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informe O CAMPO É A NOSSA RAIZ Realização: 01 A 10 DE JULHO DE 2016 PARQUE DE EXPOSIÇÕES JOÃO ALENCAR ATHAYDE MONTES CLAROS - MG A exposição chega à sua 42ª EDIÇÃO

revista expomontes 2016

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informe

O C A M P O É A N O S S A R A I Z

Realização:

01 A 10 DE JULHO DE 2016

PARQUE DE EXPOSIÇÕES JOÃO ALENCAR ATHAYDEMONTES CLAROS - MG

A exposição chega à sua

42ªEDIÇÃO

Editoria e assessoria de marketing Junia Rebello

Editoria e jornalista responsávelAndréa Fróes - JP-MG 08153

Repórteres Henrique CorrêaVanessa Araújo

Ana Maria BarbosaRaissa RamosYure Dickson

FotosSolon QueirozJunia RebelloAndréa Fróes

Projeto gráfico e diagramaçãoJésus Ricardo de Faria Almeida

Revisão ortográficaAna Teresa RodriguesImpressãoRona Editora e GráficaTiragem de 2.000 exemplares

Sociedade RuralAv. Geral Athayde, 13.103, Alto São João, Montes Claros, MG.www.sociedaderural.com.brwww.facebook.com.brTwitter: @socruralmocInstagram: @socruralmoc

Expediente

Fotografi a: Júnia Rebello

Presidente 1º Vice-Presidente2º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente

1º Secretário2º Secretário

1º Tesoureiro2º Tesoureiro

Membro EfetivoMembro EfetivoMembro Efetivo

SuplenteSuplenteSuplente

Membro EfetivoMembro EfetivoMembro Efetivo

SuplenteSuplenteSuplente

Diretor de Relações PúblicasDiretor de Comunicação Social

Diretor de InformaçõesDiretor de Patrimônio

Diretor de SocialDiretor de Eventos

Diretor de DesportosDiretor de Assuntos CreditíciosDiretor de Orientação Jurídica

Diretor Técnico de Assistência VeterináriaDiretor de Pecuária de Corte

Diretor de AgriculturaDiretor de Pecuária de Leite

Diretor de Feiras e LeilõesDiretor de Recursos Hídricos e Irrigação

Diretor de Difusão de TecnologiaDiretor de Equídeos

Diretor de AgroindústriaDiretor de Meio Ambiente e Recursos Florestais

Diretor de Fruticultura

Diretoria de Serviços Gerais

Conselho de Sindicância

Conselho Fiscal

Osmani Barbosa NetoJosé Luiz Veloso MaiaAntônio Soares diasJosé Henrique de Carvalho VelosoSérgio Ricardo Peres Dias de FigueiredoDurval Nunes Pereira JúniorJosé Moacyr Guimarães BassoRodolpho Velloso Rebello

Ricardo Quadros LaughtonSilene Maria Prates Barreto Jair de Sá MirandaBernardo de Pimenta PinheiroCelmo BernardinoCarlos Alberto Maia

Dario Colares de Araújo MoreiraHeli de Oliveira PenidoPaulo Roberto de MacedoLúcio Tolentino Amaral JúniorFelipe Drumond de Souza piresDanillo Velloso Ferreira Murta

Leonardo Lima de VasconcelosAlexandre Antônio de Miranda ViannaLeonardo Gentil Rocha DiasNorberto Antônio de AssisMaria Idalina Almeida SouzaArnaldo Gonçalves da Fonseca OliveiraFernando César dos Santos MouraRômulo Augusto L’Abbate MarquesRenato Alencar DiasMarcos Miguel MendesCristina Athayde Rebello Sérgio Rebello Athayde Otaviano de Souza Pires JúniorAvelino Ramalho MurtaGeraldo Bernardino MadureiraRoberto Murilo Peres Corrêa MachadoRossini de Miranda VianaCrisantino Almeida Borém Filho João Gustavo Rebello de PaulaDirceu Colares de Araújo Moreira

Diretoria Biênio 2015 / 2016

Praça Lindolfo Laughton, nº 1373, Bairro Alto São João 39400-292, Montes Claros - MGwww.sociedaderural.com.br • www.facebook.com/sociedaderural

AGRONEGÓCIO: SALVAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

Entrevista

Crônica

Matéria

69

09

59

81

Índice

O agronegócio se tornou o setor mais relevante para a economia brasileira,

Ele sabe o que faz: Entrevista com Osmani Barbosa Neto

O Campo e a Aroeira

Ovinocaprinocultura leiteira como alternativa para o agronegócio.

6 EDITORIAL

9 ELE SABE O QUE FAZ: ENTREVISTA OSMANI BARBOSA NETO

12 RURAL EM AÇÃO

18 TIJOLO POR TIJOLO

19 TERMÔMETRO DO MERCADO

20 PATROCÍNIO: UM BOM NEGÓCIO NA EXPOMONTES

21 JOÃO DE QUIRINO*

22 PODER DE REPRESENTATIVIDADE

24 SICOOB CREDINOR QUER PREMIAR VOCÊ.

26 COMBATE AO CAIXA 2

27 MONTES CLAROS SE PROJETA NA GERAÇÃO DE EMPREGO E RENDA

30 CÂMARA CONSTRÓI O DESENVOLVIMENTO

31 CAIXA DE RESSONÂNCIA DA POPULAÇÃO

33 ALIADA DO HOMEM DO CAMPO

34 PROJETO DA FIEMG LEVA

INFORMAÇÕES E SERVIÇOS ÀS INDÚSTRIAS DA REGIÃO

35 PESQUISA E INOVAÇÃO SUSTENTÁVEL

36 SINDICATO RURAL: GARRA E ÂNIMO PARA O HOMEM DO CAMPO

36 EFEITOS DA SECA NO NORTE DE MINAS GERAIS

37 DEZINHO DIAS: 86 ANOS DE VIDA

37 DEZINHO DIAS

38 O EMPRESÁRIO RURAL E O PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

39 PARQUE DE EXPOSIÇÕES JOÃO ALENCAR ATHAYDE: VIVO E EM MOVIMENTO

40 LANÇAMENTO DA 42ª EXPOMONTES

46 A FORÇA FEMININA

47 BELEZA E JUVENTUDE DAS RAINHAS

48 RAINHAS: APRESENTAÇÃO

50 O DOMADOR DE BURROS CHUCROS

4 Informe Expomontes 2016

RAINHAS

Estilo no campo e na cidade

48

51 CREDENCIAMENTO NA EXPOMONTES

53 SAMU NA EXPOMONTES

52 PARCERIAS VIABILIZAM SERVIÇOS DE SAÚDE NA EXPOMONTES

55 DELEGACIA MÓVEL DA POLÍCIA CIVIL DE MINAS GERAIS.

56 AÇÕES DE SEGURANÇA PARA A 42ª EXPOMONTES

57 DICAS DE SEGURANÇA

58 CORPO DE BOMBEIROS GARANTE SEGURANÇA NA EXPOMONTES 2016

59 O CAMPO E A AROEIRA

60 VISÃO ATUAL E FUTURA DO CONTROLE DE CARRAPATOS BOVINOS

62 CAPACITAÇÃO DE MÃO DE OBRA GRATUITA E MELHORIA DO DESEMPENHO NO TRABALHO NO CAMPO

64 LICENCIAMENTO AMBIENTAL: MUITAS EXIGÊNCIAS, POUCA PRATICIDADE.

65 PARABÉNS MONTES CLAROS PELOS SEUS 159 ANOS!

66 CRESCIMENTO COM QUALIDADE, SEM RETROCESSO

67 TORNEIO LEITEIRO SE DESTACA NA EXPOMONTES

68 NELORE: A HEGEMONIA DE UMA RAÇA

69 AGRONEGÓCIO: SALVAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

70 SALVE O BEZERRO LEITEIRO

71 MAIS CRÉDITO, MAIS POSSIBILIDADES

72 AVALIAÇÃO ESPERMÁTICA DE TOUROS DA RAÇA SINDI

73 NOSSOS ATLETAS

74 ÁGUA: ESCASSEZ NO CAMPO E NA CIDADE

75 PRODUTORES DO FUTURO

76 CAVALEIROS DO NORTE

80 ESTILO NO CAMPO E NA CIDADE

81 OVINOCAPRINOCULTURA LEITEIRA COMO ALTERNATIVA PARA O AGRONEGÓCIO

82 JUNTOS SOMOS FORTES

84 FESTA DA NOSSA GENTE

86 OS MELHORES SHOWS NUMA DAS MAIORES FESTAS AGROPECUÁRIAS DO PAÍS

88 CRIANÇAS DA PEDIATRIA DO HUCF VISITAM A MINI FAZENDA

89 EDUCAÇÃO AMBIENTAL - FONTE DE DESCOBERTAS

90 RECEPÇÃO AO PRESIDENTE

91 42ª EXPOMONTES: FUTUROS PROFISSIONAIS DA EXPOMONTES

92 THEODOMIRO PAULINO: TRADIÇÃO NA “EXPOMONTES”

98 EFEITOS DA SECA NO NORTE DE MINAS GERAIS

80

5www.sociedaderural.com.br

Editorial

O chamado do campo

A brindo mais uma Expomontes, a Sociedade Rural coloca em evi-dência toda a força realizadora do agronegócio norte mineiro. O evento consagra, mesmo em tempos adversos, o trabalho do produtor rural, persistente e corajoso, que constrói re-

sultados surpreendentes pelo esforço, pela transformação e pela movi-mentação econômica.

O chamado do campo, nestes tempos de crises incontáveis, ainda se faz vi-goroso, mesmo quando o clima é árido, a economia aponta para uma drás-tica recessão e o cenário politico é desalentador.

Parceiro da natureza em seus ciclos de renovar a terra, o produtor rural prepara-se para dias melhores com revigorada esperança, atraindo para o Parque de Exposições João Alencar Athayde a atenção de autoridades e empresas de fomento. Busca elevar a voz do campo, num chamado para a valorização do trabalho e da classe produtiva, mas principalmente da so-ciedade norte mineira, identificada com os mesmos desafios e almejando as mesmas conquistas.

Quando a Sociedade Rural de Montes Claros convida para a grande festa, que é a Expomontes, convoca também para a valorização do trabalho do produ-tor rural, para análise das politicas públicas, para novas oportunidades de negócio, para a união de toda uma região na construção do desenvolvimen-to. Palco do agronegócio, não foge ao seu papel reivindicador, apontando os gargalos na burocratização e morosidade dos licenciamentos ambientais, abrindo caminho para mais crédito e mais possibilidades.

Com espaço para divulgar novas tecnologias, comercialização de produtos e serviços, feira de agricultura familiar e projetos socioeducativos, a Expo-montes traz os avanços da cidade, vitrine que é para empresários de diver-sos setores da economia. Energia solar, telefonia, internet, arte e educação ladeiam máquinas agrícolas, bancos de fomento e sementes.

Na Expomontes 2016, a Sociedade Rural convoca para edificar um Brasil novo, motivado pelas recentes mudanças, inspirado na ética e na politica participativa e consciente. Convoca para traçarmos novos planos, ampliar nossa visão empresarial e cidadã, erguendo os braços na construção de um país mais justo e mais próspero. Raiz de tantas conquistas, é aqui que lançamos nossas sementes. Este é o chamado do campo.

Júnia Velloso RebelloAssessoria de Marketing

Sociedade Rural de Montes Claros

A Sociedade Rural de Montes Claros é uma escola de líderes. Entidade de classe em atividade há mais de 70 anos, tem em seu quadro de associados grandes nomes que contribuíram para o desenvolvimento regional. Muitos deles, acompanhando a tradição familiar de trabalhar no campo, cresceram dentro da entidade, sob os exemplos da ética, associativismo e dedicação altruísta. Outros, vindos de tantas terras se identificaram com a entidade e uniram-se a ela.

Sob a bandeira do agronegócio e do desenvolvimento regional, deixam aqui o seu melhor e seguem semeando os valores que fundamentam essa entidade.

A Expomontes, evento realizado pela Sociedade Rural há mais de 60 anos, é fruto da união da classe, da cooperação e da dedicação de muitos que colocam aqui o desejo de fazer essa terra grande e próspera. E abraçam Montes Claros a cada ano, com a realização desta grande festa.

7www.sociedaderural.com.br

8 Informe Expomontes 2016

Entrevista

b EntrevistaTexto: Henrique Correa (Jornalista)

Fotos: Junia Rebello

Julho, 2016

“A Expomontesé a resposta do

nosso trabalho.”

O menino que passou boa parte da in-fância e que brincava entre os pavi-lhões do Parque de Exposições João Alencar Athayde vai viver pra sempre

na cabeça de Osmani Barbosa Neto. E toda vez que abre uma das janelas da Sociedade Rural de Montes Claros é como se um filme passasse na cabeça do produtor rural. Hoje, como Presidente da entidade, ele tem nas mãos uma das maiores responsabilidades de nossa região: defender os assuntos do homem do campo e manter viva a tradição da Expomontes, uma das maiores festas da agropecuária brasileira. E... ele sabe o que faz!

Em seu terceiro mandato consecutivo, Osmani é o 25º Presidente da entidade. Ele já se tornou referência e não mede esforços para defender os assuntos que envolvem a agricultura e a pecuá-ria, sobretudo, quando nesse espectro, o produ-tor está envolvido.

Um exemplo disso é aprovação da MP 733, dis-cutida, votada e já sancionada pleo Presidente em exercício, Michel Temer. A Medida Provisória amplia os prazos dos pagamentos das dívidas dos ruralistas. Osmani saiu de Montes Claros e foi até Brasília, para discursar e defender a proposta em plenário da Câmara Federal. Por várias vezes re-tornou a Brasília-DF e contactou Deputados, líde-res políticos e senadores.

Nesses quase seis anos a frente da Sociedade Ru-

ral, Osmani acompanhou, de perto, e discutiu com a classe rural as mudanças. Não só a modernização da atividade no campo, o êxodo rural e a busca por posturas sustentáveis. Mas também os desafios do setor, os gargalos da crise econômica e a busca por soluções. Caminhos esses que são construídos na coletividade e na busca por parcerias.

Dar passos é importante. Mas olhar para a histó-ria é um referencial. Nos últimos anos, a Socie-dade Rural passou a buscar na memória da insti-tuição os caminhos para dar passos corretos e se firmar ainda mais no Norte de Minas. A prova dis-so é a valorização dos muitos homens e mulheres que ajudaram a construir a entidade nesses mais de 70 anos. Pedaço de história que pode ser con-ferido no Memorial, inaugurado há dois anos.

Como carro-chefe dos inúmeros eventos promo-vidos pela Sociedade Rural, a missão da 42ª edi-ção da Expomontes é ainda mais ousada. Manter o sucesso de uma festa tradicional - movimen-tando negócios e dialogando com Montes Claros - num ano de estagnação econômica. E é aí, que o homem de visão, acostumado a tomar decisões corretas dá lugar ao menino, que conhece cada detalhe da lida do homem do campo. E é nesse encontro de lembranças e saudações, que Osma-ni tem construído o presente dos ruralistas pen-sando no futuro.

Por que? Porque ele sim sabe o que faz.

Osmani Barbosa Neto

ELE SABE O QUE FAZ

9www.sociedaderural.com.br

Em entrevista ao Informe Expomontes, o Presidente da Sociedade Rural de Montes Claros fala de suas expectativas para mais uma Exposição e os caminhos para o setor.

INFORME EXPOMONTES: Qual o atual desafio da entidade?Osmani Barbosa: Queremos buscar um projeto maior, que é consolidar as lutas dos produtores rurais. Nós temos o respeito do povo de Montes Claros e precisamos estar próximos. Estreitamos a nossa relação com a indústria e o comércio da região. O que temos aqui durante a Expomontes é um serviço que fizemos a todos. Dentro da pró-pria Exposição, temos empresas que têm como foco exclusivamente o homem do campo, mas temos uma vitrine para outros segmentos como educação, indústria e comércio. Temos a função de difundir conhecimento para as crianças como na mini fazenda, abrimos nosso espaço para eventos, dias de campo, mas também fazemos o nosso papel como o workshop de energia fo-tovoltaica e dívida rural que fizemos no ano pas-sado. Nós temos um grupo de entidade que se reúne para discutir Montes Claros e a Sociedade Rural faz parte deste grupo. Somos um dos nú-cleos de discussão. Estreitamos a relação com a indústria e o comércio da região. Temos que bus-car tecnologia e trazer técnicas para as proprie-dades na atual realidade. Além de lutar por uma valorização do trabalho do campo.

I.E.: Quais as expectativas para mais uma edição da Expomontes? O.B.N.: Com criatividade, daremos resposta à crise. A Expomontes é a resposta do nosso traba-lho. Não tenho dúvidas de que essa edição será

coroada com muito sucesso. Aperfeiçoamos a cada ano. De um ano para o outro, avaliamos, analisamos os erros e acertos. Com isso, mudamos, refa-zemos. Não temos preguiça. Somos aguerridos, corajosos e, com muita se-renidade e esperança, teremos um evento grandioso, repleto de excelentes (mas excelentes mesmo) negócios. O homem do campo precisa de impulso para prosseguir. Dias melhores virão!

I.E.: Sabemos que esse ano é um ano de estagnação. As empresas têm in-vestido pouco. A força para superar a crise pode vir do campo?O.B.N.: Com toda certeza. Somos o único setor que apresentou um PIB positivo em 2015. Somos sementes que geram o futuro. É da terra que ti-ramos a nossa força para prosseguir. È da terra que alimentamos a nação. Somos fortes e valentes e imbuídos dessa bravura sairemos mais fortes e unidos. Pode ter certeza!

I.E.: Uma vitória recente e importante para os produtores rurais foi a aprova-ção da Medida provisória 733. Qual a participação da Sociedade Rural nesta decisão?O.B.N.: O texto da medida trata das dívidas rurais que envolvem produtores rurais de regiões atendidas pela Sudene (Superintendência de Desenvolvi-mento do Nordeste). O Norte de Minas tem características semelhantes a esses locais e, por isso, foi beneficiado. O nosso trabalho, não foi fácil. Nós garantimos o direito ao produtor rural de um prazo maior para o pagamento desses créditos contraídos. Passamos, nos últimos anos, por períodos difí-ceis de estiagem e precisamos deste apoio para reerguer e crescer. Nós pro-curamos nossos representantes para colocar as necessidades do Norte de Minas para a pauta. Gastamos sola de sapato, batemos de porta em porta. Inúmeras vezes fizemos seminários, fomos a Capital Mineira e Federal. Ven-cemos uma batalha, mas a luta continua. A aprovação da MP é uma parte da solução. Além do endividamento rural, precisamos fazer uma renovação da estrutura rural da cidade. Nós já tivemos 3 milhões de cabeças de gado na região, agora existem 1,5 milhão. Depois de renegociar as dívidas precisa-mos de dinheiro novo para crescer. Essa nova verba viria para recuperação de pastos. Para avançarmos, precisamos ainda de que sejam renegociadas as dívidas dos produtores rurais da região da Sudene, independentemente da fonte de recursos. Precisamos também, no âmbito do Banco do Brasil, que sejam possíveis de renegociação valores superiores a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) na origem do débito, com possibilidade de quitação ou renegociação com carência. Ainda carece de atenção, no âmbito do Banco do Nordeste, possíveis quitações de operações com outras fontes de recur-sos, inclusive FAT. As discussões não se esgotam por aqui. Precisamos ainda de recursos para investir no campo. Com dívidas, precisamos de incentivos para voltar a produzir.

I.E.: O governo provisório do País já indicou alguma abertura para essas dis-cussões?O.B.N.: O que nós temos observado é uma visão progressista. Existia uma dificuldade com a falta de respeito que o produtor rural recebia. Eu penso que devemos fazer uma reforma agrária, se for realizada de forma organiza-da. Defender quem tem relação com o campo, que podem tirar proveito da terra. E, claro, as terras precisam ser compradas e não invadidas. O desejo de reforma por meio de invasões é um sistema falido e que dificulta o cresci-mento da agricultura e pecuária brasileira.

I.E.: Osmani, um dos problemas enfrentados no campo é a falta de mão de obra. Na década passada, houve um grande movimento de saída do campo para a cidade, que foi o êxodo rural. Esse processo ainda preocu-

10 Informe Expomontes 2016

Entrevista

pa os produtores?O.B.N.: Nós já tivemos 90% da população do país na zona rural durante a década de 1970. Com a falta de apoio do governo para as pes-soas se manterem no campo, essas pessoas vieram para cidade. O que precisa ser feito é dar estrutura ao homem do campo, precisamos ter incentivo para que ele possa ficar. É necessário dar segurança, educação aos filhos. Falta con-dição para manter o jovem no campo e por isso ele vem pra área urbana. Países como Estados Unidos entenderam essa necessidade e faz com que as pessoas se firmem no campo. Nos-sa preocupação é que o êxodo rural gera um crescimento desordenado nas cidades, dentre inúmeras possibilidades de falência.

I.E.: O produtor rural enfrenta muitos desafios. No norte de Minas, o período de seca é o princi-pal deles. Sem falar dos problemas de conjuntura econômica e também de saída de mão de obra, como você mesmo disse anteriormente. Mesmo com tantas pedras nos caminhos, a força ainda está no campo?O.B.N.: O produtor rural só sabe fazer isso. O êxodo rural continua ocorrendo aqui dentro do norte de Minas. Se pensarmos na nossa região, a maior parte da renda dos municípios é da terra. Mas com o enfraquecimento do campo, as cida-des ficam com a economia prejudicada. É neces-sário encontrar uma solução para não esvaziar o campo e inflar a população das cidades. Outra coisa que precisamos é investir no ensino espe-cializado. Temos um Brasil do campo, mas faltam pesquisas, estar próximo do produtor pra passar conhecimento. Faltam profissionais na terra jun-to do produtor.

I.E.: A Sociedade Rural fez 70 anos em 2014. Você foi criado dentro da entidade e viu muitas discus-sões acontecerem por aqui. A missão da entidade ainda é a mesma?O.B.N.: A Sociedade Rural é uma entidade classis-ta para defesa do produtor rural. Ela na época era o único órgão representativo dos trabalhadores rurais. Com o governo militar foi necessário criar o Sindicato Rural, mas trabalhamos lado a lado. Hoje, nossa instituição faz a Expomontes, colabo-ra com a difusão de conhecimento e briga pelos interesses do homem do campo. Todo o dinhei-ro arrecadado é para os trabalhos em benefício. Aqui, estamos prontos para as várias frentes de defesa do nosso mundo. Mas, também estamos abertos à cidade de Montes Claros. Esse é o nosso papel social. Aqui dentro na nossa casa que é o Parque de Exposições João Alencar Athayde te-mos além do Sindicato dos Produtores rurais, o IMA e o Sicoob Credinor. Tudo isso pronto para os

anseios desta importante feira. Durante a Expomontes, temos um programa de estágio que ajuda os futuros profissionais que vão estar no mercado para ajudar o produtor rural.

I.E.: E o futuro? Já que o Parque de Exposições é a casa da Expomontes, como você gostaria de vê-lo?O.B.N.: Assim como as cidades precisam planejar seu desenvolvimento, queremos isso para o Parque de Exposições. Vamos fazer um plano diretor para aproveitar melhor este que é o maior complexo de eventos de Montes Claros. A Sociedade Rural não sobrevive com a ajuda de organismos públi-cos e por isso precisamos pensar em como aproveitar melhor. Queremos trazer junto da gente parceiros para o homem do campo. Quero fazer como meu legado para os futuros presidentes um espaço ainda mais vivo para o homem do campo e para a cidade em que vivemos.

I.E.: Sua gestão à frente da Sociedade Rural já indicou um respeito ao pas-sado, uma preocupação com o presente e um olhar para o futuro. Quais as bases da sua gestão?O.B.N.: Trabalhar com a representação da entidade. Há três anos começa-mos a lançar a exposição com uma cavalgada na cidade para mostrar o valor da classe rural. O segundo é continuar lutando pela independência financei-ra da nossa Sociedade Rural e isso beneficia o produtor. O terceiro é Lem-brar a memória do homem do campo, como na nossa obra do Memorial, que inauguramos como parte das comemorações dos 70 anos da instituição durante a Expomontes de 2014.

I.E.: O trabalho realizado na Sociedade Rural acaba refletindo em toda cida-de e na região, já que a Expomontes é hoje a principal feira de agronegócio e pecuária do Norte de Minas. Qual a sua relação com Montes Claros?O.B.N.: Esta é a minha cidade é a minha terra. Quem não quer ajudar seu mundo? Podemos construir um projeto para a cidade. Sou um representan-te classista e defendo meus parceiros. Montes Claros precisa de paz e não de enfrentamento, isso em todos os setores.

“Somos o único setor que apresentou um PIB positivo em 2015. Somos sementes que geram o futuro.”

11 Informe Expomontes 2016

Complexo de eventosForam realizados no Parque de Exposições João Alencar

Athayde 245 eventos em todas as áreas físicas (Centro Social, Centro Eventos, Audi-tório, Tattersall, Parque, Praça de Eventos Fernando Rebello Athayde, Quadra Polies-portiva Toninho Rebello, Casa do Criador, Churrasqueira, Pista Vaquejada), dentre os quais destacamos:• Lançamento do Livro sobre Toninho Rebello• Exposição Especializada do Mangalarga Marchador – 05 a 08/03• Eleição do Conselho de Administração do SICOOB CREDINOR• Feirão da Caixa Econômica Federal• Feira Frutinorte e Simpósio Sibanana (Epamig) – 08 a 11/06• Exposição do Cavalo Pampa• Assembleias Gerais• Shows musicais, como Luan Santana, Wesley Safadão, Skank, Jota Quest• Colação de Grau• Casamentos

Fenics 2015A estrutura do Parque de Expo-

sições João Alencar Athayde foi no-vamente o palco para realização da FENICS – Feira Nacional da Indústria Comércio e Serviços de Montes Cla-ros. O evento, promovido pela ACI, ocorreu no período de 10 a 13 de se-tembro de 2015 e contou com inúme-ras atrações, como: exposições, distribuição de pan� etos, shows, des� les de moda, lançamento de produtos, dentre outras atividades dessa natureza.

EM AÇÃORURALRURAL

ras atrações, como: exposições,

Athayde 245 eventos em todas as áreas físicas (Centro Social, Centro Eventos, Audi-tório, Tattersall, Parque, Praça de Eventos Fernando Rebello Athayde, Quadra Polies-portiva Toninho Rebello, Casa do Criador, Churrasqueira, Pista Vaquejada), dentre os

Seminário Endividamento Rural

A Sociedade Rural, o Sindicato dos Produtores de Montes Claros e a Secreta-ria Municipal de Agricultura realizaram, em setembro do ano passado, no Auditório Osmani Barbosa, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, o evento ENDI-VIDAMENTO RURAL E SOLUÇÕES. Comandando os debates estavam João Henrique Hummel – Diretor Executivo da Frente Parlamentar da Agropecuária e Ed-valdo Brito, especialista em crédito rural e Assessor Técnico da Confederação da Agri-cultura e Pecuária do Brasil – CNA.

Centenas de produtores rurais, conta-dores e estudantes participaram do evento, que teve como objetivo apresentar prejuízos, problemas e soluções acerca do tema. Foi possível também esclarecer aos presentes sobre a atual situação pela qual o produtor rural passa. Para ele, há um grande gargalo ainda referente ao assunto, sobretudo quan-do o assunto é informação.

O evento teve o importante apoio da De-putada Federal, Raquel Muniz.

12 Informe Expomontes 2016

Combate a incêndio

O Parque de Exposições João Alencar Athayde da Sociedade Rural se-diou o primeiro comando uni� cado de combate a incêndio do Norte de

Minas. A carreta-comando do Corpo de Bombeiros e as barracas da Polícia Mili-tar de Meio Ambiente, Copasa, da Orga-nização Vida Verde (Ovive), do Exército, da Guarda Municipal e da Defesa Social da Prefeitura de Montes Claros perma-neceram no local por 11 dias depois do aumento no índice de focos de incên-

dios em toda região.O Tenente Dilson Veloso, dos

Bombeiros, descreveu na oca-sião a importância de um local com viaturas, equi-pamentos, insumos e vans - uma central de logística e comunicação, naquele período critico de seca, sol forte e baixa umidade rela-tiva do ar.

Leilões

Foram realizados 15 leilões du-rante o ano de 2015, além dos 11 da EXPOMONTES, totalizando 26. Eles ocorreram no Tattersall Daul Dias e no Centro de Eventos. Para ajudar na reforma das instalações do Sindicato Rural, a entidade lhe cedeu um leilão, cujo rendimento

foi de R$ 18.212,08.

Locação Do Restaurante Do Clube Social

Foi � rmada parceria com a Casa Amaral para instala-ção de um restaurante nas de-

pendências do Clube Social. O prazo de locação é de 60 meses, cujo

início se deu em 1º/06/2015 e o término se dará no dia 1º/06/2020. Essa iniciativa repre-sentou mais uma opção para os nossos associa-dos e mais uma receita para a entidade.

Articulação institucional

Foram realizadas gestões junto a diversas autoridades estaduais e federais, objetivando a prorrogação das dívidas vencidas e vincendas em 2015, 2016, 2017 e 2018, por no mí-nimo 10 anos, equalizando as taxas de juros para 3,5% a.a. Como resul-tado do trabalho foi editada pelo Governo Federal a Medida Provi-sória 707, divulgada em 31/12/2015.

Foi enviado ao Escritório Re-gional Norte do Instituto Estadual de Florestas – IEF documento de solicitação de implantação dos Cor-redores Ecológicos no Norte de Mi-nas.

A Sociedade Rural de Montes Claros, juntamente com a ADE-NOR, SICOOB CREDINOSSO, CDL, FIEMG Regional Norte, SI-COOB CREDINOR, ACI, FUN-DETEC, Inter TV Grande Minas e Sindicato Rural de Montes Claros, promoveu diversos fóruns de dis-cussões regulares, com o propósito de identi� car e tratar os projetos prioritários para o desenvolvimento regional. Estes encontros culmina-ram na elaboração do documento intitulado: 12 mandamentos es-truturantes para o norte de Minas Gerais. O referido documento foi remetido a diversas autoridades brasileiras.

Foi entregue ao Governador Fernando Pimentel documento com diversas reivindicações dos produtores rurais do Norte de Mi-nas, quando da sua visita a nossa cidade para empossar o Secretário de Estado de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais (SEDINOR), Deputa-do Estadual Paulo Guedes.

Na capital Mineira, foi promo-vida audiência com o Secretário de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Sr. João Cruz dos Reis Filho, levando várias reivindicações dos produto-res rurais do Norte de Minas.

do Sindicato Rural, a entidade lhe cedeu um leilão, cujo rendimento

foi de R$ 18.212,08.

pendências do Clube Social. O prazo de locação é de 60 meses, cujo

início se deu em 1º/06/2015 e o término se dará no dia 1º/06/2020. Essa iniciativa repre-

Bombeiros, descreveu na oca-sião a importância de um local com viaturas, equi-pamentos, insumos e vans - uma central de logística e comunicação, naquele período critico de seca, sol forte e baixa umidade rela-tiva do ar.

Bombeiros e as barracas da Polícia Mili-tar de Meio Ambiente, Copasa, da Orga-nização Vida Verde (Ovive), do Exército, da Guarda Municipal e da Defesa Social

13www.sociedaderural.com.br

Sucesso atestado

Mariah Carvalho, marketing de negócios da Rural a� rma que por causa da atual situação econômica brasileira, não era esperado resultado tão signi� cativo.

“Em se tratando de um primeiro evento abrimos todas as portas para que se formatem e consolide mais uma vitrine do agronegócio re-gional. Sequência da Expomontes, o evento parte dos expositores de 2015. Criamos projeções fu-turas que trarão todas as possibilidades para o segmento em nossa região”, conclui.

Leonardo Rodrigues, gerente regional da Caixa Econômica Federal a� rmou que o Feirão contribui para reforçar a marca, � rmar o relacionamento com o cliente e pros-pectar novos parceiros.

“Trouxemos uma unidade móvel e certamente em 2016 será muito me-lhor e teremos crescimento em todos os sentidos”, garantiu.

Gilberto Gualter dos Santos, di-retor da Triama Norte, que trouxe um grupo chinês à Feira acredita que o ponto de partida para um novo espaço de comer-cialização foi dado.

“Tirar a ideia do papel já é um grande avanço. 2016 será muito melhor. Agora, já deu certo o Feirão. Para a nossa empresa foi bastante positivo o saldo”, diz.

Rubens Junior da Tratorvel, mal descar-regou os equipamentos na semana passada e vendeu duas máquinas estimadas em R$ 500 mil.

“Ficamos animados com essa primeira mostra. Prova disso que já estamos pensan-do em como ampliar nossa participação em 2016”, � nalizou.

Ricardo Lopes, da Parceria Agrícola, conta-biliza excelentes negócios no Feirão.

“Para a nossa empresa foi muito bom, bastante po-sitivo. Concretizamos negócios e recebemos produtores de várias cidades da região. Nós também já estávamos fazendo um trabalho de captação e prospecção de clientes, pois criamos um pa-cote especial com condições diferenciadas para o evento”, a� rmou.

Durante o 1º Feirão, uma Comitiva de Chineses esteve na Rural para conhecer o potencial do agronegócio do Norte de Minas.

Objetivando trazer informações aos produtores rurais sobre a origem do prolongado período de estiagem vivenciado no Norte de Minas realizamos, no dia 25 de setembro de 2015, uma palestra sobre A In� uência do El Nino na Estação Chuvosa do Norte de Minas, com o Meteorologista Dr. Ruibran dos Reis.

do em como ampliar nossa participação em

Ricardo Lopes, da Parceria Agrícola, conta-

contribui para reforçar a marca, � rmar o

retor da Triama Norte, que trouxe um grupo chinês à Feira acredita que o ponto

várias cidades da região. Nós também já estávamos fazendo um

Mariah Carvalho, marketing de negócios da Rural a� rma que por causa da atual situação econômica brasileira, não

I Feirão Rural Da Safra

Para auxiliar o produtor rural na preparação e planejamento da sua colheita, a Sociedade Rural de Montes Claros realizou o 1º Fei-rão Rural da Safra, no período de 25 a 27 de setembro. Este evento contou com a parceria da empresa Gad Yah (Mariah Carvalho). Di-versas empresas do setor agrope-cuário participaram com a mon-tagem de estandes. Houve leilão, palestras, team penning, rodeio, copa de marcha, show musical, Feira de Touro do Pró-Genética e rodeio, este obteve sucesso abso-luto. 30 mil pessoas passaram pelo Parque nos dias do evento.

“Ofertamos o espaço aos nossos parceiros da Expomontes para que eles pudessem realizar vendas, fortalecer a marca e viabi-lizar novos negócios. Além disso, criamos condições ao homem do campo de enfrentar o mercado, sobretudo em períodos de adver-sidades climáticas como o atual na região. Por isso, idealizamos esse evento com informação através de palestras, exposição de novidades tecnológicas, espaço de trocas e ações sem atravessadores, como leiloes e feiras de animais. Um mix de atividades que culminava todos os dias, à noite, em festa”, encerrou Osmani Barbosa Neto, presidente da Sociedade Rural.

O foco principal do evento foi à comercialização de insumos e produtos, dado o momento de início de safra, que bate à porta do homem do campo.

“Lançamos a ideia, que foi to-talmente aceita por todos envolvi-dos no processo. O nosso objetivo foi aceito e aprovado. Esperamos que nas próximas edições haja um crescimento mais signi� cativo”, descreveu Moacyr Basso, diretor � nanceiro da Rural.

14 Informe Expomontes 2016

Energia SolarA Sociedade Rural de Montes Claros

objetivando buscar novas alternativas que viabilizem ao produtor rural o acesso a so-luções de convivência com as di� culdades enfrentadas diante do aumento das contas de energia elétrica, promoveu no dia 24 de

novembro de 2015, reunião para discus-são sobre a implantação energia

fotovoltaica. Evento que pos-teriormente foi desdo-brado no I Workshop de Energia Solar no Campo, no Norte de Minas.

I Workshop de Energia Solar no Campo

O Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros, foi palco do I Workshop de Energia Solar no Campo. Uma realização da Gad Yah Marketing de Negócios, apoiada pela Socie-dade Rural conta também com a parceria do Sebrae, Adenor, Pre-feitura Municipal de Montes Claros, Emater-MG, UFMG, Univer-sidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Sicoob Credinor e Cemig. O evento foi promovido em fevereiro.

Gabriel Pimenta e Mariah Carvalho, da Comissão organizado-ra, avaliaram positivamente as discussões.

“Durante toda a organização diversos segmentos foram con-tatados. Montes Claros abraçou a proposta que ofereceu novos serviços para o empreendedores do campo. Tivemos a certeza de nossa proposta foi aceita foi um sucesso, tanto de critica quanto de público. Um assunto dessa importância tratado por especialistas na área não poderia ter resultado diferente”, a� rma Mariah Carvalho.

Para Osmani Barbosa Neto, Presidente da Sociedade Rural, o Brasil é um dos poucos países no mundo que recebe uma insolação superior a 3000 horas por ano.

“Esse é um importante quesito para darmos andamento aos projetos na região. É muita luz, podemos dizer abundante e há mui-to a se desvendar nessa ramo. Decidimos reunir em um só lugar produtos e serviços para facilitar a vida do produtor rural. Espera-

mos que todos saiam daqui com informações necessárias para viabilizar projetos nas propriedades”, descreve Osmani.

Como foi o eventoNa área externa do Parque foi construída uma usina fotovoltai-

ca para estudo e análise. O evento contou com um publico diversi-� cado: Autoridades políticas, empresarias, estudantes, produtores rurais e pesquisadores.

O Engenheiro Marcelo Medeiros da Ideia Solar será responsá-vel pela Mini Usina.

“Apresentamos detalhadamente ao público do evento como funciona uma usina de produção de Energia Solar Fotovoltaica e como acontece todo o processo, desde o projeto personalizado que fazemos, instalação, nossa intermediação junto à Cemig, bem como as diversas possibilidades de � nanciamento. Muito conheci-mento num só lugar”, garante.

Clesio Robert, da Facilita Energias Renováveis a� rmou que a empresa que ele representa apostou no evento. “Firmamos novas parcerias, captamos clientes e conseguimos apoiadores focados na mesma causa que é auxiliar o produtor rural quanto às soluções que a empresa tem a oferecer”.

A Facilita apresentou soluções de geração de energia através de kit solar fotovoltaico disponível para produtores rurais com equi-pamentos de qualidade existentes no mercado e condições espe-ciais de pagamento.

novembro de 2015, reunião para discus-são sobre a implantação energia

fotovoltaica. Evento que pos-

to a se desvendar nessa ramo. Decidimos reunir em um só lugar produtos e serviços para facilitar a vida do produtor rural. Espera-

ca para estudo e análise. O evento contou com um publico diversi-� cado: Autoridades políticas, empresarias, estudantes, produtores rurais e pesquisadores.

empresa que ele representa apostou no evento. “Firmamos novas parcerias, captamos clientes e conseguimos apoiadores focados na mesma causa que é auxiliar o produtor rural quanto às soluções que a empresa tem a oferecer”.

kit solar fotovoltaico disponível para produtores rurais com equi-pamentos de qualidade existentes no mercado e condições espe-ciais de pagamento.

EM AÇÃORURALRURAL

15www.sociedaderural.com.br

EM AÇÃORURALRURAL

Norte de MinasPara o Doutor Guilherme Guimarães, Coordenador do Curso de

Engenharia Civil da Universidade Estadual de Montes Claros, o tema discutido é um dos principais produtos do mundo atual. Quem produz Energia Solar já sai à frente tanto na comercialização quanto no incen-tivo à instalação de empreendimentos produtivos, como indústrias, por exemplo.

“O Norte de Minas apresenta sérias di� culdades para o seu desenvol-vimento, devido à escassez de recursos hídricos, a falta de mão de obra quali� cada e a distância dos principais centros consumidores do País. Mas por outro lado, tem um enorme potencial de luminosidade, que é a matéria prima para a produção de energia fotovoltaica. Entretanto, não existe uma cultura para o desenvolvimento desta atividade, além das al-ternativas existentes no mercado ainda não caras. Desta forma, uma dis-cussão da energia fotovoltaica na região é muito importante para se criar um ambiente para o desenvolvimento desta atividade, aproximando os fornecedores de equipamentos, projetistas, universidades e consumido-res, o que poderá possibilitar a adaptação de tecnologias mais apropria-das para nossa região”, acrescentou.

Questionado sobre a viabilidade da Energia Solar no Campo, Gui-lherme pondera.

“A grande questão é adaptar as técnicas existentes para tentar viabi-lizar pequenos geradores, o que viabilizaria a implantação no Campo. As atuais propostas sugerem grandes usinas, para viabilizar a sua im-plantação. A associação com as Instituições de Ensino regionais poderá proporcionar o desenvolvimento de arranjos mais adequados ao per� l do consumidor do campo”.

EntretenimentoEm três dias, foram promovidos leilão, palestras, visitas téc-

nicas, feiras de touros e fêmeas e shows de Sérgio & Rodrigo, Baião Tropical e Clayton & Romário. Muita adrenalina na are-na erguida no Parque de Exposições, 34 peões montaram em 30 animais.

Os Locutores Barra Mansa e Junyo Estrada animaram o ro-deio. O grande campeão da disputa foi Antônio Carlos de Bo-caiúva. Em segundo lugar, � cou o Nilton Pereira, de São João das Missões; em terceiro lugar, Junior Borges, de Montes Claros.

“O rodeio entrou para o calendário da Sociedade Rural, au-tomaticamente para Montes Claros”, garantiu Osmani Barbosa Neto, que animado comemorou os resultados de todo o Feirão. No domingo pela manhã ele visitou todos os expositores junta-mente com os Diretores Moacyr Basso e Sérgio Peres.

Para o Doutor Guilherme Guimarães, Coordenador do Curso de

Neto, que animado comemorou os resultados de todo o Feirão. No domingo pela manhã ele visitou todos os expositores junta-

16 Informe Expomontes 2016

Time de campeõesCooperação é uma palavra que sempre vem

junto das pessoas que estão em busca de incentivar equipes de trabalho. Mas quando no lugar da equi-pe existe um time?

Só de trocar a de� nição para o conjunto des-ses colaboradores à cooperação muda de incenti-vo para realidade. Todos envolvidos em um único propósito, cada um com sua contribuição, com suas qualidades pessoais, multiplicando vitórias.

As pessoas são transformadas e também trans-formadoras com seus sorrisos, olhares e boas pa-lavras.

São estes 22 rostos que recebem os produtores rurais e a comunidade montes-clarense na Socie-dade Rural e na nossa casa que é o Parque de Ex-posições João Alencar Athayde.

A dedicação e o esforço de cada um deles é uma parte fundamental para a realização da nossa maior festa: a Expomontes.

A dedicação e o esforço de cada um deles é uma parte fundamental para a realização da nossa

A Expomontes é uma feira consolidada, que pos-sibilita aos produtores rurais e empresários rea-lizarem bons negócios, pois congrega em um só espaço, as maiores demandas do homem do cam-

po. O Parque de Exposições João Alencar Athayde, em mais de 100 mil metros quadrados, detém estrutura que não dei-xa a desejar para região nenhuma do Brasil.“São montados estandes que oferecem uma gama enorme de produtos e serviços; provemos leilões de gado de leite, gado de corte, exposição de gado bovino, equinos, caprinos e ovinos; shows , parque de diversões, entretenimento; feira da agricultura familiar; praça de alimentação; barzinhos; pa-lestras; instituições bancárias; torneio leiteiro e etc”, afirma o diretor financeiro Moacyr Basso.A 42ª Expomontes funciona como um antídoto, possibilitando que o produtor rural realize bons negócios, é o que afirma otimis-ta Moacyr, que garante que a Feira congrega, em um só lugar, as maiores demandas do homem do campo. Instalada no Parque de Exposições João Alencar Athayde, em Montes Claros.“Oportunizamos a realização de contatos entre vendedor e com-prador porque concentramos as ações no mesmo ambiente. Ima-gine uma empresa, como a Triama Norte, visitar digamos que 100 mil clientes. Um a um ia ser demorado e oneroso. Gastaria um re-curso alto e demandaria tempo. A Expomontes é a vitrine do agro-negócio. Um evento segmentado”, afirma.Segundo Moacyr, a Sociedade Rural tem um grande prestígio e es-trutura construída tijolo a tijolo.“Estamos encerrando nosso terceiro mandato e nesse período fomos responsáveis pelo pagamento de quase 60% da constru-ção do Centro de Eventos, em ambiente único de Montes Cla-ros. Além de quitarmos também o restante da área adquirida para a expansão do perímetro do Parque, assim como sua pavi-mentação, o que proporcionou aumento da área e possibilitou mais espaço para a Expomontes”.De acordo com ele, nesse processo de construção e ampliação da Sociedade Rural, a entidade permanece sólida, sem apoio gover-namental. Um dos reflexos disso é o aumento do seu patrimônio. “Isso nos dá condições para que possamos, cada vez mais, defen-der os interesses do nosso produtor junto dos órgãos onde, muitas

vezes, ele se sente impotente e distante para reivindicar, como foi com a Medida Provisória 733, que trata da prorrogação das dívidas rurais”, explica.Ele afirma que é preciso os produtores rurais continuarem unidos e cada qual pondo seu tijolo na construção da Sociedade Rural “grande e forte, feita com a soma de esforços”.

EXPOMONTES FOMENTA ECONOMIAEm meio à crise, onde o cenário busca cortar gastos, a Sociedade Rural tem criado oportunidades, consolidando ideias e projetos para a Expomontes. O fato é que, mesmo com retração, a Expo-montes é a grande chancela da economia regional, que, neste mo-mento, é essencial para o Norte de Minas.Para o economista Aroldo Rodrigues, eventos como a Expo-montes são um novo gás durante períodos de turbulência fi-nanceira. “As feiras agropecuárias espalhadas são verdadei-ras vitrines dessas novas tecnologias. Expositores utilizam o espaço para divulgar as inovações em pesquisa e transfe-rência de tecnologias ao setor produtivo além de espaços de facilitação e acesso ao crédito”, explica.Ele afirma ainda que em regiões com dificuldades climáti-cas, como o Norte de Minas, mostrar opções tecnológicas e novidades pode transformar resultados. “Um campo forte é aliado dos indicadores econômicos, ajuda nos crescimento do PIB, melhora os resultados da balança comercial, e por conta da produtividade maior, também aumenta a oferta dos produtos agrícolas o que ajuda a equilibrar os preços, com menos pressão na inflação de alimentos”.É com otimismo e atenção para novidades que o diretor financei-ro da Sociedade Rural espera receber a exposição. “Celebramos mais uma Mostra. É emocionante ver que com o cenário atual a Expomontes mostra sua força. Os patrocinadores e expositores de produtos, serviços e animais não deixaram de investir. A empresa de shows apresenta uma grade incomparável. Satisfação muito grande para quem participa ativamente nesse movimento classis-ta que é bem maior que todos envolvidos. Nossa pretensão é pro-mover um ambiente estimulante ao intercâmbio de informações e relacionamentos entre os diversos elos da cadeia do agronegó-cio”, conclui Moacyr.

TIJOLO POR TIJOLO

18 Informe Expomontes 2016

TERMÔMETRO DO MERCADO

D urante os dez dias de exposição, os estandes são portas para o primeiro contato e o começo de bons negócios. Apesar de a crise desestimu-lar muitos setores da economia, empresas não

perdem a oportunidade de estarem próximas ao consumidor. Segundo a responsável pelo marketing de negócios da Socie-dade Rural, Mariah Carvalho, a venda de estandes para esta exposição está dentro do previsto.

“O ano de 2015 também foi um ano difícil e mesmo assim as empresas tiveram ótimos resultados, muitas empresas depositam a sua confiança na Expomontes para ter bons negócios e recuperar-se da má fase da economia e 2015 mos-trou que isso é possível”, afirma Mariah. Uma novidade para a 42ª edição da exposição é o setor de energias renováveis, que faz parte do projeto iniciado com o Workshop Energia Solar no Campo, promovido pela entidade classista no ano passado. Os Bancos do Brasil, Sicoob Credinor e Banco do Nordeste estão trazendo para a Expomontes linhas especiais para o setor.

Uma das empresas que retorna para a Exposição é a An-drade Móveis e Adornos. “Trazemos opções para os clien-tes com muito ânimo, nesses últimos meses sentimos uma recuperação do otimismo do consumidor e isso reflete um bom resultado durante a Expomontes”, explica o gerente de vendas Diogo Andrade. Ele explica ainda que, para uma empresa que está há 25 anos no mercado, ter um estande é uma forma de aproximar e mostrar as novidades em produ-tos. “Levamos opções para imóveis da cidade ou que cabem no campo e estamos prontos para recepcionar os visitantes e mostrar o que temos de melhor”, completa.

Segundo Mariah, os empresários não querem perder a opor-tunidade de se aproximar de novos clientes e oferecer novi-dades para os já conhecidos. “Os estandes são o demons-trativo da força comercial da Expomontes, a feira tem se consolidado como um importante oásis comercial que tem trazido resultados espetaculares para o expositor”.

• AGUACENTER POÇOS ARTESANAIS LTDA

• V&M PRODUTOS AGROPECUÁRIOS – CIA RURAL

• BRA INDUSTRIA E COMÉRCIO DE BALANÇAS EIRELI

• ASSOCIAÇÃO NORTE MINEIRA DE MÉDICOS VETERINÁRIOS E ZOOTECNISTAS

• BANCO DO NORDESTE

• CAIXA ECONOMICA FEDERAL

• CASA DO ADUBO LTDA

• CASA GENÉSIO TOLENTINO

• EPAMIG – EMPRESA DE PESQUISA AGROPECUÁRIA DE MINAS GERAIS

• FACULDADES SANTO AGOSTINHO

• FUNORTE / SOEBRAS ASSOCIAÇÃO EDUCATIVA DO BRASIL

• INSTITUTO DE CIÊNCIAS AGRARIAS DA UFMG – ICA

• MINI FAZENDINHA

• MDS INSUMOS AGROPECUÁRIOS LTDA CONFBOI

• MOBILIADORA ANDRADE

• ORTHOMONTES

• PARCERIA PRODUTOS AGRÍCOLAS LTDA

• POÇOS ARTESIANOS

• PREFEITURA MUNICIPAL DE MONTES CLAROS

• TECNUTRI – TECNOLOGIA EM NUTRIÇÃO ANIMAL LTDA

• LEGAL CAP

• EMPRESA JÚNIOR DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS - ECONOMONTES

• VALFRAN INDUSTRIA DE PRODUTOS AGROPECUÁRIOS

• INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO DO NORTE E NORDESTES DE MINAS

GERAIS - IDENE

EXPOSITORES ESTANDES 2016

19www.sociedaderural.com.br

Patrocínio:Um bom negócio na Expomontes

É grande o número de empresas que as-sociam suas marcas a eventos. O patro-cínio tem sido uma ferramenta eficiente do marketing, possibilitando uma apro-

ximação entre as marcas envolvidas e criando, desta maneira uma identidade entre patrocinador e patrocinado. Eventos musicais, esportivos, cul-turais e socioambientais trazem uma experiência positiva aos consumidores, gerando empatia e uma relação próxima com o público.

Grandes empresas nacionais movimentam o cenário de patrocínios no Brasil através de feiras negociais, eventos culturais e esportivos, e usam de pesquisas e análises financeiras para mensurar o retorno do investimento. No entanto reconhecem que, além de aumento em vendas, a mídia espontânea e a visibi-lidade são termômetros eficientes para perceber o resultado da ação.

Os investimentos neste segmento vêm crescendo no mercado nacional, porque já está entendido que patrocínios não são ações assistencialistas, mas um módulo do mix de marketing. Uma ação di-reta e eficiente para atingir com sucesso o público almejado.

Alguns dos benefícios são amplamente percebidos. Divulgação institucional, marketing direcionado, fidelização de clientes, fazendo com que a promo-ção dos produtos e serviços da organização seja sempre exitosa. Destaque também para as oportu-nidades de contactar profissionais formadores de opinião do seu segmento; ser reconhecido como um promotor de ideias e gerar novos mailings.

Patrocinadores de Feiras de Negócios conseguem facilmente promover uma comparação vantajo-sa da sua marca sobre seus concorrentes. Além disso, ser reconhecido como co-realizador de um projeto, gera uma ampliação do share of mind (lembrança da marca) impactando positivamente nas cadeias de negócios.

Em sua 42ª realização, a Expomontes é muito bem avaliada por seus patrocinadores, que veem no evento oportunidades para se ligar a públicos diferenciados. É uma data importante regional-mente, ícone no segmento, bem divulgada e gera muita mídia espontânea. Trata-se de uma marca conceituada e consolidada, que carrega anos de sucesso de público e congrega múltiplos pú-blicos. A duração do evento também favorece o contato com clientes.

Temos relatos importantes sobre essa parceria. Clientes que escolheram a Expomontes como por-ta de entrada no agronegócio regional atestam os avanços conseguidos em pouquíssimo tempo, uma vez que a visibilidade dentro do evento permite muitos negócios, mesmo que aconteçam poste-riormente.

Partindo do princípio de que patrocinar é mexer com aspectos intangíveis, qualquer marca tem grandes oportunidades em eventos dessa magnitude. Patro-cinadores que buscam agregar valor à reputação de sua marca, encontram neste evento ações que in-centivam a cultura regional, que provocam reflexões sobre o meio ambiente, além de promover a inclusão social e financeira a todo o tipo de empreendedores.

A marca Expomontes trabalha esses valores há mais de 50 anos, uma vez que o evento existe para esse fim, educando para a valorização do trabalho, para avanços tecnológicos e promoção cultural. Têm em sua programação eventos de educação infantil, seminários, feiras de agricultura fami-liar e artesanato regional, promovendo também a educação ambiental. Em seu planejamento os patrocinadores têm vantagens significativas e são tratados como parceiros importantes do evento. O Parque de Exposições é disponibilizado para a in-clusão de marcas e promoções, possibilitando que público e patrocinador tenham grande interação.

Se o objetivo é assegurar visibilidade, interação e bons negócios, o lugar de sua marca é aqui.

Júnia Velloso RebelloAssessoria de Marketing

Sociedade Rural de Montes Claros

JOÃO DE QUIRINO*

J oão Rodrigues dos Santos conhecido como João de Quirino era uma pessoa admirável. Alegre, divertido, trabalhador e amigo do mundo todo. O Sr. João tinha uma tirada espirituo-sa para qualquer proseado. Não tinha prosa “mais boa”!

O Sr. João era inteligente e muito bem relacionado no meio rural. Mas-cate de gado dos mió! Sabia de tudo, conversava sobre tudo e não se avexava. Os touros que vendia e mascateava tinham a “griffe” João de Quirino! Mascateava cavalos, éguas, asininos e muares. Os jumentos Pêga, procedência de Pedra Azul, eram descritos pelo Sr. João como sem paralelo e deixava a sua prole a mais marchadeira de seu arredor.

Como todos que o conheceram sabem, o seu relacionamento era dos mais valorizados. Muito amigo de Neném Barbosa, de quem era vizi-nho, alí na esquina da Av. Afonso Pena e início da Rua Dom Pedro II. Amigo de Osmane Barbosa, Dr. Fábio Ribeiro, demais lideranças rurais e a fazendeirada toda. Eu tive o prazer de ser seu amigo, visitar a sua chácara, alí na saída de Juramento, perto do Coronel Georgino. Ele também me visitava na fazenda, em Juramento. Eu comprava cavalos, jumentos e sempre fazíamos catira de semoventes. Nas exposições agropecuárias, a banca de João de Quirino era a mais animada e era o mascate que mais negócios realizava. Ele estendia uma faixa grande, onde se lia: “Ministério de João de Quirino”. Tratava os fregueses com fidalguia e sabia usar da bicaria marota dos mascates de reprodutores e matrizes, como ninguém. Pessoa de fino trato e sabido como ele só!

Pois bem, nos seus seletos relacionamentos, falava muito, mas sabia também escutar. E guardava o palavreado que achava bonito. E de vez em quando ou de quando em vez, empregava alguma, para mostrar que não era bobo nem nada. Então, num desses proseados, ele achou bonito a palavra “corrupto”. Achou bonito e guardou em sua prodigio-sa memória. Num belo dia, tarde ensolarada, proseado dos bão, ro-deado da seleta casta da fazendeirama, o proseado se convergiu em elogiar Toninho Rebello, que iniciava a sua primeira gestão à frente da Prefeitura de Montes Claros. Era tanto elogio a Toninho, que o Sr. João, interrompendo a prosa, deu um estalo: “Corrupto, esse Toninho é um grande corrupto!” Os presentes assustaram-se: - Que isso, João? Toni-nho é um homem íntegro sem quantia, e você dizendo ser corrupto? “É uai, ele é muito corrupto. Eu gosto dele porque ele é um grande corrup-to!” Com certa dificuldade os convivas, em uma breve troca de escla-recimentos e pareceres, conseguiram explicar ao Sr. João o significado do termo “corrupto”.

Aí o Sr. João olhou para os companheiros e retrucou: “Pois é, eu vejo todo mundo falar que os grandes políticos é tudo corrupto. Todo mun-do fala que o Juscelino é corrupto, que o Israel Pinheiro é corrupto, que o Bias Fortes é corrupto, que o José Maria Alkmim é corrupto! Então, Toninho é muito importante, então, ele é corrupto que nem esses que eu falei! Quer dizer que eu tô errado? Eu sou uma besta mesmo!” E todo mundo caiu na gargalhada...

*Lucas Elmo Pinheiro (Agrônomo, pro-dutor rural, ex-presidente da Socieda-de Rural de Montes Claros)

21www.sociedaderural.com.br

Poder de representatividade

A Medida provisória 733, que trata liquidação e repactuação da dívida com descontos para as operações de crédito rural financiadas na região da Sudene (Superintendência do Desenvolvi-

mento da Nordeste), tem em seu DNA a marca da Sociedade Rural de Montes Claros. Todo processo de concepção teve orientação técnica da entidade, que luta por melhorias para o homem do campo. Foram diversas ações, reuniões, semi-nários, debates e audiência com lideranças políticas e em-presariais, além de classistas. Foi da Rural, que nasceram as proposições encaminhadas aos deputados e senadores.“A Rural sempre esteve presente nas principais discussões, projetos e medidas que beneficiem o Norte de Minas. São di-versas tratativas que resultaram em ações concretas. Toda a articulação da classe valeu à pena. Ainda temos uma lon-ga caminhada, mas seremos vitoriosos no nosso propósito”, afirma Osmani Barbosa Neto, Presidente da entidade.

MP 733 A MP 733 contempla os contratos formalizados até 2011, independente do tamanho da dívida, financiados com re-cursos exclusivos e mistos do FNE (Fundo Constitucional do Nordeste). Já para os financiamentos com recursos de ou-tras fontes, a lei garante descontos apenas para emprésti-mos até R$ 200 mil.

A MP substitui trechos da 707, editada em 31/12/2015. O do-cumento final foi aprovado e prevê, por exemplo, desconto de 95% para a quitação de dívidas de até R$ 15 mil em uma ou mais operações do mesmo mutuário quando contrata-

das até 31 de dezembro de 2006 para empreendimentos lo-calizados nas regiões do Semi-árido e do norte do Estado do Espírito Santo, nos municípios do norte do Estado de Minas Gerais, no Vale do Jequitinhonha e no Vale do Mucuri, e des-conto de 85% para os demais municípios.

De acordo com a MP, os produtores têm até o dia 29 de de-zembro de 2017 para liquidar ou negociar a dívida e ganham garantias de que não haverá novas execuções até essa data. Os descontos previstos nas novas condições chegam até 95% do saldo devedor. Apesar dos benefícios contemplarem os contratos inadimplentes da região da Sudene, as novas medidas incluíram os inscritos na Dívida Ativa da União de todo o país, até o dia 31 de dezembro de 2014, com descon-tos de até 95%.

A MP 733 acatou grande parte dos pleitos vetados da MP 707. Desta, o único ponto contemplado foi a prorrogação do prazo de inscrição do CAR (Cadastro Ambiental Rural) para o dia 31 de dezembro de 2017, com prorrogação por mais um ano.

Para Osmani, a MP significa grande alivio para classe. Repre-senta um novo caminho a ser trilhado, pois sem auxílio seria impossível prosseguir.

“É a resposta do trabalho da Sociedade Rural que cumpre seu papel de entidade classista que luta por melhorias para todos os produtores rurais, sem distinção”, afirma o presidente da Sociedade Rural. Mas a luta não acabou. Já estamos articulando com diversas autoridades, classes e

22 Informe Expomontes 2016

políticos. “Necessitamos de crédito diferenciado para recuperação dos produtores rurais, paralisação ime-diata das cobranças judiciais e adequadação da MP 733”, afirma.

O assessor técnico da Rural, Luiz Guilherme Câmara, afirma que ainda há muito para se fazer. “Espera-se que sejam renegociadas as dívidas dos produtores rurais da região da Sudene, independentemente da fonte de re-cursos, cuja contratação tenha ocorrido entre 30 de de-zembro de 2011 e 30 de dezembro de 2015, com prazo de carência de 3 anos, com parcelas vincendas até 2032, com juros de 3,5% a.a.”, descreve.

Além disso, no âmbito do Banco do Brasil, que sejam pos-síveis de renegociação valores superiores a R$ 200.000,00 (duzentos mil reais) na origem do débito, com possibilida-de de quitação ou renegociação com carência.

Por fim, no âmbito do Banco do Nordeste que sejam pos-síveis de quitação as operações com outras fontes de re-cursos, inclusive FAT.

Osmani convoca todas as lideranças para se juntar à Classe, ao grupo de fomento do desenvolvimento regio-nal e também colaborar com a atração de medidas que aliviem a vida do produto rural.

23www.sociedaderural.com.br

Sicoob Credinor quer premiar você.

O Sicoob Credinor está participando da Promoção Indicação de Ouro, promovida pelo sistema Sicoob. A campanha tem como objetivo fortalecer seu quadro de associados a partir de indicações de seus cooperados.

Para participar da promoção, os associados Credinor deverão indicar pessoas físicas ou jurídicas para se associarem à Cooperativa. Ao asso-ciado responsável pela indicação, será concedido um número da sorte para cada indicação efetivada, no período de 3 de março a 23 de setem-bro de 2016.

Os sorteios, que acontecerão de abril a setembro, contemplarão os se-guintes prêmios: 6 (seis) automóveis Honda Fit, 48 (quarenta e oito) car-tões presente com R$ 1.000,00 cada e 6 (seis) pacotes de viagem com acompanhante e duração de 7 (sete) dias, para Orlando (USA), incluindo passagens aéreas, hospedagem, traslado, acompanhamento de guia, en-tradas em parques e auxílio alimentação.

A campanha vem de encontro aos interesses do Sicoob Credinor, que de-seja aumentar sua base de associados em toda a sua área de atuação. Um maior número de cooperados eleva o capital integralizado da insti-tuição e o número de negócios, possibilitando um aumento nas carteiras de crédito e serviços.

Um dos aspectos interessantes desta promoção é que o associado parti-cipa da ação de sua cooperativa, convidando novos membros. E não há ninguém para saber mais dos benefícios de uma cooperativa de crédito que o próprio associado, que tem uma vivência prática e fala com pro-priedade sobre o assunto.

Grande adesãoA promoção encontrou um bom momento para motivar os associados a buscarem essa adesão ao cooperativismo. Com um cenário financeiro desfavorável, os valores das taxas de serviços e juros praticados nas ins-tituições tradicionais são superiores aos praticados nas cooperativas de crédito. Mas esse é apenas o convite inicial. Uma vez percebidos os ou-tros benefícios, novos associados têm se juntado ao sistema, e esperam levar boa sorte aos participantes da promoção Indicação de Ouro.

VANTAGENS DE SE ASSOCIAR AO SICOOB CREDINOR:

ATENDIMENTO PERSONALIZADO

RÁPIDO E SEM FILAS;

MELHORES TAXASEM APLICAÇÕES E

FINANCIAMENTOS;

MENORES TARIFASDE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS;

CHEQUE ESPECIALCOM MENORES TAXAS;

POSSUI TODOS OS PRODUTOS E SERVIÇOS

OFERECIDOS POR OUTRAS

INSTITUIÇÕES BANCÁRIAS;

APLICAÇÕES FINANCEIRAS DE ACORDO COM O

PERFIL DO INVESTIDOR;

LINHAS DE CRÉDITO ESPECIAIS

(PESSOA FÍSICA E JURÍDICA) PARA VIABILIZAR SEUS

INVESTIMENTOS: CONSTRUÇÃO

E AQUISIÇÃO DE IMÓVEIS, VEÍCULOS NOVOS E USADOS,

EQUIPAMENTOS, REFORMA DE RESIDÊNCIAS ETC;

PARTICIPAÇÃO NOS RESULTADOS (RETORNO PROPORCIONAL DAS SOBRAS);

MAIS DE 5 MIL PONTOS DE ATENDIMENTO AUTOMATIZADOS.

24 Informe Expomontes 2016

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Combate ao Caixa 2

Hélio MachadoJornalista, bacharel em Direito,

Pós-graduado em Direito Eleitoral

M ontes Claros pode dar importante contribuição para que se tenha um processo eleitoral municipal mais transparente, sem a prevalência do

poder econômico, com oportunidades mais ou menos iguais aos candidatos a cargos eletivos. Isto porque a 11ª Subseção da OAB, através de seu vice-presidente, Herbert Alcântara Ferreira, lançou o aplicativo de celu-lar para o combate ao Caixa 2, e que recebe o apoio do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), em Belo Horizonte. Com isso, a tendência é de que seja uma das novidades nas eleições deste ano no Estado e no País.

A cidade sai na frente e pode virar referência nacional, neste caso específico, agora do ponto de vista posi-tivo. Lança uma ferramenta que deve funcionar com resultados positivos para impedir que o poder econô-mico mais uma vez prevaleça nas eleições. Este tem sido um dos maiores problemas para a Justiça Elei-toral, ao longo do tempo. Apesar do esforço, ela não dispõe de estrutura para fiscalizar e punir aqueles que se acostumaram a usar deste expediente, vedado pela legislação, para conquistar mandatos eletivos ou para renová-los.

Aliás, o abuso do poder econômico, que se tornou mais acentuado com o passar do tempo, não é novidade nos processos eleitorais. A história nos conta que num passado não tão distante, os famosos currais eleitorais eram recorrentes em nossa região. Operacionalizado pelos coronéis, que funcionavam como verdadeiros ca-bos eleitorais e davam um pé de botina ao eleitor antes da votação e o segundo pé somente após a apuração, ao se constatar que o candidato havia conseguido o número de votos previsto em determinada sessão elei-toral. Com o passar do tempo mudou-se a estratégia, dando cesta básica, material de construção ou mesmo dinheiro em espécie.

Com o quadro se agravando a cada processo eleitoral, sentiu-se a necessidade de se combater o abuso do po-der econômico de forma mais consistente. Agora, surge mais uma alternativa, cuja eficácia poderá ser compro-vada daqui a alguns dias, na campanha eleitoral des-te ano. O aplicativo é mais uma ferramenta que a OAB disponibiliza para o cidadão com o objetivo de facilitar a fiscalização do processo eleitoral contra o abuso do poder econômico. A inovação, disponível na Google Play e na Apple Store, permite o envio simultâneo de texto, vídeo e foto como provas documentais das de-núncias. Com o mecanismo, a OAB estará atenta e vigi-lante para agir de imediato em se confirmando o delito.

A mesma vigilância deve ser exercida pelos candida-tos, que devem fiscalizar uns aos outros. E a popula-ção também precisa dar sua parcela de colaboração. A finalidade da campanha é ter um processo eleitoral mais transparente, sem que os endinheirados com-prem a consciência do eleitor. Aliás, o eleitor também tem que se policiar e rechaçar qualquer investida na tentativa de compra de seu voto. Este não pode ser considerado mercadoria exposta numa banca à ven-da por um preço qualquer.

O voto é a ferramenta eficaz que temos para promover as mudanças de que necessitamos. Por isso, é preciso que o valorizemos e votemos conscientes. E votar com consciência significa avaliar os candidatos a cargos ele-tivos em todos os aspectos, especialmente no tocante à sua honestidade e aos serviços prestados. Se agirmos assim, estaremos contribuindo para melhorar o nível dos nossos representantes políticos e para o combate à corrupção, que parece institucionalizada neste País.

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NOVOS INVESTIMENTOSDas empresas aprovadas pelo Con-

selho Municipal de Desenvolvimento Econômico e Social, destacam-se a Or-thomontes, unidade industrial montes-clarense fabricante de colchões e que recebeu do município a doação de ter-reno de 50 mil metros quadrados para construção da mais moderna fábrica de colchões do Brasil. Com esta nova plan-ta, a Orthomontes irá distribuir seus produtos para todo o País, gerando 250 empregos diretos. Outra empresa des-taque é a 3 Ca� (Café Três Corações), que irá produzir em Montes Claros café encapsulado da linha “Três”. Atualmen-te, esse produto é fabricado na Itália e importado para o Brasil. A partir de 2017, todo o café encapsulado consu-mido na América Latina será produzido em Montes Claros pela Três Corações e pela Nestlé, que iniciou suas atividades em escala comercial do produto “Dolce Gusto”, em Dezembro de 2015.

GERAÇÃO DE EMPREGOSComo resultado dos esforços de atra-

ção dos novos negócios, as empresas que tiveram o requerimento apreciado pelo Conselho Municipal de Desenvolvimen-to Econômico e Social e que desejam se instalar em Montes Claros ou ampliar suas atividades, devem gerar um saldo aproximado de 6.510 empregos dire-tos e indiretos, além de investimentos que montam R$ 131 milhões, resultado muito relevante, principalmente quando analisado o momento de crise e econo-mia nacional fragilizada.

DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO

Montes Claros se projeta na geração de emprego e renda

Fábrica de Cápsulas de Café

Tendo como principal foco de suas atividades a atração de novos empreendimentos para Montes Claros, assim como a melhoria da infraestrutura das empresas já instaladas na cidade, principalmente no Distrito Industrial, a Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Econômico e Turismo tem se destacado como âncora para o incentivo à geração de emprego e renda no município que, ao contrário da maioria dos centros urbanos do País que enfrenta crise � nanceira, apresenta números favoráveis à economia local.

Call Center

Distrito Industrial

Matéria de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, MG

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Ceanorte passa por diversas reformas estruturais para melhorar sua logística

Recebendo uma mé-dia de mais de mil pessoas diariamente a Central de Abastecimento do Norte de Minas (Ceanorte) se � rma como o interposto de suma importância para a popu-lação de Montes Claros e região.

Ano passado, o local pas-sou por uma reforma geral que contou com a instalação de lâmpadas para a ilumina-ção total do galpão novo e parcial do galpão antigo, co-locação de meio � o em volta das Pedras (galpão novo e antigo) para evitar � uxo de veículos na área destinada aos produtores e a construção de um local adequado para

Município ajuda produtores rurais da região a aumentar suas rendasO município de Montes Claros tem se preocupado

em proporcionar aos produtores rurais caminhos para que eles possam aumentar suas rendas. Isso é possível através do PAA - Programa de Aquisição de Alimentos, que abastece o Restaurante Popular e a rede socioassis-tencial do município. Essa iniciativa tem como objetivo

colocação das caçambas esta-cionárias para a coleta de lixo.

Foi elaborado também um projeto de combate de in-cêndio com acompanhamen-to do Corpo de Bombeiros.

Para este ano, outras ben-feitorias estão sendo progra-madas: a construção de um muro ao redor do interposto, a troca de reatores e lâmpa-das para a iluminação total do galpão antigo, a instala-ção de portões de entrada e saída em substituição às cor-rentes.

A Ceanorte funciona atra-vés de suas feiras que aconte-cem às segundas e às quartas-feiras das 15:00 às 18:00 e nas quintas-feiras das 7:00 às 11:00.

a aquisição de alimentos feita diretamente com os agricul-tores da região.

Outro programa usado pelo município que ajuda di-retamente os promotores rurais é o PNAE - Programa Nacional de Alimentação Escolar. Ele tem como objetivo fornecer merenda para as escolas municipais.

A Expomontes é a maior feira agropecuária do Norte de Minas Gerais. Reali-zada todos os anos, a Expomontes é uma grande oportunidade de negócios para os empresários da área agropecuária da região.

AGRICULTURA

Ceanorte

Matéria de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, MG

A 42ª edição da Exposição Agropecu-ária de Montes Claros – EXPOMONTES provoca alterações no trânsito nas vias pró-ximas ao Parque de Exposições João Alen-car Athayde entre os dias 1 a 10 de Julho.

A Empresa Municipal de Planejamento, Gestão e Educação em Trânsito e Transpor-

1- Chegar mais cedo no local do evento;

2- Prestar atenção à sinalização de trân-sito presente no local;

3- Diminuir a velocidade devido ao gran-de � uxo de veículos e pedestres;

4- Ficar atento com a passagem de nível (linha férrea) presente no local;5- Obtar por um transporte alternativo (táxi, carona ou ônibus) caso queira inge-rir bebidas alcoólicas durante o evento;6- Ter prudência e paciência nas vias, uma vez que no momento dos shows o � uxo de veículos e pedestres é intensi� cado;

7- Usar sempre o cinto de segurança;

8- Reduzir a velocidade e redobrar a aten-ção nos cruzamentos próximos ao evento;9- O pedestre deve sempre andar pela calçada e atravessar sempre em um local seguro;10-Manter distância de segurança do veículo à frente, para evitar colisões.

DICAS DA MCTRANS

tes de Montes Claros – MCTrans, informa que o sentido de algumas ruas sofrerá mu-danças, o estacionamento e parada serão proibidos em alguns locais e haverá blo-queios parciais e totais em vias da região. É importante destacar que essas alterações serão realizadas de acordo com � uxo de veí-

culos e pessoas presentes no local.A � scalização continua normal, princi-

palmente nas placas de proibição presentes no entorno do Parque de Exposições. Com a intenção de reduzir o número de ocorrências com acidentes de trânsito neste período, esti-mulando uma atitude proativa dos conduto-res, a MCTrans relembra aos condutores acer-ca das dicas para uma direção segura durante a Exposição Agropecuária de Montes Claros.

MUDANÇAS NO TRÂNSITO DURANTE A EXPOMONTES

Matéria de responsabilidade da Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Montes Claros, MG

Projetos aprovados refletem na melhoria da qualidade de vida

C om ações concretas e permanentes no dia a dia, a Câmara Municipal participa ativamente da cons-trução do desenvolvimento de Montes Claros. Além da aprovação de projetos que refletem na

qualidade de vida da população, ela põe em prática o dis-positivo constitucional de fiscalizar a correta aplicação dos recursos públicos. Ao longo do mandato foram aprovados mais de 500 projetos, alguns de mais destaque, como o Or-çamento do Município, este ano de R$ 1,4 bilhão, indispen-sável para o funcionamento da máquina pública. O Legis-lativo aprovou, ainda, projetos do Executivo, permitindo-o contrair financiamentos junto a instituições financeiras para a execução de obras em Montes Claros, reclamadas pela população.

O trabalho é desenvolvido com a participação direta da Mesa Diretora, presidida pelo vereador Marcos Nem, do PSD. Cumprindo o quinto mandato consecutivo, ele afirma que o propósito da Câmara, desde o início desta legislatura, é defender com legitimidade os elevados interesses da po-pulação. “Os interesses do povo de Montes Claros têm que prevalecer sempre. Têm se que sobrepor a quaisquer outros interesses”, diz, ao frisar que até o último dia do mandato, em 31 de dezembro, os vereadores estarão atuando firmes e cumprindo o compromisso de representar bem a população.

A aprovação dos projetos, de acordo com o presidente, mos-tra o compromisso do Legislativo com o desenvolvimento de Montes Claros. Segundo ele, isso tem sido feito de forma consciente pelos vereadores, que trabalham para represen-tar bem e corresponder às expectativas do povo. Lembra que o papel da Câmara é ainda mais relevante por tratar-se de uma das cidades que mais cresce em Minas e tudo que ela faz tem repercussão regional. “Montes Claros é a capital do Norte de Minas e o que fazemos aqui, naturalmente, reper-cute nos demais municípios da região. Assim, nossa respon-sabilidade é ainda maior, de corresponder às expectativas da população”, sustenta.

TRABALHO – Apesar de o ano ser de eleições, em que as atenções também se voltam para o processo eleitoral, a Câmara segue com as reuniões ordinárias, além de extras

A sede própria será concluída para melhorar o atendimento à população de Montes Claros.

Os vereadores defendem os elevados interesses dos montes-clarenses

em caso de necessidade. Para Marcos Nem, a tendência é de manter as ações, mesmo com os vereadores em busca da renovação do mandato, para atender sempre aos interesses da população da zona urbana e rural. A previsão é de que até o final do ano, dezenas de novos projetos importantes, do Executivo e dos vereadores, sejam aprovados, executados e que seus efeitos práticos se façam sentir de imediato, junto à população.

SEDE – Para criar perspectivas de melhorar cada vez mais o atendimento à população, a expectativa é de que as obras de conclusão da sede própria sejam concluídas e inaugura-das no final deste ano. Estão sendo construídos o segundo e o terceiro pavimentos, para abrigar os gabinetes dos ve-readores. A primeira parte, que consiste no Plenário e setor administrativo foi inaugurada.

Câmara constrói o desenvolvimento

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Caixa de ressonância da população

Vereadores cobram do governo atenção a setores fundamentais

A Câmara Municipal é a caixa de ressonância da população. É no Legislativo, nas reuniões or-dinárias ou mesmo nas tribunas livres, que se debatem temas específicos e relevantes, de in-

teresse geral e que se buscam alternativas para resolver os problemas de quaisquer ordens, que se lhe apresentam no cotidiano. As audiências públicas têm se transformado em instrumento eficaz de aproximação do Executivo com o povo. É através delas que a população pode se manifestar na tri-buna, em busca de soluções para questões que a incomoda.

O Legislativo tem se posicionado com firmeza, sempre, e cobrado do governo estadual e federal, respostas aos ques-tionamentos da população, em diferentes setores. Com o aumento do índice de violência e criminalidade, reivindica mais apoio às Polícias Militar e Civil, que permita oferecer segurança com mais qualidade. E isso passa pela melhoria da estrutura delas, com funções distintas, mas fundamen-tais para elevar a sensação de segurança dos montes-cla-renses. Além disso, cobra a construção do Anel Rodoviário Norte, para retirar do centro da cidade, o crescente trânsito de veículos leves e pesados da BR-251, que tem causado aci-dentes com feridos e até mortos.

A saúde é outro setor que recebe atenção especial da Câ-mara. Em todas as reuniões ordinárias os vereadores tra-tam do tema, que preocupa a todos. Com os hospitais su-perlotados e a falta de vagas para internamentos, cobram

A Mesa Diretora trabalha para melhorar a estrutura do Legislativo

A população participa das reuniões ordinárias e das audiên-cias públicas

Fotos: Nascimento Silva

do governo do Estado construção imediata do Hospital Regional do Trauma, em terreno doado pelo Município, no bairro Planalto e cujo projeto foi aprovado pelo Legislativo. Em visita à cidade, na campanha eleitoral, o hoje governa-dor Fernando Pimentel, do PT, se comprometeu em tirar o projeto do papel. Contudo, até agora não o fez.

O hospital não vai resolver o problema crônico da falta de vagas para internamentos, que se agrava, pelo fato de Mon-tes Claros ser referência no setor para toda a área mineira da Sudene e parte da Bahia. Contudo, vai amenizá-lo ao dispo-nibilizar mais de 200 novos leitos. A previsão é de que para executar o projeto sejam suficientes recursos da ordem de R$ 120 milhões dos cofres estaduais. O projeto começou a ser defendido pela Maçonaria, no governo do hoje senador da República, Antônio Anastasia, do PSDB.

Como um dos maiores problemas da cidade e de todo o Nor-te de Minas é a falta de água, em função da seca, provocada pela escassez de chuvas, a Câmara Municipal também não para de cobrar do governo federal a construção da barragem de Congonhas. Com recursos da ordem de R$ 200 milhões ga-rantidos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a barragem, nos municípios de Cristália e Itacambira, será fun-damental para perenizar o Verde Grande, um dos principais rios do Norte de Minas, contribuindo para aumentar a produ-ção agrícola no entorno dele.

Além disso, a barragem de Congonhas vai permitir a trans-posição de água para a barragem da Copasa, em Juramento, garantindo o abastecimento a Montes Claros, com produto de mais qualidade, nos próximos anos. Se tudo correr como programado, as obras da barragem se iniciam ainda este ano.

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Em nota o Ministério da Fazenda explicou a importância da MP diante uma das maiores estia-gens da história do Norte de Minas: “O objetivo é permitir que os agricultores tenham tempo adicional para melhorar sua condição financeira, sem, contudo, terem suas dívidas enviadas para cobrança judicial ou inscritas na Dívida Ativa da União, o que dificultaria ainda mais a sua perma-nência na atividade”

O presidente da So-ciedade Rural, Osmani Barbosa, e o técnico da Rural, Luiz Câmara, estiveram em Brasília e com o apoio da depu-tada Raquel Muniz, eles se encontraram com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu. Com a união de todos, foi pos-sível aprovar a Medida Provisória que ampliou o prazo para o pagamento das dívidas rurais

“A MP 707 é uma importante conquista para os nossos agricultores tão castigados por secas históricas que assolaram o Norte de Minas nos últimos anos. Mas sabemos que ainda não é a solução ideal, por isso, vou continuar trabalhando, juntamente com a Bancada do Nordeste na Câ-mara dos Deputados, para que possamos garantir uma legislação mais justa para estes que, na atual conjuntura, tem impulsionado a economia brasileira”, afirma a deputada federal Raquel Muniz

MP 733/2016Mais uma conquista para o homem do campo foi publicada no último dia 15 de junho de 2016 no Diário Oficial da União. A Medida Provisória 733/2016 também trata das dívidas, garantindo que a renegociação seja uma realidade e permitindo que os agricultores continuem produzindo. A MP também trata de outros aspectos relacionados ao homem do campo.

Para a Deputada Federal Raquel Muniz essas pequenas conquistas farão muita diferença na vida de quem lida no campo. “As MPs vão permitir aos agricultores um novo fôlego. Por anos eles lutaram por questões que agora estão contempladas nestas MPs. Conheço a luta dessa gente, sei da garra deles, por isso luto com eles para que o trabalho no campo continue sendo um prazer e não um fardo”.

Crédito: Ascom/Câmara Federal

Crédito: Ana Karienina

Crédito: Ana Karienina

“A MP é recebida por todos nós, norte-mineiros, com grande satisfação. Sem medir esforços, buscamos com todos os agentes envol-vidos uma solução para um dos mais graves problemas da atualidade: a dívida rural. Um alívio imediato, mas precisamos continuar lutando por soluções definitivas”, comemora o presidente da Sociedade Rural Osmani Barbosa.

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Agronegócio

Aliada do homem do campo

O s produtores rurais do Norte de Minas comemo-ram! A edição da Medida Provisória 707 suspen-de até o fim do ano a inclusão de agricultores e pecuaristas na dívida ativa, evitando, assim, a

incômoda cobrança judicial. A prorrogação do prazo para o pagamento da dívida rural é resultado da luta da deputada federal Raquel Muniz no Congresso e, diretamente, com a ministra da Agricultura, Kátia Abreu.

DA ASSESSORIAOs produtores rurais do Norte de Minas começam 2016 ani-mados com a edição da Medida Provisória 707, que altera os artigos 8º e 9º da Lei nº 12.844, de 19 de julho de 2013. A MP suspende até o dia 31 de dezembro deste ano o encami-nhamento das operações de crédito rural para inscrição em dívida ativa e para cobrança judicial, garantindo, assim, um novo ânimo ao homem do campo. Trata-se de uma bandeira de agricultores e pecuaristas da região articulada pela de-putada federal Raquel Muniz. A iniciativa vai garantir a per-manência no campo de milhares de agropecuaristas.

“A MP é recebida por todos nós, norte-mineiros, como gran-de satisfação. Sem medir esforços, buscamos com todos os agentes envolvidos uma solução para um dos mais graves problemas da atualidade: a dívida rural. Um alívio imediato, mas precisamos continuar lutando por soluções definitivas”, comemora Osmani Barbosa Neto, presidente da Sociedade Rural. O presidente do Sindicato Rural de Janaúba e da Asso-ciação dos Sindicatos dos Produtores Rurais do Norte de Minas e Jequitinhonha, José Aparecido Mendes, também agradeceu o empenho da deputada: “Com a pior estiagem dos últimos 80 anos, houve uma perda de 70% nas pastagens e de 100% na produção agrícola de alguns produtos, como o milho, sorgo e feijão. A MP ajudou a minimizar o impacto do prejuízo”.

Para o assessor técnico da Sociedade Rural, Luiz Guilherme Câmara, a suspensão dos prazos para cumprimento de obri-gação não significa perdão de dívidas, mas sim um tempo a mais para renegociar. Só no Norte de Minas, aproximada-mente 30 mil produtores rurais vão ser beneficiados. “Esses

números podem ser bem maiores por causa do agravamen-to da seca. Mas com a MP novas oportunidades surgirão e esse quadro pode ser revertido”, calcula o assessor. Já o di-retor financeiro da Sociedade Rural, Moacyr Basso, acredita que agora é o momento de procurar a fonte devedora para analisar caso a caso: “Esta vitória é de extrema relevância para o produtor. A intenção é que todos estejam aptos a participar das negociações no Banco do Brasil ou do Nor-deste.Teremos um ano de muito trabalho pela frente”.

Como se não bastasse, a iniciativa da deputada Raquel Muniz vai beneficiar a Cooperativa Regional de Montes Claros. A Coopagro, com 3.320 associados - patrimônio avaliado em R$ 80 milhões e um saldo de dívidas na casa dos R$ 50 milhões - passa por graves problemas junto ao Banco do Nordeste. Com a MP poderá correr atrás de al-ternativas para quitar o débito.

A nota do Ministério da Fazenda descreve que “a persistente seca que atinge muitos municípios da área de abrangência da Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Su-dene) desde 2011 tem dificultado a obtenção de renda da atividade agropecuária na região”. Ainda conforme o comu-nicado, o “objetivo é permitir que os agricultores tenham tempo adicional para melhorar sua condição financeira, sem, contudo, terem suas dívidas enviadas para cobrança judicial ou inscritas na Dívida Ativa da União, o que dificulta-ria ainda mais a sua permanência na atividade”.

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Projeto da FIEMG leva informações e serviços às indústrias da região

Distrito Industrial de Montes Claros será revitalizado pela FIEMG e CODEMIGA Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, através do IEL, e a CODEMIG, com o apoio do FIEMG Regional Norte, do SEBRAE e da ASSEDI-Associação das Em-presas do Distrito Industrial de Montes Claros, estão realizando o PROJETO DE REVITALIZAÇÃO E MODERNIZAÇAO DO DIS-TRITO INDUSTRIAL DE MONTES CLAROS. O objetivo é implementar melhorias que vi-

sem contribuir para a competitividade das indústrias.

O projeto, que em Montes Claros tem to-tal apoio da Prefeitura Municipal, está na etapa do levantamento de informações, realização de diagnóstico situacional para mapeamento de todos os problemas e de-mandas das industriais envolvendo itens como infraestrutura (viária, energia, tran-sito, telecomunicações, água e esgoto, etc.) logística, segurança, governança, etc.

A FIEMG Regional Norte, a Prefeitura Mu-nicipal, ASSEDI e a Polícia Militar de Minas Gerais, constituíram um Comitê Gestor do Distrito Industrial, com o propósito de insti-tucionalizar um sistema de governança que

visa gerenciar as demandas recebidas das indústrias, empregados e demais stakehol-ders do Distrito Industrial, e buscar solu-ções. Com isso, visa propiciar um ambiente favorável ao desenvolvimento da indústria, facilitando a vida do empreendedor e dos trabalhadores.

O projeto está sendo desenvolvido pela FIEMG e CODEMIG inicialmente em 13 Dis-tritos Industriais de Minas Gerais, dentre eles o de Montes Claros, e se estenderá, posteriormente, aos 53 Distritos de respon-sabilidade da CODEMIG com o propósito de tornar esses espaços atrativos aos atuais e novos empreendedores que queiram inves-tir em Minas Gerais.

Com o objetivo prestar um melhor serviço às indústrias do Norte de Minas e descen-tralizar suas ações, indo onde a “indús-tria está”, a Regional Norte da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), criou o projeto FIEMG REGIONAL NORTE ITINERANTE. A primeira cidade a receber o projeto foi Pirapora, seguida de Taiobeiras e Salinas.

O projeto foi criado com o objetivo de pro-mover uma interação entre empresários da indústria sediados nas cidades polo microrregionais do Norte de Minas e a pre-sidência da Regional Norte, dos Sindicatos Patronais filiados a Regional, seu corpo téc-nico e também das unidades SESI, SENAI e IEL que atuam na região, para incentivar o

associativismo sindical e filiação das indús-trias aos Sindicatos Patronais da Indústria e contribuir no atendimento às demandas das indústrias naquilo que for competência do Sistema FIEMG nas áreas de Meio Am-biente, Crédito e Financiamentos, Direito Tributário e Trabalhista, Consultorias e Trei-namentos, Saúde e Segurança no Trabalho, Educação, Saúde, Esportes, Lazer e Educa-ção Profissional, dentre outros.

O presidente da FIEMG Regional Norte ex-plica que o atendimento é gratuito e visa mostrar ao empresário que ele tem uma entidade totalmente voltada para contri-buir com o desenvolvimento da indústria mineira com ações e serviços para atender às demandas do setor.

FIEMG CRIA O PROGRAMA DE COMPETITIVIDADE INDUSTRIAL REGIONAL PARA O NORTE DE MINAS GERAISA FIEMG está implantando em Minas Gerais o PCIR - Programa de Competitividade In-dustrial Regional. A região da Zona da Mata e o Norte de Minas são as primeiras regiões a receberem as ações do programa que visa potencializar o desenvolvimento das indús-trias, priorizando inicialmente alguns seto-res que foram identificados como dinamiza-dores pelas suas características de geração de empregos, importância socioeconômica regional, posicionamento mercadológico, agregação de valor e competitividade. Os segmentos escolhidos para as primeiras ações são o têxtil e vestuário, químico e far-macêutico, laticínios e cerâmica vermelha.

Equipe técnica formada pela Gerência de Projetos Coletivos para a Indústria da FIEMG, SEBRAE Regional Norte, FIEMG Re-gional Norte e Sindicatos Patronais está promovendo reuniões de trabalho com empresários dos citados setores visando a construção de projetos com agenda de ações que envolvem capacitação e trei-namento, consultorias, missões empresa-riais, assessorias técnicas e tecnológicas e suporte gerencial e operacional, para pro-moção do desenvolvimento e a melhoria da competitividade das indústrias.

O Programa de Competitividade Industrial Regional também mapeou as potencialida-des e oportunidades e elencou os principais gargalos e as carências para o desenvolvi-mento do Norte de Minas, descrevendo as necessidades de realização de múltiplos investimentos em infraestrutura para me-

lhoria e organização da logística de trans-portes, água e esgoto, educação, saúde e segurança dentre outros.

O presidente da Regional Norte, Adauto Marques, elogiou a iniciativa da presidência do Sistema FIEMG, com a criação do Progra-ma e se diz bastante satisfeito pelo Norte de Minas estar entre as duas primeiras re-giões a recebê-lo.

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Pesquisa e inovação sustentável

H á muitos anos empreender, criar novas tecno-logias e mudanças de táticas não eram alinha-das a questões como gastos, manutenção de recursos e pensar no futuro. Hoje, é uma neces-

sidade do mundo moderno pensar em novas maneiras de se trazer o progresso sem prejudicar a natureza.

Está é uma função da Fundação de Desenvolvimento Cien-tifico Tecnológico Agrícola do Norte de Minas (Fundetec), entidade criada, em 1994, em Montes Claros, que busca por meio de pesquisas incentivar avanços técnicos e cien-tíficos em todo território norte-mineiro. Integram o conse-lho curador 17 instituições.

O conceito de sustentabilidade explica a exploração de re-cursos de forma controlada, garantindo a preservação de áreas e a manutenção de espécies e evitar grandes danos ao ambiente. Desta forma produção e consumo ficam alinha-dos a questões como controle, planejamento e uso racional.

“A intenção desse grupo é promover pesquisas objetivas a trazer respostas aos problemas da agropecuária da nossa região. São alternativas viáveis e comprovadas que podem incentivar novas opções para os produtores rurais”, explica Otaviano Pires, presidente da Fundetec.

CONSELHO CURADOR DA FUNDETEC• Sociedade Rural• Sindicato Rural de Montes Claros• Sindicato Rural de Janaúba• Credinor• Banco do Nordeste• Banco do Brasil• Associação Comercial e Industrial de Montes Claros• Unimontes• Universidade Federal de Viçosa• Universidade Federal de Lavras• Universidade Federal de Minas Gerais• Faculdades Privadas de Montes Claros• Epamig• Embrapa• Codevasf

Ele é produtor rural e há um ano ocupa o cargo. A transfe-rência de tecnologia ocorre com a participação de universi-dades e centros de pesquisa da região com apoio de bancos e entidades classistas.

Segundo Otaviano, isso é um meio de sair de hipóteses para oferecer soluções que são viáveis e podem oferecer uma op-ção sustentável. Um dos objetivos é orientar as instituições de ensino direcionadas a agroindústrias e agropecuária do Norte de Minas.

“A Fundetec é uma fundação que almeja catalizar e fomen-tar projetos de pesquisas da agropecuária. Pesquisas em assuntos de forma aplicada. Os projetos são direcionados aos problemas que surgem neste meio”, explica Otaviano.

A Fundetec gerenciou vários projetos de pesquisa na região. A avaliação das necessidades neste 22 anos da entidade foi realizada em dois seminários temáticos promovidos em 2001 e 2011.

“Esses dois grandes seminários determinaram metas para novas pesquisas e apontou maneiras de trabalho”, conta Otaviano.

FUNDETEC

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Muito se tem falado sobre a seca no Norte de Mi-nas e suas consequências nas dimensões Eco-nômica e Social. Na primeira, prega-se que os prejuízos ao longo dos últimos cinco anos

atinge a casa dos dois bilhões de reais, computando a frusta-ção de cinco safras seguidas de grãos, redução da produção leiteira em mais de 60% somando ainda a saída para outras re-giões de aproximadamente 45% do rebanho bovino existente em 2010 vendido a qualquer preço, para não serem vitimas do flagelo da seca.

Quanto à dimensão social registra-se uma população de 1.800.000 pessoas distribuídas em uma área geográfica de 128.000 km², a mercê da adversidade climática que castiga o Norte de Minas das quais, 900 mil encontram-se no meio rural, desprovidas ou mal servidas dos amparos das politicas sociais voltadas para a saúde, educação e moradia.

Diante da atual situação, o que fazer para amenizar o atual ce-nário? È culpa dos governantes? È culpa da população dos pro-dutores dos diversos seguimentos que não entendem ou não querem entender o que é produzir de forma sustentável?

Bem, é bom relembrar que o fenômeno da seca no Brasil data da época do império, visto que no ano de 1877 quando ocor-reu uma das piores seca no Brasil, o Imperador Dom Pedro II proclamou uma frase célebre: “Não restara uma única joia na coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome por causa da seca”. Então na época, foi criada uma comissão imperial para desenvolver medidas que pudessem atenuar as futuras secas, como: importação de camelos, construção de ferrovias e açudes; a abertura de um canal para levar água do Rio São Francisco para o Rio Jaguaribe no Ceará (transposição do S.Francisco) e entre outras medidas das quais, poucas saíram do papel. A seca de 1877 passou e pouco se fez, e outras secas ocorreram. Entretanto tempos depois, no nordeste, através de politicas públicas voltadas para a convivência com a seca, conseguiu montar uma estrutura de aproveitamento, e pro-dução de água na época da SUDENE, construindo infraestru-tura de retenção de água o que tem segurado a população no semiárido brasileiro.

Desta forma, o que estamos vivenciando no Norte de Minas

não é nenhuma novidade, só que estamos em pleno século XXI e temos que pensar e agir conforme nossa época, sa-bendo que, chove pouco na região, e o pouco que chove, 70% vai para o Oceano Atlântico, isto significa que por in-crível que pareça, somos um dos maiores fornecedores de água para um oceano que não precisa desse bem visto que, não se tem proposta para barramento e aproveitamento das águas de chuvas.

Assim, é importante que a população tenha consciência que a convivência com a seca é responsabilidade de todos. Não é rotular culpado, e sim, assumir e dividir as responsabilidades. É eleger representantes políticos comprometidos com os pro-blemas regionais; é cobrar dos eleitos e ocupantes de cargos, politicas públicas voltadas para a correção das distorções cli-máticas, relembrando dentro dessa ótica, um fato interessante de responsabilidade, em que um produtor rural no Estado do Paraná, foi penalizado pela Promotoria Ambiental, por morte de parte do rebanho bovino sob sua tutela , devido a falta de alimentos e agua.

Por consequência, a malha de responsabilidade de convivên-cia com a seca abrange os diversos segmentos da sociedade, começando pelo elo mais simples da cadeia de produção que é o produtor rural, o qual tem a responsabilidade de preser-var seus recursos naturais, produzindo de forma sustentável; das comunidades rurais responsáveis pela manutenção das sub-bacias hidrográficas; dos municípios criando programas regionais; dos estados apoiando as demandas dos municípios, e da União em uma visão macro de sistemas estruturante de abastecimento.

Diante deste contexto, é importante analisar quais as obras ou programas de barramentos de águas realizadas nos últimos governos na região. E é interessante também, avaliar algu-mas obras realizadas, e seus efeitos econômicos e sociais, por exemplo, o que seria de Janaúba sem a barragem de Bico da Pedra, de Salinas sem a barragem do Bananal, de Águas Ver-melhas sem a barragem de Machado Mineiro. Dessa forma, torna-se relevante avaliar o que será de Montes Claros nos pró-ximos 20 anos com seus 600 mil habitantes, caso a barragem de Congonhas, e até mesmo de Jequitaí não sejam construídas para matar a sede da sua população.

EFEITOS DA SECA NO NORTE DE MINAS GERAISMontes Claros, junho de 2016. Reinaldo Nunes de Oliveira

Engenheiro AgrônomoCoordenador Técnico

Sindicato RuralGarra e ânimo para o homem do campo

F oi em 1968 que foi fundado, em Montes Claros, o Sin-dicato dos Produtores Rurais de Montes Claros. Para representar a classe, legalmente, e para unir forças com outras entidades ligadas com a atividade rural.

Proporcionar melhores condições de desenvolvimento para o ruralista é o objetivo principal do nosso Sindicato.

Há quase 50 anos participamos de discussões e reivindicações em busca da defesa dos interesses da classe e da comunidade. Encaminhamos propostas aos governos municipal, estadual e federal, promovemos eventos, treinamentos, visitas técnicas, cursos e atividades que trazem melhorias para o homem do campo.

Glaucilândia, Juramento, Lontra, Mirabela, Patis, Varzelândia, Claro dos Poções e Capitão Enéas também são atendidos pelo Sindicato Rural de Montes Claros. Atualmente, são quase 2.000 associados. Temos uma estrutura moderna e pronta para aten-der os produtores, que dispõe de inúmeros serviços na sede, como cursos de inclusão digital, Declaração de Aptidão ao Pro-naf (DAP); Imposto Territorial Rural (ITR); contratos rurais; emis-são de documentos fiscais; Guia de Trânsito Animal (GTA); Certi-ficado de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR); entre outros.

O Sindicato Rural é filiado à Federação da Agricultura e Pecuária de Minas Gerais – FAEMG, e Confederação Nacional de Agricultu-ra e Pecuária – CNA, constituindo estas entidades em pilares de defesa do produtor rural mineiro e brasileiro. O Sindicato dos Produtores Rurais de Montes Claros representa oficialmente não só os seus associados, mas todos os produtores rurais de sua base territorial.

Nossa visão é ser uma organização forte, que luta pelos inte-resses da classe e busca desenvolvimento. E temos conseguido cumprir com a proposta. Nos últimos meses tivemos impor-tantes participações na luta por melhorias pela nossa região, e fomos destaque ao apresentar demandas importantes para o homem do campo. Demandas que há anos lutamos para que os governantes atendam.

Defender a classe rural, oferecer um atendimento de qualidade, transmitir confiança, agir com ética e transparência, são valores fundamentais do Sindicato Rural.

36 Informe Expomontes 2016

Dezinho Dias, aos 13 anos, pouco antes de dedicar-se integralmente às atividades do campo.

Em 1965 na Fazenda Cannã, em Capitão

Enéas, norte de Minas.

Presidente da Sociedade Rural abrindo uma das exposições.

Ainda com o Governador Israel Pinheiro, nos anos de

1960, inaugurando a Exposição.

Reunido com companheiros da Sociedade Rural.

Em 1965, atuando em BH, pela classe rural.

Dezinho Dias e auxiliares da Fazenda Cannã.

Dezinho Dias entre João Athayde e Lindolfo Laugthon,

na reunião da Sudene defendendo os interesses dos

produtores rurais.

70 deles dedicados exclusivamente ao campo!

Dezinho Dias86 anos de vida

Dezinho Dias recebe Mérito RuralComemorando o Dia do Produtor Rural Mineiro, o SISTEMA FAEMG homenageia 19 pessoas e instituições que prestaram relevantes trabalhos ao meio rural. Além da Grande Medalha, a Medalha do Mérito premia as categorias de Produtor Rural, Sindicato Rural, Técnico-Científica, Comunicação e Política. Assim, a Federação pretende dignificar todo o meio de produtores rurais e de representação classista, mostrando que o campo também tem os seus heróis.José C. Soares Dias, Dezinho Dias, é agraciado com a Medalha do Mérito Rural. Ele foi presidente do Sindicato Rural e da Sociedade Rural. Nas suas gestões ele conseguiu a padronização da pesagem do boi gordo na região que passou a ter o desconto apenas de 50% do peso vivo e não mais dez quilos excedentes. Atuou ainda na fundação de empresas ligadas à atividade pecuária em Montes Claros e Janaúba, além de se tornar uma empreendedor na pecuária aos 19 anos, quando passou a administrar os empreendimentos da família com a morte do pai.A Sociedade Rural de Montes Claros parabeniza José C. Soares Dias, Dezinho Dias, pela justa e nobre homenagem.

No encerramento da Exposição de 1964 com o então

Presidente da República, Castelo Branco, ao lado do

General Ernesto Geisel.

Com o então Ministro da Agricultura, Alysson Paulinelle, reivindicando melhorias para o campo.

O agronegócio sempre foi tido como um dos principais fomentadores da eco-nomia nacional, gerando renda e em-pregos, mesmo nos períodos de crise.

Tragicamente, com exceção do grande empresá-rio rural e das cooperativas de processamento, não é comum que o homem do campo busque aconselhamento empresarial para o seu agrone-gócio, muitas vezes por subestimar o impacto que as questões contábeis e tributárias podem ter no seu lucro final.

Trata-se, infelizmente, de um terrível engano. A carga tributaria incidente no setor é estimada em, aproximadamente, 25% sobre o valor bruto da produção, ou seja, representa, via de regra, o sacríficio de quase um terço do faturamento do empresário rural. Além de pesada, a legislação acerca do tema é confusa e traiçoeira, principal-mente por se tratar de um setor da economia que é constantemente objeto de incentivos fiscais.

Por esta razão, sem um devido conhecimento da tributação incidente em seu negócio, o empresá-rio do campo pode estar deixando de gerar todo o seu lucro potencial. É fundamental o entendi-mento de que o pagamento dos tributos é obri-gatório, mas, sem a devida assessoria, é quase certo que o recolhimento dos impostos se dará a maior, tornando-se mais um obstáculo no cami-nho do seu sucesso.

Num setor econômico tão importante como o do agronegócio, torna-se fundamental que o em-presário busque profissionais com experiência no planejamento tributário, de modo a gerar, de maneira lícita, uma economia significativa de tributos para sua empresa, desonerando seu fa-turamento e, via de consequência, aumentando seu lucro final.

Por meio do planejamento tributário o empresá-rio adotará o regime de tributação mais vantajo-so ao seu negócio, observará a possibilidade de aproveitamento de créditos tributários, posterga-ção lícita de recolhimento dos tributos, apresen-tação de despesas dedutíveis e etc, tudo resultan-do em uma perceptível redução de gastos.

Com a crise econômica sem final à vista, o empresá-rio do campo deve se preparar de maneira estraté-gica para os anos que virão. Mesmo nos períodos de baixa demanda, é preciso que haja uma atuação in-teligente, até mesmo para que saia na frente quan-do a economia se estabilizar.

Em resumo, levando em consideração todas as va-riáveis que giram em torno da tributação do setor primário, a condução inteligente e técnica do agro-negócio, em especial por ser um setor desacostu-mado com a consultoria empresarial, sem sombra de dúvidas, representa decisivo diferencial no mer-cado, e colocará, sempre, o empresário à frente da concorrência.

João Lucas Saldanha é sócio-diretor do Saldanha & Gualtieri – Advogados Assossiados, escritório

especializado no atendimento de médias e pequenas empresas com sede em Belo Horizonte e fi lial recém--inaugurada em Montes Claros. É pós-graduando em

Processo Civil e Direito Material Civil, além de autor de diversos artigos relacionados aos temas.

O Empresário Rural e o Planejamento Tributário

João Lucas Saldanha é sócio-diretor do Saldanha & Gualtieri – Advogados Assossiados, escritório

especializado no atendimento de médias e pequenas empresas com sede em Belo Horizonte e fi lial recém--inaugurada em Montes Claros. É pós-graduando em

Processo Civil e Direito Material Civil, além de autor de diversos artigos relacionados aos temas.

Planejamento Tributário

38 Informe Expomontes 2016

U m espaço enorme, com diferentes recursos e uti-lidades, precisa estar preparado para diferentes necessidades. Montes Claros possui um comple-xo, importante palco de difusão de conhecimen-

to, debates e entretenimento. Fundado em 1957, no dia do aniversário de 100 anos da cidade, o Parque de Exposi-ções João Alencar Athayde atende a diferentes eventos e está em movimento para atender às expectativas de to-dos os envolvidos.

“O Parque acomoda oito espaços para usos dos mais varia-dos. Desde o show a uma palestra, além das necessidades do homem do campo com currais e baias”, afirma o diretor de Eventos da Sociedade Rural, Arnaldo Oliveira.

De acordo com ele, o porte do local é único na região e estar sempre bem conservado é uma necessidade. Funcionários cuidam diariamente da limpeza e manutenção interna pre-servando o local, patrimônio de Montes Claros.

“O Parque funciona 24 horas os 365 dias do ano para atender o produtor rural. Muitas vezes recebemos o rebanho que fica na cidade no meio de uma viagem, sempre respeitando as normas do IMA e exigindo a documentação”, explica o diretor.

Além dos currais, existem outros locais que atendem necessi-dades dos produtores rurais como o Tatterssal para os leilões.

“Recebemos eventos ao longo de todo o ano como caval-gadas, exposições, copas de marcha, provas de team pen-ning e feiras.

Mas o Parque por estar bem localizado também atende à necessidades urbanas. “Temos ambientes que servem para festas, encontros, divulgações de pesquisas, debates, for-maturas, entre outros. Aqui são realizados os dois maiores eventos que mostram a economia da região. O primeiro e a Expomontes e o segundo a Fenics”,afirma.

Para a Exposição Agropecuária, que recebe 380 mil pessoas em 10 dias, reparos são feitos todos os anos para sempre

Vivo e em movimento

deixar tudo no melhor estado.

“Como maior evento, temos o cuidado de fazer a desinfec-ção de todas as instalações de baias a galpões. Aqui estão equídeos, bovinos, ovinos e caprinos que merecem cuida-dos que evitam assim a transmissão de doenças infecto contagiosas,” explica o diretor.

Outra necessidade atendida é a manutenção de espaços para órgãos, como Bombeiros e polícia, para garantir a se-guranças de todos os envolvidos.

“Minas Gerais tem poucas estruturas tão vivas como o Par-que de Exposições João Alencar Athayde. Este é um espaço multiuso vivo e pronto para receber toda a população de forma segura e agradável”, afirma Arnaldo.

Repaginado“Organizamos o parque para receber o público da Expomontes, evento tão grandioso e importante para o Norte de Minas. Re-formamos as vias de acesso e o cercado do gramado, estamos também pintando os muros nas partes interna e externa, refor-mamos os pavilhões, áreas de restaurantes, tattersal e fizemos os reparos de todas as instalações elétricas e hidráulicas”, con-clui Norberto Assis, diretor de Patrimônio da entidade.

Parque de Exposições João Alencar Athayde

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Lançamento da 42ª Expomontesi

SocialA Diretoria Social da Rural é a pasta responsá-vel por estreitar as relações do associado com a instituição, bem como criar oportunidades de congraçamento. A responsável pela função na entidade é Idalina Almeida, comandando o Clube Social e organizando os eventos, desde a sua concepção até sua realização. Ela também é a anfitriã das Rainhas da Expomontes, cuidando de todo o calendário social da feira. A seguir con-fira alguns clicks dos principais eventos sociais da Sociedade Rural.

R eforçando as tradições rurais e trazendo o campo para as principais ruas de Montes Claros, foi celebrado o lançamento oficial da Exposição Agropecuária de Montes Cla-

ros. Logo no começo da manhã, o Parque de Exposi-ções João Alencar Athayde recebeu pessoas ligadas ao campo para uma confraternização regada a feijoada, que foi servida para animar mais uma manhã fria de outono na maior cidade do Norte de Minas. Depois, em carros de boi, tratores e cavalos, centenas de pessoas desfilaram pelas ruas da cidade. No trajeto, muitas pessoas pararam para ver a exuberância do passeio. Cavaleiros, vaqueiros e a diretoria seguiram da Praça da Estação até o Parque de Exposições.

“Sob o sol forte e com suor percorremos a nossa cida-de. Mostramos a história e a persistência do homem do campo, que constrói seu destino, mesmo diante de inúmeras dificuldades”, afirmou o presidente da So-ciedade Rural, Osmani Barbosa Neto.

Para celebrar e agradecer as vitórias da classe rural uma missa em ação de graças foi realizada, no Centro de Eventos. Com sentimento de agradecimento, todos participaram homenageando a mãe Terra, fonte de conquistas e de trabalho para todos. A celebração foi

presidida pelo Padre Antonio Alvimar, que destacou o valor dos produtores rurais que acordam cedo todos os dias e que com esforço leva alimento para milhões de pessoas no país e até fora dele, com as exportações.

Além do lançamento da 42ª edição da Expomontes, as festividades comemoraram o aniversário de 72 anos da Sociedade Rural de Montes Claros que foi fundada em 21 de junho de 1944. E para embelezar e reinar du-rante os dez dias de festa que começam no dia 1º de julho as Rainhas da Expomontes foram coroadas.

“Três belas moças, filhas de produtores rurais, indica-das pela Sociedade Rural e parceiros da Expomontes, como Sindicato Rural e Sicoob Credinor, representam a sociedade montesclarense”, explica a diretora social da Sociedade Rural, Maria Idalina Almeida.

Sociedade Rural de Montes ClarosMaria Cecilia Freitas Vilas Boas

Sicoob CredinorJúlia Rebello Souto

Sindicato RuralIsabela Lopes Cardoso

40 Informe Expomontes 2016

A Dupla revelação de Montes Claros, Lucas e Eduardo foram responsá-veis por animar a festa de lançamento da 42ª Expomontes e apresenta-ção das rainhas.

LANÇAMENTO OFICIAL

42 Informe Expomontes 2016

Abertura oficialA abertura oficial da 42ª Expomontes foi bastante prestigiada e contou a participação de diversas autoridades políticas e empresariais, além da Imprensa. Na solenidade, teve a

apresentação da Banda de Música da Polícia Militar que executou o Hino Nacional durante o hasteamento das bandeiras de Montes Claros, Minas Gerais e do Brasil.

43 Informe Expomontes 2016

Abertura oficial

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Forró da Rural

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A força femininana Sociedade Rural

A tuantes, persistentes, decididas e companheiras são os predicados das mulheres modernas e que não deixam de lado as lutas, mas não

perdem o espírito de doar seu tempo e colabo-rar com a sociedade. Essa situação não é dife-rente dentro da Sociedade Rural e nos prepara-tivos da Expomontes.

“Em toda a história da humanidade, as mulhe-res se mostraram como um suporte. Isso não significa ser inferior, pois sem esse pilar uma construção de vida desmorona. As mulheres têm uma visão diferente e isso é uma adição. Todas as pessoas têm algo a acrescentar”, afir-ma Gisele Petroni, esposa de Osmani Barbosa Neto, Presidente da entidade.

Com o passar dos anos, algumas ações promo-vidas pelas mulheres participantes da entidade foram sendo deixadas de lado. Essa situação está próxima de ser revertida ainda em 2016. Gisele explica que um evento será promovido para integrar ainda mais as mulheres e mães da organização.

“Nossa intenção é resgatar os compromissos so-ciais e assistências que a Sociedade Rural promo-via. Vamos trazer para o nosso cotidiano momen-tos vividos aqui na entidade”, explica. O primeiro encontro está previsto para agosto deste ano.

As esposas, mães e filhas dos produtores ru-

rais sempre tiveram um espaço de trabalho e mostraram a sua dedi-cação dentro do Parque de Expo-sições João Alencar Athayde e nes-ses 72 anos de Sociedade Rural.

“Durante a exposição, acompa-nhei a produção dos shows, desde a contratação, e o atendimento à organização. Mesmo com a rotina agitada, todas nós ajudamos a fa-zer a Expomontes”, conta Gisele Petroni.

E são muitas as mulheres para se lembrar na Sociedade Rural. A enti-dade está cheia de bons exemplos como Dona Carmélia Barbosa, na assistência social, Dona Zezé Co-lares, nos desfiles das rainhas nas ruas, Dona Terezinha Tupinambá, nas ações religiosas, que hoje são desenvolvidas por Ester

Hoje, dentro do quadro da dire-

toria da entidade, três mulheres estão desempenhando papeis de organização para o desenvolvi-mento do campo na nossa região. Maria Idalina Almeida Souza, na di-reção social, Cristina Athayde Re-bello, é a diretora de pecuária de corte, Silene Maria Prates, como efetiva do Conselho Sindical.

Representando o quadro de dire-toras, Idalina Almeida comenta o quão é feliz no desenvolvimento de suas ações.

“Tento representar todas as mu-lheres organizando os eventos da entidade. É gratificante ver o resultado do nosso esforço e de-sempenho. Tudo é feito com muito carinho e dedicação. O reconheci-mento dos nobres diretores é es-timulo para fazer mais e melhor a cada atividade”, confirma.

46 Informe Expomontes 2016

T rês moças chamam a atenção na Expomontes de 2016. Elas formam a monarquia da Festa Agrope-cuária mais importante da região. Com seu estilo country com botas e chapéus, além da faixa que

destaca o posto e a entidade que representam. Mas, antes do glamour da exposição, as moças já estavam se dedicando a este momento.

Foi em uma tarde que elas tiveram o seu momento de pre-paração para a sessão de fotos. Para esta produção especial a dedicação dos profissionais envolvidos foi importante. Um dos momentos que acompanhamos foi à fase da maquia-gem, que precisa de cuidados para sair como planejado e chamar a atenção.

“Para se fazer uma maquiagem impecável é importante es-tar com uma pele limpa e bem cuidada! É impossível con-seguir um acabamento ideal sem ter o cuidado de limpar, esfoliar, tonificar e hidratar a pele antes de iniciar a maquia-gem! A escolha dos produtos também faz toda a diferença, por isso, é importante optar pelo produto certo de acordo com cada tipo de pele”, explica Neila Ester, diretora de ven-das independente.

Quem teve a missão de ressaltar as representantes da Socie-dade Rural, Sindicato Rural e Sicoob Credinor foi a maquia-dora Fabíola Aguiar. Profissão que começou como hobby. “Sou apaixonada pelo mundo da maquiagem. Sou fascinada pela arte de realçar a beleza natural”, afirma.

Outro ponto importante para as fotos é atender as exigências da estação em que a exposição é realizada. “Apesar desse ou-tono inverno 2016 vir com muita cor, a maquiagem natural vai continuar sendo uma das tendências, uma maquiagem leve, sem grandes correções e iluminada é valorizada, a boca será o grande foco da make, com tons mais fortes, como roxo, ver-melho e marrom, podendo ser cremoso, matte, com brilho ou o metalizado que está em alta”, ressalta Neila.

A missão de fazer os melhores cliques das rainhas é do fotó-grafo Solon Queiroz. São dele as fotos oficiais da Exposição e do ensaio das moças que representa as entidades envolvidas na exposição agropecuária. “O intuito do ensaio fotográfico é destacar a beleza das jovens Rainhas que mesmo morando nos centros urbanos ainda preservam e valorizam a identida-de e as tradições das mulheres do campo. O ensaio nada mais é do que um resgate da identidade Ruralista do nosso povo que é passado de pai para filho ao longo do tempo”.

E se engana quem pensa que terminou a participação delas. “As rainhas da Expomontes vem ao Parque de Exposições João Alencar Athayde durante os 10 dias de festa para dar o colorido e ar de jovialidade que a festa merece”, é o que garante a diretora social da Rural, Idalina Almeida. É dela a missão de organizar todo trabalho com as rainhas.

A seguir, conheça Maria Cecília, Júlia e Izabela.

Beleza e juventude das rainhas

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Rainha Sociedade Rural

Maria Cecília VilasboasPais: Erico Lima Vilasboas; Luciene Azevedo Frei-tas

Data de nascimento: 12/10/1996

Hobby: Andar a cavalo

Você pode se definir em uma palavra?Proativa

Música preferida: Flor e o Beija Flor- Henrique e Juliano

Comida Preferida: pizza

Que série você cursa: 3º período de Medicina Veterinária

Por que ser Rainha?Primeiramente, porque é um prazer ser represen-tante da Sociedade Rural, também sempre gostei de estar no parque, no meio rural e tudo isso en-globa a área que irei atuar.

Qual a importância em representar a instituição?Por se tratar de uma entidade conceituada, muito respeitada em nossa região, me orgulho de po-der representa -la.

Qual a viagem que mais te marcou? Disney

Qual seu maior sonho?Ser bem sucedida na minha área.

Qual a sua relação com a entidade que você representa? A minha família tem ligação com a entidade, meu pai além de ser do setor jurídico é produtor rural. O campo está no sangue na minha família.

O que você espera do seu reinado?Espero ser uma boa representante para a Socie-dade Rural estando à altura do evento.

Qual a sua história com o campo?Desde quando tinha 4 anos, tenho envolvimento com a zona rural, vou à fazenda do meu pai prati-camente todo final de semana, para mim, é uma zona de refúgio de todos os problemas rotineiros.

Eu sou Maria CecíliaNasci na cidade de Montes Claros, sou filha de Erico Lima Vilasboas e Luciene Azevedo Freitas, tenho 19 anos, curso o 3º período de Medicina Veterinária. Desde pequena tive contato com os animais na fazenda do meu pai e foi daí que co-mecei a ter facilidade de interação com eles, com o tempo fui percebendo que além de gostar mui-to, eu tinha vontade de cuidar, de zelar pela vida deles, daí então a escolha do meu curso! Hoje posso dizer que um sonho vai concretizando ao passar dos anos e cada vez mais eu tenho certeza do meu amor pelos animais !

A p r e s e nt a ç ã o

Rainhass

48 Informe Expomontes 2016

Rainha Sicoob Credinor

Júlia RebelloPais: Fernanda Veloso Rebello Souto e Fábio Fagundes souto

Data de nascimento: 29/05/2000

Hobby: conhecer lugares diferentes

Você pode se definir em uma palavra? Atualizada

Música preferida: Tempo perdido – Legião Urbana.

Comida Preferida: japonesa

Que série você cursa: 2°ano do ensino médio

Qual faculdade você vai fazer? Jornalismo ou direito.

Por que ser Rainha? Por que acredito na importância em representar uma entidade. Principalmente uma ligada ao campo, onde estão as minhas raízes.

Qual a importância em representar a instituição? É uma honra poder representar uma instituição tão gran-de e renomada como o Sicoob Credinor, além de poder homenagear, com essa faixa, o meu avô, que ajudou na criação deste banco.

Qual a viagem que mais te marcou?Punta Del Este- Uruguai

Qual seu maior sonho? Poder conhecer cada canto do mundo, adquirindo novas experiências de vida.

Qual a sua relação com a entidade que você represen-ta?

Em 1985, foi convocada uma assembléia geral de funda-ção da Credinor. Fazia parte desta fundação, o meu avô, João Athayde Rebello. Produtor rural, com uma visão po-sitiva do futuro acreditando que um banco voltado para o campo pudesse ser referência em todo o país.

O que você espera do seu reinado? Honrar a instituição que represento em todos os eventos e fazer com que esse ano fique marcado na minha história.

Qual a sua história com o campo? Tradicionalmente, minhas raízes estão no campo .Ve-nho de uma família de Produtores Rurais ,que por ge-rações acreditam na força do campo. Criando a minha relação e admiração com esse meio que pretendo levar por toda a minha vida.

Eu Sou Júlia RebelloMeu nome é Júlia Rebello Souto, nasci em Montes Cla-ros-MG dia 29/05/2000, tenho 16 anos,faço o 2º ano do ensino médio. Sou filha de Fernanda Rebello e Fábio Souto, tenho um irmão, Igor Rebello. Meus avós pater-nos são Judith Fagundes e Antônio Caldeira e os mater-nos Margareth Veloso e João Athayde Rebello. Gosto de moda, ouvir música, esportes, tecnologia. Pretendo fazer jornalismo e ser diretora de redação de moda.

Rainha Sindicato Rural de Montes Claros

Isabela LopesPais: Marcos Silvano Cardoso e Sônia Marilene Lopes

Data de nascimento: 18 e julho de 2000

Hobby: Conhecer lugares novos

Você pode se definir em uma palavra? Determinada

Música preferida: Quase sem querer- legião urbana

Comida Preferida: Comida japonesa

Que série você cursa: 1º ano do ensino médio

Qual faculdade você vai fazer?Ainda não me decidi

Por que ser Rainha?Sempre admirei a forma com que as rainhas transmitem a beleza e a alegria da Expomontes e acredito que além de transmitir essa alegria, a experiência contribuirá mui-to para o melhoramento do meu relacionamento com a classe em que fui criada, além de me estimular a ser uma pessoa melhor.

Qual a importância em representar a instituição?Minha família sempre me ensinou que devo honrar e me orgulhar das minhas origens, desde pequena acompanho o movimento do Parque de Exposições e os motivos pelos quais o Sindicato Rural luta. Meu avô, João Evangelista Lo-pes, foi um dos homens que participou e se doou pela cren-ça da esperança de um futuro melhor para os produtores rurais, e assim, sinto que é importante representar minha origem, o campo.

Qual a viagem que mais te marcou?

Viagem de formatura do 9 ano, para o Rio das Pedras, RJ.

Qual seu maior sonho?Construir o meu espaço no mundo, ser reconhecida e ser feliz.

Qual a sua relação com a entidade que você representa?Meu avô sempre apoiou a entidade, hoje meus pais, tios e eu também seguimos apoiando com força no ramo que nos move.

O que você espera do seu reinado?Espero que eu possa aproveitar todos os momentos, conhecer pessoas, adquirir conhecimento e me divertir muito.

Qual a sua história com o campo?Minha história começa desde nova, fui batizada na fazen-da dos meus avós, no município de Capitão Eneas, desde então não larguei mais a roça. Minha família trabalha com a venda de produtos agropecuários e veterinários, o que contribuiu ainda mais para o meu apego ao setor. Gosto muito de passar meu tempo livre cuidando dos animais, andando a cavalo ou pescando, sempre consigo um tem-po para relaxar longe do tumulto da cidade e isso me faz muito bem

Eu sou Isabela LopesNascida em Montes Claros, sempre estudei no Colégio Ma-rista São José, onde tenho minhas melhores amigas, sou uma menina muito tranquila, caseira e familiar, mas gosto muito de ir ao cinema ou a uma festa para dançar e me divertir, sou bem eclética! Gosto de todo tipo de música e filme, não dispenso um sorvetinho e um pas-seio aos sábados de manhã, adoro dias ensolarados. Não quero ser alguém importante nem famosa, quero ser alguém que as pessoas lembrem pelo carisma e amizade, acima de tudo quero ser feliz

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O DOMADOR DE BURROS CHUCROSPor: João Carlos de oliveira

Sentados no grande banco de Pau preto lá pelo meio do terreiro da casa da

fazenda da nossa avó, a meninada ansiosamente, aguardavam pela presen-

ça do nosso velho e bom amigo Zé de tiririca, que ao início da noitinha, che-

gava dos seus afazeres diários.Como sempre, ele nos surpreendia. Não sei

como, mas, nosso velho amigo contador de causos, sempre tirava da manga

uma nova historia para nos contar, e, naquela noite, não foi diferente. Tão

logo tomou o seu banho, apanhou um bule de café quentinho e alguns bis-

coitos, que a Dona Zefa tinha acabado de assar, e foi assentar-se no meio

da meninada. Ele, já sabia de cor e salteado, o que a meninada esperava

dele. Tão logo tomou o seu assento, escolheu ficar lá pelo meio do banco,

de forma, que ficasse cercado pela meninada. Entre um gole de café e outro,

disse para os meninos: Pois bem meninos! Hoje, eu vou contar para vocês,

a história de um homem que se dedicava a uma tarefa ingrata: a doma de

burros bravos. Pois bem. Meus avós já nos contávamos, quando eu ainda

era um menino, fatos acontecidos, que sempre foram tido como verdadei-

ros, pois era relativo a acontecimentos ocorridos lá pela região de origem

deles. Nos diziam eles, que numa certa região, conhecida como passagem

de cima, lá pelas bandas da serra da Capivara, aqui mesmo no Estado de

Minas, morava um certo sujeito conhecido pela alcunha de Noraldino. Filho

de pequeno fazendeiro daquela região, residia com a sua mãe, que era viúva.

Noraldino, tomava conta das lides da fazenda, pois era um homem muito

trabalhador, embora fosse relativamente jovem. Mantinha fama de deste-

mido, era homem arrojado e de palavras ásperas, que não tinha medo de

nada. Foi até então, o maior amansador e acertador de burros bravos que

já se tinha ouvido falar em toda aquela região, e já tinha amansado para lá

de 40 burros chucros. Foi assim, montando a um burro e outro, que a fama

dele mais se estendia em toda a região. Ocorria entretanto, que os métodos

dele para doma dos animais, impunha muitos sofrimentos aos animais, e ele

comentava abertamente, sem muitos muitosarrodeios, que até aquela data,

nunca tinha encontrado um burro chucro que ele não domasse, e que jamais,

burro algum o tinha retirado da sela e o derrubado. Estaria ele, pois, ainda

por conhecer, àquele animal, que o desafiasse e o derrubasse do seu lombo,

mesmo que tivesse este animal, que surgir dos infernos. Pois bem meninos!

veja uma blasfêmia dessas! A vida dá muitas voltas né? Passado algum tem-

po, Noraldino teve que fazer uma breve viagem, regressando a fazenda da

sua Mãe, somente a noite. Ao amanhecer do dia seguinte, ainda de manhã-

zinha, deu pela presença de velho burro no quintal da casa sede da fazenda,

e se dirigiu para a sua Mãe indagando: Mãe! Que animal é aquele Mãe? Eu

nunca o vi por aqui! Será de quem é este pangaré velho? Até me parece doen-

te! A mãe de Noraldino, respondeu-lhe lá da cozinha mesmo, dizendo-lhe,

que não sabia de nada, e que envolvida com os seus afazeres de casa, não

tinha prestado atenção, e que não havia observado a presença de ninguém

de fora,que montando à Cavalo, tivesse chegado na fazenda. Noraldino, que

havia chegado de viagem na noite anterior, havia amanhecido a pé, e lem-

brou-se, que aquele burro velho estava ali em boa hora, pois pelos menos

lhe serviria, para que montando nele, pudesse dar um pulo até as pastagens,

para trazer os outros animais de montaria para o curral. E, assim foi feito.

Apanhou a um cabresto, se dirigindo ao quintal da casa, onde num recanto

de cerca qualquer,laçou o velho animal, conduzindo-o até o seu curral, onde

foi arreado. Até aí, tudo bem. Veja bem, o velho animal parecia até então,

não se importar com nada, afinal, estava muito magro e fraco. Uma vez se-

lado o velho animal, Noraldino, num movimento brusco e rápido levou o seu

pé esquerdo ao estribo da sela para montar ao animal, foi quando,sem nem

mesmo concluir a passagemda sua perna direita sobre a sela, percebeu algo

de errado com animal, que assoprava suas narinas estranhamente. Em se-

guida, ainda mal agasalhado sobre a sela, foi surpreendido por uma série de

saltos do animal. Sim meninos! aquele burro velho, magro e feio, agora sal-

tava, como nenhum outro animal o fizera antes. Os saltos eram tão altos, que

mesmo acostumado a doma de mais de 40 burros chucros, Noraldino, agora,

tinha dificuldades para se manter sobre a sela, e, foi ao final de uma série de

muitos pulos altos, que o velho burro fez aquilo que os burros mais sabem

fazer : fez que prosseguia pulando para a frente, mas de repente, negou-se

de lado, ou seja, furtou o seu pulo, e o pobre do Noraldino, que não contava

por esta atitude do animal, se desequilibrou nos arreios da montaria e saiu

em voo livre pela cabeça da sela e pelo pescoço do animal, se espatifando

no chão em seguida, com todo o peso do seu corpo. A mãe de Noraldino,

que assistia a tudo lá da varanda da casa sede, correu em seu socorro, mas

Noraldino, que era taco duro, levantou-se rapidamente, e meio atordoado

pela queda, contorcia o seu corpo, como se estivesse machucado. Em ato

seguinte, sacudiu a poeira, enfurecido pela queda, encaminhou-se para um

canto do curral, onde existia um pé de goiabeira, e com o seu facão, ceifou-

-lhe uma galha, ou seja, muniu-se de um pedaço de madeira roliço. Mesmo

contrariando a vontade da sua mãe, disse-lhe, que ia montar ao burro nova-

mente. Tornou a repetir para a sua mãe, uma frase célere, a que ele já havia

falado: - estava para surgir o animal que ele não domasse - mesmo que este

animal, tivesse que surgir dos infernos. Foi assim, que ele agora munido do

pedaço de madeira, se acercou do animal, e depois de muito custo, nova-

mente conseguiu montá-lo. O que se viu em seguida, foi a mesma cena ante-

rior, ou seja, mal ele havia passado a sua perna direita sobre a sela, o burro

velho iniciou novamente a uma nova série de saltos, tão altos, que Noraldino

novamente, se viu em desvantagem, e percebeu, que o animal novamente

iria derrubá-lo. A esta altura dos acontecimentos, o pobre do animal estava

sendo duramente mal tratado. Num grito de fúria, quando novamente quase

era levado ao chão, Noraldino, gritou bem alto: Vou matar este burro velho

Mãe! Assim, ele não mais vai derrubar a homem algum! Logo em seguida,

num gesto rápido, levantou com toda veemência o pedaço de madeira que

mantinha na sua mão direita, empunhando-o, com toda a sua força, para

desferi-lo diretamente no centro da cabeça do animal – a intenção era

mesmo a de matar o velho animal -, foi quando, talvez, movido por forças

superiores, forças estas, para as quais, não existem uma explicação lógica,

que ao desferir impiedosamente, o golpe fatal sobre a cabeça do animal, ao

atingi-lo, viu-se, de repente, no meio de uma grande nuvem de poeira, e não

se podia enxergar nada. Em ato seguinte, despencou-se do alto do animal

para chão, percebendo entretanto, que o velho animal, ao qual montava,

não havia caído ao chão junto com ele. O velho burro havia desaparecido. O

pátio da fazenda naquele momento, estava sereno e limpo, como se nada de

importante houvesse ali acontecido naqueles poucos instantes, podiam-se

ver, que alguns passarinhos saltitavam sobre as cercas serenamente. Estar-

recido, observou a tudo com muito susto, ao perceber, que ele havia caído

ao chão descanchado somente sobre sela de montaria. Decorridos alguns

dias dos acontecimentos, a Mãe de Noraldino, que era muito católica e havia

presenciado à toda aquela cena deprimente, ficou bastante chocada, convi-

dando a um Padre da Paróquia mais próxima, para que rezasse uma missa

de benção na fazenda, pois todos ali estavam certos de uma verdade, por

mais difícil fosse acreditar: Noraldino, com a sua ira, blasfêmia e destempero

verbal, havia montado a um capeta – espírito do mal.

50 Informe Expomontes 2016

Credenciamento na Expomontes

A cada ano são emitidas cerca de 4,5 mil credencia-das para produtores rurais, associados da Sociedade e

Sindicato Rural, Autoridades Civis e Mili-tares, Expositores de animais, prestado-res de serviços, tratadores, colaborado-res, funcionários, parceiros e a imprensa.

Setor complexo e delicado, que é coor-denado pelo Diretor-Secretário Sérgio Peres, que afirma que o acesso por meio do documento expedido pela Socieda-de Rural é liberado para quem vai traba-lhar durante a Expomontes. Em alguns casos, são emitidos para convidados.

Na estrutura já foram investidos R$ 15 mil na aquisição de equipamentos, mó-veis, software, ar condicionado e refor-ma do espaço, que era destinado a es-tandes. Sérgio Peres chama a atenção para o alto custo do setor que coordena.

“Neste ano, elencamos regras de cre-denciamento. Para a Imprensa, por exemplo, onde temos uma gama muito grande de comunicadores no Estado que vêm à Festa, tivemos que reduzir o nú-mero por veiculo de comunicação. Preci-samos sempre nos organizar para liberar para quem realmente trabalha”, afirma.

Além disso, é necessário se atentar para os custos do documento.

“Para se ter uma ideia, cada selo fixado na credencial custa R$ 150,00. È necessá-rio o uso racional. Além disso, emitimos credenciamento para os veículos. Temos 400 vagas dentro do Parque de Exposi-ções João Alencar e quatro lotes aluga-dos para o período. Só o aluguel custa R$ 42 mil. Ainda temos os funcionários que contratamos para atender à demanda da área. Fora material de expediente, alimentação e mão de obra. Os custos são altos e, por isso, precisamos atender quem vai trabalhar”, afirma.

Parcerias viabilizam serviços de saúde na Expomontes

A lém de negócios e entretenimento, durante a Expomontes 2016 são promovidas ações sociais e de saúde em parceria com a Secretaria Muni-cipal de Saúde, a (PROMAMA), Faculdades San-

to Agostinho (ENFERMAGEM), Rotary Montes Claros Leste e AVON e o Grupo de Apoio aos Portadores de Hepatite de Montes Claros (GAPH – MOC), que visam informar e sensibi-lizar os visitantes sobre cuidados com a saúde. Parceria que existe há cinco anos e deve atender cerca de 10 mil pessoas.

De acordo com o supervisor do PROMAMA, Thiago Simões, durante a Feira haverá distribuição de panfletos e diversos exames gratuitos para a comunidade.

“A importância desse serviço é a prevenção e cuidado com a saúde. Acaba sendo um check-up que a população ganha tudo em um só lugar”, afirma Thiago. Ações realizadas na Expomontes

• Aferição da pressão arterial;• Teste de Glicemia capilar;• Teste para Hepatite C;• Avaliação do estado nutricional e orientações (Índice

de Massa Corporal);• Atividades recreativas com crianças (Peteca, vôlei,

pinturas, etc) feito por um profissional de educação física;

• Agendamento do Exame de mamografia para mulhe-res com faixa etária entre 50 a 69 anos;

• Capacitação prática sobre Suporte Básico de Vida (Primeiros Socorros) aos participantes;

• Orientações gerais sobre o estado de saúde;• Orientações sobre planejamento familiar e saúde

reprodutiva (através da demonstração dos métodos contraceptivos) (Disponibilização de camisinhas);

• Sorteio de brindes;• Limpeza de pele;• Treinamento sobre maquiagem;• Atendimentos de fisioterapia

Hepatite C – Doença SilenciosaPela terceira vez na Exposição Agropecuária o Grupo de Apoio aos Portadores de Hepatite de Montes Claros (GAPH – MOC) estará presente alertando a todos sobre a doença, suas formas de transmissão e cuidados básicos. Mil testes devem ser feitos nos dez dias de evento.

“Os testes gratuitos são realizados em dois minutos. Caso o resultado seja positivo, a pessoa é encaminhada ao Cen-tro de Testagem e Aconselhamento (CTA) do Município para confirmação precisa”, afirma o fundador e presidente do GAPH - MOC, Luiz Carlos Amaral, portador do HCV (Hepatite C), só descobriu a doença em 2006, após sua segunda he-morragia.

Por se tratar de uma doença com poucos sintomas, há ne-cessidade de ações sociais que promovam resultados rápi-dos para a população é extremamente importante. Ciente disso o GAPH – MOC promove e apoia campanhas de cons-cientização e informação sobre as Hepatites Virais.

A Hepatite é uma inflamação no fígado que pode ser causada por vírus, álcool, outras drogas, doenças autoimunes e gené-ticas. É uma doença silenciosa. Segundo o Departamento de DST, Aids e Hepatites virais do ministério da Saúde, são 3 mi-lhões de infectados e cerca de 90% ainda não sabem.

ServiçoGAPH – MOCRua Januária, 49 no centro de Montes Claros(38) 99202- 8308(38) 99812 – 1036

Testes de Hepatites serão realizados para os visitantes da Expomon-tes 2016.

52 Informe Expomontes 2016

Samu na ExpomontesParticipar como expositor da maior Festa Agropecuária do Norte do Estado de Minas Gerais é, sem dúvida, um marco para o SAMU Macro Norte, que neste ano completa 10 anos de atuação em Montes Claros.

“Participar desta edição que reúne saúde, beleza, moda, cultura, tecnologia, gastronomia e agronegócios nos pos-sibilita uma ampla divulgação do nosso trabalho ao longo dessa década de serviços prestados. Essa parceria se resu-me em alinhamento de forças para o bem comum. Parabéns à Sociedade Rural pela tradicional feira agropecuária! Para-béns Montes Claros, por sediar tão grande evento”, afirma Luiz Rocha Neto, Presidente do CISRUN – Consórcio Inter-municipal de Saúde da Rede de Urgência do Norte de Minas – SAMU Macro Norte.

Você encontra no estande do Samu• Orientações de como funciona o SAMU• Quando chamar? Como chamar? Dicas de primeiros socor-

ros e exposição de bonecos para mostrar os procedimen-tos corretos em casos de engasgo, parada cardíaca etc...

• Equipe no local• Ambulância no local para prestar os primeiros socorros/

atendimentos• Material do SAMU – orientações básicas.• Teremos uma equipe também em QAP – Prontidão para

atendimento imediato através do 192.

Santa CasaA Santa Casa de Misericórdia também participa da Feira. Para o médico e diretor da Rural, Celmo Bernardino, a parceria de anos viabiliza um serviço a mais de saúde para a população que visita o parque de Exposições João Alencar Athayde.

“Disponibilizamos todos os anos, ambulância, medicamen-to,condutor socorrista, maca, suporte de soro. A Rural fica a cargo de contratação de médicos e enfermeiros. Monta-mos toda uma estrutura, mas graças a Deus, os registros de atendimentos são simples. Os casos mais comuns são de alcoolismo ou traumas em decorrência de trabalhos com os animais ou desmaios. O atendimento é 24 horas por dia e contamos também com suporte de ambulâncias do Corpo de Bombeiros e do Município”, afirma Bernardino.

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54 Informe Expomontes 2016

A Delegacia Móvel da Polícia Civil será um dos atrativos da Expomon-tes, festa Agropecuária de Montes Claros, a festividade ocorrerá entre os dias 01 a 10 de julho, no Parque de Exposições João Alencar Ataí-de, o evento, que já está na 42ª edição, conta com exposição de animais,

gastronomia, oportunidade de negócios, além shows com atrações de nível nacional.

A Delegacia Móvel estará no evento entre os dias 1° a 07 de julho. A mesma possui uma estrutura para o primeiro atendimento ao cidadão. O ônibus conta com acesso à rede de internet, telefonia, de radiocomunicação, de comunicação direta com banco de dados da Polícia Civil e, ainda, conta com gerador próprio de energia. Também possui sala de monitoramento de vídeo interno e externo e uma cela transitória.

A Delegacia Móvel conta com estrutura para uma equipe completa de policiais, composta por Delegado, escrivão e investigadores. O objetivo da Delegacia Móvel é reforçar a segurança, melhorar a qualidade do serviço oferecido ao cidadão, e contribuir de forma significativa com o sucesso e segurança da exposição.

A Polícia Civil está empenhada em garantir o sucesso do evento e a segurança dos frequentadores da festividade.

Delegacia Móvel

Dr. Raimundo Nonato Gonçalves- Chefe do 11° Departamento de Polícia Civil

Delegacia Móvel da Polícia Civil de Minas Gerais.

55www.sociedaderural.com.br

Ações de segurança para a 42ª Expomontes

Exposição agropecuária atrai grandes investimentos; organizadores e público contam com o apoio da PM.

N este ano, a Sociedade Rural de Montes Claros realiza a sua 42ª Exposi-ção Agropecuária e a Po-

lícia Militar de Minas Gerais, como em todas as outras edições, trabalha em conjunto com os demais envolvidos para o sucesso do maior evento agro-pecuário do Norte de Minas Gerais.

Considerada de grande tradição e impor-tância para o norte de Minas, a Expomon-tes é uma das principais do setor no país, sempre atraindo um grande número de expositores, animais premiados, shows de artistas renomados e visitantes. Por isso, a Polícia Militar monta uma estrutura es-pecial para garantir a segurança de todos que visitam o Parque de Exposições João Alencar Athayde e o seu entorno. Será em-pregado o policiamento adequado para um público estimado em 400 mil pessoas com viaturas e efetivo policial. Além disso, estaremos atentos a tudo o que ocorrer nas imediações e, caso o cidadão precise, tam-bém pode acionar o serviço de emergência policial pelo 190.

Desde o último mês de abril, vêm sendo feitas reuniões para definição das estraté-gias de ação e segurança para a festa, que será realizada de 1º a 10 de julho deste ano. Todos os órgãos e representantes envolvi-dos reafirmaram o compromisso para um evento seguro e tranquilo para a população montes-clarense, demais norte mineiros e visitantes.

Todo esse empenho destinado ao grandioso evento reflete o trabalho realizado pela 11ª Região da Polícia Militar nos 77 municípios sob sua jurisdição durante o ano inteiro. Ações preventivas e ostensivas, pautadas sempre pelo diálogo com a comunidade, fazem com que os índices de criminalidade caiam ao longo do tempo. Como exemplo dessa união de esforços das Unidades que compõem a 11ª RPM (10º BPM, 50º BPM, 30º BPM, 51º BPM, 2ª CIA IND, 11ª CIA M ESP, 11ª CIA IND MAT e CAA 11), houve a redução de crimes de homicídios nos últimos três anos.

Essas ações também são um reflexo do tra-balho conjunto com os demais órgãos do Sis-tema de Defesa Social, do Ministério Público e do Judiciário Estaduais. O planejamento de ações conjuntas, de forma positiva, tem proporcionado mais tranquilidade e segu-rança para a população norte mineira.

Neste sentido, a participação da população na promoção da paz é algo que faz parte dos esforços da PMMG, pois nossas ações são realizadas para o bem-estar social, a prevenção e o combate à criminalidade. A preparação da tropa é um processo cons-tante. Nossos policiais são sempre capaci-tados para atenderem a qualquer demanda da sociedade de bem.

Desde que assumiu o Comando Regional, em 04 de fevereiro de 2013, o Coronel César Ricardo de Oliveira Guimarães estruturou a 11ª RPM para que a Polícia Militar estivesse cada vez mais próxima dos cidadãos.

Projetos sociais capitaneados pela PM em diversos municípios contribuem significati-vamente para isso, e também para melho-rar os índices de segurança na região. Entre eles, moradores dos arredores da Praça da Matriz de Montes Claros passaram a ter a Rede Protegida da Polícia Militar; a Mos-tra de Oportunidades; Programa Jovens Construindo a Cidadania – JCC; Crianças de Atitude; Patrulhas de Violência Doméstica; o Programa Educacional de Resistência às Drogas – PROERD, presente em várias es-colas; e o Projeto Patrulha Rural, que tem como objetivo identificar e solucionar os problemas de segurança pública registra-dos nas diversas localidades no âmbito da 11ª RPM.

Além das reformas e inaugurações das instalações de alguns destacamentos, pe-lotões e companhias, e da inauguração da 13ª Cia PM Independente em São Francisco (a mais nova unidade da PMMG na região), o Comandante Regional dedicou-se para que haja ações proativas de toda a tropa no combate e prevenção à criminalidade na área atendida pela 11ª RPM. Segundo ele, “é preciso estar atento às necessidades da sociedade, equipando a estrutura policial com eficiência para que a Corporação es-teja cada vez mais perto do cidadão, prote-gendo-o e gerando bem-estar social”.

“O nosso trabalho é feito em conjunto. Quan-do agimos assim, os resultados são mais con-sistentes e o reconhecimento da sociedade também”, afirma.

DÉCIMA PRIMEIRA REGIÃO DA POLÍCIA MILITAR

ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO ORGANIZACIONAL

POLÍCIAMILITARDE MINAS GERAIS

56 Informe Expomontes 2016

Para que a 42ª Expomontes seja um suces-so, como nas edições anteriores, cada um de nós deve fazer a sua parte.

Orientamos o público que evite estacionar em locais ermos e atente-se para o correto fechamento das portas e janelas do veícu-lo; certifique-se de que não deixou objetos à mostra dentro do carro; tenha cuidado com seus celulares e câmeras fotográficas, pois podem chamar a atenção de crimi-nosos; se você estiver levando crianças, é muito importante identificá-las como o nome, o endereço e o telefone, de maneira bem visível; oriente o seu filho a procurar a Polícia Militar caso ele venha a se perder de você ou de acompanhantes; os idosos também devem ser tratados com atenção especial, pois podem ser alvo da ação de pessoas mal-intencionadas; procure levar bolsas e sacolas sempre à frente e junto ao corpo, e evite deixá-las sobre balcões; ajude a preservar o transporte coletivo, pois ele é útil para você ir se divertir, mas para ir ao trabalho ou à escola também; se estiver dirigindo, não faça uso de bebidas alcoólicas; utilize os banheiros que serão colocados em pontos estratégicos durante

DICAS DE SEGURANÇA

tados positivos para a sociedade montes--clarense. O trabalho conjunto e sinérgico é o segredo desta parceria de sucesso, e a Polícia Militar está pronta para que todos participem da 42ª Expomontes com alegria e segurança.

11ª Região da Polícia MilitarPolícia Militar, há 241 anos, somos movidos pelo

orgulho de servir e proteger Minas Gerais. Comando Regional em Montes Claros, 16 de junho

de 2016.Assessoria de Comunicação Organizacional – 11ª

RPM

o evento; não ande sozinho em locais escu-ros; evite estimular e se envolver em confu-sões ou brigas; após o evento, saia do local de maneira tranquila e prossiga assim até a sua residência, respeitando as leis e não promovendo algazarras; e sempre que per-ceber algo que possa comprometer a sua segurança, ligue para o 190. A Polícia Mili-tar estará pronta para atendê-lo. Também é importante lembrar aos comerciantes que a venda de bebidas alcoólicas é proibi-da a menores de 18 anos de idade.

Desejamos que esta Exposição traga resul-

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Corpo de Bombeiros garante segurança na Expomontes 2016

O Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais (CBMMG) está preparado para a atuação Expo-montes 2016. Todas as atividades são desen-volvidas pela corporação dentro de sua área

de competência. São realizadas ações de prevenção con-tra incêndio, pânico e acidentes, atendimentos de urgência ou emergência e fiscalizações para recepção segura do público.

O Sétimo Batalhão de Bombeiros Militar de Montes Claros iniciou desde o início de 2016 o planejamento de atuação na Expomontes para garantir a segurança dos freqüenta-dores do evento.

A primeira ação das equipes do Corpo de Bombeiros foi a análise dos projetos do evento, de acordo com o que prevê a legislação estadual. Os Bombeiros também verificam to-das as instalações do Parque de Exposições João Alencar Athayde.

Além do serviço de segurança antes do espetáculo, Bombei-ros Militares permanecem durante a festa garantindo uma efetiva segurança a todos os freqüentadores em casos de urgência ou emergência.

Carreta ComandoPelo segundo ano consecutivo a atuação do Corpo de Bombeiros e dos outros órgãos de segurança é apoiada pelo Centro Integrado de Comando e Controle Móvel, mon-tado dentro de uma carreta. O Centro auxiliará os Bombei-ros na organização dos trabalhos de prevenção durante o evento.

A plataforma integrada de inteligência é usada para a ges-tão de grandes eventos e ocorrências.

Diga não ao troteO avanço das telecomunicações no último século re-definiu a forma de transmitir informações entre as pessoas. O telefone atualmente é o veículo de comu-nicação mais popular, mas infelizmente uma prática cruel também se destacou com esse avanço, os tro-tes ao serviço de emergência. Nos últimos tempos os trotes têm afetado diretamente a população, através da perturbação do serviço de emergência, principal-mente o 193 do Corpo de Bombeiros Militar.

Diariamente, a central telefônica dos Bombeiros recebe centenas de trotes. A maioria é passada por crianças nos horários de 12h30 e 18h.

Também há o desconhecimento dos serviços presta-dos por cada um dos números de emergência. Muitas pessoas desconhecem o número das instituições que deveriam ligar em caso de emergência, por exemplo: Incêndio – 193;Assaltos – 190;Vistoria sobre risco de desmoronamento – 199.

58 Informe Expomontes 2016

H ouve um tempo em que o campo existia apenas no campo. A cidade era chamada de rua.

A rua foi crescendo e deixou-se tomar pela cidade. Bem urbana. Campesino era o ar da terra que se aquietava cada vez mais distante.

No entanto, mesmo nessa lonjura de hoje, o campo é tão importante quanto a comida que produz para aplacar a fome do apressado transeunte que disputa espaço com carros e concreto.

De um jeito ou de outro, o campo é necessário. Não se vive na cidade sem campo, sem a fazenda, sem o produtor rural, sem o agricultor, mão e suor, terra e adubo, boi berrando, galinha ciscando, local em que a semente se desfaz em planta e de planta vira nova-mente semente, alimento, como contou Cora Coralina.

Nos tempos de crise, quando a seca endurece o chão ou os desgovernos se esquecem da invernada, o país gran-de dos brasileiros se segura no produto interno bruto nascido nas terras, sejam elas do cerrado, beira-mar, pampas ou nos alagados, sejam de projetos benfazejos como o do Velho Chico ou do minguado rio Gorutuba.

Padre Vieira, no Sermão da Sexagésima, faz menção ao semeador. Refere-se muito bem ao pregador. Mas aponta para qual é o chão, metáfora do coração, ideal para receber a semeadura profícua. “Ecce exiit qui seminat, seminare.” O agricultor, através dos tem-pos, encontrou pela frente as mesmas dificuldades do pregador que sai a semear a Palavra de Deus. Nem por isso desiste. Insiste. Persiste aos sons Gracilia-no Ramos, com suas vidas secas, Rachel de Queiroz, contando o trágico ano árido de 1915, ou Euclides da Cunha, impondo o relato da guerra que é sobreposto pela resistência sertaneja, resiliência (capacidade de se recobrar facilmente ou se adaptar à má sorte ou às mudanças) de couro duro. Mas vem lá Guimarães Rosa, vestido de grande sertão, com suas veredas, para dizer que cairá a chuva. “Daí, deu um sutil tro-vão. Trovejou-se, outro. As tanajuras revoavam. Ba-teu o primeiro toró de chuva. (...) Os dias de chover cheio foram se emendando.”

O relato de Vieira fala do coração-terra em que a se-mente deverá ser lançada, que não dê espinhos, pe-dras ou no caminho. Deve ser terra boa para frutificar. O texto sintetiza que o coração-terra inadequado é o que conspira contra a produção, da mesma forma como o agricultor para produzir precisa de apoio, sus-tento, porque da parte dele, que é o persistir, ah isso não faltará.

O poema Pesadelo de Maurício Tapajós e Paulo César Pinheiro é enigma e símbolo da resistência. “Quando o muro separa uma ponte une./ Se a vingança encara o remorso pune./Você vem me agarra, alguém vem me solta./Você vai na marra, ela um dia volta./E se a força é tua ela um dia é nossa./Olha o muro, olha a ponte, olhe o dia de ontem chegando./Que medo você tem de nós, olha aí. (...) O muro caiu, olha a ponte/ Da liberda-de guardiã./ O braço do Cristo, horizonte/ Abraço do dia de amanhã, olha aí”.

O campo é a aroeira de beira de rio. Milenar. Cente-nária. Mourão para deixar a casa eternamente firme. Olha a ponte!

O Campo e a AroeiraBenedito Said

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Visão atual e futura do controle de carrapatos bovinos

Viabilidade econômica do uso de vacinas contra carrapatos em sistema de produção de leite

A produção animal apresenta alguns obstáculos, sendo os parasitas responsáveis por injúrias aos rebanhos e perdas da produtividade, além da transmissão de patógenos causadores de diver-

sas enfermidades para os animais e também para o homem.

As perdas econômicas causadas pelos parasitos dos bovi-nos, no Brasil, foram estimadas em uma base anual, consi-derando-se o número total de animais em risco e os efeitos negativos do parasitismo sobre a produtividade do rebanho. As perdas produtivas causadas por parasitas em bovinos no Brasil geram impacto econômico em dólares, tais como, ne-matódeos gastrintestinais - $7,11 bilhões; carrapato bovino (Rhipicephalus (Boophilus) microplus) - $3,24 bilhões; mos-ca-dos-chifres (Haematobia irritans) - $2,56 bilhões; berne (Dermatobia hominis) - $0,38 bilhões; mosca-da-bicheira (Cochliomyia hominivorax) - $0,34 bilhões; e a mosca-dos--estábulos (Stomoxys calcitrans) - $0,34 bilhões. A perda econômica anual combinada, devido aos parasitos internos e externos dos bovinos aqui listados, foi estimada em pelo menos $13,96 bilhões do parasitismo sobre a rentabilidade dos pecuaristas brasileiros.

O carrapato bovino, conhecido como Riphicephalus (Boo-philus) microplus, é o parasita responsável pelo maior im-pacto econômico na produção bovina. O controle de carra-patos está centrado, atualmente, no uso de pesticidas das mais variadas bases químicas, no entanto, a grande maioria dos produtos químicos utilizados para o controle de car-rapatos apresentam restrições relacionadas à resistência devido a um efeito da seleção genética principalmente pelo uso indevido destes agentes químicos.

O crescimento da população bovina e de sua produtividade é associado ao melhoramento das pastagens, à seleção das raças bovinas, exclusivamente para uma maior produtivi-

dade, omitindo-se a questão da resistência aos parasitos. Todos esses fatores, aliados ao uso inadequado de drogas carrapaticidas têm favorecido os carrapatos, que causam prejuízos cada vez maiores à pecuária nacional.

Buscando uma forma alternativa para o controle do parasi-to, foi desenvolvida a vacina contra carrapatos (rSBm7462® - PATSOS BIOTECNOLOGIA), pela equipe de pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa (BIOAGRO/UFV). Esta vacina contém porções de uma proteína intestinal do carrapatos, responsáveis pela produção de anticorpos e desenvolvi-mento de imunidade contra as infestações dos carrapatos. Aplicada em bovinos infestados, de várias raças, esta vacina alcançou uma eficácia de 81%, tendo como parâmetros re-dução no número e do peso de fêmeas adultas, redução do peso médio dos ovos e diminuição da fertilidade, segundo o pesquisador coordenador do programa Joaquin Hernan Patarroyo Salcedo.

A vacinação representa uma medida preventiva que ofere-ce vantagens sobre os convencionais métodos de controle químico, pois representam uma ação sustentável; NÃO CON-TAMINAM O LEITE E DERIVADOS; são mais específicas e NÃO APRESENTAM problemas de resistência quando comparadas aos fármacos; pelo conseguinte são mais seguras. A utiliza-ção de vacinas representa maior custo-benefício do que as terapias comumente utilizadas e apresenta efeitos COMO A redução da população de carrapatos, diminuição da ovopo-sição, do peso das teleóginas e da fertilidade dos ovos, o que permite REDUÇÃO DA POPULAÇÃO DE CARRAPATOS AO LONGO DO TEMPO, GERANDO ASSIM, DIMINUIÇÃO NO USO DE ACARICIDAS, CASO SEJA NECESSÁRIO O USO PONTUAL DESTES. Em estudos realizados na região Norte de Minas Ge-rais, os tratamentos químicos que variavam entre oito e dez por ano, em rebanhos Girolando e Holandês, após estarem incluídos no programa da rede de controle de carrapatos,

Danillo MurtaDoutor em Medicina Veterinária UFV

Proprietário CIA RURAL – Soluções para o Agronegócio

60 Informe Expomontes 2016

foram reduzidos para dois e três tratamentos anuais. O con-trole de carrapatos com uso de vacinas possibilitou redução de 70 a 75% no uso de tratamento químico, em animais de-safiados a campo, enquanto animais estabulados de 53%, a 82%, sendo esta variação relacionada às condições climá-ticas estabelecidas pelos diferentes sistemas de produção, tais como aumento de umidade em rotacionado, rotação de pastagem e grau de sangue do rebanho.

Rebanhos leiteiros compostos de maior grau de sangue de origem europeia apresentam maiores infestações por para-sitas e consequentemente maiores prejuízos e necessidade de um programa de controle eficaz. Estes animais caracteri-zam-se por aumento da população de carrapatos, principal-mente período de maior índice pluviométrico, temperaturas elevadas e o acesso dos animais às pastagens em sistema de pastejo rotacionado irrigado. Os animais mestiços ½ holandês zebu, apresentaram menor infestação durante o período. Portanto, estes animais de origem europeia, tais como da raça Holandesa, Pardo Suíça e Jersey puros apre-sentam maior sensibilidade às infestações por carrapatos, sendo que a substituição por rebanhos com variado grau de sangue zebuíno garante menores níveis de infestção e con-sequentemente menores os gastos com acaricidas.

Os rebanhos imunizados apresentam redução do custo de produção, gastos com acaricidas e mão de obra, devido à re-dução do número de tratamentos e a quantidade de animais a ser realizada tais aplicações, em função do estabelecimen-to de um programa de vacinação.

Não existe no país um programa oficial de controle do car-rapato atualmente em vigor e, por esta razão, os critérios para a gestão de infestações são definidos exclusivamente pelos produtores. Neste cenário, é motivo de preocupação permanente entre produtores, indústrias, agências governa-mentais e técnicos. Devido ao comprometimento do futuro do controle químico são estimuladas pesquisas para o de-senvolvimento de tecnologias alternativas.

O desenvolvimento de vacinas contra carrapatos represen-ta uma promissora alternativa de controle. A associação de medidas representa maior garantia de bons resultados no controle do carrapato, assim a associação da vacina com o uso de banhos estratégicos de acaricidas é um bom exemplo desse controle integrado que garante controle eficaz e bons índices para o produtor rural.

$7,11bilhões

$3,24bilhões $2,56

bilhões

$0,38bilhões

$0,34bilhões

$0,34bilhões

$13,96 bilhões

de perda econômica anual combinada, devido aos parasitos internos e externos

dos bovinos listados no artigo.

Nematódeosgastrintestinais

Carrapatobovino

Mosca-dos-chifres

Berne Mosca-da-bicheira

Mosca-dos-estábulos

As perdas econômicas causadas pelos parasitos dos bovinos, no Brasil.

Capacitação de mão de obra gratuita e melhoria do desempenho no trabalho no campo

Cecília Oliveira de Montes Claros

C om uma economia em crescimento, ao contrário de outras regiões do estado, o Norte de Minas vem enfrentando proble-mas com a escassez de mão de obra qualificada, segundo pre-sidentes e coordenadores de entidades de classes. Na zona

rural também não é diferente. Empresários, que operam nos setores agrícola e pecuário, procuram por trabalhadores mais qualificados.

Semanalmente, o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, Senar Minas, em parceria com sindicatos, cooperativas e associações rurais, realiza em média 30 eventos na região. Sendo que, em algumas semanas, chega a realizar até 45 eventos, com a capacitação e treinamento de cerca de 500 trabalhadores, nas áreas de qualificação profissional e promoção social.

Para qualificar a mão de obra, o Senar Minas vem trabalhando com a oferta de treinamentos e capacitações em várias atividades. Segundo o gerente regional, Dirceu Martins, um dos principais fatores de crescimen-to da economia é a mão de obra qualificada, recurso valioso cuja oferta insuficiente pode resultar em riscos significativos para a trajetória do crescimento regional.

Para o empresário, Edwaldo Lopo Alkimim, do município de Manga, pro-prietário de um laticínio e uma panificadora, criador de gado de leite, peixes e suínos, os cursos do Senar Minas fizeram e fazem a diferença para o seguimento da agropecuária da região. Segundo ele, pode-se afir-mar que grande parte da mão de obra especializada rural da região, foi treinada ou capacidade pelos cursos do Senar Minas.

Para ele, a falta de mão de obra qualificada leva a uma grande rotativida-de de empregados nas propriedades, o que resulta num ritmo mais lento de trabalho e, consequentemente, em menor crescimento da economia. “Graças ao Senar Minas esta realidade está mudando no Norte de Minas”.

62 Informe Expomontes 2016

Centenas de cursos oferecidosOs interessados em se capacitar, treinar ou reciclar seus co-nhecimentos, a fim de melhorar o desempenho da sua mão de obra e concorrer a uma vaga no mercado de trabalho na agricultura e pecuária local, devem procurar a entidade cooperada do seu município, Sindicato dos Produtores e Trabalhadores Rurais, Cooperativas e Associações Rurais. São oferecidas cerca de 300 modalidades de cursos de For-mação Profissional e Promoção Social para produtores, trabalhadores e suas famílias. Em 2015, a Gerência Regio-nal de Montes Claros realizou em parceria com as entidades cooperadas em 72 municípios, 1.373 cursos, sendo 911 de Formação Profissional e 462 de Promoção Social. A previ-são para 2016 é a realização de 1.278 cursos, beneficiando milhares de trabalhadores.

Programas de qualidadeAlém de treinamentos e capacitações, o Senar Minas tam-bém realiza programas, são eles: Jovem no Campo, Gestão de Qualidade no Campo, Gestão de Qualidade no Sindicato, Formação por Competência, Aprendizagem Rural, Cidadão Rural, Negócio Certo Rural, Programa Esporte na Escola, En-contro das Famílias Rurais, Família na Praça, Recuperação e Proteção de Nascentes, que ajuda a preservar os recursos hídricos naturais de extrema importância para a região e ABC Cerrado.

Projeto ABC Cerrado.O Projeto ABC Cerrado é uma ação conjunta do SENAR, Mi-nistério da Agricultura e da Embrapa, difunde e incentiva a adoção de práticas sustentáveis para a redução das emis-sões de gases de efeito estufa e sensibiliza o produtor para que ele invista na sua propriedade para impulsionar pro-dutividade e renda, mantendo o meio ambiente preserva-do. O SENAR é responsável pela formação profissional dos produtores nas tecnologias e pela assistência técnica e ge-rencial de propriedades rurais, com recursos do Programa de Investimentos em Florestas (FIP) – administrados pelo Banco Mundial.

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LICENCIAMENTO AMBIENTAL: Muitas exigências, pouca

praticidade.

C onseguir concluir operações de crédito, em Minas Gerais, ganhou um novo processo para emprésti-mos de produtores rurais. Desde fevereiro deste ano uma legislação inseriu a necessidade de se

apresentar o licenciamento ambiental para conseguir a li-beração. A necessidade trouxe também um novo prazo para recebê-la, o dinheiro é uma preocupação para a classe.

O serviço é prestado pelas Superintendências Regionais de Meio Ambiente. O Governo do Estado explica que a regula-rização ambiental de empreendimentos em Minas Gerais é regida pela Deliberação Normativa (DN) nº 74, do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), publicada em 09 de setembro de 2004. A norma classifica, detalhadamente, as diversas atividades produtivas conforme o seu porte e po-tencial poluidor.

“O licenciamento ambiental é algo necessário para conseguir crédito, mas a demora que existe não ajuda o produtor rural, ainda mais nesta época de falta de crédito. Precisamos de um modelo ágil e eficiente que não dure mais de um mês para sair”, afirma do diretor da Sociedade Rural Rômulo L’abate

O licenciamento tem como objetivo planejar, orientar e exe-cutar as atividades relativas. Para obtenção dele é neces-sário o preenchimento do Formulário de Caracterização do Empreendimento (FCE), no qual é avaliada em que classe o empreendimento se enquadra. A partir disso, o produtor re-cebe as orientações sobre os documentos que deverão ser apresentados, assim como todos os procedimentos. Esse serviço é realizado nas Suprams. No caso do Norte de Minas, o escritório fica em Montes Claros.

Em alguns casos, esse licenciamento é necessário para ob-ter crédito nos bancos. Mas, para alguns casos existe a dis-pensa até junho de 2017 como: Aquisição de itens isolados ligados a projetos agropecuários, a exemplo de maquinas, equipamentos, tratores e colheitadeiras; correção de solo e

recuperação de áreas degradadas; aquisição de animais de corte e de leite em feiras ou exposição agroindustriais

Segundo Rômulo, os questionamentos dos produtores ru-rais estão na demora e burocracia para conceder os licencia-mentos. “Hoje, tudo é informatizado para facilitar a vida das pessoas, mas esses processos na Supram demoram mais a cada dia. Quem depende do campo não pode demorar pra receber o licenciamento para depois esperar outros resulta-dos para conseguir crédito ou outras documentações. São muitas exigências e poucas praticidades”, enfatiza.

Discussões nacionaisEm junho, O assessor técnico da Comissão Nacional de Meio Ambiente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Carlos de Petribú Dé Carli Filho, defendeu mudanças das normas de licenciamento ambiental para se-tor agropecuário. Ele afirmou que a legislação sobre o tema deve levar em conta as peculiaridades de cada estado e dos biomas brasileiros. No entanto, hoje, além da complexidade das leis, que trazem insegurança jurídica para o produtor, há regras gerais para o país inteiro.

Em maio deste ano, servidores da Supram, em Montes Claros paralisaram as atividades e com isso a liberação de licenças foi reduzida. Um dos motivos da greve foi a baixa quantida-de de pessoal para o atendimento.Um dos elementos criti-cados por João Carlos é a pouca quantidade de profissionais para analisar o licenciamento.

“Na maioria dos estados, o mesmo técnico que analisa o licenciamento de uma atividade agropecuária é o mesmo para analisar o CAR (Cadastro Ambiental Rural), o Programa de Regularização Ambiental (PRA), ou o licenciamento de um posto de gasolina, de uma hidrovia ou ferrovia. Ou seja, a quantidade de pessoas para nos ajudar é mínima”.

64 Informe Expomontes 2016

Parabéns Montes Claros pelos seus 159 anos!

M orávamos na Rua Gabriel Passos, duas ruas abaixo da Rua Irmã Beata. Era uma rua de terra e sem saída, mas, ali passei toda a minha infân-cia e adolescência quando Montes Claros ainda

era uma cidade pacata e tranquila. A nossa modesta casa era um barracão de uma água encostado no muro gigantesco que cerca-va o vasto terreno de propriedade do colégio das Freiras e que se estendia desde a Ave. Cel. Prates até a Rua Gabriel Passos. Minha história começou ali, juntamente com o meu irmão consanguineo e muitos outros amigos da mesma idade, onde tudo ainda era mata-gal. Nosso playground era o campinho cercado por paineiras enor-mes, cujos espinhos pontiagudos volta e meia atravessavam o nos-so pé desprotegido. Existia, naquele lugar um capinzal formado por anapiê que se estendia até o rio Vieira, ainda despoluído, onde além da natação praticávamos também a pesca (é claro, que escondido da mãe). Naquele local que hoje transformou-se em Ave. Sanitária, caçávamos passarinhos, brincávamos no cipó de Tarzan que pendu-rado em uma grossa gameleira ia de um barranco ao outro, do rio. Lá tínhamos também, sobre o rio, a ponte que balança construída de tábuas sobre dois cabos de aço, ligando a rua (que ainda nem era rua) Reginaldo Ribeiro ao Bairro Todos os Santos.

Seguindo margeando o rio Vieira atravessávamos o bairro Melo, ainda pouquíssimo habitado e bem adiante, por entre os pastos do gado, tínhamos acesso ao seminário, que tempos depois se tornou Universidade Estadual. Para irmos ao Parque Municipal fazíamos ma verdadeira viagem e lá chegando nos deliciávamos nadando em um pequeno riacho que descia do bairro Morada do Parque (ainda inexis-tente) e atravessava em linha reta por dentro do parque até desaguar na lagoa. Pelo lado do bairro Todos os Santos, na Praça da pista de skate existia uma manilha enorme que despejava uma água crista-lina oriunda do Rio Pai João e ali formava um poço que era a nossa alegria durante as tardes quentes de verão e dali esta água seguia, também, em direção ao rio Vieira.

Atravessando o rio Pai João, por sobre uma ponte de madeira (onde hoje é o bairro Barcelona), já explorávamos as terras do Sr. Flávio Maurício, lugar muito bem cuidado e com muitas frutas. Dali, seguía-mos estrada afora pelo corredor do Pequi e em pouco tempo estáva-mos explorando a Lapa Grande, na Fazenda Quebradas, lugar em que tomávamos banho no rio Pequi (hoje parque ecológico), também de águas cristalinas. Lembro-me como se fosse hoje da máquina enor-me, parecida com um dinossauro, que nós chamávamos de draga e que fora usada para expandir e aprofundar o canal do rio Vieira, cujas águas saíam do seu leito a cada chuva forte. Na minha memória ainda permanece o som dos mugidos das boiadas que eram tangi-das margeando o rio até o abatedouro que existia em frente da atual prefeitura. Lembro-me, também, do som da carrocinha do leite, cujo ponto final era na rua Irmã Beata. Puxada por um animal, tendo sobre ela um condutor e um pequeno tanque com o leite bem gela-dinho seguia rua afora com a sua buzina corneta, de cor vermelha, sendo usada para avisar a todos da sua chegada.

Meu pai era proprietário de um pequeno comércio na Rua Presiden-

te Vargas, bem na esquina com a Ave. Afonso Pena, onde se vendia caldo de cana. Naquele lugar, muitas vezes, girando aquela moenda do engenho, na minha tenra infância vi a nossa cidade crescer lenta-mente. De onde observei de perto os catopés e marujadas, a boneca de Leonel, a estrada de ferro e o asfalto chegando trazendo com ele as primeiras marcas do progresso.

Da porta daquela modesta vendinha, via, também, o movimento do povo rumo ao Parque de Exposições João Alencar Athayde. Via a correria desenfreada em busca da condução que os levava para o parque. Via pessoas que se deslocavam a pé, vestidas com trajes da ocasião. O parque, tal qual um formigueiro, fervilhava de pessoas, que se amontoavam para ver os rodeios de cavalos e burros bravos. Cavalos de raça, gado imponente, comidas variadas, povo contente. Ouvia-se o som do berrante, o mugido dos bois, o alarido do povo. Via os balões coloridos misturando-se com os paraquedas no céu, a es-quadrilha da fumaça executando malabarismos perigosos. Era uma mistura de sons, cheiros e cores!

Montes Claros do meu coração, como você cresceu! Alargaram-se as suas tendas. O progresso chegou com toda a sua comitiva e foi tomando conta de tudo. Abruptamente sem pedir licença alterou a paisagem trocando o verde pelo concreto e transformou o singelo no sofisticado. A candura do passado fora substituída pela pressa do futuro. Hoje transformada em metrópole regional sofre com as con-sequências do desenvolvimento acelerado. Tornou-se cidade univer-sitária, industrial e comercial. Cresceram suas avenidas, povoaram suas encostas, surgiram construções e mais construções perfiladas e em profusão. Invadiram a sua serra do Mel e você, dias destes, até tremeu por isso, poluíram o seu rio, trocaram o seu ar puro por um ar de capital. Montes Claros, como você cresceu!

A explosão demográfica com a força de um vulcão lançou pessoas vindas de todas as partes nos seus mais longínquos limites. As ruas outrora cascalhadas e com luzes tênues transformaram-se em largas avenidas com luzes resplandecentes. Adeus boiadas... Montes Claros como você cresceu! Ano após ano torna-se cada vez mais conhecida. Você traz no seu seio o sangue sertanejo, a força do pequi, do panã, da mangaba, do buriti, do gado leiteiro, do gado de corte e até coisas que ainda não vi. Na força de seu povo supera os obstáculos, vencen-do a vaidade daqueles que querem te explorar. Montes Claros, como você cresceu!

A princesa do Norte tornou-se rainha. Com poder e graça ainda resis-tem os seus montes mais belos fincados neste sertão das gerais. És tu linda e formosa cidade dos pequizeiros e seresteiros. Hoje ninguém segura o seu desenvolvimento que como um polvo gigantesco lança seus tentáculos por todos os lados. A cada ano torna-se mais gracio-sa e hospitaleira, ainda que, este progresso tão robusto tenha trazido com ele seu lado obscuro. Montes Claros, como você cresceu!

Parabéns Montes Claros pelos seus 159 anos de existência e para-béns a todos os seus moradores que te querem bem.

Marcone Nobre de Andrade

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Crescimento com qualidade, sem retrocesso.

Um grande momento de negó-cio da 42ª Expomontes é os lei-lões. Animais de qualidade são apreciados e comercializados

no evento, espaço prestigiado por ven-dedores e compradores. Num ambiente consolidado com objetivo de alcançar um saldo positivo e sempre crescente a cada edição da Exposição. Com isso, não fica só na meta, mas na realidade. Na dinâmica rápida, o locutor anunciando novos valo-res, pronto para bater o martelo e garotas afiadas em busca de novos lances, as ven-das acontecem e batem recordes.O ato de leiloar produtos é algo comum des-

de a antiguidade. Com o passar dos anos, os leilões se modificaram e modali-dades surgiram, porém a fórmula é a mesma: a procura define os preços num jogo em que ninguém quer sair sem o bom produto. Do outro lado, um bom preço alcançado pelo vendedor.

“Quem trabalha e vê resultados não quer que o ano seguinte fique menor que o anterior. O meu ponto de partida é sempre de onde parei”, afirma Avelino Murta, diretor de leilões da Sociedade Rural.

Na programação da 42ª Expomontes, 10 leiloes estão programados entre os 10 dias de festa. A expectativa deste ano é superar 9 mil animais comercializa-dos. No ano passado, a meta foi pouco menos que esse número, bem signifi-cativo diante da crise hídrica que afeta a nossa região, que segundo o diretor de leilões, a estiagem continua dificultando o trabalho do produtor rural com a redução de alimento necessário para manter o escore corporal dos animais, essencial para a reprodução, produção de carne e de leite, objetivo econômi-co da atividade.

Os leilões são uma amostra do desenvolvimento da região na cria-ção de animais.

“Apesar de todas as dificuldades encontradas, novas técnicas são adotadas no manejo e produção de forragens, possibilitando apresentar animais capazes de fazer desses leiloes um grande sucesso da Expomontes. A cada ano a quali-dade do rebanho apresentando fica melhor. Esperamos um valor que corres-ponda à qualidade do melhoramento genético do rebanho”, destaca Avelino.

No passado, uma das consequências de um período de estiagem longo era a perda [morte] acentuada do rebanho por falta de uma estrutura de transpor-te. Hoje podemos dispor de mecanismos que possibilitam o deslocamento do rebanho para outras regiões do País, viabilizando capital para o produtor ru-ral, diminuindo o prejuízo financeiro.

O empresário Ailton Santos, da Confboi, acredita que a qualidade do rebanho que vem para exposição faz a diferença nos resultados.

“Quem traz seus animais para a Expomontes se prepara para isso. Todos os anos a qualidade genética mostra avanços e isso reflete no tra-balho do leilão”.

Ele conta que produtores o procuram depois de se preparar bem.

“Tem casos de produtores que já tinham visitado o leilão e viram a exigência do mercado em Montes Claros e se preparou pra voltar com um produto à altura no ano seguinte. Quem oferece seu rebanho aqui precisa estar ciente da responsabilidade que a Expomontes tem na divulgação do trabalho de-les”, afirma Ailton.

Outro envolvido nestes leilões é o empresário Os-valdo Miranda Júnior. Ele afirma que não se pode deixar de fazer bons negócios e perder a oportu-nidade que a Feira traz. A expectativa dele é po-sitiva “nos sentimos honrados de participar da Expomontes 2016, somos promotores do Leilão de Touros Nelore dos Criadores do Norte de Minas, que está em sua 10ª edição. Aguardamos realizar bons negócios”.

Miranda oferece 40 reprodutores e 10 fêmeas Ne-lore PO de elite mais quatro lotes de bezerros e bezerras de corte e entrega os animais em até 200 quilômetros. Animais com genética superior po-dem ser adquiridos em 24 vezes. Para ele, é um or-gulho estar envolvido com os leilões da exposição. “Parabenizamos a diretoria da Sociedade Rural e todos colaboradores desta, que com brilhantismo não medem esforços para levarem adiante todo o trabalho árduo do homem do campo.

66 Informe Expomontes 2016

Torneio Leiteiro se destaca na Expomontes

M inas Gerais é um estado referência na produção leiteira. Um terço do produto nacional está aqui. O valor total da produ-ção nacional é de 32 milhões de litros de

leite. O Norte de Minas é responsável por 500 mil litros todos os dias, o que significa empenho para melhorar qualidade e quantidade do produto. “O leite é um dos principais ali-mentos que temos no cardápio, além de ser um ingrediente exigido em diferentes pratos”, afirma o diretor de pecuária leiteira Otaviano Pires.

Desde 2012, ocorre durante a Expomontes o Torneio Leitei-ro, que chega a sua quarta edição. “O Torneio avalia o grau de desenvolvimento da pecuária leiteira norte-mineira. Nosso objetivo é incentivar e promover a pecuária leiteira, difundindo e incrementando o consumo de leite e seus de-rivados e promover a reunião de técnicos e criadores, tendo em vista maior difusão de conhecimento e aperfeiçoamento de métodos destinados ao aumento da produção e da pro-dutividade do rebanho leiteiro norte mineiro”, afirma Ota-viano Pires, diretor de pecuária leiteira da Sociedade Rural e presidente da Associação de Criadores de Gado de Leite (ACGL), entidades realizadoras da disputa.

A competição é realizada no recinto do Parque de Exposi-ções João Alencar Athayde, de Montes Claros em pavilhão próprio, durante a Exposição Agropecuária de Montes Cla-ros. O resultado da competição sai após três ordenhas diá-rias. No quarto dia, o resultado é divulgado.

A Exigência para participar do torneio é de que os produto-res rurais que são aptos a participar devem se dedicar à bo-vinocultura leiteira com apenas uma inscrição por catego-ria. Não são aceitos no Torneio animais ainda em produção de colostro. Os criadores assinaram no ato da inscrição um termo de compromisso atestando ciência e concordando com todas as cláusulas do regulamento oficial.

“Com os animais concorrentes podemos ter uma avaliação do desenvolvimento da pecuária leiteira da nossa região”, explica Otaviano.

VencedoresNa edição de 2015, a Vaca Batuta foi à grande campeã. A mé-dia de produção foi de 46,7 quilos de produção.

Em 2014 foi a vaca Pipoca a campeã. Ela produziu 44,93kg. A reservada grande campeã, da Fazenda Curral Novo, foi a América que produziu nos três dias uma média de 43,30Kg. Em 2013, O produtor rural, Joseph Ernest Thiemann, foi o dono da grande campeã – Janaúba de 84 meses, que tem gasto com a alimentação R$ 300,00 por mês. Na primeira edição, em 2012, o grande campeão foi o produtor Fábio La-fetá Rebello Filho, que concorreu com uma vaca girolânda. O animal produziu 41 kg de leite/dia

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Nelore: a hegemonia de uma raça

A história da raça Ongole, ou Nelore, como é conhecida no Brasil, começa mil anos antes da era Cristã. Nelore é o nome de um distrito da antiga Província de Mandras, Estado de Andra, situada na costa oriental da Índia, de onde vieram os primeiros animais para o Brasil na primeira metade do século

XIX.A história descreve que a primeira aparição do Nelore no país teria ocorrido em 1868, quando um navio que se destinava à Inglaterra, ancorou em Salvador com um casal de animais da raça a bordo. Os animais teriam sido comercializados permane-cendo no país.Dez anos depois, o senhor Manoel UbelhartLembgruber, descendente de suíços e que pertencia à primeira geração nascida no Brasil, era proprietário da Fazenda Santo Antô-nio, município de Sapucaia no estado do Rio de Janeiro.Teve contato com a raça Nelore do tipo Ongole durante uma visita ao zoológico TieparkHagenbeck, em Stelling, próxi-mo a Hamburgo, na Alemanha, e de lá promoveu a importação do primeiro lote da raça, em outubro de 1878, neste lote destaque para o touro “Hanomet”, cujo nome sofreu a corruptela para “Maomé”, onde constavam também as vacas “Vitória” e “Gouconda”. Os resultados revelaram-se promissores. Tanto que dois anos após, em 1880, ordenou a vinda de um segundo lote, que tinha como reprodutor o touro “Nero” e mais tarde, em 1883, um terceiro lote, com o famoso “Castor”. O plantel de Lemgruber cresceu e o efeito da aclima-tação do zebu a suas terras foi notório, pois vários fazendeiros tiveram como sustentáculos de seus criatórios de zebu, o rebanho de Lemgruber. A raça Nelore foi então se expandindo aos poucos, primeiro no Rio de Janeiro e, em seguida, São Paulo e Minas Gerais. Em 1938, com a criação do Registro Genealógico, começaram a ser definidas as características ra-ciais do Nelore.As duas últimas e significativas importações de reprodutores Nelores aconteceram entre os anos de 1960 e 1962. Nesse período desembarcaram no país, em Fernando de No-ronha, onde foram submetidos à quarentena, grandes genearcas como Kavardi, Golias, Rastã, Checurupadu, Godhavari, Padu e Akasamu que são a base formadora das princi-pais linhagens de Nelore.Hoje, estima-se que o Brasil possui um rebanho com mais de 200 milhões de bovinos de corte e leite criados a pasto, dos quais 80% do gado de corte é Nelore ou anelorado, o que equivale a mais de 100 milhões de cabeças.O Nelore brasileiro, além de ser considerado hoje como um patrimônio legitimamente nacional, produz carne saudável e natural, exportada para mais de 146 países e cada vez mais demandada por consumidores esclarecidos do mundo todo.Segundo a Associação Brasileira dos Criadores de Nelore do Brasil (ABCN), entidade sem fins lucrativos fundada em 7 de abril de 1954, atualmente com 2.500 criadores da raça associados e mais de 4 milhões de Nelores registrados de 2005 a 2012 e mais de 443 mil Nelores Mochos registrados.As principais características zootécnicas da raça segundo a maioria do autores são: resis-tente ao calor, seus pelos facilitam o processo de troca de calor com o ambiente, trato di-gestivo menor que raças europeias, elevada longevidade reprodutiva, possui capacidade de aproveitar alimentos grosseiros e transformando fibras de baixa qualidade em carne e leite. Pele escura, fina e resistente, dificulta a ação de insetos sugadores. De porte médio, sua ossatura é leve, robusta, com musculatura compacta e bem distribuída.Há uma infinidade grande de cruzamento e possibilidades que podem ser realizados com base nesta raça. O cruzamento trás consigo grandes ganhos através da heterose e da complementariedade, porém nada disso seria possível se não fosse a fêmea Nelore. A título de exemplos o Guzonel (½ Guzerá e ½ Nelore), cruzamento industrial (½ Angus e ½ Nelore).Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) a bovinocultura é um dos principais destaques do agronegócio brasileiro no cenário mundial. O Brasil possui o segundo maior rebanho efetivo do mundo, com cerca de 200 milhões de cabe-ças. Além disso, desde 2004, assumiu a liderança nas exportações, com um quinto da carne comercializada internacionalmente e vendas em mais de 180 países. Até 2020, a expectativa é que a produção nacional de carnes suprirá 44,5% do mercado mundial. Essa estimativa indica que o Brasil pode manter posição de primeiro exportador mundial de carne bovina e acredita-se que é um grande incentivo para quem quer criar Nelore.

Zootecnista, professor das Ciências Agrárias e mestre em Produção Animal pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ. Começou seus estudos no Colégio Agrícola Antônio Versiani Athayde / NCA-UFMG em Montes Claros (MG), onde obteve o título de Técnico em Agropecuária. Natural de Brasília de Minas (MG), filho de Produtor Rural,o senhor João Soares Fonse-ca, conhecido na região como João Dionilhada comu-nidade de Riacho das Pedras. Atualmente é professor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais (IFNMG) / Campus Arinos na área de Zootecnia. Possui publica-ções de artigos e comunicados em revistas científicas nas áreas das ciências agrárias, educação e tecnológi-ca. Escreveu livro, capítulos de livros e matérias para jornais e revistas. Prelecionista de cursos, minicursos e oficinas técnicas, palestrante em congressos e outros eventos. Foi professor em vários Colégios Agrícolas do Estado do Rio de Janeiro, trabalho por mais de 13 anos como Fiscal Agropecuário na Defesa Agropecuária da Secretária de Estado de Agricultura e Pecuária do Esta-do do Rio de Janeiro (SEAPEC). Presta consultorias pela empresa JD Agronegócios e Consultorias. CONTATOS: [email protected] / (038) 9.9958-2176 / 9.9131-1351.

Referências bibliografi asAssociação Brasileira dos Criadores de Nelore do Brasil. Disponível em: <http://www.nelore.org.br/>. Acesso: 11/06/2016.DOMINGUES, Octávio. Introdução à Zootecnia, 3a ed. Rio de Janeiro: Ministério da Agricultura - SIA, 1968. 392p.LEMGRUBER, Manoel Ubelhart: um importante importador fl uminense. Disponível em: <http://www.crpbz.org.br/Home/Conteudo/14115-Ma-noel-Ubelhart-Lengruber--um-importante-im-portador-fl uminense >. Acesso: 11/06/2016.LUCHIARI FILHO, Albino. Pecuária da carne bovi-na, 1a ed. São Paulo: R Vieira, 2000. 134p.Nelore: conheça mais sobre a raça que representa 80% do gado de corte brasileiro. Disponível em: <http://www.beefpoint.com.br/cadeia-produtiva/racas-e-genetica/nelore--conheca-mais-sobre-a-raca-que-representa--80-do-gado-de-corte-brasileiro-projeto-ra-cas/>. Acesso: 11/06/2016.NOGUEIRA, Odilon Ribeiro. Ezoognósia: Exterior dos grandes animais domésticos. Atualizada por Manoel Xavier de Carmargo e Armando Chieffi . São Paulo: Instituto de Zootecnia de São Paulo, 1971. 320 p.PEIXOTO, Aristeu Mendes; LIMA, Fausto Pereira; TOSI, Hugo; SAMPAIO, Noel de Souza. Exterior e Julgamento de Bovinos. Piracicaba: FEALQ, 1989. 169p.SANTOS, R. dos A. A Geometria do Zebu: uma contribuição à Ezoognósia e à Zoognomonia. 2 ed. São Paulo: Nobel, 1985. 254 p.

JOÃO SOARES NETO

68 Informe Expomontes 2016

AGRONEGÓCIO: SALVAÇÃO DA ECONOMIA BRASILEIRA

O agronegócio se tornou o se-tor mais relevante para a eco-nomia brasileira, é o maior exportador do País e possui

um importante peso no Produto Inter-no Bruto (PIB). Os segmentos integrantes do agronegócio como bancos, indústrias de insumos agrícolas, lojas de tratores e peças e laboratórios são os responsáveis pelo saldo positivo desta categoria.

Apesar dos problemas políticos vividos pelo Brasil atualmente, o agronegócio esteve em alta, principalmente no setor agrícola. De acordo com o Centro de Es-tudos Avançados em Economia Aplica-da (CEPEA), em Minas Gerais, no mês de março, ele obteve uma alta de 0,89% em relação aos demais ramos.

Para professor de planejamento agrícola da UFMG, Elder dos Anhos, na conjuntura

atual em que o país se encontra, o setor agropecuário é o que consegue manter a produção que irá dar o crescimento eco-nômico razoável.

“Os produtores ficam atados em relação à conjuntura econômica que o país está passando. Os agricultores buscam finan-ciamentos ou subsídios que o governo de-veria proporcionar, e ficam atados a essa turbulência política que o país vive”, afima.

O professor explica ainda que esta situa-ção também afeta o Norte de Minas.

“A posição do Norte de Minas acaba fi-cando comprometida, pois se pensar-mos no Projeto Jaíba, que é uma pro-dução em escala, a situação tende a ser pior, pois se há uma retração no consu-mo, isso terá uma repercussão no aspec-to produtivo”, diz.

Dentre um conjunto de vertentes ne-cessárias para o agronegócio, a tecno-logia se tornou indispensável para os produtores. Usada de forma intensiva, os agricultores buscam mais qualidade, segurança e aumento na produtividade, tanto para a agropecuária quanto para agricultura. O produtor rural, Sérgio Ra-bello Athayde, explica que a tecnologia é de extrema importância no contexto atual da região. Para ele através dela pode-se conseguir um retorno maior para o seu empreendimento.

“Nos dias de hoje como temos um cus-to elevado de produção devido princi-palmente aos aumentos de insumos, você deve usar a tecnologia de forma intensiva para que se consiga obter resultados. Essa tecnologia necessita do conhecimento de profissionais da área. Você deve acompanhar as no-vidades das centrais experimentais, observar o que está sendo usado na região, sempre em busca do melhor para se adequar aos grandes desafios”, explica Sérgio.

Produtor rural há mais de 30 anos, Sérgio também descreve as principais dificuldades enfrentadas pelos agricul-tores nas regiões do Norte de Minas.

“Um dos maiores fatores para você ter gastos mais elevados e mais dificul-dade de produção são as mudanças climáticas, no nosso caso é a falta de chuva. E para superar isso devemos usar tecnologias novas e mais adequa-das para ter melhor resultado no seu empreendimento”, diz ele.

“... você deve usar a tecnologia de forma intensiva para Conseguir obter resultados”. Sérgio Rabello Athayde

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N a atividade leiteira, inúmeras são as ações na tentativa de diminuir os custos e melhorar o fluxo de caixa da atividade. Uma destas ações por muito tempo foi o descarte dos bezerros

machos ao nascimento, sendo em forma de doações ou até mesmo a venda para frigoríficos que produzem embutidos.

Pesquisas científicas foram conduzidas objetivando melhor aproveitamento desses animais, proporcionando vantagens econômicas ao produtor. A pecuária brasileira tem alcança-do cada vez mais espaço mundialmente em relação a pro-dução de proteína animal, os produtores estão profissiona-lizando a atividade em busca de resultados, eficácia, dentro dos sistemas de produção. Isso resulta do uso de tecnolo-gias importantes na produção animal, sempre objetivando altas produtividades.

O aumento nas safras de grãos, principalmente no Brasil central, maior disponibilidade de co-produtos agroindus-triais a melhoria do potencial genético dos animais, o uso de herbicidas em pastagens, a integração lavoura pecuária, a utilização em confinamentos de rações de alto teor de grãos, as técnicas de manejo de pastagens, entre outros fa-tores, contribuem para o desenvolvimento da produtividade brasileira. Mais importante que as tecnologias isoladas, são todas elas serem utilizadas em prol de um sistema de produ-ção cada vez mais eficiente, e que separadamente, muitas vezes podem ser insignificantes.

Vamos focar na utilização das dietas de alto grão e puro grão no intuito de maximizar o desempenho destes animais leiteiros até então julgados ineficientes e antieconômicos. Fazendo uso de tecnologias e manejos direcionados, são animais altamente rentáveis. Existe a possibilidade de em período curto, aproximadamente um ano, produzir maiores quantidades de proteína animal, que em relação aos mé-todos tradicionais (pastejo), desde que a nutrição aplicada seja adequada.

O uso de aditivos proporciona vários benefícios ao sistema de produção, como ganho de peso, melhor conversão ali-mentar, menores riscos de acidose, melhor resposta imu-nológica, resumindo em ganhos expressivos ao sistema de produção.

São conhecidos mais de 120 aditivos ionóforos, que são re-sultantes da fermentação de vários tipos de actinomicetos, produzidos principalmente por bactérias do gênero Strep-tomyces, mas no Brasil somente a monensina sódica, lasalo-cida, salinomicina e laidlomicinapropionato são aprovados para uso em dietas de ruminantes (ionóforo) e também a virginiamicina (antibiótico não ionóforo).

A monensina sódica é o aditivo mais estudado e utilizado em dietas de ruminantes, tem como característica ser mo-duladora da fermentação ruminal, melhorando a conversão alimentar (kg de alimento/kg de ganho de peso).

A virginiamicina é classificada como antibiótico não ionófo-ro, produzido pela bactéria Streptomicesvirginae. Tem seu uso comprovado como seguro e eficaz na nutrição animal. Alguns estudos demonstram que este composto adicionado a dieta controla o metabolismo, aumentando a eficiência de utilização dos alimentos.

Estes aditivos são capazes de selecionar as bactérias rumi-nais, diminuindo as bactérias gran positivas produtoras de ácido lático e favorecendo o aumento das bactérias gran negativas produtoras de ácido propiônico, selecionando en-tão as bactérias ruminais capazes de produzir os ácidos que proporcionam um melhor ganho de peso e diminuído drasti-camente as bactérias que poderiam causar acidose nos ani-mais, por meio desta seleção bacteriana no rúmen, a dieta consumida pelo animal será melhor aproveitada, fazendo com que o animal ingira menos alimento e ganhe mais peso. Os ruminantes, animais herbívoros que deveriam consumir apenas fibra, passaram a ser capazes de consumirem ape-nas concentrados e terem altas eficiências nutricionais, com conversões alimentar próximas ao dos suínos, e não entra-rem em colapso digestivo.

Baseado nesta técnica alimentar, podemos tornar os nossos bezerros leiteiros problema, em lucro a curto prazo, trans-formando um bezerro leiteiro recém nascido de 40 Kg de peso vivo em um boi de 15 arrobas.AVEIA - CONSULTORIA VETERINÁRIAFELIPE DRUMOND DE SOUZA PIRESMEDICO VETERINÁRIOCRMV-MG 7632

Salve o Bezerro Leiteiro

70 Informe Expomontes 2016

MAIS CRÉDITO, MAIS POSSIBILIDADES

U m meio de incentivo ao produtor rural é saber que ele expira confiança. E para os bancos é na confiança do valor do agronegócio que linhas de crédito são oferecidas. As instituições financei-

ras são um importante suporte para superar metas e defen-der novas possibilidades. A questão do crédito para o produ-tor rural é um debate constante e importante.

Durante a Expomontes, os produtores rurais encontram instituições financeiras dentro do Parque de Exposições João Alencar Athayde e podem desta forma negociar novas oportunidades. As opções de crédito são oportunidades para ampliar a atividade e ganhar participação no mercado. Pessoas físicas e jurídicas podem ter acesso a financiamen-to para investir na produção e comercialização de produtos pecuários e agrícolas.

Uma das unidades financeiras presentes é a Caixa. De acor-do com o superintendente regional da Caixa no Norte de Mi-nas, Gustavo Sampaio, a liberação de crédito rural na safra passada foi de R$ 44 milhões liberados pelo banco estatal no Norte de Minas Gerais. A expectativa dele é de ver números positivos para a próxima safra.

“Nosso objetivo é atrair mais clientes da área rural, ofere-cendo o crédito rural, principalmente no palco da 42ª Expo-montes. O agronegócio é muito forte em Montes Claros e o sucesso da exposição é reflexo da força e da liderança do agronegócio nesta região”, afirma.

Segundo Sampaio, a Expomontes é um meio de se aproxi-mar do produtor rural e assim firmar novas parcerias. A pre-visão para esta safra são números ainda maiores e espera ampliar sua participação no mercado do agronegócio com a

presença na exposição agropecuária.

Outro credor presente é o Banco do Nordeste que oferece condições com recursos do Fundo Constitucional de Finan-ciamento do Nordeste (FNE). E sabendo das dificuldades do campo, prazos estendidos são oferecidos. “No caso de operações de investimento, pode chegar a 12 anos, inclusi-ve com a carência necessária, observadas as peculiaridades do projeto e a capacidade de pagamento. Há projetos espe-ciais, em que é possível o prazo de 20 anos, com oito anos de carência.”, aifrma o superintendente estadual do Banco do Nordeste para Minas Gerais e Espírito Santo, João Nilton Castro Martins.

Ele explica como funciona o sistema para se adquirir o fi-nanciamento. “No processo do crédito, após as entrevistas, informações e esclarecimentos iniciais, providencia-se a elaboração do cadastro do proponente. Além da documen-tação pessoal de praxe, se houver a necessidade da elabo-ração de projeto, será exigida a documentação do imóvel objeto dos investimentos. Em se tratando de aquisições isoladas ou no atendimento a micro e pequenas empresas, dispensa-se o projeto, sendo suficiente a apresentação de orçamentos e cartas-propostas do fornecedor”.

Uma das maiores instituições financeiras do país, o Banco do Brasil também oferece linhas de crédito para os produ-tores rurais que desejam ampliar ou renovar o trabalho realizado. “Estamos à disposição com programas de fi-nanciamento como Pronaf, Pronamp e outros. Podem ser financiados equipamentos, ferramentas, caminhonetes, troncos, currais, balanças, reprodutores e matrizes bo-vinas”, afirma o gerente geral em Montes Claros Cledson José Amorim.

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Avaliação espermática de touros da raça SindiDanillo Velloso Ferreira Murta Bárbara Tatiane Oliveira Crisóstomo, Leone de Brito Silva, Roberta Veloso Rebello, Silene Maria Barreto, Daniele Carolina Rodrigues Xavier, Amanda Aparecida Lima

A raça Sindi é originária do Paquistão, na região de Kohistan, parte da província Sindh onde é conhecida como Red Sindhi. Os primeiros exem-plares da raça chegaram ao Brasil por volta de

1952 e, atualmente, a maior parte do rebanho está presente no nordeste brasileiro. Caracterizados pela pelagem verme-lha, variando de tonalidades de acordo com o sexo do ani-mal e o pequeno porte, o Sindi se destaca pela sua rustici-dade e tolerância ao calor. São zebuínos de dupla aptidão, sendo utilizados tanto para produção de carne como de lei-te, com fêmeas de alta precocidade sexual e boa produção leiteira. Os bezerros nascidos são criados ao pé, totalmente a pasto, e alcançam bom peso a desmama. As matrizes são de alta fertilidade, alcançando taxas de prenhez de até 90%, mesmo com seca antecipada, falta de pasto e temperatura alta, confirmando a rusticidade destes animais.O exame andrológico é uma ferramenta importante na ava-liação das funções reprodutivas normais dos machos. Na se-leção dos reprodutores, objetiva-se identificar problemas de subfertilidade ou infertilidade que consequentemente irão comprometer os índices reprodutivos do rebanho tornando assim o exame andrológico imprescindível na detecção de tais alterações. O exame andrológico completo baseia-se na avaliação de todos os fatores envolvidos na função repro-dutiva do animal, abrangendo a saúde geral, genital, here-ditária, capacidade de copular e de fecundar os oócitos. Tal exame possui indicação na seleção e comercialização de re-produtores, avaliação do potencial reprodutivo, diagnóstico de sub ou infertilidade, diagnóstico de ocorrência da puber-dade, preservação do sêmen in vitro dentre outros, segundo o Colégio Brasileiro de Reprodução Animal.O objetivo deste trabalho foi descrever o perfil espermático de touros da raça Sindi no norte de Minas Gerais, comparan-do-os com outras raças citadas na literatura.O estudo foi realizado na fazenda Barra da Vereda, localiza-da no município de São Joao da Ponte, no norte de Minas Gerais, região de clima semiárido. O rebanho da fazenda é criado a pasto. Avaliou--se 11 animais da raça Sindi, adultos, utilizados para a repro-dução na propriedade foram submetidos ao exame androló-gico. Os animais utilizados foram separados em dois grupos etários, sendo G1 < 36 meses (n=6) com idade média de 30 meses e G2 > 36 meses (n=5) com idade média de 72 meses. Os indivíduos foram identificados, pesados individualmen-te em balança mecânica e encaminhados para o tronco de contenção.A circunferência escrotal possui alta correlação com a pre-cocidade sexual e idade ao primeiro parto das fêmeas. A

mensuração da CE de touros aos 12 meses de idade é uma importante ferramenta para selecionar os touros que trans-mitem aos seus produtos, maior fertilidade e ganho de peso.Segundo Danillo Murta (2015) a relação entre peso e CE de touros Sindi mostrou-se variável conforme a faixa etária dos animais, e o perímetro escrotal mensurado de touros Sindi na região norte de MG, foi semelhante ao encontrado em ra-ças taurinas, que no quesito precocidade, se destacam dos zebuínos.A CE média obtida no estudo foi maior do que a descrita para zebuínos da raça Gir, relatada de 28,1 cm entre de 18 a 24 meses, 32,4 cm entre animais de 25 a 31 meses e de 32,7 cm para animais de 32 a 38 meses de idade. Em comparação com a raça Nelore, os valores para os animais abaixo dos 36 meses aproximaram aos descritos neste estudo, atingindo os 34,0 cm de média nos animais de 25 a 30 meses e 33,9 cm de CE nos animais de 31 a 36 meses. A circunferência escro-tal de touros Guzerá, criados a pasto com idades de 32 a 36 meses, também se demonstraram inferiores aos encontra-dos neste estudo, obtendo-se 31,4 cm. Touros nelores aos 24 meses apresentavam CE de 29,2 cm e touros cruzado Nelore x Europeu, alcançaram médias de CE de 30,9 cm, ainda as-sim inferiores aos encontrados neste trabalho.Segundo a tabela de classificação andrológica de touros B. taurus indicus baseada no perímetro escrotal e criada por Fonseca et al. (1997) o G1 composto de animais abaixo dos 36 meses se enquadra na classificação MUITO BOM (32 a 35 cm) para animais de 24 a 36 meses e o G2 se enquadra na classi-ficação EXCELENTE (>38 cm) para animais acima de 60 meses demonstrando a qualidade destes exemplares da raça Sindi. As médias obtidas das características físicas do ejaculado, foram confrontadas com os padrões seminais desejáveis, no qual a motilidade mínima aceitável é de 50%, vigor 3 e tur-bilhonamento 3. No presente estudo, obteve-se motilidade média de 78,4% no G1 e 65,0% no G2. Valores inferiores de motilidade espermática, sendo 56,7% para touros nelore criados no pantanal e 62,2% para touros nelore do planalto mato-grossense com idades entre 25 e 48 meses em regime a pasto. No mesmo trabalho obteve-se vigor espermático de escore 3 para touros do pantanal e 4 para touros Nelores do planalto, valores bem próximos do encontrado no ejaculado dos animais deste estudo. Os dados obtidos neste estudo mostram que os parâmetros espermáticos de touros da raça Sindi no norte de Minas Ge-rais estão dentro dos padrões desejáveis para um bom índi-ce reprodutivo no rebanho. Em comparação outras raças o Sindi se mostrou bastante eficiente, com muitos indicativos de sua fertilidade e precocidade sexual.

72 Informe Expomontes 2016

Nossos AtletasRosa Beatriz Ribeiro Aquino - Médica Veterinária

O termo atleta foi usado com maior frequência no inicio da década de 2000, com os avanços da medicina espor-

tiva, da fisiologia e da nutrição. Partin-do do princípio que, com vinte e cinco minutos de vida o cavalo já está de pé, andando, saltando e com vinte e qua-tro horas já galopa atrás da mãe. Além de andar, xotar ou marchar e galopar, ele vai usar músculos, ligamentos, os-satura, para tornar este termo uma verdade absoluta.

A seleção de um cavalo para ser atleta se inicia desde a escolha do garanhão e da matriz, através de linhagens ade-quadas para imprimir um cavalo con-forme as qualidades escolhidas. Os on-zes meses de gestação merecem todo o cuidado com a vacinação contra her-pesvírus no quinto, sétimo e nono mês, além de todas as medidas sanitárias adequadas para a boa saúde da mãe e consequentemente do feto.

No terço final da gestação, após o oi-tavo mês, a mãe deve receber uma ali-mentação equilibrada para se iniciar a produção de leite. Uma boa égua deve produzir acima de oito litros de leite/dia. O cuidado deve ser redobrado no uso de medicamentos e alimentos que possam ter fatores abortivos ou teratogênicos. Quando estiver entre os dez e onze me-ses, a égua deve ser colocada em am-biente próprio como piquete maternida-de ou uma baia ampla e confortável.

Nos primeiros sinais de úbere derra-mando leite, edema de vulva, chegou a hora, o potro atleta vai nascer! Ao nascer deve-se observar se ele vai ma-mar, defecar e ficar esperto. Logo nos primeiro dias ele nos demonstra para que veio, com aprumos regulares, boa altura, comprimento do corpo e índole. Tudo isso avaliado, vamos criar!

Quando oferecer comida ao potro? Essa pergunta me fazem todo dia. O potro deve ser alimentado precoce-mente se a mãe apresentar deficiência na produção de leite. Caso contrário, devemos iniciar com a ração concen-trada equilibrada para potros após o terceiro mês, pois é quando o Ceco co-

meça a mostrar-se maduro e preparado para receber esse tipo de alimento. O atleta agora inicia sua capacidade me-tabólica de transformar o alimento em músculo, ossatura e desenvolvimento ponderal. Chega a hora do desmame!

Entre quatro e seis meses, dependen-do da condição corporal e indepen-dência social, é feito a primeira doma do chão no encabrestamento do potro. A importância desse fato pode ajudar ou prejudicar o futuro de um cavalo atleta, para o resto da sua trajetória. Ele pode se transformar em um cavalo maldoso, afrontado e defensivo, só por encabrestamento inadequado ou vio-lento. Durante esse período, devemos manter contato quase que diário com o potro para facilitar a sua doma, mos-trando que estamos ali para ajudá-lo e não como uma forma de flagelo. Uma maneira de facilitar o manejo é agru-parpotros de mesma faixa etária em pi-quetes ou baias, para que a hierarquia seja criada entre eles.

Até os 24 meses os cuidados devem estar voltados para o crescimento do animal, pois é por volta desse tempo que ocorrerá a fusão das placas de crescimentos dos ossos longos. Deter-minando assim, uma parada na taxa de crescimento. Observamos hoje em dia uma seleção voltada para precocida-de, o que pode causar inúmeros distúr-bios esqueléticos. Portanto, durante este período devemos nos preocupar com uma alimentação adequada e ba-lanceada que supra as necessidades protéicas, energéticas, vitamínicas e minerais. Excesso de energia e proteí-na resulta em distúrbios da cartilagem metafisária e excesso de peso resulta em diminuição da taxa de crescimento. Uma dica é fracionar a ração em maior número de vezes possíveis, visando o melhor aproveitamento do alimento. Já que, as proteínas e minerais, que são suprimentos básicos para o desen-volvimento ósseo, sejam absorvidos de forma efetiva pelo intestino delga-do. A partir dos 24 meses e com o com-pleto desenvolvimento esquelético é hora de exercitar o animal e assim dar início à consolidação da sua estrutura

muscular. Uma suplementação rica em macronutrientes é importante, uma vez que estes estão envolvidos com a estrutura do animal e são per-didos diariamente durante as ativida-des físicas, principalmente pelo suor e por contrações das fibras musculares. Os exercícios devem começar de for-ma gradual juntamente com a doma racional, proporcionando um desen-volvimento muscular, uma vez que a doma promove um bom funcionamen-to dos músculos dos equinos. Domas e exercícios inadequados ou agressivos podem prejudicar o animal não só quanto à índole, mas também causan-do traumas físicos, como lesões tendí-neas. Nesta fase, chegamos ao dilema de castrar ou não castrar o animal. A escolha feita pelo proprietário deverá levar em conta se o animal tem carac-terísticas ou não de garanhão. Se a linhagem deve ser preservada e se o manejo será adequado. Temos o pen-samento de que qualquer cavalo po-derá ser um garanhão e esta não é uma verdade, um garanhão já nasce gara-nhão. Ás vezes é necessário uma visão critica de um profissional da área para ajudar o proprietário a observar quais os animais que se destacam, e assim preservar a qualidade do seu plantel. Após todas estas etapas e decisões, é hora de nosso atleta se esforçar, par-ticipar de competições e evoluir. A cada nova prova, um aprendizado e uma conquista! O bem-estar deve ser zelado por todos os que convivem no mundo do cavalo. As limitações e os erros ocorrem em qualquer momento, cabendo ao homem aceitá-las e corri-gi-las. Com tanta convivência, ficamos com o dever de aprendermos o legado da nobreza e doçura dos cavalos! Ain-da temos muito pela frente!

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ÁGUA Escassez no campo e na cidade

D ebater a situação dos recursos hídricos e o bom uso da água é um dos assuntos que vem cres-cendo nos últimos anos. O Norte de Minas já co-nhecia a situação de limitação do uso da água e

com isso o campo sofre bastante e é preciso buscar alterna-tivas para manter viva a geração de renda a partir da terra. A mudança mais recente foi a situação em que a cidade de Montes Claros acabou sofrendo em novembro de 2015. Um sistema de rodízio foi instalado na sexta maior cidade do Es-tado. A estiagem que atingiu a região foi a maior dos últimos 70 anos.

Segundo a Associação Mineira dos Municípios de Área Minei-ra da Sudene (Amams), todos os Municípios da região decre-taram estado de emergência. Para se ter ideia da queda na quantidade de chuva na região, no ano passado inteiro cho-veu 469 milímetros em todo o Norte de Minas. Nos últimos 23 anos, a média era de 899 milímetros, os dados são da Ema-ter-MG.

Em junho deste ano, o poder executivo municipal decretou situação de emergência nas áreas afetadas por estiagem em Montes Claros. As consequências da falta de chuva em todo o País, além de outras adversidades climáticas ainda aparecem. Segundo uma projeção divulgada, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a estimativa da safra brasileira de grãos 2015/2016 é de 196,5 milhões de toneladas. Esse núme-ro é 5,4% menor que no período 2014/2015 que ficou em 207,7 milhões. A perda da agricultura no Norte de Minas foi de 73%.

Na zona rural, os problemas já são conhecidos. Segundo o se-cretário adjunto de Agropecuária e Abastecimento de Montes Claros, Henrique Sapori, “O abastecimento de água na zona rural está comprometido em decorrência ao baixo índice plu-viométrico registrado, havendo necessidade de intervenção pública de forma contínua, com o atendimento às comunida-des rurais, através de caminhões pipa”. Ele afirma que existe uma necessidade de melhoria nas instalações dos sistemas de água nas comunidades.

A falta de chuvas tem comprometido a esperança e as condi-ções no campo. “As pastagens estão prejudicadas, com con-sequente diminuição na produção de leite e carne, reduzindo drasticamente o rebanho bovino na região, o que se traduz em um enorme prejuízo para os agricultores. Como opção, o norte de minas está optando por trabalhar com pequenos animais, como na avicultura e caprinocultura, onde há menor consumo de água”, afirma Sapori.

Para o produtor rural a situação é acompanhada de perto. Haroldo Alves Silva é da comunidade de Mocambo Firme e espera uma mudança no cenário. “Nunca vi nada parecido”.

Sapori explica que “A Prefeitura vem abordando, juntamen-te com a Secretaria de Meio Ambiente, medidas preventivas, como os projetos de recuperação das microbacias hidrográ-ficas, com o propósito de construção de minibarramentos, barraginhas, para favorecer a infiltração de água no solo, a elevação do nível do lençol freático, aumentando a capacida-de hídrica das microbacias”.

“Há uma necessidade urgente de melhoria nas instalações dos sistemas de abastecimento de água nessas comunida-des, sendo totalmente gerido pelas associações locais, sendo o município parceiro no que tange o pagamento do forneci-mento da energia elétrica aos poços que abastecem essas co-munidades, trabalhos esses, que são extremamente deficien-tes no tocante à qualidade dos serviços prestados”, afirma Osmani Barbosa Neto, presidente da Sociedade Rural.

Problemas na cidadeNo começo de 2015, a Companhia de Abastecimento e Sa-neamento de Minas Gerais começou uma campanha pedindo para que os mineiros reduzirem o consumo de água em 30%. Em novembro, um rodízio começou na cidade. Montes Claros, durante os seis primeiros meses reduziu o consumo em 5 mil m³ por dia.

Para a Copasa, “A continuidade do rodízio no abastecimen-to de água em Montes Claros é necessária para preservar o atual volume de armazenamento dos mananciais de água que abastecem a cidade, evitando assim problemas generali-zados de abastecimento durante o atual período de escassez hídrica que atinge todo a região norte mineira”.

A disponibilidade de recursos hídricos tem reduzido consi-deravelmente, segundo a companhia de abastecimento, in-clusive com a redução do volume de água corrente dos rios Juramento e Saracura, contribuintes e responsáveis pela va-zão da barragem de Juramento. O terceiro contribuinte, o rio Canoas, está seco.

A assessoria de comunicação da companhia afirma ainda que “A Copasa irá retomar as obras de ampliação do Sistema de Abastecimento de Água, cujos recursos estão em fase de renegociação com a Caixa Econômica Federal. Além disso, para reforçar o abastecimento da cidade, a empresa per-furou oito poços profundos que se encontram em processo de montagem de equipamentos para serem colocados em operação.

74 Informe Expomontes 2016

Produtoresdo futuro

A sucessão familiar anda de mãos dadas com o campo, seja no agronegócio ou na agricultura familiar. A prova disso está no último censo, que aponta que quase 1/3 das propriedades rurais brasileiras foram obtidas através de herança.

A paixão pela agricultura está no sangue, corre nas veias!

Conheça alguns dos nossos produtores do futuro!

Desde pequeno vou ao parque de exposições ver a Expomontes, sen-do que a primeira vez eu tinha dois meses de vida.Eu gosto de vir na exposição porque os meus dois avôs têm fazenda e eu gosto muito de cavalos. Gosto ainda do team pening, dos animais expostos e dos julgamentos. Lá no parque fiquei conhecendo a Sociedade Rural, que faz a Exposição. A Sociedade Rural é um lugar onde fiz amigos, como Osmani Barbosa e Vila Murta. Meu bisavô, João F. Pimenta foi um dos fundadores. Meu avô, Lucas Elmo Pinheiro, já foi presidente da Rural. Meu pai, Bernardo de Pimenta Pinheiro, é diretor. E eu pretendo conti-nuar seguindo a tradição da minha família.Pedro Aziz Lopes Pinheiro - tenho 10 anos e estou no 5° ano

Eu amo o Parque de Exposição e a Expomontes. Gosto de ficar lá é di-vertido e gosto muito de ver os animais. Eu também gosto muito da fazenda porque quando eu vou para lá ando a cavalo, o nome dele é Garçom, mas é muito alto. Quando eu crescer vou ser Arqueóloga e procurar os ossos dos animais. Eu vou poder achar um fóssil de al-guma ave, mamífero, dinossauro ou bicho preguiça. Não tenho mais medo de minhocas, vai aparecer muitas!!. Mas vou continuar indo para a fazenda resolver um tanto de negócio chato que minha mãe resolve hoje, mas vou continuar andando a cavalo. Julia Barreto Godoi – 10 anos

Eu gosto da Expomontes por que sempre tem shows muito bons, por que têm muitos animais como cavalos que tem nos lei-lões e no team penning. Também têm os bois que estão presentes nos concursos e exposições, as-sim como os touros. Também gos-to na Expomontes das baias onde ficam os cavalos, bois e touros. Mas o que eu mais gosto na Expomon-tes é tirar fotos com esses animais e com os cantores. Também gosto da festa no curral, da cavalgada de abertura da Expomontes. Esse ano foi ótimo por que o meu cavalo veio e eu apareci na televisão pela segunda vez.Esse sou eu, Pedro Petroni Bar-bosa, filho do Presidente do Par-que João Alencar Athayde, Osma-ni Barbosa Neto.

Quando eu crescer quero ser veterinário. Eu gosto dos animais, quando você está olhando para eles você se diverte. Eu tenho paixão por fazenda e o que eu mais gosto são os cavalos. Gosto da Expomontes por que tem brinquedos e os cavalos que eu amo. Tem também as pistas com os animais. Quando eu crescer quero ser igual o meu avô Durval Júnior.

Luiz Gustavo Dias Nunes - tenho 8 anos e estou no 3ª ano

Lembra vovô, que quando eu tinha apenas três anos de idade, estava na beira do curral e uma vaca de nome Africana, “paridinha de novo, correu para o meu lado querendo me pegar. Meu avô assustou e gritou a vaca; ela parou!! Essa é minha história inicial de vida nesse meio , que veio a completar aqui na Expomontes quando fui Rainha em 2012. É uma satisfação grande quando estou no parque vivendo a vida do meio rural junto com a minha família e todos que estão em volta.Ana Luiza Drumond Pereira Pires. Neta de Otaviano de Souza Pires Ju-nior e filha de Felipe Drumond De Souza Pires.

Essa é Sophia Murta, filha do Medico Veterinário, produtor rural Danillo Murta e diretor da Sociedade Rural. Sophia tem 1 ano e 9 meses

Meu nome é Esther Penido Lafetá Rebello. O que mais gosto de fazer é ir para a fazenda com meus pais. Enquanto ele trabalha(o pai), cuido do meu cavalo e fico esperando a hora de andar pela fazenda com o meu irmão Davi. Eu gosto muito de animais. Tenho peixe, cachorro e cavalo. Eu tenho um cavalo na fazenda do meu avô Fabio, que é Estradeiro. Toda Expomontes eu vou ao leilão e peço meu pai para com-prar um cavalo. Nem sempre eu ganho, mas na ultima vez meu pai me deu uma égua, como eu queria, chamada Jangada do Japoré. Agora eu sou criadora de mangalarga e quero ter muitos cavalos. Quando eu crescer, quero ser médica como minha mãe, mas médica de animais.

S eja ele da cidade ou do campo o que brasileiro gosta mesmo é de descansar para acabar com o estresse do dia a dia. Uma das alternativas que muitos norte-mineiros encontraram para se diver-

tir é a cavalgada. Atividade equestre que pode ser praticada por pessoas de todas as idades. Esses eventos proporcio-nam um contato mais próximo com o cavalo e a natureza e estão enraizados na cultura sertaneja e, o que era apenas uma distração, virou esporte, e esse costume passa de pai para filhos.

As cavalgadas têm diferentes objetivos, algumas são religio-sas outras ecológicas, podem ser cívicas e também espor-tivas. Há quem cavalgue por competição ou simplesmente por prazer.

Há 20 anos o produtor rural Afrânio Eleutério Mineiro pra-tica a cavalgada, são muitas as histórias para contar, mas ele sabe que esse é um esporte diferente dos outros, só pelo fato da simplicidade.

“O que mais admiro nas cavalgadas é a proximidade que podemos ter com as pessoas. Hoje em dia o ser humano está mais preocupado com as tecnologias dos novos carros do que o contato pessoal, e a cavalgada proporciona essa proximidade, de poder conversar deixar o tempo passar”, enfatizou.

Se você pode praticar cavalgada em cima de um cavalo, por

que não fazer em cima de um burro? É isso mesmo, para Afrânio, cavalgar em cima de burro tornou-se uma tradição.

“Uma das primeiras cavalgadas que fizemos em Montes Cla-ros, foi de Nova Esperança a Buriti Campo Santo. Fazemos cavalgada por amor à Zona Rural e pelos animais. Já fui cin-co vezes a Bom Jesus da Lapa, na Bahia, sempre em cima de um burro ou mula, são cerca de 2.500 quilômetros já percor-ridos somente para lá”, revelou o produtor rural.

Mangalarga MarchadorMinas Gerais, berço da raça Cavalo Mangalarga Marchador, concentra o maior número de cavalos registrados, 210 mil, sendo o rebanho nacional de 480 mil. O número de associados à Associação Brasileira dos Criadores do Cavalo Mangalarga Marchador soma 11,5 mil, com 5,97 mil localizados em Minas Gerais. Também se destacam na criação do Mangalarga os estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Espírito Santo.A raça já é a maior da América Latina.

Escassez de mão de obra é desafi o para o setorO cavalo Mangalarga Machador é considerado o mais indica-do para a prática dessa modalidade esportiva em decorrên-cia do andamento típico.

Cavaleiros do Norte

76 Informe Expomontes 2016

“O cavaleiro percorre grandes distâncias, com ritmo forte e constante, além do desgaste, tanto para o cavalo quanto para o cavaleiro”-, ressalta Rossini Miranda, diretor de equi-nos da Sociedade Rural de Montes Claros.

O Mangalarga é ainda um animal dócil e rústico, bastante acostumado à lida no campo. “Essa raça se adapta às mais difíceis condições. São equinos para vários tipos de esporte como cavalgada, team penning, baliza, tambor e até mesmo atividades como equoterapia”, lembra Miranda.

Outras raças

Mas para o diretor da Rural e criador de cavalos, Durval Ju-nior, para as cavalgadas outras raças também atendem aos cavaleiros.

“Eu crio Quarto de Milha e Appalosa, mas defendo que qualquer raça de cavalo é boa para se praticar o esporte. Todos os cavalos vão ter qualidades, assim como defeitos. A cavalgada virou febre no Norte de Minas por que as pes-soas querem melhorar a qualidade de vida. É comprovado que 15 a 20 minutos montado a cavalo equivale a mais de 100 horas de terapia. É o momento que temos para sair de toda agitação da cidade e ficar na paz do campo. Uma dica para quem quer começar, além de ter um cavalo saudável ,é preciso ter um arreio bom para garantir a segurança do cavaleiro”, afirma.

Trilhas de MinasJosé Luiz Maia é um apaixonado pelas cavalgadas. Ele e um grupo de amigos comemoram, no mês de maio, dez anos

que percorrem as trilhas de Minas. Em dez anos, foram di-versos percursos, muitas histórias e bagagens recheadas de aventura, contemplação da natureza e conhecimento. As viagens são sempre planejadas com antecedência para que o trajeto escolhido tenha eventos mínimos adversos.

Agora, em 2016, os cavaleiros receberam uma placa com os nomes cidades percorridas. Um símbolo para fortalecer o grupo, que aproxima famílias e eterniza amizades e desco-bertas.

O 1º vice-presidente da Sociedade Rural e engenheiro agrô-nomo, José Luiz Maia, explica que as cavalgadas proporcio-nam muito mais que uma simples diversão.

“As cavalgadas nos permitem conhecer novas realidades, já percorremos mais de mil quilômetros, uma história que me chamou bastante atenção foi passar por uma comunidade no Norte de Minas e ver uma situação de extrema pobreza daquele povo. Nós paramos e tentamos entender a situação e o que poderíamos fazer para ajudar. É gratificante saber que de alguma forma podemos contribuir para a vida de al-guém. Se fosse uma viagem comum, de carro, não teríamos tempo para ver essas realidades”, diz.

Geralmente a partida é de Diamantina. De lá, os percursos ganham formas.

“Percorremos essas estradas que fazem parte do circuito do

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Ouro – Estrada Real – um percurso muito comum é sair de Diamantina ir para Ouro Preto, daí a gente passa em cidades como São Gonçalo do Rio das Pedras, Milho Verde, Concei-ção do Mato Dentro, Mariana e por fim chegamos à antiga Vila Rica. Outra trilha que gostamos de fazer é seguindo de Diamantina para Barão de Guaicuí. É uma trilha muito boa, bonita e fácil. É na antiga estrada de ferro de Diamantina para Corinto, eles tiraram os trilhos e hoje ela se chama ‘Tri-lha verde da Maria Fumaça’ é usada para pedestres, bicicle-tas e cavaleiros, motos são proibidas”, afirma José Luiz.

A trilha mais difícil já realizada sai de Biribiri e vai até Curi-mataí. É uma trilha pesadíssima, muito difícil para se fazer, só cavaleiros e cavalos experientes conseguem passar por ela, nem motoqueiros tem coragem de enfrentar.

Em 2012 o grupo de cavalgada recebeu uma condecoração da Estrada Real. Cada cava-leiro recebeu uma medalha diretamente das mãos dos gestores da estrada.

José Luiz Maia é acompanhado por cavaleiros montes-clarenses que também são apaixona-dos pelo animal e pelo esporte. Com ele, sempre estão Arnaldo Oliveira e os filhos Arthur, André e Alexandre; Célio Bernardino; Fernando Moura; Leonardo Vasconcelos e o filho Bernardo Vas-concelos; Luiz Cláudio; Norberto Assis e o filho Vítor; Roberto Machado; Paulo Oliveira; e Rogé-rio Souza. Tradição passada de pai para filho!

“O cavalo é animal mágico”,

José Luiz Maia

Leilões virtuais ganham mercado no Norte de MinasO diretor de equinos da Sociedade Rural, Rossini Miranda está otimista com a nova modalidade de comercialização dos animais. A região conta uma plantel de 100 mil cavalos em média, representando cerca de 20% do rebanho esta-dual. Com a seca, o mercado registrou uma retração, até porque a maioria dos animais é para lazer.

“Por isso, têm ocorrido diversas vendas. Os Haras Catuni, Barra Zero e Cannã são precursores nessa modalidade. Eles contratam as empresas realizadoras dos leiloes. É um tra-balho novo na região. A empresa vai até as fazendas, regis-trar por meio de vídeos os animais, edita e divulga no dia do evento. Já foram vendidas nessa modalidade promissora mais de 90 animais. Não há diferença de preço,pelo contrá-rio, o leque de compradores é muito maior. Para o animal é excelente que ele não fica em transito de um lugar para outro. Ele já sai vendido”, afirma o diretor.

O criador é responsável por apresentar os exames sanitários necessários. Ao serem entregues, todos os animais devem estar em perfeito estado de apresentação.

Para Alexandre Viana, diretor da Rural, dono do Haras Cannã, essa modalidade não substitui o presencial,tem o propósito de alcançar outros mercados. “Queremos atingir o mercado nacional e espera-se um preço um pouco maior. Com isso, nosso objetivo é conquistar um mercado mais amplo (todo o país) e, consequentemente, melhorar pre-ços”, afirma.

O diretor da Rural, José Henrique Veloso e dono do Haras Barra Zero, realizou o primeiro leilão em março deste ano.

Outro roteiro é para os parques Nacionais das Sempre Vivas e parque Biribiri. Paisagens encantadoras.

“Quando estamos nesses locais à gente dorme, na maioria das vezes, acampados. Eu digo que o cavalo é um animal mágico, o andar a cavalo proporciona você ter uma intera-ção muito grande entre cavalo e cavaleiro, por que o animal se acostuma a você, ele sabe tudo que você quer fazer só pela forma de tocar. Cavalgada é um esporte que eu reco-mendo, vou fazer até quando eu puder fazer. Nós temos uma estrutura mais ou menos preparada, nós levamos carro de apoio, levamos uma carreta para alimentar os animais, por que dependemos totalmente deles”, afirma.

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Leilão Norte da MarchaJosé Henrique comenta que não há preferência por uma modalidade ou outra. Ele diz que o Haras, além do virtual, faz uma feira anual na fazenda, onde participa como promo-tor do Norte da Marcha on line, versão do virtual na internet e do Norte da Marcha presencial , realizado na Expomontes, que este ano está na sua 11ª edição.

“O mercado de cavalos no Norte de Minas vem de cinco anos de aquecimento , porém vem passando por acomodação de preços, mas continua com boa liquidez. O ponto alto dos negócios de cavalo no Norte de Minas acontece durante a Expomontes, sendo este período escolhido por muitos cria-dores e usuários para comprar o seu cavalo.

O leilão norte da Marcha é sábado, dia 09. São 35 animais com idade média de 15 meses. O valor mínimo para cada animal é R$ 10 mil.

A Exposição Agropecuária de Montes Claros recebe a 7ª eta-pa do Campeonato montes-clarense de Team Penning. De acordo com Crisantino Borém, diretor da Rural, 100 pessoas e 120 animais vão participar da disputa em três dias do es-porte que envolve toda a família.

“São pais e filhos e a premiação é de R$ 30 mil. A equipe ven-cedora de Montes Claros vai para BH disputar a nacional. Hoje é o esporte que caiu no gosto do norte-mineiro. Cresce bastante. Toda semana tem prova em alguma localidade. O melhor é que é um esporte da família”, garante.

O comerciante Carlos Soares Figueiredo, que também é competidor, prestigiou o filho, Paulo Eduardo Leite Figuei-redo de 21 anos, que disputa este ano na categoria iniciante.

“Eu participo todos os anos, não profissionalmente, mas por prazer. Hoje estou aqui na expectativa torcendo pelo meu fi-lho ir para a próxima etapa em Pedro Vales de Minas”, contou.

O Team Penning é diferente da Vaquejada, pois não pode ter contato com o bovino.

“Eu prefiro o Team Penning a Vaquejada pela diferença que se tem em não poder encostar-se ao animal e não provocar nenhum tipo de dor nele, se tocá-lo você é automaticamen-te eliminado”, ressaltou.

Paulo Eduardo compete há dois anos profissionalmente no Team Penning. “Comecei por influência dos meus familia-res, meu pai, meus tios e até os vizinhos das fazendas próxi-mas competem bastante”, disse.

A expectativa dos competidores é grande, todos os já classi-ficados estão confiantes que vão para a etapa final.

“Hoje eu fiquei com um tempo bom, 16 segundos, sendo que essa é a média que precisa ter para alguém da categoria ini-ciante ser classificado. Estou achando excelente a etapa des-te ano, a animação do público é contagiante. A Expomontes está de parabéns por abrir esse espaço para este esporte que precisa ser mais valorizado”, afirma o competidor.

O competidor Markim Tinquim também diz que o público dá muita força para os competidores através da energia que eles passam. “Aqui é o melhor lugar que podemos competir, o público comparece em peso, e isso traz apoio para o pes-soal que vem de fora”, diz o competidor.

Team penning

Para ele, a escolha desta modalidade não foi pelo custo, mas sim por atingir outras regiões no Brasil.

“Achamos que a criação no Norte de Minas carece de mais visibilidade nacional. O custo do leilão virtual está em torno de R$ 2.000 reais por animal. Normalmente fazemos o leilão com 40 animais o que dá um custo de aproximadamente R$ 80 mil”, descreve.

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B otas limpas, camisas alinhadas e com o cha-péu na cabeça que não pode faltar. É com muito estilo que milhares de pessoas visitam a Expomontes. E nesta época é aproveitando

o clima mais ameno da cidade que algumas peças ganham as ruas e o Parque de Exposições João Alencar Athayde. E saber como aproveitar o estilo country é fácil, além de cha-mar a atenção.Esta maneira de se vestir é conhecida no mundo inteiro por meio dos famosos filmes de Hollywood que tem cowboys do Velho Oeste nas suas tramas. Para os homens, os chapéus e cintos são marcas registradas nas composições.“O estilo country teve sua origem nos cowboys norte-ameri-canos, com peças que remetem ao conforto, funcionalidade e durabilidade exigidos pela vida no campo. A cada tempora-da, vemos uma nova releitura do estilo, mas, essencialmen-te, é caracterizado pelo jeans, estampa xadrez e presença marcante do couro, tanto em peças do vestuário quanto nos acessórios”, explica a designer de moda, Hérica Matoso.Uma das adeptas das roupas é a estudante Karolina Cam-pos. “Minha relação com a Expomontes é devido o envolvi-mento de minha família no mundo agropecuário”, conta. Ela foi uma das rainhas da edição de 2015 da Feira e, claro, não deixou faltar dois acessórios ímpares para uma cowgirl: bota e chapéu. E para a coleção deste ano as franjas vêm como um diferencial.

“O outono/inverno 2016 veio especialmente recheado de ten-dências do estilo country. a começar pelo suede, tecido que é a febre da estação, presente em calças, blusas, vestidos, bolsas, quase sempre acompanhado das franjas, tão carac-terísticas do estilo. O xadrez, embora tenha perdido espaço para as listras nesta temporada, é sempre um clássico. Botas e chapéus completam o estilo e têm tudo a ver com o ambien-te e os eventos que ele carrega”, afirma Hérica.E para quem ainda não montou o look para a Expomontes, no Parque de Exposições João Alencar Athayde, a Hérica dá uma dica: “Como em qualquer estilo, o que importa é o equilíbrio. Ao menos que a intenção seja criar um traje tí-pico, o ideal é mesclar peças country com roupas casuais, ou mesmo peças clássicas, e assim conseguir produções an-tenadas às tendências, mas que também expressem nosso estilo pessoal”.E o mercado de roupas e acessórios country é forte assim como a produção rural brasileira. O mercado country no Brasil é forte com uma movimentação anual de R$ 6 bilhões.Em Montes Claros, a Tecnutri se prepara e reforça seu esto-que para essa época do ano. Com um estande montado no Parque de Exposições, durante a Expomontes, a variedade de produtos vai de soluções para o homem do campo, assim como para o estilo. “Temos artigos para uso pessoal. São botas, chapéus, bonés, cintos, e fivelas, entre outras utilida-des”, afirma o gerente Samuel Ribeiro. De acordo com ele, não existem limites que definem quem escolhe roupas e assessórios country. “Sabemos que não há limites para a moda. O público para moda country não tem idade, nem local adaptando-se a todos. Além de produ-tores rurais, pecuaristas e empresários, os estudantes, por exemplo, vem surpreendendo-nos com a procura por arti-gos para o estilo”.E a desinger de moda, deixa uma dica para quem vai apostar no estilo country nas produções para a Expomontes “Estar por dentro das tendências jamais deve significar abrir mão do conforto, dos gostos pessoais, então sim, é possível unir conforto e estilo. Para isso, é muito importante respeitar os gostos pessoais, buscar peças que valorizem o seu biótipo e que se adequem às suas necessidades. Na verdade, esta é a chave para o que chamamos de estilo pessoal”, afirma.

Estilo no campo e na cidadeCom a época de temperaturas mais baixas, elementos do fi gurino country tomam conta da cidade durante esta época do ano

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Ovinocaprinocultura leiteira como alternativa para o agronegócio

A criação de pequenos ruminantes leiteiros tem apresentado poten-cial de desenvolvimento no con-texto da pecuária brasileira. A ati-

vidade apresenta inúmeras vantagens como: facilidade no manejo dos animais; excelente capacidade de adaptação a diferentes cená-rios; possibilidade de produção em áreas me-nores; curto ciclo reprodutivo; alto retorno financeiro; baixo custo de implantação do sis-tema. Por isso, a ovinocaprinocultura leiteira chama atenção como alternativa sustentável, compatível com pequenos, médios e grandes produtores, podendo ser uma atividade so-cioeconômica promissora para o agronegócio.

Caprinocultura leiteira, possui expressiva im-portância para cenário agropecuário brasilei-ro. Programas de incentivo do governo, o cres-cimento do consumo do leite e a utilização de seus derivados vêm promovendo a expansão da criação de cabras leiteiras especializadas no território brasileiro. Estes animais apresentam alta capacidade seletiva dos alimentos, o que proporciona melhor aproveitamento da dieta e excelente eficiência em produção de leite. O leite caprino é comercializado como leite fluido e também é matéria prima para fabricação de queijos finos, iogurte, cosméticos e é recomen-dado como substituto ao consumo de leite de vaca para pessoas intolerantes a lactose e a ca-seína desta espécie.

O leite ovino é mais rico nutritivamente, podendo apresentar o dobro de gordura e proteína que o leite de vaca e cabra, o que reflete no alto teor de sólidos totais. Em síntese, sua constituição é ca-racterística importante na fabricação de produ-tos lácteos, como iogurtes e queijos de texturas e sabores específicos, conferindo-lhes altos va-lores de mercado. O seu rendimento médio para produção de queijos é aproximadamente 5 kg de leite para 1 kg de queijo produzido. O retorno fi-nanceiro com a produção de cordeiros também deve ser considerado. A ovelha leiteira também tem sido responsável por produção de animais de boa composição de carcaça dos cordeiros, de-vido ao melhoramento genético em busca de me-lhor produção de leite e composição de carcaça.

Tabela 1: Composição média dos principais ingredientes do leite de cabra, ovelha, vaca e da mulher.

Composição Cabra Ovelha Vaca Mulher

Sólidos totais (%) 12,7 19,9 12,6 12,9

Gordura (%) 3,8 7,9 3,6 4,0

Lactose (%) 4,1 4,9 4,7 6,9

Proteina (%) 3,4 6,2 3,2 1,2

Caseina (%) 2,4 4,2 2,6 0,4

Albumina, globulina (%) 0,6 1,0 0,6 0,7

Cálcio (mg/l) 134 193 122 33

Calorias/100ml 70 105 69 68

Adaptado de Park et al. 2007

Gabriela Almeida BastosZootecnista Doutoranda em Nutrição Animal - Escola de Veterinária/[email protected]

Felipe Santiago Santos Médico Veterinário CRMV - 16558Mestre em Zootecnia - Escola de Veterinária/UFMG [email protected]

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Juntos somos fortes

O título desta reportagem é uma referência à força que se constrói no campo com a união de todos. Juntos independentemente do que se faz os produtores rurais ficam mais fortes nas suas lu-

tas. Esta é a proposta da Sociedade Rural ao trazer pelo sex-to ano a Feira de Agricultura Familiar para a Expomontes.

Desde 2011, a Feira é um ponto importante e muito visitado da exposição nos dez dias de festa. E isso é uma confirma-ção da importância destes pequenos produtores.

De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, 70% dos alimentos consumidos em todo o País vem da agri-cultura familiar. Os pontos fortes deste grupo são: mandio-ca (87%), feijão (70%), carne suína (59%), leite (58%), carne de aves (50%) e milho (46%).

Para participar desta edição da feira, 100 famílias vão estar na quadra do Clube dos Fazendeiros que recebe os agricul-tores com seus produtos. A maior parte do grupo é compos-to por mulheres, que correspondem a 60% dos participan-tes. Nas bancas para comercialização tem há diversidades de sabores como broas, geleias, mel, biscoitos, derivados do leite, doces, farinha de mandioca, derivados do milho, sucos, entre outros. Ha também produtos que chamam a atenção pela beleza: artesanatos diversos e plantas orna-mentais. Tudo distribuído em 35 barracas.

O presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa Neto, considera a Expomontes um incentivador da participação de todas as áreas da economia rural na Exposição. “O cam-po tem diferentes frentes somadas em uma grande potên-cia. Juntando o pequeno com o grande todos saem fortes”, afirma.

Colaboradores da Emater acompanham os produtores ao longo do ano ajudando a desenvolver os produtos com qua-lidade e destaca o valor da participação na Exposição.

“É muito importante a participação do agricultor familiar na Mostra, pois é uma oportunidade que eles têm de comer-cializar e divulgar os produtos da agroindústria para um grande público externo.”, afirma a técnica extensionista do escritório local, Cleide Neves.

Luiz Carlos Rodrigues já esteve em cinco edições da feira de agricultura familiar e sempre buscou trazer qualidade para o publico. “Não existe propaganda melhor para quem está aqui. Conseguimos conhecer novas pessoas e garantir no-vas vendas”. Ele oferece em sua barraca doces cristalizados feitos com frutos da região.

O espaço fica aberto durante todo o dia e se transforma em uma divulgação dos agricultores. “As vendas que aconte-cem na Expomontes são expressivas, mas o mais gratifican-te é o contato que eles fazem pós feira, quando conquistam novos clientes”, explica Cleide.

Comemoração antecipadaA Expomontes é realizada antes do Dia Nacional da Agricul-tura Familiar. A data comemorativa é o próximo dia 25 de julho, e todos os anos, depois da exposição agropecuária da cidade é o sorriso que toma conta dos pequenos produtores que passam pela exposição.

“Os agricultores familiares trazem produtos da mais alta qualidade do Norte de Minas. Eles conquistam um grande público que reconhece o trabalho exposto, e conseguem uma boa renda através dos artesanatos, produtos agrícolas e da agroindústria”, conta o gerente regional da Emater Ri-cardo Demichele.

O presidente da Sociedade Rural comemora o resultado do

Agricultura Familiar

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crescimento da feira assim como a Expomontes. “Temos aqui diferentes fontes de renda destes agricultores junto de outros setores do campo que fazem parte da exposição. Este é o ca-minho para o crescimento de todos”, destaca Osmani.

Fomento e sucesso atestadoA agricultura familiar tem feito a diferença na vida de famí-lias do campo. Janila Dias Gonçalves, por exemplo, tem seis filhos e conta que a vida não era fácil antes de começar a produzir para vender.

“Começamos com a agricultura familiar por causa de um projeto que a Emater levou para nossa comunidade em Glaucilândia, Norte de Minas. Eu e outras cinco mulheres nos juntamos e começamos a fazer biscoitos, bolos e doces. O negócio deu tão certo que já abrimos uma padaria lá na cidade”, conta.

Há dois anos Janila começou a expor na Feira da Agricultura Familiar da Expomontes e notou que o espaço foi um divisor de águas para dar impulso aos negócios

“Quando começamos a expor aqui, o negócio ainda era incerto, pois havia menos de um ano que tínhamos come-çado, mas durante a Feira tivemos resultados tão bons que percebemos a força do negócio”, revela.

Feijão, milho, mandioca, tomate, são muitos os alimentos que os produtores rurais podem plantar para comercializar. Eliene Gomes, 39, é de Lapinha, comunidade Rural de Cora-ção de Jesus, e trabalha há mais de 15 anos com agricultura familiar seguindo a tradição dos pais e avós.

“Nunca fiz com outra coisa. A agricultura familiar me dá uma renda cerca de 50% a mais que um emprego numa indústria, por exemplo”, esclareceu a produtora rural.

Os alimentos que são produzidos por Eliene, são distribuí-dos para todo o Norte de Minas. “Nós vendemos na Cea-norte (Central de Abastecimento do Norte de Minas). Gosto muito do que faço, na agricultura familiar o que você produz você vende. Eu não saio da Zona Rural e nem aconselho nin-

guém a sair, pois é da terra que vem tudo que temos para comer, devemos valorizar”, disse.

Dona Maria Madalena Leite, é produtora rural, tem cinco filhos e mora no povoado de Abóboras, em Montes Claros. Segundo ela, faltam incentivos e valorização de outras or-ganizações do trabalho no campo como este espaço que a Expomontes abre todos os anos para eles.

“A agricultura familiar é o meu foco e da comunidade inteira. Estamos muito felizes com a oportunidade que a Expomon-tes dá pra gente, para valorizar o nosso trabalho. Incenti-vamos nossos filhos e netos a permanecerem no campo e produzir alimentos sem agrotóxicos, que são mais saudá-veis. Tentamos mostrar pra eles que podemos sobreviver, sobretudo, sobreviver bem mesmo na Zona Rural”, conta.

Um projeto de Glaucilândia, promovido pelo Senar, juntou um grupo de dez mulheres para fabricarem remédios casei-ros à base de plantas medicinais. Têm remédios para dor de garganta, diabetes e até estimulante sexual. A produtora rural ,Vilma Lopes, conta que depois da associação a vida delas mudou completamente.

“O projeto já tem cinco anos, mas eu entrei há apenas um. O melhor é que juntamos tudo, dividimos as despesas e o lucro dividimos em partes iguais. É o nosso segundo ano de exposição na Expomontes, é uma vitrine. Estamos muito fe-lizes com a oportunidade”, finalizou.

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F esta popular que agrega pessoas e personagens de vários locais do Brasil oferece durante todo o dia – das 8h às 22h – eventos técnicos como, por exemplo, leilões; Seminários; Visitas técnicas; Dia

de campo; Inclusão social; Qualidade genética; Diversão; Exposição e comercialização de produtos e implementos agrícolas; Feira da agricultura familiar; Fomento e financia-mento; Mini-fazenda; Geração de trabalho; Julgamento de animais; Expressivo número de animais inscritos.

Na programação da 42ª Expomontes, 10 leilões estão pro-gramados. A expectativa deste ano é superar 10 mil animais comercializados, no ano passado foram 9 mil.

São 4 mil empregos diretos e indiretos gerados; R$ 380 mi-lhões movimentados; 80 estandes para expositores; 1 mil animais inscritos para julgamento; 80 barracas de produtos da agricultura familiar; 20 brinquedos no Ita Parque.

EntretenimentoA Cia Promoções é a empresa contratada pela Sociedade Rural para realizar os shows durante a Mostra. São mais de 30 horas de muita música e animação.

Segundo Tiago Rezende, diretor da empresa, os shows foram es-colhidos por meio de pesquisa entre o público de Montes Claros.

“As bandas mais solicitadas estão na grade da Expomontes. A previsão de lotação máxima do Parque é para os espe-táculos de Wesley Safadão e As Coleguinhas, visto que em pesquisa foram os nomes mais cotados. Devemos receber 30 mil pessoas por dia”, descreve.

Para o evento são cinco toneladas de equipamentos entre som e iluminação. 80 bares estão sendo montados. Terão 40 fiscais no Parque coibindo a venda de bebidas a meno-res, profissionais contratados pela Cia Promoções. Todo o parque terá câmeras de monitoramento para contribuir com segurança. A Policia Militar terá, por dia, 150 policiais dentro do evento. 1.200 seguranças privados e sem contar os Bombeiros, Guarda Municipal e a Brigada de Segurança estão presentes no evento.

Renato Alencar, Diretor Jurídico da Sociedade Rural, inte-grante da Cúpula de Segurança Pública que trata e debate sobre o assunto com planejamento prévio, afirma que “é grande a preocupação da Rural, que é necessária, diante dos inúmeros casos de violência registrados atualmente. Temos que definir as ações com antecedência para evitar-mos eventos adversos durante a Mostra. Definirmos sobre aspectos para que possamos, com clareza, deliberar sobre esse evento que muda a cara do Norte de Minas e atrai novas perspectivas e fomenta toda a cadeia turística, além de ser um importante propagador de desenvolvimento”, afirmou.

Festa da nossa Gente

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Meia-entrada, um direito assegurado na Expomontes

Como determina o decreto nº 8.537, de 5 de outubro de 2015, que regulamenta a lei federal da meia-entrada (Lei 12.933/2013), a concessão do direito ao benefício da meia--entrada está assegurada na venda de ingressos para os shows da Expomontes. Na nova lei, a concessão da meia--entrada fica assegurada para 40% do total de ingressos para o evento.

De acordo com a Legislação, têm direito ao benefício da meia-entrada: os estudantes do ensino fundamental, mé-dio e superior (público e particular); professores da rede

de ensino público e particular; idosos com idade igual ou superior a 60 anos) e portadores de necessidades es-peciais – cadeirantes, cegos, portadores de Síndrome de Down e seus acompanhantes.

“Alertamos os estudantes para a importância da apresen-tação de documento estudantil idôneo. Quem adquire documento falso está se sujeitando à constrangimentos no momento da utilização do documento. Haverá rigor na conferência dos documentos e em sua autenticidade”, destaca Thiago.

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Os melhores shows numa das maiores festas agropecuárias do país

U ma grade de shows com os artistas mais populares do país na atualidade incrementa a 42ª edição da Expomon-tes, que acontece de 1º a 10 de julho, no Parque de Expo-sições João Alencar Athayde.

Na grade de shows, o sertanejo das duplas Zé Neto e Cristiano, Hen-rique & Juliano e César Menotti & Fabiano; o axé de Ivete Sangalo; a sofrência das “coleguinhas” Simone&Simaria; o romantismo de Lucas Lucco; a irreverência de Gabriel Diniz e o carisma e estilo ino-vador de Wesley Safadão.

Segundo o site Músicas mais Tocadas, em maio de 2016, dentre as músicas mais tocadas nas rádios de todo o Brasil, três delas são de artistas que estarão na Expomontes: “Seu Polícia”, da dupla Zé Neto e Cristiano (em quinto lugar); “Batom Vermelho”, de Lucas Lucco (em sexto lugar); “Coração Machucado”, de Wesley Safadão (em nono lugar).

Os shows da Expomontes têm produção da Cia Promoções, em parceria com o empresário João Wellington, Na Caixa Promoções e Sociedade Rural de Montes Claros, apresentação das Faculdades Santo Agostinho e Orthomontes e patrocínio da Tdeb! e da Albe-do Workwear O evento conta com o apoio das rádios Itatiaia Tran-samérica 98 FM e 93,5 FM.

“A Cia Promoções tem orgulho em ser parceira desse grande evento

que é a Expomontes, maior vitrine da economia de Montes Claros e de dividir este sucesso com a Sociedade Rural de Montes Claros. Não medimos esforços para trazer as melhores atrações, as mais pedidas pelo público, para abrilhantar ainda mais a Expomontes”, opina Thiago Rezende, da Cia Promoções e coordenador dos sho-ws.

Programação

• Dia 1/7 – sexta-feira – Zé Neto e Cristiano + Lucas Lucco

• Dia 2/7 – sábado – Simone e Simaria (As Coleguinhas)

• Dia 3/7 – Domingo – Aniversário de Montes Claros - César Menotti & Fabiano

• Dia 5/7 – Terça-feira - Terçaneja Universitária - Sérgio & Rodrigo e Lucas Eduardo

• Dia 7/7 – quinta-feira – Fernandinho - Show gospel

• Dia 8/7 – sexta-feira – Ivete Sangalo

• Dia 9/7 – sábado – Wesley Safadão + Gabriel Diniz

• Dia 10/7 – domingo – Henrique e Juliano, 17 horas: atração infantil – Frozen e Show da Luna (peça teatral)

Um dos espaços mais prestigiados durante a Expomontes será o Camarote Santo Agostinho, uma área diferencia-da para quem quiser curtir os shows no palco principal e pockets shows das atrações Isabela Camargo, João Victor e Mateus, Dioliver e Ban’Jah, Lucas e Eduardo, Marcelo e Matteo, além das presenças vip de Arícia Silva (Pânico na Band), Iarinha Ramos (Legendários) e Camila Campos (Gata do Mineiro 2015).

Camarote Expomontes

Presenças vip no Camarote Expomontes

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Arrastando multidões, o irreverente e ousado cantor paraibano Gabriel Diniz está entre os queridinhos do pú-blico. Conhecido pelo “forró ostenta-ção”, o cantor leva ainda vários ritmos para as apresentações. A agenda do artista, disputada durante todo o ano, fica especialmente lotada durante o mês de junho.

Sucesso em todo o país, a dupla ser-taneja Henrique & Juliano se apresen-tam na Expomontes no dia 10 de julho. O responsáveis pelo hit “Até você vol-tar” se apresentam no encerramento do evento.

Atualmente a dupla Henrique e Julia-no está entre as mais pedidas nas rá-dios de todo o país devido ao sucesso da música “Até você voltar”. No show, os músicos apresentam hits como “Na hora da raiva”, “Como é que a gente fica”, “Cuida bem dela” e “Mudando de assunto”.

Na Expomontes, as crianças também se divertem. E nada melhor que uma peça teatral com os personagens mais amados pelos pequenos: Frozen e O Show da Luna.

Na tarde do domingo, dia 10, eles vão se divertir com as histórias de Anna e Elsa e seu universo congelante e as aventuras de Luna, uma menina de seis anos que ama a ciência.

A infância compartilhada e a paixão pela música não podia ser diferente. Zé Neto & Cristiano foram criados na zona rural e foi lá que a música come-çou a fazer história na vida dos artis-tas. Sob influência, Zé Neto, desde criança, esteve envolvido com a mú-sica sertaneja, já Cristiano começou carreira na música gospel.

José Toscano Martins Neto (Zé Neto) sempre esteve envolvido com a músi-ca sertaneja raiz, influenciado pela fa-mília e tendo como referência duplas como João Paulo & Daniel, Zezé di Ca-margo & Luciano e Leandro & Leonar-do, Zé Neto enxergava em cada can-ção um estilo de vida a ser seguido.

Não há na cena musical brasileira ar-tista mais multimídia que Lucas Luc-co. Dos três anos de carreira na mú-sica, basta pegar este 2015 – ator de Malhação e fenômeno incomparável em redes sociais, com um dos singles do trabalho que lança agora, a música “Vai Vendo” beirando os 100 milhões de visualizações no Youtube. Números que crescem em progressão geomé-trica se vistos os anos anteriores, des-de a estreia com “Princesinha” pas-sando pelo megassucesso “Mozão”.

Donas do sucesso Meu violão e o nosso cachorro, Simone e Simaria trazem o show do DVD Bar das Coleguinhas à Mon-tes Claros, durante a Expomontes, no dia 2 de julho.

Meu Violão e o Nosso Cachorro, Eu Te Es-perarei, Quando o Mel É Bom, entre ou-tros, são os hits mais tocados em todas

as rádios do Brasil.

Simone e Simaria também estão muito presente nas redes sociais. Somente na rede social Facebook, a página das can-toras possui 3, 4 milhões de seguidores. No Instagram são mais de 1 milhão de se-guidores e, possuem ainda, mais de 626 mil acompanhando o trabalho da dupla no Youtube.

As irmãs baianas Simone e Simaria (pronuncia-se Simária) são estrelas de primeira grandeza na região Norte, com cerca de 25 shows por mês e clipes cujas visualizações no YouTube são sempre na casa dos milhões. Ao todo, 20 milhões de visualizações, para ser mais preciso.

Tudo teve início em Minas Gerais, na cidade de Ponte Nova. Irmãos, César Menotti e Fabiano tinham no cerne da família a música. A primeira dupla a surgir foi entre Fabio e Fabiano. No en-tanto, Fabio decidiu investir na carreira de produção musical. Foi quando Cé-sar Menotti entrou em cena e formou a dupla com Fabiano.

Os mais recentes trabalhos de Cesar Menotti e Fabiano foram lançados pela gravadora Som Livre. São eles Ao Vivo no Morro da Urca, de 2013, e Me-mórias Anos 80 & 90, de 2014. Destes trabalhos, os grandes momentos são os singles Dois Corações (Part. Jorge & Mateus), Não Era Eu e Mudar Pra Quê?.

No mais, a dupla segue fazendo suces-so, cantando e encantando a todos os fãs, sempre prezando pela qualidade de seus discos e canções com humilda-de e carisma.

Um dos maiores nomes da musica gospel brasileira, Fernandinho foi projetado nacionalmente depois de sua participação no especial de fim de ano, “Festival Promessas”, realizado pela rede Globo. O cantor também é conhecido em diversas partes do mundo onde já realizou seus shows e ministrações.

Reconhecido nacionalmente e na es-trada há mais de 10 anos, Fernandi-nho é também compositor multi-ins-trumentista e arranjador.

A estrela do axé, Ivete Sangalo, vai reencontrar os fãs de Montes Claros para um grande show no dia 8 de ju-lho, na Expomontes.

A cantora mais popular do Brasil traz para Montes Claros o seu show com antigos e novos sucessos. Vivendo um bom momento na carreira, em 2016 Ivete deu início a vários projetos. Na faceta de apresentadora, participou da primeira edição do programa The Voice Kids e já confirmou sua partici-pação na segunda edição do reality musical, além de comandar o Super-bonita da GNT.

Em abril, Ivete gravou seu novo DVD num teatro a céu aberto em Trancoso--BA com a participação de Luan San-tana e as bandas Ponto de Equilíbrio e Onze e Vinte. Ivete também será home-nageada em 2017 no enredo da escola de samba Grande Rio.

Sempre presente e atuante nas redes sociais, a cantora soma mais de 36 milhões de seguidores e tornou-se a personalidade feminina brasileira mais poderosa do país, de acordo com lista divulgada pela Forbes.

Um dos grandes nomes da música na-cional, Wesley Safadão volta à Montes Claros para animar a Expomontes, no dia 9 de julho. Quem também se apre-senta nessa noite é Gabriel Diniz.

Safadão é o cara do momento no ce-nário musical brasileiro. Carismático, engraçado, dono dos hits Camarote, A Dama e o Vagabundo e com par-ticipação de luxo em Aquele 1%, de Marcos & Belutti, Wesley Safadão é o representante do forró nordestino modernizado com toque de arrocha e com um cabelo que chama a atenção da mulherada. Ele despontou para o Brasil devido às suas letras bem-hu-moradas, dançantes e com uma pita-da de malícia.

Com o sucesso, Safadão é um dos maiores cachês do país, perdendo so-mente para Roberto Carlos.

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C rianças internadas no Hos-pital Universitário Clemente de Faria (HUCF) da Unimon-tes tiveram uma tarde muito

especial. Recheada de descobertas. 16 pacientes com seus acompanhantes e um grupo multiprofissional da uni-dade hospitalar visitaram a 42ª Expo-montes, realizada no Parque de Expo-sições João Alencar Athayde.

A primeira parada foi na Mini Fazenda, que é o retrato do campo na cidade. No local tem animais pequenos, de variadas espécies, além de brinquedos e palestras.

À tarde desta terça-feira (05) teve emoção para todos os lados. O presidente da So-ciedade Rural de Montes Claros, Osmani Babosa Neto, enalteceu o papel dos téc-nicos pela bravura em tirar as crianças do ambiente hospitalar e mostrá-las a Expo-sição, que tem encantos, conhecimento, negócios e entretenimento.

“Sem sombras de dúvidas, hoje foi um dos dias mais emocionantes aqui no Par-que. Ver cada rostinho dessas crianças brincando, pulando – mesmo com a rou-pa do hospital – eles demonstraram ale-gria no olhar, sorrisos largos. A Expomon-tes hoje reforçou mais uma vez o quão é importante ser realizada”, afirma.

Kelly Cardoso coordena a Fazendinha des-de a sua criação em 2011. De lá prá cá já foram atendidas mais de 35 mil crianças.

“Temos várias histórias na fazendinha, como algumas crianças que se emocio-naram quando viram uma vaca pela pri-

42ª Expomontes

Crianças da Pediatria do HUCF visitam a Mini Fazenda

meira vez. Tem também um casal que morava na roça, mudou para cidade e todo ano visita a fazendinha para lem-brar-se de quando moravam na roça. Mas hoje foi uma experiência inesquecível. Eu me emocionei, valeu à pena todo o pro-jeto da Fazendinha. Eu recebo as crianças das escolas, que estão bem de saúde. E receber esses meninos hospitalizados foi algo incrível, eles não queriam nem ir embora, brincaram muito. Tive que sair de perto deles de tão emocionada que fiquei”, afirmou Kelly.

A dona de casa Jaqueline Soares Barbo-sa, trouxe seu filho pela primeira vez ao Parque de Exposições e diz se sentir mui-to feliz ao vê-lo alegre.

“Tem um mês que meu filho está hospi-talizado e sair de lá, ver a rua, as casas, a cidade, foi algo maravilhoso, ele está vendo todos esses brinquedos e está se divertindo bastante”, explica.

A técnica da Escola Ciranda da Vida, do HUCF, Joelma da Silva Freitas, disse que a visita foi uma quebra de paradigmas.

“O processo de saúde e doença envolve o psicológico. E tirá-los do hospital faz com que eles ganhem força e ânimo para se recuperar. Hoje eles ganharam um novo remédio. Vanguarda! Voltaremos mais vezes. ”, diz Joelma.

A saída do HUCF demandou planejamen-to, avaliação médica e disposição. Segun-do Vilma Dias, coordenadora pedagógica da Escolinha, para as crianças e acompa-nhantes tudo foi pensando. Eles trouxe-ram lanches, água, remédios, brinque-

dos, mas a melhor de todas as bagagens foi à esperança.

“A ansiedade tomou conta de todo mun-do. Teve pai que não dormiu imaginando como seria o passeio, a novidade, o que estaria por vi. É a nossa primeira saída do hospital com crianças internadas. Como elas estão em processo de adoecimento à visita a Expomontes se torna um remé-dio. Nós entendemos que faz parte do tratamento deles, afinal eles se sentem criança, saem do ambiente hospitalar e ficam felizes”, afirmou.

Jose Santos está com dois filhos com dia-betes internados no Hospital há um mês. Por causa da uma complicação na doen-ça ele veio de Jequitinhonha para cuidar das crianças.

“Eu estava ansioso por esse passeio e veja meus filhos estão felizes. Eu amei tudo isso. Nunca tinha entrado aqui no Parque. Para nós é tudo novos! Gostei de-mais”, afirma.

O garoto Maicon Eduardo tem diabetes e estava elétrico brincando na Fazendinha.

“Eu amei isso aqui. Pode voltar mais ve-zes. Eu gostei demais esse bicho [jacaré inflável] . Quero brincar muito“, afirmou.

Para Adilson Cardoso, do Grupo de Hu-manização e Trabalho do HUCF, o passeio foi sensacional.

“Muito legal essa iniciativa de tirar as crianças do ambiente hospitalar. Eles adoraram, nós também. Gratificante

O grupo também visitou os pavilhões de animais.

88 Informe Expomontes 2016

D e onde vem o leite? Como os bichos da roça vi-vem? Você já ouviu essas perguntas de alguma criança ou sabe de histórias de pais que preci-sam explicar essas e outras questões para me-

ninos e meninas. Durante a 42ª Expomontes, a Mini Fazenda Pequi Nino é uma fonte de descobertas para eles.

Realizada há cinco anos, mais de 35 mil crianças já visitaram o espaço. “Temos várias histórias na fazendinha, como algu-mas crianças que se emocionaram quando viram uma vaca pela primeira vez. Tem também um casal que morava na roça, mudou para cidade e todo ano visita a fazendinha para lembrar de quando moravam na roça. Recebemos e-mails de visitantes elogiando e mostrando a emoção de ter nos visitado”, lembra a coordenadora do projeto Kelly Cardoso.

Ela afirma que os pais que trazem os filhos também apren-dem e saem satisfeitos com o sorriso das crianças. “A garo-tada gosta de animais, mas muitas vezes não sabe a função deles para todo o sistema que é o planeta. O nosso foco é tra-zer para o mundo das crianças um pouco do universo rural”.

A intenção do projeto é resgatar as raízes rurais oferecendo noções de preservação ambiental e o contato de pessoas da zona urbana com o meio rural. “O que me incentiva a con-tinuar com esse trabalho é o reconhecimento das crianças. Elas ficam encantadas com o espaço e tudo que surge aqui”, afirma Kelly.

Por ser uma educadora e mãe, Gisele Petroni confirma a im-portância de integrar as crianças ao campo e à natureza.

“Como o setor rural é o grande motor da economia da nossa região é importante trabalhar a começar de criança desde o cuidado com o solo até a revitalização de nascentes e da

vegetação. A vivência do campo não está próxima de todas as crianças, infelizmente, e esta é uma oportunidade de unir a criança, o campo e a cidade”, explica.

Durante os 10 dias de Expomontes o espaço permanece aberto e recebe visitas de pais com crianças e de escolas da cidade que trazem comitivas de estudantes.

“Alteramos o formato e visando ofertar mais conhecimen-to a quem passar pela Fazendinha. O projeto é importe por abordar questões ambientais, de cuidados simples que faz grande diferença no meio ambiente. Além de promover a família urbana contato com um pedacinho do campo com bichos tipicamente de fazenda”, conta Kelly.

Na edição deste ano, além de estar aberta ao público com um pouco do campo na cidade, palestras sobre alimentação saudável, consumo consciente e reciclagem vão ser minis-tradas por profissionais para os pequenos. Monitores tam-bém foram preparados para receber as crianças com novi-dades para a 42ª Expomontes.

Na área dedicada à mini fazenda, animais e personagens estão lá prontos para receber, como bons anfitriões, os me-ninos e meninas, entre eles um símbolo regional. “O Pequi gigante é um dos que recebem as crianças e, claro, os pais e responsáveis que vêm juntos.

Para o presidente da Sociedade Rural, Osmani Barbosa Neto, a estrutura da Expomontes precisa trazer entreteni-mento e conhecimento para todas as idades. “O futuro do campo está nas crianças de hoje e do amanhã. A educação sobre o meio rural é necessária para falar da importância de preservar o ambiente e a cultura raiz”.

Educação ambiental - Fonte de descobertas

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Recepção ao presidenteMemorial

O Parque de Exposições João Alencar Athayde é porta de entrada para diversas au-toridades estaduais e na-

cionais. Em diversos momentos parla-mentares, governadores e presidentes da República chegaram à cidade para participar da Exposição Agropecuária mais importante da região. Por este Parque já esteve presente o mineiro Juscelino Kubitschek de Oliveira.

E foi em um desses momentos que o diretor Paulo Macedo começou a co-laborar com a Sociedade Rural na sua juventude, aos 22 anos. Ele conta que a cidade não tinha tantos hotéis como hoje e a qualidade era inferior. Para resolver esse empecilho, os membros da Sociedade Rural abriam suas casas para receber os convidados de fora.

“Naquela época, todos se envolviam nos detalhes na produção da exposi-ção. As necessidades eram diferentes das de hoje. E cada associado ajudava

como podia. A mostra durava por volta de cinco dias”, afirmou.

Nas proximidades da Expomontes da época, foi anunciado que o então pre-sidente da República Humberto de Alencar Castelo Branco viria participar das festividades. Três dias antes da data marcada para a chegada do chefe do executivo, as equipes de segurança e cerimonial desembarcaram na cida-de em aviões da Força Aérea Brasileira.

“Existia uma grande preocupação com a segurança. Ainda mais por ter come-çado no ano anterior a ditadura militar no Brasil. Existia um medo na época de algum atentado. Como estava recente o começo da ditadura, o esquema de proteção foi grande. Foi a primeira vez que participei de uma comitiva de re-cepção para a Exposição”, afirma.

Após o desembarque, carros e cami-nhões levaram os militares e equipa-mentos até uma chácara do Município.

“Eles montaram um quartel em pouco tempo. Foi rápido, pois eles não pode-riam perder a comunicação com a ca-pital Brasília. Antenas e rádios foram instalados ali”, conta.

Dois dias depois, houve a chegada do presidente Castello Branco.

“Ele pousou na cidade e foi direto pres-tigiar a abertura da Exposição Agrope-cuária. Acompanhei cada momento deste e relembro sempre como algo im-portante. O parque sempre foi local de discussões e a Expomontes tem o papel de chamar para o debate”, afirma.

Após a abertura oficial daquele dia, o chefe de Estado partiu para outros compromissos.

Seu Paulo Macedo continuou sua tra-jetória em Montes Claros. Desde então não saiu da Sociedade Rural. “Já são 51 anos em que estou aqui ajudando no que for preciso. E quero continuar en-quanto tiver forças”, garante.

90 Informe Expomontes 2016

42ª ExpomontesFuturos Profissionais da Expomontes

A 42ª Expomontes, além do entretenimento e dos ne-gócios, também abre as portas para futuros pro-

fissionais das áreas de Zootecnia, Ve-terinária e Engenharia Agrônoma. 22 alunos de 100 inscritos participam do estágio supervisionado, coordenado pela professora e Diretoria da entida-de, Silene Barreto. Momento importan-te para estudantes que vão colocar em pratica o conhecimento adquirido nas salas de aula.

Para Silene, “o estágio na Expomontes oferece uma oportunidade não só de colocar em prática o que eles aprende-ram, mas também de aumentar o con-tato. Os estagiários aqui lidam com a realidade do campo. Uma ótima opor-tunidade para unir a teoria da facul-dade e a prática. É importante porque eles participam de todos os momentos da exposição desde a chegada dos ani-mais, os julgamentos dos animais, a parte clínica - caso algum animal preci-se aqui dentro, eles estão prontos para

auxiliar os veterinários de plantão”, diz Silene.

O estagiário do 7º período de agrono-mia, Thiago Souza, está realizando seu primeiro contato com animais. Para ele, é uma experiência inesquecível.

“É importante porque fazemos uma rede de contados com os produtores rurais. Os animais são de altíssima qualidade. Aqui estou conseguindo aprender bastante sobre o mundo do campo”, diz o estagiário.

Para o estudante do 5º período de me-dicina veterinária, Getúlio Alves, o está-gio é uma oportunidade de colocar em prática o que aprendem na faculdade.

“Estamos aplicando na pratica o que aprendemos na teoria, que é bem di-ferente. Essa é uma oportunidade úni-ca, que várias pessoas tentam, mas somente nós fomos selecionados e eu fico muito grato a todos por esta chan-ce”, diz Getúlio.

LISTA DE ESTAGIÁRIOS EXPOMONTES 20161.Antônio Sérvulo de Almeida Neto 2.Ariadne Freitas Silva3.Alttiery Alves de Matos4.Geralda Gabriele da Silva5.Getúlio Araújo Alves6.Ingridd Thayane Leite Soares7.João Marcos Silva Santos8.João Victor Nobre Santos9.Julia Borém de Brito10.Laura Gomes Lopes11.Leonardo Victor Pacheco12.Luciane Renata Araújo13.Marlon Nogueira do Vale14.Matheus Mota Costa15.Nikolly Ferreira Santos Lopes16.Paula Fonseca Ribeiro17.Pablo de Almeida Santos18.Rodrigo Santos Brito19.Sarah Colen Santana20.Sabrina Laís Fonseca21.Sávio Fernandes Costa22.Thiago Henrique Sanguinete Souza

DATA: 05 DE JULHO DE 2016HORÁRIO: 14:00TEMA: O Planejamento Tributário no AgronegócioPALESTRANTES: João Lucas Vieira Saldanha e Guilherme Henrique Gualtieri de Oliveira.____________________________________________DATA: 06 DE JULHO DE 2016 - SEMINÁRIO SOBRE A SUSTENTABILIDADE DA BOVINOCULTURA NO SEMIÁRIDOTEMA: Alternativas de forrageira para pastejo e armazenamento.HORÁRIO: 08:00 - 17:00

DATA: 07 DE JULHO DE 2016 - DIA DE CAMPO DA BOVINOCULTURATEMAS: Controle zootécnico, Confinamento, Manejo reprodutivo e Manejo nutricionalHORÁRIO: 13:00 - 18:00__________________________________________DATA: 08 DE JULHO DE 2016 - ATUALIZAÇÃO ZOOTÉCNICATEMA: Manejo e nutrição de aves caipiras.HORARIO DA PALESTRA: 13:00 - 16 :00

Agenda de palestras

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THEODOMIRO PAULINO

HÁ várias décadas o “BARZINHO DO THEO” se tornou uma referência du-

rante a grandiosa festa agropecuária, recebendo personalidades que che-

gam para a festa, amigos e visitantes.Por isso mesmo, mais uma vez estou

destacando algumas presenças que estiveram nos prestigiando na expo

do ano passado.

TRADIÇÃO NA “EXPOMONTES”

A brindo a página homenageando um dos maiores pecuaristas da história de Montes Claros, ou seja, Osmani Barbosa com sua espo-sa Dona Maria, a filha Lenira e o neto Osmaninho. Osmani Barbosa , certamente no andar de cima está feliz em ver que o querido neto está

seguindo seus passos e sendo também presidente da Sociedade Rural, e sempre lutando em prol do sofrido homem do campo desse sertão castigado pela estia-gem e abandonado pelos governantes. Como sempre digo, o HOMEM DO CAMPO é um eterno guerreiro, e não deixa mesmo ser vencido pelas dificuldades.

Julia Barbosa Amaral, Valquíria Aquino, Line Barbosa, Sérgio, Lenira Barbosa Muratori; Osmani Barbosa, Maria Dias Barbosa, Osmária Barbosa, Osmane (Binha) Sant’Ana. Agachados: Fátima Barbosa Horta, José Alfredo Dias Barbosa, Malaquias Dias Barbosa e Osmani Barbosa Neto.

92 Informe Expomontes 2016

Alexandre e Maristela Colares com a filha Nathália.

Ricardo e Bárbara Peixoto Marini.

Nelson Rocha e Lunna Costa, Sterphanie Paulino e Luana Tavares.

André e Ayesca Muratori e Lenira Barbosa.

Ronaldo e Railda Mourão, Carlos Almeida e Luisa, Rodrigo e Luiciana Paulino Mourão.

Recebendo o então ex-governador Alberto Pinto Coelho.

Osmani e Gisele Barbosa, Sérgio e Renata Peres Figueiredo.

Carlos Alberto e jussara Lins Maia, Dirceu e Alice Angélica Rocha Colares. Carola e Paulinho Aquino com o filho Paulo Augusto

Raphael e Fernanda Figueira Mourão , Hércules e Adriana Costa

Cel. Orlando com o filho, Abel Sena, o Deputado Tadeuzinho Leite , Pancho Silveira e Maçarico. Cenário do Barzinho.

Mayave e Moacyr Basso e a filha Nayara.

Altair e Maria Thereza Braga Moura, Lucinea e Leo Pereira.

Otacílio e Socorro Gonçalves Souza com os filhos João Vitor, Isabela e Maria Vitória. Claudinho e Jane Barbosa dos Anjos com o filho Yan.

Antonio Silveira e Mardete.

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Claudinho e Jane Barbosa dos Anjos com os filhos Yan, Hannah e Dara.

Paulo Elmo e Juliene, Wilson e Eva Andrade Borges e Mirna Avelino Pereira. Com Selma Dias e Caico Siufi.

As irmãs Marina e Mary Queiroz, Alessandra e Andrey Souza.

Genesio e Mariza Nobre Tolentinocom os filhos Ana Ester, Luiz Gustavo e Vitor Hugo.

Emoldurado por Andrea Froes e Kelly Silva.

Fernando e Suziane Pessoa , Geraldo e Vânia Costa Silveira.

Cibele Macedo e Selma Dias.

Francisco Marcondes, Silvia e Lintton Guedes.

Com Sérgio e Carla Sampaio Athayde e Dona Lourdinha Sampaio.

Antonio Soares Dias e Rosangela Peres.

Cydia e Paulinho Macedo.

Bernardo e Gislyane Lopes Pinheiro.

Com Thelma Gusmão Pompeu, Jair e Inês Sá Miranda, André Carvalho e Magnus Medeiros.

94 Informe Expomontes 2016

OSMANI BARBOSA e Gisele, LENIRA Barbosa, Claudio e Jane Barbosa dos Anjos, Eduardo e Ludmila Muratori Coelho, e Clélio Barbosa Muratori.

Encontro de amigos.

EDUARDO PIMENTA de Carvalho com a esposa Mariah e, os filhos João Vitor e Gabriel.

EMOLDURADO por Carolina Figueira Costa, Isabela e Bárbara Leal Paulino e Samantha Paulino.

JÚNIOR e Sandra Tolentino Marcondes com o filho Francisco com a namorada Ana Luisa, Sérgio e Renata Peres, Fernanda e Mércio Pereira, Gisele e Osmani.

OUTRO cenário do Barzinho.

Paulinho Macedo, Vila Murta, Junior Durval e Rodrigo Murta.

EMIR e Maria Helena Cadar.

Léo Mendes e Marcelo Torres com suas belas esposas Cecília e Ana Amélia.

RENATA Frota, Lillian Fernandes Andrade e Lilian Pinheiro Macedo.Sergio Peres e Renata Malta.

EDUARDO Guedes, Rejane Mota, Cristiane e Lucas Pinto.

JOÃO LUCIO e Maura Kfuri com a filha Talita e Magnus Medeiros.

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WILSON e Ana Elisa Marcondes Parrela com os filhos, Alexandre e Rodrigo.

IGOR e Fernanda Menezes Xavier.

GUSTAVO Cesar Oliveira, Rosangela Silveira, Leila Paculdino e Dolores Alkmim.

JOSÉ ANTONIO e Rosane Colares Rodrigues.

LETICIA Turano Oliveira e Leandro, Hamilton Trindade e Claudio Aquino.

GRUPO de amigos

COM Ruy e Raquel Muniz e Gil Pereira.

UM ASPECTO geral do Barzinho.

FABRICIO(Dezinho) Juliano e Tatiane Boavetura Silva.

COM Bernardo Brant.

SILVANO e Sofia Tolentino

GERALDO e Maria Lúcia Sarmento, Fátima Turano e Eliziário resende.

Alan Alencar Paulino e Mayra Nassau.

VIVALDO e Maria Helena Lopes Macedo.

GUSTAVO XAVIER FERREIRA com a esposa Danusa, Maçarico, Arnaldo e Tatiane Mendes.

Giseli Gisele Petroni Ramos Petroni e Osmani Barbosa Neto e familiares no Barzinho do Theodomiro Paulino.

JEAN KARLO e Renata Frota.

JAIME e Mariela Batista

96 Informe Expomontes 2016

OS IRMÃOS DALTON e Dario Colares.

Sabrina com o esposo João, Rodrigo com a esposa Janaina, e da França Marys Sarmento ai com a médica Luisa Oliveira.

LUCIANA Couri e Maria Thereza Sã Guimarães.

COM Fernando Macedo, Paulo César Santiago e Pancho Silveira.

LUCAS e Jota Avelino, Danilo Ladeia, este jornalista, Nádia Mota Thelma Fialho e Graziella Ferraz.

MARLON e Silvana Simões Amaral, Leo e Maithê Colares.

FÁBIO e Lillian, Ricardo e Angela Laughton.CARLOS GENUINO e Marina Ataide de Quadros Figueiredo.

WALMIR e Eliney Santos com a filha Maria Clara e uma amiga.

CECÍLIA e Anderson Paiva, Ana Lívia e Gante.

O juiz Isaias Caldeira com a esposa Hélia.

Com Sterphanie Paulino, Dawson e Karla Malveira.

WILLY e Claudia Paulino Ramos comandano o Barzinho com Lucas, Sterphanie, Handrey e Brennda.

EVANDRO e Ada Cordeiro Avelino Pereira.

FÁBIO Rebello com os filhos Júnia e Fabinho.

MÉRCIO e Fernanda Lanza Vieira com as filhas Bárbara e Jordana, Netinho e Angela Braga Pinho Pereira.

LILIAN E MARCOS NARCISO com os filhos Fernanda, Bel com o namorado Rogério Machado e Marquinhos com a namorada Bel Machado.

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M uito se tem falado sobre a seca no Norte de Minas e suas consequências nas dimensões Econômica e Social. Na primeira, prega-se que os prejuízos, ao longo dos últimos cin-

co, anos atinge a casa dos dois bilhões de reais, computando a frustação de cinco safras seguidas de grãos, redução da pro-dução leiteira em mais de 60%, somando ainda a saída para outras regiões de aproximadamente 45% do rebanho bovino existente em 2010, vendido a qualquer preço, para não serem vitimas do flagelo da seca.

Quanto à dimensão social, registra-se uma população de 1.800.000 pessoas distribuídas em uma área geográfica de 128.000 km², a mercê da adversidade climática que castiga o Norte de Minas das quais, 900 mil encontram-se no meio rural, desprovidas ou mal servidas dos amparos das politicas sociais voltadas para a saúde, educação e moradia.

Diante da atual situação, o que fazer para amenizar o atual ce-nário? È culpa dos governantes? È culpa da população dos pro-dutores dos diversos seguimentos que não entendem ou não querem entender o que é produzir de forma sustentável?

Bem, é bom relembrar que o fenômeno da seca no Brasil data da época do império, visto que no ano de 1877 quando ocor-reu uma das piores seca no Brasil, o Imperador Dom Pedro II proclamou uma frase célebre: “Não restara uma única joia na coroa, mas nenhum nordestino morrerá de fome por causa da seca”. Então na época, foi criada uma comissão imperial para desenvolver medidas que pudessem atenuar as futuras secas, como: importação de camelos, construção de ferrovias e açudes; a abertura de um canal para levar água do Rio São Francisco para o Rio Jaguaribe no Ceará (transposição do S.Francisco) e entre outras medidas das quais, poucas saíram do papel. A seca de 1877 passou e pouco se fez, e outras secas ocorreram. Entretanto tempos depois, no nordeste, através de politicas públicas voltadas para a convivência com a seca, conseguiu montar uma estrutura de aproveitamento, e pro-dução de água na época da SUDENE, construindo infraestru-tura de retenção de água o que tem segurado a população no semiárido brasileiro.

Desta forma, o que estamos vivenciando no Norte de Minas

não é nenhuma novidade, só que estamos em pleno século XXI e temos que pensar e agir conforme nossa época, sa-bendo que, chove pouco na região, e o pouco que chove, 70% vai para o Oceano Atlântico, isto significa que por in-crível que pareça, somos um dos maiores fornecedores de água para um oceano que não precisa desse bem visto que, não se tem proposta para barramento e aproveitamento das águas de chuvas.

Assim, é importante que a população tenha consciência que a convivência com a seca é responsabilidade de todos. Não é rotular culpado, e sim, assumir e dividir as responsabilidades. É eleger representantes políticos comprometidos com os pro-blemas regionais; é cobrar dos eleitos e ocupantes de cargos, politicas públicas voltadas para a correção das distorções cli-máticas, relembrando dentro dessa ótica, um fato interessante de responsabilidade, em que um produtor rural no Estado do Paraná, foi penalizado pela Promotoria Ambiental, por morte de parte do rebanho bovino sob sua tutela , devido a falta de alimentos e agua.

Por consequência, a malha de responsabilidade de convivên-cia com a seca abrange os diversos segmentos da sociedade, começando pelo elo mais simples da cadeia de produção que é o produtor rural, o qual tem a responsabilidade de preser-var seus recursos naturais, produzindo de forma sustentável; das comunidades rurais responsáveis pela manutenção das sub-bacias hidrográficas; dos municípios criando programas regionais; dos estados apoiando as demandas dos municípios, e da União em uma visão macro de sistemas estruturantes de abastecimento.

Diante deste contexto, é importante analisar quais as obras ou programas de barramentos de águas realizadas nos últimos governos na região. E é interessante também, avaliar algu-mas obras realizadas, e seus efeitos econômicos e sociais, por exemplo, o que seria de Janaúba sem a barragem de Bico da Pedra, de Salinas sem a barragem do Bananal, de Águas Ver-melhas sem a barragem de Machado Mineiro. Dessa forma, torna-se relevante avaliar o que será de Montes Claros nos pró-ximos 20 anos com seus 600 mil habitantes, caso a barragem de Congonhas, e até mesmo de Jequitaí não sejam construídas para matar a sede da sua população.

EFEITOS DA SECA NO NORTE DE MINAS GERAISMontes Claros, junho de 2016. Reinaldo Nunes de Oliveira

Engenheiro AgrônomoCoordenador Técnico

98 Informe Expomontes 2016