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CONTRATO Nº 594655

Revista ARAN outubro 2016

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Page 1: Revista ARAN outubro 2016

FÓRMULA CONSTANTE NA PROPOSTA DO OE DEIXA DE FORA REDUÇÃO DA COMPONENTE AMBIENTAL

Custo de importação de automóveis usados mais antigos com aumento acentuado em 2017

• Subida média de 3% no ISV e 1% no IUC• Taxas adicionais ao gasóleo mantêm-se Págs. IV e V

CONTRATO Nº 594655

Nº 302

EstudoMillennials consideram automóveis elétricos melhor medida para futuro sustentávelPágs. VI e VII

Prevenção Rodoviária Portuguesa Idosos representam cerca de 30% das vítimas mortais nas estradasPág. VIII

LançamentosNovo Nissan Micra pretende ombrear com os melhores do segmento Pág. X

Renault lideraVendas continuaram a abrandar até setembroPág. IV

de automóveis usados mais antigos com aumento acentuado em 2017de automóveis usados mais antigos

Page 2: Revista ARAN outubro 2016

AF IMPRENSA REV. BP PLUS 257x185.ai 1 11/10/16 10:47

Page 3: Revista ARAN outubro 2016

IIIsexta-feira, 21 de outubro 2016

Setor automóvel: o cliente habitual do fisco

A proposta do Orçamento do Estado para 2017 segue a fórmula de praticamente todos os anos e usa o automóvel, que é um bem necessário para as famílias portuguesas e um setor que emprega dezenas de

milhares de pessoas no nosso país, como fonte de receitas fiscais adicionais. O setor automóvel é, com efeito, um cliente habitual dos aumentos fiscais em Portugal.

Costumo dizer que as oficinas que estão com pouca rentabilidade têm como medida mais simples o aumento do preço da mão de obra. O pior é que ao fazerem, perdem os clientes. Nós, o “Zé”, temos simplesmente de aceitar.

Pois bem, nas receitas fiscais, os sucessivos governos têm-no podido fazer. O perigo é que se pode chegar a um ponto em que as vendas de automóveis novos ficam de tal forma baixas que as receitas fiscais atingem mínimos preocupantes. Isso já aconteceu no passado com segmentos específicos (como os todo-o-terreno, por exemplo) e pode repetir-se com a generalidade do mercado.

Obviamente que, na ARAN, não o desejamos, pois isso significaria dificuldades extremas para os nossos associados. O risco, porém, existe e é real.

A propósito dos nossos associados, no presente, preocupam-me as vendas diretas dos importadores. De facto, a forma como algumas dessas vendas são feitas coloca em perigo a sustentabilidade das redes de concessionários.

Quanto ao ISV para a importação de automóveis usados de outros países da União Europeia, a proposta de lei revelou-se uma falácia. Quando muitos pensavam que os novos escalões iriam baixar os custos da importação, a proposta, aparentemente, encarece o processo, dado que a nova fórmula apenas incide na componente cilindrada, deixando a ambiental igual à aplicada a viaturas novas. Apenas as viaturas mais recentes e com menos emissões é que sairão beneficiadas em 2017, já as mais antigas serão consideravelmente mais caras.

Em tese, concordo com uma taxação superior de viaturas mais poluentes. Mas há uma questão que parece não ter sido pensada: é que Portugal não tem oferta suficiente de automóveis usados para abastecer o mercado e a importação apresenta-se como uma solução.

O que o Governo deveria ter feito, e, ao que parece, não fez, era fiscalizar eventuais casos de pouca transparência de operadores que se dedicam à importação de veículos usados de outros Estados-membros da UE. Não há provas de nada, mas o facto é que nos chegam relatos de falta transparência de alguns operadores. O Governo devia, antes de aumentar o ISV para essas viaturas, tomar medidas para que o negócio fosse escrutinado, para evitar casos de concorrência desleal para com os operadores cumpridores.

Uma última palavra para as reduções no incentivo ao abate de veículos em fim de vida para a introdução no consumo de viaturas plug-in (que é reduzido para metade) e viaturas elétricas (acaba). A ARAN nem é das associações que mais defende o incentivo ao abate, preferindo a redução dos impostos associados a viaturas menos poluentes. Pois bem, a proposta do Orçamento do Estado para 2017 acaba (praticamente) como o abate, mas também aumenta a fiscalidade para todas as viaturas. É o setor automóvel a ser o cliente habitual dos aumentos do fisco.

A ARAN vai marcar a sua presença habitual no Expo Clássicos que se realiza este fim de sema-

na (22 e 23 de outubro) no Pa-vilhão Multiusos de Guimarães. Trata-se da nona edição do even-to. Para além da área central de-dicada à exposição de viaturas e motos clássicas, clubes, museus e colecionadores particulares, com capacidade até duas centenas de veículos, a galeria superior está reservada ao comércio de peças, motociclos e velocípedes com e sem motor, automobilia, dispo-nibilizando-se 70 espaços para o efeito.

A Expo Clássicos é uma or-ganização conjunta da Tempo

Livre e do Clube de Automóveis Antigos de Guimarães, contando com o apoio da Câmara Munici-pal de Guimarães e a parceria de

diversas entidades públicas e pri-vadas, destacando-se, na edição de 2016, a colaboração da Asso-ciação Momentos VW.

Os colecionadores particu-lares também podem participar na Expo Clássicos através da co-locação de viaturas em exposição associando-se a algum clube ou museu ou estacionando no par-que de clássicos (três euros por viatura, com pulseira gratuita para o condutor)•

ARAN presente no Expo Clássicos de Guimarães

O CEPRA vai realizar, em Seia, de 24 a 28 de outu-bro o curso “Reparação de Motores VW – FSI e

TSI”. A formação terá a duração de 20 horas em horário pós-labo-ral e terá lugar nas instalações da AP Pais, em Paranhos da Beira (6270-131, Paranhos da Beira; Tel. 238978041).

Os conteúdos são a metrolo-

gia - instrumentos de medição, ferramenta especial, literatura técnica, e a desmontagem, mon-tagem e verificação dos motores

FSI. Mais informações em www.aran.pt•

O curso realiza-se na próxima semana

Ficha técnica: Suplemento ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel | Diretor: António Teixeira Lopes | Redação: Aquiles Pinto, Ricardo Ferraz, Fátima Neto, Nelly Valkanova, Bárbara Coutinho, Tânia Mota, Joana Leal e Kima Sayberdieva | Arranjo Grá�co e Paginação: Célia César, Flávia Leitão e Mário Almeida | Propriedade, Edição, Produção e Administração: ARAN - Associação Nacional do Ramo Automóvel, em colaboração com o Jornal Vida Económica Contactos: Rua Faria Guimarães, 631 • 4200-191 Porto Tel. 225 091 053 • Fax: 225 090 646 • [email protected] • www. aran.pt | Periodicidade mensal | Distribuição gratuita aos associados da ARAN

EditorialANTÓNIO TEIXEIRA LOPES

Presidente da direção da ARAN

A ARAN voltou a marcar presença no AutoClás-sico Porto, na Exponor. A XIV Salão Internacio-

nal do Automóvel e Motociclo Clássico e de Época realizou-se nos dias 7,8 e 9 de outubro. Or-ganizado pela Eventos del Motor, este é o maior certame de viaturas clássicas da Península Ibérica.

O Salão do Porto destacou-se

sempre pela grande variedade de atividades, homenagens e stands especiais da exposição. Alfa Ro-meo Duetto, Fiat 124, Toyota Corolla, Honda S800, BMW Sé-

rie 2 e M3, Ford Fiesta e a moto Vespa foram algumas das atrações do evento. Destaque ainda para o Motorshow onde a competição automóvel é rainha•

A ARAN irá realizar em Coimbra, o curso “Ates-tação de Técnicos para Intervenções em Siste-

mas de Ar Condicionado - Nível 2”, de 7 a 10 de novembro. O cur-so tem duração de 14 horas e será

ministrado em horário pós-laboral (19h00 às 23h00) nas instalações da Auto Garagem de Coimbra, Lda.

Mais informações, nomeada-mente o preço e a ficha de inscri-ção em www.aran.pt. As inscrições

deverão ser enviadas com 15 dias de antecedência da data do curso•

Reparação de motores Volkswagen na Beira Interior

O curso realiza-se de 7 a 10 de novembro

Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado em Coimbra

A ARAN é um parceiro de sempre do evento

O evento realiza-se já este fim de semana

ARAN voltou a ser parceiro do AutoClássico Porto

CURSOS

GruponacionalprocuraparaumadassuasempresasnaáreadosTransportes,Motoristasdepesadosdesemi-reboqueparaserviçointernacional.

Perfil:

PossuidordeCartaCE(fatoreliminatório)

PossuidordoCerDficadodeApDdãodeMotorista(CAM)

PossuidordeADR(fatorpreferencial)ExperiênciaemconduçãoDisponibilidadeImediata

SededaEmpresa:VilaNovadeGaia(Porto)

ParasepodercandidatarenvieoseuCurrículocomaRefªMotoristapara:[email protected]

atravésdo227478078(FalarcomSusanaAbreu).

Motoristas

PARASERVIÇOINTERNACIONAL

Page 4: Revista ARAN outubro 2016

sexta-feira, 21 de outubro 2016IV Vsexta-feira, 21 de outubro 2016

Ao contrário do que se esperava, os impostos sobre os automóveis usados importados vão aumentar em 2017. Apesar de Portugal ter sido condenado pelo Tribunal de Justiça da União Europeia, por considera que a tributação que tem sido aplicada na importação de usados é discriminatória, o Governo decidiu, proposta do Orçamento do Estado para o próximo ano, alargar a redução de imposto sobre veículos (ISV) na componente de cilindrada, mas excluir a componente de CO2, aumentando o imposto a pagar na generalidade dos casos, exceto nos automóveis muito recentes.Ao agravar a discriminação fiscal na tributação dos usados importados, o Governo trava as compras na UE de automóveis usados mas fica mais exposto a um processo de infração por parte das autoridades europeias. O ISV foi criado em 2007 e depende de dois critérios: cilindrada e emissões de CO2. A principal componente do valor do imposto está nas emissões de CO2.O tratamento diferente de usados importados não se fica pelo ISV e também acontece no imposto único de circulação (IUC). O IUC anual a pagar chega a ser dez vezes mais elevado na comparação entre dois automóveis da mesma marca, do mesmo modelo e do mesmo ano, com a única diferença de um ter sido importado novo e outro usado.

AQUILES [email protected]

A proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE 2017) prevê alterações ao imposto sobre veículos

(ISV) para a importação de auto-móveis usados de outros países da União Europeia. São introduzidos novos escalões relativos ao cálculo da desvalorização do ISV dos veí-culos usados provenientes de outros Estados-membros, para o caso em que estes ainda não atingiram um ano e para o caso de veículos com mais de cinco anos, na sequência de um Acórdão do Tribunal de Justiça da União Europeia, que condenou Portugal por não prever taxas de desvalorização para estes casos.

No entanto, ao contrário do que parece à primeira vista, os au-tomóveis oriundos de outros paí-ses comunitários devem ficar mais caros, dado que a nova fórmula apenas incide na componente cilin-

drada, deixando a ambiental igual à aplicada a viaturas novas.

Fonte do Ministério das Finan-ças indicou à “Vida Económica” que “até agora, a percentagem de desvalorização do veículo deveria conduzir a uma redução proporcio-nal do imposto calculado com base na cilindrada e do imposto calcula-do com base na componente am-biente”. A mesma fonte refere que “o atual OE corrige esta abordagem na importação de veículos usados, sujeitando-os integralmente à tri-butação da componente ambiental, atenta a sua finalidade extrafiscal. A poluição gerada por um veículo deve ser tributada de igual modo, quer seja comprado novo, quer seja importado em segunda mão. Caso contrário, estaríamos perante um

AQUILES [email protected]

O mercado português de automóveis ligeiros (veículos de passageiros e comerciais) aumen-

tou 15% de janeiro a setembro de 2016, em comparação com o período homólogo de 2015, para um total de 183 529 unidades. Em setembro, o mercado eviden-ciou um crescimento de 11,6% relativamente a igual mês do ano anterior, ascendendo a um total de 16 948 veículos desta categoria.

Por marcas, a Renault con-tinua na liderança do mercado no acumulado de janeiro a se-tembro, seguindo-se Peugeot e Volkswagen. A Renault foi, aliás, a marca que mais cresceu entre as do “top” dez, apenas atrás da Fiat. Em sentido contrário, a Volkswa-gen foi a única entre as dez mar-cas mais vendidas que não cres-ceu, tendo, mesmo, evidenciado uma ligeira descida (-0,5%).

Ligeiros de passageiros crescem como mercado

Por segmentos, em setembro foram vendidos em Portugal 13 965 automóveis ligeiros de pas-sageiros, ou seja, mais 10,6% do que no mês homólogo do ano anterior. No acumulado de 2016, as vendas de veículos ligeiros de passageiros totalizaram 158 931 unidades, mais 14,9% do que no ano passado.

Quanto aos comerciais ligei-ros, no mês passado venderam--se no nosso país 2983 unidades, mais 16,7% do que no mesmo mês de 2015. As vendas acumu-ladas do ano foram de 24 598 veículos, o que representou um aumento de 15,3% em relação ao período homólogo do ano ante-rior.

Quanto aos veículos pesados de passageiros e de mercadorias, verificou-se em setembro uma subida de 21,2% em relação ao mês homólogo do ano anterior, tendo sido comercializados 497 veículos desta categoria. No acu-mulado de 2016, as vendas situa-ram-se nas 3555 unidades, mais 21,4% face ao mesmo período do ano passado•

Crescimento do mercado nacional mantém tendência de abrandamento

AQUILES [email protected]

O imposto único de cir-culação (IUC), taxa anual que substituiu o antigo “selo” auto-

móvel, continua, na proposta do Orçamento do Estado para 2017 (OE 2017) a taxar os veí-culos usados importados de ou-tros países da União Europeia (UE) como se de viaturas novas se tratasse. Aparentemente, isso poderá consubstanciar uma si-tuação semelhante à ocorrida com o ISV e que resultou num Acórdão do Tribunal de Justiça da UE que condenou Portugal.

A “Vida Económica” efe-tuou três simulações em que compara o “mesmo” veículo usado com primeira matrícula em Portugal ou em outro Es-tado-membro da UE. Sem sur-presa, as diferenças são acen-tuadas, sobretudo nos casos em que a primeira matrícula é infe-rior a 1 de julho de 2007, data da reforma à fiscalidade auto-móvel portuguesa. O exemplo mais gritante é o de um Merce-des S320 CDI, em que a uni-dade “portuguesa” liquidará, de acordo com a tabela de IUC constante no OE2017, 65,98 euros, contra 619,77 euros da unidade importada•

Equiparação de usados importa dos a novos no IUC pode valer nova reprimenda de Bruxelas

A Renault (na foto a Megane Sport Tourer) consolidou a liderança

Descontos no ISV para usados importados vêm na sequência de Acórdão do TJUE que condena Portugal por não prever taxas de desvalorização, mas incidência a apenas na cilindrada torna-os mais caros

RENAULT: O LÍDER CRÓNICO EM PORTUGALJaneiro a Setembro

Unidades % % no Mercado  2016 2015 Var. 2016 2015Renault 24.592 19.517 26,0 13,40 12,23 Peugeot 19.011 16.590 14,6 10,36 10,40 Volkswagen 14.771 14.847 -0,5 8,05 9,30 Mercedes-Benz 13.287 11.447 16,1 7,24 7,17 Citroën 11.394 9.972 14,3 6,21 6,25 BMW 11.146 9.847 13,2 6,07 6,17 Opel 10.580 9.333 13,4 5,76 5,85 Fiat 10.284 8.041 27,9 5,60 5,04 Nissan 9.314 8.421 10,6 5,07 5,28 Ford 8.354 8.011 4,3 4,55 5,02

Fonte: ACAP

benefício fiscal à importação de veí-culos poluentes em segunda mão”.

Subidas de quase 4000€

A “Vida Económica” efetuou quatro simulações, a relativa a 2016 com base no simulador on-line pre-sente no Portal das Finanças ARAN e a relativa a 2017 com base em cál-culos da “Vida Económica”. Tendo em conta que a redação e a fórmula constantes na proposta do OE 2017 referem apenas a componente cilin-drada na fórmula de cálculo para o desconto de usados, não usámos a componente CO2 do imposto nas nossas contas.

Assim, no caso de um Mercedes C 200d de março de 2016 (com 10 mil km) a diferença entre o último dia deste ano e o primeiro do próxi-mo será superior a mil euros (mais barato em 2017). Em sentido con-trário, o preço final de uma Audi A6 Avant 2.7 diesel (com 250 mil km) de junho de 2006 sobe quase quatro mil euros com o novo OE. Também um Volkswagen Passat de janeiro de 2006 (com 190 000 km) verá o seu preço final no nosso país aumentar em 2017, cerca de 2500 euros neste caso. Num cená-rio intermédio, um BMW 320d de junho de 2013 (com 150 mil km), ficará mais caro mil euros com o OE 2017.

ISV: Abate para elétricos acaba

Esta é a principal alteração ao ISV contido na proposta do OE 2017, mas não é a única. É criada uma isenção de ISV aplicável aos automóveis ligeiros de passageiros que se destinem à atividade de alu-guer sem condutor, quando adapta-dos ao acesso e transporte de pessoas com deficiência.

Além disso, o incentivo ao abate de veículos em fim de vida para a introdução no consumo de veículos híbridos plug-in novos conferirá o direito à redução do ISV até 562,50

euros, metade do valor que vigora em 2016. São igualmente elimina-dos os incentivos ao abate de veícu-los em fim de vida para aquisição de novas viaturas elétricas e quadrici-clos pesados elétricos.

Em termos gerais, as taxas de ISV relativas à componente de ci-lindrada e à componente ambiental aumentam cerca de 3%.

IUC com subida média de 1%

No imposto único de circulação (IUC), as taxas registam um au-mento de cerca de 1%. Recorde-se que o IUC é o antigo “selo” e é pago todos os anos no mês da matrícula do carro, ao contrário do que sucede com o ISV, que é liquidado apenas uma vez, aquando da compra/pro-cesso de matriculação em Portugal.

Mantém-se para o ano de 2017 a contribuição adicional de IUC so-bre os veículos a gasóleo enquadrá-veis nas categorias A e B.

O Governo mantém para o ano que vem a taxa adicional para viaturas movidas a gasóleo. Assim,

aplicam-se ao IUC dos automóveis diesel matriculados a partir de 1 de janeiro de 2017 as taxas adicionais de 38,08 euros (CO2 de 180 a 250 g/km) ou de 65,24 euros (CO2 aci-ma de 250 g/km). Os motores abai-xo de 180 g/km de emissões de CO2 estão isentos desta taxa adicional. De notar que, em média, apenas as via-turas com mais de 3500 cc é que têm emissões superior a 180 g/km•

IUC USADOS NACIONAIS VS. USADOS IMPORTADOS2017

NACIONAL IMPORTADO

VW Passat 2.0 TDI 140 cv(diesel; 1968 cc; 156 g/km de CO2; ano: janeiro/ 2006)

42,18€ 252,47€

Mercedes S320 CDI(diesel; 2987 cc; 220 g/km de CO2; ano: maio/ 2007)

65, 98€ 619,77€

Renault Mégane III Break 1.5 dCi(diesel; 1461cc; 114 g/km de CO2; ano: janeiro/ 2009)

137,38€ 143,17€

FÓRMULA CONSTANTE NA PROPOSTA DO OE DEIXA DE FORA REDUÇÃO DA COMPONENTE AMBIENTAL

OE 2107 acaba com importação de usados

Os carros usados importados vão ter desconto apenas na componente ISV

NOVOS 2016 vs. 20172016 2017

Renault Clio 0.9 TCE ZEN (gasolina; 898 cc; 94 g/km de CO2)ISV 122,1€ 126,22€ (+4,12)PVP 15 200€ 15 205,7€IUC 99,29€ 100,08€

VW Golf VII 1.4 TSI 150 (gasolina; 1395 cc; 109 g/km de CO2)ISV 1502,13€ 1554,44 € (+52,31)PVP 27 143€ 27 195,31€IUC 132,05€ 133,1€

Mercedes C 200d 136 Auto (diesel; 1598 cc; 109 g/km de CO2)ISV 3618,87€ 3735,39 € (+116,52)PVP 45 488€ 45 631,32€IUC 142,12€ 143,17€

Volvo V60 CrossCountry D4 190 (diesel; 1969 cc; 120 g/km de CO2)ISV 5551,67€ 5728,51 € (+176,84)PVP 46 927€ 47 144,5€IUC 217,35€ 218,92€

Jeep Grand Cherokee 6,4 V8 (gasolina; 6417 cc; 315 g/km de CO2)ISV 52 865,61€ 54 482,93 € (+1617,32)PVP 138 700€ 140 689,3€IUC 887,5€ 959,3€

Nota: PVP final inclui IVA sobre ISVIUC USADOS NACIONAI 2016 vs. 2017

Ford C-MAX 1.6 TDCI 115 (diesel; 1560 cc; 119 g/km de CO2; ano: 2012)142,12€ 143,17€

Desconto Importados Usados

Tempo de Uso Percentagem de redução

Até 1 ano 10% (novo escalão)Mais de 1 a 2 anos 20% (igual a 2016)Mais de 2 a 3 anos 28% (igual a 2016)Mais de 3 a 4 anos 35% (igual a 2016)Mais de 4 a 5 anos 43% (igual a 2016)Mais de 5 a 6 anos 52% (igual a 2016)Mais de 6 a 7 anos 60% (novo escalão)Mais de 7 a 8 anos 65% (novo escalão)Mais de 8 a 9 anos 70% (novo escalão)Mais de 9 a 10 anos75% (novo escalão)Mais de 10 anos 80% (novo escalão)

ISV usados importados 2016 vs. 2017MERCEDES C 200D 136 AUTO

(diesel; 1598 cc; 109 g/km de CO2)Mês/ano 1º matrícula: 03/2016Quilometragem: 10 000 kmPreço Alemanha: 35 000€

2016 2017ISV 3618,87€ 3490,34 €Preço �nal PT 39 451€ 38 490,34 €

(Redução total ISV: não) (Redução ISV componente CC: 10%)(Redução ISV componente CO2: não)

Nota: Preço �nal PT não inclui IVA (se importado por particular); IUC de usados im-portados igual a novo)

BMW 320D 184 CV(diesel; 1995 cc; 124 g/km de CO2)

Mês/ano 1º matrícula: 06/2013Quilometragem: 150 000 kmPreço Alemanha: 15 000€

2016 2017ISV 4402,79€ 5434,92 €Preço �nal PT 19 402,8€ 20 434 €

(Redução total ISV: 35%) (Redução ISV componente CC: 35%)(Redução ISV componente CO2: não)

Nota: Preço �nal PT não inclui IVA (se importado por particular); IUC de usados im-portados igual a novo)

VW PASSAT 2.0 TDI 140 (diesel; 1968 cc; 156 g/km de CO2)

Mês/ano 1º matrícula: 01/2006Quilometragem: 190 000 kmPreço Alemanha: 5 500€

2016 2017ISV 6 139,93€ 8674,28 €Preço �nal PT 11 639,93€ 14 174,28 €

(Redução total ISV: 52%) (Redução ISV componente CC: 80%)(Redução ISV componente CO2: não)

Nota: Preço �nal PT não inclui IVA (se importado por particular); IUC de usados im-portados igual a novo)

Audi A6 Avant 2.7 TDI DPF(diesel; 2698 cc; 192 g/km de CO2)

Mês/ano 1º matrícula: 06/2006Quilometragem: 250 000 kmPreço Alemanha: 7000€

2016 2017 ISV 11 209,44€ 17 715€Preço �nal PT 20 787,61€ 24 715€

(Redução total ISV: 52%) (Redução ISV componente CC: 80%)(Redução ISV componente CO2: não)

Nota: Preço �nal PT não inclui IVA (se importado por particular); IUC de usados im-portados igual a novo)

Incentivo ao abate de veículos em fim de vida para híbridos plug-in dará redução do ISV até 562,50 euros, metade do valor atual. São eliminados os incentivos ao abate para compra de veículos elétricos novos

Page 5: Revista ARAN outubro 2016

sexta-feira, 21 de outubro 2016VI VIIsexta-feira, 21 de outubro 2016

Mais de três quartos (76%) dos "millen-nials" (o nome dado à geração de pessoas

nascidas entre 1982 e 2004) con-sideram que conduzir um veículo elétrico representa a melhor op-ção para tornarem as suas vidas mais amigas do ambiente, de acordo com um estudo europeu da Nissan dedicado à investiga-ção das atitudes dos millennials. O estudo, que sondou as opiniões de 2500 "millennials" na Ale-manha, Espanha, França, Itália e Reino Unido, concluiu que, en-quanto geração, os "millennials" estão dispostos a experimentar novas coisas, desafiar processos e pensar de forma diferente em re-lação ao futuro.

Consequentemente, o relató-rio mostrou que os receios am-bientais dos "millennials" não se prendem com questões de me-nor escala, como reciclar (24%) ou aterros saturados (14%), mas sim questões globais, como al-terações climáticas (53%) e po-luição atmosférica (42%). Para ajudar a resolver estas questões, estão recetivos a mudanças signi-ficativas, como mudar para um

fornecedor de energia dedicado a soluções ecológicas (62%) ou apoiar marcas empenhadas em seguir um caminho mais ecoló-gico (53%).

Futuros decisores

“Já sabíamos que os "millen-nials" eram uma geração desa-fiante, mas o nosso estudo tam-bém revelou que são os futuros decisores de mudanças, dispostos a optar por estilos de vida radicais com o objetivo de fazerem a dife-rença no mundo onde vivem. Dá--me uma enorme esperança ver que os 'millennials' acreditam que os veículos elétricos, como o Nis-san LEAF e a e-NV200, são parte da solução para um futuro mais sustentável. Enquanto indústria, temos de trabalhar arduamente para ir de encontro aos interesses e necessidades deste grupo”, refe-riu Gareth Dunsmore, diretor de veículos elétricos na Nissan Euro-pa, na apresentação dos resulta-dos do estudo, revelado no recen-te FutureFest 2016, um evento organizado pela fundação para a inovação Nesta.

“A demografia 'millennial'

alvo do estudo tem o potencial de influenciar amplamente o futuro dos transportes e da sustentabi-lidade. A nossa pesquisa mostra, de forma consistente, que adotam precocemente as novas tecnolo-gias, são muito mais preocupa-dos com o ambiente comparati-vamente às gerações anteriores e estão dispostos a fazer sacrifícios e mudar o estilo de vida em con-

"Millennials" consideram automóveis elétricos melhor medida para futuro sustentável

A Ford anunciou ter cria-do nova camuflagem 3D para iludir “fotos espia”. Projetado para enganar

os espiões da indústria que espe-ram ter um vislumbre dos novos carros em testes nas estradas pú-blicas, esses designs criam uma ilusão de óptica, que torna ex-tremamente difícil para os olhos se concentrarem nas formas do veículo.

A última camuflagem 3D “Brick” da Ford, em parte ins-pirada pelas populares ilusões disponíveis online, usa milhares de cilindros pretos, cinzentos e brancos, aparentemente coloca-dos aleatoriamente num padrão cruzado caótico, tornando espe-cialmente difícil discernir novas características exteriores sob a luz do sol, seja visto pessoalmente ou nos milhões de fotografias que são colocadas na internet.

“Hoje em dia, quase todas as pessoas têm um smartphone e pode partilhar fotos instantanea-mente, o que torna fácil a qual-quer pessoa, incluindo os nos-sos concorrentes, ver os veículos

futuros em testes”, explica Lars Muehlbauer, responsável de ca-muflagem da Ford Europa. “Os designers criam belos veículos com detalhes inovadores. O nos-so trabalho consiste em guardar esses detalhes bem escondidos”, salienta.

Dois meses a desenvolver

Os novos veículos são testa-dos nas estradas públicas como parte de um rigoroso processo de desenvolvimento. Cada nova camuflagem leva cerca de dois meses a desenvolver e é depois impressa em autocolante de vinil superleve, mais fino que o cabe-lo humano e que é aplicado em exclusivo em cada veículo. O de-senho da camuflagem é primei-ramente testado nos centros de testes da Ford para assegurar que o trabalho de camuflagem faz a sua função.

“Procurei criar um design que fosse caótico e perturbasse os olhos,” explicou Marco Por-ceddu, engenheiro de veículos protótipo, Desenvolvimento de

Produto da Ford Europa, o qual desenvolveu a nova camuflagem. “Pesquisei sobre ilusões de ópti-ca na internet e surgiu-me uma forma que pode ser copiada e so-breposta milhares de vezes. Isto cria simultaneamente uma ilusão óptica e um efeito 3D”, refere.

Concebida para resistir a tem-peraturas extremas, a camuflagem

Ford cria nova camuflagem 3D para iludir “fotos espia”

Os consumidores mais novos veem com bons olhos a mobilidade elétrica

sonância com as suas crenças e valores pessoais”, referiu, por seu turno, Sarwant Singh, parcei-ro sénior da Frost & Sullivan e membro do conselho consultivo para a mobilidade inteligente da Nissan.

Na sua intervenção, no Fu-tureFest 2016, de que a Nissan é parceira de inovação, Gareth Dunsmore centrou-se no futuro

do setor automóvel colocando a questão “Quando é que um auto-móvel não é um automóvel?”. E examinou a evolução do automó-vel e a forma como os consumi-dores poderão em breve utilizar os seus veículos de modo mais inteligente, antes de falar sobre o futuro da mobilidade e a forma como a Nissan desempenha um papel-chave neste contexto•

A Audi lançou a campanha “Audi Safety Alerts” com o objetivo de sensibilizar os portugueses para a má

utilização da cadeirinha de bebé em viagens. A campanha, que tem por base pequenos tutoriais sobre como podemos eliminar os comportamentos incorretos verificados, conta com a parti-cipação de Filipe Albuquerque, piloto oficial da marca e que foi pai recentemente, e, ainda, com o apoio da Bebé Confort e da Associação para a Promoção da Segurança Infantil (APSI).

“Decidimos intervir neste âmbito quando percebemos que mais de 80% das crianças uti-lizam cadeirinha no carro, mas apenas 50% destas é colocada em segurança. Ao termos uma responsabilidade direta no sector automóvel, não podemos passar ao lado de dados tão importantes como estes. É nosso dever inter-vir”, afirma o diretor de marke-ting da Audi em Portugal, Gusta-vo Marques Pereira.

O Estudo de Observação, realizado anualmente pela APSI desde 1996, diz ainda que a preocupação com o transporte é maior quanto mais pequena for a criança, com a intenção de uso da cadeirinha a ultrapassar os 90% no grupo entre os zero e os três

anos. Um indicador mais preocu-pante revela que entre as crianças dos zero aos 12 anos, cerca de 14% ainda viaja sem qualquer proteção.

Com base nestes indicadores e sabendo que muitos dos com-portamentos incorretos na es-trada e que originam acidentes acontecem por desconhecimento e falta de informação dos condu-tores, a Audi decidiu lançar esta iniciativa para abrir o diálogo com a sociedade civil, chamando a atenção para vários comporta-mentos incorretos que existem na estrada. A utilização incorreta das cadeirinhas será o primeiro de vá-rios comportamentos de seguran-ça que a Audi considera impor-tante sensibilizar os portugueses.

Estes tutoriais, que contam com Filipe Albuquerque como perso-nagem principal, estarão disponí-veis no canal de Youtube da mar-ca, bem como nas redes sociais, a partir do dia 3 de outubro, e são publicados semanalmente, às segundas-feiras•

A Auto Sueco Portugal jun-ta aos seus canais de co-municação o serviço de mensagens instantâneas

WhatsApp, com o objetivo de disponibilizar aos seus parceiros um contacto ainda mais rápido e direto para qualquer esclareci-mento relacionado com camiões usados Volvo. “Com uma oferta de camiões usados cada vez mais ampla e completa, proveniente da renovação do mercado na-cional e da rede Volvo em toda a Europa, o objetivo deste novo serviço passa por facilitar as rela-ções comerciais com os parceiros da Auto Sueco”, refere a nota de imprensa.

“Após o lançamento do portal de usados Volvo Trucks em Por-tugal, www.usadosvolvotrucks.com, o serviço WhatsApp é mais um passo para facilitar e propor-cionar os melhores negócios a quem procura um camião usado Volvo”, acrescenta o documento.

Para Manuel Castro e Ma-tos, diretor comercial da Auto Sueco Portugal, “este serviço vem reforçar a aposta da Auto

Sueco em ser um parceiro sem-pre presente e com as soluções mais adequadas em cada situa-

ção”, acrescentando ainda que, “mesmo tratando-se de viaturas usadas, o serviço de excelência Volvo mantém-se, tanto na ótica do produto como no acompa-nhamento de Após Venda, daí a preocupação constante em man-ter o foco no cliente, indo ao encontro das suas necessidades”.

O serviço WhatsApp da Auto Sueco Portugal para camiões usa-dos Volvo permitirá aos parceiros da marca colocar questões, con-sultar e interagir em tempo real com a equipa comercial•

Realizou-se no primei-ro sábado de outubro o “Kia The Surprising Experience”, um desafio

com organização da Kia Portugal e do Clube Escape Livre para mo-delos SUV Sportage e Sorento. O evento proporcionou juntar a descoberta das paisagens e ativi-dades da Companhia das Lezírias com a experiência de condução e capacidade de resposta em diver-sos tipos de piso.

Os proprietários dos vários modelos KIA SUV 4x2 e 4x4 vi-sitaram, durante um dia, a maior exploração agropecuária e flo-restal do país e algumas das suas infraestruturas, atravessando pla-nícies e pastagens com gado, zo-nas de arrozais, áreas florestadas e estradões, e onde não faltou um troço em areia.

Pela manhã, em Braço de Prata, um pequeno-almoço com produtos da quinta deu as boas- -vindas aos participantes, que se-guiram depois para a coudelaria, para um contacto com os cavalos puro-lusitanos, e para o Centro de Interpretação da Charneca, que apresenta um pouco da pro-priedade. Antes da visita à adega de Catapereiro, onde decorreu a prova de vinhos, houve ainda lugar a uma experiência no Spor-tage TT, ao lado do piloto Nuno

Madeira. Após o almoço buffet em Arneiro Pereiro, o panorama passou da ruralidade da charneca aos arrozais da Lezíria e às paisa-gens junto ao Estuário do Tejo. A visita guiada ao EVOA, a obser-vação de aves e o lanche de en-cerramento com entrega de lem-branças encerraram este passeio, onde foi cumprido com sucesso o principal objetivo: demonstrar, num ambiente descontraído e de lazer, as capacidades dos Kia Sorento e Sportage, e reunir, em convívio, a família Kia.

Escape Livre propõe mais destinos

“Apesar do crescendo do mer-cado dos SUV, sabemos que ain-da existe alguma relutância e falta de hábito em retirar estes veículos do asfalto. Foi esse o desafio da Kia, vocacionado para os Soren-to e os Sportage. As pessoas não imaginavam as pequenas aventu-ras que estes SUV são capazes de proporcionar e acreditamos que agora os participantes não só vão desejar novas saídas, mas também divulgá-las. Há todo um universo de destinos e experiências à espe-ra dos proprietários KIA e o Clu-be Escape Livre está orgulhoso por mostrar alguns deles”, refere o presidente do Clube Escape Li-vre, Luís Celínio.

“Estes momentos na compa-nhia dos nossos clientes e parcei-ros são únicos e a Kia pretende proporcionar muitas experiências surpreendentes e inesquecíveis no intuito de transformar cada vez mais clientes em fãs da marca. Eles são os nossos principais em-baixadores, como tal, envolvê-los neste tipo de iniciativas é uma prioridade para nós”, afirma, por seu turno, o diretor de vendas e marketing da Kia Portugal, Pedro Gonçalves•

da Ford confunde-se com os am-bientes de inverno na Europa, ao passo que na Austrália e América do Sul são usadas cores de areia. “Esta camuflagem adapta-se a praticamente todos os ambientes, mas é concebida para destruir a integridade da forma do veículo, das superfícies e da cor, retar-dando a capacidade do cérebro

em reconhecê-las ou identificar à primeira vista as suas caracterís-ticas principais”, detalha Martin Stevens, Professor Associado da Universidade de Exeter, o qual estudou a coloração e camufla-gem de animais durante cerca de 15 anos. “A ilusão de óptica não impede o carro de ser visto, mas joga com a capacidade de me-dir a profundidade de campo e as sombras, tornando difícil ver as formas e as características do veículo. É uma astúcia usada na natureza para escapar a qualquer coisa ou para se esconder, o que é igualmente útil para um carro de teste”, afirma•

Sportage e Sorento foram os modelos em passeio

SUV Kia em passeio pela Lezíria

Auto Sueco lança serviço WhatsApp para camiões usados Volvo

Audi cria campanha Audi Safety Alerts

Os tutoriais contam a participação do piloto Filipe Albuquerque

A película usa milhares de cilindros pretos, cinzentos e brancos

O serviço permitirá aos parceiros da marca colocar questões, consultar e interagir em tempo real

Page 6: Revista ARAN outubro 2016

sexta-feira, 21 de outubro 2016VIII

O automobilista portu-guês tem um perfil “multitasking” e tem a característica cultu-

ral nacional para o “a culpa não é minha”. A conclusão é de um estudo coordenado pelo IPAM para a Continental, no âmbito do projeto Visão Zero Acidentes, da empresa.

Os portugueses inquiridos as-sumem alguns comportamentos de risco ao volante, como # Rece-ber e fazer chamadas com sistema de mãos livres (75%) com comer e beber (75%), conduzir excesso de velocidade em zonas residenciais (74%), conduzir em excesso de velocidade em autoestrada (72%), receber/ler e enviar SMS (63%), passar um sinal que acabou de ficar vermelho (60%) e receber e fazer chamadas sem sistema de mãos livres (53%).

Ainda na análise dos com-portamentos de risco, de destacar que só 28% e 26% dos inquiridos referem que nunca conduziram em excesso de velocidade nas au-toestradas e nas zonas residenciais respetivamente, 25% nunca bebe-ram ou comeram enquanto con-duziram e só 25% nunca fizeram nem receberam chamadas em sis-temas mãos livres. De realçar que, apesar de permitida a utilização de kits mãos livres, a utilização do te-lemóvel pode aumentar situações de falta de foco na estrada.

Os dados permitem ainda constatar que os portugueses têm consciência dos riscos da adoção de determinados comportamen-tos durante a condução, sendo que aqueles a que associam níveis mais elevados de risco: são enviar e-mails, fazer relatórios, ler e utili-zar as redes sociais.

Do outro lado da escala, surge a utilização telemóvel em sistema mãos livres, o conduzir em exces-so velocidade na autoestrada e o comer e beber, como os compor-tamentos mais frequentes a que

os condutores associam menor risco.

Quase 30% são agressivos

Da análise dos dados de com-portamento medidos a partir da Escala DBS (“driving behavior survey”) – em situações de stress ao volante que deixam o condutor ansioso, tenso ou desconfortável, como reage o condutor portu-guês? – a conclusão é que 84 % dos inquiridos reagem com um comportamento cuidadoso/exage-rada precaução. O comportamen-to agressivo e hostil revela-se em 27% dos condutores e 11% tem uma performance deficitária.

Da análise da escala DBS, os reponsáveis pelo estudo concluí-ram que são os condutores mais jovens, entre os 18 e os 25 anos, quem mais reportam uma per-formance deficitária em situações de stress ao volante. Nesta “clas-sificação” 12% revelam que têm dificuldade em entrar no trânsito.

Os automobilistas que per-cecionam ter mais stress na sua atividade profissional são os que revelam mais comportamentos agressivos ao volante. Por outro lado, os que mais se preocupam

em manter um estilo de vida sau-dável são os que revelam menos tendência para a agressividade ao volante.

De entre as atitudes adotadas por quem revela um comporta-mento mais agressivo, 35% gri-tam com os outros condutores, 33% dizem palavrões e 29% buzi-nam aos outros condutores. Já no que se refere ao comportamento característico de exagerada pre-caução, 91% mantêm a velocida-de estável de forma a acalmar-se, 81% tentam afastar-se dos outros automóveis e 73% diminuem a velocidade até se sentirem mais confortáveis.

Conduzem 30 minutos a uma hora

O perfil do condutor portu-guês traçado pelo estudo diz-nos que mais de metade já teve um acidente rodoviário (55%), que 85% usam diariamente o auto-móvel, fazem percursos diários médios até 50 km (62%) e gastam em média por dia na estrada entre 30 e 60 minutos (39%).

A preocupação com a seguran-ça rodoviária está essencialmente presente quando as condições me-

teorológicas são adversas à condu-ção (92%). Em segundo lugar apa-rece a condução com crianças em ex-aqueo com o estado de cansaço (89%). Em terceiro, os portugueses estão mais preocupados com a se-gurança rodoviária quando viajam acompanhados (76%) e na quarta posição aparece o stress (72%).

Os condutores que mais têm comportamentos de risco ao vo-lante são os que dormem menos: 24% dormem menos de 6 horas por noite e 40% dormem entre 6 a 7 horas.

As questões disponibilizadas no inquérito tinham como objetivo analisar e caracterizar o compor-tamento de condução, a atividade profissional exercida, caracteriza-ção dos tempos livres, estilo de vida saudável, bem como uma caracte-rização sociodemográfica.

Este estudo quantitativo coor-denado pelo IPAM foi antecedido

por um estudo qualitativo, atra-vés da realização de quatro “focus group” de dois segmentos: jovens condutores (18-24 anos, ambos os sexos), com carta de condução e acesso a automóvel, e jovens fa-mílias (pais entre os 25-44 anos, classe social A, B, C1, com pelo menos um filho e um carro).

As conclusões do “focus group” já apontavam para o per-fil “multitasking” dos condutores – os jovens enquanto conduzem

cantam e ouvem música, fumam, usam o telemóvel, maquilham-se e tomam o pequeno-almoço. As famílias com filhos aproveitam a viagem para ler e responder a e--mails, para contactos telefónicos e enviar SMS. Ler relatórios e tra-tar agenda, lanchar, almoçar, ma-quilhagem e gerir as crianças no banco traseiro são mais algumas das atividades referenciadas.

Outra conclusão do “focus group” e agora comprovada pela realização do estudo é efetivamen-te a externalidade das causas.

Objetivo é sensibilizar

O responsável pela Conti-nental Portugal, Pedro Teixeira, destacou como principal obje-tivo a atingir com este estudo a necessidade de conhecer o comportamento dos condutores portugueses ao volante. “90% dos acidentes têm causa huma-na. Partindo desta evidência, era importante percebermos melhor o condutor português. Na posse da informação e dos dados extraí-dos do estudo, podemos agora, de uma forma mais direcionada e eficaz, comunicar com os dife-rentes targets, sensibilizá-los para o risco e para o perigo de adotar determinados comportamentos de risco”, refere.

Em Portugal, e de acordo com a Autoridade Nacional de Segu-rança Rodoviária (ANSR), entre 1 de janeiro e 31 de maio de 2016, ocorreram 52 071 acidentes rodo-viários, mais 3453 do que no mes-mo período de 2015 (48 618). que provocaram 159 mortos. A ANSR refere igualmente que 746 pessoas ficaram gravemente feri-das entre janeiro e maio, menos 107 do que no mesmo período do ano passado. Por sua vez, os feridos ligeiros aumentaram este ano, com um registo de 14 794 pessoas, mais 317 do em que em igual período de 2015•

INDICA ESTUDO DO IPAM PARA A CONTINENTAL

Automobilistas portugueses são “multitasking” e atiram culpa para os outros

A Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) alerta para a elevada sinistrali-dade entre a população

sénior portuguesa. Do total das 593 vítimas mortais resultan-tes de acidentes rodoviários em 2015, 29,8% tinham idade igual ou superior a 65 anos, para uma percentagem de população que representa apenas 21% do total, e que apresenta uma muito me-nor exposição ao risco, pois cir-cula, em média, bastante menos do que a população mais jovem.

A taxa de mortalidade na

população sénior situa-se nas 86 vítimas por milhão de habitantes (cerca de 70 na UE), um núme-ro bastante superior à taxa para a restante população, que se fica pelas 54 vítimas por milhão de habitantes.

No que diz respeito aos con-dutores, as vítimas mortais e fe-ridos graves com idade igual ou superior a 65 anos representam 21,5% e 15,5%, respetivamen-te. Se considerarmos que apenas 13% dos condutores envolvidos em acidentes tinham idade igual ou superior a 65 anos, podemos

observar uma tendência nesta fai-xa etária para sofrer consequên-cias mais graves que as restantes.

Particularmente preocupante é a sinistralidade nos idosos en-quanto peões. Em 2015, 56,3% dos 146 peões atingidos mortal-mente, nas estradas portuguesas, tinham 65 anos ou mais. Foram 156 os peões idosos feridos com gravidade e 1438 sofreram feri-mentos ligeiros, o que representa respetivamente 36,4% e 29,8%, percentagens significativamente maiores do que a sua quota-parte da população portuguesa.

Para José Miguel Trigoso, pre-sidente da PRP, estes dados “são bastante demonstrativos de que a população sénior é a mais afe-tada pela sinistralidade nas estra-das portuguesas e o mais grave é que é esperado que estes números aumentem”. O mesmo respon-sável salienta que “promover a segurança dos utentes seniores é prioritário, tanto no que respeita à segurança dos peões – priorida-de das prioridades – como garan-tindo que mantêm as condições físicas necessárias para uma con-dução segura”•

INDICA A PREVENÇÃO RODOVIÁRIA PORTUGUESA

Idosos representam cerca de 30% das vítimas mortais nas estradas

Pedro Teixeira, da Continental Portugal, explica que o objetivo destes estudos é sensibilizar públicos

Nas atitudes adotadas por quem revela um comportamento mais agressivo, 35% gritam com os outros condutores, 33% dizem palavrões e 29% buzinam aos outros condutores

Page 7: Revista ARAN outubro 2016

IXsexta-feira, 21 de outubro 2016

Já é conhecido o traçado do Rali de Portugal de 2017, marcado para 18 a 21 de maio. A defini-

ção foi feita pelo Automóvel Club de Portugal, em colaboração com o Turismo do Porto e Norte de Portugal e o apoio de 13 câmaras municipais por cujo concelho a prova do campeonato do mundo de rali vai passar.

O Rali mantém a estrutura, com a base na Exponor, em Mato-sinhos, mas apresenta um conjun-to de novidades que a tornam ain-da mais apelativa para os pilotos e o público. Além disso, Guimarães voltará a dar o tiro de partida, com o castelo como pano de fundo.

Lousada volta a receber a única Super Especial do Rali, represen-tando a primeira oportunidade para os espetadores poderem ver em competição os novos WRC 2017. Antes ainda, durante a ma-nhã, terá lugar em Baltar, Paredes, o “shakedown”, numa extensão de 4,6 km, com as últimas centenas de metros a realizarem-se nas ins-talações do Kartódromo.

Minho reforçado

O primeiro verdadeiro dia de competição do Rali, 19 de maio, apresenta-se com uma etapa to-talmente revista, na qual apenas a designação das classificativas do Alto Minho permanece inaltera-da. Viana do Castelo passa a ser o primeiro troço da etapa, surgindo numa nova versão, com a extensão aumentada de 18,7 km para 26,7 km, aproveitando o essencial da variante anterior e acrescentando três novos setores com uma exten-são global de 10,9 km. O acesso ao novo início do troço é feito através da subida de Santa Luzia, enquanto o final estará instalado

pouco antes da povoação de Afife.A classificativa de Caminha,

com uma extensão de 18,1 km, passa a ser disputada em sentido contrário àquele que foi utilizado nas duas últimas edições do Rali - com o início perto da povoação de Senande, junto ao acesso à capela de Santo Antão, e final imediata-mente antes da ponte de Saim, nas proximidades de Orbacém.

Do mesmo modo, é invertido o sentido do troço de Ponte de Lima (27,5 km). A partida passa a fazer-se próximo da Montaria e o final à entrada da EN201, próxi-mo de Ponte de Lima.

Com a dupla passagem por estas três classificativas, a etapa de sexta-feira propõe 144,5 km de troços, o que representa mais cer-ca de 16 km em relação às edições anteriores.

A juntar a isto, Braga apre-senta-se também como novida-de do Rali. Disputada no centro histórico da cidade, a especial será composta por uma extensão

aproximada de 1,9 km, disputa-dos em dupla passagem num for-mato Street Stage, semelhante ao utilizado no Porto Street Stage de 2016.

O “Braga Street Stage” será disputado ao final da tarde do dia 19, decorrendo os reconhecimen-tos a meio do dia com utilização dos veículos de competição. O in-tervalo entre os reconhecimentos e a prova será preenchido com vá-rias animações, entre as quais uma competição destinada a veículos clássicos desportivos.

Vieira do Minho, Cabeceiras de Basto e Amarante

Vieira do Minho (22,4 km) passa a abrir a etapa de sábado, dia 20, também esta profundamente remodelada: com início na Se-nhora da Fé e final em Agra, apre-senta duas novidades, tendo sido redesenhado o percurso junto à primeira Zona Espetáculo, no alto da Senhora da Fé, e introduzido

um salto imediatamente antes da Zona Espetáculo do Campo de Tiro.

Concluída a primeira classi-ficativa do dia, a etapa continua na Serra da Cabreira com a dis-puta de um novo troço, Cabe-

ceiras de Basto (22,3 km). Esta nova classificativa alterna zonas muito rápidas com outras mais técnicas, com partida na zona da Veiga e, após uma zona inicial de 3,5 km que não integrava o Rali desde 2001, utilizará durante 7,5 km uma estrada que fez parte da especial de Vieira do Minho em 2015. A segunda metade do troço é totalmente inédita, terminando a classificativa perto da povoação de Busteliberne.

A etapa termina com o tra-dicional troço de Amarante que, com os seus 37,5 km, continua a ser a classificativa mais longa do Rali. À elevada extensão da clas-sificativa junta-se a variedade de pisos e de tipos de estrada utili-zados, constituindo este troço, no seu conjunto, um dos maiores de-safios da prova. As duas passagens pelas três classificativas desta Etapa representam 164,6 km competiti-vos, uma distância em linha com o verificado nas duas últimas edi-ções•

Rali de Portugal com percurso renovado

O português António Fé-lix da Costa foi quinto classificado na cor-rida de Hong-Kong

da Fórmula E, prova inaugural, realizada no dia 9, da temporada de 2016/2017 da competição de automóveis elétricos. Ao volante do carro da equipa americana MS Amlin Andretti, o piloto efetuou uma excelente recuperação desde a 13ª posição da grelha de partida até ao quinto lugar final.

Félix da Costa iniciou o ata-que aos lugares da frente, com excelentes manobras até à altura de paragem nas boxes para mu-dança de carro, onde regressou à pista no oitavo lugar, suplantan-do depois Nelson Piquet Jr., Je-rome D´Ambrosio e ainda Oliver Turvey, para vir a terminar “num positivo quinto lugar”, segundo o piloto, nesta primeira corrida da

terceira temporada da FIA Fór-mula E.

Félix da Costa realçou, no fi-nal da corrida, o “excelente traba-lho que toda a equipa fez na pré-

-época”, que foi materializar em resultados na corrida com o quin-to lugar do português e o sexto do seu colega de equipa Robert Frijns. “É sem dúvida um bom

início para a MS Amlin Andret-ti, somos ambiciosos e queremos ganhar, mas há que não esquecer que a nossa unidade motriz é totalmente nova, assim como a caixa de velocidades, portanto a nossa performance em relação a outras equipas era uma incógnita. Estou contente com o meu dia, é um início promissor na minha estreia com a Andretti e também da BMW na Fórmula E”, destaca o piloto.

Renault venceu

A corrida de Hong-Kong foi ganha pelo atual campeão em título, o suíço Sebastien Buemi (Renault), que venceu na frente de Lucas Di Grassi (Audi) com o alemão Nick Heidfield (Mahin-dra) a fechar os lugares do pódio. Félix da Costa alcançou assim 10

pontos nesta sua estreia ao servi-ço da Andretti Autosport, numa corrida que marcou também o inicio da ligação oficial da BMW a esta mesma formação.

A FIA Fórmula E tem vindo a ganhar o seu espaço e são várias as marcas do setor automóvel que estão esta época representadas oficialmente neste campeonato, casos da BMW, Renault, Audi, Citroën, Jaguar, Mahindra, en-tre outras. Este aspeto, aliado ao nível e qualidade dos pilotos pre-sentes faz com que cada vez mais fãs se interessem pela Fórmula E, que é a única categoria do despor-to automóvel a trazer a magia das corridas ao público, com corridas citadinas no coração das princi-pais cidades mundiais.

A próxima prova da Fórmula E realiza-se em Marraquexe (Mar-rocos), no dia 12 de novembro•

António Félix da Costa quinto na ronda inaugural da Fórmula E

O piloto português ficou satisfeito com o desempenho

O Rali de Portugal de 2017 está marcado para 18 a 21 de maio

FAFE ENCERRA RALI

A etapa de domingo, dia 21, apresenta-se também como no-vidade, surgindo como uma ho-menagem do Rali a Fafe, palco de todos os troços da derradeira etapa do Rali. Além da já tradicional du-pla passagem pela classi�cativa de Fafe/Lameirinha (11,2 km), a última das quais disputada sob o regime de Power Stage, são introduzidos dois troços que não integraram o itinerário das últimas edições do Rali: Luílhas, numa versão com 11,9 km de extensão, e Montim (8,7 km), sendo este último disputado

em sentido contrário ao habitual, com início junto à povoação e �nal à entrada de Boucinha.

As quatro especiais da derra-deira etapa – duas passagens por Fafe/Lameirinha e uma única por Luílhas e Montim – têm uma ex-tensão total de quase 43 km, sendo o Power Stage antecedido por um reagrupamento no centro de Fafe.

Re�ra-se que em 2017, o Rali de Portugal cumpre 50 anos e es-tão a ser trabalhadas várias inicia-tivas comemorativas da data. A ra-ti�cação desta proposta terá lugar em dezembro, na assembleia geral da FIA.

Page 8: Revista ARAN outubro 2016

sexta-feira, 21 de outubro 2016X

AQUILES [email protected]

A quinta geração do Nis-san Micra vai ser lançada no início de 2017 com o objetivo de ombrear com

as melhores ofertas do segmento B. Embora, entre as várias gerações do modelo, já tenham sido vendi-das cerca de 3,5 milhões na Europa (metade dos sete milhões à escala mundial), o facto é que o modelo ainda em comercialização não teve o sucesso desejado pela marca.

A razão para isso é tratar-se de um modelo global (fabricado na Índia para todo o mundo), o que nem sempre agrada aos consumi-dores europeus, e a ter dimensões mais próximas de um modelo do segmento A do que do segmen-to B, onde se insere. A Nissan acredita que no Micra Gen5 vai inverter essa tendência e ser con-corrência aos modelos mais ven-didos da sua classe.

Concebido para a Europa (a produção é na fábrica da Renault na localidade francesa de Flins), o novo Micra recorre à nova plata-forma para CMF-B da aliança Re-nault-Nissan. A nova geração do modelo japonês é mais baixa, mais

larga e mais comprida do que os seus antecessores e oferece signifi-cativamente mais espaço interior.

Em termos de motores, esta-rão disponíveis um motor a gaso-lina de três cilindros com 900 cc turbocomprimido, um motor a gasóleo de 1,5l – ambos a debita-rem 90 cv – e um motor a gasolina de um litro, aspirado, com 73 cv.

Travagem com reconhecimento de peões

A Nissan realça a tecnologia

empregue no novo Micra. Destaque para o sistema de

Prevenção do Afastamento da Faixa de Rodagem – uma es-treia da marca neste segmento –, a Travagem de Emergência Inteligente com reconhecimen-to de peões (uma estreia para as viaturas Nissan na Europa), o Monitor de Visão 360º, o re-conhecimento de sinais rodoviá-rios, a comutação automática de máximos e, entre outras tecnolo-gias, o aviso de objeto no ângulo morto.

Destaque ainda para o Con-trolo Ativo de Chassis, para um aumento do conforto em via-gem, bem como para o Con-trolo Ativo de Trajetória, que permite reduzir subviragens. De acordo com a Nissan, foi, além disso, dada muita atenção à re-dução de ruídos no habitáculo, através nomeadamente de novos aperfeiçoamentos no isolamento acústico e na otimização da per-formance aerodinâmica. Neste último capítulo, o novo Micra tem um Cx. de 0,29, “o melhor

valor registado para um hatch-back”, garante a Nissan.

Ghosn e o Micra revolucionário

O presidente e CEO da Nis-san Motor Company, Carlos Ghosn, refere-se ao novo Micra como revolucionário. “Quan-do surgiu o primeiro Micra, há mais de 30 anos, constituiu uma revolução nos segmentos de pe-quenos hatchback, tendo dado início a um novo capítulo para a Nissan. O Micra de quinta geração não é menos revolucio-nário, suscitando expetactivas em relação ao que um hatchback pode e deve proporcionar para os seus utilizadores”, referiu, no Salão de Paris, o líder da aliança Renault-Nissan.

“Seguindo as direções desbra-vadas por viaturas tão distintas como o Qashqai e o Juke, o mais recente Micra vem reforçar a po-sição da Nissan enquanto líder no design automóvel. Também vem demonstrar o nosso intuito de competir no topo do mercado europeu do segmento B, o maior e mais competitivo do mundo”, acrescenta Carlos Ghosn•

CHEGA NO INÍCIO DE 2017

Nova geração Nissan Micra pretende ombrear com os melhores do segmento

A Land Rover vai lançar a quinta geração do Dis-covery no virar do ano. O novo Discovery tem,

segundo a Jaguar Land Rover, a capacidade para transportar sete adultos numa carroçaria SUV com menos de cinco metros de comprimento (4970 mm). “A maioria dos veículos com dimen-sões semelhantes disponibilizam uma configuração de 5+2 lugares, mas o novo Discovery foi conce-bido para que qualquer adulto no percentil 95 possa sentar-se con-fortavelmente nos seus bancos traseiros, proporcionando uma flexibilidade interior absoluta”, refere a marca, que realça ainda o facto dos dois bancos da terceira fila incorporarem pontos de fixa-ção ISOFIX (cinco no total).

Importante num modelo com estas características, o mode-lo tem 1231 litros de capacidade de carga atrás da segunda fila de bancos. A isso juntam-se, como seria de esperar, múltiplos espa-ços de arrumação.

A Land Rover destaca ainda as melhorias do modelo para per-cursos fora do asfalto. Com uma altura ao solo de 283 mm (43 mm superior ao seu antecessor)

e uma profundidade de passagem a vau de 900 mm (um aumento de 200 mm), o Discovery pro-porciona, garante a marca, “uma confiança inigualável em trilhos com água e estradas inundadas”.

Assistência ao reboque

Realce ainda para o sistema de Assistência Avançada ao Re-boque que permite realizar com facilidade manobras de marcha-

-atrás complexas com atrelados e caravanas. A capacidade máxima de reboque é de 3500 kg.

O sistema encarrega-se do movimento do volante em sen-tido contrário, necessário para posicionar com precisão os re-boques nas manobras de marcha atrás. O condutor apenas tem que direcionar o reboque para o lugar desejado utilizando o sele-tor do sistema Terrain Response 2. Para tornar a tarefa ainda mais

fácil, no ecrã táctil central são apresentadas as linhas de guia sobrepostas sobre os dados da câ-mara traseira

Quatro motores

O novo Discovery encontra--se equipado com a gama de qua-tro motores a gasolina e diesel de quatro e seis cilindros da Jaguar Land Rover. Todos estão acopla-dos a uma caixa de automática

ZF de oito velocidades.Um é o motor Ingenium die-

sel 2.0 Td4 de quatro cilindros com 180 CV, o mais eficiente da gama, pois proporciona um con-sumo de combustível combinado de 6 l/100 km com emissões de CO2 de 159 g/km. De acordo com a marca, este valor repre-senta uma redução de 22 % em relação ao antecessor equivalente.

Outra opção é o Ingenium diesel Sd4 biturbo de quatro ci-lindros. Com 240 cv e um biná-rio de 500 Nm, proporciona um consumo de combustível de 6,3 l/100km e emissões de CO2 de 165 g/km. O motor diesel mais potente da gama é o Td6 de seis cilindros desenvolve 258 cv e 600 Nm.

Para os clientes que preferem gasolina, está disponível o motor Land Rover Si6. Com 3000 cc, este V6 Supercharged (sobrea-limentado) debita 340 cv e 450 Nm.

O novo Land Rover Disco-very já se encontra disponível para venda na rede oficial de con-cessionários da marca, com pre-ços a partir de 69 112 euros. As primeiras unidades irão chegar a Portugal na primavera de 2017.

Land Rover Discovery 5 com preços definidos para Portugal

A quinta geração do modelo já pode ser encomendada

A quinta geração Micra recorre à nova plataforma para CMF-B da aliança Renault-Nissan.

Page 9: Revista ARAN outubro 2016

XIsexta-feira, 21 de outubro 2016

O laboratório de Sistemas de Propulsão da Opel, localizado na sede do fabricante

alemão, em Rüsselsheim, está pronto para entrar em funcionamento. No novo centro de investigação da Opel, com área total de 36 mil m2, trabalharão 800 engenheiros e técnicos focados no desenvolvimento de sistemas de motorização do futuro. Além de um centro tecnológico, o complexo integra 45 áreas de ensaios. O investimento de 210 milhões de euros realizado pela Opel no novo edifício é o mais avultado desde a inauguração, em 2002, da nova linha de produção de Rüsselsheim.

“O novo centro tornará o nosso trabalho ainda mais rápido e mais eficiente, reforçando a Opel e toda a rede de desenvolvimento da GM”, referiu o CEO da Opel, Karl-Thomas Neumann. “A Opel e a General Motors querem manter-se na primeiríssima linha do desenvolvimento de sistemas de motorização ´limpa’, como demonstrámos com o inovador modelo elétrico

Ampera-e”, acrescenta.O novo edifício faz parte de

um projeto de investimento total de 230 milhões de euros, anunciado há dois anos, destinado a novas instalações e equipamentos no Centro Internacional de Desenvolvimento Técnico (ITDC) de Rüsselsheim e no

Centro de Desenvolvimento de Rodgau-Dudenhofen, ambos da Opel. A quase totalidade foi aplicada em Rüsselsheim. O novo centro está integrado na rede mundial da divisão GM Global Propulsion Systems, beneficiando de processos otimizados assentes em software e testes padronizados à escala mundial•

Opel inaugura novo laboratório de sistemas de motorização

A Smart apresentou no Salão de Paris (1 a 16 de outubro) a versão elé-trica da terceira geração

do modelo. Ao contrário do que sucede com a anterior geração (a única em que havia versão elé-trica, dado que o Smart I apenas tinha motor a combustão), desta-que para o facto de, além do For-two, também o Forfour ter versão movida a eletricidade.

O Smart Fortwo e Forfour Electric Drive irão ter lançamen-to no mercado em dezembro de 2016 nos Estados Unidos. Para a Europa, a chegada está prevista para a primavera de 2017.

Com a bateria totalmente carregada possui energia suficien-te para percorrer aproximada-mente 160 km (de acordo com o NEDC). A velocidade máxima é limitada eletronicamente a 130 km/h para maximizar a autono-mia.

Todos os modelos estão equi-pados de série com um novo carregador de elevada potência. Nos Estados Unidos e no Reino Unido o tempo de carregamento é de 2,5 horas – metade do que o do modelo antecessor. Com a App “smart control”, o processo

de carregamento pode ser moni-torizado confortavelmente à dis-tância assim como muitas outras funções tais como o carregamen-to inteligente.

A partir de 2017 estará dispo-nível como equipamento opcio-nal um carregador rápido de 22 kW.

Este permite carregar mais ra-pidamente: em menos de 45 mi-nutos, isto se as condições locais

permitirem o carregamento em modo trifásico.

Produção na Alemanha e na Eslovénia

O Smart Fortwo Electric Drive é produzidos na fábrica de Hambach (Alemanha). Já o Forfour Electric Drive será pro-duzido na fábrica de Novo Mes-to (Eslovénia). Ambos os Smart

estão equipados com uma bateria desenvolvida pela Deutsche AC-CUMOTIVE, uma subsidiária da Daimler. A empresa sediada em Kamenz, na Saxónia, constrói o coração elétrico do Smart Elec-tric Drive desde 2012.

O motor elétrico de 60 kW (82 CV) está instalado no eixo traseiro e transmite a sua potên-cia às rodas através de uma re-lação de transmissão constante.

O elevado binário de 160 Nm é imediatamente disponibilizado.

Graças às características de po-tência do motor elétrico, o smart necessita de apenas uma relação de transmissão fixa. Não existe ne-cessidade de efetuar passagens de caixa – uma vantagem importan-te em situações de trânsito. Para efetuar marcha-atrás, o sentido de rotação do motor é invertido.

Tal como o modo básico da transmissão, o condutor poderá selecionar o modo ECO. Este foi concebido para um estilo de condução particularmente eco-nómico. Além disso, a velocida-de máxima é limitada e a curva característica do pedal do acele-rador e o nível máximo de recu-peração são pré-selecionados. Em modo livre ou durante a trava-gem, a energia cinética do veículo é convertida em energia elétrica – este processo é designado por regeneração. O sistema de rege-neração assistido por radar que se encontra ativo no modo básico da transmissão funciona em ante-cipação. As condições do trânsito são controladas com um sensor de radar e o sistema seleciona o nível de regeneração adequado à situação atual•

Novo Smart elétrico chega na primavera

A Bentley vai lançar uma versão do SUV Ben-tayga com motor diesel, o primeiro modelo da

marca britânica do grupo VW movido com aquela tecnologia. A versão chega ao mercado por-tuguês no início de 2017.

Diesel, sim, mas com todo fulgor que os pergaminhos da marca exigem: motor 4.0, 32 vál-vulas e tripla sobrealimentação. Com 435 cv de potência e um binário máximo de 900 Nm, o Bentayga Diesel atinge uma ve-locidade máxima de 270 km/h e acelera dos zero aos 100 km/h em apenas 4,8 segundos.

De acordo com a marca, o modelo, apresentado no recente Salão de Paris, alcança o binário máximo logo a partir das 1000 rpm, aumentando sempre sem o mínimo esforço. Para evitar al-guns olhares mais “desconfiados” dos puristas, o novo modelo in-corpora uma série de melhorias. Por exemplo, o seu sistema de escape foi desenhado de uma forma exclusiva de modo a que a acústica proporcione uma ex-periência mais silenciosa e sofis-ticada.

Não obstante a performance, a marca destaca a eficiência de consumos e emissões de CO2 do Bentayga Diesel. As emissões de

CO2 são de 210 g/km e a auto-nomia ultrapassa 1000 km.

“O Bentayga Diesel marca um autêntico hiato na história da Bentley com o lançamento do SUV diesel de luxo mais rápido do mundo. A sua identidade é realçada pela sua extraordinária potência, as prestações próprias de um modelo de Grande Turis-mo e uma essência de exceção, valores que só um verdadeiro Bentley pode ostentar. A Ben-tley é, sem dúvida alguma, a única marca capaz de produzir um automóvel tão potente e, ao mesmo tempo, tão sofisticado”, considera Wolfgang Dürheimer,

presidente e diretor executivo da Bentley Motors.

De acordo com a marca, o preço da versão de entrada do Bentayga Diesel em Portugal deverá rondar os 240 mil euros, com a fiscalidade em vigor em 2016 (o modelo só chega em 2017, pelo que os impostos po-derão ser diferentes)•

SUV Bentayga vai ser o primeiro Bentley com motor diesel

Além do Fortwo, também o Forfour terá versão elétrica na nova geração

O modelo chega no início do ano que vem

O grupo GM investiu 210 milhões no laboratório

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Mudámos a nossa imagem:

Uma nova identidade, o mesmo compromisso.Há 35 anos ao serviço dos profissionais e das empresas da reparação automóvel

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sexta-feira, 21 de outubro 2016 sexta-feira, 21 de outubro 20168 1

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Pro�ssional da ARAN.

INSTRUÇÕES DE MONTAGEM DO BOLETIM

Formação ProfissionalARAN

NOME DE CURSO LOCAL Horas DATAS PREVISTAS HORÁRIO VALORReparação de Motores VW - FSI e TSI SEIA 20h 24.10.2016 - 28.10.2016 19h00-23h00 120,00 €Reparação de Motores VW - FSI e TSI GOUVEIA 20h 07.11.2016 - 11.11.2016 19h00-23h00 120,00 €

FORMAÇÃO MODULAR ARANRodas/ Pneus/ Geometria de Direção MANGUALDE 25h 12.12.2016 - 20.12.2016 19h00-23h00 120,00 €

“Atestação de Técnicos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado Instalados em Veículos a Motor - Nível 2”

COIMBRA 14h 19h00-23h00 07.11.2016 - 10.11.2016 150,00 €

CEPRAFORMAÇÃO MODULAR CEPRA - LISBOA

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Antipoluição / Sobrealimentação Proir Velho 50h 02/11/2016 - 18/11/2016 120,00 €

FORMAÇÃO MODULAR CEPRA- NORTEDiagnóstico e Reparação de Sistemas de Informação e Comunicação

MAIA50h 17/10/2016 - 02/11/2016 19h00-23h00 120,00 €

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Transmissão Manual 50h 07/11/2016 - 23/11/2016 120,00 €Atestação de Técnicos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado

Instalados em Veículos a Motor - Nível 2MAIA 14h 24.10.2016 - 28.10.2016 19h00-23h00 150,00 €

FORMAÇÃO CURTA DURAÇÃO - NORTEIntrodução ao Diagnóstico-Equipamentos de Medição STA.MARIA DA

FEIRA16h 24.10.2016 - 27.10.2016 19h00-23h00 105,00 €

Técnicas de Diagnóstico-Sistemas de Gestão do Motor 20h 14.11.2016 - 18.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Sistemas Common Rail

MAIA

20h 14.11.2016 - 18.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Desempanagem Automóvel 16h 14.11.2016 - 17.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Alternadores-Reparação e Veri�cação 16h 21.11.2016 - 24.11.2016 19h00-23h00 105,00 €Sistemas Common Rail 20h 14.11.2016 - 18.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Desempanagem Automóvel 16h 14.11.2016 - 17.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Alternadores – Reparação e Veri�cação 16h 21.11.2016 - 24.11.2016 19h00-23h00 105,00 €

Associados da ARAN com as quotas em dia terão desconto de 15% sobre valor Para mais informações sobre cursos técnicos contactar ARAN. Tel: 225091053; Fax: 225090646; E-mail: [email protected] Associados da ARAN: Os cursos de 50h = 89,00€, os cursos de 25h = 45,00€

Através do Decreto-Lei nº 177/2014, de 15 de Dezembro, foi publicado um regime especial para o registo requerido apenas pelo vendedor, com base em documentos indiciadores da compra e venda, com noti�cação à parte contrária a cargo do serviço de registo. Este decreto-lei cria um procedimento especial para o registo de propriedade de veículos adquirida por contrato verbal de compra e venda, tendo em vista a regularização de propriedade, e estabelece o regime de apreensão de veículos decorrente do referido procedimento especial.

Procedimento especial para o registo de propriedade de veículos adquirida por contrato verbal de compra e venda

Decorrido o prazo legal de sessenta dias para efetuar o registo de propriedade de veículos obrigatório, adquirido por contrato verbal de compra e venda, este pode ser pedida pelo vendedor, presencialmente ou por via postal, com base em documentos que indiciem a efectiva compra e venda do veículos. São considerados documentos que indiciam a compra e venda do veículo, designadamente, faturas, recibos, venda a dinheiro ou outras documentos de quitação, dos quais constem a matrícula do veículo, o nome e a morada do vendedor e do comprador.Os restantes elementos de identi�cação do comprador, como o número de identi�cação �scal, e elementos respeitantes à compra e venda que não constem dos documentos apresentados, devem ser indicados no impresso de modelo único para registo. O pedido pode ainda ter por base declarações prestadas pelo vendedor, salvo se se tratar de entidade que tenha por atividade principal a compra de veículos para revenda, e por entidade que procedam com carácter de regularidade à transmissão de propriedade de veículos, em que indique o maior número possível de elementos, designadamente o nome e a morada do comprador e a data da compra e venda. Subsequentemente, cabe à conservatória noti�car o comprador para que este em 15 dias apresente oposição escrita ao pedido de registo, conteste alguma das suas menções ou complete elementos

necessários para a elaboração do registo. Se o comprador não se opuser, a aquisição é registada. Caso contrário, a oposição é apreciada pelo conservador. Caso a oposição deduzida seja fundamentada no facto do veículo já não pertencer ao comprador indicado pelo requerente, por este entretanto o ter transmitido, deve o conservador julgar a oposição improcedente, e noti�car o referido comprador dessa decisão, com indicação de que pode instaurar novo procedimento para a regularização da propriedade. As decisões do conservador são impugnáveis nos termos do Código de Registo Predial. Tornando-se de�nitiva a decisão de não efetuar o registo, o conservador procede ao pedido de apreensão do veículo. Os declarantes, nos termos do artigo 4º do mesmo diploma, são expressamente advertidos de que, para além da responsabilidade criminal em que podem incorrer, respondem pelos danos a que derem causa se prestarem ou con�rmarem falsas ou inexactas declarações.O registo de propriedade requerido ao abrigo do presente procedimento especial pode ser promovido online.O registo efectuado nos termos da legislação supra referida, não dá lugar à emissão o�ciosa de certi�cado de matrícula. Este registo pode ser cancelado em processo de reti�cação.

Regime de apreensão de veículos decorrente do procedimento especial

Tornando-se de�nitiva a decisão do conservador de não registar a aquisição de propriedade, no âmbito do procedimento especial supra identi�cado, o serviço de registo solicita às autoridades competentes, o�ciosa e preferencialmente por via electrónica, que procedam à apreensão do veículo.Os registos de pedidos de apreensão e de apreensão efectiva, bem como o respectivo cancelamento são comunicados o�ciosa e electronicamente ao IMT, I.P.Sem prejuízo do disposto no Código da Estrada, decorridos três meses sobre o pedido de apreensão sem que a propriedade esteja regularizada, a

matrícula é o�ciosa e gratuitamente cancelada. O referido cancelamento não prejudica a validade dos contratos de seguro de responsabilidade civil automóvel.

Emolumentos a) Pelo registo de propriedade de veículos adquirida por contrato verbal de compra e venda, requerido apenas pelo vendedor e efetuado no âmbito do procedimento especial de regularização de propriedade — € 75;b) Pelo certi�cado de matrícula emitido a pedido do titular na sequência de registo de propriedade efetuado no âmbito do procedimento especial de regularização de propriedade— € 95.Por cada facto registado, para além do registo de propriedade, acresce ao emolumento previsto na alínea b) do número anterior o emolumento devido pelo registodaquele facto.Aos emolumentos previstos na alínea a) do n.º 1 e no número anterior não acresce qualquer valor a título de sanção pelo incumprimento da obrigação de registar dentro do prazo legalmente estabelecido.Os emolumentos devidos nos termos dos números anteriores são reduzidos em 15 % quando os procedimentos sejam promovidos por via eletrónica.O emolumento previsto na alínea a) é reduzido para € 40 quando a compra e venda tenha ocorrido até 31 de dezembro de 2013 e o registo tenha sido requerido até 31 de dezembro de 2015.Nos casos previstos na alínea e) do artigo 25.º do Regulamento do Registo de Automóveis, aprovado pelo Decreto n.º 55/75, de 12 de fevereiro, pelo registo posterior da propriedade adquirida por contrato verbal de compra e venda, efetuado com base na respetiva fatura, é devido o emolumento de € 35 quando a compra e venda tenha ocorrido até 31 de dezembro de 2013 e o registo tenha sido requerido até 31 de dezembro de 2015.Às reduções emolumentares supra referidas acresce a redução dos 15% quando os procedimentos sejam promovidos por via eletrónica. Este novo regime será avaliado no prazo máximo de dois anos a contar da sua entrada em vigor.

Procedimento especial para registo de propriedade de viaturas

Serviços Jurídicos

As empresas associadas, que se dedicam a intervenções em sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor, contendo gases �uorados com efeito de estufa, têm vindo a ser alertadas no passado recente para uma série de obrigações, quer a nível de atestação pro�ssional dos funcionários que executem as operações nos referidos sistemas, quer a nível de registos para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).No ano passado, o registo de compra e

venda de gases �uorados foi efetuado semestralmente, pelo que os dados respeitantes ao 1.º semestre de 2015 foram remetidos até 31 de outubro de 2015.Uma vez que a APA alterou o prazo para envio, convém reforçar informação já veiculada junto dos Associados, deixando em seguida excerto da página da Agência Portuguesa do Ambiente referente a esta temática, disponível em http://www.apambiente.pt/index.php?ref=17&subref=14

8&sub2ref=1099:“Os prazos de submissão da informação para o ano de 2016 são os seguintes:Até 30 de junho de 2017, deverão ser submetidos os dados relativos às compras e vendas (campos obrigatórios para Comunicação à APA, na tabela com colunas a azul) ocorridas de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro do mesmo ano (deverá ser feito apenas um envio anual com a totalidade das compras e vendas de 2016).”

Serviços Técnicos

Ar condicionado automóvelCompra e venda de gases fluorados – envio de dados

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sexta-feira, 21 de outubro 2016 sexta-feira, 21 de outubro 20162 7

Cancelamento de matrícula O cancelamento de matrícula é o ato administrativo pelo qual se retira a autorização para o veículo circular na via pública. Pode ser efetuado a requerimento do proprietário ou o�ciosamente (pela Administração).O cancelamento da matrícula não impede que a mesma venha a ser reposta a pedido do proprietário, exceto no que se refere aos Veículos em Fim de Vida  (VFV).O cancelamento da matrícula deve ser requerido sempre que o veículo se encontre nas situações previstas no artigo 119 e 119-A do Código da Estrada.Cancelamento de matrícula nos casos previstos no Código da Estrada:O cancelamento da matrícula deve ser requerido e entregue pelo proprietário nos Balcões de atendimento do IMT, nas seguintes situações:

1. CANCELAMENTO POR FALTA DE TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DO VEÍCULO O titular do registo de propriedade pode requerer o cancelamento da matrícula, quando tenha transferido a propriedade do veículo a terceiro há mais de um ano e este não tenha procedido à respetiva atualização do registo de propriedade, mediante apresentação de pedido de apreensão de veículo, apresentado há mais de seis meses. Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Documento comprovativo da venda do

veículo há mais de 1 ano.O IMT con�rmará a existência de um pedido de apreensão do veículo registado há mais de seis meses.Taxa: € 10

2. CANCELAMENTO POR O VEÍCULO DEIXAR DE SER UTILIZADO NA VIA PÚBLICAO cancelamento da matrícula pode ser requerido quando veículo deixe de ser utilizado na via pública, passando a ter utilização exclusiva em provas desportivas ou em recintos privados não abertos à circulação.O cancelamento é temporário e terá uma duração máxima de 5 anos, devendo ser requerida a reposição ou o cancelamento

de�nitivo da matrícula antes do �m do prazo indicado, sob pena de o proprietário ser sancionado com coima nos termos legalmente em vigor.

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Certi�cado de matrícula ou livrete e

título de registo de propriedade do veículo ou caso o proprietário os não possua, • Documento comprovativo da propriedade emitido pela Conservatória do Registo Automóvel;

• Declaração do destino dado ao veículo.Taxa: € 10

3. CANCELAMENTO POR O VEÍCULO ESTAR DESAPARECIDOO cancelamento da matrícula do veículo pode ser requerido quando o mesmo haja desaparecido, sendo a sua localização seja desconhecida há mais de seis meses, mediante apresentação de auto de participação do seu desaparecimento às autoridades policiais.

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Certi�cado de matrícula ou livrete e

título de registo de propriedade do veículo (estes documentos podem ser substituídos por uma declaração onde se ateste o destino dado aos mesmos);

• Auto de participação do desaparecimento do veículo às autoridades policiais;

• Declaração das autoridades policiais, ou declaração sob compromisso de honra do proprietário do veículo, con�rmando que o mesmo se encontra desaparecido à data de apresentação do requerimento.

Taxa: € 10

4. CANCELAMENTO POR EXPORTAÇÃO DO VEÍCULOQuando o veículo for exportado para um país da União Europeia (*) ou para um país terceiro, o proprietário deve proceder ao cancelamento da matrícula.

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);

• Certi�cado de matrícula ou livrete e título de registo de propriedade do veículo (se disponíveis) (**);

• Documento comprovativo da saída do veículo do país ou cópia do novo certi�cado de matrícula.

(*) Para os casos em que o país de destino não comunique ao IMT a correspondente atribuição de matrícula.(**) Caso não disponíveis, documento da Conservatória do Registo Automóvel indicando o proprietário e a inexistência de ónus ou encargos.

Taxa: € 10

5. CANCELAMENTO TEMPORÁRIO DA MATRÍCULA DOS AUTOMÓVEIS PESADOS DE MERCADORIAS AFETOS AO TRANSPORTE PÚBLICOPode ser temporariamente cancelada a matrícula de veículos de transporte público rodoviário de mercadorias, nas seguintes condições:a) Quando o veículo tenha sido objeto

de candidatura a incentivo ao abate, enquanto o respetivo processo se encontre pendente;

b) Quando, por falta de serviço, o veículo esteja imobilizado (O cancelamento tem a duração máxima de 24 meses).

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Certi�cado de matrícula ou livrete e título

de registo de propriedade do veículo;• Declaração do proprietário ou do legítimo

possuidor em como o veículo não é submetido à circulação na via pública sem que seja reposta a matrícula.

Taxa: Isento

6. QUANDO O VEÍCULO FIQUE INUTILIZADOConsidera-se inutilizado o veículo que tenha sofrido danos que:a) Impossibilitem de�nitivamente a sua

circulação, oub) Afetem gravemente as suas condições de

segurança.Nas situações em que o veículo �que inutilizado por ter sofrido danos que impossibilitem de�nitivamente a sua circulação, aplica-se o mesmo procedimento do cancelamento de matrícula de Veículos em Fim de Vida (VFV).  Cancelamento de matrícula em caso de o veículo se tratar de um VFV (veículo em �m de vida):

Serviços Jurídicos

ECONOMIA & FINANÇAS

DECRETO-LEI N.º 63-A/2016 – De 23.09.2016Cria o regime do reagrupamento de ações para as sociedades emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado ou em sistema de negociação multilateral, procedendo à vigésima oitava alteração ao Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro.

PORTARIA N.º 259/2016 – De 04.10.2016Portaria que regulamenta os procedimentos do REAID.

DECRETO-LEI N.º 64/2016 – De 11.10.2016 No uso da autorização legislativa concedida pelos n.os 1, 2 e 3 do artigo 188.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, regula a troca automática de informações obrigatória no domínio da �scalidade e prevê regras de comunicação e de diligência pelas instituições �nanceiras relativamente a contas �nanceiras, transpondo a Diretiva n.º 2014/107/UE, do Conselho, de 9 de dezembro de 2014, que altera a Diretiva n.º 2011/16/UE.

TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

DECLARAÇÃO DE RETIFICAÇÃO N.º 18/2016 – De 03.10.2016Reti�ca o Decreto Regulamentar n.º 3/2016, de 23 de agosto do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que estabelece o regime do subsídio por frequência de estabelecimentos de

educação especial, revogando os Decretos Regulamentares n.os14/81, de 7 de abril, e 19/98, de 14 de agosto, publicado no Diário da República, n.º 161, 1.ª série, de 23 de agosto de 2016.

PORTARIA N.º 261/2016 – De 07.10.2016Determina os valores dos coe�cientes a utilizar na atualização das remunerações de referência que servem de base de cálculo das pensões de invalidez e velhice do sistema previdencial e das pensões de aposentação, reforma e invalidez do regime de proteção social convergente.

DECLARAÇÃO DE RETIFICAÇÃO N.º 19/2016 – De 10.10.2016 Declaração de reti�cação à Lei n.º 34/2016, de 24 de agosto, que elimina a obrigatoriedade de apresentação quinzenal dos desempregados (oitava alteração aoDecreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de novembro, que estabelece o regime jurídico de proteção social da eventualidade de desemprego dos trabalhadores por conta de outrem).

PORTARIA N.º 265/2016 – De 13.10.2016Segunda alteração ao Regulamento Especí�co do Domínio da Inclusão Social e Emprego, aprovado em anexo à Portaria n.º 97-A/2015, de 30 de Março.

GERAL

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 19/2016/A – De 06.10.2016 Primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 29/2011/A, de 16 de novembro, que estabelece o regime geral

de prevenção e gestão de resíduos.

JURISPRUDÊNCIA

ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO N.º 4/2016 – De 30.09.2016 Na ação administrativa de oposição à aquisição de nacionalidade portuguesa, a propor ao abrigo do disposto nos artigos 9.º, alínea a), e 10.º da Lei n.º 37/81, de 3 de outubro [Lei da Nacionalidade] na redação que lhe foi introduzida pela Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17 de abril, cabe ao Ministério Público o ónus de prova dos fundamentos da inexistência de ligação efetiva à comunidade nacional.

ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA N.º 12/2016 – De 04.10.2016 Fixar jurisprudência no sentido de que «Após a publicação da sentença proferida em 1.ª Instância, que absolveu o arguido da prática de um crime semipúblico, o ofendido não pode constituir-se assistente, para efeitos de interpor recurso dessa decisão, tendo em vista o disposto no artigo 68.º, n.º 3, do Código de Processo Penal, na redacção vigente antes da entrada em vigor da Lei n.º 130/2015, de 04.09».

ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA N.º 13/2016 – De 07.10.2016 A condenação em pena de prisão suspensa na sua execução integra o conceito de pena não privativa da liberdade referido no n.º 1 do artigo 17.º da Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto, com a redacção dada pela Lei n.º 114/2009, de 22 de Setembro.

Serviços Jurídicos – Síntese Legislativa

Durante o período da dispensa, a trabalhadora tem direito a subsídio da segurança social, cujo montante diário é de 65% da remuneração de referência.

O que é a licença em situação de risco clínico durante a gravidez?

- Em situação de risco clínico para a trabalhadora grávida ou para o nascituro, independentemente do motivo que determine esse impedimento e esteja este ou não relacionado com as condições de prestação de trabalho, caso o empregador não lhe proporcione o exercício de atividade compatível com o seu estado e categoria pro�ssional, a trabalhadora tem direito a licença, pelo período de tempo que por prescrição médica for considerado necessário.

- A trabalhadora informa o empregador com a antecedência de 10 dias ou, em caso de urgência comprovada pelo médico, logo que possível.

Qual o montante de subsídio por risco clínico?Durante o período da licença, a trabalhadora tem direito a subsídio da segurança social, cujo montante diário é de 100% da remuneração de referência.

Que proteção existe em caso de despedimento?- O despedimento de trabalhadora grávida,

puérpera ou lactante, ou de trabalhador no gozo de licença parental carece de parecer prévio da entidade competente na área da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres (CITE).

- O despedimento de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ou de trabalhador no gozo de licença parental, presume-se feito sem justa causa.

- Sendo o parecer da CITE desfavorável ao despedimento, o empregador só o pode efetuar após decisão do tribunal que reconheça a existência do motivo justi�cativo, dispondo o empregador de um prazo de 30 dias para intentar a respetiva ação judicial.

- Se o despedimento for declarado ilícito, o empregador não se pode opor à reintegração do trabalhador, e o trabalhador tem direito, em alternativa à reintegração, a indemnização, determinada pelo tribunal entre 30 e 60 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo ou fração de antiguidade.

sexta-feira, 21 de outubro 2016 sexta-feira, 21 de outubro 20166 3

• O Veículo em Fim de Vida (VFV) corresponde genericamente aos veículos que, não apresentando condições para a circulação, em consequência de acidente, avaria, mau estado ou outro motivo, chegaram ao �m da respetiva vida útil, passando a constituir um resíduo.

 De acordo com a legislação em vigor, o cancelamento da matrícula de um Veículo em Fim de Vida só é efetuado pelo IMT desde que seja apresentado um certi�cado de destruição emitido por um operador de desmantelamento autorizado.Assim, o proprietário de um VFV deve entregá-

-lo num centro de receção ou num operador de desmantelamento autorizado, competindo a estas entidades encaminhar o pedido de cancelamento de�nitivo da matrícula do veículo para os serviços do IMT.Taxa: isentoFonte: IMT, I.P.

100% da remuneração de referência do bene�ciário;

- No caso de subsídio para assistência a neto, igual a 65% da remuneração de referência.

Que particularidades existem quanto ao tempo de trabalho?- Redução do tempo de trabalho para

assistência a �lho menor com de�ciência ou doença crónica;

- Trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsabilidades familiares;

- Horário �exível de trabalhador com responsabilidades familiares;

- Dispensa de algumas formas de organização do tempo de trabalho.

Em que consiste a redução do tempo de trabalho para assistência a �lho menor com de�ciência ou doença crónica?- Os progenitores de menor com de�ciência

ou doença crónica, com idade não superior a um ano, têm direito a redução de cinco horas do período normal de trabalho semanal.

- Quando um dos progenitores não exercer atividade pro�ssional e não estiver impedido ou inibido de exercer o poder paternal, não há lugar ao exercício deste direito.

- Se ambos os progenitores forem titulares do direito, a redução do horário pode ser utilizada por qualquer deles, ou por ambos, em períodos sucessivos.

- O trabalhador deve comunicar ao empregador a sua intenção, com a antecedência de 10 dias, bem como:

a) Apresentar atestado médico comprovativo da de�ciência ou doença crónica;

b) Declarar que o outro progenitor tem atividade pro�ssional ou que está impedido ou inibido de exercer o poder paternal e, sendo caso disso, de que não exerce ao mesmo tempo este direito.

Em que consiste o trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsabilidades familiares?- O trabalhador com �lho menor de 12 anos

ou, independentemente da idade, com de�ciência ou doença crónica que com ele viva em comunhão de mesa e habitação tem direito a trabalhar a tempo parcial.

- O direito pode ser exercido por qualquer dos progenitores ou por ambos em períodos sucessivos, depois da licença parental complementar.

- O trabalhador que pretenda trabalhar em regime de trabalho a tempo parcial deve solicitá-lo ao empregador, por escrito, com a antecedência de 30 dias.

- O trabalhador que opte pelo trabalho em regime de tempo parcial não pode ser

penalizado em matéria de avaliação e de progressão na carreira.

Em que consiste o horário �exível de trabalhador com responsabilidades familiares? - O trabalhador com �lho menor de 12 anos

ou, independentemente da idade, com de�ciência ou doença crónica que com ele viva em comunhão de mesa e habitação tem direito a trabalhar em regime de horário �exível, podendo o direito ser exercido por qualquer dos progenitores ou por ambos.

- Entende-se por horário �exível aquele em que o trabalhador pode escolher, dentro de certos limites, as horas de início e termo do período normal de trabalho diário.

- O trabalhador que pretenda trabalhar em regime de horário �exível deve solicitá-lo ao empregador, por escrito, com a antecedência de 30 dias.

- O trabalhador que opte pelo trabalho em regime de horário �exível não pode ser penalizado em matéria de avaliação e de progressão na carreira.

Em que consiste a dispensa de algumas formas de organização do tempo de trabalho?- A trabalhadora grávida, puérpera ou

lactante tem direito a ser dispensada de prestar trabalho em horário de trabalho organizado em regime de adaptabilidade, de banco de horas ou de horário concentrado.

- A trabalhadora grávida, bem como o trabalhador ou trabalhadora com �lho de idade inferior a 12 meses, não está obrigada a prestar trabalho suplementar.

- A trabalhadora não está obrigada a prestar trabalho suplementar durante o tempo que durar a amamentação se for necessário para a sua saúde ou da criança.

- A trabalhadora tem direito a ser dispensada de prestar trabalho entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte:

a) Durante um período de 112 dias antes e depois do parto, dos quais pelo menos metade antes da data prevista do mesmo;

b)Durante o restante período da gravidez, se for necessário para a sua saúde ou do nascituro;

c) Durante o tempo que durar a amamentação, se for necessário para a sua saúde ou para a da criança.

Que proteção existe quanto à segurança e saúde?- Dispensa por riscos especí�cos;- Licença em situação de risco clínico durante

a gravidez;- Licença por interrupção da gravidez.

O que é a dispensa por riscos especí�cos?- A trabalhadora grávida, puérpera ou

lactante tem direito a especiais condições de segurança e saúde nos locais de trabalho, de modo a evitar a exposição a riscos para a sua segurança e saúde.

- A legislação laboral protege as trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes, condicionando ou proibindo a sua atividade com determinados agentes físicos (choques, vibrações mecânicas, ruídos, temperaturas extremas de frio ou de calor, radiações ionizantes ou não, atmosferas com sobrepressão elevada, etc.), agentes biológicos (vírus da rubéola, transmissão de toxoplasma) e agentes químicos (exposição a mercúrio, monóxido de carbono, agentes químicos perigosos, chumbo, etc.), sendo, igualmente, proibido à trabalhadora, grávida ou lactante, a prestação de trabalho subterrâneo em minas.

- São condicionadas à trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ainda, as atividades previstas nos art.s 57.º a 60.º da Lei n.º 102/2009, de 10 Setembro.

- Em atividade suscetível de apresentar um risco especí�co de exposição a agentes, processos ou condições de trabalho, o empregador deve proceder à avaliação da natureza, grau e duração da exposição de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, de modo a determinar qualquer risco para a sua segurança e saúde e as repercussões sobre a gravidez ou a amamentação, bem como as medidas a adotar.

- O empregador deve tomar a medida necessária para evitar a exposição da trabalhadora a esses riscos, nomeadamente:a)Proceder à adaptação das condições de

trabalho;b)Se a adaptação for impossível,

excessivamente demorada ou demasiado onerosa, o empregador deve atribuir à trabalhadora outras tarefas compatíveis com o seu estado e categoria pro�ssional;

c)Não sendo viáveis as medidas indicadas em a) ou b), o empregador deve dispensar a trabalhadora de prestar trabalho, durante o período necessário.

Se o empregador não cumprir com as suas obrigações em termos de segurança e saúde, a trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ou os seus representantes, têm direito de requerer à Autoridade para as Condições do Trabalho uma ação de �scalização, a realizar com prioridade e urgência.

Qual o montante de subsídio de riscos especí�cos?

Atividade de Prestação de Serviços Através de Veículos de Pronto-Socorro

Licenciamento de Empresas: A atividade de prestação de serviços em veículos pronto-socorro pode ser exercida por empresas que cumpram as condições de acesso e exercício especi�cadas a seguir.

RequisitosA atividade de prestação de serviços em veículos pronto-socorro só pode ser exercida em território nacional por prestadores estabelecidos no mesmo, mediante comunicação prévia ao IMT, devendo, antes do início da atividade:• Identi�car a empresa, com a indicação do

local de estabelecimento;• Identi�car os veículos pronto-socorro que

pretendam utilizar;• Indicar se o exercício da atividade é

desenvolvido como atividade principal ou acessória;

• Comprovar a regularidade da situação contributiva perante a administração tributária e a segurança social.

Os veículos utilizados na prestação de serviços de pronto-socorro têm de ser homologados e

matriculados para o efeito pelo IMT e devem ostentar um dístico de identi�cação.DocumentosA comunicação prévia deve ser acompanhada com os seguintes documentos:• Modelo 15 IMT;• Fotocópia do cartão de pessoa coletiva, ou

de empresário em nome individual;• Certidão da Conservatória do Registo

Comercial comprovativa da matrícula da empresa;

• Documentos dos veículos a utilizar (Cópia do DUA);

• Certidões da Administração Fiscal e da Segurança Social comprovativas da situação contributiva, ou o código de acesso.

TaxasAtualmente não está prevista a cobrança de taxa por este acesso à atividade.

ProcedimentosPara entregar os documentos dirija-se, por favor, à Direção Regional de Mobilidade e

Transportes mais próxima da sede social da empresa, ou por via postal ou através de [email protected], anexando o Modelo 15 IMT preenchido a cor preta, bem como os restantes documentos, devidamente digitalizados.

Licenciamento de Veículos: O Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, que entrou em vigor a 14 de março de 2014, alterou as condições de exercício da atividade de prestação de serviços em veículos pronto-socorro, tendo deixado de se prever o licenciamento dos veículos.

Certificação de Gerentes:O Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, que entrou em vigor a 14 de março de 2014, alterou as condições do acesso à atividade de prestação de serviços em veículos pronto- -socorro, nos seguintes termos:São eliminados os requisitos de idoneidade, de capacidade técnica ou pro�ssional e de capacidade �nanceira.Fonte: IMT, I.P.

Serviços Jurídicos

Umas das principais alterações introduzidas pela Lei nº 120/2015 ao Código do Trabalho refere-se ao regime legal do teletrabalho, previsto no referido instrumento de regulamentação entre os artigos 165º e 171º. Por teletrabalho entende-se a prestação de trabalho realizada fora da empresa, seja em casa ou noutro local, através do recurso a tecnologias de informação e de comunicação. Até agora o teletrabalho estava previsto apenas em duas situações:a) a celebração de contrato de teletrabalho,

isto é, um contrato especí�co para esse efeito;

b) possibilidade de prestação de trabalho

na modalidade de teletrabalho para as vítimas de violência doméstica, desde que este fosse compatível com o exercício da atividade.

Com o novo regime legal, acresce às duas situações supra referidas a possibilidade dos trabalhadores com �lhos até três anos poderem optar por trabalhar a partir de casa. Refere a norma o seguinte: “O trabalhador com �lho com idade até três anos tem direito a exercer a atividade em regime de teletrabalho, quando este seja compatível com a atividade desempenhada e a entidade patronal disponha de recursos e meios para o efeito”.

Em qualquer dos casos, a empresa não pode opor-se ao pedido do trabalhador.Sempre que a atividade pro�ssional do trabalhador que solicita a prestação de trabalho em regime de teletrabalho seja compatível com essa possibilidade, caberá à entidade patronal assegurar a existência e instalação dos instrumentos de trabalho para o efeito.Quanto ao elenco das pro�ssões compatíveis com o teletrabalho, o diploma é omisso. Caberá às partes analisarem caso a caso. No entanto, atividades pro�ssionais como as de mecânico ou operário fabril são manifestamente incompatíveis com o regime de teletrabalho.

Serviços Jurídicos

Teletrabalho

Page 13: Revista ARAN outubro 2016

sexta-feira, 21 de outubro 2016 sexta-feira, 21 de outubro 20164 5

a �lho, de modo consecutivo ou interpolado, até ao limite de dois anos.

- No caso de terceiro �lho ou mais, a licença tem limite de três anos.

- Na falta de indicação em contrário por parte do trabalhador, a licença tem a duração de seis meses.

- Havendo dois titulares, a licença pode ser gozada por qualquer deles ou por ambos em períodos sucessivos.

- Para o exercício do direito, o trabalhador informa o empregador, por escrito e com a antecedência de 30 dias:

a) Do início e do termo do período em que pretende gozar a licença;

b) Que o outro progenitor tem atividade pro�ssional e não se encontra ao mesmo tempo em situação de licença, ou que está impedido ou inibido de exercer o poder paternal;

c) Que o menor vive com ele em comunhão de mesa e habitação;

d) Que não está esgotado o período máximo da licença.

Em que consiste a licença para assistência a �lho com de�ciência ou doença crónica?- Os progenitores têm direito a licença por

período até seis meses, prorrogável até quatro anos, para assistência de �lho com de�ciência ou doença crónica.

- Se o �lho com de�ciência ou doença crónica tiver mais que 12 anos, a necessidade da assistência é con�rmada por atestado médico.

- São aplicáveis os procedimentos indicados no caso da licença para assistência a �lho.

Qual o montante do subsídio para assistência a �lho com de�ciência ou doença crónica?O trabalhador tem direito a um subsídio, cujo montante diário é igual a 65% da remuneração de referência.

Que dispensas existem?- Dispensa para avaliação para a adoção- Dispensa para consulta pré-natal- Dispensa para amamentação ou aleitação

O que é a dispensa para avaliação para a adoção?Os trabalhadores têm direito a três dispensas de trabalho para deslocação aos serviços da segurança social ou receção dos técnicos no seu domicílio, devendo apresentar a justi�cação ao empregador.

Em que consiste a dispensa para avaliação para a adoção? Os trabalhadores têm direito a três dispensas de trabalho para deslocação aos serviços da segurança social ou receção dos técnicos

no seu domicílio, devendo apresentar a justi�cação ao empregador.

O que é a dispensa para consulta pré-natal?- A trabalhadora grávida tem direita a

dispensa do trabalho para consultas pré-natais, pelo tempo e número de vezes necessários.

- A preparação para o parto é equiparada a consulta pré-natal.

- Sempre que possível, a consulta deve ser feita fora do período normal de trabalho;

- O empregador pode exigir prova de que a consulta não foi possível realizar fora do período normal de trabalho e da sua realização.

- Para acompanhamento de consultas pré- -natais, o pai tem direito a três dispensas.

A dispensa não determina a perda de quaisquer direitos e é considerada como prestação efetiva de trabalho.

O que é a dispensa para amamentação ou aleitação?- A mãe que amamenta o �lho tem

direito a dispensa de trabalho para o efeito, durante o tempo que durar a amamentação.

- Até o �lho perfazer um ano, e desde que ambos os progenitores exerçam atividade pro�ssional, qualquer deles ou ambos, mediante decisão conjunta, têm direito a dispensa para aleitação.

- A dispensa para amamentação ou aleitação é gozada em dois períodos distintos, com a duração máxima de uma hora cada, salvo acordo com o empregador.

- Havendo nascimentos múltiplos, a dispensa é acrescida de mais 30 minutos por cada gémeo além do primeiro.

- A trabalhadora deve comunicar ao empregador, com a antecedência de 10 dias relativamente ao início da dispensa para amamentação, com apresentação de atestado médico se a dispensa se prolongar para além do primeiro ano de vida do �lho.

- Para efeito de dispensa para aleitação, o progenitor:a) Comunica ao empregador que aleita o

�lho, com a antecedência de 10 dias;b)Apresenta documento de que conste a

decisão conjunta;c) Declara qual o período da dispensa

gozado pelo outro, sendo caso disso;d)Prova que o outro progenitor exerce

atividade pro�ssional.A dispensa não determina a perda de quaisquer direitos e é considerada como prestação efetiva de trabalho.

Que faltas existem?

Falta para assistência a �lho:-Até 30 dias por ano, ou durante todo o

período de eventual hospitalização, para prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a �lho menor de 12 anos, ou independentemente da idade, a �lho com de�ciência ou doença crónica.

-Até 15 dias por ano para prestar assistência inadiável e imprescindível em caso de doença ou acidente a �lho com 12 ou mais anos de idade que, no caso de ser maior, faça parte do agregado familiar.

-Acresce um dia por cada �lho além do primeiro.

-O empregador pode exigir prova do carácter inadiável e imprescindível da assistência e declaração de que o outro cônjuge exerce atividade pro�ssional e não falta pelo mesmo motivo ou que está impossibilitado de prestar a assistência.

O trabalhador tem direito a subsídio, o qual é igual a 65% da remuneração de referência do bene�ciário. Falta para assistência a neto:- Até 30 dias consecutivos, a seguir ao

nascimento de neto que viva com o trabalhador em comunhão de mesa e habitação e que seja �lho de adolescente com idade inferior a 16 anos.

-Havendo dois titulares do direito, há apenas lugar a um período de faltas, a gozar por um deles, ou por ambos em tempo parcial ou em períodos sucessivos, conforme decisão conjunta.

-O trabalhador pode também faltar, em substituição dos progenitores, para prestar assistência inadiável e imprescindível, em caso de doença ou acidente, a neto menor ou, independentemente da idade, com de�ciência ou doença crónica.

-Para efeito de falta para assistência a neto, o trabalhador informa o empregador, com a antecedência de cinco dias, declarando que o neto vive consigo em comunhão de mesa e habitação, que o neto é �lho de adolescente com idade inferior a 16 anos, e que o cônjuge exerce atividade pro�ssional ou se encontra física ou psiquicamente impossibilitado de cuidar do neto ou não vive em comunhão de mesa e habitação com este.

O art.º 50.º do CT regula demais situações de faltas para assistência a neto.

Qual o montante do subsídio para assistência a neto?O montante diário do subsídio para assistência a neto é, consoante a modalidade, o seguinte:- No caso de subsídio para assistência em

caso de nascimento de neto, igual a

Perguntas Frequentes Qual a legislação que regulamenta este tema?Artigos 33º a 65º do CT; arts. 9.º, 10.º, 15.º, 16.º, 18.º a 21.º, 29.º a 31.º, 33.º e 35.º a 37.º do Dec. Lei nº 91/2009, de 9 de Abril

O que é uma trabalhadora grávida?Trabalhadora em estado de gestação que informe o empregador do seu estado, por escrito, com apresentação de atestado médico.

O que é uma trabalhadora puérpera?Trabalhadora parturiente e durante um período de 120 dias subsequentes ao parto que informe o empregador do seu estado, por escrito, com apresentação de atestado médico ou certidão de nascimento do �lho.

O que é uma trabalhadora lactante?Trabalhadora que amamenta o �lho e informe o empregador do seu estado, por escrito, com apresentação de atestado médico.

Quais os direitos que são atribuídos?1. Licenças;2. Dispensas;3. Faltas;4. Particularidades quanto ao tempo de

trabalho;5. Proteção da segurança e saúde;6. Proteção em caso de despedimento.

Quais são as modalidades de licença parental?As modalidades de licença parental são:- Licença parental inicial - Licença parental inicial exclusiva da mãe- Licença parental inicial por um progenitor

em caso de impossibilidade do outro- Licença parental exclusiva do pai

Em que consiste a licença parental inicial?- Direito da mãe e do pai trabalhadores,

com a duração de 120 ou 150 dias consecutivos, por opção, podendo ser partilhada após o parto.

- A licença entre os 120 e os 150 dias pode ser gozada em simultâneo pelos dois progenitores, contudo, no caso das microempresas (até 9 trabalhadores), tem que existir acordo do empregador para que tal aconteça.

- A licença parental inicial (120 ou 150 dias) é acrescida em 30 dias no caso de cada

um dos progenitores gozar, em exclusivo, um período de 30 dias consecutivos, ou dois períodos de 15 dias consecutivos. (No caso de partilha do gozo da licença, o pai e a mãe devem entregar aos respetivos empregadores uma declaração conjunta, até sete dias após o parto, com indicações sobre o início e termo dos períodos a gozar por cada um. Na falta da declaração conjunta, a licença é gozada pela mãe).

- Não sendo partilhada, o progenitor que gozar a licença deve informar o respetivo empregador, até sete dias após o parto, da duração da licença e do início do respetivo período.

No caso de nascimentos múltiplos é acrescido de 30 dias por cada gémeo além do primeiro.

Qual o montante do subsídio parental inicial?a) No período correspondente à licença de

120 dias, o montante diário é igual a 100% da remuneração de referência;

b) No caso de opção pelo período de 150 dias, o montante diário é igual a 80% da remuneração de referência;

c) No caso de opção pelo período de licença de 150 dias nas situações em que cada um dos progenitores goze pelo menos 30 dias consecutivos, ou dois períodos de 15 dias igualmente consecutivos, o montante diário é igual a 100% da remuneração de referência do bene�ciário;

d) No caso de opção pelo período de licença de 180 dias, nas situações em que cada um dos progenitores goze pelo menos 30 dias consecutivos, ou dois períodos igualmente consecutivos, o montante diário é igual a 83% da remuneração de referência do bene�ciário.

Em que consiste a licença parental inicial exclusiva da mãe?- A mãe pode gozar até 30 dias da licença

parental inicial antes do parto.- A mãe deve gozar, obrigatoriamente, seis

semanas de licença a seguir ao parto.

Em que consiste a licença parental inicial por um progenitor em caso de impossibilidade do outro?O pai ou a mãe têm direito a licença, com a duração legalmente prevista, ou do período ainda em falta, nos casos de:- incapacidade física ou psíquica do

progenitor que a estiver a gozar;- morte do progenitor que a estiver a gozar.

Em que consiste a licença parental exclusiva do pai ?- É obrigatório o gozo pelo pai de uma

licença parental de 15 dias úteis, seguidos ou interpolados, nos 30 dias a seguir ao nascimento do �lho.

- Cinco daqueles dias devem ser gozados de modo consecutivo imediatamente a seguir ao nascimento do �lho.

- O pai pode ainda gozar mais 10 dias úteis de licença, seguidos ou interpolados, desde que gozados em simultâneo com a licença parental inicial da mãe.

- O trabalhador deve avisar o respetivo empregador com a antecedência possível, que não pode ser inferior a cinco dias no caso do gozo dos 10 dias facultativos.

- No caso de nascimentos múltiplos é acrescido dois dias por cada gémeo além do primeiro.

Qual é o montante diário do subsídio parental exclusivo do pai?É igual a 100% da remuneração de referência.

Em que consiste a licença parental complementar?O pai e a mãe têm direito, para assistência a �lho, ou adotado com idade não superior a seis anos, a licença parental complementar, em qualquer das seguintes modalidades:- licença parental alargada, por três meses;- trabalho a tempo parcial durante 12 meses;- períodos intercalados de licença parental

alargada e de trabalho a tempo parcial;- ausências interpoladas ao trabalho com

duração igual aos períodos normais de trabalho de três meses, desde que previstas em instrumento de regulamentação coletiva de trabalho.

Qual o montante do subsídio parental alargado?É concedido por um período até três meses a qualquer um ou ambos os progenitores, alternadamente, sendo igual a 25% da remuneração de referência do bene�ciário, desde que a licença alargada seja gozada imediatamente após o período de concessão do subsídio parental inicial ou subsídio parental alargado do outro progenitor.

O que é a licença para assistência a �lho?- Depois de esgotado o direito à licença

parental complementar, os progenitores têm direito a licença para assistência

Parentalidade

Serviços Jurídicos

Page 14: Revista ARAN outubro 2016

sexta-feira, 21 de outubro 2016 sexta-feira, 21 de outubro 20166 3

• O Veículo em Fim de Vida (VFV) corresponde genericamente aos veículos que, não apresentando condições para a circulação, em consequência de acidente, avaria, mau estado ou outro motivo, chegaram ao �m da respetiva vida útil, passando a constituir um resíduo.

 De acordo com a legislação em vigor, o cancelamento da matrícula de um Veículo em Fim de Vida só é efetuado pelo IMT desde que seja apresentado um certi�cado de destruição emitido por um operador de desmantelamento autorizado.Assim, o proprietário de um VFV deve entregá-

-lo num centro de receção ou num operador de desmantelamento autorizado, competindo a estas entidades encaminhar o pedido de cancelamento de�nitivo da matrícula do veículo para os serviços do IMT.Taxa: isentoFonte: IMT, I.P.

100% da remuneração de referência do bene�ciário;

- No caso de subsídio para assistência a neto, igual a 65% da remuneração de referência.

Que particularidades existem quanto ao tempo de trabalho?- Redução do tempo de trabalho para

assistência a �lho menor com de�ciência ou doença crónica;

- Trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsabilidades familiares;

- Horário �exível de trabalhador com responsabilidades familiares;

- Dispensa de algumas formas de organização do tempo de trabalho.

Em que consiste a redução do tempo de trabalho para assistência a �lho menor com de�ciência ou doença crónica?- Os progenitores de menor com de�ciência

ou doença crónica, com idade não superior a um ano, têm direito a redução de cinco horas do período normal de trabalho semanal.

- Quando um dos progenitores não exercer atividade pro�ssional e não estiver impedido ou inibido de exercer o poder paternal, não há lugar ao exercício deste direito.

- Se ambos os progenitores forem titulares do direito, a redução do horário pode ser utilizada por qualquer deles, ou por ambos, em períodos sucessivos.

- O trabalhador deve comunicar ao empregador a sua intenção, com a antecedência de 10 dias, bem como:

a) Apresentar atestado médico comprovativo da de�ciência ou doença crónica;

b) Declarar que o outro progenitor tem atividade pro�ssional ou que está impedido ou inibido de exercer o poder paternal e, sendo caso disso, de que não exerce ao mesmo tempo este direito.

Em que consiste o trabalho a tempo parcial de trabalhador com responsabilidades familiares?- O trabalhador com �lho menor de 12 anos

ou, independentemente da idade, com de�ciência ou doença crónica que com ele viva em comunhão de mesa e habitação tem direito a trabalhar a tempo parcial.

- O direito pode ser exercido por qualquer dos progenitores ou por ambos em períodos sucessivos, depois da licença parental complementar.

- O trabalhador que pretenda trabalhar em regime de trabalho a tempo parcial deve solicitá-lo ao empregador, por escrito, com a antecedência de 30 dias.

- O trabalhador que opte pelo trabalho em regime de tempo parcial não pode ser

penalizado em matéria de avaliação e de progressão na carreira.

Em que consiste o horário �exível de trabalhador com responsabilidades familiares? - O trabalhador com �lho menor de 12 anos

ou, independentemente da idade, com de�ciência ou doença crónica que com ele viva em comunhão de mesa e habitação tem direito a trabalhar em regime de horário �exível, podendo o direito ser exercido por qualquer dos progenitores ou por ambos.

- Entende-se por horário �exível aquele em que o trabalhador pode escolher, dentro de certos limites, as horas de início e termo do período normal de trabalho diário.

- O trabalhador que pretenda trabalhar em regime de horário �exível deve solicitá-lo ao empregador, por escrito, com a antecedência de 30 dias.

- O trabalhador que opte pelo trabalho em regime de horário �exível não pode ser penalizado em matéria de avaliação e de progressão na carreira.

Em que consiste a dispensa de algumas formas de organização do tempo de trabalho?- A trabalhadora grávida, puérpera ou

lactante tem direito a ser dispensada de prestar trabalho em horário de trabalho organizado em regime de adaptabilidade, de banco de horas ou de horário concentrado.

- A trabalhadora grávida, bem como o trabalhador ou trabalhadora com �lho de idade inferior a 12 meses, não está obrigada a prestar trabalho suplementar.

- A trabalhadora não está obrigada a prestar trabalho suplementar durante o tempo que durar a amamentação se for necessário para a sua saúde ou da criança.

- A trabalhadora tem direito a ser dispensada de prestar trabalho entre as 20 horas de um dia e as 7 horas do dia seguinte:

a) Durante um período de 112 dias antes e depois do parto, dos quais pelo menos metade antes da data prevista do mesmo;

b)Durante o restante período da gravidez, se for necessário para a sua saúde ou do nascituro;

c) Durante o tempo que durar a amamentação, se for necessário para a sua saúde ou para a da criança.

Que proteção existe quanto à segurança e saúde?- Dispensa por riscos especí�cos;- Licença em situação de risco clínico durante

a gravidez;- Licença por interrupção da gravidez.

O que é a dispensa por riscos especí�cos?- A trabalhadora grávida, puérpera ou

lactante tem direito a especiais condições de segurança e saúde nos locais de trabalho, de modo a evitar a exposição a riscos para a sua segurança e saúde.

- A legislação laboral protege as trabalhadoras grávidas, puérperas ou lactantes, condicionando ou proibindo a sua atividade com determinados agentes físicos (choques, vibrações mecânicas, ruídos, temperaturas extremas de frio ou de calor, radiações ionizantes ou não, atmosferas com sobrepressão elevada, etc.), agentes biológicos (vírus da rubéola, transmissão de toxoplasma) e agentes químicos (exposição a mercúrio, monóxido de carbono, agentes químicos perigosos, chumbo, etc.), sendo, igualmente, proibido à trabalhadora, grávida ou lactante, a prestação de trabalho subterrâneo em minas.

- São condicionadas à trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ainda, as atividades previstas nos art.s 57.º a 60.º da Lei n.º 102/2009, de 10 Setembro.

- Em atividade suscetível de apresentar um risco especí�co de exposição a agentes, processos ou condições de trabalho, o empregador deve proceder à avaliação da natureza, grau e duração da exposição de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, de modo a determinar qualquer risco para a sua segurança e saúde e as repercussões sobre a gravidez ou a amamentação, bem como as medidas a adotar.

- O empregador deve tomar a medida necessária para evitar a exposição da trabalhadora a esses riscos, nomeadamente:a)Proceder à adaptação das condições de

trabalho;b)Se a adaptação for impossível,

excessivamente demorada ou demasiado onerosa, o empregador deve atribuir à trabalhadora outras tarefas compatíveis com o seu estado e categoria pro�ssional;

c)Não sendo viáveis as medidas indicadas em a) ou b), o empregador deve dispensar a trabalhadora de prestar trabalho, durante o período necessário.

Se o empregador não cumprir com as suas obrigações em termos de segurança e saúde, a trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ou os seus representantes, têm direito de requerer à Autoridade para as Condições do Trabalho uma ação de �scalização, a realizar com prioridade e urgência.

Qual o montante de subsídio de riscos especí�cos?

Atividade de Prestação de Serviços Através de Veículos de Pronto-Socorro

Licenciamento de Empresas: A atividade de prestação de serviços em veículos pronto-socorro pode ser exercida por empresas que cumpram as condições de acesso e exercício especi�cadas a seguir.

RequisitosA atividade de prestação de serviços em veículos pronto-socorro só pode ser exercida em território nacional por prestadores estabelecidos no mesmo, mediante comunicação prévia ao IMT, devendo, antes do início da atividade:• Identi�car a empresa, com a indicação do

local de estabelecimento;• Identi�car os veículos pronto-socorro que

pretendam utilizar;• Indicar se o exercício da atividade é

desenvolvido como atividade principal ou acessória;

• Comprovar a regularidade da situação contributiva perante a administração tributária e a segurança social.

Os veículos utilizados na prestação de serviços de pronto-socorro têm de ser homologados e

matriculados para o efeito pelo IMT e devem ostentar um dístico de identi�cação.DocumentosA comunicação prévia deve ser acompanhada com os seguintes documentos:• Modelo 15 IMT;• Fotocópia do cartão de pessoa coletiva, ou

de empresário em nome individual;• Certidão da Conservatória do Registo

Comercial comprovativa da matrícula da empresa;

• Documentos dos veículos a utilizar (Cópia do DUA);

• Certidões da Administração Fiscal e da Segurança Social comprovativas da situação contributiva, ou o código de acesso.

TaxasAtualmente não está prevista a cobrança de taxa por este acesso à atividade.

ProcedimentosPara entregar os documentos dirija-se, por favor, à Direção Regional de Mobilidade e

Transportes mais próxima da sede social da empresa, ou por via postal ou através de [email protected], anexando o Modelo 15 IMT preenchido a cor preta, bem como os restantes documentos, devidamente digitalizados.

Licenciamento de Veículos: O Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, que entrou em vigor a 14 de março de 2014, alterou as condições de exercício da atividade de prestação de serviços em veículos pronto-socorro, tendo deixado de se prever o licenciamento dos veículos.

Certificação de Gerentes:O Decreto-Lei n.º 25/2014, de 14 de fevereiro, que entrou em vigor a 14 de março de 2014, alterou as condições do acesso à atividade de prestação de serviços em veículos pronto- -socorro, nos seguintes termos:São eliminados os requisitos de idoneidade, de capacidade técnica ou pro�ssional e de capacidade �nanceira.Fonte: IMT, I.P.

Serviços Jurídicos

Umas das principais alterações introduzidas pela Lei nº 120/2015 ao Código do Trabalho refere-se ao regime legal do teletrabalho, previsto no referido instrumento de regulamentação entre os artigos 165º e 171º. Por teletrabalho entende-se a prestação de trabalho realizada fora da empresa, seja em casa ou noutro local, através do recurso a tecnologias de informação e de comunicação. Até agora o teletrabalho estava previsto apenas em duas situações:a) a celebração de contrato de teletrabalho,

isto é, um contrato especí�co para esse efeito;

b) possibilidade de prestação de trabalho

na modalidade de teletrabalho para as vítimas de violência doméstica, desde que este fosse compatível com o exercício da atividade.

Com o novo regime legal, acresce às duas situações supra referidas a possibilidade dos trabalhadores com �lhos até três anos poderem optar por trabalhar a partir de casa. Refere a norma o seguinte: “O trabalhador com �lho com idade até três anos tem direito a exercer a atividade em regime de teletrabalho, quando este seja compatível com a atividade desempenhada e a entidade patronal disponha de recursos e meios para o efeito”.

Em qualquer dos casos, a empresa não pode opor-se ao pedido do trabalhador.Sempre que a atividade pro�ssional do trabalhador que solicita a prestação de trabalho em regime de teletrabalho seja compatível com essa possibilidade, caberá à entidade patronal assegurar a existência e instalação dos instrumentos de trabalho para o efeito.Quanto ao elenco das pro�ssões compatíveis com o teletrabalho, o diploma é omisso. Caberá às partes analisarem caso a caso. No entanto, atividades pro�ssionais como as de mecânico ou operário fabril são manifestamente incompatíveis com o regime de teletrabalho.

Serviços Jurídicos

Teletrabalho

sexta-feira, 21 de outubro 2016 sexta-feira, 21 de outubro 20162 7

Cancelamento de matrícula O cancelamento de matrícula é o ato administrativo pelo qual se retira a autorização para o veículo circular na via pública. Pode ser efetuado a requerimento do proprietário ou o�ciosamente (pela Administração).O cancelamento da matrícula não impede que a mesma venha a ser reposta a pedido do proprietário, exceto no que se refere aos Veículos em Fim de Vida  (VFV).O cancelamento da matrícula deve ser requerido sempre que o veículo se encontre nas situações previstas no artigo 119 e 119-A do Código da Estrada.Cancelamento de matrícula nos casos previstos no Código da Estrada:O cancelamento da matrícula deve ser requerido e entregue pelo proprietário nos Balcões de atendimento do IMT, nas seguintes situações:

1. CANCELAMENTO POR FALTA DE TRANSFERÊNCIA DA PROPRIEDADE DO VEÍCULO O titular do registo de propriedade pode requerer o cancelamento da matrícula, quando tenha transferido a propriedade do veículo a terceiro há mais de um ano e este não tenha procedido à respetiva atualização do registo de propriedade, mediante apresentação de pedido de apreensão de veículo, apresentado há mais de seis meses. Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Documento comprovativo da venda do

veículo há mais de 1 ano.O IMT con�rmará a existência de um pedido de apreensão do veículo registado há mais de seis meses.Taxa: € 10

2. CANCELAMENTO POR O VEÍCULO DEIXAR DE SER UTILIZADO NA VIA PÚBLICAO cancelamento da matrícula pode ser requerido quando veículo deixe de ser utilizado na via pública, passando a ter utilização exclusiva em provas desportivas ou em recintos privados não abertos à circulação.O cancelamento é temporário e terá uma duração máxima de 5 anos, devendo ser requerida a reposição ou o cancelamento

de�nitivo da matrícula antes do �m do prazo indicado, sob pena de o proprietário ser sancionado com coima nos termos legalmente em vigor.

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Certi�cado de matrícula ou livrete e

título de registo de propriedade do veículo ou caso o proprietário os não possua, • Documento comprovativo da propriedade emitido pela Conservatória do Registo Automóvel;

• Declaração do destino dado ao veículo.Taxa: € 10

3. CANCELAMENTO POR O VEÍCULO ESTAR DESAPARECIDOO cancelamento da matrícula do veículo pode ser requerido quando o mesmo haja desaparecido, sendo a sua localização seja desconhecida há mais de seis meses, mediante apresentação de auto de participação do seu desaparecimento às autoridades policiais.

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Certi�cado de matrícula ou livrete e

título de registo de propriedade do veículo (estes documentos podem ser substituídos por uma declaração onde se ateste o destino dado aos mesmos);

• Auto de participação do desaparecimento do veículo às autoridades policiais;

• Declaração das autoridades policiais, ou declaração sob compromisso de honra do proprietário do veículo, con�rmando que o mesmo se encontra desaparecido à data de apresentação do requerimento.

Taxa: € 10

4. CANCELAMENTO POR EXPORTAÇÃO DO VEÍCULOQuando o veículo for exportado para um país da União Europeia (*) ou para um país terceiro, o proprietário deve proceder ao cancelamento da matrícula.

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);

• Certi�cado de matrícula ou livrete e título de registo de propriedade do veículo (se disponíveis) (**);

• Documento comprovativo da saída do veículo do país ou cópia do novo certi�cado de matrícula.

(*) Para os casos em que o país de destino não comunique ao IMT a correspondente atribuição de matrícula.(**) Caso não disponíveis, documento da Conservatória do Registo Automóvel indicando o proprietário e a inexistência de ónus ou encargos.

Taxa: € 10

5. CANCELAMENTO TEMPORÁRIO DA MATRÍCULA DOS AUTOMÓVEIS PESADOS DE MERCADORIAS AFETOS AO TRANSPORTE PÚBLICOPode ser temporariamente cancelada a matrícula de veículos de transporte público rodoviário de mercadorias, nas seguintes condições:a) Quando o veículo tenha sido objeto

de candidatura a incentivo ao abate, enquanto o respetivo processo se encontre pendente;

b) Quando, por falta de serviço, o veículo esteja imobilizado (O cancelamento tem a duração máxima de 24 meses).

Documentos• Formulário Modelo 9 IMT;• Documento de identi�cação do requerente

(ou fotocópia);• Certi�cado de matrícula ou livrete e título

de registo de propriedade do veículo;• Declaração do proprietário ou do legítimo

possuidor em como o veículo não é submetido à circulação na via pública sem que seja reposta a matrícula.

Taxa: Isento

6. QUANDO O VEÍCULO FIQUE INUTILIZADOConsidera-se inutilizado o veículo que tenha sofrido danos que:a) Impossibilitem de�nitivamente a sua

circulação, oub) Afetem gravemente as suas condições de

segurança.Nas situações em que o veículo �que inutilizado por ter sofrido danos que impossibilitem de�nitivamente a sua circulação, aplica-se o mesmo procedimento do cancelamento de matrícula de Veículos em Fim de Vida (VFV).  Cancelamento de matrícula em caso de o veículo se tratar de um VFV (veículo em �m de vida):

Serviços Jurídicos

ECONOMIA & FINANÇAS

DECRETO-LEI N.º 63-A/2016 – De 23.09.2016Cria o regime do reagrupamento de ações para as sociedades emitentes de ações admitidas à negociação em mercado regulamentado ou em sistema de negociação multilateral, procedendo à vigésima oitava alteração ao Código dos Valores Mobiliários, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 486/99, de 13 de Novembro.

PORTARIA N.º 259/2016 – De 04.10.2016Portaria que regulamenta os procedimentos do REAID.

DECRETO-LEI N.º 64/2016 – De 11.10.2016 No uso da autorização legislativa concedida pelos n.os 1, 2 e 3 do artigo 188.º da Lei n.º 7-A/2016, de 30 de março, regula a troca automática de informações obrigatória no domínio da �scalidade e prevê regras de comunicação e de diligência pelas instituições �nanceiras relativamente a contas �nanceiras, transpondo a Diretiva n.º 2014/107/UE, do Conselho, de 9 de dezembro de 2014, que altera a Diretiva n.º 2011/16/UE.

TRABALHO & SEGURANÇA SOCIAL

DECLARAÇÃO DE RETIFICAÇÃO N.º 18/2016 – De 03.10.2016Reti�ca o Decreto Regulamentar n.º 3/2016, de 23 de agosto do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social que estabelece o regime do subsídio por frequência de estabelecimentos de

educação especial, revogando os Decretos Regulamentares n.os14/81, de 7 de abril, e 19/98, de 14 de agosto, publicado no Diário da República, n.º 161, 1.ª série, de 23 de agosto de 2016.

PORTARIA N.º 261/2016 – De 07.10.2016Determina os valores dos coe�cientes a utilizar na atualização das remunerações de referência que servem de base de cálculo das pensões de invalidez e velhice do sistema previdencial e das pensões de aposentação, reforma e invalidez do regime de proteção social convergente.

DECLARAÇÃO DE RETIFICAÇÃO N.º 19/2016 – De 10.10.2016 Declaração de reti�cação à Lei n.º 34/2016, de 24 de agosto, que elimina a obrigatoriedade de apresentação quinzenal dos desempregados (oitava alteração aoDecreto-Lei n.º 220/2006, de 3 de novembro, que estabelece o regime jurídico de proteção social da eventualidade de desemprego dos trabalhadores por conta de outrem).

PORTARIA N.º 265/2016 – De 13.10.2016Segunda alteração ao Regulamento Especí�co do Domínio da Inclusão Social e Emprego, aprovado em anexo à Portaria n.º 97-A/2015, de 30 de Março.

GERAL

DECRETO LEGISLATIVO REGIONAL N.º 19/2016/A – De 06.10.2016 Primeira alteração ao Decreto Legislativo Regional n.º 29/2011/A, de 16 de novembro, que estabelece o regime geral

de prevenção e gestão de resíduos.

JURISPRUDÊNCIA

ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO N.º 4/2016 – De 30.09.2016 Na ação administrativa de oposição à aquisição de nacionalidade portuguesa, a propor ao abrigo do disposto nos artigos 9.º, alínea a), e 10.º da Lei n.º 37/81, de 3 de outubro [Lei da Nacionalidade] na redação que lhe foi introduzida pela Lei Orgânica n.º 2/2006, de 17 de abril, cabe ao Ministério Público o ónus de prova dos fundamentos da inexistência de ligação efetiva à comunidade nacional.

ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA N.º 12/2016 – De 04.10.2016 Fixar jurisprudência no sentido de que «Após a publicação da sentença proferida em 1.ª Instância, que absolveu o arguido da prática de um crime semipúblico, o ofendido não pode constituir-se assistente, para efeitos de interpor recurso dessa decisão, tendo em vista o disposto no artigo 68.º, n.º 3, do Código de Processo Penal, na redacção vigente antes da entrada em vigor da Lei n.º 130/2015, de 04.09».

ACÓRDÃO DO SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA N.º 13/2016 – De 07.10.2016 A condenação em pena de prisão suspensa na sua execução integra o conceito de pena não privativa da liberdade referido no n.º 1 do artigo 17.º da Lei n.º 57/98, de 18 de Agosto, com a redacção dada pela Lei n.º 114/2009, de 22 de Setembro.

Serviços Jurídicos – Síntese Legislativa

Durante o período da dispensa, a trabalhadora tem direito a subsídio da segurança social, cujo montante diário é de 65% da remuneração de referência.

O que é a licença em situação de risco clínico durante a gravidez?

- Em situação de risco clínico para a trabalhadora grávida ou para o nascituro, independentemente do motivo que determine esse impedimento e esteja este ou não relacionado com as condições de prestação de trabalho, caso o empregador não lhe proporcione o exercício de atividade compatível com o seu estado e categoria pro�ssional, a trabalhadora tem direito a licença, pelo período de tempo que por prescrição médica for considerado necessário.

- A trabalhadora informa o empregador com a antecedência de 10 dias ou, em caso de urgência comprovada pelo médico, logo que possível.

Qual o montante de subsídio por risco clínico?Durante o período da licença, a trabalhadora tem direito a subsídio da segurança social, cujo montante diário é de 100% da remuneração de referência.

Que proteção existe em caso de despedimento?- O despedimento de trabalhadora grávida,

puérpera ou lactante, ou de trabalhador no gozo de licença parental carece de parecer prévio da entidade competente na área da igualdade de oportunidades entre homens e mulheres (CITE).

- O despedimento de trabalhadora grávida, puérpera ou lactante, ou de trabalhador no gozo de licença parental, presume-se feito sem justa causa.

- Sendo o parecer da CITE desfavorável ao despedimento, o empregador só o pode efetuar após decisão do tribunal que reconheça a existência do motivo justi�cativo, dispondo o empregador de um prazo de 30 dias para intentar a respetiva ação judicial.

- Se o despedimento for declarado ilícito, o empregador não se pode opor à reintegração do trabalhador, e o trabalhador tem direito, em alternativa à reintegração, a indemnização, determinada pelo tribunal entre 30 e 60 dias de retribuição base e diuturnidades por cada ano completo ou fração de antiguidade.

Page 15: Revista ARAN outubro 2016

sexta-feira, 21 de outubro 2016 sexta-feira, 21 de outubro 20168 1

Para mais informações, contacte o Departamento de Formação Pro�ssional da ARAN.

INSTRUÇÕES DE MONTAGEM DO BOLETIM

Formação ProfissionalARAN

NOME DE CURSO LOCAL Horas DATAS PREVISTAS HORÁRIO VALORReparação de Motores VW - FSI e TSI SEIA 20h 24.10.2016 - 28.10.2016 19h00-23h00 120,00 €Reparação de Motores VW - FSI e TSI GOUVEIA 20h 07.11.2016 - 11.11.2016 19h00-23h00 120,00 €

FORMAÇÃO MODULAR ARANRodas/ Pneus/ Geometria de Direção MANGUALDE 25h 12.12.2016 - 20.12.2016 19h00-23h00 120,00 €

“Atestação de Técnicos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado Instalados em Veículos a Motor - Nível 2”

COIMBRA 14h 19h00-23h00 07.11.2016 - 10.11.2016 150,00 €

CEPRAFORMAÇÃO MODULAR CEPRA - LISBOA

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Antipoluição / Sobrealimentação Proir Velho 50h 02/11/2016 - 18/11/2016 120,00 €

FORMAÇÃO MODULAR CEPRA- NORTEDiagnóstico e Reparação de Sistemas de Informação e Comunicação

MAIA50h 17/10/2016 - 02/11/2016 19h00-23h00 120,00 €

Diagnóstico e Reparação em Sistemas de Transmissão Manual 50h 07/11/2016 - 23/11/2016 120,00 €Atestação de Técnicos para Intervenções em Sistemas de Ar Condicionado

Instalados em Veículos a Motor - Nível 2MAIA 14h 24.10.2016 - 28.10.2016 19h00-23h00 150,00 €

FORMAÇÃO CURTA DURAÇÃO - NORTEIntrodução ao Diagnóstico-Equipamentos de Medição STA.MARIA DA

FEIRA16h 24.10.2016 - 27.10.2016 19h00-23h00 105,00 €

Técnicas de Diagnóstico-Sistemas de Gestão do Motor 20h 14.11.2016 - 18.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Sistemas Common Rail

MAIA

20h 14.11.2016 - 18.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Desempanagem Automóvel 16h 14.11.2016 - 17.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Alternadores-Reparação e Veri�cação 16h 21.11.2016 - 24.11.2016 19h00-23h00 105,00 €Sistemas Common Rail 20h 14.11.2016 - 18.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Desempanagem Automóvel 16h 14.11.2016 - 17.11.2016 19h00-23h00 120,00 €Alternadores – Reparação e Veri�cação 16h 21.11.2016 - 24.11.2016 19h00-23h00 105,00 €

Associados da ARAN com as quotas em dia terão desconto de 15% sobre valor Para mais informações sobre cursos técnicos contactar ARAN. Tel: 225091053; Fax: 225090646; E-mail: [email protected] Associados da ARAN: Os cursos de 50h = 89,00€, os cursos de 25h = 45,00€

Através do Decreto-Lei nº 177/2014, de 15 de Dezembro, foi publicado um regime especial para o registo requerido apenas pelo vendedor, com base em documentos indiciadores da compra e venda, com noti�cação à parte contrária a cargo do serviço de registo. Este decreto-lei cria um procedimento especial para o registo de propriedade de veículos adquirida por contrato verbal de compra e venda, tendo em vista a regularização de propriedade, e estabelece o regime de apreensão de veículos decorrente do referido procedimento especial.

Procedimento especial para o registo de propriedade de veículos adquirida por contrato verbal de compra e venda

Decorrido o prazo legal de sessenta dias para efetuar o registo de propriedade de veículos obrigatório, adquirido por contrato verbal de compra e venda, este pode ser pedida pelo vendedor, presencialmente ou por via postal, com base em documentos que indiciem a efectiva compra e venda do veículos. São considerados documentos que indiciam a compra e venda do veículo, designadamente, faturas, recibos, venda a dinheiro ou outras documentos de quitação, dos quais constem a matrícula do veículo, o nome e a morada do vendedor e do comprador.Os restantes elementos de identi�cação do comprador, como o número de identi�cação �scal, e elementos respeitantes à compra e venda que não constem dos documentos apresentados, devem ser indicados no impresso de modelo único para registo. O pedido pode ainda ter por base declarações prestadas pelo vendedor, salvo se se tratar de entidade que tenha por atividade principal a compra de veículos para revenda, e por entidade que procedam com carácter de regularidade à transmissão de propriedade de veículos, em que indique o maior número possível de elementos, designadamente o nome e a morada do comprador e a data da compra e venda. Subsequentemente, cabe à conservatória noti�car o comprador para que este em 15 dias apresente oposição escrita ao pedido de registo, conteste alguma das suas menções ou complete elementos

necessários para a elaboração do registo. Se o comprador não se opuser, a aquisição é registada. Caso contrário, a oposição é apreciada pelo conservador. Caso a oposição deduzida seja fundamentada no facto do veículo já não pertencer ao comprador indicado pelo requerente, por este entretanto o ter transmitido, deve o conservador julgar a oposição improcedente, e noti�car o referido comprador dessa decisão, com indicação de que pode instaurar novo procedimento para a regularização da propriedade. As decisões do conservador são impugnáveis nos termos do Código de Registo Predial. Tornando-se de�nitiva a decisão de não efetuar o registo, o conservador procede ao pedido de apreensão do veículo. Os declarantes, nos termos do artigo 4º do mesmo diploma, são expressamente advertidos de que, para além da responsabilidade criminal em que podem incorrer, respondem pelos danos a que derem causa se prestarem ou con�rmarem falsas ou inexactas declarações.O registo de propriedade requerido ao abrigo do presente procedimento especial pode ser promovido online.O registo efectuado nos termos da legislação supra referida, não dá lugar à emissão o�ciosa de certi�cado de matrícula. Este registo pode ser cancelado em processo de reti�cação.

Regime de apreensão de veículos decorrente do procedimento especial

Tornando-se de�nitiva a decisão do conservador de não registar a aquisição de propriedade, no âmbito do procedimento especial supra identi�cado, o serviço de registo solicita às autoridades competentes, o�ciosa e preferencialmente por via electrónica, que procedam à apreensão do veículo.Os registos de pedidos de apreensão e de apreensão efectiva, bem como o respectivo cancelamento são comunicados o�ciosa e electronicamente ao IMT, I.P.Sem prejuízo do disposto no Código da Estrada, decorridos três meses sobre o pedido de apreensão sem que a propriedade esteja regularizada, a

matrícula é o�ciosa e gratuitamente cancelada. O referido cancelamento não prejudica a validade dos contratos de seguro de responsabilidade civil automóvel.

Emolumentos a) Pelo registo de propriedade de veículos adquirida por contrato verbal de compra e venda, requerido apenas pelo vendedor e efetuado no âmbito do procedimento especial de regularização de propriedade — € 75;b) Pelo certi�cado de matrícula emitido a pedido do titular na sequência de registo de propriedade efetuado no âmbito do procedimento especial de regularização de propriedade— € 95.Por cada facto registado, para além do registo de propriedade, acresce ao emolumento previsto na alínea b) do número anterior o emolumento devido pelo registodaquele facto.Aos emolumentos previstos na alínea a) do n.º 1 e no número anterior não acresce qualquer valor a título de sanção pelo incumprimento da obrigação de registar dentro do prazo legalmente estabelecido.Os emolumentos devidos nos termos dos números anteriores são reduzidos em 15 % quando os procedimentos sejam promovidos por via eletrónica.O emolumento previsto na alínea a) é reduzido para € 40 quando a compra e venda tenha ocorrido até 31 de dezembro de 2013 e o registo tenha sido requerido até 31 de dezembro de 2015.Nos casos previstos na alínea e) do artigo 25.º do Regulamento do Registo de Automóveis, aprovado pelo Decreto n.º 55/75, de 12 de fevereiro, pelo registo posterior da propriedade adquirida por contrato verbal de compra e venda, efetuado com base na respetiva fatura, é devido o emolumento de € 35 quando a compra e venda tenha ocorrido até 31 de dezembro de 2013 e o registo tenha sido requerido até 31 de dezembro de 2015.Às reduções emolumentares supra referidas acresce a redução dos 15% quando os procedimentos sejam promovidos por via eletrónica. Este novo regime será avaliado no prazo máximo de dois anos a contar da sua entrada em vigor.

Procedimento especial para registo de propriedade de viaturas

Serviços Jurídicos

As empresas associadas, que se dedicam a intervenções em sistemas de ar condicionado instalados em veículos a motor, contendo gases �uorados com efeito de estufa, têm vindo a ser alertadas no passado recente para uma série de obrigações, quer a nível de atestação pro�ssional dos funcionários que executem as operações nos referidos sistemas, quer a nível de registos para a Agência Portuguesa do Ambiente (APA).No ano passado, o registo de compra e

venda de gases �uorados foi efetuado semestralmente, pelo que os dados respeitantes ao 1.º semestre de 2015 foram remetidos até 31 de outubro de 2015.Uma vez que a APA alterou o prazo para envio, convém reforçar informação já veiculada junto dos Associados, deixando em seguida excerto da página da Agência Portuguesa do Ambiente referente a esta temática, disponível em http://www.apambiente.pt/index.php?ref=17&subref=14

8&sub2ref=1099:“Os prazos de submissão da informação para o ano de 2016 são os seguintes:Até 30 de junho de 2017, deverão ser submetidos os dados relativos às compras e vendas (campos obrigatórios para Comunicação à APA, na tabela com colunas a azul) ocorridas de 1 de janeiro de 2016 a 31 de dezembro do mesmo ano (deverá ser feito apenas um envio anual com a totalidade das compras e vendas de 2016).”

Serviços Técnicos

Ar condicionado automóvelCompra e venda de gases fluorados – envio de dados