço

neoplasias, n.3, 101Cálculos Renais,Cálculos Renais,Cálculos Renais,Cálculos Renais,Cálculos Renais, n.1, 12CarCarCarCarCar cinoma,cinoma,cinoma,cinoma,cinoma, He He He He Hepapapapapa tocel lu lartocel lu lartocel lu lartocel lu lartocel lu lar,,,,, n.3, 123Carol i ’s Disease,Carol i ’s Disease,Carol i ’s Disease,Carol i ’s Disease,Carol i ’s Disease, n.4, 168Case RCase RCase RCase RCase Reeeeeporporporporpor tststststs ,,,,, n.3, 120Case Studies,Case Studies,Case Studies,Case Studies,Case Studies, n.2, 83Cateter ismo Venoso Central ,Cateter ismo Venoso Central ,Cateter ismo Venoso Central ,Cateter ismo Venoso Central ,Cateter ismo Venoso Central , n.2, 76Catheter izat ion, Central VenousCatheter izat ion, Central VenousCatheter izat ion, Central VenousCatheter izat ion, Central VenousCatheter izat ion, Central Venous, , , , , n.2, 76Cerebrovascular AccidentCerebrovascular AccidentCerebrovascular AccidentCerebrovascular AccidentCerebrovascular Accident, n.2, 80Children, Chi ldren, Chi ldren, Chi ldren, Chi ldren, n.1, 12; n.3, 113Cholangit is ,Cholangit is ,Cholangit is ,Cholangit is ,Cholangit is , n.4, 168CholecCholecCholecCholecCholecystectomystectomystectomystectomystectomyyyyy,,,,, n.2, 67Cholecyst i t is ,Cholecyst i t is ,Cholecyst i t is ,Cholecyst i t is ,Cholecyst i t is , n.3, 127Cirurgia,C irurgia,C irurgia,C irurgia,C irurgia, n.2, 73

da cabeça e do pescoço, n.3, 101Colangite,Colangite,Colangite,Colangite,Colangite, n.4, 168Colecistectomia, Colecistectomia, Colecistectomia, Colecistectomia, Colecistectomia, n.2, 67Colecist i te,Colec ist i te,Colec ist i te,Colec ist i te,Colecist i te, n.3, 127Comissão Estadual de Residência MédicaComissão Estadual de Residência MédicaComissão Estadual de Residência MédicaComissão Estadual de Residência MédicaComissão Estadual de Residência Médica

Paraná, n.1, 4; n.1, 6Comprehensive Health Care, Comprehensive Health Care, Comprehensive Health Care, Comprehensive Health Care, Comprehensive Health Care, n.3, 117Connect ive TissueConnect ive TissueConnect ive TissueConnect ive TissueConnect ive Tissue

mixed Disease, n.1, 8Crianças,Crianças,Crianças,Crianças,Crianças, n.1, 12; n.3, 113Dieta,Dieta,Dieta,Dieta,Dieta, n.2, 58 DietarDietarDietarDietarDietar y F ibery F ibery F ibery F ibery F iber,,,,, n.2, 58 Distúrbios Metaból icos,Distúrbios Metaból icos,Distúrbios Metaból icos,Distúrbios Metaból icos,Distúrbios Metaból icos, n.1, 12D o c t o rD o c t o rD o c t o rD o c t o rD o c t o r

profession, n.4, 154Doença de Carol i ,Doença de Carol i ,Doença de Carol i ,Doença de Carol i ,Doença de Carol i , n.4, 168Doenças do Í leo,Doenças do Í leo,Doenças do Í leo,Doenças do Í leo,Doenças do Í leo, n.3, 127Dor Abdominal ,Dor Abdominal ,Dor Abdominal ,Dor Abdominal ,Dor Abdominal , n.4, 168Dor Pós-operatór ia,Dor Pós-operatór ia,Dor Pós-operatór ia,Dor Pós-operatór ia,Dor Pós-operatór ia, n.2, 67Drug Ef fects,Drug Ef fects,Drug Ef fects,Drug Ef fects,Drug Ef fects, n.2, 67Duodenal Obstruct ion, Duodenal Obstruct ion, Duodenal Obstruct ion, Duodenal Obstruct ion, Duodenal Obstruct ion, n.3, 127Educação MédicaEducação MédicaEducação MédicaEducação MédicaEducação Médica

ENADE, n.2, 53especialização, n.3, 98; n.3, 100

Educat ion, MedicalEducat ion, MedicalEducat ion, MedicalEducat ion, MedicalEducat ion, MedicalENADE, n.2, 53specialism, n.3, 100

Educação Médica Cont inuada,Educação Médica Cont inuada,Educação Médica Cont inuada,Educação Médica Cont inuada,Educação Médica Cont inuada, n.2, 49Educat ion, Medical , Cont inuing, Educat ion, Medical , Cont inuing, Educat ion, Medical , Cont inuing, Educat ion, Medical , Cont inuing, Educat ion, Medical , Cont inuing, n.2, 49

Efei tos de Drogas, Efe i tos de Drogas, Efe i tos de Drogas, Efe i tos de Drogas, Efe i tos de Drogas, n.2, 67E m p h y s e m aE m p h y s e m aE m p h y s e m aE m p h y s e m aE m p h y s e m a

congenital, n.3, 120pulmonary, n.3, 120

E n f i s e m aE n f i s e m aE n f i s e m aE n f i s e m aE n f i s e m acongênito, n.3, 120pulmonar, n.3, 120

EnvelhecimentoEnvelhecimentoEnvelhecimentoEnvelhecimentoEnvelhecimento, n.4, 159Epidemiologia,Epidemiologia,Epidemiologia,Epidemiologia,Epidemiologia, n.1, 16EpidemioloEpidemioloEpidemioloEpidemioloEpidemiologgggg yyyyy,,,,, n.1, 16Esclerodermia Limitada,Esclerodermia Limitada,Esclerodermia Limitada,Esclerodermia Limitada,Esclerodermia Limitada, n.3, 109Esclerodermia Di fusa,Esclerodermia Di fusa,Esclerodermia Di fusa,Esclerodermia Di fusa,Esclerodermia Di fusa, n.3, 109Escolas Médicas, Escolas Médicas, Escolas Médicas, Escolas Médicas, Escolas Médicas, n.1, 30

especialização, n.3, 98Estudos de Casos,Estudos de Casos,Estudos de Casos,Estudos de Casos,Estudos de Casos, n.2, 83Estudantes de Medic ina,Estudantes de Medic ina,Estudantes de Medic ina,Estudantes de Medic ina,Estudantes de Medic ina, n.4, 154Exenteração Orbitár ia,Exenteração Orbitár ia,Exenteração Orbitár ia,Exenteração Orbitár ia,Exenteração Orbitár ia, n.3, 101Fees, Medical ,Fees, Medical ,Fees, Medical ,Fees, Medical ,Fees, Medical , n.1, 30FibrF ibrF ibrF ibrF ibra a a a a Al imentarAl imentarAl imentarAl imentarAl imentar,,,,, n.2, 58Fístula Bi l iarFístu la Bi l iarFístu la Bi l iarFístu la Bi l iarFístu la Bi l iar , n.3, 127FFFFFlalalalalap p p p p TTTTTemporemporemporemporempor al Muscal Muscal Muscal Muscal Musc lelelelele ,,,,, n.3, 101Gardner SyndromeGardner SyndromeGardner SyndromeGardner SyndromeGardner Syndrome, n.1, 34Geriatr ics,Ger iatr ics,Ger iatr ics,Ger iatr ics,Ger iatr ics, n.4, 159Gerontologia,Gerontologia,Gerontologia,Gerontologia,Gerontologia, n.4, 159Glândulas Sal ivaresGlândulas Sal ivaresGlândulas Sal ivaresGlândulas Sal ivaresGlândulas Sal ivares

neoplasias, n.1, 16Gl icemia,Gl icemia,Gl icemia,Gl icemia,Gl icemia, n.2, 58 Head and NeckHead and NeckHead and NeckHead and NeckHead and Neck

neoplasms, n.3, 101Health FHealth FHealth FHealth FHealth Faci l i t iesaci l i t iesaci l i t iesaci l i t iesaci l i t ies,,,,, PrPrPrPrPropr ietaropr ietaropr ietaropr ietaropr ietar yyyyy,,,,, n.1, 30Hepatectomia,Hepatectomia,Hepatectomia,Hepatectomia,Hepatectomia, n.3, 123HeHeHeHeHepapapapapatectomtectomtectomtectomtectomyyyyy,,,,, n.3, 123Hipercalc iúr ia,Hipercalc iúr ia,Hipercalc iúr ia,Hipercalc iúr ia,Hipercalc iúr ia, n.3, 113Hipocalemia,Hipocalemia,Hipocalemia,Hipocalemia,Hipocalemia, n.4, 164Honorár ios Médicos,Honorár ios Médicos,Honorár ios Médicos,Honorár ios Médicos,Honorár ios Médicos, n.1, 30Humanização da Assistência,Humanização da Assistência,Humanização da Assistência,Humanização da Assistência,Humanização da Assistência, n.3, 117Humanizat ion of Assistance,Humanizat ion of Assistance,Humanizat ion of Assistance,Humanizat ion of Assistance,Humanizat ion of Assistance, n.3, 117Hypercalc iur ia,Hypercalc iur ia,Hypercalc iur ia,Hypercalc iur ia,Hypercalc iur ia, n.3, 113Hypokalemia, Hypokalemia, Hypokalemia, Hypokalemia, Hypokalemia, n.4, 164I leal Diseases,I leal Diseases,I leal Diseases,I leal Diseases,I leal Diseases, n.3, 127ImmunosupressionImmunosupressionImmunosupressionImmunosupressionImmunosupression, n.4, 149Imunossupressão,Imunossupressão,Imunossupressão,Imunossupressão,Imunossupressão, n.4, 149Inst i tu ições Pr ivadasInst i tu ições Pr ivadasInst i tu ições Pr ivadasInst i tu ições Pr ivadasInst i tu ições Pr ivadas

de saúde, n.1, 30Insuf ic iência Respiratór ia,Insuf ic iência Respiratór ia,Insuf ic iência Respiratór ia,Insuf ic iência Respiratór ia,Insuf ic iência Respiratór ia, n.3, 120Job Market,Job Market,Job Market,Job Market,Job Market, n.1, 30Kidney Calcul i ,K idney Calcul i ,K idney Calcul i ,K idney Calcul i ,K idney Calcul i , n.1, 12Laparotomia,Laparotomia,Laparotomia,Laparotomia,Laparotomia, n.2, 83

emergências, n.4, 138LaLaLaLaLaparparparparparotomotomotomotomotomyyyyy,,,,, n.2, 83emergencies, n.4, 138Lipídeos,Lipídeos,Lipídeos,Lipídeos,Lipídeos, n.2, 58 L ip ids, L ip ids, L ip ids, L ip ids, L ip ids, n.2, 58 Lithiasis,Lithiasis,Lithiasis,Lithiasis,Lithiasis, n.1, 12; n.3, 127Litíase, Lit íase, Lit íase, Lit íase, Lit íase, n.1, 12; n.3, 127Liver NeoplasmsLiver NeoplasmsLiver NeoplasmsLiver NeoplasmsLiver Neoplasms

surgery, n.3, 123Lupus Er i tematoso Sistêmico, Lupus Er i tematoso Sistêmico, Lupus Er i tematoso Sistêmico, Lupus Er i tematoso Sistêmico, Lupus Er i tematoso Sistêmico, n.4, 144

ansiedade, n.4, 144depressão, n.4, 144diagnóstico, n.2, 83

Lupus Erythematosus, SystemicLupus Erythematosus, SystemicLupus Erythematosus, SystemicLupus Erythematosus, SystemicLupus Erythematosus, Systemicanxiety, n.4, 144depression, n.4, 144diagnosis, n.2, 83

Lupus Nephrit is ,Lupus Nephrit is ,Lupus Nephrit is ,Lupus Nephrit is ,Lupus Nephrit is, n.4, 149MammaMammaMammaMammaMammaplastyplastyplastyplastyplasty , n.4, 172Mamoplast ia,Mamoplast ia,Mamoplast ia,Mamoplast ia,Mamoplast ia, n.4, 172Medição da DorMedição da DorMedição da DorMedição da DorMedição da Dor,,,,, n.2, 67Medic ina, Medic ina, Medic ina, Medic ina, Medic ina, n.1, 30Medic ine,Medic ine,Medic ine,Medic ine,Medic ine, n.1, 30M é d i c o sM é d i c o sM é d i c o sM é d i c o sM é d i c o s

profissão, n.4, 154Mercado de Trabalho,Mercado de Trabalho,Mercado de Trabalho,Mercado de Trabalho,Mercado de Trabalho, n.1, 30Metabol ic AlkalosisMetabol ic AlkalosisMetabol ic AlkalosisMetabol ic AlkalosisMetabol ic Alkalosis, n.4, 164Metabol ic Al terat ions, Metabol ic Al terat ions, Metabol ic Al terat ions, Metabol ic Al terat ions, Metabol ic Al terat ions, n.1, 12Micofenolato Mofet i l (MMF),Micofenolato Mofet i l (MMF),Micofenolato Mofet i l (MMF),Micofenolato Mofet i l (MMF),Micofenolato Mofet i l (MMF), n.4, 149Mucopol issacar idose IMucopol issacar idose IMucopol issacar idose IMucopol issacar idose IMucopol issacar idose I

diagnóstico, n.1, 25terapia, n.1, 25

Mucopolysaccharidosis IMucopolysaccharidosis IMucopolysaccharidosis IMucopolysaccharidosis IMucopolysaccharidosis Idiagnosis, n.1, 25therapy, n.1, 25

Mycofenolate Mofet i l (MMF), Mycofenolate Mofet i l (MMF), Mycofenolate Mofet i l (MMF), Mycofenolate Mofet i l (MMF), Mycofenolate Mofet i l (MMF), n.4, 149

Nefr i te Lúpica, Nefr i te Lúpica, Nefr i te Lúpica, Nefr i te Lúpica, Nefr i te Lúpica, n.4, 149Nefrol i t íase,Nefrol i t íase,Nefrol i t íase,Nefrol i t íase,Nefrol i t íase, n.1, 12; n.3, 113N e o p l a s i a sN e o p l a s i a sN e o p l a s i a sN e o p l a s i a sN e o p l a s i a s

da mama, n.4, 172Neoplasias Hepát icasNeoplasias Hepát icasNeoplasias Hepát icasNeoplasias Hepát icasNeoplasias Hepát icas

cirurgia, n.3, 123Nephrol i th iasis, Nephrol i th iasis, Nephrol i th iasis, Nephrol i th iasis, Nephrol i th iasis, n.1, 12; n.3, 113

breast, n.4, 172Nutr i t ion Assessment,Nutr i t ion Assessment,Nutr i t ion Assessment,Nutr i t ion Assessment,Nutr i t ion Assessment, n.2, 58 Obstrução Duodenal , Obstrução Duodenal , Obstrução Duodenal , Obstrução Duodenal , Obstrução Duodenal , n.3, 127Orbit Eviscerat ion, Orbit Eviscerat ion, Orbit Eviscerat ion, Orbit Eviscerat ion, Orbit Eviscerat ion, n.3, 101Pain Measurement, Pain Measurement, Pain Measurement, Pain Measurement, Pain Measurement, n.2, 67Pain Postoperat ive,Pain Postoperat ive,Pain Postoperat ive,Pain Postoperat ive,Pain Postoperat ive, n.2, 67PPPPPeeeeept ic Ulcerpt ic Ulcerpt ic Ulcerpt ic Ulcerpt ic Ulcer,,,,, n.4, 138Período Pós-operatór io, Per íodo Pós-operatór io, Per íodo Pós-operatór io, Per íodo Pós-operatór io, Per íodo Pós-operatór io, n.2, 67Peri tonite,Per i tonite,Per i tonite,Per i tonite,Peri tonite, n.2, 83Peri toni t is ,Per i toni t is ,Per i toni t is ,Per i toni t is ,Per i toni t is , n.2, 83PhPhPhPhPhyl lodes y l lodes y l lodes y l lodes y l lodes TTTTTumorumorumorumorumor, n.4, 172Physic ian-Pacient Relat ions,Physic ian-Pacient Relat ions,Physic ian-Pacient Relat ions,Physic ian-Pacient Relat ions,Physic ian-Pacient Relat ions, n.3, 117Pleura, Pleura, Pleura, Pleura, Pleura, n.2, 67Pol ipose Adenomatosa do ColoPol ipose Adenomatosa do ColoPol ipose Adenomatosa do ColoPol ipose Adenomatosa do ColoPol ipose Adenomatosa do Colo, n.1, 34Polycyst ic Kidney Autosomal Dominant,Polycyst ic Kidney Autosomal Dominant,Polycyst ic Kidney Autosomal Dominant,Polycyst ic Kidney Autosomal Dominant,Polycyst ic Kidney Autosomal Dominant, n.2, 54Postperat ive Per iod,Postperat ive Per iod,Postperat ive Per iod,Postperat ive Per iod,Postperat ive Per iod, n.2, 67Procedimentos Cirúrgicos Operatór ios,Procedimentos Cirúrgicos Operatór ios,Procedimentos Cirúrgicos Operatór ios,Procedimentos Cirúrgicos Operatór ios,Procedimentos Cirúrgicos Operatór ios, n.2, 73P r o f e s s i o nP r o f e s s i o nP r o f e s s i o nP r o f e s s i o nP r o f e s s i o n

Doctor, n.4, 154Professional Associat ions Professional Associat ions Professional Associat ions Professional Associat ions Professional Associat ions

AMEREPAR, n.3, 98P r o f i s s ã oP r o f i s s ã oP r o f i s s ã oP r o f i s s ã oP r o f i s s ã o

Médicos, n.4, 154Publ ic Health,Publ ic Health,Publ ic Health,Publ ic Health,Publ ic Health, n.1, 30Pulmonary Emphysema,Pulmonary Emphysema,Pulmonary Emphysema,Pulmonary Emphysema,Pulmonary Emphysema, n.3, 120Reconstrução da Mama,Reconstrução da Mama,Reconstrução da Mama,Reconstrução da Mama,Reconstrução da Mama, n.4, 172Relação Médico-paciente,Relação Médico-paciente,Relação Médico-paciente,Relação Médico-paciente,Relação Médico-paciente, n.3, 117Relatos de Casos,Relatos de Casos,Relatos de Casos,Relatos de Casos,Relatos de Casos, n.3, 120Residência Médica,Residência Médica,Residência Médica,Residência Médica,Residência Médica, n.1, 4; n.1, 6; n.2, 48; n.3, 96; n.3, 97autônima profissional, n.4, 136CEREMCEREMCEREMCEREMCEREM, n.1, 4

congressos, n.2, 48especialização, n.3, 96; n.3, 97humanização, n.4, 137Paraná, n.1, 4; n.1, 6responsabilidade profissional, n.4, 136

RRRRResidencesidencesidencesidencesidencyyyyy,,,,, n.1, 4; n.1, 6; n.3, 97congresses, n.2, 48humanization, n.4, 137liability, legal, n.4, 136Paraná, n.1, 4; n.1, 6; n.2, 48professional Autonomy, n.4, 136Specialism, n.3, 96; n.3, 97

RRRRRespirespirespirespirespir aaaaa tortortortortor y Insufy Insufy Insufy Insufy Insuf fffff ic iencic iencic iencic iencic iencyyyyy,,,,, n.3, 120RRRRRetalho do Músculo etalho do Músculo etalho do Músculo etalho do Músculo etalho do Músculo TTTTTemporemporemporemporempor ala la la la l , n.3, 101Rim Pol ic íst ico Autossômico,Rim Pol ic íst ico Autossômico,Rim Pol ic íst ico Autossômico,Rim Pol ic íst ico Autossômico,Rim Pol ic íst ico Autossômico, n.2, 54Sal ivary glandsSal ivary glandsSal ivary glandsSal ivary glandsSal ivary glands

neoplasms, n.1, 16Saúde Públ ica,Saúde Públ ica,Saúde Públ ica,Saúde Públ ica,Saúde Públ ica, n.1, 30Schools, Medical ,Schools, Medical ,Schools, Medical ,Schools, Medical ,Schools, Medical , n.1, 30Scleroderma, Di f fuse,Scleroderma, Di f fuse,Scleroderma, Di f fuse,Scleroderma, Di f fuse,Scleroderma, Di f fuse, n.3, 109Scleroderma, L imited, Sc leroderma, L imited, Sc leroderma, L imited, Sc leroderma, L imited, Sc leroderma, L imited, n.3, 109SerositeSerositeSerositeSerositeSerosite, n.2, 83Serosit is ,Serosit is ,Serosit is ,Serosit is ,Serosit is , n.2, 83SíndrSíndrSíndrSíndrSíndrome de Barome de Barome de Barome de Barome de Bar ttert tert tert tert ter,,,,, n.4, 164SíndrSíndrSíndrSíndrSíndrome de Garome de Garome de Garome de Garome de Gardnerdnerdnerdnerdner,,,,, n.1, 34Skin UlcerSkin UlcerSkin UlcerSkin UlcerSkin Ulcer,,,,, n.3, 109Stroke, Stroke, Stroke, Stroke, Stroke, n.2, 80Students, Medical , Students, Medical , Students, Medical , Students, Medical , Students, Medical , n.4, 154SurSurSurSurSurgggggererererer yyyyy, n.2, 73Surgical Procedures, Operat iveSurgical Procedures, Operat iveSurgical Procedures, Operat iveSurgical Procedures, Operat iveSurgical Procedures, Operat ive, n.2, 73TTTTTecido Conjunt iec ido Conjunt iec ido Conjunt iec ido Conjunt iec ido Conjunt ivvvvvooooo

doença mista, n.1, 8T h r o m b o s i sT h r o m b o s i sT h r o m b o s i sT h r o m b o s i sT h r o m b o s i s

upper extremity, n.2, 76venous, n.2, 76

T r o m b o s eT r o m b o s eT r o m b o s eT r o m b o s eT r o m b o s eextremidade superior, n.2, 76venosa, n.2, 76

Tumor f i lo ides,Tumor f i lo ides,Tumor f i lo ides,Tumor f i lo ides,Tumor f i lo ides, n.4, 172Úlcera Cutânea,Úlcera Cutânea,Úlcera Cutânea,Úlcera Cutânea,Úlcera Cutânea, n.3, 109Úlcera Pépt ica,Úlcera Pépt ica,Úlcera Pépt ica,Úlcera Pépt ica,Úlcera Pépt ica, n.4, 138VVVVVascul i te do s istema nerascul i te do s istema nerascul i te do s istema nerascul i te do s istema nerascul i te do s istema ner vvvvvoso centroso centroso centroso centroso centr a l ,a l ,a l ,a l ,a l , n.2, 80VVVVVascul i t is Centrascul i t is Centrascul i t is Centrascul i t is Centrascul i t is Centr a l Neral Neral Neral Neral Ner vvvvvous System,ous System,ous System,ous System,ous System, n.2, 80Viv isect ion,Viv isect ion,Viv isect ion,Viv isect ion,Viv isect ion, n.2, 73Viv issecção, Viv issecção, Viv issecção, Viv issecção, Viv issecção, n.2, 73

ÍNDICE DE ASSUNTOS DO VOLUME 10 / 2008SUBJECT INDEX TO VOLUME 10 / 2008

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40

REV. MED. RES. VOL. 11 - Nº JAN/MAR 2009

Abelha, Mozart Rosa, n.4, 168Amaral, José Luiz Gomes do, n.3, 97Ann, Hi Kyung, n.2, 54Anunciação, Fernando Antônio Costa, n.2, 76Aquino, Andrezza Carminatti de, n.4, 138Araújo Junior, Everaldo Roberto de, n.3, 113; n.4, 149Baroni Júnior, Dionizio, n.1, 16Barros, Marina Rodi Carvalho, n.4, 172Beckhauser, Ana Paula, n.2, 80Beppu, Ana Paula Kazue, n.3, 113Biondo, Caroline Meneguelli, n.4, 144Bisolo, Louise, n.1, 30Bonadiman, Adorísio, n.4, 168Brandão, Antônio Carlos Aguiar, n.2, 67Camargo, Maurício T. A., n.2, 54Campagnolo Junior, Ideraldo, n.2, 54Cardoso, Mariana Nadal, n.1, 8Cardoso, Monique Pierosan, n.3, 117Carmo, Jorge Wolmer Chamon do, n.3, 127; n.4, 168Carpejani, Ricardo de Ávila, n.2, 54Cassim, Ana Lígia Omatti, n.2, 58Castelo, Fernanda Freire, n.4, 164Costa, Karina Miura da, n.4, 149Cristovam, Marcos Antônio da Silva, n.3, 120D’Acampora, Armando José, n.4, 138Diniz, Michélle Christhine, n.4, 172Ferreira, José Roberto Leonel, n.2, 83Ferreira Júnior, Mirayr, n.3, 123Freire, Caio César Furtado, n.4, 164Furuta, Walter Yudi, n.2, 54Gama, Calipson Tadeu Nogueira da, n.4, 168Gama, Ricardo Ribeiro, n.1, 16; n.3, 101Garcia, Davi Sousa, n.4, 164Goldenberg, Saul, n.2, 73Gortz, Lucas Wagner, n.1, 30Hanna Sobrinho, Miguel Ibraim Abboud, n.4, 136Henriques, Gilberto Simeone, n.2, 58Justino, Alexandre Caetano, n.3, 123Kotze, Paulo Gustavo, n.1, 34Kuhn, Mafalda Lúcia, n.3, 120Kuroda, Melina Pedroso, n.4, 144Liberati, Ana Paula Torres, n.3, 109Lima, Denise Aparecida Nogueira de, n.4, 138Lima, Danielle Pessoa, n.4, 164Lima, Elizabeth Véscia Rego Dias, n.4, 164Lima, Erika Bastos, n.4, 164Liutti, Vitor Teixeira, n.1, 16Lopes, Ademar, n.4, 138Lopes, Antonio Carlos, n.3, 100Maia, Daniel Santos, n.3, 123Manfrim, Ellen Balielo, n.4, 144Mantovani, Lucas Marques, n.1, 34Martins, Gerson Zafalon, n.1, 6Martins, Juliana Ferreira, n.1, 34Melo, Henrique Lasari, n.4, 154Miranda, Eron Fábio, n.1, 34Miglioli, Anna Maria, n.1, 25

Mizerkowski, Mariana Damian, n.2, 83Morales, Hugo Manuel Paz, n.3, 98Nassif, Antonio Celso Nunes, n.2, 53Nery Neto, Derby, n.1, 12Nogueira, Márcio Augusto, n.4, 149Oliveira, Paulo de Tarso Vaz de, n.3, 123Oliveira, Paulo Vinicius Gomes de, n.2, 76Oliveira, Rubem Albuquerque de, n.3, 120Outi, Daniel Enzo Nishiura, n.4, 144Pacheco, Érico Furusho, n.2, 54Pedri, Lucas Eduardo, n.4, 144Peres, Luís Alberto Batista , n.1, 12; n.2, 54; n.2, 83; n.3, 113; n.4, 149Pissetti, Fernanda de Santana, n.1, 8Queiroz, Gislaine Teresinha de, n.4, 149Quevedo, Éder, n.2, 54Ramos, Guilherme Piovezani, n.4, 154Ribas, Joice, n.3, 120Ribeiro, Álvaro Vanzella, n.3, 120Ribeiro, Camila Ferrari, n.3, 109Rocha, Juliana Gonçalves, n.1, 34Rohde, Noris R. S., n.2, 54Russi, Ricardo Fantazzini, n.4, 138Salvador, Diogo Ferrarz, n.1, 25Salvador Filho, Élio Ferraz, n.1, 25Santana, Priscila Resende, n.2, 76Schmidt, Leonardo, n.2, 80Schnaider, Taylor Brandão, n.2, 67Scorsin, Nicole Titze, n.2, 58Sella, Guilherme Vasconcelos, n.1, 34Senger, Paula Cenira, n.3, 117Silva, Alcino Lázaro da, n.2, 49; n.4, 159Silva, Danilo da Fonseca Reis, n.2, 76Silva, Elkin Ebret Charris, n.3, 123Simeone, Maria Lúcia Ferreira, n.2, 58Simões, Fabiano G., n.3, 101Simões, João Carlos, n.1, 4; n.1, 30; n.2, 48; n.3, 96; n.3, 101;n.3, 117; n.4, 137; n.4, 154; n.4, 172Skare, Thelma Larocca, n.1, 8; n.2, 80; n.3, 109; n.4, 144Sousa, Monique Viana de, n.4, 138Suldafani, Mônica Tereza, n.3, 113Tiburzio, Adriana Moreira, n.2, 67Uscocovich, Vanessa F. M., n.2, 54Valle, Luísa Abero, n.2, 76Vallin, Liz, n.2, 80Vicenzi, Gustavo, n.3, 113Viegas, Ricardo Gomes, n.3, 123Vieira, Antônio Mauro, n.2, 67Vieira, Jairo, n.4, 138Watanabe, Sandra Sayuri, n.1, 8Wittig, Ehrenfried Othmar, n.2, 86; n.3, 3ª Capa; n.4, 177Yamamoto, Gustavo Yuzo Gaspki, n.4, 154Yamamoto, Ricardo Yukiharu Tsuge, n.3, 113Yassuda Filho, Paulino, n.3, 113Zacarias Júnior, Antônio Rubens, n.1, 25Zamin, Naiana Teodoro, n.3, 117Zanovelo, Nicole Stabenow, n.3, 117

ÍNDICE DE AUTORES DO VOLUME 10 / 2008

AUTHOR INDEX FOR VOLUME 10 / 2008AUTHOR INDEX FOR VOLUME 10 / 2008AUTHOR INDEX FOR VOLUME 10 / 2008AUTHOR INDEX FOR VOLUME 10 / 2008AUTHOR INDEX FOR VOLUME 10 / 2008

1:40

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MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA

1Ehrenfried Othmar Wittig

DESCRITORES

KEY WORDS

Doador:

Dados:

History of Medicine Museum

MÁSCARA INALATÓRIA DE “SCHIMMELBUSCH” E “ESMARCH”Anesthesic Mask Of Schimmelbusch and Esmerch

MÁSCARA INALATÓRIA DE “SCHIMMELBUSCH” E “ESMARCH”

A Máscara Anestésica de Carl Schimmelbusch sucedeu a outras mais simples, como a de T. Skinner (1862) e Von Esmarch, sendo próprias para éter e clorofórmio. A máscara de Schimmelbusch de origem alemã apareceu em 1890 e manteve-se em uso até 1956, com o surgimento do Halotane, anestésico não inflamável como os anteriores, que apresentavam o risco de incêndio.

A máscara de Schimmelbusch consistia em uma armação metálica, não articulada, com duas folhas que comprimiam nas bordas uma compressa de gase, para mante-la firme e no formato de ninho (figura I-a,b). Na figura I-c, temos um exemplar de 1920 da Máscara de Esmarch confeccionado com uma armação de fio de arame recoberto com tecido mais simples e mais espesso.

A armação apresentava duas folhas que comprimiam as bordas da gase (figura I-c), para mantê-la firme e no formato de ninho (figura I-c).

Sobre o tecido o médico anestesista ou cirurgião gotejava o anestésico volátil. No Brasil, nos pequenos hospitais do interior, este ato era realizado por um atendente de enfermagem na presença e acompanhamento do médico assistente, que avaliava a sedação e a necessidade ou não de novo gotejamento.

Colocada sobre a face, a máscara cobria o nariz e a boca sem ter uma entrada para oxigênio e compensar a concentração do anestésico, o que provocava uma alta concentração de CO e consequentemente associada uma anestesia hipóxica (figura II).2

(Agradecemos ao anestesista Dr. Octaviano Baptistini Junior, pela orientação anestésica).

– História da Medicina, Museu de Medicina, máscara anestésica, Máscara de Schimmelbusch, e Esmarch.

– History of Medicine, Medicine Museum, anesthesic mask, Schmimmelbusch mask, Esmarch mask.

Não identificou-se.

As peças do Museu são de aproximadamente 1930/1940.Dimensões: 11x09 mm.

Wittig EO. Dr. Chernoviz e Máscara Inalatória de “Schimmelbusch” e “Esmarch”. Rev. Med. Res. 2009; 11(1):3ª capa

1 - Diretor do “Museu de História da Medicina” da Associação Médica do Paraná.

Prof. Adjunto )apos.) de Neurologia do Curso de Medicina no Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná.

Para doações e

correspondência:

Secretaria da AMP - Telefone (41) 3024-1415 - Fax (41) 3242-4593

E-mail:

Rua Cândido Xavier nº 575 - Água Verde80240-280 - Curitiba-PR

Visite o Museu no site: www.amp.org.br

[email protected]

I II

a b

c

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Volume 11 Nº 1 JAN/MAR 2009

Endereço para devoluçãoRua Victório Viezzer 84

80810-340 Curitiba - PR

INSTRUÇÃO AOS AUTORES / AUTHORS INSTRUCTION ........................................................................................................................................45

EDITORIAL / EDITORIAL

RESIDÊNCIA MÉDICA: APRENDER FAZENDO

Medical Residency: On-the-job learning

João Carlos Simões...............................................................................................................................................................................................4

BIOÉTICA

Bioetic

João Gualberto de Sá Scheffer ............................................................................................................................................................................5

QUANDO O ENCANTO SUPERA O CONHECIMENTO

When the enchantment surpasses knowledge

Luiz Sallim Emed...................................................................................................................................................................................................7

ARTIGO ORIGINAL / ORIGINAL ARTICLE

BLOQUEIO INTERPLEURAL PARA ANALGESIA EM PACIENTES SUBMETIDAS À CIRURGIA

DE CÂNCER DE MAMA

Interpleural block associated with general anesthesia in patients submitted to mastectomy

Taylor Brandão Schnaider, Antônio Mauro Vieira, Daniela Vânia Dorighello, Juliano Cruz Tamiasso

Antônio Carlos Aguiar Brandão ............................................................................................................................................................................8

PREVALÊNCIA DE CÂNCER DE PELE EM PACIENTES SUBMETIDOS À EXÉRESE DE NEVO NO

AMBULATÓRIO DO HRSJ- HOMERO DE MIRANDA GOMES

Skin cancer prevalence in patients submitted to nevi excision in the HRJS - Homero

de Miranda Gomes ambulatory.

Leonardo Machado de Carvalho, Nicolau Fernandes Kruel ..............................................................................................................................14

ARTIGO DE REVISÃO / REVIEW ARTICLE

EXPRESSÕES MÉDICAS: FALHAS E ACERTOS

Medical expression: failures and hits

Simônides Bacelar, Carmem Cecília Galvão, Elaine Alves, Paulo Tubino.............................................................................................................18

RELATO DE CASO / CASE REPORT

AVULSÃO DE VEIA RENAL ESQUERDA EM TRAUMA ABDOMINAL FECHADO

Left renal vein avulsion in blunt abdominal trauma

Ana Cristina Isa, Pámela Conceição Figueiredo, Carla Martinez Menini Stalhschmidt,

Rosana Hapsi Isa, Luiz Carlos Von Bahten.........................................................................................................................................................29

CARCINOMA RENAL PAPILAR EM RIM NATIVO PÓS TRANSPLANTE RENAL. RELATO DE CASO E

Renal Carcinoma papillary in native kidney post renal transplant. Case report and literature review

Luis Alberto Batista Peres, Sérgio Luiz Bader, Everaldo Roberto de Araújo Junior, Alexandre Galvão Bueno .................................................32

CERMEPAR - COREMES do Paraná / CERMEPAR / COREMES OF PARANA

Instituições com residência médica no Paraná – Sistema CNRM/MEC ..............................................................................................................37

ÍNDICE DE ASSUNTOS DO VOLUME 10 / 2008

Subject index for volume 10 / 2008...................................................................................................................................................................39

ÍNDICE DE AUTORES DO VOLUME 10 / 2008

Author index for volume 10 / 2008 ...................................................................................................................................................................40

MUSEU DE HISTÓRIA DA MEDICINA / MEDICINE HISTORY MUSEUM

History Museum of Medicine

Ehrenfried Othmar Wittig ............................................................................................................................................................................3ª Capa

REVISÃO DE LITERATURA